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RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES DE FISCALIZAÇÃO 2014

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RELATÓRIO DE

ACOMPANHAMENTO DAS

ATIVIDADES DE

FISCALIZAÇÃO

2014

Sumário

I. Introdução 1

II. Processo de Organização da Execução da Fiscalização 1

III. POF 2014 2

IV. Acompanhamento da Execução das Atividades de Fiscalização 4

V. Fiscalização Técnica 9

a) Fiscalizações dos serviços de radiodifusão relativas ao Plano Anual de Fiscalização do Ministério das Comunicações (PAF/MC) 9

b) Denúncias e Interferências 10

c) Fiscalização de aferição do nível de Radiação Não Ionizante (RNI) 12

d) Fiscalização de Loudness 12

e) MSAT - Radiomonitoração de redes de satélites geoestacionários 13

VI. Fiscalização de Serviços 13

a) Qualidade das redes do Serviço Móvel Pessoal (SMP) 13

b) Atendimento ao usuário 15

c) Faturamento/cobrança dos serviços 16

d) Bens Reversíveis 17

e) Telefones de uso público (TUPs) nas Regiões Norte e Nordeste 18

VII. Fiscalização Tributária 19

a) Fust/Funttel 19

b) Fiscalização de códigos não geográficos (0500) 19

c) Fiscalização de ônus contratual STFC e SMP 19

VIII. Fiscalização dos Grandes Eventos 20

a) Copa do Mundo FIFA 2014 20

b) Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 21

c) Eleições 2014 22

d) Natal e Réveillon 22

IX. Controle de Obrigações da Fiscalização 23

X. Conclusão 24

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 1

I. Introdução

O início do ano de 2014 repercutiu ainda o contingenciamento orçamentário de 2013, que acarretou o cancelamento e a suspensão de diversas ações de fiscalizações. A redução de mais de 33% dos créditos na área de fiscalização, sendo mais de R$ 2,0 milhões somente em diárias e passagens, afetou a programação das ações fiscalizatórias previstas para ocorrer em 2013, sendo necessário reprograma-las para o Plano Operacional de 2014 (POF 2014).

Nesse sentido, a Superintendência de Fiscalização (SFI) optou por um planejamento mais focado e, no POF 2014, a quantidade de ações planejadas praticamente dobrou em relação ao ano anterior.

Assim, o ano foi particularmente agitado para a área de fiscalização da Anatel. Além das ações remanescentes do ano anterior em razão do contingenciamento orçamentário, a Agência havia planejado diversas ações voltadas para os temas prioritários determinados nas Diretrizes de Fiscalização 2013/2014 e o Plano de Melhorias do Serviço Móvel Pessoal. Além disso, em agenda havia também a Copa do Mundo, um grande evento que demandou todo o cuidado e atenção especial da Anatel.

II. Processo de Organização da Execução da Fiscalização

O Regulamento de Fiscalização, aprovado pela Resolução nº 596/2012, implementou uma importante possibilidade de melhoria do Processo de Organização da Execução da Fiscalização a partir da sistematização do planejamento nos níveis estratégico, tático e operacional. Também ratificou que as Diretrizes de Fiscalização devem ser elaboradas pela superintendência responsável pela fiscalização, em interação com os demais órgãos da Agência envolvidos, para submissão ao Conselho Diretor para aprovação, conforme disposto em seu artigo 13.

Conforme se verifica no artigo 12 e seguintes do referido documento, o Plano Anual de Fiscalização (PAF) evoluiu da composição linear das Diretrizes e do Plano Operacional, passando a representar o nível tático do processo de planejamento da fiscalização. Assim, o Processo de Organização da Execução da Fiscalização passou a ser constituído pelas Diretrizes de Fiscalização (DF), pelo Plano Anual de Fiscalização (PAF) e pelo Plano Operacional de Fiscalização (POF), atendendo os três níveis de planejamento indicados anteriormente.

As Diretrizes de Fiscalização representam o nível estratégico do planejamento e têm a função precípua de estabelecer o direcionamento da fiscalização, promovendo o alinhamento dos recursos e esforços com os objetivos e metas institucionais. É, portanto, nas Diretrizes de Fiscalização que se deve estabelecer os temas prioritários a serem fiscalizados.

No Plano Anual de Fiscalização (PAF) é esperada a formulação tática para o cumprimento das Diretrizes aprovadas pelo Conselho Diretor, que deve levar em consideração, dentre outros, os seguintes aspectos: as prioridades estabelecidas nas Diretrizes, os custos das ações, os benefícios para a sociedade, os recursos disponíveis e os riscos que a ausência das ações de fiscalização pode acarretar.

O Plano Operacional de Fiscalização (POF) é o documento que detalha as informações operacionais acerca das demandas de fiscalização identificadas no Plano Anual de Fiscalização (PAF). As informações operacionais são aquelas que permitem ou subsidiam a execução das

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 2

demandas de fiscalização, possibilitando a alocação de recursos e a definição do quê, onde e quando será fiscalizado.

III. POF 2014

O Plano Operacional de 2014 (POF 2014), aprovado pela Portaria n° 272, de 31 de março de 2014, foi baseado nas Diretrizes de Fiscalização do biênio 2013/2014 (DF 2013-2014), aprovadas pela Portaria n° 336, de 08 de maio de 2013, as quais definiram os 6 critérios a seguir como temas prioritários para as atividades de fiscalização, bem como nos aspectos tácticos contidos no Plano Anual de Fiscalização de 2014 (PAF 2014), aprovado pela Portaria n° 165, de 24 de fevereiro de 2014:

a) Qualidade das redes do Serviço Móvel Pessoal (SMP);

b) Atendimento ao usuário;

c) Faturamento/cobrança dos serviços;

d) Bens reversíveis;

e) Telefones de uso público (TUPs) nas Regiões Norte e Nordeste; e

f) Grandes eventos internacionais.

Além do enfoque dado aos referidos temas, foram priorizadas as ações sistêmicas, isto é, ações planejadas no começo do ano, deixando uma margem menor para as ações chamadas pontuais, as quais correspondem às demandas que surgem ao longo do exercício. Por esta razão, para a elaboração do POF 2014 executou-se um trabalho exaustivo junto às áreas demandantes, com a realização de reuniões expositivas com o objetivo de destacar a importância do planejamento na atividade fiscalizatória, ocasião em que foi requerido o envio de solicitações de fiscalização com antecedência, baseadas nas finalidades e programação de execução de cada área, nos termos das DF 2013/2014.

Para levantamento da capacidade de fiscalização foi avaliado o quantitativo de Agentes de Fiscalização e o total de horas de fiscalização disponíveis por Estado. Para a estimativa do esforço necessário para a execução das ações de fiscalização, além do número de Agentes de Fiscalização em cada unidade da Anatel nos Estados, foi necessário descontar o tempo gasto por servidor com atividades extra fiscalização, tais como: férias, capacitação, licenças e impedimentos e atividades administrativas.

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 3

Tabela 1: Distribuição dos Agentes de Fiscalização - 2014

Unidade Total de Fiscais

FIGF 3

UO001-DF 14

GR01-SP 83

GR02-RJ 37

UO02.1-ES 8

GR03-PR 26

UO03.1-SC 12

GR04-MG 39

GR05-RS 29

GR06-PE 17

UO06.1-AL 6

UO06.2-PB 7

GR07-GO 17

UO07.1-MT 9

UO07.2-MS 8

UO07.3-TO 4

GR08-BA 24

UO08.1-SE 5

GR09-CE 19

UO09.1-RN 7

UO09.2-PI 7

GR10-PA 16

UO010.1-MA 10

UO010.2-AP 3

GR11-AM 11

UO011.1-RO 5

UO011.2-AC 3

UO011.3-RR 5

TOTAL 434 Fonte: POF 2014

O POF 2014 estimou a capacidade fiscalizatória mensal, distribuindo as demandas novas e pendentes (passivo do exercício de 2013) da seguinte forma:

Tabela 2: Total de ações previstas para a fiscalização – 2014

Mês Planejadas Pontuais Total

Janeiro 146 247 393

Fevereiro 278 247 525

Março 425 247 672

Abril 443 247 690

Maio 586 247 833

Junho 285 247 532

Julho 3.193 247 3.440

Agosto 442 247 689

Setembro 533 247 780

Outubro 520 247 767

Novembro 789 247 1.036

Dezembro 942 248 1.190

Total 8.582 2.965 11.547

Fonte: POF 2014

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 4

Assim, a fiscalização previu para o ano de 2014, a realização de 11.547 ações, sendo 7.440 criadas a partir de demandas novas, 1.142 ações migradas do passivo do ano de 2013 – totalizando 8.582 ações planejadas – e 2.965 ações não previstas criadas a partir de denúncias e demandas ao longo do ano de 2014. O gráfico a seguir ilustra a distribuição das ações do POF:

Gráfico 1: Distribuição das ações de fiscalização – POF 2014

Fonte: POF 2014

IV. Acompanhamento da Execução das Atividades de Fiscalização

A fiscalização planejou para o ano de 2014 a realização de 11.547 ações, sendo 74% planejadas (entre demandas novas e o passivo de 2013) e 26% de ações não previstas. A tabela a seguir apresenta os dados de previsão e do que foi executado nesse ano:

Tabela 3: Previsão e Execução mensal de ações de fiscalização - 2014

Previsão Execução % Executado

Janeiro 235 231 98%

Fevereiro 534 473 89%

Março 686 976 142%

Abril 704 1.105 157%

Maio 847 1.060 125%

Junho 551 754 137%

Julho 3.459 1.440 42%

Agosto 703 1.618 230%

Setembro 794 1.200 151%

Outubro 781 1.230 157%

Novembro 1.050 1.048 100%

Dezembro 1.203 1.343 112%

Total 11.547 12.478 108%

2014

Mês

Fonte: Previsão: POF 2014, Execução: Sistema Radar, em 31/12/2014.

Ao final do ano, havia no Sistema RADAR um total de 16.805 ações criadas, excluindo as canceladas por motivos diversos (criação em duplicidade, ação de fiscalização já atendida em outra ação, etc.) e agrupadas (no caso de ações de fiscalização similares).

Esta diferença do total planejado se deve a uma demanda de 5.770 ações não previstas a mais do que o estimado. Este adicional de ações não previstas impactou negativamente na execução e a

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 5

conclusão das ações acabou por representar 74% do total de ações existentes no ano. As ações remanescentes podem ser concluídas no ano seguinte como passivo do exercício anterior. A disposição das ações no final de 2014 é demonstrada no gráfico a seguir:

Gráfico 2: Quantitativo de ações do ano - 2014

Fonte: Sistema Radar, em 31/12/2014.

Do total de 8.582 ações planejadas, 91% foram concluídas. Isto representa 20% a mais de conclusão das ações planejadas em relação ao ano anterior. Em relação às ações não previstas, como houve uma demanda maior que a prevista, das 8.735 ações não previstas criadas no ano, 4.678 foram concluídas, conforme gráficos a seguir:

Gráficos 3 e 4: Distribuição das ações concluídas: Planejadas e Não Previstas - 2014

Fonte dos gráficos: Sistema Radar, em 31/12/2014.

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 6

Gráfico 5: Execução das Ações de Fiscalização - Mês a Mês 2014

Fonte: Sistema Radar, em 31/12/2014.

O gráfico anterior indica que na maioria dos meses de 2014 a execução das ações foi maior que a quantidade prevista. A discrepância exibida em julho se deve à finalização antecipada das 2.898 ações planejadas para a fiscalização de Fust e Funttel, as quais estavam com previsão de término para 31/07/2014, porém foram concluídas antes do previsto, como pode ser observado pela execução acima do planejado nos meses de março a junho.

Em relação às metas do SIOP (Sistema Integrado de Orçamento e Planejamento), que correspondem às metas do Plano Plurianual do Governo Federal, a fiscalização conseguiu atingir 108% da meta estabelecida. Além disso, em relação ao ano anterior, a fiscalização conseguiu executar 15% de ações a mais, conforme se observa na tabela a seguir:

Tabela 4: Comparativo de Metas SIOP e Execução - 2013 e 2014

Previsão Execução % Executado Previsão Execução % Executado

Janeiro 996 595 60% 235 231 98% 65%

Fevereiro 992 1.093 110% 534 473 89% -20%

Março 1.133 1.311 116% 686 976 142% 23%

Abril 1.241 1.570 127% 704 1.105 157% 24%

Maio 1.140 962 84% 847 1.060 125% 48%

Junho 1.108 1.503 136% 551 754 137% 1%

Julho 1.054 1.204 114% 3.459 1.440 42% -64%

Agosto 1.140 1.010 89% 703 1.618 230% 160%

Setembro 1.073 955 89% 794 1.200 151% 70%

Outubro 1.124 934 83% 781 1.230 157% 90%

Novembro 1.088 533 49% 1.050 1.048 100% 104%

Dezembro 999 671 67% 1.203 1.343 112% 66%

Total 13.088 12.341 94% 11.547 12.478 108% 15%

2013 2014Mês

% Diferença

Executado

2014 - 2013

Fontes: SIOP e Sistema Radar, em 31/12/2014.

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 7

Assim, a distribuição das ações de fiscalização executadas no ano ficou da seguinte forma:

Gráfico 6 e 7: Distribuição das ações executadas por tipo de fiscalização - 2014:

Fonte: Sistema Radar, em 31/12/2014.

Apesar da quantidade de ações de fiscalização de serviço ser reduzida em relação às demais, é importante ressaltar que este tipo de fiscalização despende muito tempo do fiscal, pois são ações abrangentes, nas quais o tempo de execução é distribuído ao longo do exercício. O gráfico 7 demonstra a distribuição em horas, apresentando alocação mais real da força de trabalho entre fiscalizações técnicas, de serviços e tributária.

Gráficos 8 e 9: Distribuição das ações executadas por tipo de serviço – 2014

Fonte dos gráficos: Sistema Radar, em 31/12/2014.

A tabela de serviços fiscalizados indica que apesar da quantidade de ações relacionadas aos serviços de radiodifusão, tais como serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada (FM), retransmissão de TV e serviço de radiodifusão comunitária serem em menor quantidade, em termos de horas, as ações de fiscalização relacionadas aos serviços de telecomunicações demandaram praticamente o mesmo tempo, conforme se observa no gráfico 9 acima.

A seguir está a relação de ações concluídas distribuídas por serviço fiscalizado:

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 8

Tabela 5: Relação de Serviços Fiscalizados - 2014

Horas % Horas Ações % Ações

Auxiliar de Radiodifusão e Correlatos 627:02:00 0,1% 19 0,2%

Auxiliar Radiodif.- Com. de Ordens Internas 413:48:00 0,1% 2 0,0%

Auxiliar Radiodif.- Reportagem Externa 349:06:00 0,1% 14 0,1%

Auxiliar Radiodif.- Transmiss. de Programas 2515:24:00 0,5% 122 1,0%

Distrib. Sinais Tv/Audio p/Assinatura Via Satélite 114:06:00 0,0% 5 0,0%

Distribuição de Sinais de Televisão - Distv 56:19:00 0,0% 1 0,0%

Espc. p/Fins Cientif. Experimentais 430:36:00 0,1% 4 0,0%

Espec. Distrib. Sinais Multiponto/Multicanal 30:00:00 0,0% 1 0,0%

Especial de Repetição de Televisão 143:35:00 0,0% 2 0,0%

Especial de Supervisão e Controle/Terceiros 138:09:00 0,0% 7 0,1%

Especial de Televisão por Assinatura 112:30:00 0,0% 2 0,0%

Exploração de Satélite e Estações de Acesso 450:15:00 0,1% 2 0,0%

Funttel 17470:18:00 3,3% 1.456 11,7%

Fust 32770:38:00 6,2% 1.754 14,1%

Geradora de Radiodifusão de Sons e Imagens - Digital 1866:21:00 0,4% 49 0,4%

Limitado Especializado 409:29:00 0,1% 12 0,1%

Limitado Privado 8547:45:00 1,6% 206 1,7%

Limitado Privado Estações Itinerantes 106:15:00 0,0% 2 0,0%

Limitado Privado por Satélite 326:08:00 0,1% 14 0,1%

Móvel Aeronáutico (Estações de Aeronave) 12386:18:00 2,3% 376 3,0%

Móvel Marítimo (Estações de Navio) 416:30:00 0,1% 10 0,1%

Rádio do Cidadão 1597:54:00 0,3% 79 0,6%

Radioamador 2513:15:00 0,5% 93 0,7%

Radiodifusão Comunitária 40727:42:00 7,7% 1.744 14,0%

Radiodifusão de Sons e Imagens 7520:00:00 1,4% 292 2,3%

Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada 58028:48:00 11,0% 2.070 16,6%

Radiodifusão Sonora em Onda Média 15672:43:00 3,0% 723 5,8%

Radiodifusão Sonora em Onda Tropical 1593:37:00 0,3% 79 0,6%

Radiodifusão Sonora em Ondas Curtas 902:21:00 0,2% 38 0,3%

Radioenlaces associados ao SCM 431:58:00 0,1% 12 0,1%

Radioenlaces associados ao Serviço de Circuito Especializado 28:00:00 0,0% 1 0,0%

Radioenlaces associados ao SMP 338:19:00 0,1% 5 0,0%

Retransmissão de Radiodifusão de Sons e Imagens - Digital 443:26:00 0,1% 33 0,3%

Retransmissão de T.V. 21216:13:00 4,0% 981 7,9%

Serviço de Acesso Condicionado 4792:29:00 0,9% 29 0,2%

Serviço de Circuito Especializado p/ Satélite 119:00:00 0,0% 2 0,0%

Serviço de Comunicação Multimídia 55824:38:00 10,6% 845 6,8%

Serviço de Comunicação Multimídia - Est. Terrena 236:00:00 0,0% 8 0,1%

Serviço de Monitoragem do Espectro 1958:45:00 0,4% 47 0,4%

Serviço de Radiação Restrita 5307:11:00 1,0% 118 0,9%

Serviço de Radiotáxi Especializado 1165:34:00 0,2% 33 0,3%

Serviço de Radiotáxi Privado 960:53:00 0,2% 18 0,1%

Serviço de Rede Especializado 31:00:00 0,0% 2 0,0%

Serviço de Rede Especializado p/ Satélite 150:02:00 0,0% 2 0,0%

Serviço Limitado Móvel Privativo 70:00:00 0,0% 1 0,0%

Serviço Móvel Especializado 707:31:00 0,1% 7 0,1%

Serviço Móvel Global por Satélite (SMGS) 64:00:00 0,0% 4 0,0%

Serviço Móvel Pessoal 103225:53:00 19,6% 806 6,5%

Serviço Telefônico Fixo Comutado 79267:40:00 15,0% 174 1,4%

Serviço Uso Temporário Do Espectro 40764:54:00 7,7% 144 1,2%

STFC/Radiotelefônico - Estações Terrenas 11:20:00 0,0% 1 0,0%

STFC/Radiotelefônico - Estações Terrestres 329:28:00 0,1% 5 0,0%

TV a Cabo 2209:45:00 0,4% 22 0,2%

Total 5 2 7 8 9 0 :5 1:0 0 10 0 ,0 % 12 .4 7 8 10 0 ,0 %

Tipo de serviço/ Ano2014

Fonte: Sistema Radar, em 31/12/2014.

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 9

A seguir estão discriminadas as ações de fiscalização ocorridas em 2014 por tema.

V. Fiscalização Técnica

a) Fiscalizações dos serviços de radiodifusão relativas ao Plano Anual de Fiscalização do Ministério das Comunicações (PAF/MC)

O Ministério das Comunicações estabeleceu como meta, no âmbito do Plano Plurianual da União 2012-2015, fiscalizar todas as estações de radiodifusão brasileiras no período de 4 anos. Os aspectos fiscalizados compreendem as características técnicas de suas instalações; o conteúdo da programação transmitida, incluindo aspectos como a veiculação de recursos de acessibilidade e adequação às finalidades educativas e culturais; e as obrigações contratuais firmadas com as emissoras e as ações de fiscalização realizadas tanto pelo órgão ministerial quanto pela Anatel, considerando as respectivas competências.

Para cumprir esta determinação, o Ministério das Comunicações estimou a quantidade de estações a serem medidas – 15.616, e planejou a verificação anual até o ano de 2015. Complementarmente, o Ministério edita, anualmente, um Plano Anual de Fiscalização (PAF/MC) informando o que foi feito nos anos anteriores e o percentual faltante para o atingimento da meta até o ano de 2015, considerando as ações de fiscalização realizadas pelos 2 órgãos, a fim de estabelecer diretrizes e prioridades para as fiscalizações que serão realizadas durante o ano.

No 1º trimestre, 4.813 entidades já haviam sido fiscalizadas pela Anatel e pelo MC. Até a metade do ano, 5.385 entidades foram fiscalizadas por algum dos dois órgãos.

Algumas unidades estavam um pouco atrasadas até o 1º semestre de 2014. A UO073 (Tocantins) foi prejudicada pelo baixo número de fiscais. Na GR04 (Minas Gerais) estava em tratamento um passivo de mais de 300 denúncias de estações do Serviço de Retransmissão de TV (RTV) não outorgadas, o que exigiu um esforço extra da área de fiscalização. A GR05 (Rio Grande do Sul) também sofreu com uma equipe pequena para o volume de ações fiscalizatórias existentes.

Considerando a meta estabelecida, até o final do 3º trimestre de 2014, a Anatel e o MC já haviam fiscalizado 69,5% do total previsto.

Cabe destacar que neste período houve avanço da GR04 (Minas Gerais), que saiu de 49% ao final do 2º trimestre para 66% das estações fiscalizadas no 3º trimestre de 2014.

A GR07 (Goiás), à qual está vinculada a UO073 (Tocantins), e a GR05 (Rio Grande do Sul) realizaram ajustes a fim de cumprir o planejamento aprovado. Dentre elas pode-se enumerar, respectivamente, a alocação de Agentes de Fiscalização em missões no Estado de Tocantins e o remanejamento de Agentes de Fiscalização entre as coordenações para ajustar a oferta da demanda de trabalho, uma vez que é possível perceber, ao longo do ano, uma migração da demanda por fiscalização de serviços de telecomunicações para fiscalizações de não outorgados e serviços de radiodifusão.

É importante salientar que houve alteração da forma de consolidação das informações da UO001 (Distrito Federal), a qual apresentava 97% de execução no relatório do 2º trimestre e no 3º encontrava-se com apenas 75%. Até o 2º trimestre as ações de fiscalização eram acompanhadas por Unidade da Federação, razão pela qual os números não refletiam o desempenho da UO001 (Distrito Federal) e da GR07 (Goiás), uma vez que há aproximadamente 40 (quarenta)

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 10

municípios no Estado de Goiás, localizados na Região Nordeste e entorno do DF, que são fiscalizados pela UO001. A partir do 3º trimestre o acompanhamento considerou este fato, razão pela qual a UO001 apresentou um decréscimo neste período.

Até o final de 2014, 6.633 entidades foram fiscalizadas pela Anatel e pelo MC. A maioria dos Estados está cumprindo o cronograma do PPA-MC, sendo que a diferença a cumprir nas demais unidades é pequena.

São Paulo apresenta um baixo índice de ações de fiscalização desde o início do levantamento, tendo em vista que o número de fiscais também é baixo. Todavia, estima-se avaliar novas ações que possam ser implementadas pelo GR01 para melhorar o desempenho.

Goiás e Bahia, apesar do baixo desempenho em relação às outras GRs/UOs, nos últimos levantamentos melhoraram suas atuações, considerando que o Estado da Bahia possui uma grande extensão territorial e Goiás possui um número baixo de fiscais.

O Estado do Tocantins, devido ao baixo número de fiscais, apresentou um baixo crescimento nas ações de fiscalização durante boa parte do período do PPA. Todavia, nos últimos levantamentos, seu desempenho melhorou, pois utilizou um servidor de outra Gerência Regional para reforçar as ações de fiscalização.

Gráfico 10: Execução do PAF/MC por UF – 2014

Fonte: Anatel.

b) Denúncias e Interferências

Em relação às denúncias recebidas via Sistema Focus é importante destacar que para fins de aferição do volume de solicitações resolvidas no prazo, considera-se aquelas que foram

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 11

resolvidas em até 90 dias e também aquelas resolvidas em até 180 dias, prazo máximo previsto no Regimento Interno da Anatel.

Em 2014 foram concluídas 2.091 ações de fiscalização, representando 83% do total de denúncias recebidas e admitidas.

Considerando o prazo regimental, os melhores desempenhos ficaram por conta da GR10 (Pará) e GR06 (Pernambuco), com 98% e 95% de solicitações resolvidas, respectivamente.

Em relação às ações ainda não concluídas no período, 26% ficaram atrasadas comparativamente ao prazo previsto, mas nenhuma ficou pendente de conclusão por mais de 180 dias, com exceção da GR02 (Rio de Janeiro), com apenas 2% (dois por cento) das ações não concluídas.

Tabela 6: Denúncias concluídas e não concluídas – 2014

Unidade Atrasada No prazo Total % Atrasada > 180 dias < 180 dias % > 180 dias

GR01 131 382 513 26% 117 396 23%

GR02 114 83 197 58% 85 112 43%

GR03 59 69 128 46% 11 117 9%

GR04 46 111 157 29% 44 113 28%

GR05 94 118 212 44% 54 158 25%

GR06 20 109 129 16% 6 123 5%

GR07 42 107 149 28% 24 125 16%

GR08 82 94 176 47% 43 133 24%

GR09 67 175 242 28% 25 217 10%

GR10 41 79 120 34% 2 118 2%

GR11 9 25 34 26% 2 32 6%

UO001 21 13 34 62% 14 20 41%

Total 726 1.365 2.091 35% 427 1.664 20%

Denúncias concluídas

Unidade Atrasada No prazo Total % Atrasada > 180 dias < 180 dias % > 180 dias

GR01 45 32 77 58% 0 77 0%

GR02 3 129 132 2% 2 130 2%

GR03 2 26 28 7% 0 28 0%

GR04 0 60 60 0% 0 60 0%

GR05 14 12 26 54% 0 26 0%

GR06 0 15 15 0% 0 15 0%

GR07 22 19 41 54% 0 41 0%

GR08 16 20 36 44% 0 36 0%

GR09 3 8 11 27% 0 11 0%

GR10 3 1 4 75% 0 4 0%

GR11 2 0 2 100% 0 2 0%

UO001 6 0 6 100% 0 6 0%

Total 116 322 438 26% 2 436 0%

Denúncias não concluídas

Fonte: Sistema Radar, em 31/12/2014.

No que tange a casos de interferências internacionais em região de fronteira, em 2014 a Superintendência de Fiscalização continuou atuando em conjunto com a Assessoria Internacional (AIN) e a Gerência de Espectro, Órbita e Radiodifusão (ORER) para a solução dos

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 12

problemas de interferências relatados no Serviço Móvel Pessoal (SMP), no Serviço Móvel Aeronáutico (SMA) e nos Serviços de Radiodifusão.

Em outubro, uma força tarefa composta pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Força Nacional realizaram uma missão de fiscalização nas localidades de Novo Progresso, Castelo dos Sonhos, Cachoeira da Serra e Alvorada da Amazônia, todas situadas no estado do Pará, com o objetivo de identificar e interromper o uso de estações clandestinas que utilizam indevidamente satélite estrangeiro.

Houve a interrupção do serviço e apreensão de equipamentos como transceptores e antenas de 14 estações que utilizavam indevidamente satélite, 4 estações clandestinas de radiodifusão sonora em FM e uma estação clandestina de RTV.

Sobre interferências, há um crescente número de denúncias e reclamações por parte das operadoras Claro e TIM no SMP. Uma das fontes identificáveis de interferências é o uso de reforçadores de sinais por parte de usuários desse serviço.

c) Fiscalização de aferição do nível de Radiação Não Ionizante (RNI)

A fiscalização de aferição do nível de Radiação Não Ionizante (RNI) relativa à Lei nº 11.934, de 5 de maio de 2009, tem como objetivo garantir que as emissões de radiação dos equipamentos sigam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em 2014, 1.174 ações planejadas foram criadas, sendo que até o final do ano 1.073 destas ações foram concluídas. Além disso, mais 257 ações pontuais deste tipo de fiscalização foram executadas ao longo do ano.

É importante destacar que o Sistema Mosaico, o qual será utilizado para armazenar as medidas de RNI, está finalizando a etapa de inserção das informações pelas operadoras do SMP, com previsão de término para março de 2015. Em breve, a Anatel também cadastrará as medidas realizadas nas estações de radiodifusão neste sistema.

d) Fiscalização de Loudness

Com a vigência da Lei nº 10.222, de 09 de maio de 2001, alterada pela Lei nº 12.810, de 15 de maio de 2013, e regulamentada pela Portaria MC nº 354, de 11 de julho de 2012, surgiu a necessidade de realizar ações de fiscalização com o objetivo de verificar o cumprimento das obrigações impostas por esses normativos para medição da intensidade subjetiva de áudio no serviço de radiodifusão de sons e imagens digitais (Loudness).

Em 2014, a fiscalização de Loudness foi realizada somente por demanda pontual.

Devido a problemas técnicos no equipamento da Rede Nacional de Radiovideometria (RNR) e no software, as atividades de Loudness que foram demandadas pelo MC no 1º trimestre de 2014 nas GR01 (São Paulo), GR02 (Rio de Janeiro) e GR04 (Minas Gerais) foram finalizadas somente em abril. Foram 8 demandas de fiscalização de Loudness, 3 para entidades em SP, 3 no RJ e 2 em MG.

No restante do ano não houve mais nenhuma solicitação sobre este tipo de fiscalização.

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 13

e) MSAT - Radiomonitoração de redes de satélites geoestacionários

Após a operação na Copa do Mundo 2014, o próximo desafio desta nova frente de atuação da fiscalização da Anatel é a preparação operacional para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.

Como parte do processo evolutivo, a Anatel participou em outubro de 2014, pela primeira vez em sua história, da reunião internacional de radiomonitoração de satélites (ISRMM) realizada na Alemanha. O encontro foi fundamental para criação de laços de cooperação internacional com equipes de radiomonitoração de satélites de reguladores de outros países que possuem estrutura similar. Além de expor a estrutura da Anatel, foi possível obter elementos importantes sobre a estrutura e procedimentos operacionais dos demais países.

VI. Fiscalização de Serviços

a) Qualidade das redes do Serviço Móvel Pessoal (SMP)

Conforme o Plano Anual de Fiscalização 2014 (PAF 2014), aprovado pela Portaria nº 165, de 24 de fevereiro de 2014, os principais temas relacionados à qualidade das redes SMP a fiscalizar foram:

� Plano de Melhorias do SMP, abrangendo os temas: indicadores do Regulamento Geral de Qualidade do Serviço Móvel Pessoal (RGQ-SMP); acompanhamento da ocupação de rotas; de interrupções de serviço e indicadores de reclamações;

� Compromissos de Abrangência referentes ao Edital de Licitação nº 004/2012/PVCP/SPV-ANATEL (Edital do 4G) pelas prestadoras Claro, Oi, Tim e Vivo;

� Compromissos de Abrangência referentes ao Edital de Licitação nº 002/2007/SPV-Anatel (Edital do 3G), pelas prestadoras Claro, Oi, Tim e Vivo;

� Compromissos de Abrangência referentes ao Edital de Licitação nº 002/2010/PVCP/SPV-Anatel (Edital da Banda H) pelas prestadoras Claro, Nextel, Tim e Vivo.

Em 2012 a Anatel adotou como medida cautelar a suspensão de vendas de chips das operadoras de telefonia móvel, condicionando a liberação para novas vendas à apresentação de plano de melhoria da qualidade. Após a apresentação dos planos, as vendas foram autorizadas. Referidos planos tinham duração de 2 anos e findaram em julho de 2014. Foram monitorados indicadores de desempenho de rede, atendimento ao usuário, interrupções do serviço e investimentos para o triênio 2012-2014.

Em cada ciclo do Plano de Melhorias foram avaliados, para cada uma das 6 empresas (Vivo, Claro, Tim, Oi, CTBC e Sercomtel), os 4 aspectos da prestação do serviço conforme citado no parágrafo anterior, totalizando, dessa forma, 24 ações por ciclo. Os 8 ciclos foram concluídos até o 3º trimestre de 2014.

Paralelamente a este plano, em setembro de 2014 iniciaram-se as atividades do Plano de Monitoramento de Redes, decorrentes de 7 processos de acompanhamentos instaurados pela

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 14

Superintendência de Controle de Obrigações. No bojo desses processos foram exarados Despachos Decisórios determinando a realização do monitoramento das redes de telefonia móvel, por meio do acompanhamento de indicadores de acesso e de desconexão de voz e de dados (qualidade de rede), de completamento de chamadas e de disponibilidade de serviço.

Assim, foram abertas 21 ações, contemplando o monitoramento dos 3 grupos de indicadores citados acima em 7 prestadoras (Vivo, Claro, Tim, Oi, CTBC, Sercomtel e Nextel).

Diversamente do que ocorreu no Plano de Melhorias, em que as ações eram abertas por trimestre, nesse novo plano todas as ações foram abertas com término previsto para janeiro de 2015. Contudo, o processamento, a consolidação e o encaminhamento dos indicadores ao demandante ocorreram mensalmente.

Em relação aos compromissos de abrangência, foram incluídas 12 ações de fiscalização para verificação do disposto no Edital do 4G, 5 ações para verificação do Edital do 3G e 4 ações para verificação do Edital da Banda H.

É importante destacar que para a verificação do disposto no Edital do 4G cada ação teve por objetivo averiguar o atendimento, por uma determinada prestadora, a 50% da área urbana de 50 municípios Sedes e Sub-sedes da Copa do Mundo em todo o Brasil, consoante o disposto no item 7.1.2 do Anexo II-B do referido Edital de Licitação. Em janeiro, foi solicitado às prestadoras a realização de medições em campo, utilizando plataformas de Drive Test, nas 6 cidades que sediariam jogos de Copa do Mundo FIFA 2014 e que não haviam participado da Copa das Confederações 2013. No mês seguinte, equipes de fiscais visitaram os centros de predição das prestadoras para avaliar as medidas executadas e, também, os projetos de predição das localidades definidas como sub-sedes. As sub-sedes inicialmente escolhidas pela Anatel visavam tão somente o preenchimento da exigência aposta no citado Edital, cujo prazo para cobertura pelas redes SMP findavam ao término de 2013. Somente em janeiro de 2014 a FIFA divulgou as sub-sedes oficiais que, para fins de fiscalização por parte dessa Agência, foram somadas às inicialmente escolhidas. Desta forma, em maio de 2014 novas visitas aos centros de predição das prestadoras foram realizadas, com vistas a averiguar os dados de cobertura das localidades escolhidas pela FIFA.

Após a conclusão das atividades citadas, foi iniciado o projeto DT Copa, para o qual 4 ações foram incluídas, com o objetivo de avaliar a qualidade das redes SMP nas 12 cidades que sediariam os jogos da Copa do Mundo FIFA 2014. Essa avaliação foi feita realizando-se medições de benchmarking semanais nessas cidades, utilizando-se as plataformas de drive test adquiridas pela Agência. Essa atividade foi dissociada dos compromissos de abrangência.

No 3º trimestre, foram realizadas visitas aos centros de predição das prestadoras com a finalidade a averiguar o projeto de predição de cobertura das localidades cujas obrigações de cobertura foram instituídas pelo disposto nos Editais do 4G, do 3G e da Banda H.

Em relação ao Edital do 4G, foram avaliados os projetos de predição de cobertura de 45 municípios em cada operadora. Já em decorrência do Edital do 3G, foram avaliados 174 municípios na operadora Claro, 172 municípios na operadora Oi, o mesmo número na operadora Tim e 173 municípios na operadora Vivo. Por fim, à luz do Edital da Banda H, foram averiguados 26 municípios na operadora Claro, 199 municípios na operadora Nextel, 13 municípios na operadora Tim e 57 municípios na operadora Vivo.

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 15

Como resultado da análise descrita acima, as equipes de fiscalização constataram a necessidade de realizar drive test em 141 municípios, sendo 15 da operadora Nextel, 14 da operadora Claro, 42 da operadora Vivo, 41 da operadora Oi e 29 da operadora Tim.

No 4º trimestre, foram realizadas também fiscalizações in loco nas sedes das operadoras com o objetivo de averiguar os projetos de predição relativos à cobertura da área rural e ao atendimento das escolas rurais, bem como a quantidade de ERBs construídas. Nessa oportunidade, foram fiscalizados 1.671 municípios com vistas a averiguar a oferta ao varejo de voz e dados em área rural, sendo 356 municípios de responsabilidade da operadora Claro, 289 (duzentos e oitenta e nove) da operadora Oi, 259 da operadora Tim e 767 da operadora Vivo.

Também foram averiguados os compromissos de atendimento às escolas rurais, em um total de 7.026, sendo que 4.290 escolas sob a responsabilidade da operadora Claro, 205 escolas da operadora Oi, 540 escolas da operadora Tim e 1.361 escolas da operadora Vivo.

Por fim, foi avaliada a quantidade de ERBs construídas, relativa a obrigação de construção de infraestrutura, totalizando 942 ERBs, sendo que 314 deveriam ser construídas pela Claro, 157 pela Oi, 157 pela Tim e 314 pela Vivo. As fiscalizações em comento terão continuidade no início do ano 2015.

b) Atendimento ao usuário

Em 2014 foram criadas 23 ações de fiscalização com o objetivo de verificar o cumprimento do Decreto nº 6.523, de 31 de julho de 2008, que fixou as Normas Gerais sobre o Serviço de Atendimento ao Consumidor (Decreto do SAC) e regulamentos de serviços, com foco em dispositivos relacionados à acessibilidade do serviço, qualidade do atendimento, acompanhamento e procedimento para resolução de demandas e pedido de cancelamento do serviço.

Em princípio, destaca-se que, em conformidade com o Procedimento de Fiscalização específico (FIS.PF.040), as fiscalizações do Decreto do SAC abrangeram, ainda que indiretamente, a realização de análises e verificações nos sistemas informatizados de atendimento, sobretudo no que concerne aos aspectos de disponibilidade e funcionamento desses sistemas.

Em apertada síntese, buscou-se “auditar” os sistemas de atendimento das prestadoras: as facilidades disponibilizadas, os itens de menus e diversos outros aspectos dos sistemas de atendimento, como as unidades eletrônicas de atendimento e resposta e as unidades de gravação de mensagens e conversas, integrantes da sistemática de atendimento aos usuários das prestadoras. Todos estes aspectos foram alvos de verificação na atividade fiscalizatória.

Em 2014, das 23 ações planejadas para o ano, 17 foram concluídas, as demais estavam com previsão de término para o primeiro semestre de 2015. Além disso, até o final do 4º trimestre ainda foram criadas 13 novas ações pontuais, das quais todas foram concluídas.

Destaca-se que no 3º trimestre de 2014 entrou em vigência o primeiro lote de obrigações do Regulamento Geral de Direitos dos Consumidores dos Serviços de Telecomunicações (RGC), aprovado pela Resolução nº 632, de 7 de março de 2014.

Em razão da grande importância social dos direitos dos consumidores dos serviços de telecomunicações, consolidadas em regulamentação uniforme, e da grande evidência dada pela

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imprensa à verificação do cumprimento das obrigações impostas às prestadoras, os Superintendentes da Superintendência de Relações com Consumidores (SRC), da Superintendência de Controle de Obrigações (SCO), da Superintendência de Fiscalização (SFI), da Superintendência de Planejamento e Regulamentação (SPR) e da Superintendência de Competição (SCP), no âmbito do grupo de trabalho formado para a elaboração das orientações necessárias à implementação do Regulamento (GT RGC), elegeram as 3 obrigações abaixo listadas que, por seu caráter inovador e pela facilidade de teste de sua funcionalidade pela mídia e pelos próprios consumidores, deveriam ser priorizadas numa primeira leva de atividades de fiscalização:

� Call back (retorno imediato da ligação em caso de queda, quando em conversação com atendente do call center);

� Cancelamento de serviço sem passar por atendente; e

� Informação sobre a validade de créditos pré-pagos do SMP previamente à aquisição desses créditos.

Em face dessa demanda, foram criadas 8 ações de fiscalização para averiguações nas prestadoras de maior porte do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), do Serviço Móvel Pessoal (SMP), do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) e do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM): Tim, Oi, GVT, SKY, Telefônica/Vivo, Claro e Embratel. A partir destas, foram criadas outras 20 ações parciais, para conferir às fiscalizações a necessária capilaridade. Todas elas foram concluídas no 3º trimestre de 2014, cabendo destacar que, durante as respectivas execuções, reportes parciais foram fornecidos ao GT RGC e à SRC para subsidiar a tomada de providências e o posicionamento dos canais competentes da Agência na concessão de entrevistas à imprensa.

No 4º trimestre foi solicitada a fiscalização da integralidade dos artigos do Regulamento Geral de Direitos dos Consumidores dos Serviços de Telecomunicações (RGC), aprovado pela Resolução nº 632, de 7 de março de 2014.

Foram inseridas pela área demandante (SCO) 34 solicitações de fiscalização, com vistas a contemplar verificações sobre os serviços STFC, SMP, SCM e SEAC, prestados pelos principais grupos empresariais atuantes no setor de telecomunicações brasileiro: Grupo Claro, Grupo Oi, TIM, Telefonica/Vivo, GVT, CTBC, Sercomtel e SKY.

c) Faturamento/cobrança dos serviços

O Conselho Diretor da Anatel, em sintonia com as recomendações do TCU sobre o tema, entendeu, após a análise de casos concretos constantes de recursos de Pados submetidos à avaliação do Colegiado, pela necessidade da realização de ações de fiscalização mais abrangentes que aquelas já realizadas em conformidade com o Procedimento de Fiscalização específico (FIS.PF.023).

Em atendimento à determinação do Conselho Diretor, a fiscalização estabeleceu uma sistemática de trabalho que contemplou, em síntese, os seguintes itens:

� fiscalização de todos os planos de serviços/promoções disponíveis pelas empresas em um dado momento para contratação;

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� avaliação da consistência da comunicação desses planos/promoções em diversas mídias com os termos de adesão/contratos e com a programação destes nos sistemas de cobrança (faturamento, plataforma de pré-pago, etc); e

� checagem dos CDRs de amostras de usuários, por planos, com as referidas contas / relatórios detalhados.

No início de 2014, foram abertas 4 ações de fiscalização, 1 para cada empresa (Oi, Tim, Vivo e Claro). Todas elas foram concluídas no 2º trimestre de 2014. Embora tenham sido finalizadas com atraso, é importante ressaltar que este tipo de fiscalização teve que abranger toda a área de atuação da prestadora, a fim de fiscalizar o cumprimento de obrigações regulamentares relativas aos processos de faturamento do SMP.

É preciso esclarecer que as ações deste tipo configuram fiscalizações abrangentes de faturamento, as quais possuem escopo e complexidade bastante ampliados quando comparadas com aquelas até então realizadas pela Agência. Nesse contexto, é importante destacar que em determinadas etapas verificou-se a necessidade de aguardar o desenvolvimento das atividades junto à Vivo e à Claro, para aproveitamento e posterior utilização do know-how adquirido, para então proceder junto à Tim e Oi.

Em relação aos sistemas de faturamento da CTBC (Algar Telecom SA) e Sercomtel, cabe informar que se optou por aguardar maiores avanços nas ações da Vivo e da Claro para dar início a essas fiscalizações “abrangentes” de faturamento, dada a mencionada complexidade de alguns itens. Não obstante a abertura dessas ações, cumpre informar que o tema faturamento já vem sendo objeto de fiscalizações periódicas.

Entre as dificuldades até então enfrentadas, segundo relatos das equipes envolvidas, ganharam destaque a necessidade de recursos computacionais pesados para o processamento de dados e as dificuldades manifestadas pelas empresas para entrega das informações requisitadas, que em alguns casos atingiu a casa dos 90 dias, atrasando consideravelmente a execução dos trabalhos.

Cabe ainda informar a posterior inclusão no escopo dessas ações de verificações sobre o disposto pela Resolução nº 604, de 27 de novembro de 2012, que aprovou alteração no Regulamento do SMP para que chamadas sucessivas, feitas de celular para um mesmo número, sejam consideradas uma única ligação, para efeitos de tarifação.

Ao final do ano, restaram pendentes somente as ações abrangentes de fiscalização de faturamento do SMP das empresas CTBC e Sercomtel, iniciadas em abril de 2014 e com previsão de conclusão em, respectivamente, fevereiro e março de 2015.

Adicionalmente, houve a criação de 2 demandas específicas sobre faturamento de planos de dados na prestadora Oi, em razão de solicitação do Ministério Público do Rio de Janeiro. Uma delas foi concluída no 4º trimestre de 2014 e a outra está com previsão de conclusão para abril de 2015.

d) Bens Reversíveis

Bens Reversíveis são os equipamentos, infraestrutura, logiciários ou qualquer outro bem, móvel ou imóvel, inclusive bens de massa, ou direito integrantes do patrimônio da Concessionária, de

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 18

sua controladora, controlada ou coligada, indispensáveis à continuidade e atualidade da prestação do Serviço Telefônico Fixo Comutado, prestado no regime público.

Em 2014, 15 ações de fiscalização de bens reversíveis foram planejadas, com previsão de término a partir de abril. As ações pretendiam averiguar se as empresas estão solicitando anuência prévia da Anatel para contratação de serviços ou utilização de bens de terceiros, que não integrem o patrimônio de sua controladora, controlada ou coligada, e fazer constar as cláusulas obrigatórias nesses contratos e a dispensabilidade de imóveis.

Das ações planejadas para o ano, 8 ações foram concluídas. Em agosto de 2014, 6 ações foram canceladas a pedido do demandante, que conseguiu realizar internamente o levantamento das informações solicitadas. Restou somente 1 ação em andamento, referente à fiscalização de bens imóveis e reversíveis da Telemar Norte Leste S.A, com previsão de término para janeiro de 2015.

Além dessas ações, foram inseridas 3 novas demandas sobre o tema. Cumpre observar que as recentes demandas sobre Bens Reversíveis possuem escopos extremamente amplos, que demandarão, para sua execução, mais de 1.500 horas de fiscalização, distribuídas em diversos meses.

Em virtude da necessidade de melhor delimitar as atividades envolvidas na fiscalização e no acompanhamento e controle de Bens Reversíveis, foi criado Grupo de Trabalho para a revisão do Procedimento de Fiscalização específico (FIS.PF.011), haja vista que muitas atividades demandadas nesse contexto não necessitam de averiguações presenciais. A título de exemplificação, citam-se conferências e batimentos de bases de dados, que podem ser realizadas remotamente pela própria área de acompanhamento e controle, sem a necessidade da utilização de significativa quantidade de horas de fiscalização, que poderão ser remanejadas para atividades mais diretamente relacionadas aos aspectos próprios de fiscalização, tais como vistorias in loco.

e) Telefones de uso público (TUPs) nas Regiões Norte e Nordeste

As obrigações gerais de universalização constam no Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado em Regime Público (PGMU), aprovado pelo Decreto nº 7.512, de 30 de junho de 2011, e incluem prospecção, planejamento, implementação, prestação de informações e divulgação, e para o controle, a verificação do cumprimento das metas de universalização, as sanções e demais medidas aplicáveis.

Em relação à fiscalização de Telefones de Uso Público (TUPs), foram inseridas 31 ações de fiscalização no Sistema Radar, sendo:

� 9 ações na Região Norte;

� 11 ações na Região Nordeste;

� 4 ações na Região Centro-oeste;

� 4 ações na Região Sudeste; e

� 3 (três) ações na Região Sul.

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 19

Além destas, foram migradas 2 ações do passivo de 2013 e 9 ações não previstas foram criadas sobre este tema ao longo do ano.

Até o final de 2014, 26 ações planejadas sobre este tema foram concluídas. As demais foram reprogramadas para serem concluídas no 1º semestre de 2015. Das ações não previstas, apenas 1 restou em andamento, com prazo de conclusão previsto para fevereiro de 2015.

VII. Fiscalização Tributária

a) Fust/Funttel

Este ano foram executadas 2.898 ações de fiscalização, sendo metade das ações para o Fust e a outra metade para o Funttel.

Foram também incluídas 387 ações relacionadas a diligências do Fust/Funttel, das quais 51 são do passivo de 2013, com previsão de término em dezembro de 2014. Ao final do ano, 78,04% das ações de diligência haviam sido finalizadas, o que significa 295 ações executadas. O restante tem nova previsão de término para março de 2015.

b) Fiscalização de códigos não geográficos (0500)

Foi executada, nos meses de outubro e novembro, 1 ação de fiscalização para averiguação de valores arrecadados por instituições de utilidade pública em decorrência de eventos participativos realizados por meio de ligações telefônicas, em decorrência de Ato de Autorização de Uso de Código Não-Geográfico 0500 relativas ao exercício de 2009, em atenção ao disposto no inciso IV do art. 4º da Lei do Funttel.

Essa fiscalização teve abrangência em todas as operadoras de telefonia fixa e móvel, totalizando 81 empresas com outorga vigente naquele ano.

Foi apurado um montante de R$ 192 mil a ser recolhido pelas instituições. O Relatório de Fiscalização foi enviado ao Conselho Gestor do Funttel, órgão do Ministério das Comunicações responsável por notificar as instituições.

c) Fiscalização de ônus contratual STFC e SMP

Apesar de não constar do POF 2014 qualquer ação de fiscalização relacionadas ao Ônus Contratual do STFC, durante o exercício foram concluídas 2 ações de fiscalização remanescentes do POF 2013 (passivo), apurando-se um valor a ser corrigido pelas prestadoras de R$ 16 milhões, conforme tabela a seguir:

Tabela 9: Valores apurados sobre ônus contratual do STFC– 2014

Ônus STFC Apurado Declarado Diferença

Sercomtel 1.713.278,52R$ 1.642.478,55R$ 70.799,96R$

Embratel 87.848.208,95R$ R$ 71 686.587,27 16.161.621,68R$

Total 89.561.487,47R$ 73.329.065,82R$ 16.232.421,64R$ Fonte: FIGF4.

Relatório de Acompanhamento das Atividades de Fiscalização - 2014 20

A diferença encontrada se deveu principalmente ao fato de empresas não declararem receitas de interconexão na base de cálculo do ônus contratual.

Quanto ao ônus relacionado ao SMP, foram criadas no POF 2014 20 ações de fiscalização. Destas, 17 ações foram executadas, restando apenas 3 para serem concluídas em 2015, com previsão de término até 31 de março.

Das ações finalizadas, foi apurada até o momento uma diferença de R$ 271 milhões, conforme tabela a seguir.

Tabela 10: Valores apurados sobre ônus contratual do SMP – 2014

Ônus STFC Apurado Declarado Diferença

Telefônica (Vivo) 237.981.511,67R$ 41.996.037,78R$ 195.985.473,89R$

TIM Celular 58.333.628,85R$ 51.467.499,94R$ 6.866.128,91R$

Sercomtel Celular 240.643,45R$ 264.185,23R$ 23.541,78R$

Claro 121.363.179,81R$ 52.524.517,80R$ 68.838.662,01R$

Total 417.918.963,78R$ 146.252.240,75R$ 271.666.723,03R$ Fonte: FIGF4.

A diferença encontrada aqui se deve ao fato das operadoras contabilizarem as receitas advindas apenas do uso da radiofrequência decorrente da prorrogação da radiofrequência associada aos termos de autorização, que se utiliza da tecnologia 2G e 3G, enquanto a fiscalização apura para a base de cálculo toda a receita oriunda e decorrente dos planos básicos e alternativos das operadoras do SMP, 2G, 3G e 4G, em consonância com a Súmula nº 13 de 31 de outubro de 2012.

Estão incluídas na base de cálculo do valor devido a título de renovação do direito

de uso de radiofrequências previsto nos Termos de Autorização para a prestação do

Serviço Móvel Pessoal (SMP), dentre outras, as receitas de interconexão, de

facilidades ou comodidades adicionais, e as receitas operacionais inerentes à

prestação do SMP.

VIII. Fiscalização dos Grandes Eventos

a) Copa do Mundo FIFA 2014

A Anatel estava especialmente atenta para que os serviços de telecomunicação funcionassem conforme o planejado durante a Copa do Mundo FIFA 2014. Além das ações de fiscalização realizadas em 2013 para este grande evento, em 2014 o foco das ações fiscalizatórias foi na verificação do suporte e infraestrutura necessários para garantir que a transmissão e cobertura dos jogos fossem efetivas e que o SMP fosse de qualidade e dentro dos padrões desejados pela sociedade.

Neste sentido, no 1º trimestre de 2014 3 foram os principais focos das ações:

� Verificação de atendimento aos pontos de interesse da Copa do Mundo (venues);

� Habilitação do SMP com passaporte; e

� Vistorias nos estádios.

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No 2º trimestre, para que os serviços de telecomunicações funcionassem conforme o planejado durante a Copa do Mundo FIFA 2014, as ações de fiscalização foram intensificadas, culminando em uma atuação condizente com o estado da arte requerido por um evento de tal magnitude. Em especial, ampliou-se o trabalho de verificação do suporte e infraestrutura necessários para garantir que a transmissão e cobertura dos jogos fossem efetivas e que fosse prestado um serviço de SMP com qualidade e dentro dos padrões desejados pela sociedade.

A partir de março até o final da Copa do Mundo FIFA 2014, dando prosseguimento ao trabalho realizado, a Anatel deu continuidade ao plano de fiscalização atuando nas seguintes frentes:

� Teste e etiquetagem;

� Monitoração do espectro;

� Monitoração do espectro – Satélite;

� Recursos tecnológicos, instrumentais e humanos para atuação no evento; e

� Fiscalização dos serviços de telecomunicações.

Para a Copa do Mundo FIFA 2014, a Agência realizou o planejamento de suas atividades, em especial a administração do espectro radioelétrico e a fiscalização do cumprimento da regulamentação nacional de telecomunicações, com a antecedência adequada e com intensa e inédita integração com as entidades organizadoras, órgãos públicos envolvidos e órgãos de segurança, sendo possível avançar na realização de uma fiscalização mais eficiente em Grandes Eventos.

As experiências adquiridas durante eventos de grande porte em anos anteriores, em especial a Copa das Confederações 2013, assim como as reuniões com os coordenadores locais e o relacionamento com os demais órgãos envolvidos, colaboraram para que atuação da Anatel ocorresse sem grandes percalços e contribuíram para a consolidação da excelência institucional da Agência neste grande evento.

Ao final do evento foi elaborado um relatório detalhado das atividades desenvolvidas, disponível para consulta no portal da Anatel.

b) Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016

Após o fim da Copa do Mundo FIFA 2014, foram intensificados os preparativos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, com foco na elaboração de documentos contidos nos marcos definidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Em agosto de 2014, ocorreu na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, a Regata Internacional de Vela, 1° evento teste dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Aproximadamente 34 nações e 324 atletas incluindo os melhores do mundo participaram do evento.

Agentes de Fiscalização da GR02 (Rio de Janeiro) participaram do evento teste realizando a monitoração do espectro e da qualidade de serviços relacionados ao evento, inclusive com a realização de walk test da cobertura do sinal de GSM, 3G e 4G após reclamação da organização do evento.

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Não foram verificados níveis baixos de sinal, assim como não houve qualquer incidência de interferências que afetassem o desempenho da competição. A participação foi importante para conhecer os métodos do Comitê Organizador Rio 2016 e melhorar o planejamento para os próximos eventos teste.

Com o foco voltado para o planejamento da fiscalização nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, foram concluídos e entregues ao Comitê Organizador Rio 2016, 2 importantes documentos, cumprindo marcos estabelecidos pelo COI.

O Plano de Controle do Espectro para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 (marco MS_MS 2975) estabeleceu os procedimentos e fluxos de monitoração e controle do espectro, incluindo a instalação de estações fixas e móveis de monitoração, procedimento de teste e etiquetagem, Drive Tests do SMP e gestão de incidentes e solução de interferências. Também firmou matriz de responsabilidades da infraestrutura necessária para cumprimento das obrigações assumidas pelo Governo Federal, definindo papéis e requisitos para Anatel e Comitê Organizador Rio 2016.

Já o Plano de Gestão de Recursos Humanos da Fiscalização da Anatel para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 (marco MS 5919/5815/5552) detalhou o quantitativo, distribuição e estratégia de turnos dos Agentes de Fiscalização, de modo a assegurar que a Agência designe pessoal em quantidade suficiente para disponibilizar o espectro de frequência necessário à organização e realização dos jogos.

c) Eleições 2014

Em razão das Eleições 2014, realizaram-se contatos e reuniões com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e com as prestadoras responsáveis pela comunicação de dados entre o TSE e os Tribunais Regionais Eleitoras (TRE) para fiscalização dos serviços prestados para essas entidades. As prestadoras informaram planos de contingência e de comunicação. O TSE também informou Plano de Comunicação, contendo contatos de todos os TREs.

As atividades consistiram em monitorar a transmissão de dados entre cartórios eleitorais e os TREs e entre esses e o TSE, fornecidas pelas prestadoras contratadas. Em ambos os turnos, durante as semanas que precederam os dias de votação, diversas Unidades Descentralizadas realizaram reuniões e mantiveram contato com o TRE e representantes das prestadoras nos respectivos Estados, a fim de identificar as ações para mitigar os problemas que pudessem vir a ocorrer.

Não foram registrados incidentes de telecomunicações que prejudicassem a votação ou apuração dos votos em nenhum turno das Eleições 2014.

d) Natal e Réveillon

Adicionalmente, visando ao acompanhamento da rede de telecomunicações durante as festividades de final de ano, especificamente Natal e Ano Novo, e o mês de janeiro de 2015, as prestadoras de STFC e SMP enviaram planejamento incluindo:

� Principais elementos componentes da rede;

� Expectativa de aumento de tráfego no período;

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� Planos de expansão de rede e contingenciamento; e

� Identificação de profissional responsável pela comunicação direta com a Anatel em cada estado;

Novamente, não foram registradas ocorrências de telecomunicações que gerassem impactos em redes e interrupção de serviços.

IX. Controle de Obrigações da Fiscalização

A Superintendência de Fiscalização estabeleceu metas, com desdobramento mensal, para acompanhamento às unidades regionais em relação aos Pados instruídos, levando em consideração o histórico de processos instaurados e o passivo de cada GR e da UO001. Além disso, embora a meta fosse ajustada semestralmente, havia flexibilidade em relação ao seu cumprimento, pois as unidades foram cobradas anualmente.

Em agosto de 2014 houve reajuste de algumas das metas estipuladas no início do ano. As metas reduzidas passaram a valer a partir de julho de 2014, já que seu cálculo foi baseado na produtividade de cada unidade até o 1º semestre de 2014, além de seu passivo existente. As metas que foram majoradas passaram a contar a partir de setembro de 2014.

Assim, UO001 (Distrito Federal), GR02 (Rio de Janeiro), GR03 (Paraná), GR07 (Goiás), GR08 (Bahia), GR09 (Ceará) e GR11 (Amazonas) tiveram suas metas diminuídas. Já as GR04 (Minas Gerais), GR06 (Pernambuco) e GR10 (Pará) tiveram suas metas aumentadas.

Segue o resultado consolidado por GR para 2014:

Tabela 11: Execução de Pados – 2014

GRMeta

PrevistaExecutado Saldo Atendimento

GR01 1.620 1.466 -154 90,49%

GR02 492 516 24 104,88%

GR03 438 530 92 121,00%

GR04 744 878 134 118,01%

GR05 240 274 34 114,17%

GR06 640 388 -252 60,63%

GR07 690 458 -232 66,38%

GR08 17 422 -104 114,17%

GR09 402 607 205 151,00%

GR10 576 423 -153 73,44%

GR11 312 254 -58 81,41%

UO001 72 69 -3 95,83%

Fonte: Meta: FIGF5, Executado: SPADO

Conforme tabela anterior, GR02 (Rio de Janeiro), GR03 (Paraná), GR04 (Minas Gerais), GR05 (Rio Grande do Sul), GR08 (Bahia) e GR09 (Ceará) atingiram ultrapassaram as metas estipuladas, com destaque para as unidades do Paraná e Ceará que ultrapassaram suas metas em mais de 20% (vinte por cento). Ademais, GR01 (São Paulo) e a UO001 (Distrito Federal) praticamente cumpriram suas metas.

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Como desvios negativos estão a GR06 (Pernambuco), GR07 (Goiás), GR10 (Pará) e GR11 (Amazonas), unidades que ao longo do ano já vinham apresentando histórico de baixa produção, merecendo atenção por parte da Superintendência de Fiscalização. Nesse sentido, para a GR07 e GR11, as metas foram diminuídas, enquanto para a GR06 e GR10 foram aumentadas. Todas as GRs com desvios negativos tiveram um melhor aproveitamento da consecução das metas após o 1º semestre, o que demonstra que foram envidados esforços para tanto.

Por fim, cabe mencionar que em 2014 foram iniciadas as negociações do TAC, com estimativas de multas por parte das GRs para os Pados ainda sem decisão e reunião dos processos admitidos para tratamento por meio de negociações junto a cada uma das prestadoras. Os processos que ao longo das negociações foram excluídos do TAC retornaram ao seu curso usual dentro de cada unidade.

X. Conclusão

Por todo o exposto, conclui-se que o ano de 2014 foi muito intenso, com várias atividades sendo desenvolvidas com a finalidade de propiciar o aprimoramento do setor de telecomunicações. As ações planejadas foram executadas conforme o cronograma e as atividades relacionadas aos principais temas fiscalizatórios do ano foram acompanhadas minuciosamente.

Tendo em vista a enorme quantidade de ações distintas realizadas durante o ano, é importante destacar que a execução em 2014 reflete o comprometimento da Agência em atender a todas as demandas planejadas e do esforço em realizar a maior quantidade de ações de fiscalização que tragam benefício à sociedade.

A Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 apresentou-se como um grande desafio para a Anatel no que diz respeito à dinâmica de disponibilização e utilização dos serviços de telecomunicações em eventos internacionais de grande magnitude. O evento demandou uma atuação inovadora por parte da fiscalização, materializada por ações preventivas nunca antes adotadas e cujo conceito poderá ser propagado para ações futuras. A transmissão de toda a competição em escala global, sem incidentes prejudiciais, além da boa prestação dos serviços de telecomunicação à população em geral contribuíram para o sucesso do evento.

As ações preparatórias para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 já começaram e o know

how que a Agência adquiriu durante o Mundial será plenamente utilizado para este evento.

Conforme o planejado, deu-se início ao 8º e último ciclo de ações de fiscalização relativas ao Plano de Melhorias do SMP e os resultados gerados contribuirão para gerar futuros benefícios para sociedade. Ações semelhantes foram iniciadas, no âmbito do Plano de Monitoramento de Redes.

Alguns pontos merecem atenção especial da área de fiscalização para o próximo ano: a execução do PAF/MC, a fiscalização dos bens reversíveis e tributárias de Fust/Funttel, bem como o cumprimento das metas de instrução de Pados. São assuntos que estão sendo monitorados de perto e precisarão de atenção ainda maior em 2015.