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IBAMA M M A Fiscalização Resolução Conama nº 362/2005 das Atividades Relacionadas a Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados MANUAL DE PROCEDIMENTOS MANUAL DE PROCEDIMENTOS MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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  • IBAMAM M A

    Fiscalizao

    Resoluo Conama n 362/2005

    das Atividades Relacionadasa leos Lubrificantes

    Usados ou Contaminados

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  • Fiscalizaodas Atividades Relacionadas

    a leos LubrificantesUsados ou Contaminados

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  • Presidncia da RepblicaLuiz Incio Lula da Silva

    Ministrio do Meio AmbienteCarlos Minc

    Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovveisRoberto Messias Franco

    Diretoria de Qualidade Ambiental substitutaAdriana de Arajo Miximiano

    Coordenao-Geral de Gesto da Qualidade AmbientalZilda Maria Faria Veloso

    Coordenao de Resduos e EmissesPaulo Cesar de Macedo

    Coordenao TcnicaJoo Bosco Costa Dias

    Grupo de Monitoramento Permanente da Resoluo Conama n 362/2005(Portaria MMA n 31, de 23 de fevereiro de 2007)Ministrio do Meio AmbienteMinistrio das CidadesMinistrio de Minas e EnergiaInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IbamaAgncia Nacional do Petrleo ANPAssociao Brasileira das Entidades de Meio Ambiente AbemaAssociao Nacional de rgos Municipais de Meio Ambiente AnammaAssociao de Proteo ao Meio Ambiente de Cianorte ApromacSindicato Interestadual do Comrcio de Lubrificantes SindilubSindicato Nacional da Indstria do Rerrefino de leos Lubrificantes SindirrefinoSindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustveis e Lubrificantes SindicomSindicato Interestadual de Indstrias Misturadoras e Envazilhadoras de Produtos Derivados de Petrleo Simepetro

    Impresso no BrasilPrinted in Brazil

  • Fiscalizaodas Atividades Relacionadas

    a leos LubrificantesUsados ou Contaminados

    Resoluo Conama n 362/2005

    Braslia 2008MAN

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    MEN

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  • EdioInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IbamaCoordenao de Gesto da Informao Ambiental CniaSCEN Trecho 2, Bloco C, Subsolo, Edifcio-Sede do Ibama 70818-900 - Braslia, DFTelefone (61) 3316-1191 E-mail: [email protected]

    Diretoria de Planejamento, Administrao e Logstica DiplanAbelardo Bayma de Azevedo

    Coordenao de Gesto da Informao Ambiental CniaVitria Maria Bulbol Coelho

    Coordenao editorialCleide Passos

    Reviso de textoAna Clia LuliMaria Jos Teixeira

    Projeto grficoLavoisier Salmon Neiva

    Normalizao bibliogrficaHelionidia C. Oliveira

    Catalogao na FonteInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis

    M294 Manual de procedimentos para fiscalizao das atividades relacio-nadas a leos lubrificantes usados ou contaminados: Resoluo Conama n 362/2005 / Diqua. Braslia: Ibama, 2008.74 p.; il: Color.; 21cm.

    ISBN 978-85-7300-274-4

    1. Manual (fiscalizao). 2. Resoluo Conama. 3. leo lubrifi-cante. 4. Resduo perigoso. I. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama. II. Diretoria de Qualidade Ambiental do Ibama Diqua. III. Coordenao-Geral de Gesto da Qualidade Ambiental. IV. Coordenao de Resduos e Emisses. V. Ttulo.

    CDU(2.ed.)665.75(035):

  • SUMRIOI INTRODUO ............................................................................. 7II CONSIDERAES GERAIS ........................................................ 9 1. leo lubrificante usado ou contaminado Oluc ....................... 9 1.1 Tipos de leos .................................................................... 9 1.2 Classificao do Oluc como resduo .................................... 14 1.3 Poluio por Oluc ................................................................ 14 1.4 Destinao final de Oluc ..................................................... 15 2. Como se d a gerao de Oluc ................................................... 16 3. Logstica da produo e da comercializao dos leos lubrificantes no Brasil ............................................................... 18 4. O processo de rerrefino de Oluc ................................................ 20 5. Da documentao pertinente s atividades que envolvam Oluc 24 5.1 Dos produtores e importadores de leos lubrificantes acabados ............................................................................. 24 5.2 Dos revendedores de leos lubrificantes acabados ............. 25 5.3 Dos geradores de Oluc ........................................................ 26 5.4 Dos coletores de Oluc ......................................................... 27 5.5 Dos rerrefinadores .............................................................. 31 6. Licenciamento ambiental das atividades que envolvam Oluc .... 33 6.1 Produtores/importadores de leos lubrificantes ................. 33 6.2 Revendedores de leos lubrificantes acabados ................... 33 6.3 Coleta de Oluc ..................................................................... 34 6.4 Rerrefinadores .................................................................... 36

    III DAS INFRAES E PROCEDIMENTOS FISCALIZATRIOS .... 39 1. Das infraes documentao obrigatria ................................ 41 2. Das infraes ao licenciamento ambiental das atividades que envolvam Oluc .................................................................... 48 3. Da fiscalizao do transporte de Oluc ........................................ 51 4. Da fiscalizao da destinao final dos Oluc .............................. 52

  • IV LEGISLAO APLICADA ............................................................ 55V TELEFONES PARA INFORMAES ......................................... 56REFERNCIAS .................................................................................. 57ANEXO 1 Modelo da Ficha de Emergncia do leo lubrificante usado ou contaminado .................................................................. 59

    ANEXO 2 Resoluo n 362, de 23 de junho de 2005 ................................... 61

  • 7MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    I INTRODUOEste manual tem como objetivo principal orientar os

    rgos que compem o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), da forma como proceder nos trabalhos fiscali-zatrios da matria normatizada pela Resoluo Conama n 362/2005, cujo teor versa sobre o disciplinamento das ativi-dades relativas ao ciclo do leo lubrificante usado ou conta-minado (denominado Oluc).

    Considerando a natureza, a extenso e a gravidade da poluio decorrente desse tipo de substncia classificada como resduo perigoso Classe I pela NBR 10.004/2004, bem como a complexidade da cadeia produo consumo gerao de resduo destinao do resduo tpica da ativi-dade, pretende-se, com este trabalho, conscientizar todos os setores envolvidos, sejam governamentais ou da sociedade civil, para uma atuao conjunta diante do problema.

    Objetivando conferir melhor didtica matria trata-da, bem como a otimizao dos trabalhos de fiscalizao, este Manual foi concebido na forma de tpicos que procuram abranger os aspectos principais da questo. Sob essa tica, destacamos os seguintes:

    Descumprimento pelos revendedores de leo lubri-ficante acabado das normas insertas na Resoluo Conama n 362/2005;

    Atuao clandestina de coletores de leo usado ou contaminado no autorizados pela Agncia Nacional do Petrleo (ANP) para o exerccio dessa atividade;

  • 8 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Desvio dos leos lubrificantes usados ou conta-minados para outras finalidades que no aquelas autorizadas pela Resoluo Conama n 362/2005;

    Descumprimento das condies de segurana, na coleta e transporte dos leos usados ou con-taminados, que pode gerar srios danos ao meio ambiente em caso de acidentes envolvendo esse resduo;

    Sonegao fiscal (falta de recolhimento de ICMS) conforme Convnio Confaz n 3/1990, que tem lu-gar quando o leo usado ou contaminado for cole-tado por empresa no autorizada.

    Joo Bosco Costa DiasCoordenador Tcnico do Trabalho

  • 9MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    1. leo lubrificante usadoou contaminado OlucIndispensveis sociedade moderna, os leos lubrifi-

    cantes usados em motores automotivos e em vrios processos industriais so formulados com alta carga de aditivao, bus-cando, eficincia e maior durabilidade. semelhana de outros produtos industriais, ao trmino do ciclo produo-consumo de lubrificantes, tem-se a gerao de resduos, denominados leos lubrificantes usados ou contaminados (Olucs) e conheci-dos, na prtica, por leo queimado. Esses resduos encerram alto grau de toxicidade sade humana e ao meio ambiente.

    1.1 Tipos de leosComo premissa bsica aos trabalhos fiscalizatrios,

    cabe aqui explicitar os diferentes tipos de leos e seus usos principais. Essa necessidade se d em funo de que parte considervel dos leos utilizados na vida moderna possuem aparncia similar aos Olucs. Isto pode levar a situaes equivo-cadas quanto natureza do produto a ser fiscalizado, principal-mente quando em operaes de campo. Dessa forma, procu-ramos proceder a um breve relato sobre a substncia tratada na Resoluo Conama n 362/2005 e demais produtos similares.

    Cabe ressaltar tambm a dificuldade na identificao destes produtos sem a utilizao de testes de laboratrio o que, de certa maneira, constitui-se em um complicador para as operaes de campo. Todavia, espera-se que, com a prti-ca, o agente fiscalizador venha a desenvolver certa habilidade na identificao do produto a ser fiscalizado seja por meio dos documentos que os acompanham no seu ciclo de vida, seja por outros fatores com base na experincia acumulada.

    II CONSIDERAES GERAIS

  • 10 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    LEO COMBUSTVEL os leos combustveis so leos resi-duais de alta viscosidade, obtidos do refino do petrleo ou por meio da mistura de destilados pesados com leos resi duais de refinaria. So utilizados como combustvel pela indstria, de modo geral, em equipamentos destinados gerao de calor fornos, caldeiras e secadores, ou indiretamente em equipamentos destinados a produzir trabalho a partir de uma fonte trmica (Fonte: Regulamento Tcnico ANP n 3/1999).

    Ficha de Informao de Produto Qumico

    Nmero ONU

    Nome do produto Rtulo de risco

    1993LEOS

    COMBUSTVEIS(APF E BPF)

    Nmero de risco Classe/Subclasse 3

    Sinnimos LEO COMBUSTVEL; LEO COMBUSTVEL RESIDUAL 4, 5 OU 6; BUNKER FUEL OIL

    Aparncia LQUIDO DENSO (BPF) OU OLEOSO (APF); PRETO; ODOR DE ALCATRO; GERALMENTE, FLUTUA NA GUA

    Frmula molecular NO PERTINENTE

    Famlia qumica HIDROCARBONETO (MISTURA)

    Fabricantes Para informaes atualizadas, recomenda-se a consulta seguinte instituio ABIQUIM - Associao Brasileira da Indstria Qumica Fone: 0800-118270

    Observao: este(s) tipo(s) de leo(s) NO SE CONSTITUI (EM) objeto da presente Resoluo.

  • 11MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    LEO DIESEL combustvel derivado do petrleo, constitudo basicamente por hidrocarbonetos, que so compostos for-mados, principalmente, por tomos de carbono, hidrognio e com baixas concentraes de enxofre, nitrognio e oxignio. So selecionados de acordo com as caractersticas de igni-o e de escoamento adequadas ao funcionamento dos mo-tores diesel. um produto inflamvel, medianamente txico, voltil, lmpido, isento de material em suspenso e com odor forte e caracterstico. (Fonte: Petrobras).

    Ficha de Informao de Produto Qumico

    Nmero ONU

    Nome do produto Rtulo de risco

    1202 LEO DIESEL

    Nmero de risco 30

    Classe/Subclasse 3

    Sinnimos LEO COMBUSTVEL 1 - D; LEO COMBUSTVEL 2 - D

    Aparncia LQUIDO OLEOSO; MARROM-AMARELADO; ODOR DE LEO COMBUSTVEL OU LUBRIFICANTE; FLUTUA NA GUA

    Frmula molecular NO PERTINENTE

    Famlia qumica HIDROCARBONETO (MISTURA)

    Fabricantes Para informaes atualizadas recomenda-se a consulta seguinte instituio ABIQUIM - Associao Brasileira da Indstria Qumica Fone: 0800-118270

    Observao: este tipo de leo NO SE CONSTITUI NO objeto da presente Resoluo.

  • 12 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    LEO LUBRIFICANTE ACABADO produto formulado a partir do leo lubrificante bsico, ao qual adicionado o pacote de aditivos de cada empresa produtora, sendo ento envasado e vendido no mercado aos consumidores finais.

    Ficha de Informao de Produto QumicoNmero

    ONUNome do produto Rtulo de risco

    LEO LUBRIFICANTE

    Nmero de risco Classe/Subclasse 3

    SinnimosLEO DE TRANSMISSO ; LEO DE MOTOR; LEO DE CRTER

    Aparncia LQUIDO OLEOSO; MARROM AMARELADO; ODOR DE LEO LUBRIFICANTE; FLUTUA NA GUA

    Frmula molecular NO PERTINENTE

    Famlia qumica HIDROCARBONETO (MISTURA)

    Fabricantes Para informaes atualizadas recomenda-se a consulta seguinte instituio ABIQUIM - Associao Brasileira da Indstria Qumica Fone: 0800-118270

    Observao: este tipo de leo NO SE CONSTITUI no objeto da presente Resoluo.

  • 13MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    LEO LUBRIFICANTE BSICO principal constituinte do leo lubrificante acabado, podendo ser de origem mineral, vegetal, semi-sinttico ou sinttico. Entre esses, o leo lubrificante de origem mineral obtido diretamente do fracionamento do petrleo bruto hoje o de maior utilizao na confeco de leos lubrificantes acabados.

    Ficha de Informao de Produto QumicoNmero

    ONUNome do produto Rtulo de risco

    LEO LUBRIFICANTE MINERAL

    Nmero de risco Classe/Subclasse

    Sinnimos LEO LEITOSO; PETROLATO LQUIDO

    Aparncia LQUIDO OLEOSO; SEM COLORAO; SEM ODOR; FLUTUA NA GUA

    Frmula molecular NO PERTINENTE

    Famlia qumica HIDROCARBONETO (MISTURA)

    Fabricantes Para informaes atualizadas recomenda-se a consulta seguinte instituio ABIQUIM - Associao Brasileira da Indstria Qumica Fone: 0800-118270

    Fonte: Cetesb

    Observao: este tipo de leo NO SE CONSTITUI objeto da presente Resoluo.

  • 14 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    LEO LUBRIFICANTE USADO OU CONTAMINADO (LEO QUEIMADO) leo lubrificante acabado que, em funo do seu uso normal ou por motivo de contaminao, tenha se tornado inadequado sua finalidade original. Pode se consti-tuir, na maioria das vezes, de uma mistura de leos acabados usados cujos produtos originais apresentavam especifica-es diferenciadas. O leo lubrificante usados no apresenta ficha de informao de produtos qumicos como os demais.Observao: este tipo de leo CONSTITUI-SE objeto da pre-sente Resoluo.

    1.2 Classificao do Oluc como resduoO Oluc considerado um resduo perigoso pela clas-

    sificao da ABNT na norma NBR-10004/2004 (vide quadro abaixo), por apresentar em sua composio cidos orgnicos, Hidrocarbonetos Polinucleares Aromticos (HPAs) e dioxinas, alm de metais pesados como, por exemplo, cdmio, nquel, chumbo, mercrio, cromo e cobre todos considerados po-tencialmente carcinognicos.

    Cdigo deidentificao

    Resduo perigosoConstituinte

    perigosoCaractersticas

    de periculosidade

    F130leo lubrificante usado

    ou contaminadoNo aplicvel Txico

    Fonte: ABNT NBR 10.004/2004.

    1.3 Poluio por OlucA poluio gerada pelo descarte de 1 t/dia de leo usa-

    do para o solo ou cursos dgua equivale ao esgoto doms-tico de 40 mil habitantes. A queima indiscriminada do leo lubrificante usado, sem tratamento prvio de desmetalizao, gera emisses significativas de xidos metlicos, alm de ou-tros gases txicos, como a dioxina e xidos de enxofre.

    Assim sendo, o descarte direto no meio ambiente de Oluc ou mesmo a queima como combustvel em processos trmicos diversos como, por exemplo, em fornos de ola-

  • 15MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    rias e caldeiras, altamente danoso em razo da formaode contaminantes organoclorados e da alta emisso para o ar de partculas slidas caractersticas.

    Dados da literatura informam que a combusto de20 litros de leo usado libera para o ar, aproximadamente, 20g de metais pesados altamente nocivos ao meio ambiente e sade humana (DIGILIO, 1986).

    O descarte de leo diretamente no solo, alm de im-pactar esse compartimento ambiental, pode ser carreado para o lenol fretico e da para os aqferos, causando o comprometimento desses recursos.

    1.4 Destinao final de OlucPara coibir essas prticas danosas, a legislao ambien-

    tal vigente probe o descarte diretamente nos compartimentos ambientais e a incinerao em processos trmicos diversos como formas de destinao final de Oluc. A mesma legislao determina a reciclagem como sendo a destinao ambiental-mente correta para esse resduo, em consonncia com a polti-ca dos 3 Rs (reduzir, reusar, reciclar) adotada mundialmente.

    Assim, quando coletados e corretamente encaminha-dos reciclagem, por meio do processo de rerrefino (artigo 3 da Resoluo Conama n 362/2005), o Oluc representa um recurso mineral bastante valioso, pois possibilita a gerao de importante parcela de leos bsicos, destinados formulao de lubrificantes acabados. Como citado anteriormente, na atua-lidade, os leos lubrificantes so essenciais para uma gama de atividades industriais, destacando-se a operao de maquinrio dos diversos segmentos, como, por exemplo, as operaes de corte, estampagem, fabricao de borrachas, metalurgia, etc.

    Entre 1991 e 1993, a Organizao das Naes Unidas (ONU) financiou estudos sobre a disposio de leos usa-dos, sendo que a principal concluso foi que a reciclagem, por meio do processo de rerrefino, foi considerada na atu-alidade como a soluo para uma disposio segura desse tipo de resduo.

  • 16 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    No obstante, os leos bsicos oriundos do processo de rerrefino inserem-se no Programa de Uso Eficiente e Combate ao Desperdcio de Derivados de Petrleo e Gs Natural, apro-vado pela Lei n 9.478 de 6 de agosto de 1997 e desenvolvido pela ANP. As principais linhas de ao desse Programa so:

    Estimular de forma proativa o uso eficiente da ener-gia que favorea o desenvolvimento sustentvel e a preservao do meio ambiente;

    Dispor de um banco de dados e de uma intelign-cia que subsidiem a tomada de decises de rgos pblicos;

    Garantir a qualidade de produtos, equipamentos e processos; reduzir as emisses de poluentes asso-ciadas produo e refino de petrleo, ao uso de seus derivados e do gs natural; e

    Contribuir para a auto-suficincia na produo bra-sileira de petrleo e seus derivados.

    2. Gerao de OlucOs leos lubrificantes podem ser de origem animal ou

    vegetal (leos graxos), derivados de petrleo (leos mine-rais) ou produzidos em laboratrio (leos sintticos). Existe tambm a fabricao de leos compostos constitudos pela mistura de dois ou mais tipos como, por exemplo, os leos minerais-sintticos. Dos tipos existentes, os mais utilizados como lubrificantes so os leos minerais.

    O leo lubrificante mineral representa cerca de 2% dos derivados do petrleo e um dos poucos produtos oriundos dessa mesma fonte que no totalmente consumido durante o seu uso. O uso automotivo representa 60% do consumo nacio-nal principalmente em motores a diesel. Tambm so usados na indstria em sistemas hidrulicos, motores estacionrios, turbinas e ferramentas de corte. composto de leos bsicos (hidrocarbonetos saturados e aromticos) que so produzidos a partir de petrleos especiais e aditivados, de forma a conferir as propriedades necessrias para seu uso como lubrificante.

  • 17MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Durante o seu uso na lubrificao dos equipamen-tos, a degradao termoxidativa do leo e o acmulo de contaminantes tornam necessria a sua troca. Alm dis-so, par te do leo queimado no prprio motor, devendo ser reposto. No processo de troca do lubrificante, esse drenado para um tanque de acmulo, para posterior rea-proveitamento.

    As principais caractersticas dos leos lubrificantes so a viscosidade e a densidade. A viscosidade dos lubrifi-cantes no constante, variando com a temperatura. Dessa forma, quando a temperatura aumenta a viscosidade diminui e o leo escoa com mais facilidade e vice-versa. O ndice de Viscosidade (IV) serve para medir a variao da viscosidade com a temperatura. A densidade indica o peso de uma certa quantidade de leo a uma certa temperatura e importante para indicar se houve contaminao ou deteriorao de um lubrificante.

    Os aditivos so utilizados para conferir certas proprie-dades especiais ou melhorar algumas das j existentes, es-pecialmente quando o lubrificante submetido a condies severas de trabalho. Os principais tipos de aditivos so: antio-xidantes, anticorrosivos, antiferrugem, antiespumantes, de-tergente-dispersante, melhoradores do ndice de Viscosidade e agentes de extrema presso.

    Ao trmino de sua vida til, os leos lubrificantes usados contm produtos resultantes da deteriorao parcial dos leos em uso, tais como compostos oxigenados (cidos orgnicos e cetonas), compostos aromticos polinucleares de viscosidade elevada (HPAs), resinas e lacas. Alm dos produtos de degradao do leo bsico, esto presentes nos leos usados os aditivos que foram adicionados aos leos bsicos no processo de formulao de lubrificantes e ainda no foram consumidos; metais provenientes do desgaste de motores e das mquinas lubrificadas (ferro, chumbo, cromo, brio e cdmio) e contaminantes diversos, como combustvel no-queimado, poeira e outras impurezas.

  • 18 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    3. Logstica da produoe da comercializao dos leos lubrificantes no BrasilOs leos bsicos oriundos das refinarias de petrleo e

    das rerrefinadoras so encaminhados s empresas que pro-movem a sua aditivao, dando origem aos leos lubrifican-tes acabados.

    Da os produtos seguem para a rede de comercializa-o constituda por postos de combustveis, supermercados e lojas especializadas, que promovem uma distribuio bas-tante pulverizada para os setores consumidores (sendo estes ltimos tambm denominados geradores de Oluc).

    Quando acabar a vida til do leo lubrificante e, portan-to, vindo a se constituir em um resduo pela legislao vigen-te, o Oluc dever ser TODO COLETADO e repassado ao setor de rerrefino como matria-prima, retornando, posteriormente, ao processo de produo de leo acabado. Isso objetiva evi-tar o descarte em redes de guas pluviais e outras formas de destinao inadequadas.

    No Brasil, a maioria dos leos automotivos so geralmen-te trocados em oficinas e postos de servio e, posteriormente, coletados por empresas rerrefinadoras cadastradas na ANP an-tigo Departamento Nacional de Combustveis (DNC), conforme exigncia das Portarias nos 125, 127 e 128 daquela agncia.

    Todavia, tm-se informaes da existncia de desvios nesse ciclo que direcionam o Oluc para a queima como com-bustvel em fornos, principalmente de olarias e em caldeiras. Cabe ressaltar que o uso de Oluc para incinerao est proi-bido pela Resoluo Conama n 362/2005, em seu artigo 13.

    Tambm figuram como usos indevidos a lubrificao de correntes de motoserras, a pintura de moures e o uso no combate a berne em animais no campo.

    A Figura 1 apresenta a logstica da produo/im por-tao, comercializao e reciclagem dos leos lubri ficantes.

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  • 20 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    4. O processo de rerrefino de OlucOs contaminantes pesados dos leos usados so

    provenientes do desgaste do motor (limalhas), aditivos e borras que se formam devido s altas temperaturas de trabalho, em condies oxidantes; os contaminantes leves so combustveis no-queimados nos motores ou solventes que so coletados no mesmo tambor que os leos usados. A retirada desses contaminantes pelo processo clssico gera certas quantidades de borra cida. J os processos mais modernos utilizam evaporadores especiais e geram subprodutos que so usados como impermeabilizantes, revestimentos plsticos e asflticos. A borra cida passa por um processo de neutralizao, com correo do pH, e posteriormente encaminhada para co-processamento na indstria cimenteira.

    O processo industrial de rerrefino promove a remo-o de contaminantes (chumbo, arsnio, cdmio, cromo,111 tricloroetano, tricloroeteno, tetracloroeteno, percloro-etileno, tolueno e naftaleno) dos demais produtos de degra-dao dos aditivos gastos dos leos lubrificantes usados ou contaminados, conferindo-lhes caractersticas de leos bsicos.

    Um processo de rerrefino deve compreender etapas com as seguintes finalidades:

    Remoo de gua e contaminantes leves; Remoo de aditivos polimricos, produtos de de-

    gradao termoxidativa do leo de alto peso mole-cular e elementos metlicos oriundos do desgaste das mquinas lubrificadas (desasfaltamento);

    Fracionamento do leo desasfaltado nos cortes re-queridos pelo mercado;

    Acabamento, visando retirada dos compostos que conferem cor, odor e instabilidade aos produ-tos, principalmente produtos de oxidao, distribu-dos em toda a faixa de destilao do leo bsico.

  • 21MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    A gua removida do processo deve passar por trata-mento complexo, em funo de contaminao com fenol e hidrocarbonetos leves.

    Os produtos pesados da destilao e do desasfalta-mento tm aplicao potencial na formulao de asfaltos.

    As propriedades do leo destilado, ainda carentes de ajuste, so a estabilidade de cor, odor e ndice de acidez do leo.

    Alm da remoo de metais e produtos de oxidao, a etapa de desasfaltamento aumenta a uniformidade da carga. (fonte: Ambiente Brasil).

    O processo em questo consiste, basicamente, de duas etapas distintas, que esto apresentadas nas Figuras 2 e 3.

    Dessa forma, verifica-se que o rerrefino, na atualidade, constitui-se no processo adequado para eliminar a gama de contaminantes presentes em Oluc, tendo sido o processo de reciclagem escolhido para destinao ambientalmente corre-ta pela Resoluo Conama n 362/2005.

    Entretanto, a Resoluo em questo no restringe a destinao de Oluc ao tratamento somente pelo processo de rerrefino, admitindo a reciclagem por meio de outro pro-cesso tecnolgico desde que este possua eficcia ambien-tal comprovada equivalente ou superior ao do rerrefino( 1 do artigo 3 da Resoluo Conama n 362/2005).

    Ento, cabe ao rgo ambiental competente redobrada cautela nas hipteses de licenciamento de atividades que en-volvam a destinao final de Oluc, para no incorrer no que se acostumou denominar de diluio de contaminantes que a incorporao nos produtos finais contaminantes presentes no leo usado.

    O Pas j contou com cerca de 50 pequenas usi-nas de rerrefino de leo usado. At 1987, sobre o preo do leo bsico incidiam impostos que chegaram a somar US$ 1.000/m3 de leo bsico que subsidiavam a coleta dos leos usados.

  • 22 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Todavia, desde 1987, alm da queda do imposto ni-co, os custos ambientais vm aumentando e quase todas as rerrefinadoras de pequeno porte e com problemas ambientais fecharam. Existem hoje dez empresas de rerrefino em opera-

    Fonte : www.ciwmb.ca.gov/usdoi/rerefined

    Figura 2 Primeira etapa de destilao a vcuo.

  • 23MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Fonte: www.ciwmb.ca.gov/usdoi/rerefined

    Figura 3 Segunda etapa hidrogenao cataltica.

    o, reunidas no Sindicato Nacional da Indstria do Rerrefino de leos Minerais (Sindirrefino). Cerca de 550 veculos dessas empresas so cadastrados na ANP, autorizados a realizarem a coleta, principalmente nas regies Sul, Sudeste, Centro-Oeste

  • 24 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    e em vrias cidades do Nordeste e nas capitais dos estados que compem a Regio Norte. Essa coleta realizada nos postos de servios, oficinas, empresas concessionrias e garagens de grandes frotas.

    Por fora do Convnio ICMS n 3/1990 e prorrogado por meio do Convnio ICMS n 18/2005, esto isentas do ICMS as alienaes de leo usado ou contaminado, quando realizadas para o rerrefinador ou para o coletor devidamente autorizado pela ANP. Fora dessas hipteses, a falta de desta-que do imposto na nota fiscal configura sonegao fiscal.

    5. Da documentao pertinente s atividades que envolvam Oluc5.1 Dos produtores e importadores de leos

    lubrificantes acabadosPara que as empresas estejam aptas a exercer as ati-

    vidades de produo e/ou importao e comercializao de leos lubrificantes acabados e de forma a permitir o contro-le dado pela Resoluo Conama n 362/2005, elas devero possuir a seguinte documentao:

    1. Registro na ANP como produtor e/ou importador de leos lubrificantes acabados;

    2. Licenciamento ambiental da(s) unidade(s) produ-tora(s) e/ou armazenadora(s), emitido pelo rgo ambiental competente;

    3. Registro no Cadastro Tcnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recur-sos Ambientais (CTF) na categoria respectiva;

    Obs.: categorias de enquadramento no CTF:

    Produtor

    Indstria qumica/fabricao de produtos derivados do processamento de petrleo Resoluo Conama n 362/2005.

  • 25MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Importador

    Transporte, terminais, depsitos e comrcio/comrcio de produtos qumicos e produtos perigosos Resoluo Conama n 362/2005.

    4. Documento(s) comprobatrio(s) da contratao de empresa(s) coletora(s) (contrato) para realizao da coleta de Oluc, indicando o percentual mnimo dado pela Resoluo Conama n 362/2005.

    5.2 Dos revendedores de leoslubrificantes acabados

    Dispe o inciso XV do artigo 2 da Resoluo n 362/2005:

    XV revendedor pessoa jurdica que comercializa leo lubrificante acabado no atacado e no varejo tais como: postos de servio, oficinas, supermercados, lojas de autope-as, atacadistas, etc.

    Considerando a logstica da comercializao de leos lubrificantes no Pas (Figura 1), verifica-se que os grandes vo-lumes de Oluc gerados encontram-se em poder dos agentes revendedores que o armazenam por ocasio da troca.

    Dessa forma, os revendedores devem possuir a se-guinte documentao para a realizao da atividade:

    1. Licenciamento ambiental do(s) estabelecimento(s) revendedor(es) ou armazenador(es), emitido pelo rgo ambiental competente quando aplicvel;

    2. Registro no Cadastro Tcnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recur-sos Ambientais (CTF) na categoria respectiva quan-do aplicvel;

    3. Documentos comprobatrios da compra de lubri-ficantes acabados e certificados de coleta de leo lubrificante usado ou contaminado emitidos por coletor(es) autorizado(s).

  • 26 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Observaes importantes: na pgina 45 deste manual en-contra-se impresso um modelo de Certificado de Coleta de leo Usado (CCO). Esse documento foi criado pela Agncia Nacional do Petrleo (art. 4, inciso I da Portaria ANP n 127/1999), como mecanismo de controle do envio do leo lubrificante usado pelas fontes geradoras ao sistema de reciclagem.

    Posteriormente, o Conselho Nacional de Poltica Fazen-dria (Confaz), por meio do Convnio ICMS n 38/2000 adotou esse documento, em substituio nota fiscal, para acompanhar o trnsito desse produto do gerador ao estabe-lecimento destinatrio.

    Pelo Convnio ICMS n 38/2000 aplica-se ao Certificado de Coleta (CCO) todas as disposies da legislao alusiva ao ICMS, especialmente as obrigaes relativas impresso e conservao do documento fiscal. Assim, esse documento, para ser impresso, depende da Autorizao de Impresso de Documentos Fiscais expedida pelas secretarias de fazenda dos estados. Contudo, o Ibama tem conhecimento freqente da falsificao desse documento, que impresso em grficas clandestinas, devendo a fiscalizao atentar para essa parti-cularidade quando se defrontar com o tema.

    5.3 Dos geradores de OlucPela definio do inciso V do artigo 2 da Resoluo

    n 362/2005 tem-se:gerador pessoa fsica ou jurdica que, em decor-

    rncia de sua atividade, gera leo lubrificante usado ou con-taminado.

    Assim sendo, na categoria de geradores esto englo-badas todas as pessoas que geram quaisquer quantitativos de Oluc, com destaque para os proprietrios de veculos au-tomotores que, em razo do tamanho da frota atual, so res-ponsveis pelo maior volume gerado.

    Embora os geradores possuam a responsabilidade de recolher todo o Oluc gerado (artigo 5 da Resoluo Conama n 362/2005), geralmente, o fazem em estabelecimentos de re-

  • 27MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    venda que comercializam lubrificantes novos e, no ato da troca, entregam o resduo para armazenagem temporria e posterior encaminhamento reciclagem pelo processo do rerrefino.

    Considerando que a gerao de Oluc se d, nesse caso, de forma pulverizada, a alternativa mais lgica e exe-qvel para os trabalhos de fiscalizao aquela direcio-nada para os estabelecimentos revendedores de leos lu-brificantes acabados, porm deve-se estar ciente de que a simples disposio de Oluc diretamente no meio ambiente, por quem quer que seja e em qualquer quantidade, constituicrime ambiental.

    Destaca-se que o setor industrial tambm gerador de grandes quantitativos do resduo.

    5.4 Dos coletores de OlucPela Resoluo n 362/2005 (artigo 2, inciso I), so-

    mente podem exercer a atividade de coleta de Oluc as pes-soas jurdicas, devidamente cadastradas no rgo Regulador da Indstria do Petrleo (ANP) (Portaria ANP n 127/1999) e licenciadas pelo rgo ambiental competente. Os veculos coletores devero atender s normas de segurana e sinaliza-o previstas no Regulamento para o Transporte Terrestre de Produtos Perigosos, dado pelo Decreto n 96.044 de 18 de maio de 1988 e Resolues ns 420 e 701/2004, da Agncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O coletor deve tambm obedecer s determinaes especficas constantes da Portaria da ANP retromencionada, como, por exemplo, o inciso VIII do artigo 4 discriminado a seguir:

    Art. 4VIII indicar nas laterais e parte traseira dos tanques

    dos caminhes, prprios ou arrendados, em letra (fonte) Arial tamanho 30 cm, os seguintes dizeres: LEO LUBRIFICANTE USADO COLETOR AUTORIZADO ANP n ____________ (citar o nmero da autorizao);(grifos nossos)

    A Figura 4 ilustra a determinao contida no artigocitado.

  • 28 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Rtulos de riscoe de identificao

    da cargaPortaria n 420/2004

    ANTT

    Dizeres obrigatrios:

    LEO LUBRIFICANTE USADO

    N de cadastramento na ANP

    Portaria n 127/1999

    Figura 4 Exemplos de rtulos de identificao dos coletores de Oluc.

  • 29MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Cabe ressaltar que todas as empresas rerrefinadoras tambm realizam operaes de coleta como forma de verti-calizao de sua atividade, embora as Resolues Conama n 362/2005 e ANP n 127/1999 admitam a figura de empresas constitudas somente para o exerccio dessa atividade sob a forma de prestadoras de servios.Todavia, independentemen-te de sua forma de constituio, as empresas coletoras devem cumprir todos os requisitos constantes das portarias citadas.

    Para tanto, a empresa dever possuir a seguinte docu-mentao para a realizao da atividade:

    1. Registro na ANP como coletor de Oluc e cum-primento aos demais ditames da Resoluo n 127/1999;

    2. Registro no Cadastro Tcnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recur-sos Naturais (CTF) na categoria respectiva.

    Obs.: categoria de enquadramento no CTF.

    Coletor/Transporte, Terminais, Depsitos e Comrcio/transporte de cargas perigosas Resoluo Conama n 362/2005.

    3. Equipamentos e documentao pertinente ao trans-porte de cargas perigosas atendendo legislao especfica em vigor (Decreto n 96.044/1988 e Resoluo n 420/2004, da ANTT);

    4. Autorizao (licenciamento ambiental) para a reali-zao da atividade de transporte de resduos peri-gosos, emitido pelo rgo ambiental competente.

    Observao importante: a Resoluo Conama n 237/1997 que regulamenta o licenciamento ambiental, traz em seu anexo que a atividade de transporte de cargas perigosas est sujeita ao licenciamento em questo. Considerando que os Olucs so classificados pela legislao brasileira como re-sduos perigosos, portanto estando a atividade de transporte passvel de licenciamento pela Resoluo retromencionada,

  • 30 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    at o presente momento, no existe uma legislao federal de meio ambiente que regulamente o transporte interesta-dual de resduos perigosos (a matria encontra-se em discus-so em Grupo de Trabalho do Conama visando publicao de norma regulamentadora em mbito nacional). Entretanto, a maioria dos estados da Federao j, h algum tempo, vem emitindo Autorizaes de Transporte para resduos em sua rea de jurisdio. Todavia tais autorizaes/licenas apre-sentam diferenciaes significativas de estado para estado no tocante s informaes que as compem, concorrendo para a complexidade da questo o fato de que as ditas autori-zaes/licenas so exigidas individualmente pela unidade da Federao em que o veculo venha a transitar.

    Sabendo que a atividade de coleta e transporte de Olucs, como resduos perigosos, d-se hoje na maior par-te dos municpios brasileiros localizados nas cinco regies do Pas e que, no entanto, nem todas as regies detm uni-dades instaladas para a realizao do processo de rerrefino, torna-se de suma importncia que os estados unifiquem os procedimentos e as informaes constantes nas autoriza-es/licenas para as atividades de coleta e transporte desse resduo, de forma a facilitar os trabalhos fiscalizatrios em todo o territrio nacional.

    Seria desejvel que os rgos Estaduais de Meio Ambiente (Oemas) buscassem a uniformizao dos procedi-mentos na emisso das autorizaes para transporte desse tipo de resduo, para a elaborao de um documento padroni-zado que contemple informaes concisas e de fcil verifica-o pelos agentes fiscalizadores.

    Como sugesto, apresentamos um modelo de autori-zao para transporte de Oluc emitido por determinado Oema, que entendemos atingir o objetivo proposto, uma vez que traz em seu escopo as informaes que facilitariam a fiscalizao como, por exemplo:

    Nmero de veculos envolvidos no transporte de Oluc;

  • 31MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Placas dos veculos; Classe de risco dos produtos transportados; Simbologia e rtulos de risco; Condutores habilitados com curso de Movimentao

    de Cargas Perigosas (MOPE); Responsveis em caso de acidentes, etc.5. cpias dos Certificados de Coleta emitidos por

    ocasio de cada aquisio de Oluc aos geradores ou revendedores;

    6. cpias dos Certificados de Recebimento obtidos por ocasio da entrega dos Olucs aos rerrefinadores.

    5.5 Dos rerrefinadoresPelo inciso XIII do artigo 2 da Resoluo em questo

    constituem rerrefinadores:pessoa jurdica, responsvel pela atividade de rerrefi-

    no, devidamente autorizada pelo rgo regulador da indstria do petrleo para a atividade de rerrefino e licenciada pelo r-go ambiental competente.

    Assim, tm-se a seguinte documentao para o exer-ccio da atividade:

    1. Registro na ANP como rerrefinador de leos lubrifi-cantes usados ou contaminados;

    2. Registro no Cadastro Tcnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recur-sos Naturais (CTF) na categoria respectiva;

    Obs.: categoria de enquadramento no CTF.

    Rerrefinador Indstria qumica/produo de leos Resoluo Conama n 362/2005.

    3. Licenciamento ambiental da(s) unidade(s) rerrefi-nadora(s) bem como do(s) depsito(s) de arma-zenamento provisrio(s) de Oluc, emitido(s) pelo rgo ambiental competente;

  • 32 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Modelo de Licena de Operao no Transporte de Oluc.

    MODELO DE LICENA DE OPERAO NO TRANSPORTE DE OLUCs

    FUNDAO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE XXXXXX

    LICENA DE OPERAO LO N 2857/2006-DL

    A fundao XXXXX, criada pela Lei Estadual n 9.077 de 04/06/1990 e com seus Estatutos aprovados pelo Decreto n 33.766, .28/12/1990, registrado no Ofcio do Registro Oficial em 01/02/1991, no uso das atribuies que lhe confere a Lei n 6.938, de 31/08/1981, que dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto n 99.274, de 06/06/1990 e com base nos autos de processo administrativo n 0896-05.67/06-8 e CERCAP n 30.3250, expede a presente LICENA DE OPERAO que autoriza-o:

    EMPREENDIMENTO: 148576 CODRAM: 4710,10.EMPREENDEDOR:ENDEREO: Rua Juscelino Kubitschek de Oliveira, 990 Bairro So Luiz,MUNICPIO: Codornas SP

    a promover a operao relativa atividade de: FONTES MVEIS DE POLUIO, com 49 veculos, no Estado do YYYYY

    para transportar: PRODUTOS CLASSE 9, conforme Resoluo n 420, de 31/05/2004, da Agncia Nacional de Transportes ANTT e RESDUOS CLASSE I, conforme NBR 13221.

    com as seguintes condies e restries1 - o empreendedor dever observar a legislao federal referente ao:a) transporte de produtos perigosos.b) Programa de Controle da Poluio do Ar por Veculos Automotores;2 - realizar o transporte os resduos Classe I acompanhados do Manifesto de Resduos MTR, emitido pelo

    gerador de resduo, conforme o Art. 12 do Decreto Estadual n 38.356, de 01/04/1998;3 - os caminhes da empresa devero estar com a simbologia e a documentao conforme o Decreto n

    96.044/1988 e NBR 13.221 e o motorista habilitado para o transporte de produtos e resduos perigosos;4 - os resduos devero ser transportados, da origem ao destinatrio, em recipientes, equipamentos, que evitem

    derrames ou emanaes gasosas, sob orientao do responsvel tcnico da empresa;5 - vedado a coleta e o transporte de embalagens plsticas de leo lubrificante ps consumo, empresas que

    no sejam credenciadas pelo distribuidor ou fabricante destes produtos, conforme Portaria n WWWW 2003, de 13/05/2003;

    6 - o gerador do resduo e o local de destinao final devero estar licenciados pela FUNDAO XXXXX;7 - em caso de acidente ou incidente com risco de danos a pessoas e/ou ao meio ambiente, FUNDAO XXXXX,

    dever ser imediatamente informado pelo telefone (51) 9982-7840;8 - a responsvel tcnica pelo transporte da Empresa a Eng Qumica FULANA DE TAL, que em caso de

    emergncia deve ser acionada pelos telefones (51 - 3333-3333 Empreendedor) (51) 4444-4444 ou (51) 5555-5555 ou (51) 6666-6666;

    9- as ARTs com prazo de validade devero ser renovadas e apresentadas , sob pena de cancelamento desta licena;

    10 - so os seguintes os veculos desta licena:Caminhes: (48) BIS 8674 CEN 6799 CWC 4115 CWC 4195 DKT 5719 DKT 5728 BJF 1149 CEN 7699 CWC 4125 CWC 4205 DKT 5720 DKT 5729 BJF 1204 CWC 2173 CWC 4135 CWC 4215 DKT 5721 DKT 5730 BJF 3076 CWC 3184 CWC 4145 CWC 4225 DKT 5722 DKT 5731 BTO 1716 CWC 3185 CWC 4155 CWC 4235 DKT 5723 DKT 5732 CAF 5031 CWC 4085 CWC 4165 CWC 4245 DKT 5724 DNZ 0727 CEN 5199 CWC 4095 CWC 4175 CWC 4962 DKT 5725 DNZ 0764 CEN 6599 CWC 4105 CWC 4185 CWC 4963 DKT 5726 DNZ 0765

  • 33MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    4. Cpias dos Certificados de Recebimento emitidos por ocasio do recebimento das partidas de Oluc dos coletores;

    6. Licenciamento ambiental dasatividades que envolvam OlucTendo por base a legislao ambiental vigente, verifica-

    se que, praticamente, quase todas as atividades elencadas na Resoluo Conama n 362/2005 necessitam de licenciamen-to ambiental. Dessa forma, trataremos cada um dos agentes que compem o ciclo do Oluc, separadamente, com vistas a um melhor entendimento.

    6.1 Produtores/importadores de leos lubrificantes

    Pela legislao ambiental vigente, as unidades produ-toras de leos lubrificantes acabados, bem como os depsi-tos de armazenagem seja do produtor, seja do importador de leos bsicos ou acabados, devem estar, necessariamente, licenciadas pelo rgo ambiental competente.

    6.2 Revendedores de leos lubrificantes acabados

    A maioria das excees quanto obrigatoriedade do li-cenciamento ambiental ocorre na atividade de revenda de le-os lubrificantes acabados, pois o setor congrega uma grande gama de estabelecimentos que possuem caractersticas dis-tintas no que se refere s mercadorias comercializadas e/ou aos servios prestados.

    Esto compreendidos nesse rol de estabelecimentos, por exemplo, os postos de servio (postos de combustveis) que, pela natureza dos servios prestados (troca de leo lubrificante, armazenamento temporrio de Oluc e outros), bem como dos produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente comer-cializados (combustveis em geral) esto sujeitos ao licencia-mento ambiental, realizado com um maior grau de acuidade.

  • 34 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Todavia, tal modelo no se aplica a oficinas mecnicas e lojas de autopeas que, porventura, comercializam leos lubri-ficantes acabados prestando ou no servios de troca, em ra-zo da grande pulverizao desses estabelecimentos em todo territrio nacional, alm dos baixos volumes movimentados.

    Tambm, sob esse aspecto, o licenciamento ambiental no se constitui atividade obrigatria no caso das redes de supermercados que comercializam leo lubrificante acabado.

    6.3 Coleta de OlucEmbora essa atividade tambm contemple o arma-

    zenamento provisrio dos Olucs em depsitos e/ou tanca-gens como parte da logstica operacional (todos sujeitos ao licenciamento ambiental Figura 5), as exigncias para a concesso de licena/autorizao ambiental mostram-se, praticamente, centradas nas especificaes do equipamento automotivo utilizado no transporte desses.

    Assim, tm-se por requisitos para a emisso das Licenas de Operao (LOs) os parmetros de seguranaacoplados ao veculo transportador da carga perigo sa como, por exemplo, treinamento de condutores (curso MOPE), sinalizao, EPIs obrigatrios, etc. (vide item 5.4).Esse fato acaba por causar certa sobreposio de atri-buies entre o rgo ambiental competente e a Agn-cia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), na gestoda Legislao Brasileira relativa ao Transporte de Cargas Perigosas (Decreto n 96.044, de 18 de maio de 1988 e Resoluo ANTT n 420/2004). Tanto verdade que a maioria dos Oemas, por ocasio do licenciamento ambien-tal da atividade de transporte de cargas perigosas, emitem um documento denominado comumente de Autorizao para o Transporte de Cargas Perigosas, sendo que, no caso especfico do transporte de resduos (caso dos Olucs) essa autorizao recebe nomes distintos, como o Manifesto de Transporte de Resduos (MTR), Autorizaes para o Transporte de Resduos (ATRs), etc; dependendo do estado da Federao.

  • 35MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Figura 5 Centros de coleta (Depsitos/Tancagens Provisrios).

  • 36 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    6.4 RerrefinadoresAs unidades rerrefinadoras e outras de apoio (tanca-

    gens e depsitos temporrios ) esto sujeitas ao licencia-mento ambiental na categoria de depsitos, armazenagem de produtos perigosos, portanto, todas devem possuir as res-pectivas Licenas de Operao.Observao importante: no que se refere ao aspecto do li-cenciamento ambiental, cabe ressaltar que a Resoluo n 362/2005 em seu artigo 3 determina:

    Art. 3 Todo o leo lubrificante usado ou contamina-do coletado dever ser destinado reciclagem por meio do processo de rerrefino(grifos nossos).

    e, no pargrafo 1 do mesmo artigo:

    1 A reciclagem referida no caput poder ser reali-zada, a critrio do rgo ambiental competente, por meio de outro processo tecnolgico com eficcia ambiental compro-vada equivalente ou superior ao rerrefino (grifos nossos);

    e ainda no pargrafo 3: 3 Comprovada, perante o rgo ambiental compe-

    tente, a inviabilidade de destinao prevista no caput e no 1 deste artigo, qualquer outra utilizao do leo lubri-ficante usado ou contaminado depender do licenciamento ambiental (grifos nossos).

    Com base nesses aspectos legais, chamamos a aten-o dos rgos licenciadores para os cuidados a serem to-mados no processo do licenciamento ambiental de atividades que tenham por objetivo a destinao final dos Olucs.

    Essa recomendao foi motivada em razo da existn-cia de denncias de licenas ambientais concedidas ou mes-mo adulteradas (vide Figuras 6 e 7) para determinadas ativi-dades cuja(s) destinao(es) final(is) (so) proibida(s) pela legislao em vigor, conforme determina o artigo 13 da Resoluo em tela, transcrito a seguir:

    FONTE TRMICA CORRETA

  • 37MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Figura 6 Licena de Operao Correta

    LINCENA DE OPERAO N 00 56/2003 1 VALIDADE 07/01/2004OEMA , com base na legislao ambiental e demais normas pertinentes,

    e tendo em vista o contido no expediente protocolado sob o n expede a presente Licena de Operao :

    2 RAZO SOCIAL

    EMPRESA BENEFICIADORA DE GPSITAL LTDA.3 ENDEREO

    Fazenda Lagoa de Dentro, Quadra B, Lote - s/n Zona Rural4 MUNICPIO

    Casa da Me Joana/RF5 CEP

    6 CGC/MF

    333333333/001-337 INSCRIO ESTADUAL

    554433.22.333.18 CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO

    A empresa enquadra-se na Tipologia Indstria de Produtos Minerais No Metlicos, Classe H, cuja atividade consiste no beneficiamento de gipsita. O abastecimento dgua feito atravs do poo prprio e os efluentes sanitrios carreados para uma fossa sptica. O calor necessrio ao processo gerado atravs de 03 (trs) fornos, que utilizam BPF como elemento combustvel.

    9 EXIGNCIAS

    Dever efetuar, periodicamente, manuteno no sistema final de esgotamento sanitrio.

    Dever manter em perfeito funcionamento o sistema de controle das emisses atmosfricas.

    10 REQUISITOS

    11 A concesso da presente licena no impedir que o OEMA venha a exigir a adoo de medidas corretivas, desde que necessrias, de acordo com a legislao de controle ambiental vigente.

    12 DATA

    07/01/0313 GERENTE DE LICENCIAMENTO

    14 DIRETOR 01/01FONTE

    TRMICA CORRETA

    Art. 13. Para fins desta Resoluo, no se entende a COMBUSTO ou INCINERAO de leo lubrificante usado ou contaminado como formas de reciclagem ou de desti-nao adequada(grifos nossos).

  • 38 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Figura 7 Licena de Operao Adulterada.

    LINCENA DE OPERAO N 00 56/2003 1 VALIDADE 07/01/2004OEMA , com base na legislao ambiental e demais normas pertinentes,

    e tendo em vista o contido no expediente protocolado sob o n expede a presente Licena de Operao :

    2 RAZO SOCIAL

    EMPRESA BENEFICIADORA DE GPSITAL LTDA.3 ENDEREO

    Fazenda Lagoa de Dentro, Quadra B, Lote - s/n Zona Rural4 MUNICPIO

    Casa da Me Joana/RF5 CEP

    6 CGC/MF

    333333333/001-337 INSCRIO ESTADUAL

    554433.22.333.18 CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO

    A empresa enquadra-se na Tipologia Indstria de Produtos Minerais No Metlicos, Classe H, cuja atividade consiste no beneficiamento de gipsita. O abastecimento dgua feito atravs do poo prprio e os efluentes sanitrios carreados para uma fossa sptica. O calor necessrio ao processo gerado atravs de 03 (trs) fornos, que utilizam leo lubrificante contaminado com BPF como elemento combustvel.

    9 EXIGNCIAS

    Dever efetuar, periodicamente, manuteno no sistema final de esgotamento sanitrio.

    Dever manter em perfeito funcionamento o sistema de controle das emisses atmosfricas.

    10 REQUISITOS

    11 A concesso da presente licena no impedir que o OEMA venha a exigir a adoo de medidas corretivas, desde que necessrias, de acordo com a legislao de controle ambiental vigente.

    12 DATA

    07/01/0313 GERENTE DE LINCENCIAMENTO

    14 DIRETOR 01/01

    FONTE TRMICA

    INCORRETA

  • 39MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    III DAS INFRAES E PROCEDIMENTOS FISCALIZATRIOS

  • 41MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    1. Das infraes documentao obrigatria Exercer as atividades dadas pela Resoluo n 362/2005 sem possuir registro na ANP.

    (a) Empresa produtora e/ou importadora de leos lubrificantes acabados que no possui registro na ANP para exerccio dessa(s) atividade(s).

    As empresas produtoras e/ou importadoras de leo lubrificante acabado devero estar devidamente registradas na ANP de acordo com a legislao pertinente (Lei n 9.847/1999).

    Procedimento fiscalizatrio:

    Verificao da documentao pertinente.

    Penalidade (s): Base legal Valor

    Aplicaode multa

    Artigo 3 da Lei n 9.847, de 26.10.1999, descrito a seguir:

    Art. 3 A pena de multa ser aplicada na ocorrncia das infraes e nos limites seguintes:

    I exercer atividade relativa indstria do petrleo, ao abastecimento nacional de combustveis, ao Sistema Nacional de Estoques de Combustveis e ao Plano Anual de Estoques Estratgicos de Combustveis, sem prvio registro ou autorizao exigidos na legislao aplicvel(grifos nossos).

    Artigo 54 da Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

    Decreto n 3.179/1999, Art. 43 a saber:

    Art. 43. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, arma-zenar, guardar, ter em depsito ou usar produto ou substncia txica, perigosa ou nociva sade hu-mana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou em seus regu-lamentos.

    de R$ 50.000,00 (cinqenta mil

    reais)a R$ 200.000,00

    (duzentos mil reais);

    de R$ 500,00 (quinhentos reais)a R$ 2000.000,00(dois milhes de

    reais).

  • 42 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    b) Revendedor de leos lubrificantes acabados

    Procedimento fiscalizatrio

    Verificao de documentao pertinente

    Penalidade(s) Base legal Valor

    Aplicaode multa

    Artigo 3 da Lei n 9.847, de 26.10.1999, (retromencionado)

    Artigo 54 da Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

    Decreto n 3.179/1999, Art. 43 (retromencionado).

    de R$ 50.000,00 (cinqenta mil

    reais)a R$ 200.000,00

    (duzentos mil reais);

    de R$ 500,00 quinhentos reais)a R$ 2000.000,00(dois milhes de

    reais).

    c) Coletor de OlucsAssim como os entes supramencionados, o coletor de Olucs dever estar devidamente cadastrado na ANP.

    Procedimento fiscalizatrio

    Verificao da documentao pertinente

    Penalidade(s) Base legal Valor

    Aplicaode multa

    Artigo 3 da Lei n 9.847, de 26.10.1999, (retromencionado) Artigo 54 da Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

    Decreto n 3.179/1999, Art. 43 (retromencionado).

    de R$ 50.000,00(cinqenta mil

    reais)a R$ 200.000,00

    (duzentos mil reais);

    de R$ 500,00 (quinhentos reais)a R$ 2000.000,00(dois milhes de

    reais).

  • 43MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    d) Empresa rerrefinadora sem registro na ANP

    Procedimento fiscalizatrio

    Verificao da documentao pertinente

    Penalidade(s) Base Legal Valor

    Aplicaode multa

    Artigo 3 da Lei n 9.847, de 26.10.1999, (retromencionado) Art 2, inciso XIII da Resoluo n 362/2005.

    Artigo 54 da Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

    Decreto n 3.179/1999, Art. 43 (retromencionado).

    de R$ 50.000,00 (cinqenta mil

    reais)a R$ 200.000,00

    (duzentos mil reais);

    de R$ 500,00 (quinhentos reais)a R$ 2000.000,00(dois milhes de

    reais).

    Exercer as atividades dadas pela Resoluo n 362/2005 sem estar cadastrado no Cadastro Tcnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF).

    Empresas produtora/importadora/revendedora de leos lubrificantes acabados; coletor/rerrefinador de leos usados ou contaminados.As pessoas fsicas e jurdicas que exeram as atividades de (produtor/importador/revendedor de leos lubrificantes acabados)/(coletor/rerrefinador de leos usados ou contaminados) que no estejam cadastradas no CTF.

    Procedimento fiscalizatrio:

    Verificao da documentao pertinente CTF

    Penalidade(s): Base legal Valor

    Aplicaode multa

    Lei n 6.938/81 art 17 inciso II

    As pessoas fsicas e jurdicas que exeram as atividades de (produtor/importador/revendedor de leos lubrificantes acabados) / (coletor/rerrefinador de leos usados ou contaminados) mencionadas nos incisos I e II do art. 17 e que no estiverem inscritas nos respectivos cadastros at o ltimo dia til do terceiro ms que se seguir ao da publicao desta Lei incorrero em infrao punvel com multa(...)

    de R$ 50,00(cinqenta reais)

    a R$ 9.000,00(nove mil reais) dependendo do

    porte da empresa

  • 44 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Coletores que deixarem de apresentar os comprovantes dos CERTIFICADOS DE COLETA, emitidos por ocasio da coleta dos Olucs aos geradores e os CERTIFICADOS DE RECEBIMENTO, recebidos por ocasio da entrega dos Olucs aos rerrefinadores.

    Coletores

    Procedimento fiscalizatrio:

    Verificao da documentao pertinente Certificados de Coleta e Certificados de Recebimento

    Penalidade(s): Base legal Valor

    Aplicaode multa

    Artigo 3, inciso VI da Lei n 9.847, de 26.10.1999, a saber:

    VI no apresentar, na forma e no prazo estabelecidos na legislao aplicvel ou, na sua ausncia, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, os documentos comprobatrios de produo, importao, exportao, refino, beneficiamento, tratamento, processamento, transporte, transfe-rncia, armazenagem, estocagem, distribuio, revenda, destinao e comercializao de petrleo, gs natural, seus derivados e biocombustveis;

    Artigo 10, inciso IV, da Resoluo Conama n 362/2005, a saber:

    emitir a cada aquisio de leo lubrificante usado ou contaminado, para o gerador ou revendedor, o respectivo Certificado de Coleta;

    Artigo 54 da Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

    Decreto n 3.179/1999, Art. 43, (retromencionado).

    de R$ 20.000,00(vinte mil reais)

    a R$ 1.000.000,00(um milho de

    reais);

    de R$ 500,00(quinhentos reais)a R$ 2.000.000,00(dois milhes de

    reais);

  • 45MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Modelo de Certificado de Coleta de Olucs.

    ANEXO IV

    DADOS DA COLETORA

    Nome:

    Endereo:

    Cadastro na ANP n

    CERTIFICADO DE COLETA DELEO USADO n____________

    Local__________________ UF___ Data ___/___/___

    Declaramos haver coletado o volume de leo lubrificante usado ou contaminado, conforme discriminado ao lado, do gerador abaixo identificado:

    leo automotivo LITROSleo Industrial LITROSOutros LITROSSoma LITROS

    RAZO SOCIAL

    RUA (nome, n, etc.)

    BAIRRO CIDADE UF

    CEP CGC N

    FONE FAX

    1 via (Gerador ) 2 via (Fixa/Contabilidade) 3 via (Reciclador)

    Assinatura do Gerador (Detentor) Assinatura do Coletor

  • 46 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Rerrefinadores que deixarem de apresentar os comprovantes dos CERTIFICADOS DE RECEBIMENTO emitidos por ocasio do recebimento dos Olucs dos coletores autorizados.

    Rerrefinadores

    Procedimento fiscalizatrio:

    Verificao de documentao pertinente Certificados de Recebimento

    Penalidade(s): Base legal Valor

    Aplicaode multa

    Artigo 3, inciso VI da Lei n 9.847, de 26.10.1999, a saber:

    VI no apresentar, na forma e no prazo estabelecidos na legislao aplicvel ou, na sua ausncia, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, os documentos comprobatrios de produo, importao, exportao, refino, beneficiamento, tratamento, processamento, transporte, transfe-rncia, armazenagem, estocagem, distribuio, revenda, destinao e comercializao de petrleo, gs natural, seus derivados e biocombustveis;

    Artigo 54 da Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

    Decreto n 3.179/1999, Art. 43, (retromencionado).

    Artigo 20, inciso II, da Resoluo Conama n 362/2005, a saber:

    II - manter atualizados e disponveis para fins de fiscalizao os registros de emisso de Certificados de Recebimento, bem como outros documentos legais exigveis, pelo prazo de cinco anos;

    de R$ 20.000,00(vinte mil reais)

    a R$ 1.000.000,00(um milho de

    reais);

    de R$ 500,00 quinhentos reais)a R$ 2000.000,00(dois milhes de

    reais).

  • 47MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Modelo de Certificado de Recebimento de Olucs.

    ANEXO III

    DADOS DA RERREFINADORA

    Nome:

    Endereo:

    Cadastro na ANP n

    CERTIFICADO DE RECEBIMENTO DELEO USADO n____________

    Local__________________ UF___ Data ___/___/___

    Declaramos haver recebido o volume de leo lubrificante usado ou contaminado, conforme discriminado ao lado, do Coletor abaixo identificado:

    leo automotivo LITROSleo Industrial LITROSOutros LITROSSoma LITROS

    RAZO SOCIAL

    RUA (nome, n, etc.)

    BAIRRO CIDADE UF

    CEP CGC N

    FONE FAX CADASTRO ANP N

    1 via (Coletor) 2 via (Fixa talo) 3 via (Contabilidade)

    Assinatura do Emissor (Detentor)

  • 48 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    2. Das infraes ao licenciamento ambientaldas atividades que envolvam OlucComo dito anteriormente, as atividades que envolvam Oluc devem

    estar devidamente licenciadas pelo rgo ambiental competente. Assim, em caso de infraes teramos as seguintes situaes:

    Fazer funcionar a atividade de PRODUTOR de leos lubrificantes acabados; sem o devido licenciamento ambiental.

    ProdutoresEmpresas fabricante de leos lubrificantes acabados e depsitos para armazenamento do(s) produto(s) importado(s).

    Procedimento fiscalizatrio:

    Verificao da Licena de Operao(LO) emitida por rgo ambiental competente

    Penalidade(s): Base legal Valor da multa

    Embargoda atividade e aplicao de multa respectiva

    Lei n 9.605/98, artigo 60

    Decreto n 3.179/99, artigo 44, a saber:

    Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer fun-cionar, em qualquer parte do territrio nacional, estabelecimentos, obras ou servios potencialmente poluidores, sem licena ou autorizao dos rgos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinente;

    Art. 2, inciso X, Resoluo Conama n 362/2005

    de R$ 500,00(quinhentos reais)a R$ 10.000.000,00

    (dez milhes de reais)

  • 49MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Exercer a atividade de REVENDA de leos lubrificantes acabados, sem o devido licenciamento ambiental.

    RevendedoresPessoa jurdica que comercializa leo lubrificante acabado no atacado e no varejo tais como: postos de servio, oficinas, supermercados, lojas de autopeas, atacadistas, etc.;

    Procedimento fiscalizatrio:

    Verificao da Licena de Operao (LO) emitida por rgo ambiental competente quando aplicvel.

    Penalidade(s): Base legal Valor da multa

    Embargoda atividade e aplicao de multa respectiva

    Lei n 9.605/98, artigo 60

    Decreto n 3.179/99, artigo 44, a saber:

    Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer fun-cionar, em qualquer parte do territrio nacional, estabelecimentos, obras ou servios potencial-mente poluidores, sem licena, ou autorizao dos rgos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes;

    Art. 2, inciso XV, Resoluo Conama n 362/2005

    de R$ 500,00(quinhentos reais)a R$ 10.000.000,00

    (dez milhes de reais)

    Exercer a atividade de COLETA de leos lubrificantes usados ou contaminados, sem o devido licenciamento ambiental.

    ColetoresPessoas jurdicas, devidamente autorizadas pela ANP e licenciadas pelo rgo ambiental competente para realizao da atividade de coleta deste resduo.

    Procedimento fiscalizatrio:

    Verificao da Licena de Operao(LO) emitida por rgo ambiental competente

    Penalidade(s): Base legal Valor da multa

    Embargoda atividade e aplicao de multa respectiva

    Lei n 9.605/98, artigo 60

    Decreto N 3.179/99, artigo 44, a saber:

    Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer fun-cionar, em qualquer parte do territrio nacional, estabelecimentos, obras ou servios potencial-mente poluidores sem licena, ou autorizao dos rgos ambientais competentes ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinente;

    Art. 2, inciso I, Resoluo Conama n 362/2005

    de R$ 500,00(quinhentos reais)a R$ 10.000.000,00

    (dez milhes de reais)

  • 50 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Exercer a atividade de RERREFINO de leos lubrificantes usados ou contaminados, sem o devido licenciamento ambiental.

    RerrefinadoresPessoa jurdica, responsvel pela atividade de rerrefino, devidamente autorizada pelo rgo regulador da indstria do petrleo para a atividade de rerrefino e licenciada pelo rgo ambiental competente.

    Procedimento fiscalizatrio:

    Verificao da Licena de Operao(LO) emitida por rgo ambiental competente

    Penalidade s): Base legal Valor da multa

    Embargoda atividade e aplicao de multa respectiva

    Lei n 9.605/98, artigo 60

    Decreto n 3.179/99, artigo 44, a saber:

    Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do territrio nacional, estabelecimentos, obras ou servios potencialmente poluidores, sem licena ou autorizao dos rgos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinente;

    Art. 2, inciso XIII, Resoluo Conama n 362/2005

    de R$ 500,00(quinhentos reais)a R$ 10.000.000,00

    (dez milhes de reais)

  • 51MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    3. Da fiscalizao do transporte de Oluc Exercer a atividade de coleta em veculo que esteja em desacordo com a legislao de transporte especfica (Decreto n 96.044/88 ANTT e Resoluo n 420/2004).

    Procedimento fiscalizatrio:

    Checagem dos itens de segurana e sinalizao do veculo, documentao do motorista (curso MOPE), etc.

    Penalidade(s): Base legal Valor da multa

    Apreensodo veculo e aplicao de multa respectiva

    Artigo 45, inciso III itens (b), (c), (e) do Decreto n 96.044/88.

    Portaria n 38 do Denatran, de 10/12/98, publicada no DOU de 11/12/98

    Decreto n 3.179/99, artigo 43, a saber:

    Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depsito ou usar produto ou substncia txica, perigosa ou nociva sade humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou em seus regulamentos:

    Art. 2, inciso XIII, Resoluo Conama n 362/2005

    III Terceiro Grupo (123,4

    UFIR), (Decreto 96.044/88)

    de R$ 500,00 (quinhentos reais) a

    R$ 2.000.000,00 (dois milhes de

    reais).

    Proceder ao Transporte Clandestino de Oluc

    Procedimento fiscalizatrio:

    Verificao da documentao pertinente como, por exemplo, Cadastro Tcnico Federal, Cadastro da ANP, Notas Fiscais, Certificados de Coleta e de Recebimento

    Penalidade(s): Base legal Valor da multa

    Apreensodo veculoe do produto e aplicao de multa respectiva

    Lei n 9.605/98, artigo 56

    Decreto n 3.179/99, artigo 43, a saber:

    Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depsito ou usar produto ou substncia txica, perigosa ou nociva sade humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou em seus regulamentos:

    Art. 2, inciso I, Resoluo Conama n 362/2005

    de R$ 500,00(quinhentos reais)a R$ 2.000.000,00(dois milhes de

    reais).

  • 52 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    4. Da fiscalizao da destinao final de Oluc Utilizao de Oluc como combustvel.

    Procedimento fiscalizatrio:

    Verificao do combustvel utilizado no processo industrial e, em caso de dvidas proceder amostragens do produto para exame laboratorial em instituio idnea.

    Penalidade(s): Base legal Valor da multa

    (a) Notificao, em caso de dvida sobre a natureza do produto, e solicitao de testes de laboratrio para confirmao da mesma.

    (b) Aplicaode multae apreenso do produto, em caso de teste positivopara Oluc.

    Lei n 9.605/98, artigos 54 e 56.

    Decreto n 3.179/99, artigos 41 e 43, a saber:

    Causar poluio de qualquer natureza em nveis tais que resultem ou possam resultar em danos sade humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruio significativa da flora:

    (..)

    V - lanar resduos slidos, lquidos ou gasosos ou detritos, leos ou substncias oleosas em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou regulamentos; e

    -Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depsito ou usar produto ou substncia txica, perigosa ou nociva sade humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou em seus regulamentos:

    Art. 12 da Resoluo Conama n 362/2005, a saber:

    Ficam proibidos quaisquer descartes de leos usados ou contaminados em solos, subsolos, nas guas interiores, no mar territorial, na zona econmica exclusiva e nos sistemas de esgoto ou evacuao de guas residuais.

    de R$ 1.000,00(mil reais)

    a R$ 50.000.000,00(cinqenta milhes de reais), ou multa

    diria.

    de R$ 500,00(quinhentos reais)a R$ 2.000.000,00(dois milhes de

    reais).

  • 53MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Despejo de Oluc em cursos dgua e/ou no solo e/ou queima a cu aberto.

    Procedimento fiscalizatrio:

    Constatao do(s) ilcito(s) e responsvel(eis) pelo(s) mesmo(s).

    Penalidade (s): Base legal Valor da multa

    Aplicaode multae apreensodo produto,em caso de teste positivo para Oluc.

    Lei n 9.605/98, artigos 54 e 56

    Decreto n 3.179/99, artigos 41 e 43, a saber:

    Causar poluio de qualquer natureza em nveis tais que resultem ou possam resultar em danos sade humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruio significativa da flora:

    (..)

    V - lanar resduos slidos, lquidos ou gasosos ou detritos, leos ou substncias oleosas em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou regulamentos; e

    Artigos 12 e 13 da Resoluo Conama n 362/2005

    Art. 12. Ficam proibidos quaisquer descartes de leos usados ou contaminados em solos, subsolos, nas guas interiores, no mar territorial, na zona econmica exclusiva e nos sistemas de esgoto ou evacuao de guas residuais.

    Art. 13. Para fins desta Resoluo, no se entende a combusto ou incinerao de leo lubrificante usado ou contaminado como formas de reciclagem ou de destinao adequada.

    de R$ 1.000,00(mil reais)

    a R$ 50.000.000,00(cinqenta milhes de reais), ou multa

    diria.

  • 54 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Qualquer outra utilizao de Oluc no autorizada em leis e regulamentos.

    Procedimento fiscalizatrio:

    Constatao do(s) ilcito(s) e responsvel(eis) pelo(s) mesmo(s).

    Penalidade (s): Base legal Valor da multa

    Aplicaode multae apreensodo produto,em caso de teste positivo para Oluc.

    Lei n 9.605/98, artigos 54 e 56 Decreto n 3.179/99, artigos 41 e 43, a saber:Causar poluio de qualquer natureza em nveis tais que resultem ou possam resultar em danos sade humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruio significativa da flora:

    (..)

    V lanar resduos slidos, lquidos ou gasosos ou detritos, leos ou substncias oleosas em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou regulamentos; e

    Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depsito ou usar produto ou substncia txica, perigosa ou nociva sade humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou em seus regulamentos:

    Art. 3 da Resoluo Conama n 362/2005Art. 3 Todo o leo lubrificante usado ou conta-minado coletado dever ser destinado reciclagem por meio do processo de rerrefino

    de R$ 1.000,00(mil reais)

    a R$ 50.000.000,00(cinqenta milhes de reais), ou multa

    diria.

    de R$ 500,00(quinhentos reais)a R$ 2.000.000,00(dois milhes de

    reais).

  • 55MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981

    Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998

    Lei n 9.847, de 26 de outubro de 1999

    Decreto n 96.044 de 18 de maio de 1988

    Decreto n 99.274, de 6 de junho de 1990

    Decreto n 3.179, de 21 de setembro de 1999

    Resoluo Conama n 362, de 23 de junho de 2005

    Portaria ANP n 125/1999

    Portaria ANP n 127/1999

    Portaria ANP n 128/1999

    Portaria ANTT n 420/2004

    NBR-10004/2004 da ABNT

    IV LEGISLAO APLICADA

  • 56 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    Agncia Nacional do PetrleoSetor de FiscalizaoAvenida Rio Branco, 65 16 andarTelefone: (21) 3804-1014Rio de Janeiro RJ

    Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renovveis (Ibama)Diretoria de Qualidade Ambiental (Diqua)SCEN Trecho 2 Ed. Sede do Ibama Bloco CCoordenadoria de Resduos e EmissesTelefone: (61) 3316-1245

    Diretoria de Proteo Ambiental (Dipro)SCEN Trecho 2 Ed. Sede do Ibama Bloco CCoordenadoria de FiscalizaoTelefone (61) 3316-1279

    V TELEFONES PARA INFORMAES

  • 57MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    REFERNCIASAGNCIA NACIONAL DO PETRLEO - Disponvel em: Acesso em: 18 nov. 2006.

    AMBIENTEBRASIL. Disponvel em: Acesso em: 20 dez 2006.

    CALIFORNIA INTEGRATED WASTE MANAGEMENT BOARD. . Acesso em: 10 out. 2006.

    CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambien-tal) Disponvel em: . Acesso em: 10 out. 2006.

    CEMPRE (Compromisso empresarial para reciclagem). Dispo-nvel em: Acesso em: 20 dez. 2006

    DIGILIO, A. O petrleo, a sociedade e a ecologia. [s. L.]: Ed. Centrais Impressoras, 1986. 58 p.

    PETROBRS DISTRIBUIDORA S/A. Disponvel em: Acesso em: 14 nov. 2006.

    REVISTA meio ambiente industrial, ed. 31, v. 6, n. 30, maio/Jun. 2001. Disponvel em:

  • EXPEDIDOR: FICHA DE EMERGNCIANOME APROPRIADO PARA EMBARQUE

    SUBSTNCIA QUE APRESENTA RISCOPARA O MEIO AMBIENTE, LQUIDA, N.E.(LEO LUBRIFICANTE USADO)

    Nmero de risco: 90Nmero da ONU: 3082Classe ou Subclasse de risco: 9Descrio da Classe ou Subclasse de risco: Substncias Perigosas Diversas.Grupo de Embalagem: III

    Aspecto: Lquido viscoso, cor escura, no corrosivo, com odor caracterstico.

    EPI: Capacete de segurana, cala, camisa de manga longa, botas de segurana, mscara semi-facial com filtro contra vapores orgnicos, luvas de PVC cano longo, culos de segurana ampla viso e botas de PVC.

    RISCOS

    Fogo: Produto combustvel, sem grande risco de incndio em temperaturas normais. Em contato com grande fonte de calor ou chama direta pode incendiar-se.Sade: Evite ingesto, inalao dos vapores e contato com a pele, Baixo risco de exposio aguda ou crnica,

    devido a baixa presso de vapor. A inalao do produto no ocorre em uso normal, caso inalado (vapores) provoca danos ao trato respiratrio.

    Meio Ambiente: Contamina cursos dgua tornando-os imprprios para o uso em qualquer finalidade. Causa danos a fauna e a flora no local do derrame.

    EM CASO DE ACIDENTE

    Vazamento: Afaste o veculo da rodovia e desligue o motor e a chave geral. Isole o local e sinalize para o trnsito. Caso seja possvel, tente estancar o vazamento, utilizando batoques e martelo de madeira existente no Kit

    de emergncia do veculo. Para pequenas pores vazadas, jogar areia ou terra, para absorver o produto. Evite escoamento para esgotos, rios, lagos, etc. construindo diques de conteno. Caso no seja possvel estancar o vazamento, isole a rea e afaste os curiosos. Evitar contato direto com a pele e olhos, utilize sempre EPIs. Avise imediatamente Polcia Rodoviria, ao Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil, Empresa

    Transportadora e aos rgos Ambientais.Fogo: Usar imediatamente o equipamento de extino ao fogo existente no veculo (extintor de p qumico CO2),

    No utilizar extintores de gua jato pleno no produto. O resfriamento do tanque dever ser feito por meio de gua em forma de neblina.

    Se no for possvel combater o fogo, afaste-se do local e isole a rea.Poluio: Evite que o vazamento se alastre, contaminando o meio ambiente, No h agentes neutralizantes.

    Providenciar a rpida e adequada remoo do produto.Envolvimento Em caso de contato com os olhos, lavar com gua em abundncia, por no mnimo 15 min. Em caso de de Pessoas: contato com a pele, lavar as partes atingidas com gua e sabo. Vitimas de inalao dos vapores devem ser prontamente retiradas para ambientes arejados, Encaminhar

    imediatamente para a assistncia mdica.Informaes Ingesto: No provoque vmitos, realizar aspirao suave com sonda nasogstrica, criteriosa, para no ao Mdico: ocorrer aspirao pulmonar. Intoxicao: Tratamento sintomtico. Efetuar manobras de reanimao Cardio-respiratria se ocorrer

    parada cardaca. Fazer controle hidro-eletroltico e gasometria, Verificar funo renal e heptica.

    Observaes: As instrues ao motorista, em caso de emergncia, encontram-se descritas exclusivamente no envelope para transporte.

    ANEXO 1 Modelo da Ficha de Emergncia do leo lubrificante usado ou contaminado

  • 61MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    ANEXO 2Ministrio do Meio Ambiente

    Conselho Nacional do Meio Ambiente Conama

    Resoluo n 362, de 23 de junho de 2005

    O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Conama, no uso das competncias que lhe so conferidas pela Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto n 99.274, de 6 de junho de 1990, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, anexo Portaria n 499, de 18 de dezembro de 2002, e:Considerando que o uso prolongado de um leo lubrificante acabado resulta na sua de-teriorao parcial, que se reflete na formao de compostos tais como cidos orgnicos, compostos aromticos polinucleares potencialmente carcinognicos, resinas e lacas;Considerando que a Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, em sua NBR-10004, Resduos Slidos classificao, classifica o leo lubrificante usado como resduo perigoso por apresentar toxicidade;Considerando que o descarte de leo lubrificante usado ou contaminado para o solo ou cursos de gua gera graves danos ambientais;Considerando que a combusto de leos lubrificantes usados gera gases residuais noci-vos ao meio ambiente e sade pblica;Considerando que a categoria de processos tecnolgico-industriais chamada generica-mente de rerrefino, corresponde ao mtodo ambientalmente mais seguro para a reci-clagem do leo lubrificante usado ou contaminado, e, portanto, a melhor alternativa de gesto ambiental deste tipo de resduo; eConsiderando a necessidade de estabelecer novas diretrizes para o recolhimento e des-tinao de leo lubrificante usado ou contaminado, resolve:Art. 1 Todo leo lubrificante usado ou contaminado dever ser recolhido, coletado e ter

  • 62 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    destinao final, de modo que no afete negativamente o meio ambiente e propicie a m-xima recuperao dos constituintes nele contidos, na forma prevista nesta Resoluo.

    Art. 2 Para efeito desta Resoluo sero adotadas as seguintes definies:

    I coletor: pessoa jurdica devidamente autorizada pelo rgo regulador da indstria do petrleo e licenciada pelo rgo ambiental competente para realizar atividade de coleta de leo lubrificante usado ou contaminado;

    II coleta: atividade de retirada do leo usado ou contaminado do seu local de reco-lhimento e de transporte at destinao ambientalmente adequada;

    III certificado de coleta: documento previsto nas normas legais vigentes que com-prova os volumes de leos lubrificantes usados ou contaminados coletados;

    IV certificado de recebimento: documento previsto nas normas legais vigentes que comprova a entrega do leo lubrificante usado ou contaminado do coletor para o rerrefi-nador;

    V gerador: pessoa fsica ou jurdica que, em decorrncia de sua atividade, gera leo lubrificante usado ou contaminado;

    VI importador: pessoa jurdica que realiza a importao do leo lubrificante acaba-do, devidamente autorizada para o exerccio da atividade;

    VII leo lubrificante bsico: principal constituinte do leo lubrificante acabado, que atenda a legislao pertinente;

    VIII leo lubrificante acabado: produto formulado a partir de leos lubrificantes bsi-cos, podendo conter aditivos;

    IX leo lubrificante usado ou contaminado: leo lubrificante acabado que, em de-corrncia do seu uso normal ou por motivo de contaminao, tenha se tornado inadequa-do sua finalidade original;

    X produtor: pessoa jurdica responsvel pela produo de leo lubrificante acaba-do em instalao prpria ou de terceiros, devidamente licenciada pelo rgo ambiental competente, e autorizada para o exerccio da atividade pelo rgo regulador da indstria do petrleo;

    XI reciclagem: processo de transformao do leo lubrificante usado ou contami-nado, tornando-o insumo destinado a outros processos produtivos;

    XII recolhimento: a retirada e armazenamento adequado do leo usado ou con-taminado do equipamento que o utilizou at o momento da sua coleta, efetuada pelo revendedor ou pelo prprio gerador;

  • 63MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    XIII rerrefinador: pessoa jurdica, responsvel pela atividade de rerrefino, devidamen-te autorizada pelo rgo regulador da indstria do petrleo para a atividade de rerrefino e licenciada pelo rgo ambiental competente;XIV rerrefino: categoria de processos industriais de remoo de contaminantes, pro-dutos de degradao e aditivos dos leos lubrificantes usados ou contaminados, confe-rindo aos mesmos caractersticas de leos bsicos, conforme legislao especfica;XV revendedor: pessoa jurdica que comercializa leo lubrificante acabado no ataca-do e no varejo tais como: postos de servio, oficinas, supermercados, lojas de autope-as, atacadistas, etc; eXVI guas interiores: as compreendidas entre a costa e as linhas de base reta, a partir das quais se mede a largura do mar territorial; as dos portos; as das baas; as dos rios e de seus esturios; as dos lagos, lagoas e canais, e as subterrneas.Art. 3 Todo o leo lubrificante usado ou contaminado coletado dever ser destinado reciclagem por meio do processo de rerrefino. 1 A reciclagem referida no caput poder ser realizada, a critrio do rgo ambiental competente, por meio de outro processo tecnolgico com eficcia ambiental comprova-da equivalente ou superior ao rerrefino. 2 Ser admitido o processamento do leo lubrificante usado ou contaminado para a fabricao de produtos a serem consumidos exclusivamente pelos respectivos gerado-res industriais. 3 Comprovada, perante ao rgo ambiental competente, a inviabilidade de destina-o prevista no caput e no 1 deste artigo, qualquer outra utilizao do leo lubrificante usado ou contaminado dependera do licenciamento ambiental. 4 Os processos utilizados para a reciclagem do leo lubrificante devero estardevidamente licenciados pelo rgo ambiental competente.Art. 4 Os leos lubrificantes utilizados no Brasil devem observar, obrigatoriamente, o princpio da reciclabilidade.Art. 5 O produtor, o importador e o revendedor de leo lubrificante acabado, bem como o gerador de leo lubrificante usado, so responsveis pelo recolhimento do leo lubrifi-cante usado ou contaminado, nos limites das atribuies previstas nesta Resoluo.Art. 6 O produtor e o importador de leo lubrificante acabado devero coletar ou ga-rantir a coleta e dar a destinao final ao leo lubrificante usado ou contaminado, em conformidade com esta Resoluo, de forma proporcional em relao ao volume total de leo lubrificante acabado que tenham comercializado.

  • 64 MANUAL DE PROCEDIMENTOSFiscalizao das Atividades Relacionadas a leos Lubrificantes Usados ou Contaminados

    1 Para o cumprimento da obrigao prevista no caput deste artigo, o produtor e o importador podero:I contratar empresa coletora regularmente autorizada junto ao rgo regulador da in-dstria do petrleo; ouII habilitar-se como empresa coletora, na forma da legislao do rgo regulador da indstria do petrleo.

    2 A contratao de coletor terceirizado no exonera o produtor ou importador da responsabilidade pela coleta e destinao legal do leo usado ou contaminado coletado.

    3 Respondem o produtor e o importador, solidariamente, pelas aes e omisses dos coletores que contratarem.Art. 7 Os produtores e importadores so obrigados a coletar todo leo disponvel ou garantir o custeio de toda a coleta de leo lubrificante usado ou contaminado efetivamen-te realizada, na proporo do leo que colocarem no mercado conforme metas progres-sivas intermedirias e finais a serem estabelecidas pelos Ministrios de Meio Ambiente e de Minas e Energia em ato normativo conjunto, mesmo que superado o percentual mnimo fixado.Pargrafo nico. Os rgos referidos no caput devero estabelecer, ao menos anualmen-te, o percentual mnimo de coleta de leos lubrificantes usados ou contaminados, no inferior a 30% (trinta por cento), em relao ao leo lubrificante acabado comercializado, observado o seguinte:I anlise do mercado de leos lubrificantes acabados, na qual sero considerados os dados dos ltimos trs anos;II tendncia da frota nacional quer seja rodoviria, ferroviria, naval ou area;III tendncia do parque mquinas industriais consumidoras de leo, inclusive agroindustriais;IV capacidade instalada de rerrefino;V avaliao do sistema de recolhimento e destinao de leo lubrificante usado ou contaminado;VI novas destinaes do leo lubrificante usado ou contaminado, devidamente au-torizadas;VII critrios regionais; eVIII as quantidades de leo usado ou contaminado efetivamente coletadas.

    Ar