orientações para os conselhos de fiscalização das atividades profissionais

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Page 1: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais
Page 2: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

ORIENTAÇÕES PARA OS CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS

Palestrante: Edmur Baida

Março de 2016

Page 3: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Sumário

TCU e suas atribuições

Natureza jurídica dos Conselhos

Princípios norteadores da Administração Pública

Governança na Administração Pública

Lei de Acesso à Informação – Transparência e divulgação de informações

Prestação de Contas dos Conselhos

Jurisprudência do TCU aplicável aos Conselhos

Page 4: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Missão, Visão e Valores

Page 5: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

154 unidades gestoras no exterior 2.123 órgãos/entidades 3.441 unidades gestoras no país 26 estados e o Distrito Federal 5.564 municípios

(Dados de 2012)

Jurisdição e Quadro de Pessoal

Page 6: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Em 2014, o benefício financeiro total das ações de controle atingiu o montante de R$ 6,126 bilhões, valor 3,76 vezes superior ao custo de funcionamento do TCU no período

Benefícios financeiros das ações de controle – 2014

Page 7: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

TCU e suas atribuições

Controle Externo Técnico do TCU:A atual Constituição (arts. 70 e 71) estabelece que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta é exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Estabelece, também, que o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual incumbe uma série de competências exclusivas.

Page 8: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

TCU e suas atribuições

Atribuições básicas: Julgar as contas dos administradores e demais

responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público (CF, art. 71, II)

Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município (CF, art. 71, VI)

Page 9: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

TCU e suas atribuições

Leis diversas têm ampliado o rol de atribuições do TCU: Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93) Lei de Desestatização (Lei nº 9.491/1997) LRF (Lei Complementar nº 101/2000) Lei da Cide (Lei nº 10.866/2004) LOA e LDO Lei de Parceria Público-Privada (Lei nº 11.079/2004) Lei de Contratação de Consórcios Públicos (Lei nº

11.107/2005) Lei do PAC (Lei nº 11.578, de 26.11.2007) Decretos Legislativos do CN

Page 10: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

TCU e suas atribuições Por que essa avalanche de normas? A sociedade clama por moralidade, profissionalismo e

excelência da administração pública, bem como por melhor qualidade de vida e redução das desigualdades sociais. O cidadão vem deixando, gradualmente, de ser sujeito passivo em relação ao Estado, passando a exigir, em níveis progressivos, melhores serviços, respeito à cidadania e mais transparência, honestidade, economicidade e efetividade no uso dos recursos públicos.

Page 11: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

TCU e suas atribuições

Papel do Tribunal de Contas da União:

O Tribunal atua na prevenção, detecção, correção e punição da fraude, do desvio, da corrupção e do desperdício e contribui, assim, para a transparência e melhoria do desempenho da administração pública e da alocação de recursos federais.

Page 12: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Natureza Jurídica dos Conselhos STF: Mandado de Segurança 21.797-9, em 9.3.2000, no qual se

firmou o entendimento acerca da natureza autárquica dos Conselhos responsáveis pela fiscalização do exercício profissional e, ainda, que as contribuições cobradas são contribuições ditas parafiscais ou mesmo contribuições corporativas, com caráter tributário. Assim, há a obrigatoriedade de prestar contas ao Tribunal de Contas da União. Lei 4.234/64, art. 2º. C.F., art. 70, parágrafo único, art. 71, II.

Mandado de Segurança 22.643-9, em 6.8.1998 no qual se firmouo entendimento de que os Conselhos Regionais, como sucedecom os Conselhos Federais, são autarquias federais sujeitas àprestação de contas ao Tribunal de Contas da União por forçado disposto no inciso II do artigo 71 da atual Constituição.

Page 13: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Natureza Jurídica dos Conselhos

TCU: No âmbito do Tribunal de Contas da União, entendeu-se

em diversas assentadas que os Conselhos de Fiscalização de Profissões Regulamentadas têm natureza autárquica, ainda que diferenciada, visto que detêm capacidade tributária ativa, imunidade tributária e múnus público decorrente do exercício do poder de polícia delegado pelo Estado

Page 14: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Princípios da Administração Pública

Transparência e publicidade (CF, art. 37 e LRF) Moralidade (CF, art. 37) Impessoalidade (CF, art. 37) Economicidade (CF, art. 70) Legalidade (CF, arts. 37 e 70) Legitimidade (CF, art. 70) Eficiência (CF, art. 37) Outros

Page 15: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

O que é Governança?

É o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle. (IBGC, 2009, p.19)

Os princípios e práticas da boa Governança Corporativa aplicam-se a qualquer tipo de organização, independente do porte, natureza jurídica ou tipo de controle [...] este Código foi desenvolvido [...] adaptável a outros tipos de organizações, como, por exemplo, [...] órgãos governamentais, entre outros. (IBGC, 2009, p.15)

Page 16: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

O que é Governança?

Consiste no conjunto de diretrizes, estruturas organizacionais, processos e mecanismos de controle que visam assegurar que as decisões e ações relativas à gestão e ao uso dos recursos da organização estejam alinhadas às necessidades institucionais e contribuam para o alcance das metas organizacionais. (adaptado de Res-TCU 247/2011 (PGTI-TCU), art. 2º, II)

Page 17: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Governança: princípios básicos

Os princípios básicos que norteiam as práticas de Governança: Transparência Equidade Prestação de contas (accountability) Responsabilidade corporativa

Page 18: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Transparência: Base Legal

CF: inciso XXXIII do art. 5º da CF

Lei 12.527/2011 ou Lei de Acesso à Informação (LAI): regula

o acesso a informações previsto na CF

LC 101/2000 ou Lei de Responsabilidade Fiscal: princípios

aplicáveis aos CP (vide art. 48 e 48-A)

Súmula CMRI nº 7/2015: Inaplicabilidade do Decreto

7.724/2012 aos CP

Vide também “Orientações para os CP” - TCU

Page 19: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Transparência: Base Legal

CF: inciso XXXIII do art. 5º da CF

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos

informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo

ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de

responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja

imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

(Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)

Page 20: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Transparência: Base Legal

Lei 12.527/2011 ou Lei de Acesso à Informação (LAI): regula

o acesso a informações previsto na CF

Aplicável a todas as esferas de governo, todos os Poderes

Aplicável autarquias, FP, EP, SEM e controladas

Entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebam recursos

do orçamento, subvenções, contratos de gestão, termo de

parceira, convênios

Page 21: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Transparência: Base Legal

LC 101/2000 ou Lei de Responsabilidade Fiscal: Princípios

aplicáveis aos CP (vide art. 48 e 48-A) Art. 48. (...) Parágrafo único. A transparência será

assegurada também mediante: (Redação dada pela LC nº 131, de 2009).

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas;

II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público;

Page 22: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Transparência: Base Legal

Súmula COMISSÃO MISTA DE REAVALIAÇÃO DE

INFORMAÇÕES (CMRI) nº 7/2015: Inaplicabilidade Dec 7.724/12

aos CP

A CMRI entende ser aplicável a Lei de Acesso à Informação (Lei nº

12.527/2012) aos conselhos profissionais, não sendo aplicável,

contudo, os recursos de que tratam o art. 16 da Lei às decisões

exaradas pelas autoridades máximas dos conselhos profissionais.

Igualmente inaplicável a esses órgãos é o Decreto nº 7.724, de 2012,

que regulamenta, no âmbito do Poder Executivo federal, a Lei de

Acesso a Informação

Page 23: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Diretrizes da Transparência (art. 3º LAI)

Acesso à informação é direito fundamental Publicidade é regra; exceção é o sigilo Divulgação de informações independe de

solicitação Utilização de tecnologia da informação (TI):

obrigatória Desenvolver cultura da transparência na AP Desenvolver controle social na AP

Page 24: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

LAI e os Conselhos ProfissionaisTC-014.856/2015-8 (Acórdão 96/2016 – P)

No total, considerando-se somente as respostas válidas, 510 Conselhos, Federais e Regionais responderam ao questionário sobre o cumprimento da LAI, representando cerca de 95% do total de Conselhos (535).

Conforme dados extraídos dos RG de 27 Cons. Fed. de Fiscal. de AP, a receita anual desses conselhos, em 2013, atingiu mais de R$ 631 milhões de reais, sendo suas despesas na casa de R$ 541 milhões

Page 25: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

LAI e os Conselhos Profissionais

Considerando a arrecadação dos conselhos regionais (que ficam, em média, com 70-80% dos valores arrecadados, repassando o restante, a cota-parte, aos federais), a estimativa de valores geridos pelos conselhos profissionais em todo o território nacional supera a quantia de R$ 3 bilhões anuais

Page 26: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

LAI e os Conselhos Profissionais

A baixa transparência na divulgação das ações dos conselhos profissionais tem sido objeto de demandas ao TCU

A fiscalização guarda consonância com o objetivo previsto no Plano Estratégico no TCU para o período de 2015-2021, no sentido de “induzir a disponibilidade e a confiabilidade de informações da Administração Pública

Page 27: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

LAI e os Conselhos ProfissionaisConstatações da Auditoria

Ausência de atributos da informação: primariedade, integralidade, atualização, disponibilidade e autenticidade

Ausência relatórios “exportáveis” Não publicação indicadores e metas (planejamento) Não divulgação de reuniões, atas, PC Ausência de divulgação de informações granulares (pagamentos,

salários, jetons, outros) Não divulgação de resultado de licitação/dos contratos Não divulgação do que é classificado como sigiloso Impossibilidade de pedir informações de forma eletrônica Questão polêmica: tamanho dos CPs x capacidade de publicizar

Page 28: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

“O dever de prestar contas é decorrência natural da administração como encargo de gestão de bens e

interesses alheios. Se o administrador corresponde ao desempenho de um mandato de zelo e conservação de bens e interesses de outrem, manifesto é que quem o

exerce deverá contas ao proprietário. No caso do administrador público, esse dever ainda mais se alteia,

porque a gestão se refere aos bens e interesses da coletividade e assume o caráter de um “múnus público”,

isto é, de um encargo para com a comunidade.”

Hely Lopes Meirelles

O dever de Prestar Contas

Page 29: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Prestação de Contas

Decisão TCU 813/2002 – Plenário, por meio da IN 42/2002, alterou a IN TCU 12/96, art. 18, § 3º: “as entidades de fiscalização do exercício profissional estão dispensadas de apresentar a prestação de contas anual ao Tribunal, sem prejuízo da manutenção das demais formas de fiscalização”

Acórdão 2666/2012 – TCU – Plenário, alteração da IN/TCU 63/2010 pela IN/TCU 72/3013

Proposta pelo Ministro Marcos Bemquerer Costa para:

Propiciar um melhor controle dos conselhos de fiscalização profissional

Fomentar a transparência e a expectativa do controle

Page 30: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Prestação de Contas - Normas

Constituição Federal (art. 70 e 71)Lei 8.443/92 – Lei Orgânica do TCU (art. 6º ao 35, especialmente)CN

IN 63/2010DN 147/2015

ContasJulgadas

RESOLUÇÃO 234/2010

Plenário TCU

PORTARIA TCU 321/2015

ORIENTAÇÕES DO OCI

Presidente TCU

Órgãos de Controle Interno

DN 146/2015Relatórios de Gestão 2015

Page 31: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Prestação de Contas e Processo de Contas

UJs que devem apresentar Relatórios de Gestão

DN do art. 4º da IN 63/2010

DN do art. 3º da IN 63/2010

UJs que terão processos de

contas constituídos

Page 32: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Diretrizes do modelo de contas

Diretrizes

Incentivo à cooperação entre

os órgãos de controle e as

unidades jurisdicionadas ao

TCU

Indução do planejamento e da

instituição e fortalecimento de controles internos

Ampliação da visão sobre a gestão das UJ

Fomento à transparência da

gestão e ao controle social

Instituição de padrões de

informações e de análise sobre a

gestão

Foco nas estratégias da

gestão e seletividade nas

análises

Page 33: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Finalidades do Relatório de Gestão

Finalidades

Autorreflexão sobre a gestão

Demonstração de como a gestão foi

conduzida

Transparência da gestão e o

controle social

Proporcionar análise da gestão

dos dirigentes

Page 34: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Conteúdos do Relatório de Gestão

Identificação e atributos da entidade Planejamento e resultados alcançados Estrutura de governança e de autocontrole da gestão Programação e execução orçamentária e financeira Gestão de pessoas, terceirização de mão de obra e

custos relacionados Conformidades e tratamento de disposições legais e

normativas Informações contábeis Outras informações sobre a gestão

Page 35: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Jurisprudência do TCUAcordos coletivos de trabalho (Ac. 1572/2010-PL) Os funcionários dos conselhos de fiscalização profissional não são

regidos pela Lei 8.112/1990, mas pelas disposições da CLT , e, em que pese essas entidades serem denominadas de forma genérica autarquias, são, na realidade, espécie de autarquia, diferenciada em relação às autarquias federais integrantes da administração pública, pois são autarquias corporativas de caráter sui generis

Mais consentâneo com a realidade dessas entidades é o posicionamento deste Tribunal em considera-las aptas para firmar Acordos Coletivos de Trabalho, em consonância com a pacífica jurisprudência do TST sobre o tema”, uma vez que a jurisprudência daquela Corte já caminha no sentido de considerar as referidas entidades autarquias paraestatais cujos empregados sujeitam-se à CLT

Page 36: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Jurisprudência do TCUConcurso Público Os Conselhos têm natureza autárquica sui generis; arrecadam e

gerenciam recursos públicos de natureza parafiscal; sujeitam-se aos princípios constitucionais aplicáveis à Administração Pública; integram, por força constitucional e legal, o rol dos jurisdicionados deste Tribunal; estão obrigados a realizar concurso público previamente à contratação de pessoal (Ac. 2562/2008-PL)

O marco inicial para a obrigatoriedade da realização de prévio concurso público para as admissões de servidores pelos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, sob pena de nulidade dos referidos atos e responsabilização dos gestores, é o dia 18.5.2001, data de publicação no Diário de Justiça do Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Mandado de Segurança 21.797-9 (Ac. 341/2004-PL)

Page 37: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Jurisprudência do TCUNão Sujeição dos funcionários à Lei 8.112/90 Os funcionários dos conselhos de fiscalização profissional nunca foram

regidos pela Lei 8.112/90, mesmo no período anterior à vigência da Medida Provisória 1.549/97, sucessivamente reeditada e convertida na Lei 9.649/98, uma vez que jamais foram detentores de cargos públicos criados por lei com vencimentos pagos pela União, sendo-lhes, portanto, incabível a transposição do regime celetista para o estatutário, conforme o art. 243 do referido diploma legal (Ac. 341/2004-PL)

Cargos Comissionados Necessidade de os conselhos de fiscalização profissional adaptarem

suas instruções normativas internas ao art. 37, inciso V, da Constituição Federal, estabelecendo, ainda, o percentual mínimo de 50% dos cargos em comissão a serem preenchidos por empregados de carreira, a exemplo da orientação fixada pelo art. 14 da Lei 8.460/92 (Ac. 341/2004-PL)

Page 38: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Jurisprudência do TCUTransformação de emprego em cargo público Impossibilidade jurídica da transformação de emprego em cargo público,

a teor do art. 243, § 1º, da Lei 8.112/90. Os empregados dos conselhos não preenchem os requisitos básicos dos chamados ‘servidores públicos’ na forma estabelecida pelo Regime Jurídico Único, ou seja, esses empregados não são detentores de cargos públicos (criados por lei, com vencimento pago pelos cofres públicos) (Ac. 341/2004-PL)

Terceirização Os conselhos de fiscalização profissional não poderão terceirizar as

atividades que integram o plexo de suas atribuições finalísticas, abrangidas pelos seus Planos de Cargos e Salários, podendo, todavia, ser objeto de execução indireta apenas as atividades materiais acessórias, instrumentais e complementares aos assuntos que constituem a área de competência legal dessas entidades (Ac. 341/2004-PL)

Page 39: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Jurisprudência do TCUConcessão de Diárias e Pagamentos de Jetons Os conselhos profissionais podem normatizar a concessão de diárias,

jetons e auxílios de representação de acordo com a Lei 11.000/04. No entanto, por estarem vinculados aos princípios que regem a Administração Pública, notadamente os da razoabilidade, da moralidade, do interesse público e da economicidade dos atos de gestão, os conselhos devem ter como referência os parâmetros definidos no Decreto 5.992/06 e na Portaria MPOG 505/09. (Ac. 4326/2015-1C)

Processos Licitatórios e Contratos celebrados pelos Conselhos de Fiscalização Profissional Considerando a sua natureza autárquica e capacidade tributária ativa,

submetem-se ao regime da Lei 8.666/1993 e, assim sendo, devem adotar medidas para impedir a ocorrência de irregularidades mais comuns na área de contratos. (Ac. 1386/2005-PL)

Page 40: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Jurisprudência do TCULimites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) (Ac. 341/2004-PL) Os conselhos de fiscalização profissional não estão subordinados às

limitações contidas na Lei Complementar 101/2000, em especial as relativas aos limites de gastos com pessoal, incluindo terceirizações, visto que tais entidades não participam do Orçamento Geral da União e não gerem receitas e despesas de que resultem impactos nos resultados de gestão fiscal a que alude o referido diploma legal

Os conselhos de fiscalização profissional, apesar de não estarem sujeitos às limitações de despesa impostas pela Lei Complementar 101/2000, devem observar as normas gerais e princípios que norteiam a gestão pública responsável, com destaque para a ação planejada e transparente, que possam prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio de suas contas (art. 1º, § 1º)

Page 41: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Os conselhos de fiscalização profissional, por terem natureza autárquica, sujeitam-se à Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/11), conforme dispõe seu art. 1º, parágrafo único, inciso II. (Ac. 96/2016-PL)

Também nos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, as vantagens pessoais e outras de qualquer natureza integram o somatório da remuneração para efeito de verificação do teto constitucional, excluindo-se tão somente aquelas de caráter indenizatório (art. 37, inciso XI, § 11, da Constituição Federal). (Ac 2711/2015-PL)

A concessão de décimo quarto e décimo quinto salários pelos conselhos de fiscalização do exercício profissional a seus empregados, seja por ato administrativo ou acordo coletivo, representa afronta aos princípios da moralidade, da razoabilidade, da economicidade e da eficiência, que devem ser observados pelos conselhos de fiscalização. (Ac. 3438/2013-PL)

Jurisprudência do TCU – Outras:

Page 42: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Jurisprudência do TCUOs Conselhos de Fiscalização Profissional: são autarquias corporativas sui generis, cujas características divergem das

demais autarquias, vez que não estão sujeitas a vinculação ou subordinação direta ou indireta de entidade da Administração Pública ;

sujeitam-se às normas de Administração Pública; arrecadam e gerenciam recursos públicos de natureza parafiscal; não recebem recursos diretos ou indiretos do Orçamento da União; integram, por força constitucional e legal, o rol dos jurisdicionados do

Tribunal; seus empregados são remunerados por recursos arrecadados pela própria

categoria, bem como seus cargos não são criados por lei; os seus servidores públicos são regidos pelo CLT; estão obrigadas a realizar concurso público previamente à contratação de

pessoal; devem promover licitação prévia para as obras, serviços, compras,

alienações e locações

Page 43: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Links Úteis

Jurisprudência Sistematizada Cartilha “Orientações para os Conselhos de Fiscalização das

Atividades Profissionais” Palestra sobre prestação de contas 2015 (22/2) Acórdão 96/2016-Plenário – Auditoria para verificação do

cumprimento da Lei de Acesso à Informação

Page 44: Orientações para os Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais

Obrigado pela atenção!

Secretaria de Controle Externo do TCU no Espírito Santo – SECEX/EScontato: 3025-4899

e-mail: [email protected]