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1 RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DA FISCALIZAÇÃO - RAF Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira - SFF PROCESSO Nº 48500.001495/04-69 - RF-CEB-160/2004-SFF - TN 103/2004-SFF - Emissão 11/08/2004 Período da Fiscalização: 19/07/2004 a 30/07/2004 I - Companhia Energética de Brasília - CEB II - CONSTATAÇÕES II.1 - Contábil Constatação (C.1) - Constatações Gerais A existência de erros evidentes no Resumo Executivo, de descrições insuficientes e sem o detalhamento necessário, as discrepâncias entre os valores apresentados para a reavaliação do Ativo Imobilizado em Serviço da concessionária, bem como a falta de clareza nas respostas às informações solicitadas pela ANEEL durante o processo de fiscalização, juntamente com as demais constatações efetuadas nos tópicos seguintes, demonstram fragilidade e a falta de credibilidade do serviço prestado pela avaliadora e do acompanhamento da concessionária, que já deveria ter apresentado a sua versão final do relatório, devidamente revisada e sem necessidade de ajustes de última hora. 4.1.1 Existência de erros evidentes no Resumo Executivo Constatamos a existência nos Resumos Executivos, apresentados em 28/05/04 e em 19/07/04, de erros evidentes apontados abaixo, revelando a carência de revisão do trabalho apresentado. · Página 31, item 3, linha 7: “...compõe a Base de Remuneração da Centrais Energéticas de Brasília – CEB.” · Página 33, item 3.2.c, linha 10: Validação dos Controles da ELETROPAULO · Página 33, item 3.2.c, linha 19: “ ... tendo a UNISIS validado o cadastro de engenharia da ELETROPAULO .” 4.1.2 Descrições deficientes e sem o detalhamento necessário As descrições existentes nas diversas contas das planilhas fornecidas apresentam um detalhamento insuficiente, tanto nas descrições contábeis, quanto nas descrições técnicas, o que dificulta a análise da conciliação efetuada.

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RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DA FISCALIZAÇÃO - RAF Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira - SFF

PROCESSO Nº 48500.001495/04-69 - RF-CEB-160/2004-SFF - TN 103/2004-SFF - Emissão 11/08/2004 Período da Fiscalização: 19/07/2004 a 30/07/2004

I - Companhia Energética de Brasília - CEB II - CONSTATAÇÕES

II.1 - Contábil

Constatação (C.1) - Constatações Gerais A existência de erros evidentes no Resumo Executivo, de descrições insuficientes e sem o

detalhamento necessário, as discrepâncias entre os valores apresentados para a reavaliação do Ativo Imobilizado em Serviço da concessionária, bem como a falta de clareza nas respostas às informações solicitadas pela ANEEL durante o processo de fiscalização, juntamente com as demais constatações efetuadas nos tópicos seguintes, demonstram fragilidade e a falta de credibilidade do serviço prestado pela avaliadora e do acompanhamento da concessionária, que já deveria ter apresentado a sua versão final do relatório, devidamente revisada e sem necessidade de ajustes de última hora.

4.1.1 Existência de erros evidentes no Resumo Executivo Constatamos a existência nos Resumos Executivos, apresentados em 28/05/04 e em 19/07/04, de

erros evidentes apontados abaixo, revelando a carência de revisão do trabalho apresentado. · Página 31, item 3, linha 7: “...compõe a Base de Remuneração da Centrais Energéticas de Brasília – CEB.”

· Página 33, item 3.2.c, linha 10: Validação dos Controles da ELETROPAULO · Página 33, item 3.2.c, linha 19: “ ... tendo a UNISIS validado o cadastro de engenharia da ELETROPAULO.”

4.1.2 Descrições deficientes e sem o detalhamento necessário As descrições existentes nas diversas contas das planilhas fornecidas apresentam um detalhamento

insuficiente, tanto nas descrições contábeis, quanto nas descrições técnicas, o que dificulta a análise da conciliação efetuada.

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4.1.1 Falta de convicção sobre os valores apurados A concessionária protocolou na ANEEL o primeiro laudo de avaliação em 28/05/2004, com um valor

final apurado para a base de remuneração de R$ 829.389.179,75. Posteriormente, foram efetuadas correções que resultaram em um segundo laudo, protocolado em 19/07/2004, com um valor final apurado para a base de remuneração de R$ 761.980.186,79, resultando em uma diferença de quase setenta milhões. Durante o período de fiscalização, foram ainda apresentadas pela concessionária, 4 (quatro) solicitações de ajustes para os valores considerados na avaliação, pleiteando acréscimos de R$ 15.627.973,77 e reduções de R$ 4.973.091,68. Todos com a mesma finalidade de cumprir o disposto na Resolução ANEEL no 493/2002.

4.1.2 Falta de clareza na prestação de informações durante o processo de fiscalização Durante o processo de fiscalização foram necessárias 13 Solicitações de Informações (SDIs),

totalizando 57 itens, além de vários outros esclarecimentos solicitados verbalmente. As respostas apresentadas foram muitas vezes evasivas, pouco esclarecedoras e algumas vezes incoerentes. É o caso dos itens citados abaixo:

No Item 2 da SDI 001/04, a concessionária informa que a abertura de valor identificada como “Outros”

refere-se a Administração, Projeto e Engenharia, quando estes já constam em itens específicos. Nos Itens 8 e 9 da SDI 001/04, ao invés de justificar e fundamentar os valores das contas

Reservatórios, Barragens e Adutoras; e Terrenos, a concessionária informa que não efetua análises entre os valores avaliados e os valores contábeis, não tendo atendido, portanto, uma determinação da ANEEL, e ainda, afirma que a avaliação está fundamentada nas NBR5676, NBR8799, Resolução ANEEL nº 493 e Nota Técnica nº 178.

Os itens 7 da SDI 002/04, 2 da SDI 003/04, e 9 da SDI 005/04 referem-se ao mesmo questionamento

que necessitou ser solicitado reiteradas vezes. No Item 7 da SDI 005/04, a concessionária afirma que apenas em alguns casos o endereço dos

elementos de pesquisa não é fornecido, quando na realidade o endereço completo, identificado com número conforme Nota Técnica nº 178, não foi fornecido para nenhum elemento. Além disso, a concessionária afirma que a referência de localidade apresentada no trabalho permite a identificação do elemento. Posteriormente, quando foi solicitada a localização de tais elementos em mapas da região, em alguns casos, a própria

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Concessionária não conseguiu identificá-los no mapa. Em resposta aos itens 7 da SDI 005/04 e 5 da SDI 006/04, a concessionária afirma que foi elaborado

um estudo minucioso e fundamentado no que diz respeito à situação, destinação, grau de aproveitamento e características físicas dos elementos comparando com o avaliando. No entanto, quando solicitada a apresentar tal estudo, deparamo-nos apenas com alguns encartes de jornais contendo classificados de imóveis, com algumas seleções de anúncios, algumas pesquisas de imobiliárias efetuadas pela Internet, e impressões repetidas da Lei Federal nº 6.766/79 que dispõe sobre o parcelamento de solo.

Não-Conformidade (NC1) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária em desacordo com as disposições

estabelecidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e Nota Técnica nº 178/2003. Para o caso específico do item 6.1.2, a Nota Técnica 178/2003 estabelece: “As descrições técnicas

das máquinas e equipamentos avaliados deverão possibilitar a clara identificação do equipamento e sua adequada cotação.”

Determinação (D1) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informam que diverge

das conclusões do Relatório de Fiscalização e das diversas ilações contidas na análise da ANEEL, pois o Relatório de Avaliação apresentado pela UNISIS é digno de crédito. No item 4.1 do Relatório da Fiscalização, a ANEEL afirma que erros e inconsistências encontrados no Relatório de Avaliação “demonstram fragilidade e a falta de credibilidade dos serviços prestados pela Avaliadora e do acompanhamento da concessionária“.

Destaca-se que a UNISIS Administração Patrimonial Ltda. é uma empresa credenciada pela própria ANEEL, tendo realizado até o momento um grande número de avaliações para fins de revisão tarifária nas maiores empresas de distribuição do país, tais como ELETROPAULO, CEEE, AES-SUL, CELESC, COPEL, CEMIG, COSERN, etc., e submeteu-se a sucessivas fiscalizações da própria ANEEL, contando com pessoal qualificado para o acompanhamento das avaliações.

Já antecipa que irá fazer a revisão completa do trabalho apresentado, pois apesar de a maior parte das constatações da ANEEL não procederem, existem alguns itens que merecem atenção.

No sub-item 4.1.1, o Relatório de Fiscalização da ANEEL elenca um conjunto de equívocos materiais insignificantes e sem influência alguma sobre o objeto do trabalho. Erros semelhantes foram cometidos no próprio Relatório de Fiscalização da ANEEL, pois se observar a numeração dos itens entre as páginas 19 e 20, houve falhas quanto à seqüência dos mesmos, pois de 4.7.2 passa para 5.7.3. Com todo o respeito, a CEB reserva-se ao direito de não adentrar e discussões dessa natureza, que em nada contribuem para os objetivos visados. Ao contrário, servem apenas para ocultar as questões realmente relevantes no processo de revisão tarifária.

Tratam-se de erros decorrentes da utilização de arquivos padrões utilizados em trabalhos realizados para outras empresas, que passaram despercebidos quando da análise e revisão do relatório. O sumário executivo será revisado e corrigido.

Quanto ao subitem 4.1.2 – Descrições deficientes e sem o detalhamento necessário Neste item, o Relatório de Fiscalização afirma que as descrições existentes não apresentam

detalhamento suficiente para a análise da conciliação efetuada. Diversamente do alegado, apesar de sucintas as descrições feitas, as informações completas das mesmas podem ser obtidas nos anexos do Relatório de Avaliação.

A título de exemplo citamos o número de patrimônio 67, com descrição contábil "Edificações - Outras" conciliada com a descrição técnica "TERRENOS - SE QUADRA 55 050 05-2 ITEM: 4 ÁREA: 100M2 Frente Om Fundo: Om SUBESTAÇÃO TERRENO", referido no Relatório de Fiscalização. Informações completas sobre este bem foram apresentadas nos anexos do Relatório de Avaliação, no arquivo 413.pdf.

Seguindo este critério, a ANEEL tem condições de apurar a idoneidade da conciliação de todos os

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itens elencados no seu Relatório de Fiscalização, o que demonstra a improcedência das objeções feitas sob esse título.

A Descrição Contábil do bem está de acordo com a Portaria DNAEE nº 815/1994 e a Resolução ANEEL nº 15/1997, entretanto, nos casos em que a descrição não era suficiente para o atendimento da Resolução nº 493/2002 e da Nota Técnica nº 178/2003, foram efetuadas pesquisas nas respectivas ODI’s, que, em função do grande volume de informações, não foram demonstradas na planilha fornecida.

As Descrições Técnicas apresentadas na planilha foram detalhadas nos Anexos do Relatório de Avaliação.

A título de exemplo cita o número de patrimônio 67, com descrição contábil “Edificações – Outras” conciliada com a descrição técnica “TERRENO – SE QUADRA 55 050 05-2 ITEM: 4 ÁREA: 100M2 Frente 0m Fundo: 0m SUBESTAÇÃO TERRENO”, referido no Relatório de Fiscalização, cujas informações completas foram apresentadas nos Anexos do Relatório de Avaliação, no arquivo 413.pdf, as quais transcrevemos abaixo:

Laudo de Avaliação Nº 413 Unisis Administração Patrimonial Ltda COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA - CEB Emissão 24/05/2004 Página 1 de 6 Avaliação Nível de Rigor: Normal Métodos Usados: 1 - Terreno: Comparativo das Vendas 2 - Benfeitorias: Custo de Reposição Identificação: 1 - Interessado: 2 - Proprietário: COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA - CEB COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA - CEB Data Base: 12/2003 CEB Dados do Imóvel Imóvel: SE ENTRE QUADRA 55 050 05-2 Ocupante do Imóvel: Endereço: Q. 04 SOBRADINHO Bairro: SOBRADINHO Cidade: BRASÍLIA Via de Acesso: Área Total Terreno (m²): 100,00 Área Total Construída (m²): 100,00 UF: Cep: DF Tipo: COMERCIAL Data Vistoria: 09/02/2004 Zona: URBANA Cód. Conjunto.: Documentação: Situação Doc.: Análise da Região Circunvizinhança: Residências Unifamiliares - Padrão: Residências Multifamiliares - Padrão: Outros: Melhoramentos Urbanos: Energia Elétrica; Iluminação Pública; Rede de Água; Rede de Esgoto;

Coleta de Lixo

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Características Circunvizinhança: Outros: Homogênea Tipo de Ocupação: Pavimentação: ASFALTO Laudo de Avaliação Nº 413 Unisis Administração Patrimonial Ltda COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA - CEB Emissão 24/05/2004 Página 2 de 6 Solo: Regular Características do Terreno Configuração: Topografia: Frente em Relação a Rua: Rio Próximo: Seco Nível Frente (m): 0,00 Profundidade (m): 0,00 Não Plana Custo Construtivo (R$): Área Britada (m²): 0,00 Elegível: Não PAT: I.A.T.: % - SEM ÁREA COMPARTILHADA Pavimentação Área (m²): 0,00 Fechamento Área (m²): 0,00 Características da Edificação Construção Nº: Nº Pavimentos: Idade Aparente: Conservação: Pé Direito: Estrutura Construção: 1 SE ENTRE QUADRA 55 050 05-2 - ITEM: 4 1 15 Bom 2,10 CONCRETO ARMADO Rev. Externo: Estrutura do Telhado: Forro: Cobertura: Paredes: Piso: Esquadrias: PVA LATEX CONCRETO ARMADO LAJE - ALVENARIA COM REVESTIMENTO PVA LATEX SEM RE CIMENTADO - Portas: Instalações: FERRO ELÉTRICO EMBUTIDAS Área (m²): 100,00 Custo Construtivo: 1.2.9 - EDIFICAÇÃO SUBESTAÇÃO ENTRE QU 164,00 Valor (R$): I.A.C.: 100,00% - SEM ÁREA COMPARTILHADA PAT: Elegível: Sim Ano Operação: 1988 Laudo de Avaliação Nº 413 Unisis Administração Patrimonial Ltda COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA - CEB Emissão 24/05/2004 Página 3 de 6 Homogeneização de Valores Pesquisados Elem. Área Valor Unitário Fator Valor Unitário

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Comércio Fatores Nível Social Gleba V. Homogeneiz. (m²) (R$/m²) Localização Ajustado Zona (R$/m²) Fonte Topografia F.Total 1,15 1,00 Avaliando Localização Fator Zona Fator Comércio Fator Topografia Fator Nível Social Fator Gleba Fator BOA CENTRAL MÉDIO 1,00 PLANA 1,00 MÉDIO 1,00 NAO 1,00 Valor Unitário Homogeneizado (R$/m²): Área do Terreno (m²): Valor do Terreno (R$): 0,00 100,00 0,00 Desvio Padrão: Coef. Variação: 0,00 0,00 Elementos Elem. Localização Fator Zona Fator Comércio Fator Topografia Fator Nível Social Fator Gleba Fator Laudo de Avaliação Nº 413 Unisis Administração Patrimonial Ltda COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA - CEB Emissão 24/05/2004 Página 4 de 6 Fatores Adotados Localização 1,15 MUITO BOA 1,00 BOA 0,95 MÉDIA 0,85 RUIM Zona 1,00 RESIDENCIAL 1,10 COMERCIAL 1,15 CENTRAL 1,15 INDUSTRIAL 0,85 RURAL Comércio 1,10 ALTO 0,90 BAIXO 1,00 MÉDIO Topografia 0,95 ACLIVE 0,85 ACIDENTADA 0,90 DECLIVE 1,00 PLANA Fator Gleba 1,00 NAO Nível Social 1,10 ALTO 0,90 BAIXO 1,00 MÉDIO Laudo de Avaliação Nº 413 Unisis Administração Patrimonial Ltda

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Página 5 de 6 Emissão 24/05/2004 COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA - CEB Valores Valor do Terreno (R$): 0,00 Valor das Construções (R$): 13.400,44 Valor de Mercado do Imóvel Valor para Fins Regulatórios VALOR TOTAL DO IMÓVEL R$ 13.400,44 Treze mil quatrocentos reais e quarenta e quatro centavos Construções (R$) x I.A.C.: ( (0,00 * ) / 100 ) = 0,00 Valor do Terreno (R$) x I.A.T.: Pavimentação / Fechamento / Brita (R$): 0,00 SE ENTRE QUADRA 55 050 05-2 - I ( (13.400,44 * 100,00) / 100 ) = 13.400,44 Treze mil quatrocentos reais e quarenta e quatro centavos R$ 13.400,44 VALOR TOTAL PARA FINS REGULATÓRIOS RICARDO SANTOS DE CASTRO RIBEIRO Engº Civil Responsável - CREA: BA 33774-D JEAN JOSEPH MARTINS DE LIMA Engº Civil Responsável - CREA: MG 75037-D Unisis Administração Patrimonial Ltda COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA - CEB Emissão 24/05/2004 Página 6 de 6 Laudo de Avaliação Nº 413 Fotos Os demais terrenos e edificações apresentam o mesmo nível de detalhamento apresentado acima e

foram informados nos anexos do Relatório de Avaliação. Com relação aos equipamentos relacionados neste Item, informa que as descrições técnicas

apresentadas são as disponíveis em nossos cadastros de engenharia, que tem como informações principais, dentre outras, a classe de tensão, a potência e o numero de fases.

Conclusão: O processo de conciliação não se baseia apenas na descrição dos bens, deve-se levar em

consideração a contabilização dos itens, os procedimentos operacionais da concessionária, entre outras informações.

Os profissionais da UNISIS possuem mais de 25 anos de experiência na execução de serviços semelhantes, que permitem que solucionem casos em que não é possível fazer a conciliação baseando-se apenas na descrição de um item.

A conciliação foi executada de acordo com as normas e práticas vigentes, e, considerando que os percentuais de sobras físicas e contábeis estão dentro dos padrões estabelecidos pela ANEEL, pode-se afirmar que o trabalho foi bem executado.

Quanto ao subitem 4.1.3 - Falta de convicção sobre os valores apurados O Relatório de Fiscalização afirma que a alteração do valor de sua base de remuneração de R$

829.389.179,75 para R$ 761.980.186,79, caracteriza “falta de convicção sobre os valores apurados”. A referida alteração, diversamente do alegado, não decorre de falta de convicção, mas, sim, de ajuste decorrente da própria dinâmica do processo de fiscalização.

Em 09.07.2004, o Ofício no 1.100/2004-SFF/ANEEL encaminhou a SDI no 001/SFF/2004, cujo item 1 solicitou “a exclusão do valor do Componente Menor – COM incluído indevidamente nos Custos Adicionais apresentados no Laudo de Avaliação, identificando o montante excluído”.

Atendendo ao requerido pela ANEEL a CEB procedeu a alteração solicitada e, aproveitando experiências adquiridas pela UNISIS em processos de fiscalização havidos em outras concessionárias, realizou outras adequações.

Estas adequações foram responsáveis pela redução do valor da base de remuneração, decorrente da substituição de valores percentuais fixos sobre cada unidade de cadastro por valores apurados, cita os R$ 292,00, para componentes menores da UC Poste – Materiais, e de R$ 655,36 para valor agregado

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correspondente a montagem. Além disso, o citado acréscimo de R$ 15.627.973,77 decorreu da inclusão dos painéis de proteção e

cubículos, tais como relés e instrumentos de medição, que foram retirados indevidamente quando da exclusão dos componentes menores, em atendimento ao item 01 da SDI 001/04.

Com relação as demais solicitações de ajustes, esclarece que ao atender o Item 03 da SDI 006/04, constatou-se a necessidade da redução de R$ 4.891.458,20, como resultado da conciliação de terrenos e edificações, e de R$ 81.633,78, decorrente da substituição, solicitada pela ANEEL, do índice de 1,7919, correspondente ao IPCA acumulado de janeiro de 1996 a dezembro de 2003, utilizado para os itens adquiridos até 31/12/1995, pelo índice de 1,7682.

Conclusão: A UNISIS sempre teve convicção dos valores apresentados, e as alterações de valores efetuadas

foram solicitadas pela própria ANEEL, portanto não procede tal afirmação. Quanto ao subitem 4.1.4 – Falta de clareza na prestação de informações durante o processo de

fiscalização • Item 2 da SDI 001/04: Embora existissem itens específicos para Administração, Projeto e Engenharia, os custos inicialmente

não foram alocados nestes itens e sim no item “Outros”. Quando do atendimento da referida SDI, estes custos foram remanejados para os itens correspondentes, não alterando o valor da base de remuneração.

• Itens 8 e 9 da SDI 004/04: Os valores contábeis foram e são registrados em conformidade com a legislação vigente, tanto na

época de incorporação dos bens como ao longo de seu tempo uso. Cabendo ressaltar que sempre foi prática usual da concessionária, como do setor de energia elétrica, a realização anual de inventários físicos -contábeis que compõem os valores das contas do imobilizado em serviço, não sendo, por outro lado, usual a realização de comparações anuais dos valores contábeis com os valores de mercado.

Ressalta que os valores destes bens, em função de sua idade, ficaram ao longo do tempo expostos aos mais variados índices de correção monetária que, em diversas ocasiões, não refletiram seus valores em termos de mercado.

Como exemplo, pode citar a “correção monetária especial e complementar”, aplicada, por determinação do órgão regulador, no exercício de 1991, com o objetivo de eliminar a defasagem verificada entre os indicadores de atualização dos bens e os valores de mercado. Posteriormente, em 1997, também por determinação do órgão regulador, a correção monetária especial foi estornada dos registros contábeis, reduzindo, conseqüentemente, o valor do imobilizado em serviço.

Os Métodos e Critérios adotados para a obtenção do Valor de Mercado em Uso de Reservatórios, Barragens e Adutoras estão fundamentados na Metodologia do Custo de Reposição, que está plenamente de acordo com as orientações da NBR 5676, o qual define que o valor das benfeitorias é apropriado através da reprodução dos custos de seus componentes, baseado em orçamento sumário ou detalhado.

O valor de Reposição Novo foi obtido através do levantamento quantitativo de cada etapa da Obra Civil ou Edificação e da composição dos custos de materiais, mão de obra e encargos sociais, tendo sido acrescido, ao montante final, os custos de projetos, cálculos, taxas legais, administração, frete, instalação.

Do produto das quantidades levantadas pelas composições de custos de cada etapa, foi obtido o Valor de Reposição Novo das Obras Civis (Reservatórios, Barragens e Adutoras). As quantidades foram levantadas de forma a se adequarem ao modelo de cálculo de Barragem da Eletrobrás. Os custos de utilização de materiais e mão de obra foram extraídos do conceituado Periódico “A Construção”, da Editora Pini, edição de dezembro de 2003, a preços praticados no mercado de construção civil de Brasília.

Nas premissas estabelecidas para a elaboração da Avaliação, levou-se ainda em consideração todas a referência sobre a obra, particularmente quanto a sua localização, uso, vias de acesso, serviços públicos disponíveis no local e região, características construtivas, equipamentos, instalações, base para determinação do seu Valor de Reposição Novo e do seu Valor de Mercado em Uso.

• Item 7 da SDI 002/04, item 2 da SDI 003/04 e 9 da SDI 005/04: O segundo Laudo de Avaliação foi entregue em 19/07/2004 com o respectivo detalhamento de todas

as alterações realizadas, entretanto, a formalização da entrega, ocorrida anteriormente, foi realizada em 26/07/2004.

• Item 7 da SDI 005/04 :

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A resposta a esta solicitação consta da Carta nº007/2004-NEXPE, a qual transcreve: “Toda a

avaliação foi baseada e fundamentada nas NBR 5676 e NBR 8799, conforme orientação da Resolução ANEEL nº 493/2002 e a NOTA TÉCNICA Nº 178/2003. Em referência aos laudos 8, 35, 46 e 59 conforme citado pela ANEEL.A NBR 5676 menciona que “As características do bem avaliando devem preferencialmente estar contidas no intervalo ou espaço amostral dos atributos de mesma natureza levantados entre os bens observados”. Sendo os terrenos dos laudos em questão passíveis de receber obras de infra-estrutura urbana, pelos seus aspectos físicos, destinação e existência de mercado comprador os mesmos foram comparados com terrenos menores conforme justificativa.

Diante da dificuldade de pesquisa no intervalo ou espaço amostral dos atributos de mesma natureza levantados entre os bens observados, em alguns casos a inviabilidade de se obter elementos com áreas semelhantes ao avaliando ficou clara. Com a finalidade de se obter o valor de mercado do bem em questão sem extrapolar as normas e procedimentos, foi feito um estudo minucioso e fundamentado no que diz respeito à situação, destinação, grau de aproveitamento e características físicas dos elementos comparando com o avaliando; estudo esse baseado na consulta de fontes fidedignas (que estão disponíveis para averiguação, se necessário), tipo cartórios, prefeituras, imobiliárias, corretores autônomos, moradores antigos, enfim diversas fontes que através da coleta de informações quanto às características locais a serem consideradas na avaliação, tais como: liquidez, preços praticados, diferenças que valorizam ou desvalorizam os imóveis da região em questão, compatibilidade entre o padrão do imóvel e sua localização.

Diante desse estudo e depois de rejeitado as extrapolações e informações tendenciosas que certamente prejudicariam o trabalho foi dada continuidade no tratamento dos elementos pesquisados chegando com convicção e responsabilidade ao valor final da avaliação do bem em questão.”

Conforme se verifica no texto acima em nenhum momento foi afirmado que ”apenas em alguns casos o endereço dos elementos de pesquisa não é fornecido, quando na realidade o endereço completo, identificado com numero conforme Nota Técnica nº 178, não foi fornecido para nenhum elemento. Além disso,a concessionária afirma que a referencia de localidade apresentada no trabalho permite a identificação do elemento.....”

Embora o Item 7 da SDI 005/04 não trate da questão de endereços dos elementos de pesquisa, este assunto está abordado no Item 4.3.

• Item 7 das SDI 005/04 e Item 5 da SDI 006/04: O estudo “minucioso e fundamentado” ao qual se refere à resposta ao Item 7 da SDI 005/04, deve ser

entendido como o conjunto de conhecimentos, teorias, conceitos absorvidos pelo avaliador e leituras de bibliografias sobre a matéria. Tais conhecimentos aplicados resultaram no Laudo de Avaliação.

Conclusão: Causa estranheza tal postura da equipe de fiscalização, devido ao fato de que, tanto avaliadora

quanto concessionária, se colocaram ao inteiro dispor para todos os esclarecimentos que se julgassem necessários, mesmo que repetitivos e incoerentes, com por exemplo: SDI - nº SFF 10 /04 – CEB, item 01, ao qual a fiscalização solicita apresentar comprovações de cotações para itens de avaliação por método expedito, os quais conforme Resolução ANEEL 493/02 e Nota Técnica 178/2003, determinam, para que sejam e foram, avaliados por atualização dos registros contábeis pelo IPCA – Índice Preço do Consumidor Amplo, não aplicando – se cotações e respectivas comprovações.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC1 – Em Atendimento Determinação D1 – Em Atendimento 4.1 – Constatações Gerais A concessionária destaca que a Unisis Administração Patrimonial Ltda. é uma empresa credenciada

pela própria ANEEL, e que realizou até o momento um grande número de avaliações para fins de revisão tarifária nas maiores empresas do país. No entanto, apenas duas delas tiveram seus laudos aprovado com diversos ajustes, decorrentes de incorreções detectadas. Tal fato, também, não constitui uma garantia da qualidade dos serviços prestados por esta avaliadora, que aliás, encontra-se com seu credenciamento suspenso temporariamente, por não atender critérios e padrões adequados de eficiência e qualidade dos serviços prestados, conforme Despacho nº 731 de 09/09/2004.

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Além de exigir o cumprimento do prazo de execução dos serviços, a concessionária deve também

zelar pelo encaminhamento das informações nos termos definidos pela resolução, assim como proceder à conciliação físico-contábil em conjunto com a empresa avaliadora, conforme determina o item 1.5 –Conciliação físico-contábil da Nota Técnica nº 178/2003-SFF/SRE/ANEEL.

4.1.1 – Existência de erros evidentes no Resumo Executivo Os erros citados no respectivo item do Relatório de Fiscalização não apresentam influência nos

valores totais apurados no trabalho de avaliação. Porém, por se tratarem de equívocos básicos, relacionados ao nome da concessionária avaliada, podem ser considerados indicadores da pouca preocupação da empresa avaliadora com a revisão de seus trabalhos. Fato este devidamente reconhecido, por meio do posicionamento da CEB apresentado na carta nº 288/2004 PRESI, que informa que a avaliadora utilizou arquivos padrões de trabalhos realizados para outras empresas, sem a devida revisão do relatório.

4.1.2 – Descrições deficientes e sem o detalhamento necessário A concessionária afirma na carta nº 268/2004-PRESI que: “Diversamente do alegado, apesar de

sucintas as descrições feitas, as informações completas das mesmas podem ser obtidas nos anexos do Relatório de Avaliação.”

E a título de exemplo, a CEB cita o bem com número de patrimônio 67 como sendo correto a sua descrição.

Este exemplo corresponde a um item da conta contábil Edificações conciliado com um item descrito como Terreno, o que demonstra a improcedência da conciliação deste item, bem como contraria a justificativa apresentado pela concessionária.

Além disso, a própria concessionária tenta apresentar justificativas para a falta de discrição, citando como uma das habilidades dos experientes profissionais da UNISIS em solucionar casos em que realmente não é possível fazer a conciliação, conforme 2º parágrafo da conclusão deste item apresentado na página 9 da carta 288/2004 PRESI.

Não obstante o fato de o referido terreno encontrar-se conciliado com a conta Edificações, as justificativas da concessionária desconsiderou que tais informações complementares não estão disponíveis para os demais itens exemplificados no Relatório de Fiscalização, que não possuem relatório específico de avaliação, ou seja, a CEB dentre os exemplos citados no nosso Relatório de Fiscalização escolheu o exemplo para o qual ela possuía o anexo do relatório de avaliação.

Com a exceção das contas relativas a Terrenos e Edificações, todas as demais contas como: Máquinas e Equipamentos, Móveis e Utensílios, Veículos etc não possuem o grau de detalhamento que se refere à concessionária em sua justificativa.

4.1.3 – Falta de convicção sobre os valores apurados Ao contrário do que alega na carta 268/2004 PRESI, a concessionária procedeu a ajustes, não

apenas devido ao item 1 da SDI 001/SFF/2004, mas também relativos ao: cálculo da depreciação para sobras físicas, acerto na conciliação usina/barragem, acerto no cálculo expedito para bens adquiridos anteriormente a janeiro/96, além de uma série de outros ajustes devidamente especificados no “Relatório de Alterações Efetuadas na Base de Remuneração” entregue na resposta ao item 9 da SDI 05/04, após reiteradas solicitações, efetuadas no item 2 da SDI 03/04 e no item 7 da SDI 02/04.

Às justificativas apresentadas pela CEB, que as alterações de valores efetuadas foram solicitadas pela própria ANEEL está equivocada. Conforme podemos comprovar pela análise do referido “Relatório de Alterações Efetuadas na Base de Remuneração” houve vários ajustes efetuados espontaneamente pela concessionária, tais como: valores de avaliação lançados incorretamente; revisão dos índices de aproveitamento dos laudos de 1 a 79; unificação do laudo 68 com o laudo da UHE Paranoá, dentre outros.

4.1.4 – Falta de clareza na prestação de informações durante o processo de fiscalização Para fundamentar a afirmação acima, o Relatório de Fiscalização apresenta seis exemplos para

comprovação, além de ressaltar a necessidade de realização de 13 Solicitações de Informações (SDIs), totalizando 57 itens.

A resposta do item 2 da SDI 001/04 não procede, nem tampouco a justificativa apresentada na carta

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288/2004 PRESI. Conforme podemos verificar pela análise dos quadros , os custos referentes à Administração, Projeto

e Engenharia já tinham sido alocados inicialmente, o que contraria a afirmação da concessionária. Além disso, o fato de se distribuir o percentual considerado inicialmente para o item “Outros” nos

demais custos, somente vem ressaltar a falta de clareza na prestação de informações, apontada pela ANEEL. Os percentuais inicialmente apresentados para “Administração e/ou Projeto” passaram a ser

considerados apenas para “Administração”, e aos percentuais de “Engenharia” foram acrescentados os custos de projeto.

O item “Outros”, que estava sendo somado inicialmente aos componentes menores, foi agregado posteriormente ao item “Montagem”, juntamente com uma parcela de “Mão-de-obra”, onde curiosamente estão incidindo os custos de frete, que no caso dos postes podem ser considerados excessivos (40%).

Finalmente, na resposta ao referido item, não foi apresentada a abertura dos percentuais que compunham o item “Outros”.

Tais procedimentos são suficientes para comprovar a afirmação da ANEEL sobre a falta de clareza na prestação de informações. Tabela 1 – Principais itens do arquivo apresentado inicialmente: Anexo X Custos Adicionais

N_A

GR

EG

EQUIPAMENTO

TIPO

MO

DEL

O

CA

PAC

IDA

DE

CLA

SSE

Cus

to A

greg

ado

Tota

l

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Out

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Mão

de

Obr

a

Adm

inst

raçã

oe/

ou p

roje

to

Mon

tage

m

Enge

nhar

ia

1 BANCO DE BATERIAS UN 50 34,0% 1,5% 1,5% 0% 32,5% 2,5% 25% 5%

5CABO DE COBRE KG

CU 1/0 AWG74,0% 21,5% 1,5% 20% 20% 52,5% 2,5% 45% 5%

9CHAVE SECCIONADORAMANUAL

UN 1600 69,0% 26,5% 1,5% 25% 25% 42,5% 2,5% 35% 5%

16MEDIDOR DE ENERGIA UN Eletromecani

co59,0% 21,5% 1,5% 20% 20% 37,5% 2,5% 30% 5%

17POSTE CONCRETOCIRCULAR

PC 12 X 300 192,5% 125,0% 40,0% 85% 35% 15% 15% 20% 67,5% 2,5% 60% 5%

25TRANSFORMADOR DEFORCA

UN 90 77,0% 34,5% 1,5% 33% 10% 15% 8% 42,5% 2,5% 35% 5%

26TRANSFORMADOR DEPOTENCIAL

UN 3,8 74,0% 36,5% 1,5% 35% 20% 15% 37,5% 2,5% 30% 5%

28 TURBINA DE PARANOA UN 10 MW 94,0% 16,5% 1,5% 15% 15% 77,5% 2,5% 60% 15%

29 GERADOR DE PARANOA UN 11 MVA 94,0% 16,5% 1,5% 15% 15% 77,5% 2,5% 60% 15%

30 ESTRUTURA METALICA LT KG 92,0% 64,5% 1,5% 63% 40% 23% 27,5% 2,5% 25% 5%

31ESTRUTURA CONCRETO DELT

UN 111,5% 74,0% 4,0% 70% 55% 15% 37,5% 2,5% 35% 5%

32 PARA-RAIOS UN 59,0% 21,5% 1,5% 20% 20% 37,5% 2,5% 30% 5%

Tabela 1 – Principais itens do arquivo apresentado inicialmente: Anexo X Custos Adicionais PARA OS POSTES, NÃO CONSIDERAR PORCENTUAIS, E SIM O VALOR FIXO DE :

COM = R$ 292,00MONT = R$ 655,36

OS PORCENTUAIS REFERENTES A PROJETO E ENGENHARIA, E ADMINISTRAÇÃO DEVEMSER CONSIDERADOS EM COLUNAS SEPARADAS.

NR PROJ

CUSTO E TOTAL

AGREG ENG TOTAL COM PARA-RAIO CHAVE CRUZETA ISOLADOR DIVERSOS CIVIL

1 BANCO DE BATERIAS 5% 2,5% 26,50% 26,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 34,00%

5 CABO DE COBRE 5% 2,5% 66,50% 21,50% 45,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 45,00% 0,00% 74,00%

9 CHAVE SECCIONADORA MANUAL 5% 2,5% 61,50% 36,50% 25,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 25,00% 0,00% 69,00%

16 MEDIDOR DE ENERGIA 5% 2,5% 51,50% 31,50% 20,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% 0,00% 59,00%

16 MEDIDOR DE ENERGIA 5% 2,5% 51,50% 31,50% 20,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% 0,00% 59,00%

16 MEDIDOR DE ENERGIA 5% 2,5% 51,50% 31,50% 20,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% 0,00% 59,00%

16 MEDIDOR DE QUALIDADE DE ENERGIA 5% 2,5% 51,50% 31,50% 20,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% 0,00% 59,00%

17 POSTE CONCRETO CIRCULAR 5% 2,5% 655,36 292,00

25 TRANSFORMADOR DE FORCA 5% 2,5% 69,50% 36,50% 33,00% 10,00% 0,00% 0,00% 0,00% 8,00% 15,00% 77,00%

26 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL 5% 2,5% 66,50% 31,50% 35,00% 20,00% 0,00% 0,00% 0,00% 15,00% 0,00% 74,00%

28 TURBINA DE PARANOA 15% 2,5% 76,50% 61,50% 15,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 15,00% 0,00% 94,00%

29 GERADOR DE PARANOA 15% 2,5% 76,50% 61,50% 15,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 15,00% 0,00% 94,00%

30 ESTRUTURA METALICA LT 5% 2,5% 89,50% 26,50% 63,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 23,00% 40,00% 97,00%

31 ESTRUTURA CONCRETO DE LT 5% 2,5% 109,00% 39,00% 70,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 15,00% 55,00% 116,50%

32 PARA-RAIOS 5% 2,5% 51,50% 31,50% 20,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% 0,00% 59,00%

MATERIAL M.O. CUSTO

AGREGADO TOTAL

COMPONENTE MENORCOMPOSICAO

ADMMONTAGEM

FOI CONSIDERADO NO CUSTODA MÃO DE OBRA O PORCENTUAL DO FRETE, QUE

A justificativa apresentada na carta 288/2004 PRESI, para os itens 8 e 9 da SDI 001/04 não altera a

constatação sobre a falta de clareza de informações durante o processo de fiscalização. Na manifestação ela procura justificar o que foi solicitado naquela época, sem, contudo admitir que

não prestou a informação porque considerou que não tinha obrigação para fazer comparativos entre o crescimento percentual do valor contábil com o valor avaliado para as contas Reservatórios, Barragens e Adutoras e Terrenos.

Quanto aos itens 7 da SDI 002/04, 2 da SDI 003/04 e 9 da SDI 005/04, ressaltamos que eles foram

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solicitados, respectivamente, nos dias 20, 22 e 26 de julho de 2004. Item 7 da SDI 005/04: As afirmativas da ANEEL constantes deste item no Relatório de Fiscalização estão fundamentadas na

resposta apresentada pela CEB, quando da solicitação da SDI SFF/06, na Justificativas 02 – Complemento, onde a CEB afirmou que teve dificuldade em fornecer os argumentos.

Ao contrário do que afirma a CEB que estudo minucioso deve ser entendido “como o conjunto de conhecimentos, teorias, conceitos absorvidos pelo avaliador e leituras de bibliografias sobre a matéria.” a ANEEL entende que o estudo é a aplicação desse conjunto na prática para cada item avaliado, que levaram o avaliador usar específicos atributos em decorrência de dificuldades encontradas. Isso não foi apresentado quando da fiscalização e nem na justificativa.

Na conclusão do item 4.1.4, apresentada à página 14 da carta 288/2004-PRESI, fica evidenciada, pela própria concessionária, a incoerência do trabalho avaliatório apresentado, quando cita como exemplo o item 01 da SDI 10/04.

Neste item da referida SDI foram solicitadas as comprovações dos valores de fábrica de bens apresentados em três folhas anexas, existentes na conta Máquinas e Equipamentos, com a descrição técnica “Equipamento Geral”, sem o detalhamento necessário, onde, em apenas um item consta na coluna “Valor de Fábrica Total” de R$ 7.606.071,54, sem nenhuma comprovação da origem deste valor. Portanto, não existe incoerência na solicitação da SDI, considerando a relevância do item identificado e a definição constante da Portaria nº 815 para este tipo cadastro.

Inclusive conforme informado pela CEB este item diz respeito à mão-de-obra e foi abordado pela nossa fiscalização no item 4.6.1 do nosso relatório de fiscalização.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.2) - Contas Avaliadas pelo Método Expedito Verificamos a aplicação de 100% dos itens valorados pelo método expedito, ou seja, pela aplicação

da atualização monetária pelo IPCA. Identificamos que os itens adquiridos até 31/12/1995 estavam valorados pelo IPCA de Dezembro/1995 (1,7919), e o índice correto é o de Janeiro/1996 (1,7682). Após a nossa solicitação, a concessionária substituiu a aplicação pelo índice IPCA de Janeiro/1996 para os itens adquiridos até 31/12/1995.

Os ajustes efetuados pela concessionária durante o processo de fiscalização resultaram nos

seguintes montantes:

Não-Conformidade (NC2) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária em desacordo com as disposições

estabelecidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e Nota Técnica nº 178/2003. Determinação (D2) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informam que não

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procede a afirmação da NC 2 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.2. não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

Tecnicamente o índice deve ser calculado a partir do mês seguinte a última correção monetária efetuada, ou seja, Janeiro de 1996, e acumulado até a data base utilizada, no caso dezembro de 2003, e fazendo-se as contas o resultado é 1,7919.

Embora entendemos que o procedimento adotado pela ANEEL esteja errado, acatamos sua decisão e durante a fiscalização procedemos tal ajuste.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC2 – Em Atendimento

Determinação D2 – Em Atendimento As alterações efetuadas nos itens avaliados através da atualização monetária pelo IPCA ocorreram

durante a fiscalização por solicitação da ANEEL (carta datada de 30/07/2004), e não estão contempladas no segundo laudo de avaliação encaminhado em 19/07/2004, conforme Carta nº 005/2004-NEXPE de 21/07/2004. Por este motivo, a determinação D2 estabelece que a concessionária deve encaminhar à ANEEL, um novo relatório com as devidas correções.

O procedimento da ANEEL foi adotar o índice de janeiro/96 para a atualização dos itens adquiridos até 31/12/95, contemplando assim a variação de preços ocorrida a partir de 1º de janeiro de 1996, pois não faz sentido incluir variação de valores do mês de dezembro de 1995.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.3) – Terrenos Selecionamos como amostra vinte e cinco imóveis de maior valor, e constatamos que na avaliação de

seus respectivos terrenos não estão respeitados os requisitos de comparabilidade entre os elementos de pesquisa e o imóvel avaliando, nem tampouco foram informados os números e a descrição adequada das características dos elementos, conforme previsto na Resolução ANEEL nº 493, Nota Técnico nº 178 e NBR 5676.

Os elementos das amostras selecionadas não apresentam semelhanças com os imóveis avaliados, no que diz respeito a:

Situação – conforme podemos constatar no quadro abaixo e nos mapas em anexo (onde a própria

concessionária tentou sem sucesso localizar os elementos da pesquisa), foram utilizadas amostras em regiões diversas dos imóveis avaliados. Por exemplo, para a avaliação da Sede da CEB situada no Setor de Grandes Áreas Sul SGAS – Quadra 904 foram utilizados lotes no Lago Sul e na Vila Planalto.

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· Destinação – foram utilizados elementos destinados a usos diversos daqueles estabelecidos

para os imóveis avaliados. Por exemplo, para avaliação de um terreno destinado a uso comercial e institucional, foram utilizadas amostras com terrenos destinados a uso residencial.

· Grau de aproveitamento – da mesma forma que no item anterior, foram utilizados terrenos com restrições de ocupação do solo muito diferentes.

· Características físicas – as áreas dos terrenos selecionados para as amostras não apresentam qualquer semelhança com os imóveis avaliados. Foram utilizados, por exemplo, lotes de 144m2 a 450m2 para avaliação de glebas de mais de 50.000 m2, conforme demonstrado no quadro apresentado no tópico anterior.

Além disso, não foram informados os endereços completos, para a localização dos elementos, não

sendo possível, portanto, uma caracterização adequada dos atributos dos elementos.

Não-Conformidade (NC3) Procedimento adotado em desacordo com o que estabelece o item 15 do Anexo VII – Roteiro Mínimo

Obrigatório para Avaliação da Resolução ANEEL nº 493/02, com os itens 2.1 – Terrenos e 2.1.2 –Procedimentos para avaliação da Nota Técnica nº 178/03, e com os itens 7.2, 7.5.7 e 8.2.3.1 da NBR-5676.

Determinação (D3) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

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Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa reiterando os

esclarecimentos já fornecidos por ocasião da fiscalização, pelos quais procurou–se demonstrar que devido à particularidade de situação e contexto da concessionária, foram aplicados em sua totalidade as melhores práticas de avaliações possíveis, respeitando a peculiaridade e atipicidade da capital federal, dentro das normas e regulamentação para avaliação conforme Resolução ANEEL 493/02 e Nota Técnica 178/03.

De acordo com a NBR 5676/1990 "O nível de rigor pretendido em uma avaliação está diretamente relacionado com as informações que possam ser extraídas do mercado...". Logo, é incongruente que seja exigido um nível de rigor Normal para as avaliações dos ativos imobilizados em serviço das Concessionárias de Energia sem um prévio estudo de mercado. Assim, o nível de rigor a ser alcançado nas avaliações só deveria ser estabelecido após as pesquisas de elementos. É claro que em alguns casos seria possível chegar-se ao nível de rigor Normal, mas não em todos os laudos. A NBR 5676/1990, no item 7.5.3, ainda vai além: "O uso de métodos estatísticos para eliminar dados supostamente discrepantes é admissível nesse nível". O que não quer dizer, em hipótese alguma, que os métodos estatísticos devem ser usados obrigatoriamente.

O mais interessante é que o cálculo do Desvio Padrão e do Coeficiente de Variação fazem parte, de acordo com o Eng º Alberto Lélio Moreira em seu livro Princípios de Engenharia de Avaliações, do processo de inferência estatística. Diz a NBR 5676/1990 no item 7.6.3, que se refere a avaliações Rigorosas: "O tratamento para alcançar a convicção de valor deve ser baseado em processos de inferência estatística...”.

Desta forma concluímos que a fiscalização exige avaliações com nível de rigor Normal, com cálculo de fatores só empregados em avaliações Rigorosas, sendo que só seria possível estabelecer o nível de rigor após um prévio estudo das condições do mercado imobiliário. Assim, deduzimos que é, praticamente, impossível de se seguir considerando a atual conjuntura, querendo aplicar a regra desconsiderando o bom senso, mesmo que haja casos que a avaliadora atenda os princípios da Resolução ANEEL 493/02, deve-se considerar a inexistência de amostras com a mesma caracterização dos terrenos avaliados.

CONCLUSÃO: Como se pode observar, não procede a afirmação da NC 3 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.3 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

Em alguns imóveis não foram encontradas amostras de terrenos com semelhanças de situação, destinação, grau de aproveitamento e características físicas. Nestes casos foram utilizadas outras amostras que foram adequadas através de fatores de comparabilidade.

Estes procedimentos foram adotados em face da particularidade de situação e contexto da concessionária, sendo aplicadas em sua totalidade as melhores práticas de avaliações possíveis, respeitando a peculiaridade e atipicidade da capital federal, dentro das normas e regulamentação para avaliação conforme Resolução ANEEL nº 493/2002 e Nota Técnica nº 178/2003.

Para melhor esclarecimento transcrevemos a NBR 5676 que estabelece: "O nível de rigor pretendido em uma avaliação está diretamente relacionado com as informações que possam ser extraídas do mercado...".

Desta forma, o nível de rigor a ser alcançado nas avaliações só deveria ser estabelecido após as pesquisas de elementos. Portanto, para alguns casos seria possível chegar-se ao nível de rigor Normal, mas não em todos os laudos. Assim, utilizou-se o estabelecido na NBR 5676, no item 7.5.3: "O uso de métodos estatísticos para eliminar dados supostamente discrepantes é admissível nesse nível".

Tendo em vista as práticas usuais de mercado, que buscam protegerem seus agentes da especulação imobiliária, a obtenção do endereço completo dos imóveis ficou prejudicada, em função da UNISIS não poder identificar-se e nem revelar seus objetivos, sob pena da fonte consultada não fornecer ou distorcer a informação para fins de avaliação do imóvel.

Também a UNISIS não pode efetuar consultas como representante da concessionária, pois ao contrário de máquinas e equipamentos, na avaliação de terrenos o poder de compra desta última não deve ser considerado.

Além disso, todos os elementos têm uma referência de localidade tipo bairro, quadra, setor, que permite a sua identificação.

Conclusão: Em momento algum os valores foram questionados, pois estão corretos, portanto não existem ajustes

a serem feitos.

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Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC3 – Em Atendimento

Determinação D3 – Em Atendimento A afirmação da concessionária na 4ª folha da carta 268/2004 PRESI de que: "foram aplicados em sua

totalidade as melhores práticas de avaliações possíveis, respeitando a peculiaridade e atipicidade da capital federal" não procede.

Também não procede a afirmação contida no 2º parágrafo da página 17 da carta 288/2004 PRESI, onde consta que apenas em alguns imóveis não foram encontradas amostras de terrenos com semelhanças de situação, destinação, grau de aproveitamento e características físicas, pois foi constatado e devidamente comprovado que este procedimento se estendeu de forma generalizada para a maioria dos imóveis analisados.

No Relatório de Fiscalização está demonstrado que o Relatório de Avaliação entregue não apresenta grau de semelhança das referências com o imóvel avaliando, no que diz respeito à localização no contexto urbano, destinação, grau de aproveitamento e características físicas. Ou seja, não atende nenhum dos requisitos de comparabilidade entre os elementos de pesquisa e o imóvel avaliando, previstos no item 7.2 b da Norma Técnica NBR-5676 da ABNT e no item 2.1.2.6-c da Nota Técnica nº 178/2003/SFF/SRE/ANEEL.

Portanto, não atende ao item 7.5.7 da referida norma NBR-5676, bem como ao item 2.1.2.9 da citada Nota Técnica nº 178.

Além disso, as informações apresentadas não condizem com as alíneas “b” e “h” do item 8.2.3.1 da NBR-5676, bem como com a alínea “a”do item 2.1.2.12 referente à pesquisa mercadológica da referida Nota Técnica nº 178/2003.

Finalmente, o trabalho apresentado contraria também o item 15 do anexo VII da Resolução nº 493/02, onde consta: “...O relatório de avaliação deve ser elaborado e apresentado atendendo às disposições das Normas da ABNT e desta Resolução.”

A inobservância dos itens da Norma NBR-5676, da Nota Técnica nº 178/03 e da Resolução nº 493/02 é uma prova contundente de que não foram aplicadas as melhores técnicas de avaliação possíveis, como quer fazer crer a concessionária.

Além disso, a afirmação: “respeitando a peculiaridade e atipicidade da capital federal”, sugere a absurda idéia de que é impossível realizar qualquer avaliação para o nível de rigor normal na capital federal. Afinal de contas, nenhuma avaliação apresentada se enquadra no nível de rigor exigido para este trabalho.

Afirmar na carta 268/2004 PRESI que: “...é incongruente que seja exigido um nível de rigor Normal para as avaliações dos ativos imobilizados em serviço das concessionárias de energia elétrica sem um prévio estudo de mercado...”, assim como: “o nível de rigor a ser alcançado nas avaliações só deveria ser estabelecido após as pesquisas de elementos” significa desconhecer os princípios da prática de engenharia de avaliações, onde a especificação do nível de rigor é estabelecida a priori para a determinação do empenho no trabalho avaliatório e a utilização de um nível de rigor expedito é tolerada somente em determinadas circunstâncias e deve ser plenamente justificada.

É importante ressaltar as disposições estabelecidas nos parágrafo 2º e 4º do item 2.1.2 da Nota Técnica nº 178/03, que estabelecem:

“...O nível de precisão a ser considerado para a avaliação dos terrenos, como regra geral, deve enquadrar-se, no mínimo, nas “Avaliações de Precisão Normal” das normas da ABNT. “ (negrito nosso)

“...O uso de nível de rigor inferior ao mínimo exigido para as avaliações, que é a precisão normal, poderá ser admitido em casos especiais e específicos, após aprovação prévia da ANEEL. Para ocorrências desta natureza a empresa avaliadora deverá encaminhar solicitação formal e justificada à ANEEL, caracterizando a situação, os locais respectivos de incidência e descrevendo detalhadamente o método alternativo que pretende empregar. Esses casos ficarão sujeitos a fiscalização específica do órgão regulador.”

Portanto, a Nota Técnica prevê procedimentos que deveriam ter sido adotados pela avaliadora, na hipótese de ocorrência de situações específicas, onde não fosse possível a obtenção do nível de rigor mínimo exigido.

Além disto, na carta 268/2004 PRESI são citados trechos de livros sem a exata localização da página, e cujo sentido, quando analisado isoladamente apresenta uma distorção da realidade. É o caso da afirmação equivocada de que desvio padrão e coeficiente de variação fazem parte da inferência estatística. Tais relações estatísticas se constituem formas de medir as características de uma população (conjunto de informações). Elas podem ser utilizadas tanto na estatística descritiva, como na inferência estatística. Esta

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última é o mecanismo através do qual é possível extrair conclusões sobre a população a partir de uma amostra e constitui-se em uma importante ferramenta em engenharia de avaliações, usualmente utilizada em avaliações caracterizadas com o nível de precisão rigorosa. Porém, esta ferramenta também pode ser utilizada em avaliações com nível de rigor normal, nos casos de fatores de homogeneização fundamentados por meio de inferência estatística.

Portanto, afirmar que a fiscalização exige avaliações com nível de rigor Normal, com cálculo de fatores só empregados em avaliações rigorosas, contraria os princípios básicos de estatística e avaliação.

A conclusão efetuada na carta 268/2004 PRESI, de que: “é praticamente impossível de se seguir considerando a atual conjuntura, querendo aplicar a regra desconsiderando o bom senso, mesmo que haja casos que a avaliadora atenda os princípios da Resolução ANEEL 493/02, deve-se considerar a inexistência de amostras com a mesma caracterização dos terrenos avaliados” desconsidera os procedimentos previstos para casos especiais, citado no parágrafo 4º do item 2.1.2 da Nota Técnica nº 178/03. Procedimentos estes, que poderiam ter sido efetuados pela empresa avaliadora nos casos específicos de inexistência de amostras com características comparáveis a dos terrenos avaliados. Porém, a empresa avaliadora não encaminhou solicitação formal e justificada à ANEEL para aprovação prévia, não cabendo portanto, tal consideração.

A conclusão da concessionária apresentada na carta 288/2004 PRESI, de que não existem ajustes a serem feitos, pois em momento algum os valores foram questionados, está equivocada. Na realidade, a falta de atendimento das disposições normativas compromete de tal forma o trabalho avaliatório apresentado, que não é possível estabelecer parâmetros adequados para a análise de valores.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.4) - Reservatórios, Barragens e Adutoras A fiscalização realizada dividiu-se em duas etapas, a saber: verificar a qualidade do trabalho de

avaliação, referente ao levantamento efetuado em campo, e se as relações de equipamentos constantes dessa atividade foram fielmente transcritas para a listagem do Laudo de Avaliação. A primeira etapa foi realizada pela fiscalização da ANEEL com acompanhamento de técnicos da avaliadora e da concessionária.

O acervo de usinas da CEB é composto de 2 (duas) usinas, sendo uma termelétrica e outra

hidrelétricas: · Brasília (termelétrica); e · Paranoá (hidrelétrica). Comparamos o constatado em campo pela fiscalização, a listagem de campo da avaliadora e a

listagem do Laudo de Avaliação, para confirmar a compatibilidade dos materiais e equipamentos relacionados. Como resultado foram geradas as relações abaixo, com a demonstração das discrepâncias de quantitativos encontrados:

4.4.1. Usina Brasília (Termelétrica) · no banco de baterias, fabricante NIFE, 150Ah, foram encontradas 92 elementos, e não 76 como

atestado pela avaliadora, e no banco de fabricante MOURA, o correto é fabricante HELIAR; · o cubículo de referência 08-04, não existe, o correto é referência 2020; · junto ao retificador fabricante NIFE, existe um painel auxiliar 125 Vcc, com dois instrumentos de

medidas elétricas, não descritos pela avaliadora; · nos cubículos Gerador 1 e Gerador 2, existem 2 chaves de bloqueio, cada, e não 2 relés de

bloqueio, como descritos no laudo; · no painel Excitatriz 1, faltou descrever: um relé de detector terra campo (GE-PJO), dois

seletores indicador de temperatura; um seletor excitatriz; · foram encontrados pela equipe de fiscalização e não constam na relação da concessionária: 1 disjuntor, fabricante GE, nº de série 127A5808-260, tensão 600V, localizado internamente ao Painel

CA; 1 bastidor, 2.000x500x200 mm, com três módulos Siemens Transpress Eline-MX; 1 tanque pneumático NATL-BD, junto aos compressores; 4 transformadores de potencial, classe 15 kV, nos painéis do gerador 1 e gerador 2 (dois em cada);

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2 transformadores de potencial, classe 15 kV, nos painéis do 2026 e AS-01 (um em cada); 1 bloco de teste em cada um dos seguintes cubículos: 2010, 08-01, 08-02, 08-03, 2020, 08-05, 08-06,

08-07, 08-08, 08-09, 08-10, 08-11, 08-13, 2016,2018 e 2028; 3 tanques de combustível de 30.000 litros cada (TRO-1; TRO-2 e TRO-3); 1 tanque de armazenamento de 80.000 litros (TRO-4); 2 filtros de óleo Bowser AS 0605874 (TG-1 e TG-2); 2 bombas diesel, com motor elétrico ARNO de 7,5 cv (T-1 e T-2); 1 painel de acionamento das bombas das turbinas TG-1 e TG-2; 2 painéis de controle das turbinas (TG-1 e TG-2, respectivamente), com um medidor digital e um

analógico, um horímetro, 4 chaves seletoras; 2 pórticos (ponte rolante) Load Lifter, um de capacidade 10 toneladas e outro de 5 toneladas. Em nenhum transformador de corrente ou de potencial foi apresentada a relação de transformação. 4.4.2 Usina Paranoá (Hidrelétrica) · não foi encontrado na usina 3 transformadores de corrente, classe 15 kV, referência PA x 10-2; · o transformador descrito como de reserva, fabricante Siemens, não é transformador de serviços

auxiliares, e sim, transformador de força, potência 3,33 MVA, classe 15 kV, nº de série 37768; · não foram encontrados: 2 painéis Domex, fabricante Inepar, e um painel Domex, fabricante

Cisco Sistems; · não foram identificados nenhum tipo de equipamentos nos painés (relés, instrumentos de

medição, chaves, medidores de energia elétrica, etc.); · todos os painéis foram quantificados com o mesmo valor, independente do tipo, modelo, marca,

sendo de R$ 23.850,00 (vinte e três mil, oitocentos e cinqüenta reais); · não foi descrito nenhum equipamento da barragem e dos vertedouros, tais como: stop log,

comportas, grades de proteção, painéis de comando, pórtico (ponte rolante); · foram encontrados pela equipe de fiscalização e não constam na relação da concessionária: 1 painel - regulador de tensão, fabricante Revax, modelo RTX 300, com 3 instrumentos de medição e

quatro chaves seletoras; 1 Painel 1, com 3 horímetros, 3 medidores digitais (G1-G2-G3) e 4 chaves seletoras; 1 Painel 2, com 3 varímetros 0-5 MVar e 3 chaves seletoras; 1 Painel 3 - Linha de 13,2 kV com 5 instrumentos de medição e 2 chaves seletoras; 1 Painel 4 - Medição tensão Barra 13,2 kV, com 3 voltímetros e 1 chave seletora; 1 Painel 5 - Acoplamento Barras 33 e 13,2 kV, com 3 amperímetros e 4 chaves seletoras; 1 Painel 6 - Medição Barra 33 kV com 3 amperímetros e 1 chave seletora; 2 bombas de drenagem, fabricante Hero, com motor elétrico Arno; 1 regulador de velocidade, fabricante Kanova, tipo KMW; 2 reguladores de velocidade, fabricante Voith, tipo W 1250; 3 transformadores de corrente, referente a medição e proteção de cada unidade geradora, totalizando

9 TC’s.

Não-Conformidade (NC4) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

estabelecidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e Nota Técnica nº 178/2003. Determinação (D4) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado com relação a Determinação (D.4) 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

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procede a afirmação da NC 4 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.4 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório. Além disso, as diferenças registradas estão associadas na maioria das vezes a identificação operacional de equipamentos não coincidentes com a sua contabilização.

As discrepâncias de quantitativos apresentadas decorrem, dentre outros motivos, da movimentação destes itens entre a data de vistoria e a data de fiscalização, da existência de bens cuja propriedade é de terceiros, os quais não poderiam ser incluídos nos relatórios de vistorias, de itens que foram considerados como componentes menores, bem como, de itens que foram incluídos na avaliação de um item maior.

A título de exemplo, podemos relacionar os seguintes casos: • na Usina Brasília (Termelétrica), citamos os tanques de armazenamento de óleo relacionados no

Relatório de Fiscalização que são de propriedade da Petrobrás; • na Usina do Paranoá, os 3 (três) reguladores de velocidade, não constaram nos relatórios da

UNISIS em virtude de serem complemento da Unidade de Cadastro (Gerador); • como componente menor, 01 bloco de teste em cada um dos seguintes cubículos: 2010, 08-01, 08-

02, 08-03, 2020, 08-05, 08-06, 08-07, 08-08, 08-09, 08-10, 08-11, 08-13, 2016, 2018 e 2028; • na Usina Brasília (Termelétrica), um exemplo de item que foi incluído na avaliação de um item

maior, citamos o disjuntor, fabricante GE, numero de serie 127A5808-260, tensão 600V, avaliado como parte integrante da Unidade de Cadastro Painel CA.

Conclusão: Essencialmente as divergências apontadas tratam-se de mau entendimento, e, portanto não carecem

de correções. Aqueles casos em que forem detectadas divergências serão ajustados.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC4 – Em Atendimento

Determinação D4 – Em Atendimento Para este item, não procede a alegação de que o Relatório de Fiscalização desconsiderou a diferença

entre a data de vistoria e a data de fiscalização. Dos seis itens apresentados para a Usina Brasília (Térmica), contendo 63 discrepâncias entre equipamentos, nenhum se refere a tal situação, e apenas 3 itens se referem à alegação de que são bens de propriedade de terceiros.

Dos sete itens apresentados para a Usina Paranoá (Hidrelétrica), contendo 56 discrepâncias quantificadas, apenas 3 foram citados pela concessionária para refutar como um todo a Não Conformidade 4.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.5) - Edificações, Obras Civis e Benfeitorias Constatamos que os orçamentos apresentados não contêm o nível de detalhamento especificado na

Nota Técnica nº 178, uma vez que deveriam apresentar o levantamento quantitativo dos insumos empregados, resultando em um orçamento detalhado.

Tais quantitativos foram apresentados apenas para a avaliação da Usina de Paranoá, porém, neste

caso não foram utilizadas nenhuma das documentações especificadas no item 2.3.2.6 da Nota Técnica nº 178. Conforme esclarecimentos prestados durante a fiscalização, o levantamento quantitativo dos insumos empregados nessas obras foi baseado unicamente em uma Estimativa de Custos elaborada para contestar um laudo de avaliação realizado em 1968.

Além disso, os arquivos em meio magnético não foram apresentados de acordo com o disposto no

item 15 da Nota Técnica nº 178/03.

Não-Conformidade (N.5) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

estabelecidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e no item 2.3.2 – Procedimentos para Avaliação de Edificações, Obras Civis e Benfeitorias da Nota Técnica nº 178/2003.

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Determinação (D.5) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procede a afirmação das NC’s 5 e 6 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.5 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório, pois as circunstâncias presentes que determinaram a sua elaboração continuarão presentes no futuro.

A equipe técnica de avaliação elaborou o orçamento mediante consulta a projetos ou mediante procedimentos normais de vistorias em campo, especificando as características técnicas da edificação econsiderando os preços atuais dos componentes básicos. O orçamento está dentro das normas de avaliação, em especial a NBR 5676 - Avaliação de Imóveis Urbanos.

As informações estão disponíveis em projetos e outros documentos impressos, que por tratarem-sede documentação antiga e muito volumosa, não estão em meio magnético.

Conclusão: Em momento algum os valores foram questionados, pois estão corretos, portanto não existem ajustes

a serem feitos.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC5 – Em Atendimento

Determinação D5 - Em Atendimento A concessionária alega que a equipe técnica de avaliação elaborou o orçamento mediante consulta a

projetos, especificando as características técnicas da edificação e considerando os preços atuais dos componentes básicos. Porém, os orçamentos apresentados no trabalho avaliatório não contêm estas informações. Nem tampouco, foram fornecidos os arquivos em meio magnético de forma a comprovar a aplicação das fórmulas conforme item 15 da Nota Técnica.

A conclusão da concessionária apresentada na carta 288/2004 PRESI, de que: não existem ajustes a serem feitos, pois em momento algum os valores foram questionados está equivocada. Na realidade, a falta de atendimento das disposições normativas compromete de tal forma o trabalho avaliatório apresentado, que não é possível estabelecer parâmetros adequados de ajustes a serem aplicados.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Não-Conformidade (N.6) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493 e com o item 15, letras c, d, e, f da Nota Técnica nº 178/2003. Determinação (D.6) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procede a afirmação das NC’s 5 e 6 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.5 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório, pois as circunstâncias presentes que determinaram a sua elaboração continuarão

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presentes no futuro. A equipe técnica de avaliação elaborou o orçamento mediante consulta a projetos ou mediante

procedimentos normais de vistorias em campo, especificando as características técnicas da edificação e considerando os preços atuais dos componentes básicos. O orçamento está dentro das normas de avaliação, em especial a NBR 5676 - Avaliação de Imóveis Urbanos.

As informações estão disponíveis em projetos e outros documentos impressos, que por tratarem-se de documentação antiga e muito volumosa, não estão em meio magnético.

Conclusão: Em momento algum os valores foram questionados, pois estão corretos, portanto não existem ajustes

a serem feitos.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC6 – Em Atendimento

Determinação D6 - Em Atendimento A concessionária alega que a equipe técnica de avaliação elaborou o orçamento mediante consulta a

projetos, especificando as características técnicas da edificação e considerando os preços atuais dos componentes básicos. Porém, os orçamentos apresentados no trabalho avaliatório não contêm estas informações. Nem tampouco, foram fornecidos os arquivos em meio magnético de forma a comprovar a aplicação das fórmulas conforme item 15 da Nota Técnica.

A conclusão da concessionária apresentada na carta 288/2004 PRESI, de que: não existem ajustes a serem feitos, pois em momento algum os valores foram questionados está equivocada. Na realidade, a falta de atendimento das disposições normativas compromete de tal forma o trabalho avaliatório apresentado, que não é possível estabelecer parâmetros adequados de ajustes a serem aplicados.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.6) - Máquinas e Equipamentos

4.1.1 Descrições deficientes e sem o detalhamento necessário As descrições existentes nas contas relativas a Máquinas e Equipamentos das planilhas fornecidas

apresentam um detalhamento insuficiente, tanto nas descrições contábeis, quanto nas descrições técnicas. Abaixo apresentamos alguns exemplos selecionados.

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Além das descrições constantes do quadro anterior, foram constatadas, também, diversas outras

denominadas como Equipamento Geral, inclusive objeto de SDI não esclarecida devidamente. Podemos citar como exemplo o item de número de patrimônio 85.503, com valor novo de reposição de R$ 7.606.072.

Não-Conformidade (NC7) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493 e com o item 2.4.3 da Nota Técnica nº 178/2003, que estabelece: “As descrições técnicas das máquinas e equipamentos avaliados deverão possibilitar a clara identificação do equipamento e sua adequada cotação”.

Determinação (D7) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 – Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procede a afirmação da NC 7 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.6.1 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

A Descrição Contábil do bem está de acordo com a Portaria nº 815 e a Resolução ANEEL nº 15/1997, entretanto, nos casos em que esta não era suficiente para o atendimento da Resolução nº 493 e Nota Técnica nº 178/2003, foram efetuadas pesquisas nas respectivas ODI’s, que, em função do grande volume de informações, não foram demonstradas na planilha fornecida.

As Descrições Técnicas apresentadas na planilha foram detalhadas nos Anexos do Relatório de Avaliação, conforme esclarecimentos já prestados no Item 4.1.2.

Especificamente, o item 85.503-Equipamento Geral (resposta ao item 3 da SDI 013/04) refere-se a custos de instalação dos medidores até 1977, registrados na contabilidade e imobilizados de acordo com os critérios contábeis vigentes em época anterior à Portaria n° 036, do DNAEE. Quando da implantação da Portaria nº 815, foi cadastrado na UC Equipamento Geral.

Conclusão: Os casos apontados pela fiscalização não interferem no resultado do trabalho, nem na conciliação,

bem como na avaliação, portanto não carecem de ajustes.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC7 – Em Atendimento

Determinação D7 - Em Atendimento A concessionária remete a questão à resposta ao item 4.1.2, porém não se atenta para o fato de que

neste item são apontados exclusivamente os problemas de descrições deficientes e sem o detalhamento necessário referentes aos itens da conta Maquinas e Equipamentos. A justificativa apresentada para o item 4.1.2 aborda apenas itens relativos à conta Edificações.

A conclusão da concessionária apresentada na carta 288/2004 PRESI, de que “os casos apontados não interferem no resultado do trabalho, nem na conciliação, bem como na avaliação, portanto não carecem de ajustes” não procede. Não apenas é evidente que um equipamento precisa ser devidamente especificado para se atribuir seu valor, como também tal procedimento é definido no 1º parágrafo – Descrição dos equipamentos do item 2.4.3 – Procedimentos para avaliação da Nota Técnica nº 178/2003.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

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Constatação (C.7) - Cotações insuficientes e em desacordo com as disposições da Resolução ANEEL nº 493 e Nota Técnica nº 178

Foram apresentadas pela concessionária, cotações junto a 14 fornecedores/fabricantes, relativas a 124 itens, contemplando os seguintes bens: pára-raios (3 tipos), disjuntores (3 tipos), postes, baterias, condutores e transformadores. Dentre as cotações apresentadas, nenhuma atende integralmente as disposições da Nota Técnica, no que concerne à: condição de pagamento que deveria ser considerada à vista; informações sobre os impostos considerados que deveriam ser discriminadas, o que ocorre apenas em 43% das cotações; ou mesmo formalização dos fabricantes/fornecedores.

Não foram anexadas cotações relativas a: cubículos, chaves seccionadoras, painéis, estruturas,

religadores, reguladores de tensão, sistemas de operação e telesupervisão. Além disso, vários outros itens relevantes ficaram sem a cotação adequada para a respectiva

especificação. É o caso das cotações apresentadas para turbinas e geradores, que contêm descrições insuficientes, sem a definição de especificações sobre as características técnicas relevantes para efeito de cotação, ou mesmo, outros tipos de transformadores e disjuntores, cuja especificação não corresponde às cotações apresentadas.

Não-Conformidade (NC8) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493 e com os subitens 2, 5, 6, e 7 do item 2.4.3 – Procedimentos para avaliação – Determinação dos valores de reposição (Valor de Novo) da Nota Técnica nº 178/03.

Determinação (D8) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 – Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procede a afirmação da NC 8 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.6.2 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

A ANEEL, em questionamentos formulados pela UNISIS, sobre a possibilidade de aproveitamento de cotações realizadas em outras concessionárias para o processo de avaliação, dentro do mesmo período base, pronunciou-se favorável a este procedimento, ressalvando apenas a observância do poder de compra de cada concessionária.

Baseada nessa colocação, durante a execução dos trabalhos a UNISIS adotou tal procedimento para aqueles itens em que não foi possível a obtenção de cotações. Ocorre que, após a conclusão do trabalho, a ANEEL emitiu o Ofício nº 1006/2004, retificando o posicionamento sobre as considerações das cotações.

Devido a este fato, a UNISIS foi obrigada a retirar de seu quadro de cotações aquelas aproveitadas de outras concessionárias e utilizadas nos trabalhos.

No que concerne as condições de pagamento foram utilizadas cotações de acordo com a Resolução ANEEL nº 493/2002, especialmente no seu Anexo V, Item II, subitem 7.2, que transcrevemos “ As cotações de preço deverão ser feitas considerando o pagamento à vista e tomando por base o regime de compras praticado pela concessionária, a partir de análise da serie histórica dos últimos 5 (cinco) anos, para definição das quantidades e condições de fornecimento a serem considerados;”

Conclusão: A comparação efetuada pela fiscalização foi baseada em informações obtidas junto à contabilidade

da concessionária, e a UNISIS utilizou as do departamento de compras, e de períodos diferentes, portanto é possível que haja diferenças entre elas, entretanto não existem distorções significativas.

Os valores finais serão revistos e novas cotações serão efetuadas.

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Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC8 – Em Atendimento

Determinação D8 - Em Atendimento Essa Concessionária ao afirmar que: “Inicialmente a ANEEL em questionamentos formulados pela

empresa avaliadora, sobre a possibilidade de aproveitamento de cotações realizadas em outras concessionárias para o processo de avaliação dentro do mesmo período base, pronunciou-se favorável a este procedimento ressalvando apenas a observância do poder de compra de cada concessionário” constitui uma inverdade, tipificada no inciso X, artigo 7 da Resolução 63/2004, sujeita a multa do grupo IV.

Por meio do Ofício nº 1006/2004-SFF/ANEEL, de 23/6/04 encaminhado à UNISIS, a ANEEL informou que as cotações de preços deveriam ser feitas individualmente para cada concessionária, conforme preceitua a Resolução ANEEL nº 493/02 e Nota Técnica nº 178/03. Concluindo que as cotações de preços feitas para uma concessionária não poderiam ser utilizadas para outras.

A concessionária não justificou a falta de cotações relativas a: cubículos, chaves seccionadoras, painéis, estruturas, religadores, reguladores de tensão, sistemas de operação e telesupervisão, além de vários outros itens relevantes. Alega que a avaliadora foi obrigada a retirar de seu quadro de cotações, aquelas provenientes de trabalhos de outras concessionárias, por ter desconsiderado o parágrafo 9 do tópico Determinação dos Valores de Reposição (Valor de Novo) do item 2.4.3 – Procedimentos para Avaliação da Nota Técnica nº 178/2003, que determina em negrito:

“...Em substituição as cotações, não serão aceitas informações oriundas de banco de dados da empresa avaliadora.”

A CEB afirma na carta 288/2004 PRESI que é possível que haja diferenças entre as informações

utilizadas no trabalho de avaliação, e conclui sem nenhum fundamento que não existem distorções significativas. Portanto não procedeu de acordo com a Resolução nº 493/2002 e Nota Técnica nº 178/2003.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.8) - Valores iguais para itens com especificações diferentes Foram constatados vários itens com valores iguais para bens da mesma espécie, porém, com

especificações diferentes. Selecionamos alguns exemplos, conforme quadro a seguir.

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Não-Conformidade (NC9) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493, especificamente no que estabelece o item 2.4.3 da Nota Técnica nº 178/2003, que diz: “As descrições técnicas das máquinas e equipamentos avaliados deverão possibilitar a clara identificação do equipamento e sua adequada cotação”.

Determinação (D9) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 - 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa o

que segue: Alguns itens possuem especificações diferentes em virtude da diversidade de modelos e

fornecedores. Porém, estes se assemelham nas principais características utilizadas para avaliação, justificando em alguns casos, por essa razão, a atribuição de um valor único.

Eventuais divergências podem ser sanadas, o que não afeta de forma alguma a validade do laudo de avaliação.

CONCLUSÃO: Como se pode observar, não procede a afirmação da NC 9 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. Asquestões suscitadas pela Fiscalização no item 4.6.3 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

Alguns itens possuem especificações diferentes em virtude da diversidade de modelos e fornecedores. Porém, estes se assemelham nas principais características utilizadas para avaliação, justificando em alguns casos, por essa razão, a atribuição de um valor único.

Conclusão: A constatação da fiscalização não foi baseada nas características técnicas que alteram o valor do

equipamento, foi simplesmente no descritivo constante no campo de descrição. Entretanto, existem alguns itens que merecem revisão e assim será feito.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC9 – Em Atendimento Determinação D9 – Em Atendimento A concessionária justifica a atribuição de valor único para itens com especificações diferentes

alegando similaridade nas principais características. Nos exemplos apresentados no relatório de fiscalização constam itens com especificações e características significativamente diferentes, inclusive no que se refere a valores, como é o caso de medidores, conforme podemos constatar no quadro abaixo:

Número do Patrimônio Descrição Item Avaliado

Valor Fábrica Unitário (R$)

300134 MEDIDOR ANALOGICO BIFASICO GE I-54A 10 A 240 V 350 48100 MEDIDOR ANALOGICO MONOFASICO NANSEN M1A-T 15 A 240 V 350 9144 MEDIDOR ANALOGICO TRIFASICO GE I-54A 10 A 240 V 350

Para demonstrar a significativa diferença de valores entre medidores com especificações

apresentamos o quadro abaixo:

Especificaçao Valor da Compra efetuada pela CEB (R$) Nota Fiscal Medidor Monofásico 45,60 14.376

Medidor Bifásico 122,50 14.562 Medidor Trifásico 142,10 14.743

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Sobre a conclusão efetuada pela concessionária para este item na página 25 da carta 288/2004,

ressaltamos que as características técnicas constantes na coluna “Descrição Item Avaliado” referentes aos equipamentos apresentadas no Relatório de Fiscalização são aquelas apresentadas no trabalho de avaliação e permitem a constatação efetuada e devidamente detalhada pela fiscalização.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.9) - Apresentação de arquivos em meio magnético Formalização da entrega dos documentos à ANEEL em desacordo com o especificado na Nota

Técnica nº 178/03 Não foi apresentado no material formalmente entregue à ANEEL a relação com os preços dos

equipamentos obtidos pela concessionária (valores negociados/contratados e/ou valores de compras realizadas) e utilizados como parâmetros para comparação ou para determinação dos custos de reposição novos por ocasião do processo de avaliação. Tal relação foi fornecida somente após solicitação de informações realizada durante o período de fiscalização.

Também não foram apresentadas as fórmulas utilizadas nas memórias de cálculo detalhadas

solicitadas nos subitens d, e, e f, do item 15 da Nota Técnica nº 178/2003.

Não-Conformidade (NC10) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493 e o que estabelece as letras d, e, f e r do item 15 da Nota Técnica nº 178/2003.

Determinação (D10) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procede a afirmação da NC 9 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178/2003 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.6.3 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

Alguns itens possuem especificações diferentes em virtude da diversidade de modelos e fornecedores. Porém, estes se assemelham nas principais características utilizadas para avaliação, justificando em alguns casos, por essa razão, a atribuição de um valor único.

Conclusão: A constatação da fiscalização não foi baseada nas características técnicas que alteram o valor do

equipamento, foi simplesmente no descritivo constante no campo de descrição. Entretanto, existem alguns itens que merecem revisão e assim será feito.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC10 – Em Atendimento

Determinação D10 - Em Atendimento O citado arquivo “ANEXO XI – Base de Compras” não contém a comparação com os valores cotados

pela avaliadora, mas apenas os preços praticados pela concessionária. A Nota Técnica nº 178/2003 estabelece no parágrafo 3º do tópico “Determinação dos Valores de

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Reposição (Valor de Novo)” que informações referentes às cotações obtidas junto a fabricantes e fornecedores são necessárias, mas não suficientes, para o atendimento das disposições da Resolução ANEEL nº 493/2002, no que se refere à determinação dos custos novos de reposição dos equipamentos (máquinas e equipamentos).

Faz-se necessário, também, considerar o poder de compra da concessionária no mercado específico, mediante a comparação com preços resultantes de compras realizadas no passado recente e/ou preços negociados / contratados com fabricantes e fornecedores, da concessionária ou empresas do mesmo grupo, devendo sempre ser considerado o menor, de forma a garantir condições eficientes de compra.”

A utilização de software próprio não constitui justificativa para a falta das informações solicitadas na Resolução nº 493/02, necessárias ao adequado entendimento e caracterização, com o maior nível de detalhamento possível, incluindo as fórmulas utilizadas, conforme parágrafo 2º do item 15 da Nota Técnica nº 178, e respectivos itens d, e, f e r do parágrafo 3º do mesmo item.

Ressaltamos que, ao contrário do que dispõe a alegação da concessionária, as fórmulas utilizadas para atender os itens d, e, f e r do parágrafo 3º do item 15 da Nota Técnica 178, não são publicadas na Resolução. Também, a demonstração dos resultados obtidos pelo software da avaliadora não possui a clareza indicada pela concessionária.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.10) - Cotações – Análise Comparativa Não foi procedida uma análise entre as cotações apresentadas pela avaliadora e os preços

resultantes de compras realizadas no passado recente e/ou preços negociados/contratados com fabricantes e fornecedores da concessionária. Durante a fiscalização, após solicitação, foi apresentado um quadro comparativo, contendo apenas 142 itens, sem contemplar diversos itens comprados durante o ano de 2003, como por exemplo:

Também constatamos equívocos nos valores informados no quadro conforme segue:

Além da deficiência acima apontada, constatamos também, que a avaliadora não considerou o

regime de compras praticado pela concessionária na conclusão do valor de reposição final de cada bem, nem tão pouco, considerou o menor valor para itens identificados no quadro.

Não-Conformidade (NC11) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e o que estabelece os § 3 e 11 do item 2.4.3 – Determinação dos Valores de Reposição (Valor de novo) - da Nota Técnica nº 178/2003.

Determinação (D.11) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

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Manifestação do Agente Fiscalizado com relação a Determinação (D.11) 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procede a afirmação da NC 11 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.6.5 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

Durante a execução dos trabalhos a UNISIS utilizou como base de comparação às compras realizadas nos últimos seis meses. Este procedimento foi adotado em função da verificação de que as compras realizadas em prazo superior a este apresentavam variações expressivas em relação aos preços atuais.

Conclusão: A Resolução ANEEL 493/2002 não esclarece qual período de tempo é mais bem representado pela

expressão “compras realizadas no passado recente”, portanto utilizamos aquele que melhor representa a realidade de mercado.

Durante a revisão do trabalho continuaremos a utilizar 06 (seis) meses.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC11 – Em Atendimento

Determinação D11 – Em Atendimento Não merece crédito a afirmação de que não foi possível a apresentação da completa análise

comparativa entre a base de compras e as cotações realizadas pelo motivo exposto no item 4.6.2 da carta nº 268/2004 - PRESI. As afirmações contidas na justificativa apresentada na carta 268/2004 PRESI para este item são inverdades, pois a ANEEL em nenhum momento se pronunciou favorável a um procedimento que contrariasse a Nota Técnica nº 178/2003.

A referida nota técnica foi publicada em 30/07/2003 e estabelece em negrito no parágrafo 9 do tópico “Determinação dos Valores de Reposição (Valor de Novo)” do item 2.4.3 – Procedimentos para Avaliação:

“...Em substituição as cotações, não serão aceitas informações oriundas de banco de dados da empresa avaliadora.”

A afirmação da concessionária na página 27 da carta 288/2004 PRESI, de que compras realizadas em prazo superior a seis meses apresentam variações expressivas em relação aos preços atuais, não condiz com a situação encontrada pela fiscalização, onde é possível verificar a existência de contratos de fornecimento de equipamentos com preço fixo vigendo por períodos superiores a este estipulado. Pode-se citar como exemplo, os medidores polifásicos modelo MFB-120GL, que têm seu preço fixo (R$ 122,50), em 29/11/2002, conforme nota fiscal 013025, e em 09/10/2003, conforme nota fiscal 14562.

Nas páginas 27 e 28 da carta 288/2004 PRESI, a CEB se contradiz quando afirma que a UNISIS utilizou como base de comparação às compras realizadas nos últimos seis meses, e que a Resolução 463/2002 PRESI não esclarece qual o período de tempo é representado pela expressão “compras realizadas no passado recente” e que continuará a utilizar seis meses durante a revisão do trabalho. Contrariamente a estas justificativas a CEB apenas 17 dias antes afirmou em sua carta 268/2004 PRESI, neste mesmo item que: “A avaliadora utilizou o critério estabelecido nos termos do anexo V, item II, tópico 7, da Resolução 493/2002, o qual estabelece que o avaliador deve levar, entre outras considerações também observadas pela avaliadora, o regime de compras praticado pela concessionária, a partir de análise da série histórica dos últimos cinco anos, para definição das quantidades e condições de fornecimento a serem consideradas.”

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.11) - Diferenças significativas entre os valores apresentados Valores apresentados pela avaliadora e os valores obtidos através da análise de contratos e notas

fiscais relativos a materiais comprados pela CEB em 2003 Foram identificadas divergências entre os valores de fábrica unitários apresentados na avaliação e os

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valores praticados pela CEB, registrados nas notas fiscais de aquisição e nos contratos referentes ao ano de 2003. Conforme exemplifica o quadro a seguir, houve divergências que chegam à ordem de 831%.

Não-Conformidade (NC12) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e o que estabelece os § 3 e 11 do item 2.4.3 – Procedimentos para avaliação – Determinação dos valores de reposição (Valor de novo) - da Nota Técnica nº 178/2003.

Determinação (D12) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procede a afirmação da NC 12 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178/2003 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.6.6 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

As divergências apontadas pela equipe de fiscalização deram-se pelo fato de o processo de verificação de valores de avaliação obtidos, terem sido comparadas pelos contratos e notas fiscais relativos a materiais comprados pela CEB apenas em 2003.

Durante a execução dos trabalhos a UNISIS utilizou como base de comparação às compras realizadas nos últimos seis meses. Este procedimento foi adotado em função da verificação de que as compras realizadas em prazo superior a este apresentavam variações expressivas em relação aos preços atuais.

Conclusão: A Resolução ANEEL 493/2002 não esclarece qual período de tempo é mais bem representado pela

expressão “compras realizadas no passado recente”, portanto utilizamos aquele que melhor representa a realidade de mercado.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC12 – Em Atendimento

Determinação D12 - Em Atendimento A afirmação efetuada na carta 268/2004 PRESI de que as divergências apontadas deram-se pelo fato

de que a avaliadora utilizou o regime de compras praticado nos últimos cinco anos, enquanto a equipe de fiscalização utilizou informações do ano de 2003, não procede, pois:

- é nítida e clara a tendência de que a utilização de dados mais antigos traria desvios negativos, o que não ocorre;

- a data mais antiga da coluna E, entitulada “Data” do arquivo “Anexo XI – Base de Compras.xls” é 01/08/2000, portanto não foi utilizada a alegada série histórica dos últimos 5 anos;

- tal afirmação não explica as diferenças apontadas no quadro inserido no referido item. A CEB se contradiz, como no item anterior, na conclusão da página 29 da carta 288/2004 PRESI,

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quando afirma que a Resolução nº 463/2002 PRESI não esclarece qual o período de tempo é representado pela expressão “compras realizadas no passado recente”, enquanto em sua carta 268/2004 PRESI, afirma que: “A avaliadora utilizou o critério estabelecido nos termos do anexo V, item II, tópico 7 da Resolução nº 463/2002, o qual estabelece que o avaliador deve considerar uma análise da série histórica dos últimos cinco anos.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.12) - Sobras Físicas de Edificações Constatamos a inclusão irregular de sobras físicas de edificações na base de remuneração, uma vez

que tais itens não apresentam as condições estabelecidas para tanto, no tópico 2.3.4 da Nota Técnica nº 178. Exemplificando, identificamos sobras físicas de edificações com valor na base de remuneração no montante de R$ 674.953,57.

Não-Conformidade (NC13) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e o que estabelece o item 2.3.4 – Imóveis que se encontram em processo de regularização, da Nota Técnica nº 178/2003.

Determinação (D13) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procedem as afirmações das NC’s 14 à 16 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.7 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

Os critérios utilizados são os constantes da Nota Técnica 178/2003, conforme transcrição a seguir: “1.5.1. Sobras Físicas As sobras físicas apuradas no processo de conciliação físico-contábil, desde que identificadas as

datas da entrada em operação, deverão ser avaliadas, incluídas na base de remuneração e relacionadas a parte.“.

Conclusão: Atualmente os imóveis não fazem mais parte da base de remuneração, portanto não faz diferença às

sobras físicas estarem ou não inclusa, apesar da Nota Técnica 178/2003 assim o permitir. Quanto aos equipamentos, foram calculados com base na formação da ODI correspondente, que

significa a data de entrada em operação, de acordo com a Nota Técnica 178/2003.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC13 – Em Atendimento

Determinação D13 – Em Atendimento Em resposta a este item, ressaltamos que o Relatório de Fiscalização utilizou como critério a

aplicação das disposições da Resolução ANEEL nº 493/2002 e da Nota Técnica 178/03, inclusive citando em todos os subitens, os tópicos que se encontram em desacordo com o trabalho apresentado.

Ressalta-se, ainda, que todos os ativos elegíveis, conforme estabelecem as normas, compõem a Base de Remuneração, portanto, dizer que imóveis não fazem parte da base é mais uma inverdade apresentada por essa concessionária.

Tanto imóveis como outros itens apenas não são remunerados via base de remuneração e sim na empresa de referência. Portanto, não poderia o Órgão Regulador remunerar o mesmo item duas vezes.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

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Constatação (C.13) - Sobras Físicas de Terrenos Constatamos a inclusão irregular de sobras físicas de terreno na base de remuneração, uma vez que

o mesmo não apresenta as condições estabelecidas para tanto, no item 2.1.4 – Terrenos que se encontram em processo de regularização - da Nota Técnica nº 178. Exemplificando, encontramos sobras físicas de terrenos no montante de R$ 12.358,00.

Não-Conformidade (NC14) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e o que estabelece o item 2.1.4 – Terrenos que se encontram em processo de regularização - da Nota Técnica nº 178/2003.

Determinação (D14) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado com relação a Determinação (D.14) 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procedem as afirmações das NC’s 14 à 16 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178/2003 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.7 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

Os critérios utilizados são os constantes da Nota Técnica 178/2003, conforme transcrição a seguir: “1.5.1. Sobras Físicas As sobras físicas apuradas no processo de conciliação físico-contábil, desde que identificadas as

datas da entrada em operação, deverão ser avaliadas, incluídas na base de remuneração e relacionadas a parte.“.

Conclusão: Atualmente os imóveis não fazem mais parte da base de remuneração, portanto não faz diferença às

sobras físicas estarem ou não inclusa, apesar da Nota Técnica 178/2003 assim o permitir. Quanto aos equipamentos, foram calculados com base na formação da ODI correspondente, que

significa a data de entrada em operação, de acordo com a Nota Técnica 178/2003.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC14 – Em Atendimento

Determinação D14 - Em Atendimento Em resposta a este item, ressaltamos que o Relatório de Fiscalização utilizou como critério a

aplicação das disposições da Resolução ANEEL nº 493/2002 e da Nota Técnica 178/03, inclusive citando em todos os subitens, os tópicos que se encontram em desacordo com o trabalho apresentado.

Ressalta-se, ainda, que todos os ativos elegíveis, conforme estabelecem as normas, compõem a Base de Remuneração, portanto, dizer que imóveis não fazem parte da base é mais uma inverdade apresentada por essa concessionária.

Tanto imóveis como outros itens apenas não são remunerados via base de remuneração e sim na empresa de referência. Portanto, não poderia o Órgão Regulador remunerar o mesmo item duas vezes.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.14) - Sobras Físicas de Máquinas e Equipamentos considerando a data mais antiga da conta

Não foi apresentada documentação que comprove efetivamente a data de entrada de bens em

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serviço classificados como sobras físicas, portanto, presume-se que tal fato ocorreu na primeira data deformação da conta. O montante de sobras físicas de máquinas e equipamentos apresentado pela concessionária para a Base de Remuneração equivale a R$ 3.030.368,73.

Não-Conformidade (NC15) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e o que estabelece o item 1.5.1– Conciliação físico-contábil - da Nota Técnica nº 178/2003.

Determinação (D15) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado com relação a Determinação (D.15) 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procedem as afirmações das NC’s 14 à 16 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178/2003 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.7 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

Os critérios utilizados são os constantes da Nota Técnica 178/2003, conforme transcrição a seguir: “1.5.1. Sobras Físicas As sobras físicas apuradas no processo de conciliação físico-contábil, desde que identificadas as

datas da entrada em operação, deverão ser avaliadas, incluídas na base de remuneração e relacionadas a parte.“.

Conclusão: Atualmente os imóveis não fazem mais parte da base de remuneração, portanto não faz diferença às

sobras físicas estarem ou não inclusa, apesar da Nota Técnica 178/2003 assim o permitir. Quanto aos equipamentos, foram calculados com base na formação da ODI correspondente, que

significa a data de entrada em operação, de acordo com a Nota Técnica 178/2003. Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC15 – Em Atendimento

Determinação D15 - Em Atendimento Em resposta a este item, ressaltamos que o Relatório de Fiscalização utilizou como critério a

aplicação das disposições da Resolução ANEEL nº 493/2002 e da Nota Técnica 178/03, inclusive citando em todos os subitens, os tópicos que se encontram em desacordo com o trabalho apresentado.

Ressalta-se, ainda, que todos os ativos elegíveis, conforme estabelecem as normas, compõem a Base de Remuneração, portanto, dizer que imóveis não fazem parte da base é mais uma inverdade apresentada por essa concessionária.

Tanto imóveis como outros itens apenas não são remunerados via base de remuneração e sim na empresa de referência. Portanto, não poderia o Órgão Regulador remunerar o mesmo item duas vezes.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.15) - Sobras Físicas de Máquinas e Equipamentos devido a conciliação inadequada Constatamos que a conciliação dos itens abaixo relacionados foi realizada incorretamente. Valor total

de sobras físicas equivocadamente incluídas na base de remuneração é de R$ 3.717.680,30. Portanto, consideramos tais itens identificados pela descrição técnica, correspondentes a sobras

físicas. Da mesma forma, consideramos as descrições contábeis (descrição do bem) existentes correspondentes a sobras contábeis.

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Abaixo, demonstramos os problemas identificados de conciliação que resultam na constatação acima:

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Não-Conformidade (NC16) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e o que estabelece os § 1 e 2 do item 1.5.1– Conciliação físico-contábil - da Nota Técnica nº 178/2003.

Determinação (D16) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Manifestação do Agente Fiscalizado com relação a Determinação (D.16) 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procedem as afirmações das NC’s 14 à 16 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178/2003 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.7 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

Os critérios utilizados são os constantes da Nota Técnica 178/2003, conforme transcrição a seguir: “1.5.1. Sobras Físicas As sobras físicas apuradas no processo de conciliação físico-contábil, desde que identificadas as

datas da entrada em operação, deverão ser avaliadas, incluídas na base de remuneração e relacionadas a parte.“.

Conclusão: Atualmente os imóveis não fazem mais parte da base de remuneração, portanto não faz diferença às

sobras físicas estarem ou não inclusa, apesar da Nota Técnica 178/2003 assim o permitir. Quanto aos equipamentos, foram calculados com base na formação da ODI correspondente, que

significa a data de entrada em operação, de acordo com a Nota Técnica 178/2003.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC16 – Em Atendimento Determinação D16 – Em Atendimento Em resposta a este item, ressaltamos que o Relatório de Fiscalização utilizou como critério a

aplicação das disposições da Resolução ANEEL nº 493/2002 e da Nota Técnica 178/03, inclusive citando em todos os subitens, os tópicos que se encontram em desacordo com o trabalho apresentado.

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.16) - Controles da Concessionária para Subestações, Linhas e Redes – Subestações Para levantamento dos ativos foram inspecionadas as seguintes instalações: subestação nº 01,

subestação nº 02, subestação nº 03, subestação nº 04, subestações 05, subestações 06, subestação Brasília Centro, subestação Brasília Norte e subestação Taguatinga.

Ressalta-se que as subestações foram selecionadas num universo de 28, considerando o tamanho, a

complexidade e o deslocamento. O trabalho realizado consistiu basicamente na avaliação dos ativos realizada pela empresa

avaliadora, comparando-os com os ativos existentes em campo. Durante a fiscalização, constatou-se, em campo, que não foram relacionadas pela Avaliadora as

chaves tipo fusível, classe 15 kV, instaladas nas subestações, confirmando o critério apresentado pela Concessionária. Esse fato deve ser corrigido para todas as subestações, conforme Resolução ANEEL n°

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493/2002. Com relação aos equipamentos de subestação foram encontradas divergências relativas ao laudo

apresentado, dentre elas destacam-se: SUBESTAÇÃO BRASÍLIA 1 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

SUBESTAÇÃO BRASÍLIA 2 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

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Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se encontram fora de operação:

SUBESTAÇÃO BRASÍLIA 3 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

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SUBESTAÇÃO BRASÍLIA 4 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

(*) – Foi constatado no material de campo da Avaliadora que a quantidade de transformadores de

força dessa subestação foi levantada de forma correta, ou seja, 2 (duas) unidades, porém na relação oficial entregue à ANEEL essa Empresa apresentou 3 (três) unidades.

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SUBESTAÇÃO BRASÍLIA 5 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

SUBESTAÇÃO BRASÍLIA 6

Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

(*) - De acordo com os registros da CEB esse transformador foi tranferido para a subestação

Sobradinho, no dia 31/01/04. Entretanto, o levantamento dos equipametnos dessa subestação ocorreu no dia 03/02/04, conforme as planilhas de levantamento de campo.

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SUBESTAÇÃO BRASÍLIA NORTE Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

SUBESTAÇÃO BRASÍLIA TAGUATINGA Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação: Qtd. Descrição Observação 2 Banco de baterias com 10 elementos Inexistente 2 Pára-raios ABB; 34,5 kV (N° Série: 470 e 480) Inexistente

1 Chave seccionadora SPIG; tripolar; 138 kV; Operacional 6005 Inexistente

2 Transformador de corrente; 15 kV Inexistente

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SUBESTAÇÃO BRASÍLIA CENTRO Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

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Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

Subestações Subterrâneas Para levantamento dos ativos das subestações da rede de distribuição subterrânea foram

inspecionadas 14 subestações (total de 53 transformadores e 52 protetores “nertwork”). Ressalta-se que as subestações foram selecionadas num universo de 545 (1.180 transformadores e 600 protetores “network”), de forma aleatória, porém sem seguir rigor estatístico. Apresentam-se a seguir as divergências constatadas:

SE 51.701.05-4 Centro Empresarial Norte Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação:

SE 51.002.12-1 Brasília Shopping Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

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SE 51.701.18-6 Venâncio 3000 Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação:

SE 51.003.26-8 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação:

SE 51.701.01-1 Rede Globo e Transamérica Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação:

SE 51.702.03 – 4 Ed. Varig Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação:

Qtd. Descrição Observação 1 Transformador 150 KVA Particular 1 Transformador 15 KVA Em Poste 1 Transformador 225 KVA Particular 2 Chave Tipo FW

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SE 51. 702.02-2 Liberty Mall Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação:

SE 51.702.01-4 Libert Mall B Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação:

SE 51.003.08-X Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação:

SE 51.003.07-1 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

SE 51.003.21-7 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

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SE 51.702.05-0 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

SE 51.002.11-3 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Equipamentos que constam da relação da concessionária, porém não existem na subestação ou se

encontram fora de operação:

SE 50.007.04-9 Equipamentos que não constam da relação da concessionária, porém existem na subestação ou fora

de operação:

Redes de Distribuição Aérea A Concessionária possui implantado um sistema de gestão de redes de distribuição (GEOCEB –

Sistema Georeferenciado da CEB), o que facilitou o trabalho tanto da Avaliadora, quanto da equipe de fiscalização da ANEEL. Devido ao tamanho dos conjuntos da CEB, ficou impossibilitada a conferência pela equipe de fiscalização de um conjunto em sua totalidade. Por isso, foram escolhidos de cada conjunto microrregiões, com o objetivo de levantar os ativos nas redes de distribuição aérea de diferentes conjuntos que foram sorteados pela ANEEL.

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Essas microrregiões foram escolhidas aleatoriamente, levando-se em consideração apenas a quantidade de equipamentos na região. Esse levantamento foi realizado juntamente com um técnico da concessionária responsável pelo sistema georeferenciado da CEB, onde foram selecionados os seguintes conjuntos: Águas Claras/Riacho Fundo I, Brazlândia, Lago Sul, Núcleo Bandeirante/ Candangolândia, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto Norte (rede aérea) e Taguatinga supridos por rede aérea.

A CEB apresentou as plantas das regiões em quadrículas de 1.500m x 1.500m. Já a UNISIS

dispunha dos dados de estruturas e equipamentos de rede em relatórios padronizados para quadrículas de 1000m x 1000m, muito embora, o sistema permitia disponibilizar em outras dimensões. Assim foram escolhidas 36 (1.500m x 1.500m) quadrículas, correspondente a uma área percorrida de 81 km2.

A equipe de fiscalização solicitou ainda que a avaliadora apresentasse planilhas com os respectivos

equipamentos existentes em cada microrregião para levantamento em campo devidamente identificados e quantificados. Uma vez que o universo (100%) dos conjuntos sorteados pela ANEEL totaliza 162.060 postes e 15.541 transformadores, de acordo com dados da Avaliadora, optou-se por auditar uma amostra de 8.137 postes e 664 transformadores de distribuição e, em função dos itens não-conformes (divergências) determinar a margem de erro (erro padrão da estimativa) e, inferir sobre o desempenho do universo, admitindo um intervalo de confiança de 95%.

Análise estatística: Referência: Manual de Fiscalização da Distribuição – SFE (páginas 68 a 80). No processo de fiscalização é possível utilizar critérios estatísticos que permitam, a partir de uma

amostra, inferir sobre o desempenho do universo. Como forma de padronizar o entendimento, as divergências positivas apresentadas nas tabelas

abaixo significam que a Avaliadora inventariou as estruturas e equipamentos de rede a menor, em relação à fiscalização da ANEEL, enquanto que as divergências negativas indicam o contrário.

Conjunto Paranoá – Identificação ANEEL Transformadores: 518 Postes: 5.783 Intervalo de confiança de 95%.

Assim, podemos inferir que no universo (Conjunto Paranoá) haverá no máximo uma diferença de -22

transformadores no conjunto como um todo, representado uma divergência de 2,80% no quantitativo de transformadores listado pela avaliadora. Similarmente, para postes, tem-se no máximo uma diferença de 322 unidades no conjunto como um todo, o que corresponde a um desvio de 1,18%.

Conjunto Planaltina – Identificação ANEEL Transformadores: 546 Postes: 11.784 Intervalo de confiança de 95%.

Assim, podemos inferir que no universo (Conjunto Planaltina) tem-se no máximo uma diferença de 46

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transformadores, no conjunto como um todo, o que representa uma divergência de 5,50%. Similarmente, para postes, tem-se no máximo uma diferença de -33 unidades no conjunto como um todo, o que corresponde a um desvio de 0,18%.

Conjunto Plano Piloto Norte – Identificação ANEEL Transformadores: 919 Postes: 5.142 Intervalo de confiança de 95%.

Assim, podemos inferir que no universo (Conjunto Plano Piloto Norte) tem-se no máximo uma

diferença de -398 transformadores no conjunto como um todo, o que representa uma divergência de 11,69%. Similarmente, para postes, tem-se no máximo uma diferença de -214 unidades no conjunto como um todo, o que corresponde a um desvio de 1,37%.

Conjunto Núcleo Bandeirante/Candangolândia – Identificação ANEEL Transformadores: 550 Postes: 5.362 Intervalo de confiança de 95%.

Assim, podemos inferir que no universo (Conjunto Núcleo Bandeirante/Candangolândia) tem-se no

máximo uma diferença de 19 transformadores no conjunto como um todo, o representa uma divergência de 2,22%. Similarmente para postes tem-se no máximo uma diferença de -50 unidades, o que corresponde a um desvio de 0,42%.

Conjunto Lago Sul – Identificação ANEEL Transformadores: 1.020 Postes: 9.243 Intervalo de confiança de 95%.

Assim, podemos inferir que no universo (Conjunto Lago Sul) tem-se no máximo uma diferença de -

177 transformadores no conjunto como um todo, o representa uma divergência de +5,34%. Similarmente para postes tem-se no máximo uma diferença de -99 unidades, o que corresponde a um desvio de 0,47%.

Conjunto Águas Claras/Riacho Fundo – Identificação ANEEL Transformadores: 429 Postes: 10.035 Intervalo de confiança de 95%.

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Assim, podemos inferir que no universo (Conjunto Águas Claras/Riacho Fundo) haverá no máximo

uma diferença de -47 transformadores no conjunto como um todo, representado uma divergência de 5,14% no quantitativo de transformadores listado pela avaliadora. Para postes, tem-se no máximo uma diferença de -303 unidades no conjunto como um todo, o que corresponde a um desvio de 0,82%.

Conjunto Taguatinga – Identificação ANEEL Transformadores: 344 Postes: 3.308 Intervalo de confiança de 95%.

Assim, podemos inferir que no universo (Conjunto Taguatinga) haverá no máximo uma diferença de

-32 transformadores no conjunto como um todo, representado uma divergência de 2,82% no quantitativo de transformadores listado pela avaliadora. Para postes, tem-se no máximo uma diferença de -148 unidades no conjunto como um todo, o que corresponde a um desvio de 0,71%.

Conjunto Brazlândia – Identificação ANEEL Transformadores: 178 Postes: 3.105 Intervalo de confiança de 95%.

Assim, podemos inferir que no universo (Conjunto Brazlândia) haverá no máximo uma diferença de -

16 transformadores no conjunto como um todo, representado uma divergência de 3,81% no quantitativo de transformadores listado pela avaliadora. Para postes, tem-se no máximo uma diferença de -68 unidades no conjunto como um todo, o que corresponde a um desvio de 0,57%.

Resumo dos conjuntos auditados pela ANEEL: Transformadores: 4.504 Postes: 53.762 Intervalo de confiança de 95%.

Dessa forma, podemos inferir que no universo dos 8 conjuntos auditados tem-se no máximo uma

diferença de -438 transformadores, para um total de 4.504 transformadores, o que representa uma divergência de 9,72%. Similarmente, para postes, tem-se no máximo uma diferença de -642 unidades, para o total de 53.762 unidades, o que corresponde a um desvio de +1,19%.

Tendo em vista o exposto, com relação às subestações de 138 kV e 34,5 kV, verificamos que a

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Avaliadora não realizou uma adequada avaliação dos ativos dessas instalações, tendo em vista que cometeu erro grave na contagem dos transformadores de força das subestações n° 4 e n° 6, principais equipamentos dessas instalações. De um total de 27 transformadores de força (9 subestações), a Avaliadora contabilizou 29 unidades, correspondendo a um erro de 7,4%.

Os problemas apresentados nas subestações foram os seguintes: a) na subestação n° 6, quando da fiscalização da ANEEL (21/07/04), foi contabilizado em campo

2 (dois) transformadores de força, contra 3 (três) apresentados formalmente pela Avaliadora – um a mais de 12,5 MVA. Questionada, a Avaliadora informou que, de fato, fez o levantamento piloto nessa subestação no dia 29/01/2004, porém o Termo de Responsabilidade, que informa a data e a ralação de equipamentos vistoriados, assinado por 2 (dois) técnicos da Avaliadora e 2 (dois) técnicos da CEB, foi assinado no dia 03/02/2004. Na oportunidade, a CEB também foi questionada, informando que o transformador 3 (12,5 MVA) dessa subestação foi transferido para a subestação Sobradinho no dia 31/01/2004. Para confirmar que a contagem da Avaliadora foi realizada no dia 29/01/04, a CEB encaminhou as Cartas n° 048/2004-DD e 050/2004-DD apresentando as justificativas, e em particular as medições instantâneas de potência ativa de todos os transformadores da CEB, contemplando o transformador T3 na subestação n° 06.

b) na subestação n° 4, quando da fiscalização da ANEEL (21/07/04), foi contabilizado em campo 2

(dois) transformadores de força, contra 3 (três) apresentados formalmente pela Avaliadora. Questionada, a Avaliadora apresentou a planilha de vistoria de campo contendo 2 (dois) transformadores, confirmando a divergência. Além disso, por meio da Carta n° 048/2004-DD, a CEB informou que, equivocadamente, ao identificar no diagrama unifilar a existência de um BAY para instalação futura, houve uma falha do pessoal de campo da Avaliadora, visto que no referido diagrama unifilar estava codificado como FORA DE OPERAÇÃO, causando a falsa impressão de que os equipamentos existiam fisicamente, mais ainda não estavam em operação.

Do exposto acima, a ANEEL não considera justificáveis os erros cometidos pela Avaliadora, tendo em

vista que se trata do principal equipamento da subestação, além disso, a Resolução ANEEL nº 493/2002 não menciona percentuais aceitáveis de divergências.

Com relação às divergências nas subestações de distribuição subterrânea 13.800/400/231 V,

verificamos que, mais uma vez, aconteceram erros graves em relação aos principais itens dessas subestações, sendo 11,3% (6 transformadores) para o item transformador de força e 7,7% (4 protetores “network”) para o item protetor “network”. Portanto, a ANEEL não considera aceitáveis os erro nesses equipamentos, conforme o disposto na Resolução ANEEL n° 493/2002.

Com relação à rede de distribuição, não encontramos discrepâncias, embora ressalvamos: dos 8

conjuntos auditados pela ANEEL referentes a redes de distribuição aérea, o Plano Piloto Norte (+11,69%), na amostragem dos transformadores da rede de distribuição, apresentou desvio superior a 10%, porém considerando o total dos conjuntos auditados, o erro percentual máximo encontrado situa-se abaixo da margem de erro estabelecida pela Resolução aneel n° 493/2002.

Não-Conformidade (NC17) Procedimentos e critérios adotados pela concessionária estão em desacordo com as disposições

contidas na Resolução ANEEL nº 493/02 e o que estabelece a Nota Técnica nº 178/2003. Determinação (D17) Determinamos que a concessionária encaminhe à ANEEL um novo relatório com as devidas

correções para análise e validação. Prazo para cumprimento: 30/11/2004

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Manifestação do Agente Fiscalizado 23/08/2004 - Conforme Carta nº 268/2004-PRESI e Carta nº 288/2004-PRESI, informa que não

procedem as afirmações da NC 17 de que o Relatório de Avaliação da CEB está em desacordo com a Resolução 493/2002 e a Nota Técnica 178 da ANEEL. As questões suscitadas pela Fiscalização no item 4.8 não justificam, de modo algum, a desconsideração do Laudo de Avaliação e a determinação de elaboração de novo relatório.

As discrepâncias apresentadas nos bens integrantes das Subestações decorrem, dentre outros motivos, da movimentação destes itens entre a data de vistoria e a data de fiscalização, de itens que foram considerados como componentes menores, bem como, de itens que foram incluídos na avaliação de um item maior.

Dentre outras subestações, citamos como exemplo, a SE 02, que se encontra em fase de retrofit, com substituição total do setor de 15kV, dos serviços auxiliares, da sinalização, da medição e da telesupervisão, fatos estes posteriores a avaliação.

Especificamente para a SE 06, o Transformador de 12,5 MVA foi transferido para a SE de Sobradinho em 31/01/2004, sendo energizado em 01/02/2004.

No dia 29/01/2004, foi realizado o levantamento piloto na Subestação 06, conforme previsto no subitem 2.1, do item II - Detalhamento das Etapas, do Anexo VII - Roteiro Mínimo Obrigatório para Avaliação, da Resolução n° 493/2002. O procedimento da UNISIS, para o piloto, foi vistoriar todos os equipamentos da Subestação, para efeito de padronização dos procedimentos de inventário.

No piloto não houve a preocupação em coletar as assinaturas no termo de responsabilidade, por se tratar de um levantamento preliminar, com o objetivo de alinhar procedimentos e redefinir critérios, se fosse o caso.

Como no inventário realizado por ocasião desse projeto piloto não houve divergências entre o cadastro da engenharia e o levantado fisicamente, a UNISIS optou por validar esse levantamento, por entender ser consistente e atender ao propósito de validação e valoração previstos na Resolução ANEEL n° 493/2002 e NT n° 178/2003.

Dessa forma, quando do retorno do nosso técnico àquela Subestação, esse apenas datou, no dia 03/02/2004, o levantamento iniciado no dia 29/01/2004.

No caso da SE 04, quando da vistoria física dessa Subestação foi constatada a existência de apenas 2 (dois) transformadores, conforme planilha de vistoria física.

Ocorre que, por ocasião da auditoria das planilhas de campo pelo pessoal de retaguarda, equivocadamente, ao identificar no diagrama unifilar a existência de um BAY para instalação futura, foi diagnosticado como falha do pessoal de campo, visto que no referido diagrama unifilar este estava codificado como FORA DE OPERAÇÃO, causando a falsa impressão de que os equipamentos existiam fisicamente, mas ainda não estavam em operação.

Conclusão: As discrepâncias apontadas não representam grande monta de valores, e excluindo-se os casos de

mau entendimento, estão dentro dos limites estabelecidos pela ANEEL. Durante a revisão dos trabalhos estes itens serão novamente vistoriados e corrigidas as eventuais

falhas.

Parecer do Agente Fiscalizador 21/09/2004 Não Conformidade NC17 – Em Atendimento

Determinação D17 - Em Atendimento No Relatório de Fiscalização foram apontadas 216 divergências envolvendo 913 equipamentos em 9

subestações. As justificativas da concessionária abordam inicialmente questões levantadas sobre divergências envolvendo dois transformadores. Em seguida, a concessionária alega que a subestação Brasília 2, onde foram encontradas 20 divergências, foi totalmente remodelada. E finalmente, a concessionária conclui que as demais divergências se devem a diferenças entre as datas de vistoria e a data de fiscalização, bem como devido a diferenças de caracterização.

Tais argumentos não são suficientes para justificar tão elevado número de divergências. Ademais, a concessionária reconhece a deficiência da qualidade das descrições apontadas no tópico 4.1.2 quando justifica que as diferenças de caracterização de nomenclatura operacional e contábil resultaram nas

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divergências apresentadas. Ressaltamos que foram apontadas 216 divergências, relativas a 913 equipamentos em 9

subestações. Acrescente-se ainda, que tanto a Resolução ANEEL nº 493/02, como a Nota Técnica nº 178/03, não

permitem discrepâncias. Os bens e instalações de subestações têm que ser levantados 100% (cem porcento).

Prazo para cumprimento: 30/11/2004

Constatação (C.17) - Demais Componentes da Base de Remuneração 4.1.1 Almoxarifado de Operação As verificações dos critérios e procedimentos adotados pela avaliadora foram realizadas de forma

amostral, limitando-se a verificação dos seguintes meses: janeiro, junho e dezembro. Não foram encontradas divergências nos procedimentos adotados pela avaliadora para fins de apuração do valor do Almoxarifado de Operação para compor a Base de Remuneração. O valor apresentado para compor a referida Base de Remuneração é de R$ 4.444.000,00.

4.1.2 Ativo Diferido Constatamos que a concessionária não apresenta valores contabilizados no Ativo Diferido. 4.1.3 Capital de Giro O capital de giro apurado tem valor negativo, portanto não está incluso na base de remuneração. 4.1.4 Obrigações Especiais Devido as não conformidades constatadas, o saldo da conta Obrigações Especiais deverá ser

alterado, indicando os critérios e procedimentos utilizados para a apuração do valor considerado na Base de Remuneração.