relação pedagógica: disciplina e indisciplina na sala de aula

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1 ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS D. DINIS DE QUARTEIRA

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"Este trabalho foi o resultado de um estudo realizado por um grupo de formandos que acredita que a formação deverá ser concebida na escola e centrar-se, acima de tudo, no que se passa na sala de aula. Aliás, são iniciativas desta natureza que permitem aos docentes ter uma atitude mais interventiva, na sua formação, estimulando-os para o seu crescimento como professores e consciencializando-os de que são os principais responsáveis pelo seu próprio desenvolvimento profissional."

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ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS D. DINIS DE QUARTEIRA

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ÍNDICE

Prefácio .................................................................................................................... Introdução ................................................................................................................

I

Caracterização da comunidade ................................................................................. Caracterização da escola .......................................................................................... Caracterização das turmas modelo de estudo ..........................................................

II

Análise e tratamento de dados obtidos através dos questionários: ..........................

2º Ciclo ...........................................................................................................

Alunos Professores Encarregados de Educação

3º Ciclo ...........................................................................................................

Alunos Professores Encarregados de Educação

III

Reflexões finais ........................................................................................................ Bibliografia .............................................................................................................. Anexos .....................................................................................................................

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NOTA PREAMBULAR

O futuro do mundo de quem mais depende

É., em primeiro lugar, dos pais,

E depois dos professores

( F.H.Veiga )

Este trabalho foi o resultado de um estudo realizado por um grupo de formandos que acredita que a formação deverá ser concebida na escola e centrar-se, acima de tudo, no que se passa na sala de aula. Aliás, são iniciativas desta natureza que permitem aos docentes ter uma atitude mais interventiva, na sua formação, estimulando-os para o seu crescimento como professores e consciencializando-os de que são os principais responsáveis pelo seu próprio desenvolvimento profissional.

Foi partindo destas premissas que procurámos dinamizar um Círculo de Estudos que equacionasse algumas preocupações sentidas não só pelos docentes, mas também pelos Encarregados de Educação e alunos, na área da disciplina e indisciplina, na sala de aula.

Na verdade, o problema da disciplina na aula e na escola é fundamentalmente um problema de prevenção. Como é óbvio, a correcção só se torna necessária quando a prevenção falha. Foi precisamente tendo consciência deste facto que o nosso estudo incidiu, sobretudo, nas práticas pedagógicas dos docentes, já que a investigação tem mostrado que os professores capazes de criarem um bom clima disciplinar se distinguem daqueles que não são tão capazes, pois em matéria de correcção, as distinções entre a actuação dos professores tendem a esbater-se. Mais ainda, quando a escola multiplica faltas disciplinares e conselhos de turma para propor a aplicação de suspensões, não está, seguramente, a resolver o problema do aluno, está provisoriamente a resolver o problema do professor.

A partir daqui, sentiu-se a necessidade do grupo se organizar e desenvolver um trabalho pedagógico-didáctico com o objectivo de estudar e prevenir a indisciplina na sala de aula. A troca de experiências e partilha de saberes animaram as primeiras sessões, o visionamento de programas e leituras várias serviram de inspiração para a realização do estudo.

Resta dizer que no final todos os intervenientes concordaram em afirmar que este Círculo de Estudos teve o mérito de confrontá-los com a sua prática pedagógica e, se ela não se modificou totalmente, pelo menos aperfeiçoou-se!

Finalmente, agradecemos a todos os formandos e, em particular, aos professores Luís Tina e João Patacão que nos ajudaram na apresentação final deste estudo. A todos eles os nossos sinceros agradecimentos.

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INTRODUÇÃO

É sobejamente reconhecida a importância que a escola tem num país. Torna-se

imprescindível uma aposta forte e estruturada num dos meios formação pessoal, social e académica mais idóneos. Estas acções de cultura deverão respeitar as grandes transformações conjunturais a vários níveis que vão caracterizando o meio onde estiver o maior agente educacional – a Escola.

Importa desde já reflectir sobre os princípios que norteiam essa acção cultural. Com a experiência de décadas constatou-se que o aluno é o cerne da questão. É sobre ele que devem incidir todas questões pedagógicas e didácticas. Actualmente, entende-se que a escola não é apenas local de transmissão de conhecimentos, mas sim de valores culturais, muitas vezes esquecidos pela sociedade. A forma de transmitir esses aspectos culturais e académicos tem sido analisada e fruto de muitos trabalhos. No entanto, devido à constante alteração das estruturas sociais, valores e interesses os alunos têm vindo a encontrar fora da escola outros conteúdos, contextos e valores que lhes agradam mais, deixando de pensar na escola como meio de aprendizagem, preparação e promoção social.

Estando os interesses dos discentes desviados da escola, o trabalho dos agentes educacionais directos na escola – os professores – é muitas vezes considerado desinteressante e até mesmo desrespeitado, tornando a acção educativa cada vez mais exigente não tanto na formação científica mas nas aptidões e estratégias pedagógico-didácticas aplicadas na sala de aula pelo professor.

1. OBJECTIVOS Neste contexto, o Círculo de Estudos, do qual resultou este trabalho, propôs-se a

analisar e procurar soluções para um problema premente ligado directamente à actividade lectiva em contexto escolar: a indisciplina, na sala de aula.

Sendo assim, o grupo de trabalho propôs-se a atingir determinados fins: - determinar com relativa precisão o conceito de disciplina/indisciplina, no sentido

de o “uniformizar” no grupo de trabalho; - assumir o tipo de disciplina/indisciplina existente nas aulas; - analisar as principais causas da indisciplina, atendendo naturalmente ao meio em

que a comunidade escola está inserida; - procurar soluções pragmáticas, num contexto pedagógico-didáctico, que

minimizem situações desviantes limitadoras do “normal” funcionamento das aulas;

- delinear posturas comportamentais de aproximação à multiplicidade de atitudes tomadas pelos alunos em cada contexto escolar;

- mais do que desenhar projectos, levar o professor a actualizar, diversificar, reavaliar e adequar as estratégias pedagógicas de forma a criar as premissas necessárias para o bom desenrolar da actividade lectiva.

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2. METODOLOGIA: De acordo com o Círculo de Estudos, este projecto foi estruturado em três fases: a

primeira, a par de uma recolha e revisão bibliográfica, tratou essencialmente da análise teórica dos diferentes conceitos a que o grupo se propôs estudar de molde a permitir detectar e definir estratégias e condutas de resolução da problemática comportamental prejudicial à actividade lectiva.

A segunda foi dedicada à aplicação da análise teórica no contexto desta escola, através da elaboração e aplicação de questionários direccionados aos três agentes escolares (alunos, professores e Encarregados de Educação) de quatro turmas escolhidas aleatoriamente de níveis de escolaridade diferentes, com vista a detectar atitudes e valores desses agentes.

Por último, a partir dos resultados obtidos anteriormente, identificaram-se os aspectos mais controversos respeitantes à indisciplina aos quais se seguiram propostas plausíveis e aplicáveis à realidade da comunidade escolar.

Em suma, embora nos tenhamos apoiado em pressupostos teóricos, partimos de situações concretas para encontrar métodos e estratégias aplicáveis à realidade escolar, pois é com ela que o professor se depara quotidianamente e através da qual se pode realizar pessoal e profissionalmente.

3. LIMITAÇÕES:

As limitações com que nos deparámos decorreram fundamentalmente da heterogeneidade na concepção e actuação face ao fenómeno que esta problemática comportamental para o funcionamento das estruturas escolares, eventualmente acrescida dos diferentes níveis e disciplinas leccionados. Não obstante foi possível reunir elementos que possibilitaram, de certa forma, a discussão que levou ao consenso em volta da preocupação comum e permitiu encontrar se não todas muitas das respostas pretendidas.

Devemos igualmente referir, aquando da realização dos questionários das dificuldades encontradas, a produção de questões adequadas aos dois níveis de ensino estudados, com vista a encontrar pontos comuns de análise que permitissem resultados que conduzissem a uma resposta mais objectiva e por isso concretizável.

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I

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

Situada no litoral do maior concelho algarvio – Loulé – Quarteira é uma das freguesias cuja população está, maioritariamente, ligada ao turismo através das várias actividades que desenvolve. Deste modo, as indústrias da construção civil e a hoteleira, o comércio e a actividade piscatória assumem particular relevância em termos de ocupação da sua população activa.

Com a criação da Lusotur a freguesia conheceu um desenvolvimento turístico que modificou por completo a localidade: a construção civil ganhou vivacidade para responder ao mercado turístico, o que trouxe nova mão de obra, nomeadamente, africana e de outras regiões do país.

Este surto foi acompanhado por uma maior oferta em todos os serviços relativos a esta área: hotelaria, restauração, diversão e outros.

A partir de 1975, com a descolonização e com o acentuar da guerra civil angolana retornam as populações de origem portuguesa e muitos refugiados de etnia negra. Estes procuram o nosso país e a região de clima mais quente – o Algarve.

Esta nova realidade teve influência na vida de Quarteira. Pois se a enriquece, com as suas diferenças multiculturais, pode também trazer novos problemas à «pacata aldeia» piscatória.

Por outro lado, o desordenamento urbanístico não permitiu o planeamento de espaços verdes, a ocupação de tempos livres não foi suficientemente apoiada e a preocupação cultural tem sido mais visível nos últimos anos.

Esta população, que quase quadruplicou em 20 anos, tem ocupado o espaço físico anárquico do urbanismo turístico onde se tem desenvolvido uma liberalização de pensamento e costumes. É nesta heterogeneidade semelhante à existente nas grandes cidades cosmopolitas que tem vindo a decorrer a vida de Quarteira.

Por essa razão, foi moroso o enraizamento e as relações sociais são limitadas pelas novas realidades: o turismo e a sazonalidade. Assim, os jovens são pouco acompanhados e as suas motivações para o estudo são limitadas, pois sabem que durante cerca de quatro meses têm trabalho na área do turismo, onde podem ganhar alguma independência económica, passando a escola a ter a função de os ocupar durante o Inverno.

Nos últimos anos, verificou-se um surto migratório proveniente de países asiáticos e da antiga União Soviética. Muitos destes casos são clandestinos ou são marcados pela instabilidade profissional, agravados pela dificuldade de integração decorrente deste êxodo. No entanto, as escolas desta cidade têm estado atentas proporcionando a melhor integração possível.

Sendo uma cidade com uma história caracterizada pela hospitalidade a estranhos de outras regiões do país ou do globo, o Poder Local e a Junta de Freguesia desenvolveram

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esforços no sentido de criar condições de integração a esse constante fluxo migratório, nomeadamente, através da construção de bairros sociais, de um centro comunitário, permitindo apoio às famílias mais carenciadas, do desenvolvimento/apoio do desporto local através dos clubes/associações, entre outras iniciativas. Por último, se há uns anos atrás a população estudantil tinha que se deslocar a Loulé para completar os seus estudos, ou conviver com escolas super lotadas, hoje Quarteira dispõe de um parque escolar que satisfaz as necessidades da comunidade, muito embora na área do Pré- Escolar a cidade ainda manifeste grandes carências. Esperamos que a construção do novo Jardim Escola ( a inaugurar em Setembro), venha a colmatar algumas dessas necessidades e permitir que todos os jovens tenham acesso a esse espaço, preparando-os melhor para a sua vida escolar.

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Inaugurada em 1985, esta escola conta com uma experiência/história de acompanhamento da localidade que lhe permite, dentro das suas capacidades, a melhor integração/preparação possível dos alunos.

Devido ao meio onde estava integrada, em 1996, tornou-se escola sede do Território Educativo de Intervenção Prioritária de Quarteira, com o intuito de dar resposta às carências evidenciadas pelos alunos.

Embora alguns professores tenham optado por esta escola como local de trabalho permanente, o corpo docente é relativamente instável.

Em resultado destas deslocações profissionais, muitos docentes provenientes de outros meios sociais/escolares têm, por vezes, dificuldades de compreensão/adaptação a esta realidade e, quando o conseguem, já o ano lectivo está a terminar, iniciando-se o processo de novo no ano seguinte com outros professores.

Todavia, é opinião generalizada que trabalhar em Quarteira é conviver com o multiculturalismo, com a riqueza das diferenças, sendo o balanço final extremamente positivo.

Na verdade, trata-se de uma escola que procura para além das actividades curriculares proporcionar um ambiente saudável entre alunos e professores. Para o efeito, realizam-se várias festas convívio, quer no Natal quer no final de ano ( Festa Africana ), criam-se clubes que, para além das actividades inerentes, procuram, através das viagens/convívio, cimentar essa relação salutar.

Por outro lado, o Desporto Escolar também tem contribuído para essa dinâmica, permitindo aos alunos, a possibilidade de praticarem desportos que muitas vezes só estão ao alcance de alguns, como é o caso do golf.

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Naturalmente que a nossa escola também se debate com os mesmos problemas das outras escolas. Problemas dentro e fora da sala de aula, currículos extensos e por vezes, pouco adaptados às necessidades dos alunos e, obviamente também, com indisciplina. Foi precisamente essa consciência que levou, a escola a apoiar este Círculo de Estudos, disponibilizando para o efeito todos os recursos materiais, acreditando que formações nesta área ajudarão, com certeza, a lidar melhor com a indisciplina na sala de aula.

CARACTERIZAÇÃO DAS TURMAS MODELO DE ESTUDO

Esta caracterização teve como base o estudo dos inquéritos ( veja-se anexo ..)

realizados pelos Directores de Turma que têm como objectivo dar a conhecer ao Conselho de Turma uma caracterização mais objectiva e detectar casos que devam ter uma atenção especial do Director de Turma. O seu preenchimento por parte dos alunos pode não ser completo deixando algumas questões por responder, nomeadamente em relação aos pais, por desconhecimento ou desinteresse.

Assim, os inquéritos analisados das turmas alvo podem apresentar uma margem de erro significativa uma vez que foram preenchidos no início do ano lectivo quando os alunos ainda não tinham conhecimento da situação que iriam encontrar. Por isso, as respostas relativas às questões escolares são baseadas em experiências de anos anteriores, não deixando, por essa razão, de terem algum grau de representatividade, como se verá adiante.

A distribuição entre o número de alunos e o número de alunas não é significativa entre as várias turmas.

Nota-se que as mães dos alunos são geralmente as suas encarregadas de educação. Nas turmas Y predominam como profissão dos pais os serviços vários. Nas turmas

X predominam a restauração e os empresários, no 2º e 3º ciclo respectivamente. Curiosamente, o nível escolar dos pais não aparece muito diferenciado nas quatro turmas.

As diferenças sobre se têm, ou não, quarto individual não se mostram conclusivas nesta análise.

A diferença entre os alunos que estudam diariamente é significativa, tendo sido apurado que nas Y. a percentagem de alunos que estudam diariamente é menor.

Na questão relativa à origem das dificuldades dos alunos, as respostas são quase uniformemente distribuídas pelas alíneas descriminadas salientando-se que nas turmasY. as cruzes são, regra geral, mais abundantes destacando-se “Não consegue perceber o professor” e “Não consegue estar atento” no 2º e 3º ciclo, respectivamente.

No 2ºciclo existe uma diferença acentuada na percentagem de alunos que frequentam a biblioteca sendo a turma Y. a que menos a frequenta. De uma maneira geral a maioria dos alunos do 3ºciclo não a frequenta.

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Se nas turmas analisadas do 2ºciclo a percentagem de alunos que já repetiram um ano escolar é idêntica, o mesmo não se passa nas turmas do terceiro ciclo sendo a decalage de 0% para 100% sendo esta última, como seria de esperar, para a turma Y..

A ocupação de tempos livres é quase uniforme sendo as actividades preferidas brincar e ouvir música, no 2º e 3º ciclo respectivamente.

II

Análise e tratamento de dados obtidos através dos questionários

CARACTERÍSTICAS DOS RESPONDENTES

2º CICLO QUADRO I Composição da amostra segundo alunos - turmas / 2º ciclo.

TURMAS

N.º de ALUNOS

X

19

Y

20

QUADRO II

Composição da amostra segundo conversas com o Encarregado de Educação.

Que temas de conversa

10

tens com o teu Enc. de Educação?

FREQUÊNCIA Turma X % Turma Y %

Televisão Futebol Escola Amigos Família / Sociedade Não respondentes

7 1 15 10 3

0

19,4 2,8 41,7 27,8 8,3

0

4 1 18 7 4

0

11,8 2,9 52,9 20,6 11,8

0

TOTAL 36 100 34 100

Através do quadro, verifica-se que, em ambas as turmas, os alunos responderam que os temas que os seus Encarregados de Educação mais falam com eles, relacionam-se com a escola e os amigos. È natural que a preocupação dos pais seja a vida escolar dos filhos, bem como as suas amizades.

QUADRO III Amostra segundo o gosto pelas actividades na escola.

O que mais gostas de fazer na Escola?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Actividades desportivas Convívio / brincar Aprender Não respondentes

5 12 8

0

20 48 32

0

4 14 6

0

16,7 58,3

25 0

TOTAL 25 100 24 100

Verifica-se que a maioria dos alunos vê a escola, acima de tudo, como um local de

convívio. De facto, são várias as razões que explicam esta situação. São poucos os espaços verdes onde os jovens possam confratenizar num ambiente saudável e com segurança. Além disso, as habitações em Quarteira são sobretudo apartamentos onde as relações entre vizinhos são impessoais. Paralelamente, a maioria das mães trabalha (por turnos) e são raras as avós que possam cuidar dos seus netos.Deste modo, tornou-se muito difícil para os alunos conviverem fora da escola.

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Aliás, é frequente os alunos entrarem na escola logo de manhã, embora só tenham aulas a tarde. É na escola que brincam, brigam,comem e, fundamentalmente, aprendem. QUADRO IV Amostra segundo frequência de diálogo entre pais/alunos sobre o quotidiano da escola.

O teu Enc. de Educação pergunta-te como correu o dia na escola?

FREQUÊNCIA

Turma X % TurmaY %

Nunca Às vezes Sempre Não respondentes

1 9 9 0

5,2 47,4 47,4

0

1 7 12

0

5 35 60

0

TOTAL 19 100 20 100

De acordo com as respostas do quadro, poder-se-á concluir que a maioria dos

Encarregados de Educação preocupa-se em saber como correu o dia na escola. Se relacionarmos estas respostas com as do quadro II, verificamos que estamos em presença de Encarregados de Educação que acompanham razoavelmente a vida escolar dos seus educandos. Contudo, veja-se, a seguir, as respostas do quadro VI e, talvez, possamos inferir que as respostas são um pouco contraditórias. QUADRO V Amostra segundo frequência de diálogo com os Encarregados de Educação acerca do comportamento .

Costumas contar ao teu Encarregado de Educação quando não te portas bem?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Nunca Às vezes Sempre

1 12 6

5,3 63,1 31,6

1 16 3

5 80 15

12

Não respondentes

0 0 0 0

TOTAL 19 100 20 100

Verifica-se que estes alunos, em geral, são razoavelmente “honestos” com os seus Encarregados de Educação. De facto, tendo em conta as suas idades, é natural que, muitas vezes, adaptem as versões dos factos em função dos seus interesses.Veja-se, mais à frente, as respostas do quadro VIII. QUADRO VI a) Amostra segundo o apoio escolar dado pelos Encarregados de Educação.

O teu Encarregado de Educação ajuda-te a fazer os trabalhos de casa?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Não Sim Não respondentes

6 13

0

31,6 68,4

0

13 7

0

65 35

0

TOTAL

19

100

20

100

b) Amostra relativa aos apoios escolares dos alunos que responderam "não".

Se respondeste "não", então quem te ajuda?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

13

Irmão / Irmã Familiar Vizinho Amigos Prof. de *APA / *S. E. Explicador Ninguém

2 0 0 0 0 2 2

33,3 0 0 0 0

33,3 33,3

1 0 0 0 1 1 10

7,7 0 0 0

7,7 7,7 76,9

TOTAL 6 100 13 100

*Apoio Pedagógico Acrescido e Sala de Estudo Tendo em conta a análise dos dados de ambas as turmas, podemos concluir que: os alunos da turma X têm mais apoio que os seus colegas; a maioria dos alunos da turma Y não tem ajuda de ninguém e, infelizmente, também não a procura na escola. Estes resultados poderão exprimir, de alguma forma, a diferença de aproveitamento nestas duas turmas. QUADRO VII Amostra segundo a postura dos alunos de acordo com as expectativas dos Encarregados de Educação.

Costumas fazer o que o teu Enc. de Educ. te pede?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Nunca Às vezes Sempre Não respondentes

1 8 10

0

5,3 42,1 52,6

0

0 9 11

0

0 45 55

0

TOTAL

19

100

20

100

Através da análise do quadro VII, verifica-se que a maioria dos alunos, quer os da

turma X, quer os da turma Y, reconhece que faz o que o Encarregado de Educação lhe pede. QUADRO VIII

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Amostra segundo a reacção do Encarregado de Educação quando o aluno se “ porta mal”

Quando fazes alguma asneira, o teu Enc. de Educação:

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Bate-te Castiga-te Grita contigo Conversa calmamente Não faz nada Não respondentes

4 6 3 6 0 0

21

31,6 15,8 31,6

0

0

3 3 3 11 0

0

15 15 15 55 0

0

TOTAL 19 100 20 100

Verifica-se, neste quadro, que os pais dos alunos da turma X, perante uma “asneira”

dos seus filhos, reagem de uma forma mais “expressiva”. Pelo contrário, os Encarregados de Educação dos alunos da turma Y optam pelo diálogo. Contudo, a turma com mais problemas de indisciplina é a turma Y (veja-se os quadros IX e XI).

QUADRO IX a) Amostra relativa ao número de faltas de comportamento do aluno.

Na escola já tiveste alguma(s) falta(s) de mau comportamento?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Não Sim Não respondentes

15 4

0

78,9

21,1

0

5 15

0

25 75

0

TOTAL 19 100 20 100

b)

15

Amostra relacionada com os alunos que responderam "sim" à resposta anterior.

Se disseste "sim", qual foi o motivo?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y % Estar a falar com outro colega Ter respondido mal ao professor Ter respondido mal a um colega Estar constantemente a perturbar a aula Por não querer tirar o boné Por não querer tirar a pastilha elástica Por ter sujado o meu lugar Não respondentes

3 0 1 0 0 0 0

0

75 0 25 0 0 0 0

0

9 4 2 0 0 0 0

0

60

26,7 13,3

0 0 0 0 0

TOTAL 4 100 15 100

Através da análise do quadro IX a), verifica-se que na turma X só 21,1% dos alunos

reconhece ter tido faltas de comportamento cujo motivo prende-se essencialmente com atritos entre colegas. Na turma Y, a maioria dos alunos (75%) afirma ter tido faltas por mau comportamento pelo facto de “estar a falar com outro colega” (60%) e “ter respondido mal ao professor” (26,7%). QUADRO X Amostra segundo a frequência da assiduidade do Encarregado de Educação.

O teu Encarregado de Educação costuma vir à Escola falar com o *D.T. ?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Nunca Às vezes Sempre Não respondentes

3 15 1

0

15,8 78,9 5,3

0

5 12 3

0

25 60 15

0

TOTAL 19 100 20 100

* Director de Turma

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Os valores obtidos no quadro X demonstrou que os Encarregados de Educação de ambas as turmas, X e Y, costumam vir “ às vezes “ à Escola. QUADRO XI a) Amostra segundo a opinião da existência de indisciplina na turma.

Consideras a tua turma mal comportada?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Não Sim Não respondentes

1 18

0

5,3 94,7

0

0 20

0

0 100

0

TOTAL 19 100 20 100

b) Amostra segundo as razões da indisciplina.

Se "sim", na tua opinião, quais as razões? (Assinala três).

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Livros e matérias pouco interessantes Falta de espaço na sala de aula Turmas com muitos alunos Falta de autoridade do professor Desinteresse pela escola Falta de regras na sala de aula Levar para a sala os problemas do intervalo Não respondentes

3 0 4 4 16 10 20

0

5,3

0 7 7

28,1 17,5 35,1

0

9 2 5 6 17 6 15

0

15

3,3 8,4

10 28,3

10 25

0

TOTAL 57 100 60 100

Através do Quadro XI a) é interessante verificar que:

17

- os alunos de ambas as turmas consideram-nas “mal comportadas”. Curiosamente, os professores não consideram a turma X “mal comportada”. Sem dúvida, os professores utilizam parâmetros de mau “comportamento” mais tolerantes.

- Em ambas as turmas,os alunos apontam como principais razões de indisciplina o

facto de os alunos transportarem para dentro da sala de aula os problemas vividos no recreio e o desinteresse pela escola.

Docentes QUADRO XII Composição da amostra segundo Ano / Turma / Professores.

TURMAS

Nº de PROFESSORES

X

10

Y

10

QUADRO XIII Composição da amostra segundo a definição das regras de conduta na sala de aula.

No início do ano lectivo definiste regras de conduta na sala de aula?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Não Sim Não respondentes

0 10

0

0 100

0

0 10

0

0 100

0

TOTAL

10

100

10

100

18

Através do quadro, verifica-se que os professores de ambas as turmas, X e Y, foram unânimes em responder que definiram regras de conduta no início do ano lectivo. QUADRO XIV Amostra sobre a colaboração dos alunos na definição das regras.

A definição das regras de conduta na sala de aula teve a colaboração dos alunos?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Não Sim Não respondentes

5 5 0

50 50

0

5 5

0

50 50

0

TOTAL

10

100

10

100

Mediante a observação do quadro, é possível registar que apenas 50% dos professores dizem ter definido regras de conduta na sala de aula com a colaboração dos alunos. Os restantes responderam que defeniram regras sem a colaboração dos alunos. QUADRO XV Amostra segundo o cumprimento das regras.

Fá-las cumprir? FREQÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Nunca Às vezes Sempre Não respondentes

0 2 8 0

0 20 80

0

0 5 5

0

0 50 50

0

19

TOTAL

10 100 10 100

Através deste quadro, regista-se que a maioria dos docentes, na turma X, respondeu que faz cumprir as regras dentro da sala de aula. Por sua vez, na turma Y, apenas 50% diz fazer cumprir as regras estipuladas. Estes resultados são relativamente ambiguos, quando comparados com os resultados do quadro VIII que apontam como «ausência de regras » a principal causa de indisciplina na turma Y.

QUADRO XVI Amostra segundo a influência da experiência profissional na prevenção da indisciplina.

Consideras que a experiência profissional ajuda na prevenção da indisciplina na sala de aula?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Não Sim Não respondentes

0 10

0

0 100

0

0 10

0

0 100

0

TOTAL

10

100

10

100

Os docentes de ambas as turmas foram unânimes em responder que consideram a experiência profissional como uma « mais valia » na prevenção da indisciplina na sala de aula.

QUADRO XVII Amostra segundo os comportamentos indisciplinados.

Assinala cinco comportamentos indisciplinados que tens na turma.

FREQUÊNCIA

20

Turma X % Turma Y %

-Não está atento -Fala com os colegas -Recusa a actividade -Responde de modo incorrecto -Provoca conflitos -Não acata as chamadas de atenção -Sai do lugar sem autorização -Corrige o prof. quando este falha -Utilização indevida do material -Não respondentes

6 7 3 5 9 4 5 0 0

0

15.4 17.9 7.7 12.8 23.1 10.3 12.8

0 0 0

4 8 6 6 8 7 3 0 1

0

9.3 18.6 14.0 14.0 18.6 16.3 7.0

0 2.2

0

TOTAL

39

100

43

100

Através dos dados recolhidos no quadro VI, podemos hierarquizar por ordem decrescente os principais comportamentos indisciplinados para os docentes da turma X :

- Provoca conflitos (23,1 %); - Fala com os colegas (17,9 %); - Não está atento (15,4 %); - Responde de modo incorrecto / Sai do lugar sem autorização (12,8% cada); - Não acata as chamadas de atenção (10,3 %).

Para os docentes da Turma Y são:

- Fala com os colegas / Provoca conflitos (18,6% cada); - Não acata as chamadas de atenção (16,3 %); - Responde de modo incorrecto / Recusa a actividade (14% cada); - Não está atento (9,3 %); - Sai do lugar sem autorização (7 %).

21

QUADRO XVIII Amostra segundo a atitude adoptada perante os comportamentos do quadro anterior.

Assinala 3 atitudes que costumas tomar perante os comportamentos atrás indicados.

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

- Colocas o aluno fora da sala de aula

- Gritas com o aluno

- Marcas falta mas o aluno fica na aula - Participas ao D.T. -Participas ao Orgão de Gestão -Participas ao E.E./Caderneta aluno -Falas em privado com o aluno -Confrontas o aluno com a turma -Pedes relatório da ocorrência feito pelo aluno

-Não respondentes

1 2 4 6 0 5 5 6 0

0

3.5 6.9 13.8 20.7

0 17.2 17.2 20.7

0

0

0 0 7 6 0 7 10 2 0 0

0 0

21.9 18.8

0 21.9

31.2 6.2

0 0

TOTAL

29

100

32

100

Com base nos dados do qudro VII verifica-se que os docentes da Turma X tomam várias atitudes perante os comportamentos indisciplinados dos alunos, nomeadamente, participação ao D.T. ou ao Encarregado de Educação e procuram dialogar. Curiosamente apenas um docente afirma que coloca o aluno fora da sala de aula.

Por sua vez, os docentes da turma Y optam maioritariamente para o diálogo em privado. As restantes estratégias não diferem muitos dos colegas da turma X.

22

QUADRO XIX Amostra segundo a opinião dos factores de indisciplina.

Assinala na tua opinião, as quatro principais razões que levam à indisciplina na sala de aula.

FREQUÊNCIA Turma X % Turma Y %

- Manuais - Falta espaço/sala - Ausência de regras - Má organização/aula - Falta de interesse - Falta de uniformização na aplicação das regras - Estratégias desadequadas - Falta de hábitos de trabalho - Levar p/aula conflitos do exterior - Levar p/aula conflitos familiares - Não respondentes

0 0 8 3 5 3 2 5

10 2 0

0 0

21.0 7.9 13.1

7.9 5.3 13.1 26.4 5.3

0

0 0 10 4 7

2 0 5 9 2

0

0 0

25.6 10.3 18.0

5.1

0 12.8 23.1 5.1

0

TOTAL

38

100

39

100

De acordo com a leitura dos dados fornecidos pelo quadro VIII, a maioria dos professores, de ambas as turmas, evidenciam como as três principais razões geradoras de comportamentos indisciplinados as seguintes :

- Transposição dos conflitos do exterior para a sala de aula; - Ausência de regras; - Falta de interesse pelas actividades lectivas. É curioso verificar que a "ausência de regras" seja assinalada como sendo um dos

principais motivos que levam à indisciplina na sala de aula, quando, por unanimidade, os

23

docentes dizem definir regras de conduta na sala de aula, no inicio do ano lectivo (ver Quadro II), embora nem todos as façam cumprir.

QUADRO XX Amostra da adopção de medidas face a situações de indisciplina.

Que atitude preventiva adoptas quando te apercebes de uma situação de indisciplina?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Mantém calma/diálogo Impõe autoridade Não respondentes

9 1 0

90 10

0

9 0

1

90 0

10

TOTAL

10

100

10

100

Os resultados do quadro IX revelam que a postura dos professores, relativamente a

situações de indisciplina é, sobretudo, de diálogo.

24

CARACTERÍSTICAS DOS RESPONDENTES

QUADRO XXI

Composição da amostra segundo ano turma / Encarregados de Educação

TURMAS

ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

X

19

Y

20

Composição da amostra segundo ano turma / Encarregados de Educação

TURMAS

ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

X

20

25

Y

20

2ºCICLO

QUADRO XII Composição da amostra do modo como são aproveitadas as conversas em conjunto.

Quando está com o seu educando sobre o que falam?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Escola Amigos Televisão Família/sociedade Não respondentes

18 1 14 5

0

47.4 2.6 36.8 13.1

0

16 10 3 6

3

50,0

26,3 7,9

15,8

7,9

TOTAL

38

100

38

100

Através deste quadro, não restam dúvidas que, quer para alunos, quer para Encarregados de Educação, o principal tema de conversa é sobre a escola.

26

QUADRO XXIII Amostra do diálogo acerca do quotidiano na escola

Quando o seu educando chega a casa no final do dia, pergunta-lhe como correu o dia?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Nunca Às vezes Sempre Não respondentes

0 6 13

0

0

31.6 68.4

0

1 2 14

3

5 10

70,0

15

TOTAL

19

100

20

100

A maioria dos Encarregados de Educação de ambas as turmas responde que se interessa “sempre” pela vida escolar dos seus educandos.

QUADRO XXIV Amostra segundo o acompanhamento à escola/outras actividades

Costuma acompanhá-lo à escola / outras actividades?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Nunca Às vezes Sempre Não respondentes

2 10

7 0

10.6 52.6 36.8

0

2 7 8

3

10,0 35,0 40,0

15,0

TOTAL

19

100

20

100

27

Os Encarregados de Educação da turma X referem que acompanham os seus educandos “às vezes” (52.6%), enquanto a maioria dos da turma Y responde “sempre” (40%). Numa leitura mais generalizada, podemos inferir que os Encarregados de Educação de ambas as turmas se interessam pelas actividades dos seus educandos QUADRO XXV Amostra segundo a participação na vida escolar

Desloca-se à escola? FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Nunca Quando é convocado Por iniciativa própria Não respondentes

1 11 7

0

5.3 57.9 36.8

0

1 12 4

3

5,0 60,0 20,0

15,0

TOTAL

19

100

20

100

A maioria dos Encarregados de Educação de ambas as turmas refere que se desloca à escola unicamente quando convocado. QUADRO XXVI Composição da amostra de acordo com os comentários que os alunos fazem da escola.

Que comentários o seu educando faz sobre a escola?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Gostar da escola Não gostar da escola

0 0

0 0

5 1

20,0 4,0

28

Não gostar da turma Segurança Infra-estrutura /sala Actividades lectivas Convívio/festa Sobre os colegas Professores/atitudes Não respondentes

0 0 5 3 0 8 9 4

0 0

17.3 10.3

0 27.6 31.0

13.8

1 3 1 0 1 1 3

9

4,0 12,0 4,0 0,0 4,0 4,0 12,0

36,0

TOTAL

29

100

25

100

De acordo com as respostas dadas pelos Encarregados de Educação, podemos verificar que:

• os alunos da turma X fazem comentários sobre: - Professores/Atitudes (31%) - sobre colegas (27.6%) - infra-estrutura/sala (17.3%)

• os alunos da turma Y fazem comentários sobre:

- Gostar da Escola (20%) - Segurança (12%) - Professores/Atitudes (12%)

Contudo é curioso verificar que 36 % dos Encarregados de Educação da turma Y não responderam a esta pergunta. QUADRO XXVII Amostra segundo a realização dos trabalhos de casa

29

Quando o seu educando chega a casa no final do dia faz os trabalhos de casa?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Nunca Às vezes Sempre Não respondentes

1 4 14

0

5.3 21.1 73.6

0

0 6 11

3

0

30,0 55,0

15,0

TOTAL

19

100

20

100

De acordo com as respostas deste quadro, a maioria dos Encarregados de Educação responde que os seus Educandos fazem “sempre” os trabalhos de casa. QUADRO XXVIII Amostra sobre a atitude dos Enc. de Educação face aos comentários dos educandos

Que atitude toma quando o seu educando diz ter tido um conflito com um professor?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Concorda/educando Discorda /educando Comunica escrito/prof. Procura ouvir/professor Não respondentes

2 3 0 13

1

10.5 15.8

0 68.4

5.3

2 3 0 12

3

10,0 15,0 0,0 60,0

15,0

TOTAL

19

100

20

100

Em ambas as turmas os Encarregados de Educação dizem que procuram ouvir os professores quando os seu educandos dizem ter tido um conflito com um professor na escola.

30

QUADRO XXIX Amostra sobre o cumprimento de regras em casa.

O seu educando cumpre as regras impostas em casa?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Nunca Às vezes Sempre Não respondentes

1 11 7

0

5,3

57,9 36,8

0

0 10 7

3

0,0 50,0 35,0

15,0

TOTAL

19

100

20

100

A maioria dos Encarregados de Educação de ambas as turmas respondeu que o seu educando cumpre “às vezes” as regras impostas em casa. QUADRO XXX Composição da amostra de acordo com atitudes face ao não cumprimento de regras.

Quando o seu educando não cumpre as regras em casa, o que faz?

FREQUÊNCIA

Turma X % Turma Y %

Nada Chama atenção/diálogo Ralha Castiga Bate Não respondentes

3 8 0 8 0 0

15.8 42.1 0,0 42.1

0

0

0 3 5 6 2

4

0,0

15,0 25,0 30,0 10,0

20,0

TOTAL

19

100

20

100

31

Quando os educandos não cumprem as regras em casa, os Encarregados de Educação da Turma X dividem-se quanto à atitude que tomam:

• “chama a atenção e dialoga” (42,1%) • “castiga o seu filho” (42,1%)

Relativamente à turma Y, um percentual significativo de Encarregados de Educação utiliza o castigo quando os educandos não cumprem as regras em casa.

3º CICLO QUADRO XXXI Composição da amostra segundo ano turma / Alunos

TURMAS

N.º de ALUNOS

X

22

Y

20

QUADRO XXXII Composição da amostra segundo os comportamentos e atitudes considerados como indisciplinados Assinala as atitudes/

FREQUÊNCIA

32

comportamentos que consideras «actos de indisciplina»

Turma X Turma Y % %

Levantar-se sem autorização Estar na conversa com os colegas Ser indelicado com colegas ou professores Chegar tarde à aula Intervir inoportunamente na aula Agredir fisicamente os colegas Não respondentes

11

4

18 3 9 20 0

17

6

28

5

14

30

0

9

12

15

5

14

15

0

14

17

21

7

20

21

0 TOTAL

65

100

70

100

Analisando o quadro XXXII, verificamos que ambas as turmas apontaram como «actos de indisciplina» a agressão física e a indelicadeza para com colegas e professores; no entanto, na turma Y regista-se uma percentagem equitativa em relação às várias atitudes/comportamentos indicados, o que reflecte a noção dos factores perturbadores de uma aula por parte dos alunos; saliente-se ainda o facto da turma X não considerar o estar na conversa com os colegas como um acto de indisciplina, o que contrasta com a opinião da turma Y . QUADRO XXXIII Amostra segundo a opinião de existência de indisciplina na turma Achas que existe indisciplina na turma?

FREQUÊNCIA

turma X % turma Y %

Sim Não

0

22

0

100

18 2

90

10

33

Não respondentes

0

0

0

0

TOTAL

22

100

20

100

De acordo com os dados, concluímos que ambas as turmas estão conscientes do nível de indisciplina, sendo inexistente na turma X e elevado na turma Y. Esta constatação da turma Y permite-nos deduzir que a construção de estratégias de prevenção de indisciplina serão profícuas. QUADRO XXXIV Amostra segundo as causas do comportamentos indisciplinados As causas de comportamentos indisciplinados são:

FREQUÊNCIA turma X % turma Y %

Professores Alunos Família Matérias Outros Não respondentes

11 13 10 4 4 0

26 31 23

10 10 0

9 17 3 4 1 0

27 49 9 12 3 0

TOTAL

42

100

35

100

Na opinião de ambas as turmas, os alunos são a principal causa veiculadora de indisciplina mas é atribuído também um papel fundamental aos professores. A turma X indica também a família como desencadeadora da indisciplina; a turma Y regista que os contéudos têm um papel mais importante do que o ambiente familiar no aparecimento de comportamentos desviantes. QUADRO XXXV Amostra segundo comportamento pessoal como indisciplinado Consideras o teu comportamento

FREQUÊNCIA

34

indisciplinado? Turma X % turma Y % Nunca Raramente Ocasionalmente Habitualmente Sempre Não respondentes

11 5 6 0 0 0

50 23 27 0 0 0

2 6 10 2 1 0

10 29 48 9 4 0

TOTAL

22

100

21

100

Os dados recolhidos no quadro XXXV reflectem que na turma X a maioria dos alunos nunca ou raramente são indisciplinados; quanto à turma Y , a maioria dos alunos considera o seu comportamento como ocasionalmente perturbador, depois de no quadro XXXIII praticamente todos eles terem afirmado existir indisciplina na turma e no quadro XXXIV terem assinalado como principal causa de indisciplina os alunos. Constate-se assim, que esta atitude reflecte que estes alunos desculpabilizam da maioria dos comportamentos indisciplinados.

QUADRO XXXVI Amostra segundo frequência de diálogo com o Encarregado de Educação acerca do comportamento Costumas falar com o teu Encarregado de Educação sobre o teu comportamento?

FREQUÊNCIA turma X % turma Y %

Nunca Às vezes Sempre Não respondentes

4

12 6 0

19 55 26 0

5 11 4 0

25 55 20 0

TOTAL

22

100

20

100

A análise dos dados disponíveis referentes a este quadro, permite verificar que maioritariamente os alunos dialogam com os seus encarregados de educação sobre o comportamento. Todavia, é preocupante quando na turma Y um quarto dos alunos diz nunca falarem com os encarregados de educação sobre o assunto.

35

QUADRO XXXVII Amostra segundo a frequência de contacto entre Encarregado de Educação e Director de Turma O teu Encarregado de Educação costuma vir à escola falar com o teu Director de Turma?

FREQUÊNCIA Turma X % turma Y %

Nunca Às vezes Sempre Não respondentes

2

14 6 0

9 64 27 0

2 10 8 0

10 50 40 0

TOTAL

22

100

20

100

Feita a leitura do quadro XXXVII, verificámos que a maioria dos encarregados de educação vem à escola , o que denuncia uma preocupação em participar na vida escolar dos seus educandos.

QUADRO XXXVIII Composição da amostra segundo a influência dos comportamentos alheios indisciplinados sobre o comportamento pessoal És influenciado pelo comportamento indisciplinado dos teus colegas?

FREQUÊNCIA turma X % turma Y %

Nunca Raramente Ocasionalmente Habitualmente Sempre Não respondentes

8

12 0 0 2 0

36 55 0 0 9 0

6 5 5 4 0 0

30 25 25 20 0 0

TOTAL

22

100

20

100

36

Ao analisarmos os dados fornecidos pelo quadro XXXVIII é possível constatar que na turma X , os alunos na sua maioria nunca ou raramente são influenciados pelos colegas; na turma Y, a maioria também considera que não é influenciada, contudo existe também uma parcela considerável que refere que ocasionalmente ou mesmo habitualmente é influenciável. QUADRO XXXIX Amostra segundo o perfil do professor A maioria dos professores é:

FREQUÊNCIA

turma X % turma Y %

Permissivo Compreensivo Autoritário Não respondentes

7

13 2 0

32 59 9 0

1 9 10 0

5

45 50 0

TOTAL

22

100

20

100

A leitura dos dados do quadro XXXIX permite no mínimo definir como curioso o fatos de perante os mesmos professores, a maioria da turma x classificá-los como compreensivos e a da turma y como autoritários. QUADRO XL Amostra segundo o perfil ideal do professor O professor(a) ideal na sala de aula é:

FREQUÊNCIA turma X % turma Y %

Autoritário(a) Compreensivo(a) Permissivo(a) Não respondentes

0

17 5 0

0 77 23 0

1 2 14 0

6

12 82 0

37

TOTAL

22

100

17

100

Segundo a amostra acerca do perfil ideal do professor é notória a diferença de opinião entre as duas turmas. Assim, enquanto 82% da turma Y assinala como ideal o professor que é permissivo, 77% da turma X considera que a principal qualidade de um professor deverá ser a compreensão. QUADRO XLI Amostra segundo atitudes do(a) professor(a) perante alunos indisciplinados O(a) professor(a) perante alunos indisciplinados deve tomar as seguintes atitudes:

FREQUÊNCIA turma X % turma Y %

Chamar a atenção do(a) aluno(a) Marcar falta de presença e comunicar ao Director de Turma Ignorar Expulsar da sala de aula Marcar um trabalho suplementar Comunicar ao Encarregado de Educação através da caderneta Dialogar com o(a) aluno(a)

14 5

4 4 4

13

16

23

8

7 7

7

22

26

14

5

7 5

5

2

17

25 9

13 9 9 4

31

TOTAL

60

100

55

100

O quadro XLI é bem revelador do que a maioria dos alunos pretende de um professor perante a ocorrência de um comportamento indisciplinado uma vez que a maioria de ambas

38

as turmas aponta o diálogo como principal solução para a resolução dessa situação. No entanto, é curioso sublinhar que enquanto 22% da turma X dá importância ao facto de numa situação destas o professor comunicar com o encarregado de educação e apenas 4% da turma Y dá alguma importância a esse conctacto. QUADRO XLII Composição da amostra segundo ano – turmas/Professores.

TURMAS

N.º de PROFESSORES

X

10

Y

10

QUADRO XLIII Composição da amostra segundo o critério de disciplina na sala de aula

Um ambiente disciplinado na sala de aula, para ti é:

FREQUÊNCIA 8ºX % 8ºY %

Silêncio total,só o professor é que fala; Os alunos só falam quando têm autorização; Os alunos conversam esporadicamente entre si; Os alunos falam todos ao mesmo tempo

0 2 6 0

0

20

60

0

0

3

6

0

0

33

77 0

39

Não respondentes

2 20 0 0

TOTAL

10

100

9

100

Os resultados do quadro XLIII revelam que um ambiente disciplinado para a maioria dos professores das turmas corresponde aos alunos conversarem esporadicamente entre si. Apenas uma minoria, em ambas as turmas, considera que os alunos só devem falar quando autorizados.

QUADRO XLIV Composição da amostra segundo o nível de indisciplina na turma

Na turma, o nível de indisciplina é:

FREQUÊNCIA 8ºX % 8ºY %

Elevado Médio Baixo Inexistente

0 0 5 5

0

0

50

50

5

4

0

0

55

45

0 0

TOTAL

10

100

9

100

O quadro XLIV é indicador que na turma X o nível de indisciplina é baixo ou inexistente e na turma Y, ao contrário, é elevado ou médio, que vai ao encontro daquilo que os alunos responderam. QUADROS XLV Composição da amostra segundo as causas que contribuem para a indisciplina por ordem crescente Turma X

40

Causas Espaço % Nº por

Tutma

% Desmot

ivação

Alunos

% Falta

autorida

de

Profess

or

% Má

prepara

ção das

aulas

% Desagre

gação

familiar

% Extensã

o dos

Progra

mas

%

1 1 14 1 17 2 22 3 50 0 0 0 0 2 32

2 2 29 0 0 2 22 0 0 2 29 1 13 1 17

3 0 0 1 17 2 22 0 0 0 0 3 37 1 17

4 2 29 1 17 0 0 0 0 3 43 1 13 0 0

5 0 0 2 32 0 0 1 17 1 14 2 24 0 0

6 1 14 0 0 1 12 2 33 0 0 1 13 1 17

7 1 14 1 17 2 22 0 0 1 14 0 0 1 17

TOTAL 7 100 6 100 9 100 6 100 7 100 8 100 6 100

Turma Y

Causas Espaço % Nº por

Tutma

% Desmot

ivação

Alunos

% Falta

autorida

de

Profess

or

% Má

prepara

ção das

aulas

% Desagre

gação

familiar

% Extensã

o dos

Progra

mas

%

1 0 0 0 0 5 56 1 14 0 0 1 11 2 29

2 3 43 1 13 0 0 1 14 1 14 3 34 0 0

3 0 0 0 0 1 11 1 14 2 29 2 22 1 14

4 2 29 2 29 0 0 0 0 3 43 0 0 0 0

5 1 14 2 29 0 0 2 29 0 0 1 11 1 14

6 1 14 0 0 1 11 2 29 0 0 2 22 1 14

7 0 0 2 29 2 22 0 0 1 14 0 0 2 29

TOTAL 7 100 7 100 9 100 7 100 7 100 9 100 7 100

Os dados recolhidos no quadro XLV, permitem-nos chegar à conclusão que na turma X a principal causa da indisciplina é a falta de autoridade do professor , seguida da extensão dos programas; ao invés na turma Y é referido como factor desencadeador de indisciplina a desmotivação dos alunos, seguida do espaço físico e da desagregação familiar.

41

Quadro XLV Amostra da reacção a casos de indisciplina Na presença de um caso de indisciplina a tua reacção é:

FREQUÊNCIA turma X % turma Y %

Gritar Dialogar com o aluno Comunicar ao Director de Turma Comunicar com o Encarregado de Educação através da caderneta Exigir um trabalho suplementar Outras Não respondentes

3 9 6 2 1 0 0

14

43

29

10

4

0

0

3

8

5

1

1

0

0

17

43

28 6 6 0 0

TOTAL

21

100

18

100

Mediante a observação do quadro XLVI, é possível registar que em ambas as turmas, a reacção do professor perante um caso de indisciplina é de recorrer ao diálogo, seguido de comunicação ao director de turma. As restantes atitudes registadas são pouco frequentes.

42

Quadro XLVII Amostra segundo a definição de regras, no início do ano lectivo

No início do ano lectivo defines com os alunos um conjunto de regras a seguir ao longo do ano?

FREQUÊNCIA turma X % turma Y %

Sim

Não

10 0

100

0

9

0

100

0

TOTAL

10

100

9

100

A amostra do quadro XLVII demonstra claramente que a totalidade dos professores define com os alunos um conjunto de regras a seguir ao longo do ano lectivo. Quadro XLVIII Amostra segundo a formação académica, como ajuda para resolver problemas de indisciplina

Consideras que a tua formação académica te ajuda a resolver problemas de indisciplina?

FREQUÊNCIA turma X % turma Y %

Sim Não Não respondentes

1 9 0

10

90

0

1

8

0

11

89

0

43

TOTAL

10 100 9 100

Com base nos dados do quadro XLVIII, a maioria dos respondentes considera que a sua formação académica não lhe dá quaisquer preparação para resolver problemas de indisciplina.

Quadro XLIX Amostra segundo a planificação prévia das aulas

Planificas as tuas aulas previamente?

FREQUÊNCIA

turma X % turma Y %

Nunca Às vezes Quase sempre Sempre Não respondentes

0 2 1 7 0

0

20

10

70

0

0

3

1

5

0

0

33

11

56 0

TOTAL

10

100

9

100

De acordo com a leitura dos dados fornecidos pelo quadro XLIX, a maioria dos professores planifica sempre as suas aulas, havendo também casos pontuais de professores que só planificam as suas aulas às vezes.

CARACTERÍSTICAS DOS RESPONDENTES

QUADRO L Composição da amostra segundo ano turma / Encarregados de Educação

44

TURMAS

ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

X

17

Y

18

QUADRO LI Composição da amostra sobre a relação tempo/atenção necessários ao seu educando Considera que dedica o tempo e a atenção necessários ao seu educando (à sua educanda)?

FREQUÊNCIA

turma X % turma Y %

Sim

Não

Não respondentes

15

2 0

88

12

0

16

2

0

89

11

0

TOTAL

17

100

18

100

Os dados obtidos no quadro LI permitem concluir que os Encarregados de educação estão convictos que dedicam o tempo e atenção necessários ao seu educando. Não tem qualquer expressão o “não” provavelmente devido à inexistência de resposta aberta o que pode desvirtuar a imagem pretendida pelo Encarregado de educação. QUADRO LII Amostra do modo como é aproveitado o tempo em conjunto

45

Aproveitam o tempo quando estão juntos para:

FREQUÊNCIA

turma X % turma Y %

Ver televisão

Ir ao cinema Conversar Viajar Passear Outros

10

3

15 6

13 1

21

6

31

13

27

2

16

0

17

2

9

4

33

0

35 4

19 9

TOTAL

48

100

48

100

Poder-se-á concluir pela distribuição percentual do quadro LII que o tempo passado em conjunto pelo Encarregado de Educação/ educando é maioritariamente preenchido com o diálogo. Há alguma expressão, em particular na turma X, em passear, por oposição à turma Y cuja actividade é ver televisão. Sublinha-se o facto de a maioria dos inquiridos não referirem a ida ao cinema e o viajar. QUADROS LIII Amostra dos temas de conversas com o seu educando Turma X

Temas de

conversa

FREQUÊNCIA Programa

TV

% Futebol % Escola % Amigos % Outros %

1 0 0 0 0 14 82 5 31 1 11 2 1 8 0 0 3 18 9 57 2 22 3 6 46 2 18 0 0 1 6 3 34

46

4 5 38 6 55 0 0 1 6 1 11 5 1 8 3 27 0 0 0 0 2 22

TOTAL 13 100 11 100 17 100 16 100 9 100 Turma Y

Temas de

conversa

FREQUÊNCIA Programa

TV

% Futebol % Escola % Amigos % Outros %

1 4 31 1 11 12 75 3 20 5 63 2 3 23 1 11 1 6 8 54 0 0 3 2 15 3 33,5 1 6 2 13 1 12 4 4 31 3 33,5 0 0 2 13 0 0 5 0 0 1 11 2 13 0 0 2 25

TOTAL 13 100 9 100 16 100 15 100 8 100 Dos resultados obtidos no quadro LII é possível concluir que as conversas que versam a escola obtiveram a preferência de encarregados de educação e educandos. No entanto, por ordem de preferência, a turma X coloca o assunto dos amigos em segundo lugar, enquanto a turma Y aponta outros assuntos na segunda posição. Todavia, o assunto programas de TV é posicionado num modesto 4º e 5º lugares respectivamente nas turmas X e Y. Esta última situação não deixa de ser relativamente ambígua, na medida em que se ouve maioritariamente na escola conversas sobre os programas de fraca qualidade dos canais nacionais. QUADRO LIV Amostra de imposição de regras e horários ao(à) educando(a)

Impõe regras e horários ao(à) seu(sua) educando(a)?

FREQUÊNCIA

turma X % turma Y %

Sim

Não

Não respondentes

16

1 0

94

6

0

16

2

0

89

11

0

TOTAL

17

100

18

100

47

Os resultados obtidos no quadro LIV demonstram a existência de regras e horários impostos aos educandos pelos encarregados de educação. QUADRO LV

Amostra sobre o respeito das regras pelo(a) educando(a)

O(A) seu(sua) educando(a) respeita

essas regras?

FREQUÊNCIA

turma X % turma Y %

Nunca

Às vezes

Quase sempre

Sempre

Não respondentes

0 5 1

10 1

0

31

5

59

5

0

1

6

10

1

0 5

33

57 5

TOTAL

17

100

18

100

Os percentuais registados no quadro LV permitem concluir que a maioria dos educandos respeita sempre as regras estabelecidas. No entanto, a turma X apresenta uma percentagem relativamente significativa na resposta “às vezes”, enquanto a turma Y regista uma percentagem semelhante mas para a resposta “quase sempre”, curiosamente o inverso daquilo que é a realidade na sala de aula de ambas as turmas. QUADRO LVI

Composição da amostra relativa à existência de regras na escola

Na sua opinião a escola

FREQUÊNCIA

48

é um local onde há regras?

turma X % turma Y %

Sim

Não

Por vezes

Não respondentes

7 1 9 0

41

6

53

0

10

1

7

0

55

6

39

0

TOTAL

17

100

18

100

No que concerne às opiniões expressas no quadro LVI ocorrem algumas diferenças entre a turma X e a turma Y. Enquanto para a turma X a escola é um local onde há regras ocasionalmente, para a turma Y esta é um local onde elas existem sempre. No entanto, a opinião de que a escola é um local onde há regras ocasionalmente é também relevante na turma Y. QUADRO LVII Composição da amostra relativa ao contacto com o Director de Turma Costuma vir à escola:

FREQUÊNCIA

turma X % turma Y %

Habitualmente

Só quando solicitado(a)

Nunca

Não respondentes

9 8 0 0

53

47

0

0

4

11

2

1

22

61

11

6

TOTAL

17

100

18

100

49

Os valores obtidos no quadro LVII demonstram que os encarregados de educação da turma X costumam vir habitualmente à escola, enquanto os da turma Y só comparecem quando solicitados. Os dados permitem concluir que os encarregados de educação da turma Y espelham uma maior diversidade de opiniões, por oposição aos da turma X que são mais peremptórios na resposta à questão. QUADROS LVIII Composição da amostra da principal causa de indisciplina na escola Turma X

Causas da

indisciplina

FREQUÊNCIA Professor % Alunos % Família % Programas % Desrespeito

das regras %

1 0 0 2 13 4 31 1 6 10 59 2 1 6 4 27 3 23 3 19 6 35 3 6 35 6 40 1 8 2 13 0 0 4 8 47 2 13 1 8 6 37 0 0 5 2 12 1 7 4 30 4 25 1 6

TOTAL 17 100 15 100 13 100 16 100 17 100 Turma Y

Causas da

indisciplina

FREQUÊNCIA Professor % Alunos % Família % Programas % Desrespeito

das regras %

1 3 23 7 47 3 23 1 8 8 54 2 0 0 6 40 0 0 2 15 5 33 3 1 8 2 13 4 31 4 31 0 0 4 4 31 0 0 3 23 3 23 2 13 5 5 38 0 0 3 23 3 23 0 0

TOTAL 13 100 15 100 13 100 13 100 15 100 Relativamente ao quadro LVIII, os dados revelam que em ambas as turmas os encarregados de educação apontam como causa principal da indisciplina na escola o desrespeito das regras e conferem à família e alunos um destaque digno de referência. Revelam a mesma opinião em relação ao papel dos professores e programas, colocando-os nas últimas posições como causadores da indisciplina na escola.

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REFLEXÕES FINAIS

Todos dizem que o rio é violento Mas ninguém culpa as margens Que o comprimem.

(Brecht)

51

O nosso objectivo, quando iniciámos este estudo, foi tentar perceber e analisar as principais causas da indisciplina, atendendo naturalmente ao meio em que esta comunidade escolar está inserida. Obviamente, apesar de estarmos conscientes da dificuldade que há em definir o conceito “indisciplina”, pareceu-nos, no entanto, existir um consenso em designar este conceito como as situações em que se regista um conflito entre as expectativas do professor e o comportamento real dos alunos. Para nós professores era extremamente interessante perceber se as nossas aulas implicam ou multiplicam comportamentos indisciplinados, bem como aferir os resultados do sucesso/insucesso escolar desses alunos. Após a análise dos questionários, concluímos que para a maioria dos alunos a escola é, acima de tudo, um espaço de convívio. Ainda assim, para os alunos do Segundo Ciclo os maiores problemas de indisciplina relacionam-se com questões entre colegas e desinteresse pelas actividades lectivas. Já para os alunos do Terceiro Ciclo, a principal causa veiculadora da indisciplina são os alunos, mas é atribuído também um papel algo relevante aos professores. Respondem ainda que os conteúdos têm um papel mais importante do que o ambiente familiar no aparecimento de comportamentos desviantes. Finalmente, os alunos com melhor aproveitamento são os que têm mais acompanhamento familiar. Para os professores, os principais factores geradores de indisciplina, são os conflitos vividos no recreio e a sua transposição para a sala de aula, o não cumprimento de regras fundamentais para o bom funcionamento da aula, em simultâneo com a falta de autoridade do professor. A par destes factores, apontam ainda o desinteresse manifestado pelas actividades lectivas, associado, em parte, à extensão dos programas que propicia à rotina de estratégias pouco dinâmicas. Posto isto, reconhecem que a experiência profissional poderá ajudar na prevenção da indisciplina, assim como o diálogo frequente com os alunos, procurando, por exemplo, “negociar” com eles determinadas regras de comportamento. Por último, quando analisámos as respostas dos Encarregados de Educação denotámos que estes manifestam alguma preocupação pelo que se passa com os seus educandos na escola. No entanto, através da caracterização socioeconómica, pode-se perceber que estes pais, embora preocupados, têm pouco tempo para acompanhar os seus filhos e a sua formação académica também não os ajuda. Talvez por isso, procurem compensar “estas falhas” da forma “menos correcta”, isto é, quebrando muitas vezes as regras de saber estar/comportamentais. Julgamos que, possivelmente, a Área de Estudo Acompanhado poderá colmatar parte significativa desta situação tantas vezes geradora de conflitos familiares. Após termos analisado atentamente as respostas dos alunos, dos professores e dos Encarregados de Educação sentimos necessidade de reflectir sobre estes dados e apontar possíveis medidas pedagógico-didácticas que previnam a indisciplina na sala de aula. Neste contexto, privilegiámos um conjunto de acções/atitudes que podem servir para prevenir os problemas mais prementes, sem esquecer que não existem medidas padrão.

Assim sendo, julgamos que é fundamental para um bom funcionamento da aula que o professor deixe claro, nas primeiras aulas, “quem é que manda”, pois um dos problemas do ensino em geral é, sem dúvida, a falta de autoridade do professor que ocorre igualmente no

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seio familiar. Esta é uma questão bastante pertinente, a da autoridade, em que pais e professores deverão ter uma atitude de entreajuda e não como acontece vulgarmente de atribuição mútua de culpas. Esta ligação entre pais e professores é fundamental para discutirem a sala de aula na perspectiva de pensarem como ajudar os alunos na construção da disciplina.

O professor nunca deverá permitir ou desleixar a ausência de regras na sala de aula e evitar atribuir a maior fatia da responsabilidade ao aluno, relegando o seu próprio papel para segundo plano. O docente terá de fazer uma tentativa de conhecimento dos alunos para uma intervenção que se deseja diferenciada, o que poderia passar pela estabilidade do corpo docente da escola ou, por exemplo, pela realização de inquéritos em diferentes situações ao longo do ano lectivo. É necessário também controlar a extrema ansiedade de alguns professores, evitar utilizar só a voz , nomeadamente a voz alta, quando incapazes de utilizar outras capacidades para estabilizar a turma. É urgente entender que uma gestão mais adequada dos conflitos sugere uma implementação segura de estratégias que deverão assentar na valorização das capacidades intelectuais, de auto-estima e de partilha de responsabilidades. O professor deve saber valorizar sobretudo a vertente afectiva uma vez que os alunos, na sua maioria, referem que o docente deve estar sempre aberto ao diálogo com as suas turmas e, sempre que possível, deveria haver uma avaliação crítica em relação ao desempenho didáctico dos profissionais do ensino.

Os docentes devem, no seu dia-a-dia, ter sempre em mente nunca reagir a actos de indisciplina através da violência verbal e muito menos física e evitar “mandar para a rua com falta” um aluno por sistema, quando para o discente este comportamento resulta numa certa impunidade para o prevaricador, já que a falta é para ele considerada irrelevante ou ineficaz e, uma vez mais, também os inquéritos foram claros ao revelar que é bastante mais eficaz o diálogo para se resolver qualquer problema de indisciplina. Deste modo, evita-se também o excesso de comunicações feitas ao Director de Turma, sobrecarregado com trabalho, uma vez que o professor resolveria os problemas de indisciplina na sua própria sala de aula, colaborando, assim, activamente com o colega responsável pela direcção de turma. Ainda no âmbito das direcções de turma, seria importante que os órgãos de gestão das escolas reflectissem sobre a atribuição das mesmas no início de cada ano lectivo. As turmas mais problemáticas deveriam, assim, ser entregues aos professores que possuíssem maior conhecimento das mesmas, de modo a que esse conhecimento pudesse ajudar a prevenir possíveis situações de indisciplina e também servir de apoio e suporte aos colegas “novos” que trabalhem pela primeira vez com esses alunos. Relacionado com esta questão, seria também importante que os docentes com menos experiência vissem nos mais velhos a figura de possíveis conselheiros para a resolução de situações problemáticas, uma vez que a formação académica recebida nas nossas universidades não lhes fornece os instrumentos necessários para lidar com problemas desta natureza.

Parece-nos importante acrescentar ainda que também na escola deverão ser criados espaços em que os alunos possam estar a conversar, ou simplesmente estar com as pessoas sem que estejam ocupados obrigatoriamente com outra actividade qualquer, embora também seja importante a existência de clubes ou outras actividades de ocupação dos tempos livres. Hoje em dia há uma cultura do “estar ocupado” e não há momentos de ócio tão

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fundamentais para o bem estar/equilíbrio psicológico individual. Este tipo de cultura é o resultado de uma cultura “do medo”, medo de que possam estar a fazer algo de prejudicial.

Torna-se cada vez mais necessário que se implemente no currículo escolar uma área

de educação cívica e para a cidadania como um conteúdo transversal, já que na opinião de muitos alunos os próprios conteúdos das disciplinas são um dos factores geradores de indisciplina e desinteresse pela escola. Assim, se os alunos não conseguirem adquirir os conhecimentos académicos no seu todo, que a escola consiga fazer deles cidadãos activos e conscientes para construir uma sociedade melhor.

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ANEXOS

2º CICLO

EESSCCOOLLAA EE.. BB.. 22,, 33 DD.. DDIINNIISS –– QQUUAARRTTEEIIRRAA

22000000 // 22000011

QQUUEESSTTIIOONNÁÁRRIIOO AAOOSS AALLUUNNOOSS

Caros alunos, Alguns dos teus professores estão a desenvolver um trabalho sobre as relações alunos

– escola – encarregados de educação. Para que este trabalho ficasse completo, gostaríamos que respondesses a algumas

destas questões. Como se trata de um questionário anónimo, agradecíamos que respondesses com a máxima sinceridade.

1 Que temas de conversa tens com o teu Encarregado(a) de Educação? (Assinala os dois temas mais frequentes). � Televisão. � Futebol. � Escola. � Amigos. � Outros. Quais?: _______________________________________________________ 2 O que mais gostas de fazer na escola? ______________________________________________________________________ 3 O teu Encarregado de Educação pergunta-te como correu o teu dia na escola? � Nunca. � Às vezes. � Sempre.

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4 Costumas contar-lhe quando não te portas bem? � Nunca. � Às vezes. � Sempre. 5 a) O teu Encarregado de Educação ajuda-te a fazer os trabalhos de casa? � Não. � Sim. 5 b) Se respondeste «não», então quem te ajuda? � Irmão/Irmã. � Familiar. � Vizinho. � Amigos. � Professores do Apoio ou da Sala de Estudo. � Explicador. � Ninguém. 6 Quando fazes alguma asneira, o teu Encarregado(a) de Educação: � Bate-te. � Castiga-te. � Grita contigo. � Conversa calmamente contigo. � Não faz nada. 7 a) Na escola já tiveste alguma(s) falta(s) de mau comportamento? � Não. � Sim. 7 b) Se disseste «sim», qual foi o motivo? � Estar a falar com outro colega. � Ter respondido mal ao professor. � Ter respondido mal a um colega. � Estar constantemente a perturbar a aula. � Por não querer tirar o boné. � Por não querer tirar a pastilha elástica.

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� Por ter sujado o meu lugar. 8 O teu Encarregado(a) costuma vir à escola falar com o teu Director(a) de Turma? � Nunca. � Às vezes. � Sempre. 9 a) Consideras a tua turma mal comportada? � Não. � Sim. . 9b) Se «sim», na tua opinião, quais as razões?(Assinala as três razões principais). � Livros e matérias pouco interessantes. � Falta de espaço na sala de aula. � Turmas com muitos alunos. � Falta de autoridade do professor. � Desinteresse pela escola. � Falta de regras na sala de aula. � Levar para a sala de aula os problemas do intervalo.

EESSCCOOLLAA EE.. BB.. 22,, 33 DD.. DDIINNIISS –– QQUUAARRTTEEIIRRAA

22000000 // 22000011

QUESTIONÁRIO AOS PROFESSORES

Caros colegas, No âmbito do trabalho por nós a desenvolver no nosso Círculo de Estudos, vimos

pedir a tua colaboração respondendo a este questionário. Este questionário é anónimo daí apelarmos para a tua sinceridade.

1 a) No inicio do ano lectivo definiste regras de conduta na sala de aula? � Não. � Sim.

57

1 b) Se «sim», foi com a colaboração dos alunos? � Não. � Sim. 1 c) Fá-las cumprir? � Nunca. � Ás vezes. � Sempre. 2 Consideras que a experiência profissional ajuda na prevenção da indisciplina na sala de aula? � Não. � Sim. 3 Que atitude preventiva adoptas quando te apercebes de uma situação de indisciplina. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4 Um ambiente disciplinado na sala de aula para ti é: � Silêncio total, só o professor é que fala. � Os alunos só falam quando têm autorização. � Os alunos conversam esporadicamente entre si. � Os alunos falam todos ao mesmo tempo. 5 a) Assinala cinco comportamentos indisciplinados que tens na turma: � O aluno não está atento. � O aluno fala com os colegas. � O aluno recusa as actividades propostas � O aluno responde de modo incorrecto. � O aluno provoca situações de conflito. � O aluno não acata as tuas chamadas de atenção. � O aluno sai do lugar sem autorização � Outras:______________________________________________________________ 5 b) Assinala três atitudes que costumas tomar perante os comportamentos atrás indicados. � Colocas o aluno fora da sala de aula. � Gritas com o aluno. � Marcas falta, mas o aluno permanece na sala de aula. � Participas por escrito ao Director de Turma.

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� Participas ao Órgão de Gestão. � Participas ao Encarregado de Educação através da Caderneta do Aluno. � Falas em privado com o(s) aluno(s) em causa. � Confrontas o aluno com a turma. � Pedes relatório da ocorrência feito pelo aluno. � Outra: ______________________________________________________________ 6 Assinala, na tua opinião, as quatro principais razões que levem à indisciplina na sala de aula : � Manuais e programas pouco motivadores. � Falta de espaço na sala de aula. � Ausência de regras familiares. � Má organização do plano da aula. � Falta de interesse/ motivação por parte dos alunos. � Falta de uniformização na aplicação das regras. � Estratégias pouco adequadas por parte dos professores. � Falta de hábitos de trabalho. � Levar para a sala de aula conflitos gerados no seu exterior. � Levar para a sala de aula conflitos gerados no ambiente familiar. � Outra:_______________________________________________________________ 7 Na tua opinião os alunos são os únicos culpados nas situações de indisciplina? ���� Nunca. ���� Ás vezes. ���� Sempre. 8 Planificas as tuas aulas previamente? � Nunca. � Ás vezes. � Sempre.

EESSCCOOLLAA EE.. BB.. 22,, 33 DD.. DDIINNIISS –– QQUUAARRTTEEIIRRAA

22000000 // 22000011

QQUUEESSTTIIOONNÁÁRRIIOO AAOOSS EENNCCAARRRREEGGAADDOOSS DDEE EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO

Caro Encarregado de Educação,

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Somos um grupo de professores desta Escola a desenvolver um projecto de forma a melhorar a relação alunos – escola – encarregados de educação. Para que este projecto possa ir ao encontro das expectativas de todos, resolvemos elaborar um questionário anónimo a todas as partes envolvidas. Assim, apelaríamos à sua sinceridade no preenchimento do mesmo. Desde já, o nosso muito obrigado!

1 Considera que dedica o tempo necessário ao seu educando(a)?

���� Não.

� Sim. 2 Quando está com o seu educando(a), sobre o que falam? (Indique os dois temas, mais frequentes).

���� Televisão.

� Futebol. � Escola. � Amigos. �Outros. Quais?:________________________________________________________ 3 Quando o seu educando(a) chega a casa no final do dia, pergunta-lhe como lhe correu o dia? � Nunca. � Ás vezes. � Sempre. 4 Verifica a Caderneta Escolar do seu educando(a): � Nunca. � Às vezes. � Sempre. 5 Costuma acompanhá-lo à escola e/ou outras actividades? � Nunca. � Às vezes. � Sempre.

60

6 Na sua opinião o seu educando(a) estuda: � Nunca. � Às vezes. � Sempre. 7 Desloca-se à escola : � Nunca. � Quando é convocado. � Por iniciativa própria. 8 Que comentários o seu educando(a) faz sobre a Escola? (Indique os positivos e os negativos) ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 9 Quando o seu educando(a) faz algo de errado, ele diz a verdade: � Nunca. � Às vezes. � Sempre. 10 Quando o seu educando(a) chega a casa, no final do dia, faz os trabalhos de casa: � Nunca. � Às vezes. � Sempre. 11 Que atitude toma quando o seu educando(a) faz um comentário sobre alguma atitude de um professor? � Concorda de imediato com o seu educando(a). � Discorda de imediato com o seu educando(a). � Comunica por escrito o seu desagrado ao professor. � Procura ouvir a versão do professor. 12 O seu educando(a) cumpre as regras impostas em casa? � Nunca.

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� Às vezes. � Sempre. 13 Quando o seu educando(a) não cumpre as regras em casa, o que faz? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 14 Como reage o seu educando(a) quando lhe chama à atenção? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________

3º CICLO

Escola Básica dos 2º e 3º ciclos D. Dinis- Quarteira 2000/ 2001

QUESTIONÁRIO AOS ALUNOS

Caros alunos, Alguns dos teus professores estão a desenvolver um trabalho sobre as relações Alunos- Escola –Encarregados de Educação. Para que este trabalho fique completo, gostaríamos que respondesses a algumas destas questões. Como se trata de um questionário anónimo, agradecíamos que respondesses com a máxima sinceridade.

1 Assinala as atitudes/comportamentos que consideras ”actos de indisciplina”:

� Levantar-se sem autorização � Estar na conversa com os colegas � Ser indelicado com colegas ou professores � Chegar tarde à aula � Intervir inoportunamente na aula � Agredir fisicamente colegas

2 Achas que existe indisciplina na tua turma?

� Sim � Não

62

3 As causas de comportamentos indisciplinados são: � Professores � Alunos � Família � Matérias � Outros. Quais?___________ 4 Consideras o teu comportamento indisciplinado: � Nunca � Raramente � Ocasionalmente � Habitualmente � Sempre 5 Costumas falar com o teu Encarregado de Educação sobre o teu comportamento? � Nunca � Às vezes � Sempre 6 O teu Encarregado de Educação costuma vir à escola falar com o teu Director de Turma? � Nunca � Às vezes � Sempre 7 És influenciado(a) pelo comportamento indisciplinado dos teus colegas: � Nunca � Raramente � Ocasionalmente � Habitualmente � Sempre 8 Achas que o comportamento influencia o aproveitamento: � Sim � Não 9 A maioria dos professores é:

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� Permissivo � Compreensivo � Autoritário 10 O professor(a) ideal na sala de aula é: � Autoritário(a) � Compreensivo(a) � Permissivo(a) 11 O professor(a) perante alunos indisciplinados, deve tomar as seguintes atitudes: ���� Chamar a atenção do aluno(a) ���� Marcar falta de presença e comunicar ao Director de Turma ���� Ignorar ���� Expulsar da sala de aula ���� Marcar um trabalho suplementar ���� Comunicar ao Encarregado de Educação através da caderneta ���� Dialogar com o aluno(a) 12 Regista algumas propostas para evitar a indisciplina: _____________________________________________________________________

Escola Básica dos 2º e 3º ciclos D.Dinis- Quarteira 2000/ 2001

QUESTIONÁRIO AOS PROFESSORES Caros colegas, No âmbito do trabalho por nós a desenvolver no nosso Círculo de Estudos, vimos pedir a tua colaboração respondendo a este questionário. Este questionário é anónimo, daí apelarmos para a tua sinceridade.

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1. Um ambiente disciplinado na sala de aula ,para ti, é:

� silêncio total, só o professor é que fala � os alunos só falam quando têm autorização � os alunos conversam esporadicamente entre si � os alunos falam todos ao mesmo tempo

2. Na turma, o nível de indisciplina é:

� elevado � médio � baixo � inexistente

3. Regista as causas que contribuem para a indisciplina por ordem crescente:

� espaço físico � elevado número de alunos por turma � desmotivação dos alunos � falta de autoridade do professor � má preparação das aulas � desagregação familiar � extensão dos programas

4. Na presença de um caso de indisciplina a tua reacção é:

� gritar � dialogar com o aluno

� comunicar ao Director de Turma � comunicar com o Encarregado de Educação através da caderneta � exigir um trabalho suplementar � outras Quais?______________

5. No início do ano lectivo, defines com os alunos um conjunto de regras a seguir ao longo do ano?

65

� sim � não

6. Consideras que a tua formação académica, te ajuda a resolver problemas de indisciplina?

� sim � não 7. Planificas as tuas aulas previamente? ���� nunca � às vezes � sempre

8. Regista algumas propostas de prevenção da indisciplina.

_______________________________________________

Escola Básica dos 2º e 3º ciclos D. Dinis- Quarteira 2000/ 2001

QUESTIONÁRIO AOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO Caro Encarregado de Educação, Somos um grupo de professores desta escola a desenvolver um projecto de forma a melhorar a relação Alunos- Escola- Encarregados de Educação. Para que este projecto possa ir ao encontro das expectativas de todos, resolvemos elaborar um questionário anónimo a todas as partes envolvidas. Assim, apelamos à sua sinceridade no preenchimento do mesmo. Desde já o nosso muito obrigado!

1. Considera que dedica o tempo e a atenção necessários ao seu(sua) educando(a)?

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���� Sim � Não 1.1. Em média, quanto tempo, por semana, passam juntos?

1.2. Aproveitam o tempo quando estão juntos para:

� Ver televisão � Ir ao cinema � Conversar � Viajar � Passear � Outros Quais?________________

2. Os temas das conversas com o seu(sua) educando(a) : (registe por ordem de importância de 1 a 6, sendo 1 o mais importante) � Programas de T.V. � Futebol � Escola � Amigos � Outros Quais?________________

3. Impõe regras e horários ao(à) seu(sua) educando(a)? � Sim � Não 3.1. O(A) seu(sua) educando(a) respeita essas regras?

� Nunca � Às vezes � Sempre

4. Na sua opinião, a escola é um local onde há regras?

� Sim � Não � Por vezes

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5. Costuma vir à escola:

� Habitualmente � Só quando solicitado(a) � Nunca

6. A principal causa da indisciplina na escola é: (Registe por ordem de crescente de 1 a 5, sendo 1 o mais importante) � Professores � Alunos � Família � Programas � Desrespeito de regras

7. Registe algumas propostas para evitar a indisciplina nas aulas.

_____________________________________________________