rel final toxicologia
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7/22/2019 Rel Final Toxicologia
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1 ENCONTRO NACIONAL DE TOXICOLOGIA FORENSE
Os participantes do 1 Encontro Nacional de Toxicologia Forense,
representando 19 estados e o Distrito Federal, reunidos no perodo de 26 a 28
de novembro de 2008 em Porto Alegre/RS e objetivando traar um perfil da
situao atual dos laboratrios de toxicologia forense, expuseram inicialmente
a realidade de cada laboratrio, discutiram em pequenos grupos os principais
problemas encontrados na execuo das atividades periciais e
conjuntamente elencaram as seguintes dificuldades como representativas
dessa situa o:
Principais problemas encontrados na realizao das percias:
Dificuldade de acesso aos recursos da SENASP, devido a:o Falhas de comunicao e a burocracia existente,
principalmente na Polcia C ivil dos Estados nos quais se situam os
Laboratrios de Toxicologia
o Inexistncia de fiscalizao efetiva dos recursos encaminhadospara o laboratrio;
Ausncia de um cadastro dos laboratrios de Toxicologia Forense parapermitir uma c omunicao direta entre a SENASP e os laboratrios.
Falta de estrutura fsica e tcnica mnima dos laboratrios,principalmente os laboratrios da regio norte, nordeste e c entro-oeste;
Nmero de profissionais restritos em alguns estados, que deve serdefinido pelo nmero da populao, sendo necessrio que o concurso
avalie as capacitaes tcnicas adequadas para atuar na rea
especfica de laboratrio;
Deficincia na capacitao e na formao c ontinuada; Precariedade de cadeia de custdia, devido deficincia de normas e
regras nacionais;
Ausncia de padronizao dos procedimentos realizados nos estados eentre os Laboratrios de Toxicologia Forense Nacionais;
Ausncia de Controle de Qualidade (programa de manutenopreventiva de equipamentos, validao de mtodos, dificuldade de
compra de padres analticos primrios, controle interlaboratorial,
qualificao de equipamentos);
Controle interno laboratorial realizado manualmente em diversosestados, sendo necessrio informatizar e criar programas de
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gerenciamento da cadeia de custdia, gerao de laudos e
estatsticas das anlises; Estrutura deficiente na preservao das amostras contra-percia
(instrumento legal para definio de prazo mnimo de conservao);
Falta de investimento em biossegurana e programa de gerenciamentode resduo de servio de sade;
Falta de segurana para os profissionais da percia realizarem a coletade amostra em indivduos vivos.
Ausncia de anlises quantitativas em material biolgico.As seguintes sugestes foram propostas para a melhoria desta situao:
1. Elaborao dos Procedimentos Operacionais Padro nac ionais:2. Criao da Rede de Nacional de Toxicologia Forense (ReNaTox) para
possibilitar a integrao
3. Classificao dos laboratrios de toxicologia no Brasil por nveis parapermitir uma prioridade de atuao da SENASP e dos governos
estaduais.
4. Aquisio dos equipamentos considerados mnimos para laboratriosforenses.
5. Informatizao e criao de programas de gerenciamento da cadeiade custdia, gerao de laudos e estatsticas das anlises; desenvolver
um software nacional, administrado pela SENASP, para ser aplicado nos
estados que no possuem a informatizao, utilizando a plataforma
LIMS.
6. Educao continuada, por meio do Programa de Ensino Distncia(EAD) e \ ou presencial. Cursos de formao com aplicao prtica.
Sugestes de cursos: cadeia de custdia, toxicologia forense,
cromatografia delgada, cromatografia a gs, cromatografia lquida e
validao analtica. Recomendao da SENASP que permita a
liberao dos profissionais estaduais para realizao de mestrado edoutorado.
7. Realizao de fruns especficos para discusso de assuntos, comopadronizao, classificao nacional dos laboratrios de toxicologia
forense, cadeia de custdia, unificao de laboratrios forenses,
elaborao de laudos, etc.
8. Aquisio de livros bsicos e acesso a peridicos reconhecidosinternacionalmente (ex: CAPES).
9. Criao nos estados dos centros de guarda de vestgio;
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10.Aquisio de padres analticos, por meio de intercesso da SENASPatravs da modalidade de compra de Ata de Registro de Preo;
11.Padronizao e validao de metodologias. Adeso srecomendaes da SOFT, UNODC e SWGDRUGS.
12.Realizao de exame de proficincia nacional e internacional paraacreditao dos laboratrios;
13.Realizao de encontros entre peritos oficiais, promotores pblicos ejuzes, para proporcionar um melhor entendimento entre as partes e o
conhecimento da atual situao do laboratrio de toxicologia pelo
Ministrio Pblico;
14.Adequao do nmero de peritos, definido pelo nmero dapopulao, sendo necessrio que os concursos pblicos avaliem as
capacitaes tcnicas adequadas para atuar na rea especfica de
laboratrio;
15.Incluso de um plano de carreira, valorizando a especializao, omestrado e o doutorado;
16.Investimento na segurana laboratorial;17.Criao de laboratrios de referncia regional, que possam fornecer
auxlio aos laboratrios.
Segue em anexo a carta-manifesto de toxicologia forense
gerada pelo grupo.
A comisso Organizadora
Viviane Fassina Perito Qumico-Forense
Daniel Scolmeister - Perito Qumico-Forense
Carla Andria Schuck - Perito Qumico-Forense
Maria Crstina Franck - Perito Qumico-Forense
Silvana Maria Silva Perito Qumico-Forense