regulamento brasileiro da aviaÇÃo civil · finalidade de rever um parecer exarado numa ......

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REGULAMENTO BRASILEIRO DA AVIAÇÃO CIVIL RBAC nº 67 EMENDA nº 00 Título: NORMAS GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE INSPEÇÃO DE SAÚDE E PROCEDIMENTOS AFINS PARA OBTENÇÃO E REVALIDAÇÃO DE CERTIFICADOS DE CAPACIDADE FÍSICA (CCF). Aprovação: Resolução ANAC nº xxx , de yyyyy de zzzz de 2009. Origem: SSO SUMÁRIO SUBPARTE A GERAL 67.1 APLICABILIDADE SUBPARTE B CONCEITOS, DEFINIÇÕES E SIGLAS 67.11 CONCEITOS, DEFINIÇÕES E SIGLAS SUBPARTE C REQUISITOS PSICOFÍSICOS PARA OBTENÇÃO DE CCF 67.21 APLICABILIDADE 67.23 CONCESSÃO DE CERTIFICADO DE CAPACIDADE FÍSICA PARA ESTRANGEIROS 67.25 CONVALIDAÇÃO DE CERTIFICADO MÉDICO ESTRANGEIRO E DAS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS 67.27 CLASSES DE AVALIAÇÃO MÉDICA 67.29 VALIDADE DOS CERTIFICADOS DE CAPACIDADE FÍSICA 67.31 IDADE MÍNIMA PARA OBTER CCF SUBPARTE D REQUISITOS PSICOFÍSICOS GERAIS PARA TODAS AS CLASSES E SEM INDICAÇÃO DE CLASSE 67.41 REQUISITOS PSICOFÍSICOS GERAIS SUBPARTE E REQUISITOS PSICOFÍSICOS CLASSE MÉDICA 1 67.51 REQUISITOS PSIQUIÁTRICOS 67.53 REQUISITOS ENDOCRINOLÓGICOS 67.55 REQUISITOS PNEUMOLÓGICOS 67.57 REQUISITOS ÓSTEO-ARTICULARES 67.59 REQUISITOS NEUROLÓGICOS 67.61 REQUISITOS OTORRINOLARINGOLÓGICOS E AUDIOLÓGICOS 67.63 REQUISITOS CARDIOLÓGICOS 67.65 REQUISITOS OFTAMOLÓGICOS 67.67 REQUISITOS HEMATOLÓGICOS 67.69 REQUISITOS GASTROINTESTINAIS 67.71 REQUISITOS DO SISTEMA URINÁRIO 67.73 REQUISITOS GINECOLÓGICOS E OBSTÉTRICOS 67.75 REQUISITOS ONCOLÓGICOS 67.77 REQUISITOS RELATIVOS À INFECTOLOGIA SUBPARTE F REQUISITOS PSICOFÍSICOS CLASSE MÉDICA 2, E SEM INDICAÇÃO DE CLASSE (EXCETO REQUISITOS OFTAMOLÓGICOS PARA PILOTOS DE BALÃO, E PILOTOS DE VEÍCULOS ULTRALEVES AUTOPROPULSADOS) 67.81 REQUISITOS PSQUIÁTRICOS 67.83 REQUISITOS ENDOCRINOLÓGICOS 67.85 REQUISITOS PNEUMOLÓGICOS 67.87 REQUISITOS ÓSTEO-ARTICULARES 67.89 REQUISITOS NEUROLÓGICOS 67.91 REQUISITOS OTORRINOLARINGOLÓGICOS E AUDIOLÓGICOS 67.93 REQUISITOS CARDIOLÓGICOS

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REGULAMENTO BRASILEIRO

DA AVIAÇÃO CIVIL

RBAC nº 67

EMENDA nº 00

Título: NORMAS GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE

INSPEÇÃO DE SAÚDE E PROCEDIMENTOS AFINS

PARA OBTENÇÃO E REVALIDAÇÃO DE

CERTIFICADOS DE CAPACIDADE FÍSICA (CCF). Aprovação: Resolução ANAC nº xxx , de yyyyy de zzzz de 2009. Origem: SSO

SUMÁRIO

SUBPARTE A – GERAL

67.1 – APLICABILIDADE

SUBPARTE B – CONCEITOS, DEFINIÇÕES E SIGLAS

67.11 – CONCEITOS, DEFINIÇÕES E SIGLAS

SUBPARTE C – REQUISITOS PSICOFÍSICOS PARA OBTENÇÃO DE CCF

67.21 – APLICABILIDADE

67.23 – CONCESSÃO DE CERTIFICADO DE CAPACIDADE FÍSICA PARA ESTRANGEIROS

67.25 – CONVALIDAÇÃO DE CERTIFICADO MÉDICO ESTRANGEIRO E DAS FORÇAS ARMADAS

BRASILEIRAS

67.27 – CLASSES DE AVALIAÇÃO MÉDICA

67.29 – VALIDADE DOS CERTIFICADOS DE CAPACIDADE FÍSICA

67.31 – IDADE MÍNIMA PARA OBTER CCF

SUBPARTE D – REQUISITOS PSICOFÍSICOS GERAIS PARA TODAS AS CLASSES E SEM INDICAÇÃO

DE CLASSE

67.41 – REQUISITOS PSICOFÍSICOS GERAIS

SUBPARTE E – REQUISITOS PSICOFÍSICOS – CLASSE MÉDICA 1

67.51 – REQUISITOS PSIQUIÁTRICOS

67.53 – REQUISITOS ENDOCRINOLÓGICOS

67.55 – REQUISITOS PNEUMOLÓGICOS

67.57 – REQUISITOS ÓSTEO-ARTICULARES

67.59 – REQUISITOS NEUROLÓGICOS

67.61 – REQUISITOS OTORRINOLARINGOLÓGICOS E AUDIOLÓGICOS

67.63 – REQUISITOS CARDIOLÓGICOS

67.65 – REQUISITOS OFTAMOLÓGICOS

67.67 – REQUISITOS HEMATOLÓGICOS

67.69 – REQUISITOS GASTROINTESTINAIS

67.71 – REQUISITOS DO SISTEMA URINÁRIO

67.73 – REQUISITOS GINECOLÓGICOS E OBSTÉTRICOS

67.75 – REQUISITOS ONCOLÓGICOS

67.77 – REQUISITOS RELATIVOS À INFECTOLOGIA

SUBPARTE F – REQUISITOS PSICOFÍSICOS – CLASSE MÉDICA 2, E SEM INDICAÇÃO DE CLASSE

(EXCETO REQUISITOS OFTAMOLÓGICOS PARA PILOTOS DE BALÃO, E PILOTOS DE VEÍCULOS

ULTRALEVES AUTOPROPULSADOS)

67.81 – REQUISITOS PSQUIÁTRICOS

67.83 – REQUISITOS ENDOCRINOLÓGICOS

67.85 – REQUISITOS PNEUMOLÓGICOS

67.87 – REQUISITOS ÓSTEO-ARTICULARES

67.89 – REQUISITOS NEUROLÓGICOS

67.91 – REQUISITOS OTORRINOLARINGOLÓGICOS E AUDIOLÓGICOS

67.93 – REQUISITOS CARDIOLÓGICOS

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Data da emissão: xx de yyyyy de zzzz RBAC n°067

Emenda n° 00

Origem: SSO

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67.95 – REQUISITOS OFTAMOLÓGICOS (EXCETO PARA PILOTOS DE BALÃO E PILOTOS DE

VEÍCULOS ULTRALEVES AUTOPROPULSADOS)

67.97 – REQUISITOS HEMATOLÓGICOS

67.99 – REQUISITOS GASTROINTESTINAIS

67.101 – REQUISITOS DO SISTEMA URINÁRIO

67.103 – REQUISITOS GINECOLÓGICOS E OBSTÉTRICOS

67.105 – REQUISITOS ONCOLÓGICOS

67.107 – REQUISITOS RELATIVOS À INFECTOLOGIA

SUBPARTE G – REQUISITOS PSICOFÍSICOS OFTAMOLÓGICOS – PARA PILOTOS DE BALÃO,

PILOTOS DE PLANADOR, OPERADORES DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS (OEE) E PILOTOS DE

VEÍCULOS ULTRALEVES AUTOPROPULSADOS

67.111 – REQUISITOS VISUAIS PARA PILOTOS DE BALÃO, PILOTOS DE PLANADOR

67.113 – REQUISITOS VISUAIS EXIGIDOS PARA PILOTOS SEM INDICAÇÃO DE CLASSE (PILOTOS

DE RECREIO E DESPORTISTAS – DE VEÍCULOS ULTRALEVES AUTOPROPULSADOS)

SUBPARTE H – REQUISITOS ODONTOLÓGICOS PARA TODAS AS CLASSES E SEM INDICAÇÃO DE

CLASSE

67.121 – REQUISITOS ODONTOLÓGICOS

SUBPARTE I – REQUISITOS PSICOFÍSICOS – DIVERSOS

67.131 – PROCEDIMENTOS EM CASOS DE INFECÇÃO PELO HIV PARA TODAS AS CLASSES E

CATEGORIAS

67.133 – AVALIAÇÃO DE APTIDÃO PSICOFÍSICA EM CONDIÇÕES ESPECIAIS

67.135 – AVALIAÇÃO DE APTIDÃO PSICOFÍSICA EM CLÁUSULAS DE FLEXIBILIDADE

SUBPARTE J – ASPECTOS ADMINISTRATIVOS

67.141 – COMPETÊNCIA

67.143 – JUNTAS DE SAÚDE E MÉDICOS EXAMINADORES CREDENCIADOS

67.145 – DISPOSIÇÕES FINAIS

APÊNDICE A DO RBAC 67 – AVALIAÇÃO DE RISCO DE DOENÇAS RELACIONADAS AO ÍNDICE DE

MASSA CORPÓREA (IMC) E CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA.

APÊNDICE B DO RBAC 67 – INFORME DE FALECIMENTO.

APÊNDICE C DO RBAC 67 – FORMULÁRIO DE ANTECEDENTES MÉDICOS PARA INSPEÇÃO DE

SAÚDE – TERMO DE RESPONSABILIDADE.

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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SUBPARTE A

ASPECTOS GERAIS

67.1 - Aplicabilidade

O presente regulamento tem por finalidade estabelecer normas gerais para a realização de

inspeção de saúde e procedimentos afins para obtenção e revalidação de Certificados de

Capacidade Física (CCF).

(a) A inspeção de saúde representa uma avaliação das condições psicofísicas, segundo os

critérios deste regulamento, que poderá ser realizada por médicos, clínicas ou por Juntas

Médicas Especiais devidamente credenciados para esta finalidade.

(b) Os candidatos às licenças e certificados emitidos pela ANAC deverão adquirir os CCF

correspondentes antes de iniciar o curso para obtenção das referidas licenças e certificados,

bem como os membros das tripulações de voo devem estar portando os seus respectivos CCF,

válidos, para que possam exercer as atribuições pertinentes às respectivas licenças e

certificados.

(c) Em se tratando de aeronauta, de acordo com a definição legal, a inspeção de saúde

deverá ser realizada na admissão, nos exames periódicos e exames demissionais, sem prejuízo

para os exames trabalhistas realizados pelos médicos das empresas aéreas, que poderão

homologar esses exames para fins do Ministério do Trabalho e Emprego.

(d) A inspeção de saúde é uma avaliação que comporta exames clínicos e complementares

"lato sensu", devendo o médico examinador levar em conta a finalidade do exame do

inspecionando e as atribuições que lhe são conferidas pelo CCF, que possui ou possuirá.

(e) Para a emissão e revalidação do Certificado de Capacidade Física é exigido que o

inspecionando encontre-se hígido, física e psiquicamente.

(f) Em casos de julgamento de incapacidade emitido por Junta Especial de Saúde (JES) do

Comando da Aeronáutica (COMAER) ou por Médico Credenciado (MC), o interessado pode

encaminhar um pedido de recurso ao CEMAL para realizar uma nova inspeção de saúde, em

primeira instância. Persistindo o julgamento de incapacidade, o interessado poderá

encaminhar pedido de recurso à Junta Superior de Saúde da Aviação Civil na ANAC, que

efetuará o julgamento, em última instância. Para este fim, a ANAC poderá indicar médicos

especialistas para emitirem pareceres que auxiliem no julgamento final.

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Emenda n° 00

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SUBPARTE B

CONCEITOS, DEFINIÇÕES E SIGLAS

67.11 - Conceitos, definições e siglas

Esta subparte trata dos conceitos, definições e siglas, aplicáveis às presentes instruções.

(a) Aeronavegante Civil: é todo aquele que, habilitado pela ANAC, exerce função a bordo

de aeronave civil nacional.

(b) Aeronauta: é o aeronavegante civil que exerce função remunerada a bordo de aeronave

civil brasileira, mediante contrato de trabalho e cuja atividade esteja diretamente relacionada

com a segurança de voo. É também aeronauta aquele que exerce função em aeronave civil

estrangeira, mediante contrato de trabalho, regido por leis brasileiras.

São aeronautas:

(1) comandante: piloto responsável pela operação e segurança da aeronave – exerce a

autoridade que a legislação aeronáutica lhe atribui;

(2) co-piloto: piloto que auxilia o comandante na operação da aeronave;

(3) mecânico de voo: auxiliar do comandante, encarregado da operação e controle de

sistemas diversos conforme especificação dos manuais técnicos da aeronave;

(4) comissário de bordo: é o auxiliar do comandante encarregado das normas relativas à

segurança e atendimentos dos passageiros a bordo e da guarda de bagagens, documentos,

valores e malas postais que lhe tenham sido confiados pelo comandante;

(5) operador de equipamentos especiais (OEE): são pessoas habilitadas a operar

equipamentos especiais instalados em aeronaves homologadas para serviços aéreos

especializados;

(c) Candidato: é aquele que pretende ingressar como aeronavegante ou, ainda, o

inspecionando que pretende mudar de categoria de CCF. A inspeção de saúde do candidato

sempre é considerada como inicial;

(d) Causa de incapacidade: qualquer enfermidade, síndrome, deformidade ou alteração

psicofísica, de natureza congênita, hereditária ou adquirida, capaz de diminuir a eficiência da

função desempenhada pelo inspecionando de forma a comprometer a segurança de voo e/ou a

segurança dos passageiros, verificada no exame médico pericial, baseado em padrões

estabelecidos neste regulamento.

(e) Centro de Medicina Aeroespacial (CEMAL): é a Organização de Saúde da Aeronáutica

(OSA) designada pela ANAC, através de convênio com o Comando da Aeronáutica

(COMAER), para ser, em caráter provisório, o órgão central para receber todas as fichas de

inspeção de saúde de aeronavegantes civis, para fins de auditagem técnica e armazenamento

por imagem, bem como emitir os CCF nas inspeções encaminhadas por JES, além de atuar

como 1ª instância nas solicitações de recursos dos aeronavegantes.

(f) Certificado de Capacidade Física (CCF): é o documento emitido por uma Junta Especial

de Saúde, pelo Centro de Medicina Aeroespacial, pela Junta Superior de Saúde da Aviação

Civil, ou por uma Junta Especial de Saúde Itinerante (JESI), Médico Examinador

Credenciado, após uma inspeção de saúde cujo julgamento seja de aptidão, ou pela ANAC,

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nos casos enquadrados em legislação específica. Os CCF de pilotos de veículos ultraleves

autopropulsados só são válidos dentro do território nacional.

(g) Função correspondente: é a função desempenhada em voo por um tripulante da aviação

militar que tenha correspondência na aviação civil.

(h) Inspeção de saúde: é a perícia médico-legal, realizada no pessoal da Aviação Civil com

a finalidade de avaliar as condições de saúde física e mental compatíveis com os pré-

requisitos do CCF solicitado.

(i) Inspeção de saúde inicial: é a inspeção de saúde para ingressar numa classe ou para

mudança de categoria de CCF.

(j) Inspeção de saúde inicial com critérios de revalidação: é a inspeção de saúde em que o

periciado é examinado por todas as clínicas de uma inspeção inicial, porém, o julgamento

obedece aos requisitos de uma inspeção de revalidação.

(k) Inspeção de saúde de revalidação: é aquela a que está sujeito o inspecionando para o

controle médico periódico, que lhe facultará a continuidade do exercício de suas atribuições.

(l) Inspeção de saúde em cláusula de flexibilidade: é a inspeção de saúde realizada em

aeronautas enquadrados nas situações especificadas em item apropriado neste regulamento,

que lhes facultará a continuidade do exercício de suas atribuições ainda que com algumas

restrições.

(m) Inspeção de saúde especial: é a inspeção de saúde realizada em aeronautas portadores

de condições de saúde específicas e bem controladas, excetuando-se aquelas relacionadas à

Cláusula de Flexibilidade, conforme explicitadas em item apropriado neste regulamento, que

lhes facultará a continuidade do exercício de suas atribuições ainda que com algumas

restrições.

(n) Inspeção de saúde para fins de recurso: é a inspeção de saúde realizada num solicitante,

que tenha sido anteriormente incapacitado em exame realizado por Médico Credenciado ou

JES, com o objetivo de iniciar ou de retornar a atividade aérea. Essa Inspeção terá, sempre, o

custo de uma Inspeção Inicial. Esta inspeção poderá corresponder a uma "Solicitação de

Parecer para Fins de Recurso" quando for solicitada pela Junta Superior de Saúde para um

aeronavegante que tenha sido reprovado pelo CEMAL.

(o) Inspeção de saúde para fins de revisão: é a inspeção de saúde que poderá ser realizada

num solicitante, mediante requerimento, pela Junta Superior de Saúde da Aviação Civil com a

finalidade de rever um parecer exarado numa inspeção de recurso realizada nesta mesma

Junta. O requerimento deverá ser fundamentado com o fato novo que será avaliado pela Junta

Superior para deferir ou indeferir a solicitação. Essa Inspeção, quando realizada após

deferimento da solicitação, terá sempre o custo de uma Inspeção Inicial.

(p) Inspeção de saúde por determinação judicial: é a inspeção de saúde a que está sujeito o

aeronavegante civil ou aeronauta por determinação do Poder Judiciário brasileiro. Essa

Inspeção terá características de uma inspeção inicial. O periciado deverá ser examinado por

todas as clínicas, inclusive submetido à avaliação psicológica, e terá, sempre, o custo de uma

Perícia Médica Judicial.

(q) Inspeção para verificação de estado de saúde: é a inspeção a que está sujeito o

aeronavegante civil suspeito de doença física e/ou mental, nos casos de gravidez normal, e

também para efeito de exames demissionais de acordo com a legislação trabalhista brasileira,

ainda que esteja válido o CCF.

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(r) Inspeção pós acidente aeronáutico: são aquelas a que estão sujeitos todos os tripulantes

de aeronaves sinistradas, logo após o acidente, mesmo na ausência de lesões corporais.

(s) Inspeção pós incidente aeronáutico grave: é aquela a que estão sujeitos todos os

tripulantes de aeronaves, mesmo na ausência de lesões corporais, logo após que o incidente

seja assim caracterizado por órgão competente.

(t) Julgamento: é o resultado final de uma inspeção de saúde sendo exarado pelos membros

das JMES, JES, CEMAL, JESI, JUNTA SUPERIOR DE SAÚDE DA AVIAÇÃO CIVIL, e

Médico Credenciado obedecendo à seguinte formalística:

(1) “apto para o fim a que se destina” - é exarado nos casos de inspeção de saúde realizada

em ingressantes, ou quando o inspecionando quiser mudar de categoria de CCF, ou nos

exames demissionais.

(2) “apto” - é exarado quando o inspecionando possuir condições de saúde física e psíquica

plenamente satisfatórias para o exercício da atividade aérea. Aplica-se nos exames de

revalidação, nas inspeções iniciais com critérios de revalidação, nos exames pós incidentes

graves aeronáuticos e pós acidentes aeronáuticos.

(3) “apto com restrições” - aplica-se aos casos dos aeronavegantes civis portadores de

estado físico e/ou psíquico que não preencham completamente os requisitos de aptidão

psicofísica, desde que não comprometa a segurança de voo e/ou dos passageiros, devendo tal

julgamento ser sempre complementado com a descrição da restrição. A restrição pode ser de

prazo, de função ou ambas. Este julgamento não se aplica à inspeção inicial descrita no item

(i) desta seção. A(s) restrição(ões) deverá(ão) constar no CCF.

(4) “incapaz para o fim a que se destina” - é exarado nos casos de ingressantes ou

aeronavegantes civis que pretendam mudar de categoria de CCF, que não apresentam os

requisitos mínimos de saúde exigidos para o exercício da atividade aérea. Em certas

condições clínicas passíveis de recuperação, a critério do especialista, poderá ser dado este

parecer, sendo expresso no item “Observações” da Ficha de Inspeção de Saúde (FIS) o prazo

em que o solicitante poderá requerer nova inspeção.

(5) “incapaz temporariamente para o exercício da atividade aérea” - é exarado nos casos de

deficiências passíveis de recuperação, devendo ser expresso, obrigatoriamente, o prazo da

incapacidade. Aplica-se nos casos de revalidação, nas inspeções iniciais com requisitos de

revalidação, nos exames pós incidentes graves aeronáuticos e pós acidentes aeronáuticos.

(6) “incapaz definitivamente para o exercício da atividade aérea” - aplica-se ao

inspecionando julgado incapaz definitivamente para exercício da atividade aérea, restrita ao

CCF que possui, por apresentar lesão, defeito físico, doença mental ou doença incurável

incompatíveis com as funções outorgadas pelo seu CCF.

(u) Juntas Especiais de Saúde (JES): são Juntas Médicas constituídas por oficiais médicos

da Aeronáutica, com Curso de Medicina Aeroespacial, destinadas a julgar aeronavegantes

civis, em função do convênio estabelecido entre a ANAC e o COMAER.

(v) Junta Especial de Saúde Itinerante (JESI): É a Junta Médica que se desloca

temporariamente para uma localidade por solicitação da ANAC. Terá todas as prerrogativas

de uma Junta Especial de Saúde e, dentre os seus componentes, no mínimo um deverá ter

curso de medicina aeroespacial. Caso seja determinada incapacidade do examinando, esta

deverá ser estabelecida apenas quando pelo menos três dos componentes da junta sejam

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especialistas em medicina aeroespacial. Caso contrário, a JESI deverá, quando determinado

pela ANAC, encaminhar o caso para a JES mais próxima que atenda a esta exigência.

(w) Junta Mista Especial de Saúde (JMES): é a Junta Médica composta por 02 (dois)

médicos, com curso de medicina aeroespacial, e um médico perito da Previdência Social, com

a finalidade de avaliar as condições psicofísicas dos aeronautas para efeito de percepção de

benefício auxílio-doença ou auxílio-acidente do trabalho. A competência para aposentadoria

por invalidez é da Previdência Social.

(x) Junta Superior de Saúde da Aviação Civil: É a Junta Médica da ANAC constituída para

apreciar, em última instância, os recursos de julgamentos de incapacidade e/ou restrição

definitiva emitidos pelo CEMAL, e revisão de seus julgamentos, de acordo com a legislação

específica.

(y) Médico Credenciado (MC): É o médico com curso de especialização em medicina de

aviação, credenciado pela ANAC para realizar exames médicos para avaliação da aptidão

psicofísica de revalidação nas categorias de: Piloto Privado, Comissário de Bordo, Piloto de

Planador, Piloto de Balão Livre e Piloto de Ultraleve Autopropulsado, até 59 anos de idade.

(z) Clínicas Credenciadas: são clínicas médicas civis credenciadas pela ANAC para

realizar exames médicos para avaliação de aptidão psicofísica de revalidação nas categorias

de: Piloto Privado, Comissário de Bordo, Piloto de Planador, Piloto de Balão Livre e Piloto de

Ultraleve Autopropulsado, até 59 anos de idade. Os critérios para o credenciamento serão

estabelecidos em edital.

(aa) Parecer: é o resultado do exame médico pericial parcial realizado pelo especialista,

durante uma inspeção de saúde. Existem três tipos de parecer: FAVORÁVEL,

DESFAVORÁVEL, e A CRITÉRIO DA CLÍNICA ESPECIALIZADA. O parecer favorável

pode ainda ser sem restrição ou com restrição de prazo e/ou função. O parecer desfavorável

pode ser com restrição de prazo e/ou função ou definitivamente para o exercício da atividade

aérea.

(bb) Requisitos de aptidão: é a reunião de um mínimo de condições de saúde física e

mental, evidenciadas pelo exame médico, que permitam ao inspecionando o desempenho

satisfatório das atribuições inerentes ao CCF que possui.

(cc) Requisitos psicofísicos: são os parâmetros psicofísicos a serem cumpridos por

inspecionandos para a obtenção do CCF.

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SUBPARTE C

REQUISITOS PSICOFÍSICOS PARA OBTENÇÃO DE CCF

67.21 - Aplicabilidade

Estabelecer os parâmetros médicos gerais para a concessão do CCF.

67.23 - Concessão de certificado de capacidade física para estrangeiros

(a) Aeronavegante estrangeiro deverá solicitar à Gerência Regional o reconhecimento de

sua licença e o encaminhamento para a inspeção de saúde numa JES ou no CEMAL.

(b) O aluno estrangeiro deverá ser encaminhado pela escola ou curso de aviação civil a

uma Gerência Regional para obter autorização para realização da inspeção de saúde, com a

finalidade de obtenção de licença.

(c) O aeronavegante estrangeiro detentor de certificado médico de outro país, mesmo

residindo no Brasil, para ser detentor de CCF, deverá ser submetido à inspeção de saúde

inicial, com critérios de revalidação, numa JES ou no CEMAL.

(d) O certificado médico estrangeiro não poderá conter restrições.

(e) O aeronavegante estrangeiro não poderá ter recebido anteriormente julgamento de

incapacidade para o exercício da atividade aérea pela autoridade de aviação civil brasileira.

(f) Os critérios mínimos aceitos são os estabelecidos pelo Anexo I, capítulo 6, da

Organização de Aviação Civil Internacional.

(g) Quando os critérios do certificado médico estrangeiro forem inferiores aos

estabelecidos pelo Anexo I, capítulo 6, da Organização de Aviação Civil Internacional, o

aeronavegante deverá ser submetido a inspeção de saúde inicial.

(h) A inspeção de saúde será realizada de acordo com os requisitos psicofísicos constantes

neste regulamento.

67.25 - Convalidação de certificado médico estrangeiro e das forças armadas brasileiras

(a) Serão reconhecidos, para fins de convalidação, os certificados médicos emitidos pelos

órgãos competentes de Saúde de Estados-Membros da OACI, desde que seus regulamentos de

inspeção de saúde não coloquem seus padrões em condições inferiores aos adotados pela

autoridade de aviação civil brasileira. Somente a ANAC através do setor médico competente

poderá fazer a convalidação, de acordo com a legislação pertinente.

(1) será emitido o Termo de Convalidação vinculado ao certificado médico estrangeiro, em

português e inglês, e não poderá ser usado em território nacional;

(2) no Termo de Convalidação deverão constar o país emissor do certificado médico

original, classe e categoria do piloto, nome do piloto, código da ANAC, CPF, data de

nascimento, grupo sanguíneo e fator Rh, limitações, observações, data de emissão e validade;

(3) o Termo de Convalidação não poderá ser revalidado e nem prorrogado;

(4) o Termo de Convalidação emitido manterá a mesma categoria e possíveis restrições

existentes. O prazo de validade obedecerá ao disposto no item 67.29 deste regulamento, sendo

que o prazo de validade não excederá a data de validade do certificado estrangeiro; e

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(5) o piloto brasileiro deverá ser submetido à inspeção de saúde para obtenção do

Certificado de Capacidade Física para o exercício da atividade aérea no território nacional.

(b) Os militares da Marinha e Exército podem ter seus certificados convalidados para a

aviação civil. Para tanto, devem apresentar a seguinte documentação:

(1) ofício informando a categoria (PC ou PLA) para a qual pretende convalidar e o

esquadrão de voo ao qual pertence emitido pelo comandante do referido esquadrão;

(2) certificado médico válido onde deverá constar se há necessidade do uso de lentes

corretivas;

(3) carteira de identidade militar; e

(4) comprovante de vacinação antitetânica e anti-amarílica.

(c) Os militares da Força Aérea Brasileira devem apresentar somente o CCF válido para

que este seja convalidado.

67.27 – Classes de avaliação médica

São três tipos de avaliação médica, para fornecimento do Certificado de Capacidade Física

(CCF):

(a) Avaliação médica de 1ª classe, subdividida em:

(1) pilotos de aeronaves de asa fixa, asas rotativas, de decolagem e pouso vertical,

aplicável aos aeronavegantes ou candidatos à licença de:

(i) piloto de linha aérea (PLA e PLAH);

(ii) piloto comercial (PC e PCH); e

(iii) piloto privado com qualificação IFR.

(b) Avaliação médica de 2ª classe, subdividida em:

(1) pilotos de aeronaves de asa fixa, asas rotativas, decolagem e pouso vertical, planadores

e balão livre tripulado, aplicável aos aeronavegantes ou candidatos à licença de:

(i) piloto privado (PP);

(ii) piloto de planador (PPlan); e

(iii) piloto de balão livre tripulado (PBL).

(2) não pilotos, aplicável aos aeronavegantes ou candidatos à licença de:

(i) mecânico de voo (MV);

(ii) comissário de bordo (CMO);

(iii) operador de equipamentos especiais (OEE).

(c) Sem indicação de classe, válido somente no território nacional, para candidatos ou

aeronavegantes ao Certificado de Piloto Desportivo (CPD) ou de Recreio (CPR).

(d) Precedência de CCF.

(1) o CCF de PLA tem precedência sobre todos os demais CCF de pilotos;

(2) o CCF de PC tem precedência sobre os CCF de PP-IFR e PP;

(3) o CCF de PP-IFR tem precedência sobre os CCF de PP;

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Emenda n° 00

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(4) o CCF de PP tem precedência sobre os CCF de Pplan, de PBL, de piloto desportista e

de recreio;

(5) o CCF de Pplan tem precedência sobre os CCF de PBL, de piloto desportista e de

recreio;

(6) o CCF de PBL tem precedência sobre os CCF de piloto desportista e de recreio;

(7) o CCF de não Piloto é específico para cada categoria;

(8) no caso do aeronavegante piloto ter mais de uma licença ou certificado de piloto

válidos, é fornecido apenas o CCF de maior precedência.

(e) Pilotos militares da ativa da Aeronáutica podem requerer o CCF de 1ª ou 2ª classes, ou

de piloto desportista ou de recreio à ANAC ou à Junta Especial de Saúde que emitiu o seu

cartão de saúde de piloto militar, independentemente de exame médico, desde que sua

inspeção de saúde, para fornecimento deste cartão de saúde, preencha os requisitos deste

regulamento. No campo “observações” do CCF, quando emitido, deverá constar a inscrição

“MILITAR DA ATIVA”.

(f) Pilotos militares da ativa da Marinha e do Exército podem requerer seu CCF de 1ª ou 2ª

classe, ou de piloto desportista ou de recreio à ANAC, independentemente de exame médico,

desde que sua inspeção de saúde, para fornecimento do cartão de saúde de piloto militar,

preencha os requisitos deste regulamento. Para tanto, o interessado deve anexar ao

requerimento um Oficio de Apresentação assinado pelo seu Comandante, cópia do seu cartão

de saúde de piloto militar válido ou cópia da ata de inspeção de saúde, documento que

comprove o seu tipo sangüíneo e fator Rh e outros documentos que se fizerem necessários,

quando solicitados pela ANAC. No campo “observações” do CCF, quando emitido, deverá

constar a inscrição “MILITAR DA ATIVA”.

(g) Militares da ativa da Aeronáutica que exercem função de aeronavegantes militares

poderão solicitar o CCF de aeronavegante civil à ANAC ou à JES que emitiu seu cartão de

saúde de aeronavegante militar, nas funções correspondentes, independentemente de exame

médico, desde que sua inspeção de saúde, para fornecimento deste cartão de saúde, preencha

os requisitos deste regulamento. No campo “observações” do CCF, quando emitido, deverá

constar a inscrição “MILITAR DA ATIVA”.

(h) Militares da Marinha e do Exército que exercem funções de aeronavegantes militares,

não pilotos, em suas Forças poderão solicitar à ANAC o CCF de aeronavegante civil, na

função correspondente, independentemente de exame médico desde que sua inspeção de

saúde, para fornecimento do cartão de saúde de piloto militar, preencha os requisitos deste

regulamento. Para tanto, o interessado deve anexar ao requerimento um Oficio de

Apresentação assinado pelo seu Comandante, cópia do seu cartão de saúde de aeronavegante

militar válido ou cópia da ata de inspeção de saúde, documento que comprove o seu tipo

sangüíneo e fator Rh e outros documentos que se fizerem necessários, quando solicitados pela

ANAC. No campo “observações” do CCF, quando emitido, deverá constar a inscrição

“MILITAR DA ATIVA”.

(i) Militares da ativa das Forças Auxiliares e os civis da Polícia Federal e polícias estaduais

que desempenham as funções de piloto em suas Organizações devem ser submetidos a

exames médicos nas Juntas Especiais de Saúde da Aeronáutica, levando ofício da

Organização a que pertence. No campo “observações” do CCF dos militares, quando emitido,

deverá constar a inscrição “MILITAR DA ATIVA”.

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Emenda n° 00

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(j) Militares da ativa das Forças Auxiliares e os civis da Polícia Federal e polícias estaduais

que desempenham as funções de MV, CMO, OEE em suas Organizações devem ser

submetidos a exames médicos nas Juntas Especiais de Saúde da Aeronáutica, levando ofício

da Organização a que pertence. No campo “observações” do CCF dos militares, quando

emitido, deverá constar a inscrição “MILITAR DA ATIVA”.

(k) Militar da ativa da Aeronáutica que exerça a função de Inspetor de Aviação Civil

(INSPAC) deve solicitar o Certificado Médico Aeronáutico à ANAC, anexando a fotocópia

do cartão de saúde militar, independentemente de exame médico, recebendo seu CCF desde

que não existam restrições relativas aos requisitos psicofísicos exigidos por este regulamento.

No campo “observações” do CCF, quando emitido, deverá constar a inscrição “INSPAC E

MILITAR DA ATIVA”.

(l) Militar da ativa das Forças Armadas ou das Forças Auxiliares, que não seja

aeronavegante, para obter um CCF de 1ª ou 2ª classe, deverá levar uma autorização do

comandante de sua Organização Militar para a Junta Especial de Saúde ou Médico

Examinador Credenciado, para se submeter à inspeção de saúde inicial correspondente ao

CCF solicitado. No campo “observações” do CCF dos militares, quando emitido, deverá

constar a inscrição “MILITAR DA ATIVA”.

(m) Militares aeronavegantes da reserva, para ingresso na aviação civil, nas funções

correspondentes, devem submeter-se à inspeção de saúde inicial,aplicando-se os requisitos

previstos para a licença ou certificado do qual seja portador, não valendo para esses casos a

aplicação de Cláusulas de Flexibilidade.

(n) O profissional que vai exercer a função de Inspetor de Aviação Civil (INSPAC) e que

necessite obter o CCF requerido para exercer as prerrogativas de sua licença deverá ser

encaminhado a uma Junta Especial de Saúde (JES) para submeter-se à inspeção de saúde.

Para revalidar seu CCF o INSPAC deverá comparecer à JES portando o CCF anterior e a

Credencial de INSPAC da ANAC válido.

(o) O inspecionando cujo CCF tenha o prazo de validade expirado há mais de cinco anos,

ao pretender retornar à atividade aérea deve ser submetido à inspeção de saúde inicial,

aplicando-se os requisitos previstos para a licença ou certificado do qual seja portador, não

valendo para esses casos a aplicação de Cláusulas de Flexibilidade.

(p) O inspecionando cujo CCF tenha o prazo de validade expirado há mais de cinco anos,

ao pretender retornar à atividade aérea e que não seja detentor de licença e/ou certificado

correspondente ao CCF, deve ser submetido à inspeção de saúde inicial para a obtenção de

licença ou certificado solicitado. Para tanto, é obrigatória a apresentação de ofício solicitando

a inspeção de saúde ou da escola, ou do aeroclube ou do centro de treinamento onde esteja

matriculado ou do empregador. No campo “observações” do CCF, quando emitido, deverá

constar a inscrição “FINS DE OBTENÇÃO DE LICENÇA E/OU CERTIFICADO”.

(q) O inspecionando que não tenha obtido licença e/ou certificado para renovar o seu CCF

correspondente que irá expirar ou expirado a menos de 5 anos, está obrigado a comprovar

através de ofício que se encontra em formação como aeronavegante. Este ofício será

fornecido ou pela escola, ou pelo aeroclube, ou pelo centro de formação onde esteja

matriculado ou do empregador. No campo “observações” do CCF, quando emitido, deverá

constar a inscrição “FINS DE OBTENÇÃO DE LICENÇA E/OU CERTIFICADO”.

67.29 - Validade dos certificados de capacidade física

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(a) As validades dos Certificados de Capacidade Física devem obedecer aos seguintes

prazos:

(1) 12 meses para Piloto de Linha Aérea, Piloto Comercial e Piloto privado com

habilitação técnica IFR que não tenha completado 40 anos de idade;

(2) 06 meses para Piloto de Linha Aérea, Piloto Comercial e Piloto Privado com

habilitação técnica IFR a partir de 40 anos de idade;

(3) 24 meses para Piloto Privado que não tenha completado 40 anos de idade;

(4) 12 meses para Piloto Privado entre 40 anos e 60 anos de idade;

(5) 06 meses para Piloto Privado a partir de 60 anos de idade;

(6) 12 meses para Mecânico de Voo, Comissário de Bordo, e Operador de Equipamentos

Especiais;

(7) piloto de recreio e piloto desportista:

(i) até 39 anos de idade – 3 anos;

(ii) de 40 a 59 anos – 2 anos;

(iii) de 60 a 69 anos – 1 ano;

(iv) a partir de 70 anos – 6 meses.

(b) A critério da Junta de Saúde, na presença de condições médicas que justifiquem, os

prazos acima estabelecidos poderão ter sua validade reduzida, independentemente da faixa

etária.

(c) É responsabilidade do detentor de um CCF deixar de exercer as prerrogativas e

habilitações a ele conferidas quando perceber ou tomar conhecimento de qualquer diminuição

em suas aptidões psicofísicas que possa impedi-lo de exercer as referidas atribuições

prejudicando a segurança do voo, devendo comunicar o fato à Gerência de Fatores Humanos

na Aviação e Medicina de Aviação da ANAC, quando realizar nova inspeção de saúde.

67.31 - Idade mínima para obter CCF

(a) Pilotos:

(1) PLA e PLAH- 21 anos;

(2) PC, PCH, PP-IFR, PP, PPH, PPlan, PBL - 18 anos;

(3) Piloto de Recreio e Piloto Desportista – 18 anos.

(b) Não Pilotos:

(1) MV, CMO, OEE - 18 anos.

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Emenda n° 00

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SUBPARTE D

REQUISITOS PSICOFÍSICOS GERAIS PARA TODAS AS CLASSES E SEM

INDICAÇÃO DE CLASSE

67.41 – Requisitos psicofísicos gerais

É exigido que todos os solicitantes de CCF para o exercício de sua atividade específica, em

exame inicial ou de revalidação, não possuam:

(a) Deformidade congênita ou adquirida.

(b) Enfermidade ativa ou latente, aguda ou crônica.

(c) Ferimento, lesão ou sequela de alguma intervenção cirúrgica.

(d) Anormalidade detectada em exame laboratorial, "lato sensu".

(1) exames requeridos:

(i) bioquímica do sangue, após jejum de 12 horas: glicose, uréia, creatinina, gamaGT,

colesterol total e frações, triglicerídeos, ácido úrico, hemoglobina glicosilada;

Para o piloto agrícola, além dos exames anteriores, será solicitado: colinesterase sérica.

(ii) hematologia: hemograma completo, hematócrito, V.H.S. (1ª. hora), Proteína C Ultra-

sensível, TAP e PTT;

(iii) imuno-hematologia: para inspeções iniciais, determinação dos grupos sangüíneos

(sistema ABO e Rh) e teste de Coombs, este, a critério do perito médico. Nas inspeções

subsequentes a realização destes exames ficará a critério da Junta de Saúde;

(iv) imunologia: VDRL e, se necessário, o FTA-ABS, pesquisa de Beta-HCG

(quantitativo), este, somente no sexo feminino;

(v) urina: E.A.S.;

(vi) fezes: o resultado do exame parasitológico de fezes deverá ser apresentado no ato da

inspeção de saúde pelos candidatos(as) a CCF de CMO, nas seleções iniciais e nas

revalidações;

(vii) os inspecionandos do sexo masculino deverão trazer a dosagem do PSA Total anualmente, a

partir dos 40 anos de idade, acrescido do PSA Livre para aqueles que tiverem o PSA Total alterado.

(e) As alterações laboratoriais não deverão ser de gravidade ou importância que produzam

limitação funcional, interferindo com a operação segura de uma aeronave ou com o bom

desempenho do inspecionando em suas funções a bordo.

(f) Podem ser solicitados quaisquer outros exames que se fizerem necessários, inclusive no

meio médico civil, a critério clínico.

(g) O uso de qualquer medicamento ou substância que afete o sistema nervoso central,

alterando as capacidades psicofísicas e o ciclo circadiano e/ou afete o sistema cardio-

circulatório, a visão, a audição, o equilíbrio, cause a diminuição da força e/ou coordenação

muscular, que possam colocar em risco a segurança do voo, é motivo de restrição e/ou

incapacidade para o exercício da atividade aérea.

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(h) Efeitos adversos de quaisquer medicamento(s) ou produto(s) fitoterápico(s), cujos

princípios ativos provoquem a diminuição da capacidade psicofísica do aeronavegante e

comprometam a segurança de voo, são incapacitantes para o exercício da atividade aérea.

(i) É obrigatória, por ocasião das Inspeções de Saúde, a apresentação dos certificados de

vacinação antiamarílica e antitetânica, dentro da validade, a qual deverá ser anotada na ficha

de inspeção de saúde e não deverá expirar após o prazo de renovação do CCF, entre duas

Inspeções de Saúde. Neste caso, a validade do CCF deverá coincidir com o término de

validade da vacinação obrigatória.

(j) Outras imunizações poderão ser obrigatórias, a critério das Juntas de Saúde e Médicos

Examinadores Credenciados, em virtude de epidemias ou condições em que se façam

necessárias.

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Emenda n° 00

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SUBPARTE E

REQUISITOS PSICOFÍSICOS – CLASSE MÉDICA 1

67.51 - Requisitos psiquiátricos

A avaliação médica está baseada nos seguintes requisitos:

(a) Saúde Mental

(1) o solicitante não deve padecer de nenhuma enfermidade ou incapacidade que o impeça,

de modo crônico e inaparente ou de maneira súbita, de desempenhar suas funções ou operar

com segurança uma aeronave;

(2) não são aceitos desvios de norma (“waivers”) para requisitos de saúde mental e

tampouco se aplica inspeção de saúde especial ou inspeção de saúde em cláusula de

flexibilidade.

(b) O exame psiquiátrico será realizado em todas as inspeções de saúde iniciais e a cada

cinco anos. Quando julgado necessário, a critério clínico, poderá ser solicitado.

(c) A avaliação psicológica será realizada e fornecerá subsídios ao exame psiquiátrico das

inspeções iniciais e de revalidação a cada cinco anos, no pós acidente aeronáutico, pós

incidente aeronáutico grave, nas iniciais de Cláusula de Flexibilidade, iniciais em condições

especiais e inspeções cujo CCF tenha vencido há mais de cinco anos. A critério clínico, nas

verificações do estado de saúde.

(d) Requisitos Psíquicos (Aspectos Gerais): Os requisitos psíquicos devem ser pesquisados

de maneira judiciosa, integrando as clínicas de psicologia e psiquiatria, a fim de que se possa

verificar com segurança a higidez mental do candidato e se ele apresenta os atributos

psicológicos, tais como maturidade emocional, habilidades cognitivas, aptidões específicas e

características de personalidade, compatíveis com o desempenho satisfatório da função

pretendida. A avaliação psicológica é um exame complementar cujos resultados auxiliam a

entrevista psiquiátrica, e pode, a critério do médico especialista, ser considerada como causa

de incapacidade, caso demonstre que o periciado pode apresentar dificuldades de exercer com

segurança suas atribuições, prejudicando a segurança de voo.

(e) Requisitos Psíquicos Específicos: O candidato não deverá possuir história clínica

comprovada (antecedentes) ou diagnóstico clínico de:

(1) transtornos mentais orgânicos;

(2) psicoses;

(3) esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes;

(4) transtornos mentais ou de comportamento devido ao uso de substâncias psicoativas

(estes incluem a síndrome de dependência induzida pela ingestão de bebidas alcoólicas ou

outras sustâncias psicoativas);

(5) alcoolismo;

(6) transtornos de personalidade;

(7) transtornos de humor (afetivos);

(8) transtornos neuróticos, relacionados ao estresse e somatoformes;

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(9) retardo mental;

(10) alterações mentais e comportamentais associadas a perturbações fisiológicas e fatores

físicos;

(11) transtornos da personalidade ou do comportamento adulto, particularmente se

verificável através de atos manifestos repetidos;

(12) transtornos do desenvolvimento psicológico;

(13) transtornos emocionais e de comportamento com início usualmente ocorrendo na

infância ou adolescência;

(14) transtorno mental não especificado, qualquer alteração do psiquismo e/ou uso atual de

medicações psicotrópicas (independente da indicação), que dificultem o solicitante de exercer

com segurança as atribuições correspondentes às licenças que solicitou ou possui.

67.53 – Requisitos endocrinológicos

(a) Os inspecionandos para obtenção de qualquer CCF que tenham história clínica

comprovada ou diagnóstico estabelecido de diabetes mellitus insulino-dependente serão

julgados incapazes definitivamente para o exercício da atividade aérea.

(b) Os candidatos portadores de glicemia inferior a 50mg/dl e superior a 140mg/dl,

confirmada após duas repetições, em dias diferentes, ou com o valor da hemoglobina

glicosilada acima de 7% serão incapacitados para o fim a que se destinam.

(c) Para as glicemias entre 50 e 69 mg/dl, assim como, entre 100 e 139 mg/dl , confirmadas

após duas repetições, em dias diferentes, o julgamento ficará na dependência de parecer da

clínica especializada.

(d) Os diabéticos detentores de CCF de qualquer classe em uso de hipoglicemiantes por via

oral, nas revalidações, podem ser considerados aptos desde que fique constatado, após um

período de observação de 60 dias, um controle satisfatório da glicemia (com valores entre

69mg/dl e 140mg/dl e hemoglobina glicosilada normal) que, a critério do especialista, não irá

influenciar em suas funções nem na segurança do voo:

(1) neste caso, os pilotos detentores de qualquer CCF receberão o julgamento “APTO por

180 dias”.

(e) Os detentores de CCF de qualquer classe que possuam o diagnóstico de diabetes

mellitus, mas cuja clínica e exames laboratoriais evidenciem bom controle da doença, sem o

uso de qualquer medicação hipoglicemiante, podem ser considerados aptos, a critério do

especialista.

(f) Os casos de Hipoglicemia Reativa ou outra Hipoglicemia de difícil controle ou fora de

possibilidade de controle, a critério do especialista, incapacitará definitivamente o

aeronavegante para a atividade aérea.

(g) Os inspecionandos portadores de Hipertireoidismo ou Hipotireoidismo deverão ser

considerados “INCAPAZES” até a remissão do quadro. Nas inspeções de saúde iniciais, com

julgamento de incapacidade, poderão retornar a novo exame após cessada a causa da mesma.

(h) A critério do especialista, poderão ser solicitados outros exames para avaliação

funcional da tireóide.

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(i) Qualquer outro distúrbio endócrino ou da nutrição que, a critério do especialista, possa

comprometer a segurança de voo, será motivo de incapacidade.

(j) As curvas glicêmicas realizadas para avaliação da glicemia dos inspecionandos de

qualquer classe de CCF, deverão obedecer a metodologia “DATA GRUPO”, preconizada pela

Organização Mundial de Saúde (OMS).

(k) O inspecionando portador de Doença de Addison deverá ser considerado “INCAPAZ”.

(l) Os seguintes transtornos são incapacitantes:

(1) dislipidemias severas;

(2) obesidade com IMC acima de 40;

(3) hiper ou hipofunção endócrina significativa;

67.55 - Requisitos pneumológicos

(a) O inspecionando não deve ter antecedentes clínicos comprovados ou diagnóstico

clínico de:

(1) afecção aguda dos pulmões, das pleuras e de outros órgãos intratorácicos;

(2) doença pulmonar crônica;

(3) asma brônquica;

(4) evidências de hipertensão pulmonar;

(5) antecedentes de pneumotórax de repetição e/ou presença de patologia que, a critério

do especialista, possa provocá-lo;

(6) neoplasia de tórax.

(b) A telerradiografia de tórax faz parte de todo exame inicial e dos exames de revalidação

para todas as classes, nos prazos previstos; a periodicidade da telerradiografia de tórax não

deverá ser inferior a 12 meses, salvo indicação clínica.

(c) Não deverá existir nenhuma patologia bronco-pulmonar aguda ou enfermidade ativa na

estrutura dos pulmões, no mediastino ou na pleura, que possa dar sintomas que ocasionem

incapacitação durante manobras normais ou de emergência.

(d) O solicitante que sofre de enfermidade respiratória obstrutiva crônica será considerado

incapaz, a menos que a condição do solicitante tenha sido objeto de investigação e avaliação

de conformidade com as melhores práticas médicas e que a Junta Médica tenha estimado que

não é provável que interfira no exercício seguro das atribuições correspondentes a sua licença

ou habilitação.

(e) O solicitante que sofre de asma acompanhado de sintomas significativos ou que

provavelmente ocasione sintomas que provoquem incapacidade durante manobras normais ou

de emergência será considerado incapaz.

(f) O uso de fármacos destinados a controlar a asma será motivo de desqualificação, salvo

no caso de fármacos cujo uso seja compatível com o exercício seguro das atribuições

correspondentes à licença ou habilitação do solicitante, segundo a Junta Médica.

(g) Os solicitantes que sofrem de tuberculose pulmonar ativa serão considerados incapazes.

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(h) O solicitante que apresenta lesões inativas ou cicatrizadas, que se sabe ou se supõe

serem de origem tuberculosa ou seqüelas menores de infecções prévias, pode ser considerado

APTO.

(i) O solicitante que apresenta pneumotórax não resolvido, enfermidade bolhosa, e outras

que afetem a complacência pulmonar e a função respiratória, será considerado incapaz.

67.57- Requisitos ósteo-articulares

(a) O inspecionando não deve apresentar quaisquer deformidades que sejam suscetíveis de

causar alguma deficiência funcional que possa interferir na operação segura de uma aeronave

ou no bom desempenho de suas funções em voo.

(b) O inspecionando aeronauta piloto de aeronave de asas rotativas deverá realizar

radiografia de coluna lombosacra em PA, perfil e oblíquas na inspeção inicial, a cada 24

meses ou a critério clínico.

(c) O inspecionando deve estar isento de:

(1) doença ativa dos ossos, articulações, músculos e tendões;

(2) sequelas funcionais de doenças congênitas ou adquiridas;

(3) escolioses, cifoses e lordoses sintomáticas ou que, a critério do especialista, possam

comprometer o desempenho de suas atribuições em voo;

(4) hérnia discal com sintomatologia neurológica.

(d) Nos casos dúbios de aptidão de aeronautas referente a sequelas funcionais de doenças

adquiridas citadas no subitem (b)(2), a JES ou o CEMAL poderá solicitar, para

consubstanciar o seu julgamento, um teste de proficiência técnica à ANAC, através da

GFHM, para enquadramento em cláusula de flexibilidade.

67.59 - Requisitos neurológicos

(a) O exame neurológico será realizado em todas as inspeções de saúde iniciais. Em

inspeções periódicas, a critério clínico.

(b) O inspecionando não deve ter antecedentes clínicos comprovados ou diagnóstico

clínico de:

(1) intervenção cirúrgica cerebral ou traumatismos craneoencefálicos com sequelas

detectadas por exames de imagem ou clínico que, a critério do especialista, possam afetar o

exercício das atribuições correspondentes ao CCF solicitado e/ou a segurança de voo;

(2) hemiplegia ou hemiparesia; transtornos do equilíbrio, da sensibilidade e da

coordenação neuromuscular;

(3) doença vascular de natureza auto-imune, com envolvimento do sistema nervoso central;

(4) doenças neurológicas progressivas;

(5) epilepsia;

(6) eletroencefalograma (EEG) anormal, evidenciando sinais de sofrimento cerebral,

alterações eletrográficas caracterizadas por grafoelementos epileptógenos e/ou sinais focais;

(7) diminuição total ou parcial do nível de consciência e/ou uma perda da função

neurológica, sem explicação médica satisfatória de sua causa, ou que seja manifestação de

comprometimento neurológico irreversível;

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(8) infarto cerebral ou cerebelar;

(9) insuficiência vascular cerebral;

(10) aneurisma;

(11) hemorragia meníngea ou intracerebral;

(12) enxaquecas acompanhadas de fenômenos oculares e neurológicos focais transitórios;

(13) neoplasia cerebral ou medular;

(14) antecedentes de traumatismos craneoencefálicos, cujas sequelas possam interferir a

qualquer prazo com a segurança de voo.

(c) O EEG é parte obrigatória do exame inicial, pós-incidente aeronáutico grave e pós-

acidente aeronáutico, e nas verificações do estado de saúde para todas as classes. Nas

revalidações, a critério do especialista.

(d) Nos exames de revalidação devem ser levados em conta a função que o inspecionando

exerce, bem como os recursos terapêuticos e o prognóstico da enfermidade porventura

existente.

67.61 - Requisitos otorrinolaringológicos e audiológicos

(a) Requisitos otorrinolaringológicos exigidos:

(1) o inspecionando não deve ser portador de processo patológico ativo, agudo ou crônico,

nem no ouvido interno nem no ouvido médio;

(2) o inspecionando não deve ser portador de patologia das membranas timpânicas que seja

incompatível com o exercício da atividade aérea. Uma perfuração simples e seca da

membrana timpânica não implica, necessariamente, incapacidade para o inspecionando. Em

tal circunstância, não se outorga ou se renova o CCF, a não ser que se cumpram os requisitos

auditivos requeridos para o caso;

(3) o inspecionando não deve ser portador de obstrução permanente das trompas de

Eustáquio;

(4) o inspecionando não deve ser portador de desordens permanentes dos aparelhos

vestibulares, sendo que disfunções passageiras podem ser consideradas como de incapacidade

temporária;

(5) ambos os condutos nasais devem permitir a livre passagem do ar. Não deve existir

nenhuma deformidade grave, nem afecção aguda ou crônica da cavidade bucal, nem das vias

aéreas superiores. Não deve existir patologia aguda ou crônica grave das cavidades paranasais

(seios da face). Os defeitos de articulação da palavra e a tartamudez são considerados causas

de incapacitação para o inspecionando;

(6) o inspecionando não deve ser portador de deficiência de percepção auditiva que

comprometa o bom desempenho de suas funções quando no exercício das atribuições que a

sua licença lhe concede.

(b) Requisitos audiológicos:

(1) o inspecionando submetido a uma prova com audiômetro de tom puro, não deve ter

uma deficiência de percepção auditiva, em cada ouvido separadamente, maior do que 35 dB

em nenhuma das três freqüências de 500, 1.000 e 2.000 Hz, nem maior do que 50 dB na

freqüência de 3.000 Hz. Este exame será realizado em todas as inspeções iniciais. Nas

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Emenda n° 00

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revalidações será a cada 02 anos, ou em prazo menor a critério do especialista, nos casos de

perda auditiva;

(2) no entanto, todo inspecionando com uma deficiência maior que a especificada

anteriormente pode ser declarado apto nas seguintes condições:

(i) se tiver uma capacidade auditiva, em cada ouvido, separadamente, equivalente a de uma

pessoa normal, com um ruído de fundo que simule as características de mascaramento do

ruído da cabine durante o voo no que se relaciona à voz e aos sinais de radiocomunicação; e

(ii) se puder ouvir uma voz de intensidade normal, em um quarto silencioso, com ambos os

ouvidos, a uma distância de 2 metros do examinador e de costas para o mesmo;

(iii) pela Logoaudiometria, possuir uma discriminação em campo livre superior a 80 %

(oitenta por cento) para monossílabos ou a 95% (noventa e cinco por cento) para polissílabos,

renovando o exame neste caso sem restrição.

(c) Nos processos estabelecidos no parágrafo (b) desta seção, na escolha do que falar não

se deve usar, exclusivamente, textos do tipo aeronáuticos. As listas de palavras equilibradas

foneticamente podem ser utilizadas (LOGOAUDIOMETRIA).

(1) para fins de verificação dos requisitos auditivos, quarto silencioso é aquele em que a

intensidade do ruído de fundo não chega a 50 dB, medida na resposta "lenta" de um medidor

de nível sonoro com ponderação "A";

(2) para efeito dos requisitos auditivos, o nível sonoro médio da voz, na conversação

normal, no ponto de emissão, se encontra na gama de 85 a 95 dB;

(3) o ruído de fundo a que se refere o parágrafo (b)(1)(i) desta seção deve ser composto por

um espectro sonoro em que a gama de frequências entre 600 e 4800 Hz esteja devidamente

representada.

A referência 0 (zero) para calibragem dos audiômetros de tom puro é a da Organização

Internacional de Normatização (ISO).

67.63 - Requisitos cardiológicos

A avaliação cardiológica constitui-se no cumprimento das seguintes etapas:

(a) Anamnese dirigida para o aparelho cardiovascular.

(b) Exame físico cardiológico.

(c) Exames compulsórios:

(1) eletrocardiograma: é obrigatório para todas as inspeções.

(2) prova de esforço em esteira rolante: obrigatória para todas as inspeções iniciais, a partir

de 35 anos de idade; nas revalidações após esta idade, de 3 em 3 anos ou em prazo menor, a

critério do perito.

(d) Exames complementares eventuais:

(1) reação de hemaglutinação para a Doença de Chagas;

(2) raio-x do coração e vasos da base, de frente e de perfil esquerdo, com esôfago

contrastado;

(3) prova de esforço em esteira rolante;

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(4) cintilografia miocárdica esforço-repouso ou com estresse farmacológico;

(5) ecocardiograma uni e bidimensional com doppler;

(6) ecocardiograma uni e bidimensional com doppler com esforço ou com estresse

farmacológico;

(7) eletrocardiograma dinâmico (Holter 24h);

(8) eletrocardiograma de alta resolução;

(9) monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA);

(10) cineangiocoronariografia com ventriculografia;

(11) tilt-table-test;

(12) angiotomografia de artérias coronárias;

(13) ressonância Nuclear Magnética cardíaca;

(14) qualquer outro exame, a critério do especialista.

(e) Nenhum candidato a obtenção de CCF pode ter história clínica comprovada, nem

diagnóstico clínico de:

(1) angina pectoris;

(2) doença coronariana que requeira tratamento ou que, se não tratada, é ou foi

sintomática ou clinicamente significativa;

(3) qualquer enfermidade que implique cirurgia cardíaca ou arterial,

coronarioangioplastia, implantação de prótese ou marca-passo e uso de anticoagulantes;

(4) qualquer forma de doença cardíaca congênita, exceto aquelas em que, a critério do

especialista, tenha havido cura cirúrgica indubitável;

(5) qualquer sopro cardíaco significativo ou doença das válvulas cardíacas;

(6) qualquer evidência de pericardite ou miocardiopatia;

(7) qualquer distúrbio significativo do ritmo ou da condução cardíaca;

(8) hipertensão arterial sistêmica, mantida igual ou superior a 140 X 90mmHg, ou história

de uso de medicamento hipotensor, a não ser que não interfira na segurança de vôo;

(9) qualquer evidência de doença obstrutiva vascular ou aneurisma ou, ainda, história de

cirurgia para estas condições; e

(10) infarto do miocárdio.

67.65 - Requisitos oftalmológicos

(a) O funcionamento dos olhos e de seus anexos deve ser normal. Não deve existir

condição patológica, aguda ou crônica, de nenhum dos dois olhos ou anexos, que possa

impedir sua função correta ou vir a se agravar com o voo limitando o exercício das atribuições

correspondentes à Licença e/ou Certificado do solicitante.

(b) O candidato à pilotagem, portador de cirurgia refrativa, pode ser considerado apto

desde que tenha mais de 03 (três) meses de operado, esteja dentro dos índices da categoria e

providencie, por conta própria, teste de ofuscamento e de sensibilidade ao contraste, quando

solicitado. Estes testes deverão estar dentro dos limites da normalidade e serem entregues na

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Emenda n° 00

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clínica oftalmológica na ocasião da inspeção de saúde. Durante o voo, é obrigatório o uso de

lentes filtrantes, independentemente do grau que porventura possa existir.

(c) Requisitos visuais exigidos:

(1) o inspecionando deve possuir acuidade visual para longe, em cada olho,

separadamente, igual ou superior a 20/30, ou seja, 70% (0.7) aproximadamente, sem ou com

correção óptica;

(2) acuidade visual para perto deve ser de J4 ou equivalente em outras escalas, para uma

leitura à distância de 30 a 50 cm, sem correção. J1, em cada olho, separadamente, com

correção;

(3) visão de cores - O candidato deve ter visão de cores normal ao ser avaliado com as

figuras da Tabela Pseudoisocromática de Ishihara. Caso alguma anormalidade seja detectada,

o inspecionando deverá ser submetido ao teste de Farnsworth-Munsell, ou ao teste da lanterna

de Farnsworth ou similar, conforme as especificações válidas para cada uma das provas em

particular;

(4) o inspecionando não pode deixar de possuir visão de profundidade normal não

podendo, portanto, ser monocular;

(5) o inspecionando deve possuir equilíbrio muscular perfeito, sendo permitido no máximo

1 dioptria prismática de hiperforia, (6) de exoforia e (6) de endoforia e capacidade de

vergência fusional adequada à sua foria. As heterotropias são desclassificantes;

(6) o inspecionando deve apresentar campos visuais normais;

(7) o inspecionando deve apresentar pressão intra-ocular entre 10 e 20 mmHg, obedecendo

o estabelecido em IS específica.

(d) Os candidatos portadores da Doença de Basedow-Graves com exoftalmia deverão ser

considerados “INCAPAZES”. Nas revalidações, poderão ser considerados “APTOS”, quando

metabolicamente compensados e com parecer oftalmológico favorável com relação a

exoftalmia.

(e) O inspecionando portador de correção óptica deve apresentá-la ao especialista por

ocasião da inspeção de saúde, ou sempre que solicitado por autoridade competente.

(f) Todo aeronavegante que for obrigado ao uso de lentes corretivas no exercício de suas

funções, deve ser portador de um par de óculos reserva do grau exigido.

(g) O uso de lentes de contato é permitido, desde que a função visual seja perfeita e que o

aeronavegante seja também portador de um par de óculos reserva do grau exigido.

(h) O uso de lentes de contato é permitido, desde que a correção visual seja feita para longe

em ambos os olhos e, se necessário, a complementação com óculos para a visão intermediária

e de perto, não sendo permitido a utilização do recurso da “monovisão” com as lentes de

contato (um olho corrigido com o grau para longe e o outro corrigido com o grau para a

distância intermediária ou perto). Os usuários de lente de contato deverão sempre portar um

par de óculos reserva. As lentes de contato coloridas (tingidas) para mudar a cor dos olhos

não são permitidas em aeronavegantes.

(i) Os pilotos que necessitem de óculos para a correção visual de longe, e já sejam

portadores de vista cansada para perto, devem usar obrigatoriamente lentes multifocais.

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(j) Óculos de sol com filtro para luz visível devem ser usados em dias claros, com a

correção do grau caso seja necessário. Estas lentes devem ser convencionais da cor cinza ou

verde, com filtro para luz visível em torno de 85% e filtro para radiação ultravioleta. É vedada

a utilização de lentes fotosensíveis (antigas fotocromáticas), lentes polarizadas ou lentes com

bloqueador da radiação monocromática azul (apenas para pilotos).

(k) Doenças passíveis de incapacitação nas Inspeções de Saúde de Aeronavegantes, a

critério do médico perito e de acordo com a gravidade:

(1) doenças das pálpebras (blefarites ulcerosas rebeldes ao tratamento, entrópio, ectrópio,

lagoftalmo, ptoses acentuadas e inoperáveis, coloboma, ablefaria, microblefaria, elenfantíase

palpebral, triquíase rebelde ao tratamento);

(2) doenças da conjuntiva (tracoma e pterígio que invada a córnea e comprometa a função

visual);

(3) doenças do aparelho lacrimal (dacriocistites purulentas crônicas e fístulas lacrimais);

(4) doenças de esclera (esclerites difusas e ectasia de esclerótica);

(5) doenças da córnea (oftalmomalácia, queratites neuro-paralíticas e parenquimatosas),

cicatrizes corneanas que comprometam a função visual e ceratocone;

(6) distúrbios da pressão intra-ocular (hipertensão, glaucoma em qualquer de suas formas,

hipotensão, quando surgir atrofia bulbar);

(7) doença da úvea (irites crônicas, iridociclites e uveítes, anomalias congênitas da íris, que

comprometam a função visual; coriorretinites;

(8) que comprometam a função visual (anomalias congênitas acentuadas da coróide e da

retina);

(9) doença da retina (retinites, deslocamento da retina, degeneração retiniana, distrofia

tapetoretiniana, retinopatia diabética, maculopatias, obstruções vasculares retinianas);

(10) doenças do cristalino, incluindo-se a catarata congênita com redução da acuidade

visual.

(11) doenças do vítreo (degeneração do corpo vítreo);

(12) doenças do nervo ótico (atrofia do nervo ótico);

(13) heterotropias permanentes ou intermitentes;

(14) alterações de senso cromático;

(15) ambliopias;

(16) defeitos de campo visual;

(17) ausência de visão de profundidade; e

(18) doenças da órbita.

(l) Os inspecionandos que tiverem sido submetidos à qualquer técnica de cirurgia refrativa,

tanto em inspeção inicial ou de revalidação, deverão aguardar um período mínimo de 3 meses

entre a suspensão dos colírios e o retorno à atividade, desde que a cirurgia e o pós-operatório

tenham transcorrido sem complicações, e apresente teste de sensibilidade ao contraste (teste

de ofuscamento) e topografia corneana dentro dos limites normais.

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Emenda n° 00

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67.67 - Requisitos hematológicos

(a) O inspecionando não deve ter alterações hematológicas detectadas por exames

laboratoriais específicos, tais como:

(1) anemias de qualquer natureza;

(2) doenças mieloproliferativas, mielofibróticas e neoplasias hematológicas ou do sistema

linfático;

(3) esplenomegalia; e

(4) alterações do sistema de coagulação.

(b) O traço drepanocítico e outros traços de hemoglobinopatias se consideram geralmente

compatíveis com a avaliação de aptidão. A hipercoagulabilidade do sangue, os transtornos

hemorrágicos e a anticoagulação medicamentosa oral tipo cumarínica são necessariamente

incapacitantes.

67.69 - Requisitos gastrointestinais

(a) O solicitante que apresente deficiências anátomo-funcionais significativas do trato

gastrointestinal e seus anexos, será considerado INCAPAZ.

(b) O solicitante, portador de hérnias que possam ocasionar sintomatologia e que venha a

por em risco a segurança do voo e/ou dos passageiros, será considerado INCAPAZ.

(c) O solicitante que apresente doença ativa, sequela(s) de enfermidade(s) ou de

intervenção cirúrgica em qualquer parte de trato digestivo ou seus anexos, e que possam

causar incapacidade durante o voo, será considerado INCAPAZ.

(d) É obrigatória a apresentação de exame parasitológico de fezes recente, para a categoria

de comissário de bordo nos exames iniciais e, anualmente, nas revalidações.

67.71 - Requisitos do sistema urinário

O funcionamento dos órgãos componentes deste sistema deve ser normal. Não deve existir

condição patológica, aguda ou crônica, de nenhum dos órgãos, que possa impedir sua função

correta ou vir a se agravar com o voo limitando o exercício das atribuições correspondentes à

Licença e/ou Certificado do solicitante.

(a) A avaliação nefro-urológica constitui-se no cumprimento das seguintes etapas:

(1) anamnese dirigida para o aparelho urinário;

(2) exame clínico; e

(3) exames complementares.

(b) Requisitos do sistema urinário exigidos:

(1) o solicitante que apresente sequelas de enfermidades ou de intervenções cirúrgicas nos

rins ou nas vias genitourinárias, especialmente as obstruções por estenose, compressão ou

urolitíase, será considerado INCAPAZ, a menos que a condição tenha sido objeto de uma

adequada investigação e que se tenha determinado pelo especialista que não é provável que

interfira no exercício seguro das atribuições correspondentes a sua licença ou certificado;

(2) o solicitante que tenha realizado nefrectomia será considerado INCAPAZ, a menos que

esteja compensado funcionalmente pelo rim nativo contralateral;

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Emenda n° 00

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(3) a cólica renal será considerada causa de INCAPACIDADE TEMPORÁRIA até que

uma investigação clínica permita que o especialista considere improvável a ocorrência de uma

incapacidade súbita.

67.73 - Requisitos ginecológicos e obstétricos

(a) A solicitante que sofre de transtornos ginecológicos que provavelmente interfiram no

exercício seguro das atribuições correspondentes a sua licença e habilitação, será considerada

incapaz.

(b) As aeronavegantes civis deverão trazer nas revalidações dos seus CCF laudo de exame

ginecológico preventivo anual emitido por especialista, firmado com carimbo constando o

número do CRM ao qual pertence. Exames Ginecológicos em prazos menores serão exigidos

somente por indicação clínica.

(c) As inspecionandas de qualquer categoria de CCF ficarão obrigadas à realização de

Testes Imunológicos de Gravidez em todas as inspeções de saúde, antes de se submeterem a

exame radiológico ou não. Deverão preencher o “FORMULÁRIO DE EXAME

GINECOLÓGICO” existente nas JES e nos MEI. Entretanto, o item 3 desse formulário será

realizado por Ginecologista particular e o seu resultado será apresentado com a assinatura do

especialista e o carimbo constando o número do Conselho Regional de Medicina (CRM) ao

qual pertence. Esse formulário ficará anexo à FIS.

(d) A gravidez, durante seu curso, é motivo de incapacidade para exercício da atividade

aérea, ficando automaticamente cancelada a validade do CCF. Depois do término da gravidez,

a inspecionanda só poderá retornar às suas atividades normais após submeter-se à perícia

médica específica numa JES.

(e) Depois do parto cesariano, não se permitirá que a solicitante exerça as atribuições

correspondentes à sua licença até que se submeta a uma nova avaliação ginecológica, em

conformidade com as melhores práticas médicas, e a Junta Médica tenha determinado que

possa exercer de forma segura as atribuições correspondentes a sua licença e habilitação.

67.75 – Requisitos oncológicos

(a) O solicitante que sofre de uma enfermidade neoplásica de qualquer origem que, por sua

natureza, órgão afetado, tipificação, histologia, comprometimento, complicações, manejo

diagnóstico ou terapêutico (médico-cirúrgico, radioterapia ou quimioterapia), sequelas, ou

presença de efeitos, diminua a capacidade psicofísica da pessoa, será considerado incapaz.

(b) Aeronavegantes que forem submetidos a cirurgia oncológica, de qualquer natureza,

poderão realizar inspeção médica com critérios de inspeção inicial depois de três meses de

operado, com o documento de alta hospitalar e/ou ambulatorial emitido pelo especialista.

(c) Aeronavegantes submetidos a cirurgias para retirada de tumores malignos cutâneos,

com exceção para melanomas e suas variações e de tumores decorrentes da infecção pelo

HIV, poderão realizar inspeção médica com critérios de revalidação antes do prazo de três

meses, com o documento de alta ambulatorial emitido pelo especialista.

(d) Pilotos em tratamento com radioterapia, curativa ou adjuvante, deverão ser

considerados incapazes enquanto durar o tratamento e só poderão retornar a realizar a

inspeção, com critérios de inicial, com o documento de alta ambulatorial emitido pelo

especialista.

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(e) Pilotos em tratamento com quimioterapia citotóxica, curativa ou adjuvante, deverão ser

considerados incapazes enquanto durar o tratamento e só poderão retornar a realizar a

inspeção, com critérios de inicial, com o documento de alta ambulatorial emitido pelo

especialista.

(f) Aeronavegantes em tratamento adjuvante com hormonioterapia (hormônios e/ou anti-

hormônios), se não apresentarem efeitos colaterais, com anuência do especialista, poderão ser

considerados aptos e a validade do CCF corresponderá a 180 dias da data de emissão.

67.77 - Requisitos relativos à infectologia

O solicitante que apresente uma enfermidade endêmica regional, seja esta parasitária,

bacteriana, viral, micológica e de outra etiologia, que provavelmente afete sua capacidade

psicofísica para o desempenho de suas funções aeronáuticas, será considerado incapaz.

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SUBPARTE F

REQUISITOS PSICOFÍSICOS – CLASSE MÉDICA 2, E SEM INDICAÇÃO DE

CLASSE (EXCETO REQUISITOS OFTALMOLÓGICOS PARA PILOTOS DE

BALÃO, E PILOTOS DE VEÍCULOS ULTRALEVES AUTOPROPULSADOS)

67.81 - Requisitos psiquiátricos

A avaliação médica está baseada nos seguintes requisitos:

(a) Saúde Mental:

(1) o solicitante não deve padecer de nenhuma enfermidade ou incapacidade que o impeça,

de modo crônico e inaparente ou de maneira súbita, de desempenhar suas funções ou operar

com segurança uma aeronave;

(2) não são aceitos desvios de norma (“waivers”) para requisitos de saúde mental e

tampouco se aplica inspeção de saúde especial ou inspeção de saúde em cláusula de

flexibilidade.

(b) o exame psiquiátrico será realizado em todas as inspeções de saúde iniciais e a cada

cinco anos. Quando julgado necessário, a critério clínico, poderá ser solicitado.

(c) a avaliação psicológica será realizada e fornecerá subsídios ao exame psiquiátrico das

inspeções iniciais e de revalidação a cada cinco anos, no pós acidente aeronáutico, pós

incidente aeronáutico grave, nas iniciais de Cláusula de Flexibilidade, iniciais em condições

especiais e inspeções cujo CCF tenha vencido há mais de cinco anos. A critério clínico, nas

verificações do estado de saúde.

(d) Requisitos Psíquicos (Aspectos Gerais):

(1) os requisitos psíquicos devem ser pesquisados de maneira judiciosa, integrando as

clínicas de psicologia e psiquiatria, a fim de que se possa verificar com segurança a higidez

mental do candidato e se ele apresenta os atributos psicológicos, tais como maturidade

emocional, habilidades cognitivas, aptidões específicas e características de personalidade,

compatíveis com o desempenho satisfatório da função pretendida. A avaliação psicológica é

um exame complementar cujos resultados auxiliam a entrevista psiquiátrica, e pode, a critério

do médico especialista, ser considerada como causa de incapacidade, caso demonstre que o

periciado pode apresentar dificuldades de exercer com segurança suas atribuições,

prejudicando a segurança de voo.

(e) Requisitos Psíquicos Específicos – O candidato não deverá possuir história clínica

comprovada (antecedentes) ou diagnóstico clínico de:

(1) transtornos mentais orgânicos;

(2) psicoses;

(3) esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes;

(4) transtornos mentais ou de comportamento devido ao uso de substâncias psicoativas

(estes incluem a síndrome de dependência induzida pela ingestão de bebidas alcoólicas ou

outras sustâncias psicoativas);

(5) alcoolismo;

(6) transtornos de personalidade;

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(7) transtornos de humor (afetivos);

(8) transtornos neuróticos, relacionados ao estresse e somatoformes;

(9) retardo mental;

(10) alterações mentais e comportamentais associadas a perturbações fisiológicas e fatores

físicos;

(11) transtornos da personalidade ou do comportamento adulto, particularmente se

manifestos através de atos manifestos repetidos;

(11) transtornos do desenvolvimento psicológico;

(12) transtornos emocionais e de comportamento com início usualmente ocorrendo na

infância ou adolescência;

(13) transtorno mental não especificado, qualquer alteração do psiquismo e/ou uso atual de

medicações psicotrópicas (independente da indicação), que dificultem o solicitante de exercer

com segurança as atribuições correspondentes às licenças que solicitou ou possui.

67.83 – Requisitos endocrinológicos

(a) Os inspecionandos para obtenção de qualquer CCF que tenham história clínica

comprovada ou diagnóstico estabelecido de diabetes mellitus insulino-dependente serão

julgados incapazes definitivamente para o exercício da atividade aérea.

(b) Os candidatos portadores de glicemia inferior a 50mg/dl e superior a 140mg/dl,

confirmada após duas repetições, em dias diferentes, serão incapacitados para o fim a que se

destinam.

(c) Para as glicemias entre 50 e 69 mg/dl, assim como, entre 100 e 139 mg/dl , confirmadas

após duas repetições, em dias diferentes, o julgamento ficará na dependência de parecer da

clínica especializada.

(d) Os detentores de CCF de qualquer classe que possuam o diagnóstico de diabetes

mellitus, mas que mostrem controlar a patologia sem o uso de qualquer medicação

hipoglicemiante, podem ser considerados aptos, a critério do especialista.

(e) Os diabéticos detentores de CCF de qualquer classe em uso de hipoglicemiantes por via

oral, nas revalidações, podem ser considerados aptos desde que fique constatado, após um

período de observação de 60 dias, um controle satisfatório da glicemia (>69mg/dl e

<140mg/dl) que, a critério do especialista, não irá influenciar em suas funções nem na

segurança do voo:

(1) neste caso, os pilotos detentores de qualquer CCF receberão o julgamento “APTO por

180 dias”.

(f) Os casos de Hipoglicemia Reativa ou outra Hipoglicemia de difícil controle ou fora de

possibilidade de controle, a critério do especialista, incapacitará definitivamente o

aeronavegante para a atividade aérea.

(g) Os inspecionandos portadores de Hipertireoidismo ou Hipotireoidismo deverão ser

considerados “INCAPAZES” até a remissão do quadro. Nas inspeções de saúde iniciais, com

julgamento de incapacidade, poderão retornar a novo exame após cessada a causa da mesma.

(h) A critério do especialista, poderão ser solicitados outros exames para avaliação

funcional da tireóide.

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(i) Qualquer outro distúrbio endócrino ou da nutrição que, a critério do especialista, possa

comprometer a segurança de voo, será motivo de incapacidade.

(j) As curvas glicêmicas realizadas para avaliação da glicemia dos inspecionandos de

qualquer classe de CCF, deverão obedecer à metodologia “DATA GRUPO”, preconizada pela

Organização Mundial de Saúde (OMS). (IS específica)

(k) O inspecionando portador de Doença de Addison deverá ser considerado “INCAPAZ”.

67.85 - Requisitos pneumológicos

(a) O inspecionando não deve ter antecedentes clínicos comprovados ou diagnóstico

clínico de:

(1) afecção aguda dos pulmões, das pleuras e de outros órgãos intratorácicos;

(2) doença pulmonar crônica;

(3) asma brônquica;

(4) evidências de hipertensão pulmonar;

(5) antecedentes de pneumotórax de repetição e/ou presença de patologia que, a critério do

especialista, possa provocá-lo;

(6) neoplasia de tórax.

(b) A telerradiografia de tórax faz parte de todo exame inicial e dos exames de revalidação

para todas as classes, nos prazos previstos; a periodicidade da telerradiografia de tórax não

deverá ser inferior a 12 meses, salvo indicação clínica.

(c) Não deverá existir nenhuma patologia bronco-pulmonar aguda ou enfermidade ativa na

estrutura dos pulmões, no mediastino ou na pleura, que possa dar sintomas que ocasionem

incapacitação durante manobras normais ou de emergência.

(d) O solicitante que sofre de enfermidade respiratória obstrutiva crônica será considerado

incapaz, a menos que a condição do solicitante tenha sido objeto de investigação e avaliação

de conformidade com as melhores práticas médicas e que a Junta Médica tenha estimado que

não é provável que interfira no exercício seguro das atribuições correspondentes a sua licença

ou habilitação.

(e) O solicitante que sofre de asma acompanhado de sintomas significativos ou que

provavelmente ocasione sintomas que provoquem incapacidade durante manobras normais ou

de emergência será considerado incapaz.

(f) O uso de fármacos destinados a controlar a asma será motivo de desqualificação, salvo

no caso de fármacos cujo uso seja compatível com o exercício seguro das atribuições

correspondentes a licença ou habilitação do solicitante, segundo a Junta Médica.

(g) Os solicitantes que sofrem de tuberculose pulmonar ativa serão considerados incapazes.

(h) O solicitante que apresenta lesões inativas ou cicatrizadas, que se sabe ou se supõe

serem de origem tuberculosa ou seqüelas menores de infecções prévias, pode ser considerado

APTO.

(i) O solicitante que apresenta pneumotórax não resolvido, enfermidade bolhosa, e outras

que afetem a complacência pulmonar e a função respiratória, será considerado incapaz.

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67.87 - Requisitos ósteo-articulares

(a) O inspecionando não deve apresentar quaisquer deformidades que sejam suscetíveis de

causar alguma deficiência funcional que possa interferir na operação segura de uma aeronave

ou no bom desempenho de suas funções em voo.

(b) O inspecionando aeronauta de aeronave de asas rotativas deverá realizar radiografia de

coluna lombosacra em PA, perfil e oblíquas na inspeção inicial, a cada 24 meses ou a critério

clínico.

(c) O inspecionando deve estar isento de:

(1) doença ativa dos ossos, articulações, músculos e tendões;

(2) sequelas funcionais de doenças congênitas ou adquiridas;

(3) escolioses, Cifoses e Lordoses sintomáticas ou que, a critério do especialista, possam

comprometer o desempenho de suas atribuições em voo;

(4) hérnia discal com sintomatologia neurológica.

(d) Nos casos dúbios de aptidão de aeronautas referente a sequelas funcionais de doenças

adquiridas citadas no sub-item (b)(2), a JES ou o CEMAL poderá solicitar, para

consubstanciar o seu julgamento, um teste de proficiência técnica à ANAC, através da

GFHM, para enquadramento em Cláusula de Flexibilidade.

67.89 - Requisitos neurológicos

(a) O exame neurológico será realizado em todas as inspeções de saúde iniciais. Em

inspeções periódicas, a critério clínico.

(b) O inspecionando não deve ter antecedentes clínicos comprovados ou diagnóstico

clínico de:

(1) intervenção cirúrgica cerebral ou traumatismos craneoencefálicos com seqüelas

detectadas por exames de imagem ou clínico que, a critério do especialista, possam afetar o

exercício das atribuições correspondentes ao CCF solicitado e/ou a segurança de voo;

(2) hemiplegia ou hemiparesia; transtornos do equilíbrio, da sensibilidade e da

coordenação neuromuscular;

(3) doença vascular de natureza auto-imune, com envolvimento do sistema nervoso

central;

(4) doenças neurológicas progressivas;

(5) epilepsia;

(6) eletroencefalograma (EEG) anormal, evidenciando sinais de sofrimento cerebral,

alterações eletrográficas caracterizadas por grafoelementos epileptógenos e/ou sinais focais;

(7) diminuição total ou parcial do nível de consciência e/ou uma perda da função

neurológica, sem explicação médica satisfatória de sua causa, ou que seja manifestação de

comprometimento neurológico irreversível;

(8) infarto cerebral ou cerebelar;

(9) insuficiência vascular cerebral;

(10) aneurisma;

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(11) hemorragia meníngea ou intracerebral;

(12) enxaquecas acompanhadas de fenômenos oculares e neurológicos focais transitórios;

(13) neoplasia cerebral ou medular;

(14) antecedentes de traumatismos craneoencefálicos, cujas seqüelas possam interferir a

qualquer prazo com a segurança de voo.

(c) O EEG é parte obrigatória do exame inicial, pós-incidente aeronáutico grave e pós-

acidente aeronáutico, e nas verificações do estado de saúde para todas as classes. Nas

revalidações, a critério do especialista.

(d) Nos exames de revalidação devem ser levados em conta a função que o inspecionando

exerce, bem como os recursos terapêuticos e o prognóstico da enfermidade porventura

existente.

67.91 – Requisitos otorrinolaringológicos e audiológicos

(a) Requisitos otorrinolaringológicos:

(1) o inspecionando não deve apresentar processo patológico ativo, agudo ou crônico, nem

no ouvido interno nem no ouvido médio;

(2) o inspecionando não deve apresentar desordens permanentes nos aparelhos

vestibulares. As condições passageiras podem ser consideradas como causa de incapacidade

temporária;

(3) o inspecionando não deve apresentar nenhuma deformidade grave ou afecção grave,

aguda ou crônica, da cavidade bucal ou das vias aéreas superiores. Os defeitos de articulação

da palavra e a tartamudez são considerados causas de incapacidade quando comprometerem a

comunicação oral básica;

(4) a radiografia dos seios paranasais é obrigatório nas inspeções iniciais para obtenção de

CCF de 1ª classe. Os inspecionados das outras classes de CCF só o farão quando houver

indicação clínica.

(b) Requisitos Audiológicos

(1) o inspecionando submetido a uma prova com audiômetro de tom puro, não deve ter

uma deficiência de percepção auditiva, em cada ouvido separadamente, maior do que 35 dB

em nenhuma das três freqüências de 500, 1.000 e 2.000 Hz, nem maior do que 50 dB na

freqüência de 3.000 Hz. Este exame será realizado em todas as inspeções iniciais. Nas

revalidações será a cada 02 anos, ou em prazo menor a critério do especialista, nos casos de

perda auditiva;

(2) o inspecionando deve ouvir uma voz de intensidade normal, em um quarto silencioso,

com ambos os ouvidos, a uma distância de 2 metros do examinador e de costas para o mesmo;

(3) no processo estabelecido no parágrafo acima desta seção, na escolha do que falar não se

deve usar, exclusivamente, textos do tipo aeronáuticos. As listas de palavras equilibradas

foneticamente podem ser utilizadas (LOGOAUDIOMETRIA);

(4) a critério clínico, outros quesitos audiológicos mencionados na avaliação para a 1ª

classe poderão usados.

67.93 - Requisitos cardiológicos

A avaliação cardiológica constitui-se no cumprimento das seguintes etapas:

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Emenda n° 00

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(a) Anamnese dirigida para o aparelho circulatório.

(b) Exame físico cardiológico.

(c) Exames compulsórios:

(1) eletrocardiograma: é obrigatório para todas as inspeções;

(2) prova de esforço em esteira rolante:

(i) para pilotos: obrigatória para todas as inspeções iniciais, a partir de 35 anos de idade;

nas revalidações após esta idade, a cada 3 anos, ou em prazo menor, a critério clínico;

(ii) para não pilotos: todas as inspeções iniciais, a partir dos 40 anos de idade; nas

revalidações após esta idade, a cada 5 anos, ou em prazo menor, a critério clínico.

(d) Exames complementares eventuais:

(1) reação de hemaglutinação para a Doença de Chagas;

(2) raio-x do coração e vasos da base, de frente e de perfil esquerdo, com esôfago

contrastadoç;

(3) prova de esforço em esteira rolante;

(4) cintilografia miocárdica esforço-repouso ou com estresse farmacológico;

(5) ecocardiograma uni e bidimensional com doppler;

(6) ecocardiograma uni e bidimensional com doppler com esforço ou com estresse

farmacológico;

(7) eletrocardiograma dinâmico (Holter 24h);

(8) eletrocardiograma de alta resolução;

(9) monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA);

(10) cineangiocoronariografia com ventriculografia;

(11) tilt-table-test;

(12) angiotomografia de artérias coronárias;

(13) ressonância Nuclear Magnética cardíaca;

(14) qualquer outro exame, a critério do especialista.

(e) Nenhum candidato a obtenção de CCF pode ter história clínica comprovada, nem

diagnóstico clínico de:

(1) angina pectoris;

(2) doença coronariana que requeira tratamento ou que, se não tratada, é ou foi sintomática

ou clinicamente significativa;

(3) qualquer enfermidade que implique cirurgia cardíaca ou arterial, coronarioangioplastia,

implantação de prótese ou marca-passo e uso de anticoagulantes;

(4) qualquer forma de doença cardíaca congênita, exceto aquelas em que, a critério do

especialista, tenha havido cura cirúrgica indubitável;

(5) qualquer sopro cardíaco significativo ou doença das válvulas cardíacas;

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(6) qualquer evidência de pericardite ou miocardiopatia;

(7) qualquer distúrbio significativo do ritmo ou da condução cardíaca;

(8) pressão arterial sistêmica, mantida superior a 140 X 90mmHg;

(9) qualquer evidência de doença obstrutiva vascular ou aneurisma ou, ainda, história de

cirurgia para estas condições; e

(10) infarto do miocárdio.

67.95 - Requisitos oftalmológicos (exceto para pilotos de balão e pilotos de veículos

ultraleves autopropulsados)

(a) O funcionamento dos olhos e de seus anexos deve ser normal. Não deve existir

condição patológica, aguda ou crônica, de nenhum dos dois olhos ou anexos, que possa

impedir sua função correta ou vir a se agravar com o voo limitando o exercício das atribuições

correspondentes à Licença e/ou Certificado do solicitante.

(b) O candidato à pilotagem, portador de cirurgia refrativa, pode ser considerado apto

desde que tenha mais de seis meses de operado, esteja dentro dos índices da categoria e

providencie, por conta própria, teste de ofuscamento e de sensibilidade ao contraste, quando

solicitado. Estes testes deverão estar dentro dos limites da normalidade e serem entregues na

clínica oftalmológica na ocasião da inspeção de saúde. Durante o voo, é obrigatório o uso de

lentes filtrantes, independentemente do grau que porventura possa existir.

(c) Requisitos visuais exigidos:

(1) o inspecionando deve possuir acuidade visual para longe, em cada olho separadamente,

igual ou superior a 20/40, ou seja 50% (0.5) aproximadamente, sem ou com correção óptica;

(2) acuidade visual para perto deve ser até de J6 ou equivalente em outras escalas, para

uma leitura à distância de 30 a 50cm, sem correção. J2 em cada olho separadamente, com

correção;

(3) visão de cores - O inspecionando deve reconhecer as cores misturadas nas tabelas de

senso cromático, ou, no mínimo, as cores básicas isoladas usadas em aviação;

(4) o inspecionando não pode deixar de possuir, visão de profundidade normal não

podendo, portanto, ser monocular;

(5) o inspecionando deve possuir equilíbrio muscular perfeito, sendo permitido no máximo

1 dioptria prismática de hiperforia, 6 de exoforia e 6 de endoforia e capacidade de vergência

fusional adequada à sua foria. As heterotropias são desclassificantes;

(6) o inspecionando deve possuir campos visuais normais;

(7) o inspecionando deve apresentar pressão intra-ocular entre 10 e 20 mmHg, obedecendo

o estabelecido em IS específica.

(d) O candidato portador da Doença de Basedow-Graves com exoftalmia deverá ser

considerado “INCAPAZ”. Nas revalidações, poderão ser considerados “APTO”, quando

metabolicamente compensados e com parecer oftalmológico favorável com relação a

exoftalmia.

(e) O inspecionando portador de correção óptica deve apresentá-la ao especialista por

ocasião da inspeção de saúde, ou sempre que solicitado por autoridade competente.

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(f) Todo aeronavegante que for obrigado ao uso de lentes corretivas no exercício de suas

funções, deve ser portador de um par de óculos reserva do grau exigido.

(g) O uso de lentes de contato é permitido, desde que a função visual seja perfeita e que o

aeronavegante seja também portador de um par de óculos reserva do grau exigido.

(h) O uso de lentes de contato é permitido, desde que a correção visual seja feita para longe

em ambos os olhos e, se necessário, a complementação com óculos para a visão intermediária

e de perto, não sendo permitido a utilização do recurso da “monovisão” com as lentes de

contato (um olho corrigido com o grau para longe e o outro corrigido com o grau para a

distância intermediária ou perto). Os usuários de lente de contato deverão sempre portar um

par de óculos reserva. As lentes de contato coloridas (tingidas) para mudar a cor dos olhos

não são permitidas em aeronavegantes.

(i) Os pilotos que necessitem de óculos para a correção visual de longe, e já sejam

portadores de vista cansada para perto, devem usar obrigatoriamente lentes multifocais.

(j) Óculos de sol com filtro para luz visível devem ser usados em dias claros, com a

correção do grau caso seja necessário. Estas lentes devem ser convencionais da cor cinza ou

verde, com filtro para luz visível em torno de 85% e filtro para radiação ultravioleta. É vedada

a utilização de lentes fotosensíveis (antigas fotocromáticas), lentes polarizadas ou lentes com

bloqueador da radiação monocromática azul (apenas para pilotos).

(k) Nos casos de heteroforia que não se enquadrem dentro dos limites estabelecidos pelos

itens c5 ou d5, poderá ser solicitado, a critério do médico perito, um teste ortóptico para

melhor avaliação do quadro. Caso no teste ortóptico, apresente uma boa amplitude de fusão,

isto poderá ser levado em consideração.

(l) Doenças passíveis de incapacitação nas Inspeções de Saúde de Aeronavegantes, a

critério do Médico Perito e de acordo com a gravidade:

(1) doenças das pálpebras (blefarites ulcerosas rebeldes ao tratamento, entrópio, ectrópio,

lagoftalmo, ptoses acentuadas e inoperáveis, coloboma, ablefaria, microblefaria, elenfantíase

palpebral, triquíase rebelde ao tratamento);

(2) doenças da conjuntiva (tracoma e pterígio que invada a córnea e comprometa a função

visual);

(3) doenças do aparelho lacrimal (dacriocistites purulentas crônicas e fístulas lacrimais);

(4) doenças de esclera (esclerites difusas e ectasia de esclerótica);

(5) doenças da córnea (oftalmomalácia, queratites neuro-paralíticas e parenquimatosas),

cicatrizes corneanas que comprometam a função visual e ceratocone;

(6) distúrbios da pressão intra-ocular (hipertensão, glaucoma em qualquer de suas formas,

hipotensão, quando surgir atrofia bulbar);

(7) doença da úvea (irites crônicas, iridociclites e uveítes, anomalias congênitas da íris, que

comprometam a função visual; coriorretinites que comprometam a função visual; anomalias

congênitas acentuadas da coróide e da retina);

(8) doença da retina (retinites, deslocamento da retina, degeneração retiniana, distrofia

tapetoretiniana, retinopatia diabética, maculopatias, obstruções vasculares retinianas);

(9) doenças do cristalino, incluindo-se a catarata congênita com redução da acuidade

visual;

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(10) doenças do vítreo (degeneração do corpo vítreo);

(11) doenças do nervo ótico (atrofia do nervo ótico);

(12) heterotropias permanentes ou intermitentes;

(13) alterações de senso cromático;

(14) ambliopias;

(15) defeitos de campo visual;

(16) ausência de visão de profundidade; e

(17) doenças da órbita.

(m) Os inspecionandos que tiverem sido submetidos à qualquer técnica de cirurgia

refrativa, tanto em inspeção inicial ou de revalidação, deverão aguardar um período mínimo

de 3 meses entre a suspensão dos colírios e o retorno à atividade, desde que a cirurgia e o pós-

operatório tenham transcorrido sem complicações, e apresente teste de sensibilidade ao

contraste (teste de ofuscamento) e topografia corneana dentro dos limites normais.

67.97 - Requisitos hematológicos

(a) O inspecionando não deve ter alterações hematológicas detectadas por exames

laboratoriais específicos, tais como:

(1) anemias de qualquer natureza;

(2) doenças mieloproliferativas, mielofibróticas e neoplasias hematológicas ou do sistema

linfático;

(3) esplenomegalia; e

(4) alterações do sistema de coagulação.

(b) O traço drepanocítico e outros traços de hemoglobinopatias se consideram geralmente

compatíveis com a avaliação de apto/aptidão, a não ser que exista o risco de crise hemolítica

em voo. A hipercoagulabilidade do sangue, os transtornos hemorrágicos e a anticoagulação

medicamentosa oral tipo cumarínica são necessariamente inacapacitantes.

67.99 - Requisitos gastrointestinais

(a) O solicitante que apresente deficiências anátomo-funcionais significativas do trato

gastrointestinal e seus anexos, será considerado INCAPAZ.

(b) O solicitante, portador de hérnias que possam ocasionar sintomatologia e que venha a

por em risco a segurança do voo e/ou dos passageiros, será considerado INCAPAZ.

(c) O solicitante que apresente doença ativa, sequela(s) de enfermidade(s) ou de

intervenção cirúrgica em qualquer parte de trato digestivo ou seus anexos, e que possam

causar incapacidade durante o voo, será considerado INCAPAZ.

(d) É obrigatória a apresentação de exame parasitológico de fezes recente, para a categoria

de comissário de bordo nos exames iniciais e, anualmente, nas revalidações.

67.101 - Requisitos do sistema urinário

O funcionamento dos órgãos componentes deste sistema deve ser normal. Não deve existir

condição mórbida, aguda ou crônica, de nenhum dos órgãos, que possa impedir sua função

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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correta ou vir a se agravar com o voo limitando o exercício das atribuições correspondentes à

Licença e/ou Certificado do solicitante.

(a) A avaliação nefro-urológica constitui-se no cumprimento das seguintes etapas:

(1) anamnese dirigida para o aparelho urinário;

(2) exame clínico; e

(3) exames complementares.

(b) Requisitos do sistema urinário exigidos:

(1) o solicitante que apresente sequelas de enfermidades ou de intervenções cirúrgicas nos

rins ou nas vias genitourinárias, especialmente as obstruções por estenose, compressão ou

urolitíase, será considerado “INCAPAZ”, a menos que a condição tenha sido objeto de uma

adequada investigação e que se tenha determinado pelo especialista que não é provável que

interfira no exercício seguro das atribuições correspondentes a sua licença ou certificado;

(2) o solicitante que tenha realizado nefrectomia será considerado INCAPAZ, a menos que

esteja compensado funcionalmente pelo rim nativo contralateral;

(3) a cólica renal será considerada causa de INCAPACIDADE TEMPORÁRIA até que

uma investigação clínica permita que o especialista considere improvável a ocorrência de uma

incapacidade súbita.

67.103 - Requisitos ginecológicos e obstétricos

(a) A solicitante que sofre de transtornos ginecológicos que provavelmente interfiram no

exercício seguro das atribuições correspondentes a sua licença e habilitação, será considerada

incapaz.

(b) As aeronavegantes civis deverão trazer nas revalidações dos seus CCF laudo de exame

ginecológico preventivo anual emitido por especialista, firmado com carimbo constando o

número do CRM ao qual pertence. Exames Ginecológicos em prazos menores serão exigidos

somente por indicação clínica.

(c) As inspecionandas de qualquer categoria de CCF ficarão obrigadas à realização de

Testes Imunológicos de Gravidez em todas as inspeções de saúde, antes de se submeterem a

exame radiológico. Deverão preencher o “FORMULÁRIO DE EXAME GINECOLÓGICO”

existente nas JES e nos MEI. Entretanto, o item 3 desse formulário será realizado por

Ginecologista particular e o seu resultado será apresentado com a assinatura do especialista e

o carimbo constando o número do Conselho Regional de Medicina (CRM) ao qual pertence.

Esse formulário ficará anexo à FIS.

(d) A gravidez, durante seu curso, é motivo de incapacidade para exercício da atividade

aérea, ficando automaticamente cancelada a validade do CCF. Depois do término da gravidez,

a inspecionanda só poderá retornar às suas atividades normais após submeter-se à perícia

médica específica numa JES.

(e) Depois do parto cesariano, não se permitirá que a solicitante exerça as atribuições

correspondentes a sua licença, até que se submeta a uma nova avaliação ginecológica, em

conformidade com as melhores práticas médicas, e a Junta Médica tenha determinado que

pode exercer de forma segura as atribuições correspondentes a sua licença e habilitação.

67.105 - Requisitos oncológicos

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(a) O solicitante que sofre de uma enfermidade neoplásica de qualquer origem que, por sua

natureza, órgão afetado, tipificação, histologia, comprometimento, complicações, manejo

diagnóstico ou terapêutico (médico-cirúrgico, radioterapia ou quimioterapia), sequelas, ou

presença de efeitos, diminua a capacidade psicofísica da pessoa, será considerado incapaz.

(b) Aeronavegantes que forem submetidos a cirurgia oncológica, de qualquer natureza,

poderão realizar inspeção médica com critérios de inspeção inicial depois de três meses de

operado, com o documento de alta hospitalar e/ou ambulatorial emitido pelo especialista.

(c) Aeronavegantes submetidos a cirurgias para retirada de tumores malignos cutâneos,

com exceção para melanomas e suas variações e de tumores decorrentes da infecção pelo

HIV, poderão realizar inspeção médica com critérios de revalidação antes do prazo de três

meses, com o documento de alta ambulatorial emitido pelo especialista.

67.107 - Requisitos relativos à infectologia

(a) O solicitante que apresente uma enfermidade endêmica regional, seja esta parasitária,

bacteriana, viral, micológica e de outra etiologia, que provavelmente afete sua capacidade

psicofísica para o desempenho de suas funções aeronáuticas, será considerado incapaz.

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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SUBPARTE G

REQUISITOS PSICOFÍSICOS OFTALMOLÓGICOS - PARA PILOTOS DE

BALÃO, PILOTOS DE PLANADOR, OPERADORES DE EQUIPAMENTOS

ESPECIAIS (OEE) E PILOTOS DE VEÍCULOS ULTRALEVES

AUTOPROPULSADOS.

67.111 - Requisitos visuais para pilotos de balão, pilotos de planador:

(a) O inspecionando na ocasião da inspeção inicial deverá apresentar:

(1) o funcionamento dos olhos deve ser normal assim como seus anexos. Não deve existir

condição patológica aguda ou crônica, de nenhum dos olhos ou anexo que possa impedir sua

função correta limitando o exercício das atribuições correspondentes a licença e habilitação

do solicitante.

(2) o piloto que necessita utilizar lentes corretivas deverá portar um par reserva quando em

voo e apresentá-lo quando solicitado por autoridade competente.

(3) o inspecionando devera possuir acuidade visual para longe em cada olho

separadamente igual ou superior a 20/40 com ou sem correção.

(4) o inspecionando deverá reconhecer as cores básicas separadamente utilizadas em

aviação.

(b) O candidato portador da Doença de Basedow-Graves com exoftalmia deverá ser

considerado “INCAPAZ”. Nas revalidações, poderá ser considerado “APTO”, quando

metabolicamente compensado e com parecer oftalmológico favorável com relação a

exoftalmia.

67.113 - Requisitos visuais exigidos para pilotos sem indicação de classe (pilotos de

recreio e desportistas – de veículos ultraleves autopropulsados).

(a) O inspecionando na ocasião da inspeção inicial deverá apresentar:

(1) o funcionamento dos olhos e de seus anexos sem anormalidades, assim como sua

pressão ocular. Não deve existir condição patológica aguda ou crônica em nenhum dos olhos

ou anexo que possa impedir sua função correta ao extremo de impedir o exercício das

atribuições correspondentes à licença e habilitação do solicitante;

(2) a acuidade visual para longe em cada olho, separadamente e com correção, deverá ser

igual, ou melhor, do que 20/30 para longe e J2 para perto. Caso um olho apresente acuidade

visual de 20/40, poderá obter seu CCF caso possua visão binocular de 20/30;

(3) o candidato deverá possuir equilíbrio muscular perfeito sendo permitido no máximo 01

(uma) dioptria prismática de hiperforia, 05 (cinco) de exoforia e 10 (dez) de endoforia. As

heterotropias são desclassificantes;

(4) a cirurgia refrativa será permitida desde que o resultado esteja dentro dos índices

exigidos. É obrigatório o uso de óculos com lentes neutras filtrantes e o teste de ofuscamento

esteja normal quando solicitado pelo especialista;

(5) visão de cores – O candidato deverá reconhecer as cores básicas utilizadas em aviação;

(6) o inspecionando portador de correção ótica deve apresentá-la por ocasião da inspeção

de saúde ou sempre que solicitado por autoridade competente;

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(7) todo aeronavegante no exercício de suas funções deverá portar um par de óculos

reserva no grau exigido;

(8) o uso de lentes de contato é permitido desde que não se utilize a técnica de monovisão

e a lente seja incolor;

(9) não obstante as exigências contidas nas letras de (a) à (h), aquele que já possui licença

de piloto em qualquer categoria e for monocular, poderá obter seu certificado de piloto

desportista caso cumpra as seguintes exigências:

(i) deverá ter decorrido mais de 6 (seis) meses o episódio que ocasionou a perda da visão

de um olho;

(ii) o olho remanescente, deverá possuir visão sem correção de 20/30 e com correção de

20/20 para longe, sendo J4 sem correção e J1 com correção para perto;

(iii) cumpridas as exigências, o requerente deverá ser submetido a um check em voo por

um INSPAC para verificar sua proficiência técnica;

(iv) o piloto para ser enquadrado no item anterior, não poderá ter outra patologia restritiva

concomitante.

(b) O candidato portador da Doença de Basedow-Graves com exoftalmia deverá ser

considerado “INCAPAZ”. Nas revalidações, poderá ser considerado “APTO”, quando

metabolicamente compensado e com parecer oftalmológico favorável com relação a

exoftalmia.

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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SUBPARTE H

REQUISITOS ODONTOLÓGICOS PARA TODAS AS CLASSES E SEM

INDICAÇÃO DE CLASSE

67.121 - Requisitos odontológicos

(a) O inspecionando deve estar enquadrado nas seguintes condicionantes:

(1) presença de um número de dentes compatível com uma função mastigatória

assintomática, tolerando-se próteses que satisfaçam essa condição e que não prejudiquem a

fonação;

(2) ausência de cáries profundas;

(3) ausência de moléstias periodontais evidenciáveis ao exame visual ou radiográfico;

(4) ausência de afecções periapicais constatadas visualmente ou em exames radiográficos;

e

(5) ausência de deformidades maxilares ósseas, ou de tecidos moles ou dentários,

congênitas ou adquiridas, que dificultem a mastigação ou a articulação da palavra.

(b) Deverão ser anotadas todas as próteses, ausências dentárias, alterações nos elementos

dentários, mucosas e anexos da cavidade oral. A atualização do Odontograma Legal deverá

ser realizada a cada 5 anos.

(c) É obrigatória nas JES e Médicos Credenciados a imagem digitalizada das arcadas e

mucosas orais em todas as inspeções de saúde iniciais e, nas subsequentes, quando houver

modificação na configuração Odontológica Legal. As tomadas serão 4, de uma a uma.

(d) A radiografia panorâmica será realizada em todas as inspeções de saúde iniciais de

aeronavegantes com CCF de 1ª e 2ª classes e nas atualizações dos odontogramas legais,

quando existirem alterações significativas.

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Emenda n° 00

Origem: SSO

41/60

SUBPARTE I

REQUISITOS PSICOFÍSICOS – DIVERSOS

67.131 - Procedimentos em casos de infecção pelo HIV para todas as classes e categorias

(a) Nas Inspeções de Saúde iniciais poderá ser realizado o exame Anti-HIV nos

inspecionandos com quadro clínico compatível com a doença AIDS em atividade. Os

resultados positivos deverão ser confirmados com o exame Westen-Blot e, se confirmado,

será considerado “INCAPAZ PARA O FIM A QUE SE DESTINA”.

(b) Os candidatos soro-positivos assintomáticos, sem a doença em atividade, serão

considerados “APTO PARA O FIM A QUE SE DESTINA”.

(c) Nas Inspeções de Saúde periódicas, para os portadores do HIV, serão adotados os

seguintes procedimentos:

(1) quando estiverem assintomáticos, serão considerados “APTO”, devendo ser

reexaminados a cada 180 (cento e oitenta) dias, devendo fazer acompanhamento ambulatorial

especializado e trazer parecer do médico assistente na próxima Inspeção; nestas inspeções,

será obrigatória rigorosa avaliação das condições físicas e psíquicas do inspecionando, além

da realização de exames complementares julgados necessários, a fim de fornecer a atual e real

situação clínica do inspecionando e subsidiar o julgamento da Junta;

(2) nas inspeções em que o periciado estiver na fase sintomática da doença será julgado

mediante a avaliação das suas condições físicas e psíquicas, a critério da Junta;

(3) deverão passar por avaliação psicológica a cada reexame; e poderão passar por testes

em consultório e/ou em simuladores de vôo; a aplicabilidade dos testes será definida em

regulamentação adequada;

(4) nos casos de comprometimento imunológico importante, aparecimento de doenças

oportunistas e piora das condições clínicas, serão julgados “INCAPAZ

TEMPORARIAMENTE” por um prazo estipulado pela Junta de Saúde, mediante avaliação

do inspecionando, realizando tratamento especializado neste período. Cessada a causa da

incapacidade temporária, com melhora das condições clínicas, o inspecionando voltará a ser

julgado como “APTO”;

(5) o aeronavegante que estiver “INCAPAZ TEMPORARIAMENTE” por dois anos e

continuar não respondendo ao tratamento será considerado “INCAPAZ

DEFINITIVAMENTE”;

(6) os inspecionandos que se mantiverem Incapazes Temporariamente por período de

tempo superior a 2 (dois) anos, ou que apresentarem grave comprometimento das condições

clínicas ou doenças oportunistas que inviabilizem a permanência no desempenho da função

pretendida, deverão ser considerados “INCAPAZ DEFINITIVAMENTE” para a função.

67.133 - Avaliação de aptidão psicofísica em condições especiais

Este item refere-se às avaliações de transtornos físicos potencialmente evolutivos ou de

comportamento variável ao longo do tempo que são classificadas como avaliação de aptidão

psicofísica em condições especiais.

(a) Esta inspeção só se aplica a portadores de licença de aeronauta.

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Emenda n° 00

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(b) As solicitações para avaliação de aptidão psicofísica em condições especiais deverão

ser encaminhadas à ANAC, exceto os casos de Prolapso de Válvula Mitral que poderão ser

julgados pelas JES. A ANAC poderá delegar a competência de julgar um solicitante nessas

condições ou de realizar testes de proficiência técnica em voo ou em simulador de voo a uma

entidade devidamente nomeada para esse fim.

(c) Testes de proficiência técnica em voo ou em simulador de voo deverão ser indenizados

separadamente das inspeções de saúde.

(d) As fichas originais de inspeção de saúde deverão ser enviadas para o CEMAL.

(e) Um piloto com CCF especial não pode voar com outro piloto que possua também um

CCF especial, ou em Cláusula de Flexibilidade.

(f) Das Condições Especiais:

(1) revascularização miocárdica:

(i) no caso de portadores de cirurgia de revascularização miocárdica ou angioplastia

coronariana sem infarto do miocárdio:

(A) os pilotos de todas as classes de CCF podem ser considerados aptos para o exercício da

atividade aérea, após 180 dias de revascularização, desde que cumpram as seguintes

exigências:

(1) holter/24 horas (eletrocardiograma dinâmico) sem evidências de arritmias que

necessitem de tratamento ou de alterações isquêmicas;

(2) cintilografia miocárdica esforço-repouso sem alterações isquêmicas;

(3) lipidograma normal;

(4) cineangiocoronariografia com ventriculografia mostrando perviedade das pontes,

artérias e boa função ventricular;

(5) nestes casos o parecer deve ser: APTO POR NO MÁXIMO 180 DIAS. No campo

“limitações” do CCF deverá constar: “RESTRIÇÃO AO VOO SOLO E EM INSTRUÇÃO,

PROIBIDO PILOTAR COM OUTRO PILOTO COM RESTRIÇÕES NO CCF”; No campo

OBSERVAÇÕES, deverá constar a sigla da restrição (ver IS de Preenchimento de CCF);

(6) nas inspeções de revalidação as exigências do subparágrafo (g)(1) ficam a critério do

especialista;

(7) na inspeção inicial para candidatos a qualquer categoria de Piloto, o julgamento será

“INCAPAZ PARA O FIM A QUE SE DESTINA”;

(8) em pilotos, na concomitância com o diabetes melitus, o julgamento será "INCAPAZ

DEFINITIVAMENTE PARA A ATIVIDADE AÉREA".

(B) aeronavegante não Piloto:

(1) inspeção Inicial: incapaz;

(2) inspeção de revalidação: pode ser considerado apto para o exercício da atividade aérea,

após 180 dias da revascularização, desde que não apresente ao Holter/24 horas alterações

isquêmicas ou arritmias e com prova de esforço normal. Em casos especiais, a critério do

especialista, outros exames podem ser solicitados.

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(ii) aeronautas de todas as classes, portadores de miocardiopatias hipertrófica não-

obstrutiva, dilatada, isquêmicas, infiltrativas e restritivas, em fase inicial, de origem idiopática

com fração de ejeção normal, deverão realizar teste ergométrico, com Protocolo de Bruce e

cumprir pelo menos três estágios, sem apresentar sintomas, instabilidade elétrica nem queda

na pressão arterial e poderão ter como parecer “APTO DEVENDO SER REEXAMINADO

APÓS 180 DIAS”; no campo “limitações” do CCF dos pilotos deverá constar: “PROIBIDO

PILOTAR COM OUTRO PILOTO COM RESTRIÇÕES NO CCF”; para este fim o teste

ergométrico deverá ser repetido anualmente, o ecocardiograma a cada 180 dias e o Holter a

critério clínico;

(iii) aeronautas portadores de próteses valvares biológicas, sem uso concomitante de

anticoagulantes, sem evidências de arritmias que necessitem de tratamento ou de alterações

isquêmicas ao Holter, poderão ter como parecer “APTO DEVENDO SER REEXAMINADO

APÓS 180 DIAS”, e no campo “limitações” do CCF dos pilotos deverá constar: “PROIBIDO

PILOTAR COM OUTRO PILOTO COM RESTRIÇÕES NO CCF”;

(iv) Nas inspeções de revalidação, nenhum aeronauta poderá estar em uso de

anticoagulantes.

(2) infarto agudo do miocárdio:

(i) o aeronauta piloto que tenha sido acometido de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

poderá ser considerado APTO, desde que satisfaça as seguintes condições:

(A) tenha decorrido no mínimo 180 dias após o acidente coronário; e

(B) após este período, no exame para retorno à atividade aérea, esteja compensado do

ponto de vista cardiovascular, assintomático, sem necessidade de uso de vasodilatador

coronariano de urgência e satisfaça as seguintes exigências de eligibilidade ao Teste Médico

em Voo:

(1) holter de 24 horas (ECG dinâmico) sem evidências de isquemia e/ou arritmias que

necessitem tratamento;

(2) cintilografia miocárdica sem alterações isquêmicas;

(3) ecocardiograma (ECO) de stress sem alterações isquêmicas;

(4) eco trans-esofágico demonstrando função sistólica global dentro dos parâmetros

normais e ausência de trombo intracavitário;

(5) lipidograma dentro dos limites da normalidade;

(6) cineangiocoronariografia com ventriculografia demonstrando ausência de aterosclerose

significativa de um (quando este for dominante) ou de mais vasos, função ventricular global

preservada, ausência de trombo intracavitário ou outras complicações devidas ao acidente

isquêmico coronariano; e

(7) índice de massa corporal (IMC) máxima de 29,9 associado à circunferência da cintura

igual ou maior a 102 cm para os homens; e circunferência da cintura igual ou maior a 88 cm

para as mulheres (ver Apêndice A).

(C) obtenha parecer favorável na clínica psiquiátrica, apoiado pela avaliação psicológica;

(D) deverá realizar Teste Médico em Voo (real ou em simulador), com uso de

eletrocardiografia dinâmica (Holter 24h) e MAPA;

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Emenda n° 00

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(E) os pilotos poderão ter como parecer “APTO DEVENDO SER REEXAMINADO

APÓS 180 DIAS”, e no campo “limitações” do CCF deverá constar: “PROIBIDO PILOTAR

COM OUTRO PILOTO COM RESTRIÇÕES NO CCF”;

(F) o CCF deverá ser revalidado a cada 180 dias e os parâmetros do lipidograma e do IMC

versus circunferência da cintura deverão estar compatíveis com os recomendados no subitem

(B)(5) e (7).

(ii) o aeronauta não piloto que tenha sido acometido de Infarto Agudo do Miocárdio

(IAM) poderá ser considerado APTO, desde que satisfaça as seguintes condições:

(A) tenha decorrido no mínimo 180 dias do infarto, desde que não apresente:

(1) insuficiência cardíaca;

(2) angina de peito;

(3) arritmias graves;

(4) cardiomegalia acentuada;

(5) lipidograma anormal;

(6) cintilografia miocárdica esforço-repouso com alterações isquêmicas; e

(7) cineangiocoronariografia com ventriculografia, a critério do especialista, evidenciando

alterações significativas.

(B) obtenha parecer favorável na clínica psiquiátrica, apoiado pela avaliação psicológica; e

(3) síndromes de pré-excitação:

(i) no caso de portadores de alterações eletrocardiográficas compatíveis com Síndromes de

Pré-Excitação:

(A) candidatos a piloto são considerados incapazes;

(B) outros aeronavegantes não pilotos são considerados aptos, desde que assintomáticos.

(ii) inspecionandos que foram submetidos à ablação de Feixe Anômalo para a pré-

excitação ou para tratamento de arritmias cardíacas:

(A) candidatos a piloto e ou outros aeronavegantes não pilotos serão considerados aptos

desde que tenham mais de 6 meses do procedimento de ablação e evidenciada, no reestudo

eletrofisiológico, a ausência de conecção anômala; ausência de flutter atrial no Holter 24

horas; ecocardiograma normal e teste ergométrico normal;

(B) os aeronautas pilotos deverão revalidar o CCF a cada 12 meses.

(iii) todas as fichas originais de inspeção de saúde inicial dos inspecionandos que foram

submetidos ao procedimento de ablação da via anômala, deverão ser enviadas ao CEMAL.

(4) marcapasso cardíaco:

(i) o aeronauta piloto que seja portador de marcapasso poderá ser considerado APTO,

desde que as seguintes condições sejam atendidas:

(A) o inspecionando não seja dependente do marcapasso;

(B) tenha decorrido no mínimo 90 dias da colocação (ou recolocação) do marcapasso,

desde que não apresente:

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Emenda n° 00

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(1) insuficiência cardíaca;

(2) angina de peito;

(3) arritmias graves;

(4) cardiomegalia acentuada;

(5) lipidograma anormal;

(6) cintilografia miocárdica esforço-repouso com alterações isquêmicas; e

(7) cineangiocoronariografia com ventriculografia, a critério do especialista, evidenciando

alterações significativas.

(C) o sistema de marcapasso seja do tipo bipolar;

(D) registros regulares de seguimento do paciente, incluindo a verificação dos parâmetros

de bateria e sistema de “sensing” e estimulação do marcapasso;

(E) obtenha parecer favorável na clínica psiquiátrica, apoiado pela avaliação psicológica; e

(F) deverá realizar avaliação médica em voo (real ou em simulador), com uso de

eletrocardiografia dinâmica (Holter 24h) e MAPA.

(ii) o aeronauta não piloto que seja portador de marcapasso poderá ser considerado APTO,

desde as seguintes condições sejam atendidas:

(A) tenha decorrido no mínimo 90 dias do infarto, desde que não apresente:

(1) insuficiência cardíaca;

(2) angina de peito;

(3) arritmias graves;

(4) cardiomegalia acentuada;

(5) lipidograma anormal;

(6) cintilografia miocárdica esforço-repouso com alterações isquêmicas; e

(7) cineangiocoronariografia com ventriculografia, a critério do especialista, evidenciando

alterações significativas.

(B) o sistema de marcapasso seja do tipo bipolar;

(C) o inspecionando não seja dependente do marcapasso;

(D) registros regulares de seguimento do paciente, incluindo a verificação dos parâmetros

de bateria e sistema de “sensing” e estimulação do marcapasso;

(e) obtenha parecer favorável na clínica psiquiátrica, apoiado pela avaliação psicológica; e

(5) ablação por Radiofreqüência:

(i) o aeronauta PLA ou PC que tenha se submetido a procedimento de ablação por

radiofrequência para tratamento de flutter atrial poderá ser considerado APTO desde que

observadas as seguintes condições:

(A) evidências de bloqueio bidirecional do circuito de flutter;

(B) estudo eletrofisiológico demonstra bloqueio bidirecional do istmo;

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Emenda n° 00

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(C) não recorrência da arritmia após 3 meses;

(D) ECG de esforço normal (realização de pelo menos 3 estágios do protocolo de Bruce);

(E) ecocardiograma demonstra um coração morfologicamente normal;

(F) ausência de flutter atrial no monitoramento ao Holter (evidência de fibrilação atrial

necessitará de estudos/avaliações adicionais).

(ii) emissão do CCF sem restrições poderá ser considerada após 12 meses.

(6) prolapso de válvula mitral:

(i) nos casos de prolapso de válvula mitral:

(A) os solicitantes de CCF portadores de prolapso de válvula mitral assintomáticos, sem

arritmias e na ausência de doenças cardíacas associadas, podem ser considerados aptos se

satisfizerem os critérios abaixo:

(1) teste ergométrico máximo satisfatório (ausência de arritmias e/ou alterações

isquêmicas);

(2) holter 24 horas satisfatório (ausência de arritmias e/ou alterações isquêmicas); e

(3) ecografia (ausência de alterações hemodinâmicas e/ou degeneração mixomatosa).

(B) aeronautas pilotos deverão revalidar o CCF a cada 12 meses satisfazendo os critérios

de (A).

(ii) nos casos de revalidação com degeneração mixomatosa, o inspecionando não piloto

deverá ser reexaminado anualmente com a realização de ecocardiograma a cada inspeção; no

caso dos pilotos com degeneração mixomatosa e sem arritmias complexas ao Holter 24 horas,

o parecer será “APTO DEVENDO SER REEXAMINADO APÓS 180 DIAS”, e no campo

“limitações” do CCF dos pilotos deverá constar: “PROIBIDO PILOTAR COM OUTRO

PILOTO COM RESTRIÇÕES NO CCF”.

(7) transplante renal:

(i) o aeronauta piloto portador de transplante renal, sem complicações de rejeição ou de

outra enfermidade do órgão transplantado, com apropriada função renal e boa tolerância à

medicação, poderá ser declarado APTO, após 180 (cento e oitenta) dias, sempre que:

(A) estime-se que não é provável que interfira no exercício seguro das atribuições

correspondentes a sua licença ou certificado;

(B) obtenha parecer favorável na clínica psiquiátrica, apoiado pela avaliação psicológica; e

(C) deverá realizar avaliação médica em voo (real ou em simulador).

(ii) o aeronauta não piloto portador de transplante renal, sem complicações de rejeição ou

de outra enfermidade do órgão transplantado, com apropriada função renal e boa tolerância à

medicação, poderá ser declarado APTO, após 180 (cento e oitenta) dias, sempre que:

(A) estime-se que não é provável que interfira no exercício seguro das atribuições

correspondentes a sua licença ou certificado;

(B) obtenha parecer favorável na clínica psiquiátrica, apoiado pela avaliação psicológica; e

(C) nos casos de MV, CMO e OEE, o teste de voo poderá ser substituído por um simulador

de cabine.

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Emenda n° 00

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67.135 – Avaliação de aptidão psicofísica em cláusulas de flexibilidade

Esta seção trata da emissão de CCF para solicitantes com lesão estável e permanente.

Esta avaliação tem a finalidade de estabelecer os parâmetros médicos para revalidação de

CCF, no caso específico em que, apesar de não atender aos requisitos psicofísicos previstos

nas subpartes E, F e G, por evolução dos conhecimentos médicos, mediante avaliação prática

em voo e/ou acompanhamento especial, possa ser concedido o CCF requerido.

Aplica-se, exclusivamente, aos portadores de licença de: PLA, PC, MV, CMO, OEE.

Somente o CEMAL julga estes casos. As JES que realizarem os exames do inspecionando

devem enviar a ficha original de inspeção de saúde (FIS), para que o CEMAL julgue o caso, à

exceção da primeira inspeção para o ingresso em cláusula de flexibilidade de PC e PLA que

deverá ser feita, obrigatoriamente, no CEMAL.

(a) Para os portadores de licença de: PLA, PC, MV, CMO e OEE.

(1) não se renova CCF de aeronautas que apresentem visão monocular, surdez unilateral ou

sequelas osteo-articulares incapacitados para o exercício da atividade aérea por uma Junta

Especial de Saúde , a menos que satisfaçam as seguintes condições:

(i) o parecer médico especializado indique que, em circunstâncias especiais, a deficiência

do aeronauta é tal que não é provável que o exercício das funções que desempenha ponha em

risco a segurança de vôo;

(ii) seja comprovado em teste de proficiência técnica, realizada pela ANAC, que o

desempenho profissional do aeronauta supera ou compensa a sua deficiência e não ponha em

risco a segurança de vôo;

(iii) em pilotos, tenha decorrido um período mínimo de seis meses a contar da data da

perda da visão do olho acometido e o retorno à atividade aérea.

(2) o teste de proficiência técnica constará de um relatório médico de voo, realizado por

um Médico INSPAC, e de um relatório do INSPAC da categoria do periciado, que serão

encaminhados, imediatamente, à Junta Médica do CEMAL a fim de servir de base para o

julgamento;

(3) para realização do teste de proficiência técnica, será emitida autorização médica

especial pela ANAC, após a inspeção de saúde no CEMAL, não sendo considerada a clínica a

ser enquadrada na Cláusula de Flexibilidade. O voo não poderá ser solo;

(4) nos casos de MV, CMO e OEE, o teste de voo poderá ser substituído por um simulador

de cabine;

(5) nos casos de piloto, o teste de proficiência técnica em voo poderá ser precedido por um

teste de simulador de voo;

(6) a ANAC coordena o teste de proficiência técnica e o processo de inspeção de saúde em

Cláusula de Flexibilidade;

(7) nos casos de incapacidade, em Cláusula de Flexibilidade, emitidos pelo CEMAL, o

aeronauta poderá interpor recurso à Junta Superior de Saúde da Aviação Civil, na ANAC. Os

resultados dos recursos em Cláusulas de Flexibilidade julgados por esta serão comunicados ao

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CEMAL, sendo que nos casos de aptidão, as revalidações serão julgadas posteriormente pelo

CEMAL;

(8) nos casos de visão monocular e surdez unilateral, o olho e o ouvido sãos devem atender

aos requisitos de revalidação exigidos para os inspecionandos sem tais deficiências, não

podendo apresentar nenhum tipo de patologia e atendendo aos índices máximos dos requisitos

de revalidação exigidos para os inspecionandos sem tais deficiências;

(9) nos casos de aptidão deverá ser anotado, no campo de observações do CCF, o código

da cláusula de flexibilidade. Nos casos dos pilotos, deverá ser anotado no campo de

limitações, RESTRIÇÃO AO VOO SOLO e INSTRUÇÃO (básica), e o prazo máximo de

validade deverá ser de 180 (cento e oitenta dias) dias, independentemente da faixa etária;

(10) o piloto enquadrado em Cláusula de Flexibilidade só poderá operar com outro piloto

que não tenha restrição em seu CCF;

(11) quando da renovação do CCF de pilotos em Cláusula de Flexibilidade, a critério da

Junta Médica, novo teste de proficiência técnica poderá ser realizado;

(12) caso haja piora da doença que enquadrou o aeronauta em Cláusula de Flexibilidade,

deverá ser realizado um novo teste de proficiência técnica;

(13) a cláusula de flexibilidade só se aplica a apenas uma doença;

(14) em hipótese alguma se emite CCF para candidatos que apresentem visão monocular,

surdez unilateral ou sequelas ósteo-articulares;

(15) é permitido ao PC enquadrado em Cláusula de Flexibilidade ascender à categoria de

PLA;

(16) para efeitos deste regulamento, o amblíope será considerado monocular;

(17) o uso de prótese auditiva é incapacitante.

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SUBPARTE J

ASPECTOS ADMINISTRATIVOS

67.141 – Competência

A Autoridade Aeronáutica Civil determinará inspeção de saúde do aeronavegante civil

sempre que houver indício de comprometimento da sua aptidão psicofísica, que afete a

segurança de voo, ainda que esteja válido o seu Certificado Médico Aeronáutico.

As inspeções de saúde citadas acima serão realizadas por determinação ou solicitação

formal da autoridade competente que deve especificar a finalidade das mesmas, salvo nas

inspeções de saúde para efeito de controle médico periódico.

(a) São autoridades competentes para determinar ou solicitar inspeções de saúde:

(1) os Diretores da ANAC;

(2) o Superintendente da SSO;

(3) os Gerentes-Gerais;

(4) o Gerente da GFHM;

(5) os demais elementos do sistema de segurança de voo da aviação civil na forma do

disposto nas instruções específicas da ANAC;

(b) A Superintendência de Segurança Operacional, através da GFHM, deve prestar ao

CEMAL, às JES e aos Médicos Credenciados os esclarecimentos que se fizerem necessários

sobre a aplicação deste regulamento, bem como sobre as modificações que venham a ser neles

introduzidas pela ANAC.

(c) O apoio técnico da GFHM à ANAC é proporcionado através de:

(1) emissão de pareceres técnicos pertinentes ao pessoal da aviação civil e elaboração de

procedimentos e manuais necessários ao cumprimento das regulamentações, à preservação da

confidencialidade dos registros médicos e relativos às declarações falsas por parte dos

aeronavegantes;

(2) assessoramento ao superintendente da SSO nos assuntos relativos à Medicina de

Aviação;

(3) auditagem técnica das inspeções de saúde realizadas por Médicos e Clìnicas

Credenciados e Juntas Especiais de Saùde;

(4) pesquisa e estudo dos requisitos psicofísicos e de aptidão para emissão do CCF com

proposições de mudanças ao superintendente da SSO, sempre em consonância com a

legislação signatária (ANEXO 1 da OACI) e outras legislações emitidas pelo governo

brasileiro;

(5) elaboração de procedimentos e manuais que orientem os inspetores devidamente

nomeados a auditar os Médicos e Clínicas Credenciados, Juntas de Saúde e quaisquer outros

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profissionais subsidiários às inspeções de saúde, assim como a Fichas de Inspeção de Saúde

remetidas à ANAC.

(d) A ANAC coordenará a inspeção de saúde do aeronavegante civil e aluno que vierem a

sofrer acidente aeronáutico ou incidente aeronáutico grave no curso de sua atividade. O

aeronavegante terá seu CCF suspenso imediatamente, devendo ser inspecionado por Junta

Especial de Saúde indicada pela ANAC. A escola ou aeroclube onde o aluno é cadastrado

deverá recolher o CCF e enviar à GFHM, além de encaminhá-lo para inspeção de saúde. Nos

casos em que o tripulante estiver clinicamente impossibilitado de se locomover, a perícia

médica competente deve ser realizada no local onde se encontrar o tripulante, por médico

enviado pela ANAC.

(e) Antes de iniciar a inspeção de saúde, todo candidato ou aeronavegante civil deverá

preencher o Formulário de Antecedentes Médicos para Inspeção de Saúde – Termo de

Responsabilidade, datar e assinar, relatando as suas condições atuais de saúde, antecedentes

clínicos, cirúrgicos, história de doenças familiares, de hereditariedade e se recebeu

anteriormente qualquer parecer desfavorável ou julgamentos de incapacidade para atividade

aérea por médicos, responsáveis técnicos ou juntas médicas credenciadas pela ANAC para

esse fim.

(f) Qualquer declaração falsa prestada na inspeção de saúde, referente ao item anterior, ou

artifício para burlar a perícia médica, deverá ser comunicado à ANAC, pela Junta Médica ou

Médico Examinador Credenciado, por ofício descrevendo o ocorrido, para tomada de ações

cabíveis.

(g) Será disponibilizado pela ANAC, através da GFHM, aos Médicos Credenciados e às

JES o resultado do julgamento de incapacidade dos candidatos ou aeronavegantes civis

previamente avaliados em exame médico. O acesso a essas informações visa facilitar aos MC

e às JES a identificação de casos em que ocorram tentativas de burlar a perícia médica através

de declaração falsa.

67.143 - Juntas de saúde e médicos examinadores credenciados

(a) As Juntas de Saúde, no âmbito deste regulamento, são constituídas por médicos com

curso de Medicina Aeroespacial ou equivalente, incumbidos de realizar as inspeções de saúde

nos aeronavegantes civis por meio de convênio da ANAC com o COMAER.

(b) As Juntas de Saúde são assim classificadas:

(1) Junta Superior de Saúde da Aviação Civil;

(2) Junta Especial de Saúde;

(3) Junta Mista Especial de Saúde; e

(4) Junta Especial de Saúde Itinerante.

(c) Compete à Junta Superior de Saúde da Aviação Civil pronunciar-se em grau de recurso,

em última instância, sobre quaisquer julgamentos ou pareceres emitidos sobre as condições de

saúde de aeronavegantes civis, bem como revisar os seus próprios pareceres, conforme a

legislação pertinente. A Junta Superior deverá funcionar na ANAC, com médicos do quadro

de servidores da Agência.

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(d) As petições de Inspeções de Saúde em grau de recurso ou revisão devem ser

despachadas à Junta Superior de Saúde da Aviação Civil pela GFHM, mediante requerimento

do interessado, fundamentado em documentação que justifique o requerido.

(e) Às Juntas Mistas Especiais de Saúde compete comprovar o início ou o término da

incapacidade laborativa do aeronauta, decorrente de doenças ou acidente (relacionados ao

trabalho ou não), para fins de instrução do processo de concessão de benefícios (auxílio-

doença ou auxílio-acidentário) e/ou aposentadoria por invalidez pela Previdência Social.

(f) Não estão sujeitos a recursos ou revisão pela Junta Superior de Saúde da Aviação Civil

os casos julgados pela Junta Mista Especial de Saúde, por serem regidos por legislação

específica.

(1) quando o aeronauta aposentado por invalidez recorrer à Junta de Recursos da

Previdência Social para retornar à atividade aérea, o parecer técnico é de competência da

Junta Superior de Saúde da Aviação Civil, para orientar o julgamento do recurso realizado

pela Junta de Recursos da Previdência Social.

(g) Haverá curso sobre aspectos técnicos e administrativos da inspeção de saúde de

aeronavegante civil para o pessoal de saúde que exerce atividades nas JES conveniadas com a

ANAC e, periodicamente, cursos de reciclagem.

(h) Médicos Credenciados (MC)

(1) do credenciamento

(i) a ANAC poderá, a seu critério, credenciar médicos com curso de medicina de aviação

ministrado pelo COMAER ou cursos civis reconhecidos pelo Ministério de Educação e

Cultura, para realizar, exames médicos de revalidação nas categorias de Pilotos Privados,

Comissários de Bordo, Pilotos de Planador, Pilotos de Balão Livre, Pilotos de Recreio e

Pilotos Desportistas, com idade até 59 anos;

(ii) os atuais médicos credenciados pela ANAC, que não tenham curso de medicina de

aviação até a data da publicação deste regulamento, terão prazo de 03 (três) anos para

apresentar diploma de curso de especialização em medicina aeroespacial, para obter o

recredenciamento;

(iii) o inspecionando a ser examinado deverá comprovar residência na área de atuação do

MC determinado pela ANAC;

(iv) para iniciar o credenciamento, o médico deverá realizar um curso fornecido pela

ANAC, abordando aspectos administrativos e práticos das inspeções de saúde, devendo obter

aprovação ao final do mesmo;

(v) periodicamente, haverá curso de reciclagem.

(vi) os profissionais que fornecerem pareceres subsidiários à inspeção médica também

poderão ser visitados por servidores da ANAC.

(2) do descredenciamento

(i) a suspensão ou o cancelamento do credenciamento dar-se-á por determinação da ANAC

a qualquer momento ou pelo não atendimento dos requisitos estabelecidos para manter o seu

credenciamento.

(ii) o cancelamento também pode ocorrer por solicitação do próprio médico;

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(i) Clínicas Médicas Credenciadas

(1) do credenciamento

(i) a clínica deverá respeitar os padrões estabelecidos pela ANVISA para construção de

imóveis destinados a atividades relativas à saúde;

(ii) a clínica deverá respeitar a regulamentação definida pela ANAC em Instrução

Suplementar (IS) específica.

(iii) a clínica deverá ter um diretor técnico médico responsável;

(iv) os profissionais que fornecerem pareceres subsidiários à inspeção médica também

poderão ser visitados por servidores da ANAC;

(2) do descredenciamento

(i) a suspensão ou o cancelamento do credenciamento dar-se-á por determinação da

ANAC a qualquer momento ou pelo não atendimento dos requisitos estabelecidos

para manter o seu credenciamento.

(ii) o cancelamento também pode ocorrer por solicitação do próprio diretor técnico médico.

(j) As JES, os MC e o CEMAL deverão comunicar imediatamente à ANAC os casos de

emissão de parecer de incapacidade.

(k) O MC enviará imediatamente a FIS do aeronavegante acompanhada de todos os

exames subsidiários para o CEMAL, para fins de auditagem técnica, microfilmagem e

emissão do CCF.

(l) Quando for necessário parecer especializado de alguma clínica ou realização de

determinado exame complementar inexistente nas JES ou em serviço médico credenciado,

poderá ser solicitado parecer de especialista, ou exame, na rede clínico-laboratorial externa.

67.145 - Disposições finais

(a) Em todas as inspeções de saúde é obrigatória a apresentação do documento de

identidade com fotografia pelo inspecionando, para cada médico especialista, odontologista,

farmacêutico e psicólogo que realizar exame com o propósito de dar parecer para a FIS e/ou

para qualquer julgamento. O inspecionando que não apresentar o documento ficará impedido

de iniciar e/ou continuar a inspeção.

(i) Para iniciar a inspeção de saúde periódica, o periciado deverá entregar o CCF da

inspeção anterior, ou, na ausência dele, boletim de ocorrência (BO) de roubo ou extravio

emitido pela autoridade competente;

(ii) Nos casos dos aeronautas, além destes, é obrigatório apresentar o encaminhamento pelo

empregador.

(b) Após a inspeção de saúde, o CEMAL e as Juntas de Saúde deverão inserir o resultado

do julgamento no banco de dados de aeronavegantes civis da ANAC. Os médicos e clínicas

credenciadas o farão através do CEMAL, ficando responsáveis cível e criminalmente por

quaisquer problemas decorrentes do atraso no envio dos documentos.

(c) Todas as JES conveniadas com a ANAC estão obrigadas a remeter ao CEMAL as FIS

originais dos aeronavegantes civis, no prazo máximo de 15 dias após o julgamento, para fins

de auditagem técnica e microfilmagem.

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(d) As inspeções de saúde iniciadas e não concluídas, sem parecer incapacitante na clínica

que realizou o exame do aeronavegante civil, deverão ser encaminhadas à ANAC no prazo

máximo de 30 (trinta) dias.

(e) As inspeções de saúde iniciadas e não concluídas, com parecer incapacitante na clínica

que realizou ou realizaram o exame do aeronavegante civil, deverão ser julgadas em 30

(trinta) dias e enviadas imediatamente à ANAC.

(f) Para submeter-se à inspeção de saúde inicial, o candidato deverá ser encaminhado, via

ofício, por aeroclube, escola homologada, ou entidade autorizada pela ANAC à Junta Especial

de Saúde ou MC, antes de iniciar o curso teórico. O candidato e/ou aeronavegante civil

estrangeiro, para submeter-se à inspeção de saúde inicial, deverá ser encaminhado pela

autoridade aeronáutica civil brasileira, observando o disposto no RBAC-61.

(g) O aeroclube, escola homologada, ou entidade autorizada pela ANAC deverão observar

um prazo de antecedência mínimo de 30 (trinta) dias para solicitar o exame.

(h) Quando se tratar de funcionário de órgão público, deverá ser encaminhado

diretamente, via ofício, à Junta de Saúde para realização de exame inicial.

(i) É vedado ao Médico Credenciado realizar inspeções pós incidente grave aeronáutico,

pós acidente aeronáutico, em Cláusula de Flexibilidade, inspeções de saúde para avaliação

psicofísica em Condições Especiais e em aeronavegantes estrangeiros.

(j) O inspecionando, a cada 03 (três) inspeções de saúde realizadas por Médico

Examinador Credenciado, deverá realizar a inspeção seguinte em Junta Especial de Saúde.

(k) O Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) admissional, periódico, demissional, de

mudança de função ou de retorno ao trabalho, assim como quaisquer atestados de médico

assistente do aeronauta não terão precedência sobre os CCF emitidos pelas JES, JMES, JESI e

Junta Superior de Saúde da Aviação Civil.

(l) Os Julgamentos sobre a aptidão física de aeronautas emitidos por médicos do trabalho

de empresas aéreas ou quaisquer outros médicos que não os componentes de JES, JMES, JESI

e Junta Superior de Saúde da Aviação Civil não terão nenhuma prevalência sobre julgamentos

realizadas pelas JES.

(m) Os médicos do trabalho das empresas aéreas são responsáveis por realizar o devido

encaminhamento do aeronauta às JES, para fins de avaliação médica, sempre que observar

indício de comprometimento de sua aptidão psicofísica, que afete a segurança de voo e/ou dos

passageiros, ainda que esteja válido o seu Certificado de Capacidade Física.

(n) A empresa deve comunicar, obrigatoriamente, à ANAC todas as licenças médicas dos

aeronautas, com duração acima de 15 (quinze) dias, mediante ofício, anexando a cópia do

atestado do médico assistente, e/ou Atestado de Saúde Ocupacional, e/ou parecer do médico

do trabalho, e/ou Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), no prazo máximo de 05

(cinco) dias úteis.

(o) O aeronauta pode solicitar perícia médica, mediante requerimento às JES ou ao

CEMAL, independente de encaminhamento pela empresa aérea, em qualquer caso de

incapacidade laborativa por razão médica com duração inferior a 15 (quinze) dias, para fins de

estabelecimento de causa e efeito para benefícios da Previdência Social.

(p) As empresas aéreas deverão encaminhar à ANAC o currículo sucinto dos médicos

contratados, informando a graduação, especializações, pós-graduações e experiência de

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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trabalho. Os médicos que não forem especializados em Medicina Aeroespacial deverão

realizar o Curso Básico de Fisiologia de Voo.

(q) Os médicos da ANAC poderão pedir vistas aos prontuários dos aeronautas das

empresas aéreas a qualquer tempo.

(r) O aeronavegante civil que sentir declínio em seus requisitos de aptidão, para exercer

as funções que o seu CCF lhe outorga, deve comparecer a qualquer JES para nova avaliação

médica, mesmo com CCF válido, observado o disposto na letra (o) desta seção, passando a

responder cível e criminalmente por qualquer incidente grave aeronáutico ou acidente

aeronáutico consequente à sua doença quando formalmente diagnosticada, mas não

comunicada. Se portador de doença mental ou outra condição que o impeça de assinar o

requerimento para tal inspeção, a solicitação pode ser assinada por cônjuge, filho maior de

idade ou outro representante legal.

(s) Quando o aeronavegante tiver seu CHT cassado pela ANAC ficará impedido de

realizar inspeção de saúde nas JES, MC ou Clínicas Credenciadas, enquanto durar a cassação.

Excetuam-se os exames feitos pelas Juntas Mistas Especiais de Saúde. Tal condição será

informada pela ANAC à Junta Superior Especial de Saúde, às JES e aos MC.

(t) O inspecionando deve observar um prazo adequado para que, com antecedência, possa

realizar sua inspeção de saúde antes de expirar a validade do seu CCF.

(u) Toda aposentadoria do aeronauta por tempo de serviço deve ser comunicada pela

empresa à ANAC, no prazo de trinta dias, para fins de estatística.

(v) Todo falecimento de aeronauta deve ser comunicado pela Empresa à ANAC,

constando a causa mortis, dentro de um período máximo de dez dias úteis, após tomar

conhecimento, oficialmente, do óbito. Tal informação deverá ser feita utilizando-se modelo de

Informe de Falecimento, conforme APÊNDICE B deste RBAC.

(w) Na realização dos exames médicos de revalidação do CCF, o inspecionando deverá

apresentar o CCF da última inspeção de saúde à JES, MC ou Clínica Credenciada que irá

realizar a inspeção de saúde, devendo esta inspeção estar em consonância com o parágrafo

(cc) desta seção. Nas revalidações devem ser levados em conta a função do solicitante, bem

como os recursos terapêuticos e o prognóstico da enfermidade porventura existente.

(x) Todo exame médico deve ser pago na forma da lei, inclusive os exames em grau de

recurso solicitados ao CEMAL ou à Junta Superior de Saúde. O inspecionando não precisará

pagar novamente se der continuidade ao seu exame por um prazo de até noventa dias. Os

exames realizados pela Junta Mista Especial de Saúde serão pagos através de convênio pela

Previdência Social.

(i) Inspecionandos do sexo feminino que interromperem os exames deverão repetir o teste

para gravidez a cada retorno.

(y) O segurado aeronauta em gozo de auxílio-doença deve portar comprovante de

tratamento de médico assistente de sua escolha, conforme exigência da Previdência Social,

para poder submeter-se à inspeção de saúde na Junta Mista Especial de Saúde.

(z) O aeronauta para ser inspecionado pela Junta Mista Especial de Saúde deve entregar,

na inspeção inicial, o CCF da última inspeção.

(aa) O parecer “APTO, COM RESTRIÇÃO PARA ATIVIDADE AÉREA” não se aplica

aos aeronavegantes civis.

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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(bb) O julgamento “APTO, COM RESTRIÇÃO PARA VOO SOLO” implica que o piloto

envolvido não pode ser instrutor de voo e só pode voar com outro piloto sem restrição em seu

CCF.

(cc) As restrições ou as incapacidades temporárias emitidas por uma JES, só poderão ser

revogadas pela JES que julgou o aeronavegante ou pelo CEMAL. Os recursos sobre

julgamentos das JES e MC serão apreciados pelo CEMAL em primeira instância e pela Junta

Superior de Saúde da Aviação Civil em última instância. Excluem-se as incapacidades

emitidas pelas Juntas Mistas Especiais de Saúde.

(dd) Todas as JES devem enviar à ANAC, para fins de estatística, o número mensal de

inspeções realizadas até o dia 05 (cinco) do mês subsequente. Esta comunicação poderá ser

via ofício ou FAX.

(ee) Todas JES e MC deverão enviar cópia dos CCF emitidos no mês, à ANAC, até o dia

10 do mês subsequente.

(ff) Todas as JES e MC deverão enviar à ANAC os espelhos de CCF recolhidos dos

aeronavegantes antes do início da inspeção de saúde, inclusive os CCF anulados, até o 30º dia

do mês subsequente.

(gg) A segunda via do CCF deve ser solicitada às JES e MC que expediram o CCF,

mediante pagamento. As JES deverão cobrar o valor estipulado pelo COMAER e os MC, a

seu critério, assim como, quaisquer cópias de documentos de interesse do inspecionando.

(hh) Nos exames periódicos, caberá ao inspecionando que tenha número de código da

ANAC, transcrevê-lo na Ficha de Inspeção de Saúde (FIS) onde está realizando a sua

inspeção de saúde para que possa ser emitido o seu CCF, caso seja julgado “APTO”.

(ii) Para realização de exames médicos admissionais, periódicos e demissionais de

aeronautas, conforme definido em lei, é obrigatório o encaminhamento pelo empregador. São

aeronautas: o piloto comandante, o co-piloto, o mecânico de voo, o comissário de bordo e o

operador de equipamentos especiais.

(jj) O CCF é documento médico e sua emissão é prerrogativa de profissional médico

habilitado.

(1) A prorrogação da validade de um CCF deve obedecer aos parágrafos 4 e 5 do Art. 18

da Portaria Interministerial nº. 3.016, de 05 de fevereiro de 1988 e efetuada somente pela

ANAC, pelo prazo máximo de 45 dias.

(hh) Os portadores de CCF inicial para fins de obtenção de licença deverão comprovar que

estão matriculados em escola de formação ou aeroclube ou entidade de formação de piloto de

recreio ou desportista, para iniciar a sua inspeção de saúde.

(ii) As FIS, os Livros de Ata das Inspeções de Saúde de aeronavegantes civis e os

microfilmes das FIS, quer estejam nas JES, no CEMAL e nos arquivos dos Médicos

Credenciados, são de propriedade da ANAC.

(jj) Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria Colegiada da ANAC.

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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Bibliografia

1. _______. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988,

Texto promulgado em 5/10/1988.

2. BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Departamento de Aviação Civil. Código Brasileiro

da Aeronáutica (Lei no 7565 de 19 de dezembro de 1986). Diário Oficial [da República

Federativa do Brasil], Brasília, p. 19568-94, 23 de dezembro de 1986. Seção 1, pt. 1.

3. ________. Lei nº 11.182, de 27 de Setembro de 2005. Cria a Agência Nacional de

Aviação Civil – ANAC, e dá outras providências.

4. ________. Decreto nº 5.731, de 20 de março de 2006. Dispõe sobre a instalação, a

estrutura organizacional da Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC e aprova o seu

regulamento.

5. ________. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do

Adolescente e dá outras providências

6. _______. Lei no 7.183, de 05 de abril de 1984. Regula o Exercício da Profissão de

Aeronauta e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil],

Brasília, p. 4969-74, 06 de abril de 1984. Seção 1, pt. 1.

7. ________. Decreto-lei no 5.452 de 01 de maio de 1943. Dispõe sobre a Consolidação

das Leis do Trabalho.

8. ________. Lei nº 3.807 - de 26 de agosto de 1960 - DOU de 5/9/60 - LOPS - Leis

Orgânica da Previdência Social

9. ________. Decreto nº 3.048 - de 06 de maio de 1999 - DOU de 7/5/99 - Republicado

em 12/05/99. Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências.

10. ________. Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização da

Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.

11. ________. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios

da Previdência Social e dá outras providências.

12. ________. Medida Provisória nº 1.523, de 11 de outubro de 1996 - DOU de 14/10/96 -

Altera dispositivos das Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, e dá outras

providências.

13. ________. Portaria Interministerial n 3.016, de 05 de fevereiro de 1988. Expede

instruções para a execução da Lei no 7.183, de 05 de abril de 1984, que Regula o Exercício

da Profissão de Aeronauta.

14. __________. Manual de Normas de Vacinação. 3.ed. Brasília: Ministério da Saúde:

Fundação Nacional de Saúde; 2001 72p.

15. INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION. Personnel licensing.

Annex 1 to the Convention of International Civil Aviation. 10th ed. Montreal: jul.2006. 73 p.

16. ________. Manual of Civil Aviation Medicine. 2nd ed. Montreal: 1985.

17. ________. American College of Sports Medicine (ACSM). Guidelines of exercise

testing and exercise prescription. 7nd

ed. Philadelphia: Lea & Febiger, 2006.

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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18. ________. Callaway CW, Chumlea WC e Bouchard C. Circumferences. In: Lohman

TG, Roche AF, Martorell R. (ed.) Anthropometric standardization reference manual.

Champaign, IL, Human Kinetics, 1988. 39-54.

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Data da emissão: xx de yyyyy de zzzz RBAC n°067

Emenda n° 00

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“APÊNDICE A DO RBAC 67 – AVALIAÇÃO DO RISCO DE DOENÇAS

RELACIONADAS AO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) E

CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA”

Tabela 1 - Risco de Doenças Relacionadas ao IMC e

Circunferência de Cintura para Homens

IMC* kg/m

2

Circunferência da Cintura

≤102,0 cm >102,0 cm

<18,0 Baixo risco Baixo risco

18,5 – 24,9 Baixo risco Baixo risco

25,0 – 29,9 Aumentado Alto risco

30,0 – 34,9 Alto risco Altíssimo risco

35,0 – 39,9 Altíssimo risco Altíssimo risco

≥40,0 Risco extremo Risco extremo

Adaptado: ACSM. ACSM’s Guidelines for exercise testing and prescription. 6 ed.

Philadelphia: Lea & Febiger, 2006.

* IMC= peso corporal (kg)/estatura2 (m)

Tabela 2 - Risco de Doenças Relacionadas ao IMC e

Circunferência de Cintura para Mulheres

IMC* kg/m

2

Circunferência da Cintura

≤88,0 cm >88,0 cm

<18,0 Baixo risco Baixo risco

18,5 – 24,9 Baixo risco Baixo risco

25,0 – 29,9 Aumentado Alto risco

30,0 – 34,9 Alto risco Altíssimo risco

35,0 – 39,9 Altíssimo risco Altíssimo risco

≥40,0 Risco extremo Risco extremo

Adaptado: ACSM. ACSM’s Guidelines for exercise testing and prescription. 6 ed.

Philadelphia: Lea & Febiger, 2006.

* IMC= peso corporal (kg)/estatura2 (m)

Circunferência da Cintura

Medida realizada no ponto mais estreito

entre a última costela e a crista ilíaca.

(Callaway et al., 1988)

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AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL

INFORME DE FALECIMENTO

RBAC 67.145 (v)

Companhia:

Agência Nacional de Aviação Civil

Gerência de Fatores Humano na Aviação e Medicina de Aviação

Rio de Janeiro, de de 20 .

Informamos para fins de cancelamento de CCF que , código ANAC nº

faleceu no dia de de 20 , causa mortis, .

Atenciosamente,

“APÊNDICE B DO RBAC 67 – INFORME DE FALECIMENTO”

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Emenda n° 00

Origem: SSO

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Agência Nacional de Aviação Civil

FORMULÁRIO DE ANTECEDENTES MÉDICOS PARA INSPEÇÃO DE SAÚDE - TERMO DE RESPONSABILIDADEPreenchimento obrigatório em todas as inspeções de saúde de acordo com a OACI

Preenchimento pelo próprio declarante

ANTECEDENTES MÉDICOS

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

DECLARAÇÃO DO INSPECIONADO

DECLARO SEREM VERDADEIRAS AS INFORMAÇÕES POR MIM PRESTADAS NESTE DOCUMENTO E AS RESPOSTAS FORNECIDAS AOS

PERITOS DURANTE A INSPEÇÃO DE SAÚDE.

ESTOU CIENTE DAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NO MANUAL DE PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE ANTECEDENTES MÉDICOS

PARA INSPEÇÃO DE SAÚDE, E DAS SANÇÕES PENAIS E ADMINISTRATIVAS DECORRENTES DE FALSAS DECLARAÇÕES.

................................................................... ............/............/............ ......... ..........................................................................

LOCAL DATA ASSINATURA

3. MOTIVO DA INSPEÇÃO

INICIAL[ ] REVALIDAÇÃO[ ] SUSPENSÃO[ ]

1. LOCAL DO EXAME 2. DATA 4. EMPREGADOR

5. SEXO

M[ ] F[ ]

7. DATA NASC 8. NACIONALIDADE 9. NATURALIDADE

10. RG (Nº) 11. ORG. EMISSOR 12. CPF 13. LICENÇA: PLA [ ] PC [ ] PP-IFR [ ] PP [ ] CMO [ ]

PAD[ ] PBL [ ] OEE [ ] MV [ ]

ALGUMA VEZ JÁ EXPERIMENTOU OU EXPERIMENTA, EVENTUALMENTE, ALGUMA DAS SEGUINTES OCORRÊNCIAS?

TONTEIRAS QUE TENHAM REQUERIDO O

USO DE MEDICAMENTOS SIM [ ] NÃO [ ]

AFECÇÕES GINECOLÓGICAS

SIM [ ] NÃO [ ]

PERDA DE MEMÓRIA

SIM [ ] NÃO [ ]

PRESSÃO ALTA

SIM [ ] NÃO [ ]

PRESSÃO BAIXA

SIM [ ] NÃO [ ]

CIRURGIAS

SIM [ ] NÃO [ ]

EPILEPSIA

SIM [ ] NÃO [ ]

PERDA DOS SENTIDOS

SIM [ ] NÃO [ ]

INTENÇÃO DE SUICÍDIO

SIM [ ] NÃO [ ]

JÁ SOFREU ALGUM TIPO DE

CIRURGIA OCULAR SIM [ ] NÃO [ ]

TRANSTORNO NERVOSO DE QUALQUER

TIPO SIM [ ] NÃO [ ]

CONSUMO EXCESSIVO DE BEBIDAS

ALCOÓLICAS SIM [ ] NÃO [ ]

UTILIZAR LENTES CORRETORAS PARA

LONGE OU PARA PERTO SIM [ ] NÃO [ ]

ASMA

SIM [ ] NÃO [ ]

TRANSTORNOS CARDÍACOS

SIM [ ] NÃO [ ]

PROBLEMAS ESTOMACAIS

SIM [ ] NÃO [ ]

AÇÚCAR OU ALBUMINA NA URINA

SIM [ ] NÃO [ ]

PROBLEMAS ALÉRGICOS GRAVES

SIM [ ] NÃO [ ]

DOR DE CABEÇA FORTE OU FREQUENTE

SIM [ ] NÃO [ ]

CÁLCULOS RENAIS OU SANGUE NA URINA

SIM [ ] NÃO [ ]

CONSUMO HABITUAL DE DROGAS PSICOATIVAS

SIM [ ] NÃO [ ]

GRAVIDEZ ANTERIOR

SIM [ ] NÃO [ ]

GRAVIDEZ ATUAL

SIM [ ] NÃO [ ]

16. DATA14. EXISTE EXAME ANTERIOR?

SIM [ ] NÃO [ ]

15. ÚLTIMA INSPEÇÃO (LOCAL) 17. JULGADO

APTO [ ] INCAPAZ [ ]

18. EXISTE JULGAMENTO ANTERIOR DE INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA ATIVIDADE AÉREA?

SIM [ ] NÃO [ ] GRAU DE RECURSO:

19. LOCAL 20. DATA

21. CHT VÁLIDO [ ]

SUSPENSO [ ] CASSADO [ ]

22. HORAS DE VOO

TOTAIS____________

____________________________________________

24. PILOTO AGRÍCOLA SIM [ ]

TEMPO _______ANOS NÃO [ ]

NOME:___________________________________________________________________________________________

CÓDIGO ANAC Nº: ______________________ NÃO POSSUI VÁLIDO VENCIDO SUSPENSO CASSADO

6. EST CIVIL

CONFIDENCIAL

“APÊNDICE C DO RBAC 67 – FORMULÁRIO DE ANTECEDENTES MÉDICOS

PARA INSPEÇÃO DE SAÚDE – TERMO DE RESPONSABILIDADE”