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REGULAÇÃO EM SAÚDE NO REGULAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL BRASIL A perspectiva do setor A perspectiva do setor suplementar suplementar SEMINÁRIO : O TRABALHADOR E A SAÚDE SUPLEMENTAR SEMINÁRIO : O TRABALHADOR E A SAÚDE SUPLEMENTAR Rio de Janeiro, agosto de 2007 Rio de Janeiro, agosto de 2007 EDUARDO SALES EDUARDO SALES DIRETOR DE FISCALIZAÇÃO - ANS DIRETOR DE FISCALIZAÇÃO - ANS

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Page 1: REGULAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL A perspectiva do setor suplementar SEMINÁRIO : O TRABALHADOR E A SAÚDE SUPLEMENTAR Rio de Janeiro, agosto de 2007 EDUARDO

REGULAÇÃO EM SAÚDE REGULAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL NO BRASIL

A perspectiva do setor A perspectiva do setor suplementarsuplementar

SEMINÁRIO : O TRABALHADOR E A SAÚDE SUPLEMENTARSEMINÁRIO : O TRABALHADOR E A SAÚDE SUPLEMENTAR

Rio de Janeiro, agosto de 2007Rio de Janeiro, agosto de 2007

EDUARDO SALESEDUARDO SALES

DIRETOR DE FISCALIZAÇÃO - ANSDIRETOR DE FISCALIZAÇÃO - ANS

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A Regulação Pública da Saúde no A Regulação Pública da Saúde no Estado BrasileiroEstado Brasileiro

O TEMA REGULAÇÃO NO BRASIL

ASPECTOS CONCEITUAIS

A intervenção pode ser feita por mecanismos

indutores, normatizadores, regulamentadores ou

restritores (mecanismos de regulação).

A regulação pode ser entendida como a capacidade

de intervir nos processos de prestação de serviços,

alterando ou orientando a sua execução.

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O Processo RegulatórioO Processo Regulatório

O processo regulatório pode se dar tanto do ponto de

vista do acesso cotidiano das pessoas: microrregulação

- quanto ao aspecto das definições das políticas mais

gerais das instituições – e macrorregulação.

O processo regulatório se insere num cenário de

disputas, de interesses conflitantes, que determinam o

seu formato e alcance.

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Saúde na Constituição de 1988Saúde na Constituição de 1988

“Art. 196: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos, e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços, para sua promoção, proteção e recuperação.”

“Art. 197: São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação,

fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou por intermédio de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.”

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Regulação no Setor SaúdeRegulação no Setor Saúde

A Regulação da Saúde no Brasil é realizada pelo Ministério da Saúde:

Diretamente sobre os sistemas públicos integrantes do SUS

E por suas Agências Reguladoras:

ANVISA – Bens, Serviços e Tecnologias

ANS – Setor da Saúde Suplementar

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A Evolução do Processo de Regulação A Evolução do Processo de Regulação na Saúde Suplementarna Saúde Suplementar

1988

1991

1998

2000

1997

• Constituição / SUS

• Definição da saúde privada como setor regulado

Código de Defesa do Consumidor – CDC – Lei nº 8.078/90

Debates no Congresso

Foco: atividade econômica e assistência à saúde

Promulgação da Lei nº 9.656 em 03 de junho de 1998

Lei nº 9.961/00 – ANS Autarquia vinculada ao MS

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Regulação do Setor da Saúde Regulação do Setor da Saúde SuplementarSuplementar

Agência Nacional de Saúde Suplementar

“A ANS terá por finalidade institucional promover a defesa do

interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando

as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com

prestadores e consumidores, contribuindo para o

desenvolvimento das ações de saúde no País.”

(Art. 3º da Lei nº 9.961/2000 )

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Regulação do Setor da Saúde Regulação do Setor da Saúde SuplementarSuplementar

Agência Nacional de Saúde Suplementar

Autarquia vinculada ao MS

Atuação controlada por um contrato de gestão

45.880.791 vínculos contratuais - beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e odontológicos (ANS, 06/2007)

2.059 operadoras ativas (ANS, 06/2007)

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Saúde SuplementarSaúde Suplementar

Operadoras

(empresas)

Livre atuação

• Legislação do tipo societário

• Controle deficiente

Atuação controlada• Autorização de funcionamento• Regras de operação sujeitas à

intervenção e liquidação• Exigência de garantias financeiras• Profissionalização da gestão

Antes da regulação Depois da regulação

Assistência à saúde e acesso

(produto))

Livre atuação• Livre definição da

cobertura assistencial • Seleção de risco• Exclusão de usuários• Livre definição de

carências• Livre definição de

reajustes• Modelo centrado na

doença• Ausência de sistema de

informações • Contratos nebulosos

Atuação controlada• Qualificação da atenção integral à

saúde• Proibição da seleção de risco• Proibição da rescisão unilateral dos

contratos• Definição e limitação das carências• Reajustes controlados• Sem limites de internação• Modelo de atenção com ênfase nas

ações de promoção à saúde e prevenção de doenças.

• Sistemas de informações como insumo estratégico.

• Contratos mais transparentes.

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Evolução dos Vínculos Evolução dos Vínculos ContratuaisContratuais2000-20072000-2007

45,9

37,4 37,9

7,8 8,0

36,435,134,434,7

39,041,8

45,2

31,8 31,2 31,3 31,833,6

35,3

2,9 3,2 3,8 4,5 5,5 6,5

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 mar/07

Total de vínculos

Vínculos a planos de assistência médica com ou sem odontologia

Vínculos a planos exclusivamente odontológicos

(milh

ões)

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Evolução do Registro de OperadorasEvolução do Registro de Operadoras(Brasil – 1999/2007)(Brasil – 1999/2007)

1.500

1.700

1.900

2.100

2.300

2.500

2.700

2.900

Até 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Operadoras em atividade Operadoras com beneficiários

Fonte: Cadastro de Operadoras – ANS/MS – 01/03/2007

Nota: O número de operadoras em 2007 refere-se ao dia 1º de março.

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Políticas de Regulação da Saúde Políticas de Regulação da Saúde SuplementarSuplementar

Regulação indutora para qualificação do setor de saúde suplementar

Programa de Qualificação

Estímulo a projetos de promoção e prevenção

Sobre a rede prestadora - monitoramento de rede, contratua-

lização

Troca de Informações em Saúde Suplementar – TISS

Autorização de Funcionamento

Reforço à construção de uma política de avaliação e incorpo-

ração tecnológica no país

Consolidação institucional (concurso, qualificação institucional,

educação permanente)

Incremento à pesquisa – Centros Colaboradores

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Avanços na Construção de um Avanços na Construção de um Novo Modelo RegulatórioNovo Modelo Regulatório

Implementação de condições objetivas para o aperfeiçoamento da regulação indutora e normativa da ANS.

Indicação da importância do Sistema de Informação, como insumo estratégico de análise do setor e da tomada de decisão.

Ações efetivas das operadoras na melhoria da qualidade dos dados constantes nos sistemas de informação da ANS.

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HORIZONTE : Mudança no Papel e HORIZONTE : Mudança no Papel e Desempenho dos Atores da Saúde Desempenho dos Atores da Saúde

SuplementarSuplementar

as operadoras gestoras de saúde

os prestadores de serviços produtores de cuidado em saúde

os beneficiários/consumidores usuários com consciência sanitária

a ANS órgão regulador qualificado e eficiente para regular um setor que objetiva produzir saúde

A necessidade da articulação dos diversos atores para a construção deste novo modelo.

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As principais mudanças a As principais mudanças a partir do processo partir do processo

regulatórioregulatório

A reorganização da rede prestadora de serviços

O estabelecimento de regras de entrada e saída de empresas do setor

A evolução do número de beneficiários de planos de saúde

As mudanças na pirâmide etária dos beneficiários

A concentração do setor

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As principais mudanças a partir As principais mudanças a partir do processo regulatóriodo processo regulatório

A migração para planos posteriores à lei

A coletivização do processo de compra de planos de saúde

A capacidade de acompanhamento do setor por parte da ANS

A segurança do setor

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Principais lacunasPrincipais lacunas

Relação público e privado e a auto-suficiência do setor

A baixa efetividade do ressarcimento ao SUS

A deficiência dos mecanismos de avaliação e controle das redes

assistenciais

A dupla porta de entrada nos hospitais públicos

O modelo de atenção à saúde praticado pelas empresas

A remuneração por procedimentos e a fragmentação do cuidado

A baixa incorporação da promoção e prevenção

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Principais lacunasPrincipais lacunas

Aspectos concorrenciais e de transparência da operação no setor

Mobilidade com portabilidade

As diferentes condições de segurança da operação

A existência de planos anteriores à regulamentação

Insuficiência de alguns sistemas de informações

Os institutos públicos fora da regulamentação

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Desafios

Três grandes agendas estão colocadas:

A relação público e privado

A mudança do modelo assistencial praticado

Os aspectos concorrenciais do setor

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Uma ApostaUma Aposta

A regulação pública do setor de saúde suplementar,

componente do sistema de saúde brasileiro, precisa

continuar a ter como objetivo torná-lo cada vez mais

auto-suficiente e integrado, e conseguir que ele

responda à perspectiva de dar uma atenção à saúde

integral aos seus beneficiários, com operadoras

sólidas, e que permita aos gestores da saúde no

Brasil incorporá-lo no seu processo de

planejamento.

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www.ans.gov.br

Disque ANS: 0800.7019656Disque ANS: 0800.7019656