regimes aduaneiro aula 01

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Regimes Aduaneiro aula 01 Regimes aduaneiros podem ser conceituados como a tributao aplicada nas operaes de comrcio exterior. Os direitos aduaneiros so direcionados para as operaes de importao e exportao, visando recolher os tributos relacionados ao comrcio internacional. Os regimes aduaneiros classificam-se em: comum, especiais e especiais aplicados em reas especiais. Resumidamente, podem ser conceituados da seguinte forma:

Comum: a transao comercial com o exterior realizada sem que haja qualquer procedimento especial quanto cobrana de direitos aduaneiros, ocorrendo naturalmente o pagamento dos tributos incidentes sobre a operao. Especiais: se diferenciam em relao ao regime aduaneiro comum, ao permitir a entrada e sada de mercadorias do territrio nacional com iseno ou suspenso dos tributos. Especiais aplicados em reas especiais: foram criadas reas especiais que, por sua particularidade, visam a atender poltica econmica do pas. As reas de livre comrcio como a Zona Franca de Manaus (ZFM) esto classificadas nessa categoria. A Constituio Federal de 1988 contm as disposies fundamentais relativas s relaes econmicas internacionais, ou seja, as relaes de ordem econmica que a Unio, os Estados, os Municpios, os indivduos e as empresas mantm com o exterior.

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a. Relaes com Estados estrangeiros e organismos internacionais - compete Unio manter relaes com Estados estrangeiros e participar de organismos internacionais (inciso I do art. 21 da C. F. de 1988). Portanto, a unio tem competncia para regular o comrcio exterior, de importao ou exportao. b. Imposto de importao e exportao - a Unio tem competncia para instituir imposto sobre a importao de produtos estrangeiros ou sobre a exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (incisos I e II do art. 153 da C. F. de 1988). c. Reservas cambiais - cabe com exclusividade Unio Federal administrar as reservas cambiais do Pas e fiscalizar as operaes de natureza financeira, especialmente as de crdito, cmbio e capitalizao. (inciso VII do art. 21 da C. F. de 1988). d. Operaes externas de natureza financeira - compete privativamente ao Senado Federal autorizar operaes externas de natureza financeira, de interesse da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios (inciso V do art. 52 da C. F. de 1988). Os tributos aplicados no comrcio externo nem sempre tm o objetivo de aumentar a arrecadao do Estado, podendo ser utilizados com a inteno de regular o mercado. Problemas internos de abastecimento de produtos agrcolas podem ser contornados com a tributao sobre a exportao de determinados produtos tornando mais atrativo o mercado interno para o produtor. Para efeito conceitual, considera-se territrio aduaneiro toda extenso do territrio nacional, englobando o espao areo, martimo e terrestre. Subdivide-se para fins de jurisdio em duas zonas especialmente definidas:

b) Zona secundria corresponde ao restante do territrio aduaneiro, que inclui as guas territoriais e o espao areo. As mercadorias destinadas exportao ou 2

importadas podero permanecer em recintos alfandegados classificados na zona secundria, correspondendo aos entrepostos, depsitos, terminais, entre outros destinos. A nacionalizao o processo em que uma determinada mercadoria transferida para o territrio nacional e passa a fazer parte do conjunto de nossas riquezas. No caso da admisso temporria, no existe a nacionalizao, pois a mercadoria entra no territrio nacional. Entretanto, no incorporada ao nosso patrimnio. As importaes, por sua vez, podem ser classificadas em Definitivas e No Definitivas: A) Importaes Definitivas: surgem no momento em que a mercadoria importada nacionalizada, com a transferncia da propriedade para uma pessoa fsica ou jurdica estabelecida no Brasil. B) Importaes No definitivas: so aquelas em que no acontece a nacionalizao. Podem ser exemplificadas como aquelas importadas sob o Regime Aduaneiro Especial de admisso temporria, que sero posteriormente reexportadas. A portaria n. 10, de 24/05/2010, da Secretaria de Comrcio Exterior (SECEX), do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, em seu artigo 7, determina que o sistema administrativo das importaes brasileiras compreenda as seguintes modalidades: I Importaes dispensadas de Licenciamento; II Importaes sujeitas a Licenciamento Automtico; e III Importaes sujeitas a Licenciamento No Automtico. Importaes dispensadas de licenciamento As importaes brasileiras, como regra geral, esto dispensadas de licenciamento, devendo os importadores simplesmente providenciar o registro da Declarao de Importao (DI) no Siscomex, com o objetivo de dar incio aos procedimentos de Despacho Aduaneiro junto unidade local da Receita Federal do Brasil (RFB). O artigo 8, pargrafo nico da portaria n. 10, de 24/05/2010, da Secretaria de Comrcio Exterior (SECEX), relaciona as importaes dispensadas de licenciamento. Importaes sujeitas a Licenciamento Automtico Art. 9 da portaria n. 10, de 24/05/2010, da Secretaria de Comrcio Exterior (SECEX), relaciona as importaes sujeitas ao Licenciamento Automtico: Importaes sujeitas a Licenciamento No Automtico Art. 10. da portaria n. 10, de 24/05/2010, da Secretaria de Comrcio Exterior (SECEX), relaciona as importaes sujeitas ao Licenciamento No Automtico:1. Dentre as opes abaixo, assinale aquela que no diz respeito ao conceito de Regimes Aduaneiros: 1) No Regime Aduaneiro Comum feito naturalmente o pagamento dos tributos incidentes sobre a operao; 2) Nos Regimes Aduaneiros Especiais permitida a entrada e sada de mercadorias do territrio nacional com iseno ou suspenso dos tributos; 3) Os Regimes Aduaneiros podem ser conceituados como a tributao aplicada nas operaes de comrcio exterior;

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4) Os Regimes Especiais aplicados em reas especiais tem como particularidade atender poltica econmica do pas; 5) Os Regimes Aduaneiros administram as reservas cambiais brasileiras. 2. Com relao ao conceito de territrio aduaneiro, assinale a alternativa correta: 1) Territrio aduaneiro corresponde a toda extenso do territrio nacional, englobando o espao areo, martimo e terrestre; 2) Territrio aduaneiro compreende a competncia para tributar no comrcio exterior; 3) Territrio aduaneiro delimitado as reas de livre comrcio; 4) Territrio aduaneiro o processo de circulao de mercadorias com destino e com procedncia do exterior; 5) Territrio aduaneiro compreende as Zonas de processamento de Exportao (ZPE) 3. No conceito de nacionalizao correto afirmar: 1) no caso da admisso temporria, existe a nacionalizao; 2) as Importaes No-Definitivas surgem no momento em que a mercadoria importada nacionalizada; 3) na nacionalizao a mercadoria passa a fazer parte do conjunto de nossas riquezas; 4) as importaes sob o Regime Aduaneiro Especial de admisso temporria surgem na Importao Definitiva 5) no caso da admisso temporria a mercadoria incorporada ao nosso patrimnio.

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Aula 2: Custos Tributrios O sistema tributrio prev a incidncia de tributos na nacionalizao de mercadorias estrangeiras com sua entrada no territrio aduaneiro brasileiro. A tributao sobre os produtos importados visa preservar a manuteno da produo nacional em setores estratgicos, fundamental para o crescimento da economia. Entretanto, o regime tributrio de importao deve manter um padro que no venha prejudicar nosso relacionamento comercial com os demais pases. Aplicados na mercadoria importada, verifica-se a incidncia do Imposto de Importao (II), e sucessivamente o Imposto de Produtos Industrializados (IPI), o Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS), e outros tributos e despesas diversas. A seguir est exemplificado o clculo do custo de importao de uma mercadoria do exterior: Custos Tributrios e tarifas I) Valor da mercadoria importada adicionada do frete e seguro II) Imposto de Importao (II) III) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) IV) Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) V) Adicional ao Frete para a Renovao da Marinha Mercante (AFRMM) (a) VI) Taxas de Armazenagem e Capatazia (b e C) VII) Outros tributos e despesas diversas (d) Observao a) O Adicional ao Frete para a Renovao da Marinha Mercante (AFRMM) aplicado no modal martimo. (Decretolei no. 2404/1987). b) A taxa de armazenagem e capatazia porturia aplicada na movimentao no porto. c) Taxa de Armazenagem Area (Custo da mercadoria somado ao seguro e frete internacional), Taxa de Capatazia Area e Adicional de Tarifa Aeroporturia so aplicados no modal areo. d) O PIS/PASEP- importao e COFINS importao, apresenta um clculo particular, incidindo sobre o valor da mercadoria importada adicionada do frete e seguro, adicionada do Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) e do valor das prprias contribuies. O regime de tributao aplicado na importao pode ser classificado: a) Imposto de Importao (II) imposto de competncia da Unio incide sobre a importao de produtos provenientes do exterior, tendo como fato gerador a entrada destes no territrio nacional. b) Imposto de Produtos Industrializados (IPI) imposto de competncia da Unio, incide sobre produtos industrializados, e tem como fato gerador o seu desembarao aduaneiro, quando de procedncia estrangeira; a sua sada dos estabelecimentos; e a sua arrematao, quando apreendido ou abandonado e levado a leilo. c) Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) imposto da competncia dos Estados e do Distrito Federal, incide sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior.

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d) O Adicional ao Frete para a Renovao da Marinha Mercante (AFRMM) o AFRMM tem como objetivo desenvolvimento da marinha mercante e da indstria de construo e reparao naval brasileiras. e) Contribuio para o PIS/PASEP - Importao e da COFINS - Importao a contribuio de competncia da Unio, incidente sobre os produtos importados, visa promover os Programas de Integrao Social e de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico e o Financiamento da Seguridade Social.

O Decreto no. 1355/94, que promulgou a Ata Final dos resultados da Rodada Uruguai de Negociaes Comerciais Multilaterais do GATT, veio a estabelecer o Acordo Geral sobre Tarifas e Comrcio. Com isso, incorporou a Valorao aduaneira que estabelece 6 (seis) normas/critrios para calcular o imposto de importao: Segunda norma/critrio: se o valor aduaneiro das mercadorias importadas no puder ser determinado segundo as disposies da primeira norma/critrio, ser ele o valor de transao de mercadorias idnticas vendidas. (art. 2.) Terceira norma/critrio: se o valor aduaneiro das mercadorias importadas no puder ser determinado segundo as disposies das normas/critrios anteriores, ser ele o valor de transao de mercadorias similares. (art. 3.) Quarta norma/critrio: Se as mercadorias importadas, ou mercadorias idnticas ou similares importadas, no puderem ser utilizadas, o critrio ser o de revenda. (art. 5) Quinta norma/critrio: o valor aduaneiro das mercadorias importadas, basear-se- num valor computado que ser igual soma de: a) o custo dos materiais empregados na produo da mercadoria importada; b) um montante de lucros e despesas gerais, igual quele usualmente encontrado em vendas de mercadorias da mesma classe; c) as demais despesas necessrias para aplicar a opo da valorao escolhida pela parte. (art. 6.) Sexta norma/critrio: Se o valor aduaneiro no puder ser determinado com base nas normas/critrios anteriores, tal valor ser determinado usando-se critrios razoveis, condizentes com os princpios deste Acordo. No entanto, o valor aduaneiro no ser baseado: 6

a) no preo de venda, no pas de importao de mercadorias produzidas neste; b) num sistema que preveja a adoo para fins aduaneiros do mais alto entre dois valores alternativos; c) no preo das mercadorias no mercado interno do pas de exportao; d) no custo de produo diferente dos valores computados que tenham sido determinados para mercadorias idnticas ou similares; e) no preo das mercadorias vendidas para exportao para um pas diferente do pas de importao; f) em valores aduaneiros mnimos; g) em valores arbitrrios ou fictcios.

1. Dentre as opes abaixo, assinale aquela que NO diz respeito ao sistema tributrio brasileiro de importao: 1) a incidncia de tributos na nacionalizao de mercadorias estrangeiras ocorre com sua entrada no territrio aduaneiro brasileiro; 2) o regime tributrio de importao deve manter um padro independente do relacionamento comercial com outros pases; 3) a tributao sobre os produtos importados tem tambm como objetivo preservar a manuteno do parque industrial brasileiro; 4) o Imposto de Importao (II) incide sobre a importao de produtos provenientes do exterior, tendo como fato gerador a entrada destes no territrio nacional; 5) o Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) incide sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior. 2. Na incidncia de tributos, taxas e outras despesas nas importaes, INCORRETO afirmar: 1) o Adicional ao Frete para a Renovao da Marinha Mercante (AFRMM) o AFRMM tem como objetivo o desenvolvimento da indstria naval; 2) o Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) incide sobre a circulao de mercadorias ainda que as operaes se iniciem no exterior; 3) a taxa de armazenagem devida na entrada da mercadoria importada nos armazns e demais instalaes da administrao porturia ou aeroporturia. 4) o Imposto de Produtos Industrializados (IPI), de competncia da Unio, incide sobre a circulao interna de produtos provenientes do exterior; 5) a contribuio para o PIS/PASEP - Importao e da COFINS - Importao visa promover os Programas de Integrao Social e de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico e o Financiamento da Seguridade Social.

3. Sobre o Acordo de valorao aduaneira correto afirmar: 1) o valor aduaneiro das mercadorias importadas poder basear em valores aduaneiros mnimos; 2) o valor aduaneiro das mercadorias importadas poder basear em valores arbitrrios ou fictcios;

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3) o valor aduaneiro das mercadorias importadas poder ser o valor de transao, isto , o preo efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias; 4) o valor aduaneiro das mercadorias importadas poder ser o mais alto entre dois valores alternativos; 5) o valor aduaneiro das mercadorias importadas no poder ser o valor de transao de mercadorias idnticas ou similares.

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Aula 3: Custos Tributrios II Os regimes de tributao na importao podem ser classificados como: a) Regime de Tributao Comum: consiste no regime aplicado como regra geral nas importaes brasileiras. A alquota classificada como ad valorem ao incidir sobre o valor apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comrcio - GATT 1994; especfica quando incide sobre uma base de clculo no expressa em valor monetrio, mas em uma unidade de medida estabelecida (Ex.: R$10,00 por quilo de uma determinada mercadoria); e mista quando contempla a alquota ad valorem e a especfica. b) Regime de Tributao Simplificada: Permite a classificao genrica para fins de despacho de importao, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a aplicao de alquotas diferenciadas do imposto de importao e iseno do imposto sobre produtos industrializados, da contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS. c) Regime de Tributao Especial: permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigncia to somente do imposto de importao calculado pela aplicao da alquota de 50% sobre o valor do bem. Aplica-se o Regime de Tributao Especial aos bens, compreendidos no conceito de bagagem, no montante que exceder o limite de valor global, previstos no Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul, e adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de iseno. d) Regime de Tributao Unificada: Permite a importao, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado do imposto de importao, do imposto sobre produtos industrializados, da contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS, observado o limite mximo de valor por habilitado, conforme estabelecido em ato normativo especfico. vedada a incluso no regime de que trata o caput de quaisquer mercadorias que no sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munies, fogos de artifcios, explosivos, bebidas, inclusive alcolicas, cigarros, veculos automotores em geral e embarcaes de todo tipo, inclusive suas partes e peas, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importao suspensa ou proibida no Brasil. (art. 102-A. Caput e 2 do Decreto 6.759/2009). Tributao das mercadorias no identificadas: Na impossibilidade de identificao da mercadoria importada, em razo de seu extravio ou consumo e de descrio genrica nos documentos comerciais e de transporte disponveis, sero aplicadas, para fins de determinao dos impostos e dos direitos incidentes, as alquotas de 50% para o clculo do imposto de importao e de 50% para o clculo do imposto sobre produtos industrializados. Na falta de informao sobre o peso da mercadoria, deve ser adotado o peso lquido admitido na unidade de carga utilizada no seu transporte (art. 98, Caput e 2 do Decreto 6.759/2009). Desnacionalizao Considera-se desnacionalizada aquela mercadoria nacional ou nacionalizada que for exportada a ttulo definitivo. 9

Estmulo competitividade dos produtos brasileiros no exterior: Existe a preocupao dos governos em no encarecer os produtos exportados com tributos para manter sua competitividade nos mercados internacionais. Com isso, o governo brasileiro tem procurado evitar onerar do imposto de exportao os produtos exportados, considerando inclusive que nossa constituio prev a no aplicabilidade dos demais tributos incidentes sobre as operaes externas de exportao. A Organizao Mundial de Comrcio (OMC) que regula as prticas de comrcio internacional. A legislao constitucional brasileira e a no incidncia de tributos sobre as exportaes: PIS / COFINS/ICMS / IPI - Est prevista na Constituio brasileira a no incidncia na exportao do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Circulao 10

de Mercadorias e Servios (ICMS) e contribuies sociais de interveno no domnio econmico. Imposto de Exportao Incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior, tendo como objetivo conciliar os objetivos da poltica cambial e do comrcio exterior. Incentivo fiscais na formao do preo na exportao Com o objetivo de tornar mais competitivos os produtos brasileiros no mercado internacional, so concedidos benefcios fiscais aos produtos destinados ao exterior. Alm dos incentivos previstos na Constituio brasileira, referente no incidncia na exportao de impostos sobre a circulao de mercadorias e contribuies sociais de interveno no domnio econmico, o governo vem concedendo outros incentivos aos exportadores no processo de insero do pas no mercado internacional. Incentivo fiscal sobre operaes financeiras na exportao: concedido nas operaes de remessa ao exterior de juros para quitao de dbitos relacionados s exportaes e no Imposto sobre Operaes de Crdito, Cmbio e Seguro em transaes financeiras na exportao de produtos brasileiros. Ressarcimento das contribuies sociais - PIS/PASEP e da COFINS: permitido o ressarcimento das contribuies sociais que incidem sobre os insumos adquiridos no mercado interno e utilizados no produto destinado exportao. Com isso, o produto nacional exportado se torna mais competitivo no exterior ao reduzir a incidncia de tributos na mercadoria. Crditos fiscais do IPI e do ICMS: permitido o crdito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Circulao de Mercadorias (ICMS), nos casos previstos em lei, relativos aos insumos adquiridos e utilizados na mercadoria destinada ao exterior. O objetivo, assim como o crdito das contribuies sociais, tornar mais competitivo os produtos brasileiros no comrcio internacional. Lei 8402/1992 Art. 1 So restabelecidos os seguintes incentivos fiscais: I - incentivos exportao decorrentes dos regimes aduaneiros especiais; II - manuteno e utilizao do crdito do Imposto sobre Produtos Industrializados relativo aos insumos empregados na industrializao de produtos exportados; III - crdito do Imposto sobre Produtos Industrializados incidente sobre bens de fabricao nacional, adquiridos no mercado interno e exportados. Lei Complementar 65/1991 Art. 3 No se exigir a anulao do crdito relativo s entradas de mercadorias para utilizao como matria-prima, material secundrio e material de embalagem, bem como o relativo ao fornecimento de energia e aos servios prestados por terceiros na fabricao e transporte de produtos industrializados destinados ao exterior. 11

Pargrafo nico: para os efeitos deste artigo, equipara-se a sada para o exterior a remessa, pelo respectivo fabricante, com o fim especfico de exportao de produtos industrializados com destino a: Art. 1 Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior. Art. 32. A partir da data de publicao desta Lei Complementar: I - o imposto no incidir sobre operaes que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primrios e produtos industrializados semielaborados, bem como sobre prestaes de servios para o exterior; II - daro direito de crdito, que no ser objeto de estorno, as mercadorias entradas no estabelecimento para integrao ou consumo em processo de produo de mercadorias industrializadas, inclusive semielaboradas, destinadas ao exterior; [...]

1. Em relao aos regimes de tributao na importao, INCORRETO afirmar: 1) consiste regra geral nas importaes brasileiras a aplicao do Regime de tributao comum; 2) permite a classificao genrica na importao de bens integrantes de remessa postal internacional o Regime de tributao simplificada; 3) consiste na identificao da mercadoria importada, em razo de seu extravio ou consumo o Regime de tributao das mercadorias no identificadas; 4) permite a importao, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado de tributos o Regime de tributao unificada; 5) permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigncia to somente do imposto de importao, calculado pela aplicao de determinada alquota. 2. Dentre as opes abaixo, assinale aquela que NO reflete uma caracterstica do imposto de exportao no Brasil: 1) incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior; 2) encarece em demasia o produto nacional pela necessidade do governo em elevar sua alquota para efeito de arrecadao; 3) utilizado para executar a poltica econmica brasileira no comrcio internacional; 4) visa estimular competitividade dos produtos brasileiros no exterior; 5) tem como objetivo conciliar os objetivos da poltica cambial e do comrcio exterior.

3. NO consiste numa forma de incentivo fiscal na formao do preo da exportao:

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1) no-incidncia na exportao de impostos sobre a circulao de mercadorias e contribuies sociais de interveno no domnio econmico; 2) crditos fiscais do IPI e do ICMS; 3) ressarcimento das contribuies sociais - PIS/PASEP e da COFINS; 4) incentivo fiscal sobre operaes financeiras na exportao; 5) aquisio pelo governo de insumos no exterior.

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Aula 4: Regimes Aduaneiros Especiais Trnsito Aduaneiro e Admisso Temporria Trnsito Aduaneiro - o que permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do territrio aduaneiro, com suspenso do pagamento de tributos. Na perspectiva econmica, a mercadoria, ao transitar unicamente dentro do territrio aduaneiro, no contribui ou agrega valor riqueza nacional. Modalidades do regime de trnsito aduaneiro: (Art. 318 do Decreto 6.759/2009) I - O transporte de mercadoria procedente do exterior, do ponto de descarga no territrio aduaneiro at o ponto onde deva ocorrer outro despacho; II - o transporte de mercadoria nacional ou nacionalizada, verificada ou despachada para exportao, do local de origem ao local de destino, para embarque ou para armazenamento em rea alfandegada para posterior embarque; III - o transporte de mercadoria estrangeira despachada para reexportao, do local de origem ao local de destino, para embarque ou armazenamento em rea alfandegada para posterior embarque; IV - o transporte de mercadoria estrangeira de um recinto alfandegado situado na zona secundria a outro; V - a passagem, pelo territrio aduaneiro, de mercadoria procedente do exterior e a ele destinada; VI - o transporte, pelo territrio aduaneiro, de mercadoria procedente do exterior, conduzida em veculo em viagem internacional at o ponto em que se verificar a descarga. Independe de qualquer procedimento administrativo, nos limites previstos na legislao, a operao de trnsito aduaneiro relativa aos seguintes bens: I - As provises, sobressalentes, equipamentos e demais materiais de uso e consumo de veculos em viagem internacional; II - os pertences pessoais da tripulao e a bagagem de passageiros em trnsito pelo Pas; III - as mercadorias conduzidas por embarcao ou aeronave em viagem internacional, com escala intermediria no territrio aduaneiro; IV - as provises, sobressalentes, materiais, equipamentos, pertences pessoais, bagagens e mercadorias conduzidas por embarcaes e aeronaves arribadas, condenadas ou arrestadas, at que lhes seja dada destinao legal. (Art. 320 do Decreto 6.759/2009) Tipos de Declarao de Trnsito: I - Declarao de Trnsito Aduaneiro (DTA) - Refere-se aos trnsitos aduaneiros: a) De entrada ou de passagem, comum, cuja carga correspondente sujeita-se emisso de fatura comercial; 14

b) de entrada ou de passagem, especial, para cuja correspondente carga no exigida a emisso de fatura comercial, tais como: as partes, peas e componentes necessrios manuteno de embarcaes em viagem internacional, independentemente de sua bandeira, quando adquiridos sem cobertura cambial; os materiais de uso, reposio ou conserto de embarcaes, aeronaves ou outros veculos estrangeiros, estacionados ou de passagem pelo territrio aduaneiro; urna funerria, mala diplomtica, bagagem desacompanhada e semelhantes. II - Manifesto Internacional de Carga - Declarao de Trnsito Aduaneiro (MICDTA): Refere-se s cargas em trnsito aduaneiro de entrada ou de passagem, de conformidade com o estabelecido em acordo internacional e na legislao especfica. III Conhecimento - Carta de Porte Internacional - Declarao de Trnsito Aduaneiro (TIF-DTA): Refere-se s cargas em trnsito aduaneiro de entrada ou de passagem, conforme estabelecido em acordo internacional e na legislao especfica. IV - Declarao de Trnsito de Transferncia (DTT): Refere-se s operaes de trnsito aduaneiro que envolvam as transferncias, no acobertadas por conhecimento de transporte internacional, de: a) Materiais de companhia area ou de consumo de bordo, entre Depsitos Afianados (DAF) da mesma companhia; b) mercadorias entre lojas francas ou seus depsitos; c) mercadorias vendidas pelas lojas francas a empresas de navegao area ou martima e destinadas a consumo de bordo ou a venda a passageiros, desde que procedentes diretamente da loja franca para o veculo em viagem internacional ou para DAF; d) mercadorias j admitidas em regime de entreposto aduaneiro, entre recintos alfandegados; e) bens mencionados no Art. 3; f) mercadorias armazenadas em estao aduaneira interior (porto seco) e destinadas a feiras em recintos alfandegados por tempo determinado, com posterior retorno ao mesmo porto seco; g) carga nacional com locais de origem e destino em unidades aduaneiras nacionais, com passagem por territrio estrangeiro; h) bagagem acompanhada extraviada; i) bagagem acompanhada de tripulante ou passageiro com origem e destino ao exterior, em passagem pelo territrio nacional; j) mercadoria admitida no regime de Depsito Alfandegado Certificado (DAC), com destino ao local de embarque ou transposio de fronteira. V - Declarao de Trnsito de Continer (DTC); Refere-se s operaes de transferncia de contineres, contendo carga, descarregados do navio no ptio do porto e destinados a armazenamento em recinto alfandegado, jurisdicionado mesma unidade da SRF. Beneficirios do regime Permissionrio ou o concessionrio de recinto alfandegado; e em qualquer caso, o operador de transporte multimodal, o transportador habilitado, e o agente credenciado a efetuar operaes de unitizao ou desunitizao da carga em recinto alfandegado; em todos os casos limitados aos parmetros definidos no Art. 321 do Decreto 6.759/2009.

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E amparado pelo benefcio, o importador; o exportador; o depositante; o representante, no Pas, de importador ou exportador domiciliado no exterior. Trnsito Aduaneiro Disposies Gerais: Habilitao ao Transporte Ser feita previamente ao transporte de mercadorias em regime de trnsito aduaneiro, em carter precrio, pela Secretaria da Receita Federal. Para concesso ou renovao da habilitao, sero considerados fatores direta ou indiretamente relacionados com os aspectos fiscais, convenincia administrativa, situao econmico-financeira e a tradio da empresa transportadora, respeitadas as atribuies dos rgos competentes em matria de transporte. (Art. 322 do Decreto 6.759/2009).

Concesso e Aplicao do Regime Sero requeridas autoridade aduaneira competente da unidade de origem. O despacho aduaneiro para trnsito ser processado de acordo com as normas estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal. Sem prejuzo de controles especiais determinados pela Secretaria da Receita Federal, independe de despacho para trnsito a remoo de mercadorias de uma rea ou recinto para outro, situado na mesma zona primria. (Art. 325 do Decreto 6.759/2009). Conferncia para Trnsito Tem por finalidade identificar o beneficirio, verificar a mercadoria e a correo das informaes relativas sua natureza e quantificao, e ficar condicionada liberao por outros rgos da administrao pblica, quando se tratar de mercadoria relacionada em ato normativo especfico que a sujeite a controle prvio concesso do trnsito. (Art. 331 do Decreto 6.759/2009). Cautelas Fiscais So cautelas fiscais: I - A lacrao e a aplicao de outros dispositivos de segurana; II - o acompanhamento fiscal, que somente ser determinado em casos especiais. (Art. 333 do Decreto 6.759/2009). Visa impedir a violao dos volumes, recipientes e, se for o caso, do veculo transportador, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal. Garantias e das Responsabilidades Sero constitudas em termo de responsabilidade firmado na data do registro da declarao de admisso no regime, que assegure sua eventual liquidao e cobrana (Art. 337 do Decreto 6.759/2009). Interrupo e Concluso do Trnsito 16

O trnsito poder ser interrompido pelos seguintes motivos: I - Ocorrncia de eventos extraordinrios que comprometam ou possam comprometer a segurana do veculo ou equipamento de transporte; II - ocorrncia de eventos que resultem ou possam resultar em avaria ou extravio da mercadoria; III - ocorrncia de eventos que impeam ou possam impedir o prosseguimento do trnsito; IV - embargo ou impedimento oferecido por autoridade competente; V - rompimento ou supresso de dispositivo de segurana; VI - outras circunstncias alheias vontade do transportador, que justifiquem a medida. (Art. 340 do Decreto 6.759/2009). Concluso do Trnsito A unidade de destino proceder ao exame dos documentos e verificao do veculo, dos dispositivos de segurana e da integridade da carga. Constatando o cumprimento das obrigaes do transportador, a unidade de destino efetuar a concluso do trnsito aduaneiro. (Art. 343 do Decreto 6.759/2009). Vistoria Aduaneira no Trnsito Poder ser realizada vistoria aduaneira de mercadoria nas seguintes ocasies: I - Antes do desembarao para trnsito, no local de origem; II - durante o percurso do trnsito; III - aps a concluso do trnsito, no local de destino. (Art. 345 do Decreto 6.759/2009). Admisso Temporria Permite a importao de bens que devam permanecer no pas durante prazo fixado, com suspenso total do pagamento de tributos, ou com suspenso parcial, no caso de utilizao econmica. O regime poder ser aplicado aos bens relacionados em ato normativo da Secretaria da Receita Federal e aos admitidos temporariamente ao amparo de acordos internacionais. Concesso, do Prazo e Aplicao do Regime: a autoridade aduaneira dever observar o cumprimento cumulativo das seguintes condies: I - Importao em carter temporrio, comprovada esta condio, por qualquer meio julgado idneo; II - importao sem cobertura cambial; III - adequao dos bens finalidade para a qual foram importados; IV - constituio das obrigaes fiscais em termo de responsabilidade; 17

V - identificao dos bens, conforme determinao da Secretaria da Receita Federal. (Art. 358 do Decreto 6.759/2009) Ser exigida garantia das obrigaes fiscais constitudas no termo de responsabilidade. Quando os bens admitidos no regime forem danificados, em virtude de sinistro, o valor da garantia ser, a pedido do interessado, reduzido proporcionalmente ao montante do prejuzo. (Art. 364 e 365 do Decreto 6.759/2009). Extino da Aplicao do Regime Na vigncia do regime, dever ser adotada, com relao aos bens, uma das seguintes providncias, para liberao da garantia e baixa do termo de responsabilidade: reexportao; entrega Fazenda Nacional, livres de quaisquer despesas, desde que a autoridade aduaneira concorde em receb-los; destruio, s expensas do interessado; transferncia para outro regime especial; despacho para consumo, se nacionalizados. (Art. 367 do Decreto 6.759/2009). Exigncia do crdito tributrio constitudo em termo de responsabilidade: ser exigido em situaes tais como: O vencimento do prazo de permanncia dos bens no Pas, sem que tenha sido requerida a sua prorrogao; bem; O vencimento de prazo, sem que seja iniciado o despacho de reexportao do

utilizao dos bens em finalidade diversa da que justificou a concesso do regime; a destruio dos bens, por culpa ou dolo do beneficirio. (Art. 369 do Decreto 6.759/2009).1. Em relao aos regime de trnsito aduaneiro, INCORRETO afirmar: 1) no contribui ou agrega valor riqueza nacional; 2) permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do territrio aduaneiro, com suspenso do pagamento de tributos; 3) aplica-se ao transporte de mercadoria procedente do exterior, do ponto de descarga no territrio aduaneiro at o ponto onde deva ocorrer outro despacho; 4) aplica-se ao transporte de mercadoria estrangeira despachada para reexportao, do local de origem ao local de destino, para embarque ou armazenamento em rea alfandegada para posterior embarque; 5) a passagem, pelo territrio aduaneiro, de mercadoria procedente do exterior e destinada ao mercado nacional.

2. NO consiste num procedimento a ser cumprido pela autoridade aduaneira na Admisso Temporria: 1) a no comprovao da condio de turista, de acordo com a legislao migratria do Estado Parte de ingresso; 2) a comprovao do cumprimento de adequao dos bens finalidade para a qual foram importados;

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3) a exigncia de garantia das obrigaes fiscais constitudas no termo de responsabilidade; 4) a identificao dos bens conforme determinao da Secretaria da Receita Federal. 5) a comprovao desta condio por qualquer meio julgado idneo 3. Dentre as opes abaixo, assinale aquela que NO reflete uma caracterstica dos Regimes Aduaneiros Especiais Trnsito Aduaneiro e Admisso Temporria: 1) no trnsito aduaneiro, ocorre o transporte de mercadoria estrangeira de um recinto alfandegado situado na zona secundria a outro; 2) o regime de admisso temporria poder ser aplicado aos bens relacionados em ato normativo da Secretaria da Receita Federal e aos admitidos temporariamente ao amparo de acordos internacionais; 3) no trnsito aduaneiro, independe de procedimento administrativo as mercadorias conduzidas por embarcao ou aeronave em viagem internacional; 4) as Cautelas fiscais no trnsito aduaneiro, tem por finalidade identificar o beneficirio, verificar a mercadoria e a correo das informaes relativas a sua natureza e quantificao; 5) na concluso do trnsito aduaneiro, a unidade de destino proceder ao exame dos documentos e verificao do veculo, dos dispositivos de segurana, e da integridade da carga.

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Aula 5: Regimes Aduaneiros Especiais Admisso Temporria e Drawback Admisso Temporria para utilizao econmica: Os bens admitidos temporariamente no Pas para utilizao econmica esto sujeitos ao pagamento dos impostos federais, da contribuio para o PIS/PASEP - Importao e da COFINS -Importao, proporcionalmente ao seu tempo de permanncia no territrio aduaneiro. Considera-se utilizao econmica o emprego dos bens na prestao de servios ou na produo de outros bens. A proporcionalidade ser obtida pela aplicao do percentual de um por cento (1%), relativamente a cada ms compreendido no prazo de concesso do regime sobre o montante dos tributos originalmente devidos. O crdito tributrio correspondente parcela dos tributos com suspenso do pagamento dever ser constitudo em termo de responsabilidade. O regime de admisso temporria de que trata esta unidade no se aplica entrada no territrio aduaneiro de bens, objeto de arrendamento mercantil financeiro, contratado com entidades arrendadoras domiciliadas no exterior. (Art. 373 e 379 do Decreto 6.759/2009). Admisso Temporria para Aperfeioamento Ativo o que permite o ingresso, para permanncia temporria no Pas, com suspenso do pagamento de tributos, de mercadorias estrangeiras ou desnacionalizadas, destinadas a operaes de aperfeioamento ativo e posterior reexportao. Consideram-se operaes de aperfeioamento ativo: Ias operaes de industrializao relativas ao beneficiamento, montagem, renovao, ao acondicionamento ou ao reacondicionamento, aplicadas ao prprio bem; de bens estrangeiros. IIo conserto, o reparo ou a restaurao. IIIque a operao esteja prevista em contrato de prestao de servio. (Art. 380 do Decreto 6.759/2009).

So condies bsicas para a aplicao do regime: I - que as mercadorias sejam de propriedade de pessoa sediada no exterior e admitida sem cobertura cambial; II - que o beneficirio seja pessoa jurdica sediada no Pas; III - que a operao esteja prevista em contrato de prestao de servio. (Art. 380 do Decreto 6.759/2009). Regime de Drawback: considerado incentivo exportao, pois reduz os custos de produo de produtos exportveis, tornando-os mais competitivos no mercado internacional. A fabricao de produtos nacionais com destinao exportao requer, em sua composio, a insero de insumos importados. A poltica de comrcio exterior, atravs do regime de drawback, permite o incentivo produo nacional, atravs de processo como a iseno e suspenso de tributos 20

exigveis na importao de mercadorias utilizadas na transformao, beneficiamento, montagem, renovao ou acondicionamento de produto exportado. Caracterizao da operao de drawback: (Art. 62 da portaria n 10/2010, da Secretaria de Comrcio Exterior (SECEX), do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior) I - transformao a que, exercida sobre matria-prima ou produto intermedirio, importe na obteno de espcie nova; II - beneficiamento a que importe em modificar, aperfeioar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilizao, o acabamento ou a aparncia do produto; III - montagem a que consista na reunio de produto, peas ou partes e que resulte em um novo produto ou unidade autnoma, ainda que sob a mesma classificao fiscal; IV - renovao ou recondicionamento a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilizao; V - acondicionamento ou reacondicionamento a que importe em alterar a apresentao do produto, pela colocao de embalagem, ainda que em substituio da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte de produto. Modalidades do regime de drawback: (Art. 383 do Decreto 6.759/2009) I - suspenso do pagamento dos tributos exigveis na importao de mercadoria a ser exportada aps beneficiamento ou destinada fabricao, complementao ou acondicionamento de outra a ser exportada; II - iseno dos tributos exigveis na importao de mercadoria, em quantidade e qualidade equivalentes utilizada no beneficiamento, fabricao, complementao ou acondicionamento de produto exportado; III - restituio, total ou parcial, dos tributos pagos na importao de mercadoria exportada aps beneficiamento, ou utilizada na fabricao, complementao ou acondicionamento de outra exportada. O regime de drawback poder ser concedido a: (Art. 384 do Decreto 6.759/2009 e Art. 63 da portaria n. 10/2010, da SECEX) I - mercadoria importada para beneficiamento no Pas e posterior exportao; I - matria-prima, produto semielaborado ou acabado, utilizados na fabricao de mercadoria exportada ou a exportar; III - pea, parte, aparelho e mquina complementar de aparelho de mquina, de veculo ou de equipamento exportado ou a exportar; IV - mercadoria destinada embalagem, acondicionamento ou apresentao de produto exportado ou a exportar, desde que propicie comprovadamente uma agregao de valor ao produto final; 21

V - animais destinados ao abate e posterior exportao; VI - matria-prima e outros produtos que, embora no integrando o produto a exportar ou exportado, sejam utilizados em sua industrializao, em condies que justifiquem a concesso; VII - matrias-primas e outros produtos utilizados no cultivo de produtos agrcolas ou na criao de animais a serem exportados, definidos pela CAMEX (Cmara de Comrcio Exterior). Outras formas de concesso do regime de drawback: ( 1o e 3o do Art. 384 do Decreto 6.759/2009) I - para matria-prima e outros produtos que, embora no integrando o produto exportado, sejam utilizados na sua fabricao, em condies que justifiquem a concesso; II - para matria-prima e outros produtos utilizados no cultivo de produtos agrcolas ou na criao ou captura de animais a serem exportados, definidos pela Cmara de Comrcio Exterior. III - para importao de matrias-primas, produtos intermedirios e componentes destinados fabricao, no Pas, de mquinas e equipamentos a serem fornecidos no mercado interno, em decorrncia de licitao internacional, contra pagamento em moeda conversvel proveniente de financiamento concedido por instituio financeira internacional, da qual o Brasil participe, ou por entidade governamental estrangeira ou, ainda, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social, com recursos captados no exterior. O regime de drawback no ser concedido: (Art. 385 do Decreto 6.759/2009 e Art. 64 da portaria n. 10/2010, da SECEX). I - na importao de mercadoria cujo valor do imposto de importao, em cada pedido, for inferior ao limite mnimo fixado pela Cmara de Comrcio Exterior. Para atender a esse limite, vrias exportaes da mesma mercadoria podero ser reunidas em um s pedido de drawback; II - na importao de petrleo e seus derivados, com exceo da importao de coque calcinado de petrleo e nafta petroqumica; III na importao de mercadoria utilizada na industrializao de produto destinado ao consumo na Zona Franca de Manaus e em reas de livre comrcio localizadas em territrio nacional; IV - exportao ou importao de mercadoria suspensa ou proibida; V - exportaes conduzidas em moedas no conversveis (exceto em reais), inclusive moeda - convnio contra importaes cursadas em moeda de livre conversibilidade. Drawback suspenso: Corresponde suspenso dos tributos incidentes na importao de insumos a serem utilizados na fabricao do produto a ser exportado (Imposto de Importao - II, Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, Imposto sobre a Circulao de Mercadorias e Servios ICMS, PIS/PASEP, COFINS, AFRMM e outras taxas). A 22

concesso do regime, na modalidade de suspenso, de competncia da Secretaria de Comrcio Exterior, devendo ser efetivada, em cada caso, por meio do SISCOMEX.

A modalidade suspenso aplicada s seguintes operaes: I - Drawback Genrico em que admitida a discriminao genrica da mercadoria e o seu respectivo valor, dispensadas a classificao na NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) e a quantidade. (Art. 92 da portaria no. 10/2010, da SECEX). II - Drawback Sem Cobertura Cambial - quando no h cobertura cambial, parcial ou total, na importao. (Art. 96 da portaria no. 10/2010, da SECEX). II - Drawback solidrio: admite a participao solidria de duas ou mais empresas industriais na importao. IV - Drawback para Fornecimento no Mercado Interno: trata da importao de matriaprima, produto intermedirio e componentes destinados industrializao de mquinas e equipamentos no pas para serem fornecidos no mercado interno, em decorrncia de licitao internacional contra pagamento em moeda conversvel proveniente de financiamento concedido por instituio financeira internacional da qual o Brasil participe ou por entidade governamental estrangeira, ou ainda, pelo BNDES, com recursos captados no exterior. (Art. 110 da portaria n 10/2010, da SECEX). Drawback iseno:Corresponde modalidade em que o fabricante importa os insumos necessrios para reposio do estoque do produto (anteriormente importado e que fez parte do produto exportado). O interessado, por sua vez, dever comprovar a exportao de produto em cujo beneficiamento, fabricao, complementao ou acondicionamento tenha sido utilizado mercadorias importadas equivalentes, em qualidade e quantidade, quelas para as quais esteja sendo pleiteada a iseno. Drawback restituio: a modalidade menos utilizada. O exportador requer a restituio dos tributos pagos com relao aos insumos empregados na fabricao de um produto cuja exportao j foi realizada. A restituio do valor correspondente aos tributos poder ser feita mediante crdito fiscal a ser utilizado em qualquer importao posterior. Nas duas modalidades, seja suspenso ou iseno, podero ser empregadas as seguintes operaes especiais de drawback - Embarcao e Intermedirio: I - Drawback para Embarcao: operao especial concedida para importao de mercadoria utilizada em processo de industrializao de embarcao, destinada ao mercado interno (Art. 108 da portaria n 10/2010, da SECEX). II - Drawback Intermedirio: consiste na importao, por empresas denominadas fabricantes-intermedirios, de mercadoria para industrializao de produto intermedirio a ser fornecido a empresas industriais-exportadoras e utilizado na industrializao de produto final destinado exportao (Art. 100 da portaria n 10/2010, da SECEX). III - Drawback Integrado: as empresas podero adquirir no mercado interno ou via importaes, de forma combinada ou no, mercadoria para emprego ou consumo na industrializao de produto a ser exportado, com suspenso de tributos. O regime unifica o sistema, integrando o drawback suspenso para importao e o drawback para fornecimento no mercado interno, permitindo a agilidade do processo aduaneiro. O pagamento dos tributos poder ser suspenso pelo prazo de at um ano, prorrogvel por 23

igual perodo. No caso de mercadoria destinada produo de bem de capital de longo ciclo de fabricao, a suspenso poder ser concedida por prazo compatvel com a fabricao e exportao do bem, at o limite de cinco anos. Drawback Integrado para Produtos Agrcolas ou Criao de Animais Para importao ou compra no mercado interno de matria-prima e utilizado no cultivo dos produtos agrcolas ou na criao dos animais, a seguir definidos, cuja destinao a exportao: a) frutas, suco e polpa de frutas; b) algodo no cardado nem penteado; c) camares; d) carnes e miudezas, comestveis, de frango; e) carnes e miudezas, comestveis, de sunos (Art. 104 da portaria n 10/2010, da SECEX).1. Em relao a Admisso Temporria para Utilizao Econmica e para aperfeioamento ativo, INCORRETO afirmar: 1) os bens admitidos temporariamente no Pas para utilizao econmica esto sujeitos ao pagamento de tributos proporcionalmente ao seu tempo de permanncia no territrio aduaneiro; 2) O crdito tributrio correspondente parcela dos tributos com suspenso do pagamento na Admisso Temporria para Utilizao Econmica, dever ser constitudo em termo de responsabilidade; 3) O regime de admisso temporria para utilizao econmica, aplicado, tambm, entrada no territrio aduaneiro de bens objeto de arrendamento mercantil financeiro, contratado com entidades arrendadoras domiciliadas no exterior; 4) Consideram-se operaes de aperfeioamento ativo, as operaes de industrializao relativas ao beneficiamento, montagem, renovao, ao acondicionamento ou ao reacondicionamento aplicadas ao prprio bem; 5) so condies bsicas para a aplicao do regime em operaes de aperfeioamento ativo, que as mercadorias sejam de propriedade de pessoa sediada no exterior e admitida sem cobertura cambial.

2. Dentre as opes abaixo, assinale aquela que NO se refere a uma caracterstica da modalidade de drawback suspenso: 1) corresponde a suspenso dos tributos incidentes na importao de insumos a serem utilizados na fabricao do produto a ser exportado; 2) o exportador requer a suspenso dos tributos pagos com relao aos insumos empregados na fabricao de um produto cuja exportao j foi realizada; 3) suspenso do pagamento dos tributos exigveis na importao de mercadoria a ser exportada aps beneficiamento ou destinada fabricao, complementao ou acondicionamento de outra a ser exportada; 4) a modalidade suspenso aplicada s operaes tais como Drawback Genrico Drawback Sem Cobertura Cambial; 5) a concesso do regime, na modalidade de suspenso, de competncia da Secretaria de Comrcio Exterior, devendo ser efetivada, em cada caso, por meio do SISCOMEX.

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3. NO consiste numa caracterstica do regime de drawback: 1) suspenso do pagamento dos tributos exigveis na importao de mercadoria a ser exportada aps beneficiamento; 2) iseno dos tributos exigveis na importao de mercadoria, em quantidade e qualidade equivalentes utilizada no beneficiamento de produto exportado; 3) restituio dos tributos pagos na importao de mercadoria exportada aps beneficiamento de outra exportada; 4) reduo dos custos de produo de produtos exportveis, tornando-os mais competitivos no mercado internacional; 5) exportao de mercadoria em suspenso aps seu beneficiamento, montagem, renovao, acondicionamento ou reacondicionamento.

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