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Reforma Tributária: consolidando
o desenvolvimento
Ministro Paulo Bernardo
Curitiba, 10 de março de 2008
Palestra - Federação das Industrias do Paraná (FIEP)
Por que é um bom momento para
aprovarmos a Reforma Tributária?
Hoje reunimos condições favoráveis
• Crescimento Econômico Sustentável
• Responsabilidade Fiscal
• Baixa Vulnerabilidade Externa
• Estabilidade Monetária e inflacionária
• Aumento na renda dos trabalhadores
• Redução das Desigualdades Sociais/regionais
Retomada do Crescimento
4
Fonte: IBGE.
* Projeção.
Taxa de Crescimento do PIB Brasileiro, 1992 a 2007* (%)
5
Dívida Líquida do Setor Público (% PIB corrente)
Evolução da Conjuntura Econômica
28,030,7 31,8
38,9
44,5 45,548,4
52,350,5
52,4
47,0 46,544,9
42,8
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 out/02 2002 2003 2004 2005 2006 2007Fonte: Banco Central do Brasil.
6
Superávit Primário do Setor Público Consolidado (acumulado em 12 meses em % PIB corrente)
Evolução da Conjuntura Econômica
Fonte: Banco Central do Brasil.
-2
-1
0
1
2
3
4
5
jun/96 mai/98 abr/00 mar/02 fev/04 jan/06 dez/07
-2
-1
0
1
2
3
4
5
7
Dívida Externa Bruta/ Exportações de Bens e Serviços
Evolução da Conjuntura Econômica
Fonte: Banco Central do Brasil.
* Até o terceiro trimestre de 2007.
3,33,6 3,6
4,44,7
3,9
3,63,5
2,9
2,1
1,41,3 1,3
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 *
8
Balança Comercial(US$ bilhões; acumulado em 12 meses)
Evolução da Conjuntura Econômica
-3,5 -5,6 -6,8 -6,6-1,2
2,7
13,1
24,833,6
44,8 46,540,0
-0,7
58,2 60,4
73,1
160,7
137,8
118,3
46,5 47,7 53,0 51,148,0
55,1
96,5
48,3
62,8
91,3
120,6
73,6
50,0 49,255,8
53,359,7 57,7
55,647,2
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Saldo Exportações Importações
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio.
9
Transações Correntes e Saldo da Balança Comercial(US$ bilhões; acumulados em 12 meses)
Evolução da Conjuntura Econômica
Fonte: Banco Central do Brasil.
10
Total de Crédito do Sistema Financeiro Nacional(em % do PIB)
Evolução da Conjuntura Econômica
9,6 9,5 8,6 8,7
15,2 16,213,8 14,7 15,6
18,721,0
24,5
19,217,3 19,3
16,2
11,2 8,5
8,29,3 8,9
9,4
9,9
10,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Recursos Livres Direcionados
Fonte: Banco Central do Brasil.
Índice de Gini e Porcentagem da População em Extrema Pobreza
Reformas e o Investimento na área Social
11
0,53
0,54
0,55
0,56
0,57
0,58
0,59
0,60
0,61
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
Índice de Gini
(escala à esquerda)
Extrema Probreza
(escala à direita; % da população)
Fonte: IBGE e IPEA.
É a reforma econômica mais importante
Contribui para manter o crescimento sustentável
Cria condições para a aceleração do crescimento
Por que a Reforma Tributária?
Momento Oportuno para a Reforma
As tentativas anteriores de implementação da ReformaTributária geraram algum ceticismo sobre a nova proposta,contudo o momento atual é mais favorável à tramitação daReforma Tributária que os anteriores
Crescimento econômico facilita o fechamento daequação fiscal da reforma (que tem custo para a União)
Deterioração do ambiente da guerra fiscal
Maior demanda da sociedade por mudanças no sistematributário
Implantação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-E)
Base de dados permite calcular com precisão perdase ganhos dos Estados e racionalizar a compensação
Viabiliza mudanças na estrutura de cobrança dostributo
Problemas do Sistema Tributário atualProblemas do Sistema Tributário atual
• Complexidade – muitos tributos s/mesma base
• Distorções dos tributos indiretos
• Cumulatividade
• Desoneração incompleta dos investimentos
• Desoneração incompleta das exportações
• Tributação excessiva da folha de pagamentos
• Custo elevado s/ empresas
• Guerra fiscal
• ICMS – 27 legislações, com mais de 40 alíquotas
15
Complexidade
Brasil tem uma estrutura tributária muito complexa, com
muitos tributos incidentes sobre a mesma base
6 tributos indiretos sobre bens e serviços
2 tributos sobre o lucro das empresas (IRPJ/CSLL)
Custo para as empresas de cumprimento das obrigações
tributárias e acessórias é extremamente elevado
Segundo estudo do Banco Mundial, o Brasil é o campeão
mundial em tempo despendido pelas empresas para
cumprimento das obrigações tributárias
No caso do ICMS, há 27 legislações distintas, com grande
diversidade de alíquotas, regimes de redução de base de
cálculo etc.
Além da complexidade, há uma série de distorções na
estrutura dos tributos indiretos sobre bens e serviços no
Brasil, que acabam tendo um impacto muito negativo
sobre o crescimento econômico
Cumulatividade
Aumento do custo dos investimentos
Tributação das exportações
Guerra fiscal
Distorções dos Tributos Indiretos
A Reforma Tributária contribui de forma relevante
para acelerar o potencial de crescimento do País,
pois promove:
• Simplificação e desburocratização
• Redução da informalidade
• Desoneração
• Eliminação de distorções e guerra fiscal
• Aperfeiçoamento da política de desenvolvimento
regiona
Impactos da Reforma Tributária
Objetivos da Reforma Tributária
A proposta de Reforma Tributária tem seis objetivos
principais:
• Simplificação do sistema tributário, com redução e
desburocratização da legislação
• Fim da guerra fiscal
• Correção de distorções na estrutura tributária que
prejudicam o investimento e a eficiência
• Desoneração tributária, com foco nos tributos que mais
prejudicam o crescimento
• Melhora da Política de Desenvolvimento Regional
• Melhora da qualidade das relações federativas
Simplificação – Tributos Federais
Extinção de 5 tributos federais :
• COFINS
• PIS
• CIDE (criação IVA-F)
• Salário Educação
• CSLL IRPJ
• Entrada em vigor no segundo ano após a aprovação
da PEC
• IPI seria mantido como imposto seletivo e para fins de
política Industrial
Simplificação - ICMS
Unificação da legislação do ICMS:
• Extinção do atual ICMS e criação de um “Novo ICMS”
• Grande simplificação (27 legislações 1)
• Alíquotas uniformes
• Senado define as alíquotas
• Confaz propõe o enquadramento/Senado aprova ou rejeita
• Para evitar aumento da carga tributária, Estados poderão fixar
alíquotas diferenciadas para um número limitado de bens e serviços
• Sistema de débito e crédito com legislação mais simples e neutra
Fim da Guerra Fiscal
Esquema de Transição do ICMS para o “Novo ICMS”
Redução das alíquotas do ICMS na origem
Alíquota atual 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
12,0% 11% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 2,0%
7,0% 6,5% 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 2,0%
Projeto acaba com a guerra fiscal ao reduzir progressivamente
a parcela do ICMS apropriado no estado de origem
Fim da Guerra Fiscal – Garantia de Receita
• Criação do Fundo de Equalização de Receitas (FER), para
ressarcimento dos estados por eventuais perdas no
processo de transição do ICMS
• Parte dos recursos vinculados constitucionalmente e parte
definida em lei complementar
Estados que concederem novos benefícios não terão
acesso aos recursos do FPE, do FER, nem do Fundo
Nacional de Desenvolvimento Regional
Correção de Distorções dos Tributos Indiretos
Forte redução da cumulatividade do sistema tributário
• Regulamentação do IVA-F e do Novo ICMS viabilizará ampla
apropriação de créditos de bens e serviços adquiridos pelas
empresas
Desoneração completa das exportações
• Tributação no destino permite Estados ressarcirem integralmente
os exportadores
• Criação de sistema de compensação que impedirá o acúmulo de
créditos tributários
Aperfeiçoamento da legislação
• Legislação do IVA-F e do Novo ICMS incorporará um modelo
moderno de tributação do valor adicionado, eliminando distorções
simplificando o trabalho das empresas
DesoneraçãoDesoneração da folha salarial
• Redução da contribuição patronal sobre folha ao ritmo de 1 p.p. ao
ano de 2010 a 2015, passando de 20% para 14%
• Extinção da contribuição para o Salário Educação
Ampliação da desoneração da cesta básica na criação do IVA-F
e do novo ICMS, reduzindo o custo de produtos como óleo de
soja, açúcar, pão etc.
Desoneração completa dos investimentos
• ICMS: redução do prazo ao longo da transição
• IVA-F: Prazo a ser definido na regulamentação do imposto
PEC possui dispositivo que garante que não haverá aumento da
carga tributária na criação do IVA-F e do Novo ICMS
Política de Desenvolvimento Regional
Aperfeiçoamento da PDR é política de governo que contribui
para a Reforma Tributária ao facilitar o fim da guerra fiscal
• Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional e
ampliação do montante de recursos
• Criação de novos instrumentos para a PDR
Investimentos estruturantes
• Infra-estrutura, qualificação de mão de obra etc.
• Diretrizes definidas pelas superintendências regionais
Transferências aos estados para ações de desenvolvimento
• Investimentos estruturantes e subvenção a empresas
• Recursos não vinculados
Garantia de ampliação do montante de recursos da PDR para
todas as regiões (inclusive Sul e Sudeste)
Aprimoramento das Relações Federativas
• Transferências a estados e municípios passam a ser
calculadas sobre base ampla de tributos, aumentando a
solidariedade fiscal entre a União e os entes
subnacionais
• Apenas a contribuição previdenciária e os tributos de
natureza regulatória (II/IE/IOF/ITR) não compõem a base
de partilha
• Com o envio da Reforma Tributária, propõe-se abrir
uma ampla discussão sobre as competências e o
financiamento dos entes federados, inclusive sobre o
sistema de partilhas
MUDANÇAS NO
SISTEMA DE
PARTILHA
Tributo % de
destinação
Destinação
IR e IPI 21,5% Fundo de Participação dos Estados
23,5% Fundo de Participação dos Municípios
3,0% Fundos Constitucionais (FCO, FNE e
FNA)
COFINS e CSLL 100% Seguridade Social
PIS 40% BNDES
60% FAT
Contribuição do Salário-
Educação
100% Educação Básica
Cide-Combustiveis 71% Infra-estrutura de transportes, meio
ambiente, etc.
29% Estados e Municípios
Como é Hoje
Como Fica
Base Ampla % de Destinação Destinação
Soma do IR (acrescido
da CSLL), IPI e IVA - F
Recomposição de Fontes
– aplicação de um
percentual sobre a Base
Ampla, que mantenha
inalterado o volume de
recursos.
Seguridade, FAT/BNDES,
Educação Básica, Infra-
Estrutura de Transportes.
Como fica
Base de Partilha
Federativa
% de Destinação Destinação
Base de Partilha 21,5% FPE
23,5% FPM
3,0% FNDR
1,8% FER
Depois de efetuada essa partilha recompõe-se uma base da partilha federativa,
garantindo-se a distribuição dos percentuais de recursos ao FPE, FPM, FNDR e
FER.
Obrigado!!!