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Proposta de Proposta de Reforma Tributária Reforma Tributária Apresentação Apresentação Abril/2008 Abril/2008

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Page 1: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Proposta deProposta de Reforma TributáriaReforma Tributária

ApresentaçãoApresentaçãoAbril/2008Abril/2008

Page 2: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

1. 1. Fundamentos e Justificativas.Fundamentos e Justificativas.

5. Estrutura de Tributos.5. Estrutura de Tributos.

SUMÁRIOSUMÁRIO

3. 3. Diretrizes.Diretrizes.

4. Resumo da Proposta. 4. Resumo da Proposta.

2. 2. Princípios Econômicos ClássicosPrincípios Econômicos Clássicos e Específicos.e Específicos.

6. Quantificação da Proposta.6. Quantificação da Proposta.

7. Conclusões.7. Conclusões.

Page 3: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

1 - FUNDAMENTOS E 1 - FUNDAMENTOS E JUSTIFICATIVASJUSTIFICATIVAS

Page 4: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

A Constituição de 1988 propiciou a descentralização da receita tributária.

A União, para recuperar receita, abandona a arrecadação e a fiscalização dos impostos compartilhados.

Ao mesmo tempo, foi buscar recursos tributários que não fossem partilhados com as outras esferas de governo:

O IOF, de imposto criado para saneamento de instituições financeiras, depois usado como imposto regulador, está se transformando em instrumento de arrecadação fiscal;

Foram criadas as contribuições do PIS/PASEP, a COFINS, a CSLL e a CIDE, que, na verdade, são impostos, disfarçados de contribuição.

Page 5: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

• Com isto, a União passa a investir pesadamente, sobretudo, nas contribuições, sem repartir as receitas e descaracterizando o Sistema Tributário Nacional.

• Não satisfeita, tenta de todas as formas, centralizar o ICMS e o ISS, com a criação do IVA Federal, nas anteriores propostas de reforma tributária.

• Recentemente, com a criação do Super Simples, a União inicia não só a centralização dos impostos sobre o consumo, como o fim do federalismo brasileiro.

Page 6: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

• A criação do IVA FEDERAL amplo e leve, em contrapartida à manutenção do ICMS, agora subjugado ao poder central, determina o estabelecimento de condições definitivas não só para por fim à autonomia legislativa dos Estados sobre o ICMS, como também para extingui-lo, dando larga margem para que o ICMS venha a ser absorvido pelo IVA FEDERAL.

Page 7: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

As desculpas mais recorrentes da União, para centralizar os impostos sobre o consumo, notadamente, em relação com o IVA dos países europeus, são:

• Grande diversificação de alíquotas e de base de cálculo (diversificação de alíquotas);

• A concessão de benefícios fiscais (guerra fiscal);

• 27 legislações do ICMS (complexidade).

Page 8: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

A aplicabilidade do IVA na União Européia demonstra que são preservadas as peculiaridades dos Estados-membros:

•o IVA francês (TVA) possui 13 (treze) alíquotas;•a Itália protege seus pequenos produtores com incentivos fiscais; •Portugal mantém alíquota especial para seus principais produtos o vinho e o leite;• o Tribunal de Bruxelas, criado com competência plena, dirime as lides tributárias entre os Estados-membros. (pune a guerra fiscal);

Page 9: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

• a competência tributária do IVA na União Européia, preservando a soberania dos Estados-membros, pertence a cada país (Estado Membro), o que permite a convivência de 27 legislações ou sistemas tributários diferentes.

• Ficou preservado o princípio da livre iniciativa, com limites estabelecidos em lei e preservados pelo Tribunal de Bruxelas.

Page 10: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Por fim é bom lembrar que:

1 - O tributo é um fato e um ato complexo (econômico, político, jurídico, etc.) e, por isto mesmo, é pretensiosa a a afirmação da existência de um sistema tributário simples;

2 – A guerra fiscal existe em todos os países, inclusive nos Estados Unidos, com suas diversas legislações tributárias e é decorrente do princípio da livre iniciativa;

3 – Para existir o federalismo é preciso que exista o federalismo fiscal que se identifica, notadamente, com a atribuição de competência tributária plena, para que cada ente federado tenha suas receitas originais e não derivadas.

Page 11: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Concluindo este tópico sobre fundamentos e

justificativas, apresentamos um estudo que tem como

base a Arrecadação Tributária de 2005 e que demonstra,

com toda a clareza, que a centralização dos impostos

sobre o consumo implica, necessariamente, no fim do

federalismo brasileiro, e na volta à dependência direta

dos Estados e Municípios à política das províncias, ou

seja,”dos amigos do Rei”, ou ainda do “pires nas mãos”.

Page 12: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

TributoTributo Compet.Compet. TipoTipo

IPI Federal IVA

333,95 100,00Fonte: SRF - Coordenação Geral do Sistema de Arrecadação

Arrec.Arrec. % Rel.% Rel.

COFINS FederalPIS/PASEP Federal

ICMS Estadual IVAISS Municipal Cascata

28,19 8,4492,47 27,69

24,28 7,27

165,67 49,6015,52 4,83

SUB-TOTAL 152,76 45,57

Tributação Sobre o Consumo e ContribuiçõesTributação Sobre o Consumo e Contribuições

Federal

Arrecadação Tributária Brasileira — 2006Arrecadação Tributária Brasileira — 2006

Mista

CIDE Federal 7,82 2,17Cascata

Page 13: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Evolução da União na Evolução da União na Tributação Sobre o Consumo e Contribuições tendo em vistaTributação Sobre o Consumo e Contribuições tendo em vista

a Arrecadação Tributária Brasileira — 2006a Arrecadação Tributária Brasileira — 2006

Sem ContribuiçõesSem Contribuições Com Com ContribuiçõesContribuições

Page 14: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Arrecadação Tributária Brasileira com o IVA FederalArrecadação Tributária Brasileira com o IVA Federal(Adaptação dos Dados da SRF - 2006)(Adaptação dos Dados da SRF - 2006)

GovernoGoverno R$ BilhõesR$ Bilhões

Federal 590,77 93

Estadual 27,04 4,26%

Municipal 16,02 2,54%

TOTAL 633,81Fonte: SRF - Coordenação Geral do Sistema de Arrecadação

93,20%

ParticipaçãoParticipação

Page 15: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Distribuição da Competência Tributária Distribuição da Competência Tributária Brasileira com a criação do IVA FederalBrasileira com a criação do IVA Federal

(Adaptação dos Dados da SRF - 2006)(Adaptação dos Dados da SRF - 2006)

União

Estado

Município

Page 16: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

2- PRINCÍPIOS ECONÔMICOS2- PRINCÍPIOS ECONÔMICOS CLÁSSICOS E ESPECÍFICOSCLÁSSICOS E ESPECÍFICOS

Page 17: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

1 - PRINCÍPIOS:

A) Princípios Tributários e Econômicos Clássicos:

Eqüidade; Neutralidade; Progressividade; Capacidade Contributiva;

Legalidade; Anterioridade;Isonomia; Irretroatividade;

Seletividade; Não Cumulatividade; Imunidade Recíproca e Não Confisco.

Page 18: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

B - Princípios Tributários e Econômicos Específicos

Simplicidade que deve ser entendida como o esforço no sentido de racionalizar o conjunto de normas e procedimentos que facilitem o pagamento do tributo;

Tributação Mista;

Federalismo Fiscal, com autonomia e competência tributária, nas três esferas de Governo, com a fixação de sanções, inclusive em nível constitucional.

Page 19: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

3 - DIRETRIZES3 - DIRETRIZES

Page 20: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

A Proposta de Reforma Tributáriaobserva as seguintes diretrizes:

a) a obtenção, no mínimo, do volume atual de recursos tributários necessários ao financiamento das ações de cada esfera de governo;

b) regulação das informações econômico-financeiras do contribuinte ao fisco estadual;

c) a busca da harmonização tributária internacional, visando a integração competitiva do Brasil;

d) a racionalização dos incentivos fiscais, via controle legislativo;

Page 21: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

e) não incidira sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, exceto para os produtos primários não renováveis;

A Proposta de Reforma Tributáriaobserva as seguintes diretrizes:

f) a educação fiscal – com ênfase na relação tributo/cidadania (incluída na grade do currículo do ensino básico);

Page 22: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

g) revisão da conceituação do crime de sonegação fiscal, observando-se:

1 - a garantia de que não haverá a extinção da punibilidade, através do pagamento do tributo;

2 - o pagamento do tributo, no máximo, poderá ser considerado como atenuante da pena;

3 – tratar com mais rigor a prática reiterada da sonegação;

4 – estabelecer o pagamento de fiança ou de pena pecuniária, ou ainda pena alternativa para a sonegação de menor gravidade, em substituição à prisão;

A Proposta de Reforma Tributáriaobserva as seguintes diretrizes:

Page 23: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

h) em relação ao IVA:

1 – a manutenção da cobrança mista enquanto perdurar a adoção do princípio misto;

2 – estabelecer mecanismos que inibam:

2.1 - o uso indiscriminado da substituição tributária;

2.2 – a concessão de remissão e anistia.

A Proposta de Reforma ... observar as seguintes diretrizes:

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4. RESUMO DA PROPOSTA4. RESUMO DA PROPOSTA

Page 25: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

A proposta de reforma tributária da FENAFISCO altera, integralmente, todo o Capítulo I, do Título VI, da Constituição Federal que versa sobre o Sistema Tributário Nacional, desde o artigo 145 até ao artigo 162.

Ela procura dar mais racionalidade ao:

1 - Sistema Tributário Nacional, fixando os tributos de cada esfera da federação, conforme sua inclinação natural, ou seja a renda, a regualação e os impostos financeiros com a União, os impostos sobre o valor agregado com os Estados e o Distrito Federal e o patrimônio com os Municípios.

Page 26: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

2 - próprio texto constitucional, que, de tantas alteracões sofridas, encontra-se desfigurado, passando a apresentar aberrações, tais como a existência de dois artigos com o mesmo número (Art. 149 e 149A) e parágrafos que deveriam estar em seções específicas e estão nas normas gerais de tributação.

Page 27: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Seção IDos Princípios Gerais

Page 28: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

OS TRIBUTOSArt. 145. O Sistema Tributário Nacional é composto pelos Art. 145. O Sistema Tributário Nacional é composto pelos seguintes tributos:seguintes tributos:I – Impostos;I – Impostos;II – Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou II – Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, dos serviços públicos pela utilização, efetiva ou potencial, dos serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;a sua disposição;III – Contribuições:III – Contribuições:a) de melhoria;a) de melhoria;b) previdenciárias;b) previdenciárias;c) sociais;c) sociais;d) de iluminação pública;d) de iluminação pública;e) de interesse das categorias profissionais ou econômicas, e) de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas; como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas; IV – Empréstimos Compulsórios.IV – Empréstimos Compulsórios.

Page 29: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Distribuição dos ImpostosDistribuição dos Impostos::

Federal – Renda, Movimentação Financeira e Federal – Renda, Movimentação Financeira e Regulatórios. Regulatórios.

Estadual – IVA – (Consumo com crédito fiscal).Estadual – IVA – (Consumo com crédito fiscal).

Municipal – Patrimônio, exceto o IGF (União),Municipal – Patrimônio, exceto o IGF (União), pertencendo a maior parcela depertencendo a maior parcela de sua receita aos Municípios e Distrito sua receita aos Municípios e Distrito

Federal. Federal.

Page 30: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

ContribuiçõesContribuições::

► ► A Contribuição Privada continuará com a União.A Contribuição Privada continuará com a União.

►►A Contribuição Pública terá sua competência distribuídaA Contribuição Pública terá sua competência distribuída entres as três esferas de governo.entres as três esferas de governo.

► ► As demais contribuições serãAs demais contribuições serão aquelas instituídas nao aquelas instituídas na Constituição, vedada a criação de qualquer outra.Constituição, vedada a criação de qualquer outra.

► ► Algumas contribuições serão transformadas emAlgumas contribuições serão transformadas em impostos.impostos.

Page 31: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

ContribuiçõesContribuições::

A PEC 233/2008, ao contrário da proposta da FENAFISCO não A PEC 233/2008, ao contrário da proposta da FENAFISCO não proíbe a criação, pela União, de novas Contribuições.proíbe a criação, pela União, de novas Contribuições.

Muito menos vincula a criação dessas “novas contribuições” à Muito menos vincula a criação dessas “novas contribuições” à repartição de receitas com os outros entes federados.repartição de receitas com os outros entes federados.

Isto permitirá a continuidade dos desmandos e Isto permitirá a continuidade dos desmandos e descaracterização do Sistema Tributário Nacional.descaracterização do Sistema Tributário Nacional.

Page 32: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

A COMPETÊNCIA RESIDUAL, COMO SEM PRE FOI HSITORICAMENTE TRATADA, VOLTA SE RESUMIR À CRIAÇÃO DE NOVOS IMPOSTOS

Art. 154. A União poderá ainda instituir:......................................................................................................III – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos, não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição e sejam compartilhados com os Estados, Distrito Federal e Municípios.

Page 33: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

PROPÕE O FIM DO SUPER SIMPLES, EMBORA PREVEJA TRATAMENTO DIFERENCIADO PARA A MICRO E PEQUENA EMPRESA, NO ÂMBIUTO DE CADA ENTE FEDERADO

Art. 147. Cabe à lei complementar:III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:...................................................................................................d) sistema simplificado de tributação a ser instituído pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas competências.

Page 34: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

TRAÇA LINHAS GERAIS SOBRE A ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

A Administração Tributária da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios será dotada de autonomia administrativa, financeira e funcional, na forma prevista em lei complementar.

Cada ente Federado elaborará sua proposta orçamentária, e a administração tributãria serã exercida por servidores de carreira exclusiva de Estado.

Page 35: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Seção IIDas Limitações ao Poder de Tributar(vedação de criação de novas contribuições)

Page 36: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Art. 150.......................................................................................,... VII - a criação ou instituição de quaisquer outras contribuições, que são exclusivamente aquelas previstas no inciso III do art. 145.

VEDA A CRIAÇÃO DE NOVAS CONTRIBUIÇÕES

Page 37: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Seção IIIDos Impostos da União

Page 38: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

I - importação de produtos estrangeiros;II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;III – renda e proventos de qualquer natureza;IV – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores mobiliários;V – ingresso de capital financeiro estrangeiro de curto prazo;VI – sobre grandes fortunas, nos termos da lei complementar.

Page 39: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Seção IVDo Imposto dos Estados e do Distrito Federal

Page 40: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de qualquer natureza, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca do imposto previsto no caput.

Serão adicionadas ao atual IVA as contribuições sociais que impliquem em base de cálculo que lhe sejam semelhantes, o IPI e o ISS, com vista à criação do IVA.

Page 41: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Observe-se que o IVA proposto é semelhante ao ICMS, acrescentado-se, apenas o IPI e o ISS, todos com a não-cumulatividade.

As contribuições serão agregadas com a fixação da alíquotas e não com a ampliação da base contributiva.

Enquanto o IVA Federal proposto na PEC 233/2008 é bem amplo porque tributará todas as operações com bens e prestações de serviços, ainda que as operações e prestações se iniciem no exterior.

O IVA-F, portanto vai ampliar bastante a base de tributação, o que implica, necessariamente, em aumento da carga tributária, além da manutenção do IPI, do ICMS e do ISS.

Page 42: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Implantação definitiva do Princípio do Destino, com cobrança no Destino:

Art. 155 ... §2º ...V – terá uma única alíquota aplicável às operações e

prestações interestaduais, de até 6% (seis por cento), estabelecida mediante resolução do Senado Federal ou de iniciativa de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, a qual será anualmente reduzida em 1% (um por cento), até que seja implantado, definitivamente, o princípio do destino;

Page 43: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Seção VDos Impostos dos Municípios e Distrito

Federal

Page 44: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Art. 156. Compete aos Municípios e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

I – propriedade predial e territorial urbana;

II – propriedade territorial rural;

III – transmissão inter vivos e causa mortis, a qualquer título, de bens móveis ou imóveis, exceto os de garantia;

IV – propriedade de veículos automotores.

Page 45: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

O IPVA deverá constar dos impostos dos Municípios, por ser um imposto sobre a propriedade.

No entanto, devido á dificuldade econômica de inúmeros Municípios este tributo poderá ter sua competência delegada ao Estado.

O Estado que obtiver delegação deverá participar o mínimo da receita e a título de despesas operacionais.

Page 46: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Observe-se que, embora nossa proposta retire dos Municípios o ISS – seu imposto mais importante – ele receberá o IPVA, o ITCDM e ainda 75% da receita do IGF.

Saliente-se, também, que com a ampliação da base dos serviços no ICMS, as transferências dos Estados, para os Municípios, serão proporcionalmente acrescidas.

Page 47: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Da Repartição de Receitas

Page 48: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

A repartição de receita da União para com com os Estados, Distrito Federal e os Municípios, serão restringidas aos repasses atuais.

A repartição de receita do Estado para com os Municípios também será restringida ao repasses atuais.

A repartição de receita do Estado para com a União se refere às receitas advindas com as contribuições sociais e destinadas à Previdência Social.

O Imposto sobre Grandes Fortunas - IGF - deverá ser implementado, no máximo após 12 meses da entrada em vigor do novo Sistema Tributário, e sua receita deverá pertencer (pelo menos 75%) aos Municípios e ao Distrito Federal.

Page 49: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Nada impede, contudo, que com o aperfeiçoamento da análise das transferências de receitas entre a União para os Estados e Distrito Federal e vice-versa, sejam saldados os atuais repasses a fim de definir um caminho de mão única.

Essa transferência de receita dos Estado para a União, pode parecer a grande ousadia da proposta da FENAFISCO, no entanto, vale lembrar que uma federação é formada pela soma das vontades de seus entes federados e não pelas benesses que a União queira auferir a suas províncias.

Page 50: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Talvez soe estranho porque, a federação brasileira, em sentido inverso, tenha surgido de uma divisão do Estado unitário e não da junção de vários Estados.

De qualquer sorte, O IVA pode e deve ser estadual, inclusive assim também se pronunciou a Fundação Getúlio Vargas, em 1998, em trabalho conjunto com a FENAFISCO, no livro Federalismo Fiscal, Eficiência e Eqüidade:Uma Proposta de Reforma Tributária.

Por fim, a receita do Imposto sobre Grandes Fortunas deverá pertencer (pelo menos 75%) aos Municípios e ao Distrito Federal.

Page 51: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

5. ESTRUTURA DE TRIBUTOS.5. ESTRUTURA DE TRIBUTOS.

Page 52: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Natureza do ImpostoCompetência

Tributária PlenaRepartição de

Receitas

União

Renda IRPF, IRPJ e Ingresso de Capital Estrangeiro

Estados e Municípios

Movimentação Financeira IOF

Regulatórios II e IE

IGF Municípios

Previdência dos Funcionários Públicos FederaisContribuição Federal Contribuição Privada

Page 53: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Natureza do ImpostoCompetência

Tributária PlenaRepartição de

Receitas

Estados e Distrito Federal

IVA IVA (ICMS, ISS, IPI e COFINS)

União e Municípios

Previdência dos Funcionários Públicos EstaduaisContribuição Estadual

Page 54: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Natureza do ImpostoCompetência Tributária

PlenaRepartição de Receitas

Município eDistrito Federal

Propriedade

IPTU

ITR

ITCD

IPVA Eventual a Estados

Previdência dos Funcionários Públicos MunicipaisContribuição Municipal

Page 55: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

6. QUANTIFICAÇÃO DA PROPOSTA.6. QUANTIFICAÇÃO DA PROPOSTA.

Page 56: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

A União receberá os repasses referentes às receitas das contribuições absorvidas pelo IVA dos Estados e se ressarcirá das contribuição social sobre o lucro líquido, via alíquota do IRPJ, de forma que não deverá ter variação em sua receita tributária.

A União

Page 57: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Os Estados terá sua receita acrescida com a arrecadação do antigo ISS e das contribuições absorvidas pelo IVA, mas procederá as respectivas transferências, para os Municípios e para a União, ficando com um bolo arrecadado semelhante ao que existe hoje.

Os Estados e do Distrito Federal

Page 58: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Os Municípios não terão variações em sua receita tributária.

Os Municípios e o Distrito Federal

Page 59: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

ESTADOSDébitos Por Saídas Para Contribuintes

Débitos Por Saídas Para Contribuintes

proposto

Débitos Por Saídas Para Não-

Contribuintes

Débitos Por Saídas Para Não-

Contribuintes - proposto

Créditos Por Entradas Para

Contribuintes (Não Inclui Oper.

Sujeitas a ST)

Créditos Por Entradas Para Contribuintes (Não Inclui Oper.

Sujeitas a ST) proposto

Créditos Por Entradas Para Contribuintes Sujeitos ao

Regime de ST

Alíquota Média Interest.de

Entrada

Créditos Por Entradas Para Contribuintes

Sujeitos ao Regime de ST (aliq. de 4%)

Alíquota Média Interest.de

Entrada

Saldo de ICMS Regime Vigente

Saldo de ICMS regime proposto

A A1 B B1 C C1 D D1 E=A+B-C-D E1=A1+B1-C1-D1

ACRE 15.811.909 5.270.636 958.540 225.539 50.132.208 23.462.017 - 8,55% 4,00% (33.361.759) (17.965.842) ALAGOAS 239.972.789 79.990.930 5.315.525 1.250.712 220.591.684 90.510.627 34.049.900 9,33% 15.543.099 4,00% (9.353.270) (24.812.085) AMAPÁ 8.423.678 2.807.893 510.655 120.154 31.153.504 15.326.076 - 8,14% 4,00% (22.219.171) (12.398.029) AMAZONAS (1) 2.056.248.374 685.416.125 80.457.389 18.931.150 397.486.390 196.518.449 23.363.156 7,84% 14.035.253 4,00% 1.715.856.216 493.793.573 BAHIA 1.621.897.151 540.632.384 117.011.723 27.532.170 753.021.846 353.046.942 286.552.087 8,22% 117.741.013 4,00% 699.334.940 97.376.599 CEARÁ 643.306.678 214.435.559 54.998.385 12.940.796 567.706.351 259.985.803 82.279.355 8,72% 34.717.028 4,00% 48.319.357 (67.326.474) DISTRITO FEDERAL 600.248.135 200.082.712 46.068.864 10.839.733 573.831.788 292.484.448 74.533.205 7,87% 39.655.562 4,00% (2.047.994) (121.217.565) ESPÍRITO SANTO 1.090.637.043 363.545.681 55.574.128 13.076.265 393.417.002 209.328.726 116.436.227 7,42% 76.330.990 4,00% 636.357.942 90.962.230 GOIÁS 1.544.842.758 514.947.586 80.157.926 18.860.689 895.449.993 437.821.479 113.322.533 7,74% 74.289.776 4,00% 616.228.158 21.697.019 MARANHÃO 179.603.142 59.867.714 10.887.788 2.561.833 184.713.232 80.229.933 36.420.482 8,70% 12.140.161 4,00% (30.642.783) (29.940.547) MATO GROSSO 361.394.474 207.665.015 16.877.520 3.971.181 313.408.157 160.351.648 54.061.244 7,82% 18.020.415 4,00% 10.802.593 33.264.133 MATO GR. SUL 622.995.045 207.665.015 33.237.800 7.820.659 212.750.777 108.840.638 47.752.488 7,59% 24.946.839 4,00% 395.729.580 81.698.196 MINAS GERAIS 4.850.814.291 1.834.690.518 359.988.297 79.997.399 4.169.985.811 1.389.995.270 382.490.558 12,00% 129.064.596 4,00% 658.326.219 395.628.051 PARÁ 254.999.416 84.999.805 15.444.438 3.633.985 297.887.896 138.470.623 23.413.911 8,58% 7.804.637 4,00% (50.857.952) (57.641.469) PARAÍBA 311.866.850 103.955.617 3.137.155 738.154 326.064.071 133.926.555 42.705.055 9,57% 17.360.063 4,00% (53.765.121) (46.592.848) PARANÁ 3.746.795.680 1.363.010.038 394.010.911 92.708.450 3.058.437.650 1.019.479.217 369.484.258 12,00% 85.199.323 4,00% 712.884.683 351.039.949 PERNAMBUCO 1.088.605.114 362.868.371 52.939.408 12.456.331 886.840.976 399.697.807 131.124.912 8,60% 56.551.931 4,00% 123.578.633 (80.925.036) PIAUÍ 80.023.820 26.674.607 4.846.768 1.140.416 110.257.330 46.551.788 21.084.085 9,31% 7.028.028 4,00% (46.470.827) (25.764.793) RIO GR. NORTE 199.227.480 66.409.160 12.077.443 2.841.751 263.253.114 111.151.419 52.038.699 9,48% 21.364.091 4,00% (103.986.891) (63.264.599) RIO GR. SUL 3.325.130.022 1.215.565.006 155.649.448 36.623.400 3.015.609.637 1.005.203.212 320.199.041 12,00% 107.766.840 4,00% 144.970.792 139.218.353 RIO JANEIRO 3.006.962.654 1.124.378.030 230.282.399 51.173.866 3.481.929.626 1.160.643.209 422.010.160 12,00% 143.857.138 4,00% (666.694.732) (128.948.450) RONDÔNIA 119.976.767 39.992.256 7.273.156 1.711.331 156.482.124 76.630.853 - 8,18% 4,00% (29.232.201) (34.927.267) RORAIMA 6.794.647 2.264.882 411.901 96.918 54.484.479 23.532.256 - 9,27% 4,00% (47.277.931) (21.170.456) SANTA CATARINA 2.497.997.913 903.356.330 186.507.544 43.884.128 2.183.047.462 727.682.487 295.150.377 12,00% 98.383.459 4,00% 206.307.618 121.174.511 SÃO PAULO 15.832.837.429 6.212.820.927 1.151.484.779 255.885.506 11.342.120.693 3.780.706.898 874.030.096 12,00% 291.343.365 4,00% 4.768.171.418 2.396.656.170 SERGIPE 221.600.466 73.866.822 8.701.471 2.047.405 172.278.245 74.487.149 34.401.786 9,31% 34.826.871 4,00% 23.621.907 (33.399.792) TOCANTINS 98.411.454 32.803.818 8.611.166 2.026.157 85.478.869 39.793.294 18.583.093 8,80% 9.237.782 4,00% 2.960.658 (14.201.101) TOTAL 44.627.425.179 16.529.983.436 3.093.422.524 705.096.078 34.197.820.915 12.355.858.824 3.855.486.707 10,86% 1.437.208.259 9.667.540.081 3.442.012.430

Cálculo do ICMS das Operações Interestaduais Com o Regime Tributário Vigente

Page 60: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Total ICMS Arrecadado Total ICMS Ganho ou Perda Total ICMS Ganho ou Perda

Débitos Por Entradas Para Não-Contribuintes

Saldo de ICMS Princípio Destino

Débitos Por Entradas Para Não-Contribuintes

Saldo de ICMS Princípio proposto

Com Regime Vigente (Boletim Cotepe)

Calculado Com Princípio de Destino

Com Princípio Destino Com Princípio proposto Com Princípio misto (%)

ACRE 5.542.023 38.903.782 4.130.747 22.096.589 135.768.000 174.671.782 28,7% 157.864.589 16,28%ALAGOAS 23.811.035 33.164.305 17.716.604 42.528.689 592.672.000 625.836.305 5,6% 635.200.689 7,18%AMAPÁ 5.274.172 27.493.344 3.925.759 16.323.788 118.408.000 145.901.344 23,2% 134.731.788 13,79%AMAZONAS (1) 23.697.979 (1.692.158.237) 17.317.215 (476.476.358) 1.655.936.000 (36.222.237) nota 1 1.179.459.642 nota 1BAHIA 137.604.859 (561.730.081) 101.439.074 4.062.475 4.242.537.000 3.680.806.919 -13,2% 4.246.599.475 0,10%CEARÁ 68.603.221 20.283.864 50.814.043 118.140.517 2.121.415.000 2.141.698.864 1,0% 2.239.555.517 5,57%DISTRITO FEDERAL 177.704.888 179.752.882 130.448.098 251.665.664 1.598.339.000 1.778.091.882 11,2% 1.850.004.664 15,75%ESPÍRITO SANTO 60.621.409 (575.736.533) 44.304.933 (46.657.297) 2.490.518.000 1.914.781.467 -23,1% 2.443.860.703 -1,87%GOIÁS 96.592.216 (519.635.941) 71.585.596 49.888.577 2.615.257.000 2.095.621.059 -19,9% 2.665.145.577 1,91%MARANHÃO 34.446.807 65.089.590 25.751.494 55.692.041 805.428.000 870.517.590 8,1% 861.120.041 6,91%MATO GROSSO 56.283.582 45.480.989 42.033.511 8.769.378 1.556.532.000 1.602.012.989 2,9% 1.565.301.378 0,56%MATO GR. SUL 47.451.854 (348.277.726) 35.049.379 (46.648.817) 1.243.930.000 895.652.274 -28,0% 1.197.281.183 -3,75%MINAS GERAIS 300.249.423 (358.076.796) 220.494.511 (175.133.541) 9.223.821.000 8.865.744.204 -3,9% 9.048.687.459 -1,90%PARÁ 51.067.529 101.925.481 37.869.253 95.510.722 1.480.002.000 1.581.927.481 6,9% 1.575.512.722 6,45%PARAÍBA 43.742.291 97.507.412 32.735.992 79.328.840 910.423.000 1.007.930.412 10,7% 989.751.840 8,71%PARANÁ 201.160.249 (511.724.434) 148.178.879 (202.861.069) 4.927.015.000 4.415.290.566 -10,4% 4.724.153.931 -4,12%PERNAMBUCO 114.953.902 (8.624.731) 85.105.951 166.030.987 2.394.617.000 2.385.992.269 -0,4% 2.560.647.987 6,93%PIAUÍ 23.736.260 70.207.087 17.718.390 43.483.183 467.931.000 538.138.087 15,0% 511.414.183 9,29%RIO GR. NORTE 37.068.907 141.055.798 27.649.477 90.914.076 911.350.000 1.052.405.798 15,5% 1.002.264.076 9,98%RIO GR. SUL 235.349.446 90.378.654 174.140.587 34.922.234 6.706.354.000 6.796.732.654 1,3% 6.741.276.234 0,52%RIO JANEIRO 380.754.982 1.047.449.714 300.763.643 429.712.093 9.368.880.000 10.416.329.714 11,2% 9.798.592.093 4,59%RONDÔNIA 26.193.920 55.426.121 19.653.453 54.580.720 557.721.000 613.147.121 9,9% 612.301.720 9,79%RORAIMA 8.220.708 55.498.639 6.190.182 27.360.638 118.784.000 174.282.639 46,7% 146.144.638 23,03%SANTA CATARINA 147.884.552 (58.423.067) 110.195.944 (10.978.567) 3.290.356.000 3.231.932.933 -1,8% 3.279.377.433 -0,33%SÃO PAULO 748.111.236 (4.020.060.182) 603.127.002 (1.793.529.168) 33.693.292.000 29.673.231.818 -11,9% 31.899.762.832 -5,32%SERGIPE 21.741.649 (1.880.258) 16.161.564 49.561.356 578.003.000 576.122.742 -0,3% 627.564.356 8,57%TOCANTINS 15.595.916 12.635.258 11.624.589 25.825.691 343.416.000 356.051.258 3,7% 369.241.691 7,52%TOTAL 3.093.465.014 (6.574.075.067) 94.148.705.000 87.574.629.933 -7,0% 93.062.818.441 -1,15%Notas:

FENAFISCO - BALANÇA COMERCIAL INTERESTADUAL - Valores de 2001

ESTADOS

(1) Chamamos a atenção para o resultado do Amazonas que atualmente possui tratamento diferenciado (isenção) nas operações destinadas à Zona Franca de Manaus. O resultado de perda encontrado (- 102,2%) não reflete a realidade, pois os valores tributados de entrada - a base de cálculo dos créditos para contribuintes - não são registrados em função do benefício concedido, logo os créditos advindos das entradas das operações interestaduais que representariam ganho no princípio do destino estão subestimados. (2) Observe-se que o ICMS com adoção do princípio de destino e a nível total Brasil apresenta um resultado negativo que improcede do ponto de vista tributário. Sendo a diferenciação de alíquota nas operações interestaduais mero instrumento de partilha de receita entre os estados ditos “produtores” e “consumidores”, para o total Brasil o resultado teórico é neutro (zero), o que não está ocorrendo nos cálculos deste trabalho que apontam um resultado do imposto 6,9% menor do que o recolhido em 2001. Como causas principais desta diferença, podemos elencar:· a má qualidade das informações prestadas por algumas UF’s ; possíveis saídas interestaduais simuladas (operações internadas na própria UF remetente, ou em UF com alíquota interestadual maior) e · possíveis entradas não registradas, de modo que o contribuinte não tenha que

Simulações com Sistemas de Arrecadação para Destino, Misto e

Cálculo do ICMS das Operações Interestaduais Com o Princípio Destino

Cálculo do ICMS das Operações Interestaduais Com o Princípio proposto

Page 61: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

7. CONCLUSÕES7. CONCLUSÕES

Page 62: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

Com esta exposição podemos concluir que:

I - A proposta da FENAFISCO, embora altere todo o texto do atual Sistema Tributário Nacional é simples e harmoniosa;

II – Por isto mesmo, ela poderá entrar em vigor de imediato, sem maiores problemas, como o acúmulos de normas de transição;

III – Haverá um só IVA, estadual para preservar o federalismo fiscal, sem que haja, com isto, prejuízo para a União;

Page 63: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

IV – Em momento algum haverá a cobrança na origem, que, inapelavelmente:

a) gera insegurança na percepção dos Estados de suas receitas originárias;b) concede aos Estados produtores uma superposição em relação aos demais Estados federados;c) leva o Estado de destino a perder seu poder de fiscalização sobre o imposto arrecadado pelo Estado de origem;d) quebra a harmonia do federalismo;

Page 64: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

A propósito é bom lembrar o que nos diz Mário Alberto Alexandre - Conselheiro Permanente de Portugal junto a União Européia:“No regime definitivo de tributação do comércio intracomunitário, está previsto o critério de tributação na origem, com repasse da receita ao país de destino, mediante câmaras de compensação e fórmulas macroeconômicas. Entretanto, os países membros, receosos quanto a eventual perda de receita, não concordaram com a implantação do referido sistema. Permanece, portanto, o regime transitório, baseado na aplicação de alíquota zero (Sexta Diretiva 77/388/CEE e Regime Transitório das Transações)”

Page 65: Proposta de Reforma Tributária Apresentação Abril/2008

V – Com o IVA Estadual fica respeitada a cláusula pétrea do federalismo contida no inciso I, do §4º, do art. 60, da Constituição Federal;

Neste ponto citamos Vasco Branco Guimarães - representante do Centro de Apoio às Políticas Tributárias, Portugal e Mário Alberto Alexandre - conselheiro permanente de Portugal junto a União Européia que informam que “O IVA da Europa é amplo (...) os casos de isenção são previamente definidos, mas os países não estão obrigados a implementá-los (...)” e “Os países membros da UE não prescindem da soberania fiscal.”

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VI – Por fim, com a proposta de Reforma Tributária da FENAFISCO ficam restauradas a harmonia e a racionalidade, do Sistema Tributário Nacional, que passa a ter um texto simples e objetivo, ou como nos fala, Ricardo Varsano – do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:

“O ICMS não deve ser federalizado; deve ser reformado para generalizar, harmonizar e simplificar. Seria uma solução compatível com a tradição brasileira.”

Esta é a Proposta de Reforma Tributária da FENAFISCO!

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FIMFIMOS.: Todas as citações aqui contidas ocorreram no Seminário Internacional - Eficiência na política Tributária na Experiência do Brasil e União Européia – realizado em Fortaleza-CE (setembro/2002 com a participação da COTEPE e Secretários da Fazenda de todos os Estados).