redaÇÃo empresarial

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Material produzido para o site www.scrittaonline.com.br pela equipe da Scritta no período de 2005 a 2012. Todos os direitos estão reservados, sendo necessária solicitação para reproduzir seu conteúdo.

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  • Material produzido para o site www.scrittaonline.com.br pela equipe da Scritta no perodo de 2005 a 2012. Todos os direitos esto reservados, sendo necessria solicitao para reproduzir seu contedo.

  • Material produzido para o site http://scrittaonline.com.br/ no ano de 2013. Todos os direitos esto reservados, sendo necessria solicitao para reproduzir seu contedo.

  • Sumrio

    Introduo .................................................................................... 3

    1. A Arte de Negociar .................................................................... 4

    2. Estratgias para bons resultados .............................................. 8

    2.1 Revoluo comunicativa ......................................................... 9

    2.2 Exposio de ideias ................................................................ 9

    2.3 Argumentao...................................................................... 10

    2.4 A importncia da Clareza ..................................................... 12

    3. O problema da [no] comunicao eficaz ................................ 16

    4. A gramtica na produo de textos ........................................ 24

    5. Tcnicas para uma boa leitura ................................................ 31

    6. Treinando Interpretao de Textos ........................................ 43

    Gabarito ...................................................................................... 51

  • Introduo

    Cada vez mais eminente, a preocupao com a comunicao tem sido pauta em diversas reunies dos boardings das empresas. Alm da inquietao jurdica, j que todo documento escrito uma prova documentada, a eficcia e a objetividade dos comunicados, dos emails e at das atas de reunio, entre outros textos corporativos,

    tm sido itens de demasiada importncia na comunicao empresarial.

    Por isso ns, da Scritta, desenvolvemos este e-book para ajudar voc a ser um profissional mais completo e um comunicador melhor.

    Assim, neste material voc encontrar:

    a importncia histrica da comunicao; estratgias para que desenvolva uma boa redao e tenha

    melhores resultados no seu campo profissional; tcnicas e exerccios para saber fazer uma boa leitura.

    Revolucione a sua forma de se comunicar e seja bem-vindo ao novo e bem sucedido rumo da sua carreira!

    Atenciosamente, Laila Vanetti e Equipe Scritta.

  • 1. A arte de se comunicar

    Voc sabia que se comunicar adequadamente uma arte? Acha isso

    um exagero? Pensemos juntos!

    Segundo algumas teorias, possvel que se comunique corporal, oral, escrita e digitalmente. Oras! O que mais , por exemplo, uma

    comunicao corporal seno a beleza da arte da dana?

    Arte? Dana? Voc pode estar pensando que isso no passa de teorias filosficas sobre a comunicao, que so especulaes acadmicas desinteressantes para voc. No entanto, isso tudo pode

    no estar to distante assim.

    Pensando historicamente, a escrita mais antiga do mundo que se tem notcia a Cuneiforme dos Sumrios , de cerca de 3500 anos antes de Cristo.

    Na escrita cuneiforme no h alfabeto como estamos

    acostumados, os caracteres eram ideogramas e pictogramas, e era

    feita em formato de cunha.

    Desta forma, se uma escrita (forma de comunicao, certo?)

    antiqussima como a dos sumrios era feita de ideogramas talhados

    em pedras com ferramentas cuneiformes, conclui-se que escrever,

  • h mais de trs milnios, no era algo feito por qualquer um. Escrever

    era uma atividade artstica

    Em midos, a escrita aparece na histria como algo extremamente

    requintado, logo, comunicar-se ganha a dimenso de arte uma arte, inclusive, que poucos tinham a destreza de express-la.

    Transformar, portanto, uma informao em algo a se comunicar torna-se sofisticado, na medida em que a transmisso da informao falada para o artista da escrita tem de ser muito bem cuidada tanto pelo emissor da mensagem (quem fala) quanto para quem a transcreve (no caso, o artista), pois para o receptor (quem l e/ou escuta) tudo tem de estar claro.

    Percebe como se comunicar, seja por meios digitais, pela escrita, pela fala e no somente corporalmente pela dana, como foi nosso exemplo inicial , , de fato, uma arte?

    Tendo claro este ponto, e se pensarmos que da comunicao depende seu sucesso profissional? Calma! No se apavore! Voc no ter de ser um

    poeta enviando email ou palestrando. Mas voc tem que ter alguns cuidados para acabar no danando no seu trabalho.

  • Na realidade, a ideia fazer com que entenda que ao pensar na comunicao como arte, pense que para exerc-la (a comunicao) necessrio cuidado, esmero, ou seja, uma espcie de delicadeza artstica na hora de escrever e falar.

    Para Peter Drucker, consultor administrativo, escritor e estudioso, sessenta por cento de todos os problemas administrativos resultam

    da ineficcia na comunicao.

    Embora vivamos num mundo de relaes [impessoais] em que as

    necessidades, sobretudo no mundo corporativo, se deslocam cada vez mais velozmente, preciso compreender cada vez mais, compreender e ser compreendido e tudo isso muito mais rpido. Desta forma, a transmisso adequada de mensagens uma das principais ferramentas para o crescimento de um indivduo ou de uma organizao, levando-os a atingir uma

    vantagem competitiva impossvel de ser replicada por seus concorrentes.

    Para tanto, as pessoas que buscam atingir um alto nvel de

    profissionalismo, precisam alcanar a excelncia na comunicao (escrita e oral) e, claro, saber se comunicar em sua prpria lngua pr-requisito do mercado de trabalho.

    O bom comunicador, o bom profissional, precisa saber:

    - Selecionar as ideias, - Esquematizar e planejar o que deseja transmitir. - Convencer (persuaso) - Dominar o assunto que pretende defender em seu texto.

    - Conhecer muito bem a sua lngua. - Ter bom senso ao escolher o grau de formalidade da

    linguagem utilizada. - Ter senso observao, de reflexo e de conhecer o outro.

    Escrever e falar bem resulta de uma tcnica elaborada, que tem que ser cuidadosamente adquirida e constantemente aperfeioada, seja para escrever um simples bilhete, um email ou um documento oficial. Comunicar-se, portanto, um conjunto de habilidades que esto diretamente ligadas a conceitos histricos e filosficos da ideia de

    CURIOSIDADE: Aristteles, eminente

    filsofo da Grcia Antiga, apresenta, em sua obra Potica, a poesia como a arte em geral, e segundo ele, ser poeta algo elevado ao mais alto nvel, pois o

    poeta enxerga algo turvo que somente os homens elevados veem.

  • arte, de sofisticao, de requinte em agrupar ideias. S desta forma que sua retrica a arte tcnica do bem falar ser convincente, persuasiva, coesa e, sobretudo, inteligvel no mundo dos negcios e

    na sua vida cotidiana.

    2. Estratgias para bons resultados

    Chegou a hora de parar de seguir modelos na hora de redigir textos corporativos. Por mais que possamos confiar em determinados padres, precisamos ter confiana e conhecimento para elaborar textos eficazes. Mas parece que est tudo bem na minha empresa quanto comunicao. Ningum elogia, mas ningum reclama. De uma maneira bem geral, aparentemente as empresas esto

    satisfeitas, mas muitas vezes, alm de contratar terceiros para cuidar da comunicao, elas desconhecem o foco do problema e as melhorias que poderiam acontecer se mudassem a forma de encarar a comunicao empresarial.

    Raramente conseguimos localizar empresas que tenham uma maneira prpria de se comunicar com o cliente, com um estilo nico que refora sua marca. Claro que esse um trabalho muito extenso e especfico, mas se ns da Scritta conseguirmos mostrar que os textos podem ficar melhores no que tange a eficcia, a objetividade e outras caractersticas que um bom comunicado corporativo deve apresentar, podemos nos aproximar desse resultado.

  • 2.1 Revoluo comunicativa

    A escolha vocabular, o tom implcito e a clareza que o seu texto transmite so elementos do incio dessa revoluo comunicativa que queremos apresentar neste e-Book.

    Se os funcionrios no tm compreenso clara e objetiva de como

    suas atribuies contribuem para os planos de toda a empresa, quase que certamente seus esforos no tero o foco necessrio para o bom desenvolvimento de suas funes. Assim, dificilmente as metas so alcanadas, pois falta sinergia aos grupos de trabalho. Revistas como a Voc S/A, j trataram da importncia da comunicao para a carreira dos profissionais no mercado, assim como para as empresas. Em um contexto em que a grande maioria

    das companhias tem um modelo de comunicao top-down ou de cima para baixo, aportuguesando a expresso em ingls as decises estratgicas so tomadas pelo presidente e seus diretores, sendo depois disseminadas por toda a empresa pelos gerentes.

    Desta forma, primordial que se compreenda que se comunicar no apenas um fazer saber, mas um fazer fazer. A linguagem se torna um instrumento que incide diretamente na alma do indivduo. Alma?

    Exatamente! Alma, que animu em latim, e que significa o que anima.

    Como ento animar seu funcionrio, ou faz-lo fazer? a que entra

    o que podemos chamar de caminho sistemtico da arte da persuaso.

    Persuadir mexer com os sentimentos de algum, de tal forma que enxergue o mesmo que voc e ento, definitivamente, falem

    a mesma lngua, seja para atingir um objetivo dentro da empresa, seja para convencer seu cliente a comprar um novo produto.

    2.2 Exposio de ideias

    Mais importante que ser objetivo ter objetivos. Toda reunio, apresentao, comunicado, e-mail, enfim, toda comunicao em um ambiente profissional deve ter objetivos claros a serem expressos.

    Exponha suas ideias, pois faz-lo nada mais do que expor sua tese. Isso quer dizer que previamente voc trabalhou uma situao hipottica, ou hiptese (algo abaixo do que viria a ser a tese, uma hipo tese) e que, aps um estudo analtico seu, tornou-se numa meta

    vivel a ser alcanada dentro da empresa. Para isso, fundamental planejar cada situao, pensando quais so os pontos que devem

  • ser essencialmente comunicados, qual a melhor maneira de apresent-los e quais argumentos os justificam.

    2.3 Argumentao

    A palavra argumento vem de argumentum, do latim, cujo tema argu significa fazer brilhar.

    Repare na importncia e responsabilidade de quem quer transferir

    uma ideia a seu interlocutor. O que voc disser tem de ter um destaque, algo que estimule sobremaneira a quem voc fala.

    A argumentao, portanto, no algo simples de ser feito, afinal, na realidade, voc precisa ter ferramentas que sejam convincentes. Assim sendo, elaborar argumentos passa a ser um exerccio do por qu? (a pergunta) para o porque... (a resposta bem elaborada)

    Para tal xito preciso que se tenha estratgias que no se confundam com a argumentao, mas que sejam estratgias de argumentao. Em outras palavras, a capacidade de saber quais artifcios lingusticos utilizar para o convencimento e, sobretudo no mundo corporativo, gerar credibilidade no que diz.

    Pensando assim num planejamento, outro item importante o seu ouvinte ou interlocutor.

    O que deve ser dito que ele no sabe? Qual o conhecimento dele sobre o assunto?

    Por exemplo, uma apresentao sobre um produto deve ser moldada de acordo com seus ouvintes: deve ser de um modo quando feita para vendedores e de outro quando feita para uma equipe de tcnicos. Cada grupo tem seu interesse e seu foco em um assunto. Isso deve ser considerado sempre.

    Esta adeso de mentes da qual precisar para alcanar seu objetivo juntamente com sua equipe, se inicia, principalmente, com clareza.

    Clareza no que fala e no que escreve esta uma estratgia fundamental de argumentao.

    Se voc est achando tudo complicado demais, no se sinta s. Apolnio de Rodes, poeta alexandrino do sculo II a.C., entendia que os gramticos serviam apenas para estabelecer regras que tirariam a beleza do texto:

  • Raa de gramticos, roedores que ratais na musa de outrem, estpidas lagartas que sujais as grandes obras, flagelo dos poetas que mergulhais o esprito das crianas na escurido, ide para o diabo,

    percevejos que devorais os versos belos.

    Assim como Apolnio de Rodes, bem verdade que s vezes podemos at nos sentir em amarras gramaticais ao pensar a elaborao de um texto, todavia, estabelecendo um planejamento como o explanado aqui, as coisas podem ficar menos travadas na hora de se fazer que suas ideias sejam entendidas e atendidas. Veremos adiante, com mais cuidado, a importncia da clareza na comunicao.

    Voltando ao ponto da estratgia de argumentao, o tipo de escrita ser um caminho a se percorrer escolhido com muito zelo. Pensando num determinado pblico a se atingir como, por exemplo, em funcionrios de um escalo relativamente elevado , importantssimo que se a faa numa linguagem formal, ou de acordo com a norma culta da lngua portuguesa, reforando assim sua autoridade; o domnio da lngua pode ser o comeo do sucesso a ser alcanado com a meta inicial, ou a falta dele num debacle prematuro. Em contrapartida, se o foco so pessoas mais simples, no h motivo para no utilizar uma linguagem mais popular.

    ATENO!

    Qualquer que seja a escolha deve-se salientar que a linguagem culta no significa a necessidade de rebuscamento, passando uma ideia pejorativa de falcia da retrica, tampouco a comunicao simplificada permite descaso e escorreges no uso da lngua.

    Mais uma vez retomamos a ideia da comunicao como arte, como algo a que se deve dedicar para que se tenha um final exitoso. Lembre-se da escrita cuneiforme, talhada cuidadosamente por artistas sumrios que tinham o poder de transmitir ideias e

    informaes.

    Veja algumas outras dicas para um dilogo argumentativo escrito ou falado. Sim, dilogo! Argumentar, no necessariamente brigar, mas no desenvolvimento das ideias, , inteligentemente,

    discordar, ponderar e analisar, e ento construir, desconstruir,

  • reforar ou mudar pensamentos. Argumentar, portanto, um exerccio constante aprendizado, consequentemente, uma forma de adquirir conhecimento.

    Escute

    Alm de falar bem, ter objetivos definidos e pensar em seu interlocutor no planejamento, mais do que fundamental saber ouvir. Para isso, importante estar sempre aberto e escutar seu interlocutor at o fim. Alm disso, outro ponto essencial guardar a informao. Memorize-a ou anote-a. Num ambiente profissional, no bom esquecer aquilo que j foi dito.

    Revise seus textos

    Quando a comunicao feita por escrito, seja em e-mails ou em memorandos, alm dos itens acima, preciso considerar que a linguagem escrita diferente da falada. Ela precisa ser mais clara e correta, pois no permite correes no momento da leitura, como ocorre com a fala. Por isso, fundamental ler e reler seus textos antes de envi-los. Se possvel, aguarde um tempo antes de remeter

    a mensagem e revise-a antes de pass-la adiante.

    No entanto, esse modelo enfrenta inmeros desafios. Uma pesquisa publicada na edio de maio de 2009 da revista Voc S/A mostra que, em algumas companhias, 60% dos funcionrios no sabiam

    definir claramente suas metas e que 48% deles se diziam insatisfeitos com a comunicao interna.

    Impressionantes, esses nmeros foram obtidos pela consultoria DMRH, por meio de 300 entrevistas com profissionais de diferentes

    empresas e cargos, na cidade de So Paulo. Fatores como o uso excessivo de jarges corporativos, de expresses em outros idiomas, de falta de tempo para se dedicar comunicao, de falta de treinamento e de inabilidade para comunicar-se foram responsabilizados pelos resultados do estudo. Para melhorar esse quadro, os consultores so unnimes: preciso investir em treinamento constante.

    2.4 A importncia da Clareza

    Neste captulo, abordaremos outro assunto importante na hora de se ter uma redao eficaz: a clareza. Vimos que para se ter uma boa redao, precisamos argumentar de maneira eficaz. Assim, a clareza anda de mos dadas com a argumentao, pois juntas garantem ao texto bons resultados.

  • Para comear, precisamos entender o que ter clareza na hora de escrever. Ento, veja a tirinha abaixo com ateno:

    Ser que Benedito Cujo, personagem do cartunista brasileiro Fernando Gonsales, organizou bem os elementos de seu texto escrito? Ser que h total clareza no seu texto?

    A Comunicao eficaz exige clareza tanto do meio como da mensagem. Um texto escrito deve apresentar informaes em ordem direta e explicitude.

    Isso porque o seu interlocutor no est sua frente para solicitar esclarecimentos logo, o texto escrito tem de oferecer as pistas necessrias para que o leitor construa os sentidos que voc gostaria de transmitir.

    Ainda que voc seja culto, saiba argumentar de maneira eficaz e tambm seja familiarizado com a norma padro da lngua, podem surgir dificuldades na organizao de suas ideias ao longo do texto.

    Ocorrendo isso, pode ter certeza de que sua redao ficar confusa, sem clareza.

    Ento, podemos desprender que a clareza : ORGANIZAO TEXTUAL DE IDEIAS.

    Dessa forma, disponibilizamos para voc algumas dicas do Professor Doutor Rogrio Lacaz-Ruiz da Universidade de So Paulo. Tais dicas deixaro seu texto com a clareza necessria para uma boa compreenso:

    Antes de iniciar, organize um roteiro com as ideias e a ordem

    em que elas sero apresentadas. Estabelea um plano lgico

  • para o texto. S escreve com clareza quem tem as ideias claras na mente.

    Trabalhe com um dicionrio e uma gramtica ao seu lado e

    no hesite em consult-los sempre que surgirem dvidas. Faa frases curtas, pois perodos longos geralmente ficam

    confusos. Prefira colocar ponto e iniciar nova frase a usar vrgulas. Uma

    frase repleta de vrgulas est pedindo pontos. Na dvida, use o ponto. Se a informao no merece nova frase no importante e pode ser eliminada.

    Corte todas as palavras inteis ou que acrescentam pouco ao contedo.

    Use apenas os adjetivos e advrbios extremamente necessrios. S use palavras precisas e especficas. Dentre elas, prefira as

    mais simples, usuais e curtas. No exagere com as palavras em ingls que foram

    aportuguesadas, como printar, startar, linkar e deletar.

    Elimine os gerundismos como vou estar apresentando, vamos estar demonstrando, entre outros.

    No complique. Em qualquer tipo de comunicao, oral ou escrita, formal ou informal, desenvolva um vocabulrio simples e objetivo para apresentar suas ideias.

    Cuidado com a redundncia: a repetio desnecessria de termos interfere na clareza da mensagem. Observe o exemplo:

    Um dos candidatos apresentou seus projetos para o futuro e um deles era a criao de novos empregos enquanto estivesse frente da Prefeitura Municipal.

    Notamos que as expresses em grifo retomam a ideia anterior de modo desnecessrio.

    Cuidado com a ambiguidade.

    Veja o exemplo:

    Carlos pediu a Jos para assinar o contrato.

    A frase d margem a duas interpretaes diferentes:

    1) Carlos pediu que Jos assinasse o contrato.

    2) Carlos pediu que Jos o deixasse assinar o contrato.

    Percebeu a diferena? Afinal, no se sabe quem assina o contrato!

  • Duas redaes alternativas para essa frase seriam: Carlos pediu a Jos que assinasse o contrato ou Carlos pediu para assinar o contrato a Jos.

    Evite o emprego de termos que apresentam sonoridade idntica.

    Exemplo:

    Atualmente, as pessoas geralmente so influenciadas pelos meios de comunicao de forma contundente.

    Soaria melhor se utilizssemos outros termos, como exemplo abaixo:

    Atualmente, as pessoas, de um modo geral e de forma efetiva, so influenciadas pelos meios de comunicao.

    Fuja dos cacoetes no meio do raciocnio, como t, "ok, assim, n, bem,ento, certo", o seguinte e todas as outras expresses que voc usa frequentemente na hora de falar.

    Agora, observe esses trechos e veja como a clareza, por meio da organizao de ideias pde facilitar a compreenso textual.

    Verso 1

    De repente, os homens chegaram. Colocaram umas pulseiras de ao no cabra e jogaram ele no carro.

    Verso 2

    Os policiais chegaram de forma inesperada, algemaram o suspeito e

    o levaram para a viatura.

    Observe como a seleo de palavras mais especficas situao de

    comunicao traz verso 2 a explicitude necessria, a qual no se apresenta na verso 1.

    Assim, conclumos que a clareza textual de tamanha importncia para mantermos uma comunicao precisa e eficiente.

  • 3. O problema da [no] comunicao eficaz

    A bandeira que a Scritta vem levantando

    desde 2001, com milhares de executivos treinados proporcionar aos profissionais ferramentas que os auxiliem utilizar corretamente a linguagem, de forma objetiva e coesa, desenvolvendo, assim, uma comunicao corporativa eficaz. Mas no somente nos treinamentos que a Scritta

    aborda a importncia da linguagem, o site e a newsletter tambm foram criados com o intuito de reforar os conceitos aprendidos nos treinamentos, alm de trazerem dicas objetivas e de aplicao prtica para contribuir ao aprimoramento da comunicao.

    A boa comunicao essencial para que as empresas atinjam

    suas metas, pois fator chave para ter grupos de trabalho coesos e focados no mesmo objetivo. Para isso, preciso investir em treinamento em mbito institucional e individual. Atualizar-se sempre a melhor ao.

    O homem de negcios, o executivo moderno, s voltas com telefonemas, emails, cotaes, relatrios, ofcios, almoos com representantes e outras situaes em que a comunicao chave, um artista por excelncia. Afinal de contas, preciso dominar todo um intrincado conjunto de estratgias para que o objetivo final, a satisfao do cliente, seja alcanado.

    importante entender que os campos de conhecimento no se anulam, ao contrrio, dialogam constantemente, complementam-se.

    Tcnica e historicamente, a retrica e suas manobras de persuaso aparecem como ferramenta da cincia do Direito, contudo, no se convence apenas um juiz no pronunciamento de uma sentena condenatria ou de uma absolvio, convence-se tambm clientes a comprar um produto por uma determinada razo.

    E entre todas as estratgias a serem dominadas e utilizadas com absoluta preciso, esto, com certeza, o bem falar e o bem escrever.

  • A exemplo de um jornalista que precisa encontrar o termo adequado para relatar os fatos com a mais profunda exatido, o executivo necessita de uma relao ntima com as palavras para no acabar dando com os burros ngua. Insisto nessa questo e, indo mais alm, afirmo que: quem no estiver preparado, no estiver iniciado na arte da palavra, estar sujeito a no fechar negcios com tanta

    facilidade.

    Vamos pensar num exemplo prtico?

    No mundo competitivo dos dias atuais a eficincia imprescindvel. Diante de tantas empresas, de tantas opes, o cliente vai escolher aquela que melhor atender suas necessidades, bvio. No entanto, deve figurar no meio dessas necessidades o relacionamento, a cordialidade, tudo aliado a uma imagem de solidez. Assim, o cliente se sentir mais seguro ao sentar e conversar. Os resultados de se ter

    essas qualidades so mais negcios e poder ter a certeza de que ambas as partes envolvidas saem contentes.

    Todavia, to importante quanto o produto oferecido pela empresa o acompanhamento deste produto. Em outras palavras, a embalagem pode chamar a ateno, s que se o contedo no for bom, se afastar

    o cliente, a coisa comea a se complicar. Digo isso pelo simples fato de existirem negociadores e negociadores, ou seja, h os que dispem de um leque de opes sedutoras, mas que no conseguem transmitir toda essa atratividade no ato de negociar. E por qu? Dentre outros fatores, isso ocorre devido a uma comunicao deficiente utilizada pelo negociador, por dizer algo que o cliente no entende. E, se o cliente no entende, no se sente seguro para fechar

    a parceria. Por sua cabea passam mil e uma questes. De repente ele pede ao representante sua frente: Voc poderia me explicar melhor as vantagens de assinarmos este contrato? Ainda no compreendo. Aqui comea a se destacar o artista. Se, em vez de atender prontamente solicitao, o negociante comear a gaguejar, demonstrar impacincia, o cliente, que j no estava muito inclinado a ceder, termina por no assinar o contrato, quem dir o cheque. Afinal de contas, investir em algo no compreendido em sua

    totalidade uma tremenda insensatez.

    Por outro lado, o artista do mundo dos negcios, domina a palavra. Consegue, por meio dela, seduzir o cliente. Pode at parecer

  • bobagem, porm, uma linguagem adequada, uma boa capacidade de comunicao, saber o que dizer e, sobretudo, a hora em que dizer, so diferenciais, contam pontos a favor.

    Engana-se quem estiver pensando que os clientes no prestam ateno a esses detalhes. Imagine se o gerente de marketing diz: Nossa companhia uma das melhores a nvel de mundo? Continua achando bobagem? Pois continuemos com alguns exemplos:

    - Eu, enquanto representante de vendas, garanto que o senhor s tem a

    ganhar;

    - A gente fizemos uma minuta do contrato e gostaramos que o senhor desse uma examinada;

    - Desculpe. No percebi que o senhor tinha chego.

    Alm dos erros cometidos no que cerne gramtica e adequao lingustica, h outra modalidade de erro, gravssima por sinal, um verdadeiro pecado. Considere uma correspondncia enviada a um

    cliente em potencial. No primeiro pargrafo, l-se: Encontro-me aqui em suas presenas, a fim de falar-lhes de um assunto de inestimvel importncia: o programa de apoio aos novos empresrios da Metrum, uma empresa criada com o foco na qualidade de seus servios e sempre preocupada em satisfazer o cliente antes de tudo. A Metrum pode at ter a preocupao de satisfazer os clientes. Entretanto, falhou ao escolher o redator desta carta. Note que o pargrafo comete erros primrios, como introduzir um tpico, o do programa de apoio,

    e no desenvolv-lo. E o que dizer do Encontro-me aqui em suas presenas? O leitor deste documento ir, no mnimo, rasg-lo, visto que a funo primordial da linguagem, a comunicao, no foi cumprida. O que interessava na realidade, nem chegou a ser mencionado no corpo do texto.

  • Estamos diante de um precrio comunicador, de algum que no elabora um projeto de texto. Mais do que isso: estamos diante de um

    indivduo que no d a mnima para a posio que ocupa, para a companhia que representa. Em suma, estamos diante de um sujeito despreparado, desconhecedor de suas prprias limitaes e que conta com a incapacidade dos outros para o seu sucesso, erro fatal no cenrio corporativo atual.

    E como mudar isso? Com treinamentos e muito estudo. Tudo possvel no campo da comunicao, basta ter interesse e estar aberto

    a conhecer novos conhecimentos. Lembre-se, o conhecimento infinito, portanto, seus estudos tambm.

    A bem da verdade, voc no precisa se preocupar em falar um portugus escorreito o tempo todo, se corrigir e corrigir aos

    outros em todas horas e lugares. A Norma, da tirinha acima, foi exigente alm da medida, e ento perde o emprego e se estressa alm da conta. A linguagem aceita variaes, e por isso que em casa e com os amigos falamos de um jeito e no trabalho de outro, e no h o menor problema nisso, no entanto, importante sabermos qual tipo de linguagem mais pertinente num ambiente A ou B. Mas fundamental saber fazer essa

    diferenciao!

    Desta forma, esta degustao do que pode oferecer o curso de redao empresarial da Scritta tem por finalidade lev-lo a entender

    que pensar a linguagem intelectualmente significa agregar conceitos eruditos, por assim dizer, entretanto, estes no apenas devem ser vistos como uma espcie de luxo acadmico, mas ter como consequncia acrescer sua bagagem cultural, logo, elevar seu nvel no seu campo de atuao profissional.

    Exercitando seu poder de persuaso

    Recentemente, o Brasil viveu dias de revoltas populares. Lideradas pelo Movimento Passe Livre (MPL), milhares de pessoas foram s ruas exigir das autoridades de So Paulo que fosse revogado o

    aumento de 20 centavos na passagem de nibus, tendo, na realidade, como ideal que no seja mais cobrada tarifa para utilizar transporte pblico, a chamada tarifa zero.

  • Contudo, essa proposta no desprovida de argumentao, afinal, para o convencimento de algum, preciso uma articulao,

    sobretudo quando se fala com esferas do poder da Repblica do Brasil. Na anlise do MPL, cobrar passagem de nibus, trem e metr encarece demais a vida do trabalho que, por sua vez, s utilizar estes meios de transporte para o trabalho. Nesta linha de pensamento, h dois problemas graves, um social e outro econmico.

    O primeiro que se restringe a mobilidade urbana, logo, as pessoas que constroem a cidade dia a dia os trabalhadores , no tm acesso a ela, tampouco desfrutam do lazer que oferece uma cidade como So Paulo, por exemplo. O entrave econmico que, limitando a locomoo das pessoas dentro da cidade, se desaquece a economia,

    j que andar de um ponto a outro para fazer compras no shopping ou supermercado, assistir a uma pea de teatro ou visitar um museu, se torna algo muito caro para uma famlia fazer num final de semana. Desta forma, perdem as pessoas que so travadas pelo alto custo de vida, mas perdem tambm as empresas que necessitam de clientes para que mais dinheiro seja injetado na economia. Na viso do MPL, portanto, o capital que, supostamente, se perderia com a

    iseno da passagem do transporte pblico, seria ganho de forma muito mais intensa em outros setores da economia aos quais todos tivessem acesso beneficiados pela facilitao da mobilidade urbana.

    *

  • Agora uma provocao. E voc? Como, por exemplo, persuadiria seu chefe para uma necessidade de corte de gastos em algum departamento da empresa? Consegue concatenar argumentos, de

    modo que sejam ouvidos e, no mnimo, estudados? Como exercitaria sua capacidade persuaso, elencando problemas a serem resolvidos, indicando possveis argumentos e construindo seu discurso de forma articulada? Ou uma argumentao como a de Wally na tirinha de Dilbert mesmo irrefutvel e est de bom tamanho?

    Exerccios complementares sobre tese e argumentao:

    Nos pargrafos abaixo, sublinhe a tese e coloque os argumentos entre parnteses.

    a) As leis j existentes que limitam o direito de porte de arma e punem sua posse ilegal so os instrumentos que efetivamente concorrem para o desarmamento, e foram as responsveis pelo grande nmero de armas devolvidas por todos os cidados responsveis e cumpridores da lei, independentemente de sua opinio a favor ou contra o ambguo e obscuro movimento

    denominado desarmamento. Os cidados de bem obedecem s leis independentemente de resultados de plebiscito, enquanto os desonestos e irresponsveis s agem de acordo com seus interesses desobedecendo a todos os princpios legais e sociais, e somente podem ser contidos atravs da represso. (Opinio, site o Globo. In: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/04/12/a-quem-interessa-um-plebiscito-

    sobre-desarmamento-924221689.asp)

    b) As ditaduras militares foram uma infeliz realidade na Amrica do Sul dos anos 1960 e 1970. Em todas elas houve drstica represso

    s oposies e dissidncias, com a adoo da tortura e da perseguio como poltica de governo. Ao fim desses regimes autoritrios adotaram-se formas semelhantes de transio com a aprovao das chamadas leis de impunidade, as quais incluem as anistias a agentes pblicos. (Eugnia Augusta Gonzaga e Marlon Alberto Weichert, Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-brasil-promovera-justica)

    c) Todos os palestrantes concordaram que a participao da sociedade civil fundamental para que qualquer debate sobre a comunicao avance no Congresso. Se dependermos apenas do conservadorismo da Cmara e do Senado, ser muito difcil avanar, discursou o deputado Ivan Valente. Ele destacou o fato de que existem parlamentares no Congresso que tem fortes vnculos ou at mesmo so proprietrios de meios de comunicao. At os Estados Unidos, o pas mais liberal do mundo, estabelece limites para evitar

  • monoplios e define que quem tem rdio no pode ter televiso, e vice-versa. Precisamos pautar-nos em propostas como essas. (Ricardo Carvalho. Regulao da mdia pela liberdade de expresso.

    Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/politica/regulacao-da-midia-e-pela-liberdade-de-expressao)

    d) Para a presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Rosane

    Nascimento, no necessrio que o Brasil lance mo de prticas baseadas no uso de agrotxicos e mudanas genticas para alimentar a populao. "Estamos cansados de saber que o Brasil produz alimento mais do que suficiente para alimentar a sua populao e este tipo de artifcio no necessrio. A lgica dessa utilizao a do capital em detrimento do respeito ao cidado e do direito que ele tem de se alimentar com qualidade", protesta. (Raquel Jnia. Agronegcio no garante segurana alimentar. Caros Amigos.

    In: http://carosamigos.terra.com.br/)

    e) A leitura de jornais e revistas facilita a atualizao sobre a dinmica dos acontecimentos e promove o enriquecimento do debate

    sobre temas atuais. A rapidez com que a notcia veiculada por esses meios clara, garantindo a complementaridade da construo do conhecimento promovida pelas aulas e pelos livros didticos. O apoio didtico representado pelo uso de jornais e revistas aproxima os alunos do mundo que os cerca. (Ana Regina Bastos - Revista Eletrnica UERG. Mundo vestibular. In: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4879/1/Como-se-preparar-para-o-vestibular-utilizando-jornais-e-revistas/Paacutegina1.html)

    GABARITO

    Em verde a tese e em vermelho os argumentos

    a) As leis j existentes que limitam o direito de porte de arma e punem sua posse ilegal so os instrumentos que efetivamente concorrem para o desarmamento, e foram as responsveis pelo grande nmero de armas devolvidas por todos os cidados

    responsveis e cumpridores da lei, independentemente de sua opinio a favor ou contra o ambguo e obscuro movimento denominado desarmamento. (ARG 1) /// Os cidados de bem obedecem s leis independentemente de resultados de plebiscito, enquanto os desonestos e irresponsveis s agem de acordo com seus interesses desobedecendo a todos os princpios legais e sociais, e somente podem ser contidos atravs da represso. (ARG 2)

    (Opinio, site o Globo. In: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/04/12/a-quem-interessa-um-plebiscito-

    sobre-desarmamento-924221689.asp)

  • b) As ditaduras militares foram uma infeliz realidade na Amrica do Sul dos anos 1960 e 1970. Em todas elas houve drstica represso s oposies e dissidncias, com a adoo da tortura e da

    perseguio como poltica de governo. Ao fim desses regimes autoritrios adotaram-se formas semelhantes de transio com a aprovao das chamadas leis de impunidade, as quais incluem as anistias a agentes pblicos. (Eugnia Augusta Gonzaga e Marlon Alberto Weichert, Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-brasil-promovera-justica)

    c) Todos os palestrantes concordaram que a participao da sociedade civil fundamental para que qualquer debate sobre a comunicao avance no Congresso. Se dependermos apenas do conservadorismo da Cmara e do Senado, ser muito difcil avanar, (ARG 1) discursou o deputado Ivan Valente. Ele destacou o fato de

    que existem parlamentares no Congresso que tem fortes vnculos ou at mesmo so proprietrios de meios de comunicao (ARG 2). At os Estados Unidos, o pas mais liberal do mundo, estabelece limites para evitar monoplios e define que quem tem rdio no pode ter televiso, e vice-versa. Precisamos pautar-nos em propostas como essas (ARG 3). (Ricardo Carvalho. Regulao da mdia pela liberdade de expresso. Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/politica/regulacao-da-midia-e-pela-liberdade-de-

    expressao)

    d) Para a presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Rosane Nascimento, no necessrio que o Brasil lance mo de prticas baseadas no uso de agrotxicos e mudanas genticas para

    alimentar a populao. "Estamos cansados de saber que o Brasil produz alimento mais do que suficiente para alimentar a sua populao (ARG 1) e este tipo de artifcio no necessrio. A lgica dessa utilizao a do capital em detrimento do respeito ao cidado e do direito que ele tem de se alimentar com qualidade"(ARG 2), protesta. (Raquel Jnia. Agronegcio no garante segurana alimentar. Caros Amigos. In: http://carosamigos.terra.com.br/)

    e) A leitura de jornais e revistas facilita a atualizao sobre a dinmica dos acontecimentos e promove o enriquecimento do debate sobre temas atuais. A rapidez com que a notcia veiculada por esses meios clara, garantindo a complementaridade da construo

    do conhecimento promovida pelas aulas e pelos livros didticos. (ARG 1) // O apoio didtico representado pelo uso de jornais e revistas aproxima os alunos do mundo que os cerca. (ARG 2) . (Ana Regina Bastos - Revista Eletrnica UERG. Mundo vestibular. In: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4879/1/Como-se-preparar-para-o-vestibular-utilizando-jornais-e-revistas/Paacutegina1.html)

  • 4 - A gramtica na produo de textos

    Nos captulos anteriores, vimos que a boa comunicao essencial

    para que as empresas atinjam suas metas, pois fator chave para ter grupos de trabalho coesos e focados no mesmo objetivo.

    E para alcanar essa boa comunicao, preciso desenvolver com

    total eficincia uma boa exposio de ideias, argumentao, clareza.

    neste ponto que a gramtica tambm vem para nos ajudar: um texto com expresses informais e de carter oral reflete um mau uso da lngua portuguesa no contexto determinado mais formal, mais padro; contexto que necessitamos nos posicionar de maneira clara, objetiva e eficiente.

    Agora, voc deve estar se perguntando: mas, por que a gramtica

    importante para a produo textual? Vejamos...

    NO podemos pensar na gramtica apenas como um livro de decorebas. A gramtica existe para tornar a nossa escrita mais eficiente. E ser eficiente na produo textual saber usar os

    mecanismos gramaticais com sabedoria. As regras esto a, prontas para serem usadas e a fim de melhorar a nossa prtica na escrita. Porm, o que muitas vezes acreditamos que a gramtica apenas um detalhe pequeno na produo de textos. Ora, se pensarmos na

  • gramtica apenas como um livro confuso e que foi feito para ser decorado, claro que criaremos barreiras para absorver os seus conhecimentos. Por isso, no basta sabermos as regras, preciso

    aplic-las com sabedoria.

    E como aplic-las com sabedoria?

    O gramtico Evanildo Bechara declarou que devemos ser poliglotas na prpria lngua". Hoje existe a ideia equivocada de que a pessoa

    no deve estudar gramtica, a preocupao apenas com a expresso. No basta a comunicao, a manifestao lingustica deve estar amparada em outros conhecimentos. A entra o poliglota na prpria lngua e consequentemente a sabedoria que precisamos para aplicar tais regras.

    Ao aplicar as regras gramaticais com sabedoria, voc perceber que a gramtica existe no para dificultar a escrita ou avaliar quem um bom conhecer da lngua ou no. As famosas regras gramaticais foram criadas para estabelecer um padro do uso da lngua; a gramtica no impe nada ao falante, pelo contrrio, ela surge para

    definir um padro de comunicao, principalmente na escrita.

    Assim, com o conhecimento da gramtica ns temos:

    - maior estrutura e segurana para nos expressarmos nos diversos contextos sociais.

    - boa capacidade em usar a lngua portuguesa, desenvolvendo competncia comunicativa por meio de atividades com textos utilizados nas diferentes situaes de interao.

    - eficaz auxlio na argumentao e clareza textual. - alm de dicas e tcnicas de como manter uma linguagem

    adequada para cada contexto necessrio.

    Por fim, saber toda a gramtica no faz uma pessoa escrever bem, mas utilizar a gramtica como uma ferramenta para escrever, isso

    sim vlido!

    Vejamos agora algumas dicas gramaticais que facilitam a elaborao

    de diversos textos e deixam a nossa produo textual mais eficaz, clara e coerente.

    Veja as frases abaixo:

    Faz trs dias que o relatrio est pronto.

    Fazem trs dias que o relatrio est pronto.

  • Voc j teve dvida ao elaborar frases com o verbo fazer? Qual das duas frases acima voc julgaria gramaticalmente correta?

    So dvidas que muitas vezes temos ao escrever, mas a gramtica nos orienta de maneira tranquila quanto produo correta.

    Voc acertou se julgou esta frase correta: Faz trs dias que o

    relatrio est pronto.

    A gramtica explica tal ocorrncia, vejamos:

    Nas frases acima, no encontramos ningum na posio de sujeito, ou seja, no h nenhuma marca de que algo ou algum tenha

    praticado a ao de fazer. Por isso, tais frases apresentam verbos impessoais: verbos sem sujeito.

    Aqui tambm vale a pena citar o uso de outro verbo muito conhecido, mas que, s vezes, produz confuso quanto ao seu uso: o verbo haver.Observe as frases:

    H muitos funcionrios nesta empresa. H tempos que entreguei o memorando.

    O verbo haver apresenta uma forma especial quanto ao seu uso na lngua portuguesa. Quando este indica sentido passado, tempo ocorrido, sentido de verbo existir permanece no SINGULAR.

    ATENO: O verbo existir pessoal, portanto, possui marca de sujeito.

    Assim, ele concordar com o termo a que se refere, que neste caso "funcionrio(s)".

    Existe um funcionrio no RH. Existem trs funcionrios no RH.

    Vejamos agora estas frases: Esse relatrio para mim fazer. Esse relatrio para eu fazer.

    Qual das frases est correta?

    Todo mundo deve se lembrar de j ter sido corrigido alguma vez em sua vida a respeito do uso do EU e do MIM,na verdade geralmente quando se usa, erroneamente, o MIM.

  • Ento, veremos essa regra bsica para no errarmos mais em nossos textos:

    Sempre que for utilizar antes de um verbo, determinando uma ao (verbo terminado em AR, ER, IR e OR), usa-se o EU.

    Logo, o correto : "Este relatrio para eu fazer".

    Veja o esquema para no esquecer o uso correto:

    preposio + EU + verbo = Essa solicitao para eu enviar. preposio + MIM = Essa solicitao para mim.

    DICA: MIM no conjuga verbo. Notem como aprendemos a conjugar verbos: EU, TU (que o VOC), ELE, NS, VS e ELES. Viram? No tem nenhum MIM, pois o MIM passivo. Ou seja, no pratica ao

    nenhuma! Assim, frases como "Este relatrio para mim" ou "A solicitao para mim" esto corretas, pois o mim no faz nenhuma ao(verbal) ele SOMENTE recebe a ao.

    Voc entende o sentido da vrgula?

    O uso da vrgula um dos casos que mais apresenta problemas para quem escreve. Neste momento, focaremos o uso especialmente da vrgula para atribuir sentidos.

    A produtora Visorama criou, em comemorao aos 100 anos da ABI (Associao Brasileira de Imprensa), um comercial que demonstra de forma muito criativa como o posicionamento da vrgula determina, tambm, o sentido da frase.

    Vejam alguns exemplos desse comercial:

    Vrgula pode ser uma pausa... ou no. No, espere. No espere.

    Ela pode sumir com seu dinheiro. 23,4. 2,34.

    Ela pode ser a soluo. Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido.

  • A vrgula muda uma opinio. No queremos saber.

    No, queremos saber. (Fonte: http://www.praticadapesquisa.com.br/2011/07/o-poder-da-virgula-parte-

    1.html)

    Incrvel, no ?!

    importante ter conscientemente que a funo da pontuao no texto no apenas para indicar pausa, mudana de pargrafo ou

    assunto: a pontuao auxilia, tambm, nas interpretaes de opinies e nos pontos de vistas.

    Voc sabia tambm que o uso (ou no) da crase pode produzir vrios sentidos?

    Ao contrrio do que muitos pensam, a crase no um acento; a fuso de sons voclicos semelhantes e graficamente representada pelo acento grave. Ento, importante perceber que a crase est vinculada utilizao na escrita, por isso a sua necessidade na produo textual constantemente lembrada.

    Veja a tirinha que segue, para discutirmos acerca da crase como produtora de sentidos.

    Muitas vezes, o uso ou no uso da crase leva a significados diversos. Essa variao de sentidos est relacionada ao campo semntico dos verbos, que ora pedem complemento sem a necessidade de preposio e ora com o uso da preposio. Isso podemos constatar na tirinha acima, em que temos as seguintes frases a serem analisadas:

    Chegou a primavera. Cheguei primavera.

  • Ser que ambas frases tm o mesmo significado? A resposta no.

    Na primeira frase, primavera o sujeito da ao do verbo.Quem chegou? A primavera.J na segunda, primavera equivale ao lugar em que o sujeito( eu) chegou. Pois, quem chega, chega a algum lugar;

    neste caso (estao) primavera.

    Aqui s vimos a crase como produtora de interpretaes, mas

    importante lembrar que as regras para o uso da crase so bem detalhadas e requerem uma ateno para o seu funcionamento. A ideia base que a crase um fenmeno que depende das relaes entre as palavras anteriores e posteriores a este acento.

    Vamos praticar a gramtica na produo textual?

    Faa os exerccios a seguir, com ateno.

    1) Explique o uso do pronome MIM nas seguintes frases:

    a) Vieram at mim rapidamente. b) cedo para mim dar a resposta.

    c) Para mim ele o maior. d) Ela chegou antes de mim.

    2) Leia os textos que seguem e assinale com um (x) aquele que no estiver gramaticalmente correto.

    ( ) Prezados Senhores. Somos uma empresa de representaes em

    vendas e temos em nosso quadro funcional apenas vendedores altamente capacitados e profissionalizados. Anexamos nesta oportunidade nosso portfolio para anlise e manifestamos nossa inteno de representar sua empresa em municpios da regio.

    Caso haja interesse por parte de sua empresa, colocamo-nos disposio para novos contatos. Agradecemos a ateno. Atenciosamente.

    ( ) Senhores funcionrios. A empresa estar, a partir de amanh, passando por mudanas estruturas nos setores B e D. Como houveram reclamaes desses setores, pedimos a colaborao e paciente de todos, pois as mudanas ocorrero no prazo de 20 dias.

    Havendo alterao de datas, entraremos em contato atravs de outro informe. Grato, diretor geral.

    3) Explique a diferena de interpretao no par de frases a seguir.

    a) Esse, juiz, corrupto.

  • Esse juiz corrupto.

    b) Saiu francesa. Saiu a francesa.

    Gabarito dos exerccios.

    1) O uso do pronome mim, no item a,c e d est correto. Pois o pronome em questo no est realizando nenhuma ao nos itens mencionados, pelo contrrio,mim passivo nos itens e recebe assim a ao verbal. J o item b, mim est incorreto. Pois encontramos um verbo no infinitivo (dar) e a presena de um pronome anterior a este

    verbo, o qual seria o pronome EU. Visto que o pronome mim no faz parte da conjugao verbal (eu, tu, ele, ns, vs, eles)

    2) O primeiro texto no apresenta nenhum problema gramatical. O

    uso do haver, bem como da crase est de acordo com a gramtica.

    J o segundo texto, apresenta um GRAVE problema gramatical

    :houveram reclamaes desses setores.Pois vimos que impossvel pluralizar o verbo haver quando este apresenta o sentido de acontecer (Aconteceram reclamaes). Ento a forma correta seria:Houve reclamaes. Visto que eu no tenho ningum praticando a ao verbal, pois haver est funcionando de forma impessoal.

    3) a) Esse, juiz, corrupto. Nesta frase, juiz representa aquele com quem estou conversando, ou seja, meu interlocutor. Neste caso, o adjetivo corrupto completa o pronome esse, sendo que tal pronome

    se refere a pessoa de quem eu falo (esse= rapaz, homem)

    Esse juiz corrupto. J nesta frase, o adjetivo corrupto qualifica o substantivo juiz. E o pronome esse apenas identifica no meu

    discurso de quem estou falando, o juiz que est prximo do locutor.

    b) Saiu francesa. Neste primeiro exemplo, francesa craseado

    indica modo, maneira como a ao verbal aconteceu. Ou seja, significa sair sem se despedir, sair sem aviso prvio, sem ser notado.

    Saiu a francesa. J neste caso, a francesa o sujeito da ao verbal. Ou seja, ela no representa como a ao aconteceu, pois a francesa e a pessoa que praticou a ao. (A francesa saiu = saiu a francesa).

  • 5. Tcnicas para uma boa leitura

    A compreenso e interpretao de textos esto na boa leitura. Como um trabalho qualquer, a leitura uma atividade que demanda esforo e dedicao.

    preciso se dedicar ao ato de ler, pois atravs desse processo que entendemos o mundo, ou seja, compreendemos informaes, pontos de vistas.

    Ato de ler: ato de compreender o mundo

    Pensando nisso, nos da SCRITTA desenvolvemos este captulo EXTRA, a fim de sanar algumas dvidas e at mesmo armadilhas que encontramos na hora de ler um texto.

    Primeiro, preciso pensar: por que tal texto difcil de entender? Vamos comear com um exemplo:

    Os efeitos da covardia e da coragem sobre a sociedade

    O comandante Francesco Schettino j comeou errando, pelo fato de no assumir seu posto durante o trabalho.

    O comandante Gregorio Di Falco, da Capitania dos Portos de Livorno agiu muito bem, ao esquecer-se de si mesmo e se preocupar com as

  • milhares de vidas que estavam no barco, o que alm de ser muito bom e gratificante para a sociedade que ainda existam pessoas como

    ele, acovardada mais ainda Francesco Schettino, capito do Costa Concordia, que ao invs de cumprir seu trabalho, como capito, ajudando e buscando socorro para as pessoas que estavam no barco, decidiu abandonar, junto com o navio, a prpria tica, que jamais estar de acordo com essa atitude.

    Francesco Schettino preferiu fugir e encontrar logo um lugar seguro para si mesmo do que exercer seu trabalho no barco, ajudando a socorrer quem realmente precisava de sua ajuda.

    Ser que algum dia Francesco Schettino se arrepender do que fez, assumindo o erro e pagando sua dvida com a sociedade? o que muitos querem saber!

    Quase como que em histrias infantis, esta histria mostra realmente o tipo de pessoas que devemos mesmo confiar, e dar valor.

    Texto baseado na notcia

    Suba a bordo! A discusso furiosa e indignada entre o comandante Gregorio De Falco, da Capitania dos Portos de Livorno, e o capito do Costa Concordia, Francesco Schettino, que deixou o navio antes da retirada de milhares de pessoas, foi escutada na tera-feira por toda

    a Itlia, que elevou o primeiro categoria de heri.

    O dilogo entre o capito, de 52 anos, que fugia do acidente por volta

    das 23h30 local em um bote salva-vidas e o comandante de Livorno, de 46 anos, que, imperiosa e taxativamente, ordenava seu retorno ao navio para socorrer milhares de homens, mulheres e crianas ocorreu 1h46.

    No entanto, Schettino, que afirmava o tempo todo estar no comando da embarcao, embora depoimentos de um cozinheiro o situavam em um bar esperando uma bebida ao lado de uma mulher, no voltou ao cruzeiro, onde at as 3h da madrugada houve passageiros sendo resgatados. [UOL Notcias]

  • Voc sentiu alguma dificuldade em compreender o texto?

    Muitas vezes a dificuldade produzida no pela leitura rpida e

    ineficaz, mas sim, pela produo e escrita do prprio texto. Pois compreender um texto conseguir enxergar, na sua estrutura textual, seus argumentos, informaes e dados. conseguir reproduzir, em outras palavras, todo contedo textual, sem que haja dvida. Analisando o texto acima, observamos que h trechos confusos e sem sentido.

    Vamos a algumas observaes que poderiam deixar o texto mais compreensivo:

    1 preciso introduzir o assunto no primeiro pargrafo, explicando quem o capito Schetino, o que aconteceu com ele e qual a opinio

    do autor sobre os fatos expostos.

    2 O segundo pargrafo inteiro longo e, em consequncia disso, confuso. Particularmente, o autor quer colocar tantas ideias

    diferentes num mesmo perodo que perde de vista a continuidade de sua declarao. Vale notar que o pargrafo grande e conta com um nico ponto final.

    Esse texto apresentou grandes erros na sua estrutura, na maneira

    como ele foi escrito. Faltou argumentao e clareza.

    Porm, alguns textos podem apresentar uma estrutura e

    desenvolvimento eficaz, e ainda sim serem de difcil interpretao.

    Observe as frases abaixo:

    A fmea ruminante deslocou-se para terreno sfaro e alagadio.

    Derrubar, com a extremidade do membro inferior, o suporte sustentculo de uma das unidades de acampamento.

    Derramar gua pelo cho atravs do tombamento violento e premeditado de seu recipiente.

    Compreendeu todas as frases acima? E se tais frases fossem ditas assim:

    A vaca foi para o brejo.

  • Chutar o pau da barraca. Chutar o balde.

    E agora? Compreendeu melhor?

    As primeiras frases mais complicadas so ditos populares tambm. O que causou estranhamento e uma difcil interpretao foi o uso de vocabulrios complexos que muitas vezes no usamos e at mesmo no ouvimos.

    Assim, o uso de palavras mais complicadas tambm pode prejudicar a interpretao de uma leitura. RELEMBRANDO...

    Vimos at agora exemplos de textos em que a dificuldade est principalmente:

    - na falta de argumentao. - na falta de clareza. - no uso de vocabulrios difceis.

    Porm, pode haver casos em que o texto est claro e com vocabulrio de fcil compreenso, mas mesmo assim o leitor no consegue

    entender completamente o contedo textual. Veja o exemplo abaixo:

    01/05/2013 - Dia do Trabalho! Deita na grama!

    Jos Simo.

    Buemba! Buemba! Macaco Simo Urgente! O esculhambador-geral

    da Repblica!No basta o papa? Agora at a rainha da Holanda argentina. S falta a Copa do Mundo. Pra gente sobrou a caxirola! Daqui a pouco at corintiano vai dizer que argentino! Rarar!

    Ai, ai que preguia. Hoje Dia do Trabalho! E quem inventou o trabalho no tinha porra nenhuma pra fazer. E Dia do Trabalho s tinha graa quando o Lula era contra o governo! Agora tudo sorteio. A Fora Sindical vai sortear 19 carros. No, no cabe mais! A gente vai ter que cimentar o parque Ibirapuera.

    O Dia do Trabalho uma homenagem para quem se sacrifica e luta na batalha diria: Val Marchiori. Rarar! Olha, falar "hello!", malhar, se maquiar e tomar champanhe d um trabalho danado. S de pensar j t exausto.

  • Val Marchiori, cone do Dia do Trabalho! Eleita pelo site Kibeloco! Rarar!

    O texto apresentado do colunista Jos Simo que utiliza do humor para satirizar fatos do cotidiano do brasileiro.

    Ento, para que haja a compreenso total na leitura desse texto, necessrio que o leitor esteja familiarizado com os acontecimentos dirios, principalmente nacionais.

    Portanto, para uma boa leitura e compreenso textual, preciso algumas observaes na produo textual, mas tambm, o leitor

    tem que estar atento a tudo que mencionado e informado no texto.

    Pensando nisso, elaboramos algumas ETAPAS para que voc possa fazer uma leitura eficiente e uma compreenso total de qualquer texto, independentemente de sua dificuldade.

    Primeira ETAPA: PREPARAO (tcnicas para uma leitura eficaz)

    A leitura um processo muito mais amplo do que podemos imaginar. A leitura um dos grandes, seno o maior, ingrediente da civilizao.

    Ela uma atividade ampla e livre fato comprovado pela frustrao de algumas pessoas ao assistirem a um filme, cuja histria j foi lida em um livro.

    Quando lemos, associamos as informaes lidas imensa bagagem de conhecimentos que temos armazenados em nosso crebro.

    Porm, algumas vezes, preciso concentrar toda nossa ateno para aquilo que estamos lendo. Pois o mundo de hoje marcado pelo enorme fluxo de informaes oferecidas a todo instante. preciso

    tambm tornarmo-nos mais receptivos e atentos, para nos mantermos atualizados a toda informao que nos fornecida.

    Assim, para compreenso de informaes, argumentos, ou seja, para

    compreenso de textos, necessria uma boa leitura.

    BOA LEITURA = BOA COMPREENSO DO MUNDO

    A pessoa que se preocupa com a qualidade de sua leitura e com o resultado que poder obter, deve pensar no ato de ler como um

  • comportamento que requer alguns cuidados, para ser realmente eficaz.

    Dessa forma, nesta primeira ETAPA veremos algumas dicas de PREPARAO que voc poder realizar antes da leitura de qualquer texto.

    1) POSTURA

    Manter-se descansado muito importante. No adianta um desgaste fsico enorme, pois a reteno da informao ser inversamente proporcional.

    2) AMBIENTE

    O ambiente de leitura deve ser preparado para ela. Nada de ambientes com muitos estmulos que forcem a disperso. Deve ser um local tranquilo, agradvel, ventilado, com uma cadeira confortvel para voc.

    3) OBJETOS NECESSRIOS

    Para evitar que, durante a leitura, levantemos para pegar algum objeto que julguemos importante, devemos colocar lpis, marca-texto e dicionrios sempre mo. Quanto sublinhar os pontos importantes do texto, preciso aprender a tcnica adequada (veremos esta tcnica mais adiante).

    Essas dicas so os primeiros passos para termos concentrao na hora de fazer uma boa leitura. claro que muitas vezes a leitura de um texto no apenas para um simples lazer e nos deparemos com

    textos mais complexos que temos por obrigao realizar a leitura.

    Por isso que, para facilitar essa obrigao de leitura de textos mais complexos, passaremos agora para a nossa prxima etapa de leitura: a interpretao do texto.

    Segunda ETAPA: interpretao de textos (tcnicas para leitura de textos mais complexos)

    Nessa etapa, o nosso foco ser em textos mais complexos, argumentativos e/ou informativos. Nesses casos, precisamos estar mais atentos ao texto e sua informao contida.

  • Veja algumas dicas para alcanar uma boa interpretao textual:

    O autor escreveu com alguma inteno - tentar descobrir qual ela a chave.

    Leia todo o texto uma primeira vez de forma

    despreocupada - assim voc ver apenas os aspectos superficiais primeiro. Na segunda leitura observe os detalhes: informaes, dados e tudo aquilo que voc julgar necessrio.

    No tenha medo de opinar - importante aps a leitura do texto voc conseguir formular uma opinio acerca do assunto. Elabore sempre essa opinio pela escrita, pois assim voc j pratica a produo textual.

    Leia quantas vezes achar que deve - No entendeu? Leia de novo. Nem todo dia estamos concentrados. E a rapidez na leitura vem com o hbito.

    Terceira ETAPA: tcnicas de leitura

    (uma boa leitura para uma boa redao)

    Nessa terceira ETAPA, indicaremos para voc algumas tcnicas prticas que facilitam na hora da leitura interpretativa de qualquer

    texto.

    Primeira tcnica: A TCNICA DE SUBLINHAR

    Quem nunca utilizou, em algum momento de sua vida, a tcnica de sublinhar o texto que estava lendo? Essa tcnica uma das mais usadas na hora de entender e retirar as principais informaes de

    um texto. Infelizmente, uma tcnica muito mal utilizada e, s vezes, realizada pelo leitor por mera obrigao, no vendo sentido e utilidade. Ser que tudo era to importante ou, talvez, o leitor no havia conseguido identificar qual era a ideia ou as ideias mais relevantes do autor?

    Assim, antes de comear a utilizar essa tcnica, o leitor precisa realizar alguns procedimentos:

    - ler o texto para tomar conhecimento do assunto;

    - esclarecer dvidas quanto ao vocabulrio, termos tcnicos, etc;

    - reler o texto para identificar as ideias principais, as palavras-chave. Ateno para as palavras coesivas (mas, porm, entretanto, no entanto...).

  • Aps esses primeiros passos, o leitor j estar familiarizado com o texto, assim a tcnica de sublinhar ajudar a compreenso textual.

    Como realizar a tcnica de sublinhar?

    O mais importante voc adotar a sua tcnica de sublinhar aquilo que mais lhe julgar necessrio! Isto mesmo! voc que estabelecer um padro de comportamento e o seguir. Porm, fornecemos para voc um exemplo de como realizar essa tcnica.

    Exemplo da tcnica de sublinhar. Importncia da Informtica na vida pessoal e profissional.

    A cada dia que passa a informtica vem adquirindo mais importncia na vida das pessoas, tanto pessoal quanto profissional, sua utilizao vista como instrumento de aprendizagem.

    Quando se aprende a lidar com o computador novos horizontes se abrem na vida do usurio. Ele veio para renovar e facilitar a vida das pessoas, no se pode mais fugir desta realidade tecnolgica, ele est

    presente no nosso cotidiano. Na hora de votar utilizamos urnas eletrnicas, para sacar dinheiro, fazemos o uso dos caixas eletrnicos. Nos dois casos utilizamos mquinas eletrnicas, onde apertamos botes, dando informaes que precisam ser necessrias para que as mquinas realizem as aes desejadas.

    Com todo esse avano tecnolgico, a educao no pode ficar para trs. As escolas precisam sofrer transformaes frente a essa nova tecnologia e assim construir uma aprendizagem inovadora que leva o indivduo a se sentir um ser globalizado capaz de interagir e competir com igualdade na busca de seu sonho profissional.

    Tudo que o leitor julgar necessrio dever estar em evidncia. A tcnica de sublinhar totalmente eficaz para a leitura e

    compreenso de textos que apresentam muitas informaes e dados.

    Segunda Tcnica: TCNICA DE ESQUEMATIZAR

    s vezes, quando nos deparamos com textos muito longos e de difcil

    compreenso, apenas a tcnica de sublinhar no facilita na reflexo textual, por isso a tcnica de esquematizar utilizada muitas vezes para textos mais longos.

  • Veja como aplicar, de maneira tranquila, essa tcnica:

    Fidelidade ao texto original: o autor do esquema deve manter as ideias do autor do texto.

    Estrutura lgica do assunto: a partir da ideia principal e dos detalhes importantes, voc pode organizar as ideias partindo das mais importantes para as menos importantes (ideias complementares).

    Cunho pessoal: voc pode desenvolver seu modelo de esquema, conforme suas tendncias, hbitos, cultura, recursos e experincia

    pessoal. Por isso, um mesmo texto lido por duas pessoas pode apresentar esquemas diferentes.

    Veja este exemplo de tcnica aplicada no texto abaixo:

    Segundo o PNUMA (Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente), a economia verde pode ser definida como sendo Uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz, significativamente, riscos ambientais e escassez ecolgica".

    Para que haja uma economia verde, o aumento da renda e das vagas de trabalho deve ser estimulado por investimentos pblicos e privados que diminuam a poluio, aumentem a eficincia energtica e previnam perdas de biodiversidade. Nesse tipo de economia, o desenvolvimento deve manter, aprimorar e reconstruir bens naturais, vendo-os como um bem econmico e como uma fonte de

    benefcios, principalmente para a populao de baixa renda, cujo sustento depende da natureza.

    Por Paula Louredo Graduada em Biologia

    Tcnica de esquematizar

    PNUMA - economia verde: - melhoria do bem estar da humanidade e igualdade social

    -reduo riscos ambientais e escassez ecolgica

    Economina verde - aumento da renda e das vagas de trabalho: 1) investimentos pblicos e privados

  • 2) diminuio da poluio

    3) eficincia energtica - desenvolvimento aprimorado

    1)benefcios para a baixa renda/sustento na natureza

    A tcnica de esquematizar totalmente eficaz tambm para

    treinar a prtica da escrita.

    Terceira tcnica: TCNICA DE RESUMIR

    Resumir colocar em poucas palavras o que o autor expressou em um texto mais longo. Para resumir voc utiliza as mesmas tcnicas

    de sublinhar e elaborar esquemas. O processo o mesmo:

    - ler inicialmente o texto;

    - buscar compreenso das palavras desconhecidas;

    - sublinhar as palavras-chave, como foi exposto anteriormente.

    Assim, com base nas palavras sublinhadas voc elabora o resumo. O resumo uma boa tcnica de leitura pois voc treina a capacidade de compreenso e j pratica a escrita.

    Leia o texto a seguir e observe a utilizao dessa tcnica:

    Um presente muito especial

    Joo no via a hora que chegasse seu aniversrio, no incio do ms de agosto. Contava os dias, as horas e os minutos, pois sabia que ganharia um jogo eletrnico, pelo qual esperava com tanta ansiedade.

    O tempo passou lentamente, mas finalmente chegou o dia to esperado. Ao acordar, olhou para o lado e junto sua cama estava o brinquedo de seus sonhos.

    Sbito saltou da cama, deu pulos de alegria e correu para chamar o irmo e mostrar-lhe seu presente. Seus olhos brilhavam de satisfao quando, juntamente com o irmozinho, comeou a brincar.

  • Durante toda a tarde no saram de perto do novo brinquedo. Foi s

    quando j estava quase escurecendo que lembraram de convidar um amigo de Joo, o qual morava no mesmo prdio, para brincar com eles.

    Assim que telefonou para o amigo, ele correu para o apartamento e os trs brincaram at a hora do jantar.

    Aplicao da tcnica de resumir

    Joo aguardava ansiosamente pelo dia do seu aniversrio, no incio

    do ms de agosto, pois ganharia um jogo eletrnico. Ao acordar, nesse dia, encontrou o presente. Foi correndo mostr-lo a seu irmo, com o qual brincou durante toda a tarde. Lembrou-se de telefonar para um amigo que morava no mesmo prdio, chamando-o para brincar tambm. Os trs se divertiram muito com o jogo at a hora do jantar.

    A tcnica de resumir a verso precisa, sinttica e seletiva do texto, destacando sempre os elementos de maior importncia.

    Vamos praticar as tcnicas de leitura?

    Com os textos que seguem, utilize as tcnicas de sublinhar, esquematizar e resumir para treinar a compreenso textual.

    Texto 1

    Agrotxicos ? Uso e utilizao do metamidofs so proibidos

    A Anvisa publicou, em 17 de janeiro, a Resoluo n 01/ 2011, determinando que o agrotxico metamidofs no poder mais ser usado no Brasil a partir de julho de 2012. Mas sua comercializao ser suspensa antes, em dezembro deste ano. O metamidofs j proibido nos pases da Unio Europeia, na China, Paquisto, Indonsia, Japo, Costa do Marfim e Samoa. No Brasil foi aprovado para controlar pragas nas culturas de algodo, amendoim, batata, feijo, soja, tomate e trigo.

    Texto 2

    Pizza na geladeira

    Nada menos do que 127.484 pginas de documentos produzidos durante os trabalhos da CPI do Cachoeira dormem nos arquivos da Coordenao do Congresso Nacional desde dezembro.

  • Na tentativa de buscar uma sada depois da recusa dos indiciamentos, os integrantes da CPI decidiram que os documentos seriam encaminhados ao Ministrio Pblico Federal para a ampliao das investigaes, mas h mais de dois meses eles estariam sendo preparados para o cumprimento da medida, de acordo com o servio de atendimento ao usurio do Senado Federal.

    Texto 3

    Prdios pblicos voltam a ser alvo e palco de protestos em capitais

    Prdios pblicos estaduais e municipais foram alvo e tambm palco dos principais protestos realizados nesta tera-feira (25) em vrios

    pontos do pas.

    Em torno de 20 mil pessoas, ao todo, participaram de manifestaes em nove capitais: So Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Aracaju (SE)

    Florianpolis (SC), Campo Grande (MS), Boa Vista (RR), So Lus (MA), Goinia (GO) e Belo Horizonte (MG). Os atos foram, em maioria, pacficos.

    Houve vandalismo apenas em Aracaju, onde a fachada da prefeitura e um nibus do sistema de transporte pblico foram depredados.

    Cerca de 20 pessoas quebraram os vidros de uma guarita e derrubaram os portes do prdio principal no incio da noite. Na parede, foi pichada a inscrio "bando de ladres". Ningum foi preso.

    O grupo se desprendeu de uma manifestao que havia reunido tarde cerca de 10 mil pessoas no centro da capital sergipana. Eles pediam, principalmente, a suspenso do aumento da passagem de nibus. noite, parte dos manifestantes quebraram os vidros de um nibus e picharam a lataria.

  • 6. Treinando Interpretao de Textos

    01. Ler todo o texto; 02. Se encontrar palavras desconhecidas, no interrompa a leitura;

    03. Ler o texto pelo menos umas trs vezes; 04. Ler com perspiccia, sutileza; 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06. No permitir que prevaleam suas ideias sobre as do autor; 07. Partir o texto em pedaos (pargrafos, partes) para melhor compreenso; 08. Centralizar cada questo ao pedao (pargrafo, parte) do texto

    correspondente; 09. Verificar, com ateno e cuidado, o enunciado de cada questo; 10. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliao. TEXTO I

    Algum tempo hesitei se devia abrir estas memrias pelo princpio ou pelo fim, isto , se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja comear pelo nascimento, duas consideraes me levaram a adotar diferente mtodo: a

    primeira que eu no sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro bero; a segunda que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moiss, que tambm contou a sua morte, no a ps no introito, mas no cabo: diferena radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memrias Pstumas de Brs Cubas)

    1) Pode-se afirmar, com base nas ideias do autor-personagem,

    que se trata: a) de um texto jornalstico b) de um texto religioso

    c) de um texto cientfico d) de um texto autobiogrfico e) de um texto teatral 2) Para o autor-personagem, menos comum:

    a) comear um livro por seu nascimento. b) no comear um livro por seu nascimento, nem por sua morte. c) comear um livro por sua morte.

  • d) no comear um livro por sua morte. e) comear um livro ao mesmo tempo pelo nascimento e pela morte.

    3) Deduz-se do texto que o autor-personagem: a) est morrendo. b) j morreu. c) no quer morrer. d) no vai morrer. e) renasceu.

    4) A semelhana entre o autor e Moiss que ambos:

    a) escreveram livros. b) se preocupam com a vida e a morte.

    c) no foram compreendidos. d) valorizam a morte. e) falam sobre suas mortes. 5) A diferena capital entre o autor e Moiss que:

    a) o autor fala da morte; Moiss, da vida. b) o livro do autor de memrias; o de Moiss, religioso. c) o autor comea pelo nascimento; Moiss, pela morte. d) Moiss comea pelo nascimento; o autor, pela morte. e) o livro do autor mais novo e galante do que o de Moiss.

    6) Deduz-se pelo texto que o Pentateuco:

    a) no fala da morte de Moiss. b) foi lido pelo autor do texto.

    c) foi escrito por Moiss. d) s fala da vida de Moiss. e) serviu de modelo ao autor do texto. 7) Autor defunto est para campa, assim como defunto autor para:

    a) introito b) princpio c) cabo d) bero e) fim

    8) Dizendo-se um defunto autor, o autor destaca seu (sua):

    a) conformismo diante da morte b) tristeza por se sentir morto

  • c) resistncia diante dos obstculos trazidos pela nova situao d) otimismo quanto ao futuro literrio e) atividade apesar de estar morto

    TEXTO II

    Segunda maior produtora mundial de embalagem longa vida, a SIG Combibloc, principal diviso do grupo suo SIG, prepara a abertura de uma fbrica no Brasil. A empresa, responsvel por 1 bilho do 1,5 bilho de dlares de faturamento do grupo, chegou ao pas h dois anos disposta 5 a brigar com a lder global, Tetrapak, que detm cerca de 80% dos negcios nesse mercado. Os estudos para a

    implantao da fbrica foram recentemente concludos e apontam para o Sul do pas, pela facilidade logstica junto ao Mercosul. Entre os oito atuais clientes da Combibloc na regio esto a Unilever, com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a 10 italiana Cirio, no Brasil. (Denise Brito, na Exame, dez./99)

    9) Segundo o texto, a SIG Combibloc:

    a) produz menos embalagem que a Tetrapak.

    b) vai transferir suas fbricas brasileiras para o Sul. c) possui oito clientes no Brasil. d) vai abrir mais uma fbrica no Brasil. e) possui cliente no Brasil h dois anos, embora no esteja instalada no pas. 10) Segundo o texto:

    a) O Mercosul no influiu na deciso de instalar uma fbrica no Sul. b) a SIG Combibloc est entrando no ramo de atomatado. c) a empresa sua SIG ocupa o 2o lugar mundial na produo de embalagem longa vida.

    d) a Unilever empresa chilena. e) a SIG Combibloc detm 2/3 do faturamento do grupo. 11) Os estudos apontam para o Sul porque:

    a) o clima favorece a produo de embalagens longa vida. b) est prximo aos demais pases que compem o Mercosul. c) a Cirio j se encontra estabelecida ali. -v-.v. d) nos pases do Mercosul j h clientes da Combibloc. e) o Sul uma regio desenvolvida e promissora. 12) ...que detm cerca de 80% dos negcios nesse mercado. (l. 5-6) Das alteraes feitas nessa passagem do texto, a que no mantm o sentido original :

  • a) a qual detm cerca de 80% dos negcios em tal mercado. b) que possui perto de 80% dos negcios nesse mercado. c) que detm aproximadamente 80% dos negcios em tais mercados. d) a qual possui aproximadamente 80% dos negcios nesse mercado. e) a qual detm perto de 80% dos negcios nesse mercado.

    13) ...e apontam para o Sul do pas... O trecho destacado s no pode ser entendido, no texto, como:

    a) e indicam o Sul do pai

    b) e recomendam o Sul do pas c) e incluem o Sul do pas d) e aconselham o Sul do pas e) e sugerem o Sul do pas TEXTO III

    Pode dizer-se que a presena do negro representou sempre fator obrigatrio no desenvolvimento dos latifndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indstria extrativa, na caa, na pesca, em determinados ofcios 5 mecnicos e na criao do gado. Dificilmente

    se acomodavam, porm, ao trabalho acurado e metdico que exige a explorao dos canaviais. Sua tendncia espontnea era para as atividades menos sedentrias e que pudessem exercer-se sem regularidade forada e sem vigilncia e fiscalizao de estranhos. (Srgio Buarque de Holanda, in Razes)

    14) Segundo o autor, os antigos moradores da terra:

    a) foram o fator decisivo no desenvolvimento dos latifndios

    coloniais. b) colaboravam com m vontade na caa e na pesca. c) no gostavam de atividades rotineiras. d) no colaboraram com a indstria extrativa. e) levavam uma vida sedentria. 15) Trabalho acurado (l. 6) o mesmo que:

    a) trabalho apressado b) trabalho aprimorado c) trabalho lento d) trabalho especial

    e) trabalho duro

  • 16) Na expresso tendncia espontnea (l. 7), temos uma(a):

    a) ambiguidade b) cacofonia c) neologismo d) redundncia

    e) arcasmo 17) Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:

    a) os portugueses

    b) os negros c) os ndios d) tanto os ndios quanto os negros e) a miscigenao de portugueses e ndios

    18) Pelo visto, os antigos moradores da terra no possuam muito (a):

    a) disposio b) responsabilidade c) inteligncia d) pacincia e) orgulho

    TEXTO IV

    Com todo o aparato de suas hordas guerreiras, no conseguiram as bandeiras realizar jamais a faanha levada a cabo pelo boi e pelo

    vaqueiro. Enquanto que aquelas, no desbravar, sacrificavam indgenas aos milhares, despovoando sem fixarem-se, estes foram 5 pontilhando de currais os desertos trilhados, catequizando o nativo para seus misteres, detendo-se, enraizando-se. No primeiro caso era o ir e voltar; no segundo, era o ir-e-ficar. E assim foi o curral precedendo a fazenda e o engenho, o vaqueiro e o lavrador, realizando uma obra de conquista dos altos sertes, exclusive a

    pioneira. (Jos Alpio Goulart, in Brasil do Boi)

    19) Segundo o texto:

    a) tudo que as bandeiras fizeram foi feito tambm pelo boi e pelo vaqueiro.

    b) o boi e o vaqueiro fizeram todas as coisas que as bandeiras fizeram. c) nem as bandeiras nem o boi e o vaqueiro alcanaram seus

  • objetivos. d) o boi e o vaqueiro realizaram seu trabalho porque as bandeiras abriram o caminho.

    e) o boi e o vaqueiro fizeram coisas que as bandeiras no conseguiram fazer. 20) Com relao s bandeiras, no se pode afirmar que:

    a) desbravaram b) mataram c) catequizaram d) despovoaram e) no se fixaram 21) Os ndios foram:

    a) maltratados b) aviltados c) expulsos

    d) presos e) massacrados 22) O par que no caracteriza a oposio existente entre as bandeiras e o boi e o vaqueiro :

    a) aquelas (l. 3) / estes (l. 4) b) ir-e-voltar (l. 6/7) / ir-e-ficar (l. 7) c) no primeiro caso (l. 6) / no segundo (l. 7) d) enquanto (l. 3) / e assim (1.7) e) despovoando (l. 4) / pontilhando (l. 5)

    23) ...catequizando o nativo para seus misteres... Das alteraes feitas na passagem acima, a que altera basicamente o seu sentido :

    a) doutrinando o indgena para seus misteres

    b) catequizando o aborgine para suas atividades c) evangelizando o nativo para seus ofcios d) doutrinando o nativo para seus cuidados e) catequizando o autctone para suas tarefas 24) O elemento conector que pode substituir a preposio com (l.1), mantendo o sentido e a coeso textual, :

    a) mesmo b) no obstante c) de

  • d) a respeito de e) graas a

    25) ...o aparato de suas hordas guerreiras... sugere que as conquistas dos bandeirantes ocorreram com:

    a) organizao e violncia

    b) rapidez e violncia c) tcnica e profundidade d) premeditao e segurana e) demonstraes de racismo e violncia TEXTO V

    Voc se lembra da Casas da Banha? Pois , uma pesquisa mostra que mais de 60% dos cariocas ainda se recordam daquela que foi uma das maiores redes de supermercados do pas, com 224 lojas e 20.000 funcionrios, desaparecida no incio dos anos 90. Por isso, seus antigos 5 donos, a famlia Velloso, decidiram ressuscit-la.

    Desta vez, porm, apenas virtualmente. Os Velloso fizeram um acordo com a GW.Commerce, de Belo Horizonte, empresa que desenvolve programas para supermercados virtuais. Em troca de uma remunerao sobre o faturamento, A GW gerenciar as vendas para a famlia Velloso. A famlia cuidar apenas das 10 compras e das entregas. (Jos Maria Furtado, na Exame, dez./99)

    26) Segundo o texto, a famlia Velloso resolveu ressuscitar as Casas da Banha porque:

    a) a rede teve 224 lojas e 20.000 funcionrios. b) a rede foi desativada no incio dos anos 90. c) uma empresa do ramo de programas para supermercados props um acordo vantajoso, em que a rede s entraria com as compras e as entregas. d) mais da metade dos cariocas no esqueceram as Casas da Banha. e) a rede funcionar apenas virtualmente.

    27) A palavra ou expresso que justifica a resposta ao item anterior :

    a) Voc (l. 1)

    b) desaparecida (l. 4) c) Por isso (l. 4) d) Desta vez (l. 5) e) acordo (l. 6)

  • 28) Desta vez, porm, apenas virtualmente. Com a passagem destacada acima, entende-se que as Casas da

    Banha:

    a) funcionaro virtualmente, ou seja, sem fins lucrativos. b) no vendero produtos de supermercado.

    c) esto associando-se a uma empresa de informtica. d) esto mudando de ramo. e) no vendero mais seus produtos em lojas. 29) O pronome Ia (l. 5) no pode ser, semanticamente, associado a:

    a) Casas da Banha (l. 1) b) pesquisa (l. 1) c) daquela (. 2) d) uma (l. 3) e) desaparecida (l. 4)

    TEXTO VI

    A fbrica brasileira da General Motors em Gravata, no Rio Grande do Sul, ser usada como piloto para a implementao do novo

    modelo de negcios que est sendo desenhado mundialmente pela montadora. A meta da GM transformar-se numa companhia totalmente 5 voltada para o comrcio eletrnico. A partir do ano 2000, a Internet passar a nortear todos os negcios do grupo, envolvendo desde os fornecedores de autopeas at o consumidor final. A planta de Gravata representa a imagem do futuro para toda a GM, afirma Mark Hogan, ex-presidente da filial brasileira e responsvel pela nova diviso e-GM. (Lidia Rebouas, na Exame, dez./99)

    30) Segundo o texto:

    a) a GM uma empresa brasileira instalada em Gravata. b) a montadora fez da fbrica brasileira de Gravata um modelo para todas as outras fbricas espalhadas pelo mundo. c) no Rio Grande do Sul, a GM implementar um modelo de fbrica semelhante ao que est sendo criado em outras partes do mundo. d) a fbrica brasileira da GM vinha sendo usada de acordo com o

    modelo mundial, mas a montadora pretende alterar esse quadro. e) a GM vai utilizar a fbrica do Rio Grande do Sul como um prottipo do que ser feito em termos mundiais.

  • 31) A opo que contraria as ideias contidas no texto :

    a) A GM vai modificar, a partir de 2000, a forma de fazer negcios. b) Ser grande a importncia da Internet nos negcios da GM. c) O consumidor final s poder, a partir de 2000, negociar pela Internet. d) O comrcio eletrnico est nos planos da GM para o ano 2000. e) A fbrica brasileira considerada padro pelo seu ex-presidente.

    32) Deduz-se, pelo texto, que a fbrica brasileira:

    a) ser norteada pela Internet. b) ter seu funcionamento modificado para adaptar-se s necessidades do mercado.

    c) ser transferida para Gravata. d) estar, a partir de 2000, parcialmente voltada para o comrcio eletrnico. e) seguir no mesmo ritmo de outras empresas da GM atualmente funcionando no mundo. 33) Por implementao (l. 2), pode-se entender:

    a) complementao b) suplementao c) exposio d) realizao

    e) facilitao 34) Segundo as ideias contidas no texto, a transformao que se prope a GM:

    a) no tem apoio dos fornecedores. b) tem apoio do consumidor final. c) tem prazo estabelecido. d) inexequvel. e) no tem lugar marcado.

    GABARITO:

    1- d 2-c 3- b 4- e 5- d 6- c 7- d 8- e 9- e 10- e 11- b 12- c 13- c 14- c 15- b 16- d 17- c 18- b 19- e 20- c 21- e 22- d 23- d

    24- b 25- a 26- d 27- c 28- e 29- b 30- e 31- c 32- a 33- d 34- c

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