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Recursos Humanos para a Promoção da Saúde Bucal

“(....)o recurso humano é decisivo em função de sua condição de sujeito do processo, constituído pela força (energia) e pela capacidade (qualificação) de trabalho, as quais conferem diferentes características a cada serviço odontológico produzido (produto do trabalho).(....)”

Paulo Capel Narvai

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Temos um indicador da importância dos trabalhadores em saúde quando observamos que até 75% dos gastos totais em saúde é despendido diretamente com os recursos humanos (formação,pagamento de serviços prestados, benefícios sociais) (DUSSAULT e SOUZA, 1999)

Recursos Humanos

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Recursos Humanos para a Promoção da Saúde Bucal

Trabalho Odontológico no Brasil: origem e evolução:

Entre os “Mestres de ofício” vindos de Portugal, estavam os primeiros “cirurgiões barbeiros”(que “curavam de cirurgia, sangravam e tiravam os dentes”) (NARVAI,s.d)

A partir de 1521 deviam ter a Carta de Ofício (licença especial dada pelo Cirurgião-Mor da corte Portuguesa) (NARVAI,s.d)

A partir de 1631 a “Carta de Ofício”passou a ser precedida de uma comprovação de experiência de 2 anos na atividade de barbeiro. (ROSENTHAL, 2001)

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Era raro o barbeiro que não fosse sangrador e dentista...

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Recursos Humanos para a Promoção da Saúde Bucal

A institucionalização da formação e a organização das atividades profissionais na área da saúde só tiveram início no país após a chegada da Família Real ao Brasil em janeiro de 1808.

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Dom Pedro I passa as mãos do diretor da Faculdade de Medicina o Decreto-Lei que autorizava as escolas brasileiras a formar cirurgiões e médicos, assim como a expedirem diplomas e certificados.

1856 - Foi instituído na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, exame para dentistas se habilitarem ao exercício da profissão (ROSENTHAL, 2001)

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“Em 25 de outubro ( o dia do cirurgião-dentista, atualmente) de 1884 foram criados, através do Decreto 9311, cursos de odontologia nas Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia”.

Faculdade de Medicina da Bahia

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Francisco Gonçalves Filgueiras (Chiquinho) Nasceu em 3 de novembro de 1898 na cidade de São José do Calçado - ES. Em solteiro viajava pelo interior com sua profissão de dentista prático, trabalhando por diversas fazendas onde se instalava e tratava dos dentes do pessoal da região.

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1933- Decreto n.º 23.540 de 4/12/1933 limitava o exercício aos praticantes não portadores de diploma “até 30 de junho de 1934”(ROSENTHAL, 2001)

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Recursos Humanos para a Promoção da Saúde Bucal

1964 criado o CRO e vários Conselhos Regionais de Odontologia.

1966 a Lei 5.081 regulamentou o exercício da odontologia no território brasileiro.

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Recursos Humanos para a Promoção da Saúde Bucal

No início dos anos 90 o Brasil concentrava cerca de 11% dos cirurgiões-dentistas em atividade em todo o mundo (PINTO, 1992).

O Brasil saltou de 90 cursos de Odontologia ofertados em 1996 para 165 cursos em 2003 (MOYSES, 2004)

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Recursos Humanos para a Promoção da Saúde Bucal

O Conselho Nacional de Educação (CNE) definiu o seguinte perfil de egresso para os cursos brasileiros (Brasil 2002).

“profissional com formação generalista humanista, crítica e reflexiva, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor técnico-científico. Capacitado ao exercício de atividades referentes à saúde bucal da população, pautado em princípios éticos, legais e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em benefício da sociedade.”

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Recursos Humanos para a Promoção da Saúde Bucal

Competências e habilidades gerais(art. 12 do CNE 2002)

Atenção à saúde

Tomada de decisões

Comunicação

Liderança

Administração e gerenciamento

Educação permanente

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Pessoal auxiliar

A existência de algum tipo de assistente “é tão antiga quanto a própria prática profissional”(CARVALHO, 1999)

Não utilizar pessoal auxiliar significa um “luxo”que hoje nenhuma sociedade pode se permitir.(LEITE & PINTO, 1983)

“é um erro colocar um indivíduo com elevado padrão científico, adquirido em sofisticadas universidades, a efetuar ações elementares e de baixos requerimentos tecnológicos” (LEITE & PINTO, 1983)

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Recursos Humanos para a Promoção da Saúde Bucal

Argumentos contra o pessoal auxiliar:

“rouba o mercado de trabalho”

“Vai se transformar em prático”

“Não é capaz de realizar trabalhos com a mesma qualidade”

“Põe o CD e risco perante a justiça”

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Recursos Humanos para a Promoção da Saúde Bucal

Divisão do trabalho: horizontal (especialistas)

vertical (profissionais auxiliares)

“A equipe de saúde bucal é o novo sujeito da nova prática odontológica que se está buscando criar e consolidar. A prática odontológica capaz de, efetivamente, promover a saúde bucal”

(BOTAZZO et al. 1989)

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O termo “Trabalho em Equipe” não significa simplesmente que duas ou mais pessoas trabalham juntas; um trabalho em equipe requer uma inteligente distribuição e realização do trabalho, a fim de propiciar ganhos qualitativos e quantitativos em todos os aspectos.

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal - TSB e de Auxiliar em Saúde Bucal - ASB. 

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Art. 3o  O Técnico em Saúde Bucal e o Auxiliar em Saúde

Bucal estão obrigados a se registrar no Conselho Federal

de Odontologia e a se inscrever no Conselho Regional de

Odontologia em cuja jurisdição exerçam suas atividades. 

LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Art. 5o  Competem ao Técnico em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista, as seguintes atividades, além das estabelecidas para os auxiliares em saúde bucal: 

I - participar do treinamento e capacitação de Auxiliar em Saúde Bucal e de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde; 

II - participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais; 

III - participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de examinador; 

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Art. 5o (cont.)

IV - ensinar técnicas de higiene bucal e realizar a prevenção das doenças bucais por meio da aplicação tópica do flúor, conforme orientação do cirurgião-dentista; 

V - fazer a remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida pelo cirurgião-dentista; 

VI - supervisionar, sob delegação do cirurgião-dentista, o trabalho dos auxiliares de saúde bucal; 

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Art. 5o (cont.)

VII - realizar fotografias e tomadas de uso odontológicos exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas; 

VIII - inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta, vedado o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo cirurgião-dentista; 

IX - proceder à limpeza e à anti-sepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares; 

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Art. 5o (cont.)

X - remover suturas; 

XI - aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos; 

XII - realizar isolamento do campo operatório; 

XIII - exercer todas as competências no âmbito hospitalar, bem como instrumentar o cirurgião-dentista em ambientes clínicos e hospitalares. 

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Art. 6o  É vedado ao Técnico em Saúde Bucal:  

I - exercer a atividade de forma autônoma; 

II - prestar assistência direta ou indireta ao paciente, sem a indispensável supervisão do cirurgião-dentista; 

III - realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados no art. 5o desta Lei; e 

IV - fazer propaganda de seus serviços, exceto em revistas, jornais e folhetos especializados da área odontológica. 

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Parágrafo único.  A supervisão direta se dará em todas

as atividades clínicas, podendo as atividades

extraclínicas ter supervisão indireta. 

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Art. 9o  Compete ao Auxiliar em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal: 

I - organizar e executar atividades de higiene bucal; 

II - processar filme radiográfico; 

III - preparar o paciente para o atendimento; 

IV - auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas, inclusive em ambientes hospitalares; 

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Art. 9o (cont.)

V - manipular materiais de uso odontológico; 

VI - selecionar moldeiras; 

VII - preparar modelos em gesso; 

VIII - registrar dados e participar da análise das informações relacionadas ao controle administrativo em saúde bucal; 

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Art. 9o (cont.)

IX - executar limpeza, assepsia, desinfeção e esterilização do instrumental, equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho; 

X - realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal; 

XI - aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos; 

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Art. 9o (cont.)

XII - desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de riscos ambientais e sanitários; 

XIII - realizar em equipe levantamento de necessidades em saúde bucal; e 

XIV - adotar medidas de biossegurança visando ao controle de infecção. 

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LEI 11.889 DE 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Art. 10.  É vedado ao Auxiliar em Saúde Bucal: 

I - exercer a atividade de forma autônoma; 

II - prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente, sem a indispensável supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal; 

III - realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados no art. 9o desta Lei; e 

IV - fazer propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, jornais ou folhetos especializados da área odontológica. 

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Algumas questões:

O TSB pode fazer raspagem de cálculo?

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Nas últimas décadas o exercício da profissão de CD tem passado por profundas modificações. Percebe-se a progressiva incorporação de tecnologia, de especialização, a redução do exercício liberal estrito, a popularização dos sistemas de Odontologia de grupo, o aumento do percentual de profissionais com vínculo público (PSF e CEOs) (MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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No Brasil se formam cerca de 9.000 novos cirurgiões-dentistas a cada ano (MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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A fixação de profissionais no interior do país e a

formação voltada para atender o conjunto da população

estão entre os principais desafios (MORITA, HADDAD e

ARAÚJO, 2010)

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Estado de São Paulo – 72.508 CD, correspondendo à 33,1% dos CDs do Brasil. (1 CD para cada 549 habitantes).

No Piauí a proporção é de 1 CD para cada 3.634 habitantes.

A menor proporção é encontrada no DF – 1CD para cada 467 habitantes.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Embora a proporção média de população por profissional no Brasil esteja entre as menores do mundo (1CD/838 habitantes), uma vez que a média mundial é de um CD para 62.595 habitantes, há importantes disparidades regionais.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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A disparidade na distribuição de profissionais entre a capital e o interior é pronunciada na região Norte.

No Amazonas (90,7%), no Amapá (91,7% ) e em Sergipe (90,1%) dos CDs do estado, concentram-se na capital.

No estado de São Paulo, a capital concentra 34,2% dos CD do estado.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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As mulheres cirurgiãs-dentistas com inscrição ativa são maioria em 25 dos 27 estados do Brasil.

A predominância de CD do sexo feminino pode ser observada desde o final dos anos 90.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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A idéia de mulheres exercendo a medicina na Grã-Bretanha era angustiante para a rainha Vitória. Então, em 1881, o médico particular da rainha anunciou que o apoio real a um congresso internacional de medicina a ser realizado em Londres seria retirado se médicas fossem admitidas, então as mulheres foram impedidas de participar".(Louise Garrett Anderson, depoimento escrito, 1881)

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57,4% dos CD com inscrição principal ativa têm até 40 anos de idade.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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No Brasil, 1.605 profissionais estrangeiro efetuaram o processo de registro de diploma no país e inscrição no CFO.

59,8% são procedentes de países da América do Sul. A maior proporção é originária da Bolívia (39,6%), Peru (18,91%), Paraguai (9,61%) e Argentina (8,46%).

Entre os estrangeiros de origem européia, a maioria é de portugueses (55%) que em termos absolutos correspondem a 155 profissionais.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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De acordo com o Censo da Educação Superior de 2008, há 197 cursos de Odontologia em funcionamento no Brasil.

A maior parte (72%) dos cursos de Odontologia são privados.

67% dos cursos de Odontologia situam-se na região Sudeste e Sul do país.

Do total de vagas ofertadas em 2008 (19.257), 68% foram ocupadas (13.317), apontando que no momento atual há mais vagas que candidatos.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Ingressantes:

Percebe-se um progressivo aumento no ingresso de alunos cuja renda familiar declarada é de até 3 salários mínimos e de alunos que realizaram o ensino médio em escolas públicas, evidenciando a ampliação do acesso ao curso de Odontologia a classes de menores rendas.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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O total de especialistas em 1978 era de 3.404 profissionais no Brasil.

Em uma evidente expansão da especialização na Odontologia esse número chega ao total de 56.660 em 2008.

A área que possui o menor número de especialistas entre as dez especialidades mais freqüentes é a Saúde Coletiva com 1.430 profissionais registrados.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Em média, no Brasil, 25% dos CD são especialistas.

É uma média elevada se comparada com outros países:

Estados Unidos (21%)

Reino Unido (11%)

Canadá (11%)

Alemanha (7%)

França (4%)

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Cursos de mestrado e doutorado (stricto sensu)

De acordo com a avaliação trienal da CAPES (baseada nos anos de 2004,2005 e 2006), 75% dos cursos de mestrado e doutorado estavam na região Sudeste e destes, 62% no estado de São Paulo.

A região Norte contava com 1 programa de mestrado acadêmico e nenhum de doutorado.

Apenas 3% dos alunos de mestrado e doutorado dos cursos de Odontologia são da área de Odontologia Social e Preventiva.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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O crescimento do total de titulados em stricto sensu de 1998 para 2007 foi da ordem de 244%.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Profissionais no serviço público

Obs: A normativa para que todos os profissionais de saúde sejam cadastrados no SCNES ainda não foi integralmente cumprida, desta forma, os dados a respeito dos profissionais com vínculo público ainda apresentam fragilidade.

Pelos dados disponíveis no momento, 27% dos cirurgiões-dentistas do Brasil, prestam atendimento em serviço público.

N.º de CD que atuam no SUS 59.225

N.º de CD que atuam no PSF 19.421

N.º de CD que atuam nos CEO 4.302

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Profissionais no serviço público

Mulheres são maioria tanto no efetivo total como nas Equipes de Saúde Bucal no PSF e nos CEO.

A distribuição dos profissionais que atuam no PSF por faixa etária mostra que a maior parte (68%) tem menos de quarenta ano de idade. Um terço tem menos de 30 anos, o que caracteriza uma força de trabalho bastante jovem.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Profissionais no serviço público

84% somente graduados

92% dos que atuam no PSF – somente graduados

Analisando em conjunto com a informação sobre a idade dos profissionais, esses dados evidenciam o PSF como oportunidade de primeiro emprego e ao mesmo tempo também reforçam a necessidade de se promover a educação permanente e o estímulo à atualização e desenvolvimento profissional das equipes.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Profissionais no serviço público

O percentual de profissionais cadastrados no CNES como atendendo no SUS varia de 13%(DF) a 78% (MA).

Os dados apresentados referentes ao estado de São Paulo, apontam que em torno de 17% dos profissionais atuam no SUS.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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No interior do país, é possível evidenciar municípios onde a proporção de habitantes por CD é extremamente elevada e ainda outros, nos quais não há CD residente, principalmente nos municípios com população inferior a 5.000 habitantes ou até 20.000 habitantes que se faz ressentir a ausência de CD residente.

1.306 municípios não possuem CD residente, mas apenas 187 (15%) não possuem nem CD residente nem Equipe de Saúde Bucal no PSF.

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Remuneração média e valor do trabalho

Em 2007, os valores médios regionais da hora trabalhada variaram de R$57,47 no Nordeste a R$ 102,09 no Centro-Oeste.

As 5 UF com maior valor de remuneração por hora foram:

DF (R$134,81);

MS (R$ 102,09);

RS (R$ 99,36);

AC (R$ 97,20);

SP (R$ 96,54).

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Remuneração média e valor do trabalho

A região Norte é a que apresenta maior percentual(19%) de profissionais na classe de maior renda (maior que R$72.000,00 por ano). Essa também é a região com o menor percentual (4%) de cirurgiões-dentistas do país e com as maiores proporções de população por CD (1.800 hab/CD).

A região Sudeste apresenta 11% dos CD na faixa de maior renda, concentra o maior percentual de profissionais do país (59%) e a menor proporção de habitantes por CD (601 hab/CD)

(MORITA, HADDAD e ARAÚJO, 2010)

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Recursos Humanos para a Promoção da Saúde Bucal

Modificar o perfil dos profissionais.

É considerada uma situação de desequilíbrio quantitativo e inadequação qualitativa.

Grandes diferenças de proporção CD: habitante, nas diversas regiões, e dentro da mesma região (centro x periferia).

PNAD -1988 constatou que 18,7% da população nunca foram ao dentista. A porcentagem sobe para 32% na área rural.

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A passagem da Odontologia de mercado, de natureza liberal e privada, típica das últimas décadas do século XX, para uma Odontologia sujeita às oscilações da oferta de emprego e renda, num mercado extremamente competitivo, é a tônica moderna (MOYSES, 2004)

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Certamente, continua indispensável a competência no domínio de aspectos biológicos e clínicos envolvidos na prática profissional, mas também é cada vez mais premente o necessário desenvolvimento de competências quanto às dimensões ética, política, econômica, cultural e social do trabalho. (MOYSES, 2004).

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As necessárias mudanças devem começar na formação profissional e na visão de mundo reproduzida dentro das academias, pois certamente nestes espaços também começa a formação das possibilidades para a empregabilidade futura do cirurgião-dentista e de sua relevância social (MOYSES, 2004)

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PERFIL DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Domine a compreensão dos determinantes sociais do processo saúde-doença;

Generalista, capacitada a agir na comunidade, nas famílias, na unidade de saúde, dominando as peculiaridades de cada ciclo de vida seja na abordagem preventivo-educativa, seja na execução das ações de assistência;

Capacitada a agir de forma interdisciplinar.