abordagem das erosoes: um fator decisivo para conservaÇÃo dos solos

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ABORDAGEM DAS EROSOES: UM FATOR DECISIVO PARA CONSERVAÇÃO DOS SOLOS Maria Ivone Gonçalves Bussons 1 , Bianca Alves de Araújo 2 , Jocilaine Oliveira Cavalcante Cruz 3 1 Aluna do Curso de Especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável-Ciências Biológicas – Unisuam; 2 Aluna do Curso de Especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável-Ciências Biológicas – Unisuam; 3 Aluna do Curso de Especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável-Ciências Biológicas – Unisuam; Resumo: Este artigo tem por objetivo, minimizar o grave problema que ocorre nos solos brasileiros sendo necessária uma ação preventiva dos diversos tipos de erosões, através de estudos específicos de abordagem, principalmente com práticas conservacionistas adequadas para o local estudado, ou seja, o terreno erosivo, pois para que seja feita uma substituição das práticas de manejo incorreto destes solos é preciso investigar. É nítido os problemas de erosão ocorridos no Brasil, pois estes e dentre outros, estão associados a diversos fatores de uso incorreto do solo, sendo considerados como os mais importantes agentes de erosão, a água das chuvas (erosão hídrica) e o vento (erosão eólica). Além da falta de conscientização do homem que se esquece de conciliar o trabalho da produção agrícola à conservação adequada do solo. Os seis tipos de fatores que dão origem as erosões são descritos como: Lençol, Sulcos, Embate, Desabamento, queda e vertical. Já os fatores ocasionados na erosão ocorridos por intermédio da água pluvial agem em desgaste do solo em diversos modos: Geologicamente Normal, Erosão Acelerada, Erosão Catastrófica, Desagregação, Arraste, Sedimentação de Partículas, Laminar, Sulcos e as Voçorocas. Se não houver um manejo adequado dos solos propensos aos diversos tipos de erosão, estes ficam esgotados sendo levados por enxurradas em dias de chuvas pluviais direto para os mananciais, ocorrendo assoreamento é explicito que na realidade pouco está sendo feito para reverter este quadro. É claro evidente que o problema torna-se mais preocupante nas regiões em que o solo é bastante arenoso por ser poroso, baixas partículas argilosas inclusive com matéria orgânica com teor muito baixo atuando com partículas maiores tornando-o propicio aos diversos tipos de erosões do que o próprio solo contendo argila. Por isso que os processos erosivos acontecem devido a desagregação e o transporte dos sedimentos contidos de erosões. É importante ressaltar que a retirada da vegetação, o solo fica enfraquecido, pois esta protege o solo e sem ela, surge o impacto imediato devido as aguas das chuvas que sobre este solo desprotegido, além das movimentações das maquinas diversas acabam causando inclusive a destruição da fauna específica do solo, da matéria orgânica nele existente dentre os fatores prejudiciais. Basicamente, o processo erosivo é apenas um existente desde a formação do nosso mundo, porém o ser humano vem interferindo de modo drástico na natureza,

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Este artigo tem por objetivo, minimizar o grave problema que ocorre nos solos brasileiros sendo necessária uma ação preventiva dos diversos tipos de erosões, através de estudos específicos de abordagem, principalmente com práticas conservacionistas adequadas para o local estudado, ou seja, o terreno erosivo, pois para que seja feita uma substituição das práticas de manejo incorreto destes solos é preciso investigar.É nítido os problemas de erosão ocorridos no Brasil

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ABORDAGEM DAS EROSOES: UM FATOR DECISIVO PARA CONSERVAO DOS SOLOS

Maria Ivone Gonalves Bussons1, Bianca Alves de Arajo2, Jocilaine Oliveira Cavalcante Cruz3

1Aluna do Curso de Especializao em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel-Cincias Biolgicas Unisuam;2Aluna do Curso de Especializao em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel-Cincias Biolgicas Unisuam;3 Aluna do Curso de Especializao em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel-Cincias Biolgicas Unisuam;

Resumo: Este artigo tem por objetivo, minimizar o grave problema que ocorre nos solos brasileiros sendo necessria uma ao preventiva dos diversos tipos de eroses, atravs de estudos especficos de abordagem, principalmente com prticas conservacionistas adequadas para o local estudado, ou seja, o terreno erosivo, pois para que seja feita uma substituio das prticas de manejo incorreto destes solos preciso investigar. ntido os problemas de eroso ocorridos no Brasil, pois estes e dentre outros, esto associados a diversos fatores de uso incorreto do solo, sendo considerados como os mais importantes agentes de eroso, a gua das chuvas (eroso hdrica) e o vento (eroso elica). Alm da falta de conscientizao do homem que se esquece de conciliar o trabalho da produo agrcola conservao adequada do solo. Os seis tipos de fatores que do origem as eroses so descritos como: Lenol, Sulcos, Embate, Desabamento, queda e vertical. J os fatores ocasionados na eroso ocorridos por intermdio da gua pluvial agem em desgaste do solo em diversos modos: Geologicamente Normal, Eroso Acelerada, Eroso Catastrfica, Desagregao, Arraste, Sedimentao de Partculas, Laminar, Sulcos e as Voorocas. Se no houver um manejo adequado dos solos propensos aos diversos tipos de eroso, estes ficam esgotados sendo levados por enxurradas em dias de chuvas pluviais direto para os mananciais, ocorrendo assoreamento explicito que na realidade pouco est sendo feito para reverter este quadro. claro evidente que o problema torna-se mais preocupante nas regies em que o solo bastante arenoso por ser poroso, baixas partculas argilosas inclusive com matria orgnica com teor muito baixo atuando com partculas maiores tornando-o propicio aos diversos tipos de eroses do que o prprio solo contendo argila. Por isso que os processos erosivos acontecem devido a desagregao e o transporte dos sedimentos contidos de eroses. importante ressaltar que a retirada da vegetao, o solo fica enfraquecido, pois esta protege o solo e sem ela, surge o impacto imediato devido as aguas das chuvas que sobre este solo desprotegido, alm das movimentaes das maquinas diversas acabam causando inclusive a destruio da fauna especfica do solo, da matria orgnica nele existente dentre os fatores prejudiciais. Basicamente, o processo erosivo apenas um existente desde a formao do nosso mundo, porm o ser humano vem interferindo de modo drstico na natureza, ocasionando mudanas na velocidade do surgimento dos processos existentes no planeta.

Palavres chave: processos erosivos - sulcos - voorocas - assoreamento - mananciais.______________________________________________________________________________________

Introduo

No passado, os homens viam o solo como um lugar onde eles podiam se movimentar e retirar recursos de subsistncia para sua famlia.Por volta de 10.000 anos atrs o homem deixou de depender do que a terra lhe dava de forma natural e comeou a plantar, colher, enfim cultivar seus prprios alimentos. Um fator decisivo para que isso acontecesse foi a fixao do homem em determinados territrios. De Nmade passou a se firmar e defender determinadas pores de terra, e teve que aprimorar o seu conhecimento sobre o solo, assim se viu explorando cada vez mais esse solo, que at ento era desconhecido. Ao mesmo tempo em que o homem produz cada vez mais na agricultura, ele tem se esquecido de conciliar essa produtividade a conservao do solo em que est trabalhando. Assim v-se o solo sendo esgotado e transportado atravs da enxurrada para os mananciais, assoreando-os, e pouco est sendo feito para reverter este quadro. Este problema muito mais preocupante em regies de solos arenosos, devido sua maior porosidade, a baixa proporo de partculas argilosas e o baixo teor de matria orgnica que atuam como uma ligao entre as partculas maiores, sendo mais susceptvel eroso do que os solos argilosos.No Brasil os problemas de eroso esto associados a vrios fatores como cultivo excessivo e incorreto do solo, regime climtico mido e solos frgeis, onde o volume pluviomtrico muito maior do que em outros locais do Planeta. A principal causa desses processos erosivos scioeconmica e no somente fsico, como afirmam alguns autores. Se a quantidade de chuvas fosse a nica causa do problema de eroso, seria at fcil de resolver, mas a questo vai mais alm, tratase da cobertura vegetal natural do solo que vem sendo prejudicada de forma inconsequente, permitindo que chuvas incidam diretamente sobre a superfcie do terreno. Para minimizar esse grave problema que ocorre nos solos brasileiros necessrio uma preveno da eroso, com prticas conservacionistas adequadas a cada tipo de terreno e uma substituio das prticas de manejo incorreto do solo. Mas isso depende do entendimento de como, onde e porque a eroso ocorre, desde os primrdios. A eroso gerada pela gua ocorre em seis diferentes formas:

-Lenol: Eroso superficial ou laminar desgastando de forma uniforme o solo;-Sulcos: Eroso em forma de canais ou ravinas apresentam sulcos sinuosos ao longo dos declives formados pelo escorrimento das guas das chuvas no terreno;-Embate: Ocorre pelo impacto das gotas de chuva no solo, ficando desprovido de vegetao;-Desabamento: Surge em terrenos arenosos com sulcos que sofrem atritos de correntes dgua e desmoronam, aumentando suas dimenses;-Queda: Passagem da gua por um barranco,formando uma queda dgua provocando o solapamento de sua base com desmoronamentos peridicos originando sulcos;-Vertical: Ou eluviao, transporte de partculas e materiais solubilizados atravs do solo. J os fatores ocasionados na eroso ocorridos por intermdio da A gua pluvial age em desgaste de diversos modos:-Geologicamente Normal: aproximadamente 1m a cada 100.000 anos.-Eroso Acelerada: aproximadamente 1m a cada 100 anos.-Eroso Catastrfica: 1m em algumas horas, ou seja, processo dividido em etapas:-Desagregao: nesta fase as partculas do solo se dividem em (Eroso Hdrica).-Arraste: aps as partculas do solo terem sido desagregadas, o fluxo de gua as arrasta para nveis mais baixos.-Sedimentao de Partculas: as partculas so depositadas nos nveis mais baixos do terreno, ocorrendo o assoreamento. Tambm so estabelecidos trs tipos principais de eroso hdrica:-Laminar: quando o solo, uma vez saturado pelas guas das chuvas, torna-se impermevel.-Sulcos: so formaes de pequenas valas, (figura 1) causadas por acmulo e deslocamento de gua.-Voorocas: so formas avanadas do processo erosivo, (figura 2) onde os sulcos atingem grandes propores, expondo as partes mais profundas do solo.

Figura 1: Sulcos, Pequenas incises na superfcie (na forma de filetes muito rasos), de at 0,5m de profundidade, perpendiculares s curvas de nvel.

Figura 2: Imagem da vooroca rachando o solo, criando rios artificiais favorecendo o deslizamento.

Referencial Terico

O solo quando colocado sob intenso cultivo sofre alteraes na sua constituio qumica (nutrientes, matria orgnica, ph), fsica (textura, densidade, porosidade) e biolgica (moluscos, aneldeos, artrpodes). A retirada da vegetao que protege o solo, o impacto das gotas de chuva sobre o solo desprotegido, a intensa movimentao de mquinas e implementos, trazem malefcios ao solo, como destruio da fauna do solo, destruio da matria orgnica, empobrecimento, entre outras. Desse modo, o solo fica mais propenso eroso do que um solo bem manejado. A eroso comea no momento em que a primeira gota de chuva cai sobre solo desprotegido. Quando isso ocorre, os agregados se rompem, diminuindo assim seu tamanho. Assim, esses vo preenchendo os poros da superfcie do solo, formando uma crosta, provocando sua selagem. Selando a superfcie, a infiltrao da gua da chuva interrompida, comeando assim a formao de poas, que vo ocupando as irregularidades existentes na superfcie. Depois que estas irregularidades foram preenchidas com gua, uma poa comea a se ligar com as outras, comeando o escoamento superficial (GUERRA, 2005). j o autor (BERTONI e LOMBARDI NETO, 1990), aborda questes no que se refere agua da chuva, aderindo uma grande importncia para a eroso, a qual est relacionada a sua intensidade, durao e freqncia das propriedades primordiais que afetam o processo das eroses afirmando que a durao da chuva o complemento desta e que junto a combinao de ambas, determinam a chuva junto a freqncia da mesma, influenciando nas perdas de solo, mesmo com chuvas de menor intensidade. Por outro lado, atualmente os problemas relacionados degradao ambiental tm sido alvo da mobilizao de dirigentes do setor pblico e de grupos representativos da sociedade civil, e, sem dvida, dentre as questes ambientais dentro de um entendimento sobre como e porque ela ocorre, e, dessa forma, poder associar o desenvolvimento com a conservao do solo. Primeiramente, a gua comea a escoar em forma de lenol, ou fluxo laminar, provocando a eroso laminar. A partir do momento que a gua ganha velocidade, ocorre o aparecimento de pequenos canais no solo, havendo assim uma concentrao do fluxo dgua, aumentando a profundidade e diminuindo sua velocidade, devido quantidade de sedimentos que so carregadas por esses canais. Nesse estgio, comea a ocorrer o atrito desses sedimentos com o fundo dos canais, aumentando e muito a eroso. Se a chuva for muito intensa, o que pode acontecer o aparecimento de cabeceiras nesses canais, devido a forte sedimentao ocorrida. Se no houver uma rpida recuperao do local, essa eroso atingir um estgio muito avanado, tornando-se impossvel a sua recuperao. Em alguns casos, a eroso alcana camadas mais profundas do solo e a gua aflora no seu interior: o lenol fretico que j aparece; o que se recomenda vedar o local e fazer o plantio de rvores ao redor, com o intuito de dar estabilidade eroso e evitar que esta aumente. Os processos erosivos acontecem por desagregao e transporte dos sedimentos erodidos. Os mais importantes agentes de eroso so: a gua e o vento. Dependendo do clima e da topografia, pode ocorrer ao de um ou de outro, ou dois agentes simultaneamente. A eroso hdrica pode se apresentar de vrias formas, porm focaremos na vooroca e em Sulcos ou Ravinas. A eroso em sulcos caracteriza-se pela formao de canais sinuosos. Esse tipo de eroso resulta da concentrao da enxurrada em alguns pontos do terreno, em funo de pequenas irregularidades na declividade, que atinge volume e velocidade suficiente para formar riscos mais ou menos profundos. Na sua fase inicial os sulcos podem ser desfeitos com as operaes normais de preparo do solo, mas em estdio mais adiantado, porm, podem atingir tal profundidade que interrompem o trabalho de mquinas agrcolas. A eroso em vooroca pode ser entendida como uma eroso em sulcos de maiores propores. A desagregao no inicio do sulco (cabeceira) causada principalmente pelo fluxo concentrado de gua. As laterais tambm podem sofrer desabamentos para dentro do canal, onde o solo e subsolo vo ser transportados pelo fluxo concentrado. Quando a fonte de gua permanente, esta vooroca pode se transformar em uma sanga, arroio ou mesmo um rio, passando a fazer parte da rede de drenagem da bacia hidrogrfica. O processo de voorocamento pode ser natural ou pode ocorrer pelo aprofundamento e alargamento de sulcos de origem agrcola, no meio da lavoura, ou o que mais comum no local onde os terraos desguam e no tem uma proteo adequada no canal escoadouro. Outro processo natural de formao de voorocas quando as guas se infiltram no perfil e encontram uma camada, a qual no pode transpor. Nesse caso, a gua desloca-se lateralmente sobre esta camada, formando um tnel subterrneo e aflorando na encosta, formando sulcos ou valas que aumentam gradativamente. A partir do local onde a gua aflora na superfcie inicia-se, morro acima, um contnuo processo de desbarrancamento, o qual pode propiciar o surgimento quase repentino de uma vooroca se o solo sobre o tnel subterrneo perder sua sustentao e desbarrancar para dentro do tnel. Em resumo, a vooroca resulta de uma ao conjunta entre escoamento superficial e subsuperficial (lenol dgua) sendo que a diferena entre esses processos fundamentais para a definio e adoo de medidas de controlemais efetivas. Estudo de CasoEm 22 de Setembro de 2012, foi realizado com a professora Isabel e a turma de ps-graduao em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel da Unisuam, o estudo de caso na Infraero (Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro), em que foi implementada uma pesquisa sobre as eroses ocorridas no local, devido a uma ocorrncia em 1994, um deslizamento de varias voorocas que invadiram a pista do aeroporto. A partir deste acontecimento, foi realizado um projeto junto a Embrapa desenvolvido pelo professor e Doutor Hugo desde 2000, para recuperar as reas degradadas do local onde atravs de varias pesquisas, foram usadas escavadeiras hidrulicas de grande porte para cavar um Talude com a mesma inclinao, a mesma geometria usada no resto do Aeroporto, para tentar imitar mais ou menos o que aconteceria se fosse pegar um talude recm-construdo, igual como ele foi feito no Aeroporto de acordo com as diferentes tcnicas de bioengenharia aplicada. Foram estudadas e aplicadas no local, 4 diferentes tcnicas, ou seja, da mais simples mais complexa de taludes estudados.

1tratamento: Talude com Pacote tecnolgico(Figura 3), ou seja, tcnicas de bioengenharia aplicada, o mesmo usado pelo Embrapa, para recuperao dos Taludes da rea do Morro do Radar no comeo do ano de 2000 onde continham vrias voorocas com eroses onde se usou a primeira tcnica.

Figura 3: Imagem de Talude sendo utilizado um Pacote tecnolgico contendo tcnicas de bioengenharia aplicada.A primeira atitude designada ao talude num todo, foi a plantao na crista com o capim vetiver (Vetiveria zizanioides) que uma das plantas mais recomendada para o controle de eroso. Ela extremamente rstica e apresenta um sistema de razes que considerado um dos mais resistentes da natureza, bastante perene, alm de atingir profundidade de at 5 metros e sua maior vantagem que no se propaga por sementes. Onde so colocados por alinhamentos, perfilos, fazendo uma barreira hidrulica para disciplinar os fluxos de agua superficiais para no ocorrer s eroses, formando uma zona sustentvel. Esse processo de tratamento ocorre com as parcelas de eroso, que so sees onde se localiza as reas, que so fechadas em sua volta com folhas de zinco, flanges aplicadas em 2007onde so conduzidas para as caixas brancas de 1 metro entre as linhas, e todo o escoamento superficial que existe no ar, pela chuva, podendo ter o valor exato medido atravs de um pluvimetro (medidor de chuva), justamente para ter uma ideia de quanto foi a eroso no local. Foram acoplados no local, fios que entram no solo em trs (3) sees. Por serem sensores eltricos ou seja, capacitores implantados no solo para medir a umidade do solo em diferentes profundidades. O local estudado do talude um escoamento tercirio, onde no local h a formao Macacu, do grupo barreiras, Tercirio no final do perodo cenozoico, desde 60 milhes de anos atrs, onde todo esse material foi se erodindo por falta de vegetao e hoje, h barreiras, rocha sedimentar argilosa e arenosa. A ideia do experimento no doutorado do Prof. e doutor Hugo, foi criar um sistema de automatizado de monitoramento automtico de medio e escoamento superficial. O vertedouro, ou seja, calha Parshall, uma estrutura com geometria conhecida de ressalto e estrangulamento, faz com que o nvel da agua suba quando passar por ela atravs de uma marcao que indica a vazo de agua em m3 por hora. O instrumento abaixo possui uma fiao, chamado de turbidmetro, pois conforme a agua descia, a forma que se apresentava um pouco barrenta, poderia saber a quantidade de argila que descia por ela atravs de um infravermelho, o turbidmetro. No presente estudo do professor e doutor Hugo, explicou sobre o Processo de Jateamento o qual possui misturas de sementes, adubo e insumos para aderir ao Talude e desenvolver na vegetao local, leguminosas, arbustivas, etc...

2 Tratamento: Foi deixado descoberto, pois no teria parmetro de comparao, ficou em tempo zero (Figura 4), como se no houvesse nada no local. Por esse motivo ficou descoberto este espao justamente para observar o crescimento das arvores, alm de capins muito altos que se proliferam, e continuam em crescimento. Com isso a eroso continua ocorrendo no local, por ter ficado com o solo do talude desnudo sem o canal de serapilheira.

Figura 4: Imagem de Talude descoberto em tempo zero para ser observado o crescimento de arvores sem parmetro de comparao.3 Tratamento: Talude aplicado com a tcnica de hidrossemeaduras formada por um composto de sementes transitrias e definitivas, tratadas junto com outros fertilizantes, retentores de umidade, orgnicos, corretores de pH ( Figura 5) 3)que so misturados com agua limpa formando uma disperso coloidal aplicada em solos diversos como arenosos, rochoso, taludes de corte e aterro, barragens e etc. repondo a camada vegetal natural da regio construindo o meio ambiente degradado em locais que possam ocorrer as instabilidades de caratersticas geolgicas.

Figura 5: Talude aplicado com tcnicas de hidro-semeaduras ou seja, composto de sementes transitrias.

4 tratamento: Talude com aplicao da Tcnica mais complexa com Biomanta aplicada com uma esteira de fibra de coco e polipropileno (fotodegradvel) bem reforada para imputar o lance da hidro-semeadura gerando uma proteo, de todo o material que ficou por baixo dela impossibilitando a escoao para baixo e seu custo muito alto. (Figura 6) Durante a subida, em direo ao pitoco, foram encontradas Cangas laterticas no solo, composta por ferro. Foi encontrado tambm, um tipo de sub-bosque em torno do solo, pois no local de acordo com as informaes do Prof. e doutor Hugo, em 2008 foram depositadas muitas aparas de gramas em volta das mudas, favorecendo o crescimento de propago, tornando o local, um ambiente mais sustentvel.

Figura 6: Imagem de Talude aplicado com a Tcnica mais complexa, Biomanta aplicada com uma esteira de fibra de coco e polipropileno (fotodegradvel).

Em um certo trecho, no foi depositado aparas de gramas justamente para analisar o que poderia acontecer com o solo sem fertilidade. E foi detectado neste solo sem fertilidade, uma rocha sedimentar, um subsolo onde s cresceu a arvore Accia plantada em 2008. Mantendo a subida em direo ao pitoco`, onde era o solo, foi evidenciada a maior bacia de sedimentao do local, a qual pode ficar a metade do ano cheia dgua. Pois considerada responsvel pela captao das guas superficiais de toda a coroa do morro. Ainda na subida, foi identificada no local, uma parte do solo original, ou seja, uma canga alaterita de ferrugem, apresentada superficialmente e exposta nos ltimos 30 anos na forma de uma crosta e tambm onde existe uma camada mais funda de dixido de ferro, alumnio e mangans. Ao chegar no pitoco, o professor e doutor Hugo deu uma breve explicao sobre as duas etapas na parte mais baixa e a parte mais alta do pitoco. Ele explicou sobre a questo do local onde foi e no foi incorporado o aparo de grama e como fez a diferena no processo de revegetao do local depois de alguns anos. Em que primeiro: controlou a eroso, e o segundo: trouxe vrios propagos como ex.: mamonas, rabo de burro, dentre outros formando sub-bosques, trazendo uma soluo mais propensa ao local, ou seja, uma maior resilincia ao sistema. O morro onde se localiza o pitoco, foi cortado a partir do lato solo que formado a partir de um capeamento e no da rocha, numa camada inicial de 2 metros de altura, onde a mesma vai se aprofundando a medida que vai chegando mais a frente do talude. No local h um capeamento que difere muito do material que tem embaixo pela cor castanho e a textura mais solta, menos estruturado, desagregado. Na parte mais alta do pitoco, foi visto que o aeroporto possui rea rochosa por todos os lados, onde se localiza a parte Talude da area com degradao total. Onde h voorocas com at 10 metros de altura. O disciplinamento das reas faz com que o cordo de agua passe em volta onde se encontra com outro igual no entorno, conduzindo-o em direo a bacia onde se encontram com outros cordes dgua e vo penteando para chegar nas bacias secundarias onde uma bacia canaliza para a outra chegando num lugar plano como ultima bacia de deposio onde o barro vai se sedimentando at ser depositado. O outro lado da pista est com a grama toda rarefeito, devido eroso laminar, ou seja, uma eroso superficial sem que haja inclinao do Talude. No morro do radar, havia muitas voorocas e para evitar a degradao, foram usadas tcnicas de bioengenharia aplicada, para recuperao dos Taludes da rea do Morro do Radar onde foi desenvolvido o reflorestamento do Aeroporto Internacional do Galeo, na cidade do Rio de Janeiro. A rea, degradada por obras realizadas para a ampliao do aeroporto, foi recuperada no inicio dos anos 2000 por meio de uma parceria entre a Embrapa e a Infraero. Quando se fala do areoporto est falando de gesto de resduos, de reaproveitamento de materiais disponveis, pois conforme o prof. e doutor Hugo mencionou durante todo o trabalho de campo, as aparas de gramas so muito caras. Elas podem gerar incendio ou combater as eroses do solo.

Consideraes Finais

O estudo da eroso dos solos tem uma grande importncia devido as relaes existentes entre os processos erosivos acentuados e os impactos que os mesmos acarretam ao meio ambiente. de grande importncia entender o processo erosivo que se caracteriza por possuir vrias formas de expresso na paisagem e inmeros fatores controladores, entre eles o prprio homem. Para se recuperar um solo preciso conhecer as causas relacionadas ao processo para se adequar a sua recuperao. A escolha da tcnica empregada para recuperao e para a conservao dos solos deve ser viabilizada a um contexto econmico ; mas ao mesmo tempo, preciso que esta politica esteja direcionada s futuras transformaes sociais, que sejam aceitas pelas comunidades beneficirias e, tambm, pelos representantes do poder poltico e da rea envolvida. Isto vale dizer que as abordagens nos estudos de eroso dos solos, voltadas para sua conservao efetiva, precisam estar vinculadas a um contexto ideolgico, relacionados, caso contrrio, as chances de fracasso so grandes. Para evitar o desgaste do solo, devido aos diversos tipos de eroses, preciso um estudo especfico, atravs da agregao de informaes investigatrias de abordagem para obter melhores resultados de conservao dos solos.

Referncias Bibliogrficas

BERTONI, J., LOMBARDI NETO, F. Conservao do solo. So Paulo: cone, 1999. 4 ed. GUERRA, Antnio Jos Teixeira. Eroso e Conservao dos Solos: conceitos, temas e aplicaes. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

GUERRA, Antonio Jos Teixeira. O incio do processo erosivo. In: GUERRA, Antonio Jos Teixeira, SILVA, Antonio Soares da, BOTELHO, Rosangela Garrido Machado (org.). Eroso e conservao dos solos, conceitos, temas e aplicaes. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.

Fontes de estudo:

Imagens das figuras, 3,4,5 e 6 tiradas no trabalho de campo realizado em 22 de setembro de 2012 na Infraero.

Prospecto informativo em anexo a este artigo, referente ao trabalho de campo realizado dia 22 de Setembro de 2012 sobre o projeto de recuperao de reas degradadas no aeroporto Internacional do rio de janeiro Infraero.

www.engenheirosdoverde.com.br/hidrossemeadura.html (hidrossemeadura)Fontes: www.cesec.ufpr.br/docente/andrea/TC019/TC019/Taludes.pdf (taludes)Fontes: www.agencia.cnptia.embrapa.br/.../CONTAG01_58_210200792814 (voorocas)Fontes: www.youtube.com/watch?v=UVYqP-J8dW4 (Morro do radar)Fontes: www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/.../0421305_09_pretextual.pdf (Bioengenharia aplicada)