recuperacao (2)

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  • 8/3/2019 recuperacao (2)

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    Baseada na Prova Brasil

    Texto 1

    Talita

    Talita tinha a mania de dar nomes de gente aos objetos da casa, e tinham de ser nomes querimassem. Assim, por exemplo, a mesa, para Talita, era Dona Teresa, a poltrona era V Gordona, oarmrio era o Doutor Mrio. A escada era Dona Ada, a escrivaninha era Tia Sinhazinha, a lavadoraera Prima Dora, e assim por diante.

    Os pais de Talita achavam graa e topavam a brincadeira. Ento, podiam-se ouvir conversastipo como esta:

    Filhinha, quer trazer o jornal que est em cima da Tia Sinhazinha! pra j, papai. Espere sentado na V Gordona, que eu vou num p e volto noutro.Ou ento:

    Que amolao, Prima Dora est entupida, no lava nada! Precisa chamar o mecnico. Ainda bem que tem roupa limpa dentro do Doutor Mrio, n mame?E todos riam.

    BELINKY, Tatiana. A operao do Tio Onofre: uma histria policial. So Paulo: tica, 1985.

    Questo 1 A mania de Talita de dar nome de gente aos objetos da casa demonstra que ela a) curiosa.

    b) exagerada.c) estudiosa.d) criativa.

    Texto 2

    A Boneca Guilhermina

    Esta a minha boneca, a Guilhermina. Ela uma boneca muito bonita, que faz xixi e coc.Ela muito boazinha tambm. Faz tudo o que eu mando. Na hora de dormir, reclama um pouco.Mas depois que pega no sono, dorme a noite inteira! s vezes ela acorda no meio da noite e dizque est com sede. Da eu dou gua para ela. Da ela faz xixi e eu troco a fralda dela. Ento eu

    ponho a Guilhermina dentro do armrio, de castigo. Mas quando ela chora, eu no aguento. Euvou at l e pego a minha boneca no colo. A Guilhermina a boneca mais bonita da rua.MUILAERT, A. A boneca Guilhermina. In: __ As reportagens de Penlope. So Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997. p. 17.Coleo Castelo R-Tim-Bum vol. 8.

    Questo 2 O texto trata, PRINCIPALMENTE,a) das aventuras de uma menina.

    b) das brincadeiras de uma boneca.c) de uma boneca muito especial.d) do dia-a-dia de uma menina.

    Questo 3 A palavra ela foi usada no texto paraa) evitar a repetio da palavra boneca.

    b) enfatizar que a boneca era de Guilhermina.c) batizar a boneca.d) substituir a palavra esta.Questo 4 O uso da palavra esta indica

    a) que a boneca est longe da menina.b) que a boneca est com a menina.c) que a boneca est com uma colega da menina.

    Avaliao Bimestral de PortugusNOME: N Turma:Professor: DATA: __/__/2011

    CONTEDO: Interpretao de texto, artigo, numeral e

    pronome, substantivo, adjetivo

    Valor:

    10,0

    Nota:

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    d) que a boneca est guardada.Texto 3

    A raposa e as uvas

    Num dia quente de vero, a raposa passeava por um pomar. Com sede e calor, sua atenofoi capturada por um cacho de uvas.

    Que delcia, pensou a raposa, era disso que eu precisava para adoar a minha boca. E,

    de um salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcanar as uvas.Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videira, dizendo: Aposto que estas uvas estoverdes.

    Esta fbula ensina que algumas pessoas quando no conseguem o que querem, culpam ascircunstncias.

    (http://www1.uol.com.br/crianca/fabulas/noflash/raposa. htm)

    Questo 5 A frase que expressa uma opinio a) a raposa passeava por um pomar.

    b) sua ateno foi capturada por um cacho de uvas.c) a raposa afastou-se da videira

    d) aposto que estas uvas esto verdesQuesto 6 A palavra verde no penltimo pargrafo

    a) caracteriza as uvas.b) quantifica as uvas.

    c) purifica as uvas.d) indefine as uvas.

    Questo 7 O ltimo pargrafo traza) uma ordem.

    b) um aconselhamento.c) um pedido.d) um ensinamento.

    Texto 4

    A Raposa e o CancoPassara a manh chovendo, e o Canco todo molhado, sem poder voar, estava tristemente

    pousado beira de uma estrada. Veio a raposa e levou-o na boca para os filhinhos. Mas ocaminho era longo e o sol ardente. Mestre Canco enxugou e comeou a cuidar do meio deescapar raposa. Passam perto de um povoado. Uns meninos que brincavam comeam a dirigirdesaforos astuciosa caadora. Vai o Canco e fala:

    Comadre raposa, isto um desaforo! Eu se fosse voc no agentava! Passava umadescompostura!...

    A raposa abre a boca num improprio terrvel contra a crianada. O Canco voa, pousatriunfantemente num galho e ajuda a vai-la...

    CASCUDO, Lus Cmara. Contos tradicionais do Brasil. 16 ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.

    Questo 8 No final da histria, a raposa foia) corajosa.

    b) cuidadosa.c) esperta.d) ingnua.

    Questo 9 No final da histria O Canco voa, pousa triunfantemente num galho e ajuda a vai-la..., a palavra destacada est no lugar de

    a) cano.b) raposa.

    c) Lus.d) meninos.

    Questo 10 O trecho que indica que a raposa no foi esperta em em

    a) Comadre raposa, isto um desaforob) Eu se fosse voc no agentava!c) Passava uma descompostura!...

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    d) A raposa abre a boca num improprio...Texto 5

    Questo 11 O autor desses quadrinhos pretendeu chamar a ateno para aa) necessidade de preservar as rvores.

    b) poesia Cano do exlio, que fala da terra.

    c) vida de passarinho solitrio.d) volta o sabi para sua casa.

    Texto 6

    EVA FURNARI

    EVA FURNARI - Uma das principais figuras da literatura para crianas. Eva Furnarinasceu em Roma (Itlia) em 1948 e chegou ao Brasil em 1950, radicando-se em So Paulo. Desdemuito jovem, sua atrao eram os livros de estampas e no causa estranhamento algum imagin-Iaenvolvida com cores, lpis e pincis, dese- nhando mundos e personagens para habit-Ios...

    Suas habilidades criativas encaminharam-na, primeiramente, ao universo das Artes

    Plsticas expondo, em 1971, desenhos e pinturas na Associao dos Amigos do Museu de ArteModerna, em uma mostra individual. Paralelamente, cursou a Faculdade de Arquitetura e

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    Urbanismo da USP, formando-se no ano de 1976. No entanto, erguer prdios tornou-se poucoatraente quando encontrou a experincia das narrativas visuais.

    Iniciou sua carreira como autora e ilustradora, publicando histrias sem texto verbal, isto, contadas apenas por imagens. Seu primeiro livro foi lanado pela tica, em 1980, Cabra-cega,inaugurando a coleo Peixe Vivo, premiada pela Fundao Nacional do Livro Infantil e Juvenil-FNLlJ.

    Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu muitos prmios, entre eles contam o Jabutide Melhor Ilustrao - Trucks (tica, 1991), A bruxa Zelda e os 80 docinhos (1986) e Anjinho(1998) - setes lureas concedidas pela FNLlJ e o Prmio APCA pelo conjunto de sua obra.

    http://caracal. imaginaria. cam/autog rafas/evafurnari/index. HTML

    Questo 12 A finalidade do texto a) apresentar dados sobre vendas de livros.

    b) divulgar os livros de uma autora.c) informar sobre a vida de uma autora.d) instruir sobre o manuseio de livros.

    Texto 7

    Questo 13 Ao compararmos os dois convites notamos que so diferentes porquea) os dois pertencem ao mundo real.

    b) os dois pertencem ao mundo imaginrio.c) apenas o primeiro convite pertence ao mundo real.d) os dois tm as mesmas informaes para os convidados.

    Texto 8

    A Costureira das Fadas

    (Fragmento)Depois do jantar, o prncipe levou Narizinho casa da melhor costureira do reino. Era uma

    aranha de Paris, que sabia fazer vestidos lindos, lindos at no poder mais! Ela mesma tecia afazenda, ela mesma inventava as modas. Dona Aranha disse o prncipe quero que faa para esta ilustre dama o vestido mais

    bonito do mundo. Vou dar uma grande festa em sua honra e quero v-la deslumbrar a corte.Disse e retirou-se. Dona Aranha tomou da fita mtrica e, ajudada por seis aranhinhas

    muito espertas, principiou a tomar as medidas. Depois teceu depressa,depressa, uma fazenda cor-de-rosa com estrelinhas douradas, a coisa mais linda que se

    possa imaginar. Teceu tambm peas de fita e peas de renda e de entremeio at carretis delinha de seda fabricou.

    MONTEIRO LOBATO, Jos Bento. Reinaes de Narizinho. So Paulo: Brasiliense, 1973.

    Questo 14 A expresso v-la se refere a) Fada.

    b) Cinderela.c) Dona Aranha.d) Narizinho.

    Questo 15 O prncipe quer dar um vestido para Narizinho porque

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    a) ela deseja ter um vestido de baile.b) o prncipe vai se casar com Narizinho.

    c) ela deseja um vestido cor-de-rosa.d) oprncipe far uma festa para Narizinho.

    Texto 9

    Poluio do solo

    na camada mais externa da superfcie terrestre, chamada solo, que se desenvolvem os

    vegetais. Quando o solo contaminado, tanto os cursos subterrneos de gua como as plantaspodem ser envenenadas.Os principais poluentes do solo so os produtos qumicos usados na agricultura. Eles

    servem para destruir pragas e ervas daninhas, mas tambm causam srios estragos ambientais.O lixo produzido pelas fbricas e residncias tambm pode poluir o solo. Ba-terias e pilhas

    jogadas no lixo, por exemplo, liberam lquidos txicos e corrosivos. Nos aterros, onde o lixo dascidades despejado, a decomposio da matria orgnica gera um lquido escuro e de mau cheirochamado chorume, que penetra no solo e contamina mesmo os cursos de gua que passam bemabaixo da superfcie.

    {...}Almanaque Recreio. So Paulo: Abril. Almanaques CDD_056-9. 2003.

    Questo 16 No trecho na camada mais externa da superfcie terrestre (.1), a expressosublinhada indicaa) causa.

    b) finalidade.c) lugar.d) tempo.

    Texto 10

    Continho

    Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada de meio-dia,ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um vigrio acavalo.

    Voc, a, menino, para onde vai essa estrada?

    Ela no vai no: ns que vamos nela. Engraadinho duma figa! Como voc se chama? Eu no me chamo, no, os outros que me chamam de Z.

    MENDES CAMPOS, Paulo, Para gostar de ler - Crnicas. So Paulo: tica, 1996, v. 1 p. 76.

    Questo 17 H trao de humor no trechoa) Era uma vez um menino triste, magro.

    b) ele estava sentado na poeira docaminho.

    c) quando passou um vigrio.d) Ela no vai no: ns que vamos nela.

    Texto 11

    O que disse o passarinho

    Um passarinho me contouque o elefante brigoucom a formiga s porqueenquanto danavam (segundo ele)ela pisou no p dele!

    Um passarinho me contou

    que o jacar se engasgoue teve de cuspi-lo inteirinhoquando tentou engolir,

    imaginem s, um porco-espinho!Um passarinho me contouque o namoro do tatu e a tartarugadeu num casamento de fazer d:cada qual ficou morando em sua cascaem vez de morar numa casca s.

    Um passarinho me contouque a ostra muito fechada,que a cobra muito enrolada

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    que a arara uma cabea oca,e que o leo-marinho e a foca...

    X x, passarinho, chega de fofoca!

    PAES, Jos Paulo. O que disse o passarinho. In: ____.Um passarinho me contou. So Paulo: Editora tica, 1996.

    Questo 18 A pontuao usada no final do verso e que o leo-marinho e a foca... sugere que o

    passarinhoa) est cansado.b) est confuso.

    c) no tem mais fofocas para contar.d) ainda tem fofocas para contar.

    Texto 12

    CartaLorelai:

    Era to bom quando eu morava l na roa. A casa tinha um quintal com mi-lhes decoisas, tinha at um galinheiro. Eu conversava com tudo quanto era gali-nha, cachorro, gato,lagartixa, eu conversava com tanta gente que voc nem imagina, Lorelai. Tinha rvore para subir,

    rio passando no fundo, tinha cada esconderijo to bom que a gente podia ficar escondida a vidatoda que ningum achava. Meu pai e minha me viviam rindo, andavam de mo dada, era umacoisa muito legal da gente ver. Agora, t tudo diferente: eles vivem de cara fechada, brigam toa,discutem por qualquer coisa. E depois, toca todo mundo a ficar emburrando. Outro dia eu

    perguntei: o que que t acontecendo que toda hora tem briga? Sabe o que que eles falaram?Que no era assunto para criana. E o pior que esse negcio de emburramento em casa me duma aflio danada. Eu queria tanto achar um jeito de no dar mais bola pra briga e pra caraamarrada. Ser que voc no acha um jeito pra mim?

    Um beijo da Raquel.(...)

    NUNES, Lygia Bojunga. A Bolsa Amarela 31 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1998.

    Questo 19 Em Agora t tudo diferente: (. 7), a palavra destacada um exemplo de lingua-gema) ensinada na escola.

    b) estudada nas gramticas.c) encontrada nos livros tcnicosd) empregada com colegas.

    Texto 13

    Como opera a mfia que transformou o Brasil num dos campees da fraude de

    medicamentos

    um dos piores crimes que se podem cometer. As vtimas so homens, mu-lheres e

    crianas doentes presas fceis, capturadas na esperana de recuperar a sade perdida. A mfiados medicamentos falsos mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes. Quando algumdecide cheirar cocana, tem absoluta conscincia do que coloca no corpo adentro. s vtimas dosque falsificam remdios no dada oportunidade de escolha. Para o doente, o remdio compulsrio. Ou ele toma o que o mdico lhe receitou ou passar a correr risco de piorar ou atmorrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmcia com tanta reserva.

    PASTORE, Karina. O Paraso dos Remdios Falsificados. Veja, n 27. So Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.

    Questo 20 Segundo a autora, um dos piores crimes que se podem cometer a) a venda de narcticos.

    b) a falsificao dos remdios.c) a receita de remdios falsos.d) a venda abusiva de remdios.

    Texto 14

    Realidade com muita fantasia

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    Nascido em 1937, o gacho Moacyr Scliar um homem verstil: mdico e escritor,igualmente atuante nas duas reas. Dono de uma obra literria extensa, ainda um bigrafo demo cheia e colaborador assduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros para jovens e adultosso sucesso de pblico e de crtica e alguns j foram pu-blicados no exterior.

    Muito atento s situaes-limite que desagradam vida humana, Scliar combina em seustextos indcios de uma realidade bastante concreta com cenas absolutamente fantsticas. A

    convivncia entre realismo e fantasia harmoniosa e dela nascem os desfechos surpreendentesdas histrias.Em sua obra, so freqentes questes de identidade judaica, do cotidiano da medicina e do

    mundo da mdia, como, por exemplo, acontece no conto O dia em que matamos James Cagney.Para Gostar de Ler, volume 27. Histrias sobre tica. tica, 1999.

    Questo 21 A expresso sublinhada em ainda um bigrafo de mo cheia significa queScliar a) crtico e detalhista.

    b) criativo e inconseqente.

    c) habilidoso e talentoso.

    d) inteligente e ultrapassado.

    Texto 15

    O texto conta a histria de um homem que entrou pelo cano.O Homem que entrou pelo cano

    Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princpio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depoisse acostumou. E, com a gua, foi seguindo. Andou quilmetros. Aqui e ali ouvia barulhosfamiliares. Vez ou outra um desvio, era uma seo que terminava em torneira.

    Vrios dias foi rodando, at que tudo se tornou montono. O cano por dentro no erainteressante.

    No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criana brincava. Ento percebeu que

    as engrenagens giravam e caiu numa pia. sua volta era um branco imenso, uma gua lmpida. Ea cara da menina aparecia redonda e grande, a olh-lo interessada. Ela gritou: Mame, tem umhomem dentro da pia.

    No obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampo e eledesceu pelo esgoto.

    BRANDO, Igncio de Loyola. Cadeiras Proibidas. So Paulo: Global, 1988, p. 89.

    Questo 22 O conto cria uma expectativa no leitor pela situao incomum criada pelo enredo. Oresultado no foi o esperado porquea) a menina agiu como se fosse um fato normal.

    b) o homem demonstrou pouco interesse em sair do cano.

    c) as engrenagens da tubulao no funcionaram.d) a me no manifestou nenhum interesse pelo fato.

    Texto 16

    As enchentes de minha infncia

    Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto varanda, mas euinvejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas do fundos para o rio. Como a casados Martins, como a casa dos Leo, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa comvaranda fresquinha dando para o rio.

    Quando comeavam as chuvas a gente ia toda manh l no quintal deles ver at ondechegara a enchente. As guas barrentas subiam primeiro at a altura da cerca dos fundos, depoiss bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo poro. Mais de uma vez, no meio danoite, o volume do rio cresceu tanto que a famlia defronte teve medo.

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    Ento vinham todos dormir em nossa casa. Isso para ns era uma festa, aquela faina dearrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavamtodas contentes, riam muito; como se fazia caf e se tomava caf tarde da noite! E s vezes o rioatravessava a rua, entrava pelo nosso poro, e me lembro que ns, os meninos, torcamos para elesubir mais e mais. Sim, ramos a favor da enchente, ficvamos tristes de manhzinha quando, malsaltando da cama, amos correndo para ver que o rio baixara um palmo aquilo era uma traio,

    uma fraqueza do Itapemirim. s vezes chegava algum a cavalo, dizia que l, para cima doCastelo, tinha cado chuva muita, anunciava guas nas cabeceiras, ento dormamos sonhando quea enchente ia outra vez crescer, queramos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

    BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

    Questo 23 A expresso que revela uma opinio sobre o fato ... vinham todos dormir em nossacasa, a) s vezes chegava algum a cavalo...

    b) E s vezes o rio atravessava a rua...c) e se tomava caf tarde da noite!d) Isso para ns era uma festa...

    Texto 17

    A floresta do contrrioTodas as florestas existem antes dos homens.Elas esto l e ento o homem chega, vai destruindo, derruba as rvores, comea a

    construir prdios, casas, tudo com muito tijolo e concreto. E poluio tambm.Mas nesta floresta aconteceu o contrrio. O que havia antes era uma cidade doshomens, dessas bem poludas, feia, suja, meio neurtica.Ento as rvores foram chegando, ocupando novamente o espao, conseguiram expulsar

    toda aquela sujeira e se instalaram no lugar. o que se poderia chamar de vingana da natureza foi assim que terminou seu relato o

    amigo beija-flor.Por isso ele estava to feliz, beijocando todas as flores alis, um colibri bem assanhado,

    passava flor por ali, ele j sapecava um beijo.Agora o Nan havia entendido por que uma ou outra rvore tinha parede por dentro, e ele

    achou bem melhor assim.Algumas rvores chegaram a engolir casas inteiras.Era um lugar muito bonito, gostoso de se ficar. S que o Nan no podia, precisava partir

    sem demora. Foi se despedir do colibri, mas ele j estava namorando apertado a uma outraflorzinha, era melhor no atrapalhar.

    LIMA, Ricardo da Cunha. Em busca do tesouro de Magritte. So Paulo: FTD, 1988.

    Questo 24 No trecho Elas esto l e ento o homem chega,..., a palavra destacada refere-se a

    a) flores.b) casas.

    c) florestas.d) rvores.

    Texto 18

    A funo da arte

    Diego no conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.Viajaram para o Sul.Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.Quando o menino e o pai enfim alcanaram aquelas alturas de areia, depois de muito

    caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensido do mar, e tanto fulgor, queo menino ficou mudo de beleza.

    E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: Me ajuda a olhar!

    GALEANO, Eduardo. O livro dos abraos. Trad. Eric Nepomuceno 5 ed. Porto Alegre: Editora L & PM, 1997.

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    Questo 25 O menino ficou tremendo, gaguejando porquea) a viagem foi longa.

    b) as dunas eram muito altas.c) o mar era imenso e belo.d) o pai no o ajudou a ver o mar.