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RECOMENDAÇÕES BÁSICAS

PARA CULTIVO NO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO

Engenheiro Agrônomo, M.Sc.,Pesquisador da PESAGRO-RIO/Centro Estadual de Pesquisa em

Agroflorestas. Silva [email protected]

Engenheiro Agrônomo,Bolsista do CNPq/PESAGRO-RIO/

Centro Estadual de Pesquisa emAgroflorestas. Silva Jardim-RJ.

[email protected]

Niterói-RJNovembro de 2013

Aldo Bezerra de Oliveira

Renato Barbosa da Cruz

SERINGUEIRA

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PESAGRO-RIOEmpresa de Pesquisa Agropecuáriado Estado do Rio de Janeiro

Governador do Estadodo Rio de Janeiro

Secretário de Agricultura e Pecuária

Diretoria da PESAGRO-RIO

Presidente

Diretor Técnico

Diretor de Administração

Editoração

Design Gráfico

Alameda São Boaventura, 770 - Fonseca24120-191 - Niterói - RJTel.: (21) 3607-5522www.pesagro.rj.gov.br

Sérgio Cabral

Christino Áureo

Rafael Miranda

Silvio José Elia Galvão

Glauco Souza Barradas

Oliveira, Aldo Bezerra deSeringueira: recomendações básicas para cultivo

no Estado do Rio de Janeiro/ Aldo Bezerra de Oliveira, Renato Barbosa da Cruz. -- Niterói: PESAGRO-RIO, 2013.

40 p.; 21cm.1. Seringueira - Implantação de cultura.

2. Seringueira - Tutoramento. 3. Seringueira - Colheita.I. Cruz, Renato Barbosa da. II. Título. CDD 633.8952

Coordenadoria de Difusão de TecnologiaCDT/PESAGRO-RIO

Estúdio Criatura Comunicação

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SUMÁRIO

5

7 CAPÍTULO 1: IMPLANTAÇÃO

DE SERINGAIS

9

10

13

13

16

16

17

19

21 CAPÍTULO 2: CONDUÇÃO E

FORMAÇÃO DO SERINGAL

23

27

28

33 CAPÍTULO 3: COLHEITA

DO SERINGAL

35

37

39

Considerações preliminares

Escolha e localização da área do seringal

Alinhamento e espaçamento

Abertura de covas

Calagem, adubação e enchimento da cova

Época de plantio

Seleção e transporte de mudas

Plantio

Replantio

Tratos culturais

Condução do seringal adulto

Principais pragas e seu controle

Sangria

Clones de seringueira recomendados para plantio

Municípios do Estado do Rio de Janeiro com aptidão agrícola para o cultivo da seringueira

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CONSIDERAÇÕESPRELIMINARES

Muito já se escreveu e se publicou sobre

os cuidados que devem ser tomados na

implantação e na condução de seringais de

cultivo. Entretanto, as áreas indicadas

como aptas à cultura no Estado do Rio de

Janeiro (zoneamento edafoclimático)

apresentam condições peculiares devido,

em grande parte, ao relevo, quase sempre

acidentado.

A maior parte da cobertura vegetal é

formada por pastagens em diferentes

graus de degradação no morro, decorrente

do pastoreio continuado na criação

extensiva de animais.

Apesar de as condições expostas

parecerem desfavoráveis ao cultivo da

seringueira, atualmente existem seringais

em franca produção no estado e que foram

implantados em áreas declivosas, com

vegetação semelhante às mencionadas e

que, atualmente, encontram-se em solos

conservados quanto à fertilidade e sem

erosão.

Este documento aborda os procedi-

mentos técnicos que devem ser adotados

para o sucesso da atividade nas condições

do Estado do Rio de Janeiro.

5

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Seringal em área declivosa no município de Silva Jardim-RJ.

Seringal em produção desde 2005 no município de Silva Jardim.

Recuperação de áreas degradadas com seringueiraem Silva Jardim.

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7

CAPÍTULO

1IMPLANTAÇÃO DE SERINGAIS

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ESCOLHA E LOCALIZAÇÃODA ÁREA DO SERINGAL

o selecionar o local para a implan-

tação do seringal, os seguintes A aspectos devem ser observados:

• Exposição a ventos frios ou predominan-

tes: evitar as faces expostas a tais fatores.

• Profundidade do solo: não fazer o plantio

em solos rasos, mal drenados ou que

apresentem qualquer camada de impedi-

mento, como é o caso dos solos podzólicos.

• Acúmulo de ar frio: evitar o plantio em

áreas de acumulação de ar frio e locais de

baixadas, visando impedir danos causados

por geadas, principalmente nas regiões

com invernos mais rigorosos.

• Isolamento da área: evitar danos causa-

dos por animais na fase inicial de desen-

volvimento e, posteriormente, causados

por incêndios, no caso de seringais

próximos a pastos, canaviais e outros

pontos que possam ser considerados como

possíveis focos de fogo.

• Topografia: observar a legislação vigente,

evitando a implantação de seringais em

área considerada de preservação perma-

nente (APP). Evitar altitudes acima de 1.000

metros para que não se exponha a serin-

gueira ao maior resfriamento noturno,

principalmente no inverno.

9

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ALINHAMENTO E ESPAÇAMENTO

onsiderando que grande parte das

áreas aptas ao cultivo da seringueira C no estado não admitem a movimen-

tação de máquinas para preparar o solo, o

primeiro passo deverá ser a roçagem da

área e a confecção das curvas de nível,

seguindo-se a limpeza das linhas de

plantio, alinhamento e abertura das covas.

O plantio deverá ser direto. Como a

maior parte das áreas é formada por

pastagens com braquiária (Brachiaria sp.),

recomenda-se a aplicação de herbicida

antes da implantação do seringal para

evitar competição por água e nutrientes

entre a seringueira e a pastagem, o que

fatalmente acontecerá se esta última não

for eliminada, mesmo que de forma

gradativa. A presença de braquiária muito

próximo à seringueira é extremamente

prejudicial ao desenvolvimento da cultura.

O alinhamento tem por objetivo

distribuir as plantas de determinada

cultura no terreno de forma ordenada. No

Rio de Janeiro, por serem áreas declivosas,

o plantio deve ser realizado sempre em

curvas de nível, não só para a proteção do

solo, como também para facilitar o

processo de coleta do látex. Para marcar as

curvas de nível, deve-se demarcar uma

10

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No caso da seringueira para cultura

solteira, o espaçamento mais atual é o de

6,00m entre linhas e 3,00m entre plantas,

resultando numa densidade de plantio de

555 plantas por hectare. Considerando-se

as perdas de 10% das plantas ao longo do

ciclo, a população será de 500 plantas úteis

por hectare. O espaçamento tradicional é o

de 8,00m entre linhas e 2,50m entre

plantas ao longo da linha, resultando numa

densidade de 500 plantas por hectare;

utilizam-se, também, espaçamentos de

7,00m x 3,00m e 8,00m x 3,00m.

Para cultivos consorciados, a seringueira

é disposta, geralmente, em fileiras duplas,

usando-se espaçamentos diversos, como:

Densidade de

500 plantas/ha

6m entre linhas na fileira dupla

10m entre as fileiras duplas

2,5m entre plantas na fileira

Quando utilizados consórcios com cultivos

anuais e/ou, no máximo, semiperenes:

11

Formação de seringal em curvas de nívelem Porciúncula - RJ.

linha mestra com o auxílio de um nível ou

outro instrumento mais rústico e, a seguir,

marcar as demais linhas de plantio,

seguindo-se o espaçamento planejado.

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Em sistemas agroflorestais,

propositalmente a densidade de plantas de

seringueira para permitir melhor distribui-

ção espacial das outras espécies.

Na vitrine tecnológica implantada no

Campo Experimental da Fazenda Santa

Mônica, da Embrapa Gado de Leite, no

distrito de Juparanã, município de Valença-

RJ, utilizou-se o espaçamento de 6,00m

entre as linhas na fileira dupla, 10,00m

entre as fileiras duplas e 2,50m entre as

plantas nas fileiras, resultando numa den-

sidade de 500 plantas por hectare. Com a

cultura da seringueira, estão sendo tes-

tados os consórcios com maracujá, pal-

meira real australiana, café e banana,

guandu (adubo verde), feijão preto e toma-

te, além da seringueira em cultivo solteiro.

diminui-se

12

Sistema Agroflorestal seringueira x café x banana.

3m entre linhas na fileira dupla

17m entre as fileiras duplas

2,5m entre plantas na fileira

Densidade de

400 plantas/ha

Quando estiverem previstos consórcios com

cultivos perenes e semiperenes:

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ABERTURA DE COVAS

s covas devem ser abertas manual-

mente, utilizando-se cavadeiras e A enxadão. Em solos com menor

declividade, desde que não estejam

totalmente saturados de água, as covas

podem ser abertas com trator ou

perfuradores de solo, tendo-se o cuidado

de não provocar erosão no solo. Nesse

caso, devem ser usadas garras nas bordas

da broca para evitar o espelhamento da

parede da cova. Em geral, uma cova aberta

em solo de textura média deve ter

dimensões de 40cm x 40cm x 50cm de

profundidade, separando-se dela 25cm da

terra de cima dos 25cm da terra de baixo. A

terra retirada da parte de baixo da cova

deve ser utilizada no enchimento final da

mesma. Caso necessário, utiliza-se a terra

retirada dos primeiros 25cm de profun-

didade no fundo da cova. Após a abertura

da cova, afofar o solo do fundo da cova em

cerca de 10 a 15cm com a utilização de

cavadeira.

CALAGEM, ADUBAÇÃO E ENCHIMENTO DE COVA

o plantio direto, a adubação é

realizada diretamente na cova. N Quando necessário, se o solo

apresentar alta acidez (pH abaixo de 4,5),

poderá ser realizada a calagem, com no

máximo 1,5 tonelada de calcário por

hectare, após a aplicação do herbicida. Essa

13

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calagem é feita a lanço, distribuindo-se

uniformemente a quantidade indicada

sobre a superfície do solo.

Nas condições referidas, quase sempre

se aplicam de 200g a 250g de calcário nas

paredes e no fundo da cova após a abertura

da mesma. Na adubação da cova, devem ser

incorporados cerca de 30g de P O e 30g de 2 5

K O, adicionando-se ainda de 10 a 20 litros 2

de esterco de curral curtido, misturando-os

com a terra de cima. Após a mistura, faz-se

o enchimento da cova. Nessas condições,

também podem ser usados adubos

formulados já existentes no mercado, que

ainda incluem pequenas doses de

nitrogênio e micronutrientes.

Aguardar o período de curtimento da

cova cheia, em geral de 20 a 25 dias antes

do plantio. Após a adubação de cova,

aplicar, durante o primeiro ano, nitrogênio

em cobertura em três parcelas de 30g por

planta, em faixa circular de 30cm de

largura em torno da planta.

14

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Implantação de seringal em áreas declivosas(alinhamento, marcação das curvas de nível, aberturade covas, calagem e adubação, enchimento da cova,abertura de coveta e plantio definitivo.

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ÉPOCA DE PLANTIO

SELEÇÃO E TRANSPORTE DAS MUDAS

plantio das mudas deve ser feito no

início do período chuvoso que, no O Estado do Rio de Janeiro, ocorre em

setembro/outubro ou outubro/novembro,

sendo a mais provável a época de outubro/

novembro. Se o plantio for realizado fora

do período chuvoso ou em época de

veranico, devem-se adicionar pelo menos

20 litros de água por cova, de dois em dois

dias. Se faltar água logo após o plantio,

provavelmente ocorrerá a perda da muda e,

consequentemente, a falha no stand e

desuniformidade no seringal, com sérios

prejuízos financeiros.

or ocasião do plantio, devem ser

estabelecidos padrões de seleção das P mudas com o objetivo de unifor-

mizar o desenvolvimento do seringal,

classificando-as de acordo com o porte e o

estádio de desenvolvimento.Tratando-se

de mudas de raiz nua, a seleção deve ser

feita considerando-se o sistema radicular,

descartando-se aquelas que apresentem

defeitos. Com mudas em sacos plásticos,

deve-se observar o vigor do enxerto, des-

cartando-as ou reencanteirando-as, con-

forme o caso.

16

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No transporte, devem-se evitar danos ao

enxerto e quebra de torrões. Em regiões

sem tradição heveícola e que estejam

iniciando a atividade, como é o caso do Rio

de Janeiro, recomenda-se o plantio de

mudas ensacoladas com 18 meses de

idade, com um ou dois lançamentos

maduros.

17

Mudas ensacoladas com um lançamento maduro, prontas para plantio.

PLANTIO

s clones recomendados e as regiões/

municípios com aptidão para a O cultura são apresentados ao final da

publicação.

Emprega-se a muda de toco enxertado

convencional. Esse tipo de muda não é

muito recomendado para o plantio em

Mudas de raiz nua

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regiões com período seco definido, como é

o caso das áreas de escape do Rio de

Janeiro, pois necessita de bom suprimento

de água para se estabelecer e se desen-

volver no campo. Nas covas previamente

preparadas, são abertas covetas na parte

central da cova, adicionando-se água e

terra para a formação de lama ou barro. A

muda é aí introduzida por pressão leve,

seguida de movimento de rotação do toco

para evitar bolsas de ar junto à raiz, deven-

do ficar a placa de enxertia voltada para o

nascente, a cerca de 5cm da superfície.

Devem ser usadas mudas selecionadas

por estágio vegetativo do broto, isto é,

brotos com até 2cm ou com um ou dois

lançamentos maduros. As mudas são

plantadas em covetas abertas no centro das

covas previamente preparadas, devendo o

broto ficar no sentido do nascente ou dos

ventos predominantes para evitar quebras.

A inserção do enxerto deve ficar ligeira-

mente acima da superfície do solo. Deve-se

evitar terra com torrões junto à coveta para

impedir a formação de bolsas de ar, que

comprometem o pegamento da muda. Nos

dois tipos de mudas, deve-se fazer o emba-

ciamento do terreno em volta da cova para

facilitar as operações de rega, que deve ser

feita logo após o plantio e repetida até o

completo pegamento das mudas, quando

não houver ocorrência de chuvas.

Mudas em saco plástico

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REPLANTIO

replantio deve ser realizado com

mudas ensacoladas, independente-Omente do tipo de muda usada no

plantio. Deve ser feito tão logo se constate

a falha.

Após o segundo ano de implantação do

seringal, as falhas deverão ser plantadas

com mudas avançadas (minitoco ou toco

alto), sempre compatíveis com a idade do

seringal, devido à característica de planta

de porte arbóreo.

Cuidados especiais devem ser tomados

no replantio, que deve propiciar a for-

mação uniforme do seringal, evitando-se

plantas dominadas, que não chegarão ao

ponto de exploração.

19

Mudas ensacoladas com dois lançamentos maduros, prontas para plantio.

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CAPÍTULO

2CONDUÇÃOE FORMAÇÃODO SERINGAL

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TRATOS CULTURAIS

Calagem e adubação de formação calagem, a partir do segundo ano de

formação do seringal, deve ser feita A com base na análise de solo, sempre

que se constatar pH abaixo de 4,5. Devem

ser aplicadas até 2 toneladas de calcário

por hectare a cada três anos.

Nas áreas declivosas do Rio de Janeiro,

o calcário deverá ser aplicado na projeção

da copa da seringueira, em círculo em

torno das árvores ou em faixas nas

entrelinhas, em seringais com mais idade.

Na adubação de seringais em forma-

ção, a análise de solo também deve ser

observada.

Recomendação de adubação para seringais em formação.

Essas quantidades devem ser apli-

cadas em duas vezes, uma no início das

águas e outra no final das águas (período

mais chuvoso do ano), distribuindo-as ao

redor das árvores, em círculos que irão

variar de largura à medida que o seringal

for se desenvolvendo.

23

Idade do seringal

(anos)

Nitrogênio

(kg/ha)

P resina(mg/dm³)

K+trocável(mmol

c/dm³)

0 –

12 >12 0 – 1,5 > 1,5

P2O

5

kg/haK

2O

kg/ha

Do 2º ao 3º 40 40 20 40 20

Do 4º ao 6º 60 60 30 60 30

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No segundo ano, aos 18 meses, por

exemplo, essa aplicação deve ser em

círculos de 45cm de largura, afastados

cerca de 30cm das plantas. Aos 24 meses, o

círculo terá 60cm de largura e deverá estar

a cerca de 45cm da planta.

Sucessivamente, vai-se afastando do

pé da árvore e aumentando a largura do

círculo a ser adubado em torno da planta.

As formulações variam de acordo com

a análise de solo, sendo as de 10-10-10 ou

20-20-20 as mais usadas. Em solos com

maiores teores de fósforo disponíveis,

costuma-se usar 19-10-19 ou 20-5-20.

A seringueira é bastante sensível à

infestação e à ocorrência de ervas dani-

nhas, principalmente quando elas atingem

determinado estádio de desenvolvimento.

Ressente-se, também, devido à concorrên-

cia por luz, umidade e nutrientes.

O controle das ervas daninhas pode

ser feito manual, mecânica ou quimica-

mente, dependendo das condições do

ambiente em que o seringal se encontra

implantado.

Em áreas declivosas com remanes-

cente de pastagens, recomenda-se o trata-

mento químico, com a eliminação gra-

dativa desse tipo de vegetação. Diz-se

gradativa porque haverá novas brotações

após a primeira aplicação de herbicida, que

serão eliminadas após o tratamento

químico nas épocas subsequentes.

Controle de ervas daninhas

24

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É importante destacar que esta é uma

recomendação para o seringal em for-

mação. Mesmo nessa fase, nos últimos

anos, verifica-se, às vezes, a necessidade

de uma ou duas roçagens em substituição

ao herbicida.

Operação realizada em duas fases

distintas: uma no porta-enxerto e a outra

no caule formado a partir do enxerto.

A primeira vai do plantio da muda até o

enxerto atingir o segundo lançamento de

folhas. Consiste na eliminação de todos os

brotos ladrões do porta-enxerto, usando

canivete bem afiado. A segunda se inicia

com a brotação do enxerto e vai até a haste

atingir de 2,20m a 2,50m de altura, e

consiste também na eliminação de todos os

brotos laterais. A eliminação dos brotos

deve ser realizada o quanto antes, para que

não fiquem cicatrizes no tronco, prejudi-

cando a estrutura do futuro painel de

sangria.

Essa prática deve ser realizada por

mão de obra treinada, que percorre todas

as linhas de plantio pelo menos uma vez

por semana. Deve-se ter cuidado para não

vergar as hastes das plantas mais altas e, se

os galhos já estiverem mais grossos, deve-

se pincelar o local do corte com pasta

cúprica a fim de facilitar a cicatrização e

não danificar o caule.

Desbrota

25

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Formação de copa

Atualmente, é prática pouco usada,

pois os clones melhorados quase não

manifestam formação tardia de copa.

Mesmo assim, para clones longilíneos, essa

prática deve ser realizada. Ao atingir a

altura de 2 a 3 metros, entre o 2º e o 3º ano

após o plantio, a seringueira inicia a

formação da copa. Entretanto, plantas de

um mesmo clone ou de clones diferentes

poderão manifestar essa formação tardia-

mente, apresentando plantas com caules

longos e crescimento radial lento.

Nesse caso, recomenda-se o anela-

mento da haste, que consiste em efetuar

dois cortes separados de 20cm um do

outro. Os cortes atingem apenas a casca,

tocando levemente o lenho.

A indução deve ser feita entre 2,20m e

2,50m acima do calo da enxertia e sempre

sobre tecido com casca marrom. Os dois

cortes devem ser feitos um acima e outro

logo abaixo da roseta foliar, para propiciar

boa distribuição de ramos ao longo da

haste principal.

Quando houver excesso de brotação,

deve-se fazer a condução de copa pela

eliminação dos ramos menos vigorosos e

mal distribuídos, procurando deixar

apenas 4 a 5 ramos por haste, bem distri-

buídos, o que evitará a quebra por ventos.

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CONDUÇÃO DO SERINGAL ADULTO

partir do 7º ano, o seringal começa a

fase produtiva, quando alguns cuida-A dos deverão ser tomados na sua

condução.

A partir do início de produção do

seringal, o controle de ervas daninhas é

feito, geralmente, por roçagem, realizada

quando as invasoras alcançam nível de

desenvolvimento que possa competir com

as árvores de seringueira.

A adubação de seringais adultos deve

ser realizada com base na análise de solo e,

se possível, foliar, visando à manutenção

da fertilidade dos solos sob os seringais,

garantindo boa produtividade de látex ao

longo do ciclo produtivo.

Na impossibilidade de realizar as

análises, recomenda-se uma adubação

anual, em duas aplicações, metade no

início e metade no final das águas, como

demonstrado a seguir:

Controle de ervas daninhas

Adubação

7 - 15 60 50 30 60 30

> 16 50 40 20 50 30

Idade do seringal

(anos)

Nitrogênio

(kg/ha)

P resina(mg/dm³)

K+trocável(mmol

c/dm³)

0 –

12 >12 0 – 1,5 > 1,5

P2O

5

kg/haK

2O

kg/ha

27

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PRINCIPAIS PRAGAS E SEU CONTROLE

Mandarová (Erinnys ello): é uma praga

importante de várias plantas da família

Euphorbiacea e está entre as principais

pragas da seringueira e da mandioca,

podendo consumir grande quantidade de

folhas em poucos dias.

Sua ocorrência é cíclica e pode oca-

sionar danos severos. A curva de flutuação

mostra crescimento da população a partir

de setembro, atingindo pico máximo em

dezembro, com um segundo pico em

fevereiro/março, acompanhando o ciclo

fenológico da cultura.

No início, as lagartas devoram as

folhas e ramos novos. Em alta população,

destroem as folhas maduras e os ramos

mais finos. O controle pode ser efetuado

manualmente, estourando os ovos, em

jardins clonais e viveiros, ou efetuando

pulverizações com produtos biológicos ou

químicos, em árvores em crescimento e/ou

adultas. Os produtos biológicos à base de

Bacillus thuringiensis têm a vantagem de

serem seletivos aos insetos que atuam no

controle do mandarová.

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Sugere-se a instalação de armadilhas

luminosas, pois além de constituírem bom

coletor para verificação dos períodos de

incidência, também auxiliam no combate à

praga, cujas mariposas (adulto) podem ser

destruídas.

Devido à praga, recomenda-se evitar o

consórcio de seringueira com mandioca.

Formigas: as formigas cortadeiras, predo-

minantemente as saúvas (Atta spp.),

atacam a seringueira em fase de viveiro,

jardim clonal e nos primeiros anos do

plantio definitivo. As folhas e hastes são

cortadas e carregadas até o formigueiro. As

plantas podem morrer ou perder a domi-

nância apical no caso de plantios defini-

tivos, retardando o desenvolvimento do

seringal.

O combate se dá naturalmente, pois

as formigas ficam presas ao látex nos

ramos e pecíolos. Entretanto, quando em

altas infestações, devem ser usadas iscas

formicidas espalhadas no carreiro das

formigas ou dentro de frascos preparados

para proteger a isca da umidade e da chuva.

Outra forma é localizar e destruir os

formigueiros com a aplicação de iscas

formicidas ao lado dos olheiros e das

trilhas ativas.

Ácaros: os mais importantes são o

Calacarus heveae e o Tenuipalpus heveae.

Como resultado do ataque, as folhas

perdem o brilho e apresentam amareleci-

mento progressivo de sua superfície,

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intercalado com áreas verdes normais,

lembrando o sintoma de mosaico provo-

cado por vírus em diferentes culturas.

Entre o início da infestação e o

surgimento dos primeiros sintomas,

normalmente decorre um período mínimo

de 30 dias e as folhas atingidas acabam

caindo, provocando diferentes níveis de

desfolha das plantas.

Plantas atacadas podem perder até

75% das folhas um ou dois meses antes da

desfolha natural.

Estudos realizados demonstraram que

esses ácaros atingem maiores populações

nos anos mais chuvosos, com ocorrência

de dezembro a maio, coincidindo com o

período de maior produção de látex.

Mosca de Renda: a Leptopharsa heveae é

assim conhecida pelo aspecto rendilhado

de suas asas, causando consideráveis da-

nos às folhas da seringueira, acarretando

prejuízos consideráveis ao vegetal e

provocando queda na produção de

sementes e do látex. Ocorre a redução na

área fotossintética das folhas que, conse-

quentemente, tornam-se secas e caem.

Quando a temperatura e a umidade relativa

do ar se elevam, as condições se tornam

favoráveis ao aumento da população.

Demais pragas: em se tratando de regiões

novas para a implantação de seringais,

outras pragas poderão ocorrer ocasional-

mente. Entretanto, poderão ser contro-

ladas, caso atinjam nível de danos que

justifique as medidas de controle.

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Dentre essas pragas, citam-se as

cochonilhas, que não chegam a causar

danos severos aos seringais; e as moscas

brancas e tripés que, em seringais de

cultivo, raramente exigem medidas de con-

trole.

Ocorrem, ainda, pragas do tronco, que

aparecem em árvores enfraquecidas e

predispostas ao ataque.

Recomenda-se, então, a retirada de

plantas e galhos mortos do interior do

seringal, queimando-os para que não

sirvam como fonte de pragas às plantas

sadias.

Os nematóides ocorrem esporadica-

mente, sendo controlados com os métodos

atualmente disponíveis e que são aplicados

nos outros estados da região Sudeste em

que a heveicultura é desenvolvida.

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CAPÍTULO

3COLHEITADO SERINGAL

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SANGRIA

colheita do látex consiste numa série

de operações que combinam técnicas A de sangria e estimulação da serin-

gueira para a produção, estocagem e

conservação do produto, preparando-o

para os procedimentos de beneficiamento.

O processo de sangria é a principal

operação, que consiste na remoção cíclica

de parte da casca, com a finalidade de

seccionar os vasos laticíferos, o que

permite o escorrimento do látex para um

recipiente coletor conhecido como “tijela”,

previamente preso ao tronco da serin-

gueira. O mesmo corte é reaberto a cada

sangria pela retirada de mais uma camada

delgada de casca, proporcionando novo

fluxo de látex.

De modo geral, o início da sangria se

dá por volta dos seis a sete anos após o

plantio, variando em função do manejo e da

condução do seringal. Fatores como pro-

priedades físicas e fertilidade do solo,

vigor do clone, tratos culturais, condições

ambientais e problemas fitossanitários são

determinantes para abreviar esse início.

O objetivo da sangria é obter da

árvore a máxima quantidade de látex sem

prejudicar o seu estado vegetativo e fisio-

lógico. A colheita adequada do seringal é

resultado do sistema de sangria cuidadoso

(comprimento e frequência de corte) e do

plano de estimulação (como o emprego do

Ethrel a 5%) para aumento do fluxo da seiva.

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Demais fatores, como o potencial

genético dos clones e o bom trabalho do

sangrador, influem diretamente na vida

útil do seringal, na produtividade, nos

resultados obtidos a curto, médio e longo

prazo e, também, na rentabilidade da

exploração. A interação material genético e

ambiente deve ser levada em consideração

na escolha do sistema de sangria adotado.

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Produção de coágulo prensado em propriedade

localizada em Silva Jardim (sangria, colheita do coágulo,

prensagem, armazenamento, pesagem e comercialização).

Nota: Posteriormente será lançada uma

cartilha contendo todas as informações

detalhadas sobre a colheita do látex para

produção da borracha natural.

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CLONES DE SERINGUEIRARECOMENDADOS PARA PLANTIONO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Classe I

Classe II

Classe III

Para áreas de escape: RRIM 600

Para áreas com restrições

Clima subúmido e úmido: FX 3864

Clima úmido/superúmido e superúmido: FDR

5788, PMB 1, CDC 312

Obs.: Não deve exceder 50% da área total.

Para áreas de escape: Gt1, Pr255, Pb330, Pb235,

PB 217, RRIM 937, RRIM 938, IAC35, IAC 40, PR

261, Fx 3864, FDR 5788, PMB1, CDC 312

Para áreas com restrições

Clima subúmido e úmido:

FDR 5788, PMB 1, CDC 312

Clima úmido/superúmido e superúmido: FX3864

Obs.: Utilizar a combinação de três ou mais

clones até 50% da área total.

Para áreas de escape: RRIM 729, RRIM 901, RRIM

911, PB 311, PB 312, PB 314, IAC300

Para áreas com restrições

Clima subúmido e úmido: RRIM 600, PR 255, IAC 35

Clima úmido/superúmido e superúmido:

FDR 4575, FDR 5240

Obs.: Não exceder 15% da área total em peque-

nos talhões ou parcelas.

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Áreas de Escape

Áreas com restrições

As áreas livres de ocorrência do fungo

Microcyclus ulei, causador do mal das folhas,

principal doença da seringueira, são: todos os

municípios das regiões Centro-Sul Fluminense e

Médio Paraíba; parte dos municípios da região

Noroeste, com maiores áreas aptas nos

municípios que fazem fronteira com a Zona da

Mata de Minas Gerais e os municípios da região

Serrana, exceto a maior parte das áreas dos

municípios de Sumidouro e Nova Friburgo.

As áreas em que pode ocorrer a doença e que

possuem condições climáticas adequadas ao

cultivo da seringueira, desde que se utilizem

clones tolerantes ou resistentes ao mal das

folhas, são: parte das áreas dos municípios de

Campos dos Goytacazes (região do Imbé),

Macaé, Rio das Ostras, Conceição de Macabu,

Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Rio Bonito,

Tanguá, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e

Magé.

Classe I - Clone reconhecidamente de bom

desempenho em muitos locais; indicado para

o plantio em grande escala. Não deve exceder

50% da área total do plantio.

Classe II - Clones que, através de avaliações,

têm provado seu mérito ao longo do tempo.

Em combinações de três ou mais podem ser

plantados até 50% da área total do plantio,

sendo no máximo 20% de cada clone.

Classe III - Clones recomendados para

plantio em até 15% da área total.

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MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROCOM APTIDÃO AGRÍCOLAPARA O CULTIVO DA SERINGUEIRA

Região Centro-Sul

Região do Médio Paraíba

Região das Baixadas Litorâneas

Sapucaia

Areal

Três Rios

Levi Gasparian

Paraíba do Sul

Paty do Alferes

Miguel Pereira

Vassouras

Paulo de Frontin

Mendes

Barra do Piraí

Piraí

Pinheiral

Rio Claro

Quatis

Barra Mansa

Porto Real

Resende

Valença

Rio das Flores

Silva Jardim

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Região Noroeste Fluminense

Região Norte Fluminense

Região Serrana

Bom Jesus do Itabapoana

Varre-Sai

Porciúncula

Natividade

Laje do Muriaé

Miracema

Cambuci

Itaperuna

Aperibé

Santo Antônio de Pádua

São Fidélis

Conceição de Macabu

Campos

Macaé

Santa Maria Madalena

Trajano de Morais

Bom Jardim

Macuco

Cantagalo

Cordeiro

Duas Barras

Carmo

São José do Vale do Rio Preto

São Sebastião do Alto

Obs.: Ainda existem municípios nas

regiões Metropolitana (Guapimirim, Magé,

Paracambi e Tanguá) e da Costa Verde

(Parati) que apresentam aptidão para a

cultura da seringueira.

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