apresentação plantio ufrpe

22
José Antônio Aleixo da Silva José Antônio Aleixo da Silva Departamento de Ciência Florestal - UFRPE Departamento de Ciência Florestal - UFRPE FLORESTAS PLANTADAS PARA PRODUÇÃO NO PÓLO GESSEIRO DO ARARIPE-PE UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq) CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq) EMPRESA PERNAMBUCANA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMPRESA PERNAMBUCANA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (IPA) (IPA) COMERCIAL PAINEIRAS (SUZANO) COMERCIAL PAINEIRAS (SUZANO)

Upload: vannhan

Post on 28-Jan-2017

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Apresentação Plantio UFRPE

José Antônio Aleixo da SilvaJosé Antônio Aleixo da Silva

Departamento de Ciência Florestal - UFRPEDepartamento de Ciência Florestal - UFRPE

FLORESTAS PLANTADAS PARA PRODUÇÃO NO PÓLO GESSEIRO DO ARARIPE-PE

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO

CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq)CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq)EMPRESA PERNAMBUCANA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMPRESA PERNAMBUCANA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA

(IPA)(IPA)COMERCIAL PAINEIRAS (SUZANO)COMERCIAL PAINEIRAS (SUZANO)

Page 2: Apresentação Plantio UFRPE

• EUCALIPTOS• CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

• REINO: Plantae• DIVISÃO: Magnoliophyta• CLASSE: Magnoliopsida• ORDEM: Myrtales• FAMÍLIA: Myrtaceae• GÊNERO: Eucalyptus• Aproximadamente 750 espéciesGêneros Corymbia e Angophora

Page 3: Apresentação Plantio UFRPE

• Originário da Austrália e de outras ilhas da Oceania.

• Introdução na América do Sul (Chile, 1823)

• No Brasil

• Frederico de Albuquerquer, 1868, no Rio Grande do Sul

• Navarro de Andrade, 1903, Horto de Jundiaí

Page 4: Apresentação Plantio UFRPE

• ÁRVORES GIGANTES:• “Ferguson tree” – 150 metros de altura e

5,5 metros de diâmetro• “Robinson tree” – 143 metros de altura• Árvores com alturas entre 80 a 100 metros

são encontradas na Austrália

Page 5: Apresentação Plantio UFRPE

CULTURAS EXÓTICAS PLANTADAS NO BRASIL

•Milho

•Trigo

•Arroz

•Batata

•Mandioca

Soja Cana-de-açúcar

Café

Sorgo Algodão

•Pinus

•Algaroba

•Acácia

• Leucena

• Eucaliptos

A definição diz: exótica é aquela espécie que foi estabelecida pela primeira vez em um local situado a distâncias significativas de sua região de ocorrência natural.

Page 6: Apresentação Plantio UFRPE

EUCALIPTO SECA SOLOS?

FELIZMENTE SIM…

CULTURA CONSUMO DE ÁGUA(mm)Cana de açúcar 1000-2000Café 800-1200Citrus 600-1200Milho 400-1000Feijão 300-600Eucaliptos 800-1200

Fontes: Cader et al. 1993 e Lima, W.P. 1993

Page 7: Apresentação Plantio UFRPE

PRODUÇÃO DE BIOMASSA• EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA

CULTURA

(Produzir 1 kg de biomassa)

• Cana de açúcar 500 l• Milho 1000 l• Batata 2000 l• Cerrado 2500 l• Eucaliptos 350 l• Fonte: Novais et al. 1996

Page 8: Apresentação Plantio UFRPE

UTILIDADES DO EUCALIPTO• Óleos essenciais: fármacos, produtos

de higiene, produtos de limpeza, alimentos

• Produtos apícolas: mel, própolis, geléia real

• Celulose: papéis diversos, absorvente íntimo, papel higiênico, guardanapo, fraldas, viscose, papel celofone, filamento (pneu), acetato (filmes), ésteres (tintas), cápsulas para medicamentos, componentes eletrônicos, etc

• Madeira serrada: móveis, construção civil, brinquedos

• Postes e moirões

Page 9: Apresentação Plantio UFRPE

• Laminados, MDF, HDF, chapa de fibra, compensados

• Carvão e lenha (Pólo Gesseiro)• Proteção de solos• Proteção das matas nativas contra seus

predadores (madeireiros, carvoeiros e lenhadores), pela oferta abundante de novas florestas de rápido crescimento

• Sequestro de carbono (atenuar efeito estufa)

Page 10: Apresentação Plantio UFRPE

CURIOSIDADES• No Brasil, dos 300 milhões de metros cúbicos de

madeira consumidos por ano, somente 100 milhões provêm de plantios florestais.

• No mundo apenas 14% da madeira consumida provém de plantios florestais.

• O Brasil possuí áreas com potencial para reflorestamento, totalizando 201480 Km2, dos quais 144000 Km2 devem ser destinados a reflorestamentos industriais (Aziz Ab’Saber, José Goldemberg, Leopoldo Rodes, Werner Zuilauf).

• O Brasil possui 900000 Km2 de terras degradadas, sem qualquer aproveitamento econômico (Norberto Staviski, Gazeta Mercantil)

Page 11: Apresentação Plantio UFRPE

• O setor florestal é o segundo na balança comercial do agronegócio. De setembro de 2002 a setembro de 2003, celulose e papel e produtos florestais sólidos da madeira acumularam exportações de U$ 5,1 bilhões. A soja líder do ranking faturou U$ 7,7 bilhões no mesmo período.

• No mundo há 187 milhões de há de florestas plantadas, dos quais cerca de 20 milhões de eucaliptos. A Índia é quem mais planta eucaliptos. O Brasil possuí 3,4 milhões de ha de eucaliptos, que corresponde a 0,41% do território nacional (SBS – 2005)

• A produtividade média de eucaliptos no Brasil é em torno de 40 m3/ha/ano

Page 12: Apresentação Plantio UFRPE

PÓLO GESSEIRO DO ARARIPE

A microrregião de Araripina, considerando-se apenas os municípios de Araripina, Bodocó, Exu, Ipubi e Trindade, possui 8092 km2.

A principal atividade econômica é a exploração mineral, onde se destaca o Pólo Gesseiro de Pernambuco. Esse pólo vem sendo responsável por mais de 90% da produção nacional de gipsita.

Page 13: Apresentação Plantio UFRPE

• O Brasil tem destaque privilegiado em reserva de gipsita que corresponde em torno de 1.452.198x103 ton. Cerca de 93% das reservas brasileiras estão concentradas nos Estados da Bahia (44%), Pará (31%) e Pernambuco (18%), ficando o restante distribuído, em ordem decrescente, entre o Maranhão, Ceará, Piauí, Tocantins e Amazonas.

• A porção das reservas que apresenta melhores condições de aproveitamento econômico está situada na Bacia do Araripe, região de fronteira dos Estados do Piauí, Ceará e Pernambuco com destaque para as deste último.

Page 14: Apresentação Plantio UFRPE

• O denominado Pólo Gesseiro do Araripe/PE que, além das 47 minas, abrange 80 calcinadoras, é também o principal produtor nacional de gesso participando com 595.160 toneladas em 2002, o que corresponde a 84% da produção nacional. Em termos de gipsita bruta, o estado de Pernambuco produziu em 2002, 1.452.198 toneladas, que correspondeu a 89% da produção nacional (SOBRINHO et al., 2003). Envolve 12000 empregos diretos e 60000 indiretos.

• Dados de julho de 1999 indicavam que o desemprego na região era de 2,6% enquanto que na região metropolitana do Recife foi de 9,2% e das outras regiões do estado de 7,7%. As calcinadoras que representam apenas 23% do total das empresas do Pólo, respondem por 54% da mão-de-obra empregada (ALBUQUERQUE, 2002).

Page 15: Apresentação Plantio UFRPE

• A degradação ambiental dessa microrregião está naturalmente associada a industrialização de minerais, especialmente a gipsita. Em conseqüência, a medida em que a indústria do gesso foi se desenvolvendo, utilizando-se principalmente de lenha como energético para a calcinação, provocou a devastação do estoque lenheiro da região. Desta forma, as indústrias são obrigadas a adquirir lenha nos estados vizinhos, transferindo o problema da falta de combustível para outras áreas.

• Sendo uma área de grande pressão sobre os recursos florestais, faz-se necessário o planejamento de estratégias para conter a devastação florestal que incluam a aplicação de técnicas de plantio de espécies de rápido crescimento e de manejo florestal sustentado da caatinga, bem como medidas para evitar o processo de desertificação, propiciada pela prática inadequada de exploração florestal.

Page 16: Apresentação Plantio UFRPE

• Dados do SINDUGESSO (2000) indicam que o consumo de lenha na região em consideração foi de 300000 m3, sendo que a área autorizada para desmatamento pelo IBAMA no mesmo ano foi de 137,49 ha que resultou em uma produção de lenha de 6620 st, sendo 2150 st de Bodocó, 3270 de Ouricuri e 1200 st de Araripina. Fica evidente a discrepância entre a lenha proveniente da área autorizada e a originada de desmatamentos não autorizados. O uso de outras fontes de combustível como gás natural e óleo BPF (óleo de baixo poder de fusão, derivado da gasolina) requerem outros tipos de investimento além de terem custos mais elevados, resultando em uma maior exploração predatória de lenha por parte dos empresários do setor.

Page 17: Apresentação Plantio UFRPE

• Para cada tonelada de gesso se utiliza, aproximadamente, 1 metro estere (st) de lenha. Entre 1999 e 2004 a produção de gesso do Pólo cresceu 33%, chegando a 3,6 milhões de toneladas de gesso, pré-moldados e gipsita, sendo que apenas de 2 a 3% da lenha consumida provém de planos de manejo (SINDUSGESSO, 2004).

• Para um consumo estimado de 1,9 milhões de metros estere (st) de lenha, são necessários o manejo de 12,7 mil hectares/ano. Atualmente, existem 17 planos de manejo em execução, ocupando uma área de 4,7 mil hectares e produzindo 4,3 mil st/ano (IMA de 9,14 st/ha/ano).

Page 18: Apresentação Plantio UFRPE

• Devido a falta de estudos mais detalhados sobre a cultura dos eucaliptos ou outras essências florestais, faz-se necessário a implantação de uma rede de experimentação florestal, que servirá de base para o aprofundamento na seleção de espécies e variedades florestais apropriadas a região, permitindo que a médio prazo, em torno de aproximadamente entre quatro e seis anos, se possa tomar decisões importantes sobre qual a melhor opção no setor florestal para a região produtora de gipsita do Estado de Pernambuco. Segundo Ribaski (1994), em condições semi-áridas algumas espécies desse gênero podem alcançar uma produtividade quatro vezes maior que a da vegetação nativa.

Page 19: Apresentação Plantio UFRPE

DESCRIÇÃO DOS EXPERIMENTOS

A)15 Clones de Eucalyptus da Comercial Paineiras (Suzano), Urbano Santos-MaranhãoB) Angico, Aroeira, Jurema Preta, Imburana, Ipê Amarelo, Pau D’arco, Acácia, Algaroba, Leucena e Sabiá

Page 20: Apresentação Plantio UFRPE

RESULTADOS PRELIMINARES

• Cáulculos volumétricos recentes indicam que os 3 melhores clones apresentaram um incremento médio anual (IMA) em torno de 28 m3/ha. As essências nativas e exóticas ainda não apresentaram o diâmetro mínimo considerado para se fazer simulações volumétricas. Vale salientar que estudos em áreas semelhantes mostram que o incremento médio anual da vegetação nativa do Araripe está em torno de 9,14 st/ha/ano. Observe-se que transformando os valores de m3/ha/ano em st/ha/ano considerando o fator de 2,0 (3,4 é usado na região), se obtém um valor de 56 st/ha/ano.

Page 21: Apresentação Plantio UFRPE

TESTE FEITO COM GESSO LENTOGESSO ALIANÇA DO ARARIPE LTDA

Fonte

Kg/st

Consumo por ton. de gesso

(st)

Tempo de calcinação

(min) Lenha da serra 200 1,10 1:48 Lenha do sertão 300 0,80 1:40 Lenha de caju(*) 338 0,66 1:30

Casca de coco babaçu (**)

350

0,20

1:35

Lenha de eucalipto (s/c)

402

0,27

1:28

(*) Disponibilidade: 06 mese

(**) Disponibilidade: 04 meses

Page 22: Apresentação Plantio UFRPE

• AGRADECIMENTOS

• DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA FLORESTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE

PERNAMBUCO• CONSELHO NACIONAL DE

DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq)

• EMPRESA PERNAMBUCANA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (IPA)

• COMERCIAL PAINEIRAS (SUZANO)• GESSO ALIANÇA DO ARARIPE LTDA

• ALUNOS ORIENTADOS DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL