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REAFIRMANDO O PROTAGONISMO NA GESTÃO AMBIENTAL SETEMBRO 2018

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R E A F I R M A N D O

O P R OTA G O N I S M O

N A G E S TÃ O A M B I E N TA L

S E T E M B R O 2 0 1 8

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILPresidenteMichel Temer

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTEMinistroEdson Duarte

SECRETARIA EXECUTIVASecretário-ExecutivoRomeu Mendes do Carmo

SECRETARIA DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E CIDADANIA AMBIENTALSecretária SubstitutaRejane Pieratti

SECRETARIA DE BIODIVERSIDADESecretárioJosé Pedro de Oliveira Costa

SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E QUALIDADE AMBIENTALSecretárioJair Vieira Tannus Júnior

SECRETARIA DE MUDANÇA DO CLIMA E FLORESTASSecretárioThiago de Araújo Mendes

SECRETARIA DE EXTRATIVISMO E DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVELSecretárioJuliana Ferreira Simões

SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRODiretor GeralRaimundo Deusdará Filho

AGÊNCIA NACIONAL DAS AGUASDiretora-PresidenteChristianne Dias

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEISPresidenteSuely Araújo

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADEPresidentePaulo Henrique Marostegan e Carneiro

INSTITUTO DE PESQUISAS JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIROPresidenteSergio Besserman Vianna

R E A F I R M A N D O

O P R OTA G O N I S M O

N A G E S TÃ O A M B I E N TA L

S E T E M B R O 2 0 1 8

4

ÁREAS PROTEGIDAS CRESCEM MAIS DE 100%

O Governo Federal aumentou em mais de 94 milhões de

hectares as áreas protegidas na Amazônia, no Cerrado,

na Caatinga, na Mata Atlântica e no Bioma Marinho

Costeiro, de maio de 2016 a junho de 2018.

Entre ampliação e criação de 14 áreas, a extensão

territorial protegida cresceu mais de 100%. Hoje, são

335 unidades de conservação federais, nas cinco regiões

do País, totalizando mais de 167 milhões de hectares.

De maio de 2016 a junho de 2018, foram criadas

14 unidades de conservação federais, como a Área

de Proteção Ambiental (APA) e o Refúgio de Vida

Silvestre da Ararinha Azul, na Caatinga, e o Parque

Nacional dos Campos Ferruginosos, na Amazônia.

Marcelo Guena

5

AUMENTO DE ÁREAS MARINHAS PROTEGIDAS DE 1,5% PARA 26,3% COM A CRIAÇÃO DE QUATRO UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO MAR TERRITORIAL BRASILEIRO.

Também foram ampliadas em mais de 200 mil hectares

3 unidades de conservação, como o Parque Nacional da

Chapada dos Veadeiros, no Cerrado.

Priorizou-se o fortalecimento de reservas extrativistas

(Resex) para impulsionar a valorização da floresta em

pé. Quatro unidades de conservação de uso sustentável

foram criadas e outras 4 já têm os estudos finalizados

para criação, ou ampliação, com objetivo de proteger

os meios de vida e a cultura dos moradores e assegurar

o uso sustentável dos recursos naturais. Cursos de

capacitação em produção e processamento de produtos

são oferecidos às comunidades, contribuindo para a

elevação da renda.

O Governo está trabalhando de forma ampla o Programa

Conectividade de Paisagens – Corredores Ecológicos,

para promover a integração de políticas públicas que

propiciem a conectividade entre as áreas naturais

protegidas. Trata-se de uma estratégia para a gestão da

paisagem que permite a construção de um panorama na

América do Sul e promove a base para o diálogo com os

países vizinhos e parceiros em todo o mundo.

6

DESMATAMENTO É REDUZIDO EM BIOMAS BRASILEIROS

O desmatamento na Amazônia caiu na atual gestão, após curva ascendente nos

últimos anos. A aposta em fiscalização, no incentivo à economia florestal e na

retomada das ações de conservação inverteu a curva e provocou redução de 12%,

no período de agosto de 2016 a julho de 2017.

A M A Z Ô N I A

Acervo MMA

7

O desmatamento na Mata Atlântica, entre 2016 e 2017, teve queda de 56,8% em

relação ao período anterior (2015-2016). Este é o menor valor total de desmatamento

da série histórica do monitoramento, realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (INPE) e a Fundação SOS Mata Atlântica.

A partir de 2018, o monitoramento com alertas diários do desmatamento no Cerrado

começou a ser feito e medido anualmente, como acontece na Amazônia.

O Governo Federal divulgou recentemente os dados do Cerrado, referentes a 2016 e 2017,

contabilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em relação a 2015,

a redução foi de 43% em 2016 e de 38% em 2017. De acordo com a Política Nacional

sobre Mudança do Clima, que estabeleceu para o Cerrado a meta de redução em 40%

para o ano 2020, relativa ao desmatamento médio observado no período de 1999 a 2008,

houve queda de 53% na mesma comparação, superando em 13% a intenção.

C E R R A D O

M A T A A T L Â N T I C A

Acervo MMA

Acervo MMA

8

Redução de emissões de gases de efeito estufa da

ordem de 6,1 bilhões de toneladas de CO2 equivalente,

no período 2005 a 2017. Isso apenas com a redução

do desmatamento e da degradação florestal.

Essa redução alterou de forma significativa o perfil

brasileiro de emissão de gases de efeito estufa.

O resultado compreende apenas as reduções de

emissão do combate ao desmatamento nos biomas

Amazônia e Cerrado, podendo ser caracterizado como

uma antecipação de resultados que seriam esperados

apenas para o ano de 2020.

O fortalecimento da política ambiental brasileira, com

a ampliação de unidades de conservação, consolidação

das terras indígenas e implantação do Cadastro

Ambiental Rural (CAR), tem gerado a remoção de CO2

da atmosfera, importante contribuição de mitigação da

mudança global do clima.

Os números refletem, também, os resultados de

ações contínuas contra o desmatamento ilegal nos

biomas brasileiros: além do monitoramento diário, a

criação e integração de sistemas que reúnem dados

sobre o território nacional, os acordos setoriais com

cadeias produtivas e as ações de comando e controle

demonstram a firme posição do governo brasileiro de

combater a remoção ilegal de vegetação nativa.

R E D U Ç Ã O D E E M I S S Õ E S

A REDUÇÃO DE EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA (GEE) FOI DE CERCA DE 2,6 BILHÕES TONELADAS DE CO2 NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS.

O SISTEMA NACIONAL DE CONTROLE DA ORIGEM DOS PRODUTOS FLORESTAIS (SINAFLOR) PERMITE O MONITORAMENTO DE TODA A CADEIA PRODUTIVA D A MADEIRA, PARA COIBIR A EXTRAÇÃO E

COMERCIALIZAÇÃO ILEGAL DE PRODUTOS DA FLORESTA E REDUZIR AINDA MAIS O DESMATAMENTO.

9

Lei de autoria do Governo Federal permite a ampliação

do prazo para contratação de brigadistas nas unidades

de conservação geridas pelo Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para até dois

anos, aprimorando, assim, as ações de combate ao fogo.

Possibilita, também, a contratação de equipes formadas

por pessoas que moram na vizinhança das UCs federais,

promovendo o envolvimento da população e contribuindo

para a geração de emprego e renda.

Contratação de 1.016 brigadistas florestais, para atuar

em 62 brigadas em terras indígenas, assentamentos

federais e territórios quilombolas.

Plantio de 600 mil mudas de árvores nativas para a

recuperação de áreas degradadas pelo fogo.

E S T R A T É G I A S C O N T R A I N C Ê N D I O S F L O R E S T A I S

Acervo MMA

10

PRESERVAÇÃO FLORESTAL E RECUPERAÇÃO DE BIOMAS

Acervo MMA

Nelson Yoneda

11

Entre 2015 e o início de 2018, foram pagos R$ 11,8 milhões

em subvenções para produtos como açaí, andiroba, babaçu,

borracha natural, cacau, castanha-do-brasil, mangaba e

pequi, o que representa um salto nos valores em subvenções

econômicas. Isso representa o fortalecimento da política que

garante o pagamento do valor dos produtos da biodiversidade

e valoriza a manutenção da vegetação nativa, contribuindo

para manter a floresta em pé.

Instituição do Plano Nacional de Fortalecimento das Comunidades Extrativistas

e Ribeirinhas (Planafe), promovendo a inclusão social, o fomento à produção

sustentável, a infraestrutura de energia e água e a melhoria da gestão ambiental

e territorial. São os quatro eixos do Planafe que atuam em questões como o

aumento da produção com foco na elevação da renda e o desenvolvimento de

mecanismos para estruturação das cadeias de produtos da sociobiodiversidade.

R E S G A T E D A P O L Í T I C A D E G A R A N T I A D E P R E Ç O S M Í N I M O S P A R A P R O D U T O S D A S O C I O B I O D I V E R S I D A D E

F O R T A L E C I M E N T O D A S C O M U N I D A D E S

E X T R A T I V I S T A S

Acervo MMA

Acervo MMA

12

Implementação de projeto para reverter o processo de desertificação nas áreas

afetadas, utilizando práticas agroflorestais sustentáveis (Projeto Redeser).

O objetivo é reverter a desertificação por meio de ações que enfrentem a

degradação do solo e da água e a perda de biodiversidade. Entre as medidas,

estão o manejo florestal de uso múltiplo, a promoção da gestão integrada

dos recursos naturais em paisagens produtivas, a restauração de florestas e

paisagens e a gestão de conhecimento, capacitação e sensibilização.

A nova estratégia de combate à desertificação se baseia em Unidade de Recuperação de Áreas

Degradadas e Redução de Vulnerabilidade Climática. As unidades são compostas por ações

ambientais, como a recuperação e conservação do solo e da biodiversidade; ações sociais que

buscam a segurança hídrica, como a recuperação de nascentes e segurança energética; e

ações produtivas, com a implantação de sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta.

C O M B A T E À D E S E R T I F I C A Ç Ã O

E S T R A T É G I A U R A D

A URAD GERA AÇÕES TRANSFORMADORAS DA REALIDADE LOCAL E TEM O POTENCIAL DE MELHORAR A VIDA DE MILHARES DE FAMÍLIAS QUE VIVEM NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO.

Jefferson Rudy

Acervo MMA

13

A regularização ambiental nas áreas rurais brasileiras é uma

prioridade. Na atual gestão, mais de 5 milhões de imóveis em

todo o território nacional estão inscritos no Cadastro Ambiental

Rural (CAR), registro obrigatório para os proprietários e posseiros

de imóveis rurais, com informações sobre a necessidade de

recomposição da vegetação dentro de suas terras. O número

corresponde a 448,3 milhões de hectares.

C A D A S T R O A M B I E N T A L R U R A L : 5 M I L H Õ E S D E I M Ó V E I S R U R A I S C A D A S T R A D O S

O MAIOR BANCO DE DADOS SOBRE IMÓVEIS RURAIS DO PLANETA, O CAR PERMITE IDENTIFICAR CERCA DE 100 MILHÕES DE HECTARES CADASTRADOS DESTINADOS A ÁREAS DE PRESERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO.

GESTÃO TERRITORIAL

Acervo MMA

14

Lançado em agosto de 2016 para melhorar as

condições socioambientais do curso d’água que corta

o semiárido brasileiro, o Programa de Revitalização da

Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – Plano Novo

Chico envolve diversos órgãos federais em ações para

assegurar o abastecimento humano, o consumo animal,

a irrigação e outras atividades na região.

ÁGUA PARAO PRESENTEE O FUTURO

P R O G R A M A D E R E V I T A L I Z A Ç Ã O D A B A C I A H I D R O G R Á F I C A D O R I O S Ã O F R A N C I S C O P L A N O N O V O C H I C O

Ao todo, R$ 53,4 milhões foram destinados ao Programa Água Doce, que leva água de boa

qualidade a comunidades rurais do semiárido brasileiro. A ação resultou na produção de

2 milhões de litros de água potável por dia, beneficiando cerca de 210 mil pessoas.

P R O G R A M A Á G U A D O C E – P A D

Acervo MMA

15

P L A N T A D O R E S D E R I O S

O programa Plantadores de Rios desenvolveu um aplicativo para celular que permite conectar os proprietários de imóveis rurais a pessoas

e instituições interessadas em recuperar nascentes no País. Isso vale também para as Áreas de Preservação Permanente.

Por contribuir para o cumprimento da meta brasileira de corte de emissões de gases de efeito estufa, o aplicativo ficou entre as oito

iniciativas globais selecionadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para participar do Fórum Inovações para Objetivos do

Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Ação Climática, realizado em novembro de 2017, durante a 23ª Conferência do Clima, na Alemanha.

UM MILHÃO E SEISCENTAS MIL NASCENTES REGISTRADAS NO CADASTRO AMBIENTAL RURAL.

Acervo MMA

16

Já está trabalhando a comissão criada pelo Ministério do Meio Ambiente para elaborar

o primeiro Plano de Ação para Combate ao Lixo no Mar. Na Assembleia Geral das

Nações Unidas de 2017, o Brasil anunciou sua adesão à campanha global Mares

Limpos. O Governo Federal também participou da aprovação da resolução da ONU para

a eliminação dos microplásticos nos oceanos e para a redução da poluição marinha.

No mesmo ano, na Conferência dos Oceanos, a delegação brasileira apresentou três compromissos voluntários: estabelecer a linha de costa

e a gestão costeira do País, promover o planejamento espacial marinho e combater o lixo no mar. O País também participou da aprovação de

resolução que, entre outros compromissos, incentiva os demais membros a elaborarem seus planos de ação nacionais e regionais.

Desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Produtor de Água

reconhece as ações de preservação realizadas por produtores rurais do País,

com o pagamento por serviços ambientais. Em 2017, foram repassados

R$ 18 milhões por meio do programa. A adesão é voluntária e estimula os

beneficiários a investirem no cuidado do trato com as águas.

M A R E S L I M P O S

P R O G R A M A P R O D U T O R D E Á G U A

Alessandra Fontana

17

O Ministério do Meio Ambiente e a Agência Nacional de Águas lançaram, em março

de 2018, a publicação Contas Econômicas Ambientais da Água, levantamento

inédito com indicadores físicos e monetários sobre a oferta e a demanda de água

no Brasil. Dos 6,2 trilhões de metros cúbicos de água disponíveis no País em 2015,

cerca de 3,2 trilhões de metros cúbicos foram retirados da natureza para serem

usados em alguma atividade econômica.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade (ICMBio), vinculados ao Ministério do Meio Ambiente, tiveram a integridade orçamentária restaurada, o que resultou na

recuperação da capacidade operacional dos dois institutos. A recomposição de 74% para o Ibama e de 81% para o ICMBio foi decisiva

para a queda significativa do desmatamento na Amazônia.

C O N T A S E C O N Ô M I C A S A M B I E N T A I S D A Á G U A

RECOMPOSIÇÃO DO ORÇAMENTO E GESTÃO CONTRIBUEM PARA OS RESULTADOS

Acervo MMA

18

P R O G R A M A D E C O N V E R S Ã O D E M U L T A S A M B I E N T A I S

O Programa de Conversão de Multas Ambientais, criado em 2017, tornou possível a conversão

do valor das multas em serviços como, por exemplo, a recuperação de áreas degradadas e o

reflorestamento. Os recursos arrecadados serão aplicados diretamente nos projetos.

Este ano, o Ibama lançou o primeiro Chamamento Público de Projetos, para as bacias dos rios

Parnaíba e São Francisco. Está em curso a seleção de projetos voltados à recuperação hídrica

dessas bacias e, no caso do rio Parnaíba, também de ações que promovam a convivência

sustentável com a semiaridez.

O Brasil mantém interlocução ativa com todos os atores globais na área de mudança do clima e tem atuado com posições consistentes na

defesa dos princípios do multilateralismo, da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, e do Protocolo de Quioto e

Acordo de Paris, adotados sob a Convenção.

Nossa atuação diplomática, aliada aos resultados das ações domésticas, dá ao País as credenciais para seguir com protagonismo na área

internacional.

BRASIL EXERCE PAPEL DE PROTAGONISTA NO CENÁRIO GLOBAL

Acervo MMA

19

Promoção do Diálogo Talanoa Brasil, visando à troca de experiências e à construção da empatia

através do diálogo, com o objetivo de colaborar para o aumento da ambição no período pré-2020

e para o atingimento da contribuição brasileira ao Acordo de Paris. Os resultados dos diálogos

nacionais serão apresentados nos diálogos regionais como subsídios para o Diálogo que ocorrerá

durante a 24a Conferência do Clima, na Polônia, em dezembro próximo.

D I Á L O G O T A L A N O A B R A S I L

A plataforma do Diálogo Talanoa busca estabilidade e inclusão através do diálogo, criando um ambiente seguro que promova o respeito

mútuo para a construção de uma plataforma de tomada de decisão voltada para o alcance da meta central do Acordo de Paris, que é manter

a média de crescimento global da temperatura abaixo de 2ºC.

Nas Rodas do Talanoa, ocorridas na Alemanha, o Brasil centrou suas intervenções em biocombustíveis, redução do desmatamento e

Protocolo de Montreal, um pacto global para a proteção da camada de ozônio.

O Brasil avançou em outros acordos importantes na ação climática global. O Congresso

Nacional aprovou, em dezembro de 2017, o decreto legislativo que confirma a adesão

do País à Emenda de Doha, dispositivo internacional para estender, até 2020, o período

de compromissos do Protocolo de Quioto para redução de emissões de carbono.

E M E N D A D E D O H A

Gilberto Soares

20

A urgência da agenda climática levou o Brasil a validar com grande celeridade

o Acordo de Paris, um pacto mundial para frear o aquecimento do planeta.

Em menos de um ano, o Congresso Nacional aprovou o Acordo, e o País se

tornou uma das primeiras nações em desenvolvimento a ratificá-lo.

O Brasil se comprometeu a reduzir 37% das emissões até 2025 e 43% até 2030,

percentuais calculados sobre as emissões de 2005.

Sob as bases da UNFCCC e do Acordo de Paris, o Brasil tem mantido estreita

cooperação com vários países para intercâmbio de boas práticas.

Os avanços que o Brasil obteve com o corte de emissões florestais

passaram a ser reconhecidos financeiramente. Para reforçar a

integração, os estados brasileiros obtiveram autorização, nesta

gestão, para captar recursos baseados na Redução de Emissões

Provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal, conhecida

como REDD+. Acre e Mato Grosso foram os primeiros estados

beneficiados com recursos.

O instrumento foi criado pela Convenção-Quadro das Nações

Unidas sobre Mudança do Clima, para recompensar os países em

desenvolvimento pelos seus resultados na redução de emissões

florestais, na conservação dos estoques de carbono florestal e em

outras atividades associadas.

A C O R D O D E P A R I S

R E D D +

Jefferson Rudy

Acervo MMA

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R E C U P E R A Ç Ã O D A V E G E T A Ç Ã O

Para promover o reflorestamento de 12 milhões de hectares em todo o território brasileiro,

foi lançado o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg). Seu objetivo

é fortalecer políticas, incentivos financeiros, mercados, boas práticas agropecuárias e outras

medidas necessárias para a recuperação da vegetação nativa em locais degradados com

baixa produtividade, principalmente, em áreas de preservação permanente e de reserva legal.

O prazo para realizar as ações vai até 2030.

O Brasil sediou a terceira reunião do Desafio de Bonn, considerada a maior iniciativa

de restauração florestal do mundo. O evento teve a participação de representantes

dos 40 países que aderiram à medida. No encontro, foram apresentados exemplos

concretos de restauração de vegetação, que vão desde o nível local até o internacional.

O Planaveg foi apresentado como exemplo da atuação brasileira nessa agenda.

O D E S A F I O D E B O N N

O Desafio de Bonn envolve a comunidade internacional para restaurar 150 milhões de hectares no mundo inteiro até 2020, e 350

milhões de hectares até 2030. A iniciativa foi lançada pela Alemanha e pela União Internacional para a Conservação da Natureza

e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês). O Brasil aderiu ao desafio em 2016, durante a COP 13 da Convenção sobre

Diversidade Biológica, em Cancún.

Acervo MMA

22

Brasília recebeu, em março de 2018, o 8º

Fórum Mundial da Água. Essa foi a primeira

vez que o maior evento internacional sobre a

questão hídrica foi realizado no Hemisfério Sul.

Com o tema central “Compartilhando Água”,

o encontro enfatizou a importância do uso

racional e sustentável.

Acervo MMA

8 º F Ó R U M M U N D I A L D A Á G U A

O País também avançou no controle do uso de chumbo. Em março de 2018, o Presidente

da República e o Ministro do Meio Ambiente assinaram decreto fixando o limite máximo

da substância permitido na fabricação de tintas imobiliárias e de uso infantil e escolar,

vernizes e materiais similares.

C O N T R O L E D O U S O D E C H U M B O

23

ALÉM DA TROCA DE EXPERIÊNCIAS COM OUTRAS NAÇÕES, O GOVERNO PRIORIZA O DIÁLOGO COM AS FORÇAS PRODUTIVAS LOCAIS, COM AS VÁRIAS INSTÂNCIAS DE REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E DE CONTROLE SOCIAL E COM

A SOCIEDADE BRASILEIRA, NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

24

MINISTÉRIO DOMEIO AMBIENTE