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CIÊNCIA & FILOSOFIAPROFESSOR NICHOLAS GABRIEL MINOTTI LOPES FERREIRA
C fRevisaremos alguns conteúdos sobre Ciência na Filosofia deforma que possamos:
- Distinguir Ciência de mito ou religião e quais as característicascompartilha com a Filosofia
El b fl ã b t iti ti d- Elaborar uma reflexão sobre os pontos positivos e negativos daciência. Relembrar Doxa e Episteme. “Teorias científicas”
- Métodos Cartesiano e Científico- Entender os métodos bem como suas utilidades para a ciência.- Articular os objetos de estudos científicos e pensar em que
medida somos influenciados por elesmedida somos influenciados por eles- Pensar a ética nas pesquisas científicas
CIÊNCIA & FILOSOFIACIÊNCIA & FILOSOFIACIÊNCIA & FILOSOFIACIÊNCIA & FILOSOFIACiência (do latim scientia) → É toda atividadeCiência (do latim, scientia) → É toda atividade
intelectual humana que resulta em conhecimento etecnologias com vistas ao aperfeiçomento da vidatecnologias com vistas ao aperfeiçomento da vidahumana. Possui regras e sistemas investigativos queprocuram definir aprender sistematizar testar verificarprocuram definir, aprender, sistematizar, testar, verificarereproduzir conhecimentos.
Método CartesianoMétodo CartesianoRelembrando do Sr. René Descartes (1596 – 1650)
e seu objetivo de criar um método, um sistema muitocoerente e que, segundo o filósofo, jamais levaria apessoa ao engano ou erro de raciocínio.p g
Este método que Descartes propôs é o fundamentoq p ppara o método científico!
1°Passo: a dúvida e busca por providência Evitar1 Passo: a dúvida e busca por providência Evitarpreconceitos, precipitação em afirmar ou negar qualquercoisa a respeito do objetocoisa a respeito do objeto.
2° Passo: racionalizar dividir os problemas em partespequenas para melhor resolvê‐los.pequenas para melhor resolvê los.
3° Passo: Ordenar as ideias Direcionar o pensamentoa partir do raciocínio mais simples para chegar aop p p gcomplexo.
4° Passo: Revisar Elaborar e executar revisões sólidase aplicadas distintas vezes para evitar quaisquer erros ouproblemas no pensamento.
Expandindo o método cartesiano
O método científico contemporâneo se inspirou naproposta cartesiana e hoje, a ciência segue igualmente os 4passos, mas da seguinte maneira:
Observação (1°): É a visualização de um fato(ou fenômeno). Deve ser repetida várias(ou fenômeno). Deve ser repetida várias
vezes e por várias pessoas, buscando obter o máximo possívelde detalhes.
Problematização (2°) Levantamento de questionamentossobre o fato observado lembrnado sempre que para a ciência,um problema bem formulado é mais importante que a sua
l ã i b i h di isolução, pois abre caminho para diversas outras pesquisas.
Hipótese (3°): É a tentativa de explicaçãopara um problema. A hipótese é umapara um problema. A hipótese é uma
pressuposição passível de comprovação mediante fatosapresentados e ela jamais será a “última palavra” em ciência.p j pPelo contrário, ela é o primeiro enunciado para uma questão!
Experimentação (4°): : Etapa em que são realizadasexperiências para provar (ou negar) a veracidade de sua(s)fi õ ó ã id dafirmações. Se, após a execução por repetidas vezes da
experiência, os resultados obtidos forem os mesmos, ahipótese é considerada verdadeirahipótese é considerada verdadeira.
TEORIASTEORIAS
As teorias em ciência possuem um significado distinto dosenso comum. Para início, vamos voltar em Platão paradi ti i i iõ (d δό ) d iê i ( i tdistinguir opiniões (doxa ‐ δόχα) de ciência (episteme –επηστέμη). Assim, tudo o que envolve ciência, evolve aespisteme E a área que estuda a própria ciência é aespisteme. E a área que estuda a própria ciência é aEpistemologia.
A ciência é universal bem fundamentada emA ciência é universal, bem fundamentada emcomprovações lógicos/racionais com testes que estãoacessíveis a quaisquer pesquisador que queira testar aq q p q q qhipótese, os experimentos ou um projeto. Além disso, não édogmática e as críticas, quando bem fundamentadas, sãogúteis para o avanço científico. É objetiva.
Doxa é uma opinião simples, ou “senso comum”. Osaber sem base, pautado em tradições e saberesculturais, populares e/ou hereditária. Não temfundamento e é dogmático, não aceita críticas, dúvidas
Éou contestações. É subjetivo.É o conhecimento que está no domínio do povão, mas
Éé superficial e não visa explicar nada: é o famoso “É assimporque sempre foi” ou o “chazinho da vovó que cura
”tudo”.
f ã ã “ ”Por fim, as teorias não são “crenças”,aleatoriedades d epensamentos ou opiniõesindividuais dos cientistas, mas modelos explicativosfundamentados em diversos estudos e ocorrênciastraduzidas e compartilhadas por cientistas ao redordo globo!g
As teorias são “esquemas” que explicam umAs teorias são esquemas que explicam umfenômeno.
Dogmatismo vem da palavra grega dogma que significa: uma opiniãoDogmatismo vem da palavra grega dogma, que significa: uma opiniãoestabelecida por decreto e ensinada como uma doutrina, sem contestação.O dogmatismo é uma atitude autoritária e submissa. Autoritária porquenão admite dúvida, contestação e crítica. Submissa porque se curva aopiniões estabelecidas. A ciência distingue‐se do senso comum porqueeste é uma opinião baseada em hábitos preconceitos tradiçõeseste é uma opinião baseada em hábitos, preconceitos, tradiçõescristalizadas, enquanto a ciência baseia‐se em pesquisas, investigaçõesmetódicas e sistemáticas e na exigência de que as teorias sejam
(internamente coerentes e digam a verdade sobre a realidade. (MarilenaChaui. Convite à filosofia, 1994. Adaptado.)
Do ponto de vista da objetividade, explique por que o conhecimentocientífico é superior ao senso comum.
DEFINIÇÕES FILOSÓFICASDEFINIÇÕES FILOSÓFICAS
Vamos relembrar de algumas escolasfilosóficas que propuseram definições sobreq p p çciência e seus métodos? A primeira delas éfácilfácil...
Representacionismo
EmpirismoO conhecimento é posto
em termos de proposiçõesEmpirismoEscola filosófica que
defende a ideia de que o
p p çsimbólicas ou por figuras,representações. O objeto emdefende a ideia de que o
conhecimento se origina nossentidos do corpo e, portanto,
si jamais pode ser alcançadoe, no lugar, trabalha‐se comp , p ,
a ciência deveria serexperimental.
representações sobre oobjeto de estudo.
*Lembram das trêspalavrinas “mágicas”? Filósofos principais:
Ludwig Wittgenstein e
Filósofos principais: JohnL k D id H
Ludwig Wittgenstein eGottlob Frege.
Locke, David Hume.
Falibilismo
PositivismoCompartilha das mesmas
características doPositivismoÉ a ideia de ciência que
“progride”, levando em conta
positivismo, mas ressalta ovalor da falibilidade, isto é, daprogride , levando em conta
sua história que não pode seresquecida. A ciência evolui e se
probabilidade de erro.Pesquisas científicas devemq
torna complexa eespecializada.
sempre estar sujeitas àtestes para sua
ãFilósofos principais:Logicistas e positivistas como
comprovação.
Principal filósofo: TomasAugusto Comte. Principal filósofo: TomasKhun
Para uma atividade ser considerada “ciência”,haveria, segundo os positivistas, três característicasque permitem, a nós, identificar um autênticoconhecimento de um senso comum, ou “fofoca”.
O Falibilismo, também concorda com ospositivistas, mas adicionam uma característica alémdas outras três. Vejamos a seguir:
É empiricamente comprovávelÉ empiricamente comprovávelIntersubjetivamente partilhávelAcumulativaAcumulativa
(POSITIVISMOPOSITIVISMO)
Através de novos questionamentos, a ciência podealterar ou mudar suas hipóteses, explicações, princípiosa e a ou uda ua pó e e , e p caçõe , p c p oou paradigmas.
(REPRESENTACIONISMOREPRESENTACIONISMO)
LEMA DO POSITIVISMOLEMA DO POSITIVISMO
ORDEMORDEMEE
PROGRESSOPROGRESSO
“O AMOR POR PRINCÍPIO, A ORDEM POR BASE E O PROGRESSO POR FIM”
Vestibular?Vestibular?( ) d(ENEM 2013) Os produtos e seu consumo constituem a meta
declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi propostapela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa depela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa deque o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essaexpectativa, convertida em programa anunciado por pensadores
D t B i l i d l Il i i ã icomo Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu“de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, masda aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física ep ç q ,culturalmente. CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico:três enfoques, Scientiae Studia. São Paulo, v. 2 n. 4, 2004
(adaptado)(adaptado).
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e oprojeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber queprojeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber quealmeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, ainvestigação científica consiste em
(A) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputasteóricas ainda existentes.(B) f últi l d i i t(B) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar olugar que outrora foi da filosofia.(C) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do(C) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas dosaber que almejam o progresso.(D) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza eeliminar os discursos éticos e religiosos.(E) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e imporlimites aos debates acadêmicoslimites aos debates acadêmicos
(Ueg) A ciência desconfia da veracidade de(Ueg) A ciência desconfia da veracidade denossas certezas, de nossa adesão imediata àscoisas da ausência de crítica e da falta decoisas, da ausência de crítica e da falta decuriosidade. Por isso, onde vemos coisas, fatos eacontecimentos a atitude científica vê problemas eacontecimentos, a atitude científica vê problemas eobstáculos, aparências que precisam ser explicadas.
C il C i à fil fi Sã l Á iCHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.p. 218.
Com base na afirmação precedente pode‐se afirmar que:
a) a ciência, ao contrário do senso comum, é um conhecimento objetivo,tit ti li d õ át d áti bj tiquantitativo e generalizador, que se opõe ao caráter dogmático e subjetivo
do senso comum.b) a ciência domina o imaginário contemporâneo Isso significa que cadab) a ciência domina o imaginário contemporâneo. Isso significa que, cadavez mais, confiamos no testemunho de nossos sentidos que promovemuma adesão acrítica à realidade dada.c) a ciência existe para confirmar nossas certezas cotidianas, utilizando umpensamento assistemático que despreza o trabalho da razão.d) a rigor a ciência complementa o senso com m mas banindo osd) a rigor, a ciência complementa o senso comum, mas banindo osobstáculos e problemas observados por nossa percepção imediata dascoisas.