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GUSTAVO BAUTISTA BARBOSA QUALIDADE, ESCOPO E POSICIONAMENTO DA MARCA: aplicação em uma oficina mecânica de serviços rápidos de uma concessionária de veículos em Belo Horizonte Pedro Leopoldo FACULDADES PEDRO LEOPOLDO CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO 2º Semestre 2011

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Page 1: QUALIDADE, ESCOPO E POSICIONAMENTO DA MARCA: … · 2.1 Marketing de serviços ... 2.2.6 Modelo de escopo e posicionamento da marca ... O volume de vendas de veículos de passeio

GUSTAVO BAUTISTA BARBOSA

QUALIDADE, ESCOPO E POSICIONAMENTO DA MARCA:

aplicação em uma oficina mecânica de serviços rápidos de uma

concessionária de veículos em Belo Horizonte

Pedro Leopoldo

FACULDADES PEDRO LEOPOLDO

CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

2º Semestre – 2011

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GUSTAVO BAUTISTA BARBOSA

QUALIDADE, ESCOPO E POSICIONAMENTO DA MARCA:

aplicação em uma oficina mecânica de serviços rápidos de uma

concessionária de veículos em Belo Horizonte

Dissertação apresentada ao Centro de Pós Graduação das Faculdades Pedro Leopoldo como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Administração.

Área de Concentração: Marketing de serviços e

competitividade.

Orientador: Prof. Dr. Tarcísio Afonso

Pedro Leopoldo

FACULDADES PEDRO LEOPOLDO

CENTRO DE PÓS GRADUAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

2º Semestre – 2011

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FACULDADES PEDRO LEOPOLDO

Centro de Pós Graduação

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

Dissertação intitulada “Qualidade, Escopo e Posicionamento da Marca: Aplicação em uma oficina mecânica de serviços rápidos de uma concessionária de veículos de Belo Horizonte”, de autoria do mestrando Gustavo Bautista Barbosa, banca examinadora constituída pelos seguintes professores:

________________________________________________

Prof. Dr. Tarcísio Afonso – FPL/MPA – Orientador

________________________________________________________

Prof. Dr. Mauro Calixta Tavares – FPL/MPA - Membro da Banca

________________________________________________

Prof. Dr. Wendel Alex Castro Silva – Faculdade Novos Horizontes

________________________________________________

Prof. Dr. Tarcísio Afonso

Coordenador do Mestrado Profissional em Administração

FPL

Pedro Leopoldo, 30 de agosto de 2011.

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“É fazendo que se aprende a

fazer aquilo que se deve

aprender a fazer.”

Aristóteles.

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Dedico este trabalho a todos que caminharam

comigo e que, mesmo sem saber, foram o estímulo

e a motivação de que tanto precisei. A meus

Mestres Tarcísio Afonso e Mauro Calixta pelo

incentivo e pelo incansável apoio.

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AGRADECIMENTOS

No decorrer deste trabalho foram muitas as pessoas que apoiaram, incentivaram e

colaboraram na sua realização, às quais não posso deixar de manifestar o meu mais

sincero agradecimento. Um primeiro agradecimento dirigido aos orientadores desta

dissertação de mestrado:

Doutor Tarcísio Afonso, por toda a ajuda prestada e todo o apoio concedido,

sempre disponível por menor que fosse o esclarecimento, para não falar da

motivação por ele exaltada e sem a qual a concretização desta dissertação seria

dificultada;

Doutor Mauro Calixta Tavares pela disposição exibida, sempre com novas ideias

para a concretização do plano que se propunha, e todo o apoio concedido pela

experiência que possui;

Aos executivos e funcionários da empresa pesquisada, cuja contribuição foi

imprescindível para a materialização deste estudo.

À Fundação Cultural Dr. Pedro Leopoldo na pessoa de seus professores,

funcionários e colegas.

A todos os meus amigos e colegas que sempre me auxiliaram durante a elaboração

deste trabalho, em especial a Valéria Braga e Adão Ladeira, amigos que me

acompanharam com sua invariável disponibilidade, aos quais devo grande parte do

entusiasmo e motivação para seguir em frente com este projeto.

Um agradecimento muito especial às minhas filhas Laura e Júlia, certamente vocês

tiveram muita responsabilidade nesta jornada, apesar da ausência durante os

estudos, tudo serviu para lhes passar um bom exemplo, e ser motivo de orgulho em

suas vidas. À minha família e em especial a minha mãe, pelo apoio e exemplo de

perseverança, a minha querida Emília pelo aconselhamento e pelo exemplo de

disciplina, um obrigado por terem possibilitado a conclusão deste projeto. A eles

dedico este trabalho e que seja um exemplo de que, mesmo em momentos difíceis e

controversos, a perseverança alcança os seus frutos.

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Resumo

A evolução dos negócios e o aumento da concorrência vêm obrigando as

organizações a se preocuparem cada vez mais com a qualidade de seus produtos e

serviços, bem como com a imagem que a marca transmite. Esta dissertação trata da

avaliação da qualidade e da imagem dos serviços rápidos da oficina mecânica de

uma concessionária de veículos, aqui chamada de FAST BOX. Este é um tema cada

vez mais relevante, tanto no âmbito acadêmico, quanto no empresarial. Além destes

objetivos a pesquisa procura identificar as possíveis correlações entre os construtos

qualidade e imagem. Para a pesquisa de satisfação do consumidor utilizou-se a

metodologia da Escala SERVQUAL, analisando-se o GAP 5 do modelo, que avalia a

diferença entre o serviço esperado e o serviço percebido. Para a avaliação da

imagem utilizou-se a metodologia EPM (Escopo e posicionamento de marca),

avaliando as dimensões: associações, benefícios e distinções.Para a realização dos

objetivos foi utilizado um método descritivo quantitativo. A pesquisa descritiva levou

em consideração, para a formação da amostra, a população anual de clientes que

passam pela oficina de serviços rápidos da concessionária. A coleta de dados foi

realizada na recepção e na sala de espera da oficina de serviços rápidos. Os

resultados obtidos nesse estudo evidenciaram um alto grau de percepção da

qualidade dos serviços oferecidos pelo FAST BOX, em todas as dimensões da

Escala SERVQUAL: tangibilidade, confiabilidade, disponibilidade/presteza,

segurança e empatia. Utilizando a metodologia EPM foi possível obter resultados

que evidenciaram as associações mais fortes com o FAST BOX, bem como os

benefícios proporcionados pelos serviços prestados. As distinções, que são os

fatores decisivos na escolha do FAST BOX, também ficaram evidenciadas nesta

pesquisa. A pesquisa constatou, ainda, que existem altas correlações entre a

qualidade e a imagem, correlações estas identificadas e apresentadas neste estudo.

Palavras chave: marketing de serviços, qualidade em serviços, SERVQUAL, imagem

de marca, posicionamento.

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Abstract

Business development and increasing competition are forcing organizations to

increasingly worry about the quality of its products and services, as well as with the

image the brand conveys. This dissertation examines the assessment of quality and

image of the quick services shop of a car dealership, here called FAST BOX. This is

an increasingly important subject, both within academic and business environments.

Furthermore, this research seeks to identify possible correlations between the

constructs quality and image. The consumer satisfaction survey applied the

SERVQUAL Scale methodology, analyzing the GAP model 5, which evaluates the

difference between the expected and the perceived service. For image assessment

the research used the EPM methodology (brand scope and positioning), evaluating

the following dimensions: associations, benefits and differentiations. To achieve its

goals, the study applied a descriptive quantitative method. In the descriptive

research, sample size was defined based on the total number of customers that go

through the dealership‟s quick service shop annually. Data was collected at the quick

service shop‟s reception and waiting room. Study results show a high perception of

the quality of services offered by FAST BOX, in all dimensions of the SERVQUAL

Scale: tangibility, reliability, responsiveness, assurance, and empathy. Applying the

EPM methodology, it was possible to obtain results that showed the strongest

associations with FAST BOX, as well as the benefits provided by the services

rendered. Differentiations, which are the deciding factors in choosing FAST BOX,

were also highlighted in this survey. In addition, the study identifies and presents the

high correlations between quality and image, evidenced by the research.

Keywords: services marketing, service quality, SERVQUAL, brand image,

positioning.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Resultados da dimensão tangibilidade ..................................................... 70

Gráfico 2: Resultados da dimensão confiabilidade .................................................... 72

Gráfico 3: Resultados da dimensão disponibilidade/presteza. .................................. 74

Gráfico 4: Resultados da dimensão segurança ......................................................... 76

Gráfico 5: Resultados da dimensão empatia ............................................................. 78

Gráfico 6: Visão comparativa .................................................................................... 79

Gráfico 7: Dimensões da qualidade .......................................................................... 80

Gráfico 8: Palavras mais frequentes ......................................................................... 81

Gráfico 9: Resultado de avaliação ............................................................................. 82

Gráfico 10: Respostas mais frequentes .................................................................... 83

Gráfico 11: Similaridade ............................................................................................ 83

Gráfico 12: Dimensões distintas ................................................................................ 84

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: A avaliação da qualidade do serviço. ......................................................... 24

Figura 2: Relação entre expectativas, satisfação do cliente e qualidade do serviço . 27

Figura 3: Zona de tolerância...................................................................................... 28

Figura 4: Modelo “GAP” de Qualidade dos serviços. ................................................ 29

Figura 5: Reputação Corporativa. ............................................................................. 49

Figura 6: Modelo Norteador – Escopo e Posicionamento da Marca. ........................ 51

Figura 7: Modelo dos “GAPS” em qualidade de serviços .......................................... 52

Figura 8: FAST BOX ................................................................................................. 53

Figura 9: Esquema representativo do levantamento das informações ...................... 57

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Componentes do Escopo da Marca FAST BOX ....................................... 41

Quadro 2: Questionário relativas às associações ..................................................... 64

Quadro 3: Benefícios ................................................................................................ 65

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Valores críticos associados ao grau de confiança na amostra ................ 60

TABELA 2 Desempenho ........................................................................................... 62

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.

CRM – Customer Relationship Management

EPM – Escopo e Posicionamento de Marca

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

IPI – Imposto sobre Produto Industrializado

PIB – Produto Interno Bruto

PPC – Paridade do Poder de Compra

SERVQUAL – Service Quality

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15 1.1 Problema da pesquisa ...................................................................................... 16 1.2 Justificativa e relevância do estudo ................................................................ 17 1.3 Objetivos ............................................................................................................ 17 1.3.1 Geral ................................................................................................................ 17 1.3.2 Específicos ..................................................................................................... 17 1.4 Estrutura da dissertação ................................................................................. 18 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 20 2.1 Marketing de serviços ....................................................................................... 20 2.1.1 Introdução ....................................................................................................... 20 2.1.2 O composto de bens e serviços ................................................................... 21 2.1.3 Qualidade em serviços .................................................................................. 23 2.1.4 Expectativa acerca dos serviços .................................................................. 25 2.1.5 Determinantes na qualidade em serviços .................................................... 26 2.1.6 Avaliação da qualidade dos serviços pelos clientes .................................. 26 2.1.7 Medindo qualidade em serviços - a Escala SERVQUAL Modificada ......... 28 2.2 Marca .................................................................................................................. 31 2.2.1 Importância da marca e seu valor ................................................................. 31 2.2.2 Valor da Marca na perspectiva da empresa ................................................. 34 2.2.3 Valor da marca na perspectiva do cliente .................................................... 35 2.2.4 Componentes do escopo da marca: características, atributos,

benefícios, associações e distinções ........................................................... 37 2.2.4.1 Características ............................................................................................. 37 2.2.4.2 Atributos ...................................................................................................... 37 2.2.4.3 Benefícios .................................................................................................... 38 2.2.4.4 Associações ................................................................................................ 39 2.2.4.5 Distinções .................................................................................................... 40 2.2.5 Identidade, posicionamento, imagem e reputação – relações ................... 42 2.2.6 Modelo de escopo e posicionamento da marca .......................................... 50 3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ..................................................................... 54 4 METODOLOGIA DE PESQUISA ........................................................................... 55 4.1 Tipo de pesquisa ............................................................................................... 55 4.2 Procedimentos metodológicos ........................................................................ 57 4.3 Questionário de pesquisa ................................................................................. 61 4.4 Coleta de dados ................................................................................................. 66 4.5 Tratamento e análise dos dados ...................................................................... 67 4.6 Análises estatísticas ......................................................................................... 67 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................... 69 5.1 Resultados das dimensões da qualidade ....................................................... 69 5.1.1 Resultados para a dimensão tangibilidade .................................................. 69 5.1.2 Resultados para a dimensão confiabilidade ................................................ 71 5.1.3 Resultados para a dimensão disponibilidade/presteza .............................. 73 5.1.4 Resultados para a dimensão segurança ...................................................... 74

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5.1.5 Resultados para a dimensão empatia .......................................................... 77 5.1.6 Visão geral dos resultados da qualidade ..................................................... 79 5.2 Resultados para o construto IMAGEM. ........................................................... 80 5.2.1 Resultados para a dimensão associações ................................................... 80 5.2.2 Resultados para a dimensão benefícios ...................................................... 82 5.2.3 Resultados para a dimensão distinções ...................................................... 84 5.3 Resultados para as correlações entre qualidade e imagem .......................... 84 6 CONSIDERAÇÕPES FINAIS ................................................................................. 86 6.1 Conclusões ........................................................................................................ 86 6.2 Limitações .......................................................................................................... 87 6.3 Sugestões para futuros estudos ..................................................................... 88 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 89 APÊNDICE ................................................................................................................ 95

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15

1 INTRODUÇÃO

O crescimento da economia brasileira dos últimos anos levou o país à

condição de uma das maiores economias entre os países emergentes. O controle da

inflação, a estabilidade econômica e política do Brasil e o crescimento da economia

mundial fizeram com que o Brasil desse um enorme salto na sua posição de

importância no ranking da economia mundial. O Brasil saltou para a 8ª posição no

ranking das economias mundiais, medindo o Produto Interno Bruto - PIB, através da

Paridade de Poder de Compra – PPC.

O crescimento econômico associado aos baixos índices de desemprego e a

grande oferta de linhas de crédito impulsionaram as vendas do vários setores e um

deles foi o setor automobilístico. Mesmo durante a crise econômica nos anos de

2008 e 2009 as vendas continuaram a crescer em função da redução do IPI. O

volume de vendas de veículos de passeio saltou de 1.405.545 em 1996 para

2.644.704 unidades em 2010 (Anfavea anuário 2010), um acréscimo de 88,16% no

período, enquanto o PIB neste mesmo período cresceu 56,97% (Ipea). A soma

destes fatores, aliada a uma saturação dos mercados tradicionais nas economias

desenvolvidas, incentivaram a instalação de novas montadoras no país e

consequentemente a pressão concorrencial também aumentou. A guerra de preços

e o equilíbrio entre as tecnologias fizeram com que as margens de lucro sobre a

unidade vendida diminuíssem e as concessionárias buscaram ampliar o volume de

vendas e o mix de oferta de serviços para compensar esta perda.

Para suportar este crescimento de mercado e este novo cenário concorrencial

as concessionárias de veículos se reestruturaram. Nas vendas de veículos, que

abrangem veículos novos e usados, percebe-se um aumento na importância do

departamento de veículos usados, passando de uma mera ferramenta de

alavancagem de vendas de veículos novos para um centro de negócios bastante

lucrativo para a concessionária. Na área de pós-vendas, que abrange os

departamentos de oficina e peças, suas áreas foram redimensionados. O

departamento de peças começou a utilizar de maneira mais adequada as

ferramentas de segmentação e de CRM e o departamento de oficina, para atender

os novos volumes do parque circulante, contratou um maior número de profissionais,

investiu em equipamentos de diagnóstico eletrônico e em ferramental específico

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para as reparações, porém o espaço físico das oficinas não cresceu na mesma

proporção. Para atender a demanda aquecida e minimizar os problemas de espaço

físico na área de serviços, as concessionárias buscaram melhorar a eficiência por

meio de investimentos na capacitação dos profissionais e em novas tecnologias de

reparação, como por exemplo o diagnóstico computadorizado.

O tempo de reparação e entrega de um veículo que ingressa na oficina

passou a ser uma das mais importantes variáveis de produtividade do departamento.

Analisando este fator, as concessionárias, assessoradas pelos consultores das

montadoras, concluíram que alguns serviços de reparação eram de natureza pouco

complexa e que o tempo de reparação era inferior à 1 hora. Surge então uma nova

modalidade de serviços oferecida por algumas concessionárias: O Box de serviços

rápidos, doravante será chamado de “FAST BOX” nesta dissertação.

O FAST BOX oferece diagnóstico e reparações de menor complexidade, onde

a intervenção é rápida e o cliente pode acompanhar o serviço, tais como: serviços

de freios, alinhamento, balanceamento, escapamentos, troca de óleo e revisões

periódicas mais simples.

1.1 Problema da pesquisa

O mercado de oficinas de reparação já oferece de maneira bastante ampla os

mesmos serviços oferecidos pelo FAST BOX e existe uma percepção que o

consumidor apresenta um padrão de comportamento, pois este pode comprovar

com mais facilidade se a decisão tomada foi acertada, quando o defeito apresentado

foi aparentemente sanado.

Quais são os fatores chave para o sucesso dos serviços rápidos de mecânica

da oficina de uma concessionária de veículos, que estão ancorados na percepção

da qualidade e da imagem da marca?

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1.2 Justificativa e relevância do estudo

Torna-se fundamental verificar a qualidade destes serviços e como o cliente

percebe essa qualidade, e qual é a percepção de imagem da marca do FAST BOX.

1.3 Objetivos

1.3.1 Geral

Avaliar a qualidade e a imagem dos serviços rápidos de uma concessionária

de veículos (FAST BOX), utilizando a versão modificada da Escala SERVQUAL e a

metodologia EPM, buscando possíveis correlações entre elas.

1.3.2 Específicos

a) Avaliar a qualidade percebida pelos clientes com relação aos serviços

rápidos de oficina de uma concessionária de veículos, aplicando uma

versão adaptada do modelo SERVQUAL;

b) Avaliar a imagem percebida da marca FAST BOX, baseado no modelo

EPM, utilizando as dimensões: associações, benefícios e distinções;

c) Comparar os resultados encontrados, após a aplicação dos dois modelos,

para investigar associações entre o construto qualidade dos serviços com

o construto da imagem do FAST BOX.

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1.4 Estrutura da dissertação

No primeiro capítulo deste trabalho, além da exposição do tema e da sua

organização, encontram-se a definição, a natureza do problema e a justificativa do

estudo, apresentadas após breves comentários sobre o cenário mercadológico em

que esta inserida a empresa alvo deste trabalho, os fundamentos teóricos relativos à

qualidade em serviços e imagem de marca. Na sequência apresentam-se os

objetivos gerais e específicos e a organização desta dissertação.

O segundo capítulo apresenta os fundamentos teóricos da qualidade em

serviços e escopo e posicionamento de marca. Na qualidade em serviços foram

apresentadas as definições do composto de bens e serviços, a qualidade em

serviços, as expectativas acerca dos serviços, os fatores determinantes da

qualidade em serviços, a avaliação da qualidade dos serviços pelos clientes e a

Escala SERVQUAL como ferramenta de mensuração da qualidade em serviços. Os

fundamentos teóricos sobre marca foram apresentados as definições sobre a

importância da marca e seu valor, o valor da marca nas perspectivas dos clientes e

da empresa, os componentes do escopo da marca: características, atributos,

benefícios, associações e distinção e o modelo EPM.

O terceiro capítulo é uma breve caracterização da empresa estudada e mais

especificamente as características dos serviços do FAST BOX.

O quarto capítulo apresenta os procedimentos metodológicos do estudo.

Inicialmente determinamos o tipo de pesquisa e a caracterização do estudo como

sendo descritivo quantitativo. Na sequência apresentamos os procedimentos

metodológicos, o questionário de pesquisa e a técnica de coleta. Para finalizar o

capítulo apresentamos o tratamento e análise dos dados e as análises estatísticas

utilizadas.

O quinto capítulo apresenta os resultados obtidos com relação à qualidade

dos serviços e a imagem do FAST BOX, bem como as correlações encontradas.

O sexto capítulo apresenta as conclusões finais, as limitações do estudo e as

sugestões para novas pesquisas.

O sétimo capítulo mostra as referências e as bibliografias utilizadas durante o

desenvolvimento desta pesquisa.

O oitavo capítulo apresenta o apêndice desta pesquisa, constando os

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documentos, elaborados pelo autor, a fim de complementar a argumentação desta

pesquisa.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Marketing de serviços

2.1.1 Introdução

Desde o início da década de 1960, observa-se uma nítida mudança no

comportamento econômico mundial com a introdução da expressão “revolução de

serviços” por W.J. Regan (1963), A economia avançou, caminhando para a atual

economia de serviços, levando o marketing de serviços a ocupar um papel cada vez

mais importante.

O setor de serviços é um dos mais prósperos da economia. Além de representar a maior parcela do PIB de quase todas as nações, é um dos setores que mais empregam funcionários. Uma tendência é: quanto mais industrializada a nação, maior o percentual de participação dos serviços. (LAS CASAS, 2006, p. 283).

Segundo a American Marketing Association (AMA - 2007):

Serviços são produtos [...] que são intangíveis, ou pelo menos o são de forma substancial. [...] São compostos de elementos intangíveis, inseparáveis, geralmente envolvem a participação do cliente de alguma maneira importante, não podem ser estocados nem vendidos no sentido de transferência de propriedade e não tem direito de posse.

De maneira geral, esta definição apresenta os elementos fundamentais

estudados pelo marketing de serviços: a perecibilidade (característica própria dos

serviços que não deixa que eles sejam guardados, nem estocados, nem a

capacidade não usada pode ser recuperada), intangibilidade (característica peculiar

dos serviços que os torna incapazes de serem trocados ou sentidos da mesma

maneira que os bens físicos), inseparabilidade (característica notável dos serviços

que repercute as interconexões entre o provedor de serviços, o cliente incluído no

recebimento do serviço e demais clientes que participam a experiência de serviço) e

a variabiliadade ou heterogeneidade (característica particular dos serviços que

mostra a variação de consistência de uma transação de serviço para a próxima),

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21

formam de acordo com Churchill e Peter (2000) o conjunto de características que

distingue serviços de bens.

O crescimento dos serviços vem ganhando importância em todo o mundo. “É

provavelmente o setor do comércio de mais rápido crescimento e inclui viagens,

entretenimento, educação dentre inúmeros outros”. (KEEGAN, 1999).

No Brasil os serviços representam 68,5%, de acordo com o Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), bem maior que a participação de bens

tangíveis. A área de serviços também é a maior responsável pela geração de

empregos.

O crescimento dos serviços pode ser explicado por inúmeras razões. “As

principais estão relacionadas à natureza dos negócios, as mudanças no

comportamento da sociedade, nas atitudes e no padrão de vida das pessoas”

(GRÖNROOS, 1995).

As empresas que melhor entenderem o mercado, agregando serviços de

ótima qualidade em escala crescente aos seus negócios, poderão estabelecer uma

grande vantagem competitiva.

2.1.2 O composto de bens e serviços

Buscando oferecer uma oferta de serviços de qualidade devemos entender a

sua composição e as principais diferenças entre a oferta de bens.

“Bens podem ser definidos como objetos, dispositivos ou coisas, ao passo

que serviços podem ser definidos como ações, esforços ou desempenhos”

(HOFFMAN e BATESON, 2003).

De acordo com Las Casas (2006) os serviços podem ser julgados como atos,

ações e desempenho. Assim, os serviços são intangíveis e estão inseridos em

quaisquer ofertas comerciais. O que varia é o grau de prestação de serviços

incluídos no objeto de transação.

Ainda para Las Casas (2006) as diferenças fundamentais encontram-se na

própria elaboração do produto, do preço, da distribuição e da promoção, podem-se

notar algumas diferenças. Os serviços podem, ainda, possuir outros componentes

para decisão estratégica, que são: perfil, pessoas, processos e procedimentos.

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Lovelock e Wright (2001) propõem a utilização do modelo dos 8 p´s (do inglês,

product elements, place and time, process, productivity and quality, people,

promotion and education, physical evidence, price and other costs of service).

- Elementos do produto. Refere-se a todos os componentes do

desempenho do serviço que criam valor para os clientes.

- Lugar e tempo (place and time). Refere-se ao quando, onde e como

entregar serviços aos clientes.

- Processo. Refere-se a um método particular de operações ou série de

ações, normalmente envolvendo passos que precisam ser dados em uma

sequência definida.

- Produtividade e qualidade. Produtividade refere-se ao grau de eficácia

com que os insumos de serviços são transformados em produtos que

adicionam valor ao cliente. Qualidade refere-se ao grau em que um serviço

satisfaz os clientes ao atender suas necessidades, desejos e expectativas.

- Pessoas. Refere-se aos profissionais e, as vezes, outros clientes

envolvidos na produção dos serviços.

- Promoção e educação. Refere-se a todas as atividades e incentivos de

comunicação destinados a aumentar a preferência do cliente por um

determinado serviço ou fornecedor de serviços.

- Evidência física. Refere-se às pistas visuais ou outras pistas tangíveis que

fornecem evidência da qualidade do serviço.

- Preço e outros custos do serviço. Refere-se às despesas em dinheiro,

tempo e esforço que os clientes incorrem ao comprar e consumir serviços.

Assim, o composto de serviços possui oito pês, pois somam a estes: produto,

preço, praça (distribuição) e promoção.

Na obra de Hoffman e Bateson (2003) fica esclarecido que a distinção entre

bens e serviços quase nunca é nítida. Pois, não é fácil fornecer um exemplo de um

bem ou de um serviço puros. Um bem puro impediria que os benefícios recebidos

pelo cliente não incluíssem componentes fornecidos por serviço. Do mesmo jeito,

um serviço puro não incluiria bens tangíveis.

“A maioria dos bens, por sua vez, oferece pelo menos um serviço, como o de

entrega” (HOFFMAN e BATESON, 2003).

Para Las Casas (2006) os serviços podem ser classificados, como pelo IBGE,

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23

da seguinte maneira:

serviços de alojamento e alimentação; de reparação, confecção e manutenção; de higiene pessoal, saunas, termas e fisioterapia; de diversões, radiodifusão e televisão; serviços auxiliares de agricultura e de pecuária, excetuados aqueles sob contrato; serviços auxiliares de atividade financeira; serviços auxiliares de transporte; serviços técnicos especializados auxiliares à construção e ao estudo e demarcação dos solos, incluindo agenciamento e localização de mão-de-obra; serviços de limpeza, higienização, decoração e outros domiciliares, sob encomenda de particulares; serviços pessoais; serviços auxiliares diversos.

2.1.3 Qualidade em serviços

A Qualidade tem sido um tema bastante presente no campo de estudos do

marketing de serviços. Originado no Japão nos anos 1950 e 1960, o movimento da

Qualidade Total trouxe uma verdadeira revolução ao mundo empresarial. Nas

últimas décadas, inúmeros autores desenvolveram pesquisas nessa área, gerando

diversos conceitos, aplicados primeiramente na manufatura e, posteriormente, na

área de serviços.

A qualidade do serviço acontece em decorrência da avaliação geral, de longo

prazo, do desempenho de uma empresa (HOFFMAN e BATESON, 2003).

As particularidades dos serviços requerem uma abordagem própria para a

Gestão da Qualidade. Diversos autores têm desenvolvido conceitos de Qualidade

específicos para o setor de serviços. Zeithaml; Parasuraman e Berry (1990) propõem

uma definição baseada na relação entre as expectativas do cliente antes da compra

do serviço e a sua percepção durante e após sua prestação. Caso a percepção do

cliente supere suas expectativas, o serviço será considerado de qualidade. Gianesi e

Correa (1994) corroboram com essa definição, apresentando um modelo gráfico

destacado na Figura 1.

.

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24

Figura 1: A avaliação da qualidade do serviço. Fonte: Gianesi e Corrêa (1994)

A definição de qualidade proposta por Zeithaml; Parasuraman e Berry (1990)

trabalha com o conceito de qualidade como “adequação ao uso”, proposto por Juran

(1988). A qualidade de um produto (ou serviço) será tão maior, quanto maior for a

capacidade daquele produto (ou serviço) em satisfazer as necessidades (ou

expectativas) do seu usuário.

Percebe-se que, a avaliação da qualidade depende muito mais dos valores

atribuídos pelo cliente do que das características intrínsecas do produto ou serviço.

Esses conceitos de qualidade, portanto, têm como referencial de avaliação o

cliente (aquele que paga e recebe o serviço), e não o produto ou serviço fornecido.

Tal modelo se mostra bem adequado à lógica de operação das empresas de

mercado. Nelas, a lucratividade e o crescimento da organização estão diretamente

relacionados com a lealdade e a satisfação dos clientes, como afirmam Heskett et al.

(1997).

“A qualidade do serviço não é um objetivo ou programa específico que possa

ser implementado e concluído; ela deve ser, diariamente, parte sistemática da

gestão e produção do serviço”. (HOFFMAN e BATESON, 2003, p. 359).

Segundo Kotler (1994), todas as organizações, sejam elas com ou sem fins

lucrativos, se estabelecem e se mantêm através de relações de troca com seus

vários mercados e públicos.

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Para que a troca se concretize, é necessário que ambas as partes se

interessem pela relação, considerando que o benefício recebido compensa os

valores e esforços despendidos.

Nas empresas de mercado, as relações de troca estão centradas,

principalmente, em valores financeiros. Por um lado, os proprietários investem um

capital na empresa, obtendo sua remuneração na forma de dividendos. Por outro

lado, os clientes pagam à empresa pelo recebimento de bens e serviços cujo valor,

em sua opinião, é igual ou superior ao montante despendido.

2.1.4 Expectativa acerca dos serviços

O prestador de serviços deve compreender como os serviços serão avaliados

pelos clientes. O ponto de partida fundamental é conhecer as suas expectativas

com relação ao serviço que será prestado e medir o desempenho do serviço

entregue.

Zeithaml; Parasuraman e Berry (1990) atribuem a qualidade de serviços à

discrepância que existe entre as expectativas e as percepções do cliente sobre um

serviço experimentado. A chave para assegurar uma boa qualidade de serviço é

obtida quando as percepções dos clientes excedem suas expectativas. Os autores

ressaltam que, embora esse raciocínio seja válido, não basta compreender a

importância de fornecer serviços com excelente qualidade; é preciso que haja um

processo contínuo de monitoramento das percepções dos clientes sobre a qualidade

do serviço, identificação das causas das discrepâncias encontradas e adoção de

mecanismos adequados para a melhoria. Os autores são conhecidos pela

elaboração de um modelo para análise e gerenciamento da qualidade de serviços,

denominado Modelo Conceitual para a Qualidade de Serviços ou Modelo de Gaps, e

da escala SERVQUAL (Service Quality). Esta última, constituída de um questionário

para aplicação aos clientes, foi adotada para o desenvolvimento deste trabalho.

Há evidências de que a oferta de qualidade reverte-se em compras repetidas,

como também em captação denovos clientes. Assim, clientes que repetem as

compras proporcionam inúmeros benefícios para as empresas de serviços. O custo

do marketing para eles é mais acessível do que o do marketing para novos clientes.

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Quando os clientes do serviço tornam-se regulares, eles identificam o serviço e

tornam-se usuários eficientes. Na medida em que confiam na empresa o patamar de

risco para eles é diminuído e ficam mais predispostos a concretizar seus negócios

com a organização.

2.1.5 Determinantes na qualidade em serviços

No modelo do marketing de bens tangíveis consideram-se quatro elementos

estratégicos básicos: produto, preço, praça (distribuição) e promoção (ou

comunicação) Pela natureza dos serviços faz-se necessária a introdução de outros

elementos devido a natureza dos serviços, que envolve aspectos como

envolvimento do cliente na produção e a importância do fator tempo.

No âmbito das atividades de marketing, gestores de produtos e de serviços

estão sempre em busca de informações precisas para a tomada de decisão. É

sabido sobre a necessidade de medir, planejar, estabelecer metas, gerir e controlar

as ações de marketing das instituições. Segundo Aaker, Kumar e Day (2001), o

objetivo da análise da importância que os atributos dos produtos e serviços

representam para os clientes pode demonstrar uma fonte imprescindível de

informação a ser usada, das seguintes formas:

- na segmentação dos clientes e ajuste da oferta de serviços das empresas;

- no controle das interações de serviço, identificando os atributos críticos de serviço para então, estabelecer padrões satisfatórios de entrega de serviço;

- na mensuração da qualidade e satisfação de serviço percebido. (GHISI et al., 2004).

2.1.6 Avaliação da qualidade dos serviços pelos clientes

Os clientes avaliam seus níveis de satisfação ou insatisfação depois de cada

interação com o fornecedor e comparam o que esperavam obter com aquilo que de

fato receberam durante a etapa de pós-compra do serviço. Segundo Lovelock e

Wright (2001) os desempenhos de serviço que surpreenderem e encantarem os

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clientes por ficarem acima dos seus níveis de serviço desejado serão vistos como de

qualidade superior. Se a entrega do serviço cair dentro de sua zona de tolerância

acharão que ele é adequado. A FIG 2 mostra a relação entre expectativas,

satisfação do cliente e qualidade do serviço. Mas se a qualidade real cai abaixo do

nível adequado esperado pelos clientes, ocorre uma discrepância – ou lacuna na

qualidade – entre o desempenho do fornecedor de serviços e as expectativas do

cliente.

Figura 2: Relação entre expectativas, satisfação do cliente e qualidade do serviço Fonte: Adaptado de Zeithaml, A.; Berry, Leonard e Parasuraman, A. “The Nature and Determinants of Customer Expectations of Service”, Journal of the Academy of Marketing Science 21, n. 1, 1993, p. 1-12.

Em função de suas características heterogêneas, os serviços podem

apresentar desempenho variável segundo a empresa ou, mesmo, segundo o

pessoal de atendimento de uma mesma empresa. Zeithaml, Berry e Parasuraman

(1993) indicam que essa heterogeneidade deve ser aceita pelo consumidor de

acordo com a extensão da zona de tolerância que separa os níveis desejado e

adequado do serviço. Entre os níveis de serviço, desejado e adequado, há uma

zona de tolerância que "se dilata e se contrai como um acordeão" (PARASURAMAN;

BERRY e ZEITHAML, 1991b, p. 42). Essa zona, apresentada na figura a seguir,

pode variar de um consumidor a outro e, potencialmente, de uma situação a outra

para o mesmo consumidor.

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Figura 3: Zona de tolerância Fonte: Parasuraman; Berry e Zeithaml (1991)

2.1.7 Medindo qualidade em serviços - a Escala SERVQUAL Modificada

A Escala SERVQUAL é uma das mais importantes ferramentas de avaliação

da qualidade de serviços, de comprovada fiabilidade, tem origem nos estudos de

Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985). Foram identificadas, inicialmente, dez

dimensões de determinantes da qualidade nos serviços. Tais atributos foram

avaliados e validados tendo como base o conceito em que a qualidade nos serviços

deriva da relação entre percepção e expectativa dos clientes frente ao serviço

recebido, denominado de paradigma da desconfirmação (CHURCHILL JR;

SUPRENANT, 1982; OLIVER, 1997).

Após sucessivas aplicações e estudos, a Escala Servqual, foi aprimorada. As

antigas dez dimensões foram reduzidas a apenas cinco, as três primeiras,

Tangíveis, Confiabilidade e Presteza, permaneceram como originalmente

concebidas. As dimensões Competência, Cortesia, Credibilidade e Segurança foram

consolidadas numa única dimensão, associada à capacidade da empresa de

assegurar a execução dos serviços com os atributos de tais dimensões. A nova

dimensão consolidada foi denominada de Garantia (a partir do original em Inglês –

Assurance – envolvendo, portanto, a tranquilidade sentida pelo cliente, a partir da

capacidade da empresa de assegurar que prestará o serviço com competência,

cortesia, credibilidade e segurança). As demais dimensões, Acessibilidade,

Comunicação e Conhecimento do Cliente, foram agrupadas numa nova dimensão, a

Empatia. (MACHADO, 1999, p.62).

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Como resultante do desenvolvimento de suas pesquisas, Parasuraman,

Zeithaml e Berry (1985; 1988) sugerem modelo de escala para medir a qualidade

nos serviços, a SERVQUAL. Tal modelo está estruturado a partir da diferença

existente entre as expectativas em relação ao serviço e às percepções do serviço

realmente prestado, dimensionado na forma de Gap´s, e busca avaliar, através da

medição do Gap 5 (ver Figura 4) a qualidade percebida dos clientes. Em seus

estudos Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) confirmam a existência de lacunas,

ou falhas, entre as expectativas dos clientes relacionados aos serviços fornecidos e

a percepção do serviço efetivamente prestado.

Figura 4: Modelo “GAP” de Qualidade dos serviços. Fonte: Parasuraman et al. (1985).

Os Gaps são propostos em uma série de cinco tipos diferentes. Os quatro

Gaps iniciais estão relacionados a questões internas do modelo, e representam de

um lado as empresas fornecedoras de serviços e de outro as percepções dos

usuários/clientes. Para todos os cinco tipos de lacunas, o resultado final é proposto

através da diferença entre as expectativas que os usuários possuem em relação aos

serviços que a empresa oferece e os serviços que os usuários julgam efetivamente

receber.

O Gap 1 é a lacuna entre as expectativas dos clientes e a percepção que os

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gestores têm de tais expectativas.

O Gap 2 é a lacuna entre a percepção que os gestores têm acerca das

expectativas dos clientes e a tradução dessa percepção em normas e

especificações para atender a estas expectativas.

O Gap 3 é a lacuna entre as normas e especificações e o serviço

efetivamente fornecido ao cliente.

O Gap 4 é a lacuna entre o serviço prestado e a comunicação externa.

O Gap 5 é a lacuna entre o serviço esperado e a percepção do serviço

recebido.

O objetivo principal é avaliar a qualidade dos serviços prestados conforme a

percepção dos clientes e seus gerentes, bem como identificar quais atributos dos

serviços são mais valorizados pelos mesmos, desta forma, oferecer às empresas

pesquisadas subsídios para o seu planejamento estratégico e, a melhoria contínua

da qualidade de seus serviços. (GUARIENTI et al., 2006.).

É importante ressaltar que, pelos estudos de MACHADO (1999), os autores

reestruturaram a Escala SERVQUAL, tornando mais clara a redação de alguns itens,

de forma a melhorar as propriedades psicométricas da ferramenta, permitindo que a

escala seja mais confiável e legítima. Embora a Escala tenha sido elaborada a partir

do estudo de segmentos exclusivos, ela é um instrumento padronizado, podendo ser

usada em qualquer instituição que ofereça serviço, desenvolvendo apenas

adaptações suficientes na elaboração das afirmativas, para que traduzam melhor a

realidade de cada pesquisa.

A Escala Servqual atual apresenta as seguintes dimensões e suas definições:

Tangíveis: aparência das instalações físicas, prédios, equipamentos, do

pessoal e dos materiais de comunicação.

Confiabilidade: capacidade para prestar o serviço prometido, de forma

segura e acurada.

Disponibilidade/Presteza: boa vontade para servir os consumidores e

fornecer atendimento com presteza.

Segurança: conhecimento e cortesia dos empregados e sua habilidade

para inspirar credibilidade e confiança.

Empatia: consideração e atenção individualizada, que a empresa presta

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aos seus clientes. (MACHADO, 1999, p. 63-64).

A mensuração da percepção do cliente com relação à qualidade dos serviços

prestados, utilizando a escala SERVQUAL, nos permitirão verificar a correlação com

o construto imagem. Identificando assim quais dimensões da qualidade mais

impactam na formação da imagem do FAST BOX.

2.2 Marca

2.2.1 Importância da marca e seu valor

Para Tavares (1998) a marca é dos mecanismos que as organizações usam

com finalidade para destacar sua oferta. As instituições querem ser exclusivas a

atender expectativas dos indivíduos, de grupos de clientes determinados. É preciso

realizar essa tarefa de forma rigorosa e constante, oferecendo uma união “ideal de

benefícios – funcionais, experienciais e simbólicos – sob condições que lhes sejam

economicamente viáveis”.

É importante destacar que:

A marca deve estar vinculada a algumas peculiaridades relacionadas à criação e manutenção do valor percebido pelo consumidor. É através da marca que a empresa promete e entrega ao cliente um valor superior ao encontrado no mercado. Quando as empresas fazem isso contínua e consistentemente, tendem a ser mais lembradas, desenvolvem a preferência e contam com a lealdade do consumidor, são mais protegidas da concorrência e fortalecem o poder de barganha com os canais de distribuição e com os fornecedores. (TAVARES, 1998, p. 17).

De acordo com a obra de Tavares (1998) é de fundamental importância

ressaltar que:

A marca é mais que um simples nome. O significado de uma marca resulta dos esforços de pesquisa, inovação, comunicação e outros que, ao longo do tempo, vão sendo agregados ao processo de sua construção. Isso significa que sua criação e manutenção não podem ficar restritas a designers, artistas gráficos e agências de publicidade. (TAVARES, 1998, p. 17).

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De acordo com Bastos (2011):

O uso das marcas no comércio não é um fenômeno moderno ou da globalização, na verdade é uma prática bastante antiga. Tavares (1998, 2008) ressalta que na Europa medieval, as associações de comércio já lançavam mão de “marca” em seus produtos para assegurar aos consumidores uma qualidade consistente e identificar o fabricante. No Brasil muitas marcas vêm sendo praticadas e várias se consolidam como marcas centenárias. (BASTOS, 2011, p.19).

Bastos (2011) relata que no início dos tempos, as marcas eram usadas para

definir as características do produtor, do produto e sua origem, incluindo no Brasil

colônia. As marcas de localidades, por exemplo, levam à origem, ao nome de uma

cidade, região. Embora seja uma das metodologias mais antigas de nomes de

marcas adotadas, remete a uma abordagem desafiadora, uma vez que, são infinitas

as características, atributos e benefícios que se podem relacionar às marcas de

localidade.

Na interpretação de Santana (2004) outra definição importante e que merece

destaque é de que a marca não é apenas um simples nome, seu significado para

Tavares (1998, apud Santana, 2004) é a soma de infinitos esforços que, ao decorrer

dos dias, são inseridos ao processo de sua construção. Assim, a criação e

conservação destas não devem ficar presas a designers, artistas gráficos e agencias

de publicidade. Mesmo que coisas interligadas, a marca se distingue do produto,

pois diferem nas características. As instituições fabricam os produtos, porém o que

faz o indivíduo adquirir tais produtos é a marca, concedendo a eles a revelação das

diferenças funcionais, experienciais e o simbolismo.

Marcas fortes podem gerar efeitos poderosos sobre o comportamento de

compra do cliente, pois as informações e as impressões de marca dificilmente são

esquecidas. Contudo, sem um estímulo apropriado o cliente encontra dificuldades

para fazer associações necessárias. (AAKER, 1991; ESCH, 1998; BLACKSTON,

2000, apud SANTANA, 2004, p. 4).

O artigo de Santana (2004) relata que o valor da marca simboliza o valor

agregado representando produtos ou serviços em consequência de investimentos

instituídos pelo marketing de marca. Segundo o relato de Aaker (1998, apud

SANTANA, 2004, p. 5) o valor de marca (brand equity) é determinado como um

“conjunto de ativos e passivos ligados a uma marca, seu nome, e seu símbolo, que

se somam ou se subtraem do valor proporcionado por um produto ou serviço para

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uma empresa e/ou para os consumidores dela”.

Em sua dissertação Santana (2004) teve como objetivo incorporar

informações, tais como: a grande maioria das abordagens relacionadas ao valor de

marca diz que este fenômeno engloba o valor agregado ao produto e/ou serviço por

reunir, recepcionar e cobrar do consumidor, em relação a uma marca específica.

A autora expõe ainda que, existem dois aspectos do valor de marca: sendo

um o ponto de vista da empresa, que parece corresponder à efetividade dos projetos

de marketing, lealdade à marca, preço Premium, market share, ambiente favorável

para extensão de marca, dentre outros benefícios; ao passo que o outro

corresponde ao valor da marca para o cliente (TAVARES, 1998; KELLER, 1993

apud SANTANA, 2004, p. 5).

Outro relato importante é quando AAKER (1998) explica que o valor da marca

é um conceito multidimensional, constituído das dimensões de lealdade, atenção,

qualidade percebida, associações, e demais integrantes da construção da marca.

(SANTANA, 2004).

É necessário apresentar as dimensões de valor de marca:

Qualidade percebida - Característica: conhecimento que o consumidor tem da qualidade em geral ou superioridade de um produto ou serviço pretendido em relação às alternativas. Propicia a opção de cobrar um preço Premium.

Lealdade à marca – Característica: ocorre quando as atitudes e crenças favoráveis à mesma marca ou conjunto de marcas, a despeito de influências e esforças de marketing que levem a um comportamento de mudança de escolha. Proporciona a redução de custos, aquisição de novos clientes, aumento de vendas, boca-a-boca positivo e o estabelecimento de barreiras às ações da concorrência.

Atenção à marca – Característica: habilidade do consumidor em lembrar e reconhecer a marca. Envolve a capacidade do cliente de relacionar a marca a associações exatas na memória.

Associações à marca - Característica: qualquer coisa ligada na memória a uma marca que ajude o consumidor a processar ou recuperar informações, diferenciar ou posicionar marcas, além de dar razões para a compra e criar atitudes ou sentimentos preferencialmente positivos. São utilizadas para posicionar a marca em uma determinada categoria de produto e também construir valor.

Outros ativos – Característica: consiste de outros ativos, como patentes, marcas registradas e canais de relacionamento, que servem para inibir ou até mesmo impedir as ações dos concorrentes. (AAKER, 1998 apud SANTANA, 2004, p. 5).

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34

2.2.2 Valor da Marca na perspectiva da empresa

Para Kotler e Keller (2006 apud BASTOS, 2011, p.33), “o processo de

desenvolvimento do posicionamento, é a ação de se desenvolver a oferta e a

imagem da empresa com o objetivo de ocupar um lugar de destaque na mente dos

seus clientes-alvo”.

Santana (2004) em seu artigo relata que estudos e pesquisas nas áreas de

marketing e estratégia evidenciam que as marcas surgem progressivamente como

uma dimensão central e um ativo estratégico na ação das instituições,

especificamente em mercados onde a saturação está gerando crescimento da

competição entre marcas e elevada diferenciação dos produtos (TAVARES, 1998;

SHIMP, 2002). O universo das organizações deve acatar as dimensões de valor da

marca. O dinamismo e a complexidade do mercado que integram, exigem que estas

passem a considerar não apenas as questões referentes à excelência operacional e

liderança de produto.

A Comunicação Integrada em Marketing (CIM) é vista como um fundamental

instrumento para a elaboração de relacionamento e solidez da marca, trilhando a

uma estratégia imprescindível de comunicação de marketing, com a finalidade de

apresentar a organização e seus produtos o poder de contribuir com os clientes

viabilizando a solução dos seus problemas.

Para Santana (2004) a CIM tem uma função preciosa a desenvolver em

comunicação e promoção de produtos e serviços, não apenas para consumidores,

mas, inclusive, para o setor de business-to-business e demais stakeholders. Os

esforços de comunicação de marketing efetivos, concisos e estruturados, que geram

associações favoráveis, consistentes e exclusivas sobre uma marca, são essenciais

para se elaborar e conservar o valor de marca, contribuindo com a grandeza e

sucesso do negócio (AAKER, 1998; FILL, 2002, apud SANTANA, 2004, p. 2). Tal

estratégia é o descobrir, o reconhecimento de que, no âmbito de um impacto na

ação ou comportamento de um mercado-alvo, é preciso ter objetivos que englobam

o uso integrado de diversas maneiras de comunicação.

Santana (2004) diz que os enfoques principais de CIM são relatados por

Nowak e Phelps (1994):

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a) o marketing de uma voz, que busca manter uma imagem consistente através de toda a comunicação de marketing; b) a comunicação integrada, que mistura táticas de diferentes funções de comunicação ou mídia; c) campanhas de comunicação de marketing coordenadas, que instituem estratégias para melhor integração entre as funções de comunicação de marketing. (SANTANA, 2004, p. 2-3).

Ainda de acordo com Santana (2004) há uma afirmação geral na área do

marketing que diz que as marcas são capazes de demonstrar recursos valiosos, às

vezes incomuns, com vantagem competitiva para as organizações. Em meio à

competição elevada, a marca tem destaque fundamental nas ações de marketing.

Marcas com valor elevado podem criar destaque extraordinário de mercado para as

organizações, pois elevam a probabilidade de o cliente optar por uma marca, estar

determinado a desembolsar valores elevados, além de expandir a efetividade da

comunicação de marketing (AAKER, 1998; PORTER, 1999; CRIMMINS, 2000; FILL,

2002 apud SANTANA, 2004, p. 4). Assim, acredita-se que um entendimento

relacionado ao valor de marca pode contribuir e desenvolver um entendimento

profundo pela influencia realizada pelas marcas no sistema de decisão de compra.

O autor relata que:

O valor da marca baseia-se em dois componentes inter-relacionados e multidimensionais: força da marca e a sua valorização. A primeira apóia-se nas atividades mercadológicas. A sua valorização apóia-se nessa força, mas corresponde à sua mensuração financeira. No primeiro componente está o que se poderia chamar de valor “fundamental” – as variáveis clássicas do marketing, o produto, o preço e a embalagem – juntamente com a distribuição e a imagem mensurada da marca. No segundo, estão os “valores adicionados”, que são mais difíceis de definir por sua natureza intangível. (TAVARES, 1998, p. 195).

2.2.3 Valor da marca na perspectiva do cliente

Para Tavares (2008), o consumidor deve imaginar que uma marca lhe fornece

um valor a mais em relação ao dispêndio e sacrifício que ele enfrenta para consegui-

la. Isso é uma demonstração do valor percebido pelos consumidores, que diversas

vezes, pagarão mais por produtos com diferenças sutis. O desafio é perceber quanto

o consumidor está interessado em desembolsar por uma marca em lugar de marcas

concorrentes, substitutas ou até uma marca fictícia. O valor da marca advém da

diversidade e amplitude de suas funções e tem sido analisado em infinitas

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36

perspectivas.

Tavares (1998) em sua obra define que o valor da marca fundamentado no

cliente, é positivo quando ele está inteirado com ela e ampara alguma combinação

vantajosa, forte e exclusiva dessa marca na sua mente. O retorno positivo, por sua

vez, eleva a receita, diminui os custos e os lucros também, progridem.

Santana (2004) em sua análise define que todas as empresas e seus

produtos e/ou serviços devem ser considerados marcas, que administradas dentro

ou fora, sendo a comunicação imprescindível para tal construção. As marcas são

vistas como representações da percepção de valor do cliente, originadas das

estratégias aceitas pela organização (AMARAL e NIQUE, 2001 apud SANTANA,

2004, p. 4). As marcas são conhecidas como um nome, termo, sinal, símbolo, ou

design, ou uma mistura destes componentes, com a finalidade de fundir produtos e

serviços e diferenciá-los do concorrente.

A criação de um valor de marca fundamentada no cliente exige certos

tratamentos, como: “escolha da sua identidade e sua integração, com o apoio de

programas mercadológicos”. (TAVARES, 1998).

“O valor de marca baseado no consumidor visa a provocar respostas

favoráveis relacionadas a preço, distribuição e atividades de propaganda e

promoção”. (TAVARES, 1998, p. 194).

Ainda de acordo com o autor é imprescindível descrever que:

Como um conjunto de ativos, o valor de marca envolve investimentos para criá-lo, preservá-lo e ampliá-lo. As conseqüências da criação desse valor se dão em uma variedade de formas: a redução dos custos mercadológicos, o aumento da receita, a alavancagem dos negócios, entre outras. (TAVARES, 1998, p. 194).

O verdadeiro significado da expressão, contudo, está na memória dos

clientes, pois, fundamenta-se, no conhecimento que eles possuem da marca – sua

facilidade para identificá-la, para recordar de terem a visto anteriormente, para ligá-la

à inúmeras mensagens, atributos, benefícios e experiências e praticar esse

conhecimento de modo benéfico à sua opção decisória. (TAVARES, 1998).

Para Keller (1993 apud TAVARES, 1998, p.194) na perspectiva do cliente, o

valor de marca é estabelecido como o efeito diferencial que um programa de

marketing causa no conhecimento da marca e na resposta do cliente.

O autor descreve que três conceitos fundamentais são incluídos nessa

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definição:

Efeito diferencial: é determinado pela resposta ao marketing de uma marca comparada com a resposta ao mesmo marketing de uma marca fictícia ou versão de um produto ou serviço sem marca. O conhecimento da marca: é definido em termos da consciência e imagem da marca e é conceituado de acordo com as características e relacionamentos das suas associações. A resposta do consumidor: ao marketing é definida em termos de percepções, preferências e comportamento do consumidor, que surgem das atividades do composto de marketing. (TAVARES, 1998, p. 194-195).

2.2.4 Componentes do escopo da marca: características, atributos, benefícios, associações e distinções

2.2.4.1 Características

As características são os aspectos ou propriedades que proporcionam

descrição e distinção de uma oferta e suas funções. Funda-se em descrever as

características da oferta coberta pela marca apreciada. Para Tavares (2008) Podem

ser produtos, serviços como característicos da identidade, instalações físicas e

equipamentos. Uma parcela das características e atributos se revela em benefícios

que se aguardam no desempenho das funções da oferta. Algumas características e

atributos podem ser encontrados ou ser vistas como comuns em todos os produtos

relacionados a uma mesma categoria e mesmo em outras categorias que os

possuem. Outras características, por sua vez, são típicas de certas ofertas e com

certeza influenciam a predileção do consumidor. Em ambas as possibilidades

podem ter relação direta ou indireta com seu desempenho. Para autores como

Hirano e Espinosa (2003) e Veludo-de-Oliveira e Ikeda (2005), as características se limitam

aos aspectos físicos e observáveis da oferta.

2.2.4.2 Atributos

Atributos são as formas que descrevem e que caracterizam um produto. Os

atributos referentes à compra ou ao uso do produto propiciam lucros funcionais e, às

vezes, benefícios experienciais aos clientes. Os atributos encarregam-se de uma

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38

variedade de formas. Podem ou não ser referentes ao produto. Se relacionados ao

produto, são identificados como os componentes principais de seu desempenho.

(TAVARES, 1998).

Os atributos não relacionados são identificados como aspectos externos do

produto referentes à sua compra ou consumo. Das quatro fundamentais

representações dos atributos não relacionados ao produto relacionaremos: “1 –

informação de preço; 2 – embalagem ou informação sobre o produto; 3 – imagem de

usuário (qual o tipo de pessoa que usa o produto ou serviço); 4 – imagem de uso”

(ou seja, onde ou em qual momento, situação ele é usado). (TAVARES, 1998, p.

21).

A seguir, uma definição relevante:

Os atributos da imagem de uso e do usuário podem ser formados (1) pela própria experiência do consumidor em contato com a marca; (2) indiretamente, por meio da estratégia de comunicação; ou mesmo (3) por outra fonte como comunicação boca a boca. Algumas marcas exploram determinados usos ou aplicações particulares. Gatorade, por exemplo, utiliza o contexto de atletas buscando sustentar um alto desempenho. (TAVARES, 1998, p. 22).

Os atributos da imagem do usuário ou de uso devem também produzir

atributos de personalidade de marca. As marcas devem ser distinguidas por

atributos de personalidade, descritas como jovem, colorida, simpática, suave.

“Podem, assim, restringir a estratégia de extensão à medida que criam um forte

vínculo entre marca e produto”. (TAVARES, 1998, p. 22).

2.2.4.3 Benefícios

São valores intransferíveis que o cliente converte aos atributos dos produtos e

serviços. “O que o produto ou serviço pode fazer por ele. Podem ser classificados

em três categorias: (a) benefícios funcionais; (b) benefícios experienciais; (c)

benefícios simbólicos”. (TAVARES, 1998, p.22).

Benefícios funcionais: são benefícios fundamentados em atributos do produto

que geram vantagem funcional para o consumidor. Equivalem aos benefícios

intrínsecos referentes ao consumo do produto e comparados aos seus atributos.

Tais vantagens são constantemente combinadas a motivações primárias como

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39

necessidades fisiológicas, de segurança e de aceitação e englobam o querer impedir

problemas. “Dificilmente diferenciam o produto, além de facilitar sua cópia aos

concorrentes”. (TAVARES, 1998, p.23).

Benefícios experienciais. São relativos ao sentimento vivenciado no uso ou

consumo do produto ou serviço e também equivalem aos atributos a ele referidos,

“tais como os prazeres sensoriais. Referem-se a um sentimento positivo que o

produto proporciona ao consumidor. Esse tipo de benefício pode também ser de

natureza emocional”. (TAVARES, 1998, p.23).

O terceiro valor intransferível é assim descrito pelo autor:

Benefícios simbólicos ou auto-expressivos correspondem às vantagens mais extrínsecas ao consumo do produto. Geralmente correspondem às vantagens não relacionadas diretamente ao produto, tendo-se como base a necessidade por aprovação social, expressão pessoal e auto-estima auto direcionada. Referem-se aos vários papéis desempenhados pelos consumidores. Os consumidores podem valorizar prestígio, exclusividade ou modernidade numa marca, na medida em que esta legitime e dê visibilidade a seu autoconceito. (TAVARES, 1998, p.23-24).

Pode admitir que os indivíduos possuem um autoconceito relacionado a cada

função, como seu desenvolvimento no lar, profissional e nas relações sociais, e

precisam de uma forma de materializá-lo. A compra e o uso de marcas são,

maneiras “de auto-expressão para suprir essa necessidade. Os benefícios

simbólicos podem ser especialmente relevantes para os produtos emblemáticos e

socialmente visíveis”. (TAVARES, 1998, p.25).

2.2.4.4 Associações

O valor submetido de uma marca nominal é constantemente estabelecido em

associações exclusivas. (TAVARES, 1998).

Para Tavares (1998) a forma de criar ou destruir uma marca é através de

associações, que devem ser classificadas em primárias e secundárias.

As associações primárias são assim descritas pelo autor:

Estão diretamente relacionadas ao uso, desempenho ou aos atributos e feições descritivas que caracterizam o produto como sabor, cheiro, potência, rapidez e durabilidade. Isto é, envolvem as propriedades e atributos físicos da marca e os benefícios e sentimentos decorrentes de seu

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consumo. Resultam, quase sempre, de seu desempenho no contexto de uso. No entanto, determinadas associações podem enfraquecer a marca, em consequência de ações da empresa, como a expansão a mercados ou a inclusão de situações não congruentes com o que se pretende para a imagem do produto. (TAVARES, 1998, p. 103).

Tavares (1998) relata que esses são os componentes essenciais ao seu

desempenho. Alternam em sua natureza e intensidade de elementos de acordo com

a classe de produto ou de serviço.

Assim, afirma Tavares (1998) que uma marca ligada a um benefício funcional

ou que proporciona associações primárias não deve ser demasiadamente

propagada sem o inconveniente de ser esquecida ou até mesmo enfraquecida.

As associações secundárias, de acordo com Tavares (1998) surgem das

associações primárias e são constituídas por informações sobre o produto ou

serviço transmitidas pela organização e por demais fontes. Acontecem quando a

associação de marca em si está inserida a outra informação na mente, não narrada

diretamente ao desempenho do produto ou serviço. O tipo e a força da dedução

resultam da cobrança da analogia entre atributos e benefícios pelos consumidores.

Por exemplo, os consumidores devem concluir que certos produtos seriam de

elevada qualidade ou revelariam prestígio e status social, em detrimento de seu

preço alto. A situação inversa também pode ser correta.

Ainda de acordo com o autor:

À vista de sua natureza avaliativa, as associações secundárias ou abstratas tendem a ser mais duráveis e acessíveis na memória do que informações sobre atributos ou benefícios funcionais. Podem ser recuperadas sem o vínculo inerente ao que se necessita para associar um atributo, tal como escovar os dentes com a higiene bucal. (TAVARES, 1998, p. 104).

2.2.4.5 Distinções

As Distinções são os aspectos que fazem com que a oferta se diferencie

das ofertas concorrentes diretas e indiretas, nas dimensões apreciadas e elementos

decisivos na predileção de uma ou outra opção, no ponto de vista do usuário ou

cliente. É a última etapa constante da metodologia de escopo e posicionamento da

marca – EPM

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Nessa perspectiva podem-se considerar as distinções como o principal

propósito da marca, pois é capaz de distinguir o produto ou serviços, de modo que

ele possa ser facilmente identificado e preferido.

Características:

Serviços oferecidos

Peças genuínas

Qualidade

Atributos Intrínsecos e Extrínsecos

Facilidade de acesso

Representa o fabricante do veículo

Origem

Localização

Benefícios Funcionais:

Previne e soluciona inconvenientes mecânicos

Garantia sobre as peças e serviços executados Experenciais:

Confiabilidade

Praticidade

Tranquilidade

Promoção Emocionais:

Pertencimento

Segurança

Reconhecimento, prestígio e estima

Associações Primárias:

Rapidez na execução dos serviços

Qualidade superior Secundárias:

Tradição

Confiança

Conveniência

Distinção Motivo determinante para a compra dos serviços do FAST BOX Quadro 1: Componentes do Escopo da Marca FAST BOX

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2.2.5 Identidade, posicionamento, imagem e reputação – relações

A identidade é inseparável do homem. Compõe-se de inúmeros elementos,

podendo ser até contraditórios. Não é possível revelar totalmente, devido à sua

complexidade, através de um singelo referencial. Incansavelmente é vista como uma

maneira pessoal e não transferível de determinar:

Quem somos e para onde vamos; ou seja, de identificar, em alguma extensão, nossas características particulares. A nossa identidade de pessoa serve para estabelecer a nossa direção, o nosso propósito e o nosso significado. (TAVARES, 1998, p. 73).

“Quando alguns dos traços de uma pessoa são compartilhados com os de

outra, é comum dizer que há uma identidade entre ambas, como ocorrem com

objetivos, propósitos, opiniões e gostos”. (TAVARES, 1998, p. 73).

Ainda segundo os relatos de Tavares (1998, p. 73) “o termo “identidade”

deriva do latim. Os termos idem e identitas significam “o mesmo”. Entitas significa

entidade. Identidade pode significar “a mesma entidade””.

A intenção de identidade esteve, primeiramente, ligada às pessoas. Depois

difundida a demais situações, principalmente à organizacional. De forma

semelhante, a identidade, na visão da instituição, indica direção, propósito e

significado. (TAVARES, 1998).

Tavares (1998) diz que no âmbito das organizações, a análise da identidade

compreende, no mínimo, duas previsões: a de marca e a corporativa. Deve, ainda,

estender as mesmas grandezas consideradas na abordagem de imagem, assim

como marketing, de classe de produtos e até mesmo do setor. O sistema de sua

organização pode envolver:

(a) Uma marca (associações a atributos/benefícios funcionais, experienciais e simbólicos);

(b) Um símbolo (visual, imagem/metáforas e herança de marca); (c) Uma organização (qualidade da gerência, pessoal, cultura, valores,

estrutura e sistemas, e orientação local versus global);

(d) Um relacionamento com canais, eventos, personagens e endosso. (TAVARES, 1998, p. 73).

Para Tavares (1998) a identidade corporativa engloba uma quantidade maior

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de relacionamentos da instituição com o público do que os incluídos na análise da

identidade de marca. A organização, contudo, deve antecipar-se com a dimensão

interna e externa da sua identidade. A dimensão interna, aliada aos colaboradores

atuais e potenciais e a dimensão externa, próxima aos seus demais públicos,

particularmente clientes atuais e potenciais.

O esforço máximo na elaboração de uma identidade deve ser destinado aos

funcionários. (TAVARES, 1998)

O ápice para o impacto no ambiente externo é a realidade interna da

instituição. Ou seja:

Se ela deseja construir sua imagem externa, primeiro precisa cuidar da realidade interna de seus produtos e serviços. Os empregados deverão sentir orgulho da empresa, devido aos valores, propósitos, sucesso e objetivos dela. Quando a identidade representa uma visão clara do que os empregados aceitam, será vitalizada e guiará a empresa. Assim, para ser forte, uma identidade deverá se assentar nos valores organizacionais. (TAVARES, 1998, p. 74).

A identidade emerge internamente no cotidiano da organização, a partir das

estratégias gerenciais que elvolvam os funcionários e, externamente, demais

públicos. O funcionário que fortemente se reconhece com os objetivos da

organização tende a conceder maior representatividade ao seu trabalho.

“Externamente pode também inspirar confiança nos consumidores e investidores,

notadamente quando conota sinais de integridade e credibilidade”. (TAVARES,

1998, p. 75).

Para Tavares (1998) a identidade deve ser partilhada com funcionários e

demais públicos da instituição. Fundamentalmente, se a organização tem como

identidade elevar o valor da qualidade, este aspecto será identificado como

fundamental por parte dos funcionários e clientes externos. Como resultante, os

funcionários valorizarão e se comprometerão com suas atividades.

A identidade corporativa resulta das experiências da organização, envolvendo

dados desde sua criação, de seus registros de vitórias e derrotas, além suas

expectativas. A identidade relata as características fundamentais e contínuas da

instituição que devem ser conhecidas pelos funcionários. A imagem é refletida e a

identidade é criada por atos internos, para criar embate externo juntamente com

seus diversos públicos. “A identidade deve prescrever o conjunto de valores e

princípios que esses públicos associam com a empresa”. (TAVARES, 1998, p. 75).

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E a identidade de marca, de acordo com Tavares (1998) pode ser entendida

como um conjunto exclusivo de características de marca que a organização pode

construir e manter. É nessas características que a organização se baseia e se inteira

para satisfazer clientes e integrantes da instituição e da sociedade.

Relatando a identidade de marca:

Geralmente é construída dentro do contexto dos produtos iniciais e por meio de ações deliberadas. A sua construção inicia-se pela escolha do nome do produto. Esse geralmente pode ser escolhido segundo alguns dos critérios descritos anteriormente, de modo que ajude a aumentar a consciência a seu respeito e a facilitar associações. O produto é a primeira fonte da identidade de marca. Uma identidade de marca deve ajudar a estabelecer um relacionamento entre marca e cliente, gerando uma proposição de valor que envolva benefícios funcionais, experienciais e simbólicos do produto. (TAVARES, 1998, p. 76).

A criação de uma identidade deve considerar alguns componentes que vão

lhe conceder substância. São eles: a sua essência, a permanência, a singularidade

e a unicidade. A essência está relacionada com o que é central ou básico na

empresa; a permanência provem de sua manutenção a longo prazo; a singularidade

é relativa ao que é próprio ou original da instituição; “ e a unicidade, à coerência e

sentido da organização em seu contexto de atuação. Esses fatores devem torná-la

única, quando comparada a outras”. (TAVARES, 1998, p. 76).

A identidade de marca oferece uma estrutura para sua coerência global.

Define os parâmetros do posicionamento, estabelece os meios de expressão e

afirma a sua individualidade e durabilidade. “O conceito de identidade estabelece os

limites e os contornos para um posicionamento de marca”. (TAVARES, 1998, p. 76).

O posicionamento da marca é uma das formas mais difundidas para se

buscar a criação da reputação de uma organização.

De acordo com Tavares (1998) em relação ao posicionamento, ele baseia-se

na certificação da crescente dificuldade em se conseguir a consideração do

consumidor e proporcionar um produto que demonstre um benefício excepcional.

Ainda de acordo com o autor:

Os seus pressupostos estariam não só na avalanche de marcas existentes no mercado, como também na limitação da mente humana para retê-las. Um estudo realizado por Miller (1957) constatou que a mente humana só pode lidar com aproximadamente sete unidades ao mesmo tempo, ao que chamou de número mágico. A esse número pode-se acrescentar ou subtrair duas unidades. Em outras palavras, ao se pedir a uma pessoa que cite os nomes de marcas que conhece em determinadas categorias de produtos, tais como de xampus ou sabonetes, costumeiramente ela não citará mais

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do que sete. Em alguns casos, acrescentará ou subtrairá duas unidades a esse número. Para enfrentar a complexidade de marcas e de publicidade, as pessoas desenvolvem um escalonamento de produtos na mente. (TAVARES, 1998, p. 86).

O posicionamento pode ser explicado como o desenvolvimento de uma

proposição de valor e o instituir como a organização se dispõe a entregá-lo aos

clientes de forma personalizada e diferente dos concorrentes. (TAVARES, 1998).

Para Las Casas (2006) posicionar um produto ou serviço é permitir que ele

ocupe um lugar privilegiado na lembrança do cliente-alvo, o que é conseguido por

meio de inúmeras ações de marketing. O fundamental no posicionamento

competitivo é a maneira com que distintos grupos de consumidores apercebam os

produtos, os serviços e as marcas, assim como os da concorrência.

“Quando o posicionamento é aplicado no nível de empresa, o foco principal é

o destaque da organização em relação aos concorrentes do mercado”. (LAS

CASAS, 2006, p. 229).

Por outro lado, quando a organização faz o posicionamento de seus produtos

e serviços, ela procura preencher um lugar em evidencia na memória na memória do

cliente em alguma de suas características e atributos. (LAS CASAS, 2006).

De acordo com Las Casas (2006) as marcas, são as formas mais

questionadas no posicionamento estratégico, relativo à ampla competitividade que

se dá em mercados distintos, e solicitam um enorme cuidado na construção de

imagem.

“O importante para criar um posicionamento é estabelecer um diferencial.

Trata-se de características distintas, que sejam importantes para o consumidor

visado”. (LAS CASAS, 2006, p. 229).

Hooley e Saunders (1996, apud DUTRA, 2011, p.37) dispõem que em grande

numero de segmentos organizacionais, os dias de desenvolvimento veloz se tornam

antiquados. O desfecho para alcançar sucesso está na fixação eficiente do conceito

de marketing através de estratégias de posicionamento. A teoria de unir clientes e

concorrentes é uma questão multidimensional, que engloba também percepções,

crenças e atitudes relacionadas aos clientes e ao entendimento de como os

indivíduos percebem o mercado.

Para Aaker (1996, apud DUTRA, 2011, p. 37) identidade e um

posicionamento de marca bem definidos e instalados levam a inúmeras vantagens

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para a organização:

a) orientação e aperfeiçoamento da estratégia da marca; b) propiciam opções de expansão da marca; c) tornam melhor a memorização da marca; d) proporcionam significado e concentração para a organização; e) desenvolvem vantagem competitiva; f) conquistam uma posição segura contra a concorrência; g) dão caráter particular sobre um símbolo de comunicação; h) resultam eficiência em procedimentos de custos de execução. (DUTRA, 2011, p. 37).

Para Tavares (2008) Ries e Trout, são os mais importantes divulgadores dos

métodos de posicionamento de marcas. Ries e Trout (2002) colocam as causas do

conceito de posicionamento em 1972, em um artigo dos autores, denominado:

A era do posicionamento” e publicado na revista Advertising Age. Até a década de 50, para Ries e Trout a propaganda era colocada na era do produto, e cujos publicitários concentravam-se nas características e benefícios dos produtos e na comunicação do USP (Unique Selling Proposition ou Proposição única de venda. (DUTRA, 2011, p. 38).

Dutra (2011) relata que depois foi a era da imagem, quando se observou a

grandiosidade da imagem e da reputação da instituição. Na era do posicionamento,

a estratégia prevalece, e uma postura deve considerar não apenas os pontos altos e

baixos de uma instituição, como também a vasta exposição da concorrência. Como

resistência à existência de vários produtos e serviços determina-se trabalhar de

maneira exclusiva como as marcas eram conhecidas e unidas na memória dos

consumidores. Conforme Serralvo; Furrier (2005, apud DUTRA, 2011, p. 38):

A única forma de conseguir bons resultados é através da seletividade, da

concentração em alvos restritos, da prática da segmentação, ou seja, do

posicionamento. Conquistar o melhor posicionamento significa ser o primeiro na

mente dos clientes e demonstrar capacidade de manter a posição ao longo do

tempo, por meio de programas de marketing flexíveis, inovação constante e da

reputação de bons produtos. (DUTRA, 2011, p. 38).

Baker (2005, apud DUTRA, 2011) compreende o posicionamento como sendo

a experiência da organização em introduzir uma vantagem competitiva envolvente

para o segmento-alvo, ao criar uma imagem para que eles apreciem o que a

instituição significa referente aos seus concorrentes.

Aaker (1991, apud DUTRA, 2011) recomenda não demonstrar ser o que você

não é. Antes de posicionar uma marca, é imprescindível possuir certeza do seu

talento de restituir ao cliente o que ela compromete e que a imagem proposta seja

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compatível com o que ela é.

Tavares (2008) diz que posicionamento equipara a fórmula de ligar as

circunstâncias particulares da marca a algum ponto de alusão que tem relação com

o que o consumidor valoriza para agradar suas expectativas, necessidades e

desejos. Para o autor “posicionamento pode ser conceituado como a evolução de

uma proposição de valor e a determinação da forma como a empresa se apresenta

aos clientes de modo diferenciado da concorrência”.

Imagem

Kotler (1998, p. 420) diz que a empresa de serviços pode também trabalhar

na diferenciação de sua imagem, frequentemente, através de símbolos e marcas.

Para Kotler (1998) imagem é a forma que as pessoas identificam a empresa

ou seus produtos. A organização cria uma identidade ou posicionamento para

formatar sua imagem pública, mas outros componentes podem produzir interferência

na resolução da imagem percebida individualmente pelos indivíduos.

Uma imagem eficaz proporciona três coisas a um produto: 1º expede uma

mensagem que define a característica e a proposição de valor do produto. Depois,

transfere essa imagem de forma distinta para não ser equivocada com mensagens

semelhantes às dos concorrentes. E, finalmente, comunica poder emocional, de

forma que comove os corações e as mentes dos consumidores. (Kotler, 1998).

Kotler (1998, p. 407) define que quanto à imagem da empresa e da marca,

“as empresas estão reconhecendo que o poder de embalagens bem desenhadas

contribui para o reconhecimento instantâneo da empresa ou da marca”.

Outra definição importante do autor é quando ele relata que:

Imagem é o conjunto de crenças, ideias e impressões que uma pessoa mantém em relação a um objeto. As atitudes e as ações de uma pessoa em relação a um objeto são altamente condicionadas pela imagem desse objeto. (KOTLER, 1998, p. 529).

Para Tavares (1998) a síntese de imagem no âmbito mercadológico apareceu

em 1955, vinculada à certificação de que os consumidores compram os produtos

não apenas por seus atributos e funções físicas. As denotações que lhes são

atribuídas pela marca são importantes. “A imagem, nessa perspectiva, significa

personalidade, e os produtos, como as pessoas, têm personalidade”. Esse

pensamento sobre personalidade era consistente com o que aconteceu na origem

da atividade empresarial, quando o dono repassava parte de suas características

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para o empreendimento. Depois, esse tema foi estendido para englobar inúmeras

relações da organização e seus públicos, além das limitações às negociações com

os consumidores de seus produtos.

Fernandino (2010) diz que imagem é o reflexo da identidade e de tudo o que

ele revela. Ocupa-se do espaço onde transitam as percepções sobre o produto, os

valores que compõem seu conceito e as declarações sobre suas qualidades

intrínsecas e extrínsecas. Atribui ainda, ao traçado do simbólico, das instituições e

conotações, concebidas pelo inconsciente.

Conforme Torquato (2008, apud FERNANDINO, 2010):

Quanto maior o tempo de exposição, volumes e densidades publicitárias, verbas e homogeneidade visual do produto ou da marca, maior e mais consolidada a imagem da mesma. O autor ressalta ainda que a imagem é a projeção, a sombra da identidade. E que sendo assim, quanto mais distante da identidade, mais distorcida será a imagem. Assim, a imagem é o que a empresa deseja projetar. Já a identidade representa o caráter, o conceito básico, a personalidade da organização. (FERNANDINO, 2010, p. 29).

Para Tavares (1998, p. 65) “a imagem decorre da maneira como o público

decodifica todos os sinais emitidos por uma empresa por meio de seus produtos,

serviços, empregados, programas de comunicação e trato com as questões

ambientais”.

Tavares (2008) concorda com Torquato (2008), na seguinte definição:

A palavra imagem, que deriva do latim imago, que quer dizer figura, sombra ou imitação: “pode-se considerá-la como uma representação dos objetos percebidos pelos sentidos que não só o visual, mas também à imagem que se faz dele”. Este conceito surgiu na literatura mercadológica em 1955. Partiu da constatação que os consumidores adquirem produtos não somente por seus atributos e funções físicas, pois destacam traços de personalidade dos consumidores (BURLINGH e LEVY, 1955).

Reputação

De acordo com Tavares (1998) a reputação corporativa sucede do conceito

de identidade e equivale “à ampliação do termo “fundo de reserva” utilizado por Low-

Watson (1967), para incluir outros públicos”. A reputação corporativa demonstra a

atitude afetiva ou emocional “líquida” - boa ou não, forte ou não – tanto do público da

instituição como do externo relacionado à organização.

A reputação, para Tavares (1998) cresce e amplia-se a partir de práticas

exclusivas e únicas que moldam a identidade e são conservadas ao decorrer dos

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tempos. A sua constituição sucede da qualidade da relação conservada pela

organização com seu público interno e externo e como tal qualidade é

compreendida. É um reflexo dos movimentos que a gestão transmite nos moldes de

identidade da organização, quando norteados para o seu sucesso.

É importante ressaltar que:

Uma vez que a reputação deriva da identidade, cabe destacar que são

práticas gerenciais que tornam a empresa um bom lugar para os empregados, uma

boa provedora de produtos e serviços para seus clientes, um bom investimento para

acionistas e uma boa “cidadã” em sua comunidade local. A relação entre identidade

e reputação da empresa requer a adoção de ações consistentes entre essas duas

dimensões. Tais ações abrangem a comunicação do marketing e as relações com

comunidade, com investidores e com o governo. (TAVARES, 1998, p. 79).

Tavares (1998) define que “administrar reputação é inserir na construção

íntima de relações entre grupos internos e externos à empresa e explorar suas

similaridades de interesses latentes, ou seja, os traços de identidade por eles

compartilhados”.

Figura 5: Reputação Corporativa. Fonte: Adaptado de Fombrun (1996, p. 37, apud TAVARES, 1998, p. 80).

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Relações

Quanto à reputação:

Pode-se considerar que identidade e posicionamento sejam antecedentes à

imagem e à reputação, que a última é construída ao longo do tempo. Tavares (2008)

sintetiza essa relação da seguinte forma:

A identidade e o posicionamento são os sinais e a síntese que a empresa utiliza para comunicar sua visão, sua missão e seus valores. A imagem e a reputação corporativa, por sua vez, podem ser um espelho acurado de sua identidade e guardar forte coerência com seu posicionamento.

Já a imagem de uma organização relaciona-se às associações exclusivas

criadas para ela e às suas ofertas. Do ponto de partida definido entre as

expectativas e os desejos dos consumidores referentes ao desenvolvimento e às

funções das ofertas, é construída a imagem.

Em todo esse processo é interessante a visão de Colnago (2007) ao afirmar

que a imagem mostra-se flexível, dinâmica e manipulável por meio de estímulos

recebidos. Silva (2009) complementa, a formação da imagem é coincidente com a

percepção das mensagens transmitidas. O autor vai além, ao colocar a formação da

imagem como antecedente, como causa para a atitude a ser estabelecida por cada

receptor das mensagens de uma organização em relação a esta, o que é partilhado

com Barich e Kotler (1991), para os quais, independentemente de a(s) imagem(ns)

ser(em) verdadeira(s) ou falsa(s), ela(s) não somente guia(m), como molda(m) o(s)

comportamento(s). (FERNANDINO, 2010, p. 45 - 46).

2.2.6 Modelo de escopo e posicionamento da marca

Tavares (2008) “apresenta um modelo simples e flexível, e que vem sendo

utilizado com o objetivo de definir o escopo e o posicionamento de marcas de bens

ou serviços”.

A seguir apresentaremos um modelo interpretado em um organograma.

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Figura 6: Modelo Norteador – Escopo e Posicionamento da Marca. Fonte: Adaptado de Tavares

O autor destaca que não trata exatamente de um modelo de averiguação da

marca em si, mas com certeza “da avaliação de suas características, atributos e

benefícios, associações primárias e secundárias referenciadas a esta, assim como

de sua distinção”. TAVARES (2008).

Neste trabalho procuraremos buscar as respostas para o objetivo geral e

específicos, seguindo o seguinte esquema:

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52

Figura 7: Modelo dos “GAPS” em qualidade de serviços Fonte: Adaptado de Tavares

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53

Este estudo utilizará o GAP 5 da escala SERVQUAL para avaliar a qualidade

e as dimensões: associações, benefícios e distinções para avaliarmos a imagem do

FAST BOX, seguindo o esquema da figura 8:

Figura 8: FAST BOX

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54

3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa que colaborou para a execução deste estudo é uma

concessionária de veículos situada na cidade de Belo Horizonte. A concessionária

conta com todos os departamentos de uma concessionária integral, ou seja: vendas

de veículos novos e usados, venda de peças e acessórios e serviços de reparação

mecânica.

Os serviços de reparação são divididos em: funilaria e pintura, serviços de

reparação mecânica que podem ser subdivididos em dois tipos: o primeiro é o

tradicional onde o veículo é recepcionado e os serviços executados são de

média/alta complexidade, o segundo são os serviços de reparação rápida que são

executados no FAST BOX, alvo desta pesquisa.

O FAST BOX foi inaugurado no ano de 2003. Com relação ao volume de

atendimentos, uma média de 850 clientes passa mensalmente pelo FAST BOX.

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55

4 METODOLOGIA DE PESQUISA

A metodologia de uma pesquisa é o instrumento pelo qual a investigação do

problema proposto é viabilizada, a fim de que os objetivos traçados sejam atingidos.

Esta seção tem como objetivo apresentar os métodos de pesquisa para o

desenvolvimento deste trabalho. Inicialmente é caracterizado o tipo de pesquisa, são

definidas a população e a amostra, apresentado o instrumento de pesquisa,

explicados os métodos de coleta dos dados e indicado o tratamento estatístico.

4.1 Tipo de pesquisa

Mediante os objetivos e finalidades desse estudo, do ponto de vista da

abordagem optou-se por realizar uma pesquisa quantitativa, utilizando o

levantamento do tipo survey, com variáveis quantitativas conforme descrito por

Malhotra (2001), Cervo; Bervian (1996), Vieira (2002), Mattar (1996), Marconi;

Lakatos (1996) e Perin et al. (2002).

Quanto ao número de momentos ou pontos no tempo em que os dados são

coletados, a pesquisa pode ser (SAMPIERI et al., 1991):

– Longitudinal - a coleta dos dados ocorre ao longo do tempo em períodos ou

pontos especificados, buscando estudar a evolução ou as mudanças de

determinadas variáveis ou, ainda, as relações entre elas;

– Corte transversal (cross-sectional) - a coleta dos dados ocorre em um só

momento, pretendendo descrever e analisar o estado de uma ou várias

variáveis em um dado momento.

A presente pesquisa coletou os questionários durante quatro dias

consecutivos. Os clientes eram abordados durante a prestação de serviços, o que

caracteriza a coleta como corte transversal ou cross-sectional (SAMPIERI et al.,

1991):

Quanto aos fins essa pesquisa será: Descritiva (VERGARA, 1988, p. 35),

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porque tem por objetivo conhecer e descrever os atores de um mercado específico

bem como entender o seu comportamento para a formulação de estratégias.

Pinsonneault & Kraemer (1993) corroboram com Vergara e classificam a pesquisa

survey quanto ao seu propósito como descritiva, pois busca identificar quais

situações, eventos, atitudes ou opiniões em uma população; descreve a distribuição

de algum fenômeno na população ou entre os subgrupos da população ou, ainda,

faz uma comparação entre essas distribuições. Neste tipo de survey a hipótese não

é causal, mas tem o propósito de verificar se a percepção dos fatos está ou não de

acordo com a realidade.

[...] a pesquisa descritiva procura descobrir, com a precisão possível, a freqüência com um fenômeno ocorre, sua relação e conexão, com os outros, sua natureza e características, correlacionando fatos ou fenômenos sem manipulá-lo. (CERVO; BERVIAN, 1996, p. 49).

Vieira (2002) e Malhotra (2001) destacam que a pesquisa descritiva objetiva

conhecer e interpretar a realidade, por meio da observação, descrição, classificação

e interpretação de fenômenos, sem nela interferir para modificá-la.

Complementando, Vieira (2002) enfatiza ainda que as pesquisas descritivas

podem se interessar pelas relações entre variáveis, e desta forma, aproximar-se das

pesquisas experimentais. A pesquisa descritiva expõe as características de

determinada população ou fenômeno, mas não tem o compromisso de explicar os

fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação.

Portanto a dissertação tem o caráter de uma pesquisa descritiva quantitativa

tendo sido as informações obtidas por meio de um corte transversal no universo

pesquisado. A Figura 9 mostra um esquema representativo do levantamento das

informações.

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57

Figura 9: Esquema representativo do levantamento das informações

4.2 Procedimentos metodológicos

População e amostra

Nesta seção serão determinadas, a população e a amostra. Foram seguidos

os quatro primeiros passos do processo de definição de amostragem sugerido por

Malhotra (2006): (1) definir a população-alvo, (2) definir a composição da amostra,

(3) escolher a técnica de amostragem, (4) determinar o tamanho da amostra, e (5)

executar o processo de amostragem.

Definição da População-Alvo

A população é um conjunto de sujeitos que possuem algumas características

comuns em relação ao problema de pesquisa de marketing, e a amostra é um

espectro que representa e pode ser usada para estimar características de toda a

população (LEVINE; ERENSON e STEPHAN, 2000).

Para este autor a definição da população-alvo precede a amostragem e deve

ser feita com precisão, pois pode conduzir a erros na pesquisa. Sua definição

envolve transformar a definição do problema em uma afirmação precisa de quem

deve e quem não deve ser incluído na amostra. Malhotra (2006) acrescenta que a

Pesquisa de Marketing

Exploratória

Conclusiva

Causal Descritiva

Longitudinal Transversal

Única

Múltipla

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população-alvo deve ser definida em termos de elementos, unidades amostrais,

extensão e período. Um elemento é um objeto sobre o qual se deseja a informação.

A unidade amostral é um elemento, ou uma unidade contendo o elemento, que está

disponível para ser escolhido em algum estágio do processo de amostragem. A

extensão se refere às fronteiras geográficas, e o período é o tempo que está sendo

considerado durante a pesquisa.

A população definida para esta pesquisa partiu da quantidade de clientes

atendidos pelo FAST BOX no período de 12 meses, o que resultou numa população-

alvo de 10.500 clientes.

Composição da Amostra

O pesquisador trabalha com tempo, energia e recursos econômicos limitados.

Portanto, são raras as vezes em que pode trabalhar com todos os elementos da

população-alvo. Geralmente, o pesquisador estuda um pequeno grupo de indivíduos

retirados da população. Este grupo denomina-se AMOSTRA (LEVIN, 1987).

A amostra foi constituída pelos clientes que executaram serviços de

reparação no FAST BOX, entre os dias 19 e 23 de agosto de 2011.

Tamanho da Amostra

O tamanho da amostra segundo Malhotra (2006) diz respeito ao número de

elementos a serem incluídos no estudo e para sua determinação devem ser levados

em consideração diversos aspectos como: a importância da decisão, a natureza da

pesquisa, o número de variáveis, a natureza da análise, os tamanhos amostrais

utilizados em estudos similares, as taxas de incidência, os índices de finalização e

as restrições de recursos.

Cálculo da amostra:

A amostra é um conjunto constituído de indivíduos, acontecimentos ou outros

objetos de estudo que o investigador pretende descrever ou para os quais pretende

generalizar as suas conclusões ou resultados.

Principais razões para se trabalhar com uma amostra:

A população é infinita, ou considerada como tal, não podendo portanto ser

analisada na íntegra;

Custo excessivo do processo de coleta e tratamento dos dados, como

resultado da grande dimensão da população ou da complexidade do

processo de caracterização de todos os elementos da população;

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59

o

Tempo excessivo do processo de coleta e tratamento dos dados,

conduzindo à obtenção de informação desatualizada;

As populações são dinâmicas, de onde resulta que os elementos ou

objetos da população estão em constante renovação, de onde resulta a

impossibilidade de analisar todos os elementos desta população;

Recolha de informação através de processos destrutivos (que, se aplicada

exaustivamente, conduziria à completa destruição da população);

Inacessibilidade a alguns elementos da população, por diversas causas.

Se a constituição da amostra obedecer a determinadas condições, a

análise das características da amostra pode servir para se fazerem

inferências sobre a população. (amostra (estatística) . In Infopédia [Em

linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-08-25]).

A fórmula para cálculo do tamanho da amostra, para população infinita e para

uma estimativa para nível de confiabilidade de (1 – α ), o tamanho da amostra é

dado por:

Onde:

no = número de indivíduos da amostra

Zα/2 = valor crítico que corresponde ao grau de confiança desejado

p = proporção populacional de indivíduos que pertence a categoria que

estamos interessados em estudar

q = proporção populacional de indivíduos que NÃO pertence à categoria

que estamos interessados em estudar

E = margem de erro máximo de estimativa.

Para o dimensionamento da amostra utilizou-se a fórmula abaixo, adotando o

critério 10% de erro e 95% de confiança.

Se “p” e “q” não forem conhecidos exige-se que se substituam os valores

populacionais p e q, por valores amostrais pˆ e qˆ . Mas se estes também forem

o

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60

desconhecidos, substituímos pˆ e qˆ por 0,5, obtendo a seguinte estimativa (Levine,

2000):

Os valores de confiança mais utilizados e os valores de Z correspondentes podem

ser encontrados na Tabela 1:

TABELA 1 Valores críticos associados ao grau de confiança na amostra

Grau de confiança α Z

90% 0,10 1,645

95% 0,05 1,96

99% 0,01 2,575

Neste caso, usou-se um intervalo de confiança de 95%, e o Z é igual a 1,96.

Deve-se ainda utilizar o fator de correção para o tamanho da amostra, quando

esta não é considerada infinita. Segundo Aaker (2000, 381), considera-se população

infinita, aquelas com N (tamanho da população ) superior a 100.000 A população

objeto deste estudo é composta 10.500 clientes. Considerando que é população

finita, o tamanho da amostra (no) deve ser corrigida, conforme a fórmula:

N

n

nn

o

1

0

onde, n0 é o tamanho preliminar da amostra, e n é o tamanho mínimo da

amostra.

13,95

10500

961

96

n

no = 1,962 x 0,25 0,012

o

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61

Assim a estimativa do número mínimo da amostra neste estudo é de 96

clientes.

Foram coletados 98 questionários válidos para esta pesquisa, entre os dias

19 e 21 de agosto de 2011.

4.3 Questionário de pesquisa

O levantamento de dados pressupõe alguma forma de padronização do

processo de coleta, para que os dados obtidos sejam internamente consistentes e

possam ser analisados de maneira uniforme e coerente. Os questionários ou

formulários padronizados garantem a comparabilidade dos dados, aumenta a

velocidade e a precisão do registro, além de facilitar o processamento dos dados

(MALHOTRA, 2006).

Avaliação da qualidade

Conforme descrito nos capítulos introdutórios e na revisão de literatura, o

questionário de pesquisa do trabalho foi baseado no modelo de mensuração da

qualidade de serviço e na SERVQUAL, de Parasuraman; Zeithaml e Berry (1988,

1991, 1994). Foi mantido o formato constante da última versão de 1994, com suas

principais características:

Os 22 atributos mantiveram-se divididos dentre tangibilidade (perguntas 1-

5), confiabilidade (perguntas 6-10), disponibilidade/presteza (perguntas 11-

14), segurança (perguntas 15-18) e empatia (perguntas 19-22).

O consumidor constrói níveis de aceitação dos produtos e serviços, conforme

suas experiências e influências sociais. Rensis Likert, em 1932, elaborou uma

escala para medir esses níveis, as chamadas escalas Likert.

Nas escalas do tipo Likert, os números indicam a posição e/ou quanto às

respostas diferem entre si em determinadas características ou elementos. Neste

trabalho foi adotada a escala Likert de 5 pontos variando entre “Muito abaixo do

esperado” até “Muito acima do esperado”.

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TABELA 2 Desempenho

Item DESEMPENHO (D)

Muito Abaixo do Esperado

Abaixo do Esperado

Igual ao Esperado

Acima do Esperado

Muito Acima do Esperado

1 2 3 4 5

1 Qualidade e aparência dos equipamentos. T

AN

GIB

ILID

AD

E

2 Limpeza e visual das instalações físicas.

3 Aparência dos funcionários (uniformes, cuidados pessoais).

4 Conforto da sala de espera.

5 Visibilidade de preços e promoções.

6 Cumprimento do tempo prometido para entrega.

CO

NF

IAB

ILID

AD

E

7 Garantias oferecidas quanto aos serviços executados.

8 Serviço feito conforme o combinado.

9 Serviço cobrado conforme o combinado.

10 Nota fiscal correta, precisa e fácil de entender.

11 Funcionários em número suficiente para atender.

Dis

po

nib

ilidad

e/

Pre

ste

za

12 Adequação do horário de funcionamento às necessidades do cliente.

13 Disposição dos funcionários para atendê-lo.

14 Possibilidade de você poder acompanhar os serviços de perto.

15 Conhecimento técnico dos funcionários.

SE

GU

RA

A

16 Educação e cortesia dos funcionários.

17 Cuidado demonstrado com o seu carro.

18 Explicações fornecidas sobre os serviços.

19 Demonstração de ter uma visão do seu carro como um todo e não apenas do problema em si. E

MP

AT

IA

20 Preocupação demonstrada com a sua satisfação.

21 Interesse demonstrado pelos funcionários em resolver os seus problemas.

22 Tratamento dado a você como único.

Avaliação da imagem

Para avaliar a imagem dos serviços rápidos da oficina foram utilizados os

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seguintes procedimentos: Inicialmente se formulava uma pergunta aberta buscando

uma resposta espontânea e na sequência uma pergunta complementar com

respostas estimuladas.

Mensurando as Associações:

Para mensurar as associações com a marca do FAST BOX, foi formulada

uma pergunta aberta utilizando a técnica de associação livre, onde o entrevistado

devia citar a primeira palavra que lhe viésse a mente quando pensava em FAST

BOX. Na sequência, ainda avaliando as associações, utilizou-se a Escala de

Diferencial Semântico - Segundo Osgood, Suci e Tannenbaum em 1957 citado por

Baker (2005), as escalas de Diferencial Semântico ou Diferencial Semântico de

Osgood foram elaboradas para mostrar a atitude do entrevistado em relação ao

objeto da pesquisa em uma escala itemizada de sete pontos, o que revela a força e

a direção da atitude. As extremidades do contínuo são ancoradas por um par de

adjetivos polarizados ou declarações adjetivas, com a alternativa „neutro‟ no centro.

O escore do entrevistado é a soma dos escores em todas as escalas para esse

conceito. Foram desenvolvidos aproximadamente 50 pares de adjetivos bipolares

agrupados para medir três componentes fundamentais da atitude. Alguns desses

adjetivos são exemplificados por Baker (2005, p. 134):

Inamistosa __ __ __ __ __ __ __ Amistosa

Moderna __ __ __ __ __ __ __ Antiquada

Eficiente __ __ __ __ __ __ __ Ineficiente

Lenta __ __ __ __ __ __ __ Rápida

Agradável __ __ __ __ __ __ __ Desagradável

A escala terá mais significado para os entrevistados se forem usadas frases

em vez de palavras. Luck e Rubin apud Baker (2005) recomendam não reservar

nenhum lado da escala exclusivamente para os aspectos negativos ou positivos dos

pares porque tende a permitir que o entrevistado assinale somente um lado.

Mattar (2001) lembra que se pode atribuir ou não valores numéricos para os

pontos da escala. Apesar de ser comum na prática da pesquisa de marketing a

atribuição de valores numéricos para a escala.

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Questões do questionário relativas às associações:

Quadro 2: Questionário relativas às associações

Mensurando os Benefícios:

Para avaliar os benefícios percebidos o entrevistado respondeu a uma

pergunta onde relatou de forma espontânea as suas percepções sobre os benefícios

percebidos e na sequência foi apresentado ao entrevistado uma lista de 8

benefícios, lhe foi solicitado que marcasse as opções desejadas.

1) Que palavra vem à sua mente quando pensa em "FAST BOX"?

2) Apresentaremos a seguir pares de palavras e gostaríamos que o Sr./Sra. marcasse um X sobre a linha

que esta posicionada mais próxima à sua percepção com relação aos serviços do FAST BOX.

RÁPIDO ___ ___ ___ ___ ___ DEMORADO

OBSCURO ___ ___ ___ ___ ___ TRANSPARENTE

CONFIANÇA ___ ___ ___ ___ ___ DESCONFIANÇA

INCÔMODO ___ ___ ___ ___ ___ CÔMODO

MODERNO ___ ___ ___ ___ ___ OBSOLETO

COMPROMISSO ___ ___ ___ ___ ___ DESCOMPROMISSO

COMPLICADO ___ ___ ___ ___ ___ PRÁTICO

COMUM ___ ___ ___ ___ ___ DIFERENCIADO

SOFISTICADO ___ ___ ___ ___ ___ SIMPLES

CARO ___ ___ ___ ___ ___ BARATO

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Quadro 3: Benefícios

Para avaliar a dimensão “distinção” foi utilizada uma técnica projetiva

(projective techniques), que partem de um princípio bastante simples, por meio de

um estímulo o indivíduo projeta seus aspectos subjetivos, atitudes, comportamento,

opiniões, etc., o que, por alguma razão, não faria espontaneamente (PERRIEN;

EMMANUEL; ZINS, 1984 apud MARCHETTI, 1995). Elas são planejadas para

acessar os motivos fundamentais dos indivíduos, apesar das racionalizações

inconscientes ou dos esforços de encobrimento consciente (SCHIFFMAN; KANUK,

2000).

Malhotra (2001, p. 165) define a técnica projetiva como "uma forma não

estruturada e indireta de perguntar, que incentiva os entrevistados a projetarem suas

motivações, crenças, atitudes ou sensações subjacentes sobre os problemas em

estudo".

Colocando a técnica em prática, foi solicitado ao cliente que complementasse

a seguinte frase:

5) Eu escolhi os serviços rápidos do FAST BOX porque...................

BENEFÍCIOS:

3) Que benefícios você encontra no FAST BOX?

4) Quais são os benefícios que o/a Sr/Sra busca ao trazer seu veículo no FAST BOX?

Marcar as opções que desejar.

□ Rapidez na execução dos serviços.

□ Transparência no relacionamento.

□ Comodidade das instalações.

□ Localização.

□ Possibilidade de acompanhar os serviços.

□ Não têm burocracia, é simples.

□ Segurança.

□ Garantia dos serviços.

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Para estruturar o questionário de pesquisa três especialistas foram

entrevistados para que fossem detectados os pontos de maior relevância da oficina

de serviços rápidos da concessionária.

O questionário utilizado na pesquisa em sua íntegra pode ser verificado no

Apêndice 1.

4.4 Coleta de dados

Durante a fase de trabalho de campo ou coleta de dados, o pesquisador

entrou em contato com os entrevistados, que neste caso são os clientes da oficina

de serviços rápidos da concessionária estudada. São apresentados os

questionários ou formulários, registram-se os dados e encaminham a documentação

para processamento. Este processo envolve normalmente a seleção, o treinamento

e a supervisão dos pesquisadores, a validação do trabalho de campo e a avaliação

dos pesquisadores (MALHOTRA, 2006).

O contato inicial foi fundamental, pois pode resultar tanto em cooperação

quanto na perda de entrevistados potenciais. Neste contato tentou-se seguir os

ensinamentos de Malhotra (2006) sobre não pedir permissão ao entrevistado. Ao

contrário, foram feitas observações visando o convencimento, como:

Bom dia/tarde, meu nome é......................................., e estou realizando uma pesquisa acadêmica relacionada a qualidade e imagem da marca. Além disso, esta pesquisa ajudará o FAST BOX a melhorar, ainda mais, a qualidade no atendimento. Para isso gostaria de lhe fazer algumas perguntas enquanto espera pelo serviço.

Quando havia objeção, tentava-se a persuasão explicando que o objetivo é

prestar um melhor serviço. Se o entrevistado informasse que no momento não

poderia responder, era descartado e abordava-se outro cliente.

Era também explicado não haver problema caso o cliente não se sentisse

apto a avaliar ou responder uma determinada pergunta, por não ter tido experiência

suficiente com o FAST BOX que possibilitasse uma resposta consciente.

Ao final da entrevista, era feito um agradecimento informando que a ajuda

serviria como forte contribuição para a melhoria dos serviços da oficina de

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serviços rápidos.

4.5 Tratamento e análise dos dados

O tratamento e análise dos dados é a última etapa do processo de pesquisa

de marketing. Segundo Malhotra (2006) é uma fase importante pode comprometer

seriamente os resultados estatísticos, levando a resultados tendenciosos e a uma

interpretação incorreta. Envolve a verificação dos questionários; o tratamento dos

dados, a codificação, transcrição e a limpeza dos dados, a estratégia de análise dos

dados e as técnicas estatísticas.

Serão apresentados os pontos mais relevantes relacionados às etapas que

envolvem o tratamento e análise de dados aplicados na presente pesquisa.

4.6 Análises estatísticas

Para analisar os dados obtidos nas pesquisas aplicadas foram utilizadas

ferramentas da estatística descritiva que tem por finalidade descrever certas

propriedades relativas a um conjunto de dados.

Distribuição de frequência simples ou frequência absoluta ou simplesmente,

frequência de uma classe ou de um valor individual é o número de observações

correspondentes a essa classe ou a esse valor.

A média aritmética simples também foi utilizada neste estudo. Está presente

em diversas situações cotidianas, é uma medida de posição de fácil uso. Na média

simples todos os valores possuem um mesmo peso, situação diferente na média

ponderada, que para cada valor deve-se levar em conta o valor do seu peso.

Para avaliar as possíveis correlações entre as variáveis foi utilizado

o coeficiente de correlação de Pearson, também chamado de "coeficiente de

correlação produto-momento" ou simplesmente de "ρ de Pearson" mede o grau da

correlação (e a direção dessa correlação - se positiva ou negativa) entre duas

variáveis de escala métrica (intervalar ou de rácio/razão).

Este coeficiente, normalmente representado por ρ assume apenas valores

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entre -1 e 1.

ρ = 1 Significa uma correlação perfeita positiva entre as duas variáveis.

ρ = − 1 Significa uma correlação negativa perfeita entre as duas variáveis -

Isto é, se uma aumenta, a outra sempre diminui.

ρ = 0 Significa que as duas variáveis não dependem linearmente uma da

outra. No entanto, pode existir uma dependência não linear. Assim, o

resultado ρ = 0 deve ser investigado por outros meios.

A análise correlacional indica a relação entre duas variáveis lineares e os

valores sempre serão entre +1 e -1. O sinal indica a direção, se a correlação é

positiva ou negativa, e o tamanho da variável indica a força da correlação.

Interpretando ρ

Baixa correlação (0,0 a 0,25).

Correlação moderada (0,25 a 0,5).

Correlação alta (0,5 a 0,75).

Correlação altíssima (0,75 a 1,0).

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5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

A pesquisa aplicada no FAST BOX, para avaliação da qualidade, utilizando a

escala SERVQUAL, apresentou os seguintes resultados.

5.1 Resultados das dimensões da qualidade

Na sequencia, os resultados das cinco dimensões da qualidade serão

apresentados: tangibilidade, confiabilidade, disponibilidade/presteza, segurança e

empatia.

5.1.1 Resultados para a dimensão tangibilidade

Conforme gráfico 1 observa-se que a limpeza e o visual das instalações

físicas e a aparência dos funcionários são as variáveis mais bem avaliadas, sendo

que soma das pontuações de “acima do esperado” e “muito acima do esperado”

somam mais de 60%. O conforto da sala de espera e a visualização de preços e

promoções foram as variáveis de tangibilidade que receberam pontuações mais

críticas: “muito abaixo do esperado”.

A aparência dos funcionários e a qualidade e aparência dos equipamentos

não receberam nenhuma avaliação “abaixo do esperado” e “muito abaixo do

esperado”, limpeza e visual das instalações recebeu apenas 2% de avaliação

“abaixo do esperado”.

Recordando a definição de tangibilidade na escala SERVQUAL:

Tangibilidade: aparência das instalações físicas, prédios, equipamentos, do pessoal

e dos materiais de comunicação.

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Gráfico 1: Resultados da dimensão tangibilidade Fonte: Pesquisa de campo, 2011

4,1%

6,3%

2,0%

17,5%

22,1%

41,8%

50,5%

44,4%

49,5%

37,8%

33,7%

37,9%

26,8%

16,8%

24,5%

24,5%

11,6%

7,2%

5,3%

35,7%

Limpeza e

visual das

instalações

físicas.

Aparência dos

funcionários

(uniformes,

cuidados

pessoais).

Qualidade e

aparência dos

equipamentos.

Conforto da

sala de espera.

Visibilidade de

preços e

promoções.

Muito acima do esperado 24,5%24,5%11,6%7,2%5,3%

Acima do esperado 37,8%33,7%37,9%26,8%16,8%

Igual ao esperado 35,7%41,8%50,5%44,4%49,5%

Abaixo do esperado 2,0%17,5%22,1%

Muito abaixo do esperado 4,1%6,3%

Limpeza e visual

das instalações

físicas.

Aparência dos

funcionários

(uniformes,

Qualidade e

aparência dos

equipamentos.

Conforto da sala

de espera.

Visibilidade de

preços e

promoções.

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71

5.1.2 Resultados para a dimensão confiabilidade

Conforme gráfico 2 observa-se que é alta a percepção da confiabilidade por

parte dos clientes do FAST BOX.

Quatro das cinco características avaliadas receberam mais de 95% das

avaliações entre “igual ao esperado”, “acima do esperado” e muito acima do

esperado, são elas: garantias oferecidas quanto aos serviços executados, serviço

feito conforme o combinado, serviço cobrado conforme o combinado e nota fiscal

correta, precisa e fácil de entender. Na quinta característica avaliada: cumprimento

do tempo prometido para entrega, a soma das avaliações “abaixo do esperado” e

“nuito abaixo do esperado” somaram 12,2% das avaliações.

Recordando a definição de confiabilidade na escala SERVQUAL:

Confiabilidade: capacidade para prestar o serviço prometido, de forma segura e

acurada.

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72

Gráfico 2: Resultados da dimensão confiabilidade Fonte: Pesquisa de campo, 2011

1,1%

1,1%

2,2%

1,1%

2,2%

3,2%

1,1%

11,1%

53,8%

51,8%

52,1%

56,2%

44,4%

15,4%

19,1%

21,3%

18,0%

27,8%

29,7%

25,8%

23,4%

22,5%

15,6%

Nota fiscal correta, precisa e fácil de entender.

Serviço feito conforme o combinado.

Garantias oferecidas quanto aos serviços executados.

Serviço cobrado conforme o combinado.

Cumprimento do tempo prometido para entrega

Nota fiscal correta, precisa e fácil de entender.

Serviço feito conforme o combinado.

Garantias oferecidas quanto aos

serviços executados.

Serviço cobrado conforme o combinado.

Cumprimento do tempo prometido

para entrega

Muito abaixo do esperado 1,1% 1,1% 2,2% 1,1%

Abaixo do esperado 2,2% 3,2% 1,1% 11,1%

Igual ao esperado 53,8% 51,8% 52,1% 56,2% 44,4%

Acima do esperado 15,4% 19,1% 21,3% 18,0% 27,8%

Muito acima do esperado 29,7% 25,8% 23,4% 22,5% 15,6%

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73

5.1.3 Resultados para a dimensão disponibilidade/presteza

Conforme gráfico 3 observa-se que esta dimensão também foi muito bem

avaliada. Duas caracteríticas avaliadas obtiveram mais de 95% de avaliações entre:

“igual ao esperado”, “acima do esperado” e “muito acima do esperado”, são elas:

disposição dos funcionários para atendê-lo e possibilidade de você poder

acompanhar os serviços de perto. A “adequação do horário de funcionamento às

necessiades do clientes” foi a característica da dimensão disponibilidade/presteza

que recebeu maior número de avaliações “abaixo do esperado” e “muito abaixo do

esperado”.

Recordando a definição de disponibilidade/presteza na escala SERVQUAL:

Disponibilidade/Presteza: boa vontade para servir os consumidores e fornecer

atendimento com presteza.

Page 75: QUALIDADE, ESCOPO E POSICIONAMENTO DA MARCA: … · 2.1 Marketing de serviços ... 2.2.6 Modelo de escopo e posicionamento da marca ... O volume de vendas de veículos de passeio

74

Gráfico 3: Resultados da dimensão disponibilidade/presteza. Fonte: Pesquisa de campo, 2011

5.1.4 Resultados para a dimensão segurança

Conforme gráfico 4 observa-se que, mais uma vez, as avaliações foram muito

satisfatórias, pois quase não se observaram avaliações negativas. A característica:

1,0%

4,1%

1,0%

2,0%

3,1%

11,3%

8,2%

31,6%

43,3%

38,2%

39,2%

40,9%

30,9%

28,9%

36,1%

24,5%

22,7%

17,5%

15,5%

Disposição dos funcionários para atendê-lo.

Possibilidade de você poder acompanhar os serviços de perto.

Adequação do horário de funcionamento às necessidades do cliente.

Funcionários em número suficiente para atender.

Disposição dos funcionários para

atendê-lo.

Possibilidade de você poder acompanhar os

serviços de perto.

Adequação do horário de funcionamento às

necessidades do cliente.

Funcionários em número suficiente

para atender.

Muito abaixo do esperado 1,0% 4,1% 1,0%

Abaixo do esperado 2,0% 3,1% 11,3% 8,2%

Igual ao esperado 31,6% 43,3% 38,2% 39,2%

Acima do esperado 40,9% 30,9% 28,9% 36,1%

Muito acima do esperado 24,5% 22,7% 17,5% 15,5%

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75

cuidado demonstrado com o seu carro recebeu 100% de avaliações positivas, se

considerarmos “igual ao esperado” como positiva, neste mesmo critério as

explicações fornecidas sobre os serviços receberam 98,9% de avaliações positivas.

Da mesma forma as outras duas variáveis avaliadas receberam avaliações positivas

em torno de 97% dos casos.

Recordando a definição de segurança na escala SERVQUAL: Segurança:

conhecimento e cortesia dos empregados e sua habilidade para inspirar

credibilidade e confiança.

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76

Gráfico 4: Resultados da dimensão segurança Fonte: Pesquisa de campo, 2011

3,1%

1,1%

1,1%

2,1%

26,8%

42,7%

48,9%

42,6%

37,1%

29,2%

27,2%

34,0%

33,0%

28,1%

22,8%

20,2%

Educação e cortesia dos funcionários.

Cuidado demonstrado com o seu carro.

Conhecimento técnico dos funcionários.

Explicações fornecidas sobre os serviços.

Educação e cortesia dos funcionários.

Cuidado demonstrado com o

seu carro.

Conhecimento técnico dos

funcionários.

Explicações fornecidas sobre os

serviços.

Muito abaixo do esperado 3,1% 1,1%

Abaixo do esperado 1,1% 2,1%

Igual ao esperado 26,8% 42,7% 48,9% 42,6%

Acima do esperado 37,1% 29,2% 27,2% 34,0%

Muito acima do esperado 33,0% 28,1% 22,8% 20,2%

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77

5.1.5 Resultados para a dimensão empatia

Conforme gráfico 5 observa-se que duas características obtiveram 60 % de

avaliações “acima do esperado” e muito acima do esperado”, são elas: interesse

demonstrado pelos funcionários em resolver os seus problemas e tratamento dado a

você como único. Na avaliação dos clientes estas duas características superaram as

expectativas iniciais referentes a empatia, curiosamente também foram as duas

características que receberam menção de “muito abaixo do esperado”. As outras

duas características: demonstração de ter uma visão do seu carro como um todo e

não apenas do problema em si e preocupação demonstrada com a sua satisfação

também foram muito bem avaliadas, a soma das avaliações “igual ao esperado”,

“acima do esperado” e “muito acima do esperado” superaram 90% das avaliações.

Recordando a definição de empatia na escala SERVQUAL: Empatia:

consideração e atenção individualizada, que a empresa presta aos seus clientes.

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78

Gráfico 5: Resultados da dimensão empatia Fonte: Pesquisa de campo, 2011

2,0%

1,9%

3,1%

3,1%

6,1%

6,3%

30,6%

32,7%

39,8%

48,5%

33,7%

33,7%

33,7%

30,5%

30,6%

28,6%

20,4%

14,7%

Interesse demonstrado pelos funcionarios em resolver os

seus problemas.

Tratamento dado a você como único.

Preocupacao demonstrada com a sua satisfacao.

Demonstração de ter uma visão do seu carro como um

todo e não apenas do problema em si.

Interesse demonstrado pelos

funcionarios em resolver os seus

problemas.

Tratamento dado a você como único.

Preocupacao demonstrada com a

sua satisfacao.

Demonstração de ter uma visão do seu

carro como um todo e não apenas do

problema em si.

Muito abaixo do esperado 2,0% 1,9%

Abaixo do esperado 3,1% 3,1% 6,1% 6,3%

Igual ao esperado 30,6% 32,7% 39,8% 48,5%

Acima do esperado 33,7% 33,7% 33,7% 30,5%

Muito acima do esperado 30,6% 28,6% 20,4% 14,7%

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79

5.1.6 Visão geral dos resultados da qualidade

Para uma visualização de todas as características agrupadas, que facilita a

visualização comparativa entre as cinco dimensões, apresentamos o gráfico abaixo,

onde podemos perceber que nenhuma dimensão alcançou notas médias “muito

acima do esperado”. A maioria das questões avaliadas alcançou notas médias

“acima do esperado”, apenas a “visibilidade de preços e promoções” obteve

avaliação “igual ao esperado”.

Gráfico 6: Visão comparativa – Intervalo de Confiança 95% Fonte: Pesquisa de campo, 2011

Analisando as médias das cinco dimensões da qualidade avaliadas no FAST

0 1 2 3 4 5

Qualidade e aparência dos equipamentos.

Limpeza e visual das instalações físicas.

Aparência dos funcionários (uniformes, …

Conforto da sala de espera.

Visibilidade de preços e promoções.

Cumprimento do tempo prometido para …

Garantias oferecidas quanto aos serviços …

Serviço feito conforme o combinado.

Serviço cobrado conforme o combinado.

Nota fiscal correta, precisa e fácil de entender.

Funcionários em número suficiente para …

Adequação do horário de funcionamento às …

Disposição dos funcionários para atendê-lo.

Possibilidade de você poder acompanhar os …

Conhecimento técnico dos funcionários.

Educação e cortesia dos funcionários.

Cuidado demonstrado com o seu carro.

Explicações fornecidas sobre os serviços.

Demonstração de ter uma visão do seu carro …

Preocupação demonstrada com a sua …

Interesse demonstrado pelos funcionarios …

Tratamento dado a você como único.

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80

BOX, a partir do gráfico 7, percebemos que todas elas são avaliadas como sendo

“acima do esperado”.

A dimensão segurança (conhecimento e cortesia dos empregados e sua

habilidade para inspirar credibilidade e confiança) foi a que recebeu melhor

avaliação na média e a tangibilidade (aparência das instalações físicas, prédios,

equipamentos, do pessoal e dos materiais de comunicação) foi a dimensão que

menos impactou na percepção da qualidade por parte dos clientes avaliados.

Gráfico 7: Dimensões da qualidade Fonte: Pesquisa de campo, 2011

5.2 Resultados para o construto IMAGEM.

5.2.1 Resultados para a dimensão associações

Na primeira pergunta sobre associações o cliente do FAST BOX deveria

responder a seguinte pergunta: Que palavra vem à sua mente quando pensa no

FAST BOX?

Analisando as respostas espontâneas, o bom atendimento e a

rapidez/agilidade/praticidade são as principais associações citadas pelos clientes.

Estas associações estão extremaente alinhadas com a oferta de serviços do FAST

BOX.

O gráfico 8 apresenta as palavras mais frequentes nas respostas de

associação livre:

3,5

3,6

3,7

3,8

3,7

3,0 3,5 4,0 4,5 5,0

TANGIBILIDADE

CONFIABILIDADE

DISPONIBILIDADE/PRESTEZA

SEGURANÇA

EMPATIA

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81

Gráfico 8: Palavras mais frequentes Fonte: Pesquisa de campo, 2011

Complementado a investigação sobre as associações, foi solicitado ao cliente

que fizesse uma avaliação, utilizando a técnica da escala de diferencial semântico,

para avaliar outras associações.

Das dez associações apreentadas, observa-se tendências em oito delas, com

a associação tendendo para: rápido, transparente, confiança, cômodo, moderno,

compromisso, prático e simples. As duas associações com tendência a neutraliade

foram: comum/diferenciado e caro/barato.

O resultado dessa avaliação é apresentada no gráfico 9:

Page 83: QUALIDADE, ESCOPO E POSICIONAMENTO DA MARCA: … · 2.1 Marketing de serviços ... 2.2.6 Modelo de escopo e posicionamento da marca ... O volume de vendas de veículos de passeio

82

1 2 3 4 5

Rápido Demorado

Obscuro Transparente

Confiança Desconfiança

Incômodo Cômodo

Moderno Obsoleto

Compromisso Descompromisso

Complicado Prático

Comum Diferenciado

Sofisticado Simples

Caro Barato

Rápido 1,63 Demorado

Obscuro 4,68 Transparente

Confiança 1,26 Desconfiança

Incômodo 4,40 Cômodo

Moderno 1,24 Obsoleto

Compromisso 1,14 Descompromisso

Complicado 4,42 Prático

Comum 3,42 Diferenciado

Sofisticado 4,50 Simples

Caro 2,50 Barato

Gráfico 9: Resultado de avaliação Fonte: Pesquisa de campo, 2011

5.2.2 Resultados para a dimensão benefícios

Na primeira pergunta sobre benefícios o cliente do FAST BOX deveria

responder a seguinte pergunta: Que benefícios você encontra no FAST BOX?

Nas respostas espontâneas dos clientes observamos que o “bom

atendimento” aparece com o benefício mais mencionado, seguido de: confiança,

garantia do serviço, rapidez e qualidade dos serviços.

O gráfico 10 apresenta as palavras mais frequentes nas respostas dos

clientes:

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83

Gráfico 10: Respostas mais frequentes Fonte: Pesquisa de campo, 2011

Em continuidade na investigação sobre os benefícios, utilizando a técnica de

multipla escolha, os clientes identificaram outros benefícios em uma lista de oito

sugestões. Nesta ocasião os clientes poderiam escolher mais de uma opção.

Observa-se uma similaridade com as respostas da pergunta espontânea, ou

seja, as mais votadas foram: garantia dos serviços, rapidez na execução dos

serviços, segurança e localização.

Apresentamos no gráfico 11 os resultados desta questão:

Gráfico 11: Similaridade Fonte: Pesquisa de campo, 2011

23

12

12

10

9

7

4

4

2

6

Bom atendimento

Confiança

Garantia do serviço

Rapidez

Qualidade dos serviços

Praticidade

Localização

Agendamento

Comodidade

Outros benefícios

72

67

57

52

41

28

27

24

Garantia dos serviços

Rapidez na execução dos serviços

Segurança

Localização

Transparência no relacionamento

Comodidade das instalações

Não têm burocracia, é simples

Possibilidade de acompanhar os serviços

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84

5.2.3 Resultados para a dimensão distinções

Na avaliação sobre as distinções do FAST BOX foi utilizada a técnica

projetiva, solicitando ao cliente que completasse a seguinte frase: Eu escolhi o FAST

BOX porque ........................................................................................................

Observa-se que as distinções mais votadas estão relacionadas ao

relacionamento: comprei o carro aqui, eu confio, indicação. A localização

complementa as quatro distinções mais citadas.

Apresentamos no gráfico 12 os resultados desta questão:

Gráfico 12: Dimensões distintas Fonte: pesquisa de campo, 2011

5.3 Resultados para as correlações entre qualidade e imagem

Nesta pesquisa, utilizando a estatística descritiva, mais especificamente a

“Correlação de Pearson” podemos identificar a correlação existente entre a

Qualidade e a Imagem. A correlação encontrada foi de 0,644 o que indica uma “alta

correlação”. As características específicas do construto qualidade que obtiveram

“alta correlação” com a Imagem foram: Disposição dos funcionários para atendê-lo

(disponibilidade/presteza) obteve correlação de 0,503, educação e cortesia dos

21

18

10

9

6

6

6

5

3

12

1

Comprei o carro aqui

Localização

Indicação

Eu confio

Pela qualidade do serviço prestado

Sou bem atendido

O carro estava na garantia

Por ser Fiat

Garantia dos serviços

Outras distinções positivas

Outras distinções negativas

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85

funcionários (segurança) obteve correlação de 0,547, interesse demonstrado pelos

funcionarios em resolver os seus problemas (empatia) obteve correlação de 0,570 e

tratamento dado a você como único (empatia) obteve correlação de 0,567. Tabela

completa encontra-se no Anexo 2 deste trabalho.

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86

6 CONSIDERAÇÕPES FINAIS

6.1 Conclusões

Nesta seção são feitas as conclusões do trabalho realizado com foco nos

objetivos gerais e específicos da dissertação. O objetivo geral era avaliar a

qualidade dos serviços rápidos de uma concessionária de veículos, utilizando a

versão modificada da Escala SERVQUAL e estudar a imagem percebida da marca

“FAST BOX”, por meio da metodologia EPM, buscando possíveis correlações entre

elas.

Quanto ao primeiro objetivo específico “Aplicar uma versão adaptada do

modelo SERVQUAL para avaliar a qualidade percebida pelos clientes com relação

aos serviços rápidos de oficina de uma concessionária de veículos”, foi evidenciado

na pesquisa que as dimensões da escala SERVQUAL que se destacaram

favoravelmente, foram a segurança, empatia e a disponibilidade/presteza, as

dimensões confiabilidade e tangibilidade receberam avaliação um pouco inferior,

mas ainda assim ficaram classificadas como “acima do esperado”.

No tocante ao segundo objetivo específico “Avaliar a imagem percebida da

marca FAST BOX, baseado no modelo EPM, utilizando as dimensões: associações,

benefícios e distinções” ficaram comprovadas que as associações mais fortes com

relação aos serviços do FAST BOX foram: o bom atendimento e a

rapidez/agilidade/praticidade. Com relação à dimensão benefícios a pesquisa

apresentou que os benefícios mais citados foram: bom atendimento, a garantia e

rapidez. Analisando a dimensão distinções destacam-se como as mais citadas:

“comprei o carro aqui”, “indicação”, “eu confio” e “localização”, é interessante

perceber que as três primeiras têm uma forte ligação com “relacionamento com o

cliente”.

O terceiro objetivo específico: “Comparar os resultados encontrados, após a

aplicação dos dois modelos, para investigar associações entre o construto qualidade

dos serviços com o construto da imagem do FAST BOX”. Por meio das análises

estatísticas foram evidenciadas altas correlações entre o construto qualidade e

imagem. As características da qualidade que pressupunham interação entre o

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87

cliente e o prestador de serviços foram as que apresentaram correlações mais altas,

impactando mais fortemente na formação da imagem do FAST BOX.

Resgatando o modelo da página 52, o qual estabelece uma relação

bidirecional entre os construtos qualidade e imagem, deve-se ressaltar a importância

da qualidade dos serviços prestados na fixação da imagem do FAST BOX como

indicam as correlações encontradas. Por outro lado pode-se entender que a relação

também prevalece no sentido oposto, uma vez que a imagem ajuda na escolha

pelos serviços e na percepção da qualidade do FAST BOX, claramente evidenciadas

nas distinções citadas pelos clientes, tais como: ”Eu confio”, “indicação”, “comprei o

carro aqui”.

Os resultados deste trabalho ajudarão a entender e aprofundar os estudos

entre as correlações dos constructos qualidade e imagem, além disso as

organizações poderão estabelecer as melhores práticas visando alcançar uma

melhor qualidade e imagem dos seus produtos, serviços e marcas.

6.2 Limitações

O presente trabalho apresenta limitações, algumas das quais serão enumerar

a seguir.

A primeira limitação é a impossibilidade de generalização da presente

pesquisa, pois ela foi aplicada em apenas uma concessionária da marca. Isso se

deveu às limitações de tempo e recursos, uma vez que a marca possuí centenas de

concessionárias distribuídas em todo território nacional.

Outra limitação observada reside no fato de que os clientes não possuem

familiaridade com os conceitos “associações”, “benefícios” e “distinções”, dificultando

o entendimento das questões limitando assim as respostas possíveis. Um exemplo

deste fato foi a resposta obtida à pergunta sobre “distinção”: ao ser solicitada a

complementação da frase: Eu escolhi o AUTOCENTRO AUTOMAX porque

..................................................................... uma grande parte dos clientes se

limitavam a responder “comprei o carro aqui”. A possível distinção que esta está por

trás desta resposta remete a fatores que estão ligados a fidelidade, construto que

não foi objeto deste estudo.

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88

Também limitando o estudo salienta-se o fato de que o modelo EPM não foi

integralmente aplicado, limitando-se à avaliação das associações, benefícios e

distinções na construção da percepção da imagem do FAST BOX.

6.3 Sugestões para futuros estudos

A partir do desenvolvimento deste trabalho outros poderão aprofundá-lo e

complementá-lo.

A primeira sugestão é a de um estudo mais amplo que possa ser

generalizado para todos os FAST BOX da marca em questão.

Para complementar e abranger toda a oferta de serviços rápidos de oficina,

sugere-se a realização de estudos similares abrangendo oficinas de serviço rápido

de concessionárias de outras marcas e de oficinas de serviços rápidos que não

estão vinculadas a uma marca única.

O mercado de veículos no Brasil esta passando por uma fase em que “novos

entrantes” (Porter) estão se estabelecendo, principalmente as marcas chinesas,

seria uma boa sugestão aplicar este estudo de avaliação de qualidade e imagem de

marca, com relação aos serviços de oficina oferecidos por eles.

Sugerimos, também, um estudo mais amplo do modelo EPM aplicado no

FAST BOX, onde outras dimensões que não foram contempladas neste estudo

possam ser pesquisadas.

Para finalizar sugerimos uma interessante investigação que seria a de

correlacionar os construtos de qualidade e imagem com o construto fidelização.

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89

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95

APÊNDICE

CORRE

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,3

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do

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ci

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de espera

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Cumprim

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o

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m

e o

combin

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nar

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m

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do AU

TOCENT

RO AU

TOMAX

0,644

Qualid

ade e a

parênc

ia dos e

quipam

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0,429

0,324

Limpez

a e vis

ual da

s insta

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ísicas

0,457

0,415

0,583

Aparên

cia dos

funcio

narios

(unifor

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s pesso

ais)0,4

410,3

150,4

650,7

32

Confor

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0,380

0,223

0,290

0,491

0,492

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de pre

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es0,3

530,2

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220,4

51

Cumprim

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trega

0,603

0,431

0,403

0,360

0,449

0,371

0,441

Garant

ias ofe

recida

s quant

o aos s

erviço

s execu

tados

0,610

0,483

0,555

0,581

0,591

0,398

0,320

0,634

Serviço

feito c

onform

e o com

binado

0,535

0,424

0,522

0,509

0,542

0,376

0,282

0,564

0,877

Serviço

cobrad

o confo

rme o c

ombin

ado0,5

640,3

980,5

620,6

250,6

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740,5

510,8

150,8

24

Nota f

iscal co

rreta,

precisa

e fácil

de en

tender

0,553

0,396

0,551

0,607

0,665

0,391

0,293

0,538

0,779

0,789

0,840

Funcio

nários

em nú

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te para

atende

r0,5

870,4

170,3

970,4

730,5

630,2

810,2

550,5

440,6

260,6

030,6

520,6

61

Adequa

ção do

horári

o de fu

nciona

mento

às nec

essida

des do

cliente

0,489

0,386

0,335

0,358

0,418

0,313

0,395

0,559

0,580

0,574

0,520

0,507

0,559

Dispos

ição do

s funci

onários

para a

tendê-

lo0,5

890,5

030,4

460,5

180,5

400,3

270,2

570,4

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040,5

750,5

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760,6

540,5

04

Possib

ilidade

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cê pode

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viços de

perto

0,500

0,389

0,444

0,538

0,526

0,365

0,301

0,477

0,684

0,604

0,659

0,644

0,505

0,418

0,622

Conhec

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técnic

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uncion

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0,573

0,348

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0,506

0,517

0,346

0,273

0,568

0,753

0,722

0,724

0,761

0,672

0,456

0,711

0,756

Educaç

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790,5

470,5

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530,6

530,7

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860,7

900,5

970,7

60

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630,7

810,7

49

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0,609

0,474

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0,508

0,582

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0,678

0,604

0,585

0,674

0,618

0,454

0,720

0,618

0,773

0,717

0,718

Demons

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110,6

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62

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63

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60

Tratam

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130,6

610,5

150,6

740,7

780,7

510,7

080,6

680,7

740,8

42

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QUESTIONÁRIO:

Bom dia/tarde, meu nome é ....................................... e estou realizando uma pesquisa acadêmica relacionada a qualidade e imagem da marca. Além disso, esta pesquisa ajudará o FAST BOX a melhororar, ainda mais, a qualidade no atendimento. Para isso gostaria de lhe fazer algumas perguntas enquanto espera pelo serviço.

ASSOCIAÇÃO: Escala de diferencial SEMÂNTICO

Que palavra vem à sua mente quando pensa em FAST BOX?

Apresentaremos a seguir pares de palavras e gostaríamos que o Sr./Sra. marcasse um X sobre a linha que esta posicionada mais próxima à sua percepção com relação aos serviços do FAST BOX.

5 espaços RÁPIDO ___ ___ ___ ___ ___ DEMORADO OBSCURO ___ ___ ___ ___ ___ TRANSPARENTE CONFIANÇA ___ ___ ___ ___ ___ DESCONFIANÇA INCÔMODO ___ ___ ___ ___ ___ CÔMODO MODERNO ___ ___ ___ ___ ___ OBSOLETO COMPROMISSO ___ ___ ___ ___ ___ DESCOMPROMISSO COMPLICADO ___ ___ ___ ___ ___ PRÁTICO COMUM ___ ___ ___ ___ ___ DIFERENCIADO COMPLICADO ___ ___ ___ ___ ___ SIMPLES CARO ___ ___ ___ ___ ___ BARATO

Que benefícios você encontra no FAST BOX?

BENEFÍCIOS: Quais são os benefícios que o/a Sr/Sra busca ao trazer seu veículo no FAST BOX?

Marcar as opções que desejar.

□ Rapidez na execução dos serviços.

□ Transparência no relacionamento.

□ Comodidade das instalações.

□ Localização.

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97

□ Possibilidade de acompanhar os serviços.

□ Não têm burocracia, é simples.

□ Segurança.

□ Garantia dos serviços.

DISTINÇÃO: COMPLETE A SENTENÇA: Eu escolhi o FAST BOX porque .....................................................................

Pesquisa destinada a medir o nível de expectativa dos clientes e o nível de desempenho com relação aos serviços rápidos de uma oficina mecânica.

Muito

Abaixo do

Esperado

Abaixo do

Esperado

Igual ao

Esperado

Acima do

Esperado

Muito

Acima do

Esperado

1 2 3 4 5

1 Qualidade e aparência dos equipamentos.

2 Limpeza e visual das instalações físicas.

3 Aparência dos funcionários (uniformes, cuidados pessoais).

4 Conforto da sala de espera.

5 Visibilidade de preços e promoções.

6 Cumprimento do tempo prometido para entrega.

7 Garantias oferecidas quanto aos serviços executados.

8 Serviço feito conforme o combinado.

9 Serviço cobrado conforme o combinado.

10 Nota fiscal correta, precisa e fácil de entender.

11 Funcionários em número suficiente para atender.

12 Adequação do horário de funcionamento às necessidades do cliente.

13 Disposição dos funcionários para atendê-lo.

14 Possibilidade de você poder acompanhar os serviços de perto.

15 Conhecimento técnico dos funcionários.

16 Educação e cortesia dos funcionários.

17 Cuidado demonstrado com o seu carro.

18 Explicações fornecidas sobre os serviços.

19 Demonstração de ter uma visão do seu carro como um todo e não apenas do problema em si.

20 Preocupação demonstrada com a sua satisfação.

21 Interesse demonstrado pelos funcionarios em resolver os seus problemas.

22 Tratamento dado a você como único.

Item DESEMPENHO (D)

CO

NFIA

BILID

AD

ETA

NG

IBILID

AD

ED

ispo

nib

ilidad

e/

Pre

steza

SEGU

RA

AEM

PA

TIA

Perguntas de fechamento:

Muito

Abaixo do

Esperado

Abaixo do

Esperado

Neutro Acima do

Esperado

Muito

Acima do

Esperado

1) Qual é a sua avaliação para a qualidade dos serviços do FAST BOX? 1 2 3 4 5

Muito

Negativa

Negativa Indiferente Positiva Muito

Positiva

2) Qual é a sua avaliação para a IMAGEM do FAST BOX? 1 2 3 4 5