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0 Gustavo Adam Fraga TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II O USO DO GIMMICK NAS ESTRATÉGIAS DA MARCA CHEETOS NA REDE SOCIAL INSTAGRAM Santa Maria, RS. 2018/1

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Gustavo Adam Fraga

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II

O USO DO GIMMICK NAS ESTRATÉGIAS DA MARCA CHEETOS NA

REDE SOCIAL INSTAGRAM

Santa Maria, RS.

2018/1

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Gustavo Adam Fraga

O USO DO GIMMICK NAS ESTRATÉGIAS DA MARCA CHEETOS NA REDE

SOCIAL INSTAGRAM

Trabalho Final de Graduação II apresentado ao

Curso de Publicidade e Propaganda, Área de

Ciências Sociais, da Universidade Franciscana,

como pré-requisito para aprovação na

disciplina de Trabalho Final de Graduação II.

Orientadora: Profa. Dra. Graziela Frainer Knoll

Santa Maria, RS.

2018/1

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O USO DO GIMMICK NAS ESTRATÉGIAS DA MARCA CHEETOS NA REDE

SOCIAL INSTAGRAM1

Gustavo Adam FRAGA2

Graziela Frainer KNOLL3

RESUMO

O gimmick funciona como um recurso atrativo com efeito visual ou sonoro que chama a

atenção e desperta o interesse por determinada marca. O objetivo geral deste trabalho é

analisar o uso do gimmick no Instagram da marca Cheetos em suas estratégias de marketing

digital. Para isso, tem-se os seguintes objetivos específicos: descrever como o personagem

Chester Cheetah é representado nas postagens da marca; identificar as estratégias de

marketing digital utilizadas em torno do gimmick; refletir sobre a importância do personagem

para a marca na sua comunicação no Instagram. A metodologia é de caráter qualitativo com

análise de conteúdo e uso das categorias: formato, conteúdo, estratégias de marketing digital e

fase da presença digital. Foram analisados 43 posts da marca Cheetos no Instagram, e os

resultados mostram que predomina o relacionamento nas postagens da marca Cheetos,

introduzindo a interação com seu público. Conclui-se que a humanização do personagem

Chester Cheetah no Instagram destaca a importância de um personagem animado, que se

relaciona facilmente com o público.

PALAVRAS-CHAVE: Publicidade; Marketing digital; Rede social; Gimmick.

ABSTRACT

Gimmick works as an attractive feature with visual or audible effect that attracts attention and

arouses interest for a particular brand. The general objective of this work is to analyze the use

of gimmick in Instagram of the Cheetos brand in its strategies of digital marketing. To do so,

we have the following specific objectives: to describe how the Chester Cheetah character is

represented in the brand's posts; identify the digital marketing strategies used around

gimmick; reflect on the importance of the character to the brand in its communication on

Instagram. The methodology is qualitative with content analysis and use of the categories:

format, content, digital marketing strategies and digital presence phase. We analyzed 43

Cheetos brand posts on Instagram, and the results show that the relationship predominates in

the posts of the brand Cheetos, introducing the interaction with its public. It is concluded that

the humanization of the character Chester Cheetah on the Instagram highlights the importance

of an animated character, who relates easily to the public.

KEYWORDS: Advertising; Digital Marketing; Social network; Gimmick.

1 Artigo de pesquisa de TFGII. 2 Acadêmico de Publicidade e Propaganda; UFN. E-mail: [email protected] 3 Orientadora, Doutora, Professora Adjunto no curso de Publicidade e Propaganda (UFN). E-mail:

[email protected]

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1 INTRODUÇÃO

A internet trouxe diversas mudanças para a sociedade e para o mercado. Recuero

(2009) confirma que a possibilidade de se expressar é uma das mudanças mais fundamentais

observadas, uma vez que o contato com pessoas de qualquer parte do mundo ficou na palma

das nossas mãos. A sociabilização é outro fator importante, à medida que a interação entre

duas ou mais pessoas ficou cada vez mais fácil por meio da comunicação mediada pelo

computador ou pelo celular. Em um universo tomado pela era da internet, as redes sociais4 se

expandem e se qualificam cada vez mais, evoluindo tão rapidamente que, em poucos anos, a

diferença na comunicação entre marca e cliente muda drasticamente (RECUERO, 2009). As

empresas têm estado em busca da popularidade diante de seu público, por isso, estão

constantemente conectadas às características de seus consumidores, inserindo cada vez mais

seu foco de venda e de relacionamento nas redes sociais e em conteúdos para web.

Para Corrêa (2008), sobre as estratégias de posicionamento da marca, é preciso

observar o mercado, pois, se a empresa está no mercado, consequentemente, é para obter

resultados, o que pode ser expresso pelo lucro, pela boa imagem sobre o público, pela

liderança que ela adquire sobre os concorrentes. A empresa deve trabalhar sobre a

investigação do potencial do mercado, procurar segmentos em que possa obter vantagens e

inovar em produtos e serviços tecnologicamente mais avançados que os concorrentes

(CORRÊA, 2008). O autor acrescenta que, dessa forma, a empresa terá um posicionamento

que lhe atribua um feedback positivo ao longo da exposição da marca.

Há marcas que promovem seus valores e seu posicionamento por meio de uma

mascote chamada gimmick, isto é, um personagem que representa a marca. Segundo Rabaça e

Barbosa (1987), o gimmick é um recurso, artifício ou macete que tem como principal

característica chamar a atenção do público. Assim, as interações promovidas pela marca

fazem com que a mascote se destaque dos demais elementos da publicidade e desperte o

interesse do consumidor.

Sobre a origem do gimmick, Gomes e Azevedo (2005) explicam que o grande desafio

de publicitários no pós-guerra era criar bonecos com que as marcas pudessem se identificar e,

como a publicidade dava seus primeiros passos na televisão, a melhor forma de divulgar uma

marca era a estratégia da criação de personagens que lhe dessem vida e personalidade. Foi

4 Neste trabalho, optou-se pelo termo rede social ou rede social digital em relação às plataformas digitais de

interação entre usuários, que podem ser tanto pessoas, quanto instituições ou empresas. Será adotado o conceito

de rede ou mídia social como um conjunto de atores (pessoas, instituições ou grupos) e as conexões entre eles

(RECUERO, 2009).

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assim que muitos produtos foram humanizados, como por exemplo, pasta de dentes com

braços e pernas e, inclusive, o McDonald’s, que utilizou hambúrgueres com boca e olhos para

criar uma interação com o público. Assim, o mascote remete a um personagem de vida

própria que é articulado à imagem de uma marca em sua publicidade.

O problema de pesquisa é como a marca Cheetos utiliza seu gimmick nas estratégias

de marketing digital na rede social Instagram? O objetivo geral é analisar o uso do gimmick

no Instagram da marca Cheetos em suas estratégias de marketing digital. Para isso, tem-se os

seguintes objetivos específicos: descrever como o personagem Chester Cheetah é

representado nas postagens da marca, identificar as estratégias de marketing digital

(GABRIEL, 2010) utilizadas em torno do gimmick, refletir sobre a importância do

personagem para a marca na sua comunicação no Instagram.

A relevância desta pesquisa se justifica pela atualidade do tema ao abordar gimmicks,

estratégias de marketing digital e redes sociais. O tema a ser estudado se refere a uma

plataforma de trocas e compartilhamento de conteúdos principalmente visuais: o Instagram.

Esse site de rede social vem crescendo e se adaptando às mudanças e atualizações todo o

tempo, por isso, analisar o gimmick da marca Cheetos será uma maneira de compreender

melhor a plataforma e seus recursos publicitários.

Outro fator importante é a carência de bibliografia sobre o uso publicitário de

gimmicks. A falta de bibliografia específica sobre o gimmick persiste apesar de o uso de

mascotes que aproximem o relacionamento entre a marca e seus consumidores ser uma das

principais estratégias publicitárias há bastante tempo utilizada, a exemplo da mascote da

marca de pneus Michelin, que existe desde 1889, criado por um cartunista francês (SUPER...,

2016).

Além disso, este trabalho poderá servir como fonte de consulta para estudantes de

Publicidade e Propaganda interessados em mídias sociais e em estratégias de marketing e

comunicação no meio digital. Como a tecnologia e as redes sociais digitais estão estabelecidas

no contexto social de hoje, o estudo poderá ajudar os estudantes a entenderem a forma como

essas mídias agem no relacionamento entre marca e consumidor.

2 O PODER DE UM MASCOTE NA PALMA DA MÃO: CHESTER CHEETAH,

INSTAGRAM E MARKETING

2.1 CIBERCULTURA

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O espaço cultural atrelado ao mundo tecnológico e às redes sociais é designado como

ciberespaço (LÉVY, 1999). Ele foi desenvolvido junto com as novas tecnologias, um novo

lugar de interação e troca de informações totalmente diferentes do que se estava habituado

antes de sua formulação. A cibercultura, conforme Lévy (1999), reúne nada menos do que

informações sobre, praticamente, todas as culturas do mundo em um só lugar, a internet.

O ciberespaço também pode ser chamado de rede, e é um novo meio de se comunicar

através da interconexão mundial de computadores. Essa rede não necessariamente se refere

apenas à infraestrutura material da comunicação, mas a todas as informações e conteúdos que

a rede abriga, juntamente com as pessoas que abastecem e alimentam essa rede de

conhecimentos (LÉVY, 1999).

Conforme ressaltado por Lévy (1999), as possibilidades que o mundo virtual traz para

a essência da sociedade em rede é de grande importância, uma vez que os usuários exploram o

ciberespaço ao mesmo tempo em que o atualizam. Quando as interações e a troca de

informações mudam o espaço, há um avanço na forma de comunicação do mundo digital,

tornando-se um vetor de inteligência e criação de coletivas (LÉVY, 1999). Dessa forma,

segundo o autor, o crescimento do ciberespaço pode ser dado por três princípios

fundamentais: a interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva. A

interconexão implica o significado da interação mundial sem fronteiras, onde pessoas podem

se comunicar de lugares diferentes e culturas diferentes facilmente, já as comunidades virtuais

consistem em um prolongamento dessa interconexão, pois se fundamentam na troca de

afinidades, interesses e conhecimentos em um processo de cooperação dos indivíduos que

estão em contato, independentemente de estarem perto ou longe geograficamente (LÉVY,

1999). Por sua vez, a inteligência coletiva é uma espécie de conhecimento que se sustenta por

meio das conexões sociais pela rede, que podem ser representadas por signos, recursos lógicos

e linguagens. Em consequência disso, Lévy (1999) destaca que, para a cibercultura, a conexão

é sempre preferível ao isolamento.

Segundo Lemos (2002), a cibercultura é fruto de novas formas de relações sociais. Ela

se caracteriza por ser uma espécie de “fase mágica” da tecnologia, como uma simulação do

mundo pelos pós-medias (redes de computador, telefones móveis, televisão interativa, entre

outros meios). Sendo assim, trata-se de um produto da digitalização dos meios, o que tornam

o fluxo da mensagem bidirecional ou multidirecional, ou seja, o receptor torna-se também um

emissor em potencial.

Pode ser feita uma conexão entre as ideias de Lévy (1999) e Lemos (2002) no que diz

respeito à interação do espaço online. Lévy (1999) afirma que usuários exploram a todo o

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momento o ciberespaço e assim o atualizam, isso é corroborado por Lemos (2002), que

considera a cibercultura como proveniente da troca de mensagens em que o receptor equivale

a um emissor em potencial, pois, quando trocamos mensagens online com outras pessoas, de

certa forma, estamos atualizando o ciberespaço, uma vez que exploramos diversas maneiras

de comunicação na internet e somos todos produtores potenciais de conteúdo. Essa ideia pode

ser complementada por Terra (2011), que considera haver certa simetria entre produtores e

receptores na comunicação em rede, já que há uma troca de papéis constante entre esses dois

polos, ou seja, uma conversação colaborativa.

Santaella (2003), ao abordar o início da transição entre os meios midiáticos para a

cibercultura, explica que, quando os microcomputadores começaram a se espalhar e a se

desenvolver na cultura mundial, em meados da década de 1980, as pessoas que estavam

acostumadas a serem espectadoras do rádio e da televisão tornaram-se usuárias da tecnologia,

interagindo entre si nesse novo meio. Surgia, assim, uma cultura da velocidade, com a

necessidade simultânea de acelerar e humanizar a interação dos seres humanos entre si e com

as máquinas (SANTAELLA, 2003). Ainda conforme a autora, a tecnologia computacional

está em um patamar tão elevado na sociedade, que realiza a mediação das relações sociais, das

identidades e da forma de se viver socialmente. As formas eletrônicas de comunicação

(celular, computador) se fixam e se tornam essenciais na vida social, estabelecendo-se

firmemente e causando a necessidade de uma comunicação digital.

Segundo Gabriel (2010), desde os meados de 1990, a web sofreu diversas mudanças:

passou de uma web estática de leitura, para uma web dinâmica de participação. A partir dessas

mudanças, O’Reilly (apud GABRIEL, 2010) identificou três ondas conhecidas como web 1.0,

web 2.0 e web 3.0. A classificação citada está relacionada mais às mudanças nos

comportamentos dos usuários que interagem na web do que às tecnologias que

proporcionaram essas mudanças (GABRIEL, 2010).

A web 1.0, própria do início da cibercultura, é classificada com a mais simples, pois é

relativamente estática, em que as pessoas apenas navegam e consomem informações. A web

2.0 é a web em que as pessoas mais participam, utilizada pela maioria das pessoas para

qualquer tipo de interação (GABRIEL, 2010). É exatamente essa interação e participação que

caracterizam esse segundo cenário, com uso de: blogs, fotos, vídeos e redes sociais digitais.

Gabriel (2010) explica que a web 2.0 é a chamada “computação em nuvem”, ou seja, os

aplicativos estão disponíveis na internet e podem ser acessados por meio de computadores em

conexão online.

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A facilidade de compartilhar conteúdos na web 2.0 faz com que qualquer pessoa possa

ser produtora de informação. Las casas (2010) cita Tim O’Reilly quando fala sobre a web 2.0.

O termo significa um avanço para a internet da segunda geração, onde as pessoas colaboram e

criam e compartilham conteúdos e informações por meio das redes sociais (LAS CASAS,

2010). Ao mesmo tempo em que isso é positivo e traz liberdade para o usuário, também

possibilita a rapidez da multiplicação de conteúdos. Segundo Gabriel (2010), no momento em

que a banda larga se popularizou, as aplicações online se tornaram cada vez mais frequentes e

possíveis, pois as redes sociais se proliferaram e, assim, o ato de “estar online” se tornou

comum.

Toda forma de informação na web é documentada atualmente, porém, em breve,

qualquer coisa poderá fazer parte da internet, não apenas por documento, o que se deve ao uso

dos sensores RFID (identificação automática por sinais de rádio) e às tags e QRcodes (espécie

de código de barras), formando o que Gabriel (2010) chama de “internet das coisas”. Desse

modo, a internet está sempre se atualizando e, devido ao volume e às diferentes fontes de

informações e materiais que são acrescentados à web diariamente, ela se torna mais complexa.

É esse tipo de web emergente que caracteriza a web 3.0.

O conceito trazido por Terra (2011) sobre a comunicação digital define a comunicação

como algo exclusivamente do ambiente tecnológico, que promove trocas e interações entre

usuários que se sociabilizam dentro de um contexto social existente. A comunicação

interativa, segundo Terra (2011), provoca uma ruptura em dois aspectos essenciais da

comunicação digital, o espaço e o tempo, pois são elásticos na rede e definidos,

respectivamente como policrônico (termo utilizado para definir várias coisas que são feitas ao

mesmo tempo) e multidirecional.

Las Casas (2010) considera que a mudança no relacionamento e nas interações foi

possível a partir do desenvolvimento de novas tecnologias e programas próprios que facilitam

a colaboração na rede. E, seguindo o conceito de ciberespaço e cibercultura, destaca-se a

formação da rede social, que consiste em um grupo de pessoas dentro de uma organização se

relacionando através de um conjunto de interações e motivações sociais, como amizade,

trabalho ou a simples troca de informação.

2.2 REDES SOCIAIS

Os conceitos de rede social e mídia social podem ser diferenciados da seguinte forma:

as redes sociais se relacionam diretamente com as pessoas, já as mídias sociais associam-se a

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conteúdos (texto, imagem, vídeo) gerados e compartilhados pelas pessoas (GABRIEL,2010).

Analisando desse modo, redes sociais e mídias sociais não têm, necessariamente em foco, a

tecnologia, mas as pessoas e as conexões humanas. Gabriel (2010) ainda cita que a tecnologia

apenas facilita a conexão entre ou mais pessoas, por exemplo, o Facebook potencializa a

conexão dos seus usuários, assim criando um avanço de mídias sócias online.

Um dos atributos principais da cibercultura são as redes sociais, que representam o

diferencial da comunicação mediada por computador. O que lhes caracteriza é a publicação de

ideias e informações e as possibilidades de se construir um perfil individualizado

(RECUERO, 2012). Recuero (2012) também cita dois elementos a partir de Boyd e Ellison

(2007), que são a apropriação, isto é, o sistema utilizado para manter as redes sociais e dar-

lhes sentido, e a estrutura, cuja principal característica é a exposição pública das pessoas na

rede. Em resumo, as redes sociais sustentam laços relacionais entre os usuários, que

dependem da interação entre os atores (pessoas que interagem entre si dentro do ciberespaço)

e os laços associativos, que são provenientes da associação entre eles (RECUERO, 2012).

Ainda segundo Recuero (2012), as redes sociais podem ser simétricas ou assimétricas.

Embora o Facebook esteja atrelado mais facilmente à categoria rede social, ele se caracteriza

por ter simetria e ser recíproca, uma vez que, para adicionar uma pessoa, esse usuário deve

aceitar a solicitação, gerando uma ação igual. Já outras redes sociais não necessitam dessa

simetria, ou seja, são assimétricas, como é o caso do Twitter e do Instagram, por exemplo, em

que se pode seguir uma pessoa sem que ela concorde – se o perfil for aberto – ou sem seguir a

pessoa de volta.

Esse contexto de assimetria e simetria faz sentido no que expõem Boyd e Ellison

(2007, apud RECUERO, 2012) quando citam a estrutura como um fato importante na

exposição das pessoas na rede. A característica de uma rede social pode ser dada pelo simples

movimento de adicionar ou seguir pessoas no mundo online. Se não houvesse essa proporção,

a rede não poderia ser chamada de social.

Esse tipo de rede social não recíproca é algo novo. Apenas para fazer um paralelo, é

como se enquanto um grupo de pessoas conversa entre si, outros pudessem

aproximar-se e “ouvir” a conversa sem gerar mal-estar. Tal fato é quase

inimaginável numa conversação offline. Entretanto, é perfeitamente comum no

ambiente online (RECUERO, 2012, p. 134).

As redes sociais existem há quase três mil anos, quando no inicio da civilização os

homens sentavam em rodas em volta de uma fogueira para conversar assuntos de interesse em

comum (GABRIEL, 2010). O que mudou com o passar do tempo foi a tecnologia, que

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evoluiu e passou a mediar as interações, assim criando e difundido conhecimento por meio de

redes sociais digitais. Dessa forma, mudanças como a escrita, o telefone, o computador, o

smartphone e o tablet, fizeram com que se implementassem novas modalidades de

comunicação.

É importante salientar que redes sociais têm a ver com pessoas e com as relações entre

elas, e não apenas com tecnologias e computadores, que somente são utilizados em benefício

da relação entre pessoas. A comunicação constitui o foco das redes sociais, e a tecnologia é o

que facilita a interação (GABRIEL, 2010). Strutzel (2015) corrobora a afirmação de Gabriel

(2010) citando que as redes sociais consistem em grupos de pessoas com interesses comuns,

tanto que elas não são nativas da internet, pelo contrário, existem desde as primeiras

interações humanas. Portanto, a era digital trouxe o conceito de rede social como um site em

que o indivíduo possui uma página pessoal e lá procura por outras pessoas para compartilhar

conteúdos de seu interesse (STRUTZEL, 2015).

Além disso, relacionando esse fator com a assimetria e a simetria citadas por Recuero

(2012), o fato de se ter quantos amigos quiser ou seguir quantas pessoas quiser faz da rede

social um meio infinito de buscas e troca de informações, deixando o indivíduo mais

atualizado e ligado a informações do mundo inteiro. Assim, as redes sociais digitais se

diferenciam da rede social primitiva citada por Gabriel (2010) e por Strutzel (2015), em que o

espaço e as interações eram limitados e físicos, o que diminuía o potencial de uma pessoa de

saber sobre o que estava ocorrendo em outros lugares.

Enquanto nas redes sociais primitivas as pessoas estavam limitadas ao tempo, ao

espaço geográfico e à oralidade, nas redes sociais digitais, as barreiras de tempo-espaço são

ilimitadas, podendo a pessoa conter um número ilimitado de “amigos” ou de relacionamentos.

Gabriel (2010) cita um estudo de 1992, segundo o qual o nosso cérebro tem capacidade para

administrar, no máximo, 150 amigos, e que, mesmo que tenha mais de 1.000 amigos nas redes

sociais, o círculo íntimo é sempre em torno dessas 150 pessoas. Também, existem correntes

de pesquisadores que acreditam que, a cada geração, o número de amigos que o cérebro pode

administrar aumenta, ou seja, por exemplo, a geração Y é capaz de administrar um número

maior de 150 amigos nas redes sociais. Já a geração Z é capaz de administrar um número

maior (GABRIEL, 2010). A autora define a rede social como uma rede de indivíduos que

podem ser chamados de “nós” que são ligados a um ou mais tipos de interdependências, como

amizade, relacionamentos e conhecimentos. Portanto, tanto online quanto offline, há diversos

tipos de redes sociais, conforme o tipo de interdependência que elas desenvolvem.

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Há, ainda, as diferenças entre as redes sociais do ponto de vista do conteúdo produzido

e compartilhado. O Twitter, por exemplo, se constitui como um microblog e não como perfil,

porém possibilita a publicação de fotos, frases e conversas entre os atores (BERTOLDI,

2015). Por sua vez, o Instagram é uma rede que possibilita a configuração de um perfil do

usuário para a publicação, sobretudo, de imagens, conforme será visto na próxima seção.

2.2.1 Instagram

Segundo a pesquisa Social Media Trends 2017 (ROCKCONTENT, 2017), cada vez

mais, as empresas estão presentes nas redes sociais: cerca de 92,1% das empresas brasileiras

estão presentes em sites de rede social e utilizam essas plataformas de modo de estratégico.

Essa mesma pesquisa registrou que 83,2% das empresas utilizam as redes sociais para ter

maior visibilidade de marca no meio online, e 63,2% para interagir com o seu público. A

divulgação da marca e o engajamento com a audiência também são destaques no que diz

respeito aos benefícios que presença digital traz. E, entre as principais redes sociais usadas

pelas empresas, o Instagram se encontra em segundo lugar com 63,3%, perdendo apenas para

o Facebook que exerce a maior taxa de engajamento das empresas com 97,6%

(ROCKCONTENT, 2017).

Para Sebastião (2013), o Instagram é um aplicativo para celular e smarphone que

permite que o usuário veja e compartilhe fotos e vídeos com os outros usuários. Como se trata

de uma rede assimétrica (RECUERO, 2012), as publicações não privadas podem ser vistas

por seguidores do usuário ou não. O aplicativo foi criado em outubro de 2010 pelo norte-

americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, formados pela Universidade de

Stanford (Palo Alto, Califórnia). No início, o aplicativo estava disponível apenas para sistema

operacional iOS, da Apple, como o Iphone. Contando com apenas seis funcionários, o

Instagram atingiu, em setembro de 2011 o índice de quase 10 milhões de usuários. Mais tarde,

ao ser disponibilizado, a partir de abril de 2012, para o sistema operacional Android, do

Google, o índice de downloads na loja virtual (Google Play) chegou à marca de 1 milhão

(PIZA, 2012). Depois de uma semana com o Instagram disponível para aparelhos Android, o

criador do Facebook Mark Zuckeberg anunciou a compra da empresa por aproximadamente 1

bilhão de dólares (PIZA, 2012).

Dentre as funcionalidades, Piza (2012) explica que o Instagram tem a capacidade de

capturar fotos através de sua própria câmera a partir do aplicativo, sendo sua principal

característica o compartilhamento de imagens. Além disso, o indivíduo pode fazer uma foto

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com seu próprio celular e postar mais tarde ou, até mesmo, usar alguma imagem salva da

internet ou fotos de outros dispositivos para compartilhar.

Depois de escolher a imagem que deseja publicar, o usuário pode escolher um dos 24

filtros para melhorar a qualidade da imagem. Além disso, cada um dos filtros oferece

possibilidades de edição, tais como brilho, contraste, estrutura, entre outros. Após a foto ser

editada da maneira que a pessoa desejar, ela pode escrever uma legenda, adicionar

localização, marcar pessoas e até compartilhar a foto simultaneamente no Facebook, no

Twitter ou no Tumblr. O usuário também pode compartilhar várias fotos ao mesmo tempo no

sistema carrossel, em que se pode ver várias imagens em apenas uma postagem, deslizando a

foto horizontalmente.

Piza (2012) explica que os relacionamentos no Instagram se dão em torno de amigos e

seguidores, que têm o intuito de acompanhar continuamente as atualizações um do outro na

rede, e o usuário pode seguir diferentes contas. Quando o usuário opta por seguir alguém, as

fotos e compartilhamentos da pessoa aparece imediatamente no seu feed, permitindo a pessoa

a curtir e comenta-las, além de enviar a foto via direct para outros usuários.

O Instagram também permite o compartilhamento de fotos ou vídeos por determinado

momento, ou seja, a pessoa pode postar uma foto em sua história e ela ficará lá por um dia e,

logo depois, se apagará automaticamente, assim outras pessoas podem visualizar os

momentos de outros usuários no recurso de stories. Além disso, a rede social permite fazer

vídeos ao vivo também, basta abrir sua história e clicar no botão de vídeo ao vivo, após a

finalização o usuário pode salvar o seu vídeo e postar em sua história, para que outras pessoas

que não puderam ver no momento, possam vê-lo mais tarde. Do ponto de vista mercadológico

ou estratégico, o Instagram, assim como outras redes sociais digitais, pode ser utilizado nas

estratégias e táticas de marketing.

2.3 MARKETING DIGITAL

O marketing digital surgiu com a evolução da web, que tornou necessário um conjunto

de metodologias e estratégias específicas para esse meio. Como Gabriel (2010) explica, as

estratégias de marketing são planejadas com base nos 4Ps (produto, preço, praça e promoção).

Há alguns anos atrás, era possível ter a possibilidade de utilizar um composto de marketing

baseado apenas em tecnologias tradicionais; enquanto que hoje ,qualquer um dos 4Ps pode ser

digital ou tradicional. E-books e softwares são citados pela autora como exemplos de produtos

digitais, os linden dollars (dinheiro digital) consistem em um exemplo de preço, e-commerces

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e redes sociais são exemplos de praça, e ações de comunicação digital, como links

patrocinados, são exemplos de promoção digital (GABRIEL, 2010). Para a autora, “a

proliferação de tecnologia e plataformas digitais oferece um cenário fértil para as mais

diversificadas ações de marketing”, e a mensuração é uma das principais vantagens do meio

digital em relação às outras mídias (GABRIEL, 2010, p. 105). Entretanto, para que isso

ocorra, é preciso saber gerenciar as ferramentas e opções da maneira adequada. Para ter

sentido, o marketing digital deve englobar todas as tecnologias e plataformas digitais

utilizadas nas ações. Por fim, a autora cita que o marketing digital é marketing habitual,

porém é o planejamento estratégico que determinará que plataformas serão usadas, sejam elas

digitais ou não.

Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 71) definem que o marketing 4.0, que une

“interações online e off-line entre empresas e clientes, mescla estilo com substância no

desenvolvimento das marcas e, finalmente, complementa a conectividade máquina a máquina

com o toque pessoa a pessoa para fortalecer o engajamento do consumidor”. Um dos tópicos

debatidos pelo autor diz respeito às empresas online e off-line, explicando que, por mais que

as empresas online tenham conquistado grande parte do mercado nos últimos anos, não

significa que irão substituir as empresas off-line.

Da mesma forma, o marketing online não substituirá o marketing off-line, pois ambos

precisam coexistir para oferecer a melhor experiência para o cliente (KOTLER;

KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Um exemplo disso é que as pessoas não deixaram de

lado as mídias tradicionais apenas para interagirem no meio digital. Muitas vezes, o indivíduo

busca notícias no Twitter, mas acaba retornando à televisão para assistir aos canais de notícia

em busca de uma cobertura mais confiável e profunda, ou ao contrário, vendo um filme

exibido na televisão e depois buscando a avaliação ou crítica na internet (KOTLER;

KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017).

Fazendo um contraponto com o pensamento de Gabriel (2010) sobre o marketing

digital ser o marketing habitual (tradicional), e que o que muda ser apenas o modo como a

estratégia será desenvolvida, Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017) acredita que os dois estilos

de marketing devam se integrar. No estágio inicial do planejamento estratégico, as empresas

podem usar o marketing tradicional para promover a consciência e o interesse do consumidor

sobre determinado produto. À medida que essa interação avança, a empresa pode utilizar o

marketing digital para reforçar a interação do consumidor com o produto, aproximando-o da

marca (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Como o marketing digital é mais

controlável do que o marketing tradicional, ele pode ser usado para promover resultados

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concretos, enquanto o tradicional pode ser usado para iniciar a interação com os clientes

(KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017).

O autor cita um ponto importante da era digital: os profissionais de marketing devem

aceitar o marketing centrado no ser humano, uma vez que essa “é a chave para desenvolver a

atração da marca”, pois marcas com uma personalidade humana ou humanizada se

diferenciam (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017, p. 134). Conforme o autor

exemplifica, em um mundo imaginário com a interação de carros robóticos, robôs caseiros e

fábricas automatizadas, os consumidores se tornarão mais ansiosos do que nunca para buscar

o subconsciente de si mesmo para entender “o que significa ser humano em um mundo

digital?”. Assim, o marketing digital que enfatiza a centralidade do ser humano começa

liberando a ansiedade e os desejos mais profundos dos consumidores.

Uma estratégia importante no marketing digital é o marketing de conteúdo. O

marketing de conteúdo refere-se à produção e à distribuição de conteúdo online. Assim, uma

campanha de marketing de conteúdo eficaz deve ser bem planejada e requer criação e

planejamento dos profissionais. Um dos equívocos de quem produz esse tipo de marketing é

ir diretamente para a produção do conteúdo sem antes planejar e realizar uma pré-produção

adequada (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Uma produção de conteúdo

adequada passa antes pela fixação das metas, o mapeamento do público buscando perfis e

personas, a concepção do planejamento do conteúdo, como tema e formatos, e, após isso, é

realizada a criação definitiva do conteúdo a ser distribuído ao consumidor. A distribuição é

necessária para a ampliação dos resultados, por exemplo, pode-se gerar uma conversa em

torno do que está sendo compartilhando por meio de influenciadores. Além disso, será

necessária a avaliação do conteúdo e das melhorias para as próximas estratégias a serem

propostas (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017).

Sobre a presença digital das marcas, Strutzel (2015) justifica a importância da

presença que se inicia, segundo o autor, bem antes da definição do conteúdo a ser produzido e

distribuído no meio online. Quando uma empresa deixa de fornecer seus dados online, como

endereço, telefone ou e-mail, a percepção que fica é de que a empresa não existe, por isso a

presença digital deve estar alinhada com seu posicionamento e suas estratégias (STRUTZEL,

2015). A ideia de Strutzel (2015) é totalmente conectada com a de Kotler, Kartajaya e

Setiawan (2017), pois ambos destacam a importância da criação de conteúdo para melhor

desenvolver os atributos da empresa, e isso pode ser feito de várias formas, por meio de blogs,

vídeos, games, banners, entre outros formatos e plataformas.

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É claro que a empresa não precisa aderir a todas as plataformas ou ferramentas para

propagar seu conteúdo, deve apenas usar os ambientes em que seu público-alvo está inserido,

assim sendo impactado mais facilmente (STRUTZEL, 2015). A audiência e a estratégia são

fatores preponderantes para definir as mídias selecionadas, mídias que, segundo Strutzel

(2015), podem ser classificadas em três grupos: mídia própria, mídia espontânea e mídia paga.

A mídia própria é aquela em que a marca tem total poder sobre o que fazer com o conteúdo,

como editar, excluir ou bloquear, por exemplo. A mídia espontânea é aquela alcançada

quando um conteúdo publicado por uma marca adquire uma espontaneidade na audiência e na

distribuição, ou seja, o público passa comentar sobre a marca ou a campanha. Já a mídia paga

são os canais que proporcionam uma melhor exposição mediante pagamento, como links

patrocinados (Google) e impulsionamento de publicação no Facebook, entre outros

(STRUTZEL, 2015).

O autor identifica quatro fases da presença digital e destaca que, antes mesmo de a

empresa começar suas ações online, deve desenvolver uma cultura interna voltada para os

meios digitais. Para se atingir um modelo satisfatório de presença digital, é necessário seguir

as quatro fases. A primeira fase chama-se existência, que significa simplesmente existir na

web, possuir um site da empresa ou redes sociais digitais e estar presente para seu público,

compartilhando conteúdos relevantes para as pessoas e desenvolvendo meios de integrar

marca e cliente (STRUTZEL, 2015). A segunda fase chama-se atração e significa atrair o

público potencial para a marca, se esforçando na produção de conteúdo qualificado e

relevante para seu consumidor, mantendo uma frequência de exposição adequada para não

saturar o consumidor e, também, para não passar despercebido (STRUTZEL, 2015). A

terceira fase diz respeito ao relacionamento, o que significa que, após a etapa de atração ser

estabelecida, é preciso manter o relacionamento com o público, acompanhando as respostas às

interações e estabelecendo formas de monitoramento de cada publicação. Dessa forma, fica

mais fácil para a marca compreender mudanças de audiência e sanar equívocos (STRUTZEL,

2015). A última fase da presença digital é a de engajamento: se todas as fases anteriores forem

estabelecidas satisfatoriamente, o engajamento será alcançado com o nível máximo de

relacionamento entre a marca e consumidor (STRUTZEL, 2015).

Durante essas fases da presença digital, serão empregadas estratégias de marketing que

ajudem a criar e a manter o relacionamento. Gabriel (2010) ajuda a compreender melhor esse

processo ao citar tipos de estratégias de marketing digital, tais como: a presença digital, já

citado por Strutzel (2015), o e-mail marketing, o mobile marketing, estratégias de SMM e

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SMO (estratégias em redes sociais) e SEM e SEO (estratégias de marketing de busca). O

Quadro 1 explica cada um desses tipos.

Quadro 1 – Estratégias de marketing digital ESTRATÉGIA CONCEITO

Presença Digital Significa estar presente no meio digital, refere-se à existência de algo, ou

seja, um site de uma empresa é uma presença digital. A presença digital

determina o contato entre marca e público. Assim, a estratégia consiste em

determinar a distribuição eficaz de conteúdo em diferentes presenças na web

como presença própria, gratuita ou paga.

E-mail Marketing É uma prática que usa o envio de mensagens por e-mail para atingir seus

objetivos. Porém para que as ações sejam eficazes deve-se tomar alguns

cuidados como a ética, relevância, filtros e landing pages.

Mobile Marketing Os dispositivos móveis vão muito além do dos telefones celulares, e

englobam consoles de games, tablets e e-book. O mobile marketing é toda e

qualquer ação de marketing realizada por esses dispositivos, ou seja, sendo

caracterizado com ações de mobile marketing

SMM e SMO: estratégias em

redes sociais.

Quando se fala em estratégias em redes sociais, é muito importante conhecer

a plataforma que vai ser usada e suas peculiaridades como públicos,

atributos, para que assim sejam utilizadas em qualquer plano de marketing.

O SMM (Social Media Marketing, condiz com o processo de promover um

website/produto/marca nas redes sociais, sendo as ações de SMM internas do

site chamadas de SMO (Social Media Optimization).

SEM e SEO: marketing de

busca

O marketing de busca se caracteriza por sites especializados em buscas na

internet como Google, Yahoo, Bing, onde os resultados apresentados podem

ser de busca natural (orgânico) ou de busca paga ( links patrocinados). SEM

(Search Engine Marketing) é o processo que usa os sites de busca na web

para promover determinado website. SEO (Search Engine Optimization) se

refere à parte do SEM que condiz as técnicas de otimização interna de

determinado site.

Fonte: Elaboração a partir de Gabriel (2010).

Essas estratégias de marketing estão sendo utilizadas pelas marcas nos novos canais e

plataformas de comunicação, “que tornam bem mais complexa a tarefa de impactar o público-

alvo” (GABRIEL, 2010, p. 51). Um dos elementos que pode estar presente na comunicação

online de uma marca é o gimmick.

2.4 GIMMICK NA PUBLICIDADE

Segundo o retrospecto realizado por Gomes e Azevedo (2005), o gimmick pode ser

encontrado desde os aprimoramentos das técnicas de impressão, que tornou possível a

impressão de imagens juntamente com textos em jornais da época. Do século 19 para o século

20, ficou clara a admiração por essa nova forma de expressar e mesclar textos e ilustrações,

tornando mais eficiente o anúncio de marcas combinadas com figuras ou mascotes.

Propagandas de alimentos tinham belas ilustrações e contrastavam com desenhos simpáticos

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que já se identificavam com a ideia de marca e, assim, pouco a pouco, foram se incorporando

cada vez mais esses recursos às peças gráficas (GOMES; AZEVEDO, 2005).

Com isso, o trabalho de ilustradores, cartunistas e publicitários foi ficando cada vez

mais desafiador do ponto de vista mercadológico. Ainda não há regras para a criação de uma

mascote, mas o que importa é a associação de um personagem com a humanização de algo

imaginário, humano ou animal, junto a uma marca ou produto (GOMES; AZEVEDO, 2005).

Segundo Gomes e Azevedo (2005) citado por Lauro et al. (2014), as mascotes ou

personagens têm a função de mediar a interação entre marca e público através da valorização

de características e de aspectos físicos desses personagens, como as suas expressões e cores,

sendo a relação da mascote com essas características o que define a imagem da marca, já que

funciona como um porta-voz da empresa para o público. Relacionando isso às ideias de

Randazzo (1996), muitos personagens de marcas são um retrato fiel dos benefícios e atributos

do próprio produto, o que faz com que se tornem um ícone e, assim, sejam fortemente

relacionados com a marca. É dessa maneira que as mascotes acabam representando a essência

da empresa na memória do consumidor.

A ideia de gimmick proposta por Trein (2011) complementa a de Randazzo (1996),

pois cita o gimmick como um truque atrativo com efeito visual ou sonoro que chame a

atenção e desperte o interesse por determinado produto, comercial ou serviço. O gimmick,

dependendo do contexto comercial, pode ser criado com o objetivo de conquistar as crianças,

porém, existem personagens que são projetados para adultos, como o Bond Boca da Cepacol e

os personagens M&Ms, além de personagens de campanhas políticas, que, geralmente,

representam os próprios políticos, porém com uma imagem mais simples, despojada e jovem,

buscando, aos olhos do eleitor, criar uma sensação de amizade e confiança (TREIN, 2011).

Associando essa ideia ao que Telles (2007) explica, a mascote passa por um processo

de antropomorfização, o que significa que o personagem ganha vida, voz e ação, junto com

uma personalidade e características humanas ou humanizadas. Perez (2013) corrobora com

esse estudo mostrando que a principal vantagem da mascote é adotar formas flexíveis, por

meio dessa transformação de objeto ou animal humanizado, assim construindo uma relação

que vai além das peças e impressos, passando a fazer parte da cultura cotidiana. Para Coelho

(1984), a mascote é uma fusão entre figura e realidade, ou seja, o real se junta ao imaginário

para a criação de um espaço “transreal”, um ambiente elaborado pela imaginação do homem,

como se fosse um cenário mágico onde ele pode se expressar e refugiar por um determinado

tempo.

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Côrte-Real e Lencastre (2012) elencam os diferentes tipos de mascote e suas

estratégias presentes na publicidade: eles podem conter o mesmo nome da marca ou empresa,

ou fazer alguma referência à marca; ou podem ser totalmente diferentes, sem nenhuma

ligação no nome ou na aparência. Os autores citam três exemplos de personagens distintos,

tanto na forma física, quanto na sua comunicação, uma delas é Ronald McDonald,

personagem humanoide, representado por um palhaço que contempla a marca de

hambúrgueres McDonald’s. Esse personagem contém o mesmo nome da marca e segue uma

linha humanizada (CÔRTE-REAL; LENCASTRE, 2012). Para os autores, a mascote também

pode ser um animal, como o Tigre Tony mascote do Sucrilhos Kéllogg’s, que exemplifica a

humanização de um animal para se comunicar com o consumidor, e, por último, um exemplo

de antropomorfização de produtos é a Chiquita Banana.

Ramos (2005) estudou a presença do Tigre Tony nas embalagens de Sucrilhos.

Segundo o autor, o personagem usa diretamente uma identificação com seu público, o que

pode ser entendido como uma estratégia da marca para construir uma relação com o

consumidor e manter a marca sempre em evidência. Ele tende a passar a ideia de felicidade,

prazer e sorte nas embalagens do produto (RAMOS, 2005). Para o autor, o mascote como

ícone da marca proporciona a identificação com o público-alvo, pois as pessoas tendem a se

projetar nas aventuras vividas pelo personagem.

O marketing das empresas deve entender que a marca pode transmitir suas

motivações e ideias por meio de um personagem que contribua e agregue valor à empresa,

tornando-a viva no mercado. A mascote ajuda a fortalecer a relação entre marca e

consumidor. É claro que a marca não pode esquecer os atributos técnicos, como o design e a

presença da mascote em diferentes meios, para que, assim, esse recurso influencie nas

respostas obtidas e tenha resultados positivos, tanto para marca, quanto para o consumidor.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa tem abordagem qualitativa, pois o foco é compreender o uso do gimmick

no contexto das estratégias de marketing digital de uma marca no Instagram. Foi realizada

uma pesquisa exploratória, com análise de conteúdo, que é um “conjunto de técnicas de

análise das comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do

conteúdo das mensagens” (BARDIN, 2010, p. 30). Assim, foi feita a análise em três etapas:

pré-análise (leitura do material coletado); exploração do material (categorização a partir de

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categorias estabelecidas); tratamento dos dados (interpretação dos resultados a partir das

teorias). Na análise de conteúdo, foram utilizadas as seguintes categorias (Quadro 2):

Quadro 2 – Categorias de análise

Formato Imagem estática, carrossel, vídeo, GIF, stories e vídeo ao vivo.

Conteúdo Imagem (presença do gimmick, caracterização do personagem e cenário), texto

verbal, presença de logotipo(s), hashtags e legenda.

Estratégias de

marketing (finalidade

estratégica do post)

Estratégias de marketing digital, segundo Gabriel (2010): presença digital, e-mail

marketing, mobile marketing, SMM e SMO (estratégias em redes sociais), SEM e

SEO (marketing de busca). Estratégias de humanização da marca e de marketing de

conteúdo, segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017).

Presença digital Fases da presença digital segundo Strutzel (2015): existência, atração,

relacionamento e engajamento.

Fonte: Elaboração própria.

O universo da pesquisa foi composto por publicações do Instagram da marca Cheetos

dos Estados Unidos, selecionadas a partir de 19 de setembro de 2017 a 19 de dezembro em

ordem cronológica. Como critério de exclusão, foram retiradas da coleta as postagens que não

apresentarem o gimmick parcial ou totalmente mostrado5. Foram mantidas todas as peças que

continham o personagem Chester Cheetah, ainda que parcialmente.

4 CONTEÚDO, ESTRATÉGIAS DA MARCA E HUMANIZAÇÃO DO

PERSONAGEM CHESTER CHEETAH

4.1 A MARCA CHEETOS

A Cheetos é uma marca de salgadinho de milho crocante sabor queijo, fabricada pela

empresa Pepsico, que está presente em mais de 200 países. Lançado no mercado americano

em 1928 pela empresa The Frito Company, com sucesso imediato no mercado, em 1965 a

Cheetos foi comprada pela Pepsico (MUNDO..., online). Em 1976, a Cheetos foi lançada no

Brasil pela empresa Elma Chips, mais tarde também adquirida pela Pepsico, inaugurando,

assim, a categoria de salgadinhos para crianças no país. Na década de 1980, o salgadinho

ganhou inúmeros formatos, tais como bolinhas, palitos e espirais, com tamanhos diferentes e

gostos diversificados (MUNDO..., online). Em 1986, surgiu o personagem Chester Cheetah,

um desenho humanizado de guepardo que usava óculos escuros e tênis, era descolado e fazia

os anúncios do produto, ganhando fama nos comerciais de televisão e revistas impressas e

permanecendo até hoje na embalagem do produto (MUNDO..., online).

5 Foi excluída a postagem do dia 18 de dezembro, pois sua legenda foi apagada pelo perfil oficial

posteriormente, deixando o post sem seu sentido completo.

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A identidade visual da marca também foi alterada ao longo do tempo, pois era escrita

com hífen até 1998, quando teve seu design modernizado e sem o hífen. A última atualização

de seu visual foi em 2004, quando uma nova tipografia foi inserida (MUNDO..., online). Nas

plataformas digitais, Chester Cheetah possui um perfil oficial no Twitter e outro no Instagram,

onde se comunica com os fãs.

4.2 CHEETOS NA REDE SOCIAL INSTAGRAM

O perfil da marca Cheetos no Instagram contém aproximadamente 97 mil seguidores e

285 publicações até o momento. Nas imagens coletadas, as publicações em JPG contêm uma

média de 459,8 curtidas e 25,4 comentários por postagem, enquanto vídeos e GIF apresentam

a média de 3.468 visualizações cada postagem. Quanto aos formatos das publicações

coletadas, o que predomina é o formato em JPG, que aparece com maior frequência do que

vídeo ou GIF.

O conteúdo das postagens está relacionado à “vida” do Chesteer Cheetah, mostrando o

mascote em interações com o público por meio de diálogos com perguntas ou afirmações,

com predomínio de legendas escritas. Os conteúdos que mais prevalecem podem ser

categorizados em três principais: as datas comemorativas (por exemplo, Natal e Dia de Ação

de Graças), o dia a dia do personagem em situações cotidianas (o personagem na praia, no

colégio ou no mercado) e o patrocínio de eventos (por exemplo, equipe de Curling dos EUA

nas Olimpíadas de Inverno).

Quanto às imagens, os planos predominantes são o plano geral, que mostra o corpo

inteiro do personagem e o ambiente no qual ele está, e o plano médio, que mostra o

personagem em corte da cintura para cima. O personagem aparece mais vezes do que o

logotipo, sendo assim, as postagens não necessariamente reforçam a marca de forma direta,

mas, reforçam o personagem, que faz referência ao produto. O logotipo, quando aparece, está

inserido ou em alguma extremidade da imagem ou complementando um objeto ou, ainda,

como ocorre na maioria das vezes, na embalagem de Cheetos propriamente dita.

O conteúdo das hashtags segue a mesma organização do conteúdo temático, ou seja,

podem ser identificadas três categorias de legenda: as que remetem ao patrocínio de eventos,

especificamente, da equipe de curling dos Estados Unidos, as que fazem referência a alguma

data comemorativa ou as que fazem referência a situações e gírias sobre o dia a dia do

personagem. Os quadros 3, 4 e 5 (APÊNDICE A) apresentam os dados encontrados para as

categorias de análise.

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A análise das estratégias foi feita com base em Gabriel (2010) e Kotler, Kartajaya e

Setiawan (2017) e iniciou com a identificação de cada tipo em cada postagem. A categoria de

e-mail marketing não foi encontrada, pois a divulgação ocorre na própria rede social e, no

máximo, é efetuado o link para o site da marca. Já a estratégia de mobile marketing foi

identificada porque a marca utiliza uma rede social própria para esse dispositivo, e não nativa

do desktop. Isso pode ser explicado por Gabriel (2010) ao afirmar que a migração do desktop

para a plataforma mobile é uma realidade crescente. Assim, a marca Cheetos explora uma

mídia que tende a ser utilizada pelo seu público onde quer que vá, como se fosse uma

extensão de seu próprio corpo.

Também se identificou a estratégia de SMM, que “é o processo de promover um

website/produto/marca nas redes e mídias sociais de forma a atrair links e visitantes para o

site/produto/marca” (GABRIEL, 2010, p. 307). Todos os posts analisados realizaram a

estratégia de SMM, pois buscam promover produto e marca naquela ambiência digital. Ainda

conforme Gabriel (2010), as ações de SMM internas do site podem ser chamadas de SMO

(social media opmization) que se refere à otimização de conteúdos para que sejam facilmente

divulgados pelos usuários e visitantes daquela rede social. Essa estratégia não foi encontrada,

já que o Instagram da marca segue as limitações e possibilidades dadas pelo próprio

aplicativo.

Quanto ao SEM, que é uma estratégia de marketing de busca, foi encontrado na

maioria das postagens, por meio das hashtags. A hashtag funciona como uma forma de

etiquetar, isto é, sinalizar virtualmente o conteúdo e por isso, enquadra-se nas estratégias de

marketing de busca de Gabriel (2010). Dessa forma, a postagem é sinalizada pela hashtag

para ser encontrada no aplicativo, mediante buscas específicas ou direcionadas realizadas

pelos usuários.

Em relação às estratégias de humanização da marca e de marketing de conteúdo, que

foram analisadas segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017), constatou-se que o uso do

gimmick Chester Cheetah funciona em ambas as estratégias (humanização e marketing de

conteúdo), pois é uma forma de personificar a marca e aproximá-la do seu público, além de

ser uma estratégia que determina toda a produção de conteúdo no seu Instagram.

O mascote Chester Cheetah se encaixa no que Gomes e Azevedo (2005) propõem para

a maioria dos mascotes. O personagem tem a função de mediar público e marca, com suas

falas (legendas dos posts) ele se conecta com o público que a marca tende a atingir, com suas

características joviais ele consegue mostrar o ambiente descontraído dos adolescentes, sempre

usando óculos escuros e tênis descolado. Seguindo essa linha, Chester Cheetah corrobora a

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citação de Teles (2007) de que o personagem passa por um processo de antropomorfização,

ou seja, passa a adquirir personalidade e características humanas. Isso pode ser encontrado em

diversas ocasiões, por exemplo, quando o personagem se encontra em um mercado fazendo

compras, quando está em uma escola, dirigindo. Em nenhum post, o personagem se comporta

realmente como um animal, pelo contrário, é como se ele fosse um ser humano figurado como

onça pintada. Em certas postagens, o gimmick inclusive brinca com profissões humanas,

mostrando ser um jornalista, e quando o personagem se mostra como treinador e jogador de

curling (Figura 1).

Figura 1 – Exemplos de conteúdo

Fonte: Disponível em: <www.Instagram.com/Cheetos>. Acesso em: 05 out. 2017.

Assim, mesmo que, em algumas postagens, o personagem se encontre em seu habitat

natural, como florestas e selvas, ele se mostra indiferente quanto a esses lugares,

corroborando o fato de ser mais humano do que animal, como acontece em uma imagem que

mostra o personagem pendurado em uma árvore ao explorar sua “árvore genealógica”, e

também quando acampa na floresta, porém pedindo a senha do wifi para conexão – como

ironia, se fosse uma onça pintada, o usual seria sentir-se bem nesses lugares. Porém, a

humanização do personagem o deixa bastante desconfortável em situações que se ligam às

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suas origens. Os lugares que o personagem percorre são os mais diversos, como: mercado,

praias, colégio, em casa, arenas de curling e até a Lua, mostrando a diversidade de conteúdos

e contextos que o personagem abrange para as postagens, que passa por vários lugares e atrai

vários públicos. As cores predominantes nas postagens são tons pastéis, azul claro, branco e

cinza, fazendo aumentar o contraste alaranjado com o personagem, que se destaca diante do

contexto.

O conteúdo produzido pela marca traduz o pensamento de Kotler, Kartajaya e

Setiawan (2017) sobre o marketing digital, ou seja, a marca não deixa de investir em outras

estratégias de marketing, como embalagens dos produtos e pontos de venda, mas utiliza o

marketing digital para realizar a interação direta com o público. Essa união entre estratégias

de marketing tradicional e marketing digital enquadra-se no conceito de Kotler de marketing

4.0, que é chamado o marketing da aproximação. Observa-se que o perfil da marca no

Instagram é utilizado como se fosse de propriedade do próprio personagem, ou seja, como se

ele realmente existisse no mundo físico e como se o símbolo principal da marca fosse esse,

um produto do próprio personagem que usa a rede social para divulgar a sua vida e o produto.

A presença do gimmick Chester Cheetah na rede social Instagram corrobora a ideia de

Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 134) sobre a era digital, de que os profissionais de

marketing devem aceitar o marketing centrado no ser humano, com marcas usando a

personalidade humana ou elementos humanizados para se diferenciarem no mercado, uma vez

que os consumidores se tornam cada vez mais ansiosos para entender “o que significa ser

humano em um mundo digital”. É isso que a marca faz quando coloca em seu domínio um

personagem humanizado, mantendo relações dentro da rede com outras pessoas e outros

animais humanizados e, claramente, interagindo e conversando diretamente com o seu

público. A vida do Chester Cheetah no Instagram segue a correlação entre uma vida humana e

uma vida imaginária, despertando desejos que muitos sonham realizar, tanto crianças, quanto

adultos, como ir à Lua, desaparecer como um ninja ou fazer parte de uma equipe nacional de

esporte.

Ainda relacionando os dados da pesquisa com a teoria de Kotler, Kartajaya e Setiawan

(2017) do marketing digital, há o uso do marketing de conteúdo, cuja produção e distribuição

eficaz, segundo o autor, deve ser planejada e criada de modo adequado para cada marca,

passando por fixação de metas, mapeamento do público, temas e formatos adequados. A

marca Cheetos no Instagram trabalha com conteúdo produzido especialmente para essa rede

de forma planejada, uma vez que suas postagens têm conteúdos sobre a vida do personagem e

abordam, diversas vezes, datas comemorativas, cotidiano e eventos patrocinados. Isso faz com

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que o diálogo em torno do que está sendo compartilhado siga uma linha de interação

constante entre marca e público.

A cada postagem, a marca busca explorar diferentes formatos, como por exemplo: o

Dia Nacional do Taco, com postagem em formato de meme; ou o Dia Mundial do Sorriso,

com formato carrossel; ou também com post em formato GIF, como no Dia Internacional do

Ninja, em que o personagem some atrás de uma mesa. Cada uma dessas postagens citadas

exemplifica a adequação do formato ao conteúdo, pois, por exemplo, o GIF do Dia

Internacional do Ninja foi eficaz nesse formato porque assim o personagem some e aparece

rapidamente, o que, caso fosse uma foto estática, poderia não funcionar como mensagem. Isso

mostra que a marca trabalha com conteúdos que melhor se encaixam em seus formatos, e

vice-versa.

A última categoria de análise deste estudo foram as fases da presença digital segundo

Strutzel (2015). Foram identificadas todas as fases da presença digital (Quadro 3), sendo que

não será detalhada a primeira, referente à existência, que já essa se encontrada consolidada

porque a marca já tem sua existência em vários meios digitais (site, Instagram e Twitter).

Quadro 3 – Fases da presença digital Código do

post

Presença digital (fase) Código do

post

Presença digital (fase)

P1 Atração P23 Engajamento

P2 Relacionamento P24 Relacionamento

P3 Relacionamento P25 Atração e relacionamento

P4 Relacionamento P26 Relacionamento

P5 Relacionamento P27 Relacionamento

P6 Atração P28 Atração e relacionamento

P7 Relacionamento P29 Atração

P8 Engajamento P30 Atração e relacionamento

P9 Relacionamento P31 Relacionamento

P10 Relacionamento P32 Relacionamento

P11 Engajamento P33 Relacionamento

P12 Engajamento P34 Atração e relacionamento

P13 Relacionamento P35 Relacionamento

P14 Atração P36 Relacionamento

P15 Relacionamento P37 Relacionamento

P16 Engajamento P38 Relacionamento

P17 Atração e relacionamento P39 Relacionamento

P18 Atração e relacionamento P40 Atração e relacionamento

P19 Relacionamento P41 Relacionamento

P20 Relacionamento P42 Atração e relacionamento

P21 Relacionamento P43 Relacionamento

P22 Atração e relacionamento

Fonte: Elaboração própria.

A fase da atração foi identificada em quatro oportunidades (Figura 2), em que o

personagem faz referência direta às embalagens de Cheetos, facilitando a identificação entre o

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gimmick e o produto para atrair seguidores à sua rede social, exceto em um post, que não

contém a marca Cheetos, mas, ainda assim, realiza atração porque usa a postagem para

divulgar seu novo Snapchat.

Figura 2 – Exemplos de postagens de atração

Fonte: Disponível em: <www.Instagram.com/Cheetos>. Acesso em: 05 out. 2017.

Para essa marca que já ultrapassou a simples existência, destacou-se a fase de

relacionamento como a que mais aparece nas postagens, já que a marca mantém o

relacionamento com o seu público por meio de conteúdos que vão do cotidiano do

personagem até datas comemorativas. Assim, o personagem aparece em diversos cenários ao

longo de seus dias, como praia, colégio, casa e floresta. Isso condiz com a fase citada por

Strutzel (2015), em que a marca não precisa usar todas as plataformas ou ferramentas para

propagar seu conteúdo, basta que use apenas os ambientes em que seu público está inserido,

como a marca analisada faz ao se relacionar com seu público no Instagram. Uma vez que a

existência já está realizada na rede, a marca continua a interação, buscando a aproximação

com o público. Em algumas postagens, observou-se a combinação de duas fases, a de atração

e a de relacionamento: isso ocorreu nas postagens em que a marca divulgou o patrocínio da

equipe profissional de curling dos EUA, atraindo novos seguidores potenciais para o perfil ou

levando um novo conteúdo relevante a seus seguidores. Nesse ponto, há relação direta com o

que recomenda Strutzel (2015), pois a marca manteve a frequência necessária das postagens

para não saturar o consumidor, mas também para não passar despercebida. De 43 imagens,

nove foram identificadas como posts de atração e relacionamento, como no caso de P17, em

que o personagem faz um suspense de que algo novo está por vir, pintando na pista de curling

a frase “em breve”, referindo-se ao patrocínio a equipe dos EUA.

Ainda conforme Strutzel (2015), a fase do engajamento é a última a ser realizada, pois

é possível de ser alcançada se todas as etapas anteriores já estiverem dando resultados. Trata-

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se do nível máximo de relacionamento entre marca e consumidor, e a marca usa esse artifício

em determinadas postagens, como a Figura 3 exemplifica.

Figura 3 – Exemplos de postagens de engajamento.

Fonte: Disponível em: <www.Instagram.com/Cheetos>. Acesso em: 05 out. 2017.

Essas postagens têm em comum o uso do meme para mostrar o diálogo do personagem

com o contexto próprio das redes sociais. Identificou-se o engajamento porque, ao utilizar um

formato já reconhecido pelo seu público seguidor, a marca demonstra aproximação total com

a linguagem presente na vida do público, buscando intensificar a interação. Isso também

ocorre por meio do conteúdo desses posts, que utilizam linguagem, gírias e vivências que

fazem parte da vida do público (por exemplo, ao sugerir que o seguidor coma um Cheetos

quando se encontra na “zona da amizade” com alguém). Em determinado post, o engajamento

é intensificado ao convidar o usuário a participar de um jogo no site da marca, o que ocorre

também em outro post, com um vídeo que busca a participação do público em seu site.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escolha do Chester Cheetah no Instagram deveu-se ao fato de esse gimmick se

destacar, dentre todos os gimmicks conhecidos de marcas, como um personagem que parece

ter uma existência própria na rede social. A empresa criou um gimmick que realiza

praticamente todas as interações humanas de forma cartunesca, no modo de falar, nas

vestimentas, até seu comportamento diante de outros personagens e pessoas. Chester Cheetah

não é somente um artifício utilizado pelo produto, ele torna-se o foco das interações da marca

no Instagram muito mais do que o produto em si.

A importância de manter uma empresa sempre em destaque no mercado faz com que

as marcas procurem cada vez mais recursos que facilitem esse trajeto rumo à liderança de

mercado. Dessa forma, o que Cheetos fez foi aprimorar suas estratégias criando um gimmick

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que seja a própria marca, ou seja, o personagem se destaca a tal ponto diante de outros no

mercado, que torna-se o protagonista do mercado de snacks (salgadinhos de milho).

O objetivo geral foi analisar o uso do gimmick no Instagram da marca Cheetos em

suas estratégias de marketing digital. Constatou-se que, dentre todas as estratégias de

marketing digital, a estratégia de humanização da marca se destaca, pois a marca utiliza o seu

gimmick para interagir com o público mais facilmente e com mais proximidade e

informalidade, uma vez que atrai a atenção e dialoga com o público. O marketing de

conteúdo, segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017), também se destaca no conteúdo

analisado, pois é bastante utilizado no Instagram da marca, à medida que traz imagens, memes

e vídeos que fazem alusão ao cotidiano do personagem.

Para o objetivo de descrever como o personagem Chester Cheetah é representado pela

marca, concluiu-se que ele é elemento principal da marca. A marca criou um gimmick tão

simbólico e humano, que ele praticamente tomou conta da marca, ou seja, tudo que a marca

produz através dele, tanto em conteúdo como em produto, parece ter ele como grande criador

e produtor, já que o personagem fala, interage, faz trocadilhos, apresenta novos sabores de

snacks, conversa com o público e está em todos os lugares possíveis. Sendo assim, o gimmick

é representado como o objeto principal para intermediar a conversa entre público e marca, só

que não da maneira tradicional, pois interage através de situações da sua própria vida com a

marca Cheetos.

Para o objetivo de identificar as fases da presença digital diante das estratégias de

marketing, foram encontradas, principalmente, a fase de relacionamento, contendo conteúdos

que mostram a vida do personagem e mostram seu cotidiano, suas interações com demais

personagens dentro do universo criado nas postagens e datas comemorativas. A fusão entre as

fases de atração e relacionamento também se destaca, uma vez que a marca usa o seu

principal recurso de relacionamento para atrair novos consumidores, mostrando assim novas

ideias e conteúdos dentre as postagens.

Para o objetivo de refletir a importância do personagem para a marca na sua

comunicação no Instagram, o personagem alinha-se às ideias de Cheetos, a marca que utiliza

os recursos do Instagram para alavancar a proporção que o personagem toma diante do

mercado, comunicando-se através de posts a vida do Chester Cheetah, seu dia dia e suas

aventuras diante várias ocasiões.

As conclusões deste estudo confirmam a força da união entre um gimmick e uma rede

social. O personagem Chester Cheetah é um ícone nas marcas atuais de snacks, promovendo

uma interação com o público que transforma gerações, junto aos atributos que o Instagram

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dispõe a Cheetos, o que resolve a comunicação a partir de um personagem humanizado que

defende as ideias da marca de forma sutil, como alguém que quer estar sempre ligado nas

aventuras do dia a dia, nas melhores partes da vida, unindo diversão e felicidade ao consumo

do produto.

A importância de um planejamento adequado a Cheetos exemplifica com seu

personagem, pois ele mais do que apresenta, vive a marca e a representa em um universo

criado especialmente para a interação com o público. O gimmick atrai, se relaciona e conversa

com seu público com habilidade, portanto, o trabalho de marketing de conteúdo realizado

predomina, com datas e situações que podem alcançar o público da marca em diversas faixas

etárias. Em outras palavras, a Cheetos possui a empresa, mas a rede social Instagram é do

gimmick Chester Cheetah, que a utliza como se fosse um ser humano, em uma relação que faz

cada vez mais sentido no contexto da cibercultura.

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em: 24 set. 2017.

APÊNDICE A

Quadro 4 – Formatos e conteúdos

Cód

.

Formato Descrição do conteúdo

P1 JPG Imagem – personagem caracterizado como pirata, próximo ao balcão do caixa, no

supermercado.

Texto verbal – legenda

Hashtags – #DiaDeFalarComoUmPirata

Logotipo – na embalagem do produto

P2 JPG Imagem – personagem usando um detector de metais na praia.

Texto verbal – legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P3 JPG Imagem – personagem representado como uma estátua, busto.

Texto verbal – legenda.

Hashtags - #falandoserio

Logotipo – não tem

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P4 JPG Imagem – personagem pendurado em um galho de árvore

Texto verbal - legenda .

Hashtags - #DiaNacional daFamília

Logotipo – não tem

P5 JPG Imagem – personagem acampando na mata, com o celular na mão. No acampamento há

uma barraca e uma fogueira com uma panela esquetando.

Texto verbal - legenda .

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P6 JPG Imagem – personagem sentado em trono no meio do marcado rodeado de embalagens de

cheetos.

Texto verbal - legenda .

Hashtags – não tem.

Logotipo – nas embalagens em volta do personagem

P7 JPG Imagem – rosto do personagem em plano fechado, personagem usando um boné escrito

“treinador” com a pista de gelo do jogo curling refletindo nos óculos.

Texto verbal – legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P8 JPG Imagem – personagem em formato meme.

Texto verbal – escrito no próprio post.

Hashtags - #DiaNacionaldoTaco

Logotipo – não tem

P9 CARRO

SSEL

Imagem – personagem colocando um salgadinho cheetos na boca como se fosse um

sorriso.

Texto verbal - legenda.

Hashtags - #DiaMundialdoSorriso

Logotipo – não tem

P10 JPG Imagem – personagem escorado em armários de colégio com uma camisa de colegial.

Texto verbal - legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P11 VÍDEO Imagem – Vídeo promocional, com uma garota em uma casa se olhando no espelho,

logo o reflexo dela se transforma em um monstro. O rosto do personagem aparece no

inicio do vídeo apresentando a história.

Texto verbal - legenda.

Hashtags – não tem

Logotipo – aparecem no inicio do vídeo vários snacks que saem de 4 pacotes e formam o

personagem.

P12 JPG Imagem: personagem em formato meme.

Texto verbal – escrito no próprio post.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P13 JPG Imagem – personagem usando um snack como se fosse um relógio de hipnose.

Texto verbal - legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P14 JPG Imagem – personagem junto a logo do Snapchat com aspecto de onça.

Texto verbal - legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P15 JPG Imagem – personagem jogando carta com vários cães dentro de casa em uma sala.

Texto verbal legenda.

Hashtags - #ganhando

Logotipo – não tem.

P16 JPG Imagem – personagem em formato de meme.

Texto verbal – escrito no próprio post.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

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P17 GIF Imagem – apenas o braço do personagem pichando “em breve” no pista de curling.

Texto verbal legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – a cima na imagem.

P18 JPG Imagem – personagem junto ao time dos EUA de curling, todos com vestimenta de jogo

dentro da arena.

Texto verbal legenda.

Hashtag – #apoieocurl

Logotipo – a cima na imagem.

P19 GIG Imagem – personagem fazendo ioga com um pratinho de plantas junto a snacks.

Texto verbal - legenda.

Hashtags - #AartedasMigalhas

Logotipo – não tem.

P20 JPG Imagem – personagem doente deitado em uma cama tapado junto a uma embalagem de

Cheetos, com um termômetro na boca.

Texto verbal - legenda.

Hashtags - #Queimando

Logotipo – na embalagem ao lado do pernagem.

P21 GIF Imagem – personagem sentado em uma rocha, no mar, escovando a barba com um garfo.

Texto verbal – legenda.

Hashtags - #LifeHack (“truque”)

Logotipo – não tem.

P22 GIF Imagem – mão do personagem passando o jogador de futebol americano para uma arena

de curling.

Texto verbal legenda.

Hashtags - #apoieocurl

Logotipo – não tem.

P23 JPG Imagem – Personagem em formato meme.

Texto verbal – escrito no próprio post.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P24 JPG Imagem – personagem deitado com dor de dente

Texto verbal - legenda.

Hashtags #DiaNacionaldoDoce

Logotipo- não tem.

P25 JPG Imagem – personagem jogando curling junto a uma jogador

Texto verbal - legenda.

Hashtags - #Apoieocurl

Logotipo – não tem.

P26 JPG Imagem – personagem de mão abertas em frente a um guarda-roupa vazio.

Texto verbal -legenda.

Hashtags - #Manchastododia

Logotipo – não tem.

P27 JPG Imagem – personagem prestes a pular de um trampolim na piscina, com touca e óculos

de banho.

Texto verbal - legenda.

Hashtags - #EmBrevePiscinaAquecida

Logotipo – não tem.

P28 JPG Imagem: jogador curling esfregando a pedra e o personagem em cima apontando para a

frente.

Texto verbal - E a chita fez xixi no caminho para casa – ou neste caso, para a casa.

Hashtags - #apoieocurl

Logotipo – não tem.

P29 JPG Imagem – personagem deitado abraçado em embalagens de Cheetos.

Texto verbal - legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – nas embalagens de Cheetos.

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P30 JPG Imagem – Personagem jogando curling junto a jogadores dos EUA em uma arena.

Texto verbal - legenda.

Hastags - #Apoieocurl

Logotipo – estampado no gelo da pista de curling.

P31 JPG Imagem – personagem no escuro com uma lâmpada acessa.

Texto verbal - legenda.

Hashtags - #AlimentadopeloCheetos

Logotipo – não tem.

P32 JPG Imagem – personagem dirigindo.

Texto verbal- legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P33 JPG Imagem – personagem arrumando a mesa para o dia de ações de graça.

Texto verbal- legenda.

Hashtags - #AçãodeGraça

Logotipo – não tem.

P34 JPG Imagem – Personagem na lua cravando uma bandeira da Cheetos.

Texto verbal - legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – estampado na bandeira.

P35 JPG Imagem – personagem dançando loucamente quebrando os objetos dentro de casa.

Texto verbal - legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P36 JPG Imagem – personagem de gravata apresentando as noticias de um jornal, com a foto de

um boneco doce natalino no canto da tela.

Texto verbal- legenda.

Hashtags - #DiaNacionaldoCookie

Logotipo – não tem

P37 GIF Imagem – personagem aparecendo do nada na frente de uma mesa com um prato de

snacks.

Texto verbal - legenda.

Hashtags - #DiaInternacionaldoNinja

Logotipo – não tem.

P38 JPG Imagem – personagem andando de muletas com a perna engessada.

Texto verbal- legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P39 JPG Imagem – personagem junto a uma família no período de natal, fora de casa cantando.

Texto verbal - legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – não tem.

P40 JPG Imagem – mão do personagem pegando snacks dentro de uma pedra de curling.

Texto verbal- legenda.

Hashtags - #ApoieoCurl

Logotipo – não tem.

P41 JPG Imagem – personagem dentro de casa decorando a árvore de Natal com snacks.

Texto verbal - legenda.

Hashtags – não tem.

Logotipo – nas embalagens de Cheetos em baixo da árvore, como se fossem presentes.

P42 GIF Imagem – mão do personagem trazendo o jogador de futebol americano junto a torcida

para a arena de curling.

Texto verbal - legenda.

Hashtags - #apoieocurl

Logotipo – não tem.

P43 JPG Imagem – personagem decorando uma casinha natalina de chocolate com snacks.

Texto verbal - legenda.

Hastags - #casaminuscula

Logotipo – não tem.

Fonte: Elaboração própria.

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Quadro 5 – Postagens e dados CÓDIGO IMAGEM LEGENDA DATA DE

PUBLICAÇÃO

FORMATO

P1

Eu: Agora tomo para

mim esse tesouro.

Satisfeito?

Caixa: Vai custar

$1,69.

Eu: Tu aceitas

dobrões?

#DiaDeFalarComoU

mPirata

19/09/2017 JPG

P2

TFW você percebe

que seu esquema de

enriquecimento rápido

e prático pode não

funcionar.

20/09/2017 JPG

P3

Eu lancho, logo existo

#falandoserio

22/09/2017 JPG

P4

Para o #DiaNacional

daFamília, explorei

minha árvore

genealógica. Até ficar

preso nela.

25/09/2017 JPG

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P5

É ótimo sair. Mas

alguém pode me dizer

a senha do WiFi desse

lugar?

27/09/2017 JPG

P6

Não sou o rei da

selva, mas eu sou

duque do corredor 7.

29/09/2017 JPG

P7

O treinador Chester

está em casa! Você

acha que sabe o que

ele vai fazer neste

inverno?

29/09/2017 JPG

P8

Tacos são como

relacionamentos. Se

você não tomar

cuidado, eles podem

facilmente se quebrar.

#DiaNacionaldoTaco

04/10/2017 JPG

P9

Diga queijo!

#DiaMundialdoSorris

o

06/10/2017 CARROSS

EL

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35

P10

Consegue adivinhar o

que estou prestes a

fazer? Volte logo para

ver se tem razão.

06/10/2017 JPG

P11

O que você vê no

Espelho Monstro? Vê

o que aparece depois

crie o seu próprio

monstro. Enviar para

CheetosMuseum.com.

Link no perfil.

09/10/2017 VÍDEO

P12

No espaço, ninguém

pode ouvir você

mastigar.

12/10/2017 JPG

P13

Estás a ficar com

fome. Com muita

fome.

14/10/2017 GIF

P14

Meu novo Snapchat

está acima. Veja

como você se parece

comigo. Aviso: você

ficará melhor.

Verifique o código

para verificar isso.

18/10/2017 JPG

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36

P15

Dizem que a casa

ganha sempre. É por

isso que a noite de

poker está sempre em

minha casa.

#ganhando

19/10/2017 JPG

P16

Se você se encontra

na zona da amizade,

leve lanche. Você

pode ficar lá por um

tempo.

20/10/2017 JPG

P17

Algo grande está

prestes a varrer a

nação. Dica, dica:

rima com rodopiar.

Algum palpite?

21/12/2017 GIF

P18

Hora de limpar o gelo

– cheetos irá

patrocinar o EUA

Curling! Espere até

ver o que temos nas

mangas longas neste

inverno. #apoieocurl

24/10/2017 JPG

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37

P19

A tocar meu cheddar

interior.

#AartedasMigalhas

25/10/2017 GIF

P20

Acho que apanhei

uma febre escaldante.

#Queimando

27/10/2017 JPG

P21

Aqui está um simples

#lifehack (truque6)

que peguei com

minha amiga de

infância sereia.

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Estamos animados

para adicionar Vernon

Davis ao nosso

pelotão de curling!

Traga as danças de

celebração.

#apoieocurl

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6 LifeHacks se refere a truques de produtividade que podem ser aplicados para superar a sobrecarga de

informação, pendências e tarefas do dia-a-dia.

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Visando Cheetos no

seu programa de TV

favorito? Não há nada

estranho nisso...

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P24

Eu tinha um dente de

leite. Até meu dentista

arrancou ele.

#DiaNacionaldoDoce

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Estamos a uma pedra

do curling ou a contar

com a hora do lanche?

#Apoieocurl

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É fácil escolher as

suas roupas quando

não tens

nenhuma.#Manchasto

dodia

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A bola de canhão está

ultrapassada. Meu

próximo mergulho

será o lança – chamas

#EmBrevePiscinaAqu

ecida

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E a chita fez xixi no

caminho para casa –

ou neste caso, para a

casa. #apoieocurl

#apoieocurl

#apoieocurl

#apoieocurl

#apoieocurl

#apoieocurl

#apoieocurl

13/11/2017 JPG

P29

Quando ela diz que

não se importa com

um tipo de bobagem.

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O Curling varreu-me

dos pés. Muito

literalmente.

#Apoieocurl

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Uma nova inveção.

Tá iluminado.

#AlimentadopeloChee

tos

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Quando eu era

criança, eu costumava

adorar jogar luz

vermelha/ luz verde.

Agora nem isso.

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O meu único desejo é

deixar-me espaço para

cheetos

#AçãodeGraça

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Quando eu digo que

preciso do meu

espaço, estou falando

sério.

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Quebrar na dança é

uma ótima maneira de

queimar energia.

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Seguindo o protocolo,

o homem de gengibre

foi transferido para

um local seguro.

#DiaNacionaldoCooki

e

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No Dojo,eles me

chamam... a sombra

laranja

#DiaInternacionaldoN

inja

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Eu sei que “quebrar

uma perna” significa

“Boa sorte” mas

quando acontece com

você, você fica

desconfiado.

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Adoro canções de

natal. Ou como eu

gosto de chamar,

“Karaoke ao ar livre”.

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Pelo amor de todas as

coisas do Curl,

celebra os EUA

curliling pela partilha

#ApoieoCurl

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Próximo nível

decoração de árvores.

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Como um fanático por

curling de oito anos,

@vernondavis85,

acha que você pode

trazer alguns de seus

fãs para esse esporte

tão apreciado?

#apoieocurl

#apoieocurl

#apoieocurl

#apoieocurl

#apoieocurl

#apoieocurl

#apoieocurl

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Finalmente juntei-me

à loucura e construí

uma casa para mim.

#casaminuscula

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Fonte: Elaboração própria.