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Psicodiagnóstico na ACP

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Healthcare


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Page 1: Psicodiagnostico na acp

Psicodiagnóstico na ACP

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O diagnóstico psicológico foi uma das primeiras atividades profissionais do psicólogo e desempenhou um papel importante na sedimentação dessa profissão. Na construção dos instrumentos de medida, predominava a tentativa de corresponder ao modelo de ciência vigente nas ciências naturais.

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Na relação estabelecida o cliente desempenha papel passivo, quase o de “objeto” a ser estudado. Ele é submetido a teste, avaliações, observado em seus comportamentos e ações, totalmente alijado de qualquer possibilidade de participar das interpretações sobre o material que forneceu, sem acesso ao resultado escrito e sem condições de discordar das conclusões.

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Acrescenta-se a tudo isso a ênfase nos aspectos psicopatológicos e a tendência a encaminhar os pacientes para “tratamentos” sem que ele compreenda exatamente sua necessidade.

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Foi no âmbito da Psicologia fenomenológico-existencial que despontou a possibilidade de o processo psicodiagnóstico tornar-se interventivo e interativo. Pode-se dizer que o profissional passou a adotar uma atitude de respeito para com os significados já atribuídos pelo próprio cliente aos seus comportamentos, esperando sua colaboração ao elaborar as possíveis interpretações.

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A infelicidade da Psicologia clínica começa pelo nome. Clínica vem de uma palavra grega que significa cama. Para os gregos o médico visitava os doentes acamados. A Psicologia clínica, de imediato, se associa à idéia de doença. A Psicologia clínica descende da Psicopatologia, e dela se alimenta. Diagnóstico e terapia são duas grandes especialidades. O que significa esse fascínio pelo jargão médico?

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Para a Fenomenologia “ a objetividade do processo de diagnóstico, preferimos dizer, do processo de reconhecimento e compreensão do cliente, fundamenta-se na intersubjetividade. Isto supõe, por parte do psicólogo, a observação de sua própria subjetividade”. (Augras, 1998, p.14)

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“o diagnóstico psicológico, da maneira como usualmente é compreendido, é desnecessário para a psicoterapia e pode, na verdade, ser prejudicial ao

processo terapêutico” (Rogers,1992, p.253).

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“há um grau de perda de identidade quando o individuo passa a acreditar que só o especialista pode avaliá-lo

com exatidão e que, portanto, a medida de seu valor pessoal encontra-

se nas mãos de uma outra pessoa”(ROGERS, 1992, p.257).

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o comportamento é causado, e a causa psicológica do comportamento é uma certa percepção ou maneira de perceber”. (Rogers 1992, p.255)

A terapia consistiria, então, “... na experiência das inadequações das velhas formas de percepção, na experiência de novas percepções, mais exatas e adequadas, e no reconhecimento das relações significativas entre as percepções”(Rogers, in Vieira & Miranda)

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Desta forma, o cliente é o único capaz de mudar um comportamento de forma efetiva, não superficial, através da

experiência de uma mudança de percepção a respeito de sua queixa, por ele ser “... a

única pessoa capaz de conhecer completamente a dinâmica de suas

percepções e de seu comportamento”(Rogers in Vieira &Miranda)

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num sentido significativo e acurado, a terapia é diagnóstico, e esse diagnóstico é um processo que se desenrola mais na experiência do cliente do que no intelecto do terapeuta”. (Rogers,1992, p.256)

Rogers afirma que "... o uso de testes diagnósticos é pior do que perda de tempo [...] relega o indivíduo para a categoria de objeto, de modo que você possa pensar nele, confortavelmente, sem considerá-lo como uma pessoa real com quem você se relaciona". (Rogers in Vieira &Miranda)

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BIBLIOGRAFIA AUGRAS, M. O ser da

compreensão:fenomenologia da situação de psicodiagnóstico.Petrópolis:Vozes, 1998.

PIMENTEL, A. Psicodiagnóstico em Gestalt-terapia. São Paulo:Summus, 2003.

ROGERS, C.R. Terapia centrada no cliente. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

VIEIRA, E. M. e Miranda, C. S. N.Diagnóstico e ACP: Fotografias de mudança do uso do diagnóstico no pensamento rogeriano.