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2ª. Prova de Física 1 – FCM 0501 – (Peso 0,35) 2013
Nome do Aluno Número USP
Boa Prova!
A prova é sem consulta. As respostas finais devem ser escritas com caneta.
Respostas finais escritas a lápis não terão recorreção. É proibido o uso de calculadoras.
Há um bônus de 0,5 na 2ª. questão. As questões 1 e 2 serão corrigidas pelo prof. Onody e as questões 3 e 4 pelo prof. Fred
Valor das Questões
Nota
1ª. a) 1,5 b) 1,0
2ª. a) 1,25 b) 1,25
Bônus – 0,5
3ª. a) 1,5 b) 1,0
4ª. a) 1,0 b) 1,0 c) 0,5
Nota Final
1) Um caixote (cuja secção transversal é quadrada) escorrega para baixo em uma vala cujos lados formam um ângulo reto. O coeficiente de atrito estático (cinético) entre o caixote e a vala é µe (µc). A vala faz um ângulo θ com o plano horizontal. a) Qual é o ângulo crítico θc para o qual o caixote começa a escorregar? b) Se θ > θc , calcule a aceleração do caixote.
Dê todas as suas respostas em função de θ, µe , µc e g.
Escolheremos coordenadas (x,y) no plano da secção transversal do caixote. Não há resultantes nem na direção x nem na direção y. Adotaremos o eixo z ao longo da vala para baixo.
𝑁! cos 45° = 𝑁! cos 45° → 𝑁! = 𝑁! 𝑁!𝑠𝑒𝑛 45° + 𝑁!𝑠𝑒𝑛 45° = 𝑚𝑔𝑐𝑜𝑠 𝜃 → 𝑁! 2 = 𝑚𝑔𝑐𝑜𝑠 𝜃
a) 𝐹!,! = 𝜇!𝑁! = 𝜇!𝑁! = 𝐹!,! =!!!"#$% !!
!
𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛 𝜃! = 2𝐹!,! = 2𝜇!𝑚𝑔𝑐𝑜𝑠 𝜃!
logo
𝑠𝑒𝑛 𝜃!𝑐𝑜𝑠 𝜃!
= 𝜇! 2
b) 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛 𝜃 − 2𝐹!,! = 𝑚𝑎
𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛 𝜃 − 2𝜇!𝑚𝑔𝑐𝑜𝑠 𝜃 = 𝑚𝑎
𝑎 = 𝑔 𝑠𝑒𝑛 𝜃 − 2𝜇𝑐cos (𝜃)
450 450
N1 N2
θ
mg sen(θ) mg cos(θ)
Fa,1
Fa,2 N1sen(𝟒𝟓°)
N2sen(𝟒𝟓°)
2) Um corpo se movimenta num plano horizontal (x,y) (x e y em metros) sob a ação das forças (em Newtons) 𝐹! = 3𝑦 − 2𝑥 𝚤 + (2𝑦 + 6𝑥)𝚥 e 𝐹! = 3𝑦 − 2𝑥 𝚤 + (2𝑦 + 3𝑥)𝚥 Calcule o trabalho realizado por cada uma dessas forças para levar o corpo do ponto A=(2,3) ao ponto B=(4,2) pelo caminhos
a) AC+CB, onde C=(4,3) b) AB
Bônus!(0,5). Calcule a função energia potencial U(x,y) associada a todas as forças conservativas. 𝑑𝑟 = 𝑑𝑥 𝚤 + 𝑑𝑦 𝚥 𝑑𝑊! = 3𝑦 − 2𝑥 𝑑𝑥 + (2𝑦 + 6𝑥)𝑑𝑦 𝑑𝑊! = 3𝑦 − 2𝑥 𝑑𝑥 + (2𝑦 + 3𝑥)𝑑𝑦
a) AC 𝑦 = 3 ; 𝑑𝑦 = 0
𝑑𝑊! = 3𝑦 − 2𝑥 𝑑𝑥 → 𝑊! = (9 − 2𝑥)𝑑𝑥!
!= 9𝑥 − 𝑥! !
! = 6 𝐽
𝑑𝑊! = 3𝑦 − 2𝑥 𝑑𝑥 → 𝑊! = 6 𝐽
CB 𝑥 = 4 ; 𝑑𝑥 = 0
𝑑𝑊! = 2𝑦 + 6𝑥 𝑑𝑦 → 𝑊! = (2𝑦 + 24)𝑑𝑦!! = 𝑦! + 24𝑦 !
! = −29 𝐽 𝑑𝑊! = 2𝑦 + 3𝑥 𝑑𝑦 → 𝑊! = (2𝑦 + 12)𝑑𝑦!
! = 𝑦! + 12𝑦 !! = −17 𝐽
AC + CB 𝑊! = −23 𝐽 e 𝑊! = −11 𝐽
b) AB
𝑦 = − !
!+ 4 → 𝑥 = 8 − 2𝑦 → 𝑑𝑥 = −2 𝑑𝑦
𝑑𝑊! = 3𝑦 − 2𝑥 𝑑𝑥 + 2𝑦 + 6𝑥 𝑑𝑦 = −2 3𝑦 − 2(8 − 2𝑦) 𝑑𝑦 + 2𝑦 + 6(8 − 2𝑦) 𝑑𝑦 = −24𝑦 + 80 𝑑𝑦 𝑊! = −24𝑦 + 80 𝑑𝑦!
! = −12𝑦! + 80𝑦 !! = −20 𝐽
𝑑𝑊! = 3𝑦 − 2𝑥 𝑑𝑥 + 2𝑦 + 3𝑥 𝑑𝑦 = −2 3𝑦 − 2(8 − 2𝑦) 𝑑𝑦 + 2𝑦 + 3(8 − 2𝑦) 𝑑𝑦 = −18𝑦 + 56 𝑑𝑦
𝑊! = −18𝑦 + 56 𝑑𝑦!
! = −9𝑦! + 56𝑦 !! = −11 𝐽
𝑊! = −20 𝐽 e 𝑊! = −11 𝐽
Bônus: 𝐹! é dissipativa. Vejamos 𝐹!
𝑟𝑜𝑡 𝐹! =𝚤 𝚥 𝑘!!"
!!"
!!"
3𝑦 − 2𝑥 (2𝑦 + 3𝑥) 0
= 0 → 𝐹! é 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 → ∃ 𝑈 𝑥, 𝑦 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒 𝐹! = −∇𝑈
!"!"= −𝐹! = 2𝑥 − 3𝑦 → 𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝑥! − 3𝑥𝑦 + 𝛼(𝑦)
!"!"= −𝐹! = −3𝑥 − 2𝑦 → 𝑈 𝑥, 𝑦 = −𝑦! − 3𝑥𝑦 + 𝛽(𝑥)
Logo 𝛼 𝑦 = −𝑦! 𝑒 𝛽 𝑥 = 𝑥!
𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝑥! − 𝑦! − 3𝑥𝑦 + 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
A (2,3)
C (4,3)
B (4,2)
y
x
3) Uma partícula pontual de massa m está inicialmente no topo de um monte hemisférico de raio R. Ela começa a deslizar com uma velocidade horizontal dada por 𝑣! = 𝑔𝑅/2.
a) Supondo que o atrito é desprezível,
calcule a altura em relação ao solo na qual a partícula perde contato com o monte;
b) Agora suponha que existe atrito no problema. Calcule o módulo mínimo do trabalho que deve ser realizado pela força de atrito sobre a partícula para que esta alcance a altura h = R/3 sem perder o contato com o monte. Deixe a sua resposta apenas em função da massa da partícula m, da gravidade g e do raio R. (Dica: note que o coeficiente de atrito não foi informado no problema.) (a) Ao descer mantendo o contato com o monte, a partícula irá descrever um movimento circular de raio R. Sabemos que para o movimento circular a força resultante atuando na partícula deve ter uma componente centrípeta dada por: 𝐹! = 𝑚𝑣!/𝑅. Da segunda lei de Newton tem-se que a equação de movimento da partícula é dada por: 𝑃 𝑐𝑜𝑠𝜃 − 𝑁 = 𝑚𝑣!/𝑅. No ponto em que a partícula perde o contato com o monte, tem-se que a força de reação normal se anula. Assim: 𝑁 = 0 → 𝑃 𝑐𝑜𝑠𝜃 = !!!
! → 𝑚𝑔 !
!= !!!
!→ 𝑣! = 𝑔ℎ . (1)
Dado que as forças atuando no sistema são todas conservativas, tem-se, então, que a energia mecânica do sistema se conserva. Portanto: De (1) e (2) obtém-se a resposta do problema:
(b) Com a existência da força de atrito, a energia mecânica do sistema passa a não se conservar e a sua variação (energia dissipada) é dada pelo trabalho que a força de atrito realiza sobre a partícula. Este trabalho é negativo, pois a força de atrito sempre tem sentido oposto ao do movimento da partícula. O papel da força de atrito é, então, frear a partícula ao longo do seu movimento. Para que a partícula nunca perca contato com o monte é preciso que a sua velocidade seja sempre menor ou igual ao valor dado pela Eq. (1): 𝑣! ≤ 𝑔ℎ . Assim
𝑊!"# = ∆𝐸!"# = ∆𝑇 + ∆𝑈 ⇒ 𝑊!"# =𝑚 𝑣!
2−𝑚 𝑣!!
2+𝑚𝑔ℎ −𝑚𝑔𝑅 ≤
𝑚𝑔ℎ2
−𝑚 𝑣!!
2+𝑚𝑔 ℎ − 𝑅
⇒ 𝑊!"# ≤ 𝑚𝑔32ℎ −
54𝑅 . (3)
Como 𝑊!"# = −|𝑊!"#|, da Eq. (3) tem-se que: |𝑊!"#| ≥ 𝑚𝑔 !
!𝑅 − !
!ℎ .
O valor mínimo do módulo do trabalho realizado para que a partícula atinja a altura h = R/3 é dada, então, por: |𝑊!"#| ≥
!!𝑚𝑔𝑅.
~g
�Emec = �T + �U = 0) �T = ��U ) mv2
2� mv2
0
2= mg(R� h)) v2 = g
✓52R� 2h
◆(2)
gh = g
✓52R� 2h
◆) h =
56R.
4) Na figura abaixo, um bloco inicialmente em repouso explode em dois pedaços, E e
D. Estes pedaços inicialmente deslizam sobre um piso sem atrito de comprimento total L e depois entram em regiões com atrito, onde acabam parando. O pedaço E, cuja massa é mE, encontra um coeficiente de atrito cinético µE e chega ao repouso em uma distância dE. O pedaço D, cuja massa é mD, encontra um coeficiente de atrito cinético µD e desliza até o repouso após uma distância dD. Calcule: a) A razão das velocidades dos blocos E e
D imediatamente após a explosão; b) A razão entre as distâncias dE e dD
percorridas pelos blocos. Deixe a sua resposta em termos de mE, mD, µE e µD;
c) A posição do centro de massa do sistema após os blocos pararem. ASSUMA dD=1m. Deixe a sua resposta em termos de mE, mD , µE e µD
(a) Da conservação do momento linear, os momentos totais do sistema antes e logo após a explosão devem ser iguais, pois apenas forças internas atuam sobre o sistema. Como o sistema encontrava-se em repouso, tem-se que o momento linear antes da explosão era nulo. Assim:
(b) Ao entrar na região com atrito, os blocos terão a sua energia cinética dissipada através da realização de trabalho da força de atrito. Do teorema da energia cinética e trabalho podemos realicionar a variação da energia cinética com o trabalho da força de atrito:
∆𝑇 = 𝑊 ⇒ ∆𝑇(!) = 𝑊!"#$"%(!) 𝑒 ∆𝑇(!) = 𝑊!"#$"%
(!)
Como a força de reação normal atuando em cada um dos pedaços se mantém constante no problema, o trabalho da força de atrito é o trabalho de uma força constante. Assim: (c)
~Pi =
~Pf , como
~Pi = 0) ~Pf = 0) ~PE +
~PD = 0;
~PE = �mE |~vE |ˆi; ~PD = mD|~vD|ˆi
!
!
Questão!1:!A!figura!mostra!um!sistema!composto!de!dois!blocos,!ligados!através!de!um!fio!ideal,!que!passa!por! uma!polia! de!massa! negligenciável! e! ideal.! Os! blocos! têm!massas! dadas! por!m1=M!e!m2=
€
2M/4.!Apenas!o!bloco!2!experimenta!uma!força!de!atrito!devido!ao!contato!com!a!superfície!da!parede!vertical.!O!coeficiente!de!atrito!estático!do!bloco!2!e!a!parede!vertical!é!dado!por!µe!e!o!de!atrito!cinético!por!µc. O!bloco!2! está! sujeito!à!ação!de!uma! força!
€
F = F0(−sen450 ˆ i − cos450 ˆ j ) ,! onde!
€
ˆ i ! e!
€
ˆ j ! representam!os!versores!associados!aos!eixos!x!e!y,!respectivamente,!do!sistema!de!coordenadas!indicado!na!figura.!
!(a)!(1,0)!Quais!os!valores!mínimo!e!máximo!de!
€
F0 !!para!que!o!sistema!permaneça!em!equilíbrio?!
Para!as!letras!b,!c!e!d,!assuma!que!o!sistema!se!move!tal!que!o!bloco!2!desce!da!posição!y1=2m!para!y2=1m.!!
(b)! (1,0)! Calcule! o! trabalho! realizado! pela! força!gravitacional!em!cada!um!dos!blocos;!!(c)!(1,0)!Assumindo!que!
€
F0 !varia!com!a!posição!vertical!y! dado! por!
€
F0 = 20 2Mgy ,! calcule! o! trabalho!realizado! pela! força!
€
F ,! e! a! força! de! atrito! cinético!
agindo!sobre!o!bloco!2;!(d)! (1,0)! Qual! a! variação! da! energia! cinética! total! do!sistema?!
Questão!2:!(Questão!fortemente!baseada!no!problema!36,!cap.!8)!Uma!partícula!pontual!está!inicialmente!no!topo!de!um!monte!hemisférico!de!raio!R!(vide!figura!abaixo).!Ela!começa!a!deslizar!para!baixo!com!uma!velocidade!inicial!dada!por!
€
v0 = gR 2 .!!
(a) (2,0)! Supondo! que! o! atrito! é! desprezível,! calcule! a! altura! para! a!qual!a!partícula!perde!contato!com!o!monte!hemisférico;!(b) (1,0)! Agora! suponha! que! existe! atrito! no! problema.! Calcule! o!módulo!mínimo!do!trabalho!que!deve!ser!realizado!pela!força!de!atrito!sobre!a!partícula!para!que!esta!chegue!ao!solo!sem!perder!contato!com!o!monte.!Deixe!a!sua!resposta!apenas!em!função!da!massa!da!partícula!m,!da!gravidade!g!e!do!raio!R.!
Questão!3:!(Questão!fortemente!baseada!no!problema!46,!cap.!9)!Na!figura!abaixo,!um!bloco!inicialmente!em! repouso! explode! em!dois! pedaços,!E! e!D,! que! deslizam! sobre! um!piso! em! um! trecho! sem! atrito! de!comprimento!L!e!depois!entram!em!regiões!com!atrito,!onde!acabam!parando.!O!pedaço!E,!com!uma!massa!mE,! encontra!um!coeficiente!de! atrito! cinético!µE! e! chega! ao! repouso! em!uma!distância!dE.!O!pedaço!D!encontra!um!coeficiente!de!atrito!cinético!µD!e!desliza!até!o!repouso!em!uma!distância!dD.!Calcule:!
(a) (1,0)!A!razão!das!velocidades!dos!blocos!E!e!D!após!a!explosão;!(b) (1,0)!!A!razão!entre!as!distâncias!dE!e!dD!percorridas!pelos!blocos.!Deixe!a!sua!resposta!em!termos!de!!mE,!mD!,!µE!e!µD;!(c) (1,0)! A! posição! do! centro! de!massa! dos! sistema! após! os!blocos! pararem.! Assuma! dD=1m.! Deixe! a! sua! resposta! em!termos!de!!mE,!mD!,!µE!e!µD.!
!
Universidade!Federal!de!Pernambuco!Departamento!de!Física!
!!Física!Geral!1!`!Segundo!Exercício!Escolar!!`!19/05/2010
dE dD
L/2 L/2 µE! µD!
µ=0!
€
sen450 = cos450 =22
€
F 450!
y!
x!450!
1!2!
x!0!
€
g
) mE |~vE | = mD|~vD|) |~vE ||~vD| =
mD
mE
) dE
dD=
µD
µE
m2D
m2E
�T (E) = W(E)atrito
) �mE
v2E
2= �µ
E
mE
gdE
e �T (D) = W(D)atrito
) �mD
v2D
2= �µ
D
mD
gdD
xcm =�mE(dE + L/2) + mD(dD + L/2)
mE + mD=
✓L
2
◆mD �mE
mE + mD+
dD
mE + mD
✓mD �mE
dE
dD
◆
xcm =✓
L
2
◆mD �mE
mD + mE+
dD
mE + mD
✓mD �mE
µD
µE
m
2D
m
2E
◆
xcm =✓
L
2
◆mD �mE
mD + mE+
mD
mE + mD
✓1� µD
µE
mD
mE
◆