protocolo de fios
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biomecanica Interativa, Capítulo 5 - Protocolo de FiosTRANSCRIPT
PROTOCOLO DE FIOS UTILIZADOS DE ACORDO COM A NECESSIDADE BIOMECÂNICA
CLASSIFICAÇÃO DOS TORQUES
FASES DE TRATAMENTO X PROPRIEDADES FÍSICAS (FLEXIBILIDADE E ATRITO)
FASE DE NIVELAMENTO
FASE DE FECHAMENTO DE ESPAÇOS
ARCO DE DESLIZE
ARCO COM ALÇAS DUPLAS
ARCOS DE FINALIZAÇÃO
ASSENTAMENTO FINAL DOS TORQUES: ACESSÓRIOS INTERATIVOS X PASSIVOS
INTERCUSPIDAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DOS TORQUES
Inicialmente, para que haja entendimento abrangente sobre o quadro explicativo sobre as
necessidades biomecânicas ao longo das etapas de tratamento apresentado adiante, segue uma breve
explicação sobre a classificação dos torques quanto à atuação dos fios dentro dos slots.
Os arcos compostos por fios de geometria retangular são aplicados aos acessórios sem a
necessidade de que o próprio ortodontista realize manualmente sua torção, uma vez que os acessórios
auto-ligantes “straight wire” com prescrição Roth são totalmente pré programados com características
que conferem aos dentes, ao final do tratamento, posicionamento correto de coroas e raízes graças a
detalhes como in-out, posicionamento artístico das raízes, desvio caudal e torque. A não torção do fio o
leva a uma posição classicamente conhecida por neutra (que corresponde à não torção do fio retangular).
Torque ativo ocorre quando não há
coincidência entre a posição neutra do fio
ortodôntico e a inclinação do slot. Não
havendo a coincidência, o arco exercerá
carga sobre as paredes do bracket logo após
a sua inserção. Havendo carga, haverá
movimentação simultânea de coroa e raiz,
em sentidos opostos.
Torque passivo ocorre
quando há coincidência entre a
posição neutra do fio ortodôntico
e a inclinação do slot. Não há
geração de carga do fio sobre as
paredes do slot. Não havendo
carga, não ocorre a
movimentação axial do dente.
Torque resistente
corresponde ao conjunto de
vetores criados por um sistema
binário de forças aplicado internamente ao slot de um acessório, com o intuito de se contrapor a um efeito
indesejável.
Por exemplo: durante a fase de fechamento de espaços, na segunda etapa o ortodontista se
preocupa em fechar espaços remanescentes das exodontias após a retração anterior, contando com um
sistema simples de arcos de deslize ativados por molas de níquel-titânio. As molas exercem carga sobre
ambos os pontos de aplicação (ganchos dos tubos molares e ganchos de pressão aplicados sobre os arcos
nas distais dos caninos). A carga exercida sobre os ganchos dos molares irão surtir o efeito desejado e
programado de mesialização dos molares(vetor verde). No entanto, a carga exercida sobre os ganchos de
pressão distais aos caninos cria um momento de força que traze como efeito indesejável a lingualização
dos incisivos (vetor vermelho).
Para controle deste movimento indesejável, o ortodontista poderá contar com 2 opções:
1. Incorporar dobra de torção no fio
retangular (torque) na região anterior
do arco, para que este se contraponha
ao movimento indesejado. A idéia é
improcedente, pois seria humanamente
impossível o ortodontista calcular
exatamente a intensidade da torção
necessária para a anulação do efeito de
lingualização indesejado. Seria uma
manobra complexa, imprevisível e
ineficiente.
2. Utilizar nos slots dos incisivos inferiores o fio retangular “cheio”, sem folga (por exemplo,
fios de secção 18 x 25 em acessórios
com slots 18 x 25). O fio retangular
encaixado nos slots dos dentes
anteriores irá atuar com a criação de um
contra momento de força, resistente ao
movimento de lingualização incisal,
através de uma manobra simples,
previsível e eficiente. Esta é uma das
bases teóricas que cercam o uso de slots
diferenciais (18 x 25 nos incisivos; 22 x
28 nos caninos, pré-molares e molares),
manobra conhecida por “dual slots
treatment”, confome será explicado
adiante.
FASES DE TRATAMENTO X PROPRIEDADES FÍSICAS (FLEXIBILIDADE E ATRITO)
Para ilustrar a importância do conhecimento sobre propriedades essenciais dos materiais, tal como
o coeficiente de atrito, podemos resumir o tratamento ativo com acessórios auto-ligantes interativos em 3
fases distintas. Cada uma das fases de tratamento apresenta seu objetivo específico, cujo cumprimento se
dá através da aplicação correta das propriedades físicas dos materiais empregados, em especial as ligas
que compõem os arcos ortodônticos. Como regra geral sempre devemos conceber uma determinada fase
de tratamento como uma preparação para a fase subseqüente.
1. FASE DE NIVELAMENTO
a. Nivelamento das coroas
b. Posicionamento das raízes
2. FASE DE FECHAMENTO DE ESPAÇOS
a. Retração anterior
b. Perda de Ancoragem
3. FASE DE FINALIZAÇÃO
a. Sobrecorreção dos torques
b. Intercuspidação
FASE DE NIVELAMENTO
A primeira fase ativa, logo após a montagem da aparatologia, apresenta como objetivo o
alinhamento e nivelamento das coroas, bem como o acerto da posição axial das raízes a título de preparo
para a fase de fechamento de espaços. A primeira etapa compreende a utilização de fios de secção
redonda de calibre 0.016”, preferencialmente compostos por liga de níquel-titânio termo-ativado. Estes
apresentam flexibilidade suficiente para que ocorra o posicionamento das coroas em casos onde a
maloclusão apresenta exagerado desnível entre as coroas e/ou falta de alinhamento das mesmas. O
coeficiente de atrito entre o fio e os slots deve ser o menor possível, permitindo o livre deslizamento do
sistema ao longo desta fase, fato otimizado pelo uso de acessórios auto-ligantes interativos, tanto na
região anterior como da posterior das arcadas dentárias. Obviamente que à esta altura os torques serão
incorporados, graças à geometria de secção redonda do arco inicial. Em seguida, é utilizada uma
seqüência de arcos de geometria de secção retangular, também compostos de liga de níquel-titânio termo
ativado, com calibres progressivamente maiores para a incorporação gradual dos torques que garantirão a
correta orientação espacial das raízes conforma a prescrição programada. O torque deve ser ativo tanto na
região anterior como na posterior. Durante esta fase, nas duas etapas, é muito importante manter o
controle sobre a ancoragem, com direcionamento racional dos diastemas remanescentes após as
exodontias, conforme verificaremos em capítulo a seguir.
FASE DE FECHAMENTO DE ESPAÇOS
Uma vez alinhadas e niveladas as coroas (fios de secção redonda) e acertadas as posições axiais das
raízes (fios de secção retangular), esta próxima fase apresenta por objetivo o fechamento dos espaços
remanescentes devido às eventuais exodontias realizadas. Para que haja êxito nesta etapa, a etapa
precedente deve ter obedecido à estratégia correta, calcada na classificação do caso quanto à ancoragem
(máxima, média ou mínima), conforme explicado no capítulo “o princípio da autocinese ântero-
posterior”.
Somente três possibilidades de movimentação em bloco poderão ocorrer, de acordo com a estratégia
definida pelo profissional:
a) Retração Incisal – quando o caso requer ancoragem máxima.
b) Perda de Ancoragem – quando o caso for classificado como de ancoragem mínima.
c) Retração anterior e perda de ancoragem – atividades necessárias na maior parte dos casos com
exodontias, aqueles classificados como ancoragem média.
Independentemente da estratégia traçada, dois tipos de arcos poderão ser utilizados:
a) Arco de alças duplas – para retração anterior em casos de ancoragem média
b) Arco de deslize – para retração incisal em casos de ancoragem máxima e para perda de ancoragem
em casos de ancoragem média e mínima.
ARCO DE DESLIZE
O arco de fechamento de espaços por deslize se caracteriza pela presença de um dispositivo elástico
posicionado na região do diastema a ser fechado. O dispositivo de primeira eleição é a mola de
segmentos fechados composta por liga de níquel – titânio. Esta poderá ser aplicada em dois pontos: o
gancho do acessório (tubo) do molar e um gancho de pressão especialmente posicionado (ilustrado em
vermelho), justaposto à distal do bracket do canino. Na figura ilustrativa abaixo, o objetivo traçado é a
perda de ancoragem inferior.
Para que ocorra a perda de ancoragem controlada, duas propriedades físicas deverão ser dominadas,
que serão conseguidas através de arcos construídos em liga de aço (baixo coeficiente de atrito e baixa
flexibilidade), bem como pela utilização de acessórios com slots
diferenciais (18 x 25 nos incisivos; 22 x 28 demais dentes), conforme
explicaremos adiante.
a) Resistência friccional: mímima na região posterior, para
que haja facilidade de deslize e conseqüente perda de
ancoragem; máxima na região anterior, para que seja mantido
o torque anterior atingido na etapa anterior.
b) Flexibilidade: mínima ao longo de todo o arco, para que não sejam
induzidas curvaturas que levariam à perda de controle sobre o plano
oclusal.
Nesta etapa, os arcos de secção retangular deverão atuar da seguinte maneira:
a) Região anterior: Resistente, para contraposição da tendência de lingualização dos incisivos
inferiores devido ao uso das molas de níquel titânio.
b) Região posterior: Passivo, para que não haja interferência junto à facilidade de deslize
necessária à mesialização dos molares.
ARCO COM ALÇAS DUPLAS
O arco de fechamento de espaços com alças duplas é utilizado para a retração da bateria anterior
como um todo, de canino à canino, em casos de ancoragem média. É normalmente aplicado ao arco
superior, mas em situações especiais pode ser aplicado ao arco inferior. As alças são estrategicamente
posicionadas junto à mesial e à distal de cada um dos caninos.
O mecanismo funciona pela ativação (abertura) das alças na amplitude de 1mm, seguida do
travamento do arco através da confecção de uma dobra distal e da utilização de amarrilhos de aço. Os
pormenores serão descritos em capítulo à parte, onde poderá ser observado que a grande dificuldade desta
fase não é inerente ao fechamento de espaços em si, mas sim ao controle transversal e vertical durante
esta etapa de tratamento.
Para que esta fase ocorra sob controle, tanto flexibilidade como coeficiente de atrito deverão ser
controlados, o que será obtido através do uso de arcos construídos em liga de aço (baixo coeficiente de
atrito e baixa flexibilidade), e também pela utilização de acessórios com slots diferenciais (18 x 25 nos
incisivos; 22 x 28 demais dentes).
a) Resistência friccional: mímima na região posterior, para que haja possibilidade de ativação das
alças; máxima na região anterior, para que seja mantido o torque anterior atingido na etapa
anterior.
b) Flexibilidade: mínima ao longo de todo o arco, para que não sejam induzidas curvaturas que
levariam à perda de controle sobre o plano oclusal.
Quanto ao modo de atuação dentro dos slots, os arcos de retração com dupla alça deverão atuar da
seguinte maneira:
a) Região anterior: Resistente, para impedir a tendência de lingualização dos incisivos superiores
causadas pela ativação das alças.
b) Região posterior: Resistente, para contraposição da tendência de vestibularização posterior
causada pela ativação das alças, o que cria um vetor de forças que atua em sentido distal (F). Quando um
arco sofre a ação de uma força em seu ponto mediano (A), haverá tendência de abertura em seus
segmentos extremos (B e B’), criando vetores que atuam na região dos molares em sentido vestibular,
conforme mostra a figura abaixo.
ARCOS DE FINALIZAÇÃO
ASSENTAMENTO FINAL DOS TORQUES: ACESSÓRIOS INTERATIVOS X PASSIVOS
Após a consolidação dos espaços, os torques devem ser consolidados através do uso de arcos
retangulares de espessura máxima, para que todas as características intrínsecas aos acessórios tenham sua
expressão conforme a recomendação do autor criador da prescrição escolhida pelo profissional.
Portanto, os casos onde acessórios de slots 0,022”x 0,028” são utilizados, arcos com o mesmo calibre
deveriam ser aplicados na etapa de finalização, o mesmo ocorrendo caso o profissional opte pelos
acessórios 0,018”x 0,025”. Em ambas as situações pode-se afirmar que tal atitude é clinicamente
inatingível, além de fisicamente haver necessidade de ajuste entre as dimensões arco x slot, onde uma
delas deve ser necessariamente diferente da outra, uma vez que dois corpos não ocupam, ao mesmo
tempo, o mesmo local no espaço. Além do mais, nota-se claramente a falta de controle de qualidade
nestas dimensões, por parte de alguns fabricantes de fios e de acessórios.
Nesta fase, não é interessante que haja folga entre o fio e os trilhos dos acessórios. A folga será
eliminada pelo uso de acessórios auto-ligantes interativos, que se diferenciam dos passivos exatamente
pelo tipo de atividade dos clipes.
Nos acessórios passivos não há qualquer tipo de interação entre o fio ortodôntico e o clipe, tendo este
a mera função de manter o fio no interior da canaleta. Basicamente, acessórios auto-ligantes passivos
comportam-se como se fossem tubos, onde somente a utilização de arcos de calibre máximo seriam
eficientes para que houvesse expressão total da prescrição de torque.
No caso do uso de acessórios interativos auto-ligantes, tal
dificuldade é eliminada pela força originada pelos clipes dos
acessórios, que geram interessante vetor de força que tende a
pressionar os arcos para a parede mais profunda dos slots, onde a
carga varia em função da geometria de secção e do calibre dos arcos.
Neste tipo de acessório, o clipe tem também “ação de mola”,
interagindo com o fio ortodôntico na dosagem da força despendida
sobre o dente nas situações onde o posicionamento dental estiver
alterado.
Além da eliminação dos efeitos deletérios das
forças pesadas, os brackets interativos
potencializam as propriedades físicas do arco
ortodôntico, potencializando a correção do
posicionamento dental oferecendo movimentos de
angulação, rotação e, sobretudo, de torque.
Portanto, há atividade compartilhada entre o fio e o
bracket.
No entanto, o uso de acessórios passivos não traz estas benesses, pois o ortodontista irá contar apenas
com a atividade dos fios, uma vez que a cobertura rígida, por não apresentar flexibilidade, não oferece
qualquer tipo de controle sobre os movimentos de
rotação, angulação e torque, que fica à cargo
exclusivamente dos fios ortodônticos.
Como em algumas situações clínicas (assim como na
etapa de finalização) é necessário que haja alto atrito na
interface fio / bracket, podemos afirmar que os acessórios
auto-ligantes passivos são menos eficientes que os
convencionais, onde há uma chance de engajamento maior
entre os componentes do sistema pela utilização de
amarrilhos, principalmente metálicos (pois os elastoméricos
perdem a eficiência dentro de uma questão de poucas horas quando em meio intra bucal).
Quanto às propriedades físicas inerentes à esta fase, há necessidade de alto coeficiente de atrito para
que haja bom encaixe entre fio retangular e slot, produzindo-se assim os momentos binários de força (de
terceira ordem) necessários ao assentamento final dos torques.
Desta forma, o profissional poderá utilizar um arco de secção 0,018” x 0,025” , e mesmo que não haja
preechimento total dos slots, o sistema arco-brackets proposto pelo conjunto composto por acessórios
auto-ligantes interativos gerará o engajamento necessário para que os torques sejam ativos onde ainda
não há o posicionamento dental ideal. Conforme verificaremos mais adiante, o uso de slots diferenciais
potencializará este efeito na fase de finalização.
O profissional pode contar com duas opções de composição da liga:
a) Aço inoxidável da série 300: quando não forem necessárias dobras de finalização, e quando houver
necessidade de fechamento de diminutos espaços inter dentais.
b) TMA (Titânio-Molibdênio): quando forem necessárias dobras de finalização (horizontais ou
verticais), ou ainda torques localizados.
INTERCUSPIDAÇÃO
É a etapa onde o objetivo se concentra em se conseguir interdigitação inter oclusal, através da maior
intimidade possível de contatos oclusais entre as arcadas, graças ao uso de componentes elásticos capazes
de gerar vetores eminentemente de direção vertical. Esta fase está diretamente correlacionada à
estabilidade final pós-tratamento.
Caracteriza-se pelo uso de elásticos intermaxilares com vetores predominantemente verticais, na qual
o resultado final é a extrusão dentária controlada, individual ou em grupo, com a finalidade de estabelecer
melhor relação vertical entre dentes antagônicos.
Há dois métodos distintos para a aplicação dos anéis elásticos:
a) Diretamente aos dentes: os componentes
elásticos são aplicados diretamente aos ganchos
dos acessórios, não havendo a presença de arcos
ortodônticos. Estes atuariam como limitadores do
movimento extrusivo, movimento este
considerado como fisiológico e de rápida
evolução. Portanto, a possibilidade de
descontrole é iminente, pois tanto pode haver a
extrusão do elemento pretendido como também
do antagonista que já ocupa posição vertical
ideal. Este método é pouco recomendado, a
menos que haja necessidade de intercuspidação
em um setor isolado, e que o paciente seja
extremamente colaborador, pios a falta na
consulta subseqüente pode ser drástica,
produzindo extrusão exagerada do
segmento ou do dente em questão.
b) Diretamente aos arcos ortodônticos: os componentes elásticos são aplicados à ganchos de pressão
ou junto aos ganchos dos próprios acessórios, estrategicamente posicionados conforme a necessidade
programada pelo ortodontista. Neste método os arcos atuam como limitadores ou permissores do
movimento. Na figura abaixo, por exemplo, é interessante que o arco superior apresente maleabilidade
(não flexibilidade) na região do acessório do primeiro pré-molar superior. Entretanto, é necessário que o
arco inferior seja rígido o suficiente para impedir a extrusão dos elementos envolvidos com o anel
elástico. Além disso, para que sejam mantidos os torques das coroas dentais duramente conseguidos nas
etapas precedentes, é de fundamental importância que ambos os arcos sejam constituídos por fios de
geometria de secção retangular. No arco superior, onde a extrusão controlada do elemento em questão se
faz necessária, é importante que haja menor coeficiente de atrito, para que haja liberdade de extrusão
permitida pelo deslize do fio nos trilhos dos dentes vizinhos.
Assim, considerando-se as necessidades descritas, para o arco superior o fio de eleição é o “Braided”
de calibre 0,018” x 0,025” (já que o slot do acessório é de calibre 0,022” x 0,028”). Este é composto por
liga de aço em filetes trançados e maleáveis, previamente tratado termicamente pelo fabricante.
O arco inferior deve ser construído com fio de aço 0,018” x 0,025”, pois irá conferir a rigidez
necessária e manter os torques conseguidos, pois mesmo que haja folga entre o fio e os slots 0,022” x
0,028”, os brackets interativos farão valer a potência dos clipes para que haja o preenchimento completo
dos slots.
O quadro abaixo resume o controle sobre as propriedades físicas durante as fases de tratamento, para
que o profissional se oriente na escolha do tipo de liga e geometria de secção dos arcos utilizados junto
aos acessórios interativos auto-ligantes.
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