propriedades térmicas (1)

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PROPRIEDADES TÉRMICAS DOS MATERIAIS COM FOCO NOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL NÃO CIMENTÍCIOS 1.Resumo No presente trabalho, será abortado o tema “Propriedades Térmicas” em materiais de construção não cimentícios, que refere-se à resposta de um material à ação de calor. Dentro do estudo, serão apresentadas as principais definições do tema, influência da microestrutura na resposta do material ao calor, aplicações na construção civil e métodos de análises baseados na revisão bibliográfica apresentada ao final do trabalho. 2.Introdução Callister define propriedade térmica como sendo como a resposta de um material frente à aplicação de calor, e partir do conhecimento da relação destas respostas com a microestrutura, é possível selecionar ou modificar adequadamente um material para que este tenha seu melhor desempenho, sem prejuízos em sua funcionalidade, frente à variações de temperaturas o qual o material é submetido o que remete à importância dos estudos das propriedades térmicas. Dentro das principais propriedades térmicas de um material, encontram-se a absorção de calor nos arredores de um material (capacidade calorífica), a alteração dimensional de um corpo (expansão térmica), a capacidade de transferência de

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PROPRIEDADES TRMICAS DOS MATERIAIS COM FOCO NOSMATERIAIS DE CONSTRUO CIVIL NO CIMENTCIOS1. ResumoNo presente trabalho, ser abortado o tema Propriedades Trmicas em materiais deconstruo no cimentcios, que refere-seresposta de um materialao de calor!"entrodoestudo, seroapresentadasasprincipaisdefini#esdotema, influ$nciadamicroestrutura na resposta do material ao calor, aplica#es na construo ci%il emtodos de anlises baseados na re%iso biblio&rfica apresentada ao final do trabalho!2. Into!u"#o'allister define propriedade trmica como sendo como a resposta de um material frenteaplicaodecalor, epartir doconhecimentoda relaodestas respostas comamicroestrutura, poss%el selecionar ou modificar adequadamente um material para queestetenhaseumelhor desempenho, sempre(u)os emsuafuncionalidade, frente%aria#es de temperaturas o qual o material submetido o que remeteimport*ncia dosestudos das propriedades trmicas!"entro das principais propriedades trmicas de um material, encontram-se a absoro decalor nos arredores de um material +capacidade calorfica,, a alterao dimensional deumcorpo+expansotrmica,, acapacidadedetransfer$nciadecalor+condutividadetrmica, e a &erao de tens#es internas +tenses trmicas,! - estudo e compreensodestas propriedades se fa)em necessrio, pois as mesmas &eram influ$ncias, de formapositi%aoune&ati%a, diretamentenocomportamentodomaterial peranteumadadasituao real de uso, e se no pre%istas em pro(eto, poder acarretar emsubdimensionamento ou superdimensionamento, &erando peri&o na utili)ao ou sobrepreo no oramento, respecti%amente! .lm do conhecimento das principais propriedades trmicas, de e/trema import*nciaconhecer a relao destas propriedades com a microestrutura, que influenciadiretamente no desempenho do material! "entre os tr$s materiais no cimentcios maiscomumentesusadosnaconstruoci%il, encontram-seospolmeros, osmetaiseascer*micas! -tipodeli&aoat0mica, estrutura cristalina, mobilidade dos eltronsdentreoutrosfatoressoosrespons%eispelasdiferentesrespostasdecadamaterialfrenteao da temperatura e possuir domnio na microestrutura de cada material imprescind%el na anlise das propriedades trmicas para o profissional da rea!Para que se possa a%aliar quantitati%a e qualitati%amente as propriedades trmicas decada tipo de material e se tenha em mos dados confi%eis para escolhas de pro(eto, sonecessrios al&uns mtodos de anlise trmica de materiais, que podem ser definidoscomo um &rupo de tcnicas, atra%s das quais uma propriedade fsica de uma espciequmicaouseusprodutosdereao, medidaemfunodatemperaturaoutempo,enquanto a mesma submetida a uma pro&ramao controlada de temperatura!+'1N'-TT-,2345,! -s principais mtodos de ensaios sero tratados de formasuperficial neste trabalho!Portanto, ao se buscar materiais com bons desempenhos, sem perdas de funcionalidadefrente s a#es da temperatura, de e/trema import*ncia para o en&enheiro ouprofissional da rea que se tenha conhecimentodas propriedades trmicas e suasrela#escomoprocessamentoemicroestruturadosmateriais, almdeconhecerosmtodos de ensaios que au/iliem em suas escolhas! $. Po%&e!'!es T(m&)'s$.1. C'%')&!'!e T(m&)'.capacidade trmica, tambmconhecida por capacidade calorfica, pode serdefinida como uma propriedade indicati%a da habilidade de ummaterial emabsor%er calor de sua %i)inhana6 ela representa a quantidade de ener&ia necessriapara produ)ir um aumento unitrio na temperatura +'.7718T9:, 2344,!. capacidadetrmica+',quantificadaatra%sda%erificaodaquantidadedecalornecessriaparaele%aratemperaturadomaterial em4;+k=kr+kekr refere-se a parcela referente s ondas %ibrat@rias de rede que contribuem coma conduti%idade trmica atra%s de um mo%imento resultante dos f0nons das re&i#esdealtatemperaturaparaas debai/atemperatura, ondee/isteum&radientedetemperatura!keindicaaparcelade conduti%idadetrmicade%idoaos eltronsli%res que&anham ener&ia cintica nas re&i#esmais quentese consequentementemi&ram para as partes mais frias, onde parte da ener&ia cintica transferida aostomos na forma de ener&ia %ibracional!$.,. Tens-es T(m&)'s.s tens#es trmicas so tens#es indu)idas dentro de um material s@lido ao qual submetido a %aria#es de temperatura! Tais propriedades so de &rande import*ncianos estudos das propriedades trmicas pois as a#es resultantes das tens#es trmicaspodem &erar fraturas no material e deforma#es plsticas indese(adas!-s principais fen0menos que podem&erar tens#es trmicas so a restrio e/panso e contrao trmica, o &radiente de temperaturas e o choque trmico demateriais fr&eis!Nas tens#es &eradas por restrioe/panso e contrao trmica, estes esforos sode%idos a %ariao do comprimento inicial pela e/panso trmica que contrabalanceado com as rea#es &eradas na restrio do mo%imento! "esta forma, apartir da lei de CooNe e da equao da e/panso trmica, temos a tenso trmica&erada pode ser e/pressa pela se&uinte equao>lT=E8endoEo m@dulo de elasticidade do material, elTreferente deformao de%ido a e/panso trmica!-s&radientesdetemperatura&eramtens#esde%idos%aria#esdiferenciaisdedimens#esad(acentes, causandoesforosalternadosdecompressoetraonasre&i#es ad(acentes!Nos materiais dBcteis, as tens#es trmicas indu)idas pela ao do calor podem serali%iadas comas deforma#es plsticas domaterial, oque ( no ocorre nosmateriais fr&eis! "esta forma, o resfriamento rpido de um corpo fr&il pode &erarfraturas fr&eis de%ido ao choque trmico ao introdu)ir tens#es de trao!+'.7718T9:, 2344,,. A e.'"#o !'s %o%&e!'!es t(m&)'s )om o %o)ess'mento/m&)oestutu'/ e !esem%en0o !os m'te&'&s !e )onstu"#o )&+&..microestrutura fator marcante quando se considera as caractersticas dosmateriais! O a disposio da microestrutura de um material que define, por e/emplo,aspropriedadestrmicasdosmesmos! "essaforma, e/tremamenteimportanteentender a metodolo&ia de processamento +fabricao, desses materiais, pois sabe-sequeor&ani)aodassuasmicroestruturassodiretamenteinfluenciadaspeloseuprocessamento! ,.1. Po.1meos e o Po.&est&eno-s polmeros apresentam alta e/pansibilidade trmica ao serem aquecidos! 8endomais intensa nos polmeros lineares com ramifica#es +termoplsticos P Di&ura 4a,,onde as li&a#es intermoleculares secundrias so fracas e e/istem poucas li&a#escru)adas! .o aumentar as li&a#es cru)adas +termofi/os P Di&ura 4b,, aumenta-se aener&ia das li&a#es interat0micas e consequentemente redu)-se a e/pansibilidadetrmica +conforme 8eo I!2,!+a, +b,Di&ura 4> +a, :epresentao esquemtica do polietileno! 9strutura linear +termoplstico,, onde asBnicas foras que li&am molculas ad(acentes so de Qan "er Kaals! +b, :epresentaoesquemtica de polmeros que apresentam li&a#es cru)adas +termofi/os, +Donte> Qan QlacN,2333,:elacionadoconduti%idade trmica, os polmeros so considerados isolantestrmicos! 8uastransfer$nciasdecalor soreali)adaspor ondasde%ibraodasmolculasdacadeiaestrutural, ouporrotaodasmesmas+kr>ke.?uantomais cristalina a estrutura molecular do polmero, mais efeti%as so as propa&a#esdas %ibra#es, e consequentemente maior sua conduti%idade trmica! .lm do &raude cristalinidade, outro fator influente na conduti%idade trmica dos polmeros oteor de poros presentes em sua estrutura, de forma que quanto maior o teor de poros,menor sua conduti%idade trmica!Am polmero muito utili)ado na en&enharia ci%il poliestireno e/pandido +9P8,,comumente chamado de isopor! .lm de apresentar bai/o custo, bai/a densidadee bai/a absoro de &ua, o 9P8 um bom isolante trmico! Datores que %iabili)amsua utili)ao emenchimentos para la(es e paredes, ou como a&re&ado paraconcretos de bai/a densidade!,.2. Met'&s e o A"o-s metais por sua%e), apresentamuma e/pansibilidade trmicade ma&nitudemediana, ou se(a, coeficientes lineares de e/pansibilidade trmica intermedirios! 8ua conduti%idade trmica e/tremamente boa, sendo considerados entocondutores trmicos! Nosmetais, astransfer$nciasdecalorsoreali)adasprincipalmenteporeltronsli%res, encontrados em &rande nBmero nos metais +ke>kr! 8e&undo 'allister, omecanismoeletr0nicodetransfer$nciadecalormaiseficiente queas %ibra#esdiretas das molculas dacadeiaestrutural, pois os eltrons nosofacilmenteespalhados como os f0nons, alm de possurem maiores %elocidades!.l&umas li&as metlicas de bai/a e/pansooudee/pansocontrolada, foramdesen%ol%idasparaaplica#esespecficasquee/i&emestabilidadesdimensionaismesmo emocasi#es ondeh%aria#esde temperatura!9ssasli&as especiais,soutili)adas emtiras bimetlicas +Di&ura 2, para microcha%es de se&urana emsistemas deaquecimentode&uaeemtubula#es detransportede&s naturalliquefeito, por e/emplo!Di&ura 2> Am dos metais utili)ados tem maior coeficiente de dilatao trmica que a li&a de bai/ae/panso! "essa forma, tens#es de trao e compresso so indu)idas pelas altas temperaturas,ati%ando assim o circuito de se&urana!.utili)aodos metais nafabricaodeequipamentos paraleituras eanlisestrmicas muito comum! 8ua &rande condutibilidade trmica otimi)a a preciso dasleituras e e%ita %aria#es em ensaios!-ao a mais importante li&a metlica, sendoutili)ada emlar&a escala nafabricao de mquinas, ferramentas e na construo ci%il! O um material de fcilacesso, tendo em %ista que seu processo de e/trao e fabricao relati%amenteecon0mico! Porm, ressalta-se que ao analisar a combinao do ao com o concretonaconstruoci%il, suas caractersticas trmicas apresentamcertorisco! .osee/pandir mais que o concreto, quando submetido a altas temperaturas, amo%imentao %olumtrica do ao &erar tens#es de cisalhamento quais o concretonocapa)desuportar! "essaforma, fissurasseroindu)idasinternamentenoconcreto, redu)indo consequentemente sua resist$ncia! ,.$. Ce2m&)'s e os Re3't4&os.s fortes li&a#es interat0micas presentes em al&uns materiais cer*micos &arantemque seus coeficientes de e/panso trmica se(am ainda menores que os dos metais,alm de possurem caractersticas isotr@picas, para as cer*micas de estruturas no-cristalinas ou cristalinas cBbicas! Nos demais casos, os coeficientes de dilatao soanisotr@picos podendo, inclusi%e, apresentar contra#es emcertas dire#es ee/pans#es em outras! -s materiais cer*micos so considerados isolantes trmicos, ( que o mecanismo detransfer$ncia de calor ne&ati%amente influenciado por %rios fatores! .o contrriodos metais, os materiais cer*micos possuem poucos eltrons li%res, sendo ento osf0nons respons%eis pela conduti%idade trmica +krke,! .lm daconduti%idade trmica ser deficiente quando feita atra%s dos f0nons, a incid$ncia deimperfei#esnamicroestruturadosmateriaiscer*micos&rande, impactandodeforma muito ne&ati%a a efici$ncia dos f0nons! - aumento do teor de poros tambmuma opo para redu)ir a conduti%idade trmica dos materiais cer*micos! 8e&undo'allister,oaumentodosespalhamentosdas%ibra#esdaredesetornaainda mais pronunciado com o aumento da temperatura! "essa forma, os materiaiscer*micos se tornam ainda mais isolantes trmicos com o aumento da temperatura!'onsiderandoa empre&abilidade dos refratrios, esses materiais cer*micos socapa)es de manter caractersticas fsico-qumicas mesmo quando submetidos a altastemperaturas! Possuem coeficientes de e/panso trmica e/tremamente bai/os, almdeseremisotr@picos, e%itandoassim%aria#esdimensionaisno-uniformes, que&erariam fissuras eLou rompimentos! -s refratrios so utili)ados de %rias formas>desde ti(olos para churrasqueiras ou fornos de aquecimento, at re%estimentos parafornosdealtssimas temperaturas, comoofornodeclnquer parafabricaodecimento +qual atin&e cerca de 2333=', ou caldeiras de usinas de aBcar e lcool,mantendo suas caractersticas isolantes!5. Ens'&os e*&stentes %'' 'n4.&se !e %o%&e!'!es t(m&)'s5.1. An4.&se T(m&)' D&3een)&'. 6DTA7. .nlise Trmica"iferencial+"ifferential Thermal .nalGsis, "T.,, atcnicaquemonitoraadiferenadetemperaturaentreaamostraemanliseeoutraderefer$ncia, em funo do tempo ou da temperatura, admitindo que este(am ambassu(eitas s mesmas condi#es ambientais, a uma ta/a de aquecimento ou deresfriamento selecionada +'1N'-TT-, 2345,! .propriedade quantificada por esse tipo de anlise trmica a liberao ouconsumo de calor! Ca%endo al&um tipo de alterao fsica ou qumica na amostra, opro&rama de aquecimento detecta as altera#es de temperatura! ?uando atemperaturadaamostraformaiorqueaderefer$ncia, caracteri)a-seumareaoe/otrmica, ondeaamostraliberacalor! .omodoque, casoatemperaturase(amenor que a da refer$ncia, a reao ser endotrmica, ou se(a, absor%e calor!.tra%s dessa anlise poss%el detectar transi#es de fase +fuso, ebulio,sublimao, con&elamento, in%ers#es de estrutura cristalina,, rea#es dedesidratao, reduo e al&umas decomposi#es para rea#es do tipo endotrmicas!Para efeitos e/otrmicos as cristali)a#es, o/ida#es e decomposi#es!. representao dos ensaios apresenta-se como uma cur%a +fi&ura 4,, onde os picosem relaolinha base T, indicam o comportamento 9ndotrmico ou 9/otrmico!F&8u' 1 P :epresentao das cur%as tpicas de %ariao de temperatura e seus respecti%os efeitosendotrmico e e/otrmico +'1N'-TT-,2345,!Para obter resultados si&nificati%os, al&uns cuidados de%emser tomados parareali)ar a anlise, como> &arantir oaquecimentosobta/a uniforme, a escolhaadequada do recipiente da amostra +recipientes metlicos possuemmelhorespropriedades trmicas, afetando menos o ensaio,, adequado controle de temperaturae posicionamento correto dos termossensores que recolhemos dados medidos+J.';9NR196 J1T'C977, 4ST2,! 5.2. C'.o&met&' E*%.o't9&' D&3een)&'. 6DSC7 . 'alorimetria 9/plorat@ria "iferencial +"ifferential 8cannin& 'alorimetrG P "8',umaanlisetrmicaquere&istraaquantidadedeener&iaemformadecalorrequeridaparamanteradiferenadetemperaturadaamostraemanliseeaderefer$nciai&ual )ero, emfunodotempooudatemperatura, aumata/adeaquecimento ou de resfriamento selecionada, admitindo ambas nas mesmascondi#es ambientais! 9la determina a quantidade de calor requerida para astransforma#es endotrmicas e e/otrmicas que ocorremna amostra ensaiada+'1N'-TT-, 2345,!Podemos diferenciar a "T. da "8' no se&uinte aspecto, de acordo com a "1N U433V, a.nliseTrmica"iferencial +"T., adequadaparaadeterminaodetemperaturas caractersticas, enquanto que o 'alormetro "iferencial de Qarredura+"8',, adicionalmente, permite a determinao de %alores cal@ricos como calor defuso ou calor de cristali)ao +'1N'-TT- 9 '-97C-, 234U,! -s mtodos comosodeterminadas tambm umfator a se considerar> a, Na "8'a fonte deaquecimento e os sensores so indi%iduais, tanto na refer$ncia quanto na amostra, oque no ocorre na "T., onde amostra e refer$ncia so aquecidas simultaneamenteporumamesmafontedeaquecimentoeadiferenadetemperaturade%idaaoconsumodeliberaodeener&iadaamostra, consequentestransforma#esqueocorremao lon&o do aquecimento6 b, enquanto a "T.mede %ariao detemperatura em funo da temperatura e calibrada para con%ert$-la em ener&ias detransio, a "8' a obtm diretamente, sem fatores de con%erso em unidades deener&ia, neste caso, a ener&ia a fornecidaamostra oureferencia de modo amanter ambas a uma mesma temperatura +'1N'-TT-, 2345,!. partir da"8'podemoscaracteri)aruma&amademateriaiscomopolmeros,cer*micas, %idros, metais e li&as, fibras, plsticos e comp@sitos+:.J.'C.N":.N et! al!, 2332,!5.$. Temo8'+&met&' 6T:7. Termo&ra%imetria +TW, determina a %ariao de massa de uma amostra em funodo tempo, a uma determinada temperatura +temperatura constate, ou a %ariao demassaduranteumperododeaquecimentoaumata/acontrolada+aquecimentoconstante, +'1N'-TT-, 2345,!.anlise reali)ada por umequipamento pro%ido de balana e forno deaquecimento! - pro&rama do equipamento monitora a perda de massamedida quese aumenta a temperatura! .o fim do e/perimento obtida uma cur%a do tipo perdade massa / temperatura!'omumente so utili)ados tr$s tipos de termo&ra%imetria, sendo elas> a, 1sotrmica,ondeamassare&istradaemfunodeumatemperaturaconstante+estudodacintica da reao,6 b, ?uasi-isotrmica, a amostra aquecida at massa constante acadasriedeaumentodetemperaturas6c,"in*mica, ondeaamostraaquecidanumambientecu(atemperaturaesta%ariandodeumamaneirapr-determinada,preferencialmente uma ra)olinear, sendoadin*micamais utili)adadentreasapresentadas +'1N'-TT- 9 '-97C-, 234U,!5.$.1. Temo8'+&met&' !&3een)&'. 6DT:7'orrespondeprimeira deri%ada da cur%a TW, emfuno do tempo ou datemperatura, onde soe/ibidospicoscorrespondentes s altera#esde massas aolon&o do aquecimento da amostra! .s informa#es obtidas pela cur%a "TW no sediferem da TW, sendo apenas uma maneira mais simples para se interpretar! . fi&ura2 apresenta a cur%a TW e sua correspondente "TW!F&8u' 2 P 'ur%a "TW e comparao com a correspondente cur%a TW +'1N'-TT-, 2345,"as di%ersas aplica#es da TW podemos relacionar as se&uintes para os materiais deconstruoci%il>caracteri)aodemateriais+minrios, ar&ilas, cimentos,6termo-decomposio de espcies qumicas or&*nicas +polmeros, e inor&*nicas6 corros#esde metais +li&as, e, diferentes atmosferas, testes de resist$ncia qumica6determinao de umidade, frao %oltil e teor de cin)a, entre outras!5.,. C'.o&met&' !e Con!u"#o. 'alorimetriade'onduo, tambmconhecidacomocalorimetriaisotrmica, uma tcnica simples e direta de acompanhar a cintica das rea#es de hidratao! Ocomumente utili)ada na construo ci%il para determinao do flu/o de calor +ta/ade calor liberado, durante a hidratao de qualquer tipo cimento, pois permite obterinforma#escomoo&raudehidratao, mecanismodehidratao, oefeitodosaditi%os e o endurecimento!- procedimento de anlise reali)ado sob temperatura constante, onde sensores deflu/o de calor comparam o flu/o obtido do material com uma amostra de refer$ncia,analisandoqualaintensidadeeasrea#espresentesnaamostra+endotrmicaoue/otrmicas,! Ama%anta&emdestetipodeanliseparacimentosquepermitedeterminarata/adee%oluodecaloraqualquermomento, desdeosprimeirosminutos de mistura do cimento com a &ua! . reao de hidratao do cimento caracteri)a-se por e/otrmica, e o total de calordepende do tipo de composio, rea superficial, reati%adade e etc! . fi&ura I e/ibeta/a de calor liberado durante a hidratao do cimento Portland!F&8u' $> :epresentao esquemtica da ta/a de liberao de calor durante a hidratao do cimentoPortland! 1ndicao das etapas da reao> +1,> perodo de molha&em ou de pr-induo6 +11, Perodo deinduo6+111, Perodo de acelerao6 +1Q, perodo de desacelerao6 e +Q, 9st&io Dinal +Donte> .daptadode '.7718T9:, 2344,;. Cons&!e'"-es 3&n'&s.s respostas dos materiais frente s a#es do calor e da %ariao de temperatura podem&erar efeitos indese(%eis no desempenho dos materiais de construo ci%il, desta formaas propriedades trmicas de%emser amplamente estudadas e conhecidas pelosen&enheiros na elaborao e escolha adequada de pro(eto e materiais, respecti%amente!.s principais propriedades trmicas +capacidade calorfica, e/panso trmica,conduti%idade e tens#es trmicas, sofuno, principalmente, dotipode material+cer*micos, polmeros, metlicos, e consequentemente suas li&a#es interat0micas, queinterferem diretamente na forma como o material se comporta frente s %aria#es detemperatura! . capacidade de um material absor%er calor de sua %i)inhana definida por capacidadetrmica! 9mrelaoestapropriedade, di%ersos soos tipos demecanismos quecontribuem na absoro do calor, dos quais foram apresentados> o aumento %ibracionalat0mico, que atra%s dos f0nons assimilam a maior parte de ener&ia trmica contribuinteparaacapacidadecalorficanosmateriaiss@lidos6 oseltronsli%resdosmetaiseodesarran(o dos spins eletr0nicos nos materiais ferroma&nticos!. e/panso trmica est associadacomo aumentoou diminuiono distanciamentointerat0mico +que ocasionam a e/panso e contrao do material, de%ido o respecti%oacrscimooudecrscimoda temperatura que &eramdiferentes ondas %ibracionaisprodu)indo tal fen0meno!-transporte de ener&ia trmica emummaterial, ou conduti%idade trmica, nosmateriais s@lidos, causada pelo transporte de calor atra%s de eltrons li%res e ondas%ibracionais, ou f0nons!.s tens#es trmicas sur&emprincipalmente de%ido tr$s mecanismos que so> ae/pansoecontraotrmica6 o&radientedetemperaturas6 eochoquetrmicodemateriais fr&eis! .s tens#es so indu)idas de%ido%ariao das medidas lineares ou%olumtricas de um corpo que ao restrin&ir o mo%imento destes materiais ou %ariarematra%s de &radientes, &eram esforos internos de equilbrio!Paraanlisedas propriedades trmicas dos materiais, e/istemdi%ersos mtodos deensaio dispon%eis +"T., "8', TW, "TW e 'alorimetria de 'onduo,, e conhecer osmtodos de ensaio e os resultados esperados imprescind%el para dominar aspropriedades trmicas de um material e consequentemente, a en&enharia de materiais!.&o8'3&''.7718T9:,K!"! Dundamentos da 'i$ncia e 9n&enharia de Jateriais! 7T' P 7i%rosTcnicos e 'ientficos! :io de Xaneiro, 2344! 2Y! 9dio! "ilonardo, 1!6 .plica#es de Poliestireno 9/pandido +9P8, na construo ci%il!Daculdade de Tecnolo&ia da Ani%ersidade 9stadual de 'ampinas P AN1'.JP, 234I!Wallo, 9!6 D!:!6 Zndice de 'onforto Trmico 18-VVI3 em .utomao Predial! Trabalhode Wraduao P Ani%ersidade de [raslia!Daculdade de Tecnolo&ia, "istrito Dederal,233V! ;lemm, .!X!6 Jicrostructural characteri)ation of porous construction materials P ma(orchallen&es! Transactions on 9n&ineerin& 8ciences, Qol T5, 233S! ;in&erG, K!"!, C! ;! [o\en, and"! :! Ahlmann,IntroductiontoCeramics,2ndedition, Xohn KileG ] 8ons, Ne\ ^orN, 4SVT! 'aps! 42 e 4T! ;irchheim, .! P! .luminato triclcico cBbico e ortorr0mbico> anlise da hidratao insitu e produtos formados! Porto .le&re> Ani%ersidade Dederal do :io Wrande do 8ul,233E! J.';9NR19, :! '!6 J1T'C977, [! "! "ifferential thermal analGsis! .re%ie\!An'.?st, %! EV, n! 43IU, p! 523P5I5, 4 (an! 4ST2! 8antos, K!N!6 :!W!D!6 P!J!6 .!K! Jtodo de Dio ?uente na "eterminao dasPropriedades Trmicas de Polmeros! 'i$ncia e Tecnolo&ia, %ol!45, n_ U, 2335! 8C.';97D-:",X!D! 'i$ncia dos Jateriais!Pearson Prentice Call! 8o Paulo, 233E! TY!9dio! :ose, :! J!, 7! .! 8hepard, and X! Kulff,The Structure and roperties of !aterials,Qol! 1Q, Electronic roperties, Xohn KileG ] 8ons, Ne\ ^orN, 4STT! 'aps! I e E! Kads`, 7!6 -perational issues in isothermal calorimetrG! 'ement and 'oncrete:esearch! 9lse%ier! 2343! Riman, X!, aThe Thermal Properties of Jaterials,a Scien"fic #merican, Qol! 24V, No! I,8eptember 4STV!Cincotto, Maria Alba ANLISE TRMICA DOS LIGANTES E SEUSMATERIAIS-DisciplinaCC!"#$%Ci&ncia'os(at)riaisaplica'aaosli*ant)sinor*+nicos, D)parta()nto ') En*)n-aria ') Constr./0o Ci1il OLI2US $"3#4