proposta de modelo para o estudo de toxicologia perinatal em ruminantes avaliacao dos efeitos

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  • 7/23/2019 Proposta de Modelo Para o Estudo de Toxicologia Perinatal Em Ruminantes Avaliacao Dos Efeitos

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    Marcos Barbosa-Ferreira

    Proposta de modelo para o estudo de

    toxicologia perinatal em ruminantes: avaliao

    dos efeitos txicos da Senna occidentalisem

    caprinos

    So Paulo2008

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    Marcos Barbosa-Ferreira

    Proposta de modelo para o estudo de

    toxicologia perinatal em ruminantes: avaliaodos efeitos txicos da Senna occidentalisem

    caprinos

    Tese apresentada ao Programa de Ps-Graduao emPatologia Experimental e Comparada da Faculdade deMedicina Veterinria e Zootecnia da Universidade de SoPaulo, para obteno do ttulo de Doutor em cincias

    Departamento:

    Patologia

    rea de concentrao:

    Patologia Experimental e Comparada

    Orientador:

    Profa. Dra. Silvana Lima Grniak

    So Paulo

    2008

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    ERRATA

    Pgina Pargrafo Linha Onde se l Leia-se10 1 4 188 f. 185 f.12 1 4 188 f. 185 f.

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    PARECER DA COMISSO DE BIOTICA

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    FOLHA DE AVALIAONome: BARBOSA-FERREIRA, MarcosTtulo: Proposta de modelo para o estudo de toxicologia perinatal em ruminantes:

    avaliao dos efeitos txicos da Senna occidentalisem caprinos

    Tese apresentada ao Programa de Ps-Graduaoem Patologia Experimental e Comparada daFaculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia daUniversidade de So Paulo, para obteno do ttulode Doutor em cincias

    Data:___/___/___

    Banca examinadora

    Prof. Dr.: _____________________ Instituio: _____________________

    Assinatura: ___________________ Julgamento: _____________________

    Prof. Dr.: _____________________ Instituio: _____________________

    Assinatura: ___________________ Julgamento: _____________________

    Prof. Dr.: _____________________ Instituio: _____________________

    Assinatura: ___________________ Julgamento: _____________________

    Prof. Dr.: _____________________ Instituio: _____________________

    Assinatura: ___________________ Julgamento: _____________________

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    Esta Tese dedicada a todos que me

    incentivaram e ajudaram na realizao

    deste trabalho. queles que, em

    qualquer momento, estiveram ao meu

    lado, independentemente de tempo e

    espao, nas horas boas e ms, sempre.

    queles que posso chamar de amigos

    de verdade.

    Especialmente queles que

    sempre estiveram ao meu lado

    e sempre estaro.

    Portanto, dedico este trabalho a vocs Pai e Me

    Valdir e Maria Helena

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    minha eterna companheira,

    Karine, minha parceira em todos

    os momentos. Te amo.

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    minha Orientadora, Silvana, quesempre esteve presente e solcita,

    ajudando a seguir os passos da

    Cincia. Voc me ensinou muito.

    Obrigado.

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    AGRADECIMENTOS

    Ao pessoal do CEPTOX, que sempre teve disposio e criatividade (muita)

    para podermos realizar nossos intentos: Paulo Csar (PC), Ester,Marquinhos, Estevo e Adilson;

    Professora Mitsue Haraguchi que sempre ajudou muito em todos os

    aspectos;

    Aos Professores Maria Lcia Zaidan Dagli, Jos Luis Guerra, Paulo Maiorka;

    pelos ensinamentos e precioso auxlio no desenvolvimento do presente

    trabalho

    Ao Professor Idrcio Sinhorini, grande professor e amigo, que ensina sempre

    a filosofia do aprender.

    Aos amigos Cludio e Luciano, pelo valiosssimo auxlio e presteza no

    processamento do material histopatolgico e pelos momentos de

    descontrao e troca de conhecimento, as lminas ficaram boas;

    Aos meus irmos cientficos: Andr, Vnius, Domnica, Jlia, Lu Lipi, Vincius,

    Altamir, Andria, Helena, Benito, Breno e Isis;

    Aos meus amigos do departamento, Dario, Ricardo, Soraia, Isabel, Adriana,

    Portela, Karen, Nato, Dudu, Nonato, Tereza, Luciana, Renato, Heidge, Daniel

    (ainda lhe devo um requeijo) e Caio;

    Ao pessoal dos laboratrios, os guardies dos tubos e reagentes: Priscila,

    Ricardo Jibia, Marguiti e Magali;

    s garotas da secretaria de ps-graduao: Joana, Cludia e Deise. Nossa,

    como vocs me aturaram (de novo)...

    s garotas das secretarias do departamento: Cris, Cludia e Silvia. Muito

    obrigado pelo seu apoio;

    A todos os funcionrios da Biblioteca pelo auxlio na finalizao destadissertao;

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    CAPES, pelo apoio financeiro oferecido;

    Aos meus companheiros de todas as horas e que tive a sorte de conhecer,

    meu irmo Andr (muitos planos), meu irmo Felipe (Godfather), meu irmoSamuel (Bah guri), meu irmo Walter (Varte o manaco), meu irmo Bruno (no

    contban com my astcia), minha irm Carolina Bacha (brima), PC e Ester,

    Jos luz (andeamos ad montem...), Marcelo Contieri (jaj ser pai);

    Aos Professores de Pirassununga, Julio C. Baliero, Paulo Maza, Marcos

    Veiga (James), Valdo, Ricardo (e viva o churrasco e msica caipira) e Ed

    Hoffman que orientaram este Doutorando, mesmo, s vezes, sem perceber...

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    RESUMO

    BARBOSA-FERREIRA, M. Proposta de modelo para o estudo de toxicologia

    perinatal em ruminantes: avaliao dos efeitos txicos da Senna occidentalis emcaprinos. [A model for prenatal toxicological studies in ruminants: evaluation of toxiceffects caused by Senna occidentalis in goats]. 2008. 188 f. Tese (Doutorado emCincias) - Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia, Universidade de SoPaulo, So Paulo, 2008.

    A Senna occidentalis (So), Fabaceae-Caesalpinoideae (Leguminosae), conhecida

    como fedegoso, entre outros nomes populares causa, em animais de criao,

    intoxicao pelo consumo, tanto de suas folhas a campo, como pela ingesto de

    suas sementes quando presentes em raes. Estas intoxicaes podem ser de

    carter crnico ou agudo, em ruminantes ou monogstricos, tendo sido j

    reproduzida em animais de laboratrio. Os principais achados histolgicos so

    degeneraes em msculos esqueltico e cardaco, fgado, rim e, recentemente

    publicado, leses no sistema nervoso central. Porm, pouco se sabe sobre os

    efeitos do princpio ativo desta planta, a diantrona, na toxicologia perinatal. O

    objetivo do presente trabalho foi estudar os possveis efeitos teratognicos desta

    planta em caprinos, utilizando um protocolo de avaliao de toxicologia do

    desenvolvimento. Para tanto, foi somado a um protocolo pr-existente de

    acompanhamento da gestao de cabras, por meio de ultra-sonografia e dados

    clnicos, como pesagem semanal e coleta quinzenal de sangue para realizao de

    bioqumica srica, a avaliao de filhotes por morfometria corporal esde o

    nascimento ao 4 ms de idade, alm de avaliao neurocomportamental at a 10

    semana de idade. Assim, trinta e oito fmeas nulparas, receberam raes contendo

    0% (controle), 1% (So1), 2% (So2), 3% (So3) e 4% (So4) de sementes da planta,

    desde a confirmao da gestao, no 27 dia ps-coito, at o parto. Outro grupo de

    cabras (LAC) consumiu rao contendo 4% de sementes da planta durante a

    lactao. Amostras de leite das cabras foram colhidas para a tentativa de deteco

    da diantrona. Foi observado queda no ganho de peso nas fmeas pertencentes ao

    grupo So3 durante a gestao. No grupo So4 ocorreu a morte de uma fmea, duas

    mortes fetais, e morte ps-natal de um filhote. anlise histolgica da cabra que

    morreu, observou-se severas leses em fgado, rim, msculo esqueltico e cardaco.Foi observado, pela primeira vez na literatura, leses em nervo citico. Nas cabras

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    do grupo LAC foram observadas leses teciduais brandas, exceto em nervo citico.

    No se observaram malformaes fsicas nos filhotes. Somente pequenas

    alteraes bioqumicas foram observadas nas mes e na prole. A morfometria

    evidenciou poucas alteraes nos filhotes do grupo LAC. Histologicamente, estes

    filhotes LAC tiveram leses focais brandas em musculatura esqueltica e cardaca,

    fgado e rim, revelando que o princpio ativo da planta pode ser transferido para o

    leite. Os testes neurocomportamentais revelaram dficit de aprendizado dos filhotes

    do grupo So3. No foi possvel a deteco da diantrona no leite avaliado. Este

    estudo permitiu verificar que a So, embora no seja um potente teratgeno, quando

    consumida durante a gestao, pode causar efeitos txicos no feto, como

    evidenciado pela avaliao neurocomportamental. O protocolo sugerido poder tergrande valia para estudar o potencial teratognico de diversas substncias as quais

    os ruminantes possam estar expostos.

    Palavras-chave: Senna occidentalis. Toxicologia perinatal. Toxicologia dodesenvolvimento. Avaliao neurocomportamental. Caprinos.

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    ABSTRACT

    BARBOSA-FERREIRA, M. A model for prenatal toxicological studies in

    ruminants: evaluation of toxic effects caused by Senna occidentalis in goats.[Proposta de modelo para o estudo de toxicologia perinatal em ruminantes:avaliao dos efeitos txicos da Senna occidentalisem caprinos]. 2008. 188 f. Tese(Doutorado em Cincias) - Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia,Universidade de So Paulo, So Paulo, 2008.

    Senna occidentalis (So - formerly Cassia occidentalis), Fabaceae-Caesalpinoideae

    (Leguminosae) is a weed growing in pastures and in cultivated fields such as corn

    and soybeans in many tropical and subtropical areas worldwide. Many reports have

    shown that So is toxic to different animal species. Histologic lesions plant-related are

    degeneration skeltal and cardiac muscles, liver and kidney. Recently was related

    leions in the central nervous system. Even so, very little is known about the possible

    effects of prolonged exposure at low doses of So on developmental toxicology.

    Thus, the present study proposes an approach to evaluate the perinatal toxicity from

    gestational intoxication of So seeds in goats. Third-eight pregnant goats were fed

    rations containing 0% (control group), 1% (So1 group), 2% (So2 group), 3% (So3)and 4% (So4 group) mature So seeds from pregnancy detection on day 27 after

    mating until parturition. Another group (LAC) was fed with ration containing 4 % of So

    seeds only in the lactation period; clinic observations such weight gains, general

    body status and serum biochemistry were evaluated. Fetuses were evaluated during

    the pregnancy using ultrasonographic measurements; neonates were evaluated after

    birth using body morphometry, weight gains, corporal status and serum biochemistry.

    Neurobehavioral tests was performed on kids from So3 group. In the So4 group wasobserved fetal dead from 2 dams, dead of one newborn and dead of one pregnant

    dam. None malformations was observed. Only a few minor alterations in serum

    biochemistry were observed in dams and kids; even so one So4 group dam had

    several and diffuse tissue lesions as vacuolations in hepatocytes; vacuolations in the

    endothelium of the convoluted tubules in kidneys, necrosis in skeletal and cardiac

    muscles, and for the first time vacuolation was observed in sciatic nerve. Alterations

    in body morphometry were observed only in kids from LAC group during first month

    of lactation. Also, tissue lesions was observed in these kids, showing the capacity of

    the diantrona (active principle of the palnt) be carried to milk. Neurobehavioral tests

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    revealed deficit on learning hability in the So3 kids. Diantrone didnt was detected in

    milk samples. This study shows that, despite S. occidentalis isnt a powerfull

    teratogen when ate during gestation, can cause toxic effects on the fetus, as

    neurobehavioral test revealed. Protocol utilized here is usefull to study the potential

    teratogenic effects of drugs and other substancies whose an animal could be

    exposed.

    Key words: Senna occidentalis. Developmental toxicology. Goats. Bodymorphometry. Perinatal toxicity.

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Senna occidentalis ............................................................................... 34

    Figura 2 - Imagens ultrassonogrficas de caprinos. A) Diagnstico degestao, evidenciando as vesculas embrionrias e o corao(seta); B) CCC, 43 dia; C) DBP, 69 dia; D) DA, 69 dia; E) DT,69 dia .................................................................................................. 49

    Figura 3 Locais onde foram realizadas as mensuraes corporais....................51

    Figura 4 - Primeira prova de obstculo. Desenho esquemtico da rea deteste, mostrando a posio de partida do filhote e a posio dechegada, onde est a me................................................................... 52

    Figura 5 - Prova de obstculos com duas mes. Fotografia do teste, em

    primeiro plano o local onde o filhote colocado no incio do testee, ao fundo, como ficam dispostas as mes. ....................................... 53

    Figura 6 - Fotografia do labirinto progressivo durante o segundo dia deidade, apresentando o primeiro obstculo (A). Esquema dolabirinto e disposio da me e seu filhote (B)..................................... 55

    Figura 7 - Labirinto em T, fotografia (A) e desenho esquemtico, com asdimenses, da rea de teste (B) .......................................................... 56

    Figura 8 - Labirinto mdio (Lashley Maze). Fotografia apresentando umfilhote no segundo brao (A). Desenho esquemtico, com as

    dimenses, da rea de teste e os respectivos corredores (B) .............58Figura 9 Labirinto difcil (Hebb-Williams Maze). Desenho esquemtico,

    com as dimenses, da rea de teste.................................................... 59

    Figura 10 - Peso mdio (kg) inicial, final e total (quadro) de cabras queconsumiram diferentes concentraes de sementes de Sennaoccidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro ................................................................. 71

    Figura 11 - Nveis sricos de albumina (g/L), colinesterase (U/L), aldolase(U/L) e creatinina (U/L) de cabras que consumiram diferentesconcentraes de sementes de Senna occidentalis durante a

    gestao. So apresentadas as mdias e os respectivos errospadro. * P

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    mdias e os respectivos erros padro. Anlise da varinciaANOVA, seguida de teste T de Student. Os dados soapresentados atravs do mtodo dos quadrados mnimos..................77

    Figura 14 Parmetros ultrassonogrficos de cabras que consumiramdiferentes concentraes de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. Freqncia cardaca (FC), movimento fetal(MF) e comprimento crnio caudal (CCC). So apresentados asmdias e os respectivos erros padro. * Difere significantementedo controle. ANOVA, seguida de teste T de Student. Dadosapresentados pelo mtodo dos quadrados mnimos............................ 79

    Figura 15 Parmetros ultrassonogrficos de cabras que consumiramdiferentes concentraes de sementes de Senna occidentalisdurante o 69 dia da gestao. Dimetro abdominal (DA),dimetro torcico (DT) e dimetro biparietal (DBP). So

    apresentadas as mdias e os respectivos erros padro. ANOVA,seguida de teste T de Student. Dados apresentados pelo mtododos quadrados mnimos....................................................................... 81

    Figura 16 - Fotomicrografia de luz de fgado de cabra, pertencente ao grupoSo4 (A) e grupo controle (B), evidencia-se severa vacuolizaode hepatcitos (setas), HE, A: 10x. Rim de cabra, pertencente aogrupo So4 (C) e controle (D). Evidencia-se discreta vacuolizaode endotlio de tbulo contornado (setas), HE, A: 20x ........................ 82

    Figura 17 - Fotomicrografia de luz de msculo esqueltico de cabra dogrupo So4 (A) e controle (B). Evidencia-se necrose, e tumefao

    (seta), e afrouxamento de fibras (estrela), HE, A: 20x. Msculocardaco de cabra do grupo So4 (C) e controle (D). Evidencia-se,edema intersticial e vacuolizao (seta), necrose, e tumefao(cabea de seta) HE, A: 20x ................................................................ 83

    Figura 18 - Fotomicrografia de luz de nervo citico de cabra pertencente aogrupo So4. So evidenciadas tumefao axonal (setas) ecmaras de digesto em bainha de mielina (cabeas de seta).HE, A: 10x (A) e 20X (B) ...................................................................... 84

    Figura 19 Mdia do ganho de peso (kg) inicial, final e total (quadro) decabras que consumiram rao contendo 0 e 3% de sementes deSenna occidentalis durante a gestao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro, pelo mtodo dosquadrados mnimos.............................................................................. 87

    Figura 20 - Nveis sricos de albumina (g/l), protena (g/dl), colesterol(mg/dl) e triglicerdeos (mg/dl), de cabras que consumiram raocontendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante agestao. So apresentadas as mdias e os respectivos errospadro, pelo mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguidade teste T de Student........................................................................... 89

    Figura 21 - Nveis sricos de glicose (mg/dl), e atividade de GGT (U/l), AST(U/l) e LDH (U/l) de cabras que consumiram rao contendo 0 e3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. Soapresentadas as mdias e os respectivos erros padro, pelo

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    mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T deStudent................................................................................................. 91

    Figura 22 - Atividade srica de CK (U/l), FA (U/l) e nveis sricos decreatinina (U/l) e uria (mg/dl) de cabras que consumiram raocontendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante agestao. So apresentadas as mdias e os respectivos errospadro, pelo mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguidade teste T de Student........................................................................... 93

    Figura 23 Parmetros ultrassonogrficos de cabras que consumiram raocontendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante agestao. Freqncia cardaca (FC), movimento fetal (MF) ecomprimento crnio caudal (CCC). So apresentadas as mdiase os respectivos erros padro, pelo mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student ............................... 95

    Figura 24 Parmetros ultrassonogrficos de cabras que consumiram raocontendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante agestao. Dimetro abdominal (DA), dimetro torcico (DT) edimetro biparietal (DBP). So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro, pelo mtodo dos quadrados mnimos.ANOVA, seguida de teste T de Student ............................................... 97

    Figura 25 - Pesos mdios (kg) iniciais, finais e totais (quadro) de cabras quereceberam rao contendo 0 e 4% de sementes de Sennaoccidentalisdurante a lactao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro, pelo mtodo dos quadrados

    mnimos. ANCOVA, seguida de teste T de Student............................. 99Figura 26 - Nveis sricos de albumina (g/l), colesterol (U/l), aldolase (U/l) e

    creatinina (U/l) de cabras que consumiram rao contendo 0 e4% de sementes de Senna occidentalisdurante a lactao. Soapresentadas as mdias e os respectivos erros padro. ANOVA,seguida de teste T de Student. Os dados so apresentadosatravs do mtodo dos quadrados mnimos ...................................... 101

    Figura 27 - Nveis sricos de glicose (mg/dl), GGT (u/l), AST (u/l) e LDH (u/l)de cabras que consumiram rao contendo 0 e 4% de sementesde Senna occidentalisdurante a lactao. So apresentadas as

    mdias e os respectivos erros padro. ANOVA, seguida de testeT de Student. Os dados so apresentados atravs do mtododos quadrados mnimos..................................................................... 103

    Figura 28- Nveis sricos de CK (U/l), protena (g/dl) e aldolase (mg/dl) decabras que consumiram rao contendo 0 e 4% de sementes deSenna occidentalis durante a lactao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro. ANOVA, seguida de testeT de Student. Os dados so apresentados atravs do mtododos quadrados mnimos..................................................................... 105

    Figura 29 - Fotomicrografia de luz de rim de cabra, pertencente ao grupoLAC (A) e controle (B). Evidencia-se discreta vacuolizao deepitlio de tbulo contornado (setas), HE, A: 20x. Msculoesqueltico de cabra, pertencente ao grupo LAC (C) e controle

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    (D), evidencia-se necrose com desorganizao de sarcolema(setas), HE, A: 10x ............................................................................. 106

    Figura 30 - Fotomicrografia de luz de msculo cardaco de cabra, pertencenteao grupo LAC (A) e controle (B). Evidencia-se necrose focal comedema intersticial e tumefao de fibra muscular (setas), HE, A:20x ..................................................................................................... 107

    Figura 31 Pesos mdios (kg) de cabritos filhos de cabras que consumiramrao contendo diferentes concentraes (0, 1% e 2%) desementes de Senna occidentalis durante a gestao. Soapresentadas as mdias e os respectivos erros padro. Anliseda varincia ANOVA, seguida de LSM e teste T de Student...........110

    Figura 32 - Nveis sricos de glicose (mg/dl), aldolase (u/l), GGT (u/l) e AST(u/l) de cabritos cujas mes consumiram diferentesconcentraes de sementes de Senna occidentalis durante agestao. So apresentadas as mdias e os respectivos errospadro. Anlise da varincia ANOVA, seguida de teste T deStudent. Os dados so apresentados atravs do mtodo dosquadrados mnimos............................................................................ 112

    Figura 33 - Nveis sricos de FA (u/l), CK (u/l), LDH (u/l) e triglicerdeos (u/l)de cabritos cujas mes consumiram diferentes concentraes desementes de Senna occidentalis durante a gestao. Soapresentadas as mdias e os respectivos erros padro. Anliseda varincia ANOVA, seguida de teste T de Student. Os dadosso apresentados atravs do mtodo dos quadrados mnimos .........114

    Figura 34 - Nveis sricos de protena total (mg/dl), albumina (g/l), uria(mg/dl) e creatinina (u/l) de cabritos cujas mes consumiramdiferentes concentraes de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro. ANOVA, seguida de teste T deStudent. Os dados so apresentados atravs do mtodo dosquadrados mnimos............................................................................ 116

    Figura 35 - Nveis sricos de colinesterase (u/l) de cabritos cujas mesconsumiram diferentes concentraes de sementes de Sennaoccidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e

    os respectivos erros padro. Os dados so apresentadosatravs do mtodo dos quadrados mnimos ...................................... 117

    Figura 36 - Comprimento do metatarso (CMT), altura corporal (AC),comprimento corporal (CC) e permetro torcico (PT) de cabritoscujas mes consumiram diferentes concentraes de sementesde Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro, atravs do mtodo dosquadrados mnimos............................................................................ 119

    Figura 37 - Comprimento da cabea (CCab), dimetro da cabea (DCab),comprimento do rdio (CRad) e comprimento da tbia (CTIB) decabritos cujas mes consumiram diferentes concentraes desementes de Senna occidentalisdurante a gestao. Mdias e

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    respectivos erros padro atravs do mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA seguida de teste T de Student .............................. 121

    Figura 38- Comprimento do metacarpo (CMC), circunferncia do metacarpo(CIMC) e circunferncia do metatarso (CIMT) de cabritos cujasmes consumiram diferentes concentraes de sementes deSenna occidentalis durante a gestao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA seguida de teste T de Student.............123

    Figura 39 Peso mdio e total (quadro), de cabritos cujas mes consumiramrao contendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro, atravs do mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student ........................... 126

    Figura 40 - Nveis sricos de glicose (mg/dl), aldolase (u/l), GGT (u/l) e AST(u/l) de cabritos de cabritos cujas mes consumiram raocontendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante agestao. So apresentadas as mdias e os respectivos errospadro, atravs do mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA,seguida de teste T de Student ......................................................... 128

    Figura 41- Nveis sricos de FA (u/l), CK (u/l) E LDH (u/l) de cabritos decabritos cujas mes consumiram rao contendo 0 e 3% deSenna occidentalis durante a gestao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro, atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student .........130

    Figura 42 - Nveis sricos de protena total (mg/dl), albumina (g/l), uria(mg/dl) e creatinina (u/l) de cabritos cujas mes consumiramrao contendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro, atravs do mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student ........................... 132

    Figura 43 - Altura corporal (AC), comprimento corporal (CC), permetrotorcico (PT) e comprimento da tbia (CTib) de cabritos cujasmes consumiram rao contendo 0 e 3% de sementes deSenna occidentalis durante a gestao. So apresentadas as

    mdias e os respectivos erros padro, atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student .........134

    Figura 44 - Comprimento do rdio (CRad), comprimento do metatarso(CMT), comprimento do metacarpo (CMC) e comprimento dacabea (CCab) de cabritos cujas mes consumiram raocontendo 0 e 3% de sementes de sementes de Sennaoccidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro. ANOVA, seguida de teste T deStudent............................................................................................ ...136

    Figura 45 - Dimetro da cabea (DCab), circunferncia do metatarso (CIMT)e circunferncia do metacarpo (CIMC) de cabritos cujas mesconsumiram rao contendo 0 e 3% de sementes de Sennaoccidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e

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    os respectivos erros padro. ANOVA, seguida de teste T deStudent............................................................................................... 138

    Figura 46 Labirinto progressivo realizado por cabritos cujas mesconsumiram rao contendo 0 e 3% de sementes de Sennaoccidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro. .............................................................. 140

    Figura 47 - Labirinto em T (tempo total at a me) realizado por cabritoscujas mes consumiram rao contendo 0 e 3% de sementes deSenna occidentalis durante a gestao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro................................................ 141

    Figura 48 Labirinto mdio realizado por cabritos cujas mes consumiramrao contendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro. PDIFF, seguida de teste F ........................ 143

    Figura 49 - Labirinto difcil realizado por cabritos cujas mes consumiramrao contendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro.................................................................... 145

    Figura 50 Mdia do ganho de peso (kg) mensal e total de cabritos cujasmes consumiram rao contendo 0 e 4% (LAC) de sementesde Senna occidentalisdurante a lactao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA seguida de teste T de student .............148

    Figura 51 - Nveis sricos de glicose (mg/dl), aldolase (u/l), GGT (u/l) e AST(u/l) de cabritos cujas mes consumiram rao contendo 0 e 4%(LAC) de sementes de Senna occidentalis durante a lactao.So apresentadas as mdias e os respectivos erros padroatravs do mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA seguida deteste T de student. ............................................................................. 150

    Figura 52 - Nveis sricos de FA (u/l), CK (u/l), LDH (u/l) e triglicerdeos (u/l)de cabritos cujas mes consumiram rao contendo 0 e 4%(LAC) de sementes de Senna occidentalis durante a lactao.So apresentadas as mdias e os respectivos erros padro

    atravs do mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguida deteste T de Student............................................................................ 152

    Figura 53 - Nveis sricos de protena total (mg/dl), albumina (g/L), uria(mg/dl) e creatinina (u/l) de cabritos cujas mes consumiramrao contendo 0 e 4% (LAC) de sementes de Sennaoccidentalisdurante a lactao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro atravs do mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student ........................... 154

    Figura 54 - Nveis sricos de colesterol (mg/dl) de cabritos cujas mesconsumiram rao contendo 0 e 4% (LAC) de sementes de

    Senna occidentalis durante a lactao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student .........155

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    Figura 55 - Altura corporal (AC), comprimento corporal (CC), permetrotorcico (PT) e comprimento da tbia (CTib) de cabritos cujasmes consumiram rao contendo 0 e 4% (LAC) de sementesde Senna occidentalisdurante a lactao. So apresentadas as

    mdias e os respectivos erros padro atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA seguida de teste T de Student.............157

    Figura 56 - Comprimento do rdio (CRad), comprimento do metatarso(CMT), comprimento do metacarpo (CMC) e comprimento dacabea (CCab) de cabritos cujas mes consumiram raocontendo 0 e 4% (LAC) de sementes de Senna occidentalisdurante a lactao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro atravs do mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA seguida de teste T de Student .............................. 159

    Figura 57 - Dimetro da cabea (DCab), circunferncia do metatarso (CIMT)

    e circunferncia do metacarpo (CIMC) de cabritos cujas mesconsumiram rao contendo 0 e 4% (LAC) de sementes desementes de Senna occidentalis durante a lactao. Soapresentadas as mdias e os respectivos erros padro.................... 161

    Figura 58 - Fotomicrografia de luz de cortes histolgicos cabritospertencentes ao grupo LAC. Msculo diafragmtico (A), observa-se leses caracterizadas por necrose tumefao e afrouxamentode fibras (setas). HE, A: 10X. Corao (B), observa-se necrose,vacuolizaes (cabea de seta), edema intersticial, tumefao(setas) e fragmentao de fibras. HE, A: 20X. Fgado (C),

    evidencia-se extensa vacuolizao de hepatcitos em torno daveia heptica terminal. HE, A: 10X. Rim (D) observam-sediscretas vacuolizaes de tbulos contornados e em glomrulos(setas) HE, A: 20X.............................................................................. 162

    Figura 59 Fotografias de cromatogramas revelados em cmara de iodo10%; soluo CH3OH + KOH 10% e, por ltimo HNO3 100%,desenvolvidos em acetato de etila:metanol:gua (77:13:10). Soevidenciadas as manchas obtidas aps o desenvolvimento.Manchas rseas, indicativas da presena de antraquinonas(setas) ................................................................................................ 163

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Parmetros reprodutivos de mes tratadas com sementes de S.occidentalisdo 27 dia de gestao at o parto................................... 69

    Tabela 2 Peso mdio (kg) inicial, final e total de cabras que consumiramdiferentes concentraes de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentados as mdias e osrespectivos erros padro, pelo mtodo dos quadrados mnimos.ANOVA, seguida de teste T de Student ............................................... 70

    Tabela 3 - Nveis sricos de albumina (g/l), colinesterase (u/l), Aldolase (u/l)e creatinina (u/l) de cabras que consumiram diferentesconcentraes de sementes de Senna occidentalis durante agestao. So apresentadas as mdias e os respectivos erros

    padro, pelo mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguidade teste T de Student........................................................................... 72

    Tabela 4 - Nveis sricos de glicose (mg/dl), GGT (u/l), AST (u/l) e LDH (u/l)de cabras que consumiram diferentes concentraes desementes de Senna occidentalis durante a gestao. Soapresentadas as mdias e os respectivos erros padro, pelomtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T deStudent................................................................................................. 74

    Tabela 5 - Nveis sricos de CK (U/L), protena (g/dl) e uria (mg/dl) decabras que consumiram diferentes concentraes de sementes

    de Senna occidentalisdurante a gestao So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro, pelo mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student..............76

    Tabela 6 Parmetros ultrassonogrficos de cabras que consumiramdiferentes concentraes de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. Freqncia cardaca (FC), movimento fetal(MF) e comprimento crnio caudal (CCC). So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro , pelo mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student..............78

    Tabela 7 Parmetros ultrassonogrficos de cabras que consumiram

    diferentes concentraes de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. Dimetro abdominal (DA), dimetro torcico(DT) e dimetro biparietal (DBP). So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro, pelo mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student ............................... 80

    Tabela 8 - Parmetros reprodutivos de cabras que consumiram raocontendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante agestao. So apresentadas as mdias, respectivos errospadro e porcentagens dos principais eventos.................................... 86

    Tabela 9 Peso mdio (kg) inicial, final e total de cabras que consumiram

    rao contendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro, pelo mtodo dos quadrados mnimos. ........87

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    Tabela 10 - Nveis sricos de albumina (g/l), protena (g/dl), colesterol (u/l) etriglicerdeos (mg/dl), de cabras que consumiram rao contendo0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao.So apresentadas as mdias e os respectivos erros padro, pelo

    mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T deStudent................................................................................................. 88

    Tabela 11 - Nveis sricos de glicose (mg/dl), e atividade de GGT (u/l), AST(u/l) e LDH (u/l) de cabras que consumiram rao contendo 0 e3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. Soapresentadas as mdias e os respectivos erros padro, pelomtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T deStudent................................................................................................. 90

    Tabela 12 - Atividade srica de CK (U/l), FA (U/l) e nveis sricos decreatinina (U/l) e uria (mg/dl) de cabras que consumiram rao

    contendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante agestao. So apresentadas as mdias e os respectivos errospadro, pelo mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguidade teste T de Student........................................................................... 92

    Tabela 13 Parmetros ultra-sonogrficos de cabras que consumiram raocontendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante agestao. Freqncia cardaca (FC), movimento fetal (MF) ecomprimento crnio caudal (CCC). So apresentadas as mdiase os respectivos erros padro, pelo mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student ............................... 94

    Tabela 14 Parmetros ultrassonogrficos de cabras que consumiram raocontendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante agestao. Dimetro abdominal (DA), dimetro torcico (DT) edimetro biparietal (DBP). So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro, pelo mtodo dos quadrados mnimos.ANOVA seguida de teste T de Student................................................ 96

    Tabela 15 Ganho de peso mdio (kg) inicial, final e total de cabras quereceberam rao contendo 0 e 4% de sementes de Sennaoccidentalisdurante a lactao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro, pelo mtodo dos quadrados

    mnimos. ANCOVA, seguida de teste T de Student............................. 99Tabela 16 - Nveis sricos de albumina (g/l), colesterol (u/l), uria (mg/dl) e

    creatinina (u/l) de cabras que receberam rao contendo 0 e 4%de sementes de Senna occidentalis durante a lactao. Soapresentados as mdias e os respectivos erros padro. ANOVA,seguida de teste T de Student. Os dados so apresentadosatravs do mtodo dos quadrados mnimos ...................................... 100

    Tabela 17 - Nveis sricos de glicose (mg/dl), GGT (u/l), AST (u/l) e LDH (u/l)de cabras que consumiram rao contendo 0 e 4% de sementesde Senna occidentalisdurante a lactao. So apresentadas as

    mdias e os respectivos erros padro. ANOVA, seguida de testeT de Student. Os dados so apresentados atravs do mtododos quadrados mnimos..................................................................... 102

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    Tabela 18 - Nveis sricos de CK (U/l), protena (g/dl) e uria (mg/dl) decabras que consumiram rao contendo 0 e 4% de sementes deSenna occidentalis durante a lactao. So apresentados asmdias e os respectivos erros padro. ANOVA, seguida de teste

    T de Student. Os dados so apresentados atravs do mtododos quadrados mnimos..................................................................... 104

    Tabela 19 - Pesos mdios (kg) de cabritos filhos de cabras que consumiramrao contendo diferentes concentraes (0, 1% e 2%) desementes de Senna occidentalis durante a gestao. Soapresentadas as mdias e os respectivos erros padro. Anliseda varincia ANOVA, seguida de LSM e teste T de Student...........110

    Tabela 20 - Nveis sricos de glicose (mg/dl), aldolase (u/l), GGT (u/l) e AST(u/l) de cabritos cujas mes consumiram diferentesconcentraes de sementes de Senna occidentalis durante a

    gestao. So apresentadas as mdias e os respectivos errospadro. Anlise da varincia ANOVA, seguida de teste T deStudent. Os dados so apresentados atravs do mtodo dosquadrados mnimos............................................................................ 111

    Tabela 21 - Nveis sricos de FA (u/l), CK (u/l), LDH (u/l) e triglicerdeos (u/l)de cabritos cujas mes consumiram diferentes concentraes desementes de Senna occidentalis durante a gestao. Soapresentadas as mdias e os respectivos erros padro. Osdados so apresentados atravs do mtodo dos quadradosmnimos.............................................................................................. 113

    Tabela 22 - Nveis sricos de protena total (mg/dl), albumina (g/l), uria(mg/dl) e creatinina (u/l) de cabritos cujas mes consumiramdiferentes concentraes de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro. Os dados so apresentados atravsdo mtodo dos quadrados mnimos ................................................... 115

    Tabela 23 - Nveis sricos de colinesterase (u/l) de cabritos cujas mesconsumiram diferentes concentraes de sementes de Sennaoccidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro. Os dados so apresentados

    atravs do mtodo dos quadrados mnimos ...................................... 117Tabela 24 Comprimento do metatarso (CMT), altura corporal (AC),

    comprimento corporal (CC) e permetro torcico (PT) de cabritoscujas mes consumiram diferentes concentraes de sementesde Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro atravs do mtodo dosquadrados mnimos............................................................................ 118

    Tabela 25 Comprimento da cabea (CCab), dimetro da cabea (DCab),comprimento do rdio (CRad) e comprimento da tbia (CTIB) decabritos cujas mes consumiram diferentes concentraes de

    sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. Mdias erespectivos erros padro atravs do mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA seguida de teste T de Student .............................. 120

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    Tabela 26 Comprimento do metacarpo (CMC), circunferncia do metacarpo(CIMC) e circunferncia do metatarso (CIMT) de cabritos cujasmes consumiram diferentes concentraes de sementes deSenna occidentalis durante a gestao. So apresentadas as

    mdias e os respectivos erros padro atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA seguida de teste T de Student.............122

    Tabela 27 Mdia do ganho de peso (kg) de cabritos cujas mesconsumiram rao contendo 0, e 3% de sementes de Sennaoccidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro, atravs do mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student ........................... 126

    Tabela 28 - Nveis sricos de glicose (mg/dl), aldolase (u/l), GGT (u/l) e AST(u/l) de cabritos cujas mes consumiram rao contendo 0 e 3%de sementes de Senna occidentalis durante a gestao. So

    apresentadas as mdias e os respectivos erros padro, atravsdo mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguida de testeT de Student .................................................................................... 127

    Tabela 29 - Nveis sricos de FA (u/l), CK (u/l) e LDH (u/l) de cabritos cujasmes consumiram rao contendo 0 e 3% de sementes deSenna occidentalis durante a gestao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro, atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student .........129

    Tabela 30 - Nveis sricos de protena total (mg/dl), albumina (g/L), uria(mg/dl) e creatinina (u/l) de cabritos cujas mes consumiram

    rao contendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro, atravs do mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student ........................... 131

    Tabela 31 Altura corporal (AC), comprimento corporal (CC), permetrotorcico (PT) e comprimento da tbia (CTib) de cabritos cujasmes consumiram rao contendo 0 e 3% de sementes deSenna occidentalis durante a gestao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro, atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student .........133

    Tabela 32 Comprimento do rdio (CRad), comprimento do metatarso(CMT), comprimento do metacarpo (CMC) e comprimento dacabea (CCab) de cabritos cujas mes consumiram raocontendo 0 e 3% de sementes de sementes de Sennaoccidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro. ANOVA, seguida de teste T deStudent............................................................................................... 135

    Tabela 33 Dimetro da cabea (DCab), circunferncia do metatarso (CIMT)e circunferncia do metacarpo (CIMC) de cabritos cujas mesconsumiram rao contendo 0 e 3% de sementes de Senna

    occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro. ANOVA, seguida de teste T deStudent............................................................................................... 137

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    Tabela 34 Labirinto progressivo realizado por cabritos cujas mesconsumiram rao contendo 0 e 3% de sementes de Sennaoccidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro. .............................................................. 139

    Tabela 35 Labirinto em T (tempo total at a me) realizado por cabritoscujas mes consumiram rao contendo 0 e 3% de sementes deSenna occidentalis durante a gestao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro................................................ 141

    Tabela 36 Labirinto mdio realizado por cabritos cujas mes consumiramrao contendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro. PDIFF, seguida de teste F ........................ 142

    Tabela 37 Labirinto difcil realizado por cabritos cujas mes consumiramrao contendo 0 e 3% de sementes de Senna occidentalisdurante a gestao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro. PDIFF, seguida de teste F ........................ 144

    Tabela 38 Mdia do ganho de peso (kg) mensal e total de cabritos cujasmes consumiram rao contendo 0 e 4% (LAC) de sementesde Senna occidentalisdurante a lactao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA seguida de teste T de student .............148

    Tabela 39 - Nveis sricos de glicose, aldolase, GGT e AST de cabritos cujasmes consumiram rao contendo 0 e 4% (LAC) de sementes

    de Senna occidentalisdurante a lactao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA seguida de teste T de student .............149

    Tabela 40 Nveis sricos de FA (u/l), CK (u/l), LDH (u/l) e triglicerdeos (u/l)de cabritos cujas mes consumiram rao contendo 0 e 4%(LAC) de sementes de Senna occidentalis durante a lactao.So apresentadas as mdias e os respectivos erros padroatravs do mtodo dos quadrados mnimos. ANOVA, seguida deteste T de Student............................................................................ 151

    Tabela 41 - Nveis sricos de protena total (mg/dl), albumina (g/L), uria

    (mg/dl) e creatinina (u/l) de cabritos cujas mes consumiramrao contendo 0 e 4% (LAC) de sementes de Sennaoccidentalisdurante a lactao. So apresentadas as mdias eos respectivos erros padro atravs do mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student ........................... 153

    Tabela 42 - Nveis sricos de colesterol (mg/dl) de cabritos cujas mesconsumiram rao contendo 0 e 4% (LAC) de sementes deSenna occidentalis durante a lactao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA, seguida de teste T de Student .........155

    Tabela 43 Altura corporal (AC), comprimento corporal (CC), permetrotorcico (PT) e comprimento da tbia (CTib) de cabritos cujasmes consumiram rao contendo 0 e 4% (LAC) de sementes

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    de Senna occidentalisdurante a lactao. So apresentadas asmdias e os respectivos erros padro atravs do mtodo dosquadrados mnimos. ANOVA seguida de teste T de Student.............156

    Tabela 44 Comprimento do rdio (CRad), comprimento do metatarso(CMT), comprimento do metacarpo (CMC) e comprimento dacabea (CCab) de cabritos cujas mes consumiram raocontendo 0 e 4% (LAC) de sementes de Senna occidentalisdurante a lactao. So apresentadas as mdias e osrespectivos erros padro atravs do mtodo dos quadradosmnimos. ANOVA seguida de teste T de Student .............................. 158

    Tabela 45 Dimetro da cabea (DCab), circunferncia do metatarso (CIMT)e circunferncia do metacarpo (CIMC) de cabritos cujas mesconsumiram rao contendo 0 e 4% (LAC) de sementes desementes de Senna occidentalis durante a lactao. So

    apresentadas as mdias e os respectivos erros padro.................... 160

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    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    So...................... Senna occidentalisD........................ daltonsCEPTOX............ Centro de Pesquisa em Toxicologia veterinriakg ...................... quilogramaVPT ................... Departamento de Patologia VeterinriaFMVZ ................ Faculdade de Medicina Veterinria e ZootecniaUSP................... Universidade de So PauloALB....... ............ albuminaALD....... ............ aldolaseAST............ ....... aspartato amino transferaseCREAT...... ........ creatininaCK............ ......... creatina quinaseGGT................... gama glutamil transferase

    FA...................... fofatase alcalinaLDH.............. ..... lactato desidrogenasePT...................... protena totalPBS................... tampo fosfato salinaKOH .................. Hidrxido de potssioCH3OH.............. metanolHNO3 ................ cido ntricoPMSG................ gonadotrofina corinica da gua prenheeCG................... gonadotrofina corinica eqinaUI....................... unidades internacionaisVCM .................. Departamento de Clnica Mdica

    VPS ................... Departamento de Medicina Veterinria Preventiva e Sade AnimalMAP .................. acetato de medroxiprogesteronaml ...................... mililitroMF..................... movimento fetalFC ..................... freqncia cardacaCCC .................. Comprimento CraniocaudalDBP................... dimetro biparietalDA ..................... dimetro abdominalDT ..................... dimetro torcicoAC ..................... altura corporalCC..................... comprimento corporal

    PT...................... permetro torcicoCCab................. comprimento da cabeaDCab................. dimetro da cabeaCRAD................ comprimento do rdioCTIB.................. comprimento da tbiaCMC.................. comprimento do metacarpoCMT .................. comprimento do metatarsoCIMC................. circunferncia do metacarpoCIMT ................. circunferncia do metatarsoSNC................... sistema nervoso central

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ..........................................................................................................33

    1.1 SOBRE A Senna occidentalis ......................................................................... 34

    1.2 SOBRE A TOXICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO................................... 37

    2 OBJETIVOS ..............................................................................................................40

    2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................... 41

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS........................................................................... 41

    3 MATERIAL E MTODO ..........................................................................................423.1 ANIMAIS......................................................................................................... 43

    3.2 SEMENTES DE S. occidentalis ...................................................................... 43

    3.3 EQUIPAMENTOS........................................................................................... 43

    3.4 REAGENTES, SOLUES e FRMACOS.................................................... 44

    3.5 PROCEDIMENTOS ........................................................................................ 45

    3.5.1 Administ rao de S. occidentalis para Caprinos ...................................... 45

    3.5.2 Avaliao do peso ....................................................................................... 45

    3.5.3 Avaliao clnica.......................................................................................... 45

    3.5.4 Sorologia sangnea.................................................................................... 46

    3.5.5 Induo do estro por esponjas impregnadas com progestgenos ........46

    3.5.6 Acasalamento .............................................................................................. 47

    3.5.7 Dosagens de enzimas e componentes sangneos ................................. 47

    3.5.8 Avaliao Ultra-sonogrfica ....................................................................... 47

    3.5.9 Avaliao de anomalias e/ou malformaes fetais .................................. 50

    3.5.10 Avaliao morfomtrica corprea de filhotes ........................................... 50

    3.5.11 Estudo comportamental.............................................................................. 52

    3.5.11.1 Primeira Prova de obstculo ................................................................................52

    3.5.11.2 Segunda prova de obstculo................................................................................53

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    3.5.11.3 Terceira prova de obstculos ...............................................................................54

    3.5.11.4 Quarta prova de obstculos. Labirinto em T (T Maze) ..................................55

    3.5.11.4.1 Para quando havia uma cabra somente. A prpria me ..............................573.5.11.4.2 Para quando havia duas cabras. A me e uma outra cabra .......................57

    3.5.11.5 Quinta prova de obstculos. Labirinto mdio (Lashley Maze) .....................57

    3.5.11.6 Sexta prova de obstculos. Labirinto Hebb-Williams Maze .........................58

    3.5.12 Estudo anatomopatolgico......................................................................... 59

    3.5.13 Microscopia de luz....................................................................................... 60

    3.6 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL............................................................... 60

    3.6.1 Experimento 1: Estudo dos efeitos txicos produzidos pela S.occidentalis em cabras durante a gestao............................................... 60

    3.6.2 Experimento 2: Estudo dos efeitos txicos produzidos pela S.occidentalis administrado a cabras lactantes............................................ 61

    3.6.3 Experimento 3: Estudo dos efeitos txicos produzidos pela S.occidentalis. Avaliao do desenvolvimento fsico e comportamentalda prole.......................................................................................................... 62

    3.6.4 Experimento 4: Estudo dos efeitos txicos produzidos pela S.occidentalis administrado a cabras durante a lactao. Avaliao doslactentes ........................................................................................................ 62

    3.6.5 Experimento 5: Estudo qumico do leite de cabras que consumiram4% de sementes de S. occidentalis. Pesquisa da presena deantraquinonas ............................................................................................... 62

    3.7 ANLISE ESTATSTICA................................................................................. 64

    4 RESULTADOS ...........................................................................................................664.1 EXPERIMENTO 1: ESTUDO DOS EFEITOS TXICOS PRODUZIDOS

    PELA S. occidentalisEM CABRAS DURANTE A GESTAO...................... 67

    4.1.1 Resultados das cabras pertencentes aos grupos So1, So2 e So4..........67

    4.1.2 Resultados das cabras pertencentes ao Grupo So3 ................................ 85

    4.2 EXPERIMENTO 2: ESTUDO DOS EFEITOS TXICOS PRODUZIDOSPELA S. occidentalisADMINISTRADO A CABRAS LACTANTES................. 98

    4.3 EXPERIMENTO 3: ESTUDO DOS EFEITOS TXICOS PRODUZIDOSPELA S. occidentalis. AVALIAO DO DESENVOLVIMENTO FSICO ECOMPORTAMENTAL DA PROLE ............................................................... 108

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    4.3.1 Resultados dos filhotes provenientes das cabras pertencentes aosgrupos So1 e So2 ....................................................................................... 108

    4.3.2 Resultados dos filhotes provenientes das cabras pertencentes aos

    grupo So3.................................................................................................... 1244.4 EXPERIMENTO 4: ESTUDO DOS EFEITOS TXICOS PRODUZIDOS

    PELA S. occidentalis ADMINISTRADO A CABRAS DURANTE ALACTAO. AVALIAO DOS LACTENTES ............................................. 146

    4.5 EXPERIMENTO 5: ESTUDO QUMICO DO LEITE DE CABRAS QUECONSUMIRAM 4% DE SEMENTES DE S. OCCIDENTALIS. PESQUISADA PRESENA DE ANTRAQUINONAS...................................................... 163

    5 DISCUSSO ...........................................................................................................164

    6 CONCLUSES.........................................................................................................177

    REFERNCIAS .........................................................................................................179

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    PRLOGO

    O presente trabalho de pesquisa a continuao de nossa Dissertao de

    Mestrado, intitulada Estudo dos Efeitos Txicos Produzidos Pela Administrao

    Prolongada de Sementes de Senna occidentalis.Avaliao em Ratos e Caprinos.

    Assim, a partir daquele estudo, foi possvel obter informaes sobre os efeitos

    txicos da administrao prolongada, em concentraes baixas, desta planta, na

    espcie caprina, dados estes at ento no disponveis na literatura. Visa-se, agora,

    estudar os efeitos da exposio S. occidentalis nesta mesma espcie, durante o

    perodo perinatal.

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    Introduo33

    1 INTRODUO

    1866D. CERQUEIRAReminiscncias da campanha do Paraguai.Ed. esp. fl 136: [...]A nossa vida em campanha no era to mcomo se pensa vulgarmente. O Costa Matos achou perto donosso acampamento, muito fedegoso, e fez uma excelentecolheita de vagens maduras. Debulhou-as, moeu-as e fez um

    magnfico caf, que adoamos com um pouco de acarmascavado j melando. Havia muitos meses que no tomvamosseno mate. Foi uma delcia [...] (CERQUEIRA, 1980).

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    Introduo34

    1.1 SOBRE A Senna occidentalis

    A Senna occidentalis(L.) Link (sin. Cassia occidentalis), uma planta txica

    da famlia Fabaceae-Caesalpinoideae (Leguminosae). Esta planta pode ser

    encontrada em quase todo o territrio nacional, em pastagens e culturas de cereais

    como milho, sorgo, trigo e soja (OHARA et al., 1969; COLVIN et al., 1986). Possui

    vrios nomes vulgares, tais como fedegoso, mata-pasto verdadeiro, mamang,

    sene, cigarreira, lava-pratos, pajamarioba, pajemarioba, mangerioba, entre outros

    (HOEHENE, 1939; JOLY, 1977; CRUZ, 2000).

    De acordo com Lorenzi (1991), a S. occidentalis(Figura 1):

    [...] uma planta perene, subarbustiva, lenhosa, ramificada, medindo de 1-2metros de altura, com reproduo por sementes. As folhas so alternas,compostas, paripinadas, com 4-6 pares de fololos glabros de 6-7 cm decomprimento. As inflorescncias so axilares e terminais, em racemos compoucas flores pediceladas e de colorao amarelo-ouro. Os frutos soformados dentro de vagens achatadas, mais ou menos retas, de coloraomarrom, com 10-14 cm de comprimento. Esta leguminosa floresce noperodo de setembro a outubro e frutifica no perodo de fevereiro a abril.

    Figura 1 Senna occidentalis

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    Introduo35

    Como a S. occidentaliscresce junto s plantaes, esta planta pode, alm de

    competir com nutrientes teis aos cereais, contamin-los com suas sementes

    durante a coleta mecnica. Caso no haja separao adequada dos tipos de

    sementes, principalmente atravs da peneiragem e separao por densidade, as

    sementes desta planta invasora de cultura podero vir a compor parte do produto

    final destinado alimentao tanto animal como humana, acarretando um

    desbalano nutricional, alm do risco de incluir nesta dieta algum componente txico

    que poder ser previamente conhecido, ou no. Embora a semente seja

    responsabilizada pelas intoxicaes mais severas, outras partes da S. occidentalis,

    como as folhas, caules e vagens, so consideradas txicas (DOLAHITE; HENSON,

    1965).Os casos de intoxicao espontnea pela S. occidentalisforam relatados em

    bovinos (HENSON et al., 1965; PIERCE; OHARA, 1967; BARROS et al., 1990) e

    eqnos (BROCQ-ROSSEAU; BRUERE, 1925; MOUSSU, 1925). Alm disto, alguns

    trabalhos foram realizados, reproduzindo-se experimentalmente a intoxicao em

    animais como bovinos (DOLLAHITE; HENSON, 1965; HENSON; DOLLAHITE, 1966;

    MERCER et al., 1967; ROGERS; GIBSON; REICHMANN, 1979; BARROS et al.,

    1990); sunos (COLVIN et al., 1986; MARTINS et al., 1986), eqinos (IRIGOYEN etal., 1991), ovinos (DOLLAHITE; HENSON, 1965), caprinos (DOLLAHITE; HENSON,

    1965; SULIMAN; WASFI; ADAM, 1982; BARBOSA-FERREIRA, 2003), leporinos

    (DOLLAHITE; HENSON, 1965; OHARA; PIERCE, 1974a,b; TASAKA et al., 2000),

    ratos (WEG, 2001; BARBOSA-FERREIRA et al., 2005) e aves (SIMPSON;

    DAMRON; HARMS, 1971; CAVALIERI et al., 1997; HARAGUCHI et al., 1998).

    Os dados de intoxicao natural, bem como nos trabalhos experimentais

    mostram que os sintomas caracterizam-se principalmente por doena afebril,abatimento, tremores musculares, diarria, incoordenao motora e morte, nas

    diferentes espcies estudadas.

    Os achados de necropsia, nas diferentes espcies animais, revelam como

    principais leses as degeneraes do msculo esqueltico e cardaco (OHARA;

    PIERCE, 1974a,b; ROGERS; GIBSON; REICHMANN, 1979; HERBERT et al., 1983;

    CAVALIERI, 1997), alteraes hepticas e renais (TASAKA et al., 2000; BARBOSA-

    FERREIRA, 2003). Alm destas, uma pesquisa realizada neste laboratrio, no qual

    foram administradas diferentes concentraes de sementes de S. occidentalis, a

    ratos, mostrou que esta planta tambm pode promover alteraes no sistema

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    Introduo36

    nervoso central - SNC (BARBOSA-FERREIRA et al., 2005). Entretanto, os locais

    onde as leses se apresentam com maior gravidade so variveis de acordo com a

    espcie, assim, a miopatia degenerativa da musculatura esqueltica e cardaca

    prevalece entre os bovinos e aves (BARROS et al., 1990; HARAGUCHI et al., 1998);

    por outro lado, em leporinos foi observada leso mais grave em musculatura

    cardaca associada a alteraes hepticas significantes (TASAKA et al., 2000).

    H muito se pesquisa sobre o princpio ativo txico da S. occidentalis. Os

    primeiros estudos apontavam a albumina como o princpio ativo txico (MOUSSU,

    1925). Por outro lado, Hebert et al. (1983) sugeriram ser a toxina de natureza polar,

    por exemplo, uma protena. J Graziano et al. (1983), sugeriram que um dos

    princpios ativos poderia ser de natureza protica, estvel ao aquecimento, e outro,termo lbil, tais como os derivados da antraquinona. No entanto, Lewis e Shibamoto

    (1989), verificaram a presena de princpios em extratos orgnicos contendo

    quinonas e tambm em suspenses aquosas das sementes da planta txica Senna

    obtusifolia, que, igualmente, apresentaram miopatias em animais intoxicados. No

    entanto, s recentemente conseguiu-se determinar, de fato, qual seria o princpio

    ativo txico da S. occidentalis. Assim, Haraguchi et al. (1996), isolaram a diantrona,

    uma antraquinona e, por meio de avaliao biolgica em aves, confirmaram ser, defato, esta antraquinona a principal fitotoxina presente na planta.

    Procurando-se compreender o mecanismo de ao txico da S. occidentalis

    Cavaliere et al. (1997) verificaram, microscopia eletrnica, atrofia de fibras

    musculares, com alargamento da mitocndria e armazenamento de lipdeos; o

    estudo histoqumico revelou moderada quantidade de fibras oxidase negativas.

    Estes mesmos autores propuseram, ento, que o mecanismo de ao txico baseia-

    se no desacoplamento da fosforilao oxidativa mitocondrial, portanto, este princpioativo agiria diretamente sobre o metabolismo desta organela.

    Devido ao peso molecular da diantrona (450 D), formulou-se a hiptese desta

    molcula atravessar a barreira hematoenceflica, podendo, desta maneira, acarretar

    danos ao SNC. Assim, em um dos experimentos de nossa Dissertao de Mestrado

    (BARBOSA-FERREIRA, 2003), props-se verificar os efeitos desta planta no

    sistema nervoso central de ratos intoxicados (4% de sementes de S. occidentalisna

    rao), sendo que, de fato, os dados revelaram leso tambm neste tecido.

    Portanto, alm das alteraes em outros rgos descritos anteriormente, sugere-se

    que tambm o SNC seja bastante sensvel s leses produzidas por esta

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    Introduo37

    antraquinona.

    1.2 SOBRE A TOXICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

    Segundo Prez-Landeiro et al. (2002) as alteraes morfolgicas, bioqumicas

    ou funcionais induzidas durante a prenhez que detectada durante a gestao, no

    nascimento ou posteriormente, definida como teratognese ou dismorfognese.

    Estas alteraes podem ser classificadas em maiores como, por exemplo, a

    focomelia, que se caracteriza pela aproximao ou encurtamento dos membros dofeto, ou aquelas ditas menores, como alteraes comportamentais (ROGERS;

    KAVLOCK, 2001).

    A toxicologia do desenvolvimento se refere a uma rea de conhecimento

    relativamente nova, apesar de ser oriunda da teratologia, que foi antigamente

    relacionada s alteraes apenas de ordem estrutural, uma vez que os estudos

    nesta rea restringiam-se somente alteraes na morfologia, ou seja, aquelas

    esquelticas ou viscerais (ERIKSSON, 2007). No entanto, atualmente est bemestabelecido que as alteraes no concepto podem ser tanto estruturais como

    funcionais e estas podem ser iniciadas em qualquer perodo entre a fertilizao e a

    maturao ps-natal (WILSON, 1977) Portanto, o termo teratologia passou a ser

    utilizado como sinnimo da toxicologia do desenvolvimento, abrangendo no s as

    anormalidades morfolgicas, mas tambm as manifestaes no retardo de

    crescimento, as alteraes funcionais, comportamentais e/ou morte da prole

    (ROGERS; KAVLOCK, 2001).A preocupao quanto exposio da gestante aos possveis efeitos txicos

    sobre o embrio ou no desenvolvimento do feto comeou em meados do sculo XX,

    pois anteriormente se acreditava que a placenta era uma barreira eficaz contra

    organismos exgenos, entretanto esta idia foi derrubada quando se identificou a

    sndrome da rubola congnita (GREGG, 1941) em que a me portadora desta

    doena poderia conceber filhos com malformaes devido livre passagem do

    vrus, causador desta afeco, atravs da placenta e afetando assim o feto

    (WEBSTER, 1998). No entanto, foi aps o desastre da talidomida, um

    medicamento utilizado como sedativo por mulheres grvidas, responsvel pelo

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    Introduo38

    aparecimento de severas alteraes no feto, que a toxicologia do desenvolvimento

    tomou grande impulso. Assim, a partir deste fato, houve uma revoluo na maneira

    de pensar em relao aos riscos do uso de substncias durante a gestao,

    demonstrando que a exposio do feto a xenobiticos durante os perodos crticos

    do desenvolvimento poderia produzir danos irreversveis (PREZ-LANDERO et al.,

    2002). A partir de ento, comearam a se desenvolver testes eficazes de avaliao

    de risco da exposio a substncias durante o perodo gestacional. Os primeiros

    testes de avaliao de risco, referentes toxicologia reprodutiva, foram iniciados,

    nos Estados Unidos, h mais de 40 anos. Atualmente, so realizados trs protocolos

    para avaliao in vivo: o Segmento I que aquele que cobre o perodo de pr-

    acasalamento at a implantao; o Segmento II, cuja denominao anterior erateste de teratogenicidade, sendo atualmente este adotado pelas principais

    agncias que normatizam a avaliao de risco, e aquele no qual se avalia o efeito

    da substncia qumica da implantao at o final da organognese e o Segmento III

    que compreende a avaliao do final da gestao at o desenvolvimento ps-natal

    (DASTON; SEED, 2007).

    A principal preocupao na avaliao de risco do impacto das diferentes

    substncias qumicas no desenvolvimento que haja a extrapolao correta dosdados obtidos; neste sentido, um dos maiores desafios para as agncias de

    regulamentao de avaliao de risco , a partir dos dados obtidos em ratos,

    extrapol-los para os seres humanos. Seguindo-se este mesmo raciocnio, deve-se

    supor que a extrapolao de dados de uma espcie monogstrica, como ratos, para

    uma outra espcie ruminante deve ser feita com muito maior precauo, j que o

    rmen , sabidamente, um local que desempenha importante papel na

    farmacocintica e metabolismo dos diferentes xenobiticos; por exemplo, oantihelmntico albendazole, causa embriotoxicidade somente em ruminantes, pois o

    composto teratgeno o seu metablito, um derivado sulfxido, o qual gerado

    exclusivamente por poligstricos (DELATOUR et al., 1981).

    Por outro lado sabe-se que a mortalidade pr-natal e o nascimento de fetos

    teratognicos so importantes causas de perdas econmicas na criao animal

    (PANTER et al., 1992). Assim sendo, e objetivando-se avaliar os possveis efeitos

    teratognicos das diferentes substncias qumicas (medicamentos, toxinas e

    contaminantes ambientais, entre outros) altamente desejvel que sejam realizados

    estudos no sentido de se estabelecer um protocolo de avaliao de teratogenicidade

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    Introduo39

    especificamente para ruminantes, utilizando-se a espcie caprina como modelo

    animal.

    Portanto, o presente trabalho tem como escopo introduzir novos parmetros

    para avaliao de teratogenicidade em ruminantes no protocolo que tem sido

    proposto por este grupo, sendo que, no presente estudo, foram incorporados dados

    de observaes relativas ao desenvolvimento fsico e neurocomportamental da prole

    de cabras submetidas intoxicao experimental com Senna occidentalis durante a

    gestao.

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    Objetivos 40

    2 OBJETIVOS1618Dilogo das Grandezas do Brasilii. fl.53: [...] muito fasilque he o que se costuma fazer nesta terra toma hu piquenode tabaquo por outro nome erua santa em falta de outra eruaque chama pajemarioba1 epizada com summo de limametem hua piquena cantidade della no seso do enfermo eseest doente do bicho lhe causa grande ardor e pello contrariona tem nehu ou caze nada, e esta erua pizada com o sumo delima cura tambe grandemete amesma enfermidade (CUNHA,

    1999).1Pajamariobas.f.Var.:pajemarioba, pagmarioba, paj merioba, paimarioba[< T. pajemarioua Fedegoso].Planta da famlia das leguminosas; fedegoso (CUNHA, 1999).

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    Objetivos 41

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Avaliar os possveis efeitos txicos produzidos pelas sementes de S.

    occidentalis, em diferentes concentraes, na cabra e em suas proles, durante o

    perodo perinatal.

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Estudar os possveis efeitos txicos promovidos pela S. occidentalisem cabras

    expostas durante o perodo de gestao;

    Estudar, por meio de anlise ultrassonogrfica uterina, os possveis efeitos

    fetotxicos promovidos pelas sementes de S. occidentalisadministrada a cabras

    expostas durante o perodo de gestao;

    Propor parmetros para avaliao durante a lactao, tanto fsica como

    neurocomportamental, do desenvolvimento da prole de cabras expostas S.

    occidentalisno perodo gestacional;

    Avaliar o desenvolvimento da prole lactente de cabras as quais foram expostas

    S. occidentalisdurante o perodo de lactao;

    Identificar a possvel presena do princpio ativo da S. occidentalis no leite de

    cabras intoxicadas com sementes de planta.

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    Material e mtodo 42

    3 MATERIAL E MTODOc 1763J. S. JOS Viagem ao Gram-Par in RIH, IX (1869)204: [Na villa de Santarm] H pag marioba,cujas folhas ourazes cozidas so admirveis nos defluxos e diuphoreticas , eoutras muitas (CUNHA, 1999).

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    Material e mtodo 43

    3.1 ANIMAIS

    Foram utilizadas cabras nulparas, meio sangue Saanen com

    aproximadamente 12 meses de idade, pesando 33 kg em mdia, no incio do

    experimento e um macho reprodutor, meio sangue Saanen. Os animais foram

    alojados em baias coletivas, nas instalaes do Centro de Pesquisa em Toxicologia

    Veterinria (CEPTOX) do Campus Administrativo de Pirassununga da Universidade

    de So Paulo, Pirassununga, SP.

    Os animais receberam como alimento capim Napier sp, cana-de-acar

    (Sacharum officinarum L.) e sal mineral, ad libitum, alm de rao comercialproduzida no prprio Campus Administrativo de Pirassununga da Universidade de

    So Paulo, Pirassununga, SP.

    3.2 SEMENTES DE S. occidentalis

    As sementes de S. occidentalisforam colhidas de uma plantao no Centro

    de Pesquisa em Toxicologia Veterinria (CEPTOX) do Departamento de Patologia

    Veterinria (VPT) da Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia da

    Universidade de So Paulo (FMVZ/USP), Campus de Pirassununga, SP. A. S.

    occidentalis foi identificada pela Dra. Maria Eneida Fidalgo do Instituto Botnico de

    So Paulo, SP, Brasil e encontra-se sob o nmero SP-363817, depositado no

    mesmo Instituto.

    3.3 EQUIPAMENTOS

    Aparelho de Ultra-som (US) Pie-Medical - Nutri cell - Scanner 100, Mod. Falco

    (transdutores linear e convexo, 5.0 / 7.0 MHz);

    Tronco de conteno para cabras;

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    Material e mtodo 44

    Mquina de tosquia (Golden A-5 Clipper Oster)

    Aparelho de leitura automtica de bioqumica CELM SBA-200 (CELM,

    Brasil);

    Microscpio de luz modelo Nikkon;

    Fita mtrica;

    Liquidificador industrial para triturao de gros;

    Misturador horizontal de rosca sem fim (Marconi, mod. 206).

    Botijo de nitrognio lquido (marca MVE, modelo XC-20.)

    Placas de plstico impregnada com slica-gel 60 GF254 (Merck);

    Rota-evaporador modelo 802 (Fisatom Equipamentos Cientficos Ltda).

    Aparelho de cromatografia lquida de alta eficincia (Shimadzu Corporation,

    Kyoto, Japan);

    Centrfuga refrigerada (Eppendorf, modelo 5810R)

    3.4 REAGENTES, SOLUES e FRMACOS

    Kits para determinao de albumina, aldolase, aspartato aminotransferase

    (AST), creatinaquinase (CK), gama glutamil transferase (GGT), fosfatase alcalina

    (FA), glicose, lactato desidrogenase (LDH), protena total (PT), creatinina, uria

    bilirrubina total, colinesterase, triglicerdios, formol a 4% e 10 e tampo fosfato salina

    (PBS). Hidrxido de potssio (KOH), metanol (CH3OH) e cido ntrico (HNO3).

    Esponja de acetato embebida com 60mg de medroxiprogesterona (MAP-Syntex

    S.A.), novormon - Syntex S.A. Preparao altamente purificada de gonadotrofina

    corinica da gua prenhe (PMSG) + gonadotrofina corinica eqina (eCG), Ciosin -

    Coopers Brasil Ltda. Cloprostenol sdico (anlogo da protagalndiona F2).

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    Material e mtodo 45

    3.5 PROCEDIMENTOS

    Foram realizados os procedimentos experimenais conforme os itens 3.5.1 ao

    3.5.12 relacionados a seguir.

    3.5.1 Administ rao de S. occidentalispara Caprinos

    Devido possibilidade de inativao do princpio ativo pelo aquecimento e

    conseqente perda de toxicidade das sementes quando da triturao em moinho defacas, realizou-se o procedimento a frio, assim as sementes de S. occidentalisforam

    imersas em nitrognio liquido e, a seguir, trituradas em liquidificador comum, sendo

    posteriormente adicionadas rao comercial na proporo de 1, 2, 3 e 4%. Estas

    misturas foram homogeneizadas em misturador (Hobart mod. H-600).

    Estas raes, com diferentes concentraes de sementes de S. occidentalis

    foram fornecidas, logo pela manh (entre 8 9h), aos animais pertencentes aos

    distintos grupos experimentais, a saber: So1, So2, So3 e So4, durante o perodo degestao, misturadas rao, cuja quantidade diria administrada foi de 1,5% de

    peso vivo. s cabras pertencentes ao grupo LAC, foi fornecida a mesma quantidade

    de rao, contendo 4% de sementes da planta somente durante a lactao. Aos

    animais pertencentes ao grupo foi fornecido somente rao comercial na mesma

    proporo. Para todos os animais, tanto do grupo controle como experimentais, a

    dieta foi complementada com cana-de-acar, capim Napier e sal mineral.

    3.5.2 Avaliao do peso

    A avaliao do peso tanto das cabras como de seus filhotes foi realizada

    semanalmente, sempre com os animais em jejum, entre 8:00 e 9:00h, sendo os

    animais pesados individualmente.

    3.5.3 Avaliao clnica

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    A avaliao clinica, tanto das cabras como de suas proles, foi realizada

    semanalmente, no perodo matutino, sempre entre 8:00 e 9:00h. Foram avaliados

    visualmente o estado corporal geral, colorao de mucosas, bem como avaliao

    dermatolgica e observao de alteraes comportamentais, alm de mensurao

    da temperatura corprea.

    3.5.4 Sorologia sangnea

    Antes dos procedimentos relativos ao acasalamento o sangue de todos os

    animais foi coletado para anlise de doenas infecciosas, de importncia na

    reproduo, a saber: toxoplasmose, analisado no Servio de Laboratrio Clnico do

    Departamento de Clnica Mdica (VCM/FMVZ/USP), leptospirose, brucelose e

    micoplasmose analisadas no Laboratrio de Zoonoses Bacterianas do

    Departamento de Medicina Veterinria Preventiva e Sade Animal

    (VPS/FMVZ/USP).

    3.5.5 Induo do estro por esponjas impregnadas com progestgenos

    Para se ter uma homogeneidade no perodo gestacional, as cabras

    receberam tratamento hormonal para a induo do estro. Para tanto, foi empregado

    o procedimento proposto por Traldi (1994), utilizando uma esponja impregnada com

    60 mg de acetato de medroxiprogesterona (MAP) que permanece no interior da

    vagina por 10 dias. Dois dias antes do final deste tratamento (dia 8), administra-se

    pela via intramuscular 250 UI (1,0 ml), por animal, de Norvormon e 0,3 ml de

    Ciosin, que promovero o crescimento folicular. No 10 dia retira-se a esponja e

    aps cerca de 24-48 horas as cabras entraram no cio, podendo, ento, serem

    cobertas.

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    Material e mtodo 47

    3.5.6 Acasalamento

    As cabras foram fecundadas por meio de monta natural; todas foram

    cobertas pelo mesmo reprodutor, permitindo-se que este macho realizasse at, no

    mximo, 4 coberturas/dia, para que no houvesse a possibilidade de reduo da

    fertilidade do bode. As cabras que foram acasaladas at as 11:00h da manh foram

    consideradas como se estivessem no dia 1 da gestao; aquelas cabras que foram

    cobertas aps este horrio, foram consideradas como se estivessem no dia 0 da

    gestao. Este esquema foi adotado para no haver um nmero grande de animais

    submetidos avaliao ultra-sonogrfica no mesmo dia.

    3.5.7 Dosagens de enzimas e componentes sangneos

    O sangue das cabras foi coletado por puno da veia jugular, sempre no

    perodo matutino, entre 8:00 e 9:00h, tanto das mes, como dos filhotes. As coletasforam realizadas com seringas sem anticoagulante para obteno do soro.

    As dosagens de glicose, GGT, AST, LDH, FA, CK, albumina, protena,

    aldolase, colinesterase, uria e creatinina, foram feitas por meio de kits comerciais

    especficos e de espectrofotmetro automtico (CELM SBA-200). Trata-se de

    mtodos enzimticos, colorimtricos e cinticos. O sangue dos filhotes foi coletado a

    partir do quinto dia de nascimento, por puno da veia jugular. Alm das anlises

    citadas acima, dosou-se o nvel de triglicerdios.

    3.5.8 Avaliao Ultra-sonogrfica

    A avaliao ultra-sonogrfica para deteco de prenhez foi realizada a cada

    24 horas, do 24 ao 27 dia aps cobertura, pela via transretal at a visualizao de

    vescula embrionria e pulsao cardaca (Figura 2A). Uma vez detectada a

    prenhez, as mensuraes fetais comearam no 35 dia em relao ao movimento

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    Material e mtodo 48

    fetal (MF), freqncia cardaca (FC), mensurao do Comprimento Craniocaudal

    (CCC - Figura 2B) que compreende a distncia determinada por uma linha entre a

    parte anterior do crnio (osso occipital) at a base da cauda (primeira vrtebra

    coccgea - KAHN, 1994); no 69 foi mensurado, tambm, o dimetro biparietal (DBP

    - Figura 2C), determinado pela maior distncia entre os ossos biparietais que se

    apresentarem hiperecognicos, contrastando internamente com o crtex cerebral

    que se apresentar de forma hipoecognica (KAHN, 1994); no 63 dia tambm se

    mensurou o dimetro abdominal (DA - Figura 2D), determinado pela maior distncia

    entre os bordos do tronco, obtido em corte horizontal ou transversal, na altura entre

    a ltima costela e o cordo umbilical (CHAVEZ MORENO; STEINMANN CHAVEZ;

    BICKHARDT, 1996) alm do dimetro torcico (DT - Figura 2E), que foi obtidomedindo-se a distncia entre as bordas ecognicos de duas costelas, em corte

    horizontal, na altura do corao (CHAVEZ MORENO; STEINMANN CHAVEZ;

    BICKHARDT, 1996). Estas mensuraes foram realizadas no 35 dia pela vias

    transretal e abdominal e, somente pela via abdominal, no 43 e 69 dia de gestao.

    O procedimento para as mensuraes foi realizado da seguinte maneira: no

    momento do exame pela via transretal, depois de conter o animal, o operador

    aplicou sobre o reto da cabra o gel para ultra-som (BioGel

    ) para lubrificar oesfncter anal, facilitando o subseqente esvaziamento da parte final do reto.

    Posteriormente, o gel foi colocado sobre o transdutor linear, o qual foi ento

    introduzido no reto at que fosse possvel a visualizao de um dos cornos uterinos.

    Nesse momento, girou-se o transdutor em um ngulo de 90 no sentido horrio e

    180 no sentido oposto at que todo trato reprodutivo pudesse ser explorado

    (SCHRICK et al., 1993). J no exame abdominal, os animais foram depilados na

    regio abdominal utilizando uma mquina de tosquia provida de lmina n. 40. Osanimais foram contidos em estao, e posteriormente aplicou-se gel sobre o

    transdutor convexo e sobre a regio depilada, para promover o contato ntimo com a

    pele do animal. Por meio de manipulao do transdutor, so feitos a mensurao

    fetal e os demais parmetros. Os animais foram submetidos a jejum hdrico e

    alimentar antes do incio dos procedimentos.

    No caso de ter sido constatada gestao gemelar, considerou-se a mdia

    dos dois embries/fetos, uma vez que sabido que o nmero de fetos no influencia

    suas medidas nos 2/3 iniciais de gestao (GONZLES DE BULNES et al., 1998).

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    Figura 2 - Imagens ultrassonogrficas de caprinos. A) Diagnstico de gestao, evidenciando as vesculas embrCCC, 43 dia; C) DBP, 69 dia; D) DA, 69 dia; E) DT, 69 dia

    A B

    D

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    3.5.9 Avaliao de anomalias e/ou malformaes fetais

    Aps o nascimento e identificao do sexo, foram realizados exames

    minuciosos para constatar a conformao e o posicionamento dos olhos, boca,

    crnio, mandbula, membros anteriores e posteriores, cauda e pele, alm da

    presena de perfurao anal, entre outras possveis malformaes e/ou anomalias

    externas.

    3.5.10 Avaliao morfomtrica corprea de filhotes

    Foram realizadas as seguintes mensuraes, conforme proposto por Arrayet

    et al. (2002): altura corporal (AC), do cho at o ponto mais alto da escpula;

    comprimento corporal (CC), mensurado da ponta do ombro (processo acrnimo da

    escpula) ao tbero do squio; permetro torcico (PT), mensurado logo atrs das

    escpulas, em torno do trax; comprimento da cabea (CCab), desde o ossooccipital at o espelho nasal; dimetro da cabea (DCab), atrs da borda caudal das

    mandbulas, logo atrs das orelha