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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – Fone/Fax: (43) 3542 4490 CEP 86360-000 - Bandeirantes – Paraná [email protected] [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2012 BANDEIRANTES – PARANÁ 1

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO

COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – Fone/Fax: (43) 3542 4490CEP 86360-000 - Bandeirantes – Paraná

[email protected]@seed.pr.gov.br

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO2012

BANDEIRANTES – PARANÁ

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APRESENTAÇÃO

O presente Projeto Político-Pedagógico, muito mais que uma

exigência legal, constitui-se na organização do trabalho pedagógico do

Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, sendo o

resultado de uma construção coletiva, com a participação de professores,

pais, alunos, equipe pedagógica, equipe administrativa, serviços gerais e a

comunidade escolar em geral, com o objetivo maior de transformar a

realidade social à qual estão inseridos, observando-se as mudanças da

atualidade.

Enquanto construção coletiva da identidade da escola, o Projeto

Político Pedagógico pressupõe um projeto de acordo com a concepção de

Homem, de Sociedade, de Escola, de Trabalho, de Educação, de Cultura, de

Tecnologia, Cidadania, Letramento, entre outros aspectos inerentes à práxis

pedagógica, fundamentado na democracia e na justiça social, sendo a escola

portanto, a responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão.

O Projeto Político-Pedagógico é um permanente processo de

discussões das práticas, das preocupações individuais e coletivas, dos

obstáculos aos propósitos da escola e da educação, e portanto não temos

a pretensão de considerá-lo um trabalho acabado, mas sim contínuo e

flexível, capaz de ser modificado de acordo com as necessidades da escola.

No contexto em que estamos vivendo, com informações rápidas,

mudanças de paradigmas, o Projeto Político-Pedagógico deve estar

sintonizado com uma nova visão de mundo, garantindo assim a formação

global e crítica de todos os envolvidos no processo, capacitando-os para o

exercício da cidadania pretendida.

Ao estabelecer em seu Projeto Político-Pedagógico interesses comuns

básicos, a partir dos quais possam ser trabalhadas as diferenças e as

potencialidades dos alunos, a escola pretende que os mesmos sejam

participantes e agentes transformadores da realidade, que aprendam o que é

relevante, que apliquem seus conhecimentos nos problemas cotidianos, que

façam uso da tecnologia, e que ao mesmo tempo sejam pessoas capazes de

transformar a realidade e de torná-la mais humana.

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SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ….............................. 6

2. MARCO SITUACIONAL........................................................... 7

2.1. Oferta da Instituição......................................................... 9

2.2. Ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos................. 10

2.3. Organização Interna da Entidade escolar............................ 10

2.4. Caracterização da Comunidade Escolar.............................. 12

2.5. Histórico da Instituição..................................................... 13

2.6. Dependências físicas e materiais....................................... 15

2.7. Quadro de Funcionários.................................................... 22

2.8. Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais............................................................

24

2.9. Resultados educacionais, aprovação e evasão.................... 25

2.10. Dados das avaliações externas........................................ 26

2.11. Relação idade/série......................................................... 27

3. MARCO CONCEITUAL............................................................ 28

3.1. Concepção de Educação.................................................... 29

3.2. Concepção de Homem....................................................... 30

3.3. Concepção de Escola......................................................... 31

3.4. Concepção de Sociedade................................................... 31

3.5. Concepção de Cultura....................................................... 32

3.6. Concepção de Tecnologia.................................................. 32

3.7. Concepção de Cidadania................................................... 33

3.8. Concepção de Ensino e Aprendizagem.............................. 33

3.9. Concepção de Avaliação................................................... 33

3.10. Concepção de Gestão Escolar........................................... 35

3.11. Concepção de Currículo................................................... 36

3.12.Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e Aprendizagem......................................

36

3.13. Concepção de Alfabetização e Letramento...................... 40

3.14. Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental...........................................................................

42

3.15. Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais.............. 43

4. MARCO OPERACIONAL.......................................................... 44

4.1. Ações definidas pelo coletivo escolar................................. 44

4.2. Organização do trabalho pedagógico................................. 46

3

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4.2.1. Organização Curricular................................................... 46

4.2.2. Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de registro, recuperação de estudos, promoção............

47

4.2.3. Ensino Extracurricular Plurilinguístico – CELEM................ 51

4.2.4. Conselho de Classe........................................................ 52

4.2.5. Processo de Classificação e Reclassificação..................... 53

4.2.6. Regime de Progressão Parcial......................................... 55

4.2.7. Adaptação de alunos oriundos de outros regimes............ 56

4.2.8. Formação Continuada..................................................... 56

4.2.9. Articulação da escola com a família e comunidade........... 58

4.2.10. Organização do horário/hora atividade.......................... 58

4.2.11. Desafios Educacionais Contemporâneos e Atuação da Equipe Multidisciplinar.............................................................

59

4.2.12. Acompanhamento das atividades em contraturno.......... 61

4.2.13. Matriz Curricular.......................................................... 62

4.2.14. Calendário Escolar........................................................ 63

4.2.15. Desafios Educacionais Contemporâneos e Atendimento à Diversidade..........................................................................

63

4.2.16. Ações previstas em parceria......................................... 65

4.2.17. Envolvimento das Instâncias Colegiadas....................... 65

4.2.17.1. Conselho Escolar....................................................... 65

4.2.17.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF..... 67

4.2.17.3. Equipe Diretiva......................................................... 68

4.2.17.4. Equipe Pedagógica.................................................... 69

4.2.17.5. Agentes Educacionais................................................ 71

4.2.17.6. Equipe Docente......................................................... 72

4.2.17.7. FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente.......... 74

4.2.18. Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica Curricular..............................................................

75

4.3. Proposta Pedagógica Curricular......................................... 76

ARTE....................................................................................... 77

BIOLOGIA................................................................................ 90

CIÊNCIAS................................................................................ 95

EDUCAÇÃO FÍSICA................................................................... 106

ENSINO RELIGIOSO.................................................................. 120

FILOSOFIA............................................................................... 127

FÍSICA..................................................................................... 132

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GEOGRAFIA............................................................................. 143

HISTÓRIA................................................................................ 154

LEM – INGLÊS.......................................................................... 175

LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................. 194

MATEMÁTICA........................................................................... 216

QUÍMICA................................................................................. 228

SOCIOLOGIA............................................................................ 233

CELEM – ESPANHOL.................................................................. 240

5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...........................................................................

257

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................ 259

7. ANEXOS.............................................................................. 262

7.1. Atividades e projetos desenvolvidos na escola, integrados ao Projeto Político Pedagógico.................................................

262

7.1.1. OBMEP - Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas ................................................................................

262

7.1.2. Concurso de Soletração.................................................. 262

7.1.3. Jogos Florais.................................................................. 262

7.1.4. Programa Agrinho.......................................................... 263

7.1.5. Concurso de Redação – Rotary Club................................ 263

7.1.6. Participação em atividades cívicas.................................. 264

7.2. Plano de ação da Equipe Multidisciplinar............................ 264

7.3. Proposta da Agenda 21 Escolar.......................................... 271

7.4. Calendário Escolar – Ano Letivo 2012................................. 272

7.5. Matriz Curricular Vigente.................................................. 273

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:

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Denominação: Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fund. e Médio

Código do Estabelecimento: 00036

Endereço: Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – CEP 86.360-000TELEFONE:(43) 3542 4490 g-mail : [email protected]ÁGINA DA ESCOLA:[email protected]

Município: Bandeirantes

Código do município: 0240

Dependência Administrativa: Estadual

Núcleo Regional: Cornélio Procópio

Código do NRE: 008

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de Autorização de Funcionamento: DEC. 2787 DOE 10/01/77

Ato de Renovação de Reconhecimento de Curso: RES. 393/06 DOE 08/03/06

Ato Administrativo – Regimento Escolar: 248/2008

Parecer de Aprovação – Regimento Escolar: 068/2008 - SEF/EP/NRE

Ato Administrativo – Adendo 01 do Regimento Escolar: 032/10

Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 018/2010

Ato Administrativo – Adendo 02 do Regimento Escolar: 219/2010

Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 097/2010

Ato Administrativo – Adendo 03 do Regimento Escolar: 193/2011

Parecer de Aprovação – Adendo 03 do Regimento Escolar: 161/2011

Distância da Escola do NRE: 36 Km

Localização da Escola: região norte do município

Tipo de escola: Urbana

2. MARCO SITUACIONAL:

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A escola constitui-se no espaço que deveria efetivamente possibilitar

às nossas crianças, adolescentes e jovens a apropriação do saber

elaborado. Entretanto, a Educação vem enfrentando grandes dificuldades,

provenientes dos graves problemas familiares, econômicos e sociais que

são em grande parte resultados do sistema capitalista vigente. É urgente

que se definam caminhos para nortear os trabalhos que garantam a

permanência do aluno na escola, que, aliás, é previsto em lei, e também o

preparo para o exercício consciente da cidadania, de forma a garantir uma

vida digna para si e para a sociedade em que vive.

É fato que sem Educação não há desenvolvimento e tão pouco

crescimento. Entretanto, apesar de algumas políticas públicas educacionais

apresentarem a situação da sociedade brasileira como positiva, está muito

difícil para trabalhar com a desigualdade de condições a que estão

submetidas as nossas crianças e jovens. Não é possível desenvolver um

trabalho educativo desconsiderando as dimensões econômica, social,

cultural, política, familiar, até porque a escola está inserida em todos os

contextos e infelizmente não está preparada para acompanhar este ritmo

do mundo em constantes mudanças.

A globalização na qual vivemos, o capitalismo e a competitividade,

coloca a escola em alerta, levando-a a fazer reflexões, procurando caminhos

que levem a ofertar um ensino de qualidade, pois a universalização da

Educação significa “todos” na escola, e isso implica em trabalhar com seres

humanos de diferentes naturezas, heterogêneos em diversos pontos, tendo

que levar em conta as diversidades tais como: famílias desestruturadas,

falta de recursos financeiros, dependências de todo tipo de apoio, sem um

referencial ou valores que deem incentivos, enfim, acabando muitas vezes a

escola precisando enfrentar e ao mesmo tempo evitar situações excludentes,

situações que não lhe competem porque nem sempre dispõe de

infraestrutura para tal enfrentamento, porém são situações que nela se

concentram.

Os governos mais preocupados e comprometidos têm se preocupado

em estabelecer e criar políticas que estejam mais de acordo com a

realidade, e a própria elaboração deste Projeto é um exemplo.

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No contexto do Estado do Paraná, a política dos últimos anos, vem

apontando para expansão com qualidade e credibilidade.

Muitas iniciativas do governo em parceria com entidades privadas, tem

ajudado a reativar as energias no cotidiano da sala, bem como o domínio

para parte dos professores, de novas tecnologias e outros eventos que

ajudam na aprendizagem e na tentativa de superação de resultados, que de

acordo com estudos de pesquisas mostram índices de baixo rendimento,

assim como taxa de evasão superior ao desejado.

Com a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais, com o uso de

laboratórios de informática, tecnologias de ponta, salas de apoio à

aprendizagem, viabilização de projetos e programas educacionais como

Olimpíadas de Matemática, Viva Escola, Mais Educação, e outros, tem sido

possível propiciar um trabalho pedagógico mais significativo e eficiente,

desde que haja condições mínimas para a execução dos mesmos. Os

progressos visíveis ainda são tênues, mas o que importa é a transformação

que va i acontecendo aos pouco , cabendo-nos continuar dialogando e

nos sensibilizando para se chegar ao ponto demarcado: cidadania e

transformação social.

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita atende uma alunado com sérios

problemas sociais, econômicos, culturais e familiares, onde são verificadas

inúmeras situações como: alunos que cuidam da casa e têm que olhar os

irmãos menores para a mãe trabalhar; alunos que são responsáveis em levar

os irmãos menores para a creche e por isso chegam atrasados; mães que

dormem até tarde e não acordam o filho para ir à escola; alunos e pais que

não valorizam o estudo, só mandam os filhos pra escola porque é obrigatório;

pais que não comparecem quando solicitados; atitudes agressivas; bullying;

desinteresse pelo pedagógico, enfim, situações que levam o ensino a não ter

avanços significativos.

Contudo, o colégio tem procurado envolver a comunidade escolar em

todo processo educacional, com participação efetiva de todos os

segmentos, pois na gestão democrática a que se propôs, “todos são

responsáveis pela Educação”.

Os professores e funcionários têm participado de cursos e formação

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continuada descentralizados, oferecidas pela Secretaria de Estado e

Educação, além de outras iniciativas privadas.

A carga horária destinada à Hora Atividade, os professores a utilizam

em pesquisas, no uso de novas informações, pois o embasamento teórico é

fundamental para evitar a dicotomia teoria e práxis.

A Escola enquanto formadora de opiniões precisa e deve adotar

medidas educativas, de acordo com sua realidade, aceitar os princípios

éticos de cada educando para que o respeito à diversidade faça parte do

cotidiano, através do trabalho coletivo e interdisciplinar, objetivando resgatar

valores, acreditar no aluno como agente de transformação social.

2.1. Oferta da Instituição

O Estabelecimento de Ensino oferta:

I. Ensino Fundamental – Anos Finais: 6º ao 9º ano, períodos matutino,

vespertino e noturno;

II. Ensino Médio, organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, nos período

matutino e noturno;

III. Celem - Ensino Extracurricular Plurilinguístico da Língua Estrangeira

Moderna - Espanhol, no período noturno;

IV. Educação Integral/Ampliação de jornada: Sala de Apoio à Aprendizagem

para 6º e 9º anos, períodos matutino e vespertino.

O regime da oferta é de forma presencial, com a seguinte organização:

I. por anos, no Ensino Fundamental – 6º ao 9º Ano;

II. por séries, no Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais

– 1ª a 3ª Série;

III. por séries, no CELEM – P1 e P2;

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III. por turmas, em período contraturno nas salas de apoio.

2.2. Ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos

• Sala de Apoio à Aprendizagem: a escola oferta aos alunos do 6º e 9º Ano

salas de apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, em

contraturno, duas vezes por semana, com carga horária de 04 horas

semanais cada disciplina, com o objetivo de recuperar os conteúdos

básicos defasados ao longo dos anos iniciais e finais do Ensino

Fundamental.

• Laboratório de Informática: o laboratório, com 20 computadores, é

destinado ao uso dos professores e alunos(sob a supervisão dos

professores), para pesquisas, trabalhos e atividades planejadas para

enriquecimento das aulas.

• Laboratório de Ciências, Química e Biologia: destinado ao uso dos

professores e alunos(sob a supervisão dos professores), para pesquisas,

trabalhos e experiências.

• Quadras Poliesportivas: utilizadas para a realização das aulas de

Educação Física, atividades recreativas, culturais e atividades nos finais

de semana para a comunidade em geral.

2.3. Organização Interna da Entidade Escolar

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, de

organização anual no Ensino Fundamental e Médio, sendo o Ensino Médio

organizado por blocos de disciplinas semestrais, atende os alunos nos

seguintes turnos e horários:

• ENSINO FUNDAMENTAL

2ª a 6ª feira

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Períodos: Manhã – Tarde - Noite

Horário: 7:30h às 12:00h

13:00h às 17:20h

19:00h às 23:00h

• ENSINO MÉDIO

2ª a 6ª feira

Períodos: Manhã - Noite

Horário: 7:30h às 12:00h

19:00h às 23:00h

• CELEM - ESPANHOL

1º ANO: 4ª e 5ª feira – 19:00h às 30:30h

2º ANO: 2ª e 5ª feira – 20:45h às 22:15h

• SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

Manhã:

2ª e 6ª feira (Língua Portuguesa) – 6º Ano

Horário: 10:20h às 12:00h

3ª e 5ª feira (Matemática) – 6º Ano

Horário: 7:30h às 9:10h

Tarde:

Língua Portuguesa – 6º Ano - 3ª e 5ª feira

3ª feira: 13:00h às 14:50h

5ª feira: 14:50h às 16:30h

Matemática - 6º Ano - 3ª e 5ª feira

3ª feira: 14:50h às 16:30h

5ª feira: 13:00h às 14:50h

Língua Portuguesa – 9º Ano - 2ª e 3ª feira

2ª feira: 13:00h às 14:50h

3ª feira: 13:50h às 14:50h

Matemática - 9º Ano - 3ª e 6ª feira

3ª feira: 14:50h às 16:30h

6ª feira: 13:00h às 14:50h

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2.4. Caracterização da Comunidade Escolar

A comunidade escolar é formada na grande maioria por classes sócio

econômicas média baixa e baixa, composta por pequenos agricultores,

serventes de pedreiros, serviços gerais, diaristas e trabalhos braçais - “boias-

frias”, que dependem do auxílio dos programas do Governo Federal e

subsistem com um salário mínimo.

Boa parte do alunado atendido constitui-se de alunos residentes na zona

urbana e periferia, fazendo uso do transporte escolar os que residem mais

distantes, como na vila rural.

O nível de escolaridade dos pais se restringe entre fundamental e médio

e alguns com ensino superior.

Os professores e funcionários são graduados e habilitados para as

funções que exercem.

Os professores, direção e equipe pedagógica são residentes na zona

urbana.

Existe uma grande dificuldade em relação à frequência dos alunos,

principalmente do período da noite, que normalmente desistem no decorrer do

ano ou reprovam por faltas, e seus pais ou responsáveis não comparecem

quando solicitados. Além disso chegam atrasados frequentemente e a família,

na maioria dos casos, se revela muito omissa. Entretanto, gostam de utilizar os

espaços escolares para atividades desportivas nos finais de semana.

Os valores morais, religiosos, materiais e intelectuais não são verificados

em grande parte do alunado, e observamos que isso já vem de casa,

internalizado, devido à desestrutura familiar.

Vindo de uma comunidade carente, consequentemente nossos alunos

precisam de conhecimentos, amor, atenção, respeito. São promovidas

palestras, atividades extraclasse como jogos, música, etc.

O colégio busca estreitar o relacionamento com a comunidade para que

haja uma interação entre família e escola, facilitando o desenvolvimento do

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aluno, sua aprendizagem e suas competências.

Para reforçar a aprendizagem, também convidamos os pais, para

incentivarem seus filhos e também ajudar na orientação de trabalhos

conhecidos dos mesmos.

Temos que levar nossos alunos a valorizar seu contexto cultural e social,

descobrir seus talentos e colocá-los à disposição da coletividade. Temos a

obrigação e o compromisso de dar um aprendizado de qualidade aos nossos

alunos, garantindo-lhes a formação completa para que sejam atuantes em

nossa sociedade com bastante consciência, autonomia e criticidade.

2.5. Histórico da Instituição

O Colégio Estadual “Juvenal Mesquita” - Ensino Fundamental e Médio

foi criado através do Decreto nº 2264, em 30 de agosto de 1966, com o

nome de Grupo Escolar “Juvenal Mesquita”. Construído pelo Governo do

Estado do Paraná, no exercício do Governador Exmo. Sr. Ney Braga.

Sua inauguração oficial aconteceu no dia 26 de março de 1966, com

a presença do Prefeito , o Sr. Moacyr Castanho e outras autoridades civis e

religiosas, familiares de alunos e convidados.

O então Grupo Escolar “Juvenal Mesquita” começou a funcionar com 4

salas de aula, 3 sanitários, pátio coberto, sala de administração e cozinha.

Após um ano, construiu-se mais 2 salas de aula de madeira, em caráter

emergencial.

Em 1980 foi construído outro bloco de salas, devido ao crescimento

da demanda escolar, constituído de 4 salas, sanitários e 2 salas

administrativas. As salas de madeira foram utilizadas mais tarde para

atender o Projeto Tempo de Criança e, após o término, foram desativadas.

Em 1991 a rede física foi ampliada com a construção de 3 salas e a

quadra Poli-Esportiva. E em 1997, com o auxílio da APM, foi construída mais

1 sala de aula.

Em 1998 aconteceu a grande reforma geral do prédio, através de

recursos do PROEM - Programa de Recuperação, Obras e Melhoria do Ensino

Médio.

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Foram organizados também, em 1998/1999, o aumento da Biblioteca,

um banheiro para os Professores e Funcionários e os Laboratórios de

Informática e de Química/Física/Biologia.

Em 1999, foi instalado com recursos da APM, o portão eletrônico na

entrada do Colégio melhorando assim, a segurança dos alunos, sendo

desinstalado em 2.001 por causa de problemas elétricos.

A construção da escola só foi possível graças à doação de um terreno

na Vila Macedo, na rua São Paulo, quadra circundada pela Av. Prefeito

Moacyr Castanho, Rua Elísio Manoel dos Santos e Rua Conceição Veiga. O

doador, Sr. Eurípedes Mesquita Rodrigues foi um dos pioneiros e fundadores

de Bandeirantes, e colaborador entusiasta do setor educacional. Ao fazer a

doação, fez o pedido de que se elegesse um parente para ser o Patrono da

Escola. Foi aceito o pedido e assim o Sr. Juvenal Mesquita, tio do doador,

passou a ser o Patrono da Escola.

Hoje, o Colégio Estadual “Juvenal Mesquita”- Ensino Fundamental e

Médio atende 15 turmas de 6º a 9 º a n o s , 06 turma de Ensino Médio

organizado por Blocos de Disciplinas, 02 turmas de Celem, 06 turmas de sala

de apoio à aprendizagem e 02 turmas do Programa Mais Educação, sob a

direção da professora Fabiana Aparecida Gonçalves.

Atos Oficiais:

Ato de Criação do Grupo Escolar Juvenal Mesquita: Decreto nº 2264 de

30/08/66.

Autorização de Funcionamento da Escola Juvenal Mesquita - Ensino de

1º Grau: Decreto nº 2787, em 10/01/77. Passou a denominar-se Escola

Estadual Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau a partir de 08/04/83 -

Resolução nº779/83.

Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª a 8ª séries - Noturno:

Resolução nº 120/89 de 16/01/89.

Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª/8ª séries- Diurno:

Resolução nº 4155/91 de 03/12/91.

Reconhecimento do Curso de 1º Grau Regular da Escola Estadual

Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau: Resolução nº 768/93, publicada em

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Diário Oficial de 24/03/93.

Regimento Escolar aprovado pelo Parecer nº 022/94 de 28/12/97,

homologado pelo Ato Administrativo nº 086/97-NRE.

Autorização de Funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, com o

Curso de 2ºGrau - Educação Geral, passando a Escola a denominar-se Colégio

Estadual Juvenal Mesquita - Ensino de 1º e 2º Graus: Resolução nº 341/98, em

05/03/98, que passou a denominar-se Colégio Estadual Juvenal Mesquita -

Ensino Fundamental e Médio em decorrência da Lei nº 9394/96, Deliberação

003/98/CEE e Resolução nº 3120/98/SEED, a partir de 23/09/98.

Conselho Escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº 180/98, em

27/07/98. Projeto de Implantação Curricular do Ensino Médio aprovado pelo

Parecer 16/99-DESG/SEED.

Diretores:

1º) Bernadete Marques Guerra - desde a inauguração(1.966) até 1978.

2º) Leopoldina Delicato - até 1987.

3º) Idalina Correa Cosmo - até 1993.

Maísa C. Montoya - Direção Auxiliar

4º) Maria Helena Ferreira Santiago - até 1995.

5º) Idalina Correa Cosmo – 1996 à 2002

Elizete de Fátima Mendes Coltri - Direção Auxiliar – 1996 até

Junho/2000. Eduardo Henrique Von Der Osten – Direção Auxiliar - de

Julho/2000 à 2.002

6º) Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor – 2.003 à 2.007- Prorrogado

para o ano de 2.008.

7º) Fabiana Aparecida Gonçalves – Diretora – 2009-2011/2012-2014

Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor Auxiliar - 2009-2011/2012-

2014

2.6. Dependências físicas e materiais

• Instalações Físicas

O Prédio escolar é constituído de 3 grandes blocos onde consta:

12 salas de aula

01 Sala para Direção

15

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01 Sala para Secretaria

01 Sala para Equipe Pedagógica

01 Sala para Professores

01 Laboratório de Informática Paraná Digital

01 Laboratório de Ciências /Química/ Física / Biologia

01 Biblioteca

01 Cozinha

01 Despensa para mantimentos

01 Despensa para material de limpeza

01 Almoxarifado

03 Banheiros para Professores e Funcionários

04 Banheiros para Alunos

01 Quadra Poliesportiva descoberta

01 Quadra Poliesportiva coberta

• Recursos Tecnológicos

05 “Ilhas” PR Digital (5 CPU e 20 monitores e teclados)

01 Impressora laser Samsung do PRDigital

10 Rack de parede para TV

10 TV Pendrive

02 Retroprojetores

01 Aparelho DVD Player (2011)

01 Cxs Acústicas 35W RMS 4.0 HMS

01 Projetor de Slides (Data Show)

10 Amplificador de som versátil 50W

01 Notebook Acer 3Gb/320Gb

01 Microfone com fio IT58A

01 Camara digital Sony W320

02 Retroprojetores

• Materiais

- Laboratório de Ciências, Química, Física, Biologia

Bico de Busen

Cabos de Bisturi n4 com 5 lâminas 23 pi 24

Cronômetro Digital

16

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Escovas para lavar tubo de ensaio

Espátulas com colher 15 cm

Imãs cilíndrico 09 x 04cm

Lamparinas a Álcool 100ml

Lente de vidro 5cm plano côncava

conjuntos de Massa Aferidas

Mola diâmetro 1,5 x 15cm

Molas diametro 7mm x 15cm

Papel de Filtro 11cm

Pinças de inox de ponta fina e reta 16cm

Pinças de madeira para tubo de ensaio

Pipetas graduadas

Pisseti 250ml

Rolha de borracha n6 com furo 7mm

Rolhas de borracha n7 com furo 7mm

Rolhas de borracha para tubo com furo 7mm

Rolhas de borracha para tubo sem furo

conj. Suporte de plastico com cabo para lentes

Suporte para circuitos elétricos

Suporte universal com base e haste 70cm

Suporte Universal

Telas de amianto 16 x 16cm

Termômetro escala externa 10 a 110°C

Trenas de aço com 2m

Tesouras de inox de ponta fina 11cm

Tripés de ferro 12 x 20

Bastões de vidro 6 x 300mm

Cxs Lamínulas para microscopia 26 x 76

Cx Lamínulas para microscopia 20 X 20

Copos de Becker de vidro 100ml

Copos de Becker de vidro 500ml

Copos de Becker de vidro 250ml

Erlenmeyer de vidro 250ml

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Funis de vidro de haste curta liso 60mm

Tubos de ensaio 16 x 150mm

Microscópios (1 ótico, 1 simples)

Leis de Hom

Lupas de Vidro (2 manuais e 1 horizontal)

Pipetas de Vidro graduadas

Funis de Separação 250ml

Funis de Vidro 150ml

Agitador Magnético

Balança Digital

Manta Aquecedora p/ Balão Volumétrico

Medidor de PH digital

Balões Fundo chato 250ml

Balões volumétricos 250ml

Bastões de Vidro

- Recursos Materiais Didático-Pedagógicos

Mapa do Mundo Físico

Mapa Geográfico do Mundo Político

Mapa Mundi

Mapa do Brasil – Divisão Política

Mapas do Brasil – Divisão Regional

Mapa do Brasil – Físico

Mapa do Brasil: Político, regional, rodoviário

Mapa do Estado do Paraná – Divisão Regional

Mapa Rodoviário do Estado do Paraná

Mapa do Município de Bandeirantes

Mapa dos Estados Unidos da América

Mapa Europa – político

Mapa Oceania - político

Mapa As Américas - político

Mapa Asia - político

Mapa África - político

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Globo Terrestre

Mapa do Corpo Humano

Mapa do Esqueleto Humano

Tabela Periódica

Régua de madeira – 1 metro

Régua de madeira – 40 cm

Esquadro de madeira

Transferidor de madeira

Compassos de madeira

Tangran de madeira

Tangran plastificados

Sólido Geométrico de madeira

Material Dourado

caixas de Carimbos de Avaliação

Retro Projetores

Aparelhos de Som

Bolas de Basquete

Bolas de Voleibol

Bolas de Futsal

Rede de Voleibol

Bola de Futebol Americano

Bolas de Handebol

Par de Redes de Futsal

Cds Hinos Pátrios

Cds Multimídia: Espaço no Universo, Como as Coisas Funcionam, O Corpo

Humano.

Coleção “Mundo Incrível dos Animais” - 5 livros e 5 fitas de vídeo

Jogos de Damas

Jogos de Palitos

Jogos de Memória

Jogos de Trilha

Jogos de Dominós

Jogos de Xadrez

19

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Jogos Banco Imobiliário

conjunto Ping-Pong

Skates

Jogos Pedagógicos (Dominó de Cálculos e de Palavras)

Jogos de Futebol de Botão.

Jogos de Palavras

Alfabetos Silábicos

Jogos de Sequência Lógica

Escalas Cuisenaire

Colchonetes para Ginástica Olímpica de Solo

Kits do IBGE – Projeto VAMOS CONTAR

Cx Geologia na Escola – O Caminho das Rochas

CD's Atlas Geográfico Escolas Multimídia

CD Literatura Brasileira – A Arte da Palavra

DVD Mata Atlântica

DVD – 32 Maneiras de Ver a Tecnologia na Educação

Planetário

Modelo de Célula Eucarionte

Mapas de Química: Estrutura Elementar da Matéria

Busto Desmontável com Órgãos Humanos

Mapas de Ciências Físicas e Biológicas (kit):

- Célula Vegetal

- A Flor

- A Folha

- O Caule

- Fruto e Semente

- A Raiz

- Ecossistema

- Reprodução Vegetal

- Celula Animal

- Crustáceos

- Moluscos

- Nematelmintos

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- Platelmintos

- Aracnídeos

- Artrópode

- Vermes e Parasitas

- Protozoários

- Insetos

- Sistema Cardiovascular

- Sistema Genital Masculino

- Sistema Genital Feminino

- Sistema Endócrino

- Sistema Nervoso

- Sistema Urinário

- Sistema Linfático

- Sistema Sensorial

- Sistema Respiratório

- Sistema Muscular

- Sistema Digestório

- Ciclo do Nitrogênio

- Ciclo do Oxigênio

- Ciclo da Água

- Ciclo da Vida (gestação)

- Mamíferos

- Peixes

- Répteis

- Ofídios

- Anfíbios

- Aves

2.7. Quadro de Funcionários

21

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Q U A D R O D E P R OFE S S O R ES

Nº NOME VÍNCU LO

FORMAÇÃO

1 ADEMAR RIBEIRO RICHTER QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS BIOLÓGICAS2 AMÉRICO FERNANDES QPM LIC. PLENA - LETRAS

3 ANA MARIA DOS SANTOS QPM LIC. PLENA - HISTÓRIA

4 ANDRÉA CRISTINA DO NASCIMENTO

QPM LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA

5 ÂNGELA MARIA NOGUEIRA HERBST

QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.

6 CARLOS EDUARDO STRADA PSS LIC. PLENA - LETRAS

7 CRISTINA DOS SANTOS QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA

8 DENISE FÁTIMA G. CARVALHO QPM LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA9 EDENIL YOSHIMI KAIO TOYAMA QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA

10 EDUARDO HENRIQUE VON DER OSTEN

SCO2 LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA

11 ELVIRA LUCIANA PSS

12 GERSON ALVES SCO2 LIC. PLENA – ED. FÍSICA

13 GISELE PSS LIC. PLENA - LETRAS

14 GISELE ROSA PSS CURSANDO FILOSOFIA – ÚLTIMO PERÍODO

15 GIULLIANE DE OLIVEIRA MATTA QPM LIC. PLENA - LETRAS

16 JACQUELINE CRISTIANE DOS SANTOS

PSS LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA

17 JOANA D’ARC FERREIRA QPM LIC. PLENA – GEOGRAFIA

18 JOÃO ANTONIO SARTORI QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.

19 JOSÉ CARLOS GONÇALVES QPM LIC. PLENA - GEOGRAFIA

20 MADALENA MARA J. ESTEVES PSS LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA

21 MÁRCIA ANTONIA T. MONTEIRO PSS LIC. PLENA – ARTES/PEDAGOGIA

22 MARIA Apª FABIAN ALEXANDRE QPM LIC. PLENA - CIÊNCIAS/QUÍMICA23 MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA SCO2 LIC. PLENA – LETRAS

24 MARIA IZABEL BISETTO DE SOUZA

REPR LIC. PLENA - LETRAS

22

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25 MARISA Apª RIBEIRO QPM LIC. PLENA - GEOGRAFIA

26 MARISTELA Apª DE O. S. GAUDÊNCIO

QPM LIC. PLENA - HISTÓRIA

27 MARIZA FREITAS QPM LIC. PLENA – CIÊNC./QUÍM.

28 MARIZA CHIRITO MIQUELLATO QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/FÍS.

29 MERI HIRABARA YANASE REPR LIC. PLENA – ARTES PLÁSTICAS30 MOISÉS AMARO COSTA QPM LIC. PLENA - HISTÓRIA

31 MÔNICA DE FÁTIMA COELHO

SCO2 LIC. PLENA – HISTÓRIA

32 NEILA MARTELLI TOLEDO DE CAMPOS

QPM LIC. PLENA – LETRAS

33 PRISCILLA PASCOAL BRUMM QPM LIC. PLENA – ED. ARTÍSTICA

34 ROGÉRIA APª DE OLIVEIRA QPM LIC. PLENA – LETRAS

35 ROSÂNGELA F. DA SILVA QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.

36 ROSEANE DA LUZ QPM LIC. PLENA – LETRAS

37 ROSEMARY REYNALDO QPM LIC. PLENA – LETRAS

38 ROSICLEY SOARES SILVA QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA

39 SILVIA VITORINI PSS LIC. PLENA - LETRAS

40 SIMONE FOGAÇA GASOLI SCO2 LIC. PLENA – LETRAS

41 SONIA APª DA S. HENRIQUES SCO2 LIC. PLENA – LETRAS

42 SONIA MARIA PELLEGRINI QPM LIC. PLENA – CIÊNC./BIO

43 TEREZINHA DE FÁTIMA COUTINHO QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA

44 VANILDA APARECIDA MONTEIRO QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.

45 ZENAIDE MARTINS SANCHES QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS

Q U A D R O T ÉC N ICO PED A G Ó G ICO A D M I N I S T R A T I V O

Nº NOME FUNÇÃO VÍNCU LO FORMAÇÃO

01 FABIANA APª GONÇALVES DIRETORA QPM LIC. PLENA - GEOGRAFIA

02 EDUARDO H ENRIQUE VON DER OSTEN

DIRETORAUXILIAR

QPM LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA

03 EDITH Mª V. CATUNDA MENDES

SECRETÁ-RIA

QPM LIC. PLENA - PSICOLOGIA

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04 LEONOR LUIZA DE OLIVEIRA

TÉCNICO- ADM.

QFEB CONCLUINDO - PEDAGOGIA

05 SELMA REGINA COSMO TÉCNICO- ADM.

QFEB LIC. PLENA - PEDAGOGIA

06 LUCIA GUIMARÃES DA S. ASANO

QFBE LIC. PLENA - CIÊNCIAS/BIOLOG

07 ROSMALI Mª BASOLI DE OLIVEIRA

PEDAGO-GA

QPM LIC. PLENA - PEDAGOGIA

08 MARIA DAS GRAÇAS TICIANEL

PEDAGO-GA

QPM LIC. PLENA – PEDAGOGIA

09 ROSECLEI DE FÁTIMA PRONI

PEDAGO-GA

QPM LIC. PLENA - PEDAGOGIA

10 JANETE DE FREITAS PEDAGO-GA

QPM LIC. PLENA – PEDAGOGIA

11 MÁRCIA MARTINS PROFª READ.

QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS

12 ROSILDA DE FÁTIMA MOCO COSTA

MERENDEI-RA

QFEB ENSINO MÉDIO

13 SUELI ELISABETE DE MELLO

MERENDEI-RA

QFEB LIC. PLENA - PEDAGOGIA

14 MARIA ÂNGELA P. DE CARVALHO

SERV. GERAIS

QFEB ENSINO MÉDIO

15 MARIA ELIZABETE DO N. PIRES

SERV. GERAIS

PEAD ENSINO MÉDIO

16 APARECIDA DE JESUS PRONI

SERV. GERAIS

QFEB ENSINO MÉDIO

17 LUZIA HELENA D. DEDONÉ SERV. GERAIS

PSS ENSINO MÉDIO

18 MARIA CELESTE RIBEIRO SERV. GERAIS

PSS ENSINO MÉDIO

2.8. Condições de atendimento a alunos com necessidades

educacionais especiais

A Escola Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio

realizou uma adequação da parte física do colégio, como rampa de

acessibilidade, banheiros com instalações adequadas, porém as salas de aula

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ainda não foram adaptadas. Em relação ao atendimento pedagógico, o colégio

não tem profissionais especializados ou mesmo treinados para atender os

alunos com deficiências mentais, neuromotoras, visuais e auditivas. Quando

ocorre a inclusão dos alunos encaminhados da APAE e das salas especiais para

o ensino regular, o diagnóstico recebido é que estão aptos para acompanhar o

regular, mas nem sempre é o que acontece, pois os professores não têm

formação nem condições de atender essas especificidades, ficando os alunos

dentro de salas numerosas e acabam reprovando ou abandonando a escola.

È necessário uma estrutura bem montada para atender os alunos com

necessidades educativas especiais, com psicólogos, fonoaudiólogos,

psicopedagogos, professores com formação específica e materiais de apoio.

O discurso é bonito, mas há muito o que fazer para se efetivar na prática

essa demanda.

2.9. Resultados Educacionais: aprovação e evasão

O colégio enfrenta muitos problemas em relação à reprovação e evasão,

principalmente no noturno, o que influi decisivamente nos resultados do IDEB.

Tomando como referência os últimos resultados, do ano letivo de 2011,

podemos considerar que são preocupantes, tendo como motivos dificuldades

de aprendizagem, defasagem idade/série, trabalho, falta de apoio da família,

dentre outros. Os quadros abaixo mostram o resultado por turmas:

ENSINO FUNDAMENTAL

TURMA TURNO Nº DE ALUNOSCONCLUINTES

AP REP DES %Aprova

ção

% Reprovação

% Evasão

5ª Manhã 89 68 21 - 76 24 -

5ª Tarde 30 21 9 - 70 30 -

6ª Manhã 59 40 19 - 68 32 -

6ª Tarde 12 10 2 - 83 17 -

6ª Noite 12 3 4 5 25 33 42

7ª Manhã 53 37 16 - 70 30 -

7ª Tarde 12 10 2 - 83 17 -

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7ª Noite 23 6 9 8 26 39 35

8ª Manhã 59 51 8 - 86 14 -

8ª Noite 20 12 6 2 60 30 10

TOTAL 369 258 96 15 70 26 4

ENSINO MÉDIO

TURMA TURNO Nº DE ALUNOSCONCLUINTES

AP REP DES %Aprova

ção

% Reprovação

% Evasão

1ª Manhã 22 20 2 - 91 9 -

1ª Noite 14 8 6 - 57 43 -

2ª Manhã 12 11 1 - 92 8 -

2ª Noite 18 15 3 - 83 17 -

3ª Manhã 10 10 - - 100 - -

3ª Noite 9 8 1 - 89 11 -

TOTAL 85 72 13 - 85 15 -

2.10. Dados das Avaliações Externas

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita não tem obtido os resultados

esperados nas avaliações externas, o que, juntamente com os índices de

aprovação, reprovação e desistência, tem mantido muito baixo o IDEB da

instituição. Embora busque constantemente reverter esse quadro, a realidade

socioeconômica e cultural do alunado, assim como a desmotivação de muitos

professores, constituem-se nos grandes obstáculos na mudança dos resultados

apresentados. O colégio priorizará em seu plano de ação novas estratégias

para a superação da realidade atual.

Dados do Colégio Estadual Juvenal Mesquita

IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS

2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

3.4 3.3 2.6 2.6 3.5 3.6 3.9 4.3 4.7 4.9 5.2 5.4

2.11. Relação Idade-Série

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Existe uma grande distorção idade/série dos alunos do Colégio Estadual

Juvenal Mesquita, com uma média de mais de 50%, considerando os três

turnos de funcionamento, sendo o período noturno praticamente em sua

totalidade. A maioria dos casos fora da faixa etária corresponde aos alunos

que reprovam, que começam e desistem no decorrer do ano, e aqueles que

param de estudar e retornam depois de algum tempo. As causas vão desde

desestrutura familiar, pobreza, drogas, ter que trabalhar cedo, etc. O colégio

tenta inovar, buscar alternativas junto ao corpo docente, discente, porém os

anseios e expectativas dos alunos dessa instituição não correspondem ao que

a escola, não somente esta, se propõe. Existe uma grande desmotivação dos

alunos, e a escola não tem sido atrativa o suficiente para garantir sua

permanência, o que requer uma mudança de postura de todos os atores

envolvidos no processo ensino e aprendizagem.

3. MARCO CONCEITUAL

27

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O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio

procura realizar um trabalho pedagógico baseado em princípios democráticos

que favoreçam a igualdade de oportunidades de aprendizagem em que os

jovens adquiram a capacidade de serem críticos e atuantes. A proposta

pedagógica permeia um trabalho que possibilite, além da garantia do acesso e

permanência do aluno na escola, a igualdade de oportunidades para aprender,

ensinar, pesquisar, divulgar a cultura, e ao mesmo tempo respeitar a cultura

que o aluno trouxe do seu meio, o pensamento, a arte e o saber.

Assim, é fundamental o respeito às especificidades do Ensino da

Educação Básica:

• Princípios da igualdade, da liberdade, pluralismo de ideias;

• Convivência entre instituições públicas e privadas;

• Obrigatoriedade e gratuidade;

• Garantia inalienável da cidadania plena;

• Gestão democrática;

• Padrão de qualidade;

• Reconhecimento da identidade pessoal dos alunos, professores e outros

profissionais;

• Caráter de colaboração e flexibilidade entre as instâncias;

• Acesso e permanência;

• Pleno domínio da escrita, leitura e cálculo;

• Desenvolvimento da capacidade de aprender;

• Formação básica;

• Proporcionar conteúdos mínimos e relevantes;

• Integração entre a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada,

integrando, enriquecendo e complementando com os projetos de

pesquisa;

• Parte diversificada, enriquecendo e complementando com projetos e

programas.

O colégio propõe a existência de um clima escolar propenso à preservação

de valores, crenças e cultura que os cercam e que trazem impacto à

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aprendizagem.

Considerando a mudança de paradigmas e as transformações sociais e

familiares, a escola tenta superar o modelo tradicionalista de educação para

um novo olhar, nova leitura na relação escola-aluno-professor no processo

ensino e aprendizagem, com o foco na aquisição dos conhecimentos científicos

produzidos, acumulados e sistematizados pela humanidade.

Apesar de várias mudanças, de alterações no cotidiano escolar, é preciso

procurar estabelecer relações para definir os problemas e buscar soluções.

Considera-se, fundamentando-se em Vygotsky, que o indivíduo adquire o

seu conhecimento na medida que interage com o meio, e essa relação é

permeada por um contato com o outro, tendo clareza de que esse outro

desempenhará um papel relevante no processo de ensino e aprendizagem.

Formar sujeitos políticos, autônomos e emancipados requer um fazer

pedagógico que vai das atividades espontâneas às reconstruções do objeto do

conhecimento.

O colégio, pensando no que pretende do ponto de vista político e

pedagógico, procura desenvolver um trabalho dentro da ética coletiva, revendo

as ações e sua própria organização, através de uma contínua atividade

investigativa e sempre fazendo reflexão na sua própria ação.

Dessa forma, faz-se necessário algumas compreensões:

3.1. Concepção de Educação

Ao considerarmos uma sociedade de classes, vemos que a educação tem

uma função política de criar as condições necessárias à hegemonia da classe

trabalhadora. O seu projeto histórico é explícito e traduz-se na criação de uma

nova hegemonia, ou seja, a da classe trabalhadora. O ato educativo, cotidiano,

não pode ser um ato isolado, mas integrado num projeto social e global de luta

da classe trabalhadora.

A educação dialética é processo de formação e capacitação: apropriação

das capacidades de organização e direção, fortalecimento da consciência de

classe para intervir de modo criativo e organizado na transformação estrutural

da sociedade. De acordo com Paulo Freire, só é libertadora na medida em que

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tiver como educar.

Em síntese, Educação é uma necessidade humana, uma prática social

específica dos homens, fenômeno próprio dos seres humanos, um processo

histórico. É intencional, libertadora, que transforma a realidade. Ela não muda

o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas

suas relações de trabalho.

Ancorando-se nesses conceitos, o Projeto Político Pedagógico busca

organizar um trabalho pedagógico numa perspectiva histórico-crítica, evitando

o esvaziamento da função precípua da escola, que é a socialização do saber

elaborado, trabalhando no sentido de tornar realidade a escola pública de

qualidade, com a formação de um cidadão crítico diante de sua sociedade,

para poder transformá-la.

3.2. Concepção de Homem

O homem é um ser natural e social que produz conhecimentos e acumula

experiências, transformando a natureza através do trabalho. É um agente de

transformação a partir do momento que participa ativamente da construção da

história coletiva, agindo intencionalmente.

A educação dialética considera a construção do homem histórico,

compromissado com as tarefas do seu tempo, numa perspectiva

transformadora, participando efetivamente do projeto de construção de uma

nova realidade social. No Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino

Fundamental e Médio a concepção de homem vai de encontro ao sujeito

histórico que o mesmo representa, constituindo-se ao longo do tempo como o

produtor das relações econômicas, sociais, culturais e políticas que o

transformam no processo educativo, conscientizador, transformador, de luta,

na busca constante de uma sociedade justa e igualitária.

3.3. Concepção de Escola

30

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Partindo da premissa que a escola é entendida por todos como um

espaço e lugar privilegiado de ensino e aprendizagem, é necessário fazer

alguns questionamentos em relação à forma como devemos conceber o papel

social da escola e como devemos conduzir as orientações pedagógicas e os

conteúdos a serem ministrados.

A escola tem um papel importante na evolução do processo de

aprendizagem de cada cidadão, já que sua função é orientá-lo e prepará-lo

socialmente.

A escola contemporânea tem passado por expressivas transformações de

caráter social, político e econômico. Essas transformações originam-se nos

pressupostos que vêm direcionando os modos de vida. Observamos situações

espetaculares, dignas, responsáveis, equilibradas, criativas. Mas, enfrentamos

também situações lastimáveis, como se as pessoas estivessem perdendo o

senso da aprendizagem, do bem viver, de relacionar-se, de aprender, de querer

e de respeitar-se.

A escola tem um papel social expressivo na fomação daqueles que

passam parte de suas vidas sendo orientados e preparados por ela.

3.4. Concepção de Sociedade

A educação deve ser democraticamente oferecida a todos os alunos,

indistintamente, para que não sejam prejudicados ou marginalizados pelos

mais favorecidos. Logo, o centro das preocupações são as necessidades do

aluno. Para desenvolvê-lo é mister conhecê-lo, e assim possibilitar-lhe mais

oportunidades para a satisfação de suas necessidades e interesses, a fim de

que se ajuste à vida contemporânea.

Sociedade pressupõe agrupamento, acúmulo de experiências individuais

e coletivas, transmissão de conhecimentos, exercendo portanto uma forte

influência no interior da escola.

A sociedade é uma organização em constantes transformações. E para

compreendê-la e poder transformá-la, é fundamental conhecer as correntes de

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pensamento, as concepções que vêm tentando explicar como ocorrem os fatos,

como se dá o conhecimento humano, para então conceber a sociedade como

um misto de forças emancipadoras, com ideal de libertação, da qual a escola

deve fazer parte, e não como forças conservadoras, interessadas em manter o

sistema social vigente.

3.5. Concepção de Cultura

Entende-se por cultura o conjunto de conhecimentos, crenças, arte,

moral, leis, costumes e quaisquer outras capacidades ou hábitos adquiridos

pelo homem enquanto membro de uma sociedade. É o desenvolvimento

intelectual do ser humano, são os costumes e valores de uma sociedade.

O homem não apenas sente, faz e age em relação à cultura, mas

também pensa e reflete sobre o sentido de tudo no mundo. Os homens são

seres culturais por natureza.

3.6. Concepção de Tecnologia

As novas tecnologias parecem ter “rendido” toda a humanidade, e o

campo da educação não é uma exceção. Entretanto, quando se fala em

educação, o foco precisa estar não somente nos avanços e desenvolvimento de

objetos técnicos, mas no entendimento da própria transformação do papel

desses objetos no pensamento e na cognição humana, bem como o

questionamento de como essas mudanças podem afetar radicalmente os

critérios epistemológicos da seleção do conhecimento escolar e de suas

práticas pedagógicas. O uso das tecnologias trará resultados satisfatórios na

educação caso atendam prioritariamente as necessidades da área pedagógica.

3.7. Concepção de Cidadania

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Cidadania pressupõe vida em sociedade, abrangendo todas as classes

sociais. São direitos e deveres do cidadão para com a sociedade e da

sociedade para com o cidadão, embora na prática ainda há muito o que fazer

para que esses direitos e deveres sejam iguais para todos.

Para tanto, é necessário um esforço coletivo da escola, considerando que

a mesma constitui-se num espaço privilegiado de busca desse ideal, ou seja, a

qualidade de vida merecida por todos os seres humanos.

3.8. Concepção de Ensino e Aprendizagem

A metodologia do colégio está ancorada na Pedagogia Histórico-Crítica,

partindo da prática social inicial para a a prática social final transformadora.

O objetivo é proporcionar ao aluno um ambiente de aprendizagem

devidamente contextualizado no seu cotidiano, em que possa ser sujeito no

seu processo de transformação da informação e da experiência em

conhecimento. Para tal, o professor deve ter uma visão crítica do seu trabalho,

equalizado com o estágio de desenvolvimento da nossa sociedade e do mundo

do trabalho, bem como deve estar atualizado com os avanços tecnológicos.

3.9. Concepção de Avaliação

Vários aspectos devem ser considerados quando o assunto é avaliação.

Primeiramente é preciso ter clareza do que se quer avaliar, em cada momento

específico do processo ensino e aprendizagem.

A avaliação deve ser diagnóstica, contínua, processual, de forma a poder

rever e intervir na prática pedagógica. Muito mais importante que pensar em

instrumentos de medidas, números para representar uma média mínima

exigida, é fundamental priorizar os critérios de avaliação para os conteúdos

trabalhados, contribuindo assim para a formação de pessoas autônomas,

críticas e conscientes.

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A avaliação deverá ser a favor da aprendizagem, e não a favor da

seleção. O aluno não é a tradução de uma média mínima exigida, pois a

avaliação é um ato de aprendizagem, nunca de punição. Na medida em que

ocorre o reconhecimento do limite e da amplitude de onde se está, descortina-

se uma motivação para o prosseguimento no percurso de vida ou de estudo

que se esteja realizando. A recuperação de estudos deverá ser ofertada de

forma concomitante durante todo o ano letivo, é um momento de rever as

práticas metodológicas e avaliativas tendo em mente o ingresso, a

permanência e o sucesso do educando. A avaliação é parte

integrante do ato pedagógico e impulsionador da aprendizagem, a escola e o

professor devem conhecer o aluno real, abandonando o paradigma de que a

avaliação serve só para medir a aprendizagem do aluno tendo o cuidado de

não deixar que o aluno construa uma visão distorcida sobre seu processo de

aquisição de conhecimento, mostrando que ele também está inserido neste

processo.

A escola deve entender que todo processo educativo deve subsidiar na

participação do aluno e não mais na destruição da sua auto-estima pelo

professor. Assim a escola não pode mais pensar em elaborar uma avaliação

baseada num tipo de aluno ideal. É preciso criar uma avaliação que vise a

educação do aluno, mostrando qual é a perspectiva histórica e cognitiva que se

deseja atingir. Com isso, o professor poderá ver se o que está ensinando

contribuirá para modificar o aluno dentro desta perspectiva.

Assim, a avaliação escolar deixa de ter uma exigência autoritária e formal,

passando a ter uma exigência muito maior que é o compromisso com a

construção da aprendizagem e da responsabilidade social do aluno. Com essa

mudança, o aluno entenderá que a avaliação faz parte de um processo que

tem como objetivo final uma busca de qualidade no seu processo de aquisição

de conhecimento.

Acredita-se que o desafio de buscar novos caminhos para se avaliar com

prazer, pesquisar e descobrir de novos conhecimentos, esta nas mãos dos

professores educadores. Somente eles poderão direcionar o aluno na

construção de novas aprendizagens, proporcionando com isso um ensino de

qualidade e visando sua formação.

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Enfim, a arte de ensinar e aprender está nas mãos do educador que

busca inovar e acredita que o conhecimento universal possa ser compartilhado,

incluindo o aluno cidadão na sociedade, tendo como meta à formação integral

do educando e trazendo para sala de aula prazer em ser avaliado com

qualidade e profissionalismo.

3.10. Concepção de Gestão Escolar

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio

entende Gestão Democrática como a participação consciente do coletivo

escolar na busca de uma identidade para a instituição, que responda aos

anseios da comunidade, garantindo condições de igualdade no acesso e

permanência de todos na escola.

Considerando a função social da escola, a gestão escolar deve garantir a

qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos,

independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os

alunos portadores de qualquer tipo de deficiência seja ela física, mental ou

comportamental, respeitando dessa forma, o princípio da gestão democrática

de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de

gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em

seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de

discriminação e segregação.

O trabalho pedagógico deve orientar as questões administrativas para

que o aspecto pedagógico seja sempre o elemento norteador do ensino. Para

que isso se realize é necessário que primeiramente seja definida a metodologia

de gestão, que deve ser participativa, ressaltando-se o papel das instâncias

colegiadas na definição de políticas, diretrizes e ações.

As tomadas de decisões devem acontecer em conjunto com todo o

colegiado da escola e os recursos financeiros devem ser gerenciados de forma

transparente e de acordo com o que foi decidido pela comunidade escolar,

buscando dessa forma a melhoria do ensino e a qualidade pretendida.

3.11. Concepção de Currículo

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O currículo compreende os conhecimentos produzidos, acumulados e

sistematizados pela humanidade, transmitindo assim uma cultura.

É uma construção social do conhecimento, pressupõe a sistematização

dos meios para que esta construção se efetive.

Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O

primeiro é o de que o currículo não é um instrumento neutro, ele passa uma

cultura.

O segundo ponto é que o currículo não pode ser separado do contexto

social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado.

O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que a

escola deve adotar. O estudo mais sistemático do currículo geralmente ocorre

na semana pedagógica e observa as mudanças da sociedade atual, sempre

sendo construído dentro de uma perspectiva Histórico-Crítica.

As atividades em contraturno, como salas de apoio à aprendizagem,

também compõem o currículo escolar, coerentes com as concepções que

norteiam o trabalho pedagógico.

3.12. Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e Aprendizagem

A ampliação do Ensino Fundamental, de oito para nove anos de duração,

incluiu a criança de seis anos no Sistema Educacional Brasileiro. Este ingresso

não pode se limitar a uma medida meramente administrativa, mas sobretudo

voltando uma atenção especial ao processo de desenvolvimento e

aprendizagem das crianças, o que implica conhecimento e respeito às suas

características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas, tanto nos cinco anos

iniciais quanto nos quatro anos finais, já que é uma mudança para se repensar

todo o ensino fundamental.

Faz-se necessário, portanto, conhecer a criança e o adolescente, pois a

construção da proposta pedagógica deve ser coerente com as especificidades

da segunda infância, atendendo também às necessidades de desenvolvimento

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da adolescência.

A infância pode ser entendida como categoria social e como categoria

da história humana, englobando aspectos que afetam também o que temos

chamado de adolescência ou juventude, sendo a infância entendida como o

período da história de cada um, que se estende, na nossa sociedade, do

nascimento até aproximadamente dez anos de idade.

Numa sociedade desigual, as crianças desempenham, nos diversos

contextos, papéis diferentes. A ideia de infância moderna foi universalizada

com base em um padrão de crianças das classes médias, a partir de critérios

de idade e dependência do adulto, característicos de sua inserção no interior

dessas classes. No entanto, é preciso considerar a diversidade de aspectos

sociais, culturais e políticos.

A criança não se resume a ser alguém que não é, mas o adulto que se

tornará. É específico da infância seu poder de imaginação, a fantasia, a

criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura. Crianças são

cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela

produzidas. Por isso é importante entender o modo de ver das crianças, para

poder ver o mundo a partir do seu ponto de vista.

Embora o conceito de infância varie muito, de acordo com o contexto

histórico-social vivido, foram construídos padrões relativos à concepção

burguesa de infância, e a desmistificação de um conceito único, possibilitará

ver as crianças pelo que são no presente, sem se valer de estereótipos, idéias

pré-concebidas ou de práticas educativas que visam moldá-las em função de

visões ideológicas e rígidas de desenvolvimento e aprendizagem.

As crianças possuem modos próprios de compreender e interagir com o

mundo. Cabe à escola como um todo, favorecer a criação de um ambiente

onde a infância possa ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um

tempo de encontro entre os seus próprios espaços e tempos de ser criança

dentro e fora da escola.

A concepção de adolescência, de acordo com a Psicologia, desde Stanley

Hall, está fortemente ligada a estereótipos e estigmas, abordando uma

concepção naturalista universal sobre o adolescente. Aberastury considera a

adolescência como “um momento crucial na vida do homem e constitui a etapa

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decisiva de um processo de desprendimento”, destacando esse período como

de “contradições, confuso, doloroso”. Knobel parte de pressupostos de que “o

adolescente passa por desequilíbrios e instabilidades extremas” e que “o

adolescente apresenta uma vulnerabilidade especial para assimilar os

impactos projetivos de pais, irmãos, amigos e de toda a sociedade”. Esses

desequilíbrios e instabilidades extremas e essa vulnerabilidade especial são

colocadas como inerentes ao jovem, pressupondo uma crise preexistente no

adolescente, devendo portanto essa concepção ser refletida.

Muitas teorias têm uma visão naturalista, na medida em que a infância e

a adolescência são vistas como um estado, e não como uma condição social,

sendo assim deficientes pelo fato de desprezarem o contexto social e cultural,

o processo construído historicamente, tendendo a identificar bases universais

em suas proposições. Herrán considera que haja alguma concordância entre

autores e linhas teóricas sobre o fato de a adolescência ser um período de

transição marcado por mudanças físicas e cognitivas, bem como um

prolongamento do período de aprendizagem que permitirá sua inserção no

mundo adulto.

As concepções presentes nas vertentes teóricas da psicologia, apesar de

considerarem a adolescência como um fenômeno biopsicossocial, ora

enfatizam os aspectos biológicos, ora os aspectos ambientais e sociais, não

conseguindo superar visões dicotomizantes ou fragmentadas. Dessa forma, os

fatores sociais são encarados de forma abstrata e genérica, e a influência do

meio torna-se difusa e descaracterizada contextualmente, agindo apenas como

um pano de fundo no processo de desenvolvimento já previsto no adolescente.

Tem-se buscado uma saída teórica que supere a visão naturalizante e

patologizante da adolescência presente na Psicologia. Uma saída que supere a

visão de homem, baseada na ideologia liberal, que vê o homem como

autônomo, livre e capaz de se autodeterminar. Que, resumidamente, vê a

adolescência como uma fase natural do desenvolvimento, apontando nela

características naturais como rebeldia, desequilíbrios e instabilidades, lutos e

crises de identidade, instabilidade de afetos, busca de si mesmos, tendência

grupal, necessidade de fantasiar, crises religiosas, flutuações de humor e

contradições sucessivas.

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A adolescência não é um período natural do desenvolvimento; é um

momento significado e interpretado pelo homem. O jovem não é algo por

natureza, são características que surgem nas relações sociais, em um processo

no qual o jovem se coloca inteiro, com suas características pessoais e seu

corpo. A adolescência foi construída historicamente de acordo com as

exigências da sociedade moderna, ou seja, a necessidade de retardar o

ingresso dos jovens no mercado de trabalho, a extensão do período escolar, e

até a necessidade de justificativa da burguesia par manter seus filhos longe do

trabalho, dentre outros. A adolescência refere-se, assim, a esse período de

latência social constituída a partir da sociedade capitalista, e essas questões

sociais e históricas vão constituindo uma fase de afastamento do trabalho e de

preparo para a vida adulta. As marcas do corpo e as possibilidades na relação

com os adultos vão sendo pinçadas para a construção das significações, para a

qual é básica a contradição que se configuram nesta vivência entre as

necessidades dos jovens, as condições pessoais e as possibilidades sociais de

satisfação delas. Dessa relação e de sua vivência, enquanto contradição, que

se retirará grande parte das significações que compõem a adolescência: a

rebeldia, a moratória, a instabilidade, a busca da identidade e os conflitos.

Essas características, tão bem anotadas pela Psicologia, ao contrário da

naturalidade que se lhes atribui, são históricas, isto é, foram geradas como

características dessa adolescência que aí está. Entende-se, assim, a

adolescência como constituída socialmente a partir de necessidades sociais e

econômicas e de características que vão se constituindo no processo.

A educação escolar, para grande parte da população, produz um

conjunto de relações marcadas pela tensão, descontinuidade e desvalorização

das crianças e dos adolescentes que nela ingressam, devido a um desencontro

entre as esperanças construídas pelas famílias em torno do valor da escola e

as aspirações dos jovens – ascensão social, melhoria das condições de vida.

Para o jovem, o desencontro das expectativas iniciais gestadas na família e a

experiência cotidiana vivida na escola, que muitas vezes nega essas

aspirações, pode gerar desinteresse, indisciplina e violência, na medida em

que a trajetória na escolarização gera insucesso e exclusão. Dependendo do

seu modo de funcionamento, a escola pode ou não vir a contribuir para a

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estruturação efetiva de referências e a questão está na sua capacidade de

propiciar arranjos que asseguram um conjunto de relações sociais significativas

para os adolescentes e suas famílias.

Mesmo que a organização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do

Ensino Fundamental diferencie-se da organização dos anos finais, deve-se

procurar a ruptura dessa fragmentação, propondo unicidade entre instituições

de ensino, com a adequação dos conteúdos no tempo escolar de forma que as

disciplinas não sejam hierarquizadas, pois para a criança e adolescente não há

separação entre os conhecimentos em campos específicos, e suas experiências

de apropriação do mundo ocorrem por meio de diferentes linguagens,

expressando-se por meio do movimento, da oralidade, do desenho e da escrita.

É fundamental, então, que o processo de ensino-aprendizagem considere

singularidades da aprendizagem por meio do desenvolvimento de atividades

encadeadas que possibilitem a ampliação dos conhecimentos de forma

prazerosa e cheia de significação social, num movimento de articulação entre

os anos iniciais e finais, pois embora o Ensino Fundamental esteja

administrativamente dividido em duas etapas, essa é uma etapa única que

exige articulação, assegurando assim a continuidade do processo educacional.

3.13. Concepção de Alfabetização e Letramento

A apropriação do Sistema de Escrita Alfabética por nossas crianças e

jovens não se dá apenas nos anos iniciais, mas ao longo de todo os níveis da

Educação Básica.

Desde muito cedo as crianças convivem com a língua oral e participam

de diferentes situações de interação social, aprendendo sobre elas próprias,

sobre a natureza e sobre a sociedade, chegando à escola já conseguindo

interagir com autonomia. Entretanto, na escola, aprendem a produzir textos

orais mais formais e ampliam suas capacidades de compreensão. Isso também

ocorre com a escrita, onde as crianças e adolescentes observam palavras

escritas em diferentes suportes, escutam histórias lidas por outras pessoas, e

nessas experiências culturais com práticas de leitura e escrita, vão se

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constituindo como sujeitos letrados.

Sabendo que as crianças que vivem em ambientes ricos em experiências

de leitura e escrita, não só se motivam para ler e escrever, mas começam,

desde cedo, a refletir sobre as características dos diferentes textos que

circulam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e finalidades, é fundamental

que a escola assegure aos estudantes, diariamente, a vivência de práticas

reais de leitura e produção de textos diversificados. Cabe, então, à instituição

escolar, responsável pelo ensino da leitura e da escrita, ampliar as

experiências das crianças e dos adolescentes de modo que eles possam ler e

produzir diferentes textos com autonomia, se preocupando também com o

desenvolvimento dos conhecimentos relativos à aprendizagem da escrita

alfabética, assim como daqueles ligados ao uso e à produção da linguagem

escrita. E o papel dos professores, em relação ao contato dos estudantes com

diferentes textos, em atividades de leitura e escrita realizadas dentro e fora da

escola, deve se refletido e entendido que esse contato precisa ser mediado,

caso contrário não há garantias que nossas crianças e jovens se alfabetizem.

É relevante, portanto, distinguirmos alfabetização de letramento, sendo

que alfabetização corresponde ao processo pelo qual se adquire uma

tecnologia – a escrita alfabética e as habilidades de utilizá-la para ler e

escrever, sendo que o domínio de tal tecnologia envolve conhecimentos e

destrezas variados, como compreender o funcionamento do alfabeto,

memorizar as convenções letra-som e dominar seu traçado, e letramento

relaciona-se ao exercício efetivo e competente daquela tecnologia da escrita,

nas situações em que precisamos ler e produzir textos reais.

Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis. Ao

contrário, o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever

no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, o que se constitui num

desafio. Implica refletir sobre as práticas e as concepções adotadas para a

inserção das crianças e adolescentes no mundo da escrita, analisar e recriar

metodologias de ensino, a fim de garantir, o mais cedo e da forma mais eficaz

possível, o duplo direito de não apenas ler e registrar autonomamente palavras

numa escrita alfabética, mas de poder ler, compreender e produzir os textos

que compartilhamos socialmente como cidadãos.

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3.14. Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental

A articulação entre os anos iniciais e anos finais do ensino fundamental

deve acontecer de forma a promover a integração entre os envolvidos,

assegurando as aprendizagens necessárias tanto dos educandos que cursam

os anos iniciais quanto dos que cursam os anos finais. A ampliação do ensino

fundamental para nove anos implica em capacitar primeiramente todos os

profissionais da educação através da formação continuada: Semana

Pedagógica, Grupo de Estudos, Reuniões Pedagógicas, Oficinas Disciplinares,

etc., bem como reformular o Projeto Político-Pedagógico e a Proposta

Pedagógica Curricular. Além disso, os espaços educativos, os materiais

didáticos e os equipamentos necessários precisam ser repensados para

atender esta demanda. Este é o momento de rever os conteúdos e as

concepções e práticas pedagógicas de avaliação do ensino e aprendizagem,

diante do desafio de uma formação voltada para a cidadania, a autonomia e a

liberdade responsável de aprender e transformar a realidade de maneira

positiva. Cabe ao estabelecimento de ensino assegurar a flexibilização dos

tempos e dos espaços com vistas a uma efetiva aprendizagem em todas as

dimensões do currículo, através da prática de uma avaliação ética e

democrática, garantindo o acesso, a permanência e a aprendizagem com

qualidade.

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita é compartilhado com a Escola

Municipal Maria Inês Speer Farias, de anos iniciais, e procura manter um

diálogo constante com a comunidade escolar da mesma, para estabelecer a

ponte necessária ao desenvolvimento das ações que subsidiarão o trabalho

pedagógico a ser desenvolvido, e que refletirá no processo ensino e

aprendizagem.

3.15. Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais

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A partir do momento que se faz a articulação com os anos iniciais, é

possível desenvolver um trabalho que promova uma boa adaptação dos alunos

dos anos iniciais, sem aquela ruptura impactante, que intimida e amedronta os

alunos.

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio,

sendo uma escola compartilhada, atende os mesmos alunos da escola de anos

iniciais, o que favorece sua adaptação, onde os mesmos são bem acolhidos,

com oferta de um trabalho pedagógico adequado às suas necessidades e nível

de desenvolvimento.

4. MARCO OPERACIONAL:

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Tendo em vista que a escola que queremos é a que tem a função de

promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela

humanidade a fim de possibilitar condições de emancipação humana, tendo o

compromisso de assegurar um ensino de qualidade a todos que nela adentram,

ou seja, um saber sistematizado indispensável para o exercício da cidadania,

faz-se necessário colocar em prática as ações que viabilizarão o processo de

construção e interação social com o conhecimento, em todo o estado do

Paraná. Todas as ações a serem desenvolvidas têm o compromisso de levar o

aluno ao conhecimento, objetivando a compreensão do mundo que o cerca de

forma crítica, com o intuito de instigá-lo a buscar a mudança necessária. Essas

ações devem estar em consonância com as Diretrizes Curriculares, Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9394/96, explicitadas no

Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico de cada instituição, coerentes

com a filosofia da escola.

Por meio do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Juvenal

Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, buscaremos redimensionar e

organizar o trabalho pedagógico de cada segmento da escola, imprescindível

para se alcançar sua função máxima, que é promover o acesso aos

conhecimentos historicamente produzidos.

4.1. Ações definidas pelo coletivo escolar:

• Melhoria da prática administrativo-pedagógica para garantia da

qualidade do ensino;

• Momentos específicos para discussões pedagógicas, utilização de

materiais para pesquisa e outras atividades correlatas;

• Ampliação e conservação do acervo e serviços bibliográficos prestados à

comunidade escolar e a integração desse acervo, sempre que possível,

ao acervo da multimídia;

• Envolvimento dos diversos segmentos no acompanhamento do Projeto

Político Pedagógico, para que ocorra sua efetivação na prática;

• Incentivo à uma maior participação dos docentes em reuniões

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pertinentes às questões que envolvem o colégio, sejam reuniões de pais,

pedagógicas, comunitárias, conselhos de classe, etc.;

• Execução do Plano de Trabalho Docente, de acordo com a Proposta

Pedagógica Curricular integrada ao PPP da escola;

• Organização de hora atividade, dentro das possibilidades, agrupando

disciplinas afins;

• Incentivo e valorização do trabalho docente, com acompanhamento junto

aos alunos e pais;

• Cumprimento das reuniões pedagógicas de acordo com o calendário ou

quando se fizerem necessárias;

• Participação efetiva nos conselhos de classe de todos os envolvidos no

processo ensino e aprendizagem, focando sempre no que pode ser feito

para melhorar e não apenas nos problemas apresentados;

• Reuniões periódicas com pais, obedecendo cronograma por segmentos

e/ou quando ocorrerem situações que exijam reuniões extraordinárias,

com o objetivo de envolvê-los na participação do processo ensino e

aprendizagem dos filhos;

• Atuação efetiva do Conselho Escolar nas tomadas de decisões

pertinentes ao contexto escolar, em todas as instâncias;

• Estudo e divulgação das atribuições e normas de conduta contidas no

Regimento Escolar, em relação à equipe diretiva, pedagógica,

administrativa, corpo docente, discente e pais, a toda a comunidade

escolar, no início e ao longo do ano letivo;

• Definição de critérios avaliativos mais coerentes, de acordo com as

especificidades de cada turma, eliminando as práticas classificatórias;

• Busca da qualidade pretendida sempre de forma coletiva, com o

envolvimento de todos;

• Incentivo às atividades lúdicas, artísticas, recreativas e esportivas,

através da aquisição de materiais e promoção de eventos;

• Passeios e excursões educativas/ecológicas com o intuito de ampliar e

enriquecer os conhecimentos adquiridos em sala de aula;

• Palestras sobre assuntos de interesse dos alunos, da comunidade em

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geral, que venham complementar conteúdos de sala de aula, proferidas

por pessoas que tenham conhecimento de causa sobre o assunto em

questão ou que sejam profissionais da área;

• Viabilização de espaço físico para recuperação de alunos com

dificuldades de aprendizagem, seja através da sala de apoio ou reforço

nas horas atividade do professor;

• Incentivo à participação dos professores nas formações continuadas.

4.2. Organização do trabalho pedagógico

A organização do trabalho pedagógico dar-se-á considerando os elementos

essenciais para sua efetivação:

4.2.1. Organização Curricular

Na Escola Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio o

ensino é de forma presencial, com organização curricular por Anos no Ensino

Fundamental, com 4 (quatro) anos de duração (6º ao 9º Ano) e por Séries no

Ensino Médio, organizado por blocos de disciplinas semestrais, com duração de

03 anos (1ª a 3ª Série).

Os conteúdos curriculares observam a difusão de valores fundamentais

ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, respeito ao bem

comum e à ordem democrática, e o respeito à diversidade.

Os conteúdos e componentes curriculares são organizados na Proposta

Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político Pedagógico do

estabelecimento de ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e

Estaduais.

Consta na organização curricular dos anos finais as disciplinas da Base

Nacional Comum constituída por: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino

Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa; e a Parte

Diversificada, constituída pela disciplina de Língua Estangeira Moderna –

Inglês.

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No Ensino Médio cada bloco é composto por seis (06) disciplinas em

cada semestre, sendo : Bloco 1- Biologia, Educação Física, Filosofia, História,

Língua Portuguesa, Inglês; Bloco 2 – Arte, Física, Geografia, Matemática,

Química, Sociologia.

4.2.2. Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de

registro, recuperação de estudos, promoção

- Ensino Fundamental

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

É contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento

global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto

dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades

educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação.

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar são elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político

Pedagógico.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a

comparação dos alunos entre si.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a

reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa

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reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos

durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período

letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades

detectadas, de novas ações pedagógicas, para o Estabelecimento de Ensino.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem.

A recuperação deverá ser organizada com atividades significativas, por

meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de

recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da

disciplina.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em

uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade de sua vida escolar.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente

do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro

de Classe.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno, aliada à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de

conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental, a média final mínima

exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida

por lei.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio que

apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média

anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão

considerados aprovados ao final do ano letivo.

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Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio

serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente

do aproveitamento escolar;

II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a

6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

A média de conclusão de cada disciplina será obtida por meio da média

aritmética, dos resultados das avaliações dos períodos letivos, constituindo-se

na média anual (M.A) para o Ensino Fundamental e Médio.

O Estabelecimento de Ensino utilizará a seguinte fórmula para o cálculo

da Média Anual no Ensino Fundamental:

1º Bimestre + 2º Bimestre + 3º Bimestre + 4º Bimestre = M.A.

4

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do

aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e

expedição de documentação escolar.

- Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais

No Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, as

disciplinas da Matriz Curricular estarão organizadas anualmente em dois blocos

ofertados concomitantemente.

A carga horária da disciplina ficará condensada em um semestre,

garantindo o número de aulas da Matriz Curricular.

Cada Bloco de Disciplinas Semestrais será cumprido, com, no mínimo,

100 dias letivos, previstos no Calendário Escolar.

O aluno terá a garantia de continuidade de seus estudos quando concluir

cada um dos Blocos de Disciplinas Semestrais.

A conclusão da série ocorrerá quando o aluno cumprir os dois Blocos de

disciplinas Semestrais ofertados em cada série.

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Quando a conclusão da série ocorrer, no final do 1º semestre do ano

letivo, o aluno poderá realizar a matrícula na série seguinte, no 2º semestre no

mesmo ano letivo.

O estabelecimento de ensino, quando constatar a possibilidade de

avanço de aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e

com frequência na série/ano/blocos de disciplinas semestrais/disciplinas,

deverá notificar o Núcleo regional de Educação para que este proceda

orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das

normas que fundamentam o processo de reclassificação.

Os alunos, quando maiores, ou seus responsáveis, poderão solicitar

reclassificação, facultando à escola aprová-lo.

As transferências de alunos entre a Organização Anual e a Organização

por Blocos de Disciplinas Semestrais e entre a mesma Organização por Blocos

de Disciplinas Semestrais, seguirão as normas previstas na legislação e serão

analisadas pela equipe pedagógica do estabelecimento de ensino.

As transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino com

a Organização Anual para a Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais,

durante o 1º semestre do ano letivo, serão analisadas pela equipe pedagógica

do estabelecimento de ensino a fim de definir qual o Bloco em que o aluno será

matriculado, considerando as necessidades de aprendizagem apresentadas

pelo aluno.

As transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino com

a Organização Anual para a Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais

no 2º semestre letivo, serão efetivadas no Bloco 1 ou Bloco 2, a partir da

análise pedagógica de seu desenvolvimento escolar sendo considerada sua

frequência, independente dos resultados apresentados pelo aluno no 1º

semestre letivo no estabelecimento de ensino de origem.

Nas transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino que

ofertam a Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais, o aluno cumprirá

o Bloco de disciplinas Semestrais faltante da série.

Nas transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino

com Organização por Blocos de disciplinas Semestrais para a Organização

Anual, o aluno aproveitará a carga horária e avaliações (notas, conceitos,

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pareceres, etc.), cumprindo normalmente todas as disciplinas da Matriz

Curicular Anual, seguindo a legislação vigente.

O aluno ao se transferir deverá receber do estabelecimento de origem,

documento oficial onde constem disciplinas, avaliação (notas, conceitos,

pareceres, etc.) com o resultado e frequência do Bloco de Disciplinas

Semestrais.

Exigir-se-á o mínimo de 75% de frequência, cem (100) dias letivos

previstos em cada Bloco de Disciplina Semestral.

No Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais

respeitar-se-á as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que diz

respeito:

a) aos resultados de avaliação expressos ao final de cada Bloco de Disciplinas

Semestrais;

b) à apuração da assiduidade

c) aos estudos de recuperação;

d) ao aproveitamento de estudos;

e) à atuação do Conselho de Classe.

No Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, a

média final (MF) para cada disciplina corresponderá à média aritmética de dois

(02) registros de notas, resultantes das avaliações realizadas ao longo do

semestre letivo.

MF = 1º BIMESTRE + 2º BIMESTRE

Cada registro de nota será expresso em uma escala de 0,0 (zero vírgula

zero) a 5,0 (cinco vírgula zero) totalizando para a média final 10,0 (dez vírgula

zero).

4.2.3. Ensino Extracurricular Plurilinguístico – CELEM

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio oferta

o Ensino Extracurricular Plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna –

Espanhol, e para tanto deverá viabilizar salas adequadas para seu

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funcionamento, bem como assessorar os professores do Centro de Língua

Estrangeira Moderna, acompanhando suas turmas e organizando a

documentação dos alunos matriculados. Atualmente o CELEM funciona com

duas (02) turmas, no período da noite.

4.2.4. Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto

Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade

de analisar ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a

efetivação do processo ensino e aprendizagem.

A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as

informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo

ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de

apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos, sendo da

responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados

coletados a serem analisados no Conselho de Classe.

Cabe ao Conselho de Classe verificar se os objetivos, conteúdos,

procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação

pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o

Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,

onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem

alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar

necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

É constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela equipe

pedagógica, por todos os docentes que atuam numa mesma turma, bem como

os alunos representantes de turma, por meio de:

I. Pré-Conselho com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do

professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);

II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção,

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da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa

de alunos e pais de alunos por turma.

A convocação pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do

Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de

quarenta e oito (48) horas.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em

calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário,

onde as reuniões serão lavradas em Livro Ata, pelo(a) secretário(a) da escola,

como forma de registro das decisões tomadas.

São atribuições do Conselho de classe:

I. analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,

encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem

ao processo ensino e aprendizagem;

II. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos

para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;

III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao

processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos

alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;

IV. acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e

analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e

aprendizagem;

V. atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de

avanço do aluno para o ano e/ou série subsequente ou sua retenção,

após a apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o

desenvolvimento integral do aluno;

VI. receber pedidos de revisão de resultados finais até setenta e duas (72)

horas úteis após sua divulgação.

4.2.5. Processo de Classificação e Reclassificação

A classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o

Estabelecimento de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

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compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios

formais, podendo ser realizada:

I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série

ou fase anterior, na própria escola;

II. por transferência, para alunos procedentes de outras escolas, do país

ou exterior, considerando a classificação da escola de origem;

III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação

para posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e

experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e

exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e

dos profissionais:

I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da

escola para efetivar o processo;

II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser

iniciado, para obter o respectivo consentimento;

IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou instrumentos utilizados;

V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de Ensino

avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início

do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo

à etapa de estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento,

independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.

Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série,

dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o

processo de reclassificação.

Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar

aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à

escola aprová-lo ou não.

A Equipe Pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno

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e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado,

a fim de obter o devido consentimento.

A Equipe Pedagógica do Estabelecimento de Ensino, assessorada pela

equipe do Núcleo Regional da Educação – NRE, instituirá Comissão, conforme

orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação – SEED, a fim de

discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da

reclassificação.

Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,

anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos

realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.

O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,

durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e

integrará a Pasta Individual do aluno.

O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo

Estabelecimento de Ensino será registrado no Relatório Final, a ser

encaminhado à Secretaria de Estado da Educação – SEED.

A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.

4.2.6. Regime de Progressão Parcial

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno,

não obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas em regime seriado,

poderá cursá-las subsequente e concomitantemente.

O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos matrícula com

Progressão Parcial.

As transferências recebidas de alunos com dependência em até três

disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de

estudos.

4.2.7. Adaptação de alunos oriundos de outros regimes

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A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica

desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica

curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.

Será feita pela Base Nacional Comum, e na conclusão do curso, o aluno

deverá ter cursado pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna.

A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da

equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o

aluno está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao

mesmo.

Ao final do processo de adaptação, será elaborada uma ata de

resultados, os quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no

Relatório Final.

4.2.8. Formação Continuada

A LDB, em consonância com as exigências da demanda atual do mundo

do trabalho, afirma que os sistemas de ensino deverão promover a valorização

dos profissionais da educação, assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional

continuado” e “período reservado a estudos, planejamento e avaliação,

incluído na carga horária de trabalho”.

A educação, assim como todas as atividades sociais, necessita de um

constante aperfeiçoamento e atualização. Por isso, continuar aprendendo

durante toda a vida é uma condição para acompanhar as mudanças

necessárias à transformação da sociedade.

É preciso desenvolver políticas de valorização dos professores, visando a

melhoria das condições de trabalho e de salário, assim como é igualmente

importante investir na sua qualificação, capacitando-os para que possam

oferecer um ensino de qualidade, ou seja, um ensino relevante e significativo

para os alunos. Para isso, é necessário criar mecanismos de formação inicial e

continuada que correspondam às expectativas da sociedade em relação ao

processo de aprendizagem, estabelecendo metas a curto e longo prazos, com

objetivos claros, que permitam avaliar, inclusive, os investimentos.

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É preciso criar uma cultura em todo o país que favoreça e estimule o

acesso dos professores a atividades culturais, como exposições, cinemas,

espetáculos, congressos, como meio de interação social.

A escola também é um local privilegiado para a formação continuada.

Estudos sobre o tema contribuíram para a abertura de formações continuadas

no interior da escola, como reuniões pedagógicas e grupos de estudos, dentre

outros.

Por tudo isto, podemos afirmar que a formação continuada deve ser parte

constitutiva do Projeto Político Pedagógico da escola, cujo objetivo é promover

a reflexão dos profissionais sobre sua prática.

Os profissionais do colégio Estadual Juvenal Mesquita têm participado das

capacitações centralizadas e descentralizadas promovidas pela SEED, como

encontros, seminários, capacitações, NRE Itinerante, grupos de estudos, além

de cursos promovidos pela APP. Procurará promover em seu contexto,

momentos de formação de acordo com as necessidades dos profissionais, o

que implicará em formas e conteúdos variados. Dentre elas podemos citar

algumas já elaboradas:

- Realização da formação continuada prevista pela SEED.

- Grupos de estudos e seminários para discutir assuntos pertinentes às

Diretrizes Curriculares, Agenda 21, etc.

- Elaboração e/ou reelaboração do PPP do estabelecimento.

- Discussão, nas horas atividade, de temas referentes ao dia a dia da sala de

aula, sobre o processo ensino/aprendizagem, aperfeiçoamento pessoal em

relação às especificidades de sua área através leitura de materiais didáticos da

biblioteca, correção e preparação das atividades, pesquisa no laboratório de

informática, dentre outros.

- Oficinas em parceria com outras instituições educacionais.

As mudanças exigidas pelas reformas educacionais incidem também não

só na formação dos professores, como de todos os profissionais da educação

(diretores, equipe pedagógica, demais funcionários).

4.2.9. Articulação da escola com a família e comunidade

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É fundamental a participação de toda a comunidade escolar, ou seja,

funcionários, professores, pais, alunos, instâncias colegiadas e segmentos da

sociedade organizada, nas atividades desenvolvidas pela escola. Sempre que

necessário são realizadas reuniões ordinárias e/ou extraordinárias para

discussões e tomadas de decisões (reuniões de pais, reuniões pedagógicas,

das instâncias colegiadas), sendo estabelecidos contatos mais frequentes com

os pais para ficarem cientes da vida escolar de seus filhos, embora nem

sempre o retorno seja satisfatório, já que não comparecem como deveriam.

Mesmo assim o colégio não deixa de convocar o pai ou responsável, seja por

telefone, bilhete ou recado, para comparecer na escola e tomar ciência e

providências em relação ao ocorrido com o filho.

Normalmente as reuniões pontuais acontecem no início do ano e ao final de

cada bimestre, e quando necessário, são realizadas reuniões extraordinárias

com os pais, Conselho Escolar, APMF, para tratar de assuntos que se fizerem

necessários para o momento, dentre eles problemas de aprendizagem, de

disciplina, aplicação de recursos financeiros, desenvolvimento de programas e

projetos, festas, etc., a fim de conhecer, analisar e controlar o que se passa

dentro da escola e direcionar as inovações necessárias ao bom desempenho de

suas funções, com a participação efetiva dos pais e de toda a comunidade

escolar.

O colégio também é receptivo à realização de palestras, apresentações

culturais, e tenta dinamizar a atuação do Grêmio Estudantil.

4.2.10. Organização do horário/hora atividade

O colégio tenta organizar o horário de forma a não sobrecarregar o aluno

e o trabalho pedagógico dos docentes. Entretanto, como muitos professores

trabalham em várias instituições de ensino, nem sempre é possível adequar o

horário de forma satisfatória ou priorizar a hora atividade concentrada, ficando

muitas vezes a desejar um trabalho integrado e contextualizado entre os

docentes.

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Contudo, é importante que as questões pedagógicas prevaleçam sobre

as burocráticas, sobre os interesses pessoais, e o trabalho seja voltado para as

necessidades dos alunos, da escola como um todo, viabilizando assim a

qualidade do ensino.

4.2.11. Desafios Educacionais Contemporâneos e Atuação da Equipe

Multidisciplinar

Para atender a diversidade cultural da comunidade escolar, o professor

deve incluir no seu Plano de trabalho Docente diferentes temas em relação aos

Desafios Educacionais Contemporâneos como: História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena, Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Sexualidade, Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Enfrentamento à Violência

na Escola, e trabalhar na prática do dia a dia.

Com o objetivo de conhecer a história do povo negro e indígena, valorizar

sua cultura, suas contribuições, combater a discriminação e preconceito, foram

criadas as equipes multidisciplinares para tratar dessa temática,

O trabalho da Equipe Multidisciplinar será aplicado conforme o Plano de

Ação elaborado. As ações pensadas estão articuladas aos fatos históricos e

atuais solidificando os conteúdos curriculares na tarefa de levar aos alunos, os

conhecimentos científicos.

Cabe à Equipe Multidisciplinar “...orientar e auxiliar o desenvolvimento

das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo de período

letivo” (Res. Nº 3399/2010-GS/SEED) contribuindo para que o aluno negro e

indígena volte sua atenção para os aspectos positivos da história e da cultura

de seu povo, da contribuição para o país e para a humanidade.

Dentre as ações desenvolvidas, podemos destacar:

• Acompanhamento, juntamente com o Conselho Escolar, do

enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente

escolar.

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• Trabalho, na Semana Pedagógica, sobre temas referentes à educação das

relações etnicorracias, diversidade sexual e educação do campo,

utilizando materiais como textos, slides, vídeos, documentários, filmes,

indicações de sites.

• Orientação na elaboração do PPP, da PPC e do PTD, com o objetivo de

detectar se estão sendo contemplados os conteúdos sobre Relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e

Indígena, Diversidade Sexual e Educação do Campo.

• Implementação de atividades envolvendo o Ensino de História e Cultura

Afrobrasileira, Africana e Indígena, com o envolvimento de todas as

disciplinas.

• Participação do evento da Equipe Multidisciplinar – 2011/2012 (Grupo de

Estudos) com carga horária de 80 e 60 horas, respectivamente.

• Seleção de material para estudo e divulgação aos docentes e discentes,

bem como incentivo aos professores das diversas disciplinas para

acessar os sites relacionados ao tema, a fim de inteirar-se das ações

implementadas.

• Pesquisa, junto à bibliotecária, da bilbliografia referente às Relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e

Indígena, Diversidade Sexual e Educação do Campo.

• Desenvolvimento de palestras e debates com a participação de toda a

comunidade escolar.

• Estudo sobre a real situação do indígena no Paraná e no Brasil.

• Estudo das leis - Leis 10.639/03 e 11.645/08 e materiais orientadores do

trabalho.

• Divulgação e desenvolvimento de atividades na Semana da Consciência

Negra.

• Reuniões dos integrantes da Equipe Multidisciplinar juntamente com os

membros do Conselho Escolar para as apresentações das ações.

As ações serão avaliadas continuamente pela Equipe Multidisciplinar,

considerando que a mesma é o ponto de partida e de chegada do processo de

planejamento. Nessa perspectiva, as ações serão avaliadas de forma coletiva

em reuniões juntamente com os membros do Conselho Escolar e pela

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comunidade escolar. As avaliações servirão como subsídios para rever as ações

implementadas no decorrer do ano letivo.

A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do

trabalho, na medida em que é condição para as decisões significativas a serem

tomadas. É parte integrante do processo de construção das ações e

compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e

sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos. É

também por meio dela que toda a extensão do ato educativo, e não apenas a

dimensão pedagógica, é considerada. A avaliação é ponto de partida e ponto

de chegada.

COMPONENTES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - 2012

Nome Função

Andréa Cristina do Nascimento Representante da Área de Humanas – Professora de Ed. Física

Ângela Maria Nogueira Herbst Representante da Área de Exatas – Professora de Matemática

Cristina dos Santos Representante da Área de Humanas – Professora de História

Fabiana Aparecida Gonçalves Representante da Equipe Administrativa – Diretora

Maria das Graças Ticianel Representante da Equipe Pedagógica - Pedagoga

Rosiclei de Fátima Proni Coordenadora da Equipe Multidisciplinar e Representante da Equipe Pedagógica

Vanilda Monteiro Representante da Área de Exatas – Professora de Matemática

Zenaide Martins Sanches Representante da Área de Exatas – Professora de Ciências

4.2.12. Acompanhamento das atividades em contraturno

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita oferta, no período contraturno, tanto

manhã quanto tarde, uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem para os

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alunos do 6º ano e uma turma para os alunos do 9º ano, para atender os

alunos que apresentam defasagens nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática. Os professores são formados na área respectiva e comparecem

duas vezes por semana para ministrarem quatro aulas semanais de cada

disciplina. A diretora e as pedagogas acompanham o desenvolvimento das

atividades, verificando a assiduidade dos alunos, conversando com os pais,

orientando o trabalho desenvolvido pelas professoras em relação ao Plano de

Trabalho Docente, preenchimento do livro registro, fichas de encaminhamento

e relatórios semestrais, estabelecendo uma ponte entre os professores

regentes e os da Sala de Apoio.

4.2.13. Matriz Curricular

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio,

contempla em sua matriz curricular:

I. Uma Base Nacional Comum para os anos finais do Ensino

Fundamental, constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação Física,

Ensino Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e de

uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna – Inglês;

II. Uma Base Nacional Comum para o Ensino Médio, constituída pelas

disciplinas de Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia,

História, LEM (Inglês), Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia;

III. Ensino Religioso, para o 6º e 7º ano, como disciplina integrante da

Matriz Curricular do estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à

diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de

proselitismo;

Os conteúdos de História e Geografia do Paraná são trabalhados na

disciplina de História e Geografia e os conteúdos de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade

Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência

contra a Criança e o Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano

letivo, em todas as disciplinas.

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4.2.14. Calendário Escolar

O calendário escolar será elaborado anualmente, conforme normas

emanadas da Secretaria de Estado da Educação, pelo estabelecimento de

ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e, após enviado ao órgão

competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à

sua vigência.

O calendário escolar atenderá o disposto na legislação vigente,

garantindo o mínimo de 200 dias (800 horas) anuais de efetivo trabalho

escolar, com complementação de carga horária quando necessário, de forma a

garantir o previsto para cada nível e modalidade.

4.2.15. Desafios educacionais contemporâneos e atendimento à

diversidade

A escola tem hoje também como atribuição, atender a demanda de

acordo com seus anseios sociais e a sua diversidade cultural, que são

relevantes para a comunidade escolar e que estão presentes nas experiências,

práticas, representações e identidades de educandos e educadores. Trabalhar

disciplinarmente e interdisciplinarmente os temas dos Desafios Educacionais

Contemporâneos, a fim de atender as necessidades culturais, sociais e a

realidade das escolas públicas da Rede Estadual de Educação do Paraná já é

uma exigência. Tornam-se fundamentais a ampliação do acesso a informações

sobre a diversidade brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada

por relações étnico-raciais e a promoção de condições de formação e de

instrução que precisam ser oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de

ensino.

O professor deverá incluir no Plano de Trabalho Docente - PTD e na

prática docente do dia a dia os diferentes temas que tratam dos Desafios

Educacionais Contemporâneos, como: Educação Ambiental; Educação Fiscal;

Sexualidade; Prevenção ao Uso indevido de Drogas e Enfrentamento à

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Violência na Escola; educação do Campo; História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena e Fortalecimento de Identidades e de Direitos.

Esses temas devem ser trabalhados de forma planejada disciplinarmente

e em momentos e situações oportunas, ou mesmo de forma interdisciplinar,

por projetos, culminando com exposições, apresentações, murais, painéis, etc.

A Equipe Multidisciplinar na escola trata da História e Cultura da África,

dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de

contribuir para a valorização da história de seu povo, da cultura, da

contribuição para o país e para a humanidade.

Em relação ao Gênero e Diversidade deve ser garantido o acesso e a

permanência dos sujeitos da diversidade na escola pública, gratuita e de

qualidade por meio de políticas públicas educacionais, com reflexões sobre o

preconceito, a discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual

e à identidade de gênero, de forma a propiciar fundamentação teórico-prática

para o enfrentamento dessas práticas na escola.

A sexualidade deve ser trabalhada abordando-se os conhecimentos

historicamente acumulados sobre saúde, prevenção e direitos sexuais e

reprodutivos da juventude.

O enfrentamento à violência e ao uso indevido de drogas felizmente não

tem sido necessário nesta escola, pelo fato de não estarem ocorrendo tais

situações. Entretanto, busca através da prevenção, desviar a criança, o

adolescente e o jovem dessas situações de risco, através de trabalhos

orientados em sala de aula, como produção de cartazes, seminários, vídeos e

documentários educativos a respeito, contrato pedagógico com a participação

também da equipe diretiva-pedagógica, onde se priorize o respeito às

diferenças, ao semelhante, o cumprimento de regras para uma boa

convivência, conservação do patrimônio público, enfim, ações que sejam

possíveis realizar no interior da escola. Além disso, também acontecem

palestras educativas com a Patrulha Escolar Comunitária – PEC e com

profissionais da comunidade.

4.2.16. Ações preventivas em parceria

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Muitas ações para prevenir situações de risco ao ser humano, que

comprometem a saúde pública, são realizadas também em parceria com

instituições de ensino superior e Secretaria da Saúde Municipal, com o objetivo

de evitar doenças como a dengue, gripe A, DSTs, AIDS, etc. São realizadas

palestras pelos alunos do ensino superior, teatros, oficinas, distribuição de

panfletos explicativos, vistorias pelos agentes de saúde, e assim ocorre uma

mobilização em prol da melhoria da qualidade de vida.

4.2.17. Envolvimento das Instâncias Colegiadas

Instâncias colegiadas são aquelas em que há representações diversas e

as decisões são tomadas em grupo, com o aproveitamento de experiências

diferenciadas.

Para um trabalho efetivo da escola, é necessário que haja um

envolvimento entre os órgãos colegiados, já que representam a comunidade

escolar com atribuições específicas e todos devem trabalhar na busca do bem

comum. É fundamental que todos participem das reuniões, conheçam o

funcionamento da escola e tomem as decisões de forma coletiva.

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio

possui os seguintes órgãos colegiados e equipes de trabalho:

4.2.17.1. Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,

consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do

trabalho pedagógico e administrativo do Estabelecimento de Ensino, em

conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da Secretaria

de Estado da Educação -– SEED.

O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade

escolar e representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos

com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu

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membro nato, o (a) Diretor (a) Escolar.

A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais

da educação atuantes no Estabelecimento de Ensino, alunos devidamente

matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos

alunos.

A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,

presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.

O Conselho Escolar poderá eleger seu Vice-Presidente dentre os

membros que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.

O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar

a efetivação do Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de Ensino.

Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares,

mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a

representatividade dos níveis e modalidades de ensino, onde as eleições dos

membros titulares e suplentes realizar-se-ão em reunião de cada segmento

convocada para este fim, para um mandato de 02 anos, admitindo-se uma

única reeleição consecutiva.

O Conselho Escolar do Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino

Fundamental e Médio, de acordo com o princípio da representatividade e da

proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros na gestão

2012/2014:

Membros Função

Fabiana Aparecida Gonçalves Presidente

Maria das Graças Ticianel Representante da Equipe Pedagógica

Roseane da Luz Representante do Corpo Docente – Ensino Fundamental

Roseli Hampel Gonzaga Martins Representante do Corpo Docente – Ensino Médio

Selma Regina Cosmo de Campos Representante dos Funcionários Administrativos

Sueli Elizabete de Melo Representante dos Funcionários de Serviços Gerais

Fernanda Cristina dos Santos Leite Representante do Corpo Discente – Ensino Fundamental

Eliana aparecida Monteiro Qualia Representante do Corpo Discente – Ensino Médio

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Maria de Fátima Moraes Schimiti Representante dos Pais de Alunos - Ensino Fundamental

Neide do Espírito Santo Catharino Representante dos Pais de Alunos - Ensino Médio

José Neias Representante dos Movimentos Sociais Organizados da Comunidade

4.2.17.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é um órgão de

representação dos pais, mestres e funcionários do estabelecimento de ensino,

sem caráter político, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo

remunerados os seus dirigentes e conselheiros.

A APMF é regida por estatuto próprio, aprovado e homologado em

Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.

São objetivos da APMF:

I - discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando

sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do

Conselho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa;

II - prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-

lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta

Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;

III - buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto

escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa

comunidade;

IV - proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da

APMF e do Conselho Escolar;

V - representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa

forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública,

gratuita e universal;

VI - promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e

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toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e

desportivas, ouvido o Conselho Escolar;

VII - gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas

em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;

VIII- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta

ação.

Composição da APMF – Mandato 2011/2013

Membros Função

Miguel José Filho Presidente

Marilia Isabel de Lima Vice-Presidente

Selma Regina Cosmo de Campos 1º Secretário

Leonor Luiza de Oliveira 2º Secretário

Simone Galdino 1º Tesoureiro

Onice Pereira da Silva 2º Tesoureiro

Adriana Honorato de Medeiros Paleta 1º Diretor Sociocultural e Esportivo

Sidnei Aparecido Dias 2º Diretor Sociocultural e Esportivo

4.2.17.3. Equipe Diretiva

A equipe diretiva do Colégio Estadual Juvenal Mesquita é composta pela

diretora Fabiana Aparecida Gonçalves e pelo diretor auxiliar Eduardo Henrique

Von Der Osten, sendo os mesmos responsáveis pela efetivação da gestão

democrática, de forma a assegurar o alcance dos objetivos educacionais

definidos neste Projeto Político Pedagógico.

Dentre as várias competências do diretor e do diretor auxiliar, podemos

destacar:

I. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar;

II. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

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educação;

III. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

IV. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

V. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento

às decisões tomadas coletivamente;

VI. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

VII. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

VIII. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos;

IX. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de

estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza

pedagógico- administrativa no âmbito escolar;

X. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas

coletivamente;

XI. articular processos de integração da escola com a comunidade;

XII. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino,

juntamente com a comunidade escolar;

XIII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar.

4.2.17.4. Equipe Pedagógica

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação das diretrizes curriculares definidas no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política

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educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Compete à equipe pedagógica:

I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,

em uma perspectiva democrática;

III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar;

IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da

Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais;

V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

VI. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando

à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para

todos;

VII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a

realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

VIII. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré- Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-

ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

IX. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

X. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores

do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência, debates e oficinas pedagógicas;

XI. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,

de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho

pedagógico;

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XII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade

escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

XIII. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do

Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a

comunidade escolar;

XIV. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

XV. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,

a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XVI. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas

as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

XVII. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XVIII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino.

4.2.17.5. Agentes Educacionais

A equipe dos agentes educacionais compreende os profissionais técnico-

administrativos, que atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório, e

os auxiliares operacionais, que têm a seu encargo os serviços de conservação,

manutenção, preservação, segurança e alimentação escolar, coordenados e

supervisionados pela direção do estabelecimento de ensino.

Todos têm suas atribuições específicas, de acordo com o Regimento

Escolar, compõem a comunidade escolar, e portanto, devem participar da

tomada de decisões, da construção do Projeto Político Pedagógico, bem como

da sua efetivação.

4.2.17.6. Equipe Docente

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A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente

habilitados, sendo os responsáveis mais diretos pela apropriação dos

conhecimentos pelos alunos. Para que se alcance o ensino de qualidade

pretendido é fundamental aos docentes:

I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e

aprovado pelo Conselho Escolar;

II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico

e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica,

dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto

PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino;

IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente, onde as atividades desenvolvidas

em sala de aula tenham em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo

aluno;

V. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos

alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,

resguardando prioritariamente o direito do aluno;

VI. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,

utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas

no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

VII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os

alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no

decorrer do período letivo;

VIII. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos

alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e

acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis

necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços

e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

IX. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da

escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e

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aprendizagem;

X. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

XI. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de

credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

XII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada

aluno, no processo de ensino e aprendizagem;

XIII. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,

junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à

Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contraturno, a fim de realizar ajustes

ou modificações no processo de intervenção educativa;

XIV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e

criação artística;

XV. participar ativamente dos Pré-Conselhos, Conselhos de Classe e Pós-

Conselhos, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento

do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e

decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;

XVI. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da

cidadania;

XVII. zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer

irregularidade à equipe pedagógica;

XVIII. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-

atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos

dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

XIX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,

pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe

pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado da Educação;

XX. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe

pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento

de ensino;

XXI. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação

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da escola com as famílias e a comunidade;

XXII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

XXIII. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional

em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática

profissional e educativa;

XXIV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXV. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho

ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade

escolar;

XXVIII. participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria

de Estado da Educação.

4.2.17.7. FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente

Em 2005 foi lançado o PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO PARA INCLUSÃO

ESCOLAR E A VALORIZAÇÃO DA VIDA, apresentado com o título Fica Comigo,

onde o combate à evasão foi e é a sua principal meta.

A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente (FICA) é um dos instrumentos

colocados à disposição da escola e da sociedade, e tem como objetivo

acompanhar os casos de evasão de todos os alunos a partir do momento em

que apresentem ausência de 5 dias consecutivos e 7 dias alternados num

mesmo mês. Além disso, a FICA também tem sido utilizada para análise dos

principais motivos que levam à evasão escolar, o que possibilita o

acompanhamento e a mediação na busca de órgãos competentes que possam

dar suporte às escolas.

As ações de enfrentamento da evasão escolar são desenvolvidas durante

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todo o ano letivo, com o acompanhamento diário da presença/ausência dos

alunos, procurando saber os motivos das faltas e o que pode ser realizado

para reverter situação, mediante comunicação da ausência pela Equipe

Pedagógica junto aos pais/responsáveis (via telefone ou comunicado por

escrito) solicitando a sua presença no Estabelecimento de Ensino para

esclarecer sobre o motivo da ausência do aluno e adotando procedimentos que

possibilitem o retorno imediato, relatando os fatos no livro de ocorrências do

Estabelecimento de Ensino. Após as medidas tomadas pela escola e esgotados

todos os recursos, sem o retorno do aluno ao Estabelecimento de Ensino, a

Ficha de Comunicação do Aluno Ausente - FICA é encaminhada ao Conselho

Tutelar, acompanhada de um ofício e do relatório de todas as ações realizadas

pela escola, para providências cabíveis.

4.2.18. Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica

Curricular

A Proposta Pedagógica Curricular das escolas públicas do Paraná são

norteadas pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, um

documento oficial que traz em si o chão da escola e traça estratégias que

visam nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do

conhecimento pelos estudantes da rede pública.

As Diretrizes constituem-se num material que é fruto de um trabalho

coordenado pelo Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da

Educação e que contou com a participação de todos os professores da rede

estadual de ensino. Nele estão os fundamentos teóricos e metodológicos que

orientam o ensino de cada disciplina.

Os mesmos princípios democráticos que fundamentam a construção

destas Diretrizes solicitam, dos professores, o engajamento na contínua

reflexão sobre este documento, para que sua participação crítica, constante e

transformadora efetive, nas escolas de todo o Estado, um currículo dinâmico e

democrático (SEED/PR, 2005).

4.3. Proposta Pedagógica Curricular

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Ao pensarmos que tipo de formação queremos oferecer aos nossos

alunos, é preciso levar em conta a concepção de educação entendida pela

escola. Se levarmos a efeito o ensino pretendido pelo Colégio Juvenal Mesquita,

ou seja, um ensino pautado na pedagogia histórico-crítica, é fundamental que

as propostas curriculares elaboradas pelo corpo docente possibilitem aos

educandos condições de se apropriarem de instrumentos de comunicação e de

conteúdos culturais básicos que os levem a entender a sociedade em que

vivem e a partir daí possam transformá-la. É de responsabilidade do coletivo

da escola assumir o papel de elaborar uma proposta curricular que cada vez

mais se aproxime daquilo que acredita ser fundamental no processo de

escolarização dos alunos, na realidade de sua comunidade e também em

relação a todas as incertezas postas na contemporaneidade.

O currículo não deve ser visto como simples organização formal das

disciplinas, dos conteúdos e dos tempos pedagógicos. Ele é um instrumento

norteador do trabalho docente, sempre provisório e inacabado, aberto à

produção de sentidos, um processo dinâmico que incorpora os saberes e os

elementos culturais de seus agentes, numa compreensão do contextualizada

do mundo e da cultura que valoriza e fortalece as identidades, não excludente

e politicamente posicionada.

Partindo da concepção de que a Escola é a instituição que tem como

função a transmissão do conhecimento produzido e acumulado historicamente,

o processo ensino-aprendizagem deve ser encaminhado possibilitando aos

alunos a compreensão das formas de produção que o homem desenvolveu. E

ainda, propiciar a construção de saberes que possibilitem o entendimento das

teias de relações econômicas, sociais e culturais que definem sua própria vida,

enquanto sujeito e autor do momento histórico-social em que está inserido.

Enfim, além dos conteúdos, as concepções, as compreensões e o

entendimento de como o processo ensino e aprendizagem deve ser norteado,

estará retratado nas Propostas Curriculares elaboradas pelos professores de

cada disciplina do Ensino Fundamental e Médio do colégio, de acordo com as

Diretrizes Curriculares Estaduais Orientadoras da Educação Básica.

ARTE

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1. Apresentação e Justificativa:

Arte é conhecimento elaborado historicamente, que traz

culturalmente a visão particular do artista e um olhar crítico e sensível sobre o

mundo. Portanto, esta proposta visa à educação dos sentidos, concebendo o

ensino de Artes como conhecimento, trabalho e expressão e como necessidade

de apropriação do saber artístico e estético.

Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a

partir dos conhecimentos estéticos e artísticos, aproximando-o do universo

cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Para tanto, é necessário o processo de ensino e de aprendizagem, o

desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida como a

articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa

disciplina. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de

pensamento, estabelecer conexões entre saberes e vivências e que possa

expressá-las através de diferentes linguagens artísticas, expandindo suas

potencialidades criativas.

A partir das concepções da Arte e de seu ensino considera-se alguns

campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de

estudo desta disciplina, que é: “o conhecimento estético e o conhecimento da

produção artística”. O pensamento, a sensibilidade e percepção articulam-se

numa organização que expressa os pensamentos e sentimentos, sob a forma

de representações artísticas. O conhecimento artístico está relacionado com o

fazer e com o processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e

formalização do objeto artístico até o contato com o público. Durante esse

processo as formas resultantes das sínteses emocionais e cognitivas

expressam saberes específicos a partir da experimentação com materiais, com

técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da

Dança, da Música e do Teatro.

2. Conteúdos:

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2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos formais;Composição;Movimentos e períodos.

São conhecimentos de grande amplitude, conceitos que se constituem

em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. São

apresentados separadamente para um melhor entendimento dos mesmos, mas

metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada e indissociada

um do outro, para garantir ao aluno o conhecimento sistematizado da arte.

Seu caráter social é relevante. É preciso considerar tempo-espaço no

trabalho pedagógico, tanto como categoria articuladora dos conteúdos

estruturantes, quanto pelo caráter histórico e social que enriquece a

compreensão da arte e da vida.

São conteúdos estruturantes:

- Elementos Formais:

São os recursos empregados numa obra. São elementos da cultura

presentes nas produções humanas e na natureza; são matéria-prima para a

produção artística e o conhecimento em arte. Ex.: o timbre em Música, a cor

em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.

O professor deve aprofundar na sua área de habilitação e estabelecer

articulação com as outras áreas.

- Composição:

É o processo de organização e desdobramento dos elementos formais

que constituem uma produção artística.

Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos

de composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas

visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e

estilos.

- Movimentos e Períodos:

Se caracteriza pelo contexto histórico relacionado ao conhecimento da

Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos presentes

numa composição artística e explicita as relações internas ou externas de um

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movimento artístico em suas especialidades, gêneros, estilos e correntes

artísticas. Deve estar presente em vários momentos do ensino.

Os conteúdos estruturantes são interdependentes e de mútua

determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser de modo

simultâneo.

A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos

artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos

diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão do mundo,

característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de

composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados.

Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos

conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.

No planejamento das aulas, a organização dos conteúdos deve ser de

forma horizontal, pois em toda ação pedagógica planejada deve estar

presentes conteúdos específicos dos três conteúdos estruturantes.

A postura metodológica adotada deve propiciar ao aluno uma

compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente abordando

metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e

movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são

interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma

de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador.

2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS

PARA A SÉRIEAltura

Duração

Ritmo

Melodia

Greco-Romana

Oriental

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Timbre

Intensidade

Densidade

Escalas: diatônicapentatônicacromáticaimprovisação

Ocidental

Africana

ARTES VISUAIS

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura,escultura, arquitetura

Gênero: cenas da mitologia.

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

TEATRO

Personagem:expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.Espaço Cênico, adereços

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara

Gênero: Tragédia, Comédia e Circo

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

DANÇA

Movimento corporal

Tempo

Espaço

KinesferaEixoPonto de apoioMovimentos articularesFluxo (livre e interrompido)

Rápido e lento

FormaçãoNíveis (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

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Dimensões (pequeno e grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

7º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS

PARA A SÉRIEAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo/Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico

Técnicas: vocal, instrumental e mistaImprovisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

ARTES VISUAIS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor/Luz

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e Paranaense

Renascimento

Barroco

TEATRO

Personagem:expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Representação,Leitura dramática, Cenografia.

Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...

Gêneros: Rua e arena,Caracterização.

Comédia dell´ arte

Teatro popular

Brasileiro e Paranaense

Teatro Africano

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Espaço

DANÇA

Movimento corporal

Tempo

Espaço

Ponto de apoio/RotaçãoCoreografia/Salto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre, interrompido e conduzido);Lento, rápido e moderado;Níveis (alto, médio e baixo);FormaçãoDireçãoGênero: Folclórica, popular e étnica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

8º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS

PARA A SÉRIEAltura / Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo/ Melodia/ Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Indústria cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

ARTES VISUAIS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor/Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, fotografia, áudio-visual e mista

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte Contemporânea

TEATRO

Personagem:expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Representação no Cinema e Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

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Espaço Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Cinema Novo

DANÇA

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Giro/ Rolamento/ Saltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria cultural e espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria cultural

Dança Moderna

9º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS

PARA A SÉRIEAltura/ Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo/ Melodia/ Harmonia

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Música Engajada

Música Popular Brasileira

Música Contemporânea

ARTES VISUAIS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafite, performance...

Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte Latino-Americana

Hip Hop

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TEATRO

Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia/ IluminaçãoFigurino

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do AbsurdoVanguardas

DANÇA

Movimento corporal

Tempo

Espaço

KinesferaPonto de apoioPesoFluxoQuedas/ Saltos/ GirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performance e moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança Contemporânea

ENSINO MÉDIO:

ÁREA MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaEscalasModal, Tonal e Fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop, etc.

Técnicas:vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação

Música PopularBrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americana

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ÁREA ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo visualSimetriaDeformaçãoEstilização

Técnicas: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura eesculturas, arquitetura história em quadrinhos...

Gêneros: paisagem, natureza morta, cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte ContemporâneaArte Latino Americana

ÁREA TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação e leitura dramática

Teatro Greco - Romano

Teatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro Essencial

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Gênero: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografiaSonoplastia, figurino e iluminaçãoDireçãoProdução

Teatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista

ÁREA DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento corporal

Tempo

Espaço

KinesferaFluxoPeso EixoSalto e QuedaGiroRolamentoMovimentos articulares:lento, rápido e moderadoAceleração e desaceleraçãoNíveis Deslocamento DireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão

Pré-históriaGreco - RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria CulturalDança ModernaVanguardasDança Contemporânea

3. Metodologia:

O encaminhamento metodológico contemplará as linguagens artísticas

por meio das manifestações/produções compostas pelos elementos básicos,

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com prioridade e valorização do conhecimento nas aulas de Arte.

Nas Artes Visuais, serão explorados formatos bidimensionais,

tridimensionais e virtuais, de modo a trabalhar as características específicas

contidas na estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição

desses elementos no espaço.

Em Dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu

desenvolvimento no tempo e no espaço implica que se explore as

possibilidades de improvisar e compor. Nessa linguagem artística também

podem ser abordadas questões acerca das relações entre o movimento e dos

conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem esteticamente

recortes da realidade.

Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons

presentes no cotidiano não caracterizam o conhecimento musical. Há que se

priorizar no tratamento escolar dessa linguagem, a escuta consciente de sons

percebidos, bem como a identificação de suas prioridades, variações e

maneiras intencionais de como esses sons são distribuídos numa estrutura

musical. A escuta atenta propiciará o conhecimento da organização desses

elementos nos repertórios pessoais e culturais propostos nas aulas.

Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as

possibilidades de improvisação e composição no trabalho com os personagens,

com o espaço da cena e o desenvolvimento de temáticas de textos literários ou

dramáticos, clássicos ou de narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento

da linguagem do Teatro na escola também se ocupa da montagem do

espetáculo e da respectiva análise dos elementos formadores dessa

linguagem, de forma a proporcionar ao aluno conhecimentos por meio do ato

de dramatizar.

É preciso que o aluno compreenda a dimensão histórica em que cada

forma artística aconteceu. Perceber que cada maneira de representar vem

carregada de significados e é o resultado dos esforços e possibilidades ao

alcance do homem, num dado espaço e período da história.

Vários recursos metodológicos serão utilizados, como atividades em

grupo, para exercitar a cooperação, argumentação e tolerância; produção

artística individual, para exercitar a expressividade, criatividade e

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sensibilidade; aulas dialogadas, a fim de conhecer os interesses dos alunos,

opiniões e expressões, para levá-los a valorizar a cultura;

Serão também trabalhados , articulados aos conteúdos curriculares, os

desafios sócio-educacionais, sempre que for pertinente ao conteúdo

desenvolvido. Em Arte serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-

brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); História do

Paraná (Lei nº 13.381/01); Música (Lei nº11.769/08); Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº

9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o

Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07; Agenda 21

Escolar.

4. Avaliação:

A avaliação será:

- Diagnóstica, para avaliar a condição de aprendizagem dos alunos.

- Processual, contínua e cumulativa, por permear todos os momentos da

prática pedagógica, ou seja, avaliação da aprendizagem, do ensino

(desenvolvimento das aulas) e autoavaliação dos alunos.

- Somativa, com atribuição de valores (notas)

Será considerado a capacidade individual, o desempenho, interesse e

envolvimento do aluno nas aulas, sem fazer comparações entre os mesmos,

observando as dificuldades e progressos de cada um.

Deverá ser avaliado como o aluno soluciona problemas apresentados e

como interage em grupo, o domínio que o aluno vai adquirindo nos modos de

organização destes conteúdos e os elementos formados na composição

artística, ultrapassando a cópia e a imitação.

Enfim, construir a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do

conhecimento técnico, o trabalho artístico permitindo que este venha a ser

partilhado com os outros, utilizando instrumentos como trabalhos individual e

em grupo, pesquisas bibliográficas e em grupo, debates em forma de

seminários e simpósios, provas teóricas e práticas, registros em forma de

relatórios, gráficos, áudio- visual e outros.

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A recuperação de estudos será ofertada aos alunos no decorrer do

processo ensino/aprendizagem, concomitantemente, considerando o que não

foi apropriado. Será oferecida a todos os alunos, em especial aos com média

inferior à da aprovação, para que, através da retomada dos conteúdos,

resgatem o que não conseguiram aprender. Entre a nota da avaliação e a da

recuperação paralela, prevalecerá sempre a maior.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriaram dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de

novos instrumentos de avaliação.

5. Referências:

CALABRIA; Carla P.B. e ou. Arte, História & Produção. Livro 1 e 2 Editora:

FTD, 1997.

HADDAD; Denise A e ou. A Arte de Fazer Arte. Editora: Saraiva, 2009;

JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. Editora: Scipione,

1997.

Diretrizes Curriculares Orientadoras de Arte para o Ensino

Fundamental – Secretaria de Estado da Educação. 2008.

Caderno de Arte 1 e 2 – Projeto Correção de Fluxo, 1998.

FLEITAS, Orlando. Arte é comunicação. Vol. A e B ed. FTD, 1993.

Apostila de Educação Artística 1º Grau (CES) Londrina, 1996.

Apostila de Música 1º Grau (Seminário de Umuarama), 1997.

Caderno de Arte l e II - Projeto de Correção de Fluxo–Governo do Paraná,

1998.

CAVALIERI, Ana Lucia F. Teatro Vivo na Escola. São Paulo. FTD, 1997.

CIT, Simone; TEIXEIRA, Lara. Histórias da Música Popular Brasileira para

crianças. Governo do Paraná. Secretaria da Cultura. 2003.

BRIOCHI, Gabriela. Arte Hoje – Editora FTD, São Paulo, 2003.

PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte – Editora Ática, São Paulo,

2008.

MEIRA, Beá. ARTE – Projeto Radix – Raiz do conhecimento – Editora Scipione,

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São Paulo, 2009.

VALADARES, Solange e ou. – Arte no cotidiano escolar – Editora FAPI, Belo

Horizonte, MG, 2001.

BIOLOGIA

1. Apresentação e Justificativa:

A Biologia, que tem como objeto de estudo “a vida”, é uma

ciência fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, culturais, religiosos e

tecnológicos, além de identificar as relações entre o conhecimento científico e

o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as

condições de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável.

A vida pode ser compreendida em diversos níveis de

organização: molecular, celular do indivíduo, da população e da ecologia e

todos os seres vivos necessitam viver em harmonia com a natureza para

continuarem existindo. Ao longo do Ensino Médio, o aluno estudará todos esses

níveis e poderá perceber que o homem é o único animal que para sua

subsistência processa e transforma a natureza. Em cada nível, os processos

estarão interligados pelo conceito unificador na Biologia, ou da evolução.

O aluno reconhecerá que as espécies estão ligadas através de

sua estrutura molecular, partilhando o mesmo código genético e, inclusive,

mesmo genes. Essa ligação tem continuidade na forma como os genes se

expressam no desenvolvimento de cada ser, na sua fisiologia e também na

interdependência com o meio ambiente. A percepção dessa comunhão em

todos os níveis deve levar o aluno a um maior respeito pela vida e todas as

suas expressões, valorizando os aspectos da ciência, como os relativos ao

desenvolvimento da genética, reconhecendo que os avanços científicos de uma

época dependem de conhecimentos desenvolvidos em épocas anteriores.

As ciências biológicas ocupam-se em observar, descrever,

explicar e relacionar os diversos aspectos da vida no planeta e têm permitido

ampliar e modificar a visão do homem sobre si próprio e sobre seu papel no

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mundo. O ensino e aprendizagem dessa disciplina, objetiva a valorização dos

aspectos históricos da ciência, tais como os relativos ao desenvolvimento da

Genética, reconhecendo que os avanços científicos de uma época dependem

de conhecimentos desenvolvidos em épocas anteriores. Espera-se também que

o aluno possa compreender os conceitos fundamentais em Biologia, que facilite

sua ligação com o cotidiano; perceber o quanto as ciências biológicas têm sido

importante para a comunidade e seu grande potencial para novas descobertas

que se delineia neste século XXI.

2. Conteúdos:

Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser

seriados nem hierarquizados. Espera-se que os conteúdos sejam abordados de

forma integrada, com ênfase nos aspectos essenciais do objeto de estudo da

disciplina, relacionados a conceitos oriundos das diversas ciências de

referência da Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do

ensino médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo, com vistas a dotar o

aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível de ensino.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Classificação dos seres vivos:

critérios taxonômicos e

filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia,

morfologia e fisiologia.

Mecanismos de desenvolvimento

embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos

e bioquímicos.

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Biodiversidade

Manipulação Genética

Teorias evolutivas.

Transmissão das características

hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas:

relações entre os seres vivos e

interdependência

com o ambiente.

Organismos geneticamente

modificado.

3. Metodologia:

Em concordância com a Diretriz Curricular Orientadora do Ensino

de Biologia, a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro

conteúdos estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres

vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica,

agrupando-os e categorizando-os, seja possível, também, discutir o mecanismo

de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o

surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem

do conteúdo “classificação dos seres vivos” não se restringe a um único

conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do

trabalho poderia ser o conteúdo específico “organismos geneticamente

modificados”, partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do

DNA, comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade

biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos.

É sempre importante destacar que na compreensão da biologia

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não há raças humanas, mas sim uma única espécie – a espécie humana – e

que a diversidade morfológica existente pode ser interpessoal (ligada à

identidade individual, distinguindo uma pessoa da outra em uma mesma

população), ou interpopulacional ( caracteriza populações de diferentes

continentes).

É imprescindível que se perceba a interdependência entre os

quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do

funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres

vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos, incluindo-se o

conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, que permitirá estabelecer

a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, a célula, seus

componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se

perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da

estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite observar,

comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem

do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da

existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a

diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas

estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos

quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo

homem.

As aulas serão expositivas e dialogadas dando oportunidade ao aluno de

reconstruir o texto sob a mediação do professor. No decorrer do período letivo

serão utilizados recursos didáticos e tecnológicos como: aulas práticas em

laboratório, com uso de microscópio, lupa, etc.; aulas de campo com

elaboração de relatórios; atividades individuais e coletivas na sala ou fora dela;

projetos interdisciplinares; palestras sobre temas específicos com profissionais

da área; análise e discussão de temas em grupo; aulas com recursos de vídeo,

TV multimídia; pesquisas bibliográficas em confronto com a realidade

observada; entrevistas e debates.

Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-

educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Biologia

serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e

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Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas; Sexualidade Humana; Agenda 21 Escolar; Enfrentamento à violência

contra a criança e o adolescente; Educação Fiscal; Educação Ambiental (Lei nº

9.795/99); Música (Lei nº 11.769/08); Direito das Crianças e Adolescentes (Lei

Federal nº 11.525/07).

4. Avaliação:

Avaliar, na disciplina de Biologia, implica um processo cuja

finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-

aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também

tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as

mudanças necessárias.

O processo de avaliação será diagnóstico e formativo, contínuo e

cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos,

o que possibilita retratar todas as fases de desenvolvimento no processo de

ensino aprendizagem. Fazem parte do processo de avaliação da aprendizagem

instrumentos tais como: exposição e apresentação de trabalhos, relatos orais e

escritos, provas orais e escritas, debates, entrevistas, questionários

complementares, palestras, vídeos, textos, cartazes, elaboração de gráficos,

sendo cobrado a participação em todas as atividades propostas. A avaliação

será realizada de forma diversificada, utilizando os diversos mecanismos de

aferição.

A recuperação de estudos deve ser proporcionada aos alunos sempre que

o professor verificar que não houve o aproveitamento necessário relacionado a

temática trabalhada. Nesse caso o professor deve oferecer subsídios para que

o conteúdo seja revisado e consequentemente obter-se o aproveitamento

desejado.

5. Referências:

AMABIS e MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna . São Paulo: Moderna, 2005;

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GASPARIN, J.L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.

LINHARES , Sérgio. Biologia Hoje. São Paulo: Ática, 2005.LOPES, Sônia. Biologia Essencial. São Paulo: Saraiva, 2005. Superintendência de Educação.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia Atual. São Paulo: Ática, 2005.

CIÊNCIAS

1. Apresentação e Justificativa:

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento

científico, que resulta da investigação da natureza, sendo do ponto de vista

científico, o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em

todo sua complexidade, cabendo ao homem interpretar racionalmente seus

fenômenos resultantes das relações entre elementos fundamentais como

tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência, porém

a maneira de como o homem interage com a natureza possibilita a

incorporação d experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos

através de trabalhos em conjunto com seus semelhantes e transmitidos

culturalmente. Portanto, a cultura, o trabalho e o processo educacional

asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecendo novas

formas de relação com a natureza, passando a compreendê-la e apropriando-

se dos seus recursos.

Foi através da observação de regularidades percebidas na natureza que o

conhecimento científico passou a ser sistematizado, permitindo a apropriação

da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem.

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A ciência sendo uma atividade humana complexa, histórica e

coletivamente construída, não revela a verdade, mas propõe modelos

explicativos construídos a partir da aplicabilidade de métodos científicos.

Como não é possível existir uma descrição universal para os modelos

diante da complexidade dos fenômenos naturais, faz-se necessário considerá-

los como uma construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e

instituições num determinado contexto histórico, num cenário sócio-

econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político, sendo

imprescindível, ainda determiná-lo no tempo e no contexto das realizações

humanas, que são também historicamente determinadas. Neste conceito

conceituar ciência, exige cuidado epistemológico, sendo necessário, para

conhecer a real natureza da ciência, investigar a história da construção do

conhecimento científico.

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento

científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é

produzido, as tradições de pesquisas que os produzem e as instituições que as

apoiam. Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a

construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a

natureza nos diversos momentos históricos.

Justifica-se a disciplina de Ciências pela necessidade e importância

do aluno compreender o mundo e atuar como indivíduo e como

cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e

tecnológica; de valorizar a natureza como um todo dinâmico e o

ser humano em sociedade como agente de transformações do

mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres

vivos e outros componentes do ambiente; e para compreender a

ciência como um processo de produção de conhecimento e como

uma atividade humana.

2. Conteúdos:

ESTRUTURANTES:

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– Astronomia

– Matéria

– Sistemas Biológicos

– Energia

– Biodiversidade

BÁSICOS:

6º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA

Universo

Sistema solar

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Astros

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMASBIOLÓGICOS

Níveis de organização

ENERGIA

Formas de Energia

Conversão de Energia

Transmissão de energia

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BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos

7º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de Energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADEOrigem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

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8º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA Formas de Energia

BIODIVERSIDADEEvolução dos seres vivos

9º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA Astros

Gravitação universal

MATÉRIA Propriedades da matéria

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SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

ENERGIA Formas de Energia

Conservação de energia

BIODIVERSIDADEInterações ecológicas

3. Metodologia:

A disciplina de Ciências propõe um estudo que pretende enriquecer e

complementar o entendimento das múltiplas relações físicas, químicas,

biológicas, geológicas, dentre outras, que ocorrem no ambiente. Na Base

Nacional Comum, a disciplina de Ciências tem como premissa o trabalho com

questões desafiadoras, problematizadoras, investigativas e exploratórias.

Ao longo da história da disciplina de Ciências, as aulas práticas em

laboratório têm sido valorizadas como o recurso que torna concreto o

tratamento dos conteúdos. Essas aulas, quando encaminhadas de forma a

repetir procedimentos e roteiros de experiências, apresentam o conteúdo pelo

conteúdo, sem uma maior reflexão sobre os vários fenômenos e fatores

intrínsecos envolvidos.

Destacaram a necessidade de laboratório, materiais e equipamentos

para a realização de atividades práticas, inclusive com o uso de materiais

alternativos, no ensino de Ciências. No entanto, é consenso, que as aulas

práticas sejam desenvolvidas, desde que os conceitos a serem trabalhados não

sejam simplificados de forma extrema e garantam a interpretação de fatos,

fenômenos e conceitos, tendo como principal referência os princípios

específicos da disciplina de Ciências (historicidade, inter-relação,

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intencionalidade, aplicabilidade, provisoriedade).

As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos

conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias

metodológicas com caráter de ilustração, concretização e reflexão dos

conteúdos da disciplina de Ciências. Qualquer que seja a atividade a ser

desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade

(vinculando teoria e prática), visando à construção de noções e conceitos

significativos. Esse encaminhamento evita a dicotomia entre teoria e prática,

eliminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de

roteiros e procedimentos que induzem as respostas prontas ou a comprovação

de leis, teorias ou fenômenos. As aulas práticas a serem desenvolvidas no

contexto escolar na concepção aqui proposta devem considerar sempre a ação

e a reflexão, portanto, “não basta envolver os alunos na realização de

experimentos, mas também procurar integrar o trabalho prático com a

discussão, análise e interpretação dos dados obtidos” (ROSITO, apud MORAES,

2003).

Julga-se necessário que o planejamento das atividades possibilitem uma

participação dos alunos enquanto sujeitos ativos que colaboram

progressivamente na construção do seu conhecimento. Os encaminhamentos

para a disciplina em questão reforçam a postura dos professores como

mediadores e pesquisadores capazes de considerar o desenvolvimento

cognitivo dos educandos, seus conhecimentos prévios, o contexto histórico

atual, a sua realidade local, a diversidade cultural e os diferentes ritmos de

aprendizagem. Dessa forma, a professora poderá desenvolver, temática

emergencial da sociedade contemporânea, numa abordagem que inter-

relacione “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS), concebendo a Ciência como

um processo social, histórico e não dogmático; a Tecnologia “como aplicação

das diferentes formas de conhecimento para atender às necessidades sociais”

e a sociedade como um meio, no qual os sujeitos podem perceber, por meio da

Educação CTS, “o poder de influência que eles têm como cidadãos”, sendo

“estimulados a participar democraticamente” expressando suas opiniões

(SOLOMON21 apud SANTOS e SCHNETZLER, 2003, p. 61). Para tanto, sugere-se

algumas estratégias pedagógicas, tais como:

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observação;

trabalho de campo;

experimentação;

construção de modelos;

jogos de simulação e desempenho de papéis;

visitas a indústrias, fazendas, museus;

projetos individuais e em grupos;

redação de cartas para autoridades;

palestrantes convidados;

estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;

leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.

fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre outros

(Agenda 21).

Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, os professores

poderão encaminhar as atividades da disciplina de Ciências, através dos mais

variados recursos pedagógicos: slides, fitas VHS, DVD’s, CD’s, CD-ROM’s

educativos, entre outros.

A disciplina de Ciências pretende propiciar ao aluno o entendimento dos

fenômenos naturais e sócio-culturais e suas interações e transformações no

ambiente. Para tanto, o professor tem a responsabilidade de planejar as

intervenções, no sentido de possibilitar ao educando o desenvolvimento da

criatividade, da consciência crítica, do trabalho em equipe e do respeito à

diversidade. As proposições teórico-metodológicas apresentadas não têm a

pretensão de esgotar as possibilidades de encaminhamentos metodológicos

para a disciplina, e sim, de indicar caminhos e alternativas para inserir o

conhecimento científico no cotidiano do aluno, numa perspectiva de totalidade,

considerando a realidade social nos seus diversos aspectos.

É importante proporcionar condições para que o estudante seja capaz de

identificar problemas, elaborar hipóteses para explicá-las, planejar e executar

ações para investigá-las, analisar e interpretar os dados e, propor e criticar as

soluções, construindo, dessa forma, o seu próprio conhecimento, tornando-se

cidadão participativo da nossa sociedade.

Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-

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educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Ciências

serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e

Indígena/equipe multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08);

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação

Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Agenda 21 Escolar; História do Paraná (Lei

nº 13.381/01); Música (Lei nº 11.769/08); Educação Fiscal; Enfrentamento à

Violência contra a Criança e o Adolescente; Direito das Crianças e dos

Adolescentes (Lei Fed. Nº 11.525/07); Educação Tributária (Dec. Nº 1.143/99,

Portaria nº 413/02).

4. Avaliação:

A avaliação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, deve

ser contínua e cumulativa, levando-se em conta o aprendizado com aspectos

qualitativos e não quantitativos.

Deve se levar em conta o conhecimento do estudante, experimentar

novas maneiras e recursos didáticos que possam, através da retomada do

conteúdo servir de instrumentos de ensino-aprendizagem e de avaliação.

O “erro” pode ser um ponto de partida para superar uma aprendizagem

equivocada por parte do aluno.

Através de problematizações é possível investigar se houve aquisição

significativa clara e objetiva dos conteúdos científicos construídos no processo

ensino-aprendizagem.

A prova como instrumento de investigação, do aprendizado, deve ser

diagnóstica, indicando o quanto foi aprendido e tornar possível a retomada de

conteúdos científicos pelo professor viabilizando o conhecimento.

Sendo diagnóstica permite avaliar e rever os conceitos científicos

compreendidos ou não, corrigir “erros”, diversificando recursos e estratégias

para efetivar a aprendizagem.

Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos

conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma

aprendizagem realmente significativa para sua vida. (PARANÁ, 2008, p.79)

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A avaliação será utilizada para atender o aluno, observando o nível em

que ele se apresenta, acompanhando assim seu desenvolvimento, nunca

esquecendo de considerar as quatro dimensões: diagnóstica, contínua,

cumulativa e participativa, possibilitando ao professor uma constante revisão

de suas aulas para adequá-las ao ritmo de aprendizagem de seus alunos,

promovendo um desempenho mais eficiente acerca do processo ensino e

aprendizagem.

Os critérios e instrumentos estabelecidos devem propiciar a investigação

da aprendizagem significativa sobre todos os conteúdos trabalhados.

Para tanto, alguns critérios fundamentais devem ser considerados:

- Compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão utilizando

conhecimentos de natureza científica e tecnológica;

- Valorizar a natureza como um todo dinâmico e o ser humano em sociedade

como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial

com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

- Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e

uma atividade humana;

- Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia

como meio para suprir necessidades humanas sabendo elaborar juízo sobre

riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;

- Entender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

- Formular questões e propor soluções para problemas reais a partir de

elementos das Ciências Naturais, colocando em práticas conceitos

procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

- Saber utilizar conceitos científicos básicos associados à energia, matéria

transformação espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

- Valorizar o trabalho em grupo sendo capaz de ação crítica e cooperativa para

a construção coletiva do conhecimento;

- Estimular o cuidado com o próprio corpo com atenção para o

desenvolvimento da sexualidade e para os hábitos de alimentação de convívio

e de lazer;

- Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos alimentos;

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- Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte e seu

papel na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade;

- Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando

informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias

alimentares;

- Compreender a alimentação humana a obtenção e a conservação dos

alimentos sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua

constituição e saúde;

- Valorizar a disseminação de informações relevantes aos membros da sua

comunidade.

A apropriação dos conhecimentos será verificada através de

instrumentos como observação do desempenho do aluno, relatórios, debates,

pesquisas, trabalhos individuais e em grupo, participação do aluno na

realização das atividades, prova com/sem consulta, escrita e oral.

A recuperação de estudos se dará concomitantemente ao processo

ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos.

Será oferecida a todos os alunos com média inferior à da aprovação e/ou

àqueles que quiserem usufruí-la. O estabelecimento de ensino ofertará ao

aluno as oportunidades possíveis para que o mesmo resgate os conteúdos não

aprendidos, e entre a nota da avaliação e a da recuperação paralela,

prevalecerá sempre a maior. Assim, principalmente para os educandos que não

se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de

estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades

significativas e de novos instrumentos de avaliação.

Deve se levar em conta o conhecimento do estudante, experimentar

novas maneiras e recursos didáticos que possam, através da retomada do

conteúdo, servir de instrumentos de ensino-aprendizagem e de avaliação.

5. Referências:

BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson Roberto. Física e química. São Paulo: Ática, 2002.

____FERNANDES, J. A. B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de Ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1,

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n.0, ago. 2005.

FONSECA, Albino. Caderno do Futuro. São Paulo: IBEP, 2003.

FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000.

GOWDAK, Demétrio, MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar. São Paulo: FTD, 2006.

GOWDAK, Demétrio. MARTINS, Eduardo. Natureza e vida. São Paulo: FTD, 1996.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, São Paulo: EDUSP, 1980.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Ciências para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

WILSON, E. O Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

EDUCAÇÃO FÍSICA

1. Apresentação e Justificativa:

As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas

corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da

Europa. Sobre a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar,

a então denominada ginástica surgiu, principalmente a partir de uma

preocupação com o desenvolvimento da saúde e a formação moral dos

cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática corporal pautava-se em

prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e

habilidades físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além

de visar à formação do caráter, da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do

respeito à hierarquia e do sentimento patriótico. Vivenciamos nos últimos

quinze anos a afirmação gradativa do ensino da Educação Física numa

perspectiva cultural e é a partir desse referencial que se propõe essa disciplina

como área de estudo da cultura humana, ou seja, que estuda e atua sobre o

conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao

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longo de sua história. Trata-se, portanto, de privilegiar nas aulas de Educação

Física, além da aprendizagem de movimentos, a aprendizagem para e sobre o

movimento.

O homem na sua trajetória de vida sempre manteve uma relação restrita

com seu corpo, que passou por várias concepções promovendo em cada

momento histórico um diálogo diferente com seu corpo. O corpo e seus

movimentos estiveram sempre à mercê da cultura. Nossa conduta motora nos

revela aspectos biológicos e culturais que são determinantes na evolução do

corpo e da mente.

Na aula de Educação Física, deve-se promover a observação do corpo em

movimento, possibilitando aos seus alunos participar da construção do

conhecimento de si mesmo e de seus colegas. Uma ação pedagógica na qual

possamos incluir o desenvolvimento do organismo enquanto complexidade

biofísico social, criando condições para o desabrochar de processos corporais

mais complexos no que se referem aos fatos, conceitos, procedimentos, valores

e atitudes.

A Educação Física, cujo objeto de estudo é a cultura corporal, é uma

disciplina que possibilita, talvez mais do que as outras, espaços onde se pode

dar início às mudanças significativas na maneira de se implementar o processo

de ensino aprendizagem, tendo em vista as diversas situações, dados do

cotidiano associados à cultura de movimentos, que podem ser utilizados como

objetos para reflexão, resgatando e incorporando a cultura popular e a vivência

dos alunos dentro e fora da escola. Na sociedade contemporânea, a escola tem

assumido papel primordial na formação de crianças, jovens e adultos. As

modificações das relações familiares legaram a esta instituição

responsabilidades nunca antes sonhadas: instruir, ensinar, educar, enfim

formar as futuras gerações. E é dentro da escola que o professor convive com

as desigualdades de todas as naturezas e suas consequências, necessitando

para tanto pensar sua práxis do cotidiano.

Neste contexto, cada disciplina e professor forma cidadãos, necessitando

atuar conscientemente neste sentido. A Educação Física, como disciplina do

núcleo comum, busca assim sua reorganização, uma vez entendida como fruto

do processo histórico de evolução do homem que sempre se movimentou,

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criou jogos, danças e práticas atendendo suas várias necessidades sociais.

Segundo BRACHT “a pedagogia da Educação Física enquanto ciência prática

tem seu sentido não na compreensão, mas no aperfeiçoamento da práxis”

(1992 p. 42).

Entendida nesta perspectiva a disciplina de Educação Física configurar-se-á

num processo racional, sistematizado e intencional de tornar acessível a todas

as crianças e jovens que frequentam a instituição escolar, atitudes e práticas

que constituem essa cultura motora, cognitiva e social.

2. Conteúdos:

ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO:

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Esporte

Coletivos

Individuais

Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.

Atletismo; tênis de mesa.

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Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda;

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.

Gato e rato; escravos de jó lenço atrás; dança da cadeira; adoletá.

Dama; trilha; resta um; xadrez.

Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.

Dança

Danças folclóricas

Danças de rua

Danças criativas

Quadrilha; dança de fitas; ciranda; fandango.

Break; funk.

Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Corda; arco; bola; fita.

Acrobacias; malabares.

Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).

Lutas

Lutas de aproximação Judô; luta olímpica; jiu-jitsu.

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Capoeira Angola; regional.

7º ANO

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Esporte

Coletivos

Individuais

Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.

Atletismo; tênis de mesa.

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda;

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.

Gato e rato; escravos de jó lenço atrás; dança da cadeira; adoletá.

Dama; trilha; resta um; xadrez.

Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.

Dança

Danças folclóricas

Danças de rua

Danças criativas

Quadrilha; dança de fitas; ciranda; fandango.

Break; funk.

Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de

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Danças circulares

movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Contemporâneas; folclóricas; sagradas.

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Corda; arco; bola; fita.

Acrobacias; malabares.

Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).

Lutas

Lutas de aproximação

Capoeira

Judô; luta olímpica; jiu-jitsu.

Angola; regional.

8º ANO:

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Esporte

Coletivos

Radicais

Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.

Skate.

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Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.

Dama; trilha; resta um; xadrez.

Improvisação; imitação; mímica.

Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.

Dança

Dança

Danças criativas

Danças circulares

Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Contemporâneas; folclóricas; sagradas.

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Corda; arco; bola; fita.

Acrobacias; malabares.

Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).

Lutas

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

Esgrima; kendô.

Angola; regional.

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9º ANO:

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Esporte

Coletivos

Radicais

Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.

Skate.

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.

Dama; trilha; resta um; xadrez.

Improvisação; imitação; mímica.

Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.

Dança

Danças criativas

Danças circulares

Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Contemporâneas; folclóricas; sagradas.

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Corda; arco; bola; fita.

Acrobacias; malabares.

Movimentos gímnicos

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( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).

Lutas

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

Esgrima; kendô.

Angola; regional.

ENSINO MÉDIO

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

ESPORTE

Coletivos

Individuais

Radicais

Futebol; voleibol; basquetebol; futebol de salão.

Atletismo; tênis de mesa.

Skate.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Dama; trilha; resta um; xadrez.

Improvisação; imitação; mímica.

Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.

DANÇA

Danças folclóricas

Danças de salão

Danças de rua

Fandango; quadrilha; batuque; ciranda, etc.

Forró; vanerão; samba; soltinho; merengue, etc.

Funk; break, etc.

Ginástica artística /Olímpica

Solo.

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GINÁSTICAGinástica de Condicionamento físico

Ginástica geral

Alongamentos; ginástica localizada; pular corda; ginástica aeróbica.

Movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).

LUTAS

Lutas com aproximação

Lutas que mantêm à distância

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

Judô; luta olímpica.

Karatê; boxe; muay thai; taekwondo.

Esgrima; kendô.

Angola; regional.

3. Metodologia:

Considerando a cultura corporal como objeto de estudo, através

do esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras, a Educação Física

colabora para que os alunos possam reconhecer o próprio corpo, adquirir uma

expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas

corporais. O conhecimento será tratado favorecendo a compreensão dos

princípios da lógica dialética materialista: totalidade, movimento, mudança,

qualidade e contradição.

A metodologia deverá ressaltar o princípio do confronto e

contraposição de saberes, isto é, compartilhar conhecimento científico ou

saber escolar e o saber construído no meio cultural informado pelo senso

comum, na tentativa de superá-los. As atividades serão criativas apontando

um sistema de relações sociais entre os homens e mulheres, respeitando as

dimensões de gênero, raça, classe, local e credo.

Cabe ao professor de Educação Física ter o cuidado de dar o

significado às atividades realizadas para que haja o enriquecimento da

proposta curricular valorizando o aluno e suas habilidades motoras vendo o

mesmo como um todo, não se apegando apenas nas técnicas esportivas, pois

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no trabalho como educador, o professor de Educação Física deve aplicar

atividades concretas, ligadas à realidade dos alunos e criativas, tendo como

objetivo formar conceitos de cidadania, ética, saúde, estética e satisfação, pois

ninguém faz uma atividade física por fazer, participa da mesma por gostar e

nela se realiza.

Dar significado à atividade não é só trabalhar conteúdos

“práticos” e sim auxiliar para que o aluno saiba fazer uma “leitura do mundo”

adquirindo condições de atuar como cidadão consciente. Serão utilizados

recursos tais como: sucatas, cordas, jogos de dominó, xadrez e dama, rádio,

bolas, redes, quadra, vídeos, TV Multimídia, internet, etc; tendo o cuidado de

estar priorizando os trabalhos em grupo, buscando a criatividade e a

criticidade, em busca da superação da meritocracia, da seletividade e do

individualismo.

Os procedimentos serão assentados em ações com o intuito de

dar aos alunos a chance de opinarem, discutirem e transformarem a direção

social num processo dinâmico, consciente e contínuo, a construção do

conhecimento pela práxis.

Os objetivos, os conteúdos e a metodologia apontarão para a

necessidade dos alunos de trabalharem e produzirem durante todo o ano

letivo, assumindo a sua cota de responsabilidade, deixando de lado a

sistemática tradicional de somente participarem das atividades escolares

quando o professor responsável pela turma estiver presente.

O trabalho, sempre coletivo, permitirá que, mesmo na ausência

do professor haverá a possibilidade de substituí-lo por um membro do grupo de

professores de educação física e/ou outro professor de outra disciplina.

Dentro das temáticas que serão desenvolvidas estarão a História

e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Leis 10.639/03 e 11.645/08), a

Educação Ambiental (Lei 9.795/99), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o

Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07 e a

Educação Fiscal, que serão trabalhadas de forma contextualizada e

relacionadas aos conteúdos.

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4. Avaliação:

A partir da avaliação diagnóstica, será analisado o processo

desenvolvido para identificar lacunas no processo de ensino e de

aprendizagem, bem como para planejar e propor outros encaminhamentos que

visem a superação das dificuldades constatadas, onde será um processo

contínuo, permanente e cumulativo, organizando e reorganizando o trabalho

visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas de

ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que

os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma

relação com o mundo. Pretende-se que nas aulas de Educação Física o

conteúdo seja produzido e socializado através de vivências que evidenciem o

fundamental papel do aluno como construtor do conhecimento. Para isto, é

necessário que o professor crie oportunidades para que os alunos os

construam, a partir de suas experiências, fazendo-se necessário, por parte do

professor a aplicação de ações: uma observação direta, diagnóstica, análise de

dados, nível de participação e envolvimento nas atividades práticas e teóricas

pelos alunos, para que as metas traçadas no decorrer do ano atinjam seu alvo

principal o aluno no ato de aprender.

É importante que se tenha clareza da função social da avaliação

na construção do saber, além de reconhecer o caráter fundamental para a

Educação, da produção do conhecimento de forma crítico-reflexiva,

estabelecendo um diálogo permanente com o cotidiano dos autores

(professores e alunos) na ação pedagógica, estimulando, assim, o verdadeiro

exercício da cidadania.

Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja

produzido e socializado através de vivências que evidenciem o fundamental

papel do aluno como construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o

professor crie oportunidades para que os alunos os construam, a partir das

suas experiências, fazendo-se necessário, por parte do professor a aplicação de

ações como: uma observação direta, diagnóstica, contínua, cumulativa e

processual, análise de dados, nível de participação e envolvimento nas

atividades práticas e teóricas pelos alunos, para que as metas traçadas no

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decorrer do ano atinjam seu alvo principal: o aluno no ato de aprender.

Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e

para os alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à

necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes

instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como

forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta

de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído,

revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento

estão sendo valorizados.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação (trabalhos, pesquisas

realizadas no laboratório de informática, avaliações práticas e teóricas,

seminários e debates), que serão empregados, poderão ser levantados, além

dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e subjetivos relacionados

aos resultados, suas relações com diferentes contextos de aplicação e o

significado que esses trarão para a construção do conhecimento pessoal do

aluno e para a coletividade à qual pertence.

Inicialmente far-se-á a avaliação diagnóstica para detectar o grau

de conhecimento e de dificuldades do educando.

A avaliação deve se materializar em cada aula (observação

constante do aluno feita pelo professor), considerando sua aplicação e

consequência pedagógica, política e social, referenciada nos interesses

individuais e coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas

possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades, desempenho

no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da

concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um

ser único e de que ambos, professor e aluno assumirão responsabilidades na

perspectiva de uma avaliação participativa.

A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante

numa conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.

Alguns critérios importantes de avaliação devem ser definidos ao

avaliar os alunos:

• Participação nas atividades corporais, estabelecendo relações

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equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e

respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e

dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas,

sexuais ou sociais;

• Adoção de atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade

em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de

violência;

• Conhecimento, valorização, respeito à pluralidade de

manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo,

percebendo-as como recurso para a integração entre pessoas e

entre diferentes grupos sociais;

• Reconhecimento de si próprio como elemento integrante do

ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e

atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a

própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde

coletiva;

• Capacidade de solucionar problemas de ordem corporal em

diferentes contextos, regulando e dosando o esforço em um nível

compatível com as possibilidades, considerando que o

aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais

decorrem da perseverança e regularidade e devem ocorrer de

modo saudável e equilibrado;

• Reconhecimento das condições de trabalho que comprometam os

processos de crescimento e desenvolvimento, não as aceitando

para si nem para os outros, reivindicando condições de vida digna;

• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética

corporal que existem nos diferentes grupos sociais,

compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são

produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela

mídia e evitando o consumismo e o preconceito;

• Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma,

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bem como reivindicar locais adequados para promover atividades

corporais de lazer, reconhecendo-os como uma necessidade básica

do ser humano e um direito do cidadão.

A recuperação paralela ocorrerá de forma concomitante ao processo

ensino e aprendizagem, sempre que o professor verificar que seu aluno

apresentou dificuldades no desenvolvimento das atividades, não assimilou o

que lhe foi proposto, resultando num baixo desempenho. O conteúdo será

retomado, revisto, e os alunos submetidos a nova avaliação, prevalecendo o

melhor resultado.

5. Referências:

BATISTA, Luiz Carlos C. Educação Física no ensino fundamental. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.

CIVITATE, Hector. Jogos de salão e recreação. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista: a pedagogia crítico social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1991.

KAMEL, Dílson; KAMEL, José Guilherme N. Nutrição e Atividade Física. 2. ed.Rio de Janeiro: Sprint,1998.

LUCKESI, Carlos.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

VALADARES, S.; ARAUJO, R. Educação física no cotidiano escolar: jogos e

brincadeiras com bola. Belo Horizonte: FAPI, 1999.

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ENSINO RELIGIOSO

1. Apresentação e Justificativa:

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária

reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização,

diante das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão

ampla da diversidade cultural.

As diferenças culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão

da diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente,

e que, são marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.

Portanto, busca propiciar oportunidade de identificação, de entendimento,

de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes manifestações

religiosas presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da própria

cultura em que se insere.

Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere à

diversidade religiosa, a Diretrizes para o Ensino Religioso definem como objeto

de estudo o sagrado como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo

presente em todas as manifestações religiosas, busca explicitar as diferentes

culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras

recentes, ou seja, o sagrado influencia a compreensão de mundo e a maneira

como o homem vive seu cotidiano.

A disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à

compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado,

com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, auxiliando na

compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a

sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou

negação do sagrado.

Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas

manifestações são significativos para todos os alunos no processo de

escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das

interfaces as cultura e da construção da vida em sociedade.

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2. Objetivos:

I - Compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade:

II - desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição

de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores:

III – fortalecer os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

IV - Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões

religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar

o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.

V - Promover e também desenvolver a formação do educando, no seu

intuitivo, consciente, critico, participativo, comprometido com a realidade

social, política e econômica, ou seja, com vida, e como agentes construtores

de uma sociedade justa.

3. Conteúdos:

3.1. Estruturantes:

Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de

grande amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os

campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso. O

conhecimento religioso é entendido como um patrimônio da humanidade.

Legalmente, é instituído na escola a fim de promover um oportunidade para

que os educandos de tornem capazes de entender os movimentos específicos

das diversas culturas, e para que o substantivo religioso represente um

elemento de colaboração na constituição do sujeito, sendo uma disciplina que

contribui para o desenvolvimento humano.

PAISAGEM RELIGIOSA

Por paisagem religiosa define-se a combinação de elementos culturais e

naturais que remetem a experiências do sagrado, que por força dessas

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experiências anteriores remetem a uma gama de representações sobre a

diversidade cultural e religiosa. Para o homem religioso, a natureza não é

exclusivamente natural; sempre está carregada de um valor sagrado. A ideia

da existência de lugares sagrados e de um mundo sem imperfeições conduz o

homem a suportar suas dificuldades diárias. O homem consagra determinados

lugares porque necessita viver e conviver no mundo sagrado.

UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

A complexa realidade que configura o universo simbólico tem como chave

de leitura as diferentes manifestações do sagrado no coletivo, cujas

significações se sustentam em determinados símbolos religiosos.

De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que são

criações cuja função é comunicar ideias. Os símbolos são parte essencial da

vida humana, todo sujeito se constitui e se constrói por meio de inúmeras

linguagens simbólicas, portanto, é um elemento importante porque está

presente em quase todas as manifestações religiosas e também no cotidiano

das pessoas. Estamos inseridos numa realidade altamente simbólica, não só no

que diz respeito ao sagrado, mas em todo imaginário humano.

TEXTOS SAGRADOS

Como conteúdo estruturante, o texto sagrado é uma referência importante

para o Ensino Religioso, pois permite identificar como a tradição e a

manifestação atribuem às práticas religiosas o caráter sagrado e em que

medida orientam ou estão presentes nos ritos, nas festas, na organização das

religiões, nas explicações da morte e da vida.

Os textos sagrados expressam ideias e são meios de dar viabilidade à

disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e

manifestações religiosas, o que ocorre de diversa maneiras.

3.2. Básicos

A organização dos conteúdos se referencia em manifestações religiosas

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menos conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural dos

educandos. Por sua vez, o conteúdo templos e espaços sagrados se inicia da

discussão dos espaços físicos identificados como sagrados. No caso de Ensino

Religioso sagrado é o objeto de estudo da disciplina, portanto, o tratamento a

ser dado aos conteúdos básicos estará sempre a ele relacionado.

6º ANO

- Organizações Religiosas

- Lugares Sagrados

- Textos Sagrados Orais ou Escritos

- Símbolos Religiosos

7º ANO

- Temporalidade Sagrada

- Festas Religiosas

- Ritos

- Vida e Morte

4. Metodologia:

O sagrado será a base da qual serão trabalhados os demais conteúdos. A

linguagem utilizada é essencialmente pedagógica partindo de

questionamentos que provocam reflexões e de modo que o educando

construirá sua identidade e autonomia, entendendo o sentido da vida, do

respeito as diferenças do outro.

As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina

poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, o que amplia

e valoriza o universo cultural dos alunos.

Os conteúdos propostos pelas Diretrizes contemplam as diversas

manifestações do sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio

cultural, os quais poderão ser enriquecidos pelo professor, desde que

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contribuam para a construir, analisar e socializar o conhecimento religioso,

para favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com

o diferente.

Portanto, é preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e à opção

religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos

valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e

da diversidade sociocultural.

Através de leitura e interpretação das informações contidas em textos

diversificados.

Pesquisas em jornais e revistas, para que o aluno reflita sobre as diversas

informações levando-o a troca de ideias e debate em sala de aula, despertando

o senso crítico no educando.

Utilização do laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive)

educativos, relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e

auxiliar na compreensão do ensino aprendizagem.

Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios

sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em

Ensino Religioso serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-

brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção

ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência

contra a Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº

11.525/07.

5. Avaliação:

A avaliação é condição para análise do educador sobre as práticas e

processos de aprendizagem, deve apresentar elementos que motivam a prática

avaliativa classificando-se em avaliação inicial, processual, formativa e final. A

disciplina de Ensino Religioso requer um trabalho comprometido, de modo que

a avaliação se torna um fator que pode contribuir para sua legitimação como

componente curricular. Cabe ao professor implementar práticas avaliativas que

permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno

e pela classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e o seus objetivos.

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Será realizada através da convivência do respeito às diferenças do outro, da

postura e instrumentos diversos durante o desenvolvimento da aula, como:

- Participação de trabalhos em grupos;

- Exposição de trabalhos;

- Produção de textos e desenhos;

- Observação dirigida e espontânea de atitudes;

- Comunicação oral e escrita;

- Relatos de experiência;

- Trabalhos escritos ou orais;

- Leitura e interpretação de fotos, imagens, textos, entre outros.

6. Referências:

ELIADE, M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins

Fontes, 1992.

CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.

História da Religiões. Editora Tempo Films/Planeta do Brasil.

GUILOUSKI, Borres; COSTA, Diná Raquel D. da; SCHLOGL, Emerli. Encontro:

apontando novos caminhos para o Ensino.

De mãos dadas Ensino Religioso. Avelino Antonio Corrêa, Amélia Schneiders –

São Paulo: Scipione, 2002.

NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o Universo Religioso. V. 5.

Petrópolis: Vozes, 2001.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de

Ensino Religioso para a Educação Básica. Departamento de Educação

Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de

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Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos:

inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos

currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED – PR, 2005.43p.

WWW.diaadiaeducação.pr.gov.br

FILOSOFIA

1. Apresentação e Justificativa:

A Filosofia é uma das formas de conhecimento e guarda especificidade

em relação a todas às demais, ou seja, em relação à ciência, à arte, à religião,

ao senso comum, tendo como objeto de estudo o conhecimento. Ela tem uma

história e uma tradição que é tão ou mais antiga que as ciências, e no entanto,

por um certo período, no Brasil, não foi considerada um saber, como os outros

necessários, que devesse ser socializado, juntamente com as ciências compor

um Currículo que realmente garantisse a leitura e a compreensão do mundo.

Só a história nos ajuda a entender esta ausência na escola secundária. A

filosofia foi eliminada do convívio com a juventude secundarista nos anos 70,

por força da Lei nº 5692/71, que abrigava um projeto pedagógico de cunho

profissionalizante estreito. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

aprovada em Dezembro de 1996, contempla a Filosofia como conhecimento

necessário à formação da cidadania. Mas, é preciso que se diga, que em nosso

Estado, já antes disto se reconheceu a importância e o lugar da Filosofia na

formação da consciência crítica dos nossos educandos, na superação da

alienação, e, já vinha compondo a currículo do ensino médio.

A Filosofia tem como tarefa buscar os fundamentos de uma concepção

de mundo, de conhecimento, de homem, de sociedade, e do mesmo modo,

sempre em maior ou menor grau, comprometido com a realização prática de

sua representação teórica. Este fato nos indica então, que a relação teoria-

prática é constitutiva da Filosofia.

Os conhecimentos apreendidos no decorrer da formação educacional

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começam através da interação com o mundo exterior, e o papel da Filosofia, no

ambiente escolar, é por primazia, o de aprofundar e de fortalecer esses

conhecimentos para uma formação integral do educando. Em essência, o

ensino desta enquanto instrumento de reflexão é o de direcionar o aluno a

questionar através de temas como, por exemplo, o conceito de verdade,

variante de acordo com o contexto histórico-social, que desde o primórdio,

alguns filósofos já o questionaram, a partir do conhece-te a ti mesmo, proferido

por Sócrates.

No Colégio Estadual Juvenal Mesquita, a Filosofia é trabalhada de forma a

promover a perplexidade, o deslumbre, o espanto e a admiração que leve o

estudante a um posicionamento ativo em busca do conhecimento. Também é

apresentada como uma ferramenta, um instrumento de reflexão, de análise

crítica e criatividade radical, rigorosa e de conjunto, que possibilite ao aluno

desenvolver seu estilo próprio de pensamento.

Através das aulas de Filosofia, o colégio busca guiar o aluno no sentido

de problematizar situações, reelaborar e criar novos conceitos filosóficos,

argumentar, estabelecer relações entre a teoria e a prática, o abstrato e o

empírico, desmistificar a realidade, perceber a realidade das ideologias,

exercer sua criatividade, perceber-se como sujeito autônomo, ético e subjetivo,

compreendendo assim culturas e linguagens a partir de sua própria história de

vida, superando as dificuldades para encontrar o equilíbrio da existência

enquanto ser humano.

Na abordagem filosófica há capacitação de uma autoconsciência acerca

das questões fundamentais sobre a existência humana. Sendo assim, ensinar

Filosofia é um exercício maciço, que privilegia conceber a reflexão, a

criatividade e a formação de indivíduos autônomos.

2. Conteúdos:

ESTRUTURANTES BÁSICOS

Mito e Filosofia

- Saber mítico;

- Saber filosófico;

- Relação entre Mito e Filosofia;

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- Atualidade do mito;

- O que é a Filosofia?

Ética

- Ética e moral;

- Pluralidade ética;

- Ética e violência;

- Razão, desejo e vontade;

-Liberdade: autonomia do sujeito e a

necessidade das normas.

Filosofia Política

- Relações entre comunidade e poder;

- Liberdade e igualdade política;

- Política e ideologia;

- Esfera pública e privada;

- Cidadania formal e/ou participativa.

Filosofia da Ciência

- Concepções de ciência;

- A questão do método científico;

- Contribuições e limites da ciência;

- Ciência e ideologia;

- Ciência e ética.

Estética

- Natureza da arte;

- Filosofia e arte;

- Categorias estéticas;

- Estética e sociedade.

3. Metodologia:

A disciplina de Filosofia viabilizará interfaces com outras disciplinas para

a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências

e da arte. Os conteúdos estruturantes serão trabalhados fazendo com que os

estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e possam

adquirir subsídios para que pesquisem, façam reflexões e criem conceitos a

partir dos textos filosóficos. O trabalho com os conteúdos estruturantes em

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consonância com os conteúdos básicos dar-se-á em quatro momentos: a

mobilização para o conhecimento; a problematização; a investigação e a

criação de conceitos. A criação de conceitos será proposta através de

problematizações, leituras e análise de textos, debates, pesquisas,

sistematizações, produção e reelaboração de textos, análise de imagens,

músicas, dinâmicas de grupo, palestras, análise de filmes e documentários,

contribuindo desta maneira para a construção da consciência crítica do

educando. Nos encaminhamentos metodológicos serão utilizados os seguintes

recursos didáticos/tecnológicos: livros (principalmente da consulta ao acervo

da Biblioteca do Professor), revistas, CDs, letras de músicas, fotografia,

gravuras, TV Multimídia, recursos disponíveis no Portal Dia a dia Educação,

computador e aparelho de DVD.

Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-

educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Filosofia

serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e

Indígena/Equipe Multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08);

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação

Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Enfrentamento à Violência contra a

Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07

e Educação Fiscal.

As atividades desenvolvidas serão trabalhadas através de produção de

textos; imagens; maquetes; acesso aos sites; realização de pesquisa de

campo; leitura de textos, revistas e materiais didáticos disponibilizados na

escola e on line; debates, palestras e estudo dos cadernos temáticos da SEED.

4. Avaliação:

A avaliação será contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais

deste no conjunto dos componentes conteúdos cursados, com preponderância

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação formativa, de maneira diagnóstica, identificará as

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aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que

apresentarem dificuldades. Ao avaliar em Filosofia deverá ser considerado

como critério a capacidade de se trabalhar com os conceitos, de construir e

tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e

discursos, considerando o respeito pelas posições do estudante, mesmo que

não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de

argumentar e de identificar os limites dessas posições. A avaliação é um

processo, sendo que em Filosofia a mobilização para o conhecimento se inicia

por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que

pensa após o estudo. Os instrumentos de avaliação contribuirão para a

construção da autonomia do educando, tais como: produção de textos,

reflexões críticas de textos e filmes, avaliação discursiva: objetiva e oral,

trabalho em grupo, sínteses dos conteúdos e debates (seminários).

A recuperação paralela acontecerá de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e instrumentos

diversificados, com atividades significativas, sendo que os resultados da

recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período

letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.

5. Referências:

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

______. O que é ideologia? São Paulo: Brasiliense, 1989.

CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1986, v.1.

FAVARETTO, C.F. Notas sobre o ensino da filosofia. In: ARANTES, P. E. et all (Org.). A filosofia e seu ensino. Petrópolis/São Paulo: Vozes/Educ, 1995.

FERRATER MORA. Dicionário de filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.

FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático Público)

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SEVERINO. A J. O ensino de filosofia: entre a estrutura e o evento. In: GALLO; S., DANELON; M., CORNELLI, G., (Orgs.). Ensino de filosofia: teoria e prática. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.

VASCONCELLOS, C. do S. A construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 2000.

DOCUMENTOS CONSULTADOS ON LINE

Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova - 1932. In: História da Educação no Brasil. Disponível em: <www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb07a.htm>. Acesso em 03-05-2006.

FÍSICA

1. Apresentação e Justificativa:

A Física tem como objeto de estudo o universo em toda sua

complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe o estudo da natureza

entendida segundo Menezes (2005), como realidade material sensível.

Porém, os conhecimentos de física apresentados aos estudantes do

ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos

elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa natureza.

Apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os

árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física

demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da ciência

conhecida pode ser resumida à Geometria euclidiana, à Astronomia

Geocêntrica de Ptolomeu(150d.C) e à Física de Aristóteles(384-322 a.C). As

explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de acordo com que

se conhece sobre ele. No mundo atual, globalizado e altamente tecnológico, a

física possui uma parcela significativa desse conhecimento. Toda tecnologia é

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de grande importância no conhecimento da física e muitas vezes já faz parte

do cotidiano do aluno. Essa proposta implica a abordagem que o ensino da

física faz sobre os fenômenos físicos, lembrando que suas ferramentas

conceituais são as de uma ciência em construção, com uma respeitável

consistência teórica.

Além disso, estudar física desenvolve o raciocínio, estimula a imaginação

e a criatividade. Um aluno interessado no estudo desta disciplina não fica

restrito apenas a esse campo, mas sim, circula por muitos outros contribuindo

para sua própria cidadania, formando-se um cidadão capaz de contextualizar o

conhecimento relacionando-o com sua realidade, e capacitando-se para uma

atuação crítica e social, cujo conhecimento atual é a cultura científica

tecnológica, filosófica e histórica deste tempo em suas relações com outras

produções humanas. Essa aprendizagem só é possível através da interação

com o professor, que necessita fazer um ensino comprometido com a

mudança, com o amadurecimento dos indivíduos dentro de uma perspectiva

mais ampla e integradora das ciências e da sociedade.

Os princípios norteadores da proposta da elaboração do currículo da

disciplina de Física, foram baseados na Fundamentação Teórico – Metodológica

encontrada na “ Introdução” das “Orientações Curriculares de Física – Texto

Preliminar – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná –

SEED – PR. e também nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do

Paraná.

O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas

por aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Contudo há

um certo consenso que “... a preocupação central tem estado na

identificação do estudante com o objeto de estudo. Em outras palavras, a

questão emergente na investigação dos pesquisadores está relacionada à

busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na educação básica

– Ensino Médio”( ROSA & ROSA, 2005, p.2 ).

Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que

mostra uma preocupação com a Física como uma Ciência que permite

compreender uma imensidade de fenômenos físicos naturais, que seriam

indispensáveis para a formação profissional ou como subsídio para a

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preparação para o vestibular e a compreensão e interpretação do mundo pelos

sujeitos – educandos. Entretanto neles a ênfase recai nos aspectos

quantitativos em detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a

resolução de “Problemas de Física” que, sempre se traduzem em exercícios

matemáticos com respostas prontas. Esse discurso tem norteado o trabalho de

muitos professores e, mais que isso, as estruturas curriculares por eles

organizadas. Isso faz com que com que o ensino de Física se transforme num

ensino livresco, descontextualizado em sua história, não permitindo a

compreensão de que Ciência é uma construção humana, com todas as

implicações que isso possa ter, inclusive os erros e acertos decorrentes das

atividades humanas.

A Física deixa de ser mais um instrumento para a compreensão do

mundo , não permitindo ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao

formalismo próprio desse campo de conhecimentos, essencial para o

desenvolvimento de uma cultura em ciência. Apesar do incentivo à carreira

universitária, esse estudo deve ser mais uma possibilidade e não o objetivo

principal do ensino desta disciplina no nível médio.

A Ciência não é neutra visto que o cientista faz parte de um contexto

social, econômico e cultural, influenciando e sendo influenciado por esse

contexto, fato que não pode ser ocultado de nossos estudantes. Isso significa

mostrar que a ciência não está pronta nem acabada e não é absoluta, mas,

revelar aos nossos estudantes “ ... como é penoso , lento , sinuoso e, por

vezes, violento, o processo de evolução das ideias científicas” ( PONCZEK,

2002, p. 22 ).

Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que

vivem ou que viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz

parte da cultura social humana e, portanto, é um direito dos estudantes

conhecê-lo.

Além disso, se queremos contribuir pra a formação de sujeitos que sejam

capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões,

não podemos deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à tecnologia.

Por isto é importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o

desenvolvimento da Ciência e da tecnologia e as diversas transformações

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culturais, sociais e econômicas na humanidade decorrentes deste

desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção

histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do

tempo.

Considerando ainda que, como ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito

aos saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em Física

deve partir do conhecimento prévio dos alunos, respeitando seu contexto

social e suas concepções espontâneas a respeito de ciência.

Em primeiro lugar de acordo com MOREIRA ( s / d, p.2 ) devemos

abandonar o papel de ser apenas transmissores de conhecimentos e

passarmos a ver, de fato, os sujeitos como elaboradores do saber físico, mas

que precisam do professor como mediador. O autor parte do pressuposto que o

objetivo do ensino é compartilhar, professor e aluno, significados e promover a

aprendizagem significativa. Mas, isso ocorrerá somente quando o educando

internalizar esses significados de maneira não arbitrária e não literal, quando

as novas informações adquirirem significado por interação com o

conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente, derem significados

adicionais, diferenciarem, integrarem, modificarem e enriquecerem o

conhecimento já existente.

Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas ideias,

sua visão do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas

experiências diárias e nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado por

MOREIRA (1999 ), os seres humanos fazem três coisas: pensam, sentem e

atuam ( fazem ). Ou seja, ao se pensar uma metodologia de ensino para a

Física é preciso ter em vista o que os estudantes já conhecem. Esta ideia

remete aos estudos das concepções espontâneas ou ideias alternativas dos

sujeitos.

Ao educando será apresentado princípios, concepções, linguagem, entre

outros elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve

permitir que ele perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada

pela ciência para explicar um determinado fenômeno. Esse processo

contribuirá para que o educando reformule as suas ideias tendo em vista a

concepção científica. Assim, espera-se que esteja reelaborando seus conceitos,

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mas não necessariamente, que abandone suas ideias espontâneas. Poderá

estar negociando ou adequando sua interpretação e linguagem ao contexto de

utilização. Ou seja, seus conceitos serão mais elaborados ou menos

elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a necessidade ou

interesse deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no contexto da

comunidade científica.

Entendemos, então, que a Física deve educar para a cidadania,

contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, “ ... capaz de

compreender o papel da ciência no desenvolvimento da tecnologia. ( ... ) capaz

de compreender a cultura científica e tecnológica de seu tempo “ ( CHAVES &

SHELLARD, 2005, p. 233 ).

Cabe colocar aqui que a cidadania da qual falamos aqui não é a cidadania

para o consumo, não é a cidadania construída através de intervenções

externas, doações da burguesia e do Estado moderno, mas, a cidadania que se

constrói no interior da prática social e política de classes.

Por fim, é fundamental que a Física seja trabalhada de forma que o aluno

seja capaz de informar e se comunicar, compreender e agir, enfrentando

problemas de diferentes naturezas, participando socialmente de forma prática

e solidária, elaborando críticas e propostas, além de investigar e discutir a

utilização de tecnologias e outros meios de comunicação.

2. Conteúdos:

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias

que hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para

a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica

dos conteúdos escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de

estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.

Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e

definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma

teoria. Desses estruturantes derivam os conteúdos básicos que comporão as

propostas pedagógicas curriculares das escolas.

1ª Série

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

MOVIMENTO

• Momentum e Inércia;

• Conservação da Quantidade de

Movimento ( Momentum );

• Variação da Quantidade de

Movimento = Impulso;

• 2ª Lei de Newton;

• 3ª Lei de Newton e condições de

equilíbrio.

TERMODINÂMICA • Lei zero da Termodinâmica.

ELETROMAGNETISMO

• Carga, Corrente Elétrica, Campo

e Ondas eletromagnéticas;

• Força Eletromagnética;

2ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

MOVIMENTO• Energia e o Princípio da

Conservação da energia.

TERMODINÂMICA • 1ª Lei da Termodinâmica;

ELETROMAGNETISMO

• Equações de Maxwell: Lei de

Gauss para eletrostática/Lei de

Coulomb, Lei de Ampère, Lei de

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Gauss magnética, Lei de

Faraday.

3ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

MOVIMENTO• Gravitação.

TERMODINÂMICA • 2ª Lei da Termodinâmica;

ELETROMAGNETISMO

• A natureza da luz e suas

propriedades.

3. Metodologia:

Em um mundo em constante mudança, a aprendizagem desejada é

aquela que articula o conhecimento curricular às vivencias do aluno, para que

se torne significativa, que ocorra pela interação do aluno com o meio, com os

colegas, com o material didático, com o professor. Mais do que soluções

prontas e acabadas, o que se pretende é que ele saiba buscar o aprendizado,

instigando-o, valorizando a reflexão constante e também sua herança cultural.

Partindo do conhecimento prévio do estudante na construção do saber

científico historicamente produzido, a busca de conteúdos e objetivos deve ser

contínua na escola e natural em sua vida profissional.

Será utilizado o Portal Dia a Dia Educação, revistas científicas, livros

paradidáticos e didáticos, sites relacionados com a ciência e tecnologia,

proporcionando atividades de pesquisas, experimentos que ajudem o aluno na

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interpretação dos fenômenos físicos, relacionando-os com os conceitos e as

leis da Física e inserindo uma abordagem científica, explorando unidades e

medidas, fenômenos físicos, ficção e realidade.

Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico ainda

é tratado como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático que,

normalmente, não leva a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba

por distanciar o interesse dos educandos pela disciplina.

Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados e

reduzidos, bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial.

É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem

condições de ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da

descoberta, tornando o processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo

e estimulador.

No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância

da Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento

enquanto construção humana e a constante evolução do pensamento

científico, também as relações das descobertas científicas com as aplicações

tecnológicas na contemporaneidade.

O uso da experimentação é viável e necessário, mesmo que seja por meio

de demonstração feita pelo educador, ou da utilização de materiais

alternativos e de baixo custo, na construção ou demonstração de

experimentos.

O educador traz ideias e contextos para as coisas, para compreender e

atuar no mundo. Essas ideias podem ser aproveitadas como ponto de partida

para a construção do conhecimento científico, tomando os cuidados

necessários.

O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e

as experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser

aproveitadas no processo da aprendizagem.

Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser

considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos

e melhor compreensão dos conteúdos, cabe ao professor administrar este

processo no qual os educandos necessitam de apoio. É essencial valorizar os

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acertos e tornar o erro em algo comum, caracterizando-o como um exercício de

aprendizagem. É importante incentivar os educandos a ampliarem seus

conhecimentos por meio de pesquisa, como atitude cotidiana e na busca de

resultados.

O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada

vez mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas

e à melhor compreensão dos estudos elaborados. O uso do computador pelo

educando na escola é necessário visto que a tecnologia se faz presente nos

lares, no trabalho e aonde quer que se vá.

Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites ou em outros

meios de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao

ensino de Física podem e devem ser explorados de diversas formas, desde

que tenham cunho científico.

O ensino de Física não deve ser pautado apenas no uso do material didático

fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros

recursos para enriquecimento das aulas e assim tornar o processo de ensino

mais harmonioso e agradável.

Serão também trabalhados conteúdos referentes à História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena/Equipe Multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e

Lei nº 11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de

drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Enfrentamento à violência

contra a criança e o adolescente, Direito das Crianças e Adolescentes – Lei

Federal nº 11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº 1.143/99, Portaria nº 413/02,

Agenda 21 Escolar.

4. Avaliação:

A avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o professor

acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a

avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução de

um trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de

todos e a escola pública o espaço onde a educação democrática deve

acontecer.

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A avaliação dar-se-á de forma diagnóstica, contínua, cumulativa e

processual, utilizando vários instrumentos, podendo destacar:

− pesquisas bibliográficas como construção e sistematização de

conhecimentos prévios.

− relatórios sobre fenômenos físicos em experimentos e filmes.

− relatos de conceitos físicos, unidades de medidas, causas e efeitos dos

fenômenos explorados, através de textos científicos, poéticos e reportagens.

− avaliação escrita, trabalhos, entre outros.

A avaliação indicará o déficit na apropriação dos conteúdos e a

necessidade de recuperação de estudos a ser realizada de forma paralela,

revendo os conteúdos não apreendidos e propiciando novas oportunidades de

avaliação .

Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se essencialmente

considerar:

· A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

· A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

· A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

· A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as

leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que

envolva os conhecimentos da Física.

A recuperação de estudos acontecerá de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, com atividades significativas, sendo que os

resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante

o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento

escolar.

Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do

conhecimento pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização

deste conhecimento. Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da

escola quando cria condições reais para a condução do trabalho pedagógico.

5. Referências:

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MENEZES, L. C. A Matéria – Uma Aventura do Espírito: Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.

MOREIRA, Antonio Flávio. Currículo como política cultural e a formação docente. In. SILVA, Tomáz Tadeu da; MOREIRA, Antonio Flávio. (Orgs). Territórios contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 7 – 20.

______. Escola, currículo e a construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1994.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Física para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Física. Curitiba: SEED-PR, 2006.

GONÇALVES FILHO, Aurélio; TOSCANO, Carlos. Física. Vol. único: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2005.. PENTEADO, Paulo Cesar M.; MAGNO, Carlos. Física – ciência e tecnologia. São Paulo: Moderna, 2005.

ROSA, C. W. da; ROSA, À. B. da. A Teoria histórico Cultural e o Ensino da Física. In: Revista Iberoamericana de Educación, n. 33 – 6, 1 – 8, 2004. ISBN: 1681 – 5653. SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sergio Calçada. Física: Vol. Único. 2. Ed. São Paulo: Atual, 2005. (Coleção ensino médio Atual).

SITES:

www.coladawebe.com.br

www.fisicanet.com.br

www.feiradeciencias.com.br

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GEOGRAFIA

1. Apresentação e Justificativa:

O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como

o espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto

pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e

sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas

(SANTOS, 1996).

O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário

e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas

de ações, não considerados isoladamente, mas como o

quadro único no qual a história se dá. No começo era a

natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao

longo da história vão sendo substituídos por objetos

técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com

que a natureza artificial tenda a funcionar como uma

máquina (SANTOS, 1996, p. 51).

A Geografia como disciplina oferece ao educando uma visão crítica e

construtiva do seu espaço no âmbito social, físico e histórico. Ela se preocupa

em compreender o espaço produzido e apropriado pelas sociedades, seus

aspectos físicos e culturais, contribuindo para que o aluno perceba que é um

ser ativo, crítico e participativo, ou seja, um agente transformador.

A disciplina de Geografia tem como objetivo problematizar a

abrangência dos conteúdos desse campo do conhecimento, bem como

reconhecer os impasses e contradições existentes são procedimentos

fundamentais para compreender e ensinar o espaço geográfico no atual

período histórico.

A Geografia contribui para que o aluno compreenda o mundo pensando,

refletindo e posicionando- se criticamente, buscando a justiça social e acima de

tudo, compreendendo a relação sociedade natureza. Contribui também para a

reflexão sobre os fatos históricos que resultaram de artimanhas políticas.

Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é importante para a vida

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em sociedade e, em particular, para o desenvolvimento das funções de

cidadania: cada cidadão, ao conhecer as características sociais, culturais e

naturais do lugar onde vive, bem como, a de outros lugares pode comparar,

explicar, compreender e espacializar as múltiplas relações que diferentes

sociedades em épocas variadas, estabeleceram com a natureza a construção

de seu espaço geográfico.

2. Conteúdos:

2.1. ESTRUTURANTES:

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude

que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,

considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino, ou

seja, o espaço geográfico. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade a

partir das quais os conteúdos específicos devem ser abordados.

Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os

conteúdos estruturantes de Geografia devem considerar, em sua abordagem teórico-

metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas geográficas, analisadas

em função das transformações políticas, econômicas, sociais e culturais que marcam o

atual período histórico.

Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da

Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos, por

sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias dos quatro

conteúdos estruturantes.

A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo

específico, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante, ora de

outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser explicitada pelo professor

para que o aluno compreenda que na realidade socioespacial eles não se separam.

• DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

Discute-se neste conteúdo estruturante os espaços de produção como o

industrial-urbano e o agropecuário-rural, as aproximações e especificidades de cada

um, a hierarquia dos lugares, as relações econômica entre as diferentes porções

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territoriais como as cidades, os estados/províncias, os países e regiões. Relações de

produção e de trabalho, como as sociedades produzem o espaço geográfico sob a

perspectiva da produção de objetos (fixos e móveis) necessários para a manutenção

da dinâmica da sociedade (capitalista).Ênfase nas desigualdades econômicas, na

produção de necessidades, nas diferentes classes sociais, na configuração

sociespacial.

Os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante,

especialmente o de Rede.

• DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais as instâncias e

instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. Neste conteúdo estruturante

aborda-se desde as relações de poder sobre territórios na escala micro (rua, bairro)

até a escala macro (país, instituições internacionais). O papel do Estado e das forças

políticas não estatais (ongs, narcotráfico, crime organizado, associações), bem como

as redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais, sociais,

políticos, são fundamentais.

Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são

Território e Lugar.

• DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

As relações cidade-capital-natureza e sua lógica balizam as discussões deste

conteúdo estruturante. A produção do espaço geográfico, a criação de necessidades e

a mobilização de “recursos” naturais para satisfaze-las, no modelo econômico do

capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo estruturante. Através desse

conteúdo é trabalhado como essas relações se concretizam na diferenciação das

paisagens sociais e culturais. Os conceitos de Sociedade e Natureza são entendidos

como categoria de análise neste conteúdo estruturante. Modo de produção, classes

sociais, consumo, sustentabilidade, dinâmica da natureza e tempo são discutidos a

partir da perspectiva da produção espacial e da paisagem.

• DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DOS ESPAÇO GEOGRÁFICO:

As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são centrais

neste conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em funções das

especificidades culturais. As marcas culturais na produção das paisagens (rural e

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urbana) e suas razões históricas, econômicas, naturais; a ocupação e distribuição da

população no espaço geográfico e suas consequências econômicas, culturais, sociais;

os grupos sociais e étnicos em sua configuração espacial e urbana, rural, regional.

Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são os

de região (singularidades e generalidades) e paisagem.

2.2. BÁSICOS:

Conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais para os anos da etapa

final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a formação conceitual

dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica, ofertados pela escola. O

acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se

encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.

Os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos

fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário,

serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre se considerando o

aprofundamento a ser observado para as séries e etapa de ensino. Ou seja,

onde os conteúdos receberão abordagens contextualizadas historicamente,

socialmente e politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas

diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com a sua

formação cidadã.

Os conteúdos básicos, apresentados a seguir em cada ano do Ensino

Fundamental, devem ser tomados como ponto de partida, e por serem conhecimentos

fundamentais para cada ano, não podem ser suprimidos nem reduzidos, ao contrário,

o professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na proposta pedagógica, de

modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que constitui como

conhecimento especializado e sistematizado, sempre articulando com os conteúdos

estruturantes.

2.2.1. Ensino Fundamental

6º ANO

- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e de produção;

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- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do

espaço geográfico;

- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

- A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade

cultural;

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7º ANO

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguaração do território

brasileiro;

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

- As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

- Movimentos migratórios e suas motivações;

- O espaço rural e a modernização da agricultura;

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização;

- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do

espaço geográfico;

– A circulação de mão-de-obra das mercadorias e das informações.

8º ANO

- As diversas regionalizações do espaço geográfico;

- A formação, mobilidade das fronteiras e a re-organização dos territórios do

continente americano;

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

- O comércio em suas implicações socioespaciais;

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- A circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das informações;

- A distribuição espacial das atividades produtivas, a re-organização do espaço

geográfico;

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

- O espaço rural e a modernização da agricultura;

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

- Os movimentos migratórios e suas motivações;

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

- Formação, localização e exploração dos recursos naturais.

9º ANO

- As diversas regionalizações do espaço geográfico;

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

- A revolução técnico-científico–informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territorial;

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico;

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações, na atual

configuração territorial.

2.2.2. Ensino Médio

1ª SÉRIE

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- A formação e transformação das paisagens.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- O comércio e as implicações sócio-espaciais.

2ª SÉRIE

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

- Os movimentos migratórios e suas motivações.

- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

- O comércio e as implicações sócio-espaciais.

3ª SÉRIE

- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espço da

produção.

- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

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- O comércio e as implicações socioespaciais.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

3. Metodologia:

A metodologia proposta tem como base a utilização dos conteúdos

estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica

e conceitual da Geografia e compreendam o processo de produção e

transformação do espaço geográfico, que é o objeto de estudo da Geografia.

Para isso os conteúdos da geografia devem ser trabalhados de forma crítica e

dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em

coerência com os fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia

como ferramenta essencial.

A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-

sociais, política e cultural tem por objetivo mobilizar o aluno para o seu

conhecimento. Por isso, deve-se constituir de questões que estimulem o

raciocínio, a reflexão e a crítica. Através de leitura e interpretação das

informações contidas nas diferentes fontes históricas.

Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia atreladas

aos fundamentos teóricos destas propostas pedagógicas tornam-se

importantes instrumentos para compreensão do espaço geográfico, dos

conceitos e das relações socioespaciais nas diversas escalas geográficas.

A aula de campo é um importante encaminhamento metodológico para

analisar a área em estudo (urbana ou rural), de modo que o aluno poderá

diferenciar, por exemplo, paisagem de espaço geográfico.

Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral

(fotografias, slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados para a

problematização dos conteúdos da Geografia, desde que sejam explorados à

luz de seus fundamentos teórico-conceituais.

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O uso da cartografia, que os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos

estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação,

problematização e análise crítica e que jamais sejam meros instrumentos de

localização dos eventos e acidentes geográficos.

As obras de arte e a literatura como instrumento de análise e confronto

com outros contextos históricos. Além disso, facilitam abordagens pedagógicas

interdisciplinares.

Pesquisas de jornais e revistas para que o aluno reflita sobre as diversas

informações levando-as a trocas de idéias e debates em sala de aula,

despertando o senso crítico no educando.

Utilização de laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive)

educativos, relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e

auxiliar na compreensão do ensino aprendizagem.

No Ensino Médio os conteúdos serão trabalhados de forma aprofundada

e mais complexa “de modo a ampliar as relações estabelecidas entre os

conteúdos, respeitada a maior capacidade de abstração do aluno e sua

possibilidade de formações conceituais mais amplas”. (DCO, 2008, p. 79).

Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-

educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em

Geografia serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,

Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Educação Ambiental

(Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Geografia do Paraná.

4. Avaliação:

A avaliação será formativa num processo de intervenção contínua,

diagnóstica e processual, contemplando diferentes práticas pedagógicas, um

processo não linear de construção assentado na interação e no diálogo entre

professor e aluno.

Destacam-se como os principais critérios de avaliação de Geografia a

formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações

socioespaciais para a compreensão e intervenção para a realidade, e a

assimilação das relações Espaço Temporais e Sociedades Natureza para

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compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

A avaliação inserida no ensino aprendizagem deve ser a forma que o

professor utiliza para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão dos

conteúdos manifestado pelo educando durante o ano letivo.

Na prática pedagógica serão utilizados técnicas e instrumentos como:

- Leitura, interpretação e produção de textos geográficos.

- Leitura e interpretação de fotos, imagens, mapas, tabelas e gráficos.

- Pesquisas bibliográficas.

- Apresentação de seminários.

- Avaliações escritas.

- Debates.

- Trabalhos em grupo.

- Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas.

- Outros.

A recuperação de estudos será feita de acordo com a necessidade de

cada aluno, concomitantemente, onde o professor retoma os conteúdos não

assimilados, podendo utilizar vários meios como: revisão de conteúdos,

interpretação de textos complementares, exercícios reflexivos, avaliação

escrita ou oral, trabalhos, debates, pesquisas, dando nova chance de

avaliação, prevalecendo o melhor resultado.

5. Referências:

BOFF, Leonardo. Civilização Planetaria. Desafios a sociedade e ao cristianismo. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

CAMPBELL, Jack. Construindo um futuro comum: educando para a integração na diversidade. Brasília: Unesco, 2002.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

______. O poder da Igualdade. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

______. Fim de Milênio. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CAVALCANTI, L. de S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia. CEDES, v.

152

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24, n. 66, Campinas, mai/ago, 2005.

COLL, Cesar ET alli. Os conteúdos na reforma. Porto Alegre: Atmed, 2000.

______. Aprender conteúdos e desenvolver capacidades. Porto Alegre, Atmed, 2004.

CORREA, Roberto L.; ROSENDHAL, Zeni. (orgs.) Introdução a Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, 2000.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.

LIBANEO, J. L. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2002.

LUCCI, Elian Alabi; BRANCO Anselmo Lázaro/& MENDONÇA, Claudio. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva 2005.

MARTINELLI, Marcelo. Mapas de geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2003.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

OLIVEIRA, Dennison de. Urbanização e industrialização no Paraná. Curitiba: SEED, 2001.

PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino fundamental. Cadernos Temáticos: inserção dos conteúdos de Geografia e cultura Afro-brasileira e africana nos currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED – PR, 2005.

______. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Geografia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

______. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre, Atmed, 1999.

______. Gráficos e mapas. São Paulo: Moderna, 1998.

SANTOS, M. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.

TERRA, Lygia, COELHO, Marcos Amorim. Geografia geral e geografia do Brasil: o espaço natural e sócio econômico. Volume único. São Paulo: Moderna,

153

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2005.

VIDAL DE LA BLACHE, P. Princípios da Geografia Humana. Lisboa: Cosmos, 1957.

Sites:

www.cartograma.com

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

www.ibge.gov.br

www.bussolaescolar.com.br

WWW.planetageo.sites.uol.com.br/fmapas.htm

HISTÓRIA

1. Apresentação e Justificativa:

A História como conhecimento busca entender de que modo os seres

humanos se organizaram e viveram no passado até os dias atuais, assim,

propõe pesquisar a vida dos seres humanos em sociedade no passado e

presente possibilitando compreender a interdependência entre o conhecimento

científico e as experiências vivenciadas diariamente pela humanidade. A

História tem como objeto de estudo as ações e relações humanas no tempo.

Nesse contexto podemos conhecer a História da humanidade em tempos

e lugares diferentes, levando em consideração as condições de vida, sua

maneira de pensar, agir e organizar, considerando as heranças recebidas

daqueles que viveram anteriormente, além de se preocupar com os problemas

atuais contribuindo para compreensão do momento que estamos vivendo,

devendo considerar em suas dimensões amplas que envolvem a formação

cultural.

Buscando atingir estes propósitos, as amplas tendências historiográficas,

atualmente, tem nos brindado com constantes e profícuos debates acerca da

problemática que se refere à inclusão de novos objetos, novos problemas,

novas abordagens voltadas as varias facetas da produção humana.

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Dentre as tendências historiográficas, a Nova Esquerda Inglesa, elegeu a

classe trabalhadora como personagem central de seus estudos empíricos. Os

conceitos de classe social e de luta de classes, fundamentais no pensamento

marxista, foram ampliados por essa corrente, porque seus estudos não

reduzem a explicação histórica ao aspecto econômico. Percebe a classe

trabalhadora a partir do conceito de experiência, o que envolve,

dialeticamente, o econômico, o cultural e o social. Conceitos fundamentais do

marxismo tiveram significação ampliada para a ciência histórica, como, por

exemplo, o de luta de classes, que passou a reconhecê-la no interior de uma

mesma classe e não somente entre as classes.

Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação

Básica, os historiadores da Nova Esquerda Inglesa, pautam seus estudos na

experiência do historiador, na sua dimensão social e investigativa, o que

possibilita novos questionamentos sobre o passado, a partir dos quais têm

surgido novos métodos de pesquisa histórica.

Essa concepção de História, como experiência de homens e mulheres e

sua relação dialética com a produção material, valoriza a possibilidade de luta

e transformação social, reforçando a ideia que a construção da história é feita

por sujeitos na realidade socialmente vivida.

Desse modo, a disciplina de história prioriza uma história viva e coloca o

aluno diante de um problema para a investigação, pois fazer história significa

lidar com a sociedade, objeto dinâmico e em constante transformação, onde

ele (o aluno) reconhece os seus próprios condicionamentos sociais e sua

posição como agente e sujeito da história portanto, a história é uma

experiência que se concretiza no cotidiano, porque é a partir dela que se

constrói o hoje e o futuro.

Em História é importante compreender os significados dos diversos

acontecimentos do mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles,

sobretudo do grupo social a que pertence, despertar o espírito de participação,

pois a democracia só se constrói com a participação de todos e compreender

as ações humanas na construção da identidade social, política e econômica de

cada indivíduo levando à formação de um agente crítico e consciente se seu

papel de cidadão.

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Enfim , a Hisória é fundamental para formar o aluno cidadão dotado de

visão crítica, com capacidade de compreender os significados dos diversos

acontecimentos do mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles,

sobretudo do grupo social a que pertence.

2. Conteúdos:

2.1- Ensino Fundamental

Os conteúdos foram selecionados e agrupados pensando a

História Temática.

Articulam-se os Conteúdos Estruturantes e Básicos que se

encontram nas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica de

História, com os Conteúdos Específicos que estão nos livros didáticos.

6º ANO:

CONTEÚDOSESTRUTURANTES

CONTEÚDOSBÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações detrabalho

Relações depoder

A experiência humana no tempo.

- Entendendo a História

- O trabalho do historiador

- O tempo nas sociedades Ocidentais,

orientais, indianas, indígenas e africanas

- Diferentes tipos de documentos

históricos – fonte oral, escrita, sonora

- Os vestígios humanos - Pré-história e

os sítios arqueológicos

- Origem do homem – a importância do

fogo, da terra e das armas

- Conceitos; Mitologia, Politeísmo,

monoteísmo, escravismo, trabalho livre,

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

- O homem da África, da Ásia e da

Europa

A sobrevivência nas sociedades do

crescente fértil – o poder da água

156

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Relaçõesculturais

A sobrevivência dos povos da América e

do Brasil

Os diferentes sujeitos no Egito,

Mesopotâmia, Grécia e Roma

A importância da agricultura no mundo

antigo

O significado da guerra para Persas,

Gregos e Romanos

As formas de poder nas sociedades

antigas

As relações de trabalho nas sociedades

asiáticas e européias

As cidades do mundo antigo – diferentes

tipos de habitações

As formas de governo na Grécia e em

Roma

As culturas locaise a cultura comum

Heranças culturais de Egito,

Mesopotâmia, Fenícios, Persas, Gregos e

Romanos

- Mumificação e ritual de morte –

semelhanças de diferenças com

atualidade

- As diferentes escritas entre Egito e

Mesopotâmia

- As leis e suas funções na

Mesopotâmia, Grécia e Roma

- As diferentes formas de crenças entre

o monoteísmo Hebreu e o politeísmo das

demais sociedades antigas

- Os livros sagrados e sua função nas

diferentes sociedades antigas

- O papel da mulher na Grécia e em

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Roma e na atualidade

- O pão e circo romano e suas

semelhanças e diferenças na atualidade

- Jogos Olímpicos na Grécia antiga e na

atualidade – culto ao corpo

A arte na antiguidade – Egito, Grécia e

Roma - representações e significados

Grandes monumentos históricos:

Pirâmides, Zigurates, Muralha da

China,Taj Mahal na Índia, Parthenon na

Grécia,Coliseu Romano, A Igreja de

Sta.Sofia em Constantinopla

7º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOSBÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECIFICOS

Relações detrabalho

As relações depropriedade

- O valor da terra na Idade Média

Ocidental e Oriental

- A propriedade e sua

organização no feudalismo

- as noções de propriedade para

os povos indígenas e

quilombolas no Brasil

- as noções de propriedade para

os povos pré-colombianos

- as noções de propriedade para

os povos africanos e chineses

- A propriedade para os Europeus

e sua chegada na América

- A organização da propriedade

no Brasil colônia

158

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Relações depoder

Relaçõesculturais

- A constituição do latifúndio no

Brasil colônia e impérioA Constituição da história do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

- A organização social e

econômica na cidade e no campo

no ocidente e Oriente

- os diferentes sujeitos no feudo

e suas funções

- as relações de trabalho no

feudo, no Islamismo e no Brasil

colônia

- os castelos medievais

As cidades e as doenças

medievais

As mesquitas islâmicas – pg.68

O campo e a cidade nas

sociedades africanas

Cristóvão Colombo e a América

Diferentes sujeitos na América

pré-colombiana,

Brasil e primeiras cidades (vilas

e câmaras municipais)

Os Povos Indígenas do Brasil na

época da colonização e na

atualidade – pg176

As cidades do açúcar e do ouro

no Brasil

As cidades e o tropeirismo no

Paraná

A educação no Brasil colônia –

pg. 236

Conflitos e resistências e a produção cultural campo/cidade.

- Diversas formas de resistência a

ordem instituída

- a crise de Roma e a volta do

homem ao campo - colonato

159

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- as lutas pela terra no mundo

romano e na idade média

- A educação na idade media

ocidental e suas semelhanças e

diferenças com a atualidade

- Os templários e as sociedades

secretas

O legado de Maomé no Oriente

Médio: pilares da crença

muçulmana X mandamentos

cristãos

Os diferentes sujeitos na

sociedade muçulmana

- O nu na arte visto como

pecado: Michelangelo e Leonardo

Da Vinci

- Martinho Lutero e as 95 teses –

a cisão da cristandade

As resistências dos povos pré-

colombianos: a cruz, a espada e

a fome

- os diferentes sujeitos sociais se

rebelam no Brasil colônia:

conflitos senhor versus escravo

O poder dos Missionários e as

resistência à coroa portuguesa e

espanhola

8º ANO:

CONTEÚDOSESTRUTURANTES

CONTEÚDOSBÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações detrabalho

História das relações da humanidade com

- O homem moderno e o poder das

ideias

- Os fins justificam os meios?

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Relações depoder

o trabalho. Origem do conceito e semelhanças

com atualidade

- As condições de Higiene da

Inglaterra do séc. XVII/XVIII

- A América e o sonho dourado –

razões e conseqüências no séc. XVI

e XXI

- As relações de trabalho na era da

Mineração no Brasil colonial

- O trabalho dignifica o homem – as

luzes conduzindo a sociedade

-Liberdade, Igualdade e

Fraternidade - Revoluções

Burguesas

-Simon Bolívar e o sonho da

América forte e unida

-Os indígenas da América Norte

suas semelhanças e diferenças com

o Brasil

O trabalho e a vida em sociedade

Os novos sujeitos sociais com a

vinda da Indústria

A chegada da Indústria e as

mudanças de comportamento dos

diversos sujeitos sociais

A Indústria do séc. XVIII e as novas

relações de trabalho

O poder das igrejas no Brasil do

ouro

O trabalho e as contradições da modernidade

As novas condições sociais com a

modernidade

O poder da máquina no séc. XVIII na

Inglaterra e na atualidade

A exploração do trabalho infantil e

161

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Relaçõesculturais

da mulher nas fábricas do séc. XVIII

e na atualidade

O luxo e o lixo das cidades da

Europa - Inglaterra e França do séc.

XVIII - semelhanças e diferenças

com a atualidade

Novidades trazidas ao Brasil pela

família real portuguesa

Condições sociais dos diversos

sujeitos sociais do Brasil colonial–

escravos x mineradores

O café as mudanças na sociedade e

na economia do Brasil II Império

Novos personagens entram em

cena – Imigração no séc. XIX no

Brasil

A questão agrária no Brasil

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

O homem e a luta pelos direitos

sociais

Declaração de Direitos na Inglaterra

e Declaração dos Direitos do

homem e do cidadão da França

As lutas pelos direitos políticos

como conquista de direitos

humanos – Símbolos da Revolução

Francesa

As lutas pelos ideais de Liberdade,

Igualdade e Fraternidade no Brasil

colonial

- Tiradentes – Herói ou bandido?

162

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- Brasil = Liberdade se compra ou

se conquista?

Constituição de 1824 –

permanências e mudanças com a

constituição de 1988

Karl Marx e o sonho de uma nova

sociedade não capitalista

Direitos Individuais e Sociais

Resistência do Brasil Império –

Revolução Farroupilha e o orgulho

de ser gaúcho

A guerra do Paraguai

As lutas pelos direitos humanos dos

povos afro descendentes no Brasil9º ANO:

CONTEÚDOSESTRUTURANTES

CONTEÚDOSBÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações detrabalho

Relações depoder

A constituição

das instituições

sociais.

A sociedade e diferentes formas de

organização

As comunidades virtuais hoje e as

novas tecnologias do séc. XIX

As irmandades católicas e as religiões

afro-brasileiras na América

Portuguesa

A formação de poder entre os povos

africanos

A formação dos sindicatos no Brasil –

a organização sindical e as leis

trabalhistas no governo de GV

A formação do

Estado.

Diferentes organizações de poder de

Estado

Os poderes do Estado – Monarquia,

República, Ditadura, Aristocracia e

163

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Democracia

Os poderes do Estado brasileiro:

Executivo-Legislativo-Judiciário

A formação do Estado Brasileiro

Republicano

As constituições do Brasil

Republicano

A política do café-com-leite e suas

permanências e mudanças com a

atualidade

Por um Estado brasileiro populista e

nacionalista= Getulio Vargas

O presidente Bossa nova e nova

capital Brasília

A Instituição do governo de ditadura

no Brasil anos 64

A formação dos reinos africanos

O imperialismo no século XIX

A formação dos estados Nacionais

nos séc. XIX

O socialismo na Rússia e a

implantação do Socialismo

A Nova ordem mundial pós-guerra

fria- Queda das torres gêmeas nos

EUA

O mundo globalizado

Lula e novo modelo de governo –

Retrato do Brasil contemporâneo

164

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Relaçõesculturais

Sujeitos,

Guerras e

revoluções.

As resistências dos sujeitos a ordem

instituída, seja social ou econômica.

Os novos sujeitos na África do séc.XIX

X novos conflitos, novos personagens

A indústria do lazer e da arte do séc.

XIX e na atualidade – semelhanças e

diferenças

As revoltas sociais no Brasil

republicano:

– O messianismo de Canudos e

Contestado

- Coronelismo e o poder de Padre

Cícero

- As lutas operárias no Brasil

Republicano

- A epidemia de Febre Amarela

versus gripe A

Cangaço: Robin Hood do Nordeste

O movimento anarquista, comunista

e tenentista no Brasil

O Brasil no contexto das guerras

mundiais

Guerra de trincheiras no inicio do

século XX – a guerra e a morte

A crise dos EUA hoje e a crise em

1929

Adolf Hitler e o Mein Kampf

O Holocausto Judeu e as bombas

atômicas no Japão por ocasião da 2a

guerra mundial

A Era do radio e sua função social e

política nos anos 40 no Brasil

A disputa fria entre a águia norte-

165

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americana e o urso soviético

Martin Luther king e a luta pelos

direitos dos negros

O Apartheid na África do século XX

A guerra do Vietnã – a guerra que não

acabou

Che Guevara e a Revolução Cubana

O poder da mídia e da indústria

cultural dos bens culturais de massa

– Beatles e os hippies

A resistência a ditadura militar no

Brasil pelas manifestações artísticas

O futebol: uma paixão brasileira O

Aquecimento global e a luta pela

água.

166

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2.2. Ensino Médio

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1- Relações de trabalho

2- Relações de poder

3- Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS:

1- Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre

2- Urbanização e industrialização

3- O Estado e as relações de poder

4- Os sujeitos, as revoltas e as guerras

5- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

6- Cultura e religiosidade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

1 - Como as sociedades europeias, asiáticas e africanas relacionavam-se entre

si e com a natureza através do trabalho – ontem e hoje.

2 - Caçadores, coletores e agricultores: do nomadismo às primeiras

civilizações;

3- Formação e expansão dos grandes impérios: romano, colonial e neocolonial;

4- Diferentes formas de relação de trabalho: escravismo, servidão e

assalariamento.

5- Como as sociedades europeias, asiáticas e africanas relacionavam-se

através do poder e da cultura – ontem e hoje.

6- Relação entre poder e religião;

7- Lutas políticas e sociais contra a ordem estabelecida;

8- Ideologia, cultura e poder no mundo contemporâneo.

9- Paraná - começo da etnia paranaense.

167

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2ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1- Relações de trabalho

2- Relações de poder

3- Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS:

1 - Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre

2 - Urbanização e industrialização

3 - O Estado e as relações de poder

4 - Os sujeitos, as revoltas e as guerras

5 - Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

6 - Cultura e religiosidade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

1- Como as sociedades americanas relacionavam-se entre si e com a natureza

através do trabalho – ontem e hoje

2- Povos e civilizações pré-colombianas: conquistas e resistência;

3- Diferentes formas de colonização européia nas Américas;

4- Diferentes formas de relação de trabalho nas Américas: da escravidão ao

assalariamento.

5- Como as sociedades americanas relacionavam-se através do poder e da

cultura

6- Relação entre poder e religião

7- Lutas políticas e sociais contra a ordem estabelecida

8- Ideologia, cultura e poder na América contemporânea

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1- Relações de trabalho

2- Relações de poder

168

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3- Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS:

1 - Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre

2 - Urbanização e industrialização

3 - O Estado e as relações de poder

4 - Os sujeitos, as revoltas e as guerras

5 - Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

6 – Cultura e religiosidade

CONTEÚDOS BÁSICOS:

1-Revolução Russa;

2- Crise de 1929 nos EUA e sua repercussão

3- Primeira Guerra Mundial

4- Os Regimes Totalitários: Nazismo, Fascismo e Stalinismo

5- Discriminação Racial

6- Gênese do Estado Novo no Brasil. A Era Vargas

7- A Segunda Guerra Mundial e a afirmação dos EUA e URSS

8- A Guerra Fria

9- O populismo na América Latina e Brasil

10- As Ditaduras Militares na América

11- Industrialização brasileira

12- A Era da Globalização Econômica, Cultural e Tecnológica

13- Paraná ontem e hoje

3. Metodologia:

No processo de construção da consciência histórica é

imprescindível que se retome constantemente com os alunos como se dá a

produção do conhecimento; ou seja, como é produzido a partir do trabalho de

um pesquisador que tem como objeto de estudo as ações e as relações

humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos lhes

deram, de modo consciente ou não. Para estudá-las, o historiador adota um

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método de pesquisa de forma que possa problematizar o passado, e buscar,

por meio de documentos e perguntas, respostas às suas indagações. A partir

disso, o pesquisador produz uma narrativa histórica cujo desafio é contemplar

a diversidade das experiências políticas, sociais, econômicas e culturais.

A produção do conhecimento histórico é essencial para que os

alunos compreendam:

Os limites do livro didático;

As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento

histórico;

A necessidade de ampliar o universo de consultas para

entender melhor diferentes contextos;

A importância do trabalho do historiador e da produção do

conhecimento histórico para compreensão do passado;

Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o

passado que pode ser complementada com novas pesquisas e pode ser

refutada ou validada pelo trabalho de investigação do historiador.

Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e

contribuam para a preservação de documentos, dos lugares de memória como

museus, bibliotecas, acervos privados e públicos de fotografias, de documentos

escritos e audiovisuais, entre outros, seja pelo uso adequado dos locais de

memória, pelo manuseio cuidadoso de documentos que podem constituir

fontes de pesquisas, seja pelo reconhecimento do trabalho feito pelos

pesquisadores.

A produção do conhecimento histórico e sua apropriação, pelos

alunos, são processuais, e, deste modo, é necessário que o conceito em

questão seja constantemente retomado. Algumas questões poderão ser

propostas aos alunos:

Como o historiador chegou a essa interpretação?

Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas

conclusões?

Existem outras pesquisas a esse respeito?

Que dimensões o historiador contemplou em sua análise?

No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os

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aspectos políticos,

Socioeconômicos e culturais?

Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?

Instigar nos alunos a capacidade de questionar e criticar os

conteúdos e as abordagens existentes no texto consultado, de modo que

constituam, gradativamente, autonomia na busca do conhecimento.

Diante do exposto, a metodologia de ensino de História,

privilegia alunos e professores como sujeitos produtores do conhecimento

histórico. O processo de construção da história, por sua vez, é compreendido

em suas práticas, relações e pelas multiplicidades de leituras e interpretações

históricas.

Contudo, deve-se considerar o saber histórico já produzido e

também outras formas de saberes como aqueles difundidos pelos meios de

comunicação.

Outro fator a considerar e enfatizar com o aluno é de que quando

se pergunta “Por quê?”, “Como?”, “Quando”? e “ O quê?” não significa que

estão sendo construídas problemáticas. Faz se necessário ir, além disto, tal

como: levantar hipóteses acerca dos acontecimentos do passado

Outro elemento a ser considerado na metodologia do ensino de

História é o uso de documentos e fontes históricas em sala de aula, recorrer ao

uso de documentos e fontes históricas nas aulas de História pode ser

importante por favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de

trabalho do historiador. A intenção com o trabalho de documentos em sala de

aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita realizar

análises críticas da sociedade por meio de uma consciência temporal.

Ao trabalhar com documentos em sala de aula faz-se necessário

ir além dos documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, as fontes

orais, os testemunhos de história local, além de linguagens contemporâneas,

como fotografia, cinema, quadrinhos e informática. Outro fator a ser observado

é a identificação das especificidades do uso desses documentos, bem como

entender a sua utilização para além de meras ilustrações das aulas de História.

Quanto à identificação do documento a sugestão é determinar sua origem,

natureza, autor ou autores, datação e pontos importantes do mesmo.

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Para fazer análise e comentários dos documentos, Circe

Bittencourt (2004) estabeleceu a seguinte metodologia:

Descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as

informações que ele contém;

Mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos

para que eles possam explicá-los, associá-los às informações dadas;

Situar o documento no contexto e em relação ao autor;

Identificar sua natureza e também explorar esta

característica para chegar a identificar os seus limites e interesses.

Contudo, é necessário clareza de que as práticas pedagógicas

podem mudar em decorrência da especificidade da linguagem do documento.

RECURSOS DIDÁTICOS:

Imagens;

TV pen drive de TV Paulo Freire

Textos diversos;

Mostra pedagógica;

DVD;

Músicas.

Retro-projetor;

Quadro negro e giz;

Jornais, revistas e periódicos;

Cartazes e materiais de artes;

Mural;

Mapas;

Máquina fotografia e filmadora;

Computador.

O aluno trabalhará com quadros comparativos, produções de

textos, análise de textos, filmes, imagens e músicas, gráficos, debates,

atividades escritas e orais, pesquisas bibliográficas e de campo,

dramatizações, resumos entre outros.

Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios

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sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em

História serão trabalhados conteúdos de: História do Paraná (Lei nº13.381/01);

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº

11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental (Lei

Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a

Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.

4. Avaliação:

A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os

alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento

externo a este processo.

Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter

classificatório, autoritário, que desvinculam a sua função da aprendizagem,

que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme as

concepções definidas no projeto político-pedagógico da escola.

Formas avaliativas:

Avaliação diagnóstica – permite ao professor identificar o

desenvolvimento da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades

didáticas que possibilitem a compreensão dos conteúdos a serem trabalhados;

Avaliação formativa – ocorre durante o processo pedagógico

e tem por finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir

dos mesmos, identificar a aprendizagem alcançada desde o início até ao

momento avaliado;

Avaliação somativa – permite ao professor tomar uma

amostragem de objetivos propostos no início do trabalho e identificar se eles

estão em consonância com o perfil dos alunos e com os encaminhamentos

metodológicos utilizados para a compreensão dos conteúdos.

As práticas avaliativas baseadas na memorização de conteúdos

devem ser substituídas por atividades que permitam desenvolver a capacidade

de síntese e redação de uma narrativa histórica, de forma a permitir ao aluno

expressar o desenvolvimento de ideias e conceitos históricos, revelando se o

educando se apropriou da capacidade de leituras de documentos com

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linguagens contemporâneas, como cinema, fotografia, quadrinhos, músicas e

televisão, relativos ao conhecimento histórico.

Deseja-se que ao final do trabalho na Disciplina de História, os

alunos sejam capazes de identificar processos históricos, reconhecer

criticamente as relações de poder neles existentes, bem como que tenham

recursos para intervir no meio em que vivem de modo a se fazerem também

sujeitos da própria História.

Serão considerados alguns critérios de avaliação:

Compreensão dos significados dos diversos acontecimentos

do mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles, sobretudo do

grupo social a que pertence;

Criação de espírito de participação, pois a democracia só se

constrói com a participação de todos;

Compreensão das ações humanas na construção da

identidade social, política e econômica de cada indivíduo levando à formação

de um agente crítico e consciente de seu papel de cidadão.

Formação de cidadãos dotados de visão crítica, com

capacidade de compreender os significados dos diversos acontecimentos do

mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles, sobretudo do grupo

social a que pertence.

A recuperação de estudos será feita de acordo com a

necessidade de cada aluno, e vários meios poderão ser usados como: revisão

de conteúdos, interpretação de textos complementares, exercícios reflexivos,

avaliação escrita ou oral, trabalhos, debates, pesquisas, prevalecendo o melhor

resultado obtido.

5. Referências:

APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Aribá História. São Paulo: Moderna, 2007.

BOULOS Junior, Alfredo. História. 4 v. São Paulo: FTD.

CARMO, Sônia Irene do; COUTO, Eliane. História é presente: Brasil colônia.

COTRIM, Gilberto. História e consciência do Brasil. São Paulo: Ática.

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Giovanni, de Cristina Viscont; Junqueira, Zilda Almeida. 4 v. São Paulo: FTD.

LEI FEDERAL nº 10.639/03, que altera a LDB dispondo sobre a inclusão no currículo oficial da rede de ensino da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Martins, José Roberto. História. 4 v. São Paulo: FTD.

PANAZZO, Silvia; VAZ. Maria Luísa. Navegando pela História. São Paulo: FTD.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de História para a Educação Básica. Curitiba:SEED/PR, 2008.

PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná. n. 6.134 de 18/12/2001.

PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. História & Vida Integrada. Editora Ática.

SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: Império e República.SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: colônia.

Internet, sítios no www.google.com.br

Periódicos. Jornais, revistas.

LEM - INGLÊS

1. Apresentação e Justificativa:

Desde o início da colonização houve a preocupação de se

promover educação e aos Jesuítas coube a responsabilidade de evangelizar e

ensinar o Latim. Com a chegada da Família Real (1808), criou-se as cadeiras de

Inglês e Francês com objetivo de melhorar a instrução pública e de atender

também às necessidades de escolarização dos filhos dos imigrantes europeus,

que lutavam pela preservação de sua cultura, construindo e mantendo escolas

para seus filhos.

Mesmo com a valorização de outras línguas estrangeiras o Inglês

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teve seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado

nas transações comerciais, e também pela dependência econômica e cultural

com os Estados Unidos após a 2ª Guerra Mundial.

O conteúdo de Língua Estrangeira visa atingir fins comunicativos,

oportunizando aos alunos aprendizagem que ampliem as possibilidades de ver

o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes. O ensino de Língua

Estrangeira e seu uso pelos alunos permitem aos mesmos perceberem-se como

parte integrante das sociedades contemporâneas, que não podem sobreviver

isolados. É fundamental que se relacionem, atravessem fronteiras geopolíticas

e culturais, participem ativamente desse mundo em que vivem fazendo uso da

língua que estão aprendendo em situações significativas.

O mundo globalizado exige que a oferta de Língua Estrangeira

seja para o aluno mais uma ferramenta a ser utilizada na conquista de sua

cidadania, colaborando no aperfeiçoamento do seu potencial de leitor, escritor

e agente transformador da sociedade.

O Inglês é ensinado para que os alunos conheçam e

compreendam a diversidade linguística e cultural existente no mundo, sendo

percebido como um instrumento de comunicação e de interação social,

permitindo que os mesmos possam perceber as possibilidades de construção

de significados em relação ao mundo em que vivem.

No mundo atual, o inglês tem sofrido uma significativa expansão,

fato que se deve principalmente a modernização e informatização (internet), o

que tem despertado um interesse ainda maior pela língua inglesa, pois a cada

dia fica constatado que está “mais” urgente saber inglês.

São muitas as atividades que contribuem para o

desenvolvimento da prática dos grandes eixos da língua inglesa: leitura,

oralidade e escrita através de jornais, livros, revistas, mercados, shoppings,

etc.

É de suma importância que o ensino de língua estrangeira esteja

articulado com as demais disciplinas, sempre de forma dinâmica e criativa.

Não podemos deixar de lembrar que a Língua Estrangeira

também tem o importante papel de formar cidadãos críticos, contribuindo

assim para a construção de mundos sociais, sendo que o objeto de estudo é a

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língua.

2. Objetivos:

Entender a língua em situações de comunicação oral e

escrita;

Compreender a diversidade linguística e cultural, bem como

os seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;

Conscientizar-se dos conhecimentos de Língua Estrangeira

que já possui como participante de um mundo globalizado;

Compreender que o significado é social e historicamente

construídos e, portanto passíveis de transformação na prática social;

Ter maior consciência sobre o papel das línguas na

sociedade;

Conhecer no universo que o cerca a Língua Estrangeira que

opera no sistema de comunicação percebendo-se como parte integrante de um

mundo plurilíngue e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas

desempenham em determinado momento histórico;

Adquirir consciência linguística e consciência crítica dos usos

que se fazem da Língua Estrangeira que estão aprendendo;

Ampliar suas possibilidades de ver o mundo e avaliar os

paradigmas já existentes;

Promover a comunicação com e em diferentes formas

discursivas materializadas em diferentes tipos de textos;

Transferir os conhecimentos adquiridos para produções orais

e escritas;

Propiciar o uso da língua estrangeira de forma interativa.

3. Conteúdos:

ENSINO FUNDAMENTAL

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6º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de

TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,

lista de compras, avisos, música.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS:

LEITURA ESCRITA ORALIDADEIdentificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes

gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos

(figuras de linguagem);

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do

texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade;

Léxico, coesão e

coerência;

Funções gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos:

figuras de linguagem;

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc...;

Adequação do discurso

ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição;

Pronúncia.

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negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

7º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

Entrevista, notícia, tiras, textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios,

diário, cartoon, narrativa, horóscopo, música, e-mail, etc.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS:

LEITURA ESCRITA ORALIDADE

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes

gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos

(figuras de linguagem);

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do

texto;

Intertextualidade;

Condições de

produção;

Informatividade;

Léxico, coesão e

coerência;

Funções gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos:

figuras de linguagem;

Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc...;

Adequação do discurso

ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição;

Pronúncia.

179

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Variedade lingüística/

Ortografia.

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

8º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

Fábulas, reportagem, slogan, sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio

publicitário, outdoor, blog, e-mail, música, etc.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

LEITURA ESCRITA ORALIDADE

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes

no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes

gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos

(figuras de linguagem);

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do

texto;

Intertextualidade;

Condições de

produção;

Informatividade;

Vozes sociais presentes

no texto;

Léxico, coesão e

Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc...;

Adequação do discurso

ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição;

Diferenças e

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Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

coerência;

Funções gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos:

figuras de linguagem;

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

semelhanças entre o

discurso oral e o

escrito;

Adequação da fala do

contexto;

Pronúncia.

9º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas,

charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, Blog, e-mail, anúncio,

filmes, slogan, etc.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS:

LEITURA ESCRITA ORALIDADE

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes

no texto;

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do

texto;

Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc...;

Adequação do discurso

181

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Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes

gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e

indireto;

Emprego do sentido

denotativo e conotativo

no texto;

Recursos estilísticos

(figuras de linguagem);

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

Intertextualidade;

Condições de

produção;

Informatividade;

Vozes sociais presentes

no texto;

Discurso direto e

indireto;

Léxico, coesão e

coerência;

Emprego do sentido

denotativo e conotativo

no texto;

Funções gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos:

figuras de linguagem;

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição;

Diferenças e

semelhanças entre o

discurso oral e o

escrito;

Adequação da fala do

contexto;

Pronúncia.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

GÊNEROS DISCURSIVOS

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Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados os gêneros discursivos conforme sua esferas sociais

de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes

esferas, de acordo com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

- Cotidiana

- Literária/artística

- Científica

- Escolar

- Imprensa

- Publicitária

- Política

- Jurídica

- Produção e consumo

- Midiática

CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Marcadores do discurso;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Marcadores do discurso;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

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• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da línguas, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Vozes verbais;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos;

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

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ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia;

1ª SÉRIE

1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-

brasileira e africana

1.1. Leitura de rótulos;

1.2. Leitura de logomarcas;

1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;

1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas

tecnológicas;

1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;

1.6. Leitura de letras de músicas diversas;

1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;

1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes

2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento

de prática avaliativa

2.1. Conto;

2.2. Dramatização;

2.3. Teatro;

2.4. Leitura oral de textos diversos;

2.5. Repetição oral de enunciados.

185

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3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do

discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com

os conteúdos específicos.

3.1. Produção de desenhos;

3.2. Produção de charges;

3.3. Produção de cartazes;

3.4. Elaboração de frases curtas;

3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.

2ª SÉRIE

1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-

brasileira e africana

1.1. Leitura de rótulos;

1.2. Leitura de logomarcas;

1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;

1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas

tecnológicas;

1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;

1.6. Leitura de letras de músicas diversas;

1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;

1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes

2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento

de prática avaliativa

2.1. Conto;

2.2. Dramatização;

2.3. Teatro;

2.4. Leitura oral de textos diversos;

2.5. Repetição oral de enunciados.

3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do

discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com

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os conteúdos específicos.

3.1. Produção de desenhos;

3.2. Produção de charges;

3.3. Produção de cartazes;

3.4. Elaboração de frases curtas;

3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.

3ª SÉRIE

1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-

brasileira e africana

1.1. Leitura de rótulos;

1.2. Leitura de logomarcas;

1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;

1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas

tecnológicas;

1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;

1.6. Leitura de letras de músicas diversas;

1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;

1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes

2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento

de prática avaliativa

2.1. Conto;

2.2. Dramatização;

2.3. Teatro;

2.4. Leitura oral de textos diversos;

2.5. Repetição oral de enunciados.

3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do

discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com

os conteúdos específicos.

3.1. Produção de desenhos;

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3.2. Produção de charges;

3.3. Produção de cartazes;

3.4. Elaboração de frases curtas;

3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.

O vocabulário será trabalhado em todas as séries de acordo com

os conteúdos e situações necessárias. As atividades escritas relacionadas a

produções de textos, cartas, sínteses, etc., acontecerão num crescente de

acordo com o nível da série e turma.

Os conteúdos básicos: a oralidade, a leitura, a escrita e a prática

da análise lingüística, serão trabalhados em todos os bimestres e serão

contemplados também nesses conteúdos os Desafios Educacionais:

Cidadania e Direitos Humanos;

Enfrentamento da Violência na Escola;

Prevenção ao uso indevido de drogas;

Sexualidade humana;

Educação Fiscal;

As leis: Leis 10.639/03 e Lei 11645/08 “História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena”, Lei 13.381/01 “História

do Paraná” e Lei 9.795/99 “Meio Ambiente.

4. Metodologia:

Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da

disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através

das práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o

discurso.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou

não verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos.

Logo, as atividades desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão

questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que

ensinar estruturas linguísticas, o que se pretende é ensinar ao aluno como

construir significados e subjetividade para agir por meio da linguagem.

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Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do

aluno de agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem

permeia todas as relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que

cada situação exige um agir específico e para tal se propõe um estudo de

textos de diferentes gêneros discursivos.

O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas,

analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de

informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os

recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em

si. Uma vez que a leitura, numa concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno

será sempre questionado sobre quem disse o quê, para quem, onde, quando e

por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças subjacentes ao

texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno compreenda

que a língua não é neutra.

Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em

conta:

· Gênero – explorar o gênero escolhido;

· Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde, quando

e por que (contexto de produção e circulação);

· Variedade Linguística – formal ou informal;

· Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção se

sentidos;

· Atividades de pesquisa, discussão e produção.

Mais importante que o uso funcional da língua, será o engajamento

discursivo. As interações em LEM serão conduzidas de modo que familiarizem

os alunos com os sons da língua que estão aprendendo e lhes possibilite

desenvolver a capacidade de adequar as diferentes variedades lingüísticas

conforme as situações de comunicação.

Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar

para o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar

para quem se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno

(escritor) estabelecer um diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu

discurso, isto será definitivo para a legitimidade desta interação.

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Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos

diferenciados conforme suas especificidades,é importante esclarecer que estas

não serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção

discursiva leitura, oralidade e escrita não se separam em situações concretas

de comunicação.

Salientamos que, serão critérios para a seleção dos textos os seus

conteúdos ao que se refere às informações, de modo que instiguem à pesquisa

e discussão.

Dentro das temáticas que serão desenvolvidas, estarão os Desafios

Educacionais Contemporâneos, de forma articulada ao currículo, sempre que

pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Inglês serão trabalhados conteúdos

de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei

nº 11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas; Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99);

Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente;

Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07; Agenda 21 Escolar..

As temáticas dos textos selecionados muitas vezes exigirão o

conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará

com as demais, numa perspectiva interdisciplinar. Uma vez que o Conteúdo

Estruturante é o discurso, e este não é algo pronto, os conteúdos poderão ser

retomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma não linear,

posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para que

se expressem ou construam sentidos aos textos.

Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de

Inglês/Português/Inglês encaminhados pela SEED a este estabelecimento, a TV

multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais na língua-alvo para

leitura e para recorte, CD e CD-room, livro didático, caça-palavras, palavras

cruzadas e outros, atividades extras em folhas e apresentação dos conteúdos

com auxílio de cartazes, cartões, gravuras, jogos e atividades lúdicas.

5. Avaliação:

A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB nº

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9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de

Língua Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED.

Logo, será formativa, diagnóstica e processual.

Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-

discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento

diante do que está sendo lido.

Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua

Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da

variedade lingüística para diferentes situações.

Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem

para resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno

conseguiu explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houve

planejamento, adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da

variedade linguística adequada na atividade de produção. É importante

considerar o erro como efeito da própria prática.

Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão

ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24,

alínea e, da LDB n.9394/96 e estes serão organizados com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos

diversificados anotados em Livro Registro de Classe.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em

uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Critérios de avaliação:

LEITURA ESCRITA ORALIDADE

É importante que:

Identifique o tema;

Realize leitura

compreensiva do texto;

Localize informações

explícitas e implícitas

Espera-se que o aluno:

Expresse as ideias com

clareza;

Elabore/reelabore

textos de acordo com o

encaminhamento do

Espera-se que o aluno:

Utilize do discurso de

acordo com a situação

de produção (formal/

informal);

Apresente suas ideias

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no texto;

Posicione-se

argumentativamente;

Amplie seu horizonte de

expectativas;

Perceba o ambiente em

que circula o gênero;

Amplie seu léxico;

Identifique a idéia

principal do texto.

Analise as intenções do

autor;

Deduza dos sentidos de

palavras e/ou

expressões a partir do

contexto;

Compreenda as

diferenças decorridas

do uso de palavras e/

ou expressões no

sentido conotativo e

denotativo.

professor, atendendo:

às situações de

produção propostas

(gênero, interlocutor,

finalidade...), à

continuidade temática;

Diferencie o contexto

de uso da linguagem

formal e informal: use

recursos textuais como

coesão e coerência,

informatividade, etc;

Utilize

adequadamente

recursos linguísticos

como pontuação, uso e

função do artigo,

pronome, numeral,

substantivo, adjetivo,

advérbio, etc.

Empregue palavras e/

ou expressões no

sentido conotativo e

denotativo, bem como

de expressões que

indicam ironia e

humor, em

conformidade com o

gênero proposto.

com clareza,

coerência,mesmo que

na língua materna;

Compreenda os

argumentos no

discurso do outro;

Exponha seus

argumentos;

Organize a sequência

de sua fala;

Respeite os turnos de

fala;

Analise os argumentos

apresentados pelos

colegas de classe em

suas apresentações

e/ou nos gêneros orais

trabalhados;

Participe ativamente

dos diálogos, relatos,

discussões, quando

necessário em língua

materna.

Utilize

conscientemente

expressões faciais

corporais e gestuais,

pausas e entonação

nas exposições orais,

entre outros elementos

extralinguísticos;

Analise recursos da

oralidade em cenas de

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desenhos, programas

infanto-juvenis,

entrevistas,

reportagem, entre

outros.

Instrumentos de Avaliação:

Os instrumentos que serão utilizados para verificar os avanços e

dificuldades dos alunos serão:

- Participação em sala de aula, interesse, dinamismo e interação verbal;

- Trabalho em sala, em grupos e, ou individuais;

- Resolução de exercícios propostos pelo professor em sala de aula e em casa.

- Avaliação escrita.

- Interação dos alunos com o material didático.

- Exercícios orais.

- Pesquisas.

No processo de avaliação do rendimento escolar, dar-se-á ênfase na

recuperação de conteúdos, de forma paralela e contínua, objetivando oportunizar ao

aluno de menor rendimento a recuperação dos conteúdos não assimilados, zelar pela

sua aprendizagem e melhorar suas condições de acesso e permanência na escola,

além de oferecer um ensino de melhor qualidade. Por isso, a recuperação paralela,

parte integrante da ação educativa, se desenvolverá considerando a capacidade

individual do aluno, o seu desempenho e sua participação no processo de

aquisição/construção do conhecimento, retomando os conteúdos não atingidos,

aplicando recursos diversos, aliados à sua criatividade, de modo a alcançar os

resultados esperados ( atividades como pesquisas, listagem de exercícios, aulas

expositivas, atendimento individual, entre outras), e selecionando previamente os

conteúdos, fazendo uma triagem dos conteúdos relevantes e significativos para a

etapa da aprendizagem a que se refere.

6. Referências:

AMOS, E; PRESCHER, E. Simplified Grammar Book. São Paulo: Moderna,

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2001.

AUN, E. et al. Get together: at the new English point. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

FERRARI, M. T.; RUBIN, S. G. English clips. São Paulo: Scipione, 2001.

______. Inglês para o ensino médio: volume único – Série Parâmetros. São Paulo: Scipione, 2002.

MARQUES, Amadeu. Inglês: volume único – Série Novo Ensino Médio, São Paulo: Ática, 2002. MARQUES, A.; SANTOS, D. Links: English for teens. São Paulo: Ática, 2009.

MARQUES, A.; TAVARES, K. New password: read and learn. São Paulo: Ática, 2002.

MORINO, E.; FARIA, R. Start up. São Paulo: Ática, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED-PR, 2006.

ROCHA, A. M.; FERRARI, Z. Take your time. São Paulo: Moderna, 2000.

SIQUEIRA, R. Magic reading. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.

LÍNGUA PORTUGUESA

1. Apresentação e Justificativa:

As Diretrizes Curriculares priorizam professor e aluno como sujeitos

que juntos (re) constroem o conhecimento pôr meio da pesquisa, observação,

levantamento de hipóteses, análise e reflexão. O texto e a interação, portanto,

conduzem os objetivos - programa - e a escolha de atividades pedagógicas,

num esforço de ampliação da competência do aluno para o exercício fluente e

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pleno da fala, escrita e a leitura. Deve-se focar os conteúdos a partir dos

textos, através do discurso. Professores e alunos devem construir o

conhecimento através da pesquisa e observação.

Na visão dos professores, as concepções e teorias referentes à

linguagem, que embasam a proposta de Língua Portuguesa, permitem

perceber suas dúvidas, dificuldades, e mesmo o desconhecimento dos

pressupostos que fundamentam o Currículo Básico para a Escola Pública do

Estado do Paraná (Paraná, 1992) quanto ao ensino e aprendizagem da Língua

Portuguesa.

“A maioria dos professores sente dificuldades em trabalhar a teoria

da enunciação em virtude de terem ‘visto’ outras concepções em sua vida

acadêmica. Existem inseguranças do professor em como trabalhar, acaba

misturando concepções e não obtendo resultados satisfatórios. Não tem

segurança em lidar com a concepção interacionista.”

Embora o mencionado Currículo Básico tenha como embasamento

a concepção interacionista ou sociointeracionista de linguagem, não menciona

a Teoria da Enunciação – relacionada ao interacionismo – provavelmente

porque na época em que foi elaborado eram ainda incipientes os estudos sobre

Bakhtin e suas teorias. Mostrou-nos a necessidade de estabelecer as devidas

relações entre a concepção interacionista e outras categorias conceituais

bakhtinianas.

Ao ser tomada como forma de ação entre pessoas (inter-ação), a

linguagem passa a ser considerada em sua relação com os sujeitos que a

utilizam, levando-se em conta a enunciação, ou seja, o contexto de produção

do enunciado ou do discurso. Para Bakhtin (1992), o enunciado – seja ele

constituído de uma palavra, uma frase ou uma seqüência de frases – é a

unidade de base da língua, é o próprio discurso, já que é no enunciado que o

discurso se constrói. O discurso, por sua vez, materializa-se em práticas

discursivas, no texto. Daí a necessidade de o texto ser entendido e

trabalhado em sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do

sujeito e de relações sociais.

Acreditamos, que maiores informações teóricas só podem ser

conseguidas por meio de muita leitura, estudo e reflexão de textos que tratem

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do assunto, e se houver muito empenho do professor em aprofundar seus

conhecimentos.

Encontramos como um dos problemas que se apresentam no

cotidiano escolar a “incoerência entre as teorias vigentes e as abordagens

contidas nos livros didáticos”. De fato, muitos livros didáticos se embasam em

teorias que não condizem com o atual contexto sócio-educacional, ou em uma

“mistura” teórica que só serve para confundir ainda mais os professores:

convivem, em um mesmo livro, exercícios de cunho tradicional (inclusive, com

cobrança de definições, classificações e regras), exercícios estruturalistas (de

seguir modelos) e, às vezes, alguns “ensaios” de reflexão/análise lingüística.

Todavia, embora poucos, existem bons livros didáticos no mercado, inclusive de

autores/professores que vêm pesquisando e produzindo obras sobre o

interacionismo, a enunciação, o discurso/texto etc. para leitura/estudo dos

profissionais da área. Portanto, os professores precisam analisar diversos livros

didáticos, antes de a escola informar ao MEC a sua escolha.

“Não nos desvinculamos do tradicional. Alguns professores têm

passado pela teoria da enunciação ou sócio-interacionista, porém voltam ao

tradicional por não encontrarem o respaldo na estrutura escolar, ou mesmo dos

próprios colegas.”

“A estrutura físico-pedagógica da escola enfatiza a prática

tradicional”. Até dá para entender o fato de muitos professores manterem o

apego a uma prática tradicional, o que vemos como um resquício de sua

formação conservadora, mas não compreendemos por que afirmam que a

estrutura escolar os leva a isso. Talvez considerem eles que o geralmente

elevado número de alunos nas salas de aula, ou o espaço quem sabe

inapropriado de que dispõem para suas aulas, ou a defasagem do acervo das

bibliotecas, ou outras razões desconhecidas constituam empecilhos para um

trabalho coerente com os pressupostos interacionistas. Porém, apesar disso,

acreditamos na possibilidade de o professor dar a vez e a voz aos alunos na

produção textual oral e escrita, de poder refletir com a turma toda sobre os

textos produzidos em classe, de proporcionar situações de leitura em que os

alunos, de forma compartilhada, apontem pistas que conduzam a significados

e sentidos. Não temos dúvidas de que isso representa um grande desafio para

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o professor, dados os obstáculos que se interpõem em seu trabalho, mas nada

é impossível a quem é comprometido com o ensino e a educação.

Por outro lado, é animador o fato de a maioria dos professores

reconhecer que, no atual contexto, a concepção/teoria que mais se presta ao

processo de ensino e aprendizagem da língua é a interacionista ou da

enunciação/discurso:

“O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea,

precisa estar comprometido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o

processo da enunciação e do discurso, e sua prática deve estar relacionada a

situações reais de comunicação.”

“A sala de aula deve ser lugar de interação, de encontro entre

sujeitos; as atividades de leitura e produção devem ser significativas,

respondendo às questões: por quê? para quê? Importa ensinar o aluno a usar

a língua e não a gramática.”

Essas falas evidenciam que há professores dispostos a romper com

a rotina e hábitos há muito instituídos, a repensar conceitos e valores

educacionais, a ressignificar caminhos já abertos. Cabe a eles reconhecê-los,

reinterpretá-los e recriá-los, dando significado à sua prática, encontrando

razões para fazer isso, comprometendo-se com o que fazem.

“O novo não nasce do nada, pois o ensino é um eterno processo de

refazer o feito, de transformar o dado, de mudar a partir do existente, de

entender e apreender o que até então não havia sido apreendido”.

“O ensino de Língua Portuguesa tem como finalidade dar ao aluno

condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem verbal e não-verbal,

aprendizagem fundamental para o exercício da cidadania. Visto que, é através

da linguagem que nos reconhecemos como seres humanos, pois a

comunicação, interação e a troca de experiências, permitem compreender

melhor a realidade em que estamos inseridos e o nosso papel na sociedade.

Considerando, a dimensão dialógica da linguagem, não podemos

nos restringir apenas a linguagem escrita, mas integrá-la com outras

modalidades de linguagem – como a oral, escrita, imagem, imagem em

movimento, gráficos, infográficos e outro meio criado pelo homem.

Sendo assim, a língua deve ser trabalhada como o resultado de um

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coletivo histórico, perpassando todas as áreas do agir humano, possibilitando

uma perspectiva interdisciplinar, visando à formação de um ser humano

expressivo, criativo, competente, crítico e transformador.

2. Objetivos:

Assumindo-se a concepção de língua como interação ou como

discurso/texto que se efetiva nas diferentes práticas sociais e pretendendo-se

que o letramento seja, na presente diretriz, o fundamento do ensino da língua

materna, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo:

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo

adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrir as

intenções que estão “por trás” dos discursos do cotidiano,

posicionando-se diante dos mesmos;

• desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações

discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-

se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os

gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

• Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de refletir

sobre os textos que lêem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de

forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de

texto, assim como os elementos gramaticais empregados na

organização do discurso ou texto;

• Desenvolver as habilidades de analisar, interpretar e relacionar as

informações recebidas;

• Alicerçar o processo de ensino e aprendizagem da língua materna;

• Opinar sobre fatos e ideias e assumir posições críticas;

• Formar o aluno como cidadão consciente, agente e responsável;

• Levar o aluno a expressar o seu saber, como ouvinte ativo das

falas, de forma a desencadear a construção ( ou reconstrução) do

conhecimento a ser desenvolvido ao longo tempo;

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• Interpretar os fatos do mundo, expressos através de

acontecimentos, atitudes e manifestações formais de comunicação,

bem como a capacidade de expressar juízos através de distintos

meios e formas de comunicação;

• Aplicar a descoberta do processo de formulação de meios de

expressão, seu reconhecimento e sua relação com a expressão da

cultura de uma sociedade ou de seus segmentos;

• Conscientizar sobre o ato de comunicação seu valor social-

individual, instrumento de auto-expressão e suas diversas formas;

• Permitir que os alunos percebam que a linguagem é parte

integrante de suas vidas dentro e, sobretudo fora da escola, que é

instrumento indispensável, tanto para a aquisição de

conhecimentos em quaisquer áreas do saber, como participação

dos indivíduos nas mais diversas situações sociais de interlocução;

• Interpretar fatos em seqüência lógico-temporal, bem como de

auferir juízos interdisciplinares sobre fatos;

• Contextualizar os fatos aprendidos nos textos, trazendo-os

posteriormente à nossa realidade;

• Conhecer e refletir sobre fatos importantes que marcaram a nossa

história;

• Aprimorar a leitura oral, exercitando-a a partir de orientações sobre

entonação e ênfase;

• Debater temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de

comunicação e argumentação orais;

• Explorar a construção da narrativa (verbal e não-verbal);

• Incorporar novas palavras a seu vocabulário;

• Desenvolver estratégias de leitura: índices de previsibilidade,

explicação do conteúdo implícito, levantamento de hipótese e

relações de causa e consequência, de temporalidade e

especialidade, transferência, síntese, generalização, tradução de

símbolos, relações entre forma e conteúdo.

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3. Conteúdos:

3.1. ENSINO FUNDAMENTAL

• Conteúdo Estruturante: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

• Conteúdos Básicos:

6º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,

provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.

- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,

crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de

aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas

fantásticas.

- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato

histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.

- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,

entrevista, classificados, caricatura.

- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,

publicidade comercial, comercial para TV, fotos.

- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,

debate, panfleto.

- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,

regulamentos.

- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,

rótulos/embalagens.

- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,

telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.

LEITURA:

200

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- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade;

- Argumentos do texto;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Léxico;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto , pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras

de linguagem.

ESCRITA:

- Contexto de produção;

- Interlocutor;

- Finalidade no texto;

- Informatividade;

- Argumentatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Divisão do texto em parágrafos;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficas ( como aspas, travessão,negrito), figuras de

linguagem;

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal e nominal;

ORALIDADE:

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

201

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- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações lingüísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição,recursos semânticos.

7º ANO:

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,

provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.

- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,

crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de

aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas

fantásticas.

- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato

histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.

- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,

entrevista, classificados, caricatura.

- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,

publicidade comercial, comercial para TV, fotos.

- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,

debate, panfleto.

- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,

regulamentos.

- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,

rótulos/embalagens.

- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,

telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.

LEITURA:

- Tema do texto;

- Interlocutor;

202

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- Finalidade do texto;

- Argumentos do texto;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Informações explícitas e implícitas;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Repetição proposital de palavras;

- Léxico;

- Ambiguidade;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no

texto, pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras

de linguagem.

ESCRITA:

- Contexto de produção;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito0 , figuras

de linguagem;

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal;

ORALIDADE:

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Argumentos;

203

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- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações lingüísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição;

- Semântica.

8º ANO:

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,

provérbios, quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas,

exposição oral,trava-línguas,

- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,

crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de

aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas

fantásticas.

- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato

histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.

- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,

entrevista, classificados, caricatura.

- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,

publicidade comercial, comercial para TV, fotos.

- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,

debate, panfleto.

- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,

regulamentos.

- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,

rótulos/embalagens.

- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,

telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.

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LEITURA:

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Argumentos do texto;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);

- Semântica;

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido figurado;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA:

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Informatividade;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

- Concordância verbal e nominal;

- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

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- Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- sentido figurado;

- expressões que denotam ironia e humor no texto;

ORALIDADE:

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

-Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual ,

pausas...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas( lexicais, semânticas,prosódicas, entre outras);

- Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição;

- Elementos semânticos;

- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos,gírias,repetições, etc);

- Diferença e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º ANO:

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,

provérbios, quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas,

exposição oral,trava-línguas,

- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,

crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de

aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas

fantásticas.

206

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- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato

histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.

- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,

entrevista, classificados, caricatura.

- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,

publicidade comercial, comercial para TV, fotos.

- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,

debate, panfleto.

- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,

regulamentos.

- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,

rótulos/embalagens.

- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, fotoblog,

telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.

LEITURA:

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Argumentos do texto;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Discurso ideológico presente no texto;

- Vozes sociais presente no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas , travessão, negrito;

- Semântica :

- operadores argumentativos;

- polissemia;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

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ESCRITA:

- conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Informatividade;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas linguística:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

- Sintaxe de concordância;

- Sintaxe de regência;

- Processo de formação de palavras;

- Vícios de linguagem;

- Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- polissemia;

ORALIDADE:

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial,corporal e

gestual,pausas...;

- Adequação do discurso ao gênero ;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas( lexicais,semânticas,prosódicas entre outras);

- Marcas linguísticas:coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

208

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- Semântica;

- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

3.2. ENSINO MÉDIO

• Conteúdo Estruturante: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

• Conteúdos Básicos:

Gêneros discursivos: Anedotas; Bilhetes; Carta Pessoal; Cartão ; Cartão

Postal ; Causos ; Convites ; Autobiografia ; Biografias ; Contos ; Contos de

Fadas Contemporâneos ; Crônicas de Ficção ; Fábulas ; Fábulas

Contemporâneas ; Histórias em Quadrinhos ; Lendas ; Literatura de Cordel ;

Memórias ; Cartazes ; Diálogo/Discussão Argumentativa ; Exposição Oral ;

Palestra ; Pesquisas ; Anúncio de Emprego ; Artigo de Opinião ; Carta ao Leitor ;

Cartum ; Charge ; Crônica Jornalística ; Anúncio ; Comercial para TV ; E-mail ;

Folder ; Fotos ; Slogan ; Debate ; Bulas; Placas; Blog ; Desenho Animado;

E-mail; Filmes.

Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-

brasileira e africana; Indígena, Meio Ambiente, Educação para o Trânsito,

Educação Fiscal e Qualidade de Vida: - Leitura e análise de textos variados:

narrativos (curtos e longos; obras literárias, textos científicos e informativos );

- Leitura de textos de diferentes fontes ( fascículos, revistas, livros de consulta,

didáticos, etc); - Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e

filmes;

Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do

discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com

os conteúdos específicos: - Produção de cartazes Anúncios, slogans, folhetos; -

Elaboração de cartas (formais e informais), bilhetes, postais, cartões ( de

aniversário, natal, etc.) convites, diários (pessoais da classe, de viagem, etc.);

Produção de quadrinhos, textos de jornais, revistas e suplementos infantis:

209

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títulos, notícias, resenhas, classificados, etc.

Relatos: (histórias de vida, históricos), textos de enciclopédia, verbetes de

dicionários; - Adaptação de um conto para o teatro; - Produção de textos

diversos.

Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento

de prática avaliativa: - Repetição oral de enunciados; - Seminários, palestras; -

Entrevistas, debates, notícias, anúncios ( via rádio e TV); - Dramatização de

textos Teatrais; - Apresentações de trabalhos em feiras escolares; - Exposição

de textos de outras áreas e normativos, tais como estatutos, declarações de

direitos, e de textos de diferentes fontes ( fascículos, revistas, livros de

consulta, didáticos, etc.); - Depoimentos sobre situações significativas vividas

pelo aluno;

1ª Série:

- Variedades linguísticas: A comunicação e o contexto discursivo: - O que é

linguagem; Linguagem formal: a norma culta; - Linguagem informal: gírias,

dialetos, regionalismos

- Linguagem verbal e não- verbal: - Charge, H.Q., cartão postal, placas de

trânsito, telas; - Ironia e hipérbole;

- O texto não- literário: A linguagem denotativa e a função referencial no texto

em prosa: - Texto informativo; - Coesão e coerência textual; - Elipse e

pleonasmo vicioso

- O texto literário: Linguagem conotativa e a função poética no gênero lírico: - A

poesia; - Versos brancos e rimados; - Versos livres e medidos; - Soneto, trova; -

Metáfora e comparação; - Produção escrita com base nos conhecimentos sobre

texto literário e não-literário

- Ambiguidades e seus efeitos de sentidos: - Texto informativo: Objetividade e

clareza; -Texto publicitário (propaganda, anúncios): A função denotativa,

subjetividade, argumentação e persuasão; - O substantivo, o artigo e o adjetivo

na construção do texto: - Ordem das palavras; -Concordância nominal; -

Sujeito; - Descrição de personagens e ambientes: - Palavras referenciais:

Pronomes pessoais, possessivos, de tratamento e demonstrativos

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2ª Série

- O conto: A estrutura e os elementos da narrativa: personagens, narrador,

espaço, tempo; - A função metalinguística;

- O nacionalismo ufanista dos românticos e o nacionalismo crítico dos

modernistas: - Intertextualidade: A paródia - releitura crítica; - A prosopopeia: o

dinamismo da natureza;

-O léxico da língua: - Sinônimos e escolha lexical;

- Vários sentidos da mesma palavra – a polissemia;

- Criação de novas palavras – a derivação e a composição;

- Empréstimos linguísticos – o estrangeirismo;

- Neologismos;

- As várias vozes presentes no texto: discurso direto e indireto;

Produção de texto narrativo; - Produção de texto poético;

As implicações sintáticas no contexto discursivo:

- Sujeito e predicado

- A transitividade verbal

- Predicativo do sujeito

A hierarquia das palavras:

- A relação entre as palavras, entre os termos da oração e entre as orações de

um texto.

- Leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros discursivos: crônica,

romance, texto dramático, notícia, poesia;

- Estratégias de ficcionais curtos e longos;

- Ideia central e informações implícitas do texto;

- Confronto de ideias contidas num texto;

- Análise dos textos lidos: nível estrutural, coesão, coerência, nível semântico;

- Sentido lógico e sentido abstrato das palavras.

- Relato de fatos do cotidiano

- Debates relacionados à realidade dos alunos, como subsídios para a escrita,

pesquisa e apresentação de seminários.

Escrita

- Prática de Produção de texto;

- Texto narrativo e dissertativo;

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3ª Série

- A intertextualidade na leitura e produção de texto: paródia e paráfrase

A oração e seus termos: - O verbo na constituição do predicado

- Termos da oração que se referem ao verbo: Objetos, adjunto adverbial e

agente da passiva; - Termos da oração que se referem ao nome: Complemento

nominal, adjunto adnominal, predicativo e aposto.

- O parágrafo dissertativo: Opinião crítica

Coordenação e subordinação das ideias: - Conjunções coordenativas; -

Conjunções subordinativas; Orações subordinadas substantivas, adjetivas e

adverbiais

Análise dos neologismos, dos arcaísmos; Análise da prosa metafórica; Discurso

indireto livre; - Fluxo da consciência

- Interpretação e produção de textos;

- Orações subordinadas na construção do texto: - Orações subordinadas

substantivas, adjetivas e adverbiais, - termos da oração que se referem ao

nome: Complemento nominal, adjunto adnominal, predicativo e aposto.;

- Acentuação: acordo ortográfico;

- Concordância verbal e nominal;

- Vanguardas européias;

- Semana da Arte Moderna

- Modernismo – 1ª, 2ª e 3ª fase;

- Produção de crônicas

- A intertextualidade na leitura e produção de texto: paródia e paráfrase

- Coordenação e subordinação das ideias: - Conjunções coordenativas; -

Conjunções subordinativas

- O texto dissertativo: - Tese, argumentação e o esquema-padrão; -

Objetividade e subjetividade; - Coesão e coerência das ideias.

4. Metodologia:

O objetivo do ensino da Língua é muito claro: trabalhar a língua como

prática social de interação, com propostas que contextualizam as atividades de

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ensino em situações de uso com finalidades específicas, interlocutores reais e

textos de circulação no meio social. Logo, o aluno não deve apenas saber ler e

escrever, mas ser proficiente no uso social da língua, falando ou escrevendo. E

cabe à escola proporcionar o maior número de conhecimentos necessários para

que ele possa participar plenamente da sociedade. Isso implica no uso efetivo

da linguagem. Para tanto é fundamental que as práticas de uso da linguagem,

isto é, as atividades de leitura e compreensão de textos, de produção escrita e

de compreensão oral, em que situações contextualizadas sejam norteadoras do

Plano de Trabalho Docente. Sempre destacando que as práticas de reflexão

sobre a língua e a linguagem assim como a construção correlata de

conhecimentos linguísticos e a descrição gramatical devem se exercer sobre os

textos e os discursos, na medida em que se façam necessárias e significativas

para a construção dos sentidos. E para o alcance desses propósitos, são

necessários procedimentos metodológicos bem definidos, que serão

enriquecidos segundo as práticas pedagógicas:

Leitura e oralidade, promoção da qualidade da leitura, com grande quantidade

de textos de gêneros variados (buscando representar o mundo social e cultural

do aluno com temas de seu interesse e questões sociais); atividades com

textos que compõem de imagem e texto verbal; exploração de aspectos

semânticos e discursivo do texto, elaboração de inferências, compreensão

global e intertextual; seções de leitura oral pelo professor e pelos alunos,

debates e apresentações orais dos resultados da produção escrita, leitura

compartilhada, apresentações de grupos.

Conhecimentos linguísticos: realização de atividades de conscientização

linguística, trabalhados em seções destinadas ao exame dos recursos nos

textos lidos e ao vocabulário, estudo da morfologia e a sintaxe contemplados

em um trabalho consistente de reflexão linguística voltado para o domínio das

variedades da língua entre elas, a padrão.

Produção de texto: trabalho com leitura (discussões sobre tema, gênero e

recursos linguísticos) que propiciarão proposição de diversidade de tipos de

textos, gêneros e registros nas produções, criação de situações reais de

produção, socialização dos textos produzidos, produções coletivas, promoção

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de atividades orais com dinâmica de grupo, organização de eventos (a partir

da motivação dada pela produção de texto).

Enfim, a metodologia deve ser considerada construtivo-reflexiva e levar o

aluno a refletir sobre dados, fatos, textos diversos, para posteriormente inferir,

com base em análise devidamente orientada pelo professor e/ou pelo material

didático, o conhecimento em questão. O processo deve possibilitar que o

próprio aluno seja capaz de sistematizar os conhecimentos construídos

historicamente, demonstrando, assim o que aprendeu.

A seleção de conteúdos deve considerar como um sujeito de um

processo histórico, social detentor de um repertório linguístico que precisa ser

considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa. O

trabalho com os conteúdos partirá da exploração de diversos gêneros textuais

que propiciarão a exposição do educando a língua dentro de um contexto,

possibilitando a análise e estudo de sua estrutura, servindo também como

ponte para criar a interação entre as habilidades em cada contexto.

O professor dessa disciplina estará atento ao cumprimento da Lei

10.639/03 que trata da História da Cultura Afro-Brasileira e Africana; da Lei

11.645/08 sobre a Cultura Indígena a Lei 9.795/99 a Educação Ambiental a Lei

9795/99 e sobre o Direito da Criança e do Adolescente . É necessário que o

aluno internalize que a língua é instrumento de poder e que saiba utilizá-la

como tal, por isso, deverá conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente

valorizados da língua e os saberes culturais e sociais historicamente

construídos.

5. Avaliação:

A avaliação não deve ser entendida como forma de julgar o sucesso ou

fracasso do aluno. É preciso ter em mente que a avaliação não recai somente

sobre a aprendizagem dos alunos. Ela fornece ao professor os elementos

necessários para que reflita sobre sua prática pedagógica. Logo, a avaliação é

compreendida, como um procedimento cuja função é unificar a aprendizagem

e o ensino. Ela deve ser dinâmica, deve ocorrer durante todo o processo de

ensino e aprendizagem, no tocante aos textos escritos, que são os referencias

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do trabalho docente, devem ser avaliados sob três perspectivas: a da interação

discursiva, a do nível de textualidade, a da utilização dos padrões ortográficos

e morfossintáticos da escrita. Em relação à leitura, deve-se enfocar a

capacidade de atribuir sentido ao texto, apresentar pontos de vista, opiniões

críticas, realizar inferências e reconhecer a intertextualidade. Quanto à

oralidade é relevante avaliar a capacidade do aluno planejar a fala, ajustar o

texto à variedade linguística adequada, falar, escutar e refletir, percebendo

que a linguagem oral possui níveis que vão do mais informal ao mais formal.

No processo avaliativo deve-se atentar para o processo da temporalidade da

aprendizagem principalmente quando se tratar de alunos incluídos. Para isso,

são necessários critérios avaliativos, claramente definidos e de real

aplicabilidade.

É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o

processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano

letivo.

Formas de avaliação - a formativa, a somativa e diagnóstica – servem

para diferentes finalidades. Em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o

professor pode utilizar a observação diária e instrumentos variados e

selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.

A recuperação de estudos será ofertada a todos os alunos,

prioritariamente aos com aproveitamento insuficiente no decorrer do processo

ensino/aprendizagem. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-

aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos. Será

oferecida a todos os alunos com média inferior a da aprovação e/ou aqueles

que quiserem usufruí-la. Sendo ofertada ao aluno as oportunidades possíveis

pelo estabelecimento de ensino para que o mesmo resgate os conteúdos não

aprendidos. Entre a nota da avaliação e a da recuperação , prevalecerá

sempre a maior .

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de

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novos instrumentos de avaliação.

6. Referências:

CÓCCO, M.F.& HAILER, M. A. – Alp- Análise , Linguagem e Pensamento – São Paulo:FTD, 1997.

GASPARIN, J.L.Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.São Paulo :Editora Autores Associados , 2002.

LIMA, E. S. Avaliação, educação e formação humana. Cap.2.

OLIVEIRA, T. A., BERTOLIN, R., SILVA, A.S. .Tecendo Textos- Ensino de Língua Portuguesa Através de projetos . S.P:IBEP,2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica de Língua Portuguesa - Secretaria de Estado da Educação. 2008.

TEIXEIRA, Patrícia Moreli.Ateliê da palavra: Atividade de redação . São Paulo.Quinteto Editorial,1998

MATEMÁTICA

1. Apresentação e Justificativa:

A matemática se desenvolveu ao longo da história da

humanidade e está em constante evolução e se aperfeiçoando ao longo dos

tempos. Estando ciente que a Matemática estudada e ensinada hoje é produto

das idéias e contribuições construídas historicamente, é sempre possível

rediscutir conceitos, modificar pontos de vista sobre assuntos conhecidos e

propor outros, apresentando-se assim como uma ciência viva, como afirma

D’AMBRÓSIO:

[...]“Para situar a matemática como uma manifestação cultural

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de todos os povos em todos os tempos, como a linguagem, os costumes, os

valores, as crenças e os hábitos, e como tal diversificada nas suas origens e na

sua evolução”.

Estudiosos defendem que a matemática teria surgido de

necessidades práticas urgentes do homem, como a demarcação de áreas, o

levantamento de seu rebanho, partindo para a valoração de objetos (comércio,

dinheiro). Outros já definiam que a matemática teria surgido do lazer de uma

classe de sacerdotes ou de rituais religiosos.

Na origem do ensino da Matemática, a educação ministrada de

forma clássica, o homem estava reduzido a contar números, memorizar e

repetir. Tempos depois o ensino foi voltado às atividades práticas que

contribuíram para uma fase de progressos, ocorrendo à valorização,

popularização e inclusão do ensino da matemática nos estudos.

A matemática passou a ser considerada como um saber

dinâmico prático criando possibilidades de trocas de conhecimentos, pois é

imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma que

compreenda conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e

comunique idéias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde situações

problemas com segurança.

As relações que surgem entre professor - matemática - aluno,

dentro da realidade em que estão inseridos, é que fundamenta a educação

matemática da escola e desenvolva uma concepção de matemática que

permita a todo, o acesso aos conhecimentos e instrumentos matemáticos,

como uma condição necessária para participarem e interferirem na sociedade

em que vivem.

Ao ensinar matemática devemos abordar seus conteúdos

curriculares de forma que os mesmos tenham significado no cotidiano do aluno

e aja articulação entre eles, e com as outras disciplinas. Portanto, devemos

buscar maneiras diferentes para conseguirmos atingir os nossos objetivos para

formar futuros cidadãos conscientes.

“É necessário que o processo pedagógico em matemática

contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades,

generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e

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interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.”

(PARANÁ, 2008, P.49).

O objeto de estudo, ainda em construção, tem relação direta na

prática pedagógica envolvendo e centralizando o ensino, a aprendizagem e o

conhecimento matemático, com abordagens que envolvem estudo que busque

a compreensão de como o aluno compreende e se apropria da Matemática

“concebida como um conjunto de resultados e métodos, procedimentos,

algoritmos, etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70 apud PARANÁ, 2008, p.48).

O conhecimento matemático não pode ser tratado como um

conjunto de fatos e definições isoladas e conclusivas. Sempre haverá outras

descobertas e conexões entre os vários conhecimentos que são fundamentais

para que os alunos possam compreender a evolução da matemática até sua

presença nos dias de hoje. Dessa forma, ao concluir seus estudos

matemáticos, a expectativa é que o aluno seja capaz de reconhecer os

conhecimentos matemáticos como ferramenta que estimule a curiosidade, a

investigação e os meios para compreender e utilizá-los em situações

problemas e na transformação de sua realidade. Enfim, busca-se, através do

conhecimento matemático, estimular o aluno para que construa valores e

atitudes de natureza diversas, visando a formação integral do mesmo.

2. Conteúdos:

6º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Sistemas de numeração;

• Números Naturais;

• Múltiplos e divisores;

• Potenciação e

radiciação;

• Números fracionários;

• Números decimais.

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GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de

comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema monetário.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial.

TRATAMENTO DE

INFORMAÇÃO

• Dados, tabelas e

gráficos;

• Porcentagem.

7º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Inteiros;

• Números Racionais;

• Equação e Inequação do

1º grau;

• Razão e proporção;

• Regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de

Temperaturas;

• Medidas de Ângulos.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

Geometrias Não-

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Euclidianas.

TRATAMENTO DE

INFORMAÇÃO

• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e Mediana;

• Juros Simples.

8º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Racionais e

Irracionais;

• Sistemas de Equações

do 1º grau;

• Potências;

• Monômios e Polinômios;

• Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de

comprimento;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias Não-

Euclidianas.

TRATAMENTO DE

INFORMAÇÃO

• Gráficos e Informação;

• População e Amostra.

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9º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais;

• Propriedades dos

radicais;

• Equação do 2o grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

• Equações Biquadradas;

• Regra de Três Composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Relações Métricas no

Triângulo Retângulo;

• Trigonometria no

Triângulo Retângulo.

FUNÇÕES

• Noção Intuitiva de

Função Afim;

Noção Intuitiva de

Função Quadrática.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias Não-

Euclidianas.

TRATAMENTO DE

INFORMAÇÃO

• Noções de Análise

Combinatória;

• Noções de

Probabilidade;

• Estatística;

Juros Compostos.

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ENSINO MÉDIO:

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

-Números e Álgebra

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Números Reais;

- Números Complexos;

- Sistemas Lineares;

- Matrizes e Determinantes;

- Polinômios;

- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- Grandezas e Medidas

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Medidas de Área;

- Medidas de Volume;

- Medidas de Grandezas Vetoriais;

- Medidas de Informática;

- Medidas de Energia;

- Trigonometria.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- Funções

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Função Afim;

- Função Quadrática;

- Função Polinomial;

- Função Exponencial;

- Função Logarítmica;

- Função Trigonométrica;

- Função Modular;

- Progressão Aritmética;

- Progressão Geométrica.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- Geometrias

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometrias não-euclidianas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- Tratamento da Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Análise Combinatória;

- Binômio de Newton;

- Estudo das Probabilidades;

- Estatística;

- Matemática Financeira.

3. Metodologia:

Entre o mundo globalizado e a real condição de vida do aluno,

está a escola. Nesse contexto a matemática deve se apresentar como um elo

entre o real e o globalizado sendo um importante instrumento na formação e

apreensão dos conhecimentos matemáticos como meios para compreender e

transformar o mundo a sua volta. Este vínculo entre a matemática, escola e a

realidade do aluno, apresenta-se da seguinte forma:

A iniciação de um conceito matemático deve ser iniciada através de situações reais que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber é que a escola promoverá a difusão do conhecimento matemático já organizado. (PARANÁ 1990).

O saber escolar se apresenta nos conteúdos das disciplinas.

Assim a aprendizagem matemática se organiza na constante construção do

currículo, a partir dos conteúdos chamados estruturantes que são considerados

de grande amplitude. A partir dos conteúdos estruturantes organizam-se os

conteúdos básicos que perpassam por todas as séries. Assim as articulações

desses conteúdos fundamentados às teorias metodológicas fazem parte da

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proposta pedagógica curricular (PPC) da escola. Posteriormente o professor

elabora seu plano de trabalho docente onde constarão os conteúdos

específicos a serem trabalhados por turmas e nos bimestres que serão

abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática

que fundamenta a prática docente, que são: resolução de problemas;

modelagem matemática; mídias tecnológicas; etnomatemática; história da

matemática; investigações matemáticas.

Como o processo ensino aprendizagem não se esgota em si

mesmo, a articulação entre as tendências deve ser utilizada, além de

ferramentas e equipamentos, tais como:

materiais manipulativos (tampinhas, palitos, barbantes,

fichas, cartões, papéis cartões, cartolina, recortes);

materiais de construção ( régua, compasso, transferidor,

esquadros, tesoura;

dobraduras, recortes, embalagens , fita métrica, trena, papel

milimetrado);

mídias (internet via laboratório Paraná Digital, vídeos, TV

pendrive, rádio, aparelho de som);

instrumentos de cálculo (calculadora, computadores);

jogos ( encontrados à venda pela indústria que auxilie em

processos de aprendizagem como também a confecção dos mesmos como os

dados, a trilha, pentaminós, tangram etc.);

publicações (jornais, revistas, livros didáticos, paradidáticos,

de apoio, panfletos de propaganda);

publicidade ( panfletos de propagandas diversos, banners).

Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios

sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em

Matemática serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,

Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08), Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas, Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação

Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, Direitos das

Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07, Agenda 21 Escolar, sempre que

houver abertura no contexto dos conteúdos.

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4. Avaliação:

A avaliação se dará de forma diagnóstica, contínua, cumulativa e

processual, através de resolução de exercícios e participação em todas as

atividades propostas.

A apropriação do conhecimento será verificada através de interpretações

de textos matemáticos (problemas) a fim de diagnosticar se os objetivos

propostos estão sendo atingidos pelo educando, norteando assim novas

práticas a serem desenvolvidas.

A recuperação de conteúdos ocorrerá no momento em que for constatado

o não aproveitamento satisfatório do processo de ensino, significando então,

um procedimento paralelo da intervenção pedagógica, buscando realimentar o

processo de aprendizagem até o nível de rendimento escolar significativo, ou

seja, mensurado numa escala igual ou preferencialmente,superior a 6,0 (seis).

A educação matemática como ciência elaborada pelos homens em

constantes modificações, nos leva a pensar a avaliação não como resultado de

um único elemento a ser considerado, mas sim a observação de todo o

processo de construção desse conhecimento, sendo necessária uma

observação sistemática, que nos leva a avaliação diagnóstica. (PARANÁ 1990).

Assim a função diagnóstica da avaliação irá subsidiar o professor para a

retomada do trabalho, identificando qual conhecimento o aluno traz como

referencial e a partir daí conseguirá identificar quais processos não foram

atingidos, e mediar a aprendizagem. Como afirma Vigotsky:

[...] a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes”.(VIGOTSKY,1998).

Para tanto alguns critérios devem orientar as atividades

avaliativas propostas possibilitando verificar se o aluno:

comunica-se matematicamente, oral ou por escrito

(BURIASCO, 2004);

compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

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elabora um plano de possibilite a solução do problema;

encontra meios diversos para a resolução de um problema

matemático;

realiza o retrospecto da solução de um problema.

Sendo necessário que no processo pedagógico, o aluno deve ser

estimulado a:

parte de situações-problema internas ou externas à

matemática;

pesquisa acerca de conhecimentos que possam auxiliar na

solução dos problemas;

elabora conjecturas, faz afirmações sobre elas e as testa;

persevera na busca de soluções, mesmo diante de

dificuldades;

sistematiza o conhecimento construído a partir da solução

encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as

condições particulares;

socializa os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma

linguagem adequada;

argumenta a favor ou contra os resultados (PAVANELLO &

NOGUEIRA, 2006, p. 29).

Ressaltando que os resultados de uma avaliação devem servir

para aprimorar o processo ensino aprendizagem e ajudar a todos os alunos a

se apropriarem do conhecimento para que se tornem cidadãos e tenham

consciência dessa cidadania, a avaliação deve ser vista como afirma Micotti in

Bicudo, 1999: “Os novos procedimentos didáticos envolvem mudanças na

avaliação. Os erros deixam de indicar fracasso dos alunos, passam a constituir

fontes de informação que o professor com o objeto de estudo.”

Se o aluno de hoje é ativo e questionador, mas não se apropria

de princípios matemáticos elementares faz-se necessário questionar e refletir o

porque dessa situação e podemos fazê-lo através das palavras de Vigotsky

(2000, p.247):

[...] “a experiência pedagógica nos ensina que o ensino direto de

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conceitos sempre se mostra impossível e pedagogicamente estéril. O

professor que envereda por esse caminho costuma não conseguir senão

uma assimilação vazia de palavras, um verbalismo puro e simples que

estimula e imita existência dos respectivos conceitos na criança, mas, na

prática, esconde o vazio”.

Em tais casos, a criança não assimila o conceito, mas a palavra

capta mais de memória que de pensamento e sente-se impotente diante de

qualquer tentativa de emprego consciente do conhecimento assimilado. No

fundo, esse método puramente escolástico de ensino, substitui a apreensão do

conhecimento vivo pela apreensão de esquemas verbais mortos e vazios.

A matemática envolve uma permanente procura da verdade. É

rigorosa e precisa. Embora muitas teorias descobertas há longos anos, ainda

hoje se mantenham válidas e úteis, mesmo assim continua a se modificar e a

se desenvolver. Portanto este deve ser o espírito dessa disciplina e não como

uma regra imutável, finalizada, sem questionamentos e assim também o papel

do professor quando avalia o ensino e aprendizagem de matemática.

Os instrumentos de avaliação serão definidos conforme os

conteúdos e as metodologias aplicadas para avaliar os critérios estabelecidos.

São instrumentos utilizados: trabalho individual e em grupo, provas, leitura e

interpretação de situações problemas, gráficos, pesquisas e etc. A recuperação

é um direito de todos os alunos independentemente do nível de aquisição de

conhecimentos ou rendimento escolar. Ocorre concomitante ao processo

ensino aprendizagem e sua sistematização se faz após o efetivo trabalho de

retomada dos conteúdos não assimilados através de provas e trabalhos em

grupo.

5. Referências:

BICUDO, M. A. V. (Org). Pesquisa em Educação Matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999.

BORBA, M.C.; PENTEADO, M. G. Informática e Educação Matemática. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

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CARVALHO, D.L. Metodologia do ensino de matemática. São Paulo, Cortez, 1992.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. São Paulo: Ática, 1991.

D’AMBRÓSIO, U. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e matemática. São Paulo: Summus, 1986.

IFRAH, G. Os números: história de uma grande invenção. 3. ed. São Paulo: Globo, 1989.

JUNIOR, J.R.G. A conquista da matemática. 1. ed. São Paulo: FTD, 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Matemática para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba: 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2006.

RIBEIRO, J.S. Matemática - Projeto Radix - Raiz do conhecimento. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2010.

SOUZA, J.R; PATARO, P. R. M; Vontade de Saber Matemática. 1. ed, São Paulo: FTD, 2009.

VYGOTSKY, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

______. A construção do pensamento e da linguagem; tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

TEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e

realidade. São Paulo: Atual, 2000.

QUÍMICA

1. Apresentação e Justificativa:

A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a

capacidade de resolução de problemas, o que implica na necessidade de

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vinculação do conteúdo trabalhado com o contexto social em que o aluno está

inserido, tendo em vista a sua formação para que sejam capazes de se

apropriar de saberes de maneira crítica e ética.

O ensino de química apresenta como objeto de estudo Substâncias e

Materiais; deverá estar voltado para as atividades humanas, onde a partir da

aprendizagem em sala de aula e do cotidiano, o aluno poderá articular seu

conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas,

desenvolvendo suas habilidades básicas, que o caracterizam como cidadão:

participação e julgamento.

Transformar a prática de sala de aula numa prática dialógica, significa

dar vez aos alunos não apenas para que reproduzam as respostas do professor,

mas para que expressem sua própria visão de mundo e sua capacidade de

tomada de decisão, propiciando situações em que eles serão estimulados a

emitir opinião, propor soluções, usando o juízo de valores.

2. Objetivos:

• Reconhecer e compreender a linguagem de símbolos, gráfica,

iconográfica e tabeladas utilizadas na química e interconverter

informações entre as linguagens;

• Identificar, obter, selecionar e utilizar as informações disponíveis nas

diversas fontes de consultas;

• Compreender os fatos, selecionar as idéias e aplicar os conceitos na

resolução de problemas e situações do cotidiano;

• Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo industrial e rural;

• Utilizar-se de estudos prospectivos na avaliação de acidentes e desastres

ambientais;

• Avaliar abusos e situações de riscos e exigir o cumprimento das leis de

modo a garantir os direitos individuais e coletivos da geração

contemporânea e das futuras gerações;

• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;

• Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica

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(lógico-formal);

• Compreender dados quantitativos, estimativas e medidas, compreender

relações proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional);

• Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em

Química: gráficos,tabelas e relações matemáticas;

• Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias,

modelos) para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos em

Química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes;

• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à

Química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes;

• Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões

acerca das transformações químicas;

• Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico

da Química e aspectos sócio-político-culturais;

• Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e

coletiva do ser humano com o ambiente;

• Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no

desenvolvimento da Química e da tecnologia.

3. Conteúdos:

ESTRUTURANTES:

São aqueles que identificam e organizam e organizam os campos

de estudos da disciplina, considerados fundamentais para a compreensão de

seu objeto de estudo e ensino.

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química sintética

A- Matéria e sua natureza ,dá início ao trabalho pedagógico da

disciplina de Química por se tratar especificamente do seu objeto de estudo. É

o conteúdo que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais

conteúdos estruturantes.

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B- Biogeoquímica , dentro da Biogeoquímica procuramos entender

as complexas relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera,

sua propriedade e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou

interligar saberes biológicos, geológicos e químicos.

C- Química Sintética ,tem sua origem na síntese de novos produtos e

materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria

alimentícia (conservantes, aromatizantes, acidulantes, edulcorantes), dos

fertilizantes e agrotóxicos.

BÁSICOS:

Matéria

Solução

Velocidade das Reações

Equilíbrio Químico

Ligação Química

Reações Químicas

Radioatividade

Gases

Funções Químicas

4. Metodologia:

A Química estando ligada diretamente à vida e terá sempre um

papel essencial na formação do aluno. Cabe ao professor, através das mais

variadas atividades, como: pesquisas, debates, atividades em grupos,trabalho

com tabelas periódicas, aulas de laboratório, recursos audiovisuais e outros,

colocar o aluno em contato com essa ciência que estuda os materiais, suas

constituições e transformações, levando sempre em conta que temos em uma

mesma sala alunos de origens e saberes diferentes e que devemos levar isso

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em consideração na hora de aplicar qualquer metodologia.

Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios

sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em

Química serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,

Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas; Agenda 21 Escolar; Educação Ambiental (Lei Federal nº

9.795/99).

5. Avaliação:

A avaliação em química terá como principal critério a formação

de conceitos científicos, em um processo de construção e reconstrução de

significados. Será de forma processual e formativa. Como instrumento de

avaliação serão utilizados provas teóricas e práticas, debates, trabalhos em

grupos e individuais, interpretação da tabela periódica, pesquisas

bibliográficas, relatórios para atender a diversidade que temos em uma sala de

aula.

O professor deverá observar o nível em que o aluno se apresenta

para acompanhar seu desenvolvimento, propiciar a ele oportunidade de

desempenho mais eficiente acerca do processo ensino-aprendizagem, o

professor deverá utilizar os resultados para detectar as dificuldades e

direcionar a prática didático-pedagógica para uma recuperação de conteúdos

significativos.

A recuperação dar-se-á no decorrer de todo processo ensino-

aprendizagem, buscando métodos variados de acordo com as necessidades

dos alunos, para que eles possam desenvolver o senso crítico, adquirindo a

competência de questionar o outro, o mundo e a si mesmo.

6. Referências:

MACEDO e CARVALHO. Química. Vol. U. São Paulo: IBEP.

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PERUZZO e CANTO. Química. Vol. U. São Paulo: Moderna.

QUÍMICA. Vários autores. Curitiba: SEED - PR, 2006.

SARDELLA. QUÍMICA. VOL. U. SÃO PAULO: ÁTICA.

USBERCO e SALVADOR. Química Essencial. Vol. U. São Paulo: Saraiva.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Química para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SARDELLA, Química. São Paulo: Ática, Volume único, 2000.

SOCIOLOGIA

1. Apresentação e Justificativa:

A Sociologia estuda os fenômenos sociais no espaço e no tempo,

contemplando as relações sociais construídas historicamente.

A escola como um todo, deverá preocupar-se em levar a prática

da disciplina de Sociologia no sentido de que o educando entenda que ele é o

sujeito e com ele interage em seu contexto social, político, econômico e

cultural, compreendendo suas possibilidades de intervenção na realidade.

Construindo, dessa forma uma educação histórica e crítica com possibilidade

para formação humanística. O aluno deverá sentir-se no centro desse

movimento, dessa dinamicidade social, como sujeito do processo, mas com a

perspectiva de intervenção.

O importante é tentar problematizar sempre. Partir de situações

problemáticas significa construir o conhecimento, partir da prática social do

aluno, do cotidiano da comunidade no qual está inserido.

O ensino de Sociologia deverá possibilitar o resgate de saberes já

construídos pelos alunos, de modo que esse conhecimento subsidie ou

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alavanque a tessitura de outros, que possam desvelar a trama das relações

sociais onde os sujeitos se inserem. Isso, partindo do pressuposto que é salutar

considerar os postulados dos “pensadores” do passado, para apresentar a

construção do processo de uma nova ciência a partir das necessidades de uma

determinada época. Pois, os conhecimentos que até então se têm, não dão

conta de responder ou se tornaram incapazes de auxiliar as pessoas a

compreenderem o que está acontecendo. Diante disso, as discussões desses

clássicos são fundamentais para alicerçar a compreensão dos conteúdos

utilizados pela explicação sociológica.

Nesse sentido, a sala de aula e a escola são espaços onde

experiências são trocadas e vemos ser estabelecidos novos espaços de

confronto da diferença, por isso a discussão sobre a cultura é fundamental.

O objeto de estudo da Sociologia é o estudo da sociedade numa

visão histórico-crítica.

Os conteúdos estruturantes possibilitarão a compreensão da

dinâmica da vida social que cercam os indivíduos, sejam eles econômicos, de

direitos, de questionamentos sobre a vida social e política, de organização

estrutural da sociedade e até mesmo em relação a outros países.

O aluno precisa ser inserido como sujeito social, de forma a

estabelecer relações com os demais membros da sociedade, tornando-se

assim um ser crítico e pensante, capacitado para buscar informações que lhe

auxiliem na transformação da realidade existente. Também é fundamental

consolidar e articular experiências e conhecimentos apreendidos como

fragmentados, parciais e ideologizados, a experiências e conhecimentos

apreendidos como totalidades complexas, procurando dar um tratamento

teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como as

desigualdades sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no

mundo do trabalho, as conflituosas relações sociedade - natureza, a negação

da diversidade cultural, possibilitando dessa forma, a reconstrução dialética do

conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe, despertando a

consciência das determinações históricas, a capacidade de intervenção e a

transformação da prática social.

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2. Conteúdos:

Conteúdos estruturantes:

− O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.

− Cultura e Indústria cultural.

− Trabalho, Produção e Classes Sociais.

− Poder, Política e Ideologia.

− Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.

− *O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas.

Obs: *Embora “O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas” não

sejam apresentadas como um Conteúdo Estruturante estarão presentes em

todas as séries, articulando os momentos históricos mais relevantes para

discussão dos conteúdos anuais, bem como os conceitos mais importantes

para as discussões propostas durante o ano.

1ª SÉRIE

Conteúdos Estruturantes:

1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas; 2. O Processo de

Socialização e as Instituições Sociais; Trabalho, Produção e Classes Sociais.

1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas.

Conteúdos básicos: Formação e consolidação da sociedade capitalista e o

desenvolvimento do pensamento social; Teorias sociológicas – August Comte,

Emile Durkheim, Marx Weber, Karl Marx; pensamento social brasileiro.

2. O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.

Conteúdos básicos: Processo de socialização; Instituições sociais: familiares,

escolares, religiosas e de reinserção social (prisões, manicômios, educandários,

asilos, etc);

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3. Trabalho, Produção e Classes Sociais.

Conteúdos básicos: O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes

sociedades; Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e Neoliberalismo; Relações de trabalho; Trabalho no Brasil.

2ª SÉRIE

Conteúdos Estruturantes:

1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas; 2. Poder, Política e

Ideologia; 3. Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.

1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

Conteúdos básicos: Desenvolvimento de reflexões e pesquisas acerca das

modernas transformações na organização política dos Estados Nacionais

Ocidentais.

2. Poder, Política e Ideologia.

Conteúdos básicos: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo e totalitarismo; Estado no Brasil; Conceitos de

poder, de ideologia, de dominação e legitimidade; As expressões da violência

nas sociedades contemporâneas.

3. Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.

Conteúdos básicos: Direitos: civis, políticos e sociais; direitos Humanos;

Conceito de cidadania; Movimentos Sociais; Movimentos Sociais no Brasil; A

questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A questão das ONG’s.

3ª SÉRIE

Conteúdos Estruturantes: 1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias

Sociológicas; 2. Cultura e Indústria Cultural.

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1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

Conteúdos básicos: Desenvolvimento do olhar sócio antropológico sobre a

diversidade de modos de pensar, viver e se relacionar nas diferentes

sociedades e o processo de mercantilização das produções culturais nas

sociedades modernas.

2. Cultura e Indústria Cultural

Conteúdos básicos: O desenvolvimento antropológico do conceito de cultura

e sua contribuição da análise das diferentes sociedades; diversidade cultural,

relações de gênero, cultura afro-brasileira e culturas indígenas; identidade,

relações de gênero, cultura afro-brasileira; Indústria cultural, meios de

comunicação de massa, sociedade de consumo, indústria cultural no Brasil.

3. Metodologia:

Os conteúdos estruturantes e básicos serão trabalhados de forma

contextualizada. No exercício pedagógico da Sociologia será realizado a análise

do contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos

tradicionais, os elementos básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx

serão desenvolvidos levando-se em consideração o recorte temporal. O

processo de ensino-aprendizagem estará relacionado à Sociologia crítica,

caracterizada por posições teóricas e práticas permitindo compreender as

problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e

conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real. Como

encaminhamentos metodológicos serão propostos:

- Aulas expositivas dialogadas;

- Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;

- Trabalho em grupo;

- Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos,

didáticos, literários, jornalísticos;

- Atividades no Laboratório de Informática;

- Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e

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pesquisas;

- Pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica;

- Análises críticas: documentários, filmes, músicas, propagandas, imagens,

entre outros.

Nos encaminhamentos metodológicos serão utilizados os seguintes

recursos didáticos/tecnológicos: livros, revistas, CDs, letras de músicas,

fotografia, gravuras, TV Multimídia, computador e aparelho de DVD.

A História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Leis nº 10.639/03

e 11.645/08), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Música (Lei nº 11.769/08),

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação

Ambiental (Lei 9.795/99), Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a

Criança e o Adolescente serão trabalhados de forma contextualizada e a partir

das relações que estabelece com as questões políticas e econômicas,

concomitantemente ao longo do período letivo. As atividades desenvolvidas

serão trabalhadas através de produção de textos; imagens; maquetes; acesso

aos sites; realização de pesquisa de campo; leitura de textos, revistas e

materiais didáticos disponibilizados na escola e on line; debates, palestras e

estudo dos cadernos temáticos da SEED.

4. Avaliação:

A avaliação em Sociologia perpassará todas as atividades relacionadas à

disciplina, pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus

critérios debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos no

processo pedagógico. A avaliação será contínua, cumulativa e processual

devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as

características individuais deste no conjunto dos componentes conteúdos

cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

A avaliação formativa, de maneira diagnóstica, identificará as

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que

apresentarem dificuldades. Os critérios de avaliação em Sociologia deverão

considerar: a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a

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prática social; a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; a

clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas; a mudança na

forma de olhar e compreender os problemas sociais. Os instrumentos de

avaliação contribuirão para a construção da autonomia do educando, tais

como: produção de textos, reflexões críticas de textos e filmes, avaliação

discursiva: objetiva e oral, trabalho em grupo, sínteses dos conteúdos e

debates (seminários).

A recuperação paralela acontecerá de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e instrumentos

diversificados, com atividades significativas, sendo que os resultados da

recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período

letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.

5. Referências:

AZEVEDO, F. de. A Cultura Brasileira. Parte III – A Transmissão da Cultura. Rio de Janeiro: E.UNB/ UFRJ, 1996

BENTO, M. F. de. Cidadania em preto e branco: discutindo as relações sociais. 3. ed. São Paulo: Ática, 2003.

CARDOSO, F.H. e Janni, O. O Homem e sociedade: leitura básica de Sociologia Geral. São Paulo: Nacional,1980.

CHARLOT, B. Relação com o saber, formação dos professores e globalização. Porto Alegre: Artmed, 2005

DIMENSTEIN, G. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os direitos humanos no Brasil. 20. ed. São Paulo: Ática, 2003.

DURKHEIM, Emile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Nacional, 1977.

GOMES, Candido. A. Educação em Perspectiva Sociológica. São Paulo: E.P.U. 1985MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. In: Os Pensadores. V. XXXV. São Paulo: Editor Victor Civita, 1974.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos

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currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Sociologia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Sociologia. Curitiba: SEED-PR, 2006.

CELEM – ESPANHOL

1. Apresentação e Justificativa:

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante

transformação. A escolha da Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM) a

compor o currículo, bem como os métodos de ensino sempre estiveram

atrelados a fatores políticos, sociais e econômicos.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.

9394/96 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma LEM no Ensino

Fundamental, a partir da quinta série, ficando a escolha do idioma a critério da

comunidade escolar, (Art.26, 5º). Já para o Ensino Médio a lei determinou que

uma LEM, escolhida pela comunidade escolar, seja disciplina obrigatória e uma

segunda seja ofertada em caráter optativo, dentro das disponibilidades de cada

Estabelecimento de Ensino (Art. 36, Inciso III).

Em função do Mercosul, foi assinada em 05 de agosto de 2005 a

lei n. 11.161, que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos

Estabelecimentos de Ensino Médio, com matrícula facultativa para o aluno;

tendo os estabelecimentos de ensino 5 anos para implementá-la.

Atualmente o ensino de LEM na rede pública de ensino do Paraná

tem como referencial teórico as Diretrizes Curriculares da Educação Básica

para o ensino de Língua Estrangeira Moderna (doravante DCE), que foram

construídas com a colaboração dos professores da rede. As DCE,

fundamentadas na pedagogia crítica e na teoria do Discurso proposta pelo

Círculo de Bakhtin, consideram que tanto o idioma quanto a opção

teórico/metodológica são marcados por questões político-econômicas e

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ideológicas, logo não são neutros.

A língua é parte de nós mesmos, de nossa identidade cultural,

histórica e social. Os sujeitos da Educação Básica do Colégio Estadual Juvenal

Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, oriundos das classes assalariadas,

urbanas e rurais, devem ter acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas

escolares, incluindo Língua Estrangeira Moderna (Espanhol). As aulas de Língua

Estrangeira Moderna (Espanhol) se configuram como espaços de interações

entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se

revelam no dia a dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-

políticas-econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que

desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na

sociedade. Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também

sirva como meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, este

componente curricular, contribui para formar alunos críticos e transformadores

através do estudo de textos que permitam explorar as práticas da leitura, da

escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.

De acordo com as Diretrizes (2008), o que se pretende com o

ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica é a compreensão de que

ensinar e aprender língua é ensinar e aprender percepções de mundo e

maneiras de atribuir sentido, é formar subjetividades, é permitir que se

reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,

independentemente do grau de proficiência atingido. Mais do que formar para

o mercado de trabalho ou para o uso das tecnologias, o ensino de LEM

proposto deve contribuir para formar alunos críticos e transformadores, que

saibam utilizar as operações de linguagem para agir no mundo em situações

de comunicação. Espera-se que o aluno use a língua em situações de

comunicação oral e escrita e compreenda que os significados são sociais e

historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática

social; vivencie formas de participação que lhe possibilitem estabelecer

relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que os significados

são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de

transformação na prática social.

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O principal objetivo de ofertar o ensino de Língua Espanhol no

CELEM é oportunizar aos alunos o acesso aos diversos discursos que circulam

globalmente, a fim de que percebam que há várias formas de produção e

circulação de textos em nossa cultura e em outras e sejam capazes de lhes

conferir sentidos. Ao possibilitar o trabalho com gêneros, aos quais os alunos

dificilmente teriam acesso em outro ambiente, a escola estará promovendo um

trabalho inclusivo. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade

reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo.

2. Conteúdos:

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.

Conteúdos Básicos: Leitura, Escrita e Oralidade.

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de circulação:BilheteCarta pessoalCartão de felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária

Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para radio*FolderParódiaPlacaPublicidade ComercialSlogan

Esfera produção de circulação:BulaEmbalagemPlacaRegra de jogoRótulo

Esfera jornalística de circulação:Anúncio classificadosCartumChargeEntrevista**HoróscopoReportagem**Sinopse de filme

Esfera artística de circulação:AutobiografiaBiografia

Esfera escolar de circulação:CartazDiálogo**Exposição oral*MapaResumo

Esfera literária de circulação:ContoCrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema

Esfera midiática de circulação:Correio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)Telejornal*Telenovela*Videoclipe*

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PRÁTICA DISCURSIVA:

Oralidade

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

Fatores de textualidade centrada no leitor:· Tema do texto; · Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;· Adequação do discurso ao gênero; · Turnos de fala;· Variações linguísticas. Fatores de textualidade centrada no texto:· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;· Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou

· Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;· Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;· Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;· Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;· Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;· Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

Espera-se que o aluno:· Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);· Apresente suas ideias com clareza, coerência;· Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;· Organize a sequência de sua fala;· Respeite os turnos de fala;· Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;· Exponha seus argumentos;· Compreenda os argumentos no discurso do outro;· Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna);· Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.

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escrito.PRÁTICA

DISCURSIVA: Leitura

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do gênero;· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto:· Intertextualidade;· Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

· Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;· Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;· Desenvolver atividades de leitura em três etapas:- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto). · Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;· Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;· Contextualizar a produção:

Espera-se que o aluno:· Realize leitura compreensiva do texto;· Identifique o conteúdo temático;· Identifique a ideia principal do texto;· Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;· Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;· Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;· Analise as intenções do autor;· Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;· Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;· Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.

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· Partículas conectivas básicas do texto.

suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;· Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas;· Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;· Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros:- temáticas (o que é dito nesses gêneros);- estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).

PRÁTICA DISCURSIVA:

Escrita

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

Fatores de textualidade centrada no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do texto;· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;

· Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;· Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;· Acompanhar a produção do texto;· Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual:

Espera-se que o aluno:· Expresse as ideias com clareza;· Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);- à continuidade temática;· Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

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· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto:· Intertextualidade;· Partículas conectivas básicas do texto;· Vozes do discurso: direto e indireto;· Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;· Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);· Acentuação gráfica;

revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que compõem o gênero; · Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;· Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.· Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;· Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;· Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.

· Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;· Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;· Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto;· Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados;· Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.

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· Ortografia;· Concordância verbal e nominal.

CURSO BÁSICO DO CELEM – P2

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de circulação:ComunicadoCurriculum VitaeExposição oral*Ficha de inscriçãoLista de comprasPiada**Telefonema*

Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para televisão*FolderInscrições em muroPropaganda**Publicidade InstitucionalSlogan

Esfera produção de circulação:Instrução de montagemInstrução de usoManual técnicoRegulamento

Esfera jornalística de circulação:Artigo de opiniãoBoletim do tempo**Carta do leitorEntrevista**Notícia**ObituárioReportagem**

Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContratoLeiOfícioProcuraçãoRequerimento

Esfera escolar de circulação:Aula em vídeo*Ata de reuniãoExposição oralPalestra*ResenhaTexto de opinião

Esfera literária de circulação:Contação de história*ContoPeça de teatro*RomanceSarau de poema*

Esfera midiática de circulação:Aula virtualConversação chatCorreio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)Videoclipe*

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso

da língua.

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto; · Aceitabilidade do

· Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

Espera-se que o aluno:· Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal

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texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;· Adequação do discurso ao gênero; · Turnos de fala;· Variações linguísticas. Fatores de textualidade centrada no texto:· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;· Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

· Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;· Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;· Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;· Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;· Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

e/ou informal);· Apresente suas ideias com clareza, coerência;· Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;· Organize a sequência de sua fala;· Respeite os turnos de fala;· Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;· Exponha seus argumentos;· Compreenda os argumentos no discurso do outro;· Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna);· Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

Fatores de textualidade centrada no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do texto;· Elementos composicionais do

· Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;· Utilizar estratégias de leitura que possibilite

Espera-se que o aluno:· Realize leitura compreensiva do texto com vista a prever o conteúdo temático, bem como a ideia principal do texto através da

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gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto:· Intertextualidade;· Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);· Partículas conectivas básicas do texto;· Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;· Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.

a compreensão textual significativa de acordo com o objetivo proposto no trabalho com o gênero textual selecionado;· Desenvolver atividades de leitura em três etapas:- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto);· Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;· Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, finalidade, intertextualidade;· Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas;· Relacionar o tema com o contexto

observação das propriedades estilísticas do gênero (recursos como elementos gráficos, mapas, fotos, tabelas);· Localize informações explícitas e implícitas no texto;· Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;· Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;· Reconheça diversos participantes de um texto (quem escreve, a quem se destina, outros participantes);· Estabeleça o correspondente em língua materna de palavras ou expressões a partir do texto;· Analise as intenções do autor;· Infira relações intertextuais;· Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;· Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.

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cultural do aluno e o contexto atual;· Demonstrar o aparecimento dos modos e tempos verbais mais comuns em determinados gêneros textuais;· Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros:- temáticas (o que é dito nesses gêneros);- estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

Fatores de textualidade centrada no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do texto;· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de

· Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;· Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;· Acompanhar a produção do texto;· Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que compõem o gênero; · Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática,

Espera-se que o aluno:· Expresse as ideias com clareza;· Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);- à continuidade temática;· Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;· Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;· Utilize adequadamente recursos linguísticos

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mundo;· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto:· Intertextualidade;· Partículas conectivas básicas do texto;· Vozes do discurso: direto e indireto;· Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;· Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);· Acentuação gráfica;· Ortografia;· Concordância verbal e nominal.

à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;· Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.· Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;· Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;· Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.

como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;· Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto;· Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados;· Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;· Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos, temporais).

Os conteúdos básicos: a oralidade, a leitura, a escrita e a prática

da análise linguística, serão trabalhados em todos os bimestres e serão

contemplados também nesses conteúdos os Desafios Educacionais

Contemporâneos:

Educação Ambiental;

Prevenção ao uso indevido de drogas;

Sexualidade;

Violência na escola.

Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos

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povos indígenas brasileiros (LEI N. 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008) também

serão contemplados no ensino de Espanhol.

3. Metodologia:

Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de

estudo da disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma

dinâmica, através das práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as

práticas que efetivam o discurso.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto,

verbal ou não verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir

sentidos. Logo, as atividades desenvolvidas serão problematizadoras e

contemplarão questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas.

Mais do que ensinar estruturas linguísticas, o que se pretende é ensinar ao

aluno como construir significados e subjetividade para agir por meio da

linguagem.

Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade

do aluno de agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem

permeia todas as relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que

cada situação exige um agir específico e para tal se propõe um estudo de

textos de diferentes gêneros discursivos.

O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas,

analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de

informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os

recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em

si. Uma vez que a leitura, numa concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno

será sempre questionado sobre quem disse o quê, para quem, onde, quando e

por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças subjacentes ao

texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno compreenda

que a língua não é neutra.

Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando

em conta:

Gênero – explorar o gênero escolhido;

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Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para

quem, onde, quando e por que (contexto de produção e circulação);

Variedade Linguística – formal ou informal;

Análise linguística – conforme se fizer necessária para a

construção se sentidos;

Atividades de pesquisa, discussão e produção.

Mais importante que o uso funcional da língua, será o

engajamento discursivo. As interações em LEM serão conduzidas de modo que

familiarizem os alunos com os sons da língua que estão aprendendo e lhes

possibilite desenvolver a capacidade de adequar as diferentes variedades

lingüísticas conforme as situações de comunicação.

Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá

explicitar para o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e

determinar para quem se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao

aluno (escritor) estabelecer um diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu

discurso, isto será definitivo para a legitimidade desta interação.

Embora cada prática discursiva possa apresentar

encaminhamentos diferenciados conforme suas especificidades, é importante

esclarecer que estas não serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que

numa concepção discursiva leitura, oralidade e escrita não se separam em

situações concretas de comunicação.

Salientamos que, serão critérios para a seleção dos textos o seu

conteúdo ao que se refere às informações, de modo que instiguem à pesquisa

e discussão. Dentro das temáticas que serão desenvolvidas, estarão os

Desafios Educacionais Contemporâneos e as leis: Educação Fiscal, Prevenção

ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência

contra a Criança e o Adolescente, Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro”, Lei

13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.795/99 “Meio Ambiente” e Lei 11645/08

“História e cultura dos povos indígenas”.

As temáticas dos textos selecionados muitas vezes exigirão o

conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará

com as demais, numa perspectiva interdisciplinar. Uma vez que o Conteúdo

Estruturante é o discurso, e este não é algo pronto, os conteúdos poderão ser

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retomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma não linear,

posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para que

se expressem ou construam sentidos aos textos.

Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os

dicionários de Espanhol/ Português/Espanhol encaminhados pela SEED a este

estabelecimento, a TV multimídia, o laboratório de informática, revistas e

jornais na língua-alvo para leitura e para recorte, CD e CD-room.

4. Avaliação:

A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da

LDB nº 9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino

de Língua Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 –

SUED/SEED. Logo, será formativa, diagnóstica e processual.

Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise

linguística-discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de

posicionamento diante do que está sendo lido.

Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da

Língua Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer

adequação da variedade lingüística para diferentes situações.

Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da

linguagem para resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o

aluno conseguiu explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houve

planejamento, adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da

variedade linguística adequada na atividade de produção. É importante

considerar o erro como efeito da própria prática.

Para tais verificações servirão de instrumentos atividades de

leitura, debates, pesquisas, produção de textos e relatórios, apresentações

orais, seminários, trabalhos em grupos, avaliações escritas e apresentações de

peças teatrais, jograis e cantos.

Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão

ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24,

alínea e, da LDB n.9394/96 e estes serão organizados com atividades

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significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos

diversificados anotados em Livro Registro de Classe.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas

expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento

escolar do aluno, aliada à apuração da sua freqüência.

Nos cursos do CELEM a promoção será ao final de cada ano

letivo.

Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima

exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução

3794/2004.

Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de

75% do total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis

vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo.

Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que

apresentarem:

I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas,

independentemente do aproveitamento escolar;

II. frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e

média inferior a 6,0 (seis vírgula zero).

Nos cursos do CELEM serão registradas médias pelo idioma

cursado, que corresponderão às avaliações individuais realizadas através de

diversos instrumentos avaliativos adotados, aos quais, obrigatoriamente, o

aluno submeter-se-á, respeitando o sistema de avaliação adotado pelo

estabelecimento de ensino.

5. Referências:

ALONSO, E. Cómo ser professor/a y querer seguir siéndolo. Madrid:

Edelsa, 2006.

LEFFA, V. J. A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: Educat,

2006.

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______. O professor de línguas: construindo a profissão. Pelotas: Educat,

2006.

LIPSKI, J. M. El español de América. Madrid: Cátedra, 1994.

MILANI, E. M. Gramática de espanhol para brasileiros. São Paulo: Saraiva,

1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.88p. Disponível

em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/arquivos/File/diretrizes_200

9/lem. pdf>. Acesso em: 10 nov. 2009.

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5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico explicita fundamentos teórico-

metodológicos, os objetivos, o tipo de organização e as formas de

implementação e avaliação da escola. As modificações que se fizerem

necessárias resultarão de um processo de discussão, avaliação e ajustes

permanentes, onde a escola estará sempre junto e à disposição dos pais e da

comunidade, prestando conta dos resultados e das ações que ela promove.

Reuniões serão organizadas sempre que necessário para informar sobre o

andamento do que foi proposto, e o que está sendo implementado.

A avaliação interna e sistemática é essencial para definição, correção e

aprimoramento de rumos. É também por meio dela que toda extensão do ato

educativo e não apenas a dimensão pedagógica, é considerada.

Os movimentos avaliativos partem da necessidade de se conhecer a

realidade escolar para explicar e compreender criticamente as causas da

existência dos problemas, bem como suas relações e mudanças, esforçando-se

para propor ações alternativas.

Levando em conta todas as questões trabalhadas e avaliadas pela

direção, professores, funcionários, alunos e pais e sociedade em geral, o

esforço analítico da realidade constatada possibilitará a identificação de quais

finalidades estão relegadas e precisam ser reforçadas e priorizadas, e como

elas poderão ser detalhadas e retrabalhadas.

Na operacionalização do projeto, o que se faz é verificar se as decisões

foram acertadas ou erradas, e o que é preciso revisar e reformular. Tendo em

vista as diferentes circunstâncias, pode haver necessidade tanto de

alterações de determinadas decisões, como introdução de ações

completamente novas.

A escola utilizará mecanismos institucionalizados e atuantes como

Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar, juntamente com

a direção, para propiciar a captação e os gasto transparente dos recursos

financeiros, bem como outras parcerias (entidades, empresas, etc.) que

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venham a colaborar na superação de suas limitações de ordem física,

administrativa e pedagógica.

A educação é um processo a longo prazo, e por isso o Projeto Político

Pedagógico está sempre em construção.

A conquista dos objetivos propostos depende de uma prática educativa

que tenha como eixo a formação de um cidadão autônomo e participativo.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Fonte. Londrina/PR: v. 2, n. 1, p. 51 –53, nov.1999.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:

introdução à filosofia. 2. ed. Ver. Atual. São Paulo: Moderna, 1993.

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Porto Alegre: Educação e realidade, 1994.

BRASIL. LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de

dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Curitiba: 1996.

ELLIOT, Lígia Gomes. Critérios de julgamentos: Chave para a avaliação da

aprendizagem. Ensaio: Avaliação política pública educacional. Rio de Janeiro:

v. 8, n. 27, p. 129-142, abr./jun./2000.

ESTEBAN, Maria Tereza. (org). Avaliação: uma prática em busca de novos

sentidos. 3. ed. Rio de Janeiro: D. P. & A, 2001.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em

construção da pré-escola à Universidade. Porto Alegre: Educação e realidade,

1993.

LIBÂNEO, José Carlos. Avaliação escolar. São Paulo: Cortez, 1994.

MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1994.

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______. Ministério da Educação. Ensino fundamental de nove anos:

orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília, 2006.

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do professor. São

Paulo: EPU, 1986.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para a

Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PINHEIRO, Maria Eveline. A Ação coletiva como referencial para a organização

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Maria Gonçalves de (orgs.). Escola: espaço do projeto político-

pedagógico. Campinas: Papirus, 1998, p. 75-94.

SACRISTÀN, J. Gimeno; GOMES, A. I. Péres. A avaliação no ensino. In:

Compreender e transformar o ensino. Trad. Ernani da Fonseca Rosa. 4. ed.

Porto Alegre: Artmed, 1998, p.295-351.

SANT’ANNA, Ilza Martins. Porque avaliar?: como avaliar?: critérios e

instrumentos. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.

_______. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove

anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Departamento de

Educação Básica. Curitiba, 2010.

SOUZA, Clarilda Prado de. (org.). Avaliação do rendimento escolar. 3. ed.

Campinas: Papirus, 1994.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética –

libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1998.

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VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para reflexão em torno do projeto

político-pedagógico. In: ________; RESENDE, Lucia Maria Gonçalves de (orgs.).

Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus,

1998, p. 9-32.

VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. O Projeto político-pedagógico e a

avaliação. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lucia Maria Gonçalves

de (orgs.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas:

Papirus, 1998, p. 179-200.

ZABALLA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa.

In: A Avaliação. Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 195-219.

261

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7. ANEXOS

7.1. Atividades e projetos desenvolvidos na escola, integrados ao

Projeto Político Pedagógico:

7.1.1. Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas –

OBMEP

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio

participa todos os anos da OBMEP, com os alunos de todos os anos e séries,

buscando, muito mais que competição, o incentivo ao estudo da Matemática, e

consequentemente um ensino de qualidade.

7.1.2. Concurso de Soletração

Com o objetivo de promover e incentivar o hábito de leitura, além da

valorização da língua pátria, o Lions Club Bandeirantes tem realizado

anualmente o Concurso Municipal de Soletração, destinado aos alunos do 9º

Ano, que contou com a participação deste colégio. Neste ano, o livro escolhido

para a leitura foi São Bernardo, de Graciliano Ramos.

Os professores têm um período para trabalhar com os alunos em sala de

aula os vocábulos contidos no livro e também no dicionário de Língua

Portuguesa, dentro da nova ortografia, vindo a realizar um concurso de

soletração com a turma, de onde sai o vencedor para a fase municipal. Os

participantes deste ano foram as alunas Amanda dos Santos Coelho do 9º A, e

Notrieliene Bianca D'Arc da Silva do 9º B.

7.1.3. Jogos Florais

A Prefeitura Municipal de Bandeirantes promove anualmente os Jogos

Florais, com a participação das escolas e trovadores de todo o país. O

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regulamento é enviado à escola, com os temas escolhidos, e os professores de

Língua Portuguesa em especial, trabalham com os alunos a produção das

trovas, que são enviadas à comissão julgadora do município. As escolhidas são

publicadas no livrinho dos Jogos Florais, podendo ser trovas campeãs, menção

honrosa, e numa solenidade festiva, com a participação de trovadores

convidados, professores e alunos, são declamadas para a plateia.

O colégio estimula os alunos para que participem dessa atividade, que

além de permitir o afloramento da sensibilidade, também é uma excelente

oportunidade para o desenvolvimento da leitura e escrita.

7.1.4. Programa Agrinho

O Agrinho é um programa de longa data que vem sendo desenvolvido nas

escolas, com o objetivo de desenvolver ações que propiciem o despertar da

consciência de cidadania, além do acesso a informações relativas à saúde e à

preservação do meio ambiente, com vistas à melhoria da qualidade de vida.

Os conteúdos do Programa AGRINHO são desenvolvidos de forma

transversal ao currículo escolar, havendo a sensibilização da comunidade,

capacitação docente, desenvolvimento do trabalho e concursos, podendo

participar os alunos, professores, escolas, municípios, NREs.

7.1.5. Concurso de Redação – Rotary Club

o Colégio Estadual Juvenal Mesquita participou do concurso de redação

promovido pelo Rotary Club de Bandeirantes, com o objetivo de conscientizar e

mobilizar a comunidade escolar para discorrer sobre o Lema Rotário 2012/2013

“PAZ ATRAVÉS DO SERVIR”. Houve esclarecimentos por parte de um

representante do Rotary nas salas de aula e muitos alunos entregaram suas

redações, vindo a ganhar em 3º lugar a redação da aluna Emily Beatriz Mendes

de Campos, do 7º Ano B, período matutino.

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7.1.6. Participação em atividades cívicas

O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio

participa do desfile cívico em comemoração à Independência do Brasil e

também do aniversário do município, contando com a participação da direção,

professores e alunos.

7.2- Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar

I. Identificação da Equipe Multidisciplinar

Estabelecimento: Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e

Médio

Município: Bandeirantes

NRE: Cornélio Procópio

Integrantes:

Andréa Cristina do Nascimento

Ângela Maria Nogueira Herbst

Cristina dos Santos

Fabiana Aparecida Gonçalves

Giulliane de Oliveira Matta

Maria das Graças Ticianel

Roseclei de Fátima Proni

Vanilda Aparecida Monteiro

II. Objetivos

• Repensar as práticas educativas no sentido de valorizar e diminuir as

diferenças em relação às questões étnico-raciais.

• Diagnosticar os conhecimentos da comunidade escolar acerca dos

diferentes povos.

• Elaborar o plano de ação com conteúdos e metodologias que visem

acabar com a discriminação racial, preconceito e racismo.

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• Desenvolver estratégias de conscientização junto à comunidade escolar,

problematizando as relações entre as culturas africana, indígena e

ocidental.

• Realizar estudos periódicos de formação, pertinentes à temática da

Educação das Relações Étnico-Raciais e de Ensino de História e Cultura

Afrobrasileira, Africana e Indígena, bem como subsidiar os demais

professores e alunos na execução de ações que efetivem a referida

temática.

• Socializar os conteúdos, dinâmicas e trabalhos realizados com o coletivo

escolar.

III. Justificativa

As atividades previstas no presente plano de ação foram planejadas

considerando a necessidade de debater sobre as diferenças raciais,

especialmente no interior da escola, na tentativa de ultrapassar as barreiras

como a violência, preconceito, racismo, haja vista a importância do índio e do

negro no processo de construção da sociedade na qual estamos inseridos, e

buscará realizar principalmente um trabalho de conscientização e valorização

do ser humano.

IV. Diagnóstico

A questão racial, cada vez mais polêmica, tem remetido os profissionais

da educação à reflexões sérias e importantes sobre seu compromisso em

repensar suas práticas educativas, reorientar ações, fundamentar-se teórico e

metodologicamente sobre essa questão, na perspectiva de uma lógica

inclusiva. Entretanto, ainda há muita dificuldade dos mesmos reunirem-se com

seus pares e realizar uma proposta coletiva e articulada.

Com a composição de equipes multidisciplinares e a abertura de eventos

que tornam possíveis encontros periódicos, as diferenças raciais poderão ser

estudadas, analisadas e trabalhadas de forma mais efetiva.

A situação atual da escola quanto ao trato da questão racial no dia a dia

da prática pedagógica, revela ainda certo despreparo e receio para lidar com

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os conflitos que podem surgir, haja vista que o alunado do estabelecimento

tem um número considerável de afro-descendentes, e eventualmente são

observadas diversas situações como revolta, vergonha, discriminação entre si

próprios, interpretação errônea de certas colocações, etc.

Dessa forma, o que se tem visto são docentes trabalhando os conteúdos

pertinentes à sua disciplina, no que diz respeito à história propriamente dita,

cultura, valores, embora nas formações continuadas haja orientações quanto

às abordagens do Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena previsto no Projeto Político Pedagógico, principalmente no sentido de

um trabalho voltado mais para a valorização, diminuição das discriminações e

preconceitos devido às diferenças raciais, do que para a mera informação do

conteúdo. Por mais que procurem desenvolver atividades que valorizem a

diversidade através de palestras, explanações e debates sobre a situação do

negro e do índio no Brasil, tentando favorecer a construção positiva de sua

identidade social, isso não tem ocorrido de forma coletiva, interdisciplinar e

efetiva, o que precisa melhorar.

Por outro lado, o que também tem desestimulado muito os professores

são os comportamentos agressivos do alunado, não somente decorrente de

diferenças étnicas, mas também de problemas familiares, emocionais, sociais e

econômicos. E por mais que se esforcem, os resultados não estão sendo

satisfatórios, já que é grande o número de alunos que se recusa a respeitar,

seguir regras, normas e lutar por uma vida melhor, independente de ser

branco, negro, índio ou qualquer outra etnia.

A escola busca incentivar os professores a desenvolver projetos, com o

objetivo de promover uma maior interação, expor os trabalhos realizados, na

tentativa de desenvolver atitudes de respeito, boas maneira e também busca

informar sobre todo o material pedagógico recebido da SEED.

Contudo, alguns docentes, que deveriam empunhar a bandeira da luta

contra as desigualdades, infelizmente agem com indiferença, revelam-se

racistas em potencial, atrapalhando os bons resultados esperados.

É preciso prever ações que permitam aos alunos interagir, trocar ideias,

conhecimentos, numa relação de respeito e entendimento, coibindo atitudes,

expressões verbais explícitas e implícitas de racismo, onde o professor seja o

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mediador, através dos trabalhos em grupo, palestras, seminários, plenárias,

artesanatos, danças, teatro, dentre outros. O importante é que todos entendam

que precisam respeitar para serem respeitados. Para isso é fundamental

envolver a família, a comunidade em geral nas ações previstas através de

reuniões, apresentações, exposições, palestras, parcerias, feiras, homenagens,

a fim de estabelecer um diálogo constante para que saibam o que está sendo

feito e participem conjuntamente.

O acervo da biblioteca em relação à questão racial contém cadernos

temáticos, leis, porém muito pouco de literatura infanto-juvenil, o que precisa

ser implementado.

V. Ações a serem desenvolvidas

• Encontros para estudos com os componentes da Equipe Multidisciplinar.

• Debates sobre a questão racial com o coletivo da escola, em momentos

como por exemplo reuniões pedagógicas, dentre outros.

• Enriquecimento do acervo bibliográfico junto à biblioteca da escola,

conforme as possibilidades da mesma.

• Palestras, passeios, sessões de filmes pertinentes à temática, valorizando

e reconhecendo a devida importância dessas culturas junto à

humanidade.

• Atividades junto aos alunos, dentro de cada disciplina específica e/ou de

forma interdisciplinar, como pesquisas, leituras, danças, pinturas,

colagens, artesanato, etc., com momentos de socialização das

atividades desenvolvidas.

• Exposição dos trabalhos para toda a comunidade.

VI. Cronograma

AÇÕES Fev Mar Abr

Mai

Jun Jul Ago Set Out

Nov Dez

Encontros da Equipe Multidisciplinar para estudos e reflexões

x x x x x x x x x

267

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Discussões sobre a questão racial em reuniões com os professores

x x

Palestra sobre a discriminação racial, enfocando até que ponto vai o preconceito

x

x

Aquisição de literatura infanto-juvenil

x

Disciplina de Arte: Máscaras africanas: pesquisa, recriação de formas, figuras, cores, finalizando com a pintura decorativa em telhas.

x x x x

Disciplina de Ed. Física: dança com coreografia africana; apresentação de Capoeira pelo grupo do município, aos alunos do colégio.

x

x

Disciplina de Ensino Religioso: Estudo das religiões afro-brasileiras; confecção de cartazes

x

x

x

Disciplina de História:

- Estudo dos Reinos Africanos

- A importância do Egito: escrita, arquitetura

- Ilustração: Egito

- O mito de Ísis e Osíris: história em quadrinhos

- Exposição dos trabalhos

X X

X X

x

x

X

x

x

X

x

Matemática:

- Leitura de gráficos: X X X

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interpretação de dados estatísticos, comparando as diferenças de salários, oportunidades de emprego, etc., do branco com o negro e o índio.

Geometria: Pesquisa e confecção de materiais ( pintura corporal, demarcação de terra, jogos - shisima)

X x x x

Língua Portuguesa:

- Poesia

- Jogral

- Leitura de texto

- Produção de texto

- Exposição dos trabalhos

x

x

x x

x

x

x

VII. Avaliação das ações realizadas pela equipe

A avaliação, como em todo processo avaliativo, será diagnóstica e

contínua, com a intenção precípua de rever a prática docente no que tange às

questões raciais, criando e recriando estratégias, metodologias, junto ao

coletivo da escola, no sentido de efetivar eficazmente as ações propostas.

VIII. Referências:

- Constituição Federal

- Deliberação 04/06 – Normas complementares às Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira.

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Brasília, 2005.

- Instrução nº 010/2010 - SUED/SEED

- Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08

- Lei 12.288/010 - Estatuto da Igualdade Racial

- PARANÁ. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana. SEED. Curitiba. PR. 2008

- PARANÁ. Cadernos Temáticos: Educando para as Relações Étnico-

Raciais II. SEED. Curitiba. PR. 2008

- Portal http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

- Resolução nº 3399/2010 – Composição das Equipes Multidisciplinares

Participante do Concurso Beleza Afro do colégio – Nov/2011

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Alunos ganhadores do concurso Beleza Afro - Nov/2011

7.3. Proposta da Agenda 21 Escolar

A implentação da Agenda 21 Escolar está prevista para o ano de 2013, e

no decorrer de 2012 está ocorrendo a preparação teórica de toda a

comunidade escolar através da leitura de textos referentes à demanda da

Educação Ambiental e Agenda 21, no sentido de embasar contribuições para

seu funcionamento, de acordo com as orientações da SEED. O objetivo é

viabilizar a implementação de uma nova forma de enxergar tal demanda. Os

textos são estudados na hora-atividade de cada professor.

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7.4. Calendário – Ano Letivo 2012

272

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

De acordo com Resolução Nº 4901/2011- GS/SEED - Instrução Nº 015/2011-SUED/SEED/PR

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 1 2 3

1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 22

8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 24

22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 31

29 30 31

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2

8 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 21 3 4 5 6 7 8 9 19

15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias

22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23

29 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7 2 1 2 3 4 1

8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 18

15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22

29 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

30

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 1

7 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 18 2 3 4 5 6 7 8 12

14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22

28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29

30 31

Dias Letivos Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes

1º Semestre 100 Janeiro 31 janeiro/férias 302º Semestre 101 fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15

Total 201 julho 18 dez/recesso 12dezembro 12 outros recessos 3Total 68 Total 60

Início/Término Semana PedagógicaPlanejamento Formação Continuada SEED e NREReplanejamento (contraturno) Formação ContinuadaFérias Conselho de Classe/Reunião PedagógicaRecesso Semana de Integração Escola/Comunidade

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012

1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval

6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi21 Tiradentes

7 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados 25 Natal14 Aniversário do Município15 Proclamação da República20 Dia Nacional da Consciência Negra

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7.5. Matriz Curricular

ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA MANHÃ

NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA

ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440

TELEFONE: (43) 3542-4490

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO

TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 3

Educação Física 3 3 2 2

Ensino Religioso* 1 1

Geografia 3 3 4 4

História 3 3 4 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

Subtotal 2 2 2 2

Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

Bandeirantes, 30 de agosto de 2011. ____________________________

Direção

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ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA TARDE

NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA

ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440

TELEFONE: (43) 3542-4490

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO

TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 3

Educação Física 3 3 2 2

Ensino Religioso* 1 1

Geografia 3 3 4 4

História 3 3 4 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

Subtotal 2 2 2 2

Total Geral 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

Bandeirantes, 30 de agosto de 2011. ____________________________

Direção

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ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA NOITE

NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA

ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440

TELEFONE: (43) 3542-4490

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO

TURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 4 4 3 3

Educação Física 2 2 2 2

Ensino Religioso* 1 1

Geografia 3 3 4 4

História 4 4 4 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

Subtotal 24 24 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

Subtotal

Total Geral 26 26 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

Bandeirantes, 30 de agosto de 2011.

______________________________

Direção

275

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ENSINO MÉDIO - PERÍODO DA MANHÃ

MATRIZ CURRICULAR ÚNICA - ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 08 - CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 0240 - BANDEIRANTES

Estabelecimento: 00036 - COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO -

ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440 – VILA MACEDO

FONE/FAX: (43) 3542-4490

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

TURNOS: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

1ª, 2ª e 3ª SÉRIES

BLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .BIOLOGIA 04 ARTE 04ED FÍSICA 04 FÍSICA 04FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06LEM - INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03LEM – ESPANHOL * 04 QUÍMICA 04LÍNGUA PORTUGUESA 06Total Semanal 29 Total Semanal 25

* Disciplina de Matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrado

em turno contrário.

Bandeirantes, 24 de novembro de 2010.

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ENSINO MÉDIO - PERÍODO DA NOITE

MATRIZ CURRICULAR ÚNICA - ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 08 - CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 0240 - BANDEIRANTES

Estabelecimento: 00036 - COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO -

ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440 – VILA MACEDO

FONE/FAX: (43) 3542-4490

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

TURNOS: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

1ª, 2ª e 3ª SÉRIES

BLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .BIOLOGIA 04 ARTE 04ED FÍSICA 04 FÍSICA 04FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06LEM - INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03LEM – ESPANHOL * 04 QUÍMICA 04LÍNGUA PORTUGUESA 06Total Semanal 29 Total Semanal 25

* Disciplina de Matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrado

em turno contrário.

Bandeirantes, 24 de novembro de 2010.

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