projeto polÍtico pedagÓgico 2018 · 1 estado do paranÁ secretaria de estado da educaÇÃo...
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ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO
COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – Fone/Fax: (43) 3542 4490 CEP 86360-000 - Bandeirantes – Paraná
[email protected] [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2018
BANDEIRANTES – PARANÁ
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Sumário
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 5
2. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO: .......................................................... 9
3.1. Histórico da Instituição ..................................................................................... 10
4. MARCO SITUACIONAL: ........................................................................................ 13
5. OFERTA DA INSTITUIÇÃO ................................................................................... 16
5.1. Organização Interna da Escola ......................................................................... 16
6. OCUPAÇÃO DO TEMPO E DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS ............................. 18
7. ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ................................. 19
7.1. Dependências físicas e materiais ..................................................................... 20
7.2. Quadro de Funcionários – Ano 2017 ................................................................ 25
7.3. Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais
especiais ................................................................................................................... 27
7.4. Resultados Educacionais: aprovação e evasão ............................................. 27
7.5. Dados das Avaliações Externas e Projeções para os próximos anos .......... 28
7.6. Distorção Idade-Série ........................................................................................ 29
7.7. Plano de Ação da Escola .................................................................................. 29
8. MARCO CONCEITUAL .......................................................................................... 30
8.1. Concepção de Educação .................................................................................. 31
8.2. Concepção de Homem ...................................................................................... 31
8.3. Concepção de Mundo ....................................................................................... 32
8.4. Concepção de Sociedade ................................................................................. 32
8.5. Concepção de Cultura ....................................................................................... 33
8.6. Concepção de Tecnologia ................................................................................. 33
8.7. Concepção de Cidadania .................................................................................. 33
8.8. Filosofia da Escola ............................................................................................ 34
8.9. Princípios Norteadores da Educação .............................................................. 34
8.10. Concepção de Ensino e Aprendizagem ......................................................... 35
8.11. Concepção de Avaliação ................................................................................. 35
8.12. Concepção de Gestão Escolar Democrática ................................................. 37
8.13. Concepção de Currículo ................................................................................. 37
8.14. Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e
Aprendizagem ........................................................................................................... 38
3
8.15. Concepção de Alfabetização e Letramento ................................................... 41
8.16. Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental.......... 43
8.17. Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais ....................................... 43
9. MARCO OPERACIONAL: ...................................................................................... 44
9.1. Ações definidas pelo coletivo escolar: ............................................................ 44
9.2. Organização do trabalho pedagógico .............................................................. 46
9.2.1. Organização Curricular .................................................................................. 46
9.2.2. Conselho de Classe ........................................................................................ 47
9.2.3. Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de registro,
recuperação de estudos, promoção: ...................................................................... 49
9.2.4. Processo de Classificação e Reclassificação .............................................. 51
9.2.5. Aproveitamento de Estudos .......................................................................... 53
9.2.6. Regime de Progressão Parcial ...................................................................... 53
9.2.7. Adaptação de alunos oriundos de outros regimes ...................................... 53
9.2.8. Formação Continuada .................................................................................... 54
9.2.9. Articulação da escola com a família e comunidade .................................... 55
9.2.10. Reuniões de acompanhamento ................................................................... 56
9.2.11. Organização do horário/hora atividade....................................................... 56
9.2.12. Atuação da Equipe Multidisciplinar ............................................................ 56
9.2.13 – Educação Ambiental ................................................................................... 59
9.2.14 - Direitos Humanos ........................................................................................ 59
9.2.15. Educação Especial ....................................................................................... 61
9.2.16. Acompanhamento das atividades em contraturno .................................... 61
9.2.17. Matriz Curricular/Parte diversificada .......................................................... 62
9.2.18. Calendário Escolar ....................................................................................... 62
9.2.19. Proposta de Inclusão Educacional .............................................................. 63
9.2.20. Ações de combate para o enfrentamento à violência e uso indevido de
drogas ........................................................................................................................ 64
9.2.21. Ações preventivas em parceria ................................................................... 64
9.2.22. Envolvimento das Instâncias Colegiadas................................................... 64
9.2.22.1. Conselho Escolar ...................................................................................... 65
9.2.22.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ............................ 66
9.2.22.3. Grêmio Estudantil ...................................................................................... 68
9.2.22.4. Equipe Diretiva ........................................................................................... 69
4
9.2.22.5. Equipe Pedagógica .................................................................................... 73
9.2.22.6. Equipe Docente .......................................................................................... 77
9.2.22.7. Sistema Educacional da Rede de Proteção (SERP) ............................... 81
9.2.22.8. Programa Bolsa Família ............................................................................ 82
9.2.23. Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica Curricular 83
9.2.24 – Projetos e Atividades oferecidas em contraturno ................................... 83
9.2.25 – Acompanhamento do estágio obrigatório e não obrigatório .................. 83
10. DESAFIOS SÓCIO – EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS .......................... 84
11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ........................................................ 87
ARTE .......................................................................................................................... 88
BIOLOGIA ................................................................................................................ 100
CIÊNCIAS ................................................................................................................ 105
EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................................ 116
ENSINO RELIGIOSO ............................................................................................... 129
FILOSOFIA .............................................................................................................. 134
FÍSICA ...................................................................................................................... 139
GEOGRAFIA ............................................................................................................ 148
HISTÓRIA ................................................................................................................ 159
LEM - INGLÊS.......................................................................................................... 180
LÍNGUA PORTUGUESA .......................................................................................... 197
MATEMÁTICA .......................................................................................................... 217
QUÍMICA .................................................................................................................. 228
SOCIOLOGIA ........................................................................................................... 233
CELEM – ESPANHOL ............................................................................................. 239
CURSO BÁSICO DO CELEM – P2 .......................................................................... 245
12. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
.................................................................................................................................. 254
13. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 256
14. ANEXOS ............................................................................................................. 259
14.1. Atividades e projetos desenvolvidos na escola, integrados ao Projeto
Político Pedagógico: .............................................................................................. 259
14.1.1. Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP .. 259
14.1.2. Concurso de Soletração............................................................................. 259
14.1.3. Jogos Florais .............................................................................................. 259
5
14.1.4. Programa Agrinho ...................................................................................... 260
14.1.5. Participação em atividades cívicas ........................................................... 260
14.2. Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar ................................................... 260
14.3. Brigada Escolar ............................................................................................ 274
14.5. Matriz Curricular ............................................................................................ 277
14.6 Plano de Ação da Escola ............................................................................... 280
14.7 Cópia da Ata de Aprovação do Projeto Político Pedagógico ...................... 321
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1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é um importante instrumento de organização escolar
cuja dimensão, mais que política, é a contribuição para a formação de uma consciência
coletiva de cidadania no ambiente escolar. Tem a finalidade de explicitar a intenção de
construção coletiva de uma escola cidadã, democrática e de qualidade, envolvendo
efetivamente educadores, pais, estudantes, agentes educacionais e comunidade. A
elaboração do PPP é uma necessidade, haja vista que toda escola precisa registrar seus
dados, situar-se no contexto social, renovar-se planejando a curto, médio e longo prazo,
sistematizar a sua prática, bem como, descrever sua dinâmica, e disso dependerá a sua
história atual e futura.
O planejamento das atividades escolares é uma necessidade fundamental e, por
esta razão, o objetivo principal do Projeto Político-Pedagógico deve ser o de propor um
encaminhamento para as ações pedagógicas, apresentando a organização e
operacionalização do trabalho pedagógico escolar, de acordo com os princípios e metas
estabelecidos para o desenvolvimento da aprendizagem, da melhoria da qualidade de
ensino, da pesquisa como processo de construção do conhecimento, do respeito às
diferenças e à diversidade, da formação continuada do professor, da contextualização dos
procedimentos avaliativos e da valorização do aluno como sujeito do processo ensino
aprendizagem.
Considerando a importância dos objetivos propostos, o Projeto Político-Pedagógico
do Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio visa atender as
dimensões política e pedagógica de educação conforme a concepção de mundo,
sociedade, educação, professor e aluno que desejamos e que estão descritos na
operacionalização de nossas ações.
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2. INTRODUÇÃO
O presente Projeto Político-Pedagógico, muito mais que uma exigência legal,
constitui-se na organização do trabalho pedagógico do Colégio Estadual Juvenal
Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, sendo o resultado de uma construção
coletiva, com a participação de professores, pais, alunos, equipe pedagógica, equipe
administrativa, serviços gerais e a comunidade escolar em geral, com o objetivo maior
de transformar a realidade social à qual estão inseridos, observando-se as mudanças
da atualidade.
O Projeto Político Pedagógico, previsto nos artigos 12 e 13 da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) como Proposta Pedagógica ou como
Projeto Pedagógico (art. 14, inciso I), objetiva democratizar e descentralizar as decisões
pedagógicas, organizacionais e jurídicas da escola, com vistas à participação de todos
os envolvidos no processo de educação escolar.
Enquanto construção coletiva da identidade da escola, o Projeto Político
Pedagógico pressupõe um projeto de acordo com a concepção de Homem, de
Sociedade, de Escola, de Trabalho, de Educação, de Cultura, de Tecnologia, Cidadania,
Letramento, entre outros aspectos inerentes à práxis pedagógica, fundamentado na
democracia e na justiça social, sendo a escola portanto, a responsável pela promoção do
desenvolvimento do cidadão.
O Projeto Político-Pedagógico é um permanente processo de discussões das
práticas, das preocupações individuais e coletivas, dos obstáculos aos propósitos da
escola e da educação, e portanto não temos a pretensão de considerá-lo um trabalho
acabado, mas sim contínuo e flexível, capaz de ser modificado de acordo com as
necessidades da escola.
No contexto em que estamos vivendo, com informações rápidas, mudanças de
paradigmas, o Projeto Político-Pedagógico deve estar sintonizado com uma nova visão
de mundo, garantindo assim a formação global e crítica de todos os envolvidos no
processo, capacitando-os para o exercício da cidadania pretendida.
Ao estabelecer em seu Projeto Político-Pedagógico interesses comuns básicos, a
partir dos quais possam ser trabalhadas as diferenças e as potencialidades dos alunos, a
escola pretende que os mesmos sejam participantes e agentes transformadores da
realidade, que aprendam o que é relevante, que apliquem seus conhecimentos nos
problemas cotidianos, que façam uso da tecnologia, e que ao mesmo tempo sejam
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pessoas capazes de transformar a realidade e de torná-la mais humana. Portanto, além
de um agrupamento de ideias, reflexões, situações e propostas, o PPP estabelece a
forma de organização da escola e especificamente a organização do trabalho pedagógico
que tem por princípios a cidadania, a autonomia e a democracia.
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3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:
Denominação: Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fund. e Médio Código do Estabelecimento: 00036 Endereço: Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – CEP 86.360-000 TELEFONE:(43) 3542 4490 g-mail : [email protected] PÁGINA DA ESCOLA:[email protected] Município: Bandeirantes Código do município: 0240 Dependência Administrativa: Estadual Núcleo Regional: Cornélio Procópio Código do NRE: 008 Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná Ato de Autorização de Funcionamento: DEC. 2787 DOE 10/01/77 Ato de Renovação de Reconhecimento de Curso: - Ensino Fundamental: RES. 4871/14 DOE 03/10/14 - Ensino Médio: RES. 4484/16 DOE 09/11/16 Ato Administrativo – Regimento Escolar: 248/2008 Parecer de Aprovação – Regimento Escolar: 068/2008 - SEF/EP/NRE Ato Administrativo – Adendo 01 do Regimento Escolar: 032/10 Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 018/2010 Ato Administrativo – Adendo 02 do Regimento Escolar: 219/2010 Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 097/2010 Ato Administrativo – Adendo 03 do Regimento Escolar: 193/2011 Parecer de Aprovação – Adendo 03 do Regimento Escolar: 161/2011 Ato Administrativo – Homologação da Composição do Conselho escolar 2016/2018: 140/2016 Distância da Escola do NRE: 36 Km
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Localização da Escola: região norte do município Tipo de escola: Urbana
3.1. Histórico da Instituição
O Colégio Estadual “Juvenal Mesquita” - Ensino Fundamental e Médio foi
criado através do Decreto nº 2264, em 30 de agosto de 1966, com o nome de Grupo
Escolar “Juvenal Mesquita”, construído pelo Governo do Estado do Paraná, no exercício
do Governador Exmo. Sr. Ney Braga.
Sua inauguração oficial aconteceu no dia 26 de março de 1966, com a
presença do Prefeito , o Sr. Moacyr Castanho e outras autoridades civis e religiosas,
familiares de alunos e convidados.
O então Grupo Escolar “Juvenal Mesquita” começou a funcionar com 4 salas de
aula, 3 sanitários, pátio coberto, sala de administração e cozinha. Após um ano,
construiu-se mais 2 salas de aula de madeira, em caráter emergencial.
Em 1980 foi construído outro bloco de salas, devido ao crescimento da
demanda escolar, constituído de 4 salas, sanitários e 2 salas administrativas. As salas
de madeira foram utilizadas mais tarde para atender o Projeto Tempo de Criança e, após
o término, foram desativadas.
Em 1991 a rede física foi ampliada com a construção de 3 salas e a quadra
Poli-Esportiva. E em 1997, com o auxílio da APM, foi construída mais 1 sala de aula.
Em 1998 aconteceu a grande reforma geral do prédio, através de recursos do
PROEM - Programa de Recuperação, Obras e Melhoria do Ensino Médio.
Foram organizados também, em 1998/1999, o aumento da Biblioteca, um
banheiro para os Professores e Funcionários e os Laboratórios de Informática e de
Química/Física/Biologia.
A construção da escola só foi possível graças à doação de um terreno na Vila
Macedo, na rua São Paulo, quadra circundada pela Av. Prefeito Moacyr Castanho, Rua
Elísio Manoel dos Santos e Rua Conceição Veiga. O doador, Sr. Eurípedes Mesquita
Rodrigues foi um dos pioneiros e fundadores de Bandeirantes, e colaborador entusiasta
do setor educacional. Ao fazer a doação, fez o pedido de que se elegesse um parente
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para ser o Patrono da Escola. Foi aceito o pedido e assim o Sr. Juvenal Mesquita, tio
do doador, passou a ser o Patrono da Escola.
Hoje, o Colégio Estadual “Juvenal Mesquita”- Ensino Fundamental e Médio
atende 10 turmas de 6º a 9 º a n o s n o s p e r í o d o s m a n h ã e t a r d e ,
03 turmas de Ensino Médio no período da manhã, 02 turmas de Sala de Apoio à
Aprendizagem no período da manhã e 02 turmas de Sala de Apoio à Aprendizagem no
período da tarde, sob a direção da professora Cristina dos Santos.
Atos Oficiais:
Ato de Criação do Grupo Escolar Juvenal Mesquita: Decreto nº 2264 de
30/08/66.
Autorização de Funcionamento da Escola Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau:
Decreto nº 2787, em 10/01/77. Passou a denominar-se Escola Estadual Juvenal
Mesquita - Ensino de 1º Grau a partir de 08/04/83 - Resolução nº779/83.
Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª a 8ª séries - Noturno:
Resolução nº 120/89 de 16/01/89.
Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª/8ª séries- Diurno: Resolução nº
4155/91 de 03/12/91.
Reconhecimento do Curso de 1º Grau Regular da Escola Estadual Juvenal
Mesquita - Ensino de 1º Grau: Resolução nº 768/93, publicada em Diário Oficial de
24/03/93.
Regimento Escolar aprovado pelo Parecer nº 022/94 de 28/12/97, homologado pelo
Ato Administrativo nº 086/97-NRE.
Autorização de Funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, com o Curso de 2º
Grau - Educação Geral, passando a Escola a denominar-se Colégio Estadual Juvenal
Mesquita - Ensino de 1º e 2º Graus: Resolução nº 341/98, em 05/03/98, que passou a
denominar-se Colégio Estadual Juvenal Mesquita - Ensino Fundamental e Médio, em
decorrência da Lei nº 9394/96, Deliberação 003/98/CEE e Resolução nº 3120/98/SEED,
a partir de 23/09/98.
Conselho Escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº 180/98, em 27/07/98.
Projeto de Implantação Curricular do Ensino Médio aprovado pelo Parecer 16/99-
DESG/SEED.
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Diretores:
1º) Bernadete Marques Guerra - 1966 a 1978.
2º) Leopoldina Delicato – 1979 a 1987.
3º) Idalina Correa Cosmo – 1988 a 1993.
Maísa C. Montoya - Direção Auxiliar
4º) Maria Helena Ferreira Santiago 1994 a 1995.
5º) Idalina Correa Cosmo – 1996 a 2002.
Elizete de Fátima Mendes Coltri - Direção Auxiliar – 1996 até Junho/2000.
Eduardo Henrique Von Der Osten – Direção Auxiliar - de Julho/2000 à 2.002
6º) Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor – 2.003 a 2.007- Prorrogado para o ano
de 2.008.
7º) Fabiana Aparecida Gonçalves – Diretora – 2009 a 2011 - 2012 a 2015
Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor Auxiliar – 2009 a 2011 - 2012 a 2015
8º) Cristina dos Santos – Diretora – 2016 até a presente data
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4. MARCO SITUACIONAL:
A escola constitui-se no espaço que busca, efetivamente, possibilitar às nossas
crianças, adolescentes e jovens a apropriação do saber elaborado. Entretanto, a
Educação vem enfrentando grandes dificuldades, provenientes dos graves problemas
familiares, econômicos e sociais que são, em grande parte, resultados do sistema
capitalista vigente. A definição de ações para garantir a permanência do aluno na
escola é constante, porém enfrentamos muitos problemas de assiduidade e abandono
escolar, o que tem impactado demais no resultados do IDEB da instituição. A luta da
escola em preparar o a luno para o exercício consciente da cidadania, de forma a
garantir uma vida digna para si e para a sociedade em que vive tem sido muito árdua
devido às mudanças que vêm ocorrendo historicamente, onde os direitos têm
prevalecido sobre os deveres.
É fato que sem Educação não há desenvolvimento e tão pouco crescimento.
Entretanto, apesar de algumas políticas públicas educacionais apresentarem a
situação da sociedade brasileira como positiva, está muito difícil trabalhar com a
desigualdade de condições a que estão submetidas as nossas crianças e jovens. Não
é possível desenvolver um trabalho educativo desconsiderando as dimensões
econômica, social, cultural, política, familiar, até porque a escola está inserida em
todos os contextos e infelizmente não está preparada para acompanhar este ritmo do
mundo em constantes mudanças.
A globalização na qual vivemos, o capitalismo e a competitividade, coloca a
escola em alerta, levando-a a fazer reflexões, procurando caminhos que levem a ofertar
um ensino de qualidade, pois a universalização da Educação significa “todos” na
escola, e isso implica em trabalhar com seres humanos de diferentes naturezas,
heterogêneos em diversos pontos, tendo que levar em conta as diversidades tais
como: famílias desestruturadas, falta de recursos financeiros, dependências de todo
tipo de apoio, sem um referencial ou valores que deem incentivos, enfim, acabando
muitas vezes a escola precisando enfrentar e ao mesmo tempo evitar situações
excludentes, situações que não lhe competem porque nem sempre dispõe de
infraestrutura para tal enfrentamento, porém são situações que nela se concentram.
Os governos mais preocupados e comprometidos têm se preocupado em
estabelecer e criar políticas que estejam mais de acordo com a realidade, e a própria
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elaboração deste Projeto é um exemplo.
No contexto do Estado do Paraná, a política dos últimos anos vem apontando
para expansão da educação com qualidade, porém nem sempre são observadas as
particularidades e necessidades de cada instituição.
Muitas iniciativas do governo, em parceria com entidades privadas, têm ajudado
a reativar as energias no cotidiano da sala, bem como o domínio de novas tecnologias
e outros eventos que ajudam na aprendizagem e na tentativa de superação de
resultados, que de acordo com estudos de pesquisas mostram índices de baixo
rendimento, assim como taxa de evasão superior ao previsto.
Com a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais, com o uso de
laboratórios de informática, tecnologias de ponta, salas de apoio à aprendizagem,
viabilização de projetos e programas educacionais como Olimpíadas de Matemática,
Atividades Complementares em contraturno, entre outros, tem sido possível
propiciar um trabalho pedagógico mais significativo e eficiente, desde que haja
condições mínimas para a execução dos mesmos. Os progressos visíveis ainda são
tênues, mas o que importa é a transformação que va i a con te cendo aos pouco ,
cabendo-nos continuar dialogando e nos sensibilizando para se chegar ao ponto
demarcado: cidadania e transformação social.
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita atende um alunado com sérios problemas
sociais, econômicos, culturais e familiares, onde são verificadas inúmeras situações
como: alunos que cuidam da casa e têm que olhar os irmãos menores para a mãe
trabalhar, alunos que são responsáveis em levar os irmãos menores para a creche e por
isso chegam atrasados, mães que dormem até tarde e não acordam o filho para ir à
escola, alunos e pais que não valorizam o estudo e mandam os filhos pra escola apenas
porque é obrigatório ou para não perder o Bolsa Família, pais que não comparecem
quando solicitados, atitudes agressivas tanto de alunos quanto de pais, bullying
constante não só na escola como no local onde vivem, desinteresse pelo pedagógico,
alcoolismo, drogas, enfim, situações e fragilidades que dificultam à escola obter
avanços significativos.
Contudo, o colégio tem procurado envolver a comunidade escolar em todo o
processo educacional, com participação efetiva de todos os segmentos, pois na
gestão democrática a que se propôs, “todos são responsáveis pela Educação”.
Os professores e funcionários têm participado de cursos e formação
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continuada descentralizados, oferecidas pela Secretaria de Estado e Educação, além
de outras iniciativas privadas.
Quanto à carga horária destinada à Hora Atividade, os professores são
orientados a utilizá-la em pesquisas, novas informações, pois o embasamento teórico é
fundamental para evitar a dicotomia teoria e prática.
A Escola enquanto formadora de opiniões precisa e deve adotar medidas
educativas, de acordo com sua realidade, aceitar os princípios éticos de cada educando
para que o respeito à diversidade faça parte do cotidiano, através do trabalho coletivo e
interdisciplinar, objetivando resgatar valores, acreditar no aluno como agente de
transformação social.
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5. OFERTA DA INSTITUIÇÃO
O Estabelecimento de Ensino oferta:
I. Ensino Fundamental – Anos Finais: 6º ao 9º ano, períodos matutino e vespertino, em
tempo parcial;
II. Ensino Médio, período matutino, em tempo parcial;
III. AEE Complementar e Suplementar para estudantes da Educação Especial, se houver
demanda;
III. Celem - Ensino Extracurricular Plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna -
Espanhol, em período contraturno ao dos estudantes, quando da existência de demanda;
IV. Educação Integral/Ampliação de jornada: Sala de Apoio à Aprendizagem para 6º e 7º
anos, períodos matutino e vespertino, e Atividades Complementares Curriculares
Periódicas, quando liberado pela SEED.
O regime da oferta é de forma presencial, com a seguinte organização:
I. Ensino Fundamental (anos finais) – 6º ao 9º Ano: por anos;
II. Ensino Médio – 1ª a 3ª Série: por séries;
III. CELEM – P1 e P2: por séries;
IV. Atendimento Especializado Complementar e Suplementar para estudantes da
Educação Especial: por turmas
V. Educação Integral/Ampliação de jornada: Sala de Apoio à Aprendizagem para 6º e 7º
anos e Atividades Complementares Curriculares Periódicas: por turmas – em
contraturno.
5.1. Organização Interna da Escola
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, de
organização anual no Ensino Fundamental e Médio, atende os alunos nas demandas
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ofertadas nos seguintes turnos e horários no ano letivo 2017:
ENSINO FUNDAMENTAL
2ª a 6ª feira
Períodos:
Manhã – 7:30h às 12:00h
Tarde – 13:00h às 17:20h
ENSINO MÉDIO
2ª a 6ª feira
Períodos:
Manhã - 7:30h às 12:00h
SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 6º/7º Anos – Em período contraturno
Manhã:
2ª feira:
Matemática - 7:30h às 9:10h
Língua Portuguesa – 9:10h às 11:10h (com intervalo de 20 minutos)
3ª feira:
Língua Portuguesa - 7:30h às 9:10h
4ª feira:
Matemática – 9:10h às 11:10h (com intervalo de 20 minutos)
Tarde:
2ª feira:
Língua Portuguesa - 13:00h às 14:40h
Matemática – 14:40h às 16:30h (com intervalo de 10 minutos)
3ª feira:
Matemática – 13:00h às 14:40h
Língua Portuguesa - 14:40h às 16:30h (com intervalo de 10 minutos)
CELEM
Não dispomos de turmas no corrente ano letivo, mas havendo demanda, as turmas
funcionam no período contraturno ao do estudante, geralmente nos turnos tarde ou noite.
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6. OCUPAÇÃO DO TEMPO E DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
Sala de Apoio à Aprendizagem: a escola oferta aos alunos do 6º e 9º Ano Salas de
Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, em contraturno, duas
vezes por semana, com carga horária de 04 horas semanais cada disciplina, com o
objetivo de recuperar os conteúdos básicos defasados ao longo dos anos iniciais
do Ensino Fundamental.
Laboratório de Informática: o laboratório, com 18 computadores, é destinado ao
uso dos professores e alunos(sob a supervisão dos professores), para pesquisas,
trabalhos e atividades planejadas para enriquecimento das aulas, com e sem
acesso à internet, sendo esse espaço de responsabilidade do Agente Educacional
II, indicado pela direção, com domínio básico da ferramenta.
Laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia: destinado ao uso dos
professores e alunos(sob a supervisão dos professores), para pesquisas, trabalhos
e experiências.
Quadras Poliesportivas: utilizadas para a realização das aulas de Educação Física,
atividades recreativas, culturais e atividades nos finais de semana para a
comunidade em geral.
Biblioteca: é um espaço pedagógico democrático com acervo bibliográfico à
disposição de toda a comunidade escolar, atualizado e adequado para o
atendimento dos objetivos de todas as etapas e modalidades ofertadas pela
instituição de ensino. É utilizada para leitura e pesquisas dos alunos e demais
atividades didático-pedagógicas direcionadas pelo professor, sob a
responsabilidade do Agente Educacional II, indicado pelo diretor.
19
7. ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A comunidade escolar é formada, em sua grande maioria, por classes sócio
econômicas média baixa e baixa, composta por serventes de pedreiros, serviços gerais,
comerciários, diaristas, cortadores de cana e outros trabalhos braçais, sendo que grande
parte depende do auxílio dos programas do Governo Federal e subsistem com um salário
mínimo.
A maior parte do alunado atendido é oriunda da zona urbana, fazendo uso de
transporte escolar apenas uma pequena porcentagem, moradores da zona rural.
O nível de escolaridade dos pais se restringe entre fundamental e médio, com
exceção de alguns com ensino superior.
Os professores e funcionários são graduados e habilitados para as funções que
exercem. Quase que a totalidade dos professores têm especialização e alguns fizeram o
PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional).
Os professores, direção e equipe pedagógica são residentes na zona urbana,
porém alguns são de outros municípios.
Embora tenhamos observado sensíveis melhoras em relação à frequência dos
alunos e cumprimento dos horários, ainda temos uma parcela de alunos que normalmente
desistem no decorrer do ano ou reprovam por faltas, e seus pais ou responsáveis não
comparecem quando solicitados. Além disso chegam atrasados frequentemente e a
família, na maioria dos casos, se revela muito omissa. Entretanto, gostam de utilizar os
espaços escolares para atividades desportivas nos finais de semana.
Os valores morais, religiosos, materiais e intelectuais não são verificados em
grande parte do alunado, e observamos que isso já vem de casa, internalizado, devido à
desestrutura familiar.
Oriundos de uma comunidade carente, nossos alunos precisam, além dos
conteúdos sistematicamente organizados pela humanidade, dos conhecimentos
científicos, de muita atenção, respeito e amor.
O colégio busca estreitar o relacionamento com a comunidade para que haja uma
interação entre família e escola, facilitando o desenvolvimento do aluno, sua
aprendizagem e suas competências, promovendo vários momentos para conversas,
palestras, atividades extraclasse, jogos, músicas, brincadeiras, etc.
20
Para reforçar a aprendizagem, também convidamos os pais para incentivarem
seus filhos e ajudar na orientação dos trabalhos em que haja possibilidade.
Temos que levar nossos alunos a valorizar seu contexto cultural e social, descobrir
seus talentos e colocá-los à disposição da coletividade. Temos a obrigação e o
compromisso de dar um aprendizado de qualidade aos nossos alunos, garantindo-lhes a
formação completa para que sejam atuantes em nossa sociedade com bastante
consciência, autonomia e criticidade.
7.1. Dependências físicas e materiais
Instalações Físicas
O Prédio escolar é constituído de 3 blocos onde constam:
12 salas de aula
01 Sala para Direção e Equipe Pedagógica
01 Sala para Secretaria
01 Sala para Professores
01 Laboratório de Informática Paraná Digital
01 Laboratório de Ciências /Química/ Física / Biologia
01 Biblioteca
01 Cozinha
01 Despensa para mantimentos
01 Despensa para material de limpeza
01 Almoxarifado
03 Banheiros para Professores e Funcionários
02 Banheiros para Alunos, com 03 vasos sanitários cada
01 Banheiro para alunos com 02 vasos sanitários
01 Banheiro com acessibilidade
01 Quadra Poliesportiva descoberta
01 Quadra Poliesportiva coberta
Recursos Tecnológicos
09 computadores ProInfo
09 no-breaks
21
18 monitores
18 teclados
18 mouses
01 Impressora laser Samsung do PRDigital
10 Rack de parede para TV
10 TV Pendrive
02 Retroprojetores
03 Aparelhos de DVD
01 Cx Acústica 35W RMS 4.0 HMS
01 Projetor de Slides (Data Show)
01 Amplificador de som versátil 50W
01 Notebook Acer 3Gb/320Gb
01 Microfone com fio IT58A
01 Camara digital Sony W320
Materiais - Laboratório de Ciências, Química, Física, Biologia
01 Bico de Busen
02 Cabos de Bisturi n4 com 5 lâminas 23 pi 24
01 Cronômetro Digital
03 Escovas para lavar tubo de ensaio
03 Espátulas com colher 15 cm
03 Imãs cilíndrico 09 x 04cm
02 Lamparinas a Álcool 100ml
01 Lente de vidro 5cm plano côncava
03 conjuntos de Massa Aferidas
01 Mola diâmetro 1,5 x 15cm
02 Molas diametro 7mm x 15cm
01 Papel de Filtro 11cm
02 Pinças de inox de ponta fina e reta 16cm
06 Pinças de madeira para tubo de ensaio
05 Pipetas graduadas
05 Pisseti 250ml
01 Rolha de borracha n6 com furo 7mm
03 Rolhas de borracha n7 com furo 7mm
22
02 Rolhas de borracha para tubo com furo 7mm
03 Rolhas de borracha para tubo sem furo
01 conj. Suporte de plastico com cabo para lentes
01 Suporte para circuitos elétricos
01 Suporte universal com base e haste 70cm
04 Suporte Universal
02 Telas de amianto 16 x 16cm
01 Termômetro escala externa 10 a 110°C
02 Trenas de aço com 2m
02 Tesouras de inox de ponta fina 11cm
04 Tripés de ferro 12 x 20
02 Bastões de vidro 6 x 300mm
02 Cxs Lamínulas para microscopia 26 x 76
01 Cx Lamínulas para microscopia 20 X 20
03 Copos de Becker de vidro 100ml
02 Copos de Becker de vidro 500ml
08 Copos de Becker de vidro 250ml
07 Erlenmeyer de vidro 250ml
03 Funis de vidro de haste curta liso 60mm
02 Tubos de ensaio 16 x 150mm
02 Microscópios (1 ótico, 1 simples)
01 Leis de Hom
03 Lupas de Vidro (2 manuais e 1 horizontal)
05 Pipetas de Vidro graduadas
05 Funis de Separação 250ml
05 Funis de Vidro 150ml
01 Agitador Magnético
01 Balança Digital
01 Manta Aquecedora p/ Balão Volumétrico
01 Medidor de PH digital
04 Balões Fundo chato 250ml
04 Balões volumétricos 250ml
06 Bastões de Vidro
23
Acervo Bibliográfico
Livros Técnicos/Paradidáticos – 471 exemplares
Livros de Literatura – 1134 exemplares
Livros Didáticos – 1118 exemplares
Materiais Didático-Pedagógicos
01 Mapa “O Mundo Físico”
01 Mapa Geográfico do Mundo Político
02 Mapas Mundi
02 Mapa Mundi Físico
01 Mapa Mundi Político
01 Mapa do Brasil – Divisão Política
01 Mapa do Brasil – Divisão Regional
01 Mapa do Brasil – Físico
01 Mapa do Brasil: Político, regional, rodoviário
01 Mapa do Estado do Paraná – Político
01 Mapa Rodoviário do Estado do Paraná
01 Mapa do Município de Bandeirantes
01 Mapa dos Estados Unidos da América
01 Mapa Europa – político
01 Mapa Oceania - político
01 Mapa As Américas - político
01 Mapa Asia - político
01 Mapa África - político
03 Globo Terrestre
01 Modelo de Célula Eucarionte
02 Mapas de Química: Estrutura Elementar da Matéria
01 Busto Desmontável com Órgãos Humanos
01 Mapa do Corpo Humano
39 kits Mapas de Ciências Físicas e Biológicas
15 Tabelas Periódicas
04 Réguas de madeira – 1 metro
01 Régua de madeira – 40 cm
02 Esquadros de madeira 45º
24
01 Esquadro de Madeira 60º
01 Transferidor de madeira
01 Triângulo Escaleno - madeira
02 Compassos de madeira
01 Tangran de madeira
03 Tangrans plastificados
01 Sólido Geométrico de madeira
02 Material Dourado
02 caixas de Carimbos de Avaliação
02 Retro Projetores
02 Aparelhos de Som
30 Bambolês
04 Bolas de Basquete
15 Bolas de Voleibol
05 Bolas de Futsal
03 Bola de Futebol de Campo
02 Bolas de Handebol
15 Bolas de Borracha
01 Bola de Futebol Americano
01 Par de Redes de Futsal
02 Mesas de Pebolim
01 Mesa de Ping Pong
03 Cds Hinos Pátrios
03 Cds Multimídia: Espaço no Universo, Como as Coisas Funcionam, O Corpo Humano.
05 Coleção “Mundo Incrível dos Animais” - 5 livros e 5 fitas de vídeo
20 Jogos de Damas
15 Jogos de Palitos
08 Jogos de Memória
03 Jogos de Trilha
03 Jogos de Dominós
20 Jogos de Xadrez
Jogos Banco Imobiliário
01 conjunto Ping-Pong
Skates
25
04 Jogos Pedagógicos (Dominó de Cálculos e de Palavras)
06 Jogos de Palavras
10 Alfabetos Silábicos
06 Jogos de Sequência Lógica
04 Jogos de Futebol de Botão
06 Escalas Cuisenaire
10 Colchonetes para Ginástica Olímpica de Solo
10 Kits do IBGE – Projeto VAMOS CONTAR
01 Cx Geologia na Escola – O Caminho das Rochas
08 CD's Atlas Geográfico Escolas Multimídia
01 CD Literatura Brasileira – A Arte da Palavra
01 DVD Mata Atlântica
01 DVD – 32 Maneiras de Ver a Tecnologia na Educação
01 Planetário
7.2. Quadro de Funcionários – Ano 2017
Nº Equipe Diretiva/Pedagógica/Administrativa Vín- culo
Formação
01 Cristina dos Santos - Diretora QPM Lic. Plena - História
02 Maria das Graças Ticianel Jardim - Pedagoga QPM Lic. Plena - Pedagogia
03 Marjorie Agre Leão Moncayo - Pedagoga Lic. Plena - Pedagogia
04 Selma Regina Cosmo Nunes - Secretária QFEB Lic. Plena - Pedagogia
05 Leonor Luiza de Oliveira – Técnico Adm. QFEB Lic. Plena - Pedagogia
06 Lúcia Guimarães da Silva Asano - Bibliotecária QFEB Lic. Plena - Ciências
07 Jeferson Martins Moura QFEB Ciências Econômicas
08 Angelita Nunes Pereira QFEB Ensino Médio
09 Aparecida de Jesus Proni QFEB Ensino Médio
10 Maria Ângela Pascoal de Carvalho QFEB Ensino Médio
11 Maria Elizabete do Nascimento Pires QFEB Ensino Médio
12 Rosilda de Fátima Moço Costa QFEB Ensino Médio
13 Sueli Elisabete de Mello QFEB Lic. Plena - Pedagogia
Docentes
01 Américo Fernandes – Língua Portuguesa QPM/SC02
Lic. Plena - Letras
26
02 Ana Maria dos Santos - História QPM Lic. Plena - História
03 Andrea A. Ramalho Pelissari - História REPR História (cursando)
04 Andrea Castanho de Lima Silva – Mat. QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat.
05 Andréa Cristina do Nascimento – Ed. Física QPM Lic. Plena – Ed. Física
06 Andréa Regina Paduan – Ed. Física QPM Lic. Plena – Ed. Física
07 Ângela Maria Nogueira Herbst – Mat. QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat.
08 Cleusa Maria Pereira Bisetto – Ed. Física QPM Lic. Plena – Ed. Física
09 Ester Amaro Costa de Souza - Matemática QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat.
10 Fabiana Apª Gonçalves Castellar – Geog. QPM Lic. Plena - Geografia
11 Flávia Regina Moreira Fernandes – Ciênc. REPR Ciências Biológicas
12 Giulliane de Oliveira Matta – Língua Port. QPM Lic. Plena - Letras
13 Inês Rodrigues – Língua Port. QPM Lic. Plena - Letras
14 José Roberto de Oliveira - Inglês QPM Lic. Plena - Letras
15 Maria Aparecida de Oliveira – Língua Port. QPM Lic. Plena - Letras
16 Maria Aparecida Fabian Alexandre – Química/Ciências/Ens. Religioso/SAA
QPM Lic. Plena – Ciênc./Quím
17 Maria Ramos S. Naime – História/Ens. Rel. REPR Lic. Plena - História
18 Marilucia Sanches Mendes - História REPR Lic. Plena - História
19 Marisa Aparecida Ribeiro Santos – Geog. QPM Lic. Plena – Geo/Hist.
20 Mariza Chirito Miquelato – Física/Ens. Rel. QPM Lic. Plena – Ciênc./Fís.
21 Marisa Godoy Sabaini - Física REPR Farmácia/Bioquímica
22 Meri Hirabara Yanase - Arte QPM Lic. Plena - Artes
23 Neide Pires de Oliveira - Biologia QPM Lic. Plena - Ciências
24 Neila Martelli Toledo de Campos - Inglês QPM Lic. Plena - Letras
25 Paula Regiane Guergolet da Costa - Arte QPM Lic. Plena - Artes
26 Patrícia Pitoli - Sociologia REPR Lic. Plena - História
27 Pollyana Maria Delgado Balla Luz – Soc. REPR Lic. Plena - Sociologia
28 Renata Ediane Fabrin – História/Ens. Rel. REPR Lic. Plena - História
29 Rosângela Aparecida Palomares QPM Lic. Plena – Ciênc./Quím
30 Rosemercya Velozo de Carvalho Anjos - Filosofia
SC02 Lic. Plena - História
31 Rosileni de Jesus Soldes Aleixo – Língua Portuguesa/SAA
QPM Lic. Plena - Letras
32 Sirlene Matos Maciel QPM Lic. Plena - História
33 Sonia Aparecida Comegno Gotelipe – Ciências SC02 Lic. Plena – Ciências Biológicas
34 Terezinha de Fátima Coutinho - História QPM Lic. Plena - História
27
35 Vanilda Aparecida Monteiro – Mat./Ciênc. QPM/SC02
Lic. Plena – Ciênc./Mat.
36 Vera Helena Barboza – Biologia/Ensino Religioso/SAA
QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat.
7.3. Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais
A Escola Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio realizou
uma adequação da parte física do colégio, como rampa de acessibilidade, banheiros com
instalações adequadas, porém as salas de aula ainda não foram adaptadas. Em relação
ao atendimento pedagógico, o colégio não tem profissionais especializados ou mesmo
treinados para atender os alunos com deficiências mentais, neuromotoras, visuais e
auditivas. Quando ocorre a inclusão dos alunos encaminhados da APAE e das salas
especiais para o ensino regular, o diagnóstico recebido é que estão aptos para
acompanhar o regular, mas nem sempre é o que acontece, e a maioria dos professores
não têm formação nem condições de atender essas especificidades, ficando os alunos
dentro de salas numerosas, acabando por reprovar ou abandonar a escola.
É necessário uma estrutura bem organizada para atender adequadamente os
alunos com necessidades educativas especiais, com psicólogos, fonoaudiólogos,
psicopedagogos, professores com formação específica e materiais de apoio. Porém isso
não acontece, gerando um atendimento deficiente desse alunado na maioria das escolas
regulares. O discurso é bonito, mas há muito o que se fazer para conseguir, na prática,
melhoras significativas nessa demanda.
7.4. Resultados Educacionais: aprovação e evasão
O colégio vem, ao longo dos últimos anos, enfrentando muitos problemas em
relação à reprovação, abandono e evasão, o que influi decisivamente nos resultados do
IDEB da instituição. Tomando como referência os resultados dos últimos anos, podemos
considerar que são preocupantes, haja vista as metas estipuladas não estarem sendo
atingidas, devido a inúmeros problemas como dificuldades de aprendizagem, defasagem
idade/série, trabalho, desestrutura familiar, drogadição, dentre outros. Esses fatores, além
de interferirem decisivamente nos resultados da instituição, leva os alunos a evadirem-se
da escola. Os quadros abaixo mostram os resultados de aprovação, reprovação e
28
abandono, por turma, no ano letivo de 2016:
ENSINO FUNDAMENTAL
TURMA TURNO Nº DE ALUNOS CONCLUINTES
AP REP DES % Apro- vação
% Apr.
Cons. de
Classe
% Repro-vação
% Aban- dono
6º Manhã 46 41 5 0 89% 0% 11% 0%
6º Tarde 20 12 8 0 60% 0% 40% 0%
7º Manhã 36 31 5 0 86% 0% 14% 0%
7º Tarde 12 7 5 0 58% 0% 42% 0%
8º Manhã 38 29 9 0 76% 0% 24% 0%
8º Tarde 23 15 8 0 65% 0% 35% 0%
9º Manhã 22 21 1 0 95% 0% 5% 0%
9º Tarde 10 4 6 0 40% 0% 60% 0%
TOTAL ----------- 207 160 47 0 77% 0% 23% 0%
ENSINO MÉDIO
TURMA TURNO Nº DE ALUNOS CONCLUINTES
AP REP DES % Apro- vação
% Apr.
Cons. De
Classe
% Repro- vação
% Aban- dono
1ª Manhã 54 46 8 0 85% 0% 15% 0%
2ª Manhã 21 18 3 0 86% 0% 14% 0%
3ª Manhã 15 15 0 0 100% 0% 0% 0%
3ª Noite 15 9 6 0 60% 0% 40% 0%
TOTAL 105 88 17 0 84% 0% 16% 0%
7.5. Dados das Avaliações Externas e Projeções para os próximos anos
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita não tem obtido os resultados esperados nas
avaliações externas, o que, juntamente com os índices de aprovação, reprovação e
desistência, tem mantido muito baixo o IDEB da instituição. Embora busque
constantemente reverter esse quadro, a realidade socioeconômica e cultural do alunado,
assim como a desmotivação de muitos professores, constituem-se nos grandes
29
obstáculos na mudança dos resultados apresentados. O colégio priorizará em seu plano
de ação novas estratégias para a superação da realidade atual.
Dados do Colégio Estadual Juvenal Mesquita
IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS
2005
2007
2009
2011 2013 2015 2007 2009 2011 2013 2015 2017
2019 2021
3.4 3.3 2.6 2.6 2.9 2.8 3.5 3.6 3.9 4.3 4.7 4.9 5.2 5.4
7.6. Distorção Idade-Série
Existe uma grande distorção idade/série dos alunos do Colégio Estadual Juvenal
Mesquita. A maioria dos casos fora da faixa etária corresponde aos alunos que reprovam,
que começam e desistem no decorrer do ano, e aqueles que param de estudar e
retornam depois de algum tempo. As causas vão desde desestrutura familiar, pobreza,
drogas, ter que trabalhar cedo, etc. O colégio tenta inovar, buscar alternativas junto ao
corpo docente, discente, porém os anseios e expectativas dos alunos dessa instituição
não correspondem ao que a escola, e não somente esta, se propõe. Existe uma grande
desmotivação dos alunos, e a escola não tem sido atrativa o suficiente para garantir sua
permanência, o que requer uma mudança de postura de todos os atores envolvidos no
processo ensino e aprendizagem. O colégio aderiu ao Programa Aceleração de Estudos
em 2015, porém não tivemos resultados satisfatórios, dada a falta de recursos financeiros
para materiais necessários e despreparo tanto de alunos quanto de professores para
gerenciar conteúdos de dois anos em um único ano.
7.7. Plano de Ação da Escola
O Plano de Ação da escola consiste em um instrumento de trabalho dinâmico com
o intuito de propiciar ações que contemplem as dimensões Gestão Escolar Democrática,
Prática Pedagógica, Avaliação, Acesso, permanência e sucesso na escola, Ambiente
Educativo e Formação dos Profissionais da Escola, ressaltando seus principais problemas
30
e os objetivos a partir de metas a serem alcançadas, com critérios de acompanhamento e
avaliação pelo trabalho desenvolvido. Temos observado avanços significativos na prática
do dia a dia da escola, pois ao propor ações bem direcionadas, possíveis de serem
realizadas, os resultados positivos vão acontecendo aos poucos, melhorando as relações
e o processo ensino-aprendizagem.
8. MARCO CONCEITUAL
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio procura
realizar um trabalho pedagógico baseado em princípios democráticos que favoreçam a
igualdade de oportunidades de aprendizagem em que os jovens adquiram a capacidade
de serem críticos e atuantes. A proposta pedagógica permeia um trabalho que possibilite,
além da garantia do acesso e permanência do aluno na escola, a igualdade de
oportunidades para aprender, ensinar, pesquisar, divulgar a cultura, e ao mesmo tempo
respeitar a cultura que o aluno trouxe do seu meio, o pensamento, a arte e o saber.
O colégio propõe a existência de um clima escolar propenso à preservação de
valores, crenças e cultura que os cercam e que trazem impacto à aprendizagem.
Considerando a mudança de paradigmas e as transformações sociais e familiares,
a escola tenta superar o modelo tradicionalista de educação para um novo olhar, nova
leitura na relação escola-aluno-professor no processo ensino e aprendizagem, com o foco
na aquisição dos conhecimentos científicos produzidos, acumulados e sistematizados
pela humanidade.
Apesar de várias mudanças, de alterações no cotidiano escolar, é preciso procurar
estabelecer relações para definir os problemas e buscar soluções.
Considera-se, fundamentando-se em Vygotsky, que o indivíduo adquire o seu
conhecimento na medida que interage com o meio, e essa relação é permeada por um
contato com o outro, tendo clareza de que esse outro desempenhará um papel relevante
no processo de ensino e aprendizagem.
Formar sujeitos políticos, autônomos e emancipados requer um fazer pedagógico
que vai das atividades espontâneas às reconstruções do objeto do conhecimento.
O colégio, pensando no que pretende do ponto de vista político e pedagógico,
procura desenvolver um trabalho dentro da ética coletiva, revendo as ações e sua própria
organização, através de uma contínua atividade investigativa e sempre fazendo reflexão
na sua própria ação.
31
Dessa forma, faz-se necessário algumas compreensões:
8.1. Concepção de Educação
Ao considerarmos uma sociedade de classes, vemos que a educação tem uma
função política de criar as condições necessárias à hegemonia da classe trabalhadora. O
seu projeto histórico é explícito e traduz-se na criação de uma nova hegemonia, ou seja,
a da classe trabalhadora. O ato educativo, cotidiano, não pode ser um ato isolado, mas
integrado num projeto social e global de luta da classe trabalhadora.
A educação dialética é processo de formação e capacitação: apropriação das
capacidades de organização e direção, fortalecimento da consciência de classe para
intervir de modo criativo e organizado na transformação estrutural da sociedade. De
acordo com Paulo Freire, só é libertadora na medida em que tiver como educar.
Em síntese, Educação é uma necessidade humana, uma prática social específica
dos homens, fenômeno próprio dos seres humanos, um processo histórico. É intencional,
libertadora, que transforma a realidade. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Ancorando-se nesses conceitos, o Projeto Político Pedagógico busca organizar um
trabalho pedagógico numa perspectiva histórico-crítica, evitando o esvaziamento da
função precípua da escola, que é a socialização do saber elaborado, trabalhando no
sentido de tornar realidade a escola pública de qualidade, com a formação de um cidadão
crítico diante de sua sociedade, para poder transformá-la.
8.2. Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social que produz conhecimentos e acumula
experiências, transformando a natureza através do trabalho. É um agente de
transformação a partir do momento que participa ativamente da construção da história
coletiva, agindo intencionalmente.
A educação dialética considera a construção do homem histórico, compromissado
com as tarefas do seu tempo, numa perspectiva transformadora, participando
efetivamente do projeto de construção de uma nova realidade social. No Colégio Estadual
Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio a concepção de homem vai de encontro
32
ao sujeito histórico que o mesmo representa, constituindo-se ao longo do tempo como o
produtor das relações econômicas, sociais, culturais e políticas que o transformam no
processo educativo, conscientizador, transformador, de luta, na busca constante de uma
sociedade justa e igualitária.
8.3. Concepção de Mundo
O mundo é o espaço físico que o homem ocupa e transforma para satisfazer suas
necessidades. Para se organizar, formam grupos conforme seu modo de pensar e agir.
A concepção de mundo proporcionada pela escola deve considerar o
desenvolvimento da consciência de que somos produtos do processo histórico até hoje
desenvolvido e que a necessidade humana de vivenciar valores que assegurem o
crescimento pessoal e a integração com o social vão delinear essa concepção de mundo.
É importante que todos falem sobre sua visão de mundo, porém sem impor suas
opiniões, e sim dialogar sobre as mais variadas concepções. É função da escola analisar
e refletir sobre as diversidades e a integração das mesmas. Portanto, a escola precisa ser
espaço estratégico, onde se possa desenvolver o compromisso com a construção da
cidadania.
8.4. Concepção de Sociedade
A educação deve ser democraticamente oferecida a todos os alunos,
indistintamente, para que não sejam prejudicados ou marginalizados pelos mais
favorecidos. Logo, o centro das preocupações são as necessidades do aluno. Para
desenvolvê-lo é mister conhecê-lo, e assim possibilitar-lhe mais oportunidades para a
satisfação de suas necessidades e interesses, a fim de que se ajuste à vida
contemporânea.
Sociedade pressupõe agrupamento, acúmulo de experiências individuais e
coletivas, transmissão de conhecimentos, exercendo portanto uma forte influência no
interior da escola.
A sociedade é uma organização em constantes transformações. E para
compreendê-la e poder transformá-la, é fundamental conhecer as correntes de
33
pensamento, as concepções que vêm tentando explicar como ocorrem os fatos, como se
dá o conhecimento humano, para então conceber a sociedade como um misto de forças
emancipadoras, com ideal de libertação, da qual a escola deve fazer parte, e não como
forças conservadoras, interessadas em manter o sistema social vigente.
8.5. Concepção de Cultura
Entende-se por cultura o conjunto de conhecimentos, crenças, arte, moral, leis,
costumes e quaisquer outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto
membro de uma sociedade. É o desenvolvimento intelectual do ser humano, são os
costumes e valores de uma sociedade.
O homem não apenas sente, faz e age em relação à cultura, mas também pensa e
reflete sobre o sentido de tudo no mundo. Os homens são seres culturais por natureza.
8.6. Concepção de Tecnologia
As novas tecnologias parecem ter “rendido” toda a humanidade, e o campo da
educação não é uma exceção. Entretanto, quando se fala em educação, o foco precisa
estar não somente nos avanços e desenvolvimento de objetos técnicos, mas no
entendimento da própria transformação do papel desses objetos no pensamento e na
cognição humana, bem como o questionamento de como essas mudanças podem afetar
radicalmente os critérios epistemológicos da seleção do conhecimento escolar e de suas
práticas pedagógicas. O uso das tecnologias trará resultados satisfatórios na educação
caso atendam prioritariamente as necessidades da área pedagógica.
8.7. Concepção de Cidadania
Cidadania pressupõe vida em sociedade, abrangendo todas as classes sociais.
São direitos e deveres do cidadão para com a sociedade e da sociedade para com o
cidadão, embora na prática ainda há muito o que fazer para que esses direitos e deveres
sejam iguais para todos.
Para tanto, é necessário um esforço coletivo da escola, considerando que a mesma
34
constitui-se num espaço privilegiado de busca desse ideal, ou seja, a qualidade de vida
merecida por todos os seres humanos.
8.8. Filosofia da Escola
Partindo da premissa que a escola é entendida por todos como um espaço e lugar
privilegiado de ensino e aprendizagem, é necessário fazer alguns questionamentos em
relação à forma como devemos conceber o papel social da escola e como devemos
conduzir as orientações pedagógicas e os conteúdos a serem ministrados.
A escola tem um papel importante na evolução do processo de aprendizagem de
cada cidadão, já que sua função é orientá-lo e prepará-lo socialmente.
A escola contemporânea tem passado por expressivas transformações de caráter
social, político e econômico. Essas transformações originam-se nos pressupostos que
vêm direcionando os modos de vida. Observamos situações espetaculares, dignas,
responsáveis, equilibradas, criativas. Mas, enfrentamos também situações lastimáveis,
como se as pessoas estivessem perdendo o senso da aprendizagem, do bem viver, de
relacionar-se, de aprender, de querer e de respeitar-se.
A escola tem um papel social expressivo na fomação daqueles que passam parte
de suas vidas sendo orientados e preparados por ela.
8.9. Princípios Norteadores da Educação
Os Princípios Norteadores de Educação, previstos legalmente, embasam a
organização do trabalho escolar e norteiam a escola democrática, pública e gratuita.
Sendo a escola uma instituição histórica e socialmente determinada, organizar-se-á como
local de desenvolvimento de consciência crítica da realidade e local de produção e
apropriação do saber buscando garantir, na sua dinâmica interna, a operacionalização
dos princípios norteadores de forma concreta. Conforme prescreve a Constituição da
República Federativa do Brasil em seu artigo 206 e a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, nº 9394/96, em seu artigo 3º, são considerados os seguintes
Princípios Norteadores da Educação:
I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
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II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e
o saber;
III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. Valorização do profissional de educação escolar;
VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
IX. Garantia do padrão de qualidade;
X. Valorização da experiência extra-escolar;
XI. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII. Consideração com a diversidade étnico-racial.
8.10. Concepção de Ensino e Aprendizagem
A metodologia do colégio está ancorada na Pedagogia Histórico-Crítica, partindo da
prática social inicial para a prática social final transformadora.
O objetivo é proporcionar ao aluno um ambiente de aprendizagem devidamente
contextualizado no seu cotidiano, em que possa ser sujeito no seu processo de
transformação da informação e da experiência em conhecimento. Para tal, o professor
deve ter uma visão crítica do seu trabalho, equalizado com o estágio de desenvolvimento
da nossa sociedade e do mundo do trabalho, bem como deve estar atualizado com os
avanços tecnológicos.
8.11. Concepção de Avaliação
Vários aspectos devem ser considerados quando o assunto é avaliação.
Primeiramente é preciso ter clareza do que se quer avaliar, em cada momento específico
do processo ensino e aprendizagem.
A avaliação deve ser diagnóstica, contínua, processual, de forma a poder rever e
intervir na prática pedagógica. Muito mais importante que pensar em instrumentos de
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medidas, números para representar uma média mínima exigida, é fundamental priorizar
os critérios de avaliação para os conteúdos trabalhados, contribuindo assim para a
formação de pessoas autônomas, críticas e conscientes.
A avaliação deverá ser a favor da aprendizagem, e não a favor da seleção. O aluno
não é a tradução de uma média mínima exigida, pois a avaliação é um ato de
aprendizagem, nunca de punição. Na medida em que ocorre o reconhecimento do limite
e da amplitude de onde se está, descortina-se uma motivação para o prosseguimento no
percurso de vida ou de estudo que se esteja realizando. A recuperação de estudos deverá
ser ofertada de forma concomitante durante todo o ano letivo, é um momento de rever as
práticas metodológicas e avaliativas tendo em mente o ingresso, a permanência e o
sucesso do educando. A avaliação é parte integrante do ato pedagógico e impulsionador
da aprendizagem, a escola e o professor devem conhecer o aluno real, abandonando o
paradigma de que a avaliação serve só para medir a aprendizagem do aluno tendo o
cuidado de não deixar que o aluno construa uma visão distorcida sobre seu processo de
aquisição de conhecimento, mostrando que ele também está inserido neste processo.
A escola deve entender que todo processo educativo deve subsidiar na participação do
aluno e não mais na destruição da sua auto-estima pelo professor. Assim a escola não
pode mais pensar em elaborar uma avaliação baseada num tipo de aluno ideal. É preciso
criar uma avaliação que vise a educação do aluno, mostrando qual é a perspectiva
histórica e cognitiva que se deseja atingir. Com isso, o professor poderá ver se o que está
ensinando contribuirá para modificar o aluno dentro desta perspectiva.
Assim, a avaliação escolar deixa de ter uma exigência autoritária e formal, passando
a ter uma exigência muito maior que é o compromisso com a construção da
aprendizagem e da responsabilidade social do aluno. Com essa mudança, o aluno
entenderá que a avaliação faz parte de um processo que tem como objetivo final uma
busca de qualidade no seu processo de aquisição de conhecimento.
Acredita-se que o desafio de buscar novos caminhos para se avaliar com prazer,
pesquisar e descobrir de novos conhecimentos, esta nas mãos dos professores
educadores. Somente eles poderão direcionar o aluno na construção de novas
aprendizagens, proporcionando com isso um ensino de qualidade e visando sua
formação.
Enfim, a arte de ensinar e aprender está nas mãos do educador que busca inovar e
acredita que o conhecimento universal possa ser compartilhado, incluindo o aluno cidadão
na sociedade, tendo como meta à formação integral do educando e trazendo para sala de
37
aula prazer em ser avaliado com qualidade e profissionalismo.
8.12. Concepção de Gestão Escolar Democrática
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio entende
estão Democrática como a participação consciente do coletivo escolar na busca de uma
identidade para a instituição, que responda aos anseios da comunidade, garantindo
condições de igualdade no acesso e permanência de todos na escola.
Considerando a função social da escola, a gestão escolar deve garantir a
qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos,
independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os alunos
portadores de qualquer tipo de deficiência seja ela física, mental ou comportamental,
respeitando dessa forma, o princípio da gestão democrática de igualdade de condições de
acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública, de uma Educação
Básica com qualidade em seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação.
O trabalho pedagógico deve orientar as questões administrativas para que o
aspecto pedagógico seja sempre o elemento norteador do ensino. Para que isso se
realize é necessário que primeiramente seja definida a metodologia de gestão, que deve
ser participativa, ressaltando-se o papel das instâncias colegiadas na definição de
políticas, diretrizes e ações.
As tomadas de decisões devem acontecer em conjunto com todo o colegiado da
escola e os recursos financeiros devem ser gerenciados de forma transparente e de
acordo com o que foi decidido pela comunidade escolar, buscando dessa forma a
melhoria do ensino e a qualidade pretendida.
8.13. Concepção de Currículo
O currículo compreende os conhecimentos produzidos, acumulados e
sistematizados pela humanidade, transmitindo assim uma cultura.
É uma construção social do conhecimento, pressupõe a sistematização dos meios
para que esta construção se efetive.
Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O primeiro é
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o de que o currículo não é um instrumento neutro, ele passa uma cultura.
O segundo ponto é que o currículo não pode ser separado do contexto social, uma
vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado.
O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que a escola deve
adotar. O estudo mais sistemático do currículo geralmente ocorre na semana pedagógica
e observa as mudanças da sociedade atual, sempre sendo construído dentro de uma
perspectiva Histórico-Crítica.
As atividades em contraturno, como salas de apoio à aprendizagem, atividades
complementares, também compõem o currículo escolar, coerentes com as concepções
que norteiam o trabalho pedagógico.
8.14. Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e
Aprendizagem
A ampliação do Ensino Fundamental, de oito para nove anos de duração, incluiu a
criança de seis anos no Sistema Educacional Brasileiro. Este ingresso não pode se
limitar a uma medida meramente administrativa, mas sobretudo voltando uma atenção
especial ao processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, o que implica
conhecimento e respeito às suas características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas,
tanto nos cinco anos iniciais quanto nos quatro anos finais, já que é uma mudança para
se repensar todo o ensino fundamental.
Faz-se necessário, portanto, conhecer a criança e o adolescente, pois a construção
da proposta pedagógica deve ser coerente com as especificidades da segunda infância,
atendendo também às necessidades de desenvolvimento da adolescência.
A infância pode ser entendida como categoria social e como categoria da história
humana, englobando aspectos que afetam também o que temos chamado de
adolescência ou juventude, sendo a infância entendida como o período da história de
cada um, que se estende, na nossa sociedade, do nascimento até aproximadamente dez
anos de idade.
Numa sociedade desigual, as crianças desempenham, nos diversos contextos,
papéis diferentes. A ideia de infância moderna foi universalizada com base em um padrão
de crianças das classes médias, a partir de critérios de idade e dependência do adulto,
característicos de sua inserção no interior dessas classes. No entanto, é preciso
considerar a diversidade de aspectos sociais, culturais e políticos.
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A criança não se resume a ser alguém que não é, mas o adulto que se tornará. É
específico da infância seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira
entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de
direitos, que produzem cultura e são nela produzidas. Por isso é importante entender o
modo de ver das crianças, para poder ver o mundo a partir do seu ponto de vista.
Embora o conceito de infância varie muito, de acordo com o contexto histórico-
social vivido, foram construídos padrões relativos à concepção burguesa de infância, e a
desmistificação de um conceito único, possibilitará ver as crianças pelo que são no
presente, sem se valer de estereótipos, ideias pré-concebidas ou de práticas educativas
que visam moldá-las em função de visões ideológicas e rígidas de desenvolvimento e
aprendizagem.
As crianças possuem modos próprios de compreender e interagir com o mundo.
Cabe à escola como um todo, favorecer a criação de um ambiente onde a infância possa
ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um tempo de encontro entre os seus
próprios espaços e tempos de ser criança dentro e fora da escola.
A concepção de adolescência, de acordo com a Psicologia, desde Stanley Hall,
está fortemente ligada a estereótipos e estigmas, abordando uma concepção naturalista
universal sobre o adolescente. Aberastury considera a adolescência como “um momento
crucial na vida do homem e constitui a etapa decisiva de um processo de
desprendimento”, destacando esse período como de “contradições, confuso, doloroso”.
Knobel parte de pressupostos de que “o adolescente passa por desequilíbrios e
instabilidades extremas” e que “o adolescente apresenta uma vulnerabilidade especial
para assimilar os impactos projetivos de pais, irmãos, amigos e de toda a sociedade”.
Esses desequilíbrios e instabilidades extremas e essa vulnerabilidade especial são
colocadas como inerentes ao jovem, pressupondo uma crise preexistente no adolescente,
devendo portanto essa concepção ser refletida.
Muitas teorias têm uma visão naturalista, na medida em que a infância e a
adolescência são vistas como um estado, e não como uma condição social, sendo assim
deficientes pelo fato de desprezarem o contexto social e cultural, o processo construído
historicamente, tendendo a identificar bases universais em suas proposições. Herrán
considera que haja alguma concordância entre autores e linhas teóricas sobre o fato de a
adolescência ser um período de transição marcado por mudanças físicas e cognitivas,
bem como um prolongamento do período de aprendizagem que permitirá sua inserção no
mundo adulto.
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As concepções presentes nas vertentes teóricas da psicologia, apesar de
considerarem a adolescência como um fenômeno biopsicossocial, ora enfatizam os
aspectos biológicos, ora os aspectos ambientais e sociais, não conseguindo superar
visões dicotomizantes ou fragmentadas. Dessa forma, os fatores sociais são encarados
de forma abstrata e genérica, e a influência do meio torna-se difusa e descaracterizada
contextualmente, agindo apenas como um pano de fundo no processo de
desenvolvimento já previsto no adolescente.
Tem-se buscado uma saída teórica que supere a visão naturalizante e
patologizante da adolescência presente na Psicologia. Uma saída que supere a visão de
homem, baseada na ideologia liberal, que vê o homem como autônomo, livre e capaz de
se autodeterminar. Que, resumidamente, vê a adolescência como uma fase natural do
desenvolvimento, apontando nela características naturais como rebeldia, desequilíbrios e
instabilidades, lutos e crises de identidade, instabilidade de afetos, busca de si mesmos,
tendência grupal, necessidade de fantasiar, crises religiosas, flutuações de humor e
contradições sucessivas.
A adolescência não é um período natural do desenvolvimento; é um momento
significado e interpretado pelo homem. O jovem não é algo por natureza, são
características que surgem nas relações sociais, em um processo no qual o jovem se
coloca inteiro, com suas características pessoais e seu corpo. A adolescência foi
construída historicamente de acordo com as exigências da sociedade moderna, ou seja, a
necessidade de retardar o ingresso dos jovens no mercado de trabalho, a extensão do
período escolar, e até a necessidade de justificativa da burguesia par manter seus filhos
longe do trabalho, dentre outros. A adolescência refere-se, assim, a esse período de
latência social constituída a partir da sociedade capitalista, e essas questões sociais e
históricas vão constituindo uma fase de afastamento do trabalho e de preparo para a vida
adulta. As marcas do corpo e as possibilidades na relação com os adultos vão sendo
pinçadas para a construção das significações, para a qual é básica a contradição que se
configuram nesta vivência entre as necessidades dos jovens, as condições pessoais e as
possibilidades sociais de satisfação delas. Dessa relação e de sua vivência, enquanto
contradição, que se retirará grande parte das significações que compõem a adolescência:
a rebeldia, a moratória, a instabilidade, a busca da identidade e os conflitos. Essas
características, tão bem anotadas pela Psicologia, ao contrário da naturalidade que se
lhes atribui, são históricas, isto é, foram geradas como características dessa adolescência
que aí está. Entende-se, assim, a adolescência como constituída socialmente a partir de
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necessidades sociais e econômicas e de características que vão se constituindo no
processo.
A educação escolar, para grande parte da população, produz um conjunto de
relações marcadas pela tensão, descontinuidade e desvalorização das crianças e dos
adolescentes que nela ingressam, devido a um desencontro entre as esperanças
construídas pelas famílias em torno do valor da escola e as aspirações dos jovens –
ascensão social, melhoria das condições de vida. Para o jovem, o desencontro das
expectativas iniciais gestadas na família e a experiência cotidiana vivida na escola, que
muitas vezes nega essas aspirações, pode gerar desinteresse, indisciplina e violência, na
medida em que a trajetória na escolarização gera insucesso e exclusão. Dependendo do
seu modo de funcionamento, a escola pode ou não vir a contribuir para a estruturação
efetiva de referências e a questão está na sua capacidade de propiciar arranjos que
asseguram um conjunto de relações sociais significativas para os adolescentes e suas
famílias.
Mesmo que a organização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino
Fundamental diferencie-se da organização dos anos finais, deve-se procurar a ruptura
dessa fragmentação, propondo unicidade entre instituições de ensino, com a adequação
dos conteúdos no tempo escolar de forma que as disciplinas não sejam hierarquizadas,
pois para a criança e adolescente não há separação entre os conhecimentos em campos
específicos, e suas experiências de apropriação do mundo ocorrem por meio de
diferentes linguagens, expressando-se por meio do movimento, da oralidade, do desenho
e da escrita.
É fundamental, então, que o processo de ensino-aprendizagem considere
singularidades da aprendizagem por meio do desenvolvimento de atividades encadeadas
que possibilitem a ampliação dos conhecimentos de forma prazerosa e cheia de
significação social, num movimento de articulação entre os anos iniciais e finais, pois
embora o Ensino Fundamental esteja administrativamente dividido em duas etapas, essa
é uma etapa única que exige articulação, assegurando assim a continuidade do processo
educacional.
8.15. Concepção de Alfabetização e Letramento
A apropriação do Sistema de Escrita Alfabética por nossas crianças e jovens não
42
se dá apenas nos anos iniciais, mas ao longo de todo os níveis da Educação Básica.
Desde muito cedo as crianças convivem com a língua oral e participam de
diferentes situações de interação social, aprendendo sobre elas próprias, sobre a
natureza e sobre a sociedade, chegando à escola já conseguindo interagir com
autonomia. Entretanto, na escola, aprendem a produzir textos orais mais formais e
ampliam suas capacidades de compreensão. Isso também ocorre com a escrita, onde as
crianças e adolescentes observam palavras escritas em diferentes suportes, escutam
histórias lidas por outras pessoas, e nessas experiências culturais com práticas de leitura
e escrita, vão se constituindo como sujeitos letrados.
Sabendo que as crianças que vivem em ambientes ricos em experiências de leitura
e escrita, não só se motivam para ler e escrever, mas começam, desde cedo, a refletir
sobre as características dos diferentes textos que circulam ao seu redor, sobre seus
estilos, usos e finalidades, é fundamental que a escola assegure aos estudantes,
diariamente, a vivência de práticas reais de leitura e produção de textos diversificados.
Cabe, então, à instituição escolar, responsável pelo ensino da leitura e da escrita, ampliar
as experiências das crianças e dos adolescentes de modo que eles possam ler e produzir
diferentes textos com autonomia, se preocupando também com o desenvolvimento dos
conhecimentos relativos à aprendizagem da escrita alfabética, assim como daqueles
ligados ao uso e à produção da linguagem escrita. E o papel dos professores, em relação
ao contato dos estudantes com diferentes textos, em atividades de leitura e escrita
realizadas dentro e fora da escola, deve se refletido e entendido que esse contato
precisa ser mediado, caso contrário não há garantias que nossas crianças e jovens se
alfabetizem.
É relevante, portanto, distinguirmos alfabetização de letramento, sendo que
alfabetização corresponde ao processo pelo qual se adquire uma tecnologia – a escrita
alfabética e as habilidades de utilizá-la para ler e escrever, sendo que o domínio de tal
tecnologia envolve conhecimentos e destrezas variados, como compreender o
funcionamento do alfabeto, memorizar as convenções letra-som e dominar seu traçado, e
letramento relaciona-se ao exercício efetivo e competente daquela tecnologia da escrita,
nas situações em que precisamos ler e produzir textos reais.
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis. Ao contrário, o
ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas
sociais da leitura e da escrita, o que se constitui num desafio. Implica refletir sobre as
práticas e as concepções adotadas para a inserção das crianças e adolescentes no
43
mundo da escrita, analisar e recriar metodologias de ensino, a fim de garantir, o mais
cedo e da forma mais eficaz possível, o duplo direito de não apenas ler e registrar
autonomamente palavras numa escrita alfabética, mas de poder ler, compreender e
produzir os textos que compartilhamos socialmente como cidadãos.
8.16. Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental
A articulação entre os anos iniciais e anos finais do ensino fundamental deve
acontecer de forma a promover a integração entre os envolvidos, assegurando as
aprendizagens necessárias tanto dos educandos que cursam os anos iniciais quanto dos
que cursam os anos finais. A ampliação do ensino fundamental para nove anos implica
em capacitar primeiramente todos os profissionais da educação através da formação
continuada: Semana Pedagógica, Grupo de Estudos, Reuniões Pedagógicas, Oficinas
Disciplinares, etc., bem como reformular o Projeto Político-Pedagógico e a Proposta
Pedagógica Curricular. Além disso, os espaços educativos, os materiais didáticos e os
equipamentos necessários precisam ser repensados para atender esta demanda. Este é o
momento de rever os conteúdos e as concepções e práticas pedagógicas de avaliação do
ensino e aprendizagem, diante do desafio de uma formação voltada para a cidadania, a
autonomia e a liberdade responsável de aprender e transformar a realidade de maneira
positiva. Cabe ao estabelecimento de ensino assegurar a flexibilização dos tempos e dos
espaços com vistas a uma efetiva aprendizagem em todas as dimensões do currículo,
através da prática de uma avaliação ética e democrática, garantindo o acesso, a
permanência e a aprendizagem com qualidade.
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita é compartilhado com a Escola Municipal
Maria Inês Speer Farias, de anos iniciais, e procura manter um diálogo constante com a
comunidade escolar da mesma, para estabelecer a ponte necessária ao desenvolvimento
das ações que subsidiarão o trabalho pedagógico a ser desenvolvido, e que refletirá no
processo ensino e aprendizagem.
8.17. Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais
A partir do momento que se faz a articulação com os anos iniciais, é possível
desenvolver um trabalho que promova uma boa adaptação dos alunos dos anos iniciais,
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sem aquela ruptura impactante, que intimida e amedronta os alunos.
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, sendo uma
escola compartilhada, atende os mesmos alunos da escola de anos iniciais, o que
favorece sua adaptação, onde os mesmos são bem acolhidos, com oferta de um trabalho
pedagógico adequado às suas necessidades e nível de desenvolvimento.
9. MARCO OPERACIONAL:
Tendo em vista que a escola que queremos é a que tem a função de promover o
acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar
condições de emancipação humana, tendo o compromisso de assegurar um ensino de
qualidade a todos que nela adentram, ou seja, um saber sistematizado indispensável para
o exercício da cidadania, faz-se necessário colocar em prática as ações que viabilizarão o
processo de construção e interação social com o conhecimento, em todo o estado do
Paraná. Todas as ações a serem desenvolvidas têm o compromisso de levar o aluno ao
conhecimento, objetivando a compreensão do mundo que o cerca de forma crítica, com o
intuito de instigá-lo a buscar a mudança necessária. Essas ações devem estar em
consonância com as Diretrizes Curriculares, Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) 9394/96, explicitadas no Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico
de cada instituição, coerentes com a filosofia da escola.
Por meio do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Juvenal Mesquita –
Ensino Fundamental e Médio, buscaremos redimensionar e organizar o trabalho
pedagógico de cada segmento da escola, imprescindível para se alcançar sua função
máxima, que é promover o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos.
9.1. Ações definidas pelo coletivo escolar:
Melhoria da prática administrativo-pedagógica para garantia da qualidade do
ensino;
45
Momentos específicos para discussões pedagógicas, utilização de materiais para
pesquisa e outras atividades correlatas;
Ampliação e conservação do acervo e serviços bibliográficos prestados à
comunidade escolar e a integração desse acervo, sempre que possível, ao acervo
da multimídia;
Envolvimento dos diversos segmentos no acompanhamento do Projeto Político
Pedagógico, para que ocorra sua efetivação na prática;
Incentivo à uma maior participação dos docentes em reuniões pertinentes às
questões que envolvem o colégio, sejam reuniões de pais, pedagógicas,
comunitárias, conselhos de classe, etc.;
Execução do Plano de Trabalho Docente, de acordo com a Proposta Pedagógica
Curricular integrada ao PPP da escola;
Organização de hora atividade, dentro das possibilidades, agrupando disciplinas
afins;
Incentivo e valorização do trabalho docente, com acompanhamento junto aos
alunos e pais;
Cumprimento das reuniões pedagógicas de acordo com o calendário ou quando se
fizerem necessárias;
Participação efetiva nos conselhos de classe de todos os envolvidos no processo
ensino e aprendizagem, focando sempre no que pode ser feito para melhorar e não
apenas nos problemas apresentados;
Reuniões periódicas com pais, obedecendo cronograma por segmentos e/ou
quando ocorrerem situações que exijam reuniões extraordinárias, com o objetivo
de envolvê-los na participação do processo ensino e aprendizagem dos filhos;
Atuação efetiva do Conselho Escolar nas tomadas de decisões pertinentes ao
contexto escolar, em todas as instâncias;
Estudo e divulgação das atribuições e normas de conduta contidas no Regimento
Escolar, em relação à equipe diretiva, pedagógica, administrativa, corpo docente,
discente e pais, a toda a comunidade escolar, no início e ao longo do ano letivo;
Definição de critérios avaliativos mais coerentes, de acordo com as especificidades
de cada turma, eliminando as práticas classificatórias;
Busca da qualidade pretendida sempre de forma coletiva, com o envolvimento de
todos;
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Incentivo às atividades lúdicas, artísticas, recreativas e esportivas, através da
aquisição de materiais e promoção de eventos;
Passeios e excursões educativas/ecológicas com o intuito de ampliar e enriquecer
os conhecimentos adquiridos em sala de aula;
Palestras sobre assuntos de interesse dos alunos, da comunidade em geral, que
venham complementar conteúdos de sala de aula, proferidas por pessoas que
tenham conhecimento de causa sobre o assunto em questão ou que sejam
profissionais da área;
Viabilização de espaço físico para recuperação de alunos com dificuldades de
aprendizagem, seja através da sala de apoio ou reforço nas horas atividade do
professor;
Incentivo à participação dos professores nas formações continuadas.
9.2. Organização do trabalho pedagógico
9.2.1. Organização Curricular
Na Escola Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio o ensino é de
forma presencial, com organização curricular por Anos no Ensino Fundamental – Anos
Finais, com 4 (quatro) anos de duração (6º ao 9º Ano) e por Séries no Ensino Médio, com
duração de 03 anos (1ª a 3ª Série).
Os conteúdos curriculares observam a difusão de valores fundamentais ao
interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, respeito ao bem comum e à ordem
democrática, e o respeito à diversidade.
Os conteúdos e componentes curriculares são organizados na Proposta
Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de
ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e Estaduais.
Consta na organização curricular dos anos finais as disciplinas da Base Nacional
Comum constituída por: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia,
História, Matemática e Língua Portuguesa; e a Parte Diversificada, constituída pela
disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
No Ensino Médio também consta em sua organização curricular as disciplinas da
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Base Nacional Comum que são: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física,
Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Sociologia, Química e a Parte
Diversificada, constituída pela disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês. Na
grade curricular foram distribuídas 12 disciplinas na 1ª e 3ª Série e 11 na 2ª série, sendo :
1ª Série: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Inglês,
Língua Portuguesa, Matemática, Sociologia, Química; 2ª Série: Biologia, Educação
Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Inglês, Língua Portuguesa, Matemática,
Sociologia, Química; 3ª Série: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física,
Geografia, História, Inglês, Língua Portuguesa, Matemática, Sociologia, Química.
9.2.2. Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da
escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar ações educacionais,
indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e
aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e
dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem,
oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares
estabelecidos, sendo da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as
informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
Cabe ao Conselho de Classe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos
metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão
sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde
todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e
propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades
apontadas no processo ensino e aprendizagem.
É constituído pelo(a) diretor(a), pela equipe pedagógica, por todos os docentes que
atuam numa mesma turma, bem como os alunos representantes de turma, por meio de:
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I. Pré-Conselho com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do professor
representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);
II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe
pedagógica, secretário(a), da equipe docente, e outros membros da comunidade
escolar, que se reúnem para discutir os dados, problemas e proposições
levantados no Pré-Conselho.
III. Pós-Conselho, para os encaminhamentos das ações previstas no Conselho de
Classe, que podem implicar em retomada do PTD, retorno aos pais ou
responsáveis e aos estudantes, além de encaminhamentos para situações mais
específicas e individuais.
A convocação pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do Conselho
de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de quarenta e oito (48) horas.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em
calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário, onde as
reuniões serão lavradas em Livro Ata, pelo(a) secretário(a) da escola, como forma de
registro das decisões tomadas.
São atribuições do Conselho de classe:
I. analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos
metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e
aprendizagem;
II. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a
melhoria do processo ensino e aprendizagem;
III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo
de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em
consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;
IV. acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar
os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem;
V. atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do
aluno para o ano e/ou série subsequente ou sua retenção, após a apuração dos
resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;
VI. receber pedidos de revisão de resultados finais até setenta e duas (72) horas úteis
após sua divulgação.
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9.2.3. Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de registro,
recuperação de estudos, promoção:
- Ensino Fundamental e Médio
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno.
É contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do
aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes
curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração
pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.
É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de
avaliação.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar são elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político Pedagógico.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do
pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo
o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar,
tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período letivo,
pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, de
novas ações pedagógicas, para o Estabelecimento de Ensino.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos.
50
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem.
A recuperação deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de recuperação de
estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala
de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida
escolar.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante
o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar,
sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada
à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos
finais do Ensino Fundamental, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero),
observando a frequência mínima exigida por lei.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao
final do ano letivo.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão
considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis
vírgula zero) em cada disciplina.
A média de conclusão de cada disciplina será obtida por meio da média aritmética,
dos resultados das avaliações dos períodos letivos, constituindo-se na média anual (M.A)
para o Ensino Fundamental e Médio.
O Estabelecimento de Ensino utilizará a seguinte fórmula para o cálculo da Média
Anual no Ensino Fundamental:
51
1º Trimestre + 2º Trimestre + 3º Trimestre = M.A.
3
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno,
não tendo registro de notas na documentação escolar.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente
inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação
escolar.
- Ensino Extracurricular Plurilinguístico – CELEM
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio oferta o
Ensino Extracurricular Plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol, e para
tanto deverá viabilizar salas adequadas para seu funcionamento, bem como assessorar
os professores do Centro de Língua Estrangeira Moderna, acompanhando suas turmas e
organizando a documentação dos alunos matriculados. Atualmente o CELEM não está em
funcionamento, por falta de demanda.
9.2.4. Processo de Classificação e Reclassificação
A Classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o Estabelecimento
de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade,
experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais, podendo ser realizada:
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
II. por transferência, para alunos procedentes de outras escolas, do país ou
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência,
adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
52
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas e avaliações que deverão ser elaboradas de acordo com
Instrução Normativa específica da SEED;;
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
A Reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza por meio de
avaliação do estudante matriculado e com frequência no ano/série sob a responsabilidade
da instituição de ensino que, considerando as normas curriculares, encaminha o
estudante à etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s) compatíveis com a
experiência e desempenho escolar demonstrados, independentemente do que registre o
seu Histórico Escolar.
A reclassificação poderá ser realizada como verificação da possibilidade de avanço
em qualquer ano/série/carga horária da(s) disciplina(s) da Educação Básica, quando
devidamente demonstrado o desempenho escolar do estudante, sendo vedada a
reclassificação para conclusão do Ensino Médio.
A equipe pedagógica e docente da instituição de ensino, quando constatar a
possibilidade de avanço de aprendizagem apresentado pelo estudante, deverá comunicar
ao NRE para que este proceda orientação e acompanhamento do processo de
reclassificação, quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que o fundamentam.
A Equipe Pedagógica deverá comunicar o estudante e seus pais ou seus
responsáveis legais, quando menor de idade, com a devida antecedência para fins de
ciência, e orientar sobre o início do processo de reclassificação.
Cabe à Comissão, constituída pela equipe pedagógica e docente da instituição de
ensino, elaborar ata referente ao processo de reclassificação, anexando os documentos
que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam arquivados na
Pasta Individual do estudante.
O estudante reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, quanto
aos seus resultados de aprendizagem.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em ata e integrará a
Pasta Individual do estudante.
O resultado final do processo de reclassificação realizado pela instituição de ensino
será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED.
53
A reclassificação é vedada aos estudantes que já participaram de processo de
classificação ou aproveitamento de estudos.
A classificação e reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente
cursada.
9.2.5. Aproveitamento de Estudos
Havendo aproveitamento de estudos, a instituição de destino transcreverá no
histórico escolar a carga efetivamente cumprida pelo estudante, nos estudos concluídos
com aproveitamento na escola de origem, para fins de cálculo da carga horária total do
curso.
9.2.6. Regime de Progressão Parcial
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las
subsequente e concomitantemente.
O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas
serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
9.2.7. Adaptação de alunos oriundos de outros regimes
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica curricular,
para que o aluno possa seguir o novo currículo.
Será feita pela Base Nacional Comum, e na conclusão do curso, o aluno deverá ter
cursado pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está sujeito,
elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao mesmo.
Ao final do processo de adaptação, será elaborada uma ata de resultados, os quais
54
serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final.
9.2.8. Formação Continuada
A LDB, em consonância com as exigências da demanda atual do mundo do
trabalho, afirma que os sistemas de ensino deverão promover a valorização dos
profissionais da educação, assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional continuado” e
“período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga horária de
trabalho”.
A educação, assim como todas as atividades sociais, necessita de um constante
aperfeiçoamento e atualização. Por isso, continuar aprendendo durante toda a vida é uma
condição para acompanhar as mudanças necessárias à transformação da sociedade.
É preciso desenvolver políticas de valorização dos professores, visando a melhoria
das condições de trabalho e de salário, assim como é igualmente importante investir na
sua qualificação, capacitando-os para que possam oferecer um ensino de qualidade, ou
seja, um ensino relevante e significativo para os alunos. Para isso, é necessário criar
mecanismos de formação inicial e continuada que correspondam às expectativas da
sociedade em relação ao processo de aprendizagem, estabelecendo metas a curto e
longo prazos, com objetivos claros, que permitam avaliar, inclusive, os investimentos.
É preciso criar uma cultura em todo o país que favoreça e estimule o acesso dos
professores a atividades culturais, como exposições, cinemas, espetáculos, congressos,
como meio de interação social.
A escola também é um local privilegiado para a formação continuada. Estudos
sobre o tema contribuíram para a abertura de formações continuadas no interior da
escola, como reuniões pedagógicas e grupos de estudos, dentre outros.
Por tudo isto, podemos afirmar que a formação continuada deve ser parte
constitutiva do Projeto Político Pedagógico da escola, cujo objetivo é promover a reflexão
dos profissionais sobre sua prática.
Os profissionais do colégio Estadual Juvenal Mesquita têm participado das
capacitações centralizadas e descentralizadas promovidas pela SEED, como encontros,
seminários, capacitações, Semana Pedagógica, Formação em Ação, Equipe
Multidisciplinar, Brigada Escolar, grupos de estudos, além de cursos promovidos pela
APP. Procurará promover em seu contexto, momentos de formação de acordo com as
necessidades dos profissionais, o que implicará em formas e conteúdos variados. Dentre
55
elas podemos citar algumas já elaboradas:
- Realização da formação continuada prevista pela SEED.
- Elaboração e/ou reelaboração do PPP do estabelecimento.
- Discussão, nas horas atividade, de temas referentes ao dia a dia da sala de aula, sobre
o processo ensino/aprendizagem, aperfeiçoamento pessoal em relação às especificidades
de sua área através leitura de materiais didáticos da biblioteca, correção e preparação
das atividades, pesquisa no laboratório de informática, dentre outros.
- Oficinas em parceria com outras instituições educacionais.
As mudanças exigidas pelas reformas educacionais incidem também não só na
formação dos professores, como de todos os profissionais da educação (diretores, equipe
pedagógica, demais funcionários).
9.2.9. Articulação da escola com a família e comunidade
É fundamental a participação de toda a comunidade escolar, ou seja, funcionários,
professores, pais, alunos, instâncias colegiadas e segmentos da sociedade organizada,
nas atividades desenvolvidas pela escola. Sempre que necessário são realizadas
reuniões ordinárias e/ou extraordinárias para discussões e tomadas de decisões (reuniões
de pais, reuniões pedagógicas, das instâncias colegiadas), sendo estabelecidos contatos
mais frequentes com os pais para ficarem cientes da vida escolar de seus filhos, embora
nem sempre o retorno seja satisfatório, já que não comparecem como deveriam. Mesmo
assim o colégio não deixa de convocar o pai ou responsável, seja por telefone, bilhete ou
recado, para comparecer na escola e tomar ciência e providências em relação ao ocorrido
com o filho.
Normalmente as reuniões pontuais acontecem no início do ano e ao final de cada
bimestre, e quando necessário, são realizadas reuniões extraordinárias com os pais,
Conselho Escolar, APMF, para tratar de assuntos que se fizerem necessários para o
momento, dentre eles problemas de aprendizagem, de disciplina, aplicação de recursos
financeiros, desenvolvimento de programas e projetos, festas, etc., a fim de conhecer,
analisar e controlar o que se passa dentro da escola e direcionar as inovações
necessárias ao bom desempenho de suas funções, com a participação efetiva dos pais e
de toda a comunidade escolar.
O colégio também é receptivo à realização de palestras, apresentações culturais, e
56
tenta dinamizar a atuação do Grêmio Estudantil.
9.2.10. Reuniões de acompanhamento
O colégio realiza reuniões mensais com os professores para discussões e efetivação
do trabalho pedagógico, reuniões bimestrais de Conselho de Classe e reuniões mensais
com os pais, além de reuniões extraordinárias, quando necessário. Também são
realizadas reuniões do Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e APMF, para gerenciamento
e tomada de decisões dos recursos financeiros e/ou pedagógicos.
9.2.11. Organização do horário/hora atividade
O colégio tenta organizar o horário de forma a não sobrecarregar o aluno e o
trabalho pedagógico dos docentes. Entretanto, como muitos professores trabalham em
várias instituições de ensino, nem sempre é possível adequar o horário de forma
satisfatória ou priorizar a hora atividade concentrada, ficando muitas vezes a desejar um
trabalho integrado e contextualizado entre os docentes.
Contudo, é importante que as questões pedagógicas prevaleçam sobre as
burocráticas, sobre os interesses pessoais, e o trabalho seja voltado para as
necessidades dos alunos, da escola como um todo, viabilizando assim a qualidade do
ensino.
9.2.12. Atuação da Equipe Multidisciplinar
Para atender a diversidade cultural da comunidade escolar, o professor deve incluir
no seu Plano de trabalho Docente diferentes temas em relação aos Desafios
Educacionais Contemporâneos, sobretudo a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena - Leis 10.639/03 e 11.645/08, e trabalhar na prática do dia a dia.
Com o objetivo de conhecer a história do povo negro e indígena, valorizar sua cultura,
suas contribuições, combater a discriminação e preconceito, foram criadas as equipes
multidisciplinares para tratar dessa temática,
57
O trabalho da Equipe Multidisciplinar será aplicado conforme o Plano de Ação
elaborado. As ações pensadas estão articuladas aos fatos históricos e atuais solidificando
os conteúdos curriculares na tarefa de levar aos alunos, os conhecimentos científicos.
Cabe à Equipe Multidisciplinar .orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações
relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena, ao longo de período letivo” (Res. Nº 3399/2010-
GS/SEED) contribuindo para que o aluno negro e indígena volte sua atenção para os
aspectos positivos da história e da cultura de seu povo, da contribuição para o país e
para a humanidade.
Dentre as ações desenvolvidas, podemos destacar:
Acompanhamento, juntamente com o Conselho Escolar, do enfrentamento ao
preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar.
Trabalho, na Semana Pedagógica, sobre temas referentes à educação das
relações etnicorracias, diversidade sexual e educação do campo, utilizando
materiais como textos, slides, vídeos, documentários, filmes, indicações de sites.
Orientação na elaboração do PPP, da PPC e do PTD, com o objetivo de detectar
se estão sendo contemplados os conteúdos sobre Relações Étnico-Raciais e ao
Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena, Diversidade Sexual
e Educação do Campo.
Implementação de atividades envolvendo o Ensino de História e Cultura
Afrobrasileira, Africana e Indígena, com o envolvimento de todas as disciplinas.
Participação do evento da Equipe Multidisciplinar - grupo de estudos (encontros
presenciais) e encontros à distância, com carga horária de 60 horas.
Seleção de material para estudo e divulgação aos docentes e discentes, bem como
incentivo aos professores das diversas disciplinas para acessar os sites
relacionados ao tema, a fim de inteirar-se das ações implementadas.
Pesquisa, junto à bibliotecária, da bibliografia referente às Relações Étnico-Raciais
e ao Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, Diversidade
Sexual e Educação do Campo.
Desenvolvimento de palestras e debates com a participação de toda a comunidade
escolar.
Estudo sobre a real situação do indígena no Paraná e no Brasil.
Estudo das leis - Leis 10.639/03 e 11.645/08 e materiais orientadores do trabalho.
58
Divulgação e desenvolvimento de atividades na Semana da Consciência Negra.
Reuniões dos integrantes da Equipe Multidisciplinar juntamente com os membros
do Conselho Escolar para as apresentações das ações.
As ações serão avaliadas continuamente pela Equipe Multidisciplinar, considerando
que a mesma é o ponto de partida e de chegada do processo de planejamento. Nessa
perspectiva, as ações serão avaliadas de forma coletiva em reuniões juntamente com os
membros do Conselho Escolar e pela comunidade escolar. As avaliações servirão como
subsídios para rever as ações implementadas no decorrer do ano letivo.
A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do trabalho, na
medida em que é condição para as decisões significativas a serem tomadas. É parte
integrante do processo de construção das ações e compreendida como responsabilidade
coletiva. A avaliação interna e sistemática é essencial para definição, correção e
aprimoramento de rumos. É também por meio dela que toda a extensão do ato educativo,
e não apenas a dimensão pedagógica, é considerada. A avaliação é ponto de partida e
ponto de chegada.
COMPONENTES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - 2017
Nome Função
Andréa Cristina do Nascimento Representante da Área de Humanas – Professora de Educação Física
Ângela Maria Nogueira Herbst Representante da Área de Exatas – Professora de Matemática
Aparecida de Jesus Proni Representante dos Agentes Educacionais I - Merendeira
Cristina dos Santos Representante da Área de Humanas – Diretora
David Galhardi de Paulo Representante de Alunos
Ester Amaro Costa de Souza Representante da Área de Exatas – Professora de Matemática
José Roberto de Oliveira Representante da Área de Humanas – Professor de Inglês
Lúcia Guimarães da Silva Asano Representante dos Agentes Educacionais II - Bibliotecária
Maria das Graças Ticianel Jardim Representante da Equipe Pedagógica - Pedagoga
Marisa Aparecida Ribeiro Santos Representante da Área de Humanas – Professora de Geografia
59
Vanilda Aparecida Monteiro Representante da Área de Exatas – Professora de Matemática
Zenaide Martins Sanches Representante da Área de Ciências Biológicas – Professora de Ciências
9.2.13 – Educação Ambiental
A Educação Ambiental é um desafio sócio – contemporâneo que a escola deve
contemplar nos dias atuais, buscando alternativas que levem a construção da relação
homem/natureza, de maneira sustentável nos educandos, por meio de atitudes e práticas
favoráveis ao meio ambiente que os cercam.
A Educação Ambiental é assegurada pela Lei Federal nº 9795/99 que estabelece a
Política Nacional de Educação Ambiental, que a insere em todos os níveis e modalidades
de ensino, em caráter formal ou não formal, abordando seus princípios básicos e objetivos
fixados pela lei.
O trabalho com a Educação Ambientar na escola deve levar em consideração, a
realidade que a cerca, para que os alunos reflitam e construam atitudes de valorização do
meio ambiente e conhecimento acerca da questão ambiental no meio em que vivem.
A Educação Ambiental é abordada nas disciplinas curriculares, em palestras e
projetos da instituição de ensino promovendo a reflexão sobre algumas ações que
podemos realizar cotidianamente em nossas vidas, Tais como: economia de água, papel,
luz; reciclagem do lixo; “jogar o lixo no lixo e não no chão”, entre outras, que contribuirão
com o equilíbrio da natureza e com um ambiente mais saudável e sustentável, através de
mudanças posturais e atitudinais, onde cada indivíduo exerça de forma consciente e
significativa, o seu papel de cidadão.
9.2.14 - Direitos Humanos
A escola tem hoje também como atribuição, atender a demanda de acordo com
seus anseios sociais e a sua diversidade cultural, que são relevantes para a comunidade
escolar e que estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades
de educandos e educadores. Trabalhar disciplinarmente e interdisciplinarmente os temas
dos Desafios Educacionais Contemporâneos, a fim de atender as necessidades culturais,
60
sociais e a realidade das escolas públicas da Rede Estadual de Educação do Paraná já é
uma exigência. Tornam-se fundamentais a ampliação do acesso a informações sobre a
diversidade brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada por relações étnico-
raciais e a promoção de condições de formação e de instrução que precisam ser
oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de ensino.
O professor deverá incluir no Plano de Trabalho Docente - PTD e na prática
docente do dia a dia os diferentes temas que tratam dos Desafios Educacionais
Contemporâneos, como: Educação Ambiental; Educação Fiscal; Sexualidade; Prevenção
ao Uso indevido de Drogas e Enfrentamento à Violência na Escola; educação do Campo;
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e Fortalecimento de Identidades e
de Direitos.
Esses temas devem ser trabalhados de forma planejada disciplinarmente e em
momentos e situações oportunas, ou mesmo de forma interdisciplinar, por projetos,
culminando com exposições, apresentações, murais, painéis, etc.
A Equipe Multidisciplinar na escola trata da História e Cultura da África, dos
Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para a
valorização da história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a
humanidade.
Em relação ao Gênero e Diversidade deve ser garantido o acesso e a permanência
dos sujeitos da diversidade na escola pública, gratuita e de qualidade por meio de
políticas públicas educacionais, com reflexões sobre o preconceito, a discriminação e a
desigualdade em relação à orientação sexual e à identidade de gênero, de forma a
propiciar fundamentação teórico-prática para o enfrentamento dessas práticas na escola.
A sexualidade deve ser trabalhada abordando-se os conhecimentos historicamente
acumulados sobre saúde, prevenção e direitos sexuais e reprodutivos da juventude.
O enfrentamento à violência e ao uso indevido de drogas felizmente não tem sido
necessário nesta escola, pelo fato de não estarem ocorrendo tais situações. Entretanto,
busca através da prevenção, desviar a criança, o adolescente e o jovem dessas situações
de risco, através de trabalhos orientados em sala de aula, como produção de cartazes,
seminários, vídeos e documentários educativos a respeito, contrato pedagógico com a
participação também da equipe diretiva-pedagógica, onde se priorize o respeito às
diferenças, ao semelhante, o cumprimento de regras para uma boa convivência,
conservação do patrimônio público, enfim, ações que sejam possíveis realizar no interior
da escola. Além disso, também acontecem palestras educativas com a Patrulha Escolar
61
Comunitária – PEC e com profissionais da comunidade.
9.2.15. Educação Especial
A instituição de ensino oferta a modalidade regular, no entanto, a Educação
Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis e modalidades de
ensino e, o aluno com necessidades educacionais especiais (NEE) que efetuar a
matrícula na instituição deverá ter assegurado o seu direito ao Atendimento Educacional
Especializado (AEE).
O AEE acontece em Salas de Recursos Multifuncionais em contraturno e
instituições especializadas. A instituição não oferta o AEE no momento, portanto esse
aluno necessitará frequentar a Sala de Recursos, em caráter complementar/suplementar
em outra instituição que oferte.
A instituição não possui demanda de alunos com NEE, no entanto, buscará sempre
garantir o acesso ao conhecimento pelo aluno com necessidades educacionais especiais,
através de um conjunto de recursos que minimizem as dificuldades encontradas por cada
deficiência, como: acessibilidade, recursos materiais e humanos e suporte, seguindo as
políticas públicas de Educação Inclusiva.
Em relação aos profissionais da Educação Especial, a instituição possui em seu
quadro, alguns professores que possuem a formação na área e que atuam ou atuaram na
modalidade, no entanto, não estão contratados na instituição com essa finalidade. Em
geral, os professores da rede regular, não se sentem preparados para desenvolver um
trabalho com os alunos com NEE, devido à formação inicial e continuada nessa área ser
insuficiente para um trabalho específico voltado às necessidades individuais de cada
aluno.
9.2.16. Acompanhamento das atividades em contraturno
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita oferta, no período contraturno, tanto manhã
quanto tarde, duas turmas de Sala de Apoio à Aprendizagem para os alunos do 6º e 7º
Anos, para atender os alunos que apresentam defasagens nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática. Os professores são formados na área respectiva e
62
comparecem duas vezes por semana para ministrarem quatro aulas semanais de cada
disciplina. A diretora e as pedagogas acompanham o desenvolvimento das atividades,
verificando a assiduidade dos alunos, conversando com os pais, orientando o trabalho
desenvolvido pelas professoras em relação ao Plano de Trabalho Docente,
preenchimento do livro registro, fichas de encaminhamento e relatórios semestrais,
estabelecendo uma ponte entre os professores regentes e os da Sala de Apoio.
9.2.17. Matriz Curricular/Parte diversificada
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, contempla
em sua matriz curricular:
I. Uma Base Nacional Comum para os anos finais do Ensino Fundamental,
constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso,
Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e de uma Parte Diversificada,
constituída por Língua Estrangeira Moderna – Inglês;
II. Uma Base Nacional Comum para o Ensino Médio, constituída pelas disciplinas
de Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, LEM (Inglês),
Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia;
III. Ensino Religioso, para o 6º e 7º ano, como disciplina integrante da Matriz
Curricular do estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à diversidade cultural
religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo;
Os conteúdos de História e Geografia do Paraná são trabalhados na disciplina de
História e Geografia e os conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental,
Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como
temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas.
9.2.18. Calendário Escolar
O calendário escolar será elaborado anualmente, conforme normas emanadas da
Secretaria de Estado da Educação, pelo estabelecimento de ensino, apreciado e
aprovado pelo Conselho Escolar e, após enviado ao órgão competente para análise e
63
homologação, ao final de cada ano letivo anterior à sua vigência.
O calendário escolar atenderá o disposto na legislação vigente, garantindo o
mínimo de 200 dias (800 horas) anuais de efetivo trabalho escolar, com complementação
de carga horária quando necessário, de forma a garantir o previsto para cada nível e
modalidade.
9.2.19. Proposta de Inclusão Educacional
A inclusão educacional ainda é um desafio nos dias atuais, devido à dificuldade das
escolas regulares na promoção de uma inclusão satisfatória e de qualidade para os
alunos com necessidades educacionais especiais, para oferecer suporte material, físico e
humano. Para que a inclusão aconteça assegurando os direitos dos alunos, previstos nas
políticas públicas da educação inclusiva e na Constituição Federal de 1988, em seu artigo
3º inciso IV, vem "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, cor, idade
e quaisquer outras formas de discriminação", não basta apenas inserir o aluno no espaço
escolar, para que o mesmo de “adapte” à escola e, não a escola a ele, isso é integração
escolar.
Os alunos com NEE são aqueles que por apresentarem algumas condições
específicas, necessitam de apoio e serviços especializadas que ofereçam condições e
suporte como forma de acesso ao processo de ensino e aprendizagem. Os alunos com
NEE são: alunos com deficiência: física, intelectual, visual, auditiva ou múltipla, alunos
com altas habilidades (superdotação), transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e
transtornos específicos do desenvolvimento.
Portanto, ao receber um aluno com necessidades educacionais especiais, essa
instituição buscará recursos junto à SEED/NRE, para assegurar as adaptações
curriculares, de avaliação, adaptações físicas, os recursos materiais e humanos
necessários ao desenvolvimento e à aprendizagem proposta pelas políticas públicas em
relação à educação inclusiva.
64
9.2.20. Ações de combate para o enfrentamento à violência e uso indevido de
drogas
As ações de combate ao enfrentamento da violência e uso indevido de drogas são
trabalhadas em todas as disciplinas e também por meio de parcerias com a Patrulha
Escolar, Comunidade Terapêutica São Pio de Pietrelcina, Conselho Tutelar, Secretaria
Municipal de Saúde, Universidade Estadual Norte do Paraná e outros órgãos do município
que, através de palestras e atendimento individual dão suporte à instituição de ensino, em
proposições pedagógicas preventivas no combate aos diferentes tipos de violência, bem
como ao uso indevido de drogas lícitas e ilícitas.
9.2.21. Ações preventivas em parceria
Muitas ações para prevenir situações de risco ao ser humano, que comprometem a
saúde pública, são realizadas também em parceria com instituições de ensino superior e
Secretaria da Saúde Municipal, com o objetivo de evitar doenças como a dengue, gripe A,
DSTs, AIDS, etc. São realizadas palestras pelos alunos do ensino superior, teatros,
oficinas, distribuição de panfletos explicativos, vistorias pelos agentes de saúde, e assim
ocorre uma mobilização em prol da melhoria da qualidade de vida.
9.2.22. Envolvimento das Instâncias Colegiadas
Instâncias colegiadas são aquelas em que há representações de todos os
segmentos da comunidade escolar, cujas decisões são tomadas em grupo, com o
aproveitamento de experiências diferenciadas.
Para um trabalho efetivo da escola, é necessário que haja um envolvimento entre
os órgãos colegiados, já que representam a comunidade escolar com atribuições
específicas e todos devem trabalhar na busca do bem comum. É fundamental que todos
participem das reuniões, conheçam o funcionamento da escola e tomem as decisões de
forma coletiva.
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio possui os
seguintes órgãos colegiados e equipes de trabalho:
65
9.2.22.1. Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo do Estabelecimento de Ensino, em conformidade com a legislação
educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação -– SEED.
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar e
representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação
pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o (a) Diretor (a)
Escolar.
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da
educação atuantes no Estabelecimento de Ensino, alunos devidamente matriculados e
frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos.
A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados, presentes
na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.
O Conselho Escolar poderá eleger seu Vice-Presidente dentre os membros que o
compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.
O Conselho Escolar tem como principais atribuições:
I. dar anuência ao Regimento Escolar;
II. discutir, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político-
Pedagógico/Proposta Pedagógica;
III. aprovar o Regulamento Interno, o Plano de Aplicação e utilização dos recursos
recebidos, o Calendário Escolar e a constituição do Grupo da Brigada Escolar;
IV. definir os Programas de Atividades de Ampliação de Jornada ou implementação
da Educação em Tempo Integral, em turno único;
V. dar anuência à decisão da comunidade escolar quanto ao uso do uniforme,
juntamente com a APMF;
VI. emitir parecer em relação à implantação de cursos do CELEM;
VII. atuar no âmbito da instituição de ensino, conforme atribuições definidas em
Estatuto próprio;
VIII. colaborar, quando necessário, na mediação de situações de indisciplina dos
estudantes.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares, mediante
processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos
66
níveis e modalidades de ensino, onde as eleições dos membros titulares e suplentes
realizar-se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato
de 02 anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
O Conselho Escolar do Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental
e Médio, de acordo com o princípio da representatividade e da proporcionalidade, é
constituído pelos seguintes conselheiros na gestão 2016/2018:
Membros Função
Cristina dos Santos Presidente
Maria das Graças Ticianel Jardim Representante da Equipe Pedagógica
Ângela Maria Nogueira Herbst Representante do Corpo Docente – Ensino Fundamental
Maria Aparecida Fabian Alexandre Representante do Corpo Docente – Ensino Médio
Maria Elizabete do Nascimento Pires Representante dos Funcionários
Maria Aparecida de Oliveira Representante da APMF
Andressa Bruna Machado da Silva de Souza
Representante do Corpo Discente – Ensino Fundamental
Lorena de Almeida Soares Representante do Corpo Discente – Ensino Médio
Wilma Adriana Marquez Silveira Representante dos Pais de Alunos - Ensino Fundamental
Luiza de Almeida Soares Representante dos Pais de Alunos - Ensino Médio
Darci Edna dos Santos Morato Representante dos Movimentos Sociais Organizados da Comunidade
9.2.22.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é um órgão de
representação dos pais, mestres e funcionários do estabelecimento de ensino, sem
caráter político, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus
dirigentes e conselheiros.
A APMF é regida por estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia
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Geral, convocada especificamente para este fim.
São objetivos da APMF: I - discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando
sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho
Escolar e equipe-pedagógica-administrativa;
II - prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes
melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta Pedagógica
do Estabelecimento de Ensino;
III - buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar,
discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade;
IV - proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo escolar,
estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e do Conselho
Escolar;
V - representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa forma,
para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e universal;
VI - promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a
comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e desportivas, ouvido o
Conselho Escolar;
VII - gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem repassados
através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião conjunta
com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;
VIII- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações,
conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação.
Composição da APMF – Mandato 2017/2018
Membros Função
Cristina dos Santos Presidente
Maria Silvia de Souza Makyama Vice-Presidente
Selma Regina Cosmo de Campos 1º Secretário
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Leonor Luiza de Oliveira 2º Secretário
Vanderléia Socorro de Araújo 1º Tesoureiro
Maria Teresinha Martinelli Bandeira 2º Tesoureiro
Américo Fernandes 1º Diretor Sociocultural e Esportivo
Meri Hirabara Yanase 2º Diretor Sociocultural e Esportivo
Membros do Conselho Deliberativo e Fiscal:
Representante dos Funcionários – Agente I: Sueli Elizabeth de Melo
Representante dos Funcionários – Agente II: Lúcia Guimarães da Silva Asano
Representante dos Professores: Ana Maria dos Santos Pascoal
Representante dos Pedagogos: Maria das Graças Ticianel Jardim
Representante dos Pais: Rosalina Morais, Maria Aparecida dos Santos Felicíssimo,
Angelita Teixeira de Araújo, Cleuza Nory.
9.2.22.3. Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil constitui-se no órgão máximo de representação dos
estudantes da instituição de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais
e coletivos dos estudantes, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros. É regido por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia Geral,
convocada especificamente para este fim. O Grêmio Estudantil tem por atribuições:
I – elaborar e executar o plano anual de trabalho, após apreciação do Conselho Escolar;
II – divulgar o plano anual de trabalho em Assembleia Geral; III – participar efetivamente
de temas pertinentes à escola; IV – promover ações que envolvam temas
contemporâneos;
V – indicar um representante do Grêmio Estudantil para compor o Conselho Escolar;
VI – reunir-se ordinariamente, pelo menos uma vez por mês e, extraordinariamente, a
critério do presidente ou de 2/3 (dois terços) da diretoria;
VII – atuar no âmbito da instituição de ensino, conforme atribuições definidas em estatuto
próprio.
Diretoria do Grêmio Estudantil – Gestão 2016/2017
I- Presidente: Vitória Gualberto
II- Vice-Presidente: Giovanni de Souza Menezes
III- Secretário-Geral: Juliana Fermino da Cunha
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IV- Vice-Secretário: João Vitor Bernin
V- Tesoureiro: Carla Caroline Diniz
VI- Diretoria Social: Andressa Bruna Machado
VII- Diretoria de Imprensa: Taynara Aparecida de Souza
VIII- Diretoria de Esporte e Lazer: Roberto Antonio dos Santos Moreira
IX- Diretoria de Cultura e diversidade: Ana Gabriela Marinho
X- Diretoria Pedagógica: Lorena Almeida
9.2.22.4. Equipe Diretiva
A equipe diretiva do Colégio Estadual Juvenal Mesquita é composta pela diretora
Cristina dos Santos, sendo a responsável pela efetivação da gestão democrática, de
forma a assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos neste Projeto Político
Pedagógico.
Dentre as várias competências do diretor podemos destacar:
I. cumprir e fazer cumprir a legislação vigente;
II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
III. organizar o processo de distribuição de aulas e disciplinas a partir de critérios
legais e pedagógicos;
IV. gerir a elaboração e implementação do Projeto Político-Pedagógico/Proposta
Pedagógica;
V. orientar a construção coletiva do Regimento Escolar em consonância com a
legislação vigente, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, encaminhando-o
ao Núcleo Regional de Educação - NRE;
VI. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais em exercício
na instituição de ensino;
VII. implementar a Proposta Pedagógica Curricular da instituição de ensino, em
observância à legislação vigente;
VIII. organizar a elaboração do Plano de Ação da instituição de ensino e submetê-lo
à apreciação do Conselho Escolar;
IX. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento
às decisões tomadas coletivamente;
X. convocar os profissionais em exercício na instituição de ensino, quando
necessário, para participação de capacitações, eventos, reuniões, com antecedência de
70
48 (quarenta e oito) horas.
XI. elaborar coletivamente os planos de aplicação financeira sob sua
responsabilidade, tornando-os públicos;
XII. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo sua aplicação e utilização
à aprovação do Conselho Escolar e fixando-a em edital público;
XIII. garantir o fluxo de comunicação na instituição de ensino, e desta com os
órgãos da administração estadual;
XIV. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
XV. deferir os requerimentos de matrícula;
XVI. acompanhar com a equipe pedagógica, o trabalho docente, assegurando o
cumprimento dos dias letivos e da carga-horária, previstos em Calendário Escolar;
XVII. propor à Secretaria de Estado da Educação – SEED, via NRE, após
apreciação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento
de cursos/ensinos, se necessário;
XVIII. planejar com a equipe pedagógica e coordenação de cursos, o Calendário
Escolar de acordo com as orientações da SEED, submetendo-o à apreciação do
Conselho Escolar e encaminhando-o ao NRE para homologação;
XIX. constituir grupos de trabalho visando promover ações para atender problemas
de natureza pedagógico-administrativa
XX. participar da elaboração dos regulamentos internos e encaminhá-los ao
Conselho Escolar para aprovação;
XXI. supervisionar a merenda escolar/almoço e a cantina comercial, quanto ao
cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente, atendendo às exigências
sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
XXII. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
XXIII. definir horário e escalas de trabalho dos funcionários - agente educacional I
e II, garantindo que, no intervalo do almoço e das atividades, os estudantes matriculados
nas Atividades de Educação Integral em Jornada Ampliada sejam atendidas as
especificidades dessa oferta;
XXIV. promover a integração da instituição de ensino com a comunidade;
XXV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento da demanda de funcionários e
professores em exercício na instituição de ensino, observando as instruções emanadas
71
da SEED;
XXVI. orientar a comunidade escolar quanto ao peso do material escolar a ser
transportado diariamente pelos estudantes, compatível com o peso e idade, de acordo
com a legislação vigente;
XXVII. organizar com a equipe pedagógica e disponibilizar armários individuais ou
coletivos para a guarda do excesso de material dos estudantes, de acordo com a
legislação vigente;
XXVIII. participar com a equipe pedagógica e comunidade escolar, da análise e
definição de tópicos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico/Proposta
Pedagógica, regulamentados no Regimento Escolar da instituição de ensino;
XXIX. cumprir as orientações técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica;
XXX. disponibilizar espaço físico adequado com adaptações arquitetônicas e
ergonômicas para a oferta do Atendimento Educacional Especializado - AEE, no turno e
contraturno;
XXXI. assegurar a realização do processo de avaliação institucional;
XXXII. cumprir e fazer cumprir as disposições legais definidas em legislação
específica para o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM, bem como as
orientações emanadas pela SEED;
XXXIII. disponibilizar no Ensino Médio, a oferta de uma segunda opção de Língua
Estrangeira Moderna – LEM, de matrícula facultativa para os estudantes;
XXXIV. possibilitar e acompanhar o desenvolvimento dos Programas Federais e
Estaduais no âmbito escolar;
XXXV. viabilizar a composição da Equipe Multidisciplinar, acompanhando sua
atuação educativa no que se refere à Educação das Relações Étnico-Raciais, conforme
legislação vigente;
XXXVI. acompanhar o processo de atendimento pedagógico domiciliar destinado
aos estudantes impossibilitados de frequentar as aulas por problemas de saúde ou por
licença maternidade, devidamente comprovado por atestado/laudo médico, conforme
dispositivos legais;
XXXVII. fornecer informações sobre os estudantes em atendimento hospitalar, ao
responsável pelo Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar – SAREH
no NRE e ao pedagogo que presta serviço na entidade conveniada, sempre que
solicitado;
XXXVIII. possibilitar a implementação e o cumprimento do “Programa Brigada
72
Escolar – Defesa Civil na instituição de ensino”, indicando profissionais em exercício na
instituição de ensino para compor o grupo da Brigada Escolar;
XXXIX. acompanhar o desenvolvimento do Programa Brigada Escolar e de suas
ações, bem como o processo orientador de proteção, assegurando a formação integral
dos estudantes e de suas responsabilidades individuais e coletivas;
XL. viabilizar o cumprimento do Plano da Brigada Escolar como processo
orientador de proteção, assegurando a formação integral e de responsabilidade individual
e coletiva;
XLI. viabilizar a organização pedagógica e administrativa das atividades de
ampliação de jornada, conforme orientações da SEED;
XLII. participar com a equipe pedagógica e docentes, na construção de estratégias
pedagógicas de superação de todas as formas de violências, discriminação, preconceito
e exclusão social, atendendo às Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos
Humanos e legislação vigente;
XLIII. promover o respeito às especificidades culturais, regionais, religiosas, étnicas
e raciais dos estudantes das populações em situação de itinerância: ciganos, indígenas,
povos nômades, trabalhadores itinerantes, acampados, circenses, artistas e/ou
trabalhadores de parques de diversão, de teatro mambembe, dentre outros, bem como o
tratamento pedagógico, ético e não discriminatório, possibilitando as condições
necessárias para a aprendizagem destes estudantes;
XLIV. cumprir e fazer cumprir os prazos relativos ao registro da frequência escolar
dos beneficiários do “Programa Bolsa Família na Educação”, conforme legislação vigente;
XLV. informar sobre a assiduidade de crianças e adolescentes com deficiência, de
0 (zero) a 18 (dezoito) anos, atendidos pelo Programa Benefício de Prestação Continuada
da Assistência Social - conhecido como “Programa BPC na Escola”;
XLVI. estabelecer ações que possibilitem a efetivação dos princípios de Educação
em Direitos Humanos e de gestão democrática em casos de indisciplina escolar;
XLVII. comunicar a autoridade policial quando verificado ato infracional cometido
por criança ou adolescente, tal como contra criança ou adolescente;
XLVIII. mobilizar a comunidade escolar a fim de propor medidas de prevenção às
violências;
XLIX. contemplar no Plano de Ação da instituição de ensino, ações de prevenção
às situações de “bullying”, estabelecendo medidas que promovam a cultura de Educação
em Direitos Humanos;
73
L. assessorar tecnicamente a APMF;
LI. encaminhar, após eleição da APMF, a documentação da diretoria ao NRE para
atualização junto ao Portal Dia a Dia Educação;
LII. acompanhar com a APMF a regularidade dos dados referentes ao Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, junto à Receita Federal; a Relação Anual de
Informações Sociais - RAIS, junto ao Ministério do Trabalho; a Certidão Negativa de
Débitos do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS; o cadastro da APMF, junto ao
Tribunal de Contas do Estado do Paraná para a solicitação de Certidões Negativas e
outros documentos da legislação vigente; a Declaração de Imposto de Renda; a
Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF (1º e 2º semestre); a Lei de
Utilidade Pública; e o registro da ata em cartório, após processo de eleição ou alteração
no estatuto;
LIII. encaminhar, após eleição, a documentação da diretoria do Grêmio Estudantil
ao NRE para atualização;
LIV. propiciar aos estudantes a participação nas instâncias colegiadas.
9.2.22.5. Equipe Pedagógica
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação das diretrizes curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no
Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações emanadas
da Secretaria de Estado da Educação.
Compete à equipe pedagógica:
I. coordenar a construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico/Proposta
Pedagógica e do Regimento Escolar, a partir das políticas educacionais da SEED e
legislação vigente, bem como acompanhar sua efetiva implementação;
II. elaborar o Plano de Ação da Equipe Pedagógica articulado ao Projeto Político-
Pedagógico/Proposta Pedagógica;
III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico, no
sentido de realizar a função social e a especificidade da educação;
IV. coordenar a análise de projetos e programas a serem inseridos no Projeto
Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica;
V. orientar para que a legislação vigente referente às Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais, Diretrizes Nacionais para
74
Educação em Direitos Humanos, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Ambiental, Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, Estatuto da
Juventude e Estatuto da Pessoa com Deficiência, entre outros, esteja contemplada na
elaboração da Proposta Pedagógica Curricular;
VI. elaborar, com os docentes, as Propostas Pedagógicas Curriculares da
instituição de ensino, integradas ao seu Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica
e participar da sua regulamentação no Regimento Escolar, em consonância com a
legislação vigente;
VII. subsidiar, orientar e acompanhar a elaboração do Plano de Trabalho Docente –
PTD e sua efetivação;
VIII. promover e coordenar, com a direção, reuniões pedagógicas e grupos de
estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico;
IX. organizar e acompanhar, com a direção, os Pré-Conselhos de Classe, os
Conselhos de Classe em todas as etapas e modalidades de ensino, de forma a garantir
um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido;
X. coordenar a elaboração de proposta de intervenção pedagógica e de
recuperação de estudos, decorrentes das decisões do Conselho de Classe, e
acompanhar a sua efetivação;
XI. acompanhar a hora-atividade dos professores, garantindo que esse espaço-
tempo seja utilizado em função do processo pedagógico desenvolvido em sala de aula,
subsidiando o aprimoramento teórico-metodológico do corpo docente;
XII. participar do Conselho Escolar, subsidiando teórica e metodologicamente as
reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
XIII. acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais
materiais pedagógicos;
XIV. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico;
XV. planejar com o coletivo escolar os critérios pedagógicos de utilização dos
espaços da biblioteca;
XVI. participar da organização pedagógica da biblioteca e acompanhar ações e
projetos de incentivo à leitura;
XVII. acompanhar todas as atividades pedagógicas desenvolvidas;
XVIII. incentivar e orientar os estudantes à participação nas instâncias colegiadas;
XIX. coordenar o processo democrático de representação docente e discente de
75
cada turma;
XX. acompanhar a frequência escolar dos estudantes beneficiários do Programa
Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social;
XXI. coordenar o coletivo escolar na construção de estratégias pedagógicas de
superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
XXII. acompanhar o processo de avaliação institucional;
XXIII. participar na elaboração dos regulamentos internos que estabelecem o uso
dos espaços pedagógicos;
XXIV. organizar e acompanhar, com a direção, as reposições de dias letivos, horas
e conteúdos aos estudantes;
XXV. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme
legislação vigente;
XXVI. orientar os docentes quanto ao preenchimento dos Livros Registro de Classe
e Registro de Classe Online, conforme legislação vigente;
XXVII. acompanhar e vistar periodicamente os Livros Registro de Classe ou o
Registro de Classe Online;
XXVIII. acompanhar o processo de ensino-aprendizagem e os aspectos de
sociabilização dos estudantes, promovendo ações para o seu desenvolvimento integral;
XXIX. acompanhar a realização da prática pedagógica dos docentes;
XXX. solicitar autorização dos pais ou responsáveis legais para realização da
Avaliação Psicoeducacional, no contexto e fora do contexto, se necessário, a fim de
atender às necessidades educacionais dos estudantes da Educação Especial;
XXXI. acompanhar o processo de Avaliação Pedagógica dos estudantes
encaminhados ao AEE em Sala de Recursos Multifuncional;
XXXII. subsidiar os professores do AEE para elaboração do cronograma das Salas
de Recursos Multifuncionais;
XXXIII. mediar o trabalho colaborativo entre os professores do AEE, turno e
contraturno, e professores das disciplinas no planejamento para acesso ao currículo e
demais aspectos pedagógicos;
XXXIV. acompanhar a frequência escolar dos estudantes e promover ações
preventivas de combate ao abandono/evasão escolar,
XXXV. notificar os órgãos competentes, em caso de infrequência dos estudantes,
76
por motivos não previstos na legislação vigente;
XXXVI. acionar serviços de proteção à criança e adolescente, sempre que houver
necessidade de encaminhamentos;
XXXVII. orientar e acompanhar o funcionamento dos cursos de LEM ofertados pelo
CELEM, conforme legislação e orientações específicas;
XXXVIII. promover aos estudantes condições de igualdade no acesso,
permanência, inclusão e sucesso, respeitando a diversidade no processo de ensino-
aprendizagem;
XXXIX. participar da Equipe Multidisciplinar da Educação das Relações Étnico-
Raciais, subsidiando professores, funcionários e estudantes;
XL. coordenar a equipe docente no atendimento, nas intervenções pedagógicas, na
elaboração do material didático, no processo de avaliação e formas de registro aos
estudantes impossibilitados de frequentar a instituição de ensino por problemas de saúde
ou licença maternidade, comprovados por atestado/laudo médico;
XLI. acompanhar o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes atendidos
pelo SAREH e domiciliar.
XLII. comunicar semestralmente ao NRE e à SEED, por meio de planilha própria,
informações sobre todos os estudantes afastados da instituição de ensino, por motivo de
tratamento de saúde hospitalar e domiciliar;
XLIII. prever com a direção, as datas no Calendário Escolar, em que serão
realizados os exercícios do Plano de Abandono das Edificações da Instituição de Ensino;
XLIV. promover a cultura de Educação em Direitos Humanos, e apresentar medidas
de prevenção a todas as formas de violências;
XLV. proporcionar ações pedagógicas para atendimento dos estudantes que
praticaram atos de indisciplina e/ou infracionais;
XLVI. orientar a comunidade escolar quanto ao peso do material escolar a ser
transportado diariamente pelos estudantes, compatível com o peso e idade, de acordo
com a legislação vigente;
XLVII. organizar e disponibilizar armários individuais ou coletivos para a guarda do
excesso de material dos estudantes, de acordo com a legislação vigente;
XLVIII. articular com o currículo escolar, as ações pedagógicas para a valorização
do Povo Romani ciganos na história da imigração do Brasil, por meio de sua identidade
histórica, artística e cultural, em todas etapas de ensino;
XLIX. orientar o corpo docente no desenvolvimento de estratégias pedagógicas
77
adequadas às necessidades de aprendizagem dos estudantes das populações em
situação de itinerância: ciganos, indígenas, povos nômades, trabalhadores itinerantes,
acampados, circenses, artistas e/ou trabalhadores de parques de diversão, de teatro
mambembe, dentre outros;
L. promover o respeito às particularidades culturais, regionais, religiosas, de
orientação sexual e identidade de gênero, étnico-raciais, dos estudantes das populações
em situação de itinerância (tais como ciganos, indígenas, povos nômades, trabalhadores
itinerantes, acampados, circenses, artistas e/ou trabalhadores de parques de diversão, de
teatro mambembe, dentre outros), bem como o tratamento pedagógico, ético e não
discriminatório, de acordo com a legislação vigente;
LI. articular com o currículo escolar, as ações pedagógicas para promover o
respeito, coibir a violência, a discriminação e o preconceito;
LII. reconhecer e valorizar a diversidade sexual, bem como a igualdade de gênero;
LIII. assegurar o sigilo do nome de registro civil de estudantes, respeitando sua
identidade de gênero;
LIV. utilizar o nome social de estudantes nos registros escolares internos, conforme
legislação vigente;
LV. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Compete ainda ao Professor Pedagogo indicado para compor o grupo da Brigada
Escolar:
I. acompanhar o trabalho de identificação de riscos nas edificações da instituição de ensino;
II. indicar riscos nas condutas rotineiras da comunidade escolar e comunicar à direção;
III. garantir a execução do exercício do Plano de Abandono Escolar.
9.2.22.6. Equipe Docente
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados,
sendo os responsáveis mais diretos pela apropriação dos conhecimentos pelos alunos.
Para que se alcance o ensino de qualidade pretendido é fundamental aos
docentes:
I. participar da construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico/Proposta
Pedagógica e do Regimento Escolar, a partir das políticas educacionais da SEED e
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legislação vigente, bem como acompanhar sua efetiva implementação;
II. elaborar, com a equipe pedagógica, as Propostas Pedagógicas Curriculares da
instituição de ensino, integradas ao seu Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica
e participar da sua regulamentação no Regimento Escolar, em consonância com a
legislação vigente;
III. participar do processo de escolha dos livros e materiais didáticos, com a equipe
pedagógica, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica da
instituição de ensino;
IV. elaborar seu plano de trabalho docente;
V. repor conteúdos, carga horária e dias letivos, quando se fizer necessário, a fim
de cumprir o calendário e o currículo escolar, resguardando o direito dos estudantes;
VI. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos estudantes,
utilizando-se de instrumentos diversificados previstos no Projeto Político-
Pedagógico/Proposta Pedagógica e Regimento Escolar;
VII. promover a recuperação de estudos em concomitância com o processo ensino-
aprendizagem, estabelecendo estratégias diferenciadas no decorrer do período letivo;
VIII. participar do processo de avaliação psicoeducacional, dos estudantes com
dificuldades acentuadas de aprendizagem, para encaminhamento aos serviços e apoios
especializados da Educação Especial se necessário;
IX. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;
X. participar de reuniões, sempre que convocados pela equipe gestora, NRE ou
SEED;
XI. participar da Equipe Multidisciplinar;
XII. promover, no desenvolvimento do trabalho pedagógico, na abordagem de
conteúdos e na relação professor – estudante, o respeito às diferenças físicas, étnico-
raciais, orientação sexual, identidade de gênero, religião, condição social-econômica e
cultural;
XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência dos estudantes na
instituição de ensino, respeitando a diversidade e a pluralidade cultural no processo de
ensino-aprendizagem;
XIV. planejar e acompanhar, com o PAEE e outros, as intervenções para ajustes ou
modificações, a fim de melhorar o processo de ensino-aprendizagem;
XV. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, propondo
alternativas pedagógicas que visem o aprimoramento do processo educacional,
79
responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, que serão
registradas e assinadas em ata;
XVI. zelar pela frequência dos estudantes à instituição de ensino, comunicando
qualquer irregularidade à equipe pedagógica;
XVII. realizar a hora-atividade no âmbito escolar, para fins de estudos, pesquisas e
planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica;
XVIII. cumprir o Calendário Escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-
atividades estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
XIX. manter atualizados os Registros de Classe e Registro de Classe On-line,
conforme legislação vigente, deixando-os disponíveis na instituição de ensino;
XX. participar de atividades que envolvam a instituição de ensino e a comunidade
escolar;
XXI. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
XXII. participar com a direção, equipe pedagógica e comunidade escolar, na
análise e definição de programas/atividades de ampliação de jornada ou educação em
tempo integral, em turno único.
XXIII. contemplar no plano de trabalho docente, a legislação vigente referente à
temática da Educação das Relações Étnico Raciais para o Ensino de História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena, Estatuto do Idoso, Estatuto da Juventude, entre
outras;
XXIV. assegurar o sigilo do nome de registro civil de estudantes, respeitando sua
identidade de gênero;
XXV. utilizar o nome social de estudantes nos registros escolares internos,
conforme legislação vigente;
XXVI. comunicar à equipe pedagógica ou secretário escolar, as faltas dos
estudantes beneficiários do Programa Bolsa Família e/ou do Benefício de Prestação
Continuada da Assistência;
XXVII. comunicar a equipe pedagógica a infrequência escolar dos estudantes de
acordo com o Programa de Combate ao Abandono Escolar;
XXVIII. identificar atos de indisciplina escolar, dando os devidos encaminhamentos
conforme legislação vigente;
XXIX. elaborar e avaliar atividades diferenciadas, sob orientação da equipe
80
pedagógica, aos estudantes afastados da instituição de ensino por enfermidade ou
licença maternidade, comprovada por atestado/laudo médico, conforme legislação
vigente;
XXX. elaborar, sob orientação da equipe pedagógica, a Proposta Pedagógica
Curricular, integrada ao Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica e em
consonância à legislação vigente;
XXXI. articular com o currículo escolar, as ações pedagógicas para a valorização
do Povo Romani (ciganos, na história da imigração do Brasil, por meio de sua identidade
histórica, artística e cultural, em todas etapas de ensino;
XXXII. promover o respeito às particularidades culturais, regionais, religiosas,
étnicas e raciais dos estudantes das populações em situação de itinerância: ciganos,
indígenas, povos nômades, trabalhadores itinerantes, acampados, circenses, artistas e/ou
trabalhadores de parques de diversão, de teatro mambembe, dentre outros, bem como o
tratamento pedagógico, ético e não discriminatório, de acordo com a legislação vigente;
XXXIII. promover a cultura de Educação em Direitos Humanos, e apresentar
medidas de prevenção a todas as formas de violências;
XXXIV. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Art. 31. A hora-atividade constitui-se, aos docentes em exercício na instituição de
ensino, no tempo reservado voltado para estudos, planejamento, avaliação e outras
atividades de caráter pedagógico, incluídas na carga horária de trabalho. Compete ao
docente:
I. cumprir integralmente a hora-atividade no mesmo local de trabalho e período das
aulas;
II. planejar as ações de intervenção com base no diagnóstico da realidade escolar;
III. participar da Formação Continuada e contribuir para a melhoria da qualidade do
processo educativo;
IV. discutir os encaminhamentos teórico-metodológicos que embasam a prática
pedagógica do ensino da disciplina.
Compete também ao docente indicado para compor o grupo da Brigada Escolar:
I. acompanhar o trabalho de identificação de riscos nas edificações da instituição
de ensino;
II. apontar riscos nas condutas rotineiras da comunidade escolar e comunicar à
direção;
III. garantir a execução do exercício do Plano de Abandono Escolar;
81
IV. promover revisões periódicas do Plano de Abandono Escolar, apontando as
necessidades de mudanças, tanto na edificação como na conduta da comunidade escolar,
visando o aprimoramento;
V. verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da instituição de ensino,
em busca de situações que ofereçam riscos à comunidade escolar, comunicando-as
imediatamente à direção escolar;
VI. participar das capacitações das Brigadas Escolares na modalidade de ensino a
distância e também presencial;
VII. apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, como na conduta
da comunidade escolar, visando ao aprimoramento do plano de abandono;
VIII. observar em caso de sinistro e/ou simulações, o organograma elaborado pela
instituição de ensino.
9.2.22.7. Sistema Educacional da Rede de Proteção (SERP)
Até o presente momento, mediante o Programa de Combate ao Abandono Escolar
da SEED, um dos instrumentos colocados à disposição da escola e da sociedade foi a
Ficha de Comunicação do Aluno Ausente (FICA) com o objetivo acompanhar os casos de
evasão de todos os alunos a partir do momento em que apresentem ausência de 5 dias
consecutivos e 7 dias alternados num mesmo mês, além de ser utilizada para análise dos
principais motivos que levam à evasão escolar, o que possibilita o acompanhamento e a
mediação na busca de órgãos competentes que possam dar suporte às escolas.
Entretanto, para 2018, a Secretaria do Estado e da Educação está implementando
um novo sistema que também auxiliará o acompanhamento da frequência escolar e o
combate ao abandono escolar, através do SERP – Sistema Educacional da Rede de
Proteção, em que a escola é integrante de uma rede de proteção juntamente com outros
órgãos, como: segurança pública, área da saúde e assistência social. Conforme definição
no portal Dia a Dia Educação:
A Rede de Proteção envolve a ação de várias instituições/áreas governamentais ou não, que visam atuar em questões sociais de extrema complexidade, definindo estratégias para a prevenção, atendimento e fomento de políticas públicas para crianças e adolescentes em situação de risco. A escola é uma instituição que integra a Rede de Proteção e tem a responsabilidade, junto aos
82
outros agentes da rede, de identificar, notificar, atender e manter uma atitude vigilante, de acordo com a necessidade e gravidade do caso, com a proposição de ações preventivas. (SEED/PR).
Portanto, logo essa instituição de ensino passe a ter acesso ao sistema, a ficha
FICA será substituída pelo SERP.
Sobre ações de enfrentamento do abandono e evasão escolar são desenvolvidas
durante todo o ano letivo, com o acompanhamento diário da presença/ausência dos
alunos, procurando saber os motivos das faltas e o que pode ser realizado para reverter
situação, mediante comunicação da ausência pela Equipe Pedagógica junto aos
pais/responsáveis (via telefone ou comunicado por escrito) solicitando a sua presença na
Instituição de Ensino para esclarecer sobre o motivo da ausência do aluno e adotando
procedimentos que possibilitem o retorno imediato, relatando os fatos no livro de
ocorrências da Instituição de Ensino. Após as medidas tomadas pela escola e esgotados
todos os recursos, sem o retorno do aluno à Instituição são acionados outros órgãos
competentes para a tomada de providências cabíveis.
9.2.22.8. Programa Bolsa Família
O Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que
beneficia famílias em situação de extrema pobreza, com renda familiar per capita inferior
a 85 reais mensais ou famílias em estado de pobreza que possuem renda per capita entre
85,01 a 170 reais. A seleção das famílias é feita por meio do Cadastro Único Programas
Sociais do Governo Federal para programas sociais do governo federal registrado por
cada município.
Para participar do programa e receber os recursos é cobrado das famílias, uma
contrapartida nas áreas da saúde, assistência social e educação. Na área da saúde, o
acompanhamento é realizado por meio do cartão de vacinação, crescimento e
desenvolvimento das crianças menores de 07 anos e acompanhamento de gestantes de
14 a 44 anos.
Em relação à área da Educação, todas as crianças e adolescentes entre 6 e 15
anos devem estar matriculados e ter frequência escolar mensal mínima de 85% da carga
horária. Já os estudantes entre 16 e 17 anos devem ter frequência de, no mínimo, 75%. A
instituição de ensino encaminha relatório mensal de frequência dos alunos integrantes do
83
programa, quando solicitada pela Ação Social.
9.2.23. Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica Curricular
A Proposta Pedagógica Curricular das escolas públicas do Paraná são norteadas
pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, um documento oficial que
traz em si o chão da escola e traça estratégias que visam nortear o trabalho do professor
e garantir a apropriação do conhecimento pelos estudantes da rede pública.
As Diretrizes constituem-se num material que é fruto de um trabalho coordenado
pelo Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação e que
contou com a participação de todos os professores da rede estadual de ensino. Nele
estão os fundamentos teóricos e metodológicos que orientam o ensino de cada disciplina.
Os mesmos princípios democráticos que fundamentam a construção destas
Diretrizes solicitam, dos professores, o engajamento na contínua reflexão sobre este
documento, para que sua participação crítica, constante e transformadora efetive, nas
escolas de todo o Estado, um currículo dinâmico e democrático (SEED/PR, 2005).
9.2.24 – Projetos e Atividades oferecidas em contraturno
A Instituição de Ensino oferta Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua
Portuguesa e Matemática, em contraturno, nos períodos manhã e tarde, para atender as
defasagens apresentadas pelos alunos do 6º e 7º Anos, ao longo do Ensino Fundamental
– Anos Iniciais.
Realiza também, em contraturno, algumas atividades extracurriculares como:
projeto de xadrez duas vezes por semana no período da tarde, projeto de leitura, passeios
pedagógicos e culturais, visitas à museus e parques, campeonatos esportivos.
9.2.25 – Acompanhamento do estágio obrigatório e não obrigatório
O estágio obrigatório é uma exigência das Instituições de Ensino Superior (IES)
aos acadêmicos. É um momento fundamental para as experiências futuras, que promove
84
a articulação do conhecimento e da aprendizagem de ambas as instituições envolvidas.
O colégio recebe estagiários de várias instituições de ensino superior, tanto locais
quanto de outros municípios, buscando estabelecer uma relação de cooperação mútua
com os estagiários e seus coordenadores.
Os professores das diferentes áreas do conhecimento recebem os estagiários,
oferecendo suporte e fazendo o acompanhamento dos mesmos na instituição. A equipe
pedagógica e direção também orientam e acompanham os estagiários em relação à
gestão escolar. Em contrapartida, os estagiários promovem reflexões críticas de forma
construtiva a respeito da prática pedagógica, bem como, contribuem com o
desenvolvimento de práticas que venham agregar conhecimento a comunidade escolar.
Portanto, é um momento de troca de conhecimentos, de interação e reflexão.
10. DESAFIOS SÓCIO – EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Os desafios sócio-educacionais contemporâneos são um reflexo da sociedade
atual que, retrata uma história de luta em busca de conquistas sociais, culturais e
democráticas para a construção de uma sociedade que contemple e valorize a pluralidade
e diversidade cultural, socioeconômica, etnocorracial, política, sexual e religiosa,
rompendo com paradigmas estereotipados e desconstruindo preconceitos.
Nesse cenário, a escola enquanto espaço de formação democrática e cidadã tem
um papel primordial, na inclusão dessas temáticas em seu currículo, com o objetivo de
atender a legislação vigente, e acima de tudo, contribuir para uma formação voltada a
valores como: igualdade, democracia, cidadania, inclusão social e cultural,
sustentabilidade, entre outros. Através da flexibilização e inclusão do currículo escolar, a
escola tem a oportunidade de trazer discussões e reflexões que, em consequência da
formação, pautada no conhecimento adquirido dentro do espaço escolar, refletirá em
mudanças posturais na sociedade.
Alguns desafios sócio-educacionais se apresentam como conteúdos obrigatórios
dentro do currículo, na Proposta Pedagógica Curricular (PPPC) da instituição, bem como,
no Plano de Trabalho Docente (PTD), evidenciando a sua importância para a formação
acadêmica, cidadã, democrática e humana.
A História do Paraná que é amparada pela Lei nº 13381/01, com o objetivo de
proporcionar uma formação que demonstre aos alunos, sua identidade local e a
85
valorização do estado onde vivem, através do conhecimento da história da formação de
seu povo, ao longo dos anos.
A história e cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena são respaldadas legalmente
pelas Leis Federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08 que tornam obrigatório a inserção da
temática no currículo escolar, no sentido de, através do conhecimento da história de lutas
desses povos, promover a desconstrução de preconceitos e a valorização desses povos
que trouxeram inúmeras contribuições sociais e culturais ao nosso país.
O enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente e o combate ao uso
indevido de drogas também integram os desafios sócio-educacionais contemporâneos, já
citados anteriormente nesse documento, por serem práticas presentes na realidade atual
e que a escola, em parceria com outros órgãos competentes, deve buscar combater, com
o objetivo de assegurar que os direitos dessas crianças e adolescentes previstos no
Estatuto da Criança e do Adolescente, por meio da Lei Federal nº 11.525/07 se efetivem
na prática.
A Educação Tributária – Decreto nº 1143/99, Portaria nº 413/02 propõe uma
formação voltada à construção no aluno, valores cidadãos, como: importância da
arrecadação dos tributos, compreendendo a função social tributária em relação às
desigualdades, promovendo o combate à pirataria, sonegação entre outros.
A Educação Ambiental também é um desafio para a formação de indivíduos mais
conscientes, acerca de suas práticas cotidianas em relação ao meio ambiente em que
vivem, contribuindo para uma sociedade mais sustentável e promovendo uma melhor
qualidade de vida para o meio e para as pessoas que os cercam. A legislação que trata
dessa temática é a Lei Federal nº 9795/99.
Dentre os Direitos Humanos inserem-se também algumas práticas presentes no
currículo escolar, já descritas nesse documento, tais como: o Estágio Obrigatório – Lei
Federal nº 11788/2008 e Deliberação nº 02/2009 – Instrução Normativa nº 06/2009
(SUED/SEED); Agenda 21 Escolar e Atividade Complementar – Resolução nº 1690/2011
e Instrução Normativa nº 004/2011 que são práticas que promovem a formação social,
cultural, acadêmica dos envolvidos nessas atividades, por meio dos conhecimentos
proporcionados pela vivência curricular.
Sendo assim, evidenciamos a importância do papel da escola enquanto agente
formador para a educação em Direitos Humanos, colaborando com a valorização da
diversidade/pluralidade, com alteridade diante dos desafios mencionados, formando
indivíduos comprometidos com a construção de uma sociedade com menos
86
desigualdades nos diferentes aspectos.
Neste sentido, a flexibilização curricular é primordial, conferindo ao currículo a
inserção de conteúdos relevantes à formação cidadã, promovendo a inclusão de alunos
com necessidades específicas. No caso, de nossa escola contemplando a Educação no
Campo, no sentido de combater, atitudes discriminatórias e preconceituosas, bem como,
contribuir para o desenvolvimento de todos os alunos inseridos no processo educacional,
de acordo com a sua identidade, realidade e necessidades, ou seja, cumprindo os
pressupostos legais, mas tornando o currículo escolar flexível.
Dentro do currículo escolar nos deparamos com algumas situações que requerem
a flexibilização e/ou adaptação curricular, tais como: inclusão educacional, alunos
impossibilitados de frequentar a escola por tratamento de saúde ou que cumprem
medidas socioeducativas, por exemplo. Para os alunos com necessidades educacionais
especiais, a flexibilização e adaptação contribui para o desenvolvimento das
potencialidades do aluno.
O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar –SAREH é
destinado ao atendimento de alunos impossibilitados de frequentar a instituição de ensino,
devido à tratamentos de saúde, internação, possibilitando o acompanhamento da
escolarização do aluno.
Medidas socioeducativas são medidas aplicadas a adolescentes autores de atos
infracionais e estão previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no artigo
12. Dentre as medidas aplicadas, o adolescente infrator poderá ter uma internação e,
portanto, também terá assegurado a continuidade da escolarização por meio de
atendimento diferenciado, resguardando seus direitos educacionais.
87
11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Ao pensarmos que tipo de formação queremos oferecer aos nossos alunos, é
preciso levar em conta a concepção de educação entendida pela escola. Se levarmos a
efeito o ensino pretendido pelo Colégio Juvenal Mesquita, ou seja, um ensino pautado na
pedagogia histórico-crítica, é fundamental que as propostas curriculares elaboradas pelo
corpo docente possibilitem aos educandos condições de se apropriarem de instrumentos
de comunicação e de conteúdos culturais básicos que os levem a entender a sociedade
em que vivem e a partir daí possam transformá-la. É de responsabilidade do coletivo da
escola assumir o papel de elaborar uma proposta curricular que cada vez mais se
aproxime daquilo que acredita ser fundamental no processo de escolarização dos alunos,
na realidade de sua comunidade e também em relação a todas as incertezas postas na
contemporaneidade.
O currículo não deve ser visto como simples organização formal das disciplinas,
dos conteúdos e dos tempos pedagógicos. Ele é um instrumento norteador do trabalho
docente, sempre provisório e inacabado, aberto à produção de sentidos, um processo
dinâmico que incorpora os saberes e os elementos culturais de seus agentes, numa
compreensão do contextualizada do mundo e da cultura que valoriza e fortalece as
identidades, não excludente e politicamente posicionada.
Partindo da concepção de que a Escola é a instituição que tem como função a
transmissão do conhecimento produzido e acumulado historicamente, o processo ensino-
aprendizagem deve ser encaminhado possibilitando aos alunos a compreensão das
formas de produção que o homem desenvolveu. E ainda, propiciar a construção de
saberes que possibilitem o entendimento das teias de relações econômicas, sociais e
culturais que definem sua própria vida, enquanto sujeito e autor do momento histórico-
social em que está inserido.
Enfim, além dos conteúdos, as concepções, as compreensões e o entendimento de
como o processo ensino e aprendizagem deve ser norteado, estará retratado nas
Propostas Curriculares elaboradas pelos professores de cada disciplina do Ensino
Fundamental e Médio do colégio, de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais
Orientadoras da Educação Básica, a seguir:
88
ARTE
1. Apresentação e Justificativa:
Arte é conhecimento elaborado historicamente, que traz culturalmente a visão
particular do artista e um olhar crítico e sensível sobre o mundo. Portanto, esta proposta
visa à educação dos sentidos, concebendo o ensino de Artes como conhecimento,
trabalho e expressão e como necessidade de apropriação do saber artístico e estético.
Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos e artísticos, aproximando-o do universo cultural da humanidade
nas suas diversas representações.
Para tanto, é necessário o processo de ensino e de aprendizagem, o
desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida como a articulação entre os
aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa disciplina. Pretende-se que os
alunos possam criar formas singulares de pensamento, estabelecer conexões entre
saberes e vivências e que possa expressá-las através de diferentes linguagens artísticas,
expandindo suas potencialidades criativas.
A partir das concepções da Arte e de seu ensino considera-se alguns campos
conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta
disciplina, que é: “o conhecimento estético e o conhecimento da produção artística”. O
pensamento, a sensibilidade e percepção articulam-se numa organização que expressa
os pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas. O
conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo criativo. Considera
desde o imaginário, a elaboração e formalização do objeto artístico até o contato com o
público. Durante esse processo as formas resultantes das sínteses emocionais e
cognitivas expressam saberes específicos a partir da experimentação com materiais, com
técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da Dança,
da Música e do Teatro.
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2. Conteúdos: 2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos formais; Composição; Movimentos e períodos.
São conhecimentos de grande amplitude, conceitos que se constituem em
fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. São apresentados
separadamente para um melhor entendimento dos mesmos, mas metodologicamente
devem ser trabalhados de forma articulada e indissociada um do outro, para garantir ao
aluno o conhecimento sistematizado da arte.
Seu caráter social é relevante. É preciso considerar tempo-espaço no trabalho
pedagógico, tanto como categoria articuladora dos conteúdos estruturantes, quanto pelo
caráter histórico e social que enriquece a compreensão da arte e da vida.
São conteúdos estruturantes:
- Elementos Formais:
São os recursos empregados numa obra. São elementos da cultura presentes nas
produções humanas e na natureza; são matéria-prima para a produção artística e o
conhecimento em arte. Ex.: o timbre em Música, a cor em Artes Visuais, a personagem
em Teatro ou o movimento corporal em Dança.
O professor deve aprofundar na sua área de habilitação e estabelecer articulação
com as outras áreas.
- Composição:
É o processo de organização e desdobramento dos elementos formais que
constituem uma produção artística.
Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de
composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais,
teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.
- Movimentos e Períodos:
Se caracteriza pelo contexto histórico relacionado ao conhecimento da Arte. Esse
conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa composição
artística e explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas
especialidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. Deve estar presente em vários
momentos do ensino.
90
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e de mútua determinação. Nas
aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser de modo simultâneo.
A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos artistas
determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes períodos
históricos. Da mesma forma, a visão do mundo, característica dos movimentos e
períodos, também determina os modos de composição e de seleção dos elementos
formais que serão privilegiados. Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão
no interior dos conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.
No planejamento das aulas, a organização dos conteúdos deve ser de forma
horizontal, pois em toda ação pedagógica planejada deve estar presentes conteúdos
específicos dos três conteúdos estruturantes.
A postura metodológica adotada deve propiciar ao aluno uma compreensão mais
próxima da totalidade da arte. Somente abordando metodologicamente, de forma
horizontal, os elementos formais, composição e movimentos e períodos, relacionados
entre si e demonstrando que são interdependentes, possibilita-se ao aluno a
compreensão da arte como forma de conhecimento, como ideologia e como trabalho
criador.
2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica pentatônica cromática improvisação
Greco-Romana Oriental Ocidental Africana
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ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura Gênero: cenas da mitologia.
Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
TEATRO
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara Gênero: Tragédia, Comédia e Circo
Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento
DANÇA
Movimento corporal Tempo Espaço
Kinesfera Eixo Ponto de apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular
Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica
92
7º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo/Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor/Luz
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
TEATRO
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização.
Comédia dell´ arte Teatro popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano
DANÇA
Movimento corporal Tempo Espaço
Ponto de apoio/Rotação Coreografia/Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido); Lento, rápido e moderado;
Dança Popular Brasileira Paranaense
93
Níveis (alto, médio e baixo); Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica
Africana Indígena
8º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura / Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo/ Melodia/ Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno
ARTES VISUAIS
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor/Luz
Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, áudio-visual e mista
Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea
TEATRO
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo
Movimento Corporal
Giro/ Rolamento/ Saltos
Hip Hop
94
DANÇA
Tempo Espaço
Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria cultural e espetáculo
Musicais Expressionismo Indústria cultural Dança Moderna
9º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura/ Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo/ Melodia/ Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico.
Música Engajada Música Popular Brasileira Música Contemporânea
ARTES VISUAIS
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafite, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop
TEATRO
Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas
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Sonoplastia/ Iluminação Figurino
DANÇA
Movimento corporal Tempo Espaço
Kinesfera Ponto de apoio Peso Fluxo Quedas/ Saltos/ Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna
Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea
ENSINO MÉDIO:
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e Fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop, etc. Técnicas:vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação
Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americana
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Textura
Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva
Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular
96
Forma Superfície Volume Cor Luz
Semelhanças Contrastes Ritmo visual Simetria Deformação Estilização Técnicas: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza morta, cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino Americana
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação e leitura dramática Gênero: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia Sonoplastia, figurino e iluminação Direção Produção
Teatro Greco - Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino-Americano Teatro Realista Teatro Simbolista
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
97
Movimento corporal Tempo Espaço
Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares: lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão
Pré-história Greco - Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea
3. Metodologia: O encaminhamento metodológico contemplará as linguagens artísticas por meio
das manifestações/produções compostas pelos elementos básicos, com prioridade e
valorização do conhecimento nas aulas de Arte.
Nas Artes Visuais, serão explorados formatos bidimensionais,
tridimensionais e virtuais, de modo a trabalhar as características específicas contidas na
estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no
espaço.
Em Dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu desenvolvimento no
tempo e no espaço implica que se explore as possibilidades de improvisar e compor.
Nessa linguagem artística também podem ser abordadas questões acerca das relações
entre o movimento e dos conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem
esteticamente recortes da realidade.
Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons presentes
no cotidiano não caracterizam o conhecimento musical. Há que se priorizar no tratamento
escolar dessa linguagem, a escuta consciente de sons percebidos, bem como a
identificação de suas prioridades, variações e maneiras intencionais de como esses sons
98
são distribuídos numa estrutura musical. A escuta atenta propiciará o conhecimento da
organização desses elementos nos repertórios pessoais e culturais propostos nas aulas.
Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as possibilidades de
improvisação e composição no trabalho com os personagens, com o espaço da cena e o
desenvolvimento de temáticas de textos literários ou dramáticos, clássicos ou de
narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento da linguagem do Teatro na escola
também se ocupa da montagem do espetáculo e da respectiva análise dos elementos
formadores dessa linguagem, de forma a proporcionar ao aluno conhecimentos por meio
do ato de dramatizar.
É preciso que o aluno compreenda a dimensão histórica em que cada forma
artística aconteceu. Perceber que cada maneira de representar vem carregada de
significados e é o resultado dos esforços e possibilidades ao alcance do homem, num
dado espaço e período da história.
Vários recursos metodológicos serão utilizados, como atividades em grupo,
para exercitar a cooperação, argumentação e tolerância; produção artística individual,
para exercitar a expressividade, criatividade e sensibilidade; aulas dialogadas, a fim de
conhecer os interesses dos alunos, opiniões e expressões, para levá-los a valorizar a
cultura;
Serão também trabalhados , articulados aos conteúdos curriculares, os desafios
sócio-educacionais, sempre que for pertinente ao conteúdo desenvolvido. Em Arte serão
trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº
10.639/03 e Lei nº 11.645/08); História do Paraná (Lei nº 13.381/01); Música (Lei
nº11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação
Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07; Agenda
21 Escolar; Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10741/03); Cidadania e Direitos Humanos.
4. Avaliação:
A avaliação será:
- Diagnóstica, para avaliar a condição de aprendizagem dos alunos.
- Processual, contínua e cumulativa, por permear todos os momentos da prática
pedagógica, ou seja, avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas)
99
e autoavaliação dos alunos.
- Somativa, com atribuição de valores (notas)
Será considerado a capacidade individual, o desempenho, interesse e
envolvimento do aluno nas aulas, sem fazer comparações entre os mesmos, observando
as dificuldades e progressos de cada um.
Deverá ser avaliado como o aluno soluciona problemas apresentados e como
interage em grupo, o domínio que o aluno vai adquirindo nos modos de organização
destes conteúdos e os elementos formados na composição artística, ultrapassando a
cópia e a imitação.
Enfim, construir a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do
conhecimento técnico, o trabalho artístico permitindo que este venha a ser partilhado com
os outros, utilizando instrumentos como trabalhos individual e em grupo, pesquisas
bibliográficas e em grupo, debates em forma de seminários e simpósios, provas teóricas e
práticas, registros em forma de relatórios, gráficos, áudio- visual e outros.
A recuperação de estudos será ofertada aos alunos no decorrer do processo
ensino/aprendizagem, concomitantemente, considerando o que não foi apropriado. Será
oferecida a todos os alunos, em especial aos com média inferior à da aprovação, para
que, através da retomada dos conteúdos, resgatem o que não conseguiram aprender.
Entre a nota da avaliação e a da recuperação paralela, prevalecerá sempre a maior.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriaram dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada
dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação.
5. Referências:
CALABRIA; Carla P.B. e ou. Arte, História & Produção. Livro 1 e 2 Editora: FTD, 1997.
HADDAD; Denise A e ou. A Arte de Fazer Arte. Editora: Saraiva, 2009;
JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. Editora: Scipione, 1997.
Diretrizes Curriculares Orientadoras de Arte para o Ensino Fundamental – Secretaria
de Estado da Educação. 2008.
Caderno de Arte 1 e 2 – Projeto Correção de Fluxo, 1998.
FLEITAS, Orlando. Arte é comunicação. Vol. A e B ed. FTD, 1993.
Apostila de Educação Artística 1º Grau (CES) Londrina, 1996.
Apostila de Música 1º Grau (Seminário de Umuarama), 1997.
100
Caderno de Arte l e II - Projeto de Correção de Fluxo–Governo do Paraná, 1998.
CAVALIERI, Ana Lucia F. Teatro Vivo na Escola. São Paulo. FTD, 1997.
CIT, Simone; TEIXEIRA, Lara. Histórias da Música Popular Brasileira para crianças.
Governo do Paraná. Secretaria da Cultura. 2003.
BRIOCHI, Gabriela. Arte Hoje – Editora FTD, São Paulo, 2003.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte – Editora Ática, São Paulo, 2008.
MEIRA, Beá. ARTE – Projeto Radix – Raiz do conhecimento – Editora Scipione, São
Paulo, 2009.
VALADARES, Solange e ou. – Arte no cotidiano escolar – Editora FAPI, Belo Horizonte,
MG, 2001.
BIOLOGIA
1. Apresentação e Justificativa:
A Biologia, que tem como objeto de estudo “a vida”, é uma ciência fruto da
conjunção de fatores sociais, políticos, culturais, religiosos e tecnológicos, além de
identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico,
considerando a preservação da vida, as condições de vida e as concepções de
desenvolvimento sustentável.
A vida pode ser compreendida em diversos níveis de organização:
molecular, celular do indivíduo, da população e da ecologia e todos os seres vivos
necessitam viver em harmonia com a natureza para continuarem existindo. Ao longo do
Ensino Médio, o aluno estudará todos esses níveis e poderá perceber que o homem é o
único animal que para sua subsistência processa e transforma a natureza. Em cada nível,
os processos estarão interligados pelo conceito unificador na Biologia, ou da evolução.
O aluno reconhecerá que as espécies estão ligadas através de sua
estrutura molecular, partilhando o mesmo código genético e, inclusive, mesmo genes.
Essa ligação tem continuidade na forma como os genes se expressam no
desenvolvimento de cada ser, na sua fisiologia e também na interdependência com o
meio ambiente. A percepção dessa comunhão em todos os níveis deve levar o aluno a um
maior respeito pela vida e todas as suas expressões, valorizando os aspectos da ciência,
101
como os relativos ao desenvolvimento da genética, reconhecendo que os avanços
científicos de uma época dependem de conhecimentos desenvolvidos em épocas
anteriores.
As ciências biológicas ocupam-se em observar, descrever, explicar e
relacionar os diversos aspectos da vida no planeta e têm permitido ampliar e modificar a
visão do homem sobre si próprio e sobre seu papel no mundo. O ensino e aprendizagem
dessa disciplina, objetiva a valorização dos aspectos históricos da ciência, tais como os
relativos ao desenvolvimento da Genética, reconhecendo que os avanços científicos de
uma época dependem de conhecimentos desenvolvidos em épocas anteriores. Espera-se
também que o aluno possa compreender os conceitos fundamentais em Biologia, que
facilite sua ligação com o cotidiano; perceber o quanto as ciências biológicas têm sido
importante para a comunidade e seu grande potencial para novas descobertas que se
delineia neste século XXI.
2. Conteúdos:
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem
hierarquizados. Espera-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada, com
ênfase nos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a
conceitos oriundos das diversas ciências de referência da Biologia. Tais relações deverão
ser desenvolvidas ao longo do ensino médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo,
com vistas a dotar o aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível
de ensino.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Organização dos Seres Vivos
Classificação dos seres vivos: critérios
taxonômicos e filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia
e fisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento
102
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
embriológico.
Mecanismos celulares biofísicos
e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
Transmissão das características
hereditárias.
Dinâmica dos ecossistemas: relações
entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente.
Organismos geneticamente
modificado.
3. Metodologia:
Em concordância com a Diretriz Curricular Orientadora do Ensino de
Biologia, a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos
estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de
conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja
possível, também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a
extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste
modo, a abordagem do conteúdo “classificação dos seres vivos” não se restringe a um
único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho
poderia ser o conteúdo específico “organismos geneticamente modificados”, partindo-se
da compreensão das técnicas de manipulação do DNA, comparando-as com os
processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos
103
Seres Vivos.
É sempre importante destacar que na compreensão da biologia não há
raças humanas, mas sim uma única espécie – a espécie humana – e que a diversidade
morfológica existente pode ser interpessoal (ligada à identidade individual, distinguindo
uma pessoa da outra em uma mesma população), ou interpopulacional ( caracteriza
populações de diferentes continentes).
É imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro
conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas
que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante
Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres
Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, a
célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se
perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres
vivos, quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres
vivos. Da mesma forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o
reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que
determinam a diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas
estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os
seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem.
As aulas serão expositivas e dialogadas dando oportunidade ao aluno de
reconstruir o texto sob a mediação do professor. No decorrer do período letivo serão
utilizados recursos didáticos e tecnológicos como: aulas práticas em laboratório, com uso
de microscópio, lupa, etc.; aulas de campo com elaboração de relatórios; atividades
individuais e coletivas na sala ou fora dela; projetos interdisciplinares; palestras sobre
temas específicos com profissionais da área; análise e discussão de temas em grupo;
aulas com recursos de vídeo, TV multimídia; pesquisas bibliográficas em confronto com a
realidade observada; entrevistas e debates.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Biologia serão
trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº
10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade
Humana; Agenda 21 Escolar; Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente;
Educação Fiscal; Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99); Música (Lei nº 11.769/08); Direito
das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07); Estatuto do Idoso (Lei Federal nº
104
10741/03); Cidadania e Direitos Humanos.
4. Avaliação:
Avaliar, na disciplina de Biologia, implica um processo cuja finalidade é
obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela
intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de
decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua
aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.
O processo de avaliação será diagnóstico e formativo, contínuo e
cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, o que
possibilita retratar todas as fases de desenvolvimento no processo de ensino
aprendizagem. Fazem parte do processo de avaliação da aprendizagem instrumentos tais
como: exposição e apresentação de trabalhos, relatos orais e escritos, provas orais e
escritas, debates, entrevistas, questionários complementares, palestras, vídeos, textos,
cartazes, elaboração de gráficos, sendo cobrado a participação em todas as atividades
propostas. A avaliação será realizada de forma diversificada, utilizando os diversos
mecanismos de aferição.
A recuperação de estudos deve ser proporcionada aos alunos sempre que o
professor verificar que não houve o aproveitamento necessário relacionado a temática
trabalhada. Nesse caso o professor deve oferecer subsídios para que o conteúdo seja
revisado e consequentemente obter-se o aproveitamento desejado.
5. Referências:
AMABIS e MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna . São Paulo: Moderna, 2005; GASPARIN, J.L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002. LINHARES , Sérgio. Biologia Hoje. São Paulo: Ática, 2005. LOPES, Sônia. Biologia Essencial. São Paulo: Saraiva, 2005. Superintendência de Educação. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
105
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia Atual. São Paulo: Ática, 2005.
CIÊNCIAS
1. Apresentação e Justificativa: A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico, que
resulta da investigação da natureza, sendo do ponto de vista científico, o conjunto de
elementos integradores que constitui o Universo em todo sua complexidade, cabendo ao
homem interpretar racionalmente seus fenômenos resultantes das relações entre
elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia
e vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a natureza
ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência, porém a maneira de como
o homem interage com a natureza possibilita a incorporação d experiências, técnicas,
conhecimentos e valores produzidos através de trabalhos em conjunto com seus
semelhantes e transmitidos culturalmente. Portanto, a cultura, o trabalho e o processo
educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecendo
novas formas de relação com a natureza, passando a compreendê-la e apropriando-se
dos seus recursos.
Foi através da observação de regularidades percebidas na natureza que o
conhecimento científico passou a ser sistematizado, permitindo a apropriação da
compreensão dos fenômenos que nela ocorrem.
A ciência sendo uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir
da aplicabilidade de métodos científicos.
Como não é possível existir uma descrição universal para os modelos diante da
complexidade dos fenômenos naturais, faz-se necessário considerá-los como uma
construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num
determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural,
106
religioso, ético e político, sendo imprescindível, ainda determiná-lo no tempo e no
contexto das realizações humanas, que são também historicamente determinadas. Neste
conceito conceituar ciência, exige cuidado epistemológico, sendo necessário, para
conhecer a real natureza da ciência, investigar a história da construção do conhecimento
científico.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas
também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de
pesquisas que os produzem e as instituições que as apoiam. Nesses termos, analisar o
passado da ciência e daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas
de pensar sobre a natureza nos diversos momentos históricos.
Justifica-se a disciplina de Ciências pela necessidade e importância do
aluno compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão,
utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica; de valorizar a
natureza como um todo dinâmico e o ser humano em sociedade como
agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial
com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente; e para
compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e
como uma atividade humana.
2. Conteúdos:
ESTRUTURANTES:
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
BÁSICOS:
107
6º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA
Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros Movimentos Celestes Astros
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização
ENERGIA
Formas de Energia Conversão de Energia Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos Ecossistemas Evolução dos seres vivos
108
7º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Movimentos
Celestes
Astros
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de Energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
Sistemática
Evolução dos
seres vivos
109
8º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA
Origem e evolução do Universo
Movimentos
Celestes
Astros
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de Energia
BIODIVERSIDADE
Evolução dos seres vivos
9º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA
Astros
Gravitação universal
MATÉRIA
Propriedades da matéria
110
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
ENERGIA
Formas de Energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
Interações ecológicas
3. Metodologia:
A disciplina de Ciências propõe um estudo que pretende enriquecer e
complementar o entendimento das múltiplas relações físicas, químicas, biológicas,
geológicas, dentre outras, que ocorrem no ambiente. Na Base Nacional Comum, a
disciplina de Ciências tem como premissa o trabalho com questões desafiadoras,
problematizadoras, investigativas e exploratórias.
Ao longo da história da disciplina de Ciências, as aulas práticas em laboratório têm
sido valorizadas como o recurso que torna concreto o tratamento dos conteúdos. Essas
aulas, quando encaminhadas de forma a repetir procedimentos e roteiros de experiências,
apresentam o conteúdo pelo conteúdo, sem uma maior reflexão sobre os vários
fenômenos e fatores intrínsecos envolvidos.
Destacaram a necessidade de laboratório, materiais e equipamentos para a
realização de atividades práticas, inclusive com o uso de materiais alternativos, no ensino
de Ciências. No entanto, é consenso, que as aulas práticas sejam desenvolvidas, desde
que os conceitos a serem trabalhados não sejam simplificados de forma extrema e
garantam a interpretação de fatos, fenômenos e conceitos, tendo como principal
referência os princípios específicos da disciplina de Ciências (historicidade, inter-relação,
intencionalidade, aplicabilidade, provisoriedade).
As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos conteúdos, na
111
medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas com caráter de
ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de Ciências. Qualquer
que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré
e pós-atividade (vinculando teoria e prática), visando à construção de noções e conceitos
significativos. Esse encaminhamento evita a dicotomia entre teoria e prática, eliminando o
caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de roteiros e procedimentos que
induzem as respostas prontas ou a comprovação de leis, teorias ou fenômenos. As aulas
práticas a serem desenvolvidas no contexto escolar na concepção aqui proposta devem
considerar sempre a ação e a reflexão, portanto, “não basta envolver os alunos na
realização de experimentos, mas também procurar integrar o trabalho prático com a
discussão, análise e interpretação dos dados obtidos” (ROSITO, apud MORAES, 2003).
Julga-se necessário que o planejamento das atividades possibilitem uma
participação dos alunos enquanto sujeitos ativos que colaboram progressivamente na
construção do seu conhecimento. Os encaminhamentos para a disciplina em questão
reforçam a postura dos professores como mediadores e pesquisadores capazes de
considerar o desenvolvimento cognitivo dos educandos, seus conhecimentos prévios, o
contexto histórico atual, a sua realidade local, a diversidade cultural e os diferentes ritmos
de aprendizagem. Dessa forma, a professora poderá desenvolver, temática emergencial
da sociedade contemporânea, numa abordagem que inter-relacione “Ciência, Tecnologia
e Sociedade” (CTS), concebendo a Ciência como um processo social, histórico e não
dogmático; a Tecnologia “como aplicação das diferentes formas de conhecimento para
atender às necessidades sociais” e a sociedade como um meio, no qual os sujeitos
podem perceber, por meio da Educação CTS, “o poder de influência que eles têm como
cidadãos”, sendo “estimulados a participar democraticamente” expressando suas opiniões
(SOLOMON21 apud SANTOS e SCHNETZLER, 2003, p. 61). Para tanto, sugere-se
algumas estratégias pedagógicas, tais como:
observação;
trabalho de campo;
experimentação;
construção de modelos;
jogos de simulação e desempenho de papéis;
visitas a indústrias, fazendas, museus;
projetos individuais e em grupos;
redação de cartas para autoridades;
112
palestrantes convidados;
estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;
leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.
fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre outros (Agenda 21).
Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, os professores poderão
encaminhar as atividades da disciplina de Ciências, através dos mais variados recursos
pedagógicos: slides, fitas VHS, DVD‟s, CD‟s, CD-ROM‟s educativos, entre outros.
A disciplina de Ciências pretende propiciar ao aluno o entendimento dos
fenômenos naturais e sócio-culturais e suas interações e transformações no ambiente.
Para tanto, o professor tem a responsabilidade de planejar as intervenções, no sentido de
possibilitar ao educando o desenvolvimento da criatividade, da consciência crítica, do
trabalho em equipe e do respeito à diversidade. As proposições teórico-metodológicas
apresentadas não têm a pretensão de esgotar as possibilidades de encaminhamentos
metodológicos para a disciplina, e sim, de indicar caminhos e alternativas para inserir o
conhecimento científico no cotidiano do aluno, numa perspectiva de totalidade,
considerando a realidade social nos seus diversos aspectos.
É importante proporcionar condições para que o estudante seja capaz de identificar
problemas, elaborar hipóteses para explicá-las, planejar e executar ações para investigá-
las, analisar e interpretar os dados e, propor e criticar as soluções, construindo, dessa
forma, o seu próprio conhecimento, tornando-se cidadão participativo da nossa
sociedade.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Ciências serão
trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena/equipe
multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas; Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Agenda 21
Escolar; História do Paraná (Lei nº 13.381/01); Música (Lei nº 11.769/08); Educação
Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente; Direito das Crianças
e dos Adolescentes (Lei Fed. Nº 11.525/07); Educação Tributária (Dec. Nº 1.143/99,
Portaria nº 413/02); Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10741/03); Cidadania e Direitos
Humanos.
113
4. Avaliação:
A avaliação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, deve ser
contínua e cumulativa, levando-se em conta o aprendizado com aspectos qualitativos e
não quantitativos.
Deve se levar em conta o conhecimento do estudante, experimentar novas maneiras
e recursos didáticos que possam, através da retomada do conteúdo servir de
instrumentos de ensino-aprendizagem e de avaliação.
O “erro” pode ser um ponto de partida para superar uma aprendizagem equivocada
por parte do aluno.
Através de problematizações é possível investigar se houve aquisição significativa
clara e objetiva dos conteúdos científicos construídos no processo ensino-aprendizagem.
A prova como instrumento de investigação, do aprendizado, deve ser diagnóstica,
indicando o quanto foi aprendido e tornar possível a retomada de conteúdos científicos
pelo professor viabilizando o conhecimento.
Sendo diagnóstica permite avaliar e rever os conceitos científicos compreendidos ou
não, corrigir “erros”, diversificando recursos e estratégias para efetivar a aprendizagem.
Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-aprendizagem do
estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos
escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente
significativa para sua vida. (PARANÁ, 2008, p.79)
A avaliação será utilizada para atender o aluno, observando o nível em que ele se
apresenta, acompanhando assim seu desenvolvimento, nunca esquecendo de considerar
as quatro dimensões: diagnóstica, contínua, cumulativa e participativa, possibilitando ao
professor uma constante revisão de suas aulas para adequá-las ao ritmo de
aprendizagem de seus alunos, promovendo um desempenho mais eficiente acerca do
processo ensino e aprendizagem.
Os critérios e instrumentos estabelecidos devem propiciar a investigação da
aprendizagem significativa sobre todos os conteúdos trabalhados.
Para tanto, alguns critérios fundamentais devem ser considerados:
- Compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão
utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica;
- Valorizar a natureza como um todo dinâmico e o ser humano em
sociedade como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial
114
com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
- Compreender a ciência como um processo de produção de
conhecimento e uma atividade humana;
- Identificar relações entre conhecimento científico, produção de
tecnologia como meio para suprir necessidades humanas sabendo elaborar juízo sobre
riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;
- Entender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
- Formular questões e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos das Ciências Naturais, colocando em práticas conceitos procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
- Saber utilizar conceitos científicos básicos associados à energia, matéria
transformação espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
- Valorizar o trabalho em grupo sendo capaz de ação crítica e cooperativa
para a construção coletiva do conhecimento;
- Estimular o cuidado com o próprio corpo com atenção para o
desenvolvimento da sexualidade e para os hábitos de alimentação de convívio e de lazer;
- Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos alimentos;
- Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte e
seu papel na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade;
- Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando
informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias alimentares;
- Compreender a alimentação humana a obtenção e a conservação dos
alimentos sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua constituição e
saúde;
- Valorizar a disseminação de informações relevantes aos membros da
sua comunidade.
A apropriação dos conhecimentos será verificada através de instrumentos como
observação do desempenho do aluno, relatórios, debates, pesquisas, trabalhos
individuais e em grupo, participação do aluno na realização das atividades, prova
com/sem consulta, escrita e oral.
A recuperação de estudos se dará concomitantemente ao processo ensino-
aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos. Será oferecida a
todos os alunos com média inferior à da aprovação e/ou àqueles que quiserem usufruí-la.
115
O estabelecimento de ensino ofertará ao aluno as oportunidades possíveis para que o
mesmo resgate os conteúdos não aprendidos, e entre a nota da avaliação e a da
recuperação paralela, prevalecerá sempre a maior. Assim, principalmente para os
educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a
recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas
atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação.
Deve se levar em conta o conhecimento do estudante, experimentar novas maneiras
e recursos didáticos que possam, através da retomada do conteúdo, servir de
instrumentos de ensino-aprendizagem e de avaliação.
5. Referências:
BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson Roberto. Física e química. São Paulo: Ática, 2002. ____FERNANDES, J. A. B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de Ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0, ago. 2005. FONSECA, Albino. Caderno do Futuro. São Paulo: IBEP, 2003. FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000. GOWDAK, Demétrio, MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar. São Paulo: FTD, 2006. GOWDAK, Demétrio. MARTINS, Eduardo. Natureza e vida. São Paulo: FTD, 1996. KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, São Paulo: EDUSP, 1980. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Ciências para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. WILSON, E. O Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
116
EDUCAÇÃO FÍSICA
1. Apresentação e Justificativa:
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebe
em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sobre a égide de
conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada ginástica surgiu,
principalmente a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e a
formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática corporal pautava-se em
prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades físicas
como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além de visar à formação do caráter,
da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento
patriótico. Vivenciamos nos últimos quinze anos a afirmação gradativa do ensino da
Educação Física numa perspectiva cultural e é a partir desse referencial que se propõe
essa disciplina como área de estudo da cultura humana, ou seja, que estuda e atua sobre
o conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao longo de
sua história. Trata-se, portanto, de privilegiar nas aulas de Educação Física, além da
aprendizagem de movimentos, a aprendizagem para e sobre o movimento.
O homem na sua trajetória de vida sempre manteve uma relação restrita com seu
corpo, que passou por várias concepções promovendo em cada momento histórico um
diálogo diferente com seu corpo. O corpo e seus movimentos estiveram sempre à mercê
da cultura. Nossa conduta motora nos revela aspectos biológicos e culturais que são
determinantes na evolução do corpo e da mente.
Na aula de Educação Física, deve-se promover a observação do corpo em
movimento, possibilitando aos seus alunos participar da construção do conhecimento de
si mesmo e de seus colegas. Uma ação pedagógica na qual possamos incluir o
desenvolvimento do organismo enquanto complexidade biofísico social, criando condições
para o desabrochar de processos corporais mais complexos no que se referem aos fatos,
conceitos, procedimentos, valores e atitudes.
A Educação Física, cujo objeto de estudo é a cultura corporal, é uma disciplina que
117
possibilita, talvez mais do que as outras, espaços onde se pode dar início às mudanças
significativas na maneira de se implementar o processo de ensino aprendizagem, tendo
em vista as diversas situações, dados do cotidiano associados à cultura de movimentos,
que podem ser utilizados como objetos para reflexão, resgatando e incorporando a
cultura popular e a vivência dos alunos dentro e fora da escola. Na sociedade
contemporânea, a escola tem assumido papel primordial na formação de crianças, jovens
e adultos. As modificações das relações familiares legaram a esta instituição
responsabilidades nunca antes sonhadas: instruir, ensinar, educar, enfim formar as futuras
gerações. E é dentro da escola que o professor convive com as desigualdades de todas
as naturezas e suas consequências, necessitando para tanto pensar sua práxis do
cotidiano.
Neste contexto, cada disciplina e professor forma cidadãos, necessitando atuar
conscientemente neste sentido. A Educação Física, como disciplina do núcleo comum,
busca assim sua reorganização, uma vez entendida como fruto do processo histórico de
evolução do homem que sempre se movimentou, criou jogos, danças e práticas
atendendo suas várias necessidades sociais. Segundo BRACHT “a pedagogia da
Educação Física enquanto ciência prática tem seu sentido não na compreensão, mas no
aperfeiçoamento da práxis” (1992 p. 42).
Entendida nesta perspectiva a disciplina de Educação Física configurar-se-á num
processo racional, sistematizado e intencional de tornar acessível a todas as crianças e
jovens que frequentam a instituição escolar, atitudes e práticas que constituem essa
cultura motora, cognitiva e social.
2. Conteúdos:
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO:
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Coletivos
Futebol; voleibol; basquetebol;
handebol; futebol de salão.
118
Esporte Individuais
Atletismo; tênis de mesa.
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda; Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão. Gato e rato; escravos de jó lenço atrás; dança da cadeira; adoletá. Dama; trilha; resta um; xadrez. Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas
Quadrilha; dança de fitas; ciranda; fandango. Break; funk. Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Ginástica
Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita. Acrobacias; malabares. Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
119
Lutas
Lutas de aproximação Capoeira
Judô; luta olímpica; jiu-jitsu. Angola; regional.
7º ANO
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos Individuais
Futebol; voleibol; basquetebol;
handebol; futebol de salão. Atletismo; tênis de mesa.
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda; Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão. Gato e rato; escravos de jó lenço atrás; dança da cadeira; adoletá. Dama; trilha; resta um; xadrez. Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas
Quadrilha; dança de fitas; ciranda; fandango. Break; funk. Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de
120
Danças circulares
movimento; improvisação; atividades de expressão corporal. Contemporâneas; folclóricas; sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita. Acrobacias; malabares. Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas de aproximação Capoeira
Judô; luta olímpica; jiu-jitsu. Angola; regional.
8º ANO:
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos Radicais
Futebol; voleibol; basquetebol;
handebol; futebol de salão. Skate.
Jogos e brincadeiras populares
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada;
121
Jogos e brincadeiras
Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos
polícia e ladrão. Dama; trilha; resta um; xadrez. Improvisação; imitação; mímica. Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Dança
Danças criativas Danças circulares
Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal. Contemporâneas; folclóricas; sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita. Acrobacias; malabares. Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas com instrumento mediador Capoeira
Esgrima; kendô. Angola; regional.
9º ANO:
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos
Fu futebol; voleibol; basquetebol;
handebol; futebol de salão. Sk skate.
122
Radicais
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão. Dama; trilha; resta um; xadrez. Improvisação; imitação; mímica. Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Danças criativas Danças circulares
Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal. Contemporâneas; folclóricas; sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita. Acrobacias; malabares. Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas com instrumento mediador Capoeira
Esgrima; kendô. Angola; regional.
123
ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
ESPORTE
Coletivos Individuais Radicais
Futebol; voleibol; basquetebol; futebol de salão. Atletismo; tênis de mesa. Skate.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos
Dama; trilha; resta um; xadrez. Improvisação; imitação; mímica. Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
DANÇA
Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua
Fandango; quadrilha; batuque; ciranda, etc. Forró; vanerão; samba; soltinho; merengue, etc. Funk; break, etc.
GINÁSTICA
Ginástica artística /Olímpica Ginástica de Condicionamento físico Ginástica geral
Solo. Alongamentos; ginástica localizada; pular corda; ginástica aeróbica. Movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
LUTAS
Lutas com aproximação Lutas que mantêm à distância
Judô; luta olímpica. Karatê; boxe; muay thai; taekwondo.
124
Lutas com instrumento mediador Capoeira
Esgrima; kendô. Angola; regional.
3. Metodologia:
Considerando a cultura corporal como objeto de estudo, através do
esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras, a Educação Física colabora para
que os alunos possam reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal
consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais. O conhecimento será tratado
favorecendo a compreensão dos princípios da lógica dialética materialista: totalidade,
movimento, mudança, qualidade e contradição.
A metodologia deverá ressaltar o princípio do confronto e contraposição
de saberes, isto é, compartilhar conhecimento científico ou saber escolar e o saber
construído no meio cultural informado pelo senso comum, na tentativa de superá-los. As
atividades serão criativas apontando um sistema de relações sociais entre os homens e
mulheres, respeitando as dimensões de gênero, raça, classe, local e credo.
Cabe ao professor de Educação Física ter o cuidado de dar o significado
às atividades realizadas para que haja o enriquecimento da proposta curricular
valorizando o aluno e suas habilidades motoras vendo o mesmo como um todo, não se
apegando apenas nas técnicas esportivas, pois no trabalho como educador, o professor
de Educação Física deve aplicar atividades concretas, ligadas à realidade dos alunos e
criativas, tendo como objetivo formar conceitos de cidadania, ética, saúde, estética e
satisfação, pois ninguém faz uma atividade física por fazer, participa da mesma por gostar
e nela se realiza.
Dar significado à atividade não é só trabalhar conteúdos “práticos” e sim
auxiliar para que o aluno saiba fazer uma “leitura do mundo” adquirindo condições de
atuar como cidadão consciente. Serão utilizados recursos tais como: sucatas, cordas,
jogos de dominó, xadrez e dama, rádio, bolas, redes, quadra, vídeos, TV Multimídia,
internet, etc; tendo o cuidado de estar priorizando os trabalhos em grupo, buscando a
criatividade e a criticidade, em busca da superação da meritocracia, da seletividade e do
individualismo.
125
Os procedimentos serão assentados em ações com o intuito de dar aos
alunos a chance de opinarem, discutirem e transformarem a direção social num processo
dinâmico, consciente e contínuo, a construção do conhecimento pela práxis.
Os objetivos, os conteúdos e a metodologia apontarão para a
necessidade dos alunos de trabalharem e produzirem durante todo o ano letivo,
assumindo a sua cota de responsabilidade, deixando de lado a sistemática tradicional de
somente participarem das atividades escolares quando o professor responsável pela
turma estiver presente.
O trabalho, sempre coletivo, permitirá que, mesmo na ausência do professor
haverá a possibilidade de substituí-lo por um membro do grupo de professores de
educação física e/ou outro professor de outra disciplina.
Dentro das temáticas que serão desenvolvidas estarão a História e Cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena (Leis 10.639/03 e 11.645/08), a Educação Ambiental (Lei
9.795/99), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Enfrentamento
à Violência contra a Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº
11.525/07; Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10741/03); Cidadania e Direitos Humanos e
a Educação Fiscal, que serão trabalhadas de forma contextualizada e relacionadas aos
conteúdos.
4. Avaliação:
A partir da avaliação diagnóstica, será analisado o processo desenvolvido
para identificar lacunas no processo de ensino e de aprendizagem, bem como para
planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades
constatadas, onde será um processo contínuo, permanente e cumulativo, organizando e
reorganizando o trabalho visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas
formas de ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que
os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma relação
com o mundo. Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja produzido
e socializado através de vivências que evidenciem o fundamental papel do aluno como
construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o professor crie oportunidades
para que os alunos os construam, a partir de suas experiências, fazendo-se necessário,
por parte do professor a aplicação de ações: uma observação direta, diagnóstica, análise
de dados, nível de participação e envolvimento nas atividades práticas e teóricas pelos
126
alunos, para que as metas traçadas no decorrer do ano atinjam seu alvo principal o aluno
no ato de aprender.
É importante que se tenha clareza da função social da avaliação na
construção do saber, além de reconhecer o caráter fundamental para a Educação, da
produção do conhecimento de forma crítico-reflexiva, estabelecendo um diálogo
permanente com o cotidiano dos autores (professores e alunos) na ação pedagógica,
estimulando, assim, o verdadeiro exercício da cidadania.
Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja produzido
e socializado através de vivências que evidenciem o fundamental papel do aluno como
construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o professor crie oportunidades
para que os alunos os construam, a partir das suas experiências, fazendo-se necessário,
por parte do professor a aplicação de ações como: uma observação direta, diagnóstica,
contínua, cumulativa e processual, análise de dados, nível de participação e
envolvimento nas atividades práticas e teóricas pelos alunos, para que as metas traçadas
no decorrer do ano atinjam seu alvo principal: o aluno no ato de aprender.
Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os
alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à necessidade de
sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes instrumentos poderão estar
inseridos nos conteúdos de aprendizagem como forma sistemática de valorização e
reflexão, representando a forma concreta de apropriação por parte dos alunos, do
conhecimento socialmente construído, revelando quando utilizados que intenções e
aspectos deste conhecimento estão sendo valorizados.
Ao selecionar os instrumentos de avaliação (trabalhos, pesquisas
realizadas no laboratório de informática, avaliações práticas e teóricas, seminários e
debates), que serão empregados, poderão ser levantados, além dos valores mensuráveis,
os aspectos motivacionais e subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com
diferentes contextos de aplicação e o significado que esses trarão para a construção do
conhecimento pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence.
Inicialmente far-se-á a avaliação diagnóstica para detectar o grau de
conhecimento e de dificuldades do educando.
A avaliação deve se materializar em cada aula (observação constante do
aluno feita pelo professor), considerando sua aplicação e consequência pedagógica,
política e social, referenciada nos interesses individuais e coletivos, ampliando as
possibilidades corporais. Essas possibilidades envolvem aspectos de conhecimento,
127
habilidades, desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais,
considerados dentro da concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o
aluno é um ser único e de que ambos, professor e aluno assumirão responsabilidades na
perspectiva de uma avaliação participativa.
A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa
conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.
Alguns critérios importantes de avaliação devem ser definidos ao avaliar
os alunos:
Participação nas atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas
e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características
físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por
características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;
Adoção de atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em
situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;
Conhecimento, valorização, respeito à pluralidade de manifestações de
cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso para a
integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais;
Reconhecimento de si próprio como elemento integrante do ambiente,
adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,
relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação,
manutenção e melhoria da saúde coletiva;
Capacidade de solucionar problemas de ordem corporal em diferentes
contextos, regulando e dosando o esforço em um nível compatível com as
possibilidades, considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento
das competências corporais decorrem da perseverança e regularidade e
devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;
Reconhecimento das condições de trabalho que comprometam os
processos de crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem
para os outros, reivindicando condições de vida digna;
Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que
existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro
128
da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões
divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o preconceito;
Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como
reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer,
reconhecendo-os como uma necessidade básica do ser humano e um
direito do cidadão.
A recuperação paralela ocorrerá de forma concomitante ao processo ensino e
aprendizagem, sempre que o professor verificar que seu aluno apresentou dificuldades no
desenvolvimento das atividades, não assimilou o que lhe foi proposto, resultando num
baixo desempenho. O conteúdo será retomado, revisto, e os alunos submetidos a nova
avaliação, prevalecendo o melhor resultado.
5. Referências:
BATISTA, Luiz Carlos C. Educação Física no ensino fundamental. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. CIVITATE, Hector. Jogos de salão e recreação. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista: a pedagogia crítico social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1991. KAMEL, Dílson; KAMEL, José Guilherme N. Nutrição e Atividade Física. 2. ed.Rio de Janeiro: Sprint,1998. LUCKESI, Carlos.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. VALADARES, S.; ARAUJO, R. Educação física no cotidiano escolar: jogos e
brincadeiras com bola. Belo Horizonte: FAPI, 1999.
129
ENSINO RELIGIOSO
Apresentação e Justificativa:
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária reflexão
em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas
sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural.
As diferenças culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão da
diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente, e que, são
marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.
Portanto, busca propiciar oportunidade de identificação, de entendimento, de
conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas
presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da própria cultura em que se
insere.
Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere à diversidade
religiosa, a Diretrizes para o Ensino Religioso definem como objeto de estudo o sagrado
como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo presente em todas as
manifestações religiosas, busca explicitar as diferentes culturas expressas tanto nas
religiões mais sedimentadas como em outras recentes, ou seja, o sagrado influencia a
compreensão de mundo e a maneira como o homem vive seu cotidiano.
A disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à
compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado, com
vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, auxiliando na compreensão de
conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das
tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas
manifestações são significativos para todos os alunos no processo de escolarização, por
propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces as cultura e da
construção da vida em sociedade.
130
Objetivos:
I - Compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade:
II - desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores:
III – fortalecer os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
IV - Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas
advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às
diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.
V - Promover e também desenvolver a formação do educando, no seu intuitivo,
consciente, critico, participativo, comprometido com a realidade social, política e
econômica, ou seja, com vida, e como agentes construtores de uma sociedade justa.
3. Conteúdos:
3.1. Estruturantes:
Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de grande
amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a
serem contemplados no Ensino Religioso. O conhecimento religioso é entendido como um
patrimônio da humanidade. Legalmente, é instituído na escola a fim de promover um
oportunidade para que os educandos de tornem capazes de entender os movimentos
específicos das diversas culturas, e para que o substantivo religioso represente um
elemento de colaboração na constituição do sujeito, sendo uma disciplina que contribui
para o desenvolvimento humano.
PAISAGEM RELIGIOSA
Por paisagem religiosa define-se a combinação de elementos culturais e naturais que
remetem a experiências do sagrado, que por força dessas experiências anteriores
remetem a uma gama de representações sobre a diversidade cultural e religiosa. Para o
homem religioso, a natureza não é exclusivamente natural; sempre está carregada de um
131
valor sagrado. A ideia da existência de lugares sagrados e de um mundo sem
imperfeições conduz o homem a suportar suas dificuldades diárias. O homem consagra
determinados lugares porque necessita viver e conviver no mundo sagrado.
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
A complexa realidade que configura o universo simbólico tem como chave de leitura
as diferentes manifestações do sagrado no coletivo, cujas significações se sustentam em
determinados símbolos religiosos.
De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que são criações cuja
função é comunicar ideias. Os símbolos são parte essencial da vida humana, todo sujeito
se constitui e se constrói por meio de inúmeras linguagens simbólicas, portanto, é um
elemento importante porque está presente em quase todas as manifestações religiosas e
também no cotidiano das pessoas. Estamos inseridos numa realidade altamente
simbólica, não só no que diz respeito ao sagrado, mas em todo imaginário humano.
TEXTOS SAGRADOS
Como conteúdo estruturante, o texto sagrado é uma referência importante para o
Ensino Religioso, pois permite identificar como a tradição e a manifestação atribuem às
práticas religiosas o caráter sagrado e em que medida orientam ou estão presentes nos
ritos, nas festas, na organização das religiões, nas explicações da morte e da vida.
Os textos sagrados expressam ideias e são meios de dar viabilidade à disseminação
e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e manifestações religiosas, o
que ocorre de diversa maneiras.
3.2. Básicos
A organização dos conteúdos se referencia em manifestações religiosas menos
conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural dos educandos. Por
sua vez, o conteúdo templos e espaços sagrados se inicia da discussão dos espaços
físicos identificados como sagrados. No caso de Ensino Religioso sagrado é o objeto de
estudo da disciplina, portanto, o tratamento a ser dado aos conteúdos básicos estará
sempre a ele relacionado.
132
6º ANO
- Organizações Religiosas
- Lugares Sagrados
- Textos Sagrados Orais ou Escritos
- Símbolos Religiosos
7º ANO
- Temporalidade Sagrada
- Festas Religiosas
- Ritos
- Vida e Morte
4. Metodologia:
O sagrado será a base da qual serão trabalhados os demais conteúdos. A linguagem
utilizada é essencialmente pedagógica partindo de questionamentos que provocam
reflexões e de modo que o educando construirá sua identidade e autonomia, entendendo
o sentido da vida, do respeito as diferenças do outro.
As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina poderão
fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, o que amplia e valoriza o
universo cultural dos alunos.
Os conteúdos propostos pelas Diretrizes contemplam as diversas manifestações do
sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio cultural, os quais poderão ser
enriquecidos pelo professor, desde que contribuam para a construir, analisar e socializar o
conhecimento religioso, para favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o
convívio com o diferente.
Portanto, é preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e à opção religiosa
do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos
reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e da diversidade sociocultural.
Através de leitura e interpretação das informações contidas em textos diversificados.
Pesquisas em jornais e revistas, para que o aluno reflita sobre as diversas
informações levando-o a troca de ideias e debate em sala de aula, despertando o senso
crítico no educando.
133
Utilização do laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive) educativos,
relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e auxiliar na compreensão
do ensino aprendizagem.
Serão também trabalhados articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Ensino Religioso
serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena
(Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade
Humana; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente; Direitos das
Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07; Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10741/03);
Cidadania e Direitos Humanos.
.
5. Avaliação:
A avaliação é condição para análise do educador sobre as práticas e processos de
aprendizagem, deve apresentar elementos que motivam a prática avaliativa classificando-
se em avaliação inicial, processual, formativa e final. A disciplina de Ensino Religioso
requer um trabalho comprometido, de modo que a avaliação se torna um fator que pode
contribuir para sua legitimação como componente curricular. Cabe ao professor
implementar práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de
conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e o
seus objetivos. Será realizada através da convivência do respeito às diferenças do outro,
da postura e instrumentos diversos durante o desenvolvimento da aula, como:
- Participação de trabalhos em grupos;
- Exposição de trabalhos;
- Produção de textos e desenhos;
- Observação dirigida e espontânea de atitudes;
- Comunicação oral e escrita;
- Relatos de experiência;
- Trabalhos escritos ou orais;
- Leitura e interpretação de fotos, imagens, textos, entre outros.
134
6. Referências:
ELIADE, M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes,
1992.
CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.
História da Religiões. Editora Tempo Films/Planeta do Brasil.
GUILOUSKI, Borres; COSTA, Diná Raquel D. da; SCHLOGL, Emerli. Encontro: apontando
novos caminhos para o Ensino.
De mãos dadas Ensino Religioso. Avelino Antonio Corrêa, Amélia Schneiders – São
Paulo: Scipione, 2002.
NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o Universo Religioso. V. 5. Petrópolis:
Vozes, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino
Religioso para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de
história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares/Paraná. Curitiba:
SEED – PR, 2005.43p.
WWW.diaadiaeducação.pr.gov.br
FILOSOFIA
1. Apresentação e Justificativa:
A Filosofia é uma das formas de conhecimento e guarda especificidade em relação
a todas às demais, ou seja, em relação à ciência, à arte, à religião, ao senso comum,
tendo como objeto de estudo o conhecimento. Ela tem uma história e uma tradição que é
tão ou mais antiga que as ciências, e no entanto, por um certo período, no Brasil, não foi
135
considerada um saber, como os outros necessários, que devesse ser socializado,
juntamente com as ciências compor um Currículo que realmente garantisse a leitura e a
compreensão do mundo. Só a história nos ajuda a entender esta ausência na escola
secundária. A filosofia foi eliminada do convívio com a juventude secundarista nos anos
70, por força da Lei nº 5692/71, que abrigava um projeto pedagógico de cunho
profissionalizante estreito. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, aprovada
em Dezembro de 1996, contempla a Filosofia como conhecimento necessário à formação
da cidadania. Mas, é preciso que se diga, que em nosso Estado, já antes disto se
reconheceu a importância e o lugar da Filosofia na formação da consciência crítica dos
nossos educandos, na superação da alienação, e, já vinha compondo a currículo do
ensino médio.
A Filosofia tem como tarefa buscar os fundamentos de uma concepção de mundo,
de conhecimento, de homem, de sociedade, e do mesmo modo, sempre em maior ou
menor grau, comprometido com a realização prática de sua representação teórica. Este
fato nos indica então, que a relação teoria-prática é constitutiva da Filosofia.
Os conhecimentos apreendidos no decorrer da formação educacional começam
através da interação com o mundo exterior, e o papel da Filosofia, no ambiente escolar, é
por primazia, o de aprofundar e de fortalecer esses conhecimentos para uma formação
integral do educando. Em essência, o ensino desta enquanto instrumento de reflexão é o
de direcionar o aluno a questionar através de temas como, por exemplo, o conceito de
verdade, variante de acordo com o contexto histórico-social, que desde o primórdio,
alguns filósofos já o questionaram, a partir do conhece-te a ti mesmo, proferido por
Sócrates.
No Colégio Estadual Juvenal Mesquita, a Filosofia é trabalhada de forma a
promover a perplexidade, o deslumbre, o espanto e a admiração que leve o estudante a
um posicionamento ativo em busca do conhecimento. Também é apresentada como uma
ferramenta, um instrumento de reflexão, de análise crítica e criatividade radical, rigorosa
e de conjunto, que possibilite ao aluno desenvolver seu estilo próprio de pensamento.
Através das aulas de Filosofia, o colégio busca guiar o aluno no sentido de
problematizar situações, reelaborar e criar novos conceitos filosóficos, argumentar,
estabelecer relações entre a teoria e a prática, o abstrato e o empírico, desmistificar a
realidade, perceber a realidade das ideologias, exercer sua criatividade, perceber-se
como sujeito autônomo, ético e subjetivo, compreendendo assim culturas e linguagens a
partir de sua própria história de vida, superando as dificuldades para encontrar o equilíbrio
136
da existência enquanto ser humano.
Na abordagem filosófica há capacitação de uma autoconsciência acerca das
questões fundamentais sobre a existência humana. Sendo assim, ensinar Filosofia é um
exercício maciço, que privilegia conceber a reflexão, a criatividade e a formação de
indivíduos autônomos.
2. Conteúdos:
ESTRUTURANTES BÁSICOS
Mito e Filosofia
- Saber mítico;
- Saber filosófico;
- Relação entre Mito e Filosofia;
- Atualidade do mito;
- O que é a Filosofia?
Ética
- Ética e moral;
- Pluralidade ética;
- Ética e violência;
- Razão, desejo e vontade;
-Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade
das normas.
Filosofia Política
- Relações entre comunidade e poder;
- Liberdade e igualdade política;
- Política e ideologia;
- Esfera pública e privada;
- Cidadania formal e/ou participativa.
Filosofia da Ciência
- Concepções de ciência;
- A questão do método científico;
- Contribuições e limites da ciência;
- Ciência e ideologia;
- Ciência e ética.
137
Estética
- Natureza da arte;
- Filosofia e arte;
- Categorias estéticas;
- Estética e sociedade.
3. Metodologia:
A disciplina de Filosofia viabilizará interfaces com outras disciplinas para a
compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.
Os conteúdos estruturantes serão trabalhados fazendo com que os estudantes pensem
os problemas com significado histórico e social e possam adquirir subsídios para que
pesquisem, façam reflexões e criem conceitos a partir dos textos filosóficos. O trabalho
com os conteúdos estruturantes em consonância com os conteúdos básicos dar-se-á em
quatro momentos: a mobilização para o conhecimento; a problematização; a investigação
e a criação de conceitos. A criação de conceitos será proposta através de
problematizações, leituras e análise de textos, debates, pesquisas, sistematizações,
produção e reelaboração de textos, análise de imagens, músicas, dinâmicas de grupo,
palestras, análise de filmes e documentários, contribuindo desta maneira para a
construção da consciência crítica do educando. Nos encaminhamentos metodológicos
serão utilizados os seguintes recursos didáticos/tecnológicos: livros (principalmente da
consulta ao acervo da Biblioteca do Professor), revistas, CDs, letras de músicas,
fotografia, gravuras, TV Multimídia, recursos disponíveis no Portal Dia a dia Educação,
computador e aparelho de DVD.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Filosofia serão
trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena/Equipe
Multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas; Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99);
Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e
Adolescentes LF nº 11.525/07; Educação Fiscal; Estatuto do Idoso (Lei Federal nº
10741/03); Cidadania e Direitos Humanos.
As atividades desenvolvidas serão trabalhadas através de produção de textos;
imagens; maquetes; acesso aos sites; realização de pesquisa de campo; leitura de textos,
revistas e materiais didáticos disponibilizados na escola e on line; debates, palestras e
138
estudo dos cadernos temáticos da SEED.
4. Avaliação:
A avaliação será contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes conteúdos cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação formativa, de maneira diagnóstica, identificará as aprendizagens que
foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentarem dificuldades. Ao avaliar
em Filosofia deverá ser considerado como critério a capacidade de se trabalhar com os
conceitos, de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses
subjacentes aos temas e discursos, considerando o respeito pelas posições do estudante,
mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de
argumentar e de identificar os limites dessas posições. A avaliação é um processo, sendo
que em Filosofia a mobilização para o conhecimento se inicia por meio da análise
comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Os
instrumentos de avaliação contribuirão para a construção da autonomia do educando, tais
como: produção de textos, reflexões críticas de textos e filmes, avaliação discursiva:
objetiva e oral, trabalho em grupo, sínteses dos conteúdos e debates (seminários).
A recuperação paralela acontecerá de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e instrumentos diversificados, com
atividades significativas, sendo que os resultados da recuperação serão incorporados às
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar.
5. Referências:
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. ______. O que é ideologia? São Paulo: Brasiliense, 1989. CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1986, v.1. FAVARETTO, C.F. Notas sobre o ensino da filosofia. In: ARANTES, P. E. et all (Org.). A filosofia e seu ensino. Petrópolis/São Paulo: Vozes/Educ, 1995.
139
FERRATER MORA. Dicionário de filosofia. São Paulo: Loyola, 2001. FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático Público) PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2006. SEVERINO. A J. O ensino de filosofia: entre a estrutura e o evento. In: GALLO; S., DANELON; M., CORNELLI, G., (Orgs.). Ensino de filosofia: teoria e prática. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004. VASCONCELLOS, C. do S. A construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 2000. DOCUMENTOS CONSULTADOS ON LINE
1. Manifesto dos Pioneiros da Educação Na - 1932. In: História da Educação no Brasil. Disponível em: <www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb07a.htm>. Acesso em 03-05-2006.
FÍSICA
1. Apresentação e Justificativa:
A Física tem como objeto de estudo o universo em toda sua complexidade e, por
isso, como disciplina escolar, propõe o estudo da natureza entendida segundo Menezes
(2005), como realidade material sensível. Porém, os conhecimentos de física
apresentados aos estudantes do ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria
natureza, mas modelos elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa
natureza. Apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os
árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física demonstram
que, até o período do Renascimento, a maior parte da ciência conhecida pode ser
resumida à Geometria euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu(150d.C) e à
Física de Aristóteles(384-322 a.C). As explicações a respeito do Universo mudam, em
cada época, de acordo com que se conhece sobre ele. No mundo atual, globalizado e
altamente tecnológico, a física possui uma parcela significativa desse conhecimento. Toda
tecnologia é de grande importância no conhecimento da física e muitas vezes já faz parte
140
do cotidiano do aluno. Essa proposta implica a abordagem que o ensino da física faz
sobre os fenômenos físicos, lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma
ciência em construção, com uma respeitável consistência teórica.
Além disso, estudar física desenvolve o raciocínio, estimula a imaginação e a
criatividade. Um aluno interessado no estudo desta disciplina não fica restrito apenas a
esse campo, mas sim, circula por muitos outros contribuindo para sua própria cidadania,
formando-se um cidadão capaz de contextualizar o conhecimento relacionando-o com sua
realidade, e capacitando-se para uma atuação crítica e social, cujo conhecimento atual é
a cultura científica tecnológica, filosófica e histórica deste tempo em suas relações com
outras produções humanas. Essa aprendizagem só é possível através da interação com o
professor, que necessita fazer um ensino comprometido com a mudança, com o
amadurecimento dos indivíduos dentro de uma perspectiva mais ampla e integradora das
ciências e da sociedade.
Os princípios norteadores da proposta da elaboração do currículo da disciplina de
Física, foram baseados na Fundamentação Teórico – Metodológica encontrada na “
Introdução” das “Orientações Curriculares de Física – Texto Preliminar – Ensino Médio”,
da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED – PR. e também nas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica do Paraná.
O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas por
aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Contudo há um certo
consenso que “... a preocupação central tem estado na identificação do estudante com o
objeto de estudo. Em outras palavras, a questão emergente na investigação dos
pesquisadores está relacionada à busca por um real significado para o estudo dessa
Ciência na educação básica – Ensino Médio”( ROSA & ROSA, 2005, p.2 ).
Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que mostra uma
preocupação com a Física como uma Ciência que permite compreender uma imensidade
de fenômenos físicos naturais, que seriam indispensáveis para a formação profissional ou
como subsídio para a preparação para o vestibular e a compreensão e interpretação do
mundo pelos sujeitos – educandos. Entretanto neles a ênfase recai nos aspectos
quantitativos em detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução de
“Problemas de Física” que, sempre se traduzem em exercícios matemáticos com
respostas prontas. Esse discurso tem norteado o trabalho de muitos professores e, mais
que isso, as estruturas curriculares por eles organizadas. Isso faz com que com que o
ensino de Física se transforme num ensino livresco, descontextualizado em sua história,
141
não permitindo a compreensão de que Ciência é uma construção humana, com todas as
implicações que isso possa ter, inclusive os erros e acertos decorrentes das atividades
humanas.
A Física deixa de ser mais um instrumento para a compreensão do mundo , não
permitindo ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao formalismo próprio desse
campo de conhecimentos, essencial para o desenvolvimento de uma cultura em ciência.
Apesar do incentivo à carreira universitária, esse estudo deve ser mais uma possibilidade
e não o objetivo principal do ensino desta disciplina no nível médio.
A Ciência não é neutra visto que o cientista faz parte de um contexto social,
econômico e cultural, influenciando e sendo influenciado por esse contexto, fato que não
pode ser ocultado de nossos estudantes. Isso significa mostrar que a ciência não está
pronta nem acabada e não é absoluta, mas, revelar aos nossos estudantes “ ... como é
penoso , lento , sinuoso e, por vezes, violento, o processo de evolução das ideias
científicas” ( PONCZEK, 2002, p. 22 ).
Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que vivem ou que
viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz parte da cultura social
humana e, portanto, é um direito dos estudantes conhecê-lo.
Além disso, se queremos contribuir pra a formação de sujeitos que sejam capazes de
refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, não podemos deixá-
los alheios às questões relativas à Ciência e à tecnologia. Por isto é importante
buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da Ciência e
da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas na
humanidade decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de
uma percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do
tempo.
Considerando ainda que, como ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito aos
saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em Física deve partir do
conhecimento prévio dos alunos, respeitando seu contexto social e suas concepções
espontâneas a respeito de ciência.
Em primeiro lugar de acordo com MOREIRA ( s / d, p.2 ) devemos abandonar o
papel de ser apenas transmissores de conhecimentos e passarmos a ver, de fato, os
sujeitos como elaboradores do saber físico, mas que precisam do professor como
mediador. O autor parte do pressuposto que o objetivo do ensino é compartilhar, professor
e aluno, significados e promover a aprendizagem significativa. Mas, isso ocorrerá
142
somente quando o educando internalizar esses significados de maneira não arbitrária e
não literal, quando as novas informações adquirirem significado por interação com o
conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente, derem significados adicionais,
diferenciarem, integrarem, modificarem e enriquecerem o conhecimento já existente.
Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas ideias, sua visão
do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas experiências diárias e
nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado por MOREIRA (1999 ), os seres
humanos fazem três coisas: pensam, sentem e atuam ( fazem ). Ou seja, ao se pensar
uma metodologia de ensino para a Física é preciso ter em vista o que os estudantes já
conhecem. Esta ideia remete aos estudos das concepções espontâneas ou ideias
alternativas dos sujeitos.
Ao educando será apresentado princípios, concepções, linguagem, entre outros
elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve permitir que ele
perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela ciência para explicar um
determinado fenômeno. Esse processo contribuirá para que o educando reformule as
suas ideias tendo em vista a concepção científica. Assim, espera-se que esteja
reelaborando seus conceitos, mas não necessariamente, que abandone suas ideias
espontâneas. Poderá estar negociando ou adequando sua interpretação e linguagem ao
contexto de utilização. Ou seja, seus conceitos serão mais elaborados ou menos
elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a necessidade ou interesse
deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no contexto da comunidade científica.
Entendemos, então, que a Física deve educar para a cidadania, contribuindo para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, “ ... capaz de compreender o papel da ciência no
desenvolvimento da tecnologia. ( ... ) capaz de compreender a cultura científica e
tecnológica de seu tempo “ ( CHAVES & SHELLARD, 2005, p. 233 ).
Cabe colocar aqui que a cidadania da qual falamos aqui não é a cidadania para o
consumo, não é a cidadania construída através de intervenções externas, doações da
burguesia e do Estado moderno, mas, a cidadania que se constrói no interior da prática
social e política de classes.
Por fim, é fundamental que a Física seja trabalhada de forma que o aluno seja
capaz de informar e se comunicar, compreender e agir, enfrentando problemas de
diferentes naturezas, participando socialmente de forma prática e solidária, elaborando
críticas e propostas, além de investigar e discutir a utilização de tecnologias e outros
meios de comunicação.
143
2. Conteúdos:
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje
compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina
escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos
escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa
disciplina no Ensino Médio.
Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições,
princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses
estruturantes derivam os conteúdos básicos que comporão as propostas pedagógicas
curriculares das escolas.
1ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
MOVIMENTO
Momentum e Inércia;
Conservação da Quantidade de
Movimento ( Momentum );
Variação da Quantidade de
Movimento = Impulso;
2ª Lei de Newton;
3ª Lei de Newton e condições de
equilíbrio.
TERMODINÂMICA Lei zero da Termodinâmica.
ELETROMAGNETISMO
Carga, Corrente Elétrica, Campo e
Ondas eletromagnéticas;
Força Eletromagnética;
2ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
144
MOVIMENTO
Energia e o Princípio da
Conservação da energia.
TERMODINÂMICA
1ª Lei da Termodinâmica;
ELETROMAGNETISMO
Equações de Maxwell: Lei de Gauss
para eletrostática/Lei de Coulomb,
Lei de Ampère, Lei de Gauss
magnética, Lei de Faraday.
3ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
MOVIMENTO
Gravitação.
TERMODINÂMICA
2ª Lei da Termodinâmica;
ELETROMAGNETISMO
A natureza da luz e suas
propriedades.
3. Metodologia:
Em um mundo em constante mudança, a aprendizagem desejada é aquela que
articula o conhecimento curricular às vivencias do aluno, para que se torne significativa,
que ocorra pela interação do aluno com o meio, com os colegas, com o material didático,
com o professor. Mais do que soluções prontas e acabadas, o que se pretende é que ele
saiba buscar o aprendizado, instigando-o, valorizando a reflexão constante e também sua
145
herança cultural. Partindo do conhecimento prévio do estudante na construção do saber
científico historicamente produzido, a busca de conteúdos e objetivos deve ser contínua
na escola e natural em sua vida profissional.
Será utilizado o Portal Dia a Dia Educação, revistas científicas, livros paradidáticos
e didáticos, sites relacionados com a ciência e tecnologia, proporcionando atividades de
pesquisas, experimentos que ajudem o aluno na interpretação dos fenômenos físicos,
relacionando-os com os conceitos e as leis da Física e inserindo uma abordagem
científica, explorando unidades e medidas, fenômenos físicos, ficção e realidade.
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico ainda é tratado
como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático que, normalmente, não leva
a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba por distanciar o interesse dos
educandos pela disciplina.
Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados e reduzidos,
bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial.
É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem condições de
ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da descoberta, tornando o
processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo e estimulador.
No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância da Física
no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento enquanto construção
humana e a constante evolução do pensamento científico, também as relações das
descobertas científicas com as aplicações tecnológicas na contemporaneidade.
O uso da experimentação é viável e necessário, mesmo que seja por meio de
demonstração feita pelo educador, ou da utilização de materiais alternativos e de baixo
custo, na construção ou demonstração de experimentos.
O educador traz ideias e contextos para as coisas, para compreender e atuar no
mundo. Essas ideias podem ser aproveitadas como ponto de partida para a construção do
conhecimento científico, tomando os cuidados necessários.
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e as
experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser aproveitadas
no processo da aprendizagem.
Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados
como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos e melhor compreensão
dos conteúdos, cabe ao professor administrar este processo no qual os educandos
necessitam de apoio. É essencial valorizar os acertos e tornar o erro em algo comum,
146
caracterizando-o como um exercício de aprendizagem. É importante incentivar os
educandos a ampliarem seus conhecimentos por meio de pesquisa, como atitude
cotidiana e na busca de resultados.
O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada vez mais
importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas e à melhor
compreensão dos estudos elaborados. O uso do computador pelo educando na escola é
necessário visto que a tecnologia se faz presente nos lares, no trabalho e aonde quer que
se vá.
Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites ou em outros meios de
divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao ensino de Física podem e
devem ser explorados de diversas formas, desde que tenham cunho científico.
O ensino de Física não deve ser pautado apenas no uso do material didático fornecido
pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros recursos para
enriquecimento das aulas e assim tornar o processo de ensino mais harmonioso e
agradável.
Serão também trabalhados conteúdos referentes à História e Cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena/Equipe Multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e Lei nº
11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade
Humana, Educação Ambiental, Enfrentamento à violência contra a criança e o
adolescente, Direito das Crianças e Adolescentes – Lei Federal nº 11.525/07, Educação
Tributária Dec. Nº 1.143/99, Portaria nº 413/02, Agenda 21 Escolar, Estatuto do Idoso (Lei
Federal nº 10741/03); Cidadania e Direitos Humanos.
.
4. Avaliação:
A avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o professor
acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a avaliação deve ser
vista como um ato educativo essencial para a condução de um trabalho pedagógico
inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de todos e a escola pública o espaço
onde a educação democrática deve acontecer.
A avaliação dar-se-á de forma diagnóstica, contínua, cumulativa e processual,
utilizando vários instrumentos, podendo destacar:
− pesquisas bibliográficas como construção e sistematização de conhecimentos prévios.
147
− relatórios sobre fenômenos físicos em experimentos e filmes.
− relatos de conceitos físicos, unidades de medidas, causas e efeitos dos fenômenos
explorados, através de textos científicos, poéticos e reportagens.
− avaliação escrita, trabalhos, entre outros.
A avaliação indicará o déficit na apropriação dos conteúdos e a necessidade de
recuperação de estudos a ser realizada de forma paralela, revendo os conteúdos não
apreendidos e propiciando novas oportunidades de avaliação .
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se essencialmente considerar:
· A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
· A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
· A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
· A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as
teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os
conhecimentos da Física.
A recuperação de estudos acontecerá de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e instrumentos diversificados, com
atividades significativas, sendo que os resultados da recuperação serão incorporados às
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar.
Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do
conhecimento pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste
conhecimento. Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando
cria condições reais para a condução do trabalho pedagógico.
5. Referências:
MENEZES, L. C. A Matéria – Uma Aventura do Espírito: Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005. MOREIRA, Antonio Flávio. Currículo como política cultural e a formação docente. In. SILVA, Tomáz Tadeu da; MOREIRA, Antonio Flávio. (Orgs). Territórios contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 7 – 20. ______. Escola, currículo e a construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1994.
148
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Física para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Física. Curitiba: SEED-PR, 2006. GONÇALVES FILHO, Aurélio; TOSCANO, Carlos. Física. Vol. único: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2005. . PENTEADO, Paulo Cesar M.; MAGNO, Carlos. Física – ciência e tecnologia. São Paulo: Moderna, 2005. ROSA, C. W. da; ROSA, À. B. da. A Teoria histórico Cultural e o Ensino da Física. In: Revista Iberoamericana de Educación, n. 33 – 6, 1 – 8, 2004. ISBN: 1681 – 5653. SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sergio Calçada. Física: Vol. Único. 2. Ed. São Paulo: Atual, 2005. (Coleção ensino médio Atual). SITES: www.coladawebe.com.br www.fisicanet.com.br www.feiradeciencias.com.br
GEOGRAFIA
1. Apresentação e Justificativa:
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço
produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação
entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações –
relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996).
O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e
também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações,
não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a
história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por
objetos naturais, que ao longo da história vão sendo substituídos por
149
objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com
que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina
(SANTOS, 1996, p. 51).
A Geografia como disciplina oferece ao educando uma visão crítica e construtiva
do seu espaço no âmbito social, físico e histórico. Ela se preocupa em compreender o
espaço produzido e apropriado pelas sociedades, seus aspectos físicos e culturais,
contribuindo para que o aluno perceba que é um ser ativo, crítico e participativo, ou seja,
um agente transformador.
A disciplina de Geografia tem como objetivo problematizar a abrangência dos
conteúdos desse campo do conhecimento, bem como reconhecer os impasses e
contradições existentes são procedimentos fundamentais para compreender e ensinar o
espaço geográfico no atual período histórico.
A Geografia contribui para que o aluno compreenda o mundo pensando, refletindo
e posicionando- se criticamente, buscando a justiça social e acima de tudo,
compreendendo a relação sociedade natureza. Contribui também para a reflexão sobre os
fatos históricos que resultaram de artimanhas políticas.
Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é importante para a vida em
sociedade e, em particular, para o desenvolvimento das funções de cidadania: cada
cidadão, ao conhecer as características sociais, culturais e naturais do lugar onde vive,
bem como, a de outros lugares pode comparar, explicar, compreender e espacializar as
múltiplas relações que diferentes sociedades em épocas variadas, estabeleceram com a
natureza a construção de seu espaço geográfico.
2. Conteúdos:
2.1. ESTRUTURANTES:
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude
que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,
considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino, ou
seja, o espaço geográfico. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade a partir
das quais os conteúdos específicos devem ser abordados.
150
Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os conteúdos
estruturantes de Geografia devem considerar, em sua abordagem teórico-metodológica,
as relações socioespaciais em todas as escalas geográficas, analisadas em função das
transformações políticas, econômicas, sociais e culturais que marcam o atual período
histórico.
Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da
Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos, por sua
vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias dos quatro
conteúdos estruturantes.
A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo
específico, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante, ora de
outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser explicitada pelo professor para
que o aluno compreenda que na realidade socioespacial eles não se separam.
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
Discute-se neste conteúdo estruturante os espaços de produção como o industrial-
urbano e o agropecuário-rural, as aproximações e especificidades de cada um, a
hierarquia dos lugares, as relações econômica entre as diferentes porções territoriais
como as cidades, os estados/províncias, os países e regiões. Relações de produção e de
trabalho, como as sociedades produzem o espaço geográfico sob a perspectiva da
produção de objetos (fixos e móveis) necessários para a manutenção da dinâmica da
sociedade (capitalista).Ênfase nas desigualdades econômicas, na produção de
necessidades, nas diferentes classes sociais, na configuração sociespacial.
Os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante,
especialmente o de Rede.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais as instâncias e
instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. Neste conteúdo estruturante
aborda-se desde as relações de poder sobre territórios na escala micro (rua, bairro) até a
escala macro (país, instituições internacionais). O papel do Estado e das forças políticas
não estatais (ongs, narcotráfico, crime organizado, associações), bem como as
151
redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais, sociais, políticos,
são fundamentais.
Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são Território
e Lugar.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
As relações cidade-capital-natureza e sua lógica balizam as discussões deste
conteúdo estruturante. A produção do espaço geográfico, a criação de necessidades e a
mobilização de “recursos” naturais para satisfaze-las, no modelo econômico do
capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo estruturante. Através desse
conteúdo é trabalhado como essas relações se concretizam na diferenciação das
paisagens sociais e culturais. Os conceitos de Sociedade e Natureza são entendidos
como categoria de análise neste conteúdo estruturante. Modo de produção, classes
sociais, consumo, sustentabilidade, dinâmica da natureza e tempo são discutidos a partir
da perspectiva da produção espacial e da paisagem.
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DOS ESPAÇO GEOGRÁFICO:
As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são centrais neste
conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em funções das
especificidades culturais. As marcas culturais na produção das paisagens (rural e urbana)
e suas razões históricas, econômicas, naturais; a ocupação e distribuição da população
no espaço geográfico e suas consequências econômicas, culturais, sociais; os grupos
sociais e étnicos em sua configuração espacial e urbana, rural, regional.
Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são os de
região (singularidades e generalidades) e paisagem.
2.2. BÁSICOS:
Conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais para os anos da etapa
final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a formação conceitual
dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica, ofertados pela escola. O
acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se
encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.
152
Os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos fundamentos que
recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em
conteúdos específicos, sempre se considerando o aprofundamento a ser observado para
as séries e etapa de ensino. Ou seja, onde os conteúdos receberão abordagens
contextualizadas historicamente, socialmente e politicamente, de modo que façam
sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas,
contribuindo com a sua formação cidadã.
Os conteúdos básicos, apresentados a seguir em cada ano do Ensino
Fundamental, devem ser tomados como ponto de partida, e por serem conhecimentos
fundamentais para cada ano, não podem ser suprimidos nem reduzidos, ao contrário, o
professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na proposta pedagógica, de modo
a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que constitui como conhecimento
especializado e sistematizado, sempre articulando com os conteúdos estruturantes.
2.2.1. Ensino Fundamental
6º ANO
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e de
produção;
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico;
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ANO - A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguaração do território brasileiro;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
153
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- Movimentos migratórios e suas motivações;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico;
A circulação de mão-de-obra das mercadorias e das informações.
8º ANO - As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a re-organização dos territórios do continente
americano;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
- O comércio em suas implicações socioespaciais;
- A circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das informações;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a re-organização do espaço
geográfico;
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- Os movimentos migratórios e suas motivações;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- Formação, localização e exploração dos recursos naturais.
9º ANO - As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
- A revolução técnico-científico–informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
154
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territorial;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações, na atual configuração
territorial.
2.2.2. Ensino Médio
1ª SÉRIE - A formação e transformação das paisagens.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- O comércio e as implicações sócio-espaciais.
2ª SÉRIE - As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
155
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
- Os movimentos migratórios e suas motivações.
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.
- O comércio e as implicações sócio-espaciais.
3ª SÉRIE - A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espço da produção.
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- O comércio e as implicações socioespaciais.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
3. Metodologia:
A metodologia proposta tem como base a utilização dos conteúdos estruturantes,
os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e conceitual da
Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço
geográfico, que é o objeto de estudo da Geografia. Para isso os conteúdos da geografia
devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima
e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos propostos, utilizando a
cartografia como ferramenta essencial.
A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-sociais,
política e cultural tem por objetivo mobilizar o aluno para o seu conhecimento. Por isso,
deve-se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica. Através
de leitura e interpretação das informações contidas nas diferentes fontes históricas.
Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia atreladas aos
fundamentos teóricos destas propostas pedagógicas tornam-se importantes instrumentos
156
para compreensão do espaço geográfico, dos conceitos e das relações socioespaciais
nas diversas escalas geográficas.
A aula de campo é um importante encaminhamento metodológico para analisar a
área em estudo (urbana ou rural), de modo que o aluno poderá diferenciar, por exemplo,
paisagem de espaço geográfico.
Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral
(fotografias, slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados para a problematização dos
conteúdos da Geografia, desde que sejam explorados à luz de seus fundamentos teórico-
conceituais.
O uso da cartografia, que os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos
estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação, problematização e análise
crítica e que jamais sejam meros instrumentos de localização dos eventos e acidentes
geográficos.
As obras de arte e a literatura como instrumento de análise e confronto com
outros contextos históricos. Além disso, facilitam abordagens pedagógicas
interdisciplinares.
Pesquisas de jornais e revistas para que o aluno reflita sobre as diversas
informações levando-as a trocas de idéias e debates em sala de aula, despertando o
senso crítico no educando.
Utilização de laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive) educativos,
relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e auxiliar na compreensão
do ensino aprendizagem.
No Ensino Médio os conteúdos serão trabalhados de forma aprofundada e mais
complexa “de modo a ampliar as relações estabelecidas entre os conteúdos, respeitada a
maior capacidade de abstração do aluno e sua possibilidade de formações conceituais
mais amplas”. (DCO, 2008, p. 79).
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Geografia serão
trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº
10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação
Fiscal; Geografia do Paraná; Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10741/03); Cidadania e
Direitos Humanos.
157
4. Avaliação:
A avaliação será formativa num processo de intervenção contínua, diagnóstica e
processual, contemplando diferentes práticas pedagógicas, um processo não linear de
construção assentado na interação e no diálogo entre professor e aluno.
Destacam-se como os principais critérios de avaliação de Geografia a formação
dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para a
compreensão e intervenção para a realidade, e a assimilação das relações Espaço
Temporais e Sociedades Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas
geográficas.
A avaliação inserida no ensino aprendizagem deve ser a forma que o professor
utiliza para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos
manifestado pelo educando durante o ano letivo.
Na prática pedagógica serão utilizados técnicas e instrumentos como:
- Leitura, interpretação e produção de textos geográficos.
- Leitura e interpretação de fotos, imagens, mapas, tabelas e gráficos.
- Pesquisas bibliográficas.
- Apresentação de seminários.
- Avaliações escritas.
- Debates.
- Trabalhos em grupo.
- Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas.
- Outros.
A recuperação de estudos será feita de acordo com a necessidade de cada aluno,
concomitantemente, onde o professor retoma os conteúdos não assimilados, podendo
utilizar vários meios como: revisão de conteúdos, interpretação de textos
complementares, exercícios reflexivos, avaliação escrita ou oral, trabalhos, debates,
pesquisas, dando nova chance de avaliação, prevalecendo o melhor resultado.
5. Referências:
BOFF, Leonardo. Civilização Planetaria. Desafios a sociedade e ao cristianismo. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
158
CAMPBELL, Jack. Construindo um futuro comum: educando para a integração na diversidade. Brasília: Unesco, 2002. CASTELLS, Manuel. A sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. ______. O poder da Igualdade. São Paulo: Paz e Terra, 1999. ______. Fim de Milênio. São Paulo: Paz e Terra, 1999. CAVALCANTI, L. de S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia. CEDES, v. 24, n. 66, Campinas, mai/ago, 2005. COLL, Cesar ET alli. Os conteúdos na reforma. Porto Alegre: Atmed, 2000. ______. Aprender conteúdos e desenvolver capacidades. Porto Alegre, Atmed, 2004. CORREA, Roberto L.; ROSENDHAL, Zeni. (orgs.) Introdução a Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, 2000. GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002. LIBANEO, J. L. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2002. LUCCI, Elian Alabi; BRANCO Anselmo Lázaro/& MENDONÇA, Claudio. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva 2005. MARTINELLI, Marcelo. Mapas de geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2003. MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. OLIVEIRA, Dennison de. Urbanização e industrialização no Paraná. Curitiba: SEED, 2001. PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino fundamental. Cadernos Temáticos: inserção dos conteúdos de Geografia e cultura Afro-brasileira e africana nos currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED – PR, 2005. ______. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Geografia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. ______. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2006.
159
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre, Atmed, 1999. ______. Gráficos e mapas. São Paulo: Moderna, 1998. SANTOS, M. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005. TERRA, Lygia, COELHO, Marcos Amorim. Geografia geral e geografia do Brasil: o espaço natural e sócio econômico. Volume único. São Paulo: Moderna, 2005. VIDAL DE LA BLACHE, P. Princípios da Geografia Humana. Lisboa: Cosmos, 1957. Sites: www.cartograma.com www.diaadiaeducacao.pr.gov.br www.ibge.gov.br www.bussolaescolar.com.br WWW.planetageo.sites.uol.com.br/fmapas.htm
HISTÓRIA
1. Apresentação e Justificativa:
A História como conhecimento busca entender de que modo os seres humanos se
organizaram e viveram no passado até os dias atuais, assim, propõe pesquisar a vida dos
seres humanos em sociedade no passado e presente possibilitando compreender a
interdependência entre o conhecimento científico e as experiências vivenciadas
diariamente pela humanidade. A História tem como objeto de estudo as ações e relações
humanas no tempo.
Nesse contexto podemos conhecer a História da humanidade em tempos e lugares
diferentes, levando em consideração as condições de vida, sua maneira de pensar, agir e
organizar, considerando as heranças recebidas daqueles que viveram anteriormente,
além de se preocupar com os problemas atuais contribuindo para compreensão do
160
momento que estamos vivendo, devendo considerar em suas dimensões amplas que
envolvem a formação cultural.
Buscando atingir estes propósitos, as amplas tendências historiográficas,
atualmente, tem nos brindado com constantes e profícuos debates acerca da
problemática que se refere à inclusão de novos objetos, novos problemas, novas
abordagens voltadas as varias facetas da produção humana.
Dentre as tendências historiográficas, a Nova Esquerda Inglesa, elegeu a classe
trabalhadora como personagem central de seus estudos empíricos. Os conceitos de
classe social e de luta de classes, fundamentais no pensamento marxista, foram
ampliados por essa corrente, porque seus estudos não reduzem a explicação histórica ao
aspecto econômico. Percebe a classe trabalhadora a partir do conceito de experiência, o
que envolve, dialeticamente, o econômico, o cultural e o social. Conceitos fundamentais
do marxismo tiveram significação ampliada para a ciência histórica, como, por exemplo, o
de luta de classes, que passou a reconhecê-la no interior de uma mesma classe e não
somente entre as classes.
Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica,
os historiadores da Nova Esquerda Inglesa, pautam seus estudos na experiência do
historiador, na sua dimensão social e investigativa, o que possibilita novos
questionamentos sobre o passado, a partir dos quais têm surgido novos métodos de
pesquisa histórica.
Essa concepção de História, como experiência de homens e mulheres e sua
relação dialética com a produção material, valoriza a possibilidade de luta e
transformação social, reforçando a ideia que a construção da história é feita por sujeitos
na realidade socialmente vivida.
Desse modo, a disciplina de história prioriza uma história viva e coloca o aluno
diante de um problema para a investigação, pois fazer história significa lidar com a
sociedade, objeto dinâmico e em constante transformação, onde ele (o aluno) reconhece
os seus próprios condicionamentos sociais e sua posição como agente e sujeito da
história portanto, a história é uma experiência que se concretiza no cotidiano, porque é a
partir dela que se constrói o hoje e o futuro.
Em História é importante compreender os significados dos diversos acontecimentos
do mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles, sobretudo do grupo social
a que pertence, despertar o espírito de participação, pois a democracia só se constrói com
a participação de todos e compreender as ações humanas na construção da identidade
161
social, política e econômica de cada indivíduo levando à formação de um agente crítico e
consciente se seu papel de cidadão.
Enfim , a Hisória é fundamental para formar o aluno cidadão dotado de visão
crítica, com capacidade de compreender os significados dos diversos acontecimentos do
mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles, sobretudo do grupo social a
que pertence.
2. Conteúdos:
2.1- Ensino Fundamental
Os conteúdos foram selecionados e agrupados pensando a História
Temática.
Articulam-se os Conteúdos Estruturantes e Básicos que se encontram nas
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica de História, com os Conteúdos
Específicos que estão nos livros didáticos.
6º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de trabalho Relações de poder
A experiência humana no tempo.
- Entendendo a História
- O trabalho do historiador
- O tempo nas sociedades Ocidentais, orientais,
indianas, indígenas e africanas
- Diferentes tipos de documentos históricos –
fonte oral, escrita, sonora
- Os vestígios humanos - Pré-história e os
sítios arqueológicos
- Origem do homem – a importância do fogo, da
terra e das armas
- Conceitos; Mitologia, Politeísmo, monoteísmo,
escravismo, trabalho livre,
Os sujeitos e suas relações
- O homem da África, da Ásia e da Europa
A sobrevivência nas sociedades do crescente
162
Relações culturais
com o outro no tempo.
fértil – o poder da água
A sobrevivência dos povos da América e do
Brasil
Os diferentes sujeitos no Egito, Mesopotâmia,
Grécia e Roma
A importância da agricultura no mundo antigo
O significado da guerra para Persas, Gregos e
Romanos
As formas de poder nas sociedades antigas
As relações de trabalho nas sociedades
asiáticas e européias
As cidades do mundo antigo – diferentes tipos
de habitações
As formas de governo na Grécia e em Roma
As culturas locais e a cultura comum
Heranças culturais de Egito, Mesopotâmia,
Fenícios, Persas, Gregos e Romanos
- Mumificação e ritual de morte – semelhanças
de diferenças com atualidade
- As diferentes escritas entre Egito e
Mesopotâmia
- As leis e suas funções na Mesopotâmia,
Grécia e Roma
- As diferentes formas de crenças entre o
monoteísmo Hebreu e o politeísmo das demais
sociedades antigas
- Os livros sagrados e sua função nas
diferentes sociedades antigas
- O papel da mulher na Grécia e em Roma e na
atualidade
- O pão e circo romano e suas semelhanças e
diferenças na atualidade
- Jogos Olímpicos na Grécia antiga e na
163
atualidade – culto ao corpo
A arte na antiguidade – Egito, Grécia e Roma -
representações e significados
Grandes monumentos históricos: Pirâmides,
Zigurates, Muralha da China,Taj Mahal na Índia,
Parthenon na Grécia,Coliseu Romano, A Igreja
de Sta.Sofia em Constantinopla
7º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
Relações de trabalho Relações de poder
As relações de propriedade
- O valor da terra na Idade Média
Ocidental e Oriental
- A propriedade e sua organização no
feudalismo
- as noções de propriedade para os
povos indígenas e
quilombolas no Brasil
- as noções de propriedade para os
povos pré-colombianos
- as noções de propriedade para os
povos africanos e chineses
- A propriedade para os Europeus e sua
chegada na América
- A organização da propriedade no
Brasil colônia
- A constituição do latifúndio no Brasil
colônia e império
A Constituição da história do mundo do campo e do mundo da cidade.
- A organização social e econômica na
cidade e no campo no ocidente e
164
Relações culturais
As relações entre o campo e a cidade.
Oriente
- os diferentes sujeitos no feudo e suas
funções
- as relações de trabalho no feudo, no
Islamismo e no Brasil colônia
- os castelos medievais
As cidades e as doenças medievais
As mesquitas islâmicas – pg.68
O campo e a cidade nas sociedades
africanas
Cristóvão Colombo e a América
Diferentes sujeitos na América pré-
colombiana,
Brasil e primeiras cidades (vilas e
câmaras municipais)
Os Povos Indígenas do Brasil na época
da colonização e na atualidade – pg176
As cidades do açúcar e do ouro no
Brasil
As cidades e o tropeirismo no Paraná
A educação no Brasil colônia – pg. 236
Conflitos e resistências e a produção cultural campo/cidade.
- Diversas formas de resistência a
ordem instituída
- a crise de Roma e a volta do homem
ao campo - colonato
- as lutas pela terra no mundo romano e
na idade média
- A educação na idade media ocidental
e suas semelhanças e diferenças com
a atualidade
- Os templários e as sociedades
secretas
O legado de Maomé no Oriente Médio:
165
pilares da crença muçulmana X
mandamentos cristãos
Os diferentes sujeitos na sociedade
muçulmana
- O nu na arte visto como pecado:
Michelangelo e Leonardo Da Vinci
- Martinho Lutero e as 95 teses – a
cisão da cristandade
As resistências dos povos pré-
colombianos: a cruz, a espada e a fome
- os diferentes sujeitos sociais se
rebelam no Brasil colônia: conflitos
senhor versus escravo
O poder dos Missionários e as
resistência à coroa portuguesa e
espanhola
8º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de trabalho
História das relações da humanidade com o trabalho.
- O homem moderno e o poder das ideias
- Os fins justificam os meios? Origem do
conceito e semelhanças com atualidade
- As condições de Higiene da Inglaterra
do séc. XVII/XVIII
- A América e o sonho dourado – razões
e conseqüências no séc. XVI e XXI
- As relações de trabalho na era da
Mineração no Brasil colonial
- O trabalho dignifica o homem – as luzes
conduzindo a sociedade
-Liberdade, Igualdade e Fraternidade -
Revoluções Burguesas
166
Relações de poder
-Simon Bolívar e o sonho da América
forte e unida
-Os indígenas da América Norte suas
semelhanças e diferenças com o Brasil
O trabalho e a vida em sociedade
Os novos sujeitos sociais com a vinda da
Indústria
A chegada da Indústria e as mudanças
de comportamento dos diversos sujeitos
sociais
A Indústria do séc. XVIII e as novas
relações de trabalho
O poder das igrejas no Brasil do ouro
O trabalho e as contradições da modernidade
As novas condições sociais com a
modernidade
O poder da máquina no séc. XVIII na
Inglaterra e na atualidade
A exploração do trabalho infantil e da
mulher nas fábricas do séc. XVIII e na
atualidade
O luxo e o lixo das cidades da Europa -
Inglaterra e França do séc. XVIII -
semelhanças e diferenças com a
atualidade
Novidades trazidas ao Brasil pela família
real portuguesa
Condições sociais dos diversos sujeitos
sociais do Brasil colonial– escravos x
mineradores
O café as mudanças na sociedade e na
economia do Brasil II Império
Novos personagens entram em cena –
Imigração no séc. XIX no Brasil
A questão agrária no Brasil
167
Relações culturais
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
O homem e a luta pelos direitos sociais
Declaração de Direitos na Inglaterra e
Declaração dos Direitos do homem e do
cidadão da França
As lutas pelos direitos políticos como
conquista de direitos humanos –
Símbolos da Revolução Francesa
As lutas pelos ideais de Liberdade,
Igualdade e Fraternidade no Brasil
colonial
- Tiradentes – Herói ou bandido?
- Brasil = Liberdade se compra ou se
conquista?
Constituição de 1824 – permanências e
mudanças com a constituição de 1988
Karl Marx e o sonho de uma nova
sociedade não capitalista
Direitos Individuais e Sociais
Resistência do Brasil Império –
Revolução Farroupilha e o orgulho de ser
gaúcho
A guerra do Paraguai
As lutas pelos direitos humanos dos
povos afro descendentes no Brasil
168
9º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de trabalho Relações de poder
A constituição
das instituições
sociais.
A sociedade e diferentes formas de
organização
As comunidades virtuais hoje e as novas
tecnologias do séc. XIX
As irmandades católicas e as religiões
afro-brasileiras na América Portuguesa
A formação de poder entre os povos
africanos
A formação dos sindicatos no Brasil – a
organização sindical e as leis trabalhistas
no governo de GV
A formação do
Estado.
Diferentes organizações de poder de
Estado
Os poderes do Estado – Monarquia,
República, Ditadura, Aristocracia e
Democracia
Os poderes do Estado brasileiro:
Executivo-Legislativo-Judiciário
A formação do Estado Brasileiro
Republicano
As constituições do Brasil Republicano
A política do café-com-leite e suas
permanências e mudanças com a
atualidade
Por um Estado brasileiro populista e
nacionalista= Getulio Vargas
O presidente Bossa nova e nova capital
Brasília
A Instituição do governo de ditadura no
Brasil anos 64
169
Relações culturais
A formação dos reinos africanos
O imperialismo no século XIX
A formação dos estados Nacionais nos
séc. XIX
O socialismo na Rússia e a implantação do
Socialismo
A Nova ordem mundial pós-guerra fria-
Queda das torres gêmeas nos EUA
O mundo globalizado
Lula e novo modelo de governo –
Retrato do Brasil contemporâneo
170
Sujeitos, Guerras
e
revoluções.
As resistências dos sujeitos a ordem
instituída, seja social ou econômica.
Os novos sujeitos na África do séc.XIX X
novos conflitos, novos personagens
A indústria do lazer e da arte do séc. XIX e
na atualidade – semelhanças e diferenças
As revoltas sociais no Brasil republicano:
– O messianismo de Canudos e
Contestado
- Coronelismo e o poder de Padre Cícero
- As lutas operárias no Brasil Republicano
- A epidemia de Febre Amarela versus
gripe A
Cangaço: Robin Hood do Nordeste
O movimento anarquista, comunista e
tenentista no Brasil
O Brasil no contexto das guerras mundiais
Guerra de trincheiras no inicio do século
XX – a guerra e a morte
A crise dos EUA hoje e a crise em 1929
Adolf Hitler e o Mein Kampf
O Holocausto Judeu e as bombas
atômicas no Japão por ocasião da 2a
guerra mundial
A Era do radio e sua função social e
política nos anos 40 no Brasil
A disputa fria entre a águia norte-
americana e o urso soviético
Martin Luther king e a luta pelos direitos
dos negros
O Apartheid na África do século XX
A guerra do Vietnã – a guerra que não
acabou
171
Che Guevara e a Revolução Cubana
O poder da mídia e da indústria cultural
dos bens culturais de massa – Beatles e
os hippies
A resistência a ditadura militar no Brasil
pelas manifestações artísticas
O futebol: uma paixão brasileira O
Aquecimento global e a luta pela água.
172
2.2. Ensino Médio
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
1- Relações de trabalho
2- Relações de poder
3- Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1- Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre
2- Urbanização e industrialização
3- O Estado e as relações de poder
4- Os sujeitos, as revoltas e as guerras
5- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
6- Cultura e religiosidade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
1 - Como as sociedades europeias, asiáticas e africanas relacionavam-se entre si
e com a natureza através do trabalho – ontem e hoje.
2 - Caçadores, coletores e agricultores: do nomadismo às primeiras civilizações;
3- Formação e expansão dos grandes impérios: romano, colonial e neocolonial;
4- Diferentes formas de relação de trabalho: escravismo, servidão e
assalariamento.
5- Como as sociedades europeias, asiáticas e africanas relacionavam-se através
do poder e da cultura – ontem e hoje.
6- Relação entre poder e religião;
7- Lutas políticas e sociais contra a ordem estabelecida;
8- Ideologia, cultura e poder no mundo contemporâneo.
9- Paraná - começo da etnia paranaense.
173
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
1- Relações de trabalho
2- Relações de poder
3- Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1 - Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre
2 - Urbanização e industrialização
3 - O Estado e as relações de poder
4 - Os sujeitos, as revoltas e as guerras
5 - Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
6 - Cultura e religiosidade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
1- Como as sociedades americanas relacionavam-se entre si e com a natureza através do
trabalho – ontem e hoje
2- Povos e civilizações pré-colombianas: conquistas e resistência;
3- Diferentes formas de colonização européia nas Américas;
4- Diferentes formas de relação de trabalho nas Américas: da escravidão ao
assalariamento.
5- Como as sociedades americanas relacionavam-se através do poder e da cultura
6- Relação entre poder e religião
7- Lutas políticas e sociais contra a ordem estabelecida
8- Ideologia, cultura e poder na América contemporânea
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
1- Relações de trabalho
2- Relações de poder
3- Relações culturais
174
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1 - Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre
2 - Urbanização e industrialização
3 - O Estado e as relações de poder
4 - Os sujeitos, as revoltas e as guerras
5 - Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
6 – Cultura e religiosidade
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1-Revolução Russa;
2- Crise de 1929 nos EUA e sua repercussão
3- Primeira Guerra Mundial
4- Os Regimes Totalitários: Nazismo, Fascismo e Stalinismo
5- Discriminação Racial
6- Gênese do Estado Novo no Brasil. A Era Vargas
7- A Segunda Guerra Mundial e a afirmação dos EUA e URSS
8- A Guerra Fria
9- O populismo na América Latina e Brasil
10- As Ditaduras Militares na América
11- Industrialização brasileira
12- A Era da Globalização Econômica, Cultural e Tecnológica
13- Paraná ontem e hoje
3. Metodologia:
No processo de construção da consciência histórica é imprescindível que
se retome constantemente com os alunos como se dá a produção do conhecimento; ou
seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objeto de
estudo as ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que
os sujeitos lhes deram, de modo consciente ou não. Para estudá-las, o historiador adota
um método de pesquisa de forma que possa problematizar o passado, e buscar, por meio
de documentos e perguntas, respostas às suas indagações. A partir disso, o pesquisador
produz uma narrativa histórica cujo desafio é contemplar a diversidade das experiências
políticas, sociais, econômicas e culturais.
175
A produção do conhecimento histórico é essencial para que os alunos
compreendam:
Os limites do livro didático;
As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;
A necessidade de ampliar o universo de consultas para entender
melhor diferentes contextos;
A importância do trabalho do historiador e da produção do
conhecimento histórico para compreensão do passado;
Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que
pode ser complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo
trabalho de investigação do historiador.
Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e contribuam
para a preservação de documentos, dos lugares de memória como museus, bibliotecas,
acervos privados e públicos de fotografias, de documentos escritos e audiovisuais, entre
outros, seja pelo uso adequado dos locais de memória, pelo manuseio cuidadoso de
documentos que podem constituir fontes de pesquisas, seja pelo reconhecimento do
trabalho feito pelos pesquisadores.
A produção do conhecimento histórico e sua apropriação, pelos alunos,
são processuais, e, deste modo, é necessário que o conceito em questão seja
constantemente retomado. Algumas questões poderão ser propostas aos alunos:
Como o historiador chegou a essa interpretação?
Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões?
Existem outras pesquisas a esse respeito?
Que dimensões o historiador contemplou em sua análise?
No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os aspectos
políticos,
Socioeconômicos e culturais?
Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?
Instigar nos alunos a capacidade de questionar e criticar os conteúdos e
as abordagens existentes no texto consultado, de modo que constituam, gradativamente,
autonomia na busca do conhecimento.
Diante do exposto, a metodologia de ensino de História, privilegia alunos
e professores como sujeitos produtores do conhecimento histórico. O processo de
construção da história, por sua vez, é compreendido em suas práticas, relações e pelas
176
multiplicidades de leituras e interpretações históricas.
Contudo, deve-se considerar o saber histórico já produzido e também
outras formas de saberes como aqueles difundidos pelos meios de comunicação.
Outro fator a considerar e enfatizar com o aluno é de que quando se
pergunta “Por quê?”, “Como?”, “Quando”? e “ O quê?” não significa que estão sendo
construídas problemáticas. Faz se necessário ir, além disto, tal como: levantar hipóteses
acerca dos acontecimentos do passado
Outro elemento a ser considerado na metodologia do ensino de História é
o uso de documentos e fontes históricas em sala de aula, recorrer ao uso de documentos
e fontes históricas nas aulas de História pode ser importante por favorecer o pensamento
histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do historiador. A intenção com o trabalho
de documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada que
permita realizar análises críticas da sociedade por meio de uma consciência temporal.
Ao trabalhar com documentos em sala de aula faz-se necessário ir além
dos documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, as fontes orais, os
testemunhos de história local, além de linguagens contemporâneas, como fotografia,
cinema, quadrinhos e informática. Outro fator a ser observado é a identificação das
especificidades do uso desses documentos, bem como entender a sua utilização para
além de meras ilustrações das aulas de História. Quanto à identificação do documento a
sugestão é determinar sua origem, natureza, autor ou autores, datação e pontos
importantes do mesmo.
Para fazer análise e comentários dos documentos, Circe Bittencourt
(2004) estabeleceu a seguinte metodologia:
Descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as informações
que ele contém;
Mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos para que
eles possam explicá-los, associá-los às informações dadas;
Situar o documento no contexto e em relação ao autor;
Identificar sua natureza e também explorar esta característica para
chegar a identificar os seus limites e interesses.
Contudo, é necessário clareza de que as práticas pedagógicas
podem mudar em decorrência da especificidade da linguagem do documento.
RECURSOS DIDÁTICOS:
177
Imagens;
TV pen drive de TV Paulo Freire
Textos diversos;
Mostra pedagógica;
DVD;
Músicas.
Retro-projetor;
Quadro negro e giz;
Jornais, revistas e periódicos;
Cartazes e materiais de artes;
Mural;
Mapas;
Máquina fotografia e filmadora;
Computador.
O aluno trabalhará com quadros comparativos, produções de textos, análise de
textos, filmes, imagens e músicas, gráficos, debates, atividades escritas e orais,
pesquisas bibliográficas e de campo, dramatizações, resumos entre outros.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em História serão
trabalhados conteúdos de: História do Paraná (Lei nº13.381/01); História e Cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal;
Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e
Adolescentes LF nº 11.525/07; Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10741/03); Cidadania e
Direitos Humanos.
4. Avaliação:
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos,
permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este
processo.
Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter classificatório,
autoritário, que desvinculam a sua função da aprendizagem, que não se ocupam dos
178
conteúdos e do seu tratamento conforme as concepções definidas no projeto político-
pedagógico da escola.
Formas avaliativas:
Avaliação diagnóstica – permite ao professor identificar o
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades didáticas que
possibilitem a compreensão dos conteúdos a serem trabalhados;
Avaliação formativa – ocorre durante o processo pedagógico e tem
por finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos,
identificar a aprendizagem alcançada desde o início até ao momento avaliado;
Avaliação somativa – permite ao professor tomar uma amostragem
de objetivos propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em consonância
com o perfil dos alunos e com os encaminhamentos metodológicos utilizados para a
compreensão dos conteúdos.
As práticas avaliativas baseadas na memorização de conteúdos
devem ser substituídas por atividades que permitam desenvolver a capacidade de síntese
e redação de uma narrativa histórica, de forma a permitir ao aluno expressar o
desenvolvimento de ideias e conceitos históricos, revelando se o educando se apropriou
da capacidade de leituras de documentos com linguagens contemporâneas, como
cinema, fotografia, quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento histórico.
Deseja-se que ao final do trabalho na Disciplina de História, os alunos
sejam capazes de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de
poder neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em que
vivem de modo a se fazerem também sujeitos da própria História.
Serão considerados alguns critérios de avaliação:
Compreensão dos significados dos diversos acontecimentos do
mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles, sobretudo do grupo social a
que pertence;
Criação de espírito de participação, pois a democracia só se constrói
com a participação de todos;
Compreensão das ações humanas na construção da identidade
social, política e econômica de cada indivíduo levando à formação de um agente crítico e
consciente de seu papel de cidadão.
Formação de cidadãos dotados de visão crítica, com capacidade de
compreender os significados dos diversos acontecimentos do mundo contemporâneo e a
179
tudo que se relaciona com eles, sobretudo do grupo social a que pertence.
A recuperação de estudos será feita de acordo com a necessidade de
cada aluno, e vários meios poderão ser usados como: revisão de conteúdos,
interpretação de textos complementares, exercícios reflexivos, avaliação escrita ou oral,
trabalhos, debates, pesquisas, prevalecendo o melhor resultado obtido.
5. Referências:
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Aribá História. São Paulo: Moderna, 2007. BOULOS Junior, Alfredo. História. 4 v. São Paulo: FTD. CARMO, Sônia Irene do; COUTO, Eliane. História é presente: Brasil colônia. COTRIM, Gilberto. História e consciência do Brasil. São Paulo: Ática. Giovanni, de Cristina Viscont; Junqueira, Zilda Almeida. 4 v. São Paulo: FTD. LEI FEDERAL nº 10.639/03, que altera a LDB dispondo sobre a inclusão no currículo oficial da rede de ensino da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Martins, José Roberto. História. 4 v. São Paulo: FTD. PANAZZO, Silvia; VAZ. Maria Luísa. Navegando pela História. São Paulo: FTD. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de História para a Educação Básica. Curitiba:SEED/PR, 2008. PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná. n. 6.134 de 18/12/2001. PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. História & Vida Integrada. Editora Ática. SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: Império e República. SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: colônia. Internet, sítios no www.google.com.br Periódicos. Jornais, revistas.
180
LEM - INGLÊS
1. Apresentação e Justificativa:
Desde o início da colonização houve a preocupação de se promover
educação e aos Jesuítas coube a responsabilidade de evangelizar e ensinar o Latim. Com
a chegada da Família Real (1808), criou-se as cadeiras de Inglês e Francês com objetivo
de melhorar a instrução pública e de atender também às necessidades de escolarização
dos filhos dos imigrantes europeus, que lutavam pela preservação de sua cultura,
construindo e mantendo escolas para seus filhos.
Mesmo com a valorização de outras línguas estrangeiras o Inglês teve
seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações
comerciais, e também pela dependência econômica e cultural com os Estados Unidos
após a 2ª Guerra Mundial.
O conteúdo de Língua Estrangeira visa atingir fins comunicativos,
oportunizando aos alunos aprendizagem que ampliem as possibilidades de ver o mundo,
de avaliar os paradigmas já existentes. O ensino de Língua Estrangeira e seu uso pelos
alunos permitem aos mesmos perceberem-se como parte integrante das sociedades
contemporâneas, que não podem sobreviver isolados. É fundamental que se relacionem,
atravessem fronteiras geopolíticas e culturais, participem ativamente desse mundo em
que vivem fazendo uso da língua que estão aprendendo em situações significativas.
O mundo globalizado exige que a oferta de Língua Estrangeira seja para o
aluno mais uma ferramenta a ser utilizada na conquista de sua cidadania, colaborando no
aperfeiçoamento do seu potencial de leitor, escritor e agente transformador da sociedade.
O Inglês é ensinado para que os alunos conheçam e compreendam a
diversidade linguística e cultural existente no mundo, sendo percebido como um
instrumento de comunicação e de interação social, permitindo que os mesmos possam
perceber as possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que
vivem.
No mundo atual, o inglês tem sofrido uma significativa expansão, fato que
se deve principalmente a modernização e informatização (internet), o que tem despertado
um interesse ainda maior pela língua inglesa, pois a cada dia fica constatado que está
“mais” urgente saber inglês.
181
São muitas as atividades que contribuem para o desenvolvimento da
prática dos grandes eixos da língua inglesa: leitura, oralidade e escrita através de jornais,
livros, revistas, mercados, shoppings, etc.
É de suma importância que o ensino de língua estrangeira esteja
articulado com as demais disciplinas, sempre de forma dinâmica e criativa.
Não podemos deixar de lembrar que a Língua Estrangeira também tem o
importante papel de formar cidadãos críticos, contribuindo assim para a construção de
mundos sociais, sendo que o objeto de estudo é a língua.
2. Objetivos:
Entender a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Compreender a diversidade linguística e cultural, bem como os seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
Conscientizar-se dos conhecimentos de Língua Estrangeira que já
possui como participante de um mundo globalizado;
Compreender que o significado é social e historicamente construídos
e, portanto passíveis de transformação na prática social;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Conhecer no universo que o cerca a Língua Estrangeira que opera no
sistema de comunicação percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue e
compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas desempenham em
determinado momento histórico;
Adquirir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se
fazem da Língua Estrangeira que estão aprendendo;
Ampliar suas possibilidades de ver o mundo e avaliar os paradigmas
já existentes;
Promover a comunicação com e em diferentes formas discursivas
materializadas em diferentes tipos de textos;
Transferir os conhecimentos adquiridos para produções orais e
escritas;
Propiciar o uso da língua estrangeira de forma interativa.
182
3. Conteúdos:
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS
História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de TV, diário,
quadrinhas, bilhetes, fotos, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de compras,
avisos, música.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Léxico, coesão e
coerência;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos,
etc...;
Adequação do discurso ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias,
repetição;
Pronúncia.
183
travessão, negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
7º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Entrevista, notícia, tiras, textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios, diário,
cartoon, narrativa, horóscopo, música, e-mail, etc.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Variedade lingüística/
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Léxico, coesão e
coerência;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos,
etc...;
Adequação do discurso ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição;
Pronúncia.
184
Ortografia.
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
8º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Fábulas, reportagem, slogan, sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário,
outdoor, blog, e-mail, música, etc.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação, recursos
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Léxico, coesão e
coerência;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos,
etc...;
Adequação do discurso ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o
escrito;
Adequação da fala do
contexto;
Pronúncia.
185
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
9º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas, charges,
entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, Blog, e-mail, anúncio, filmes, slogan, etc.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido
denotativo e conotativo no
texto;
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Discurso direto e indireto;
Léxico, coesão e
coerência;
Emprego do sentido
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos,
etc...;
Adequação do discurso ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o
escrito;
Adequação da fala do
186
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
denotativo e conotativo no
texto;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
contexto;
Pronúncia.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados os gêneros discursivos conforme sua esferas sociais de circulação. Caberá ao
professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
- Cotidiana
- Literária/artística
- Científica
- Escolar
- Imprensa
- Publicitária
187
- Política
- Jurídica
- Produção e consumo
- Midiática
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da línguas, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
188
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Vozes verbais;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos;
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia;
189
1ª SÉRIE
1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-brasileira e
africana
1.1. Leitura de rótulos;
1.2. Leitura de logomarcas;
1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;
1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas
tecnológicas;
1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;
1.6. Leitura de letras de músicas diversas;
1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;
1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes
2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento de prática
avaliativa
2.1. Conto;
2.2. Dramatização;
2.3. Teatro;
2.4. Leitura oral de textos diversos;
2.5. Repetição oral de enunciados.
3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do discurso.
Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com os conteúdos
específicos.
3.1. Produção de desenhos;
3.2. Produção de charges;
3.3. Produção de cartazes;
3.4. Elaboração de frases curtas;
3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.
2ª SÉRIE
1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-brasileira e
africana
190
1.1. Leitura de rótulos;
1.2. Leitura de logomarcas;
1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;
1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas
tecnológicas;
1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;
1.6. Leitura de letras de músicas diversas;
1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;
1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes
2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento de prática
avaliativa
2.1. Conto;
2.2. Dramatização;
2.3. Teatro;
2.4. Leitura oral de textos diversos;
2.5. Repetição oral de enunciados.
3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do discurso.
Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com os conteúdos
específicos.
3.1. Produção de desenhos;
3.2. Produção de charges;
3.3. Produção de cartazes;
3.4. Elaboração de frases curtas;
3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.
3ª SÉRIE
1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-brasileira e
africana
1.1. Leitura de rótulos;
1.2. Leitura de logomarcas;
1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;
191
1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas
tecnológicas;
1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;
1.6. Leitura de letras de músicas diversas;
1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;
1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes
2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento de prática
avaliativa
2.1. Conto;
2.2. Dramatização;
2.3. Teatro;
2.4. Leitura oral de textos diversos;
2.5. Repetição oral de enunciados.
3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do discurso.
Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com os conteúdos
específicos.
3.1. Produção de desenhos;
3.2. Produção de charges;
3.3. Produção de cartazes;
3.4. Elaboração de frases curtas;
3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.
O vocabulário será trabalhado em todas as séries de acordo com os
conteúdos e situações necessárias. As atividades escritas relacionadas a produções de
textos, cartas, sínteses, etc., acontecerão num crescente de acordo com o nível da série e
turma.
Os conteúdos básicos: a oralidade, a leitura, a escrita e a prática da
análise lingüística, serão trabalhados em todos os bimestres e serão contemplados
também nesses conteúdos os Desafios Educacionais:
Cidadania e Direitos Humanos;
Enfrentamento da Violência na Escola;
Prevenção ao uso indevido de drogas;
192
Sexualidade humana;
Educação Fiscal;
As leis: Leis 10.639/03 e Lei 11645/08 “História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena”, Lei 13.381/01 “História do Paraná”
e Lei 9.795/99 “Meio Ambiente.
4. Metodologia:
Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da
disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através das
práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou não
verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos. Logo, as atividades
desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão questões lingüísticas,
sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que ensinar estruturas linguísticas, o
que se pretende é ensinar ao aluno como construir significados e subjetividade para agir
por meio da linguagem.
Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do aluno de agir
em diferentes situações de comunicação e que a linguagem permeia todas as relações
sociais, faz se necessário que ele compreenda que cada situação exige um agir
específico e para tal se propõe um estudo de textos de diferentes gêneros discursivos.
O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas, analisando a
função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de
informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente
depois de tudo isso, a gramática em si. Uma vez que a leitura, numa concepção
discursiva, deve ser crítica, o aluno será sempre questionado sobre quem disse o quê,
para quem, onde, quando e por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças
subjacentes ao texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno
compreenda que a língua não é neutra.
Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em conta:
· Gênero – explorar o gênero escolhido;
· Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde, quando e por que
(contexto de produção e circulação);
· Variedade Linguística – formal ou informal;
193
· Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção se sentidos;
· Atividades de pesquisa, discussão e produção.
Mais importante que o uso funcional da língua, será o engajamento discursivo. As
interações em LEM serão conduzidas de modo que familiarizem os alunos com os sons
da língua que estão aprendendo e lhes possibilite desenvolver a capacidade de adequar
as diferentes variedades lingüísticas conforme as situações de comunicação.
Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar para o
aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar para quem se
está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno (escritor) estabelecer um
diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu discurso, isto será definitivo para a
legitimidade desta interação.
Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos diferenciados
conforme suas especificidades,é importante esclarecer que estas não serão trabalhadas
de forma fragmentada, posto que numa concepção discursiva leitura, oralidade e escrita
não se separam em situações concretas de comunicação.
Salientamos que, serão critérios para a seleção dos textos os seus conteúdos ao
que se refere às informações, de modo que instiguem à pesquisa e discussão.
Dentro das temáticas que serão desenvolvidas, estarão os Desafios Educacionais
Contemporâneos, de forma articulada ao currículo, sempre que pertinentes ao conteúdo
desenvolvido. Em Inglês serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Música (Lei nº
11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação
Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07; Agenda
21 Escolar; Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10741/03); Cidadania e Direitos Humanos.
As temáticas dos textos selecionados muitas vezes exigirão o conhecimento de
outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará com as demais, numa
perspectiva interdisciplinar. Uma vez que o Conteúdo Estruturante é o discurso, e este
não é algo pronto, os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries e
trabalhados, por vezes, de forma não linear, posto que serão decorrentes das
necessidades específicas dos alunos para que se expressem ou construam sentidos aos
textos.
Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de
Inglês/Português/Inglês encaminhados pela SEED a este estabelecimento, a TV
194
multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais na língua-alvo para leitura e
para recorte, CD e CD-room, livro didático, caça-palavras, palavras cruzadas e outros,
atividades extras em folhas e apresentação dos conteúdos com auxílio de cartazes,
cartões, gravuras, jogos e atividades lúdicas.
5. Avaliação:
A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB nº 9394/96,
das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua Estrangeira
Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED. Logo, será formativa,
diagnóstica e processual.
Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-discursiva de
textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento diante do que está
sendo lido.
Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua Estrangeira
e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da variedade lingüística
para diferentes situações.
Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem para resolver
situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno conseguiu explicitar seu
posicionamento de forma coerente e se houve planejamento, adequação ao gênero,
articulação das partes e escolha da variedade linguística adequada na atividade de
produção. É importante considerar o erro como efeito da própria prática.
Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão ofertados
estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24, alínea e, da LDB
n.9394/96 e estes serão organizados com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados anotados em Livro Registro de
Classe.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala
de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Critérios de avaliação:
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
É importante que:
Espera-se que o aluno:
Espera-se que o aluno:
195
Identifique o tema;
Realize leitura
compreensiva do texto;
Localize informações
explícitas e implícitas no
texto;
Posicione-se
argumentativamente;
Amplie seu horizonte de
expectativas;
Perceba o ambiente em
que circula o gênero;
Amplie seu léxico;
Identifique a idéia principal
do texto.
Analise as intenções do
autor;
Deduza dos sentidos de
palavras e/ou expressões
a partir do contexto;
Compreenda as diferenças
decorridas do uso de
palavras e/ ou expressões
no sentido conotativo e
denotativo.
Expresse as ideias com
clareza;
Elabore/reelabore textos
de acordo com o
encaminhamento do
professor, atendendo: às
situações de produção
propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...),
à continuidade temática;
Diferencie o contexto de
uso da linguagem formal e
informal: use recursos
textuais como coesão e
coerência,
informatividade, etc;
Utilize adequadamente
recursos linguísticos como
pontuação, uso e função
do artigo, pronome,
numeral, substantivo,
adjetivo, advérbio, etc.
Empregue palavras e/ ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo,
bem como de expressões
que indicam ironia e
humor, em conformidade
com o gênero proposto.
Utilize do discurso de
acordo com a situação de
produção (formal/ informal);
Apresente suas ideias com
clareza, coerência,mesmo
que na língua materna;
Compreenda os argumentos
no discurso do outro;
Exponha seus argumentos;
Organize a sequência de
sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Analise os argumentos
apresentados pelos colegas
de classe em suas
apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados;
Participe ativamente dos
diálogos, relatos,
discussões, quando
necessário em língua
materna.
Utilize conscientemente
expressões faciais corporais
e gestuais, pausas e
entonação nas exposições
orais, entre outros
elementos extralinguísticos;
Analise recursos da
oralidade em cenas de
desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem, entre outros.
196
Instrumentos de Avaliação:
Os instrumentos que serão utilizados para verificar os avanços e
dificuldades dos alunos serão:
- Participação em sala de aula, interesse, dinamismo e interação verbal;
- Trabalho em sala, em grupos e, ou individuais;
- Resolução de exercícios propostos pelo professor em sala de aula e em
casa.
- Avaliação escrita.
- Interação dos alunos com o material didático.
- Exercícios orais.
- Pesquisas.
No processo de avaliação do rendimento escolar, dar-se-á ênfase na recuperação
de conteúdos, de forma paralela e contínua, objetivando oportunizar ao aluno de menor
rendimento a recuperação dos conteúdos não assimilados, zelar pela sua aprendizagem e
melhorar suas condições de acesso e permanência na escola, além de oferecer um
ensino de melhor qualidade. Por isso, a recuperação paralela, parte integrante da ação
educativa, se desenvolverá considerando a capacidade individual do aluno, o seu
desempenho e sua participação no processo de aquisição/construção do conhecimento,
retomando os conteúdos não atingidos, aplicando recursos diversos, aliados à sua
criatividade, de modo a alcançar os resultados esperados ( atividades como pesquisas,
listagem de exercícios, aulas expositivas, atendimento individual, entre outras), e
selecionando previamente os conteúdos, fazendo uma triagem dos conteúdos relevantes
e significativos para a etapa da aprendizagem a que se refere.
6. Referências:
AMOS, E; PRESCHER, E. Simplified Grammar Book. São Paulo: Moderna, 2001. AUN, E. et al. Get together: at the new English point. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. FERRARI, M. T.; RUBIN, S. G. English clips. São Paulo: Scipione, 2001. ______. Inglês para o ensino médio: volume único – Série Parâmetros. São Paulo:
197
Scipione, 2002. MARQUES, Amadeu. Inglês: volume único – Série Novo Ensino Médio, São Paulo: Ática, 2002. MARQUES, A.; SANTOS, D. Links: English for teens. São Paulo: Ática, 2009. MARQUES, A.; TAVARES, K. New password: read and learn. São Paulo: Ática, 2002. MORINO, E.; FARIA, R. Start up. São Paulo: Ática, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED-PR, 2006. ROCHA, A. M.; FERRARI, Z. Take your time. São Paulo: Moderna, 2000. SIQUEIRA, R. Magic reading. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Apresentação e Justificativa:
As Diretrizes Curriculares priorizam professor e aluno como sujeitos que
juntos (re) constroem o conhecimento pôr meio da pesquisa, observação, levantamento
de hipóteses, análise e reflexão. O texto e a interação, portanto, conduzem os objetivos -
programa - e a escolha de atividades pedagógicas, num esforço de ampliação da
competência do aluno para o exercício fluente e pleno da fala, escrita e a leitura. Deve-se
focar os conteúdos a partir dos textos, através do discurso. Professores e alunos devem
construir o conhecimento através da pesquisa e observação.
Na visão dos professores, as concepções e teorias referentes à linguagem,
que embasam a proposta de Língua Portuguesa, permitem perceber suas dúvidas,
dificuldades, e mesmo o desconhecimento dos pressupostos que fundamentam o
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná (Paraná, 1992) quanto ao
ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa.
198
“A maioria dos professores sente dificuldades em trabalhar a teoria da
enunciação em virtude de terem „visto‟ outras concepções em sua vida acadêmica.
Existem inseguranças do professor em como trabalhar, acaba misturando concepções e
não obtendo resultados satisfatórios. Não tem segurança em lidar com a concepção
interacionista.”
Embora o mencionado Currículo Básico tenha como embasamento a
concepção interacionista ou sociointeracionista de linguagem, não menciona a Teoria da
Enunciação – relacionada ao interacionismo – provavelmente porque na época em que foi
elaborado eram ainda incipientes os estudos sobre Bakhtin e suas teorias. Mostrou-nos a
necessidade de estabelecer as devidas relações entre a concepção interacionista e outras
categorias conceituais bakhtinianas.
Ao ser tomada como forma de ação entre pessoas (inter-ação), a linguagem
passa a ser considerada em sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em
conta a enunciação, ou seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Para
Bakhtin (1992), o enunciado – seja ele constituído de uma palavra, uma frase ou uma
seqüência de frases – é a unidade de base da língua, é o próprio discurso, já que é no
enunciado que o discurso se constrói. O discurso, por sua vez, materializa-se em práticas
discursivas, no texto. Daí a necessidade de o texto ser entendido e trabalhado em sua
dimensão discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações sociais.
Acreditamos, que maiores informações teóricas só podem ser conseguidas
por meio de muita leitura, estudo e reflexão de textos que tratem do assunto, e se houver
muito empenho do professor em aprofundar seus conhecimentos.
Encontramos como um dos problemas que se apresentam no cotidiano
escolar a “incoerência entre as teorias vigentes e as abordagens contidas nos livros
didáticos”. De fato, muitos livros didáticos se embasam em teorias que não condizem com
o atual contexto sócio-educacional, ou em uma “mistura” teórica que só serve para
confundir ainda mais os professores: convivem, em um mesmo livro, exercícios de cunho
tradicional (inclusive, com cobrança de definições, classificações e regras), exercícios
estruturalistas (de seguir modelos) e, às vezes, alguns “ensaios” de reflexão/análise
lingüística. Todavia, embora poucos, existem bons livros didáticos no mercado, inclusive
de autores/professores que vêm pesquisando e produzindo obras sobre o interacionismo,
a enunciação, o discurso/texto etc. para leitura/estudo dos profissionais da área. Portanto,
os professores precisam analisar diversos livros didáticos, antes de a escola informar ao
MEC a sua escolha.
199
“Não nos desvinculamos do tradicional. Alguns professores têm passado
pela teoria da enunciação ou sócio-interacionista, porém voltam ao tradicional por não
encontrarem o respaldo na estrutura escolar, ou mesmo dos próprios colegas.”
“A estrutura físico-pedagógica da escola enfatiza a prática tradicional”. Até
dá para entender o fato de muitos professores manterem o apego a uma prática
tradicional, o que vemos como um resquício de sua formação conservadora, mas não
compreendemos por que afirmam que a estrutura escolar os leva a isso. Talvez
considerem eles que o geralmente elevado número de alunos nas salas de aula, ou o
espaço quem sabe inapropriado de que dispõem para suas aulas, ou a defasagem do
acervo das bibliotecas, ou outras razões desconhecidas constituam empecilhos para um
trabalho coerente com os pressupostos interacionistas. Porém, apesar disso, acreditamos
na possibilidade de o professor dar a vez e a voz aos alunos na produção textual oral e
escrita, de poder refletir com a turma toda sobre os textos produzidos em classe, de
proporcionar situações de leitura em que os alunos, de forma compartilhada, apontem
pistas que conduzam a significados e sentidos. Não temos dúvidas de que isso
representa um grande desafio para o professor, dados os obstáculos que se interpõem
em seu trabalho, mas nada é impossível a quem é comprometido com o ensino e a
educação.
Por outro lado, é animador o fato de a maioria dos professores reconhecer
que, no atual contexto, a concepção/teoria que mais se presta ao processo de ensino e
aprendizagem da língua é a interacionista ou da enunciação/discurso:
“O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea, precisa estar
comprometido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o processo da enunciação e do
discurso, e sua prática deve estar relacionada a situações reais de comunicação.”
“A sala de aula deve ser lugar de interação, de encontro entre sujeitos; as
atividades de leitura e produção devem ser significativas, respondendo às questões: por
quê? para quê? Importa ensinar o aluno a usar a língua e não a gramática.”
Essas falas evidenciam que há professores dispostos a romper com a rotina
e hábitos há muito instituídos, a repensar conceitos e valores educacionais, a ressignificar
caminhos já abertos. Cabe a eles reconhecê-los, reinterpretá-los e recriá-los, dando
significado à sua prática, encontrando razões para fazer isso, comprometendo-se com o
que fazem.
“O novo não nasce do nada, pois o ensino é um eterno processo de refazer
o feito, de transformar o dado, de mudar a partir do existente, de entender e apreender o
200
que até então não havia sido apreendido”.
“O ensino de Língua Portuguesa tem como finalidade dar ao aluno
condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem verbal e não-verbal,
aprendizagem fundamental para o exercício da cidadania. Visto que, é através da
linguagem que nos reconhecemos como seres humanos, pois a comunicação, interação e
a troca de experiências, permitem compreender melhor a realidade em que estamos
inseridos e o nosso papel na sociedade.
Considerando, a dimensão dialógica da linguagem, não podemos nos
restringir apenas a linguagem escrita, mas integrá-la com outras modalidades de
linguagem – como a oral, escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos, infográficos e
outro meio criado pelo homem.
Sendo assim, a língua deve ser trabalhada como o resultado de um coletivo
histórico, perpassando todas as áreas do agir humano, possibilitando uma perspectiva
interdisciplinar, visando à formação de um ser humano expressivo, criativo, competente,
crítico e transformador.
2. Objetivos:
Assumindo-se a concepção de língua como interação ou como discurso/texto que
se efetiva nas diferentes práticas sociais e pretendendo-se que o letramento seja, na
presente diretriz, o fundamento do ensino da língua materna, os objetivos a seguir
fundamentarão todo o processo:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la
a cada contexto e interlocutor, bem como descobrir as intenções que estão
“por trás” dos discursos do cotidiano, posicionando-se diante dos mesmos;
desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações
discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os
interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes
textuais e o contexto de produção/leitura;
Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de refletir sobre os
textos que lêem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de forma
contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim
201
como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou
texto;
Desenvolver as habilidades de analisar, interpretar e relacionar as
informações recebidas;
Alicerçar o processo de ensino e aprendizagem da língua materna;
Opinar sobre fatos e ideias e assumir posições críticas;
Formar o aluno como cidadão consciente, agente e responsável;
Levar o aluno a expressar o seu saber, como ouvinte ativo das falas, de
forma a desencadear a construção ( ou reconstrução) do conhecimento a
ser desenvolvido ao longo tempo;
Interpretar os fatos do mundo, expressos através de acontecimentos,
atitudes e manifestações formais de comunicação, bem como a capacidade
de expressar juízos através de distintos meios e formas de comunicação;
Aplicar a descoberta do processo de formulação de meios de expressão,
seu reconhecimento e sua relação com a expressão da cultura de uma
sociedade ou de seus segmentos;
Conscientizar sobre o ato de comunicação seu valor social-individual,
instrumento de auto-expressão e suas diversas formas;
Permitir que os alunos percebam que a linguagem é parte integrante de
suas vidas dentro e, sobretudo fora da escola, que é instrumento
indispensável, tanto para a aquisição de
conhecimentos em quaisquer áreas do saber, como participação dos
indivíduos nas mais diversas situações sociais de interlocução;
Interpretar fatos em seqüência lógico-temporal, bem como de auferir juízos
interdisciplinares sobre fatos;
Contextualizar os fatos aprendidos nos textos, trazendo-os posteriormente à
nossa realidade;
Conhecer e refletir sobre fatos importantes que marcaram a nossa história;
Aprimorar a leitura oral, exercitando-a a partir de orientações sobre
entonação e ênfase;
Debater temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de
comunicação e argumentação orais;
Explorar a construção da narrativa (verbal e não-verbal);
202
Incorporar novas palavras a seu vocabulário;
Desenvolver estratégias de leitura: índices de previsibilidade, explicação do
conteúdo implícito, levantamento de hipótese e relações de causa e
consequência, de temporalidade e especialidade, transferência, síntese,
generalização, tradução de símbolos, relações entre forma e conteúdo.
3. Conteúdos:
3.1. ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo Estruturante: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
Conteúdos Básicos:
6º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas, provérbios,
quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos, crônicas de
ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de aventuras, narrativas de
terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato histórico,
resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,, entrevista,
classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas, publicidade
comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação, debate,
panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis, regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo, rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,
203
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade;
- Argumentos do texto;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Léxico;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto ,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras de linguagem.
ESCRITA:
- Contexto de produção;
- Interlocutor;
- Finalidade no texto;
- Informatividade;
- Argumentatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Divisão do texto em parágrafos;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficas ( como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem;
- Processo de formação de palavras;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal e nominal;
ORALIDADE:
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
204
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição,recursos semânticos.
7º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas, provérbios,
quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos, crônicas de
ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de aventuras, narrativas de
terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato histórico,
resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,, entrevista,
classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas, publicidade
comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação, debate,
panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis, regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo, rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Argumentos do texto;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
205
- Informações explícitas e implícitas;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Repetição proposital de palavras;
- Léxico;
- Ambiguidade;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no texto,
pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras de linguagem.
ESCRITA:
- Contexto de produção;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito0 , figuras de linguagem;
- Processo de formação de palavras;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal/nominal;
ORALIDADE:
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos etc;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição;
- Semântica.
206
8º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas, provérbios,
quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas, exposição oral,trava-
línguas,
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos, crônicas de
ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de aventuras, narrativas de
terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato histórico,
resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,, entrevista,
classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas, publicidade
comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação, debate,
panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis, regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo, rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Argumentos do texto;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);
207
- Semântica;
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA:
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Informatividade;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
- Concordância verbal e nominal;
- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do
texto;
- Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto;
ORALIDADE:
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
-Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual , pausas...;
208
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas( lexicais, semânticas,prosódicas, entre outras);
- Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição;
- Elementos semânticos;
- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos,gírias,repetições, etc);
- Diferença e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas, provérbios,
quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas, exposição oral,trava-
línguas,
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos, crônicas de
ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de aventuras, narrativas de
terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato histórico,
resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,, entrevista,
classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas, publicidade
comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação, debate,
panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis, regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo, rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, fotoblog, telejornal,
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
209
- Argumentos do texto;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Discurso ideológico presente no texto;
- Vozes sociais presente no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
- Progressão referencial no texto;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas , travessão, negrito;
- Semântica :
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA:
- conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Informatividade;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
- Partículas conectivas;
- Progressão referencial no texto;
- Marcas linguística:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
- Sintaxe de concordância;
- Sintaxe de regência;
- Processo de formação de palavras;
- Vícios de linguagem;
- Semântica:
- operadores argumentativos;
210
- modalizadores;
- polissemia;
ORALIDADE:
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial,corporal e gestual,pausas...;
- Adequação do discurso ao gênero ;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas( lexicais,semânticas,prosódicas entre outras);
- Marcas linguísticas:coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
- Semântica;
- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3.2. ENSINO MÉDIO
Conteúdo Estruturante: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
Conteúdos Básicos:
Gêneros discursivos: Anedotas; Bilhetes; Carta Pessoal; Cartão ; Cartão Postal ;
Causos ; Convites ; Autobiografia ; Biografias ; Contos ; Contos de Fadas
Contemporâneos ; Crônicas de Ficção ; Fábulas ; Fábulas Contemporâneas ; Histórias
em Quadrinhos ; Lendas ; Literatura de Cordel ; Memórias ; Cartazes ; Diálogo/Discussão
Argumentativa ; Exposição Oral ; Palestra ; Pesquisas ; Anúncio de Emprego ; Artigo de
Opinião ; Carta ao Leitor ; Cartum ; Charge ; Crônica Jornalística ; Anúncio ; Comercial
para TV ; E-mail ; Folder ; Fotos ; Slogan ; Debate ; Bulas; Placas; Blog ; Desenho
Animado; E-mail; Filmes.
Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-brasileira e
africana; Indígena, Meio Ambiente, Educação para o Trânsito, Educação Fiscal e
Qualidade de Vida: - Leitura e análise de textos variados: narrativos (curtos e longos;
obras literárias, textos científicos e informativos ); - Leitura de textos de diferentes fontes (
211
fascículos, revistas, livros de consulta, didáticos, etc); - Leitura de textos literários,
charges, desenhos, cartazes e filmes;
Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do discurso.
Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com os conteúdos
específicos: - Produção de cartazes Anúncios, slogans, folhetos; - Elaboração de cartas
(formais e informais), bilhetes, postais, cartões ( de aniversário, natal, etc.) convites,
diários (pessoais da classe, de viagem, etc.);
Produção de quadrinhos, textos de jornais, revistas e suplementos infantis: títulos,
notícias, resenhas, classificados, etc.
Relatos: (histórias de vida, históricos), textos de enciclopédia, verbetes de dicionários; -
Adaptação de um conto para o teatro; - Produção de textos diversos.
Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento de prática
avaliativa: - Repetição oral de enunciados; - Seminários, palestras; - Entrevistas,
debates, notícias, anúncios ( via rádio e TV); - Dramatização de textos Teatrais; -
Apresentações de trabalhos em feiras escolares; - Exposição de textos de outras áreas e
normativos, tais como estatutos, declarações de direitos, e de textos de diferentes fontes (
fascículos, revistas, livros de consulta, didáticos, etc.); - Depoimentos sobre situações
significativas vividas pelo aluno;
1ª Série:
- Variedades linguísticas: A comunicação e o contexto discursivo: - O que é linguagem;
Linguagem formal: a norma culta; - Linguagem informal: gírias, dialetos, regionalismos
- Linguagem verbal e não- verbal: - Charge, H.Q., cartão postal, placas de trânsito, telas; -
Ironia e hipérbole;
- O texto não- literário: A linguagem denotativa e a função referencial no texto em prosa: -
Texto informativo; - Coesão e coerência textual; - Elipse e pleonasmo vicioso
- O texto literário: Linguagem conotativa e a função poética no gênero lírico: - A poesia; -
Versos brancos e rimados; - Versos livres e medidos; - Soneto, trova; - Metáfora e
comparação; - Produção escrita com base nos conhecimentos sobre texto literário e não-
literário
- Ambiguidades e seus efeitos de sentidos: - Texto informativo: Objetividade e clareza; -
Texto publicitário (propaganda, anúncios): A função denotativa, subjetividade,
212
argumentação e persuasão; - O substantivo, o artigo e o adjetivo na construção do texto: -
Ordem das palavras; -Concordância nominal; - Sujeito; - Descrição de personagens e
ambientes: - Palavras referenciais: Pronomes pessoais, possessivos, de tratamento e
demonstrativos
2ª Série
- O conto: A estrutura e os elementos da narrativa: personagens, narrador, espaço,
tempo; - A função metalinguística;
- O nacionalismo ufanista dos românticos e o nacionalismo crítico dos modernistas: -
Intertextualidade: A paródia - releitura crítica; - A prosopopeia: o dinamismo da natureza;
-O léxico da língua: - Sinônimos e escolha lexical;
- Vários sentidos da mesma palavra – a polissemia;
- Criação de novas palavras – a derivação e a composição;
- Empréstimos linguísticos – o estrangeirismo;
- Neologismos;
- As várias vozes presentes no texto: discurso direto e indireto;
Produção de texto narrativo; - Produção de texto poético;
As implicações sintáticas no contexto discursivo:
- Sujeito e predicado
- A transitividade verbal
- Predicativo do sujeito
A hierarquia das palavras:
- A relação entre as palavras, entre os termos da oração e entre as orações de um texto.
- Leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros discursivos: crônica, romance,
texto dramático, notícia, poesia;
- Estratégias de ficcionais curtos e longos;
- Ideia central e informações implícitas do texto;
- Confronto de ideias contidas num texto;
- Análise dos textos lidos: nível estrutural, coesão, coerência, nível semântico;
- Sentido lógico e sentido abstrato das palavras.
- Relato de fatos do cotidiano
- Debates relacionados à realidade dos alunos, como subsídios para a escrita, pesquisa e
apresentação de seminários.
Escrita
- Prática de Produção de texto;
213
- Texto narrativo e dissertativo;
3ª Série
- A intertextualidade na leitura e produção de texto: paródia e paráfrase
A oração e seus termos: - O verbo na constituição do predicado
- Termos da oração que se referem ao verbo: Objetos, adjunto adverbial e agente da
passiva; - Termos da oração que se referem ao nome: Complemento nominal, adjunto
adnominal, predicativo e aposto.
- O parágrafo dissertativo: Opinião crítica
Coordenação e subordinação das ideias: - Conjunções coordenativas; -
Conjunções subordinativas; Orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais
Análise dos neologismos, dos arcaísmos; Análise da prosa metafórica; Discurso indireto
livre; - Fluxo da consciência
- Interpretação e produção de textos;
- Orações subordinadas na construção do texto: - Orações subordinadas substantivas,
adjetivas e adverbiais, - termos da oração que se referem ao nome: Complemento
nominal, adjunto adnominal, predicativo e aposto.;
- Acentuação: acordo ortográfico;
- Concordância verbal e nominal;
- Vanguardas européias;
- Semana da Arte Moderna
- Modernismo – 1ª, 2ª e 3ª fase;
- Produção de crônicas
- A intertextualidade na leitura e produção de texto: paródia e paráfrase
- Coordenação e subordinação das ideias: - Conjunções coordenativas; - Conjunções
subordinativas
- O texto dissertativo: - Tese, argumentação e o esquema-padrão; - Objetividade e
subjetividade; - Coesão e coerência das ideias.
4. Metodologia: O objetivo do ensino da Língua é muito claro: trabalhar a língua como prática
social de interação, com propostas que contextualizam as atividades de ensino em
214
situações de uso com finalidades específicas, interlocutores reais e textos de circulação
no meio social. Logo, o aluno não deve apenas saber ler e escrever, mas ser proficiente
no uso social da língua, falando ou escrevendo. E cabe à escola proporcionar o maior
número de conhecimentos necessários para que ele possa participar plenamente da
sociedade. Isso implica no uso efetivo da linguagem. Para tanto é fundamental que as
práticas de uso da linguagem, isto é, as atividades de leitura e compreensão de textos, de
produção escrita e de compreensão oral, em que situações contextualizadas sejam
norteadoras do Plano de Trabalho Docente. Sempre destacando que as práticas de
reflexão sobre a língua e a linguagem assim como a construção correlata de
conhecimentos linguísticos e a descrição gramatical devem se exercer sobre os textos e
os discursos, na medida em que se façam necessárias e significativas para a construção
dos sentidos. E para o alcance desses propósitos, são necessários procedimentos
metodológicos bem definidos, que serão enriquecidos segundo as práticas pedagógicas:
Leitura e oralidade, promoção da qualidade da leitura, com grande quantidade de textos
de gêneros variados (buscando representar o mundo social e cultural do aluno com temas
de seu interesse e questões sociais); atividades com textos que compõem de imagem e
texto verbal; exploração de aspectos semânticos e discursivo do texto, elaboração de
inferências, compreensão global e intertextual; seções de leitura oral pelo professor e
pelos alunos, debates e apresentações orais dos resultados da produção escrita, leitura
compartilhada, apresentações de grupos.
Conhecimentos linguísticos: realização de atividades de conscientização linguística,
trabalhados em seções destinadas ao exame dos recursos nos textos lidos e ao
vocabulário, estudo da morfologia e a sintaxe contemplados em um trabalho consistente
de reflexão linguística voltado para o domínio das variedades da língua entre elas, a
padrão.
Produção de texto: trabalho com leitura (discussões sobre tema, gênero e recursos
linguísticos) que propiciarão proposição de diversidade de tipos de textos, gêneros e
registros nas produções, criação de situações reais de produção, socialização dos textos
produzidos, produções coletivas, promoção de atividades orais com dinâmica de grupo,
organização de eventos (a partir da motivação dada pela produção de texto).
Enfim, a metodologia deve ser considerada construtivo-reflexiva e levar o aluno a
refletir sobre dados, fatos, textos diversos, para posteriormente inferir, com base em
215
análise devidamente orientada pelo professor e/ou pelo material didático, o conhecimento
em questão. O processo deve possibilitar que o próprio aluno seja capaz de sistematizar
os conhecimentos construídos historicamente, demonstrando, assim o que aprendeu.
A seleção de conteúdos deve considerar como um sujeito de um processo
histórico, social detentor de um repertório linguístico que precisa ser considerado na
busca da ampliação de sua competência comunicativa. O trabalho com os conteúdos
partirá da exploração de diversos gêneros textuais que propiciarão a exposição do
educando a língua dentro de um contexto, possibilitando a análise e estudo de sua
estrutura, servindo também como ponte para criar a interação entre as habilidades em
cada contexto.
O professor dessa disciplina estará atento ao cumprimento da Lei 10.639/03 que
trata da História da Cultura Afro-Brasileira e Africana; da Lei 11.645/08 sobre a Cultura
Indígena, a Lei 9.795/99 da Educação Ambiental, Lei 9795/99 sobre o Direito da Criança
e do Adolescente, Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10741/03), Cidadania e Direitos
Humanos. É necessário que o aluno internalize que a língua é instrumento de poder e que
saiba utilizá-la como tal, por isso, deverá conhecer e ampliar o uso dos registros
socialmente valorizados da língua e os saberes culturais e sociais historicamente
construídos.
5. Avaliação:
A avaliação não deve ser entendida como forma de julgar o sucesso ou fracasso do
aluno. É preciso ter em mente que a avaliação não recai somente sobre a aprendizagem
dos alunos. Ela fornece ao professor os elementos necessários para que reflita sobre sua
prática pedagógica. Logo, a avaliação é compreendida, como um procedimento cuja
função é unificar a aprendizagem e o ensino. Ela deve ser dinâmica, deve ocorrer durante
todo o processo de ensino e aprendizagem, no tocante aos textos escritos, que são os
referencias do trabalho docente, devem ser avaliados sob três perspectivas: a da
interação discursiva, a do nível de textualidade, a da utilização dos padrões ortográficos
e morfossintáticos da escrita. Em relação à leitura, deve-se enfocar a capacidade de
atribuir sentido ao texto, apresentar pontos de vista, opiniões críticas, realizar inferências
e reconhecer a intertextualidade. Quanto à oralidade é relevante avaliar a capacidade do
aluno planejar a fala, ajustar o texto à variedade linguística adequada, falar, escutar e
216
refletir, percebendo que a linguagem oral possui níveis que vão do mais informal ao mais
formal. No processo avaliativo deve-se atentar para o processo da temporalidade da
aprendizagem principalmente quando se tratar de alunos incluídos. Para isso, são
necessários critérios avaliativos, claramente definidos e de real aplicabilidade.
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o processo
de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Formas de avaliação - a formativa, a somativa e diagnóstica – servem para
diferentes finalidades. Em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor pode
utilizar a observação diária e instrumentos variados e selecionados de acordo com cada
conteúdo e/ou objetivo.
A recuperação de estudos será ofertada a todos os alunos, prioritariamente aos com
aproveitamento insuficiente no decorrer do processo ensino/aprendizagem. Ela se dará
concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos
conhecimentos básicos. Será oferecida a todos os alunos com média inferior a da
aprovação e/ou aqueles que quiserem usufruí-la. Sendo ofertada ao aluno as
oportunidades possíveis pelo estabelecimento de ensino para que o mesmo resgate os
conteúdos não aprendidos. Entre a nota da avaliação e a da recuperação , prevalecerá
sempre a maior .
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada
dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação.
6. Referências:
CÓCCO, M.F.& HAILER, M. A. – Alp- Análise , Linguagem e Pensamento – São Paulo:FTD, 1997.
GASPARIN, J.L.Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.São Paulo :Editora Autores Associados , 2002.
LIMA, E. S. Avaliação, educação e formação humana. Cap.2.
OLIVEIRA, T. A., BERTOLIN, R., SILVA, A.S. .Tecendo Textos- Ensino de Língua
217
Portuguesa Através de projetos . S.P:IBEP,2002.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica de Língua Portuguesa - Secretaria de Estado da Educação. 2008.
TEIXEIRA, Patrícia Moreli.Ateliê da palavra: Atividade de redação . São Paulo.Quinteto Editorial,1998
MATEMÁTICA
1. Apresentação e Justificativa:
A matemática se desenvolveu ao longo da história da humanidade e está
em constante evolução e se aperfeiçoando ao longo dos tempos. Estando ciente que a
Matemática estudada e ensinada hoje é produto das idéias e contribuições construídas
historicamente, é sempre possível rediscutir conceitos, modificar pontos de vista sobre
assuntos conhecidos e propor outros, apresentando-se assim como uma ciência viva,
como afirma D‟AMBRÓSIO:
[...]“Para situar a matemática como uma manifestação cultural de todos os
povos em todos os tempos, como a linguagem, os costumes, os valores, as crenças e os
hábitos, e como tal diversificada nas suas origens e na sua evolução”.
Estudiosos defendem que a matemática teria surgido de necessidades
práticas urgentes do homem, como a demarcação de áreas, o levantamento de seu
rebanho, partindo para a valoração de objetos (comércio, dinheiro). Outros já definiam
que a matemática teria surgido do lazer de uma classe de sacerdotes ou de rituais
religiosos.
Na origem do ensino da Matemática, a educação ministrada de forma
clássica, o homem estava reduzido a contar números, memorizar e repetir. Tempos depois
o ensino foi voltado às atividades práticas que contribuíram para uma fase de progressos,
ocorrendo à valorização, popularização e inclusão do ensino da matemática nos estudos.
A matemática passou a ser considerada como um saber dinâmico prático
criando possibilidades de trocas de conhecimentos, pois é imprescindível que o estudante
218
se aproprie do conhecimento de forma que compreenda conceitos e princípios
matemáticos, raciocine claramente e comunique idéias matemáticas, reconheça suas
aplicações e aborde situações problemas com segurança.
As relações que surgem entre professor - matemática - aluno, dentro da
realidade em que estão inseridos, é que fundamenta a educação matemática da escola e
desenvolva uma concepção de matemática que permita a todo, o acesso aos
conhecimentos e instrumentos matemáticos, como uma condição necessária para
participarem e interferirem na sociedade em que vivem.
Ao ensinar matemática devemos abordar seus conteúdos curriculares de
forma que os mesmos tenham significado no cotidiano do aluno e aja articulação entre
eles, e com as outras disciplinas. Portanto, devemos buscar maneiras diferentes para
conseguirmos atingir os nossos objetivos para formar futuros cidadãos conscientes.
“É necessário que o processo pedagógico em matemática contribua para
que o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e
apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos
e de outras áreas do conhecimento.” (PARANÁ, 2008, P.49).
O objeto de estudo, ainda em construção, tem relação direta na prática
pedagógica envolvendo e centralizando o ensino, a aprendizagem e o conhecimento
matemático, com abordagens que envolvem estudo que busque a compreensão de como
o aluno compreende e se apropria da Matemática “concebida como um conjunto de
resultados e métodos, procedimentos, algoritmos, etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70
apud PARANÁ, 2008, p.48).
O conhecimento matemático não pode ser tratado como um conjunto de
fatos e definições isoladas e conclusivas. Sempre haverá outras descobertas e conexões
entre os vários conhecimentos que são fundamentais para que os alunos possam
compreender a evolução da matemática até sua presença nos dias de hoje. Dessa forma,
ao concluir seus estudos matemáticos, a expectativa é que o aluno seja capaz de
reconhecer os conhecimentos matemáticos como ferramenta que estimule a curiosidade,
a investigação e os meios para compreender e utilizá-los em situações problemas e na
transformação de sua realidade. Enfim, busca-se, através do conhecimento matemático,
estimular o aluno para que construa valores e atitudes de natureza diversas, visando a
formação integral do mesmo.
219
2. Conteúdos:
6º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Sistemas de numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e radiciação;
Números fracionários;
Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento;
Medidas de massa;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de tempo;
Medidas de ângulos;
Sistema monetário.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial.
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem.
7º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Inteiros;
Números Racionais;
Equação e Inequação do 1º
grau;
220
Razão e proporção;
Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de Temperaturas;
Medidas de Ângulos.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometrias Não-Euclidianas.
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
Moda e Mediana;
Juros Simples.
8º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Racionais e
Irracionais;
Sistemas de Equações do
1º grau;
Potências;
Monômios e Polinômios;
Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
221
Geometrias Não-
Euclidianas.
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
Gráficos e Informação;
População e Amostra.
9º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais;
Propriedades dos radicais;
Equação do 2o grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Relações Métricas no
Triângulo Retângulo;
Trigonometria no Triângulo
Retângulo.
FUNÇÕES
Noção Intuitiva de Função
Afim;
Noção Intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias Não-
Euclidianas.
Noções de Análise
222
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO Combinatória;
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juros Compostos.
ENSINO MÉDIO: CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
-Números e Álgebra
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Números Reais;
- Números Complexos;
- Sistemas Lineares;
- Matrizes e Determinantes;
- Polinômios;
- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Grandezas e Medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Medidas de Área;
- Medidas de Volume;
- Medidas de Grandezas Vetoriais;
- Medidas de Informática;
- Medidas de Energia;
- Trigonometria.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Funções
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Polinomial;
223
- Função Exponencial;
- Função Logarítmica;
- Função Trigonométrica;
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Geometrias
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não-euclidianas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Análise Combinatória;
- Binômio de Newton;
- Estudo das Probabilidades;
- Estatística;
- Matemática Financeira.
3. Metodologia:
Entre o mundo globalizado e a real condição de vida do aluno, está a
escola. Nesse contexto a matemática deve se apresentar como um elo entre o real e o
globalizado sendo um importante instrumento na formação e apreensão dos
conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua
volta. Este vínculo entre a matemática, escola e a realidade do aluno, apresenta-se da
seguinte forma:
224
A iniciação de um conceito matemático deve ser iniciada através de situações reais que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber é que a escola promoverá a difusão do conhecimento matemático já organizado. (PARANÁ 1990).
O saber escolar se apresenta nos conteúdos das disciplinas. Assim a
aprendizagem matemática se organiza na constante construção do currículo, a partir dos
conteúdos chamados estruturantes que são considerados de grande amplitude. A partir
dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos básicos que perpassam por
todas as séries. Assim as articulações desses conteúdos fundamentados às teorias
metodológicas fazem parte da proposta pedagógica curricular (PPC) da escola.
Posteriormente o professor elabora seu plano de trabalho docente onde constarão os
conteúdos específicos a serem trabalhados por turmas e nos bimestres que serão
abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que
fundamenta a prática docente, que são: resolução de problemas; modelagem matemática;
mídias tecnológicas; etnomatemática; história da matemática; investigações matemáticas.
Como o processo ensino aprendizagem não se esgota em si mesmo, a
articulação entre as tendências deve ser utilizada, além de ferramentas e equipamentos,
tais como:
materiais manipulativos (tampinhas, palitos, barbantes, fichas,
cartões, papéis cartões, cartolina, recortes);
materiais de construção ( régua, compasso, transferidor, esquadros,
tesoura;
dobraduras, recortes, embalagens , fita métrica, trena, papel
milimetrado);
mídias (internet via laboratório Paraná Digital, vídeos, TV pendrive,
rádio, aparelho de som);
instrumentos de cálculo (calculadora, computadores);
jogos ( encontrados à venda pela indústria que auxilie em processos
de aprendizagem como também a confecção dos mesmos como os dados, a trilha,
pentaminós, tangram etc.);
publicações (jornais, revistas, livros didáticos, paradidáticos, de apoio,
panfletos de propaganda);
publicidade ( panfletos de propagandas diversos, banners).
225
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Matemática serão
trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº
10.639/03 e Lei nº 11.645/08), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação
Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente, Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07, Agenda
21 Escolar, Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10741/03); Cidadania e Direitos Humanos.
4. Avaliação:
A avaliação se dará de forma diagnóstica, contínua, cumulativa e processual,
através de resolução de exercícios e participação em todas as atividades propostas.
A apropriação do conhecimento será verificada através de interpretações de
textos matemáticos (problemas) a fim de diagnosticar se os objetivos propostos estão
sendo atingidos pelo educando, norteando assim novas práticas a serem desenvolvidas.
A recuperação de conteúdos ocorrerá no momento em que for constatado o não
aproveitamento satisfatório do processo de ensino, significando então, um procedimento
paralelo da intervenção pedagógica, buscando realimentar o processo de aprendizagem
até o nível de rendimento escolar significativo, ou seja, mensurado numa escala igual ou
preferencialmente,superior a 6,0 (seis).
A educação matemática como ciência elaborada pelos homens em constantes
modificações, nos leva a pensar a avaliação não como resultado de um único elemento a
ser considerado, mas sim a observação de todo o processo de construção desse
conhecimento, sendo necessária uma observação sistemática, que nos leva a avaliação
diagnóstica. (PARANÁ 1990). Assim a função diagnóstica da avaliação irá subsidiar o
professor para a retomada do trabalho, identificando qual conhecimento o aluno traz como
referencial e a partir daí conseguirá identificar quais processos não foram atingidos, e
mediar a aprendizagem. Como afirma Vigotsky:
[...] a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes”.(VIGOTSKY,1998).
226
Para tanto alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas
propostas possibilitando verificar se o aluno:
comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO,
2004);
compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
elabora um plano de possibilite a solução do problema;
encontra meios diversos para a resolução de um problema
matemático;
realiza o retrospecto da solução de um problema.
Sendo necessário que no processo pedagógico, o aluno deve ser
estimulado a:
parte de situações-problema internas ou externas à matemática;
pesquisa acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução
dos problemas;
elabora conjecturas, faz afirmações sobre elas e as testa;
persevera na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
sistematiza o conhecimento construído a partir da solução
encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições
particulares;
socializa os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem
adequada;
argumenta a favor ou contra os resultados (PAVANELLO &
NOGUEIRA, 2006, p. 29).
Ressaltando que os resultados de uma avaliação devem servir para
aprimorar o processo ensino aprendizagem e ajudar a todos os alunos a se apropriarem
do conhecimento para que se tornem cidadãos e tenham consciência dessa cidadania, a
avaliação deve ser vista como afirma Micotti in Bicudo, 1999: “Os novos procedimentos
didáticos envolvem mudanças na avaliação. Os erros deixam de indicar fracasso dos
alunos, passam a constituir fontes de informação que o professor com o objeto de
estudo.”
Se o aluno de hoje é ativo e questionador, mas não se apropria de
princípios matemáticos elementares faz-se necessário questionar e refletir o porque dessa
situação e podemos fazê-lo através das palavras de Vigotsky (2000, p.247):
227
[...] “a experiência pedagógica nos ensina que o ensino direto de
conceitos sempre se mostra impossível e pedagogicamente estéril.
O professor que envereda por esse caminho costuma não conseguir
senão uma assimilação vazia de palavras, um verbalismo puro e
simples que estimula e imita existência dos respectivos conceitos na
criança, mas, na prática, esconde o vazio”.
Em tais casos, a criança não assimila o conceito, mas a palavra capta
mais de memória que de pensamento e sente-se impotente diante de qualquer tentativa
de emprego consciente do conhecimento assimilado. No fundo, esse método puramente
escolástico de ensino, substitui a apreensão do conhecimento vivo pela apreensão de
esquemas verbais mortos e vazios.
A matemática envolve uma permanente procura da verdade. É rigorosa e
precisa. Embora muitas teorias descobertas há longos anos, ainda hoje se mantenham
válidas e úteis, mesmo assim continua a se modificar e a se desenvolver. Portanto este
deve ser o espírito dessa disciplina e não como uma regra imutável, finalizada, sem
questionamentos e assim também o papel do professor quando avalia o ensino e
aprendizagem de matemática.
Os instrumentos de avaliação serão definidos conforme os conteúdos e
as metodologias aplicadas para avaliar os critérios estabelecidos. São instrumentos
utilizados: trabalho individual e em grupo, provas, leitura e interpretação de situações
problemas, gráficos, pesquisas e etc. A recuperação é um direito de todos os alunos
independentemente do nível de aquisição de conhecimentos ou rendimento escolar.
Ocorre concomitante ao processo ensino aprendizagem e sua sistematização se faz após
o efetivo trabalho de retomada dos conteúdos não assimilados através de provas e
trabalhos em grupo.
5. Referências:
BICUDO, M. A. V. (Org). Pesquisa em Educação Matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999.
BORBA, M.C.; PENTEADO, M. G. Informática e Educação Matemática. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
228
CARVALHO, D.L. Metodologia do ensino de matemática. São Paulo, Cortez, 1992.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. São Paulo: Ática, 1991.
D‟AMBRÓSIO, U. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e matemática. São Paulo: Summus, 1986.
IFRAH, G. Os números: história de uma grande invenção. 3. ed. São Paulo: Globo, 1989. JUNIOR, J.R.G. A conquista da matemática. 1. ed. São Paulo: FTD, 2009. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Matemática para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba: 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2006. RIBEIRO, J.S. Matemática - Projeto Radix - Raiz do conhecimento. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2010. SOUZA, J.R; PATARO, P. R. M; Vontade de Saber Matemática. 1. ed, São Paulo: FTD, 2009. VYGOTSKY, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998. ______. A construção do pensamento e da linguagem; tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2000. TEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e realidade. São
Paulo: Atual, 2000.
QUÍMICA
1. Apresentação e Justificativa:
A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a capacidade de
resolução de problemas, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo
229
trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido, tendo em vista a sua
formação para que sejam capazes de se apropriar de saberes de maneira crítica e ética.
O ensino de química apresenta como objeto de estudo Substâncias e Materiais;
deverá estar voltado para as atividades humanas, onde a partir da aprendizagem em sala
de aula e do cotidiano, o aluno poderá articular seu conhecimento químico às questões
sociais, econômicas e políticas, desenvolvendo suas habilidades básicas, que o
caracterizam como cidadão: participação e julgamento.
Transformar a prática de sala de aula numa prática dialógica, significa dar vez
aos alunos não apenas para que reproduzam as respostas do professor, mas para que
expressem sua própria visão de mundo e sua capacidade de tomada de decisão,
propiciando situações em que eles serão estimulados a emitir opinião, propor soluções,
usando o juízo de valores.
2. Objetivos:
Reconhecer e compreender a linguagem de símbolos, gráfica, iconográfica e
tabeladas utilizadas na química e interconverter informações entre as linguagens;
Identificar, obter, selecionar e utilizar as informações disponíveis nas diversas
fontes de consultas;
Compreender os fatos, selecionar as idéias e aplicar os conceitos na resolução de
problemas e situações do cotidiano;
Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo industrial e rural;
Utilizar-se de estudos prospectivos na avaliação de acidentes e desastres
ambientais;
Avaliar abusos e situações de riscos e exigir o cumprimento das leis de modo a
garantir os direitos individuais e coletivos da geração contemporânea e das futuras
gerações;
Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;
Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico-formal);
Compreender dados quantitativos, estimativas e medidas, compreender relações
proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional);
Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química:
gráficos,tabelas e relações matemáticas;
230
Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para
a resolução de problemas qualitativos e quantitativos em Química, identificando e
acompanhando as variáveis relevantes;
Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à Química,
selecionando procedimentos experimentais pertinentes;
Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões acerca das
transformações químicas;
Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da
Química e aspectos sócio-político-culturais;
Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e coletiva do ser
humano com o ambiente;
Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no
desenvolvimento da Química e da tecnologia.
3. Conteúdos:
ESTRUTURANTES:
São aqueles que identificam e organizam e organizam os campos de
estudos da disciplina, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de
estudo e ensino.
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química sintética
A- Matéria e sua natureza ,dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de
Química por se tratar especificamente do seu objeto de estudo. É o conteúdo que abre o
caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes.
B- Biogeoquímica , dentro da Biogeoquímica procuramos entender as
complexas relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, sua
propriedade e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar saberes
biológicos, geológicos e químicos.
C- Química Sintética ,tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais
químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia
231
(conservantes, aromatizantes, acidulantes, edulcorantes), dos fertilizantes e agrotóxicos.
BÁSICOS:
Matéria
Solução
Velocidade das Reações
Equilíbrio Químico
Ligação Química
Reações Químicas
Radioatividade
Gases
Funções Químicas
4. Metodologia:
A Química estando ligada diretamente à vida e terá sempre um papel
essencial na formação do aluno. Cabe ao professor, através das mais variadas atividades,
como: pesquisas, debates, atividades em grupos,trabalho com tabelas periódicas, aulas
de laboratório, recursos audiovisuais e outros, colocar o aluno em contato com essa
ciência que estuda os materiais, suas constituições e transformações, levando sempre em
conta que temos em uma mesma sala alunos de origens e saberes diferentes e que
devemos levar isso em consideração na hora de aplicar qualquer metodologia.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Química serão
trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº
10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Agenda 21 Escolar;
Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99), Estatuto do Idoso (Lei Federal nº
10741/03); Cidadania e Direitos Humanos.
232
5. Avaliação:
A avaliação em química terá como principal critério a formação de
conceitos científicos, em um processo de construção e reconstrução de significados. Será
de forma processual e formativa. Como instrumento de avaliação serão utilizados provas
teóricas e práticas, debates, trabalhos em grupos e individuais, interpretação da tabela
periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios para atender a diversidade que temos em
uma sala de aula.
O professor deverá observar o nível em que o aluno se apresenta para
acompanhar seu desenvolvimento, propiciar a ele oportunidade de desempenho mais
eficiente acerca do processo ensino-aprendizagem, o professor deverá utilizar os
resultados para detectar as dificuldades e direcionar a prática didático-pedagógica para
uma recuperação de conteúdos significativos.
A recuperação dar-se-á no decorrer de todo processo ensino-
aprendizagem, buscando métodos variados de acordo com as necessidades dos alunos,
para que eles possam desenvolver o senso crítico, adquirindo a competência de
questionar o outro, o mundo e a si mesmo.
6. Referências:
MACEDO e CARVALHO. Química. Vol. U. São Paulo: IBEP.
PERUZZO e CANTO. Química. Vol. U. São Paulo: Moderna.
QUÍMICA. Vários autores. Curitiba: SEED - PR, 2006.
SARDELLA. QUÍMICA. VOL. U. SÃO PAULO: ÁTICA.
USBERCO e SALVADOR. Química Essencial. Vol. U. São Paulo: Saraiva. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Química para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.
233
SARDELLA, Química. São Paulo: Ática, Volume único, 2000.
SOCIOLOGIA
1. Apresentação e Justificativa:
A Sociologia estuda os fenômenos sociais no espaço e no tempo,
contemplando as relações sociais construídas historicamente.
A escola como um todo, deverá preocupar-se em levar a prática da
disciplina de Sociologia no sentido de que o educando entenda que ele é o sujeito e com
ele interage em seu contexto social, político, econômico e cultural, compreendendo suas
possibilidades de intervenção na realidade. Construindo, dessa forma uma educação
histórica e crítica com possibilidade para formação humanística. O aluno deverá sentir-se
no centro desse movimento, dessa dinamicidade social, como sujeito do processo, mas
com a perspectiva de intervenção.
O importante é tentar problematizar sempre. Partir de situações
problemáticas significa construir o conhecimento, partir da prática social do aluno, do
cotidiano da comunidade no qual está inserido.
O ensino de Sociologia deverá possibilitar o resgate de saberes já
construídos pelos alunos, de modo que esse conhecimento subsidie ou alavanque a
tessitura de outros, que possam desvelar a trama das relações sociais onde os sujeitos se
inserem. Isso, partindo do pressuposto que é salutar considerar os postulados dos
“pensadores” do passado, para apresentar a construção do processo de uma nova ciência
a partir das necessidades de uma determinada época. Pois, os conhecimentos que até
então se têm, não dão conta de responder ou se tornaram incapazes de auxiliar as
pessoas a compreenderem o que está acontecendo. Diante disso, as discussões desses
clássicos são fundamentais para alicerçar a compreensão dos conteúdos utilizados pela
explicação sociológica.
Nesse sentido, a sala de aula e a escola são espaços onde experiências
são trocadas e vemos ser estabelecidos novos espaços de confronto da diferença, por
234
isso a discussão sobre a cultura é fundamental.
O objeto de estudo da Sociologia é o estudo da sociedade numa visão
histórico-crítica.
Os conteúdos estruturantes possibilitarão a compreensão da dinâmica da
vida social que cercam os indivíduos, sejam eles econômicos, de direitos, de
questionamentos sobre a vida social e política, de organização estrutural da sociedade e
até mesmo em relação a outros países.
O aluno precisa ser inserido como sujeito social, de forma a estabelecer
relações com os demais membros da sociedade, tornando-se assim um ser crítico e
pensante, capacitado para buscar informações que lhe auxiliem na transformação da
realidade existente. Também é fundamental consolidar e articular experiências e
conhecimentos apreendidos como fragmentados, parciais e ideologizados, a experiências
e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando dar um
tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como as
desigualdades sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do
trabalho, as conflituosas relações sociedade - natureza, a negação da diversidade
cultural, possibilitando dessa forma, a reconstrução dialética do conhecimento que o aluno
do Ensino Médio já dispõe, despertando a consciência das determinações históricas, a
capacidade de intervenção e a transformação da prática social.
2. Conteúdos:
Conteúdos estruturantes:
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.
Cultura e Indústria cultural.
Trabalho, Produção e Classes Sociais.
Poder, Política e Ideologia.
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
*O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas.
Obs: *Embora “O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas” não sejam
apresentadas como um Conteúdo Estruturante estarão presentes em todas as séries,
articulando os momentos históricos mais relevantes para discussão dos conteúdos
235
anuais, bem como os conceitos mais importantes para as discussões propostas durante o
ano.
1ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas; 2. O Processo de Socialização
e as Instituições Sociais; Trabalho, Produção e Classes Sociais.
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas.
Conteúdos básicos: Formação e consolidação da sociedade capitalista e o
desenvolvimento do pensamento social; Teorias sociológicas – August Comte, Emile
Durkheim, Marx Weber, Karl Marx; pensamento social brasileiro.
2. O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.
Conteúdos básicos: Processo de socialização; Instituições sociais: familiares, escolares,
religiosas e de reinserção social (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc);
3. Trabalho, Produção e Classes Sociais.
Conteúdos básicos: O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais; Organização do trabalho nas
sociedades capitalistas e suas contradições; Globalização e Neoliberalismo; Relações
de trabalho; Trabalho no Brasil.
2ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas; 2. Poder, Política e Ideologia; 3.
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
236
Conteúdos básicos: Desenvolvimento de reflexões e pesquisas acerca das modernas
transformações na organização política dos Estados Nacionais Ocidentais.
2. Poder, Política e Ideologia.
Conteúdos básicos: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; Democracia,
autoritarismo e totalitarismo; Estado no Brasil; Conceitos de poder, de ideologia, de
dominação e legitimidade; As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
3. Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
Conteúdos básicos: Direitos: civis, políticos e sociais; direitos Humanos; Conceito de
cidadania; Movimentos Sociais; Movimentos Sociais no Brasil; A questão ambiental e os
movimentos ambientalistas; A questão das ONG‟s.
3ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: 1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas; 2.
Cultura e Indústria Cultural.
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
Conteúdos básicos: Desenvolvimento do olhar sócio antropológico sobre a diversidade
de modos de pensar, viver e se relacionar nas diferentes sociedades e o processo de
mercantilização das produções culturais nas sociedades modernas.
2. Cultura e Indústria Cultural
Conteúdos básicos: O desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua
contribuição da análise das diferentes sociedades; diversidade cultural, relações de
gênero, cultura afro-brasileira e culturas indígenas; identidade, relações de gênero, cultura
afro-brasileira; Indústria cultural, meios de comunicação de massa, sociedade de
consumo, indústria cultural no Brasil.
3. Metodologia:
Os conteúdos estruturantes e básicos serão trabalhados de forma contextualizada.
237
No exercício pedagógico da Sociologia será realizado a análise do contexto histórico do
seu aparecimento e a contribuição dos clássicos tradicionais, os elementos básicos das
teorias de Durkheim, Weber e Marx serão desenvolvidos levando-se em consideração o
recorte temporal. O processo de ensino-aprendizagem estará relacionado à Sociologia
crítica, caracterizada por posições teóricas e práticas permitindo compreender as
problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos,
possibilitando uma ação transformadora do real. Como encaminhamentos metodológicos
serão propostos:
- Aulas expositivas dialogadas;
- Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
- Trabalho em grupo;
- Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos,
literários, jornalísticos;
- Atividades no Laboratório de Informática;
- Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisas;
- Pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica;
- Análises críticas: documentários, filmes, músicas, propagandas, imagens, entre outros.
Nos encaminhamentos metodológicos serão utilizados os seguintes recursos
didáticos/tecnológicos: livros, revistas, CDs, letras de músicas, fotografia, gravuras, TV
Multimídia, computador e aparelho de DVD.
A História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Leis nº 10.639/03 e
11.645/08), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental (Lei 9.795/99),
Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, Estatuto
do Idoso (Lei Federal nº 10741/03); Cidadania e Direitos Humanos serão trabalhados de
forma contextualizada e a partir das relações que estabelece com as questões políticas e
econômicas, concomitantemente ao longo do período letivo. As atividades desenvolvidas
serão trabalhadas através de produção de textos; imagens; maquetes; acesso aos sites;
realização de pesquisa de campo; leitura de textos, revistas e materiais didáticos
disponibilizados na escola e on- line; debates, palestras e estudo dos cadernos temáticos
da SEED.
238
4. Avaliação:
A avaliação em Sociologia perpassará todas as atividades relacionadas à
disciplina, pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios
debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos no processo pedagógico. A
avaliação será contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento
global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos
componentes conteúdos cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre
os quantitativos.
A avaliação formativa, de maneira diagnóstica, identificará as aprendizagens que
foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentarem dificuldades. Os
critérios de avaliação em Sociologia deverão considerar: a apreensão dos conceitos
básicos da ciência, articulados com a prática social; a capacidade de argumentação
fundamentada teoricamente; a clareza e a coerência na exposição das ideias
sociológicas; a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais. Os
instrumentos de avaliação contribuirão para a construção da autonomia do educando, tais
como: produção de textos, reflexões críticas de textos e filmes, avaliação discursiva:
objetiva e oral, trabalho em grupo, sínteses dos conteúdos e debates (seminários).
A recuperação paralela acontecerá de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e instrumentos diversificados, com
atividades significativas, sendo que os resultados da recuperação serão incorporados às
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar.
5. Referências:
AZEVEDO, F. de. A Cultura Brasileira. Parte III – A Transmissão da Cultura. Rio de Janeiro: E.UNB/ UFRJ, 1996 BENTO, M. F. de. Cidadania em preto e branco: discutindo as relações sociais. 3. ed. São Paulo: Ática, 2003. CARDOSO, F.H. e Janni, O. O Homem e sociedade: leitura básica de Sociologia Geral. São Paulo: Nacional,1980. CHARLOT, B. Relação com o saber, formação dos professores e globalização. Porto
239
Alegre: Artmed, 2005 DIMENSTEIN, G. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os direitos humanos no Brasil. 20. ed. São Paulo: Ática, 2003. DURKHEIM, Emile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Nacional, 1977. GOMES, Candido. A. Educação em Perspectiva Sociológica. São Paulo: E.P.U. 1985 MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. In: Os Pensadores. V. XXXV. São Paulo: Editor Victor Civita, 1974. PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Sociologia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Sociologia. Curitiba: SEED-PR, 2006.
CELEM – ESPANHOL
1. Apresentação e Justificativa:
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. A escolha da Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM) a compor o
currículo, bem como os métodos de ensino sempre estiveram atrelados a fatores políticos,
sociais e econômicos.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma LEM no Ensino Fundamental, a partir
da quinta série, ficando a escolha do idioma a critério da comunidade escolar, (Art.26, 5º).
Já para o Ensino Médio a lei determinou que uma LEM, escolhida pela comunidade
escolar, seja disciplina obrigatória e uma segunda seja ofertada em caráter optativo,
dentro das disponibilidades de cada Estabelecimento de Ensino (Art. 36, Inciso III).
Em função do Mercosul, foi assinada em 05 de agosto de 2005 a lei n.
11.161, que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos Estabelecimentos de
240
Ensino Médio, com matrícula facultativa para o aluno; tendo os estabelecimentos de
ensino 5 anos para implementá-la.
Atualmente o ensino de LEM na rede pública de ensino do Paraná tem
como referencial teórico as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de
Língua Estrangeira Moderna (doravante DCE), que foram construídas com a colaboração
dos professores da rede. As DCE, fundamentadas na pedagogia crítica e na teoria do
Discurso proposta pelo Círculo de Bakhtin, consideram que tanto o idioma quanto a opção
teórico/metodológica são marcados por questões político-econômicas e ideológicas, logo
não são neutros.
A língua é parte de nós mesmos, de nossa identidade cultural, histórica e
social. Os sujeitos da Educação Básica do Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino
Fundamental e Médio, oriundos das classes assalariadas, urbanas e rurais, devem ter
acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos
conteúdos das disciplinas escolares, incluindo Língua Estrangeira Moderna (Espanhol).
As aulas de Língua Estrangeira Moderna (Espanhol) se configuram como espaços de
interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se
revelam no dia a dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-
econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma
consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade. Embora a aprendizagem
de Língua Estrangeira Moderna também sirva como meio para progressão no trabalho e
estudos posteriores, este componente curricular, contribui para formar alunos críticos e
transformadores através do estudo de textos que permitam explorar as práticas da leitura,
da escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.
De acordo com as Diretrizes (2008), o que se pretende com o ensino da
Língua Estrangeira na Educação Básica é a compreensão de que ensinar e aprender
língua é ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido, é formar
subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos
comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido. Mais do que formar
para o mercado de trabalho ou para o uso das tecnologias, o ensino de LEM proposto
deve contribuir para formar alunos críticos e transformadores, que saibam utilizar as
operações de linguagem para agir no mundo em situações de comunicação. Espera-se
que o aluno use a língua em situações de comunicação oral e escrita e compreenda que
os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de
transformação na prática social; vivencie formas de participação que lhe possibilitem
241
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que os significados
são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na
prática social.
O principal objetivo de ofertar o ensino de Língua Espanhol no CELEM é
oportunizar aos alunos o acesso aos diversos discursos que circulam globalmente, a fim
de que percebam que há várias formas de produção e circulação de textos em nossa
cultura e em outras e sejam capazes de lhes conferir sentidos. Ao possibilitar o trabalho
com gêneros, aos quais os alunos dificilmente teriam acesso em outro ambiente, a escola
estará promovendo um trabalho inclusivo. Trata-se da inclusão social do aluno numa
sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo.
2. Conteúdos:
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Conteúdos Básicos: Leitura, Escrita e Oralidade.
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação: Bilhete Carta pessoal Cartão de felicitações Cartão postal Convite Letra de música Receita culinária
Esfera publicitária de circulação: Anúncio** Comercial para radio* Folder Paródia Placa Publicidade Comercial Slogan
Esfera produção de circulação: Bula Embalagem Placa Regra de jogo Rótulo
Esfera jornalística de circulação: Anúncio classificados Cartum Charge Entrevista** Horóscopo Reportagem** Sinopse de filme
Esfera artística de circulação: Autobiografia Biografia
Esfera escolar de circulação: Cartaz Diálogo** Exposição oral* Mapa Resumo
Esfera literária de circulação: Conto Crônica Fábula História em quadrinhos Poema
Esfera midiática de circulação: Correio eletrônico (e-mail) Mensagem de texto (SMS) Telejornal* Telenovela* Videoclipe*
242
PRÁTICA DISCURSIVA:
Oralidade
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrada no leitor: · Tema do texto; · Aceitabilidade do texto; · Finalidade do texto; · Informatividade do texto; · Intencionalidade do texto; · Situacionalidade do texto; · Papel do locutor e interlocutor; · Conhecimento de mundo; · Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; · Adequação do discurso ao gênero; · Turnos de fala; · Variações linguísticas. Fatores de textualidade centrada no texto: · Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; · Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições); · Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
· Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos; · Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado; · Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; · Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; · Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; · Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
Espera-se que o aluno: · Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal); · Apresente suas ideias com clareza, coerência; · Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos; · Organize a sequência de sua fala; · Respeite os turnos de fala; · Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; · Exponha seus argumentos; · Compreenda os argumentos no discurso do outro; · Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna); · Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Leitura
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
243
Fatores de textualidade centradas no leitor: · Tema do texto; · Conteúdo temático do gênero; · Elementos composicionais do gênero; · Propriedades estilísticas do gênero; · Aceitabilidade do texto; · Finalidade do texto; · Informatividade do texto; · Intencionalidade do texto; · Situacionalidade do texto; · Papel do locutor e interlocutor; · Conhecimento de mundo; · Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto: · Intertextualidade; · Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia; · Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); · Partículas conectivas básicas do texto.
· Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação; · Considerar os conhecimentos prévios dos alunos; · Desenvolver atividades de leitura em três etapas: - pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura); - leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas); - pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto). · Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; · Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; · Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; · Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas; · Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;
Espera-se que o aluno: · Realize leitura compreensiva do texto; · Identifique o conteúdo temático; · Identifique a ideia principal do texto; · Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto; · Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual; · Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; · Analise as intenções do autor; · Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; · Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual; · Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
244
· Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros: - temáticas (o que é dito nesses gêneros); - estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos); - composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
PRÁTICA DISCURSIVA:
Escrita
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrada no leitor: · Tema do texto; · Conteúdo temático do texto; · Elementos composicionais do gênero; · Propriedades estilísticas do gênero; · Aceitabilidade do texto; · Finalidade do texto; · Informatividade do texto; · Intencionalidade do texto; · Situacionalidade do texto; · Papel do locutor e interlocutor; · Conhecimento de mundo · Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto: · Intertextualidade;
· Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; · Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; · Acompanhar a produção do texto; · Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que compõem o gênero; · Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto; · Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. · Oportunizar o uso adequado de palavras e
Espera-se que o aluno: · Expresse as ideias com clareza; · Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade); - à continuidade temática; · Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; · Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc; · Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.; · Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto; · Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados; · Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a
245
· Partículas conectivas básicas do texto; · Vozes do discurso: direto e indireto; · Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem; · Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas; · Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); · Acentuação gráfica; · Ortografia; · Concordância verbal e nominal.
expressões para estabelecer a referência textual; · Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas; · Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
referência textual.
CURSO BÁSICO DO CELEM – P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação: Comunicado Curriculum Vitae Exposição oral* Ficha de inscrição Lista de compras Piada** Telefonema*
Esfera publicitária de circulação: Anúncio** Comercial para televisão* Folder Inscrições em muro Propaganda** Publicidade Institucional Slogan
Esfera produção de circulação: Instrução de montagem Instrução de uso Manual técnico Regulamento
Esfera jornalística de circulação: Artigo de opinião Boletim do tempo** Carta do leitor Entrevista** Notícia** Obituário Reportagem**
Esfera jurídica de circulação: Boletim de ocorrência
Esfera escolar de circulação: Aula em vídeo* Ata de reunião
Esfera literária de circulação: Contação de história*
Esfera midiática de circulação: Aula virtual Conversação chat
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Contrato Lei Ofício Procuração Requerimento
Exposição oral Palestra* Resenha Texto de opinião
Conto Peça de teatro* Romance Sarau de poema*
Correio eletrônico (e-mail) Mensagem de texto (SMS) Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centradas no leitor: · Tema do texto; · Aceitabilidade do texto; · Finalidade do texto; · Informatividade do texto; · Intencionalidade do texto; · Situacionalidade do texto; · Papel do locutor e interlocutor; · Conhecimento de mundo; · Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; · Adequação do discurso ao gênero; · Turnos de fala; · Variações linguísticas. Fatores de textualidade centrada no texto: · Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; · Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições); · Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
· Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos; · Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado; · Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; · Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; · Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; · Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
Espera-se que o aluno: · Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal); · Apresente suas ideias com clareza, coerência; · Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos; · Organize a sequência de sua fala; · Respeite os turnos de fala; · Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; · Exponha seus argumentos; · Compreenda os argumentos no discurso do outro; · Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna); · Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrada no leitor:
· Práticas de leitura de textos de diferentes
Espera-se que o aluno: · Realize leitura
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· Tema do texto; · Conteúdo temático do texto; · Elementos composicionais do gênero; · Propriedades estilísticas do gênero; · Aceitabilidade do texto; · Finalidade do texto; · Informatividade do texto; · Intencionalidade do texto; · Situacionalidade do texto; · Papel do locutor e interlocutor; · Conhecimento de mundo; · Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto: · Intertextualidade; · Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia; · Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); · Partículas conectivas básicas do texto; · Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios; · Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
gêneros atrelados à esfera social de circulação; · Utilizar estratégias de leitura que possibilite a compreensão textual significativa de acordo com o objetivo proposto no trabalho com o gênero textual selecionado; · Desenvolver atividades de leitura em três etapas: - pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura); - leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas); - pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto); · Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; · Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, finalidade, intertextualidade; · Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas; · Relacionar o tema com o contexto cultural do aluno e o contexto atual; · Demonstrar o aparecimento dos modos e tempos verbais mais
compreensiva do texto com vista a prever o conteúdo temático, bem como a ideia principal do texto através da observação das propriedades estilísticas do gênero (recursos como elementos gráficos, mapas, fotos, tabelas); · Localize informações explícitas e implícitas no texto; · Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto; · Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual; · Reconheça diversos participantes de um texto (quem escreve, a quem se destina, outros participantes); · Estabeleça o correspondente em língua materna de palavras ou expressões a partir do texto; · Analise as intenções do autor; · Infira relações intertextuais; · Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual; · Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
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comuns em determinados gêneros textuais; · Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros: - temáticas (o que é dito nesses gêneros); - estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos); - composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrada no leitor: · Tema do texto; · Conteúdo temático do texto; · Elementos composicionais do gênero; · Propriedades estilísticas do gênero; · Aceitabilidade do texto; · Finalidade do texto; · Informatividade do texto; · Intencionalidade do texto; · Situacionalidade do texto; · Papel do locutor e interlocutor; · Conhecimento de mundo; · Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto: · Intertextualidade; · Partículas conectivas básicas do texto; · Vozes do discurso: direto e indireto; · Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras,
· Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; · Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; · Acompanhar a produção do texto; · Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que compõem o gênero; · Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto; · Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. · Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
Espera-se que o aluno: · Expresse as ideias com clareza; · Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade); - à continuidade temática; · Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; · Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc; · Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.; · Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto; · Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e
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figuras de linguagem; · Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas; · Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); · Acentuação gráfica; · Ortografia; · Concordância verbal e nominal.
· Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas; · Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
normativos atrelados aos gêneros trabalhados; · Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual; · Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos, temporais).
Os conteúdos básicos: a oralidade, a leitura, a escrita e a prática da
análise linguística, serão trabalhados em todos os bimestres e serão contemplados
também nesses conteúdos os Desafios Educacionais Contemporâneos:
Educação Ambiental;
Prevenção ao uso indevido de drogas;
Sexualidade;
Violência na escola.
Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos
indígenas brasileiros (LEI N. 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008) também serão
contemplados no ensino de Espanhol.
3. Metodologia:
Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da
disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através das
práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou
não verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos. Logo, as
atividades desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão questões lingüísticas,
sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que ensinar estruturas linguísticas, o
que se pretende é ensinar ao aluno como construir significados e subjetividade para agir
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por meio da linguagem.
Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do
aluno de agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem permeia todas
as relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que cada situação exige um
agir específico e para tal se propõe um estudo de textos de diferentes gêneros
discursivos.
O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas,
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações,
o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência
e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Uma vez que a leitura, numa
concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno será sempre questionado sobre quem
disse o quê, para quem, onde, quando e por que, buscando desvendar as atitudes,
valores e crenças subjacentes ao texto. Estes questionamentos são importantes para que
o aluno compreenda que a língua não é neutra.
Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em
conta:
Gênero – explorar o gênero escolhido;
Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde,
quando e por que (contexto de produção e circulação);
Variedade Linguística – formal ou informal;
Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção
se sentidos;
Atividades de pesquisa, discussão e produção.
Mais importante que o uso funcional da língua, será o engajamento
discursivo. As interações em LEM serão conduzidas de modo que familiarizem os alunos
com os sons da língua que estão aprendendo e lhes possibilite desenvolver a capacidade
de adequar as diferentes variedades lingüísticas conforme as situações de comunicação.
Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar
para o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar para quem
se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno (escritor) estabelecer um
diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu discurso, isto será definitivo para a
legitimidade desta interação.
Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos
diferenciados conforme suas especificidades, é importante esclarecer que estas não
251
serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção discursiva leitura,
oralidade e escrita não se separam em situações concretas de comunicação.
Salientamos que, serão critérios para a seleção dos textos o seu conteúdo
ao que se refere às informações, de modo que instiguem à pesquisa e discussão. Dentro
das temáticas que serão desenvolvidas, estarão os Desafios Educacionais
Contemporâneos e as leis: Educação Fiscal, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas,
Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, Lei
10.639/03 “História e Cultura Afro”, Lei 13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.795/99 “Meio
Ambiente” e Lei 11645/08 “História e cultura dos povos indígenas”.
As temáticas dos textos selecionados muitas vezes exigirão o
conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará com as
demais, numa perspectiva interdisciplinar. Uma vez que o Conteúdo Estruturante é o
discurso, e este não é algo pronto, os conteúdos poderão ser retomados em todas as
séries e trabalhados, por vezes, de forma não linear, posto que serão decorrentes das
necessidades específicas dos alunos para que se expressem ou construam sentidos aos
textos.
Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de
Espanhol/ Português/Espanhol encaminhados pela SEED a este estabelecimento, a TV
multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais na língua-alvo para leitura e
para recorte, CD e CD-room.
4. Avaliação:
A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB nº
9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua
Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED. Logo, será
formativa, diagnóstica e processual.
Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-
discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento diante do
que está sendo lido.
Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua
Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da variedade
lingüística para diferentes situações.
Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem para
252
resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno conseguiu explicitar
seu posicionamento de forma coerente e se houve planejamento, adequação ao gênero,
articulação das partes e escolha da variedade linguística adequada na atividade de
produção. É importante considerar o erro como efeito da própria prática.
Para tais verificações servirão de instrumentos atividades de leitura,
debates, pesquisas, produção de textos e relatórios, apresentações orais, seminários,
trabalhos em grupos, avaliações escritas e apresentações de peças teatrais, jograis e
cantos.
Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão
ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24, alínea e, da
LDB n.9394/96 e estes serão organizados com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados anotados em Livro Registro de
Classe.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno, aliada à apuração da sua freqüência.
Nos cursos do CELEM a promoção será ao final de cada ano letivo.
Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima exigida é
de 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004.
Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% do
total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão
considerados aprovados ao final do ano letivo.
Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que
apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente
do aproveitamento escolar;
II. frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e média
inferior a 6,0 (seis vírgula zero).
Nos cursos do CELEM serão registradas médias pelo idioma cursado,
que corresponderão às avaliações individuais realizadas através de diversos instrumentos
avaliativos adotados, aos quais, obrigatoriamente, o aluno submeter-se-á, respeitando o
sistema de avaliação adotado pelo estabelecimento de ensino.
253
5. Referências:
ALONSO, E. Cómo ser professor/a y querer seguir siéndolo. Madrid: Edelsa, 2006.
LEFFA, V. J. A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: Educat, 2006.
______. O professor de línguas: construindo a profissão. Pelotas: Educat, 2006.
LIPSKI, J. M. El español de América. Madrid: Cátedra, 1994.
MILANI, E. M. Gramática de espanhol para brasileiros. São Paulo: Saraiva, 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.88p. Disponível
em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/arquivos/File/diretrizes_2009/lem. pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2009.
254
12. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico explicita fundamentos teórico-metodológicos, os
objetivos, o tipo de organização e as formas de implementação e avaliação da escola. As
modificações que se fizerem necessárias resultarão de um processo de discussão,
avaliação e ajustes permanentes, onde a escola estará sempre junto e à disposição dos
pais e da comunidade, prestando conta dos resultados e das ações que ela promove.
Reuniões serão organizadas sempre que necessário para informar sobre o andamento do
que foi proposto, e o que está sendo implementado.
A avaliação interna e sistemática é essencial para definição, correção e
aprimoramento de rumos. É também por meio dela que toda extensão do ato educativo e
não apenas a dimensão pedagógica, é considerada.
Os movimentos avaliativos partem da necessidade de se conhecer a realidade
escolar para explicar e compreender criticamente as causas da existência dos problemas,
bem como suas relações e mudanças, esforçando-se para propor ações alternativas.
Levando em conta todas as questões trabalhadas e avaliadas pela direção,
professores, funcionários, alunos e pais e sociedade em geral, o esforço analítico da
realidade constatada possibilitará a identificação de quais finalidades estão relegadas e
precisam ser reforçadas e priorizadas, e como elas poderão ser detalhadas e
retrabalhadas.
Na operacionalização do projeto, o que se faz é verificar se as decisões foram
acertadas ou erradas, e o que é preciso revisar e reformular. Tendo em vista as diferentes
circunstâncias, pode haver necessidade tanto de alterações de determinadas decisões,
como introdução de ações completamente novas.
A escola utilizará mecanismos institucionalizados e atuantes como Associação de
Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar, juntamente com a direção, para propiciar
a captação e os gasto transparente dos recursos financeiros, bem como outras parcerias
(entidades, empresas, etc.) que venham a colaborar na superação de suas limitações de
ordem física, administrativa e pedagógica.
A educação é um processo a longo prazo, e por isso o Projeto Político Pedagógico
está sempre em construção.
255
A conquista dos objetivos propostos depende de uma prática educativa que tenha
como eixo a formação de um cidadão autônomo e participativo.
256
13. REFERÊNCIAS
ADAMUZ; Regina Célia. Avaliação Educacional uma reflexão. Revista Cultural Fonte.
Londrina/PR: v. 2, n. 1, p. 51 –53, nov.1999.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução
à filosofia. 2. ed. Ver. Atual. São Paulo: Moderna, 1993.
______. Avaliação mitos e desafios: Uma perspectiva construtiva. 14. ed. Porto Alegre:
Educação e realidade, 1994.
BRASIL. LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de
1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Curitiba: 1996.
ELLIOT, Lígia Gomes. Critérios de julgamentos: Chave para a avaliação da
aprendizagem. Ensaio: Avaliação política pública educacional. Rio de Janeiro: v. 8, n. 27,
p. 129-142, abr./jun./2000.
ESTEBAN, Maria Tereza. (org). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 3.
ed. Rio de Janeiro: D. P. & A, 2001.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em construção da
pré-escola à Universidade. Porto Alegre: Educação e realidade, 1993.
LIBÂNEO, José Carlos. Avaliação escolar. São Paulo: Cortez, 1994.
MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1994.
257
______. Ministério da Educação. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a
inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília, 2006.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do professor. São Paulo:
EPU, 1986.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para a Educação
Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PINHEIRO, Maria Eveline. A Ação coletiva como referencial para a organização do
trabalho pedagógico. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lucia Maria
Gonçalves de (orgs.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas:
Papirus, 1998, p. 75-94.
SACRISTÀN, J. Gimeno; GOMES, A. I. Péres. A avaliação no ensino. In: Compreender e
transformar o ensino. Trad. Ernani da Fonseca Rosa. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998,
p.295-351.
SANT‟ANNA, Ilza Martins. Porque avaliar?: como avaliar?: critérios e instrumentos. Rio
de Janeiro: Vozes, 1995.
_______. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove anos:
orientações pedagógicas para os anos iniciais. Departamento de Educação Básica.
Curitiba, 2010.
SOUZA, Clarilda Prado de. (org.). Avaliação do rendimento escolar. 3. ed. Campinas:
Papirus, 1994.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética – libertadora do
processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1998.
258
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-
pedagógico. In: ________; RESENDE, Lucia Maria Gonçalves de (orgs.). Escola: espaço
do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus, 1998, p. 9-32.
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. O Projeto político-pedagógico e a avaliação. In:
VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lucia Maria Gonçalves de (orgs.). Escola:
espaço do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus, 1998, p. 179-200.
ZABALLA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa. In: A
Avaliação. Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 195-219.
259
14. ANEXOS
14.1. Atividades e projetos desenvolvidos na escola, integrados ao Projeto Político
Pedagógico:
14.1.1. Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio participa
todos os anos da OBMEP, com os alunos de todos os anos e séries, buscando, muito
mais que competição, o incentivo ao estudo da Matemática, e consequentemente um
ensino de qualidade.
14.1.2. Concurso de Soletração
Com o objetivo de promover e incentivar o hábito de leitura, além da valorização da
língua pátria, o Lions Club Bandeirantes tem realizado anualmente o Concurso Municipal
de Soletração, destinado aos alunos do 9º Ano, que contou com a participação deste
colégio. Neste ano, o livro escolhido para a leitura foi Til, de José de Alencar.
Os professores têm um período para trabalhar com os alunos em sala de aula os
vocábulos contidos no livro e também no dicionário de Língua Portuguesa, dentro da nova
ortografia, vindo a realizar um concurso de soletração com a turma, de onde sai o
vencedor para a fase municipal. O participante deste ano foi o aluno Ronaldo Jesus dos
Santos Junior, do 9º A.
14.1.3. Jogos Florais
A Prefeitura Municipal de Bandeirantes promove anualmente os Jogos Florais, com
a participação das escolas e trovadores de todo o país. O regulamento é enviado à
escola, com os temas escolhidos, e os professores de Língua Portuguesa em especial,
trabalham com os alunos a produção das trovas, que são enviadas à comissão julgadora
260
do município. As escolhidas são publicadas no livrinho dos Jogos Florais, podendo ser
trovas campeãs, menção honrosa, e numa solenidade festiva, com a participação de
trovadores convidados, professores e alunos, são declamadas para a plateia.
O colégio estimula os alunos para que participem dessa atividade, que além de
permitir o afloramento da sensibilidade, também é uma excelente oportunidade para o
desenvolvimento da leitura e escrita.
14.1.4. Programa Agrinho
O Agrinho é um programa de longa data que vem sendo desenvolvido nas escolas,
com o objetivo de desenvolver ações que propiciem o despertar da consciência de
cidadania, além do acesso a informações relativas à saúde e à preservação do meio
ambiente, com vistas à melhoria da qualidade de vida.
Os conteúdos do Programa AGRINHO são desenvolvidos de forma transversal ao
currículo escolar, havendo a sensibilização da comunidade, capacitação docente,
desenvolvimento do trabalho e concursos, podendo participar os alunos, professores,
escolas, municípios, NREs.
14.1.5. Participação em atividades cívicas
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio participa do
desfile cívico em comemoração à Independência do Brasil e também do aniversário do
município, contando com a participação da direção, professores e alunos.
14.2. Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar
I. IDENTIFICAÇÃO
Estabelecimento de Ensino: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA – EFM
Município: BANDEIRANTES
NRE: CORNÉLIO PROCÓPIO
261
Coordenadora/or: MARIA DAS GRAÇAS TICIANEL
II. JUSTIFICATIVA
O presente plano de ação visa atender o que é proposto nas Leis nº 10.639/03
e nº 11.645/08 que determina a obrigatoriedade do tema “História e Cultura Afro-brasileira e
Indígena nas escolas de ensino fundamental e médio”.
Sendo a escola um ambiente onde convivem diferentes pessoas, é fundamental
o desenvolvimento de um trabalho que priorize o conhecimento das mais diversas culturas,
levando em consideração que esse conhecimento tornará o aluno mais consciente em
relação ao seu próximo e o respeito a todos. Conforme Arroyo, 2003
Os confrontos no campo do conhecimento, dos valores e saberes, das culturas e
identidades, das cosmovisões e dos modos de pensar fazem parte da formação de
nossas sociedades. Perduram como um campo de tensões políticas na diversidade de
fronteiras, ações coletivas e movimentos sociais. (ARROYO, 2003, p. 30)
Diante da diversidade cultural oriunda de diferentes culturas, justifica-se este
plano de ação por ser de competência da escola deixar claro os objetivos e resultados que
busca alcançar para que os educandos se igualem nas oportunidades de aprendizado
independente de sua cultura. Segundo Morin, 2001
a cultura é constituída pelo conjunto dos saberes, fazeres, regras, normas, proibições, estratégias, crenças, ideias, valores, mitos, que se transmite de geração em geração, se reproduz em cada indivíduo, controla a existência da sociedade e mantém a complexidade psicológica e social. Não sociedade humana, arcaica ou moderna, desprovida de cultura, mas cada cultura é singular. Assim, sempre existe a cultura nas culturas, mas a cultura existe apenas por meio das culturas. (MORIN, 2001, p. 56)
262
Ao conhecer mais sobre a formação do povo brasileiro, pretende-se que o
educando se veja como cidadão brasileiro, consciente e transformador capaz de lutar contra
qualquer tipo de preconceito ou discriminação.
Para o ano letivo 2017 a Equipe Multidisciplinar, além de atender os
dispositivos legais que determinam a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena, priorizará implementar ainda mais as ações de combate ao
preconceito e discriminação, de forma a promover o respeito entre os seres humanos,
independente de sua cor ou raça, e contribuir para a transformação do conceito formado ao
longo do processo histórico do negro e do índio em nossa sociedade, valorizando sua
cultura, costumes e conhecimentos, promovendo assim uma educação intercultural que
contribua para a cidadania plena dos povos indígenas e afrodescendentes no contexto da
sociedade brasileira.
III. OBJETIVO GERAL
Realizar ações que permitam aos alunos e demais participantes da comunidade
escolar conhecer a história dos povos africanos e indígenas, reconhecendo suas
contribuições na formação do povo brasileiro e, através de reflexões sobre a temática
embasados nas Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, se tornarem cidadãos críticos e reflexivos
capazes de participar conscientemente da construção de um país livre de preconceitos
étnicos raciais.
IV. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES
Ações práticas didático-pedagógicas para efetivar o ensino de História e Cultura
afro-Brasileira, Africana e Indígena nas disciplinas curriculares
A equipe multidisciplinar promoverá e mediará, durante o ano letivo, as práticas
263
pedagógicas dos educadores em relação aos conteúdos e metodologias referentes às Leis
nº 10.639/03 e 11.645/08 que abordam o ensino da história e cultura Afro-brasileira nas
escolas de ensino fundamental e médio, juntamente com a equipe pedagógica da instituição
escolar.
Segundo a Resolução CNE/CP 01/2004
A Educação das Relações Étnico-Raciais e o estudo de História e Cultura Afro-Brasileira e História e Cultura Africana será desenvolvida por meio de conteúdos, competências, atitudes e valores, a serem estabelecidos pelas Instituições de ensino e seus professores, com apoio e supervisão dos sistemas de ensino, entidades mantenedoras e coordenações pedagógicas, atendidas as indicações, recomendações e diretrizes explicitadas no Parecer CNE/CP 01/2004. (BRASIL, 2004, p. 32).
Através das práticas pedagógicas dentro e fora da sala de aula, espera-se que
o educando faça uma reflexão sobre a identidade cultural entre diferentes culturas. Trata-se
de desenvolver na prática pedagógica diária ações que estabeleçam o respeito para com o
próximo, sempre lembrando a questão da diversidade (cultural, sexual, religiosa, racial).
A partir dessas práticas, poderemos transformar os educandos, através da
reflexão e do aprendizado dos significados de diversas culturas, sabendo valorizar e
respeitar a diversidade existente em nosso país.
Ação Mobilizadora de Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira, Quilombola e
Indígena
Para que haja o reconhecimento e valorização afro-brasileira, quilombola e
indígena, a equipe multidisciplinar fará, primeiramente, uma reunião com todos os
professores da escola para discutirem as leis que regem o ensino em relação à cultura afro-
brasileira, quilombola e indígena nas instituições escolares. Após essa reunião os
professores farão uma lista de conteúdos e possíveis metodologias que serão trabalhadas
em suas respectivas disciplinas.
A equipe conversará com os alunos em uma assembleia geral e explicará sobre
as leis que embasam o trabalho da mesma e o ensino-aprendizagem da instituição escolar.
264
O respeito ao próximo e o reconhecimento do valor de cada indivíduo e de sua cultura, será
o tema principal de todo o trabalho da equipe e da comunidade escolar.
Ação de incentivo à autodeclaração
Embora exista evidência da presença desta população nas escolas
paranaenses, ainda não é suficiente para a identificação, de forma confiável da auto-
atribuição/autodeclaração da origem étnica, do reconhecimento individual e valorização
social, pois ainda é um tema que gera bastante questionamento e por vezes resistência,
já que o Brasil é um país marcado pela miscigenação e portanto existe a dificuldade
de estabelecer parâmetros raciais fixos para dizer quem é quem no conjunto da
diversidade. Tais dados demonstram descompasso entre a identificação destes sujeitos
e os registros oficiais nos estabelecimentos de ensino, principalmente nas escolas não
específicas para essas populações. Dessa forma, a escola deve estar engajada,
mobilizando com criatividade e dinamismo, os recursos humanos, pedagógicos e
tecnológicos para promover, ao longo do ano letivo, movimentos que venham
contribuir, não só para o levantamento de dados, mas principalmente para a
formulação de políticas educacionais e afirmativas que garantam o acesso, a
permanência e o fortalecimento da juventude negra e indígena. Acredita-se que
fortalecer a abordagem na sala de aula, aliada a uma ação mobilizadora, poderá
incentivar e ao, mesmo tempo, contribuir para que professores (as), estudantes, agentes
educacionais e comunidade escolar sejam encorajados a declararem seu pertencimento
étnico racial. É importante que todos os segmentos da comunidade escolar se
265
comprometam não só com os conhecimentos abordados mas também com essa ação
mobilizadora de incentivo à autodeclaração, resultando no reconhecimento individual e
valorização social dos afrodescendentes e indígenas.
Ações para a Promoção de Igualdade Racial garantindo a participação e atuação
multiplicadora dos Agentes Educacionais e Estudantes integrantes da EM
As ações para a Promoção de Igualdade Racial promovidas pela equipe
multidisciplinar e demais professores e funcionários serão realizadas de forma individual
(dentro da disciplina de cada professor) e coletiva ( interdisciplinar, através de projetos e
participação da comunidade). Cada membro da EM será responsável em multiplicar as
propostas de encaminhamentos metodológicos debatidas nos encontros da Equipe
Multidisciplinar. Os agentes educacionais I e II também deverão levar as discussões
inerentes ao reconhecimento e valorização étnico-racial para os seus pares, buscando
ampliar a compreensão sobre a importância de respeitar a origem étnica dos indivíduos.
Os estudantes integrantes da E.M. também estarão envolvidos no processo, levando as
proposições para a comunidade discente, possibilitando o protagonismo no
desenvolvimento das ações relacionadas a educação para as relações étnico-raciais.
Na disciplina de Arte, os professores farão uso de imagens, músicas de
cantores brasileiros, filmes nacionais e internacionais sobre negros e índios, pinturas,
artesanato e dobraduras. As disciplinas de Ciências e Biologia focarão nas plantas usadas
pelos povos indígenas na alimentação e na cura de doenças. Mostrarão, através de
documentários, a alimentação nossa de cada dia e as influências dos povos africanos e
indígenas no nosso cardápio. Os professores de Educação Física mostrarão através de fotos
e vídeos do Youtube danças indígenas, africanas e danças atuais como rap, funk e axé, para
que os alunos entendam que algumas danças que eles mesmos executam são
descendentes dos povos indígenas e africanos. Os alunos também participarão de uma
apresentação de capoeira e dança de rua. Os professores de Ensino Religioso e Filosofia
farão uso de filmes ou recortes de filmes, pesquisas e leituras dirigidas, para passar aos
alunos as diferentes crenças oriundas desses povos, a ideia de moral, ética e valor a pessoa
humana dada pelos índios e africanos. Discutirão quais as religiões da atualidade
266
descendem dos povos africanos e indígenas. Nas disciplinas de História e Geografia, os
docentes mostrarão imagens do Brasil colonial e atual para que os alunos entendam como
vivem os índios e os negros quilombolas em nosso país e discutir sobre os acontecimentos
históricos que culminaram numa visão equivocada desses povos, desvalorizando a cultura
dos mesmos. Na disciplina de Língua Portuguesa será trabalhada a produção de textos,
poemas e paródias após leituras dirigidas, músicas e filmes que mostram a cultura afro-
brasileira e indígena. E na disciplina de Matemática, os professores mostrarão índices
diversos como: salários, escolaridade, moradia, saúde, entre outros, para que os alunos
percebam a diferença entre negros e brancos em nosso país e pensem maneiras de fazer
com que as diferenças sociais sejam excluídas ou amenizadas em nossa sociedade.
Em vários momentos durante o ano os professores trabalharão
interdisciplinarmente com filmes, palestras, danças, teatro e debates, sempre lembrando aos
alunos a importância de se reconhecer o valor da cultura de cada povo.
Realização do seminário na Semana da Consciência Negra
O seminário da consciência negra será realizado na Semana da Consciência
Negra, no mês de novembro de 2017, pela palestrante e professora afro-descendente,
também integrante da Equipe Multidisciplinar, Sra Ester Amaro Costa da Silva, com o tema
“Bullying decorrente do preconceito racial”. Na palestra serão abordadas questões como as
diferenças existentes num país com pluralidade de raças e etnias e a predominância de
padrões e estereótipos cultural e socialmente valorizados, embora não sejam características
da maior parte da população ( pele branca, olhos claros, corpo magro, cabelos lisos, etc.).
Considerando que uma das motivações da prática do bullying advém
justamente das diferenças, pensar nos danos causados por essas práticas é fundamental.
V. CRONOGRAMA
AÇÃO OBJETIVO DATA/PERÍODO RESPONSÁVEIS
1. Realização do primeiro encontro- Etapa Presencial: Povos africanos,
1.1 – Discutir sobre a realidade escolar em relação às situações de preconceito e
10 de Julho Coordenador e demais integrantes da Equipe Multidisciplinar
267
afro-brasileiros e indígenas: direitos e conquistas na educação
discriminação, bem como a temática História e Cultura Africana, Afro-descendente e Indígena.
1.2 – Visitar o ambiente do curso - Etapa a Distância, para tomar conhecimento do material disponibilizado, das tarefas, dos critérios de avaliação, etc.
1.3 – realizar a leitura do texto: A beleza, a riqueza e a resistência dos povos africanos, afro-brasileiros e indígenas.
1.4 - Revisitar o Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar para discutir as alterações necessárias, em consonância com o PPP e o Regimento da instituição escolar.
2. Realização da primeira Etapa a Distância - Povos africanos, afro-brasileiros e indígenas: direitos e conquistas na educação
2.1 – Ler todos os textos, responder o questionário, compreendendo que as Histórias da África, dos Afro-Brasileiros e dos Indígenas são relevantes para a sociedade brasileira e que a escola tem o papel de protagonista no processo de ensinar e aprender, por intermédio das Equipes Multidisciplinares, na perspectiva de superar a desigualdade racial e a exclusão social em que vivem as populações negras e indígenas em nossa sociedade.
10/07 a 22/08 Integrantes da Equipe Multidisciplinar
3. Realização do segundo encontro Etapa Presencial: Belezas e riquezas ocultas na história dos
3.1 – Leitura e reflexões sobre os textos: Os reinos sudaneses-Pujança econômica e cultural na África Medieval e Saberes e cores dos povos
23/08 Coordenador e demais integrantes da Equipe Multidisciplinar
268
povos africanos e indígenas
indígenas paranaenses.
3.2 – Apresentar as propostas para o Plano de Ação
4. Realização da segunda etapa a Distância: Belezas e riquezas ocultas na história dos povos africanos e indígenas
4.1 – Responder o questionário, Identificando os povos africanos como responsáveis por invenções e propagações científicas e tecnológicas, como a medicina, metalurgia, agricultura, matemática, entre outras. E, conhecer a diversidade dos saberes culturais dos povos indígenas.
4.2 – Dar as contribuições para o Plano de Ação, na ferramenta Wiki
23/08 a 19/09 Integrantes da Equipe Multidisciplinar
5. Realização do terceiro encontro Etapa Presencial: Diversidade cultural
5.1 – Realizar a leitura dos textos de apoio.
20/09 Coordenador e demais integrantes da Equipe Multidisciplinar
6. Realização da terceira Etapa à Distância: Diversidade cultural
6.1 – Realizar o questionário, com o objetivo de identificar a presença da cultura africana, afro-brasileira e indígena em vários aspectos do cotidiano e, a partir destes, construir novos conhecimentos como forma de valorização e estratégia de superação da discriminação e do racismo estrutural presente em nossa sociedade.
20/09 a 24/10 Integrantes da Equipe Multidisciplinar
7. Realização do quarto encontro Etapa Presencial: Organização social e movimentos de resistência
7.1 – Realizar a leitura dos textos de apoio
25/10 Coordenador e demais integrantes da Equipe Multidisciplinar
269
8. Realização da quarta Etapa a Distância: Organização social e movimentos de resistência
8.1 – Realizar o questionário, após análise dos materiais de leitura disponibilizados, levando em conta a contribuição da organização social e os movimentos de resistência, ao longo do tempo, para a superação do racismo.
25/10 a 22/11 Integrantes da Equipe Multidisciplinar
9. Atividades docentes com apoio da equipe multidisciplinar e equipe pedagógica: cartazes, filmes e recortes de filmes, documentários, pinturas, debates, danças, apresentações, teatro, exposições, produção de textos e poemas, palestra, leituras dirigidas e análises de gráficos estatísticos e reportagens de jornais e revistas sobre o tema cultura afro-brasileira, africana e indígena, racismo, trabalho escravo, cidadania e transformação. Todas as atividades propostas pelos docentes serão realizadas do 6º ano do Ensino Fundamental II ao 3º ano do Ensino
9.1 - Realizar, ao longo do ano letivo, as ações pertinentes à cultura afro e indígena.
ARTE: instrumentos musicais, pinturas corporais e músicas africanas (1º semestre); brinquedos infantis – petecas e máscaras com inspiração africana (2º semestre),
CIÊNCIAS/BIOLOGIA: observar quais contribuições os povos africanos e indígenas nos deram em relação ao uso de plantas medicinais nas curas de doenças; conhecer que tipo de alimentação ainda predomina entre os povos indígenas que vivem nas aldeias de nosso país e dos povos africanos quilombolas; reconhecer como esses povos nos influenciam em relação à alimentação e higiene pessoal, por exemplo, o banho diário.
EDUCAÇÃO FÍSICA: levar o aluno a conhecer as danças africanas e indígenas que fazem parte de nossa cultura, seus ritmos e movimentos; conhecer a origem da
Abril a novembro
Professores das disciplinas de Arte, Ciências/Biologia, Educação Física, Ensino Religioso, Filosofia, Geografia, História, Língua Portuguesa, Inglês e Matemática.
270
Médio, observando a faixa etária de cada sala.
capoeira e como era usada no período escravocrata; entender, através de uma apresentação de grupos de capoeira, como ela é vista atualmente; mostrar danças indígenas e seus significados (dança da chuva, dança da colheita, entre outras); fazer com que os educandos entendam que muitas danças atuais como o rep, funk, axé, dança de rua, entre outras são oriundas da cultura dos povos africanos.
ENSINO RELIGIOSO: pesquisar as religiões africanas e seus rituais; entender sobre a religião naturalista indígena e rituais existentes na tribo; fazer um paralelo entre as religiões atuais de nosso país e as religiões que vieram com os negros escravos e os rituais que os índios praticavam no período colonial; confecção de cartazes.
FILOSOFIA: Filme: Hotel Ruanda; debates sobre as crenças, cultura, pensamentos, ética, moral e princípios dos povos indígenas e africanos; confecção de painel com os alunos, conscientizando sobre a igualdade dos povos.
GEOGRAFIA: documentário sobre os povos indígenas e produção de textos; confecção de bandeiras dos países africanos, destacando os países que falam a língua portuguesa;
271
documentário sobre o continente africano; conhecer as tribos existentes no estado do Paraná e o tipo de agricultura que manejam atualmente bem como a importância da sustentabilidade para esse povo; conhecer os lugares em que os povos africanos se instalaram quando chegaram ao Brasil e o tipo de trabalho que a maioria desempenhava e entender porque, atualmente, a grande maioria é de classe baixa e mora em lugares muito pobres.
HISTÓRIA: conhecer e analisar os acontecimentos históricos por meio de livros didáticos, documentários históricos via web e jornais; conhecer a história de Zumbi dos Palmares, refletir e entender a vida dos quilombolas em nosso país atualmente; contextualizar a obrigatoriedade da História e Cultura Africana, Afro-descendente e Indígena, de acordo com as Leis 10.639/03 e 11.645/08; vídeo: Besouro; desfile de alunos caracterizados de africanos.
LEM – INGLÊS: apresentação de um conto de fadas africano (em quadrinhos) e confecção de cartazes a partir do assunto, com frases ou a a reprodução da história em Inglês; pesquisa de cantores, artistas e personalidades afro-
272
descendentes.
LÍNGUA PORTUGUESA: produção de textos sobre a temática; interpretação, poesia e paródia a partir da música “Todo dia era dia de índio”; entrevista com um funcionário afro-descendente do colégio sobre a questão do preconceito; produzir poemas, paródias e textos dissertativos, narrativos e argumentativos sobre a cultura afro-brasileira e indígena.
MATEMÁTICA: levantamento do número de alunos afro-descendentes matriculados na escola e construção de gráfico de setores, com análise dos dados e exposição em mural; situações problema abordando a temática.
10. Realização do Seminário – Consciência Negra: Memória e Visibilidade
10.1 – Palestra sobre a questão do bullying, que se constitui num grande problema nas relações inter- pessoais, com o título “Bullying decorrente do preconceito racial”.
22 de novembro Equipe Multidisciplinar, equipe pedagógica, docentes, discentes e palestrante (Ester Amaro Costa da Silva).
11. Mostra pedagógica dos trabalhos realizados durante o ano.
11.1 Realizar mostra pedagógica dos trabalhos desenvolvidos durante o ano letivo de 2017 (cartazes, painéis, pesquisas, desenhos, textos, fotos, etc.).
Novembro – Semana da Consciência Negra
Docentes, discentes, equipe pedagógica , equipe multidisciplinar e comunidade escolar.
VI. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação se dará de forma diagnóstica e contínua objetivando
que a prática docente e pedagógica seja revista constantemente em relação às questões
273
étnico-raciais, criando e modificando metodologias e estratégias para que as ações
propostas pela equipe multidisciplinar sejam eficazes no combate ao racismo de qualquer
espécie dentro de nossa escola e nossa sociedade.
VII. REFERÊNCIAS
ARROYO, Miguel G. Pedagogias em movimento: o que temos a aprender dos movimentos sociais? Currículo sem fronteiras, v. 3, p. 28-49, 2003.
BRASIL, Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural. Ensino de 5a a 8a série, Brasília/DF, 1997.
BRASIL, Lei de diretrizes e bases da educação nacional: lei 9.394/96, 6. ed., Rio janeiro: DP&A, 2003.
BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino da História afro-brasileira e africana. Brasília/DF: SECAD/MEC, 2004.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 24 ed, Rio de Janeiro: 1979.
GOMES, Nilma Lino. Práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais na escola na perspectiva da Lei nº 10.639/03 (org.). 1. ed. -- Brasília : MEC ; Unesco, 2012.
LEI Nº 11.645 de 10 de março de 2008, disponível em: <http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/93966/lei-11645-08> Acesso em: 13/06/2016.
LEI No 10.639 de 9 de janeiro de 2003, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm> Acesso em: 13/06/2016.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2001.
OLIVEIRA, Ivone Boechat de. Por uma escola humana. 3. ed. Brasilía/DF, 1997.
PARANÁ. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. SEED. Curitiba, 2008.
274
PERRENOUD, Philippe. Pedagogia diferenciada: das intenções às ações. Porto Alegre: Artemed, 2000.
Bandeirantes, 25 de setembro de 2017.
14.3. Brigada Escolar
O Programa Brigada Escolar é uma parceria da Secretaria de Estado da Educação
e Defesa Civil que constitui a formação da Brigada Escolar na Escola. A brigada escolar
tem o objetivo de prevenir situações de emergência no interior da escola, construindo uma
cultura de prevenção a riscos, incêndio e pânico. A brigada escolar também promove o
levantamento e estabelece as adequações do prédio da escola, em conformidade com as
normas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar do Paraná. Os brigadistas recebem a
formação necessária para atuar diante das situações emergenciais que possam surgir na
escola através do curso de Formação de Brigadistas, possibilitando agir com cautela,
seguindo procedimentos padronizados diante de adversidades.
275
Aos alunos é proporcionado momentos de formação, demonstrando como agir
nessas situações emergenciais, por meio dos simulados de abandono que ocorrem uma
vez por semestre, conforme datas previstas em calendário escolar.
Conforme Atestado de Conformidade o Colégio Estadual Juvenal Mesquita –
Ensino Fundamental e Médio cumpriu todas as exigências previstas, sendo que todas as
medidas protetivas adotadas foram integralmente adotadas e estão em pleno
funcionamento, os extintores estão com carga dentro do prazo de validade, com
vencimento em data de julho de 2018 e os simulados de abandono emergencial de
edificação escolar em cada turno foram realizados conforme datas constantes em
calendário escolar.
COMPOSIÇÃO DA BRIGADA ESCOLAR
BRIGADISTAS RG
Maria das Graças Ticianel Jardim 4489545-5
Lúcia Guimarães da Silva Asano 1567759-7
Sueli Elizabete de Mello 3354097-3
Américo Fernandes 3395993-1
Leonor Luiza de Oliveira 3315428-3
Exercícios simulados de abandono da edificação escolar, conforme consta no calendário
Escolar, sendo previsto um exercício semestral por turno:
TURNO 1º EXERCÍCIO SIMULADO 2º EXERCÍCIO SIMULADO
Manhã 25/04/2017 22/09/2017
Tarde 25/04/2017 22/09/2017
276
14.4. Calendário Escolar
277
14.5. Matriz Curricular
ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA MANHÃ
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440
TELEFONE: (43) 3542-4490
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 3
Educação Física 2 2 2 2
Ensino Religioso* 1 1
Geografia 2 3 3 3
História 3 2 3 3
Língua Portuguesa 5 5 5 5
Matemática 5 5 5 5
Subtotal 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFI-CADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa. Data de Emissão: 21 de Março de 2013
Adalgisa Denise de Almeida
Chefe do NRE – C. Procópio
Decreto nº 6290/2012
278
ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA TARDE
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440
TELEFONE: (43) 3542-4490
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 3
Educação Física 2 2 2 2
Ensino Religioso* 1 1
Geografia 2 3 3 3
História 3 2 3 3
Língua Portuguesa 5 5 5 5
Matemática 5 5 5 5
Subtotal 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFI-CADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa. Data de Emissão: 21 de Março de 2013
Adalgisa Denise de Almeida
Chefe do NRE – C. Procópio
Decreto nº 6290/2012
279
ENSINO MÉDIO - PERÍODO DA MANHÃ
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 0240 - BANDEIRANTES
ESTABELECIMENTO: 00036 - COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440
TELEFONE: (43) 3542-4490
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 ENSINO MÉDIO
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 1 2 3
Arte 2 - 2
Biologia 2 2 2
Educação Física 2 2 2
Filosofia 2 2 2
Física 2 2 2
Geografia 2 2 2
História 2 2 3
Língua Portuguesa 3 3 3
Matemática 2 4 2
Química 2 2 2
Sociologia 2 2 2
Subtotal 23 23 23
PARTE
DIVERSIFI-CADA
L.E.M. - Espanhol 4 4 4
L.E.M. - Inglês 2 2 2
Subtotal 6 6 6
Total Geral 29 29 29
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contraturno, no CELEM Data de Emissão: 14 de Fevereiro de 2013
Adalgisa Denise de Almeida
Chefe do NRE – C. Procópio
Decreto nº 6290/2012
280
14.6 Plano de Ação da Escola
PLANO DE AÇÃO – 2017
DADOS DA INSTITUIÇÃO
1. Nome do Estabelecimento: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
2. Endereço: RUA SÃO PAULO, Nº 440 – VILA MACEDO
3. CEP: 86360-000
4. Telefone/Fax: (43) 3542-4490
5. Município: BANDEIRANTES
6. Núcleo Regional da Educação: CORNÉLIO PROCÓPIO
281
7. E-mail: [email protected]
8. Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DIMENSÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA
Reflexão Desafios Público Alvo Ações a serem
realizadas
Cronograma Responsável
As informações
pertinentes à escola
são disponibilizadas a
toda a comunidade
escolar?
- Fazer chegar até a
totalidade de pais ou
responsáveis as
informações
pertinentes à escola.
Funcionários, pais e
alunos.
- Envio de bilhetes
através dos alunos,
para as informações
do cotidiano escolar,
solicitando o retorno
- Em momentos
pontuais como
reuniões bimestrais e
durante o ano letivo,
sempre que
- Direção e equipe
pedagógica.
282
Embora sejam
disponibilizadas, os
alunos não as
veiculam, os pais não
comparecem
regularmente no
colégio e assim ficam
desinformados sobre
os acontecimentos da
instituição.
do mesmo assinado,
dependendo da
relevância do assunto.
- Atualização
constante dos
números de telefone
dos pais e/ou
responsáveis.
- Utilização dos meios
de comunicação locais
e carros de som para
convocações, eventos
e reuniões.
- Colocar os editais
pertinentes ao colégio
em lugar visível à
comunidade escolar.
necessário.
- Ao longo do ano
letivo.
- Bimestralmente
- Durante o ano letivo
- Agentes
Educacionais II e
equipe Pedagógica.
- Direção.
- Agente
Educacional II e
Equipe Pedagógica.
Há participação
atuante das Instâncias
- É difícil conseguir
uma participação
- Membros da APMF,
Conselho Escolar,
- Orientações, por
parte da direção e
- Início do ano ou em
outras ocasiões que
- Direção e Equipe
Pedagógica.
283
Colegiadas na escola?
efetiva de todas as
instâncias colegiadas.
Assim, o maior desafio
é incentivar e
fortalecer a atuação
das instâncias
colegiadas,
conscientizando a
comunidade da
importância de sua
contribuição para a
educação de
qualidade pretendida.
Grêmio Estudantil e
demais Pais,
professores, alunos,
funcionários.
equipe pedagógica
sobre o Regimento
Escolar da instituição,
para que fiquem
cientes de suas
atribuições . Utilizar o
data show.
- Reuniões dinâmicas
para leitura dos
estatutos dos
colegiados,
planejamento e
tomada de decisões .
- Promover o
envolvimento e
participação de todos
os membros das
instâncias nos eventos
e atividades
desenvolvidas pelo
colégio
(apresentações,
se fizer necessário.
- Mensalmente e/ou
em momentos
pontuais.
- Durante o ano letivo.
- Direção
- Direção.
284
festas, palestras,
reuniões, etc.).
- Realizar reuniões
com o Grêmio
Estudantil
- Reunião com o
Conselho Escolar para
discussões sobre as
alterações previstas
nos documentos
Regimento Escolar,
PPP.
- Reunião com os
membros do Conselho
Escolar para
apreciação e Parecer
Favorável sobre a
reelaboração do PPP,
para vigorar em 2018.
- Semanalmente, em
horário contraturno.
- Mês de agosto.
- Mês de novembro
- Presidente do
Grêmio.
- Direção e equipe
Pedagógica.
- Direção e equipe
Pedagógica.
285
Estudantes, pais,
mães ou responsáveis
legais participam
ativamente da escola?
- Os estudantes,
quando motivados,
participam das
atividades propostas,
mas a maioria dos
pais ou responsáveis
não gosta de se
envolver nas
atividades
desenvolvidas pela
escola, bem como na
vida escolar do filho,
alegando falta de
tempo, trabalho,
cansaço, etc. O
grande desafio
constitui-se em “atrair”
os pais para a escola,
fortalecendo a parceria
tão necessária para a
melhoria da qualidade
- Alunos, pais. - Promover palestras
para pais e filhos com
profissionais
preparados, sobre
assuntos que abordem
cidadania, auto-
estima, ECA, dentre
outros.
- Reunião de Pais,
com vídeos
motivacionais,
explanação das
atividades realizadas
no decorrer dos
bimestres, com
lanchinho de cortesia .
- Grupo de Reflexão :
“As mães que oram
por seus filhos”
- Bimestralmente e em
momentos que forem
pertinentes.
Maio/Julho/Outubro/
Dezembro.
- 11/08/2017
- Durante o ano letivo.
- Direção, APMF,
Grêmio.
- Direção.
- Direção.
- Direção e Equipe
286
do ensino do
estabelecimento.
- Incentivar o
desenvolvimento de
projetos por alunos e
professores que
possam beneficiar
todo o colegiado.
- Realizar reuniões
com apresentações
artísticas, culturais,
mostra pedagógica,
etc.
- Durante o ano letivo.
Pedagógica.
- Professores,
Direção e equipe
Pedagógica.
A comunidade escolar
participa da definição
da utilização dos
recursos financeiros
destinados à escola?
A comunidade em
geral precisa conhecer
as necessidades da
escola e participar
mais ativamente da
aplicação dos recursos
recebidos.
A APMF é que
- Pais, professores e
funcionários.
- Utilizar a hora
atividade dos
professores para
repassar orientações
sobre os programas
que destinam os
recursos financeiros e
sua aplicação.
- Início do ano e nos
momentos em que
chegam os recursos
financeiros.
- Direção, APMF.
287
participa diretamente
da aplicação dos
recursos financeiros, e
mesmo a comunidade
escolar sendo
convidada, não
participa, evitando se
envolver, com receio
de serem delegadas
responsabilidades.
- Convocar reuniões
ordinárias e
extraordinárias, em
todos os momentos
necessários, com os
pais, professores,
funcionários e alunos
para discutir o plano
de aplicação dos
recursos, o que pode
comprar, as
prioridades, como e
quando devem ser
aplicados, a prestação
de contas, dentre
outros.
- Nos períodos que as
verbas são destinada
à escolas
- Direção.
OUTROS - - - - -
DIMENSÃO: PRÁTICA PEDAGÓGICA
288
Reflexão Desafios Público Alvo Ações a serem
realizadas
Cronograma Responsável
A Proposta
Pedagógica Curricular
(PPC) é definida e
conhecida de todos?
- A PPC é elaborada
pela maioria dos
professores, aos seus
pares, e tem sido
realimentada quando
necessário. Todos têm
algum conhecimento
sobre ela, e o desafio
constitui-se em fazer
com que os
professores que vão
ingressando e até
mesmo os que
participaram de sua
elaboração a
consultem na íntegra
para elaborar seu
PTD.
- Professores. - Abordar questões da
PPC para debates,
reflexões,
contextualização de
conteúdos e
metodologias
diferenciadas,
conforme necessidade
das turmas.
- Proporcionar
momentos de leitura e
discussão sobre a
PPC .
- Utilizar a Hora
Atividade do professor
para tirar dúvidas
sobre a PPC.
- Nas datas previstas
para planejamento,
de acordo com o
Calendário Escolar.
- 1ª Reunião
pedagógica.
- Durante o ano
letivo.
- Equipe Pedagógica.
- Direção e Equipe
Pedagógica.
- Equipe Pedagógica.
289
- Ter sempre
disponível a PPC da
instituição para que
todos consultem.
- Durante o ano
letivo.
- Equipe Pedagógica.
Os docentes elaboram
e cumprem o que está
previsto no PTD?
Constituem-se como
desafios dessa
questão a elaboração
de Planos de Trabalho
Docentes cada vez
mais direcionados à
situação de cada
turma, observando
suas particularidades,
a conscientização dos
professores sobre o
fato de que o PTD não
é uma mera
formalidade, e sim o
documento norteador
de seu trabalho em
sala de aula , e o
- Professores. - Disponibilizar para os
docentes todo o
material necessário
para a elaboração do
PTD (PPC, DCEs,
Expectativas de
aprendizagem, etc.).
- Verificar se o PTD
está sendo colocado
em prática no dia a dia
da sala de aula,
através do livro
registro e caderno dos
alunos.
- Orientar os
- Nas datas previstas
para planejamento,
no Calendário
Escolar
(06/03;24/05;29/09).
- Durante o ano
letivo.
- Equipe Pedagógica.
- Equipe Pedagógica.
- Equipe Pedagógica.
290
entendimento que os
conteúdos relativos à
diversidade são
obrigatórios.
professores nas
dúvidas que surgirem.
- Consulta ao NRE
para sanar dúvidas.
- Nas horas atividade
do professor.
- Nos momentos que
for necessário.
- Equipe Pedagógica.
Há contextualização
dos conteúdos
disciplinares?
- Existe uma
resistência de muitos
professores em
trabalhar de forma
interdisciplinar e
contextualizada, o que
leva a se fecharem em
sua disciplina, no
conteúdo pelo
conteúdo, sem mostrar
que aquilo que se
aprende em sala de
aula, tem aplicação
prática em nossas
vidas.
- Professores e
alunos.
- Proporcionar leituras
pertinentes nas Horas
Atividade.
- Retomar
constantemente com
os professores a fala
da importância da
contextualização,
lembrando que devem
aproveitar os
momentos em que um
conteúdo “chama”
outro, podendo dessa
forma, trabalhar
interdisciplinarmente e
- Durante o ano
letivo.
- Nas horas atividade
e reuniões
pedagógicas.
- Equipe Pedagógica.
- Equipe Pedagógica.
291
contextualizar o
conteúdo de sua
disciplina na prática do
dia a dia.
-Propiciar o diálogo
entre os docentes.
-Confecção de pipas e
demonstração ao ar
livre, com a turma do
6ºA e 1ºA, nas
disciplinas de
Matemática e Arte.
- Hora Atividade.
- Mês de outubro.
- Equipe Pedagógica.
- Professoras de
Matemática e arte.
Há variedade de
estratégias e recursos
de ensino-
aprendizagem
utilizados pelos
docentes?
- Dificuldade, por parte
de alguns professores,
para utilizar
determinadas
estratégias e recursos
didáticos.
- Professores e
alunos.
- Possibilitar ao
professor o livre
acesso a todos os
recursos existentes na
escola (Portal Dia a
Dia, DCOs, biblioteca,
laboratórios, materiais
- Durante todo o ano
letivo.
- Professores e
pedagogos.
292
- Professores
desmotivados, face ao
desinteresse dos
alunos dessa geração.
de expediente, jogos
pedagógicos, etc.).
- Implementar
atividades
diversificadas em sala
de aula, de acordo
com a necessidade de
cada turma.
- Motivar os
professores a
pesquisar, a fazer a
diferença com seus
alunos, mesmo com
todo o panorama de
crise e desvalorização
do professor vivido no
atual momento.
- Participação na 1ª e
2ª fase da Olimpíada
- Durante o ano
letivo.
- No decorrer do ano
letivo.
- 06/06/2017 e
16/09/2017
- Professores.
- Direção e equipe
Pedagógica.
- Equipe Pedagógica
e Professores.
293
Brasileira de
Matemática – OBMEP
- Visita ao Museu de
História Natural de
Cornélio Procópio
(alunos do 7º Ano).
- Visita ao Museu
Egípcio, em Londrina.
- Desenvolvimento das
atividades referentes
ao Programa Agrinho.
- Projeto
Interdisciplinar de
Xadrez, em período
contraturno.
- Participação dos
- 09/06/2017
- 20/06/2017
- Abril a setembro.
- Todas as quartas-
feiras.
- 06/09/2017
- Direção, Equipe
Pedagógica e
Professores.
- Direção, Equipe
Pedagógica e
Professores.
- Professores das
disciplinas.
- Professora de
Língua Portuguesa.
- Professora de
Língua Portuguesa.
294
alunos do 6º, 8º e 9º
anos no Torneio de
Xadrez promovido
pelo Colégio Mailon
Medeiros.
- Treino para o
Concurso de
Soletração do Lions
Clube, em período
contraturno, e
participação na fase
municipal.
- Abril a agosto.
- Professora de
Língua Portuguesa.
Há atendimento
Educacional
Especializado/AEE
No momento o
colégio não dispõe
de turmas e nem de
profissionais para
atendimento
educacional
especializado.
- Alunos com
deficiências
- Quando
necessário, são
feitos
encaminhamentos
para as Salas de
Recurso de outros
estabelecimentos.
- Início do ano
letivo.
- Equipe
Pedagógica.
As questões socio- - As demandas socio- - Toda a comunidade - Abordagem dos - Durante o ano - Direção, equipe
295
educacionais são
consideradas nas
práticas pedagógicas?
educacionais são
abordadas nas
práticas pedagógicas,
porém de acordo com
a necessidade e
possibilidade do
momento, o que às
vezes deixa a desejar,
haja vista serem
muitas as demandas
exigidas na PPC da
escola e no PTD do
professor.
escolar. desafios socio-
educacionais,
conforme os
conteúdos trabalhados
em sala de aula,
utilizando recursos
como vídeos,
imagens, filmes, etc.
- Palestra sobre
Prevenção ao uso de
drogas, para pais e
alunos.
- Atendimento aos
alunos pelas
estagiárias do curso
de Enfermagem da
UENP, sobre
Orientação Sexual e
qualidade de vida.
letivo.
- 09/08/2017
- Agosto a setembro
- Novembro (mês da
pedagógica e
professores.
- Direção.
- Direção e Equipe
Pedagógica.
- Professora Ester
Amaro Costa
296
- Seminário sobre
Bullying, decorrente do
preconceito e
discriminação racial.
- Exposição e
apresentação dos
trabalhos realizados
sobre a questão
africana, afro-brasileira
e indígena.
Consciência Negra).
- Novembro (mês da
Consciência Negra).
- Professores,
Equipe Pedagógica e
direção.
OUTROS - - - - -
DIMENSÃO: AVALIAÇÃO
Reflexão Desafios Público Alvo Ações a serem
realizadas
Cronograma Responsável
É realizado o
acompanhamento
periódico e contínuo
do processo de
- Dificuldade para
trabalhar a
recuperação de
estudos, devido aos
- Professores, alunos. - Orientar os
professores a
realizarem a
recuperação de
- Após cada avaliação
realizada.
- Professores.
297
aprendizagem dos
alunos e promovida a
recuperação paralela,
se necessária, pelos
docentes?
vários níveis de
aprendizagem numa
mesma sala de aula.
- Dificuldade em
atender as
necessidades
individuais dos alunos,
devido ao
desinteresse dos
mesmos em melhorar
e superar suas
dificuldades.
estudos com todos os
alunos, independente
do rendimento de cada
um, pois assim os que
tiverem dificuldades
terão oportunidade de
rever e serem
ensinados novamente,
e os demais alunos
fixarão ainda mais os
conteúdos
ministrados.
- Realizar o feedback
com os alunos, após
resultados
apresentados.
- Dar atendimento
individual em todos os
momentos oportunos
(contraturno, Hora
- Após cada avaliação
realizada.
- Ao longo do ano
letivo.
- Professores.
- Professores.
298
Atividade, etc.).
- Atendimento, por
alguns professores, de
alunos com resultados
insuficientes, no
período contraturno.
- Durante o ano letivo.
- Equipe
Pedagógica e
professores.
Há diversificação dos
instrumentos de
avaliação dos alunos,
considerando as
especificidades e
metodologias
utilizadas pelos
docentes?
- A dificuldade está
mais em definir os
critérios de avaliação
do que os
instrumentos, embora
muitos pequem na
definição dos
instrumentos, não os
diversificando,
deixando de priorizar
os conteúdos mais
relevantes.
- Direção, equipe
pedagógica,
professores, pais,
alunos.
- Orientar os
professores, durante
as horas atividade,
nas reuniões
pedagógicas, para que
realizem leituras e
estudos das DCOs, do
caderno de
expectativas de
aprendizagem e de
livros de sua disciplina
na hora atividade.
- Início e final de cada
bimestre.
- Bimestralmente.
-Equipe
Pedagógica e
professores.
299
- Definir de forma
criteriosa os
instrumentos de
avaliação a serem
utilizados, de acordo
com o conteúdo
trabalhado no
bimestre.
- Professores.
São utilizados os
indicadores oficiais de
avaliação das escolas
e redes de ensino para
(re) planejamento da
prática pedagógica?
- Carência de um
trabalho mais amplo e
efetivo em relação aos
resultados obtidos
pela escola, no
contexto municipal,
estadual e nacional.
- Dificuldade em atingir
a meta do IDEB
projetada para a
escola.
- Dificuldade em
- Direção, equipe
pedagógica,
professores, pais,
alunos.
- Estudos e análises,
com o coletivo escolar,
dos resultados obtidos
pela escola nas
avaliações externas.
- Conscientização,
junto ao corpo
docente, da
importância e
necessidade de
trabalhar com os
indicadores das
avaliações externas,
- Durante o ano letivo,
especialmente antes e
após os resultados
das avaliações
externas.
- Nas datas destinadas
a planejamento e
reuniões pedagógicas.
- Direção e Equipe
Pedagógica.
- Direção e Equipe
Pedagógica.
300
mudar a postura dos
alunos e professores
em relação à
avaliações tanto
internas quanto
externas.
para entendimento e
melhoria dos
resultados obtidos.
- Acompanhamento
das atividades
desenvolvidas pelo
corpo docente no dia a
dia da rotina escolar,
nas horas atividade do
professor.
- Assessoramento em
relação ao material
disponível na escola
para trabalhar a
avaliação, viabilizando
o trabalho com as
questões da Prova
Brasil e Saep,
disponíveis na
internet, com enfoque
na Língua Portuguesa
- Hora Atividade do
professor.
- Hora atividade do
professor.
- Equipe
Pedagógica.
- Equipe
Pedagógica.
301
e Matemática.
- Aplicação de
simulados de Língua
Portuguesa e
Matemática para os
alunos do 9ºano e 3ª
Série.
- Mês de outubro.
- Equipe
Pedagógica e
Professores.
Há formas de
avaliação de atuação
dos profissionais da
escola?
- Criar mecanismos
que permitam aos
representantes dos
diversos segmentos
da escola avaliar o
trabalho desenvolvido
pelos profissionais da
instituição.
- “Quebrar” a
resistência de muitos
profissionais em
aperfeiçoar seus
conhecimentos.
- Toda a comunidade
escolar.
- Formalizar um
documento de
avaliação dos
profissionais da
escola, com
envolvimento de toda
a comunidade escolar.
- Promover
constantemente a
reflexão dos
profissionais quanto
ao cumprimento de
seus deveres,
- Durante o ano letivo.
- Nas reuniões
pedagógicas previstas
em calendário.
- Direção.
- Direção e equipe
Pedagógica.
302
mudança de postura, a
fim de que realizem
uma autoavaliação,
tendo em mente o
papel fundamental de
cada um no processo
educativo.
- Incentivar a
participação da
formação continuada
promovida pela SEED,
dos cursos, das novas
tecnologias, dos
projetos, concursos,
enfim, todas as
oportunidades que
possibilitam o
enriquecimento e o
aperfeiçoamento
pessoal.
- Ao longo do ano
letivo.
- Direção.
Outros - - - - -
303
DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA
Reflexão Desafios Público Alvo Ações a serem
realizadas
Cronograma Responsável
Há abandono da
escola pelos alunos?
O documento Caderno
do Programa Combate
ao Abandono Escolar
é conhecido e suas
orientações são
efetivadas?
- É grande a taxa de
abandono da escola,
sobretudo nos
períodos tarde e noite.
Tem sido um dos
grandes desafios da
instituição diminuir o
índice de abandono.
- O Caderno do
Programa Combate ao
Abandono Escolar é
conhecido pela
maioria dos
profissionais, porém
muito burocrático, o
que inviabiliza sua
- Todas as instâncias
da comunidade
escolar, Conselho
Tutelar, Ministério
Público.
- Efetivar as
orientações mais
relevantes do Caderno
do Programa Combate
ao Abandono Escolar,
como notificação das
faltas dos alunos,
mobilização da família
ou do próprio aluno,
quando maior,para
tentar dissuadi-lo do
abandono,
preenchimento da
ficha FICA e
encaminhamento ao
Conselho Tutelar.
- Durante o ano letivo,
sempre que
necessário.
- Professores,
Direção e Equipe
Pedagógica.
304
operacionalidade na
prática. O processo
tem que ser mais ágil
e rápido, de forma que
a demanda de
funcionários existentes
possa dar conta das
situações de
infrequência.
- Resgatar valores,
trabalhando questões
como auto-estima,
expectativa de futuro,
etc.
- Palestra sobre faltas
e abandono escolar,
por membro do
Conselho tutelar.
- Durante o ano letivo.
- Mês de agosto.
- Professores.
- Equipe
Pedagógica.
Há formas de
acolhimento e de
recuperação de
conteúdos para os
alunos que retornam
do abandono?
- Os alunos que
retornam são
atendidos dentro das
possibilidades, mas é
fato que alguns
aspectos da
aprendizagem acabam
sendo prejudicados.
- Alunos e
professores.
- Atendimento aos
alunos faltosos, com
defasagem, em
período contraturno,
com professores que
têm disponibilidade.
- Atendimento aos
alunos que retornam
nas salas de apoio à
- Sempre que o aluno
faltoso retornar.
- Ao longo do ano
letivo.
- Professores.
- Professores.
305
aprendizagem.
- Complementação de
atividades para o
aluno realizar em
casa.
- Ao longo do ano
letivo.
- Professores e
Equipe Pedagógica.
A escola tem formas
de atender aos alunos
com defasagem de
aprendizagem?
- São muitas as
dificuldades de
aprendizagem dos
alunos. É preciso
diminuir essas
dificuldades e
consequentemente
reduzir a taxa de
reprovações.
- Alunos e
professores.
- Atendimento aos
alunos de 6º e 7º
Anos, com defasagens
referentes aos anos
iniciais, em
contraturno, nas salas
de apoio à
aprendizagem de
Língua Portuguesa e
Matemática.
- Atendimento
individual em sala de
aula, sempre que
possível.
- Durante o ano letivo.
- Durante o ano letivo.
- Pedagogos e
professores.
- Professores.
306
- Encaminhamento
para a Sala de
Recursos
Multifuncional, quando
for o caso.
- Durante o ano letivo. - Pedagogos e
professores.
A escola propõe
formas de melhorar a
qualidade de ensino e
a taxa de aprovação?
- A busca pela
melhoria da
qualidade do ensino
é constante, porém a
situação familiar,
econômica, social e
cultural de nosso
alunado constituem-
se num enorme
empecilho para essa
conquista.
- Alunos,
professores.
- Projetos
interdisciplinares
(Língua Portuguesa,
Educação Física).
- Trabalho
contextualizado.
- Incentivo à
participação em
concursos de
redação, dentre
outros.
- Atividades de
- No decorrer do ano
letivo.
- No decorrer do ano
letivo.
- No decorrer do ano
letivo.
- No decorrer do ano
- Professores.
- Professores.
- Equipe
Pedagógica e
Professores.
- Professores.
307
Leitura.
- Atividades extra-
classe.
- Trabalho em sala
de aula e também
em contraturno com
o banco de questões
da Prova Brasil.
letivo.
- No decorrer do ano
letivo.
- No decorrer do ano
letivo.
- Equipe
Pedagógica,
Direção e
Professores.
- Professores.
Outros - - - - -
DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO
Reflexão Desafios Público Alvo Ações a serem
realizadas
Cronograma Responsável
O ambiente da escola
é cooperativo e
solidário?
- Superar o
individualismo
existente, sobretudo
- Pais, alunos,
professores e
funcionários.
- Reuniões, palestras,
comemorações.
- Durante o ano letivo. - Direção.
308
de alunos e pais. - Dinâmicas de grupo
e metodologias
diferenciadas nas
salas de aula.
Há comprometimento
entre professores,
alunos e pais?
- Despertar o interesse
dos alunos, pais e
professores nas
atividades propostas
pela escola, de forma
que haja um maior
comprometimento
entre todos.
- Toda a comunidade
escolar,
principalmente
professores, alunos e
pais.
- Utilizar metodologias
e estratégias
diferenciadas para
tornar as aulas mais
atraentes e
motivadoras.
- Tornar do
conhecimento de
todos os direitos e
deveres de cada
segmento, amparados
pelos documentos
legais da instituição.
- Reuniões ordinárias
e extraordinárias,
sempre que se fizer
- Durante o ano letivo
e em alguns
momentos pontuais,
como por exemplo,
todo final de bimestre.
- Reuniões de Pais.
- Ao longo do ano
letivo.
- Direção e equipe
pedagógica.
- Direção, Equipe
Pedagógica e
Professores.
- Direção.
309
necessário.
- Palestras educativas
direcionadas
exclusivamente aos
pais.
- Gincana cultural.
- Durante o ano letivo.
- Semana de
Integração
Escola/Comunidade.
- Direção e Equipe
Pedagógica.
- Direção, Equipe
Pedagógica,
Professores.
Há respeito entre
todos na escola?
- É urgente eliminar os
problemas de Bullying
entre alunos, bem
como diminuir o
preconceito no interior
da escola e assim
promover um clima de
respeito entre alunos,
professores e
funcionários. Também
é fundamental
conscientizar os
- Toda a comunidade
escolar.
- Reuniões com pais,
Conselho Escolar,
Conselho Tutelar.
- Registro de
ocorrência em ficha
própria e comunicação
aos pais.
-Desenvolvimento de
atividades em sala de
- Início do ano e no
decorrer do ano letivo.
- Durante o ano letivo.
- Durante o ano letivo
- Direção e
professores.
- Direção e Equipe
Pedagógica.
- Professores.
310
alunos, professores,
funcionários e pais
que todos têm direitos
e deveres, e que cada
um responderá por
seus atos no
descumprimento das
regras estabelecidas.
aula, pertinentes às
temáticas sobre
preconceito, violência,
utilizando vídeos,
documentários e
documentos como
Regimento Escolar,
ECA, etc..
- Palestras por
profissionais da
sociedade civil
organizada.
- Ao longo do ano
letivo.
- Direção e equipe
Pedagógica.
Há discriminação ou
preconceito
evidenciado na
escola?
- É frequente a
discriminação e
preconceito na escola,
o que deve ser
coibido, especialmente
em relação ao
preconceito social,
racial e de gênero.
- Alunos. - Implementar as
ações da Equipe
Multidisciplinar.
- Trabalhar atividades
de forma
interdisciplinar nas
diversas áreas de
ensino.
- Durante o ano
letivo.
- Durante o ano
letivo.
- Direção, equipe
pedagógica,
professores.
- Professores.
311
- Realizar palestras
sobre auto-estima,
respeito.
- Promover atividades
artísticas e culturais.
- Ao longo do ano
letivo.
- Direção e Equipe
Pedagógica.
A disciplina existente
no espaço escolar
permite a atenção
necessária aos
processos de ensino e
aprendizagem?
- Os problemas
decorrentes da falta de
disciplina nas salas de
aula são constantes e
é primordial melhorar
a falta de organização
e de limites dos
alunos, bem como a
dificuldade para seguir
regras.
- Alunos e pais. - Realizar aulas mais
atrativas, dinâmicas,
com estratégias
variadas.
- Chamar os pais
sempre que preciso,
via telefone, bilhetes,
Conselho Tutelar,
sempre que houver
uma situação
conflituosa.
- Firmar um acordo
- Ao longo do ano
letivo.
- Durante o ano
letivo.
- Início de cada
semestre.
- Direção, Equipe
Pedagógica,
Professores.
- Direção, Equipe
Pedagógica.
- Professores.
312
pedagógico entre
professores e alunos,
como por exemplo,
contrato pedagógico.
- Trabalhar em sala de
aula com o Regimento
Escolar.
- Realizar recreio
dirigido uma vez por
semana (dança,
brincadeiras com
corda, peteca, etc.).
- Envolver a
comunidade no Dia do
Desafio.
- Realizar gincana no
dia do estudante com
- Ao longo do ano
letivo.
- Semanalmente.
- Mês de maio.
- 11 de agosto.
- Professores.
- Direção, Equipe
Pedagógica,
Professores.
- Direção, Equipe
Pedagógica,
Professores.
- Direção, Equipe
Pedagógica,
Professores.
313
jogos, brincadeiras,
torneio esportivo e
lanche especial.
- Promover atividades
na Semana da Pátria
como hasteamento e
arriamento da
bandeira, execução
dos hinos pátrios e
participação da
fanfarra.
- Exposição dos
trabalhos pedagógicos
realizados ao longo do
ano.
- Semana da Pátria.
- Durante o ano
letivo.
- Direção.
- Equipe
Pedagógica,
Professores.
Outros - - - - -
314
DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES I E II)
Reflexão Desafios Público Alvo Ações a serem
realizadas
Cronograma Responsável
Todos os profissionais
da escola participam
da Semana
Pedagógica?
- Obter uma
participação próxima
dos 100% dos
profissionais da
escola.
- Conscientizar a todos
da importância de
participar da Semana
Pedagógica visando,
além da carga horária,
o crescimento
profissional .
- Diretor, pedagogos,
Professores, Agentes I
e II.
- Direcionar os
encontros de uma
forma bem reflexiva,
possibilitando a
participação de todos
os envolvidos.
- Lançar mão de
dinâmicas
interessantes, vídeos
de motivação, que os
motivem a participar
com mais entusiasmo.
- Início do 1º e 2º
semestre.
- Direção e Equipe
Pedagógica.
315
Todos os profissionais
da escola participam
do Formação em
Ação?
- Conseguir a
participação efetiva no
trabalho proposto pelo
Formação em Ação.
- Aplicar os
conhecimentos
adquiridos no
Formação em Ação no
dia a dia da sala de
aula.
- Diretor, pedagogos,
Professores, Agentes I
e II.
- Organizar
previamente o dia do
Formação em Ação,
incrementando com
algumas atividades
que dinamizem o
evento, como
brincadeiras, vídeo de
motivação, etc.
- Quando possível,
convidar pessoas da
comunidade para que
palestrem ou deem
alguma contribuição
sobre o tema proposto
pela SEED.
- Nas datas previstas
em calendário escolar.
- Direção, Equipe
Pedagógica.
A hora atividade é
utilizada para cumprir
seus objetivos,
segundo a legislação?
- Para escolas de
menor porte constitui-
se como um grande
desafio organizar a
Hora Atividade de
- Direção, professores,
equipe pedagógica.
- Elaboração do
horário de acordo com
as possibilidades de
concentrar as horas
atividade das
- No início do ano
letivo e no dia a dia
das atividades
escolares.
- Direção e equipe
pedagógica.
316
acordo com o quadro
elaborado pela SEED,
devido o fato de
grande parte dos
docentes não serem
efetivos no colégio.
- Transformar o
espaço da Hora
Atividade num
momento efetivo de
trabalhos e estudos,
bem como de
interações entre os
professores.
disciplinas de uma
mesma área de
conhecimento, desde
que a distribuição das
aulas para os alunos
também seja
adequada.
- Acompanhamento da
Hora Atividade pela
direção e equipe
pedagógica.
- Utilizar o momento
da Hora Atividade para
analisar e discutir com
os professores os
diversos documentos
que fundamentam a
prática pedagógica,
como PPP, Regimento
Escolar, PTD, entre
outros.
- Ao longo do ano
letivo.
- Hora Atividade.
- Equipe
Pedagógica.
- Equipe
Pedagógica.
317
- Promover momentos
de interação com as
técnicas do NRE,
agendando visitas.
- ao longo do ano
letivo.
- Direção e Equipe
Pedagógica.
Há equipe
multidisciplinar atuante
na escola?
- Envolver o maior
número possível de
profissionais da escola
nas atividades e
referentes às questões
africanas, afro-
brasileiras e
indígenas, haja vista
serem sempre os
mesmos que tomam a
frente dos trabalhos
desenvolvidos.
- Desenvolver de
forma efetiva, com
professores e alunos,
as ações relativas à
- Toda a comunidade
escolar.
- Cobrar mais
empenho de todos os
profissionais da escola
no desenvolvimento
de atividades
pertinentes às
questões africanas,
afro-brasileiras e
indígenas, verificando
regularmente se estão
realmente trabalhando
essas questões em
sala de aula, se estão
contempladas no PTD
e no livro registro.
- Encontros da Equipe
- Mensalmente e no
Dia da Consciência
Negra.
- Nas datas definidas
para os encontros.
- Integrantes da
Equipe
Multidisciplinar.
- Integrantes da
318
Educação das
Relações Étnico-
raciais e ao Ensino de
História e Cultura
Africana, Afro-
brasileira e Indígena,
contempladas no PTD.
Multidisciplinar.
- Disponibilizar livros,
cadernos temáticos e
materiais sobre o
tema.
- Promover palestras
para os alunos.
- Implementar as
ações, apresentando
os trabalhos
realizados ao longo do
ano numa mostra
pedagógica, na
Semana da
Consciência Negra.
- Ao longo do ano
letivo.
- Mês de novembro.
Equipe
Multidisciplinar.
- Equipe
Pedagógica e
direção.
- Integrantes da
Equipe
Multidisciplinar.
Os estudos de
Formação do
professor PDE
- Mudança de postura
frente aos problemas e
conflitos existentes no
- Direção, equipe
pedagógica,
professores PDE,
- Acompanhamento do
desenvolvimento do
projeto de intervenção
- Durante o ano letivo. - Direção,
pedagogos,
professores PDE.
319
revertem em ações
relevantes para a
escola?
ambiente escolar,
levando em conta a
formação obtida no
PDE.
demais professores,
funcionários, pais,
alunos.
na escola.
- Abertura de espaço,
na Hora Atividade,
para que sejam
repassadas as
experiências dos
professores PDE aos
demais professores.
Os materiais
disponíveis no portal
da SEED são
utilizados na formação
dos professores?
- O desafio consiste
em gerenciar o tempo
para organizar todo o
material disponível e
atender a todos os
professores.
- Direção, pedagogos,
professores.
- Orientar os
professores para que
acessem o portal e
consultem os materiais
disponíveis.
- Acompanhar o
professor no acesso
ao Portal em sua Hora
Atividade.
- Semana Pedagógica,
Formação Continuada.
- Hora Atividade.
- Equipe
Pedagógica.
- Equipe
Pedagógica.
A formação do
professor especialista
- O colégio não oferta
atendimento de Ensino
- Professores. - Promover encontros
dos professores da
- Semestralmente. - Equipe
Pedagógica.
320
em Educação Especial
ocorre de forma
colaborativa com os
professores das
disciplinas?
especial e são muito
poucos os professores
especialistas em
educação especial no
estabelecimento.
Portanto, não existe
essa colaboração com
os professores das
disciplinas.
escola com
profissionais
especialistas em
Educação Especial em
alguns momentos
pontuais, para auxiliar
nas dificuldades
apresentadas pelos
alunos.
OUTROS
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321
14.7 Cópia da Ata de Aprovação do Projeto Político Pedagógico