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2013 Projeto FEUP Mestrado Integrado em Engenharia Civil Mobilidade Sustentável Armando Sousa Francisco Piqueiro Supervisor: Sara Ferreira Monitores: André Lopes e Christopher Ribeiro Autores: Diogo Miguel Gonçalves Ferreira (up201305096) Paulo Jorge Brochado Soares (up201305102) Paulo Jorge Sousa Teixeira (up201305063) Maria Inês Machado dos Santos (up201308084) Moisés Emanuel Teixeira Vasconcelos (up201306175) Luís Felipe Siltchenko Gomes Ferreira (ec12314)

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2013

Projeto FEUP Mestrado Integrado em Engenharia Civil

Mobilidade Sustentável

Armando Sousa Francisco Piqueiro

Supervisor: Sara Ferreira Monitores: André Lopes e Christopher Ribeiro

Autores:

Diogo Miguel Gonçalves Ferreira (up201305096)

Paulo Jorge Brochado Soares (up201305102)

Paulo Jorge Sousa Teixeira (up201305063)

Maria Inês Machado dos Santos (up201308084)

Moisés Emanuel Teixeira Vasconcelos (up201306175)

Luís Felipe Siltchenko Gomes Ferreira (ec12314)

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Mobilidade Sustentável

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Resumo

A mobilidade sustentável surge como uma reflexão mundial que se tem vindo a

desenvolver nos últimos tempos sobre a forma como nos devemos movimentar evitando

o consumo desnecessário de energia e a emissão de gases poluentes. Surgem portanto

algumas soluções para que esta mobilidade seja eficiente, tais como a utilização de

transportes públicos com eficaz distribuição que podem garantir ao mesmo tempo

fiabilidade e rapidez. A par destes meios surgem ainda outras alternativas de transporte.

Neste relatório, em primeiro lugar, apresenta-se o desenvolvimento do tema

propriamente dito “Mobilidade Sustentável” seguindo-se uma breve análise aos

diferentes meios de transporte sustentável e algumas das suas vantagens e desvantagens.

Posteriormente é analisado mais em concreto a bicicleta como meio de transporte. Surge

ainda a título de curiosidade o estudo sobre a mobilidade de um reduzido número de

alunos da FEUP.

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Lista de Tabelas

Tabela 1..........................................................................................................11

Tabela 2..........................................................................................................11

Lista de Gráficos

Gráfico 1........................................................................................................12

Gráfico 2........................................................................................................13

Gráfico 3........................................................................................................13

Gráfico 4........................................................................................................14

Gráfico 5........................................................................................................14

Lista de Imagens

Figura 1...........................................................................................................6

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Índice

Introdução.....................................................................................................................4

Desenvolvimento..........................................................................................................5

Tipos de transportes..........................................................................................6

Carpooling........................................................................................................7

Carsharing........................................................................................................8

Transportes públicos........................................................................................8

Meios de transporte não motorizados..............................................................8

A Bicicleta...................................................................................................................9

As novas mentalidades....................................................................................9

Cidades para ciclistas......................................................................................9

A segurança: uma responsabilidade................................................................10

Ousar redistribuir os espaços..........................................................................10

Vantagens e desvantagens da utilização do transporte público e privado..................11

Curiosidade.................................................................................................................12

Conclusão....................................................................................................................15

Referência Bibliográficas............................................................................................16

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Introdução

O aumento exponencial das necessidades de mobilidade resultantes do desenvolvimento

socioeconómico verificado nas últimas décadas a nível mundial, especialmente nas

principais superfícies urbanas, culminou numa série de fatores prejudiciais ao meio

ambiente e, consequentemente, à qualidade de vida do ser humano na terra. A

descentralização, das atividades e dos serviços revela-se uma das principais causas para

a crescente utilização do transporte individual, o que leva a uma maior emissão de gases

com efeito de estufa.

Tal aglomerado de acontecimentos despertou o interesse e a preocupação de diversas

entidades internacionais acerca do assunto, principalmente a partir da última década do

século XX, procurando-se, desde então, solucionar os problemas detectados através do

desenvolvimento de projetos/planos de mobilidade sustentável e a sua incorporação na

sociedade.

A promoção de uma mobilidade sustentável é hoje vista como um tema de elevado grau

de importância, pois proporciona uma série de vantagens, incluindo o desenvolvimento

e implementação de redes de transportes públicos acessíveis e relativamente rápidos e a

consequente redução do consumo de energia no sector dos transportes e da emissão de

gases com efeitos de estufa. Verifica-se a aposta na utilização de biocombustíveis de

modo a diminuir a dependência de combustíveis fósseis e a introdução no mercado de

veículos da próxima geração com o objetivo de optimizar a sua utilização em

detrimento dos transportes individuais.

Todos estes tópicos revelam a importância e a atualidade do tema, pelo que se torna

interessante desenvolver e aprofundar os conhecimentos sobre a "Mobilidade

Sustentável" neste trabalho Projeto FEUP, tendo como ponto de partida a questão-

problema solicitada.

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Desenvolvimento

O conceito de mobilidade sustentável pode ser definido enquanto “a capacidade de dar

respostas às necessidades da sociedade em deslocar-se livremente, aceder, comunicar,

negociar e estabelecer relações, sem sacrificar outros valores humanos e ecológicos hoje

ou no futuro” (Fonte: World Business Council for Sustainable Development), ou seja,

corresponde a uma panóplia de processos de mobilidade orientados para melhorar a

qualidade de vida da população dentro deste parâmetro tendo em conta a sua influência

no meio envolvente (não só no meio ambiente, mas também no meio social).

Por outras palavras, podemos dizer que o termo “mobilidade sustentável” se revela

como uma nova perspectiva assente em abordagens estruturais inovadoras que permitem

a “deslocação continuada de pessoas, bens e serviços, com menor impacte ambiental,

económico e social”.

Explanando esta breve definição logo se conclui que o foco central da mobilidade

sustentável consiste numa relação dialéctica entre a satisfação das necessidades e a

minimização das suas consequências negativas, sendo que ambos os elementos desta

relação se condicionam mutuamente. Contudo, o que se pretende é uma interligação

harmoniosa entre os dois factores intervenientes em que ambas as partes colocam o

melhor de si, isto é, a minimização dos efeitos negativos não deve comprometer a

fiabilidade e a qualidade da mobilização populacional e vice-versa.

O termo chave condutor de uma mobilidade que se diga sustentável deve assentar num

“encadeamento estratégico e equilibrado entre a rede de transportes e o espaço na qual

esta se insere”. Para tal, é necessário recorrer a uma nova organização dos espaços

urbanos e repensar todo o sistema de transportes públicos, no sentido de o tornar mais

flexível, integrado e acessível a toda a população.

De igual forma se torna necessário a sensibilização da sociedade em geral, mas

principalmente dos serviços empresariais, para o desenvolvimento de políticas urbanas

que possibilitem a minimização de deslocações em transportes individuais e favoreçam

a utilização dos meios de transporte mais eficientes do ponto de vista energético e

ambiental. Estes requisitos podem ser alcançados através de uma mudança de

mentalidade e de hábitos da nossa sociedade!

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Tipos de transportes

“O diagrama acima foi criado pelo “Bicycle Innovation Lab”, que é uma entidade

internacional de cultura ciclista. Trabalha para destacar o potencial de desenvolvimento

da cultura da bicicleta em todas as disciplinas. A ideia original era colocar os modos de

locomoção mais saudáveis e menos emissores de CO2 no topo, mas percebemos que

por consequência ela representava também a prioridade que os veículos deveriam ter

nas ruas, em termos de importância para a mobilidade.

Planear a mobilidade tendo em mente a ordem representada nessa pirâmide é uma

receita simples para cidades mais viáveis, humanas, seguras e saudáveis.” Referencia

bibliografia

As necessidades de mobilidade têm aumentado cada vez mais, sendo evidenciado

sobretudo nos espaços metropolitanos devido à enorme utilização do transporte

motorizado individual e pelo não uso do transporte público. Perante esta situação, é

Fig. 1

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importante mencionar e estudar o conceito de mobilidade sustentável como resolução

para este problema. Em sociedade há já varias formas de adotar esta solução, ou seja,

vários meios e opções que podem ser utilizados pelos cidadãos de forma a substituir

hábitos que causam impacto negativo no ambiente e que inflacionam o meio urbano.

"A Lisboa chegam todos os dias 450 mil veículos. Desde 1991 até 2001, a percentagem de automóveis que entra na cidade apenas com um condutor a bordo aumentou 19%, com reflexos na preferência do transporte privado em relação aos transportes públicos. O que traz cada vez mais problemas de poluição, de tráfego e de perda de qualidade de vida nas cidades. Também no Porto estas questões se colocam, já que cerca de 300 mil veículos entram diariamente na cidade, 130 mil dos quais só na hora de ponta, entre as 7h30 e as 9h30.

Estudos indicam que nestas duas cidades circulam todos os dias dois milhões de lugares vazios, a par de uma taxa de ocupação dos automóveis na ordem dos 1,4 passageiros/automóvel. Um estudo recente da Universidade Fernando Pessoa revela-nos que se aumentarmos esta média para 2 pessoas por carro, conseguimos reduzir em 25% as emissões de CO2 para a atmosfera.”

Fonte: Galp Energia - Mobilidade Sustentável; Relatório de Sustentabilidade 2009

Apresenta-se a seguir meios e conceitos de transporte que visam uma mobilidade

sustentável.

Carpooling

O conceito de partilha de carros em percursos diários entre casa e trabalho, com o

objetivo de dividir despesas e o impacto ambiental, funciona desde há muito em vários

países. De forma mais simples este conceito consiste na partilha de viagens para o

mesmo local por um grupo de cidadãos que entre si dividem despesas evitando assim

grandes gastos no transporte individual ao qual se sujeitavam. Desta forma há uma

diminuição do congestionamento em locais de maior tráfego proporcionando uma

redução de emissões de dióxido de carbono contribuindo assim para a diminuição da

nossa pegada ecológica, sendo portanto uma vantagem ambiental.

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Carsharing

O Carsharing é uma forma de mobilidade individual/coletiva inovadora que permite

alugar um carro sem qualquer tipo de burocracia e pode ser feito através de internet ou

do telefone. A recolha do veículo é depois feita num dos pontos de recolha/entrega de

viaturas que estão espalhados pelas cidades. O uso deste serviço permite a redução de

custos inerentes à aquisição de veículo próprio, assim como à sua manutenção, a

diminuição da poluição atmosférica e do congestionamento de tráfego. Este serviço

pode ser utilizado como meio para Carpooling, evidenciando-se assim o conceito de

mobilidade sustentável.

Transportes públicos

Todos os dias milhares de pessoas se deslocam de um ponto A para um B e nem sempre

esses pontos se encontram à distancia de uma caminhada, por isso é importante

assegurar uma rede de transportes fidedigna em que os cidadãos possam confiam e

aceder a qualquer momento. Na procura da mobilidade sustentável, estes meios

proporcionam a toda a sociedade deslocações para destinos diversos e horários

ampliados para satisfazerem o público em geral. Desta forma espera-se que o transporte

individual seja substituído, tanto para evitar a poluição nos grandes centros, ou até

mesmo o tráfego nas horas de ponta.

Meios de transporte não motorizados

Outra forma de nos deslocarmos é utilizando os nossos próprios músculos e a nossa

força. Desde os primórdios que o Homem fazia as suas migrações pelos próprios pés, e

com a passar de anos e gerações o aparecimento de invenções acabou com grande parte

dessa mobilidade, substituindo o sustentável pelo não sustentável. A urbanização trouxe

os problemas ambientais, e por isso, os dias atuais, é importante que o Homem procure

soluções, e uma delas passa pela utilização de bicicletas ou pelas caminhadas. Com isto

a sociedade poderia circular mais livremente e de uma forma sustentável para o trabalho

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ou para deslocações curtas. Inerente a gastos, caminhar seria uma boa forma de

substituir o transporte individual, sobretudo quando este é utilizado para deslocações

mínimas. A bicicleta usufrui também destas vantagens e atualmente existem várias

cidades onde já é possível alugar bicicletas para a circulação dos cidadãos.

A Bicicleta

A bicicleta é um complemento natural ao transporte público para os deslocamentos com

menos de 5km. É uma forma flexível, rápida e agradável de circular pelas ruas das

cidades

Hoje em dia existe cada vez mais uma maior preocupação em coordenar a “saúde” do

ambiente com o bem-estar de toda a população. Com isto, o desenvolvimento de

transportes sustentáveis como a bicicleta tem vindo a crescer visivelmente ao longo dos

anos.

Apesar de o ciclismo diário não fazer talvez ainda parte dos hábitos de grande parte dos

cidadãos, este constitui um meio de transporte que ocupa um papel não negligenciável

no domínio da mobilidade com enumeras vantagens. A nível económico, a bicicleta

apresenta uma diminuição de custos, redução de horas perdidas no trânsito e com o

exercício físico, exigido pela mesma, há enorme contribuição na saúde de cada

indivíduo. Em consequência ao uso deste meio existe uma enorme redução da

dependência energética o que leva a uma poupança enorme de recursos não renováveis.

Por outro lado existe uma enorme acessibilidade de todos os equipamentos tanto para os

jovens como para a terceira idade.

As novas mentalidades

A utilização da bicicleta para além de contribuir positivamente para a saúde, provoca

sentimentos de liberdade e bom humor. Apesar de todas as vantagens da sua utilização,

é fundamentalmente a ausência (ou o desaparecimento) de pistas para ciclistas que

impede a procura potencial de se manifestar.

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Cidades para ciclistas

Antigamente, a bicicleta constituía o meio de deslocação por excelência em grande

parte dos nossos países. Sempre que havia uma estrada ou um caminho, a bicicleta era

rainha, do Norte ao Sul da Europa. Atualmente a bicicleta é vista como um meio

utilizado por lazer e menos como meio de transporte diário. Existem bastantes parques

para bicicletas principalmente em países mais planos como Amesterdão e Dinamarca

em que a bicicleta é utlizada diariamente. O mercado de locação de bicicletas na

Holanda é muito grande, sendo que somente uma destas empresas chega a mais de

5.000 aluguéis diários. Atualmente mais de 50% da população de Amsterdão realiza os

seus deslocamentos com uma bicicleta. Existem mais de 20 mil quilómetros de ciclo

vias espalhadas pelo país.

A segurança: uma responsabilidade

Os riscos de acidente constituem a única desvantagem teórica da bicicleta. Foi já

provado que, para determinadas faixas etárias, o automóvel representa um risco global

claramente mais importante do que a bicicleta. Os efeitos positivos da bicicleta sobre a

saúde e a qualidade de vida excedem de longe os anos de vida perdidos nos acidentes.

Contudo a utilização de um bom equipamento e uma consciencialização dos perigos

ajuda na prevenção dos mesmos. Outra das possíveis medidas para a diminuição dos

acidentes seria a criação de novas vias e parques próprios para a uso da bicicleta.

Ousar redistribuir os espaços

Com o aumento da procura da utilização da bicicleta é necessário redistribuir os espaços. Muitas vezes, os ciclistas encontram naturalmente o seu lugar nos centros das cidades remodelados em função dos peões. Nos locais onde o automóvel deixou de ser um invasor, insinua-se a bicicleta. É necessário criar um equilíbrio entre os peões, a bicicleta e os automóveis com a criação de pistas para bicicletas de modo a que não interfira com o movimento da cidade.

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Tabela 1

Vantagens e desvantagens da utilização do transporte público e privado

Vantagens:

Transporte Privado: Transporte Público: Liberdade de escolha de horários e rota, o que implica maior velocidade de deslocação e um menor percurso sem esperas;

•Menor custo unitário e maior segurança em relação aos transportes privados;

Viagem porta a porta (menor percurso de deslocação a pé);

•Constitui uma alternativa mais sustentável para a substituição do automóvel (congestionamento, consumo de energia, acidentes, eficiência económica da cidade, ocupação racional do solo, investimentos públicos, estacionamento);

Possibilidade de transporte de pequenas cargas; Possibilidade de fazer paragens intermediárias; Maior privacidade e conforto;

Ambos os transportes privado oferecem inúmeras vantagens mas também apresentam desvantagens quer a nível pessoal quer para a sociedade.

Desvantagens:

Transporte Privado: Transporte Público: •Investimento na aquisição do veículo;

•Rigidez de horário e inflexibilidade do percurso;

•Despesas com pagamento de estacionamentos e taxas de deslocação;

•Não é porta a porta;

•Riscos de acidentes;

•Necessidade de caminhadas e esperas;

•Necessidade de dirigir.

•Geralmente, impossibilidade de fazer paragens intermediárias;

•Degradação das vias;

•Necessidade de grandes investimentos de recursos públicos na expansão e manutenção das infraestruturas rodoviárias e em sistemas de controlo de trafego;

•Maior tempo de viagem e por vezes (dependendo também do trajecto) necessidade de transbordo;

•Aumento da poluição atmosférica;

Impossibilidade de transportar carga;

•Ocorrência de um maior número de Ocorrência de greves que impedem o bom

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2  

3  

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9  

10  

Metro   Carro   Mota   Bicicleta   A  pé   Outro  

Series1  

Tabela 2

acidentes com prejuízos financeiros para a sociedade;

funcionamento dos transportes públicos e leva as pessoas a usar os seus veículos privados.

•Grande consumo de energia, comprometendo o desenvolvimento sustentável;

Curiosidade

A título de curiosidade o nosso grupo quis fazer um pequeno questionário a alguns dos

alunos que frequentam o primeiro ano do Mestrado Integrado em Engenharia Civil da

FEUP. Neste questionário fizemos algumas perguntas sobre a sua mobilidade para a

nossa faculdade.

Obtivemos 22 respostas ao questionário, 68 % do sexo masculino e 32% do sexo

feminino. A maioria dos inquiridos estão na faixa etária dos 18 anos.

Os resultados são até bem interessantes dando para perceber que pelo menos a nossa

pequena amostra demonstra algum cuidado na utilização e escolha do seu meio de

transporte.

Como podemos verificar nos dados do gráfico acima, a maioria dos inquiridos desloca-

se diariamente para a faculdade de metro, ao contrário da maioria das pessoas que se

deslocam na cidade do Porto, que o fazem no seu carro particular.

Gráf. 1

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Outra das perguntas que fizemos foi a distância percorrida até à faculdade.

Obtendo como resultados que a maioria mora a menos de cinco quilómetros e que outra

grande parte mora a mais de cinco quilómetros da faculdade, motivo pelo qual exige

meios de transporte. E serão esses meios de transportes eficazes? Para ficarmos então

esclarecidos perguntamo-lhes, também quanto tempo demora essa deslocação.

Podemos constatar que a maioria demora mais de 20 minutos até à faculdade.

Relativamente aos motivos da utilização de meios de transporte coletivos, que garantem

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

10

Menos de 5 Km Mais de 5 km e menos de 10 km

Mais de 10 Km

Series1

0

2

4

6

8

10

12

Menos de 10 min

Mais de 10 min e menos

de 15 min

Mais de 15 min e menos

de 20 min

Mais de 20 min

Series1

Gráf. 2

Gráf. 3

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uma melhor mobilidade sustentável e dos meios de transporte individuais, também

quisemos saber as suas opiniões.

Motivos que levam à utilização de meios de transporte coletivos:

Motivos que levam à utilização do meio de transporte individual:

Para além dos princípios de comodidade e rapidez acima apontados, também se

evidenciam algumas preocupações ao nível do ambiente quando toca à escolha do meio

utilizado diariamente.

As razões económicas e de tempo são as que estão em primeiro lugar quando toca à

escolha do meio de mobilidade que os nossos inquiridos escolhem.

0 2 4 6 8 10

Maior Rapidez

Mais Barato

Ausência de alternativas

Questões Ambientais

Outra

Series1

0 2 4 6 8 10

Maior Rapidez

Mais Barato

Maior Conforto

Ausência de Alternativas

Outra

Series1

Gráf. 4

Gráf. 5

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Conclusão

A garantia da acessibilidade no ambiente urbano, quer seja à escala da vizinhança ou

bairro, quer seja à escala territorial da cidade, passa inevitavelmente por uma ação

conjunta e complementar entre técnicos, políticos e sociedade em geral.

Com a realização deste relatório conclui-se que o tema da mobilidade sustentável é

bastante importante e atual. Com isto, a sociedade deve-se consciencializar tanto das

vantagem da utilização de transportes públicos a nível social, político e económico

como das suas desvantagens a nível ambiental.

Através dos resultados dos inquéritos feitos aos alunos de da FEUP do primeiro ano do

Mestrado Integrado em Engenharia Civil podemos observar uma enorme utilização dos

transportes públicos o que demonstra evolução e preocupação a nível pessoal de cada

indivíduo.

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Referência Bibliográficas

http://ec.europa.eu/environment/archives/cycling/cycling_pt.pdf

http://www.missaoup.com/professores/apresentacao

http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CCkQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.sutp.org%2Fins-pol-supporting-docs%2Fcategory%2F23-1f%3Fdownload%3D27%3A1f-fsut pt&ei=WspqUv_tO9OThQeIjoCgCg&usg=AFQjCNGm0fvqEaOTckGIU4c6dGiBM10A7w&sig2=6MTnZ-doj_qfySvDAMUrRg&bvm=bv.55123115,d.ZG4

http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/Condutores/Ecoconducao/Documents/SERGIOPINHEIRO_IMTT.pdf

http://www.missaoup.com/app/uploads/docs/mobilidade_urbana_sustentavel.pdf