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SEGURANÇA RODOVIÁRIA Concelho do Porto Projeto FEUP 2013/2014 Mestrado Integrado em Engenharia Civil Armando Sousa Francisco Piqueiro 11MC_02 Equipa 1 Supervisor: Sara Ferreira Monitor: Pedro Ferreira Estudantes & Autores: Cláudia Carreira João Quinaz Rafael Gonçalves Rodrigo Passos Sofia Pereira

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SEGURANÇA RODOVIÁRIA

Concelho do Porto

Projeto FEUP 2013/2014

Mestrado Integrado em Engenharia Civil

Armando Sousa Francisco Piqueiro

11MC_02 Equipa 1

Supervisor: Sara Ferreira Monitor: Pedro Ferreira

Estudantes & Autores:

Cláudia Carreira João Quinaz

Rafael Gonçalves Rodrigo Passos

Sofia Pereira

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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Agradecimentos

À Professora Sara Ferreira por todo o apoio e disponibilidade e ao nosso

monitor Pedro Ferreira pelo acompanhamento, não só ao longo das aulas

desta unidade curricular, como também nas várias fases do Projeto.

É de referir ainda a importância da primeira semana no planeamento, na

pesquisa e na elaboração deste projeto.

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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1. Resumo

Quando este tema nos foi proposto, o grupo decidiu fazer o mais diverso

tipo de pesquisas, devido à panóplia de assuntos que as palavras segurança

rodoviária poderiam significar. Após debate e discussão, decidiu-se que este

projeto teria como primordial intuito a abordagem e análise dos dados da

sinistralidade portuguesa, dos intervenientes e dos fatores de risco inerentes

(neste último caso haverá uma maior reflexão sobre os problemas relacionados

com a Engenharia Civil).

Focalizando problemas específicos da sinistralidade em Portugal são

apresentados, de forma sucinta, deficiências ao nível das infraestruturas e,

ainda, um conjunto de soluções relacionadas com os fatores: veículo e

humano.

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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Índice

1) Resumo ........................................................................................................ 3

2) Introdução .................................................................................................... 5

3) Análise de dados relativos à sinistralidade no distrito do Porto ................... 6

a) Acidentes – dados estatísticos da cidade do Porto ................................ 7

b) Acidentes e vítimas segundo a localização e tipo de via ........................ 8

c) Vítimas segundo o grupo etário .............................................................. 9

4) Fatores de Risco da Sinistralidade ............................................................ 10

a) Fator Humano ........................................................................................ 11

b) Fator Veículo ......................................................................................... 12

c) Fator Infraestrutura e Meio Envolvente .................................................. 13

5) Métodos Preventivos ................................................................................ 14

a) Associados ao fator veículo ................................................................... 14

i) ABS .................................................................................................. 14

ii) Controle de estabilidade ................................................................... 15

iii) Controle de tração ............................................................................ 15

b) Associados à Infraestrutura e ao Meio Envolvente ................................ 16

i) Relevé ......................................................................................... ..16

ii) Rails ............................................................................................... 17

iii) Piso Antiderrapante ........................................................................ 18

6) Conclusão .................................................................................................. 19

7) Referências Bibliográficas.......................................................................... 20

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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2. Introdução

Atualmente as viaturas individuais ou coletivas fazem cada vez mais parte

do dia a dia de qualquer individuo. Por outro lado, o número de acidentes

rodoviários com feridos graves e vítimas mortais tem vindo a diminuir ao longo

dos anos.

Apesar de o nosso país ter vindo a apresentar índices motivadores e

positivos nos últimos anos (em comparação com anos anteriores), a

sinistralidade rodoviária continua a ser uma das principais causas de morte em

Portugal. Particularmente no distrito do Porto intensifica-se a importância de

assegurar a segurança rodoviária, uma vez que é uma das zonas urbanas mais

populosas e de tráfego mais elevado do país.

A avaliação das causas que condicionam este problema apontam para

diversos fatores relacionados com o sistema do tráfico rodoviário. Desta forma,

o equilíbrio entre o homem, o veículo, a estrada e o ambiente é fundamental

para que uma viagem seja realizada de modo seguro. Infelizmente, este

equilíbrio nem sempre existe devido à falha de uma das variáveis, o que leva à

ocorrência de acidentes e desastres.

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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3. Análise de dados relativos à sinistralidade no distrito do Porto

Neste capítulo, temos como primordial objetivo o de verificar e comentar os

resultados de tabelas e gráficos com inúmeras variáveis. Deste modo,

podemos demonstrar, com maior clareza e com dados reais (fornecidos pela

Associação Nacional de Segurança Rodoviária) os problemas relativos à

segurança rodoviária na cidade do Porto.

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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a) Acidentes – dados estatísticos da cidade do Porto

Devido à média de acidentes ocorridos entre 1998 e 2000, o Plano

Nacional de Prevenção Rodoviária definiu como principal objetivo a redução

em 50% do número de mortos e feridos graves até 2010. Deste modo, foram

estabelecidas medidas tendo em vista uma diminuição da sinistralidade na

União Europeia. Em Portugal, mais especificamente no concelho do Porto,

podemos analisar os efeitos provocados por essas medidas entre 2003 e 2012.

No período entre 2003 e 2012 são visíveis melhorias significativas:

O ano de 2012 apresenta uma redução de cerca de 22% do número de

acidentes com vítimas, comparativamente ao ano de 2003;

Diminuição de cerca de 40% no número de acidentes com vítimas

mortais no ano de 2012 em relação de 2003;

Redução do número de acidentes com mortos e/ou feridos graves de

aproximadamente 52% em 2012, relativamente ao ano de 2003.

Decréscimo médio do índice de gravidade ao longo dos anos.

Com a diminuição observada nos últimos nove anos em relação ao número

de acidentes, conclui-se que as medidas aplicadas surtiram efeito, contudo o

número de acidentes no distrito do Porto ainda é elevado.

1. Dados relativos a acidentes ocorridos no distrito do Porto entre 2003 e 2012

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b) Acidentes e vítimas segundo a localização e tipo de via

2. Percentagem de acidentes com vítimas no ano de 2012

Fazendo apenas referência a dados recolhidos em 2012, podem-se

distinguir os acidentes ocorridos nos diferentes tipos de via.

A partir da análise das tabelas, 86% dos acidentes com vítimas acontece

dentro das localidades, onde a velocidade é reduzida, com maior número de

sinalização, de peões e de utentes de risco (crianças ou idosos). Sendo que a

maioria dos acidentes com vítimas ocorrem em arruamentos (74%).

Já os Itinerários Principais (IP) que, devido ao controlo existente, só

registaram 4 acidentes em todo o ano de 2012, correspondendo a cerca de 0,1.

Acidentes com vítimas %

Dentro das localidades 4250 86,6

Fora das localidades 655 13,4

Total 4905 100,0

Acidentes com vítimas %

Arruamento 3631 74,0

Auto-Estrada 539 11,1

Estrda Municipal 7 0,1

Estrada Nacional 653 13,3

IP/IC 4 0,1

Outra Via 71 1,4

Total 4905 100,0

3. Acidentes com vítimas nos diferentes tipos de via em 2012.

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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c) Vítimas segundo o grupo etário

No ano de 2012 também foi analisada a faixa etária das vítimas presentes

nos acidentes rodoviários.

4. Número de vítimas por faixa étaria em 2012

Através dos resultados apresentados na tabela acima, deduz-se que, em

2012:

A maior percentagem de vítimas (correspondente a 11,1% do total de

vitimas) pertencem à faixa etária entre os vinte e os vinte e quatro anos;

As faixas etárias que abrangem os indivíduos entre os vinte e os vinte e

nove anos e os indivíduos entre os cinquenta e os cinquenta e nove são

os que apresentam maior número de vítimas mortais, juntamente com o

grupo de indivíduos com idade igual ou superior a setenta e cinco anos.

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4. Sinistralidade - Fatores de Risco

São diversos os estudos em que o condutor é o principal responsável na

ocorrência de acidentes. Não obstante, o ambiente rodoviário assume também

um papel determinante, ao condicionar significativamente o comportamento do

condutor.

O Plano Nacional de Prevenção Rodoviária em Portugal destaca um amplo

conjunto de fatores que condicionam a segurança rodoviária no país. Para

além de abranger as três principais condicionantes do sistema de tráfego

rodoviário inclui também fatores ligados à organização dos serviços de apoio e

às deficiências na formação específica na área.

Deste modo, distinguem-se três fatores essenciais:

Fator Humano;

Fator Veículo;

Fator infraestrutura e ambiente envolvente.

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a) Fator Humano

Com base em estudos realizados

até à data, conclui-se que a causa

que influencia a grande maioria dos

acidentes que ocorrem deve-se ao

fator humano.

Efetivamente, é necessário que o

condutor do veículo esteja

concentrado, pois qualquer distração

pode desencadear um acidente com proporções desastrosas. Esta falta de

atenção, em grande parte das situações, pode resultar do cansaço provocado

pelo trabalho a que o condutor é submetido diariamente. O uso de telemóveis

ou outro tipo de tecnologias no momento em que se conduz, também

condiciona a condução e a segurança. Da mesma forma, as longas viagens de

noite numa autoestrada, onde predominem percursos em linha reta, contribuem

para o aumento da sonolência do condutor. Contudo, neste caso em particular,

as bandas sonoras são muito úteis em chamar novamente o condutor à

atenção.

Outros fatores, não menos importantes que os referidos anteriormente, são

os excessos dos condutores, nomeadamente, no que se refere ao álcool e às

substâncias psicotrópicas. O álcool é um depressor do sistema nervoso central,

que atua diretamente em três funções essenciais para a condução, sejam cada

uma delas a função cognitiva, motora e sensorial perceptiva.

Portanto, grande parte dos acidentes rodoviários é originado pelo

incumprimento das regras do código da estrada, nomeadamente as regras

referentes ao excesso de velocidade, desrespeito da distância de segurança

entre os veículos, ultrapassagem indevida, consumo de álcool e drogas, entre

muitos outros.

1 Publicidade de segurança rodoviária de uma empresa brasileira

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b) Fator Veículo

“Deco chumba centros de inspeções de veículos automóveis

A Deco chumbou trinta centros de inspecção de veículos automóveis. A

Associação de Defesa do Consumidor questiona as vistorias que estão a ser

feitas. Levou uma viatura com seis anomalias a 30 centros e nenhum detectou

todas as falhas.”

Notícia RTP por: Sérgio Vicente / António Limão / Luís Vilar

24 Out, 2013, 13:40 / atualizado em 24 Out, 2013, 14:24

Outro fator de risco aliado à sinistralidade nas estradas está relacionado

com as condições do veículo, uma vez que este muitas vezes não se encontra

apto para circular na estrada. Quer por desleixo do condutor, quer por falha dos

mecânicos nas inspeções periódicas, vários veículos são dados como aptos a

circular mesmo tendo anomalias, que em condições normais, obrigariam a

reparações e ao impedimento de circular em rodovias. Este tipo de

negligências provoca em diversas situações acidentes e problemas durante a

circulação.

Nomeadamente, os pneus lisos ou com falta de calibragem, os faróis e

retrovisores com defeito ou mal ajustados, as falhas mecânicas e as

deficiências nos travões, são exemplos de defeitos de manutenção associados

ao veículo que contribuem para o aumento do número de acidentes.

Outro aspeto é a utilização inapropriada e incorreta do veículo, pois, muitas

vezes, devido ao excesso de carga, pode obstruir a visibilidade ao condutor.

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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c) Fator Infraestrutura e Meio Envolvente

O local e as condições onde

circulamos com o veículo são

também determinantes para a

segurança rodoviária.

A falta de qualidade da

construção, as deficiências ao nível

do projeto e na conservação das

faixas de rodagem e da área

adjacente têm um contributo nefasto para a segurança dos utentes dessa via.

Por exemplo, a construção de acessos intermediários sem a devida

visibilidade ou a construção de uma urbanização numa zona atravessada por

uma via de transporte ou por passagens de nível, irá também dificultar a

condução.

Outros fatores que põem em risco a segurança dos ocupantes são as

bermas estreitas, intersecções de nível e zonas de velocidade autorizada

excessiva.

Em relação ao meio envolvente, as condições meteorológicas são fatores

que condicionam uma condução. A chuva, por exemplo, pode provocar a o

deslizamento do veículo (aquaplanagem).

6. Deficiências nas estradas

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5. Métodos Preventivos

As medidas de mitigação dos problemas de segurança têm por objetivo a

redução de acidentes.

Tendo em conta os fatores de risco anteriormente descritos, são

apresentados alguns métodos preventivos.

Associados ao fator veículo

i) ABS

O ABS (Anti-lock Braking System) num automóvel tem como objetivo evitar

que este escorregue quando trava repentinamente. Isto é, quando a travagem

é brusca, as rodas param, fazendo com que o veículo deslize na estrada.

Assim, impossiblita o desvio perante um obstáculo.

Efetivamente, o veículo ao travar, percorre alguns metros até parar

definitivamente. Com o ABS, o caso muda de figura. O ABS deteta, através de

válvulas(sensores), define a rotação de cada roda e a compara com a

velocidade do veículo. Com este sistema, não existem bloqueios das rodas em

situações de emergência. Isto até a roda deixar de bloquear. Para além de ter

uma maior eficácia na distância percorrida até o carro parar, o veículo

consegue desviar-se de obstáculos, visto que as rodas não estão totalmente a

deslizar pelo chão, o que permite que o veículo se agarre ao chão.

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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ii ) Controlo de estabilidade

O controlo de estabilidade tem como função evitar que o condutor perca o

domínio do veículo em situações de emergência. Isto é, o carro, ao andar, se

necessitar de virar bruscamente, o controle de estabilidade faz com que as

rodas necessitadas travem, ajudando o carro a virar mais rapidamente:

Resumidamente, o controlo de estabilidade atua individualmente nos freios,

accionando cada um deles tendo como principal objetivo o de manter o veículo

sob controlo e em segurança no acerto da trajetória.

iii) Controlo de tração

O controlo de tração também deriva do ABS. Este sistema evita que as

rodas derrapem quando o carro está no auge da sua aceleração. Isto é, devido

à elevado potência do motor, as rodas que transmitem a potência ao motor

começam a derrapar, quando o acelerador é premido a fundo. Assim, o carro

para além de derrapar e de não acelerar em excesso, acaba por gastar uma

elevada quantidade de energia desnecessariamente. É comum ver carros

antigos no máximo da aceleração e as rodas não bloquearem, deitando fumo.

Isto prova que estes veículos não possuem controlo de tração.

Com o controlo de tração, o ABS deteta as rodas que estão a girar mais

depressa do que é suposto, bloqueando-as. Deste modo, o veículo consegue

ter uma melhor aderência ao solo, acelerando em menos tempo e não

derrapando. Por exemplo, nos veículos mais recentes, se atingirmos uma

aceleração máxima, o condutor tem sensação que está a percorrer uma

estrada repleta de buracos e irregularidades (turbulência). Esta sensação deve-

se à ativação do controlo de tração , que bloqueia e desbloqueia as rodas com

tração.

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Associados à Infraestrutura e ao Meio Envolvente

i) Sobreelevação

A sobreelevação é um fator que

poderia ser mais importante e

determinante na segurança rodoviária,

se fosse mais utilizado nos projetos dos

engenheiros de Civil.

O que é a sobreelevação?

Suponhamos que temos uma curva

à direita. Um veículo que esteja a fazer

essa curva tende a inclinar-se para a esquerda (devido à força centrípeta). No

entanto, se o mesmo automóvel fizer a curva a uma velocidade superior, este

pode perder o controlo, desviando-se da estrada para fora da faixa de

rodagem, capotando. Assim, se uma curva estiver inclinada, o veículo acaba

por ter mais aderência nas rodas do lado que está a perder direção (a fugir). A

esta inclinação dá-se o nome de sobreelevação.

Exemplos práticos da sobreelevação

Nas pistas de Nascar (corridas

americanas), onde os carros correm a

velocidades superiores a 350 Km/h, o

relevé demonstra-se essência. Em

condições normais um veículo a circular a

essa velocidade numa curva normal, teria

certamente perdido o controlo e iria despistar-

-se. Assim, a pista possui relevé em todas as curvas.

8.Curva com sobreelevação na corrida de Nascar

7. Curva com sobreelevação

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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ii) Rails

É muito comum ver na estrada,

principalmente na Autoestrada, rails

amolgados, riscados, partidos e até

mesmo fora do sítio. As causas destes

incidentes são as batidas fortes dos

veículos que perdem o controlo. Como

resultado, os carros ficam destruídos,

tirando a vida a muitos dos seus

condutores.

Na verdade, o objetivo dos rails é tentar amortecer o choque do veículo,

para que o carro não seja projetado para fora da estrada. Todavia, há certos

acidentes que são demasiado violentos, levando o carro a partir ou furar os

rails, tirando a vida aos seus condutores. Assim, uma forma de amortecer ainda

mais o embate é construir rails com molas. Esta ideia tem como génese o

Volvo 244, que possuía molas nos para-choques para amortecer o choque com

um obstáculo (outro veículo, rail, muro, etc.).

Analogamente, poderiam haver

rails a com as mesmas condições e

funções. Assim, quando um veículo

embatesse neles, os rails iriam

comprimir, acumulando toda a

energia inerente ao choque,

projetando de seguida o veículo para

dentro da estrada.

Algo semelhante acontece com os poços dos elevadores. Caso rebente

algum cabo de um elevador, o elevador cai. Contudo, no fundo do poço

encontram-se, normalmente, dois pares de molas para amortecer a queda.

9. Exemplo de rails

10. Demonstração de um poço de elevador

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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iii) Piso Antiderrapante

Um dos contribuintes para a perda

de controlo do veículo durante a

condução é a característica e a

condição de manutenção do

pavimento da rodovia. Deste modo, é

essencial a adequação das

características do piso ao tipo de via.

Em certas situações é necessário um

pavimento mais aderente, ou seja, que

provoque um maior atrito entre os pneus

e a rodovia, para que este trave melhor e pare mais rapidamente.

Este piso antiderrapante também se encontra em estradas de inclinação

elevada (principalmente em descidas), dado que devido ao peso do carro, é

mais difícil travar. Nomeadamente, na Avenida Padre Júlio Fragata, em Braga,

encontra-se uma extensa “passadeira” vermelha, que antecede uma curva

onde é costume serem gerados vários acidentes. O índice de acidentes

diminuiu após a implementação deste tipo de piso nos locais mais críticos.

11. Piso antiderrapante na Avenida Padre Júlio Fragata (Braga)

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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6. Conclusão

Em Portugal tem-se procurado reduzir os índices de sinistralidade através

da fiscalização e legislação e, apesar de, na generalidade, os indicadores de

sinistralidade rodoviária apresentarem uma tendência bastante favorável, ainda

existe espaço e margem para melhorias.

Na verdade, a aplicação de algumas das medidas expostas neste relatório

contribuiriam para uma considerável melhoria da segurança rodoviária e,

consequentemente, a diminuição do número de vítimas detetado pela

Associação Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Apesar de ter havido

uma maior focalização em medidas de intervenção relacionadas com a

construção e a melhoria das condições das estradas e dos veículos, não é

considerado de menor importância ou impacto o comportamento do condutor.

Realça-se, também, que a sinistralidade rodoviária não deve ser

exclusivamente atribuída aos comportamentos de índole infractora dos utentes

das vias, uma vez que também está associada a decisões tomadas por

técnicos na construção e manutenção dos ambientes rodoviários.

Finalizando, pretende-se através da elaboração deste trabalho sensibilizar

as entidades competentes para a possibilidade de melhorar as estradas de

Portugal, tornando-as menos perigosas e, consequentemente, mais seguras.

Segurança Rodoviária Projeto FEUP

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7. Referências Bibliográficas

ANSR (Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária). Autoridade

Nacional de Segurança Rodoviária. http://www.ansr.pt/ (accessed

October 10, 2013)

Segurança Rodoviária. www.segurancarodoviaria.pt/ . (accessed

October 10, 2013)

BRISA. http://www.brisa.pt (accessed October 10, 2013)

Estradas de Portugal. http://www.estradasdeportugal.pt/ (accessed

October 10, 2013)

Ferreira, Sara. 2003. Caracterização da Sinistralidade Rodoviária em

Meio Urbano.

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Ramos, Carlos Matias. 2010. Ingenium. Sistema de Gestão da

Sinistralidade

Rodoviária. Série II (118): 78-81. (Julho/Agosto 2010).

http://www.jalopnik.com.br/como-funciona-o-abs-e-os-controles-de-

tracao-e-de-estabilidade/ (accessed October 24, 2013)

http://www.youtube.com/watch?v=e5dgfxhbfmi (accessed October 24,

2013)

http://www.youtube.com/watch?v=-i_s3vexdby (accessed October 24,

2013)

http://www.afesp.pt/noticias.php (accessed October 24, 2013)

http://pt.wikipedia.org/wiki/freio_abs (accessed October 24, 2013)

http://www.4rodas1volante.com/2013/01/anuncios-de-seguranca-na.html