prof. fabiano dahlke tamanho das partÍculas dos ingredientes - raÇÃo prof. fabiano dahlke...
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TAMANHO DAS PARTÍCULAS DOS
INGREDIENTES - RAÇÃO
Prof. Fabiano DahlkeProf. Fabiano Dahlke
Departamento de ZootecniaSetor de Ciências Agrárias - UFPr
INTRODUÇÃO
GRANULOMETRIA – ato de medir o tamanho das GRANULOMETRIA – ato de medir o tamanho das partículaspartículas
Métodos:Métodos:
DGM do milho moído em diferentes peneiras
PeneiraPeneira DGM ( DGM (m)m)
44 805 (Da Granja, 2005) 805 (Da Granja, 2005)
4,764,76 810 (Zanotto, 1998) 810 (Zanotto, 1998)
6,46,4 888 (Freitas, 2003) 888 (Freitas, 2003)
88 856 (AVIPAL, 2005) 856 (AVIPAL, 2005)
INTRODUÇÃO
Partículas maiores Partículas maiores antiperistaltismo antiperistaltismo Degradação Degradação mais lenta (NIR et al. 1995 ).mais lenta (NIR et al. 1995 ).
TAMANHO IDEAL DAS PARTÍCULAS ??TAMANHO IDEAL DAS PARTÍCULAS ??
MOAGEM FINA – facilmente envolvidas pelo suco MOAGEM FINA – facilmente envolvidas pelo suco gástrico = melhor ação das enzimas digestivasgástrico = melhor ação das enzimas digestivas
MOAGEM FINA – melhor homogeneização da raçãoMOAGEM FINA – melhor homogeneização da ração
MOAGEM GROSSEIRA MOAGEM GROSSEIRA > maior rendimento de > maior rendimento de moinhos = < desgaste do moinhomoinhos = < desgaste do moinho
TAMANHO IDEAL ???
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: FATOR DE SELEÇÃO E INGESTÃO
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: TAMANHO DAS PARTÍCULAS: FATOR DE SELEÇÃO E DE SELEÇÃO E INGESTÃOINGESTÃO
Mecanoreceptores no bicoMecanoreceptores no bico
Preferência alimentar por diferentes partículas Preferência alimentar por diferentes partículas
influenciada pela idade (PORTELA et al, 1988)influenciada pela idade (PORTELA et al, 1988)
AVES = seleção em livre escolha – forma física AVES = seleção em livre escolha – forma física
(ELEY e BELL, 1948)(ELEY e BELL, 1948)
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: FATOR DE SELEÇÃO E INGESTÃO
SUÍNOS – preferem partículas finasSUÍNOS – preferem partículas finas
Bico – fator de regulação do consumo = pequenas diferenças Bico – fator de regulação do consumo = pequenas diferenças
no tamanho da partícula (MORAN, 1982)no tamanho da partícula (MORAN, 1982)
Preferência por partículas maioresPreferência por partículas maiores
Consumo não está vinculado exclusivamente Consumo não está vinculado exclusivamente
ao tamanho das partículas ao tamanho das partículas identificam as identificam as
necessidades nutricionais – “Palatabilidade necessidades nutricionais – “Palatabilidade
Metabólica” Metabólica”
Figura 1: Tamanho das partículas dos cereais no consumo (2 horas) por frangos de 7 dias.
0
2
4
6
8
10
12
Consumo (g)
Fina Média Grossa
Textura
Adaptado de Nir et al., 1995Adaptado de Nir et al., 1995
Figura 2- Preferência alimentar de frangos alimentados com dietas com diferentes tamanhos de partículas
0
50
100
150
1-7 dias 1-14 dias 1-24 dias
0,360mm
0,473mm
0,768mm
Efeito LinearEfeito Linear
Adaptado de DAHLKE e MAIORKA, 2003Adaptado de DAHLKE e MAIORKA, 2003
Tabela 1 – Composição nutricional das dietas balanceada e da mistura de ingredientes consumidos à livre escolha por frangos de 21 a 42 dias de idade
Nutrientes Dieta balanceada Cons. livre escolha
EMA (MJ/kg) 11,80 12,09
Proteína Bruta (%) 20,2 21,00
Cálcio (%) 1,53 1,40
Fósforo Total (%) 0,82 0,70
Adaptado de MUNT et al, 1995Adaptado de MUNT et al, 1995
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: EFEITO NO DESEMPENHO
AviculturaAvicultura
Tabela 2 –Peso corporal, consumo de ração (CR) e Tabela 2 –Peso corporal, consumo de ração (CR) e ganho de peso (GP) de frangos de corte de 1 a 7 e 7 a ganho de peso (GP) de frangos de corte de 1 a 7 e 7 a 21 dias de idade21 dias de idade
TEXTURA
Parâmetros Fina Média Grossa
DGM (mm) 0,57 – 0,67 1,13 – 1,23 2,01– 2,10
Peso (g) -7 dias 127 126 131
CR (g) -7 d 106 106 111
GP (g)- 7 – 21 d 357 b 427 a 401 a
CR (g) -7 - 21 d 591 b 662 a 645 aAdaptado de NIR et al., 1995Adaptado de NIR et al., 1995
Tabela 3 – Desempenho de frangos alimentados com dietas de diferentes texturas de 1 a 28 dias de idade
TexturaIdade Fina Média Grossa Ganho de peso (g)1 – 7 dias 128 1333 1421 – 14 dias* 369 397 4001 – 21 dias* 635 689 7371 – 28 dias* 1036 1099 1113 Consumo de ração (g)1 – 7 dias* 144 172 1731 – 14 dias* 548 558 5711 – 21 dias * * 889 898 9321 – 28 dias* 1712 1734 1758* Efeito Linear (P<0,05)* Efeito Linear (P<0,05)Adaptado de DAHLKE e MAIORKA, 2004Adaptado de DAHLKE e MAIORKA, 2004
Tabela 4 – Efeito do tamanho da partícula da dieta no consumo de ração (CR), ganho de peso (GP) e conversão alimentar de frangos de 21 a 42 dias de idade
Diâmetro Geométrico Médio das Rações (mm)Diâmetro Geométrico Médio das Rações (mm)
0,337 0,574 0,679 0,777 0,8670,337 0,574 0,679 0,777 0,867
CR (g) 2412 CR (g) 2412 bb 2414 2414 bb 2444 2444 abab 2604 2604 ab ab 2623 2623 aa
GP (g)GP (g) 1430 1430 b b 1529 1529 abab 1543 1543 abab 1569 1569 aa 1613 1613 aa
CA (g/g) 1,69 CA (g/g) 1,69 aa 1,58 1,58 bb 1,59 1,59 b b 1,66 1,66 ab ab 1,63 1,63 abab
Adaptado de MAGRO et al. (2000)Adaptado de MAGRO et al. (2000)
Suinocultura
Tabela 5 - Efeito do tamanho da partícula do milho no desempenho de porcas primíparas
Parâmetros Tamanho das partículas do milho (mm)
1,20 0,90 0,60 0,40 Prob
CDR (kg) 4,1 4,24 4,40 4,43 0,04 (linear)
GP leitegada - 21 d (kg) 34,9 36,7 38,2 38,6 0,05 (linear)
Adaptado de WONDRA et al., 1995Adaptado de WONDRA et al., 1995
Tabela 6 - Efeito do tamanho da partícula do milho no desempenho de leitões
Milho (m)
Variáveis 900 700 500 300
GPD (g) 427 408 438 421
CDR (g)CDR (g) 642 597 616 606
EA (g/kg)* 665 683 711 695*Efeito quadrático (P<0,01)
Adaptado de HEALY et al., (1998)
Tabela 7 – Efeito do tamanho da partícula do milho em dietas fareladas sobre o desempenho de suínos (28 -100KG)
DGM (m)
1026 799 645 509
GPD (g) 865 859 841 855
CR (g)* 2898 2820 2568 2563
CA* 3,35 3,28 3,05 3,02*Efeito linear (P=0,03)
Adaptado de ZANOTTO (1996)
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: PADRÃO DE CONSUMO
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: PADRÃO DE CONSUMO
Ingestão inconstante
Fatores que afetam: Fotoperíodo,
temperatura, níveis energéticos da
dieta e tamanho da partícula
Figura 3 – Padrão de consumo em função da “granulometria” da ração, em frangos de corte de 24, 25 e 26 dias de idade (DAHLKE, 2000)
0
5
10
15
20
25
6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Horário
Con
sum
o m
édio
(g) G375
G585
G856
G1112
Polinômio(G1112)Polinômio(G585)
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: CARACTERÍSTICAS ANATOMO-
FISIOLÓGICAS
AVES
Tamanho de partículas
Peso Moela
Peso Intestino
pH Moela e Intestino
Velocidade de Passagem
Altura de vilosidades
Tabela 8 – Efeito do tamanho da partícula do milho, trigo e sorgo nos diferentes órgãos de frangos de corte aos 21 dias de idade
Textura da dieta Fina Média Grossa
DGM 0,574 – 0,675 1.132 – 1.228 2.01 – 2.10DPG 1,31 – 1,40 1,28 – 1,35 1,19 - 1,21
21 dias de idade
P. moela (g/100g PC) 2,22c 2,80b 3,13a
C. moela (g/100g PC) 0,44b 2,20 a 2,03 a
P. duodeno (g/100g PC) 1,25 a 0,89 b 1,07 bAdaptado de NIR et al., 1996Adaptado de NIR et al., 1996
Tabela 9 – Efeito do tamanho da partícula do milho, trigo e sorgo nos diferentes órgãos de frangos de corte aos 21 dias de idade
Textura da dieta Fina Média Grossa
DGM 0,574 – 0,675 1.132 – 1.228 2.01 – 2.10DPG 1,31 – 1,40 1,28 – 1,35 1,19 - 1,21
21 dias de idade
P. J + íl. (g/100 g PC) 3,75 3,15 3,44C. J + íl. 3,95a 2,90b 2,94bP. Secos (g/100 g PC) 1,82 1,51 1,60pH intestino 5,97b 6,23a 6,35apH da moela 3,57ª 2,77b 2,91bAdaptado de NIR et al., 1996Adaptado de NIR et al., 1996
Tabela 10 – pH e peso de vísceras de frangos de corte de 42 dias alimentados com dietas de diferentes texturas (mm)
pH Peso (g)
DGM Moela Intestino Moela Duodeno Jej+íleo
0,336 3,82a 6,69 20,05 d 8,76 b 27,35 b
0,585 3,65 a 6,87 29,52 c 13,89 a 43,77 a
0,856 3,20 b 6,69 36,03 b 12,48 a 42,56 a
1,12 2,87c 6,97 41,56 a 13,84 aa 41,90 a
Adaptado de DAHLKE et al., 2002
Tabela 11 – Número, altura de vilosidades e profundidade de cripta no duodeno, em frangos de 42 dias de idade
DGM vilos/secção Altura de vilos Profundidade de cripta
3 micrômetros (m)* (m)
0,336 mm 51 1.509,52 137,61
0,585 mm 46,60 1.744,51 184,42
0,856 mm 51,50 1.811,27 228,46
1,12 mm 50,40 1.831,43 200,75*Efeito linear*Efeito linear
Adaptado de DAHLKE et al., 2003Adaptado de DAHLKE et al., 2003
SUÍNOS
Úlceras gastro - esofagianas
Estresse
Baixa Fibra
DGM1% mortalidade no rebanho
Figura 4 – Estômago suínoFigura 4 – Estômago suíno
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: CARACTERÍSTICAS TAMANHO DAS PARTÍCULAS: CARACTERÍSTICAS ANATOMO-FISIOLÓGICASANATOMO-FISIOLÓGICAS
Pode ocorrer em todas as idades = animais com 6
semanas
Dietas finas:
a) Maior ingestão de água
b) Maior atividade de pepsina ( pH)
c) Maior fluidez do conteúdo estomacalc) Maior fluidez do conteúdo estomacal
d) d) tempo de permanência do conteúdo estomacal tempo de permanência do conteúdo estomacal
e) Maior distribuição (homogeneização) do conteúdo e) Maior distribuição (homogeneização) do conteúdo
nas regiões do estômago nas regiões do estômago
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: CARACTERÍSTICAS TAMANHO DAS PARTÍCULAS: CARACTERÍSTICAS ANATOMO-FISIOLÓGICASANATOMO-FISIOLÓGICAS
Frigoríficos de SC Frigoríficos de SC (Roppa et al., 1995): - 5,5% úlceras - 5,5% úlceras - 27,3 erosões- 27,3 erosões
- 30,3% lesões de paraqueratose - 30,3% lesões de paraqueratose
Alterações estomacaisAlterações estomacaisa) Paraqueratose e hiperparaqueratose do epitélioa) Paraqueratose e hiperparaqueratose do epitéliob) Erosões (mucosa)b) Erosões (mucosa)c) Ulcerações (submucosa e muscular da mucosa)c) Ulcerações (submucosa e muscular da mucosa)
Sintomas:Sintomas:1) Palidez e fezes enegrecidas1) Palidez e fezes enegrecidas
2) Anemia e fraqueza, inapetência e vômitos2) Anemia e fraqueza, inapetência e vômitos 3) Baixa temperatura retal e rigidez de membros e 3) Baixa temperatura retal e rigidez de membros e
rugir de dentes (dor)rugir de dentes (dor)
Figura 5 – Lesões gástricas de suínos (Zanotto, 2004)
Figura 6 – Erosões da mucosa e úlceras gástricas em suínos
Figura 7 – Ulcerações gástricas em suínos
Tabela 12 - Módulo de finura (mfg) da dieta e incidência de lesões esôfago - gástricas em leitões
MF N leitões Estômago Paraqueratose Úlceras
Normal Lesões + ++ +++
2,87 17 17 0 0 0 0 0
2,61 17 14 3 0 1 1 1
1,28 18 4 14 7 4 2 1
1,50 16 3 13 5 4 0 4
Adaptado de POTKINS et al., 1999Adaptado de POTKINS et al., 1999
Tabela 13 - Freqüência de suínos, em fase de crescimento, com alterações esofagianas em função da textura da dieta (m)
DGM N Suínos com Grau de paraqueratose paraqueratose 0 1 2 3
509 16 13 3 5 3 5645 16 10 6 6 2 2799 16 6 10 1 4 0 1026 16 3 13 2 1 0Adaptado de MORES et al., 1998Adaptado de MORES et al., 1998
Tabela 14 - Freqüência de suínos, em fase de terminação, com alterações esofagianas em função da textura da dieta (m)
DGM N Suínos com Grau de paraqueratose paraqueratose 0 1 2 3
509 16 7 7 5 4 0
645 16 9 9 4 3 0
799 16 1 15 1 0 0
1026 16 2 14 1 0 1Adaptado de MORES et al., 1998Adaptado de MORES et al., 1998
Tabela 15 - Efeito do tamanho da partícula do milho sobre a morfologia do estômago de porcas primíparas durante a fase de lactação
Tamanho das partículas (m)
Ulcerações 1200 900 600 400
N porcas 9 7 9 10
Normal 7 5 0 0
Erosões 1 1 5 3
Úlcera 1 1 2 3
Úlcera severa 0 0 2 4
Escore médio 1,3 1,4 1,9 2,7Adaptado de WONDRA et al., 1995Adaptado de WONDRA et al., 1995
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: UNIFORMIDADE DAS PARTÍCULAS
(DPG)
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: UNIFORMIDADE DAS PARTÍCULAS (DPG)
DGM não deve ser a única medida para avaliar
tamanho de partícula variabilidade do tamanho das
partículas
Desvio Padrão Geométrico – DPG
Quanto menor o DPG, melhor o desempenho de
frangos de corte
DPG alto, independente do DGM = redução do
desempenho
Tabela 16 - Efeito do uniformidade das partículas da dieta no desempenho de frangos de corte
Tamanho das partículas da dieta (m)
DGM 0,706 0,769 0,871 1,260
DPG 1,99 1,63 2,05 2,08
Peso Frango 617 b 665 a 607 b 615 b
Consumo de Ração 719 725 716 740Adaptado de NIR e SHEFET, 1997
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: DIGESTIBILIDADE DE NUTRIENTES
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: DIGESTIBILIDADE DE DIGESTIBILIDADE DE NUTRIENTESNUTRIENTES
SUÍNOS:
Tempo de permanência do alimento pelo TGI não é
afetado pelo tamanho das partículas
Eficiência da digestão é influenciada pela
intensidade de contato – alimento+secreções
digestivas: redução do tamanho = maior área
superficial
Diminuição das partículas do milho
digestibilidade matéria seca, nitrogênio e energia
bruta da dieta
Tabela 17 - Tempo de passagem do alimento pelo TGI de suínos em função do DGM das partículas do milho
DGM (m)
509 645 799 1026
Tempo (h) 41,35 39,34 37,31 43,21
Adaptado de ZANOTTO et al., 1995Adaptado de ZANOTTO et al., 1995
Tabela 18 - Digestibilidade de dietas fareladas para suínos em crescimento e terminação, em função do DGM da dieta
DGM (m)
1.000 800 600 400
Matéria Seca (%)* 84,1 85,1 86,1 87,3
Nitrogênio (%)* 79,0 79,9 80,8 83,7
Energia Bruta (%)* 83,3 84,6 85,7 87,5*Linear (P<0,02)
Adaptado de WONDRA et al., 1995
Tabela 19 - Efeito da uniformidade das partículas (DPG) do milho sobre a digestibilidade das dietas
DPG – DGM (m)
2,7 – 868 2,3 - 862 2,0 – 840
Matéria Seca (%)* 80,2 80,3 83,1
Nitrogênio (%)* 72,4 76,5 78,5
Energia Bruta (%)* 79,6 79,1 82,6* Linear (P<0,05)
Adaptado de ZANOTTO, 1998Adaptado de ZANOTTO, 1998
Figura 8 : Efeito do DGM das partículas do milho sobre a digestibilidade de nutrientes em dietas de lactação, para porcas primíparas e de segundo parto
DGM (m)
1200 900 600 400
Matéria Seca (%)* 84,2 85,1 86,4 88,3
Nitrogênio (%)* 83,2 85,3 86,9 89,1
Energia Bruta (%)* 83,885,3 87,1 90,0
*L*Linear (P<0,01)Adaptado de ZANOTTO, 1998
74
76
78
80
82
84
86
88
90
92
( %)
MS NIT EB MS NT EB
Nutrientes
1.200 mm
0,900 mm
0,600 mm
0,400 mm
Adaptado de Zanotto, 1998Adaptado de Zanotto, 1998
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: METABOLISMO DE NUTRIENTES
AVES:AVES:
Aumento da textura da dieta =
a) Energia Metabolizável da dieta
b) Retenção de Nitrogênio, Matéria Seca
Tabela 20 - Efeito do DGM da dieta nas respostas metabólicas de frangos de corte de 7 dias de idade
DGM EMAn Retenção de N Retenção de MS MS fezes
mm kj/kg % % %
561 11,63 b 50 c 72 c 24783 11,66 b 57 b 75 b 24997 1,89 a 59 a 77 a 24Prob 0,06 0,01 0,01 0,79Adaptado de KRABBE, 2000Adaptado de KRABBE, 2000
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: MOINHO MARTELO x MOINHO
ROLO
XX
MOINHO MARTELO x MOINHO ROLO: DESEMPENHO
Moagem Moinho rolo
a) Menor consumo de energia
b) Operação dispendiosa
c) Boa capacidade de produção
d)Partículas médias/grandes
e) Maior uniformidade de partículas
(DPG)
MOINHO MARTELO x MOINHO ROLO: DESEMPENHO
Moagem Moinho Martelo::
a) Partículas pequeno/grande
b) Menor desuniformidade de partículas
c) Maior consumo de energia elétrica
d) Alta capacidade de produção
e) Fácil operação
Figura 9 :Efeito do tipo de moinho no peso (g) de frangos de corte
Martelo Rolo Macho Fêmea Macho Fêmea
Peso (21 dias) 549b 527b 605a 553a
Peso (49 dias) 2.187b 1.884b 2.347a 1.942a
CA (21 dias) 1,52 1,51 1,44 1,45
CA (49 dias) 2,08 2,15 2,02 2,11
Adaptado de NIR et al., 1995Adaptado de NIR et al., 19950
500
1000
1500
2000
2500
Peso (g)
21 dias 49 dias 21 dias 49 dias
Machos Fêmeas
Martelo
Rolo
Tabela 21 - Efeito do tipo de moinho no desempenho
Tipo de moinho
Martelo Rolo
DGM (m) 457 443
GPD (g)* 823 b 831 a
CRD (g) 3.037 3.000
EA (g/kg)* 0, 271 0, 277*P<0,05*P<0,05
Adaptado de WONDRA et al., 1995Adaptado de WONDRA et al., 1995
Tabela 22– Efeito do DGM e DPG das partículas do milho, moídos em moinho martelo e moinho rolo no desempenho de frangos de corte
MOAGEM MARTELO ROLO
DGM (m) 805 789DPG 2,05 1,41 1-7 diasGP (g) 96 100CR (g) 112 112EA 0,847 0,893 8-21 diasGP (g) 463 b 522a
CR (g) 716 725EA 0,649b 0,725a
Adaptado de NIR et a, 1996Adaptado de NIR et a, 1996
Tabela 23 - Efeito do tipo de moinho sobre a digestibilidade das dietas para suínos em crescimento e terminação
Martelo (m) Rolo (m)
DGM 800 400 800 400
DPG 2,5 1,9 2,0 1,7
Matéria Seca (%) 82,5b 86,0 86,6ª 87,3
Nitrogênio (%) 72,1b 80,1 76,0a 82,6
Energia Bruta (%) 81,2b 86,7 85,9ª 87,7Adaptado de WONDRA et al., 1996
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: GRÃOS INTEIROS NA
ALIMENTAÇÃO
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: GRÃOS INTEIROS NA ALIMENTAÇÃO
Cereais – 60%-70% das rações de frangos de corte no Brasil (ANUALPEC 2003)
Processo de moagem e armazenagem do grão = 20% custo da dieta (ZANOTTO, 1998)
Moela se adapta a partículas grandes (atividade contrátil)
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: GRÃOS INTEIROS NA ALIMENTAÇÃO
Utilização de cereais inteiros depende dos métodos de
distribuição:
a) Simultâneo - alimento complementar (com. Separado)
b) Misturados (ração única, seqüência)
Frango equilibra consumo – palatabilidade metabólica
Tabela 25 – Consumo de ração contendo milho finamente moído (517m), grosseiramente moído (860 m) e milho inteiro
Período (dias)
22-28 29-35 36-42 22-42
M.Moído fino 749 ab 968b 1314b 3031
M. Moído grosso 760 a 1047ab 1343b 3150
M. Inteiro 657 b 1102 a 1469 a 3228Adaptado de FREITAS et al., 2002
Tabela 26 – Ganho de peso de frangos alimentados com dieta contendo milho finamente moído (517m), grosseiramente moído (860 m) e milho inteiro
Período (dias)
22-28 29-35 36-42 22-42
M.Moído fino 384a 418c 486b 1288
M. Moído grosso 413 a 443b 493b 1349
M. Inteiro 306 b 485a 390a 1381Adaptado de FREITAS et al., 2002
Tabela 27 – Consumo de ração contendo milho finamente moído (706m), grosseiramente moído (1085 m) e milho inteiro
Período (dias)
22-28 29-35 36-42 22-42
M.Moído fino 712,08b 1046,73 1197,99b 2904b
M. Moído grosso 759,17a 1076,19 1190,90b 3056a
M. Inteiro 696,85 b 1059,61 1276,70a 3003a
Adaptado de SILVA Jr et al., 2003
Tabela 28 – Ganho de peso de frangos alimentados com duma dieta contendo milho finamente moído (706m), grosseiramente moído (1085 m) e milho inteiro
Período (dias)
22-28 29-35 36-42 22-42
M.Moído fino 422,50a 542,71 617,44 1583a
M. Moído grosso 453,54a 580,33 575,66 1609a
M. Inteiro 370,17b 555,49 599,73 1525b
Adaptado de SILVA Jr et al., 2003
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: DGM x PELETIZAÇÃO
DGM x PELETIZAÇÃO: QUALIDADE DE PELETE
Qualidade:
a) Tipo de ingrediente
b) Material aglutinante
c) Gordura na dieta
d) Pressão e Vapor
“Partícula finas e uniformes absorção de água = pelete mais rígido”
“Partículas grosseiras favorecem ruptura”
Peletes desintegram = produção de finos
Tabela 29 - Efeito da textura da ração na durabilidade de peletes de uma ração inicial para perus
Granulometria Peneira % de Finos
Fina 3,2 11,1
Média 6,4 14,0
Grossa Rolo 10,4Adaptado de Yung et al., 1962
Tabelas 30 – Efeito do DGM dos ingredientes na qualidade dos peletes (Martin, 1983)
DGM (m) Durabilidade (%) Milho
Moinho Martelo 3,2 mm 604 92,9 6,4 mm 888 92,3Moinho Rolos Fino 981 92,1 Grosso 1477 92,2 SorgoMoinho Martelo 3,2 mm 530 93,2 6,4 mm 709 91,9Moinho Rolos Fino 1060 92,2 Grosso 1416 91,9
Tabela 31 - Efeito do DGN do milho na durabilidade de peletes de rações para frangos de corte
Diâmetro de Peneira
4,76 mm 6,35 mm
DGM (m) 810 1,024
Durabilidade de peletes (%) 91 91Adaptado de REECE et al., 1986Adaptado de REECE et al., 1986
Tabela 32 - Efeito do DGM do milho e do sorgo, usados em rações de suínos na qualidade de peletes
DGM das partículas (m) 900 700 500 300 FINOS - % Milho 3,5 3,6 3,8 3,8Sorgo Duro 3,5 2,9 3,1 3,0Sorgo Mole 3,8 3,4 3,5 3,8 DURABILIDADE DO PELETE - %Milho 97,3 95,3 95,3 96,0Sorgo Duro 96,0 95,3 94,7 97,3Sorgo Mole 95,3 95,3 95,3 96,0Adaptado de HEALEY et al., 1994
Tabela 33 - Quantidade de finos em rações peletizadas contendo milho moído em diferentes DGMs
DGM (m) % Finos
0,360 22,36
0,585 24,17
0,856 20,26
1,122 23,60Adaptado de DAHLKE, 2000
Tabela 34 - Quantidade de finos de dietas peletizadas processadas com rações de diferentes DGMs
DGM (m) % de Finos
833 29,18
542 22,17Adaptado de MAIORKA, 1998Adaptado de MAIORKA, 1998
DGM x PELETIZAÇÃO: DESEMPENHO
Mesmo após a peletização – tamanho da partícula continua fazendo efeito
Pelete se dissolve no TGI = mesmo trânsito
Tabela 35 - Desempenho de frangos de corte de 22 a 42 dias de idade alimentados com dietas fareladas e peletizadas contendo milho moído em diferentes DGMs
DGM (m)
0,336 0,585 0,856 1,12 Regressão
Consumo (kg)
Farelada 1,66b 2,470b 2,66b 2,93a Q – 0,05
Peletizada 2,70ª 2,950ª 3,08a 2,80a NS
Ganho de Peso (kg)
Farelada 0,88b 1,460b 1,52b 1,58a Q – 0,01
Peletizada 1,55ª 1,670ª 1,73ª 1,65a NSAdaptado de DAHLKE, 2002
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: DGM x TEOR DE ÓLEO
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: DGM x TEOR DE ÓLEO
Presença de gordura melhora preferência
Efeito sinérgico??
Interação entre estes fatores?
Tabela 36 - Ganho de peso de frangos de corte alimentados com dietas de diferentes DGM com ou sem adição de óleo vegetal
Ganho de Peso (g)
DGM
Fino Médio Grosso
% de óleo
Idade 0% 3% 0% 3% 0% 3%
1-7 dias 111 128 114 133 119 142
1-14 dias 346b 369b 362a 400a 358a 397a
1-21 dias 633c 689b 675b 705b 695a 737a
1-28 dias 903b 1036b 1032a 1113a 1002a 1109a
Adaptado de DAHLKE e MAIORKA 2002
Tabela 37- Consumo de ração (g) de frangos de corte alimentados com dietas de diferentes DGM com ou sem adição de óleo vegetal
Consumo de ração (g)
DGM
Fino Médio Grosso
% de óleo
Idade 0% 3% 0% 3% 0% 3%
1-7 dias 153b 142a 151b 144a 167a 175a
1-14 dias 537b 558b 544b 548b 571a 597a
1-21 dias 811c 899b 856b 898b 905a 932a
1-28 dias 1617b 1712c 1627b 1734b 1724a 1758a
Adaptado de DAHLKE e MAIORKA 2002
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: DIETA PRÉ-INICIAL
Dietas peletizadas (pelete 1,5 a 1,8 mm) = melhor
desempenho do que rações fareladas (Penz, 2001)
Ração peletizada – máximo 2 mm (Langhout, 2001)
Forma física importante fator no consumo na
primeira semana
Consumo afeta estrutura morfológica=desempenho
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: DIETA PRÉ-INICIAL
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: DIETA PRÉ-INICIAL
Ração farelada com alto DGM???
Farelada com DGM 0,970 mm aumentou peso de
moela e comprimento de intestino (Krabbe 2000)
Farelada DGM x Peletizada ou Triturada???
Tabela 38 - Ganho de Peso (GP), Consumo de Ração (CR) e Conversão Alimentar (CA) de frangos de corte na primeira semana de idade
Ração Variáveis GP (g) CR (g) CA(g/g)
Farelada 121,36 b 140,04 b 1,15 a
Triturada 144,12 a 153,92 a 1,07 b
Peletizada 139,76 a 149,68 a 1,07 b
C.V. (%) 2,70 3,32 1,31
Adaptado de FREITAS et al.,2003
Tabela 39 - Consumo de ração Farelada, Triturada ou Peletizada de 1 a 3 dias e de 3 a 7 dias
Idade das aves
Até 3 dias Após 3 dias
Farelada 29,20 a 110,84 b
Triturada 32,20 a 121,68 a
Peletizada 28,96 a 120,72 a
CV (%) 7,77 3,35Adaptado de FREITAS et al., 2003
Tabela 40 - Tempo de trânsito da digesta (mim) em diferentes idades de aves alimentadas com dietas pré-
iniciais de diferentes formas físicas.
Ração Idade da aves das aves
2 dia 4 dia 6 dia Média
Farelada261 134 132 176 A
Triturada 266 129 138 176 A
Peletizada 262 127 128 173 A
Média 263 A 130 B 131 BAdaptado de FREITAS et al., 2003Adaptado de FREITAS et al., 2003
Tabela 41 - Peso relativo do proventrículo (Prv), moela e intestino e comprimento do intestino aos 7 dias de idade de pintos alimentados com dietas pré-iniciais de diferentes formas físicas.
Ração Órgãos Prv (%) Moela (%) Intest (%) Intest (cm)
Farelada 1,10 4,78 a 8,70 95,10Triturada 1,06 4,26 b 8,45 102,20Peletizada 1,10 4,35 a 9,40 98,10C.V. (%) 6,05 5,52 8,05 5,29Adaptado de FREITAS et al., 2003Adaptado de FREITAS et al., 2003
TAMANHO DAS PARTÍCULAS: ENERGIA ELÉTRICA x RENDIMENTO
DE MOAGEM
Tabela 42: Efeito do DGM da dieta no consumo de energia e taxa de moagem
Diâmetro Geométrico Médio (m) 900 700 500 300
Consumo de energia, Kwh/tMilho 5,3 9,2 15,7 24,5Sorgo 1,7 2,4 3,8 20,1 Taxa de moagem t/hMilho 1,76 0,97 0,63 0,65Sorgo 5,95 4,12 2,37 0,74Adaptado de ZANOTTO, 1998
Figura 10 – Efeito do tamanho das partículas do milho sobre o consumo de energia elétrica
Figura 11 – Efeito do tamanho das partículas do milho sobre a quantidade de produto moído
Figura 12 - Consumo de energia elétrica para moagem e peletização de dietas de diferentes DGM
5,3
38,3
9,2
37,4
15,7
36,4
24,5
36,7
0
10
20
30
40
Kwh/ton
900 700 500 300
DGM
Moagem
Peletização
COMO MEDIR DGM ???
COMO MEDIR DGM ???
EQUIPAMENTO:EQUIPAMENTO:
a) Equipamento vibrador de peneira:a) Equipamento vibrador de peneira:
b) Conjunto de 6 peneiras com abertura de 0,15; 0,30; b) Conjunto de 6 peneiras com abertura de 0,15; 0,30;
0,60; 1,10; 2,0 e 4,0 mm0,60; 1,10; 2,0 e 4,0 mm
c) Balança de precisão de 0,1 gc) Balança de precisão de 0,1 g
d) Estufa a 105d) Estufa a 105CC
COMO MEDIR DGM ???
COMO MEDIR DGM ???
METODOLOGIA:
a) Pesar individualmente as peneiras (Pi1)
b) Montar o conjunto de peneiras (ordem crescente)
sobre o equipamento vibratório
c) Secar 200 g da amostra à 105C
d) Esfriar em temperatura ambiente
e) Transferir amostra para topo das peneiras
sobrepostas
COMO MEDIR DGM ???
COMO MEDIR DGM ???
j) O % R é multiplicado por fatores convencionados j) O % R é multiplicado por fatores convencionados (K(K11) e constantes que decrescem de 6 a zero, com a ) e constantes que decrescem de 6 a zero, com a
redução dos furos de peneira (Total K1- %R)redução dos furos de peneira (Total K1- %R)
l) Calcular o Módulo de Finura (MF)= produto total l) Calcular o Módulo de Finura (MF)= produto total obtido (305) dividido pelo total retido (100) = 3,5 obtido (305) dividido pelo total retido (100) = 3,5
m) O DGM é calculado pela equação de Handerson & m) O DGM é calculado pela equação de Handerson & Perry (1955) adaptado por Zanotto e Bellaver (1996)Perry (1955) adaptado por Zanotto e Bellaver (1996)
DGM:104,14 x 2 DGM:104,14 x 2 MFMF
DGM: 104,14 X 2DGM: 104,14 X 23,53,5 = 862 mm = 862 mm
Exemplo de cálculo para obtenção de DGM
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tamanho das partículas pode influenciar o consumo de alimento e digestão dos ingredientes pela alteração da anatomia do aparelho digestivo e pela alteração nas secreções digestivas
Usos de dietas com partículas finas, em suínos, favorecem a utilização dos nutrientes, porém podem provocar o surgimento de úlceras gastro - esofagianas