chleiton alex dahlke cleiton luíz tabolka dalmo marcelo ortolan daniel winter heck mauricio andré...

26
Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Upload: suzana-marreiro-peralta

Post on 07-Apr-2016

215 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Chleiton Alex DahlkeCleiton Luíz Tabolka

Dalmo Marcelo OrtolanDaniel Winter Heck

Mauricio André Sartor

1

Page 2: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Aproximação semântica ao termo extensão

De um ponto de vista semântico, sabemos que as palavras têm um “sentido de base” e um “sentido contextual”;

Sendo que no sentido agronômico é de estender algo a...

Extensão passou a ser empregada em economia, linguística, psicologia, antropologia, sociologia, etc..

2

Page 3: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

O extensionista agrícola estende seus conhecimentos e suas técnicas fazendo a realidade agrária, que não existiria como tal, se há presença humana nela.

Sendo ação de extensão no domínio do humano e não do natural.

3

Page 4: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

A extensão do conhecimento é feita para os homens que transformam o local onde vivem. Sendo um humanismo concreto e cientifico.

Para alguns autores a linguagem é uma forma de compreensão da extensão.

4

Page 5: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Ao fazer uma analise, buscando descobrir as dimensões de seu campo associativo, facilmente seremos induzidos a pensar quando falamos em extensão em:

Extensão ........................ TransmissãoExtensão ........................ Sujeito ativo (o que

estende)Extensão ........................ Conteúdo (que é

escolhido por quem estende)Extensão ........................ Recipiente (do

conteúdo)5

Page 6: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Outros aproximações:

Extensão ........................ EntregaExtensão ........................ Messianismo (por parte de quem estende)Extensão ........................ Superioridade (do conteúdo de quem entrega)Extensão ........................ Inferioridade (dos que recebem)Extensão ........................ Mecanicismo (na ação de quem estende)Extensão ...................... Invasão cultural A extensão esta em qualquer setor.

6

Page 7: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Transmissão, entrega, doação, invasão cultural, etc. transformam o homem em quase “coisa”, o negam como um ser de transformação do mundo.

A extensão não nega ao agrônomo, o direito

de ser um educador-educando, com os camponeses, educandos-educadores.

7

Page 8: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Alguns extensionistas, ainda definem a extensão como um que-fazer educativo, persuadindo as populações rurais e manter contato permanente com as populações.

Os termos persuasão e propaganda jamais devem ser confundidos com educação.

8

Page 9: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Os camponeses, não devem ser persuadidos ou a propaganda, quando se tem uma opção libertadora.

Sendo este o real e autêntico trabalho do agrônomo como educador ou especialista que atua com outros homens.

Como educador, se recusa a “domesticação” dos homens, sua tarefa corresponde ao conceito de comunicação, não ao de extensão.

9

Page 10: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Os equívocos gnosiológicos da extensão

O objetivo fundamental do extensionista é fazer com que seus conhecimentos sejam associados a realidade.

Os agrônomos, especialistas nas relações homem-mundo perceberam a importância junto aos camponeses para lograr a substituição para enfrentar a natureza.

10

Page 11: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

A mudança das formas de tratar a terra (com emprego de técnicas repassadas pelo extensionista) provocará mudanças em seus resultados.

A agricultura sendo um campo especializado espera-se mudanças, desta forma a expressão “extensão educativa” só tem sentido se a educação tornar-se pratica de “domesticação”. Conciliando a “sede do saber”, e a “sede da ignorância” para “salvar”, a extensão.

11

Page 12: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Ao contrario de educar e educar-se é sempre procurar conhecimento e induzir aqueles que os rodeiam a também pensar desta forma.

Serão discutidos as relações homem-mundo e os equívocos gnosiológico.

12

Page 13: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

A transferência de conhecimento inspira algumas perguntas como:será o ato de conhecer de um sujeito, recebe

pacientemente um conteúdo de outro?Pode este conhecimento de, ser “tratado” como

se fosse algo estático?Estará ou não submetendo o conhecimento a

condicionamentos histórico-sociológicos?A pura tomada de consciência não constitui

mera opinião, como enfrentar a superação desta por aquela que se atinge a razão das mesmas?

13

Page 14: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

O primeiro equívoco gnosiológico da extensão é tornar algo dinâmico em algo de pura ação de estender.

O trabalho do agrônomo educador é um problema filosófico que não pode ser minimizado.

14

Page 15: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Não se pode deixar as questões filosóficas de lado devido a substituição de uma forma de conhecimento por outra.

É indispensável a reflexão para que o homem compreenda as relações com o mundo.

O conhecimento, exige curiosidade do sujeito. Demanda uma busca constante.Implica em invenção e em reinvenção.

15

Page 16: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Só aprende verdadeiramente aquele que se apropria do aprendido.

Para que se tenha aprendizado educador e educando devem ter um proposito em comum, não se esta fazendo extensão, sendo que extensão é estender um conhecimento.

16

Page 17: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Do ponto de vista gnosiológico, o máximo que se pode fazer é mostrar, sem revelar.

Não há como separar o homem do mundo pois um não vive sem o outro.

Devemos levar em consideração a opinião que não é compreendida racionalmente.

17

Page 18: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Os objetos, os fatos, os acontecimentos, não são presenças isoladas. Um fato está sempre em relação com outro, claro ou oculto.

Crendices populares são muito encontradas nas comunidades de camponeses do mundo todo.A pergunta é o que fazer em comunidades que

apresentam tais características?

18

Page 19: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

A resposta é não estar na extensão mecanicista dos procedimentos técnicos.

O pensamento magico possui uma estrutura logica interna que é ligada a uma linguagem e estrutura de atuar.

19

Page 20: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Quem tentar romper esse equilíbrio é tido como um “invasor”.

E quando uma comunidade de pensar preponderantemente mágico é vencida pelos elementos culturais que a invadem, revela sua resistência à transformação.

20

Page 21: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Ao observarmos os camponeses representa que estão mais perto do mundo natural do que como transformadores o que dificulta a compreensão dos fatos que os rodeiam.

Não será com o equívoco gnosiológico que possamos mudar hábitos mágicos em pensamento critico dos camponeses.

21

Page 22: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

A simples presença de objetos novos, de uma técnica, de uma forma diferente de proceder, em uma comunidade, provoca atitudes que podem ser de desconfiança, de recusa, total ou parcial, como de aceitação.

Se mantidas em níveis de percepção do mundo pela própria estrutura social essas técnicas poderão ser percebidas magicamente.

22

Page 23: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Não se é tão simples, cabendo ao agrônomo educador simultaneamente tentar superar o conhecimento preponderante por um que alcance a realidade.

A substituição do procedimento empírico dos camponeses por nossas técnicas “elaboradas” é um problema antropológico, epistemológico e estrutural.

23

Page 24: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

O equívoco de não ver a realidade como totalidade. Ou mesmo uma visão ingênua pode se agravar o problema e não resolver o mesmo.

Por outro lado, o conhecimento dos camponeses, de natureza “experiencial”, como não podia deixar de ser, se acha igualmente condicionado.

24

Page 25: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

É difícil mudar as atitudes dos camponeses em relação a qualquer destes aspectos (dos quais o conhecimento deles [que não se pode ignorar]) sem conhecer a visão do mundo e sem enfrentar sua totalidade.

Em certas circunstâncias, conseguir uma maior rentabilidade do trabalho. Do ponto de vista semântico e do ponto de vista de seu equívoco gnosiológico, cada vez mais indispensável, de ordem técnica e humanista, que cabe ao agrônomo realizar a extensão.

25

Page 26: Chleiton Alex Dahlke Cleiton Luíz Tabolka Dalmo Marcelo Ortolan Daniel Winter Heck Mauricio André Sartor 1

Obrigado pela Atençã[email protected]

26