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Projeto para Suinocultura Acadêmicos: Mateus Minuzzo Maurício Sartor Vandersson Wurtzius Wylliam Camera Prof. Meioti Unidade de crescimento e terminação

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Page 1: Projeto para Suinocultura Acadêmicos: Mateus Minuzzo Maurício Sartor Vandersson Wurtzius Wylliam Camera Prof. Meioti Unidade de crescimento e terminação

Projeto para Suinocultura

Acadêmicos: Mateus Minuzzo Maurício Sartor Vandersson Wurtzius Wylliam Camera

Prof. Meioti

Unidade de crescimento e terminação

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INTRODUÇÃO

• A população suína no globo terrestre é de aproximadamente 1 bilhão de cabeças; • Sendo que o rebanho da China perfaz aproximadamente 50%

do total (Embrapa - 2002);

• Brasil possui um rebanho de suínos com 32,8 milhões de cabeças, ocupando a quarta posição com relação à produção de carne, com aproximadamente 2,9 milhões de toneladas em 2003. • Os principais estados produtores de suínos no Brasil são Rio

Grande do Sul, Santa Catarina a Paraná.

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INTRODUÇÃO• As atividades pecuárias competitivas devem ser altamente

tecnificadas e exigem animais geneticamente melhorados; nutrição e manejo adequados; e instalações planejadas e equipadas de forma a propiciar condições ambientais adequadas.

• Quando se trata de instalações para animais, as dificuldades econômicas e crises comuns tornaram obrigatória a racionalização do empreendimento para atingir um nível satisfatório de rentabilidade, forçando a boa combinação de fatores genéticos do rebanho, alimentação e manejo, que por sua vez contribuíram para a melhoria produtiva.

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INTRODUÇÃO

• Dentre os fatores que contribuem para aumento da produtividade, destacam-se: o manejo intimamente ligado às instalações bem planejadas e executadas, que reduzem os custos de produção, devido a maior eficiência de mão-de-obra, conforto, salubridade e produtividade dos animais, bem como maior satisfação do pecuarista.

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INTRODUÇÃO

• As instalações devem atuar no sentido de: • Amenizar as adversidades climáticas inerentes ao meio

ambiente, oferecendo maior conforto aos animais e ao operador, em todas as fases da exploração;

• Otimizar a mão-de-obra, tornando os trabalhos agrícolas menos árduos, com economia de tempo a espaço;

• Aumentar a renda da propriedade agrícola por meio da maior produção de homens e animais, bem como permitir a estocagem de alimentos abundantes na estação das águas.

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Etapas a serem realizadas no projeto:• Primeiramente deve se saber qual o sistema de criação que

será desenvolvido no local de implantação do projeto, já que existem 3 tipos de sistemas diferentes. • Extensivo: onde os animais são criados à solta, basicamente sem

práticas de higiene ou uso de instalações.

• Semi - intensivo: Existem instalações principalmente para as fêmeas durante a fase de gestação e amamentação. • As instalações são ligadas a piquetes gramados.

• Intensivo: os animais são mantidos em confinamento, porém em algumas fases da vida podem ter acesso a piquetes com gramíneas e leguminosas.

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DISTRIBUIÇÃO DAS CONSTRUÇÕES QUE COMPÕEM A ATIVIDADE

• A disposição das instalações deve ser racional:• Obtendo com isso maior rendimento da mão-de-obra;

• Boa movimentação dos insumos ou produtos finais;

• Bom destino final dos subprodutos;

• E conseqüentemente maiores lucros.

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Seleção da área para implantação• Devem ser observados os seguintes aspectos: • Proximidade dos centros de consumo;

• Infra-estrutura relacionada à meios de comunicação, disponibilidade de insumos (ração, matrizes), de energia elétrica, abastecimento d'água, de assistência técnica médico-veterinária);

• Clima, no que se refere às condições adequadas de temperatura e umidade relativa do ar, ventilação e radiação;

• O local deve apresentar boas condições de salubridade no que se refere à drenagem do solo, insolação, espaço físico, topografia (terreno com inclinação mais suave), vias de acesso apropriadas para períodos chuvosos a secos, controle de trânsito;

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CONSTRUÇÕES DE MODO GERAL• As construções compreendem o conjunto de prédios que o criador

deve possuir para racionalizar sua criação.

• Devem atender a determinadas condições básicas quanto à higiene, orientação, funcionalidade e custo. Construções onerosas, exageradas e complicadas, além de serem anti-econômicas, revelam mau preparo de quem as projetou.

• A tendência atual é de se adotar o confinamento total, o que tem determinado uma modificação dos prédios a dos equipamentos, especialmente nas grandes empresas.

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As construções devem obedecer as seguintes condições básicas:

• Serem higiênicas: terem água disponível e destino adequado dos resíduos;

• Serem bem orientadas no terreno; • Serem simples e funcionais; • Serem duráveis e seguras: utilização de materiais e técnicas

construtivas adequadas; • Serem racionais: rapidez a eficiência no uso de materiais e mão-de-

obra; • Permitirem controle das variáveis climáticas; • Permitirem expansão; e • Serem de baixo custo.

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Exemplo de uma instalação para suínos bem planejada e de acordo com as normas ambientais e de sanidade.

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Unidade de crescimento e terminação:• Utilizada para animais com 25 a 60 kg de peso corporal (65 a 110

dias de idade, aproximadamente), criados em baias coletivas do setor de crescimento; e de 60 a aproximadamente 100 kg (peso de abate), também em baias coletivas.

• Será utilizado um pré-moldado de 8 m de largura por 30 m de comprimento e 3,60 de altura que suportará uma faixa de 200 a 220 animais.• Será utilizado piso de concreto, com lâmina de água na parte inferior

das baias, sendo que essa parte será construída com piso plástico, que permite melhor higienização dos animais e do ambiente.

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Exemplo da separação dos animais por baias, com piso plástico.

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Exemplo da área de concreto das baias.

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Exemplo do Pré-moldado que será construído na área.

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Esquema em corte do prédio da fase de terminação

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Esquema em planta baixa das baias coletivas

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Materiais utilizados:• Pré-Moldado;• Cimento;• Tijolo;• Areia;• Pedra Brita;• 12 Portas de Madeira para as baias;• 90 m2 piso plástico;• Cano de PVC 100 mm com 6m, para carregar os dejetos

mais as suas conexões.• Padrão de Energia completo.

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Materiais utilizados:• Cano de 25 mm de 6 m com conexões;

• 1 Porta para entrada no galpão;

• 4 Janelas para ventilação;

• Fiação elétrica (instalação para iluminação, com disjuntor, tomadas, lâmpadas);

• Tela de arame (previnir a entrada de aves e outros animais);

• Cortinas Plásticas (controlar a temperatura interna e também a entrada de sol);

• Carregador de 5 m de metal para os suínos prontos para o abate.

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Equipamentos utilizados:

• Comedouro automático;

• Bebedouro automático;

• Ventilador para climatizar o ambiente.

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Comedouro automático, disponibilizando ração 24 horas por dia aos animais.

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Bebedouro automático

Ventilador

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CUSTOS DOS MATERIAISItem Qtde. Valor R$/ Unid. Total

Pré-Moldado 1 25,0000,00 25,000,00

Cimento 35 sc 26,00 910,00

Tijolo 6500 1,57 10,205,00

Areia 20 m3 48,50 970,00

Pedra Brita 10 m3 56,60 566,00

Porta de Mad. p/ as baias 12 unidades 60,00 720,00

Piso plástico 90 m2 70 6,300,00

Porta para ent. no galpão 1 150,00 150,00

Janelas para ventilação 4 120,00 480,00

Fiação elétrica 70 m 0,76 55,00

Carregador dos suínos 1 unidade 3,500,00 3,500,00

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Item Qtde. Valor R$/ Unid. Total R$

Comedouro automático 12 unidades 455,00 5,460,00

Bebedouro automático 24 unidades 104,00 2,496,00

Ventilador 2 unidades 400,00 800,00

Tela de arame 102 m2 8,00 816,00

Cortinas 102 m2 4,50 459,00

Cano PVC 100 mm de 6 m 12 unidades 37,00 444,00

Conexões PVC 8 unidades 4,75 38,00

Cano 25 mm de 6 m 14 unidades 27,00 378,00

Conexões de 25 mm 20 unidades 2,00 40,00

Padrão de Energia 1 60,00 60,00

Mão-de-Obra 4,500,00 4,200,00

Depósito para os dejetos 500 m3 4,000,00 4,000,00

Custo Total da Instalação 68,347,00

CUSTOS DOS MATERIAIS

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MANEJO DOS DEJETOS

• Dependendo da idade, o suíno pode produzir de 1,1 a 18,8 kg de dejetos por dia. Para os sistemas de confinamento, nos quais os animais não dispõem de piquetes para distribuir suas dejeções, elas podem ser reaproveitadas como fertilizante, ou podem passar por processo de degradação biológica.

• A opção mais econômica para a disposição dos dejetos da granja de suínos é a utilização de um depósito para retenção da parte sólida dos dejetos, provido de sistema de drenagem para a parte líquida, • Com isso pode se ainda utilizar biodigestores para produção de

energia para a propriedade.

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Sistema tradicional de manejo de dejetos utilizando lagoas de estabilização.

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CONTROLE SANITÁRIO• Para proteger a criação a evitar a proliferação de doenças, a

indispensável a construção de rodolúvios, cujo objetivo é a desinfecção das rodas dos veículos que venham a transitar no local, por meio de uma solução desinfetante.

• São necessários pedilúvios em cada local de acesso às instalações para que sejam desinfetados os pés das pessoas que transitam nas unidades de produção.

• É recomendado que o pessoal que trabalha com a criação, tome banho e troque de roupa antes do início do trabalho.

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ReferênciasINFORME AGROPECUÁRIO, Belo Horizonte, 5(49) jan. 1979.

CAVALCANTI, S. S. Produção de suínos. Ed. Gráfica Rabelo Ltda., B.H. 1980, 272 p.

MARTINEZ, A.C. Construciones practicas porcinas Editorial Aedas-Barcelona. 3a ed. 335 p.

COSTA, P.M.A. Planejamento de uma criação comercial de suínos. ESA., UFV, 1970, Viçosa, M.G.

TORRES, A.P. Suínos - manual do criador.

BARRETO, G.B. Curso de suinocultura.

PEREIRA, M.F. Construções rurais. Nobel. 2a ed. Campinas, Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1986.

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ReferênciasCARNEIRO, O. Construções rurais. Nobel. São Paulo, 1982, 719 p.

EMBRATER. Manual técnico - suinocultura. Brasília, 1981, 196 p.

PERDOMO, C.C. Instalações para suinocultura. In: [NACIONAL DE TECNICOS,

PESQUISADORES E EDUCADORES DE CONSTRUÇOES RURAIS] 1996, Campinas, SP:

SBEA Anais... Campinas, SP, 1996. p. 49-64.

ROPPA, L. A suinocultura em números. Suinocultura Industrial, Porto Feliz, SP, v. 10, n. 120, 1996. p. 24-34.

SARTOR. V. Efeito do resfriamento evaporativo e da ventilação forçada no conforto térmico ambiental de verão, em maternidades de suínos. Viçosa, MG: UFV, 1997. 76p Dissertacão (Mestrado em Construções Rurais e Ambiência) - Departamento de Engenharia Agrícola, Universidade Federal de Viçosa, 1997.

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Obrigado pela atenção de todos!!!

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