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PRODUTO 03: BENCHMARKING NACIONAL REFERENCIAL - RSS ARM_TEC_02_03_REL_Benchm_Nacref_RSS_04_20150714

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PRODUTO 03: BENCHMARKING NACIONAL

REFERENCIAL - RSS

ARM_TEC_02_03_REL_Benchm_Nacref_RSS_04_20150714

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AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

PRODUTO 03: BENCHMARKING NACIONAL REFERENCIAL – RSS

ARM_TEC_02_03_REL_Benchm_Nacref_RSS_04_20150714

Julho de 2015

Consórcio:

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CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 2

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE

SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status: Externo

Título do documento: Produto 03: BENCHMARKING NACIONAL REFERENCIAL - RSS

Nome/código: ARM_TEC_02_03_REL_Benchm_Nacref_RSS_04_20150714

Versão: Final

Elaboração:

Ο Alex José de Almeida

Ο Alex Quiroga

Ο Ana Maria Castro da Silveira

Ο Cristiano Figueiredo Lima

Ο Cynthia Fantoni

Ο Delfim José Leite Rocha

Ο Eduard Millet

Ο Gonzalo Herranz

Ο Gustavo Azeredo Furquim Werneck

Ο Gustavo Tetzl Rocha

Ο Henrique Ferreira Ribeiro

Ο Henrique S L V Gomes

Ο Isadora Braga Camargos

Ο Jesús Blasco Gómez

Ο José Cláudio Junqueira Ribeiro

Ο Juan Carlos Rives López

Ο Juliana Felisberto

Ο Luciana de Nardi

Ο Marcos Antônio de Almeida Rodrigues

Ο Maria Antônia Vieira Martins Starling

Ο Murilo Zaparoli

Ο Renato Nogueira de Almeida

Ο Solange Vaz Coelho

Ο Thiago de Alencar Silva

Ο Vicente Jimenez de la Fuente

Data: 28/10/2014

Revisão: Jesus Blasco Goméz, Juan Carlos Rives Lopes, Thiago de

Alencar Silva, José Claudio Junqueira Ribeiro Data: 06/03/2015

Aprovação: Jesús Blasco Goméz Data: 15/07/2015

Observações: O Produto em sua primeira versão foi entregue em 12/08/2014 e as considerações para

revisão foram encaminhadas em 16/09/2014. Houve uma nova apresentação no dia 28/10/2014 e outras considerações foram encaminhadas. Uma nova apresentação do documento foi realizada em 06/03/2015 que originou uma nova leva de considerações por parte dos revisores que foram consideradas nesta versão final. Esta é, portanto, a versão final, após todas as possíveis considerações de todos que acompanham o projeto.

Aprovação do Gestor:

Nome: Visto:

Data da Aprovação:

Consórcio:

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CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 3

APRESENTAÇÃO

Este documento consolidado denominado Benchmarking Nacional Referencial dos

Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) congrega, de forma analítica, as principais

tendências em âmbito internacional para a gestão e gerenciamento dos RSS. Este

documento, formalmente denominado Produto 03 – Benchmarking Nacional Referencial é

o primeiro produto da Fase 02 do PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA

DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) e foi elaborado pelo

Consórcio formado pelas empresas IDP Ingeniería y Arquitectura Iberia e Ferreira Rocha -

Gestão de Projetos Sustentáveis (Consórcio IDP Ferreira Rocha) sob coordenação da

Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) e seu

Grupo de Acompanhamento (GA).

Como definido inicialmente, a elaboração do Plano está estruturada em três fases:

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RSS na Região Metropolitana de Belo

Horizonte (RMBH) e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Fase 02: Elaboração de proposta para a gestão e o gerenciamento dos RSS.

Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão

e gerenciamento dos RSS.

O prazo previsto para a conclusão do projeto é de 22 (vinte e dois) meses e como o início

foi em janeiro de 2014 seu término está previsto para setembro de 2015.

A Fase 01, finalizada em setembro de 2014 teve a função de levantar dados e apresentar

o Diagnóstico da Situação Atual dos RSS na RMBH e Colar Metropolitano de Belo

Horizonte e, por sua vez, foi composta por três produtos, além de um Resumo Executivo,

conforme esquema apresentado no Quadro 1.

Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos.

Fonte: Plano de Trabalho Atualizado aprovado, Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, 2014.

A Fase 02, teve início, paralelamente com etapa final da Fase 01 e com a elaboração do

Produto 03, e é composta por seis produtos conforme descrito de forma sintética no quadro

que se segue.

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RSS na RMBH e Colar Metropolitano de BH

Produto 00: Balizamento técnico, legal e metodológico para elaboração do

Plano

Produto 01: Geração e fluxo de gestão e

gerenciamento dos RSS

Produto 02: Levantamento de planos e projetos, executados e em

execução, para gestão e gerenciamento dos

RSS

Resumo Executivo:Síntese analítica de

dados e informações

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Pag. 4

Quadro 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RSS.

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RSS

Produto 03 -Benchmarking

Referencial Nacional e

Internacional

Produto 04 -Alternativa de

Gestão e Gerenciament

o de RSS recomendada

Produto 05 -Alternativas

para o Transbordo, Tratamento e Disposição

Final

Produto 07 -Possibilidades

de Implantação de Soluções Integradas

Produto 06 -Áreas

Favoráveis para

Instalação de Infraestruturas

de RSS

Produto 08 -Sistema de

Gerenciamento Proposto

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Pag. 5

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 2

LISTA DE QUADROS ....................................................................................................... 7

LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................... 8

ABREVIATURAS .............................................................................................................. 9

1.0. INTRODUÇÃO ......................................................................................................12

2.0. ASPECTOS METODOLÓGICOS ..........................................................................14

3.0. IDENTIFICAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES ............................15

4.0. INTRODUÇÃO AO BENCHMARKING NACIONAL ...............................................16

5.0. CASO A CASO .....................................................................................................19

5.1. BRASÍLIA ..........................................................................................................19

5.1.1. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) .........................19

5.1.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS) ..19

5.2. PORTO ALEGRE ..............................................................................................21

5.2.1. Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (PERS – RS) .21

5.2.2. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) do município de

Porto Alegre ..............................................................................................................22

5.2.3. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS 23

5.3. CURITIBA ..........................................................................................................31

5.3.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) .........31

5.3.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PMGIRS

...................................................................................................................33

5.4. SÃO PAULO ......................................................................................................43

5.4.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) .........43

5.4.2. Geração de RSS em São Paulo .................................................................45

5.4.3. Coleta de RSS e demais resíduos associados em São Paulo ....................45

5.4.4. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em São Paulo .................49

5.4.5. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS em São Paulo ..50

5.4.6. Diretrizes e objetivos, estratégias e metas para os RSS estabelecidas no

PGIRS do Município de São Paulo ...........................................................................52

5.4.7. Diretrizes para o manejo diferenciado de resíduos dos serviços de saúde

definidas do Plano de Gestão Integrada de Resíduos do Município de São Paulo. ..53

5.4.8. Metas quantitativas e prazos ......................................................................54

5.4.9. METAS DE GOVERNO ..............................................................................56

5.4.10. Iniciativas relevantes ...............................................................................57

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Pag. 6

5.4.11. Informações adicionais ...........................................................................60

5.5. FORTALEZA .....................................................................................................60

5.5.1. Cenário Estadual ........................................................................................60

5.5.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS 62

5.6. PALMAS ............................................................................................................69

5.6.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do

Município de Palmas ................................................................................................69

5.6.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS 70

5.6.3. Geração de RSS em Palmas ......................................................................70

5.6.4. Segregação e Armazenamento dos RSS em Palmas .................................70

5.6.5. Coleta de RSS e demais resíduos associados em Palmas .........................72

5.6.6. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em Palmas ......................73

5.6.7. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS em Palmas .......73

5.6.8. Metas, diretrizes, planos e ações para os RSS estabelecidas no PGIRS do

Município de Palmas ................................................................................................74

5.6.9. Informações adicionais ...............................................................................76

6.0. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES .........................................................77

7.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................78

8.0. ANEXOS ...............................................................................................................80

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Pag. 7

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos. ................ 3

Quadro 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RSS. ................................................................................................. 4

Quadro 3 - Dez maiores cidades Brasileiras, de acordo com o IBGE, 2103 e a existência ou não de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. ...........................................16

Quadro 4 - Evolução da média diária de resíduos de serviços de saúde em Porto Alegre, em toneladas por dia útil (base: 6 d/semana) - de 1992 a 2011. ......................................23

Quadro 5 - Locais utilizados para a disposição final/tratamento de RSS no município de Porto Alegre, desde 1969 até o ano de 2011. ..................................................................24

Quadro 6 - Ação 1.2.1. do Planejamento, com destaque para a etapa 1.2.1.1 voltada para atualização dos planos de gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde. ...............28

Quadro 7 - Ação 5.2.4. Ferramentas de Gestão, com destaque para os seus objetivos indicadores, relativos ao desenvolvimento e atualização de um banco de dados para a gestão e gerenciamento de resíduos no município de Porto Alegre. ................................29

Quadro 8 - Quantitativo de resíduos sólidos gerados em Curitiba, em toneladas/dia. ......33

Quadro 9 - Custos por grupo e porte de gerador para a coleta de tratamento dos RSS gerados em estabelecimentos de saúde em Curitiba. ......................................................37

Quadro 10 - Valores contratuais praticados para a coleta de resíduos dos serviços de saúde gerados em unidade penal no Estado do Paraná, 2014. ..................................................38

Quadro 11 - Metas e ações definidas para os RSS no município de Curitiba...................41

Quadro 12 - Objetivo, meta e ações propostas no PMGRS do Município de Curitiba para os RSS. ...........................................................................................................................42

Quadro 13 - Coleta anual de RSS por categoria. .............................................................48

Quadro 14 - Classificação dos empreendimentos geradores de resíduos dos serviços de saúde, a geração respectiva para cada tipo e o valor médio da taxa paga ao Município de São Paulo. .......................................................................................................................50

Quadro 15 - Metas percentuais para implementação da valorização de RSS em ES. .....55

Quadro 16 - Metas percentuais para coleta diferenciada de RSS em ES. .......................55

Quadro 17 - Índices de relevância e incerteza utilizados para os resíduos dos serviços de saúde, no Plano de Gestão de Resíduos do Município de Fortaleza, CE. .......................66

Quadro 18 - Indicadores, definições, equação e unidade utilizados para os parâmetros quantitativos relativos à gestão/gerenciamento de RSS em Fortaleza. ............................69

Quadro 19 - Metas, ações e produtos definidos para a adequação da disposição final dos RSS no âmbito do Programa 2 definidos no Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB Palmas. .................................................................................................................75

Quadro 20 - Rota de coleta dos resíduos dos serviços de saúde gerados nos estabelecimentos listados para uma segunda-feira. ........................................................76

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Pag. 8

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Relação entre Plano, Gestão e Gerenciamento. ..............................................12

Figura 2 - Ação específica, realçada em amarelo, para a gestão e adequação de armazenamento de resíduos dos serviços de saúde detalhada no Plano Distrital de Saúde do Distrito Federal. ..........................................................................................................20

Figura 3 - Hierarquia de eixos de atuação e programas estratégicos do PMGIRS de Porto Alegre. .............................................................................................................................27

Figura 4 - Relatório de contrato de prestação de serviços de tratamento e destinação final de cadáveres e carcaças de animais no Município de Curitiba referente ao ano de 2009. ........................................................................................................................................39

Figura 5 - Distribuição dos estabelecimentos privados, públicos e total dos serviços de saúde. ..............................................................................................................................45

Figura 6 - Manifesto para transporte de Resíduos (MTR) utilizado pela empresa LOGA que presta serviços ao Município de São Paulo. ....................................................................46

Figura 7 - Ficha de Emergência, de acordo com a NBR 7503 para transporte de produtos perigosos. ........................................................................................................................47

Figura 8 - Variação da massa de RSS coletada em regime público no Município de São Paulo no período entre 2004 a 2012. ...............................................................................48

Figura 9 - Destinação de RSS por tipo de resíduo. ..........................................................49

Figura 10 - Relação dos integrantes do PHS no Município de São Paulo. .......................57

Figura 11 - Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos de Fortaleza, operado pela empresa Marquise Engenharia. .......................................................................................63

Figura 12 - Fluxograma do tratamento de resíduos no Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos - CTRP de Fortaleza, Ceará. ...........................................................................64

Figura 13 - Sistemas de alimentação de resíduos no Centro de Tratamento de Resíduos perigosos de Fortaleza. ...................................................................................................65

Figura 14 - Esquema para cálculo da prioridade na tomada de decisão e ação das carências identificadas no Plano. .....................................................................................................66

Figura 15 - Formas de armazenamento externo de RSS praticadas no Município. ..........72

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Pag. 9

ABREVIATURAS

ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

ABRELPE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA

PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS

ACFOR AUTARQUIA DE REGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO AMBIENTAL

AGEMCAMP AGÊNCIA METROPOLITANA DE CAMPINAS

AMA ASSISTÊNCIA MÉDICA AMBULATORIAL

AMLURB AUTORIDADE MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA (SP)

ANTT AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES

ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

ART ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

ASMOC ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL OESTE DE CAUCAIA

ASSTEPLAD ASSESSORIA TÉCNICA DE PLANEJAMENTO E

DESENVOLVIMENTO

ATT ÁREAS DE TRIAGEM E TRANSBORDO

CCO CENTRO DE CONTROLE OPERACIONAL

CD COMITÊ DIRETOR

CDP CONDICIONANTES/DEFICIÊNCIAS/ POTENCIALIDADES

CETESB COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL

CIC CIDADE INDUSTRIAL DE CURITIBA

CMMA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

CNES CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

CONPAM CONSELHO DE POLÍTICAS E GESTÃO DO MEIO AMBIENTE

CONRESOL CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL PARA A GESTÃO DOS

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

CONSIMARES CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE MANEJO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

CORSAP CONSÓRCIO PÚBLICO PARA MANEJO DE RESÍDUOS E ÁGUAS

PLUVIAIS DA REGIÃO INTEGRADA DO DISTRITO FEDERAL

COVISA COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

CTRP CENTRO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS

CVS/SP CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE SÃO PAULO

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Pag. 10

DMLU DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA

EGRS ESTABELECIMENTO GERADOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE

SERVIÇOS DE SAÚDE

EMPLASA EMPRESA METROPOLITANA DE PLANEJAMENTO

FEHOSUL FEDERAÇÃO DOS HOSPITAIS E ESTABELECIMENTOS DE

SERVIÇOS DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL

FEPAM FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

FISLURB FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA

FMLU FUNDO MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA

GTAI GRUPO TÉCNICO DE APOIO INTERINSTITUCIONAL

GTG GRUPO TÉCNICO GESTOR

HVS REDE GLOBAL HOSPITAIS VERDES E SAUDÁVEIS

IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

LIMPURB EMPRESA DE LIMPEZA URBANA DO SALVADOR

MTR MANIFESTO DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS

NBR NORMA BRASILEIRA

OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE

PERS – RS PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO RIO GRANDE

DO SUL

PGIRS PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PHS PROJETO HOSPITAIS SAUDÁVEIS

PMGIRS PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

PMPA PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

PNRS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PNUMA PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE

RD REAL DECRETO

RDC RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA

RMBH REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

RPM RESÍDUOS PERIGOSOS DE MEDICAMENTOS

RSAN RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SANEAMENTO

RSI RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS

RSM RESÍDUOS SÓLIDOS DE MINERAÇÃO

RSS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

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CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 11

RST RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES

SEISP SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS

PÚBLICOS

SEMA SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE

SEMDU SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E

DESENVOLVIMENTO URBANO

SESAU SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

SHS SEMINÁRIO HOSPITAIS SAUDÁVEIS

SINDIPAR SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE DO ESTADO

DO PARANÁ

SINPAR SINDICATO DOS HOSPITAIS E ESTABELECIMENTOS DE

SERVIÇOS DE SAÚDE NO ESTADO DO PARANÁ

SIPERS – RS SISTEMA DE INFORMAÇÕES PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS

SÓLIDOS DO RIO GRANDE DO SUL

SMAM SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

SMGIRS SISTEMA MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS

SMMA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

SNIS SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO

TRSD TAXA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES

TRSS TAXA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

UBS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

UTC USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM

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Pag. 12

1.0. INTRODUÇÃO

Um plano de gestão de resíduos, em linhas gerais, tem a função de orientar a gestão e o

gerenciamento dos resíduos para a região a que se aplica. O Plano Metropolitano de

Gestão Integrada dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) está sendo elaborado para

promover uma melhoria contínua na gestão do fluxo desses resíduos, considerando a

realidade e as soluções mais adequadas para os municípios da Região Metropolitana

(RMBH) e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. A gestão dos resíduos é de

responsabilidade governamental, intransferível, e abarca a definição de estratégias,

políticas, diretrizes e metas que balizam o gerenciamento dos resíduos - de

responsabilidade do gerador - e guarda um cunho mais operacional, como demonstrado

na Figura 1.

Figura 1 - Relação entre Plano, Gestão e Gerenciamento. Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Quando concluído este Plano, que está sendo elaborado a partir das premissas da

pluralidade e da representatividade da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte,

contribuirá para um processo de gestão e gerenciamento dos resíduos de forma mais

eficiente, uma vez que:

A situação atual será conhecida.

Estarão definidos, com a perspectiva metropolitana, diretrizes, objetivos e metas.

Serão fomentados a implantação e aperfeiçoamento da gestão, e a sistematização

de dados e informações.

Serão planejadas, alinhadas, ordenadas e monitoradas as atividades do

gerenciamento.

PLANO = orientativo / diretrizes, objetivos e

metas

GERENCIAMENTO = operacional /

responsabilidade do gerador

GESTÃO = estratégico / responsabilidade do

poder público

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Pag. 13

Serão otimizados esforços, em busca de maior eficiência e menor custo das

atividades.

Este Benchmarking Nacional Referencial de Gestão e Gerenciamento dos RSS apresenta,

de forma objetiva os meios, processos, tecnologias e alternativas para a gestão e

gerenciamento dos RSS mais utilizados em âmbito nacional. Os dados e informações

apresentadas não representam as alternativas mais adequadas à realidade da RMBH e

Colar Metropolitano, mas são exemplos de algumas possibilidades de sucesso praticadas

em outras regiões, estados e municípios brasileiros. Vale ressaltar que todas as referências

apresentadas neste documento devem passar por uma análise criteriosa que leve em

consideração as características intrínsecas da região de abrangência do Plano, com o

objetivo de estudar a sua viabilidade de aplicação para a gestão e gerenciamento dos RSS.

Este documento, portanto, não apresenta uma análise crítica das alternativas encontradas

e salienta-se que esta análise será apresentada no capítulo inicial do próximo produto, o

Produto 04.

A organização deste documento, bem como dos demais produtos que serão desenvolvidos

para a Fase 02, segue recomendações descrita pela Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS) para a elaboração de planos de gestão de resíduos, permitindo sua fácil integração

a outros planos desenvolvidos, ou a desenvolver, nos municípios e no Estado de Minas

Gerais.

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2.0. ASPECTOS METODOLÓGICOS

O Benchmarking Nacional Referencial para os RSS foi elaborado a partir de dados

secundários, publicados nos Planos Estaduais, Municipais ou Regionais publicados e

divulgados pelas respectivas esferas governamentais.

Neste documento será dedicada a uma descrição breve das alternativas para

gestão/gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde praticados/implantados em 06

municípios brasileiros - Brasília, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Fortaleza e Palmas -

que possuem os Planos de Gestão Municipal de Resíduos Sólidos, que contemplam com

detalhes sobre gestão e gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde gerados nos

estabelecimentos públicos de saúde.

Os municípios citados, foram escolhidos por estarem entre os 10 maiores municípios

brasileiros de acordo com o IBGE 2013 e, por isso, imaginou-se que eles poderiam

apresentar uma infraestrutura adequada de gestão e gerenciamento dos RSS. Além disso,

foi escolhido um representante para cada região do Brasil sendo que no caso da Região

Norte, como Manaus que não apresenta nenhum dos documentos exigidos por lei para a

gestão de resíduos foi escolhido o município de Palmas como o seu representante já que

este apresentava plano publicado e informações acessíveis.

Todas as informações foram extraídas dos Planos de Gestão Municipais já publicados e

quando utilizadas outras fontes, estas foram devidamente referenciadas. A obtenção de

informações mais detalhadas e esclarecimento de dúvidas e contradições técnicas foram

solucionadas mediante contato telefônico.

Neste documento estão reunidas informações, dados publicados por instituições

governamentais, entidades representativas acadêmicas, e, em alguns momentos são

apresentados materiais comerciais e de comunicação visual de empresas de tecnologias

para a gestão/gerenciamento de RSS. Vale ressaltar que, em todos os casos, o consórcio

não está sendo beneficiado pela apresentação e divulgação destas informações.

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3.0. IDENTIFICAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

O Benchmarking Nacional Referencial para a gestão e o gerenciamento de RSS,

juntamente com os produtos do Diagnóstico da Fase 01, são essenciais ao

desenvolvimento dos próximos produtos do Plano, uma vez que as informações do

diagnóstico, quando cruzadas com aquelas levantadas no benchmarking nacional e

internacional, resultarão em uma base de informações que servirá de análise das

alternativas mais viáveis para a gestão/gerenciamento dos RSS originados na RMBH e

Colar Metropolitano.

Vale salientar que o Plano é um projeto dinâmico, ou seja, durante sua elaboração podem

surgir, a qualquer momento, novas informações que, caso sejam relevantes, podem ser

incorporadas aos documentos e à base de dados de forma que esta atualização poderá

indicar um redirecionamento para os produtos subsequentes.

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4.0. INTRODUÇÃO AO BENCHMARKING NACIONAL

Como já mencionado, o presente documento é parte integrante do Produto 03 –

Benchmarking Nacional e Internacional para Gestão e Gerenciamento dos RSS da Fase

02 do Plano de Gestão Integrada de Resíduos com foco nos RSS e RCCV para Região

Metropolitana de Belo Horizonte e Colar Metropolitano.

Antes de se fazer uma análise específica sobre o tema Resíduos dos Serviços de Saúde

(RSS), optou-se por uma verificação da existência ou não dos Planos Municipais e

Estaduais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos (PMGIRS ou PGIRS) nas

dez maiores cidades brasileiras (IBGE 2013) de forma a subsidiar a análise das alternativas

praticadas por um representante de cada unidade da federação. O quadro abaixo

apresenta de forma resumida um panorama geral da situação.

Quadro 3 - Dez maiores cidades Brasileiras, de acordo com o IBGE, 2103 e a existência ou não de Plano de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

Município Unidade

da Federação

População (IBGE, 2013)

PGIRS/Ano Plano Estadual/ Ano/ Observações

Brasília Centro Oeste

2.789.761 Não Não

Porto Alegre

Sul 1.467.816 Sim/ Agosto

de 2013

Não/ Em processo de elaboração pela empresa ENGEBIO; previsto para final de

2014 (http://www.pers.rs.gov.br/documentos.html)

Curitiba Sul 1.848.946 Sim/ Outubro

de 2010 Não/ Início em 2012, mas ainda não foi

finalizado. Convênio com o MMA

São Paulo Sudeste 11.821.873 Sim/ 2012,

revisado em 2014

Não/ Versão preliminar apresentada em Junho de 2014.

Rio de Janeiro

Sudeste 6.429.923 Sim/ Agosto

de 2012 Sim/ Janeiro de 2014

Belo Horizonte

Sudeste 2.479.165

Não/ Plano Municipal de Saneamento,

2012-2015

Não/ Em processo de elaboração

Salvador Nordeste 2.883.682

Não/ Plano de

Saneamento Básico

(Setembro 2010)

Não/ Possui um plano de regionalização para resíduos sólidos de Novembro de

2013.

Recife Nordeste 1.599.513

Sim/ Plano Metropolitano

Resíduos Sólidos, Abril

de 2013

Sim/Julho de 2012

Manaus Norte 1.982.177

Não/ Plano Diretor de Resíduos Sólidos, Julho de

2010

Não/ Finalização prevista para 30/10/2013, elaborado com recurso aprovado pela

Caixa Econômica, no valor de R$ 1 925 milhões, dos quais 10% seria contrapartida

do Estado do Amazonas.

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Município Unidade

da Federação

População (IBGE, 2013)

PGIRS/Ano Plano Estadual/ Ano/ Observações

Fortaleza Nordeste 2.551.806

Sim/ Anexo do Plano de

Saneamento, Novembro de

2012

O Edital de 2011 foi licitado e os serviços iniciados no final de 2012. Previsão de

entrega pelo Consórcio vencedor em Junho de 2015. (Valor total do contrato: R$

1.650.000,00, Empresas Gaia Engenharia e Encosan; em 2013 foram realizadas 13 oficinas regionais mais 4 seminários e

consultas públicas).

Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Em termos de abrangência, verifica-se que os municípios listados no quadro acima que

cada unidade federativa está sendo representada por, pelo menos, um município.

Pelos dados apresentados pôde-se constatar que, até a data de apresentação deste

documento, das dez maiores cidades brasileiras, três delas, incluindo a capital do país,

Brasília, e ainda Belo Horizonte e Manaus, não apresentam ou, pelo menos, ainda não

publicaram seus respectivos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS).

Além disso, observa-se ainda que dos 10 estados apenas os Estados do Rio de Janeiro e

de Pernambuco possuem Plano Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos publicado.

Tendo em vista que o Plano Estadual de Resíduos Sólidos aponta caminhos, orienta

investimentos, subsidia e define diretrizes para os planos das regiões metropolitanas,

aglomerações urbanas e microrregionais, bem como para os planos municipais de gestão

integrada e para os planos de gerenciamento dos grandes geradores de resíduos sólidos,

é alarmante o fato de que 90% dos estados que abrigam as 10 maiores cidades brasileiras

não possuam um plano.

Destaca-se que, dado seu caráter regional, o Plano Metropolitano de Gestão Integrada de

Resíduos da Região Metropolitana de Recife, região esta, que, em termos de organização

territorial se assemelha à Região Metropolitana de Belo Horizonte e Colar Metropolitano.

O município de Fortaleza optou por elaborar o PGIRS como um dos anexos ao Plano de

Saneamento Básico, ou seja, além de atender as exigências da Lei nº 11.445/07, o Plano

abarca também todos os pontos exigidos pela Lei Federal nº 12.305/2010.

Como já mencionado, alguns destes municípios elaboraram seus Planos Municipais de

Resíduos Sólidos, previamente à elaboração e aprovação dos Planos Estaduais de

Resíduos Sólidos de seus respectivos municípios. Este fato pode interferir negativamente

na boa condução e implementação das DIRETRIZES, OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E

METAS planejadas, em espaços de construção participativa junto à sociedade. É, portanto,

indispensável uma articulação e coordenação mínima das DIRETRIZES, OBJETIVOS,

ESTRATÉGIAS E METAS definidas em âmbitos municipal e estadual e nestes casos, o

papel do estado em direcionar ações em escalas mais específicas fica enfraquecido. Além

deste aspecto, nestas situações, o trabalho de coordenação das DIRETRIZES,

OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E METAS, que são mais complexos, exigirão maiores

esforços da administração pública.

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Nos itens seguintes, serão apresentados, caso a caso, no que diz respeito aos RSS, um

panorama geral desde a geração até a disposição final destes resíduos gerados nos

municípios de Brasília, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Fortaleza e Palmas. Salienta-se

que o município de Palmas, capital do estado do Tocantins, é o representante da região

norte, já que município de Manaus não possui seu próprio PGIRS.

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5.0. CASO A CASO

5.1. BRASÍLIA

5.1.1. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS)

O município teve um plano elaborado em 2009, mas como a política nacional (Lei Federal

nº 12.305/2010) datada de Agosto de 2010, o Plano passará por atualização e adequação

as novas exigências legais por uma empresa de consultoria contratada para este fim. Neste

sentido, a administração informou que a primeira licitação foi cancelada e o resultado da

segunda licitação ainda não foi divulgado.

A CORSAP (Consórcio Público para Manejo de Resíduos e Águas Pluviais da Região

integrada do Distrito Federal) está liderando a elaboração do Plano Intermunicipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PIGIRS que contemplará 11 municípios. Os

produtos consistem em Projeto de Mobilização Social e Divulgação, Diagnósticos da

Gestão e dos Resíduos, além de programas como os de Coleta Seletiva, Logística

Reversa, Resíduos da Construção Civil e de Educação Ambiental, dentre outros produtos.

A publicação de sua versão final esta prevista para Setembro de 2014. O acompanhamento

pode ser feito por meio do site: http://www.corsapdfgo.com.br/. Nenhum documento oficial

foi publicado até o momento.

5.1.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS)

Quando consultada, a administração de Brasília informou que não há nenhuma ação

específica voltada para a elaboração de um Plano de gestão integrada de resíduos de

serviços de saúde. Existe, entretanto, um Plano distrital de saúde para a vigência 2012-

2015 que, dentre as diretrizes apresentadas, lista alguns pontos específicos para os

resíduos com o objetivo geral de promover a melhoria da infraestrutura das unidades de

saúde, como, por exemplo:

“2.3.1. DIRETRIZ 3.1: Melhorar a infraestrutura das unidades de saúde mediante reformas, ampliações e construções para qualificar o acesso aos serviços de saúde.”

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Figura 2 - Ação específica, realçada em amarelo, para a gestão e adequação de armazenamento de

resíduos dos serviços de saúde detalhada no Plano Distrital de Saúde do Distrito Federal.

Fonte: Plano Distrital de Saúde 2012 a 2015, Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal, Brasília, Junho de 2012,

versão atualizada em 30 de Setembro de 2009, Página: 60.

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5.2. PORTO ALEGRE

5.2.1. Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (PERS – RS)

O Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (PERS – RS), assim como o

Plano Nacional de Resíduos Sólidos terá vigência por prazo indeterminado e apontará para

um horizonte de atuação de 20 anos, prevendo-se sua revisão a cada 4 anos, além da

elaboração da política estadual de resíduos sólidos do RS a partir da Lei nº 9921/93.

A contratação para a elaboração do PERS-RS, ocorreu a partir do Edital N.º 351

/CELIC/2012 e de acordo com a Portaria Conjunta SEMA/FEPAM nº 68/12, a

responsabilidade pela coordenação de elaboração do PERS - RS é realizada por meio do

Grupo de Coordenação formado por técnicos nomeados da Fundação Estadual de

Proteção Ambiental Luís Henrique Roessler (FEPAM) e da Secretaria Estadual de Meio

Ambiente (SEMA).

A elaboração do PERS - RS tem por finalidade a realização de diagnóstico, estudo de

regionalização, proposição de metas de redução de resíduos e rejeitos, desenvolvimento

do potencial energético, incentivando a gestão consorciada e/ou compartilhada dos

resíduos, de forma a promover a eliminação e recuperação de lixões com inclusão social

e emancipação econômica de catadores em suas associações, contemplando de maneira

integrada os 497 municípios do Estado do Rio Grande do Sul por meio das seguintes

metas:

Meta 1: Projeto de Mobilização Social e Divulgação.

Meta 2: Panorama dos Resíduos Sólidos no Estado.

Meta 3: Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais.

Meta 4: Estudos de Prospecção e Escolha do Cenário de Referência.

Meta 5: Diretrizes e Estratégias para a Implementação do PERS.

As tipologias de resíduos sólidos contempladas pelo PERS – RS, são de relevância em

relação à realidade e o desenvolvimento socioeconômico do Estado do Rio Grande do Sul

e definidas por meio de Termo de Referência para a elaboração do plano, sendo estas:

Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

Resíduos Sólidos de Serviços de Saneamento (RSan).

Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS).

Resíduos Sólidos da Construção e Demolição (RCC).

Resíduos Sólidos de Mineração (RSM).

Resíduos Sólidos Industriais (RSI).

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Resíduos Sólidos Agrossilvipastoris (RSA).

Resíduos de Serviços de Transportes (RST).

A Engebio é a empresa contratada para elaboração do referido Plano cujo prazo final para

entrega está previsto para o final de 2014. Tanto no website da empresa,

(http://www.engebio.net/), quanto no portal do Governo do Estado do Rio Grande do Sul,

(http://www.rs.gov.br/lista/707/meio-ambiente) é possível acessar um link dedicado ao

Plano Estadual. Além destas duas ferramentas, o Plano possui seu próprio site

(http://www.pers.rs.gov.br/) onde estão disponibilizados todos os documentos publicados,

além de outros materiais para consulta e gestão das ações referentes à sua elaboração,

tais como:

Home: últimas notícias e informações importantes a divulgar.

O PERS- RS: descrição geral sobre o Plano.

Equipe: descrição da equipe de coordenação por parte do Governo do Estado e por

parte da empresa de consultoria, Engebio.

Noticias: notícias organizadas por data de publicação e manchete.

Documentos: documentos organizados por data de publicação, com opção de

download e visualização online.

SIPERS-RS - Sistema de Informações - PERS-RS: ferramenta de auxílio para

compreensão das suas funcionalidades e dados envolvidos. O sistema foi concebido

para que fosse possível fazer um diagnóstico preciso da situação da coleta,

tratamento e disposição final dos resíduos sólidos no Estado, a partir do

cadastramento das informações obtidas dos representantes de cada um dos

Municípios do Rio Grande do Sul e de representantes setoriais tais como:

federações, associações municipais, sindicatos, associações de trabalhadores entre

outras entidades (representantes setoriais). Esta versão serve especificamente para

usuários que representam os diferentes setores envolvidos com a

produção/armazenamento/gerenciamento dos resíduos sólidos. Estes usuários

podem representar apenas uma ou várias tipologias de resíduos. No mesmo local é

possível realizar o download de um manual bastante detalhado para orientar os dois

tipos de usuários do SISPERS-RS: a. Representantes de Municípios e Convênios

Municipais b. Representantes Setoriais.

5.2.2. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) do município de Porto Alegre

O plano, publicado em agosto de 2013, é apresentado em dois volumes. O volume I é

dedicado ao Diagnóstico e Prognóstico enquanto que o volume II é restrito à descrição do

planejamento. Quanto ao conteúdo, o volume I traz um histórico interessante e extenso

sobre a evolução da gestão e do gerenciamento de resíduos no município. O Plano

apresenta a evolução da média histórica de resíduos sólidos em Porto Alegre para os

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últimos 20 anos, em toneladas por dia útil tomando como base 6 d/semana, como mostra

o quadro apresentado em seguida. Entretanto, o Plano não deixa clara a metodologia

utilizada para obtenção destes dados.

5.2.3. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS

5.2.3.1. Geração de RSS em Porto Alegre

Vale ressaltar que para os Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS), os valores

apresentados no quadro abaixo são computados desde 2006 e representam apenas os

resíduos da Classe D - Comuns.

Quadro 4 - Evolução da média diária de resíduos de serviços de saúde em Porto Alegre, em toneladas por dia

útil (base: 6 d/semana) - de 1992 a 2011.

Evolução da Média Diária de RSS em Porto Alegre, em toneladas por dia útil (base: 6 d/semana)- 1992 a 2011

Ano Quantidade Ano Quantidade

1992 20,6 2002 23,93

1993 21 2003 22,16

1994 20,7 2004 20,68

1995 22,48 2005 17,36

1996 23,05 2006 16,21

1997 24,5 2007 15,31

1998 25,75 2008 19,76

1999 26,09 2009 14,5

2000 25,19 2010 17,63

2001 26,15 2011 19,45

Fonte: Plano Municipal de gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Alegre, página 54, Tabela 4.3, Agosto

de 2013.

5.2.3.2. Armazenamento dos RSS em Porto Alegre

Em relação ao armazenamento dos resíduos de serviços de saúde, de acordo com o Plano,

publicado em Porto Alegre, estes são armazenados em contêineres específicos de grandes

capacidades volumétricas, nas próprias unidades geradoras.

5.2.3.3. Coleta de RSS e demais resíduos associados em Porto Alegre

No que se refere a coleta de RSS, de acordo com o Plano, a prestação de serviços de

coleta e tratamento dos resíduos dos serviços saúde do Grupo “A” (risco biológico),

gerados por todos os empreendimentos do município foi realizada, até 25 de Julho de 2006,

por uma empresa instalada no município e por meio de licitação do Departamento

Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). A partir desta data, entretanto, este serviço passou

a ser executado mediante a contratação prévia por seus geradores, por empresas

licenciadas para o transporte até a planta de tratamento.

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Os RSS do Grupo “A” gerados pelo sistema de Saúde Pública, sob responsabilidade do

poder municipal, são coletados e tratados por empresa devidamente licenciada, contratada

pela Secretaria Municipal de Saúde.

É interessante destacar que dentre as primeiras ações voltadas para a coleta seletiva

implantadas no município de Porto Alegre, no início dos anos 1990 houve também uma

preocupação com os RSS, de modo que, nessa época, foi implantada a segregação na

origem e coleta diferenciada em quatro tipos: potencialmente contaminados, seletivos,

comuns e restos de alimentos. Os resíduos orgânicos, tanto de origem doméstica,

comercial ou dos serviços de saúde são utilizados como ração animal por meio do projeto

denominado Projeto Suinocultura. Para estes resíduos, além do Programa Suinocultura, o

município também iniciou, em 2000, a operação da Unidade de Triagem e Compostagem

de Resíduos Sólidos Urbanos - UTC Lomba do Pinheiro. Ainda de acordo com o

documento, o referido projeto de reaproveitamento dos resíduos orgânicos seletivos de

sobras de alimentos em grandes geradores vem apresentando crescimento desde a sua

implantação e, nas últimas duas décadas, atingiu uma média de reaproveitamento de 11

t/d de resíduos como ração animal.

5.2.3.4. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em Porto Alegre

Ainda no Volume I - Diagnóstico, o Plano apresenta uma relação de todas as áreas de

disposição final de resíduos dos serviços de saúde utilizados entre 1969 até 2011. Os

meios de disposição final, apresentados no Quadro 5 foram computados no período entre

os anos 1969 e 2011, em Porto Alegre. Se não há informação para determinado ano ou

período significa que esta informação não foi levantada ou que, possivelmente, não existia

um processo específico de tratamento/destinação no local.

Quadro 5 - Locais utilizados para a disposição final/tratamento de RSS no município de Porto Alegre, desde

1969 até o ano de 2011.

Data início Data final Método / Local Empresa/Observação

Junho de 1998 Dezembro de 2000 Aterro

Controlado Autorizado pela FEPAM

08.08.2003 17.11.2003 Autoclave Prestação de Serviços Santa Maria

Ltda. (Contrato Emergencial)

18.11.2003 18.04.2004 Autoclave Prestação de Serviços Santa Maria

Ltda. (Contrato Emergencial)

19.04.2004 24.01.2005 Incinerador Ambientuus - Cachoeirinha

(Contrato emergencial)

25.01.2005 23.07.2005 Autoclave Aborgama - Sapucaia do Sul

(Contrato Emergencial)

25.07.2005 25.07.2006 Micro-ondas Cavo - Distrito Industrial Restinga

(Contrato)

25.07.2005 Atualmente, 2014 Autoclave Aborgama - Sapucaia do Sul

Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Alegre, página 54, Tabela 4.3, Agosto

de 2013.

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Pag. 25

Ainda de acordo com o PGIRS, no município de Porto Alegre, a Secretaria Municipal do

Meio Ambiente (SMAM), requisita as atividades sujeitas a PGRSS ou Plano de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde, juntamente com os planos

apresentados, as Anotações de Responsabilidade Técnica - ART - dos responsáveis por

elaboração e da execução dos mesmos planos.

5.2.3.5. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS

O PGIRS do município de Porto Alegre não apresenta nenhum capítulo claro sobre os

custos da prefeitura com a gestão e gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde.

Entretanto, no portal de transparência da prefeitura é possível encontrar alguns contratos

celebrados entre empresas da região que prestam alguns dos serviços e a prefeitura, ou

demais órgãos públicos. As informações de custos para o setor privado não foram

encontradas/fornecidas.

A seguir, apresenta-se um aditivo de contrato publicado em janeiro de 2013, no qual a

Prefeitura Municipal de Porto Alegre é a contratante e a contratada é a empresa Aborgama

do Brasil Ltda. que, atualmente, e desde 2006, é responsável pelos serviços de coleta e

tratamento de RSS dos hospitais e postos de saúde do município.

PROCESSO 001.021926.09.3

CONTRATANTE: Município de Porto Alegre, por meio da Secretaria Municipal

da Fazenda.

CONTRATADA: Aborgama do Brasil Ltda. CNPJ 05.462.743/0001-05.

OBJETO: Fica prorrogado o prazo do Contrato 45427 por 12 meses, a contar

de 11/03/2013.

EMBASAMENTO LEGAL: Nos termos do artigo 57, inciso ll da Lei Federal

8666/93.

PROCESSO 001.045903.10.7

Porto Alegre, 17 de janeiro de 2013.

Em 18 de Dezembro de 2006, a Câmara Municipal de Porto Alegre, a empresa Aborgama

do Brasil LTDA, a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do

Rio Grande do Sul (FEHOSUL) e a Associação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde

do Rio Grande do Sul, celebraram um Termo de Adesão ao contrato de prestação de

serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos dos serviços de

saúde produzidos pelo Ambulatório Médico do Órgão aderente. Das cláusulas e condições

do contrato, podem ser destacados:

CLÁUSULA PRIMEIRA - OBJETO:

Os serviços de coleta serão executados em horários e dias definidos pelas

partes, adequando-se a rotina de operação do órgão aderente.

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É obrigação do órgão aderente por meio do Serviço Ambulatório Médico, o

gerenciamento prévio de resíduos com segregação dos mesmos, além de

enviar laudos de classificação de acordo com a NBR 10004, da ABNT, conforme

artigos 8º e 9º do Decreto Estadual 38.356, que confere ao gerador, a

responsabilidade sobre o destino final de seus resíduos, mesmo

encaminhando-os a uma central.

CLÁUSULA SEGUNDA - DO PREÇO E DOTAÇÃO

Pela prestação dos serviços objeto do presente contrato, o ÓRGÃO ADRENTE

pagará os mesmos valores estabelecidos pelo Órgão Municipal de Limpeza

Urbana da Capital - DMLU, como segue:

- Até um metro cúbico R$ 34, 42 (trinta e quatro e quarenta e dois centavos)

por coleta realizada.

2.2. Paralelamente, as parte efetuarão análise da qualidade, volume e

periodicidade das coletas dos resíduos e dos serviços, visando estabelecer

relação mais adequada de custos.

(...)

CLÁUSULA SEXTA - DA RESCISÃO DO CONTRATO

A rescisão deverá ser solicitada formalmente com 30 dias de antecedência por

meio de oficio ou documento equivalente, com termo de recebimento, no qual

constem os motivos do cancelamento dos serviços.

Percebe-se, portanto, que este contrato não apresenta o prazo determinado de vigência,

fato este que, de acordo com o próprio DMLU gerou alguns transtornos na prestação dos

referidos serviços nos anos subsequentes que culminaram com a rescisão do referido

termo de adesão.

5.2.3.6. Metas, diretrizes, planos e ações para os RSS estabelecidas no PGIRS

Os objetivos do SMGIRS, ou Sistema Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,

tiveram a sua origem nos conceitos dos próprios objetivos da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente, que relacionam aspectos de legalidade ambiental à obtenção desses:

1) Obtenção sustentável do correto fluxo de todos os resíduos gerados no

município, da geração ao destino final, assegurados a melhor logística e o menor

nível de intervenção possíveis.

2) Obtenção do cumprimento da legislação ambiental vigente no território do

município, a partir de ação, fiscalização e intervenção.

3) Manutenção do asseio, da estética e da salubridade dos logradouros do

município, especialmente considerados os aspectos da saúde pública.

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4) Maximização do aproveitamento dos potenciais econômicos dos resíduos, de

maneira articulada com os aspectos da evolução social.

5) Erradicação dos passivos ambientais do município decorrentes da disposição de

resíduos sólidos.

Portanto, dos objetivos citados decorrem todas as ações de planejamento e de processo

empreendidas pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e SMAM e, que

foram observados a partir da vigência do Plano, pelo SMGIRS.

O SMGIRS foi desdobrado em cinco eixos de atuação que podem ser vislumbrados de

forma integrada, cuja organização foi motivada pela seguinte pergunta: “Com o que a

gestão municipal de resíduos sólidos deve preocupar-se?”.

Dos eixos foram formuladas as macrodiretrizes estratégicas do PMGIRS, ou

“macroaspirações”, ou declarações dos resultados desejados dentro de cada eixo de

atuação.

O modelo sistêmico escolhido adotou cinco eixos de atuação e destes foram gerados

programas estratégicos, em um segundo nível hierárquico, que foram considerados

diretrizes de planejamento, resguardando as relações com as macrodiretrizes:

Figura 3 - Hierarquia de eixos de atuação e programas estratégicos do PMGIRS de Porto Alegre.

Fonte: PMGIRS, Porto Alegre, Volume 02, Planejamento, DMLU, 2013.

No que se refere ao RSS, não há previsão de nenhuma ação específica detalhada no O

Eixo 01, Programa 1.2 Gestão dos Geradores de Resíduos Especiais, apresenta como

base fundamental a responsabilidade pelos resíduos por parte dos grandes geradores, e,

neste caso os RSS, a saber:

“Todos os geradores de resíduos sólidos os quais por sua composição, peso ou volume, ou mesmo por questões legais não possam ser encaminhados aos sistemas públicos de coletas de resíduos necessitam controle pelo Poder Público

1. Geração de Resíduos Sólidos

1.1 Aplicação dos 3R's

1.2. Gestãos dos Geradores Especiais

1.3. Educação Socioambiental

2. Coleta e transporte

2.1. Manutenção dos Serviços de

Coleta e Transporte

3.Tratamento e Disposição Final

3.1. Geração de Trabalho e Renda

3.2. Redução do Envio de Resíduos Sólidos Urbanos

para Aterro

4. Qualificação do Ambiente Urbano

4.1. Manutenção da Limpeza

Urbana

5. Sistemas de Gestão e

Estratégia

5.1. Sustentabilidade

Financeira

5.2. Ferramentas de Gestão

5.3. Qualificação organizacional

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Municipal. A necessidade de sistemas especiais de gestão de resíduos é bastante evidente em se tratando de geradores industriais e hospitalares, todavia tais não são os únicos geradores os quais por inabilidade, irresponsabilidade ou deficiência na gestão podem ocasionar problemas ambientais ou mesmo indevidamente utilizar os serviços municipais, custeados pela coletividade, aduzindo excedente de custos ao Município.”

De forma a alcançar os objetivos do programa 1.2, o Plano apresenta a seguinte ação:

“(1.2.1) Elaborar diretrizes para planos de gerenciamento de resíduos e logísticos reversos para geradores de resíduos sólidos, incluindo resíduos seletivos. Definir meios para controle e fiscalização da implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos e logística reversa, atendidos os artigos 20 e 33 da Lei Federal 12.305/2010.“

A figura abaixo detalha um pouco mais a ação 1.2.1. do Planejamento.

Quadro 6 - Ação 1.2.1. do Planejamento, com destaque para a etapa 1.2.1.1 voltada para atualização dos

planos de gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde.

ETAPAS OU ESTRATEGIAS (Projetos ou Processos)

Etapa Descrição

Cronograma/Recursos (R$ ou R$/ano)

Possíveis Fontes

Responsável

Imediato Curto Médio Longo

1.2.1.1 Revisar e atualizar os termos de referência para elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos bem como os Planos de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS)

X

SMAM

OBSERVAÇOES *Possíveis fontes de recursos 1. DC DMLU: despesa corrente DMLU (não tem acréscimo de custo) 2. Acum. DLMU: tem acréscimo na despesa corrente do DMLU 3. Invest. DMLU: investimento com recursos próprios DMLU/PMPA (Prefeitura de Porto Alegre) 4. Investim. externo: fontes externas (específicas)

-

Fonte: PMGIRS Porto Alegre, Volume 02, página 40/129.

Vale ressaltar também a aplicação do Programa 5.2. Ferramentas de Gestão, parte do

Eixo 5 denominado Sistemas de Gestão Estratégica, já que a inexistência de um banco de

dados confiável para a gestão de resíduos é uma realidade na grande maioria dos

municípios brasileiros e da Região Metropolitana de Belo Horizonte e Colar Metropolitano.

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Este programa contempla as seguintes ações, sendo que, a etapa 5.2.4. está apresentada

de forma mais detalhada na Quadro 7:

“(5.2.1) Concluir o Plano Diretor de Resíduos Sólidos.

(5.2.2) Definir responsabilidades para implementação e operacionalização do PMGIRS, incluindo etapas do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, conforme art. 20 da Lei Federal 12.305/2010, ao encargo do poder público.

(5.2.3) Desenvolver projeto unificado para efetivar e disseminar a comunicação de projetos, iniciativas, legislação pertinentes ao manejo de resíduos sólidos.

(5.2.4)” Desenvolver e manter atualizado um banco de dados contendo especificações e padrões de qualidade dos serviços de manejo de resíduos sólidos.”

Quadro 7 - Ação 5.2.4. Ferramentas de Gestão, com destaque para os seus objetivos indicadores, relativos

ao desenvolvimento e atualização de um banco de dados para a gestão e gerenciamento de resíduos no

município de Porto Alegre.

Município de Porto Alegre - Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Eixo 5 Sistema de Gestão e Estratégia

Programa 5.2. Ferramentas de Gestão

Ação

5.2.4. Desenvolver e manter atualizado um banco de dados contendo especificações e padrões de qualidade dos serviços de manejo de resíduos sólidos

Líder de Ação

GTG PMGIRS

Descrição da ação

A ação visa prover ao DMLU um banco de dados com a especificação detalhada da realização dos serviços de limpeza urbana e gerenciamento de resíduos sólidos, apontando o padrão qualidade (mínimo) para cada serviço. Tais especificações deverão ser descritas com participação direta dos servidores ligados a operação devendo ficar disponíveis para consulta online na intranet.

SITUAÇÃO ATUAL

No ano de 2002, a Divisão de Destino Final iniciou processo de especificações e padrões de qualidade de serviços. Estas especificações, entretanto, não estão atualizadas. Os demais serviços não dispõem desses padrões estabelecidos.

METAS /PRAZOS

IMEDIA-TO

até 1 ano

CURTO PRAZO

1 a 4 anos

MÉDIO PRAZO

4 a 8 anos

LONGO PRAZO 8 a 12 anos

OBJETIVOS

Qualificar a sistematização das informações gerenciais a partir da mensuração dos indicadores dos serviços de manejo de resíduos servindo como base para tomada de decisão gerencial e para informação ao público.

Desen. 100%

até Julho de

2014

Manter atualizado

Manter atualizado

Manter atualizado

INDICADOR

Desenvolvimento e atualização do banco de dados.

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ETAPAS OU ESTRATÉGIAS (Projetos ou processos)

Etapa Descrição

Cronograma / Recursos (R$ ou R$/ano)

Possíveis Fontes*

Responsável

Imediato Curto Médio Longo

5.2.4.1 Desenvolver o banco de dados.

Julho de 2014

1 Setores DMLU

5.2.4.2

Manter atualizado o banco de dados.

1 Setores DMLU

Observações *Possíveis fontes de recursos 5. DC DMLU: despesa corrente DMLU (não tem acréscimo de custo) 6. Acum. DLMU: tem acréscimo na despesa corrente do DMLU 7. Invest. DMLU: investimento com recursos próprios DMLU/PMPA (Prefeitura de Porto Alegre) 8. Investim. externo: fontes externas (específicas)

-

Fonte: PMGIRS Porto Alegre, Volume 02, página 73/129.

(5.2.5) Acompanhamento, prevenção, correção e monitoramento do PMGIRS.

(5.2.6) Implantar estruturas de gestão do PMGIRS (Comitê Diretor - CD - e Grupo Técnico Gestor - GTG); e estruturas internas de controle operacional e de planejamento do DMLU (CCO - Centro de Controle Operacional - e ASSTEPLAD - Assessoria Técnica de Planejamento e Desenvolvimento).

5.2.3.7. Iniciativas relevantes

Além destes aspectos, o Plano traz em seu Capítulo 4, Item 4.4.2. uma listagem das

iniciativas relevantes existentes. Dentre elas, ressaltam-se aquelas relacionadas

diretamente ou indiretamente à gestão dos RSS:

Existem planos aplicados a grandes geradores: PGRCC, PGRSS, PGIRS para as

atividades licenciáveis.

Existem publicações das caracterizações.

SMAM atualmente solicita caracterização dos resíduos sólidos dos grandes

empreendimentos (em termos de quantitativos).

Existência, boa cobertura, regularidade, periodicidade e programação adequadas e

elevada eficiência de todos os tipos de serviços públicos de limpeza urbana.

Existe rede de Ecopontos (UDC’s, PEOF’s, PERE’s, pilhas e baterias, pontos para

entrega de pneus inservíveis, pontos para entrega de medicações vencidas e

assemelhados), do DMLU e privados.

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Pag. 31

Cobertura, qualidade, regularidade, frequência, programação e confiabilidade

apropriadas dos serviços de coletas públicas.

Existe tratamento, privado, dos resíduos sólidos de serviços de saúde.

Existe código municipal de limpeza urbana.

Existe elevada qualificação técnica dos recursos humanos nos órgãos de

saneamento da PMPA.

Existe qualificação dos equipamentos de coleta.

Existe um Portal de Gestão.

Existe a desoneração do órgão de limpeza urbana quanto a serviços não públicos

(coleta especial, RSS, RCC, resíduos industriais).

A despesa corrente do DMLU encontra-se “em dia”.

Os contratos do DMLU são baseados em projetos básicos e editais bem elaborados.

Boa fiscalização dos contratos pelo DMLU, com aplicação de sanções quando

necessário.

Existe a qualificação permanente dos serviços de limpeza urbana.

Existe a centralização dos contratos de limpeza urbana em empresas qualificadas.

Existência de auditorias internas relativas aos contratos do DMLU.

Existe transparência nos pequenos contratos do DMLU.

Existência de um setor de educação ambiental específico, com recursos humanos,

ações e projetos qualificados.

Os dados gerenciais divulgados são confiáveis.

5.3. CURITIBA

5.3.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS)

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Curitiba foi publicado em duas

versões, uma em setembro de 2010 e outra em outubro do mesmo ano. O Plano foi

desenvolvido em conformidade com a Lei Federal nº 11.445/07, que estabelece a Política

Nacional de Saneamento e a Lei Federal 12.305/10 que estabelece a Política Nacional de

Resíduos Sólidos.

Durante sua elaboração, o Plano foi apresentado à Consulta Pública, com a finalidade de

receber comentários e sugestões e submetido à discussão em Audiência Pública, dando

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oportunidade de participação da sociedade no planejamento das ações, de forma que a

própria elaboração já se constituiu em um instrumento de gestão compartilhada.

O horizonte de tempo considerado para o Plano foi de 10 (dez) anos, com sua primeira

revisão em 2013, em razão da necessidade de compatibilização com o Plano Plurianual, e

as demais de 04 em 04 anos. Em seu desenvolvimento o documento foi estruturado de

forma a apresentar o diagnóstico, que retrata a situação atual da gestão dos resíduos em

Curitiba, a proposição dos objetivos, metas e ações, bem como os mecanismos e

procedimentos a serem utilizados visando avaliar de forma sistemática as ações

programadas. Também compõem este plano, as ações para emergências e contingências

e ainda as proposições relacionadas à forma de como se dará o controle social sobre a

gestão integrada dos resíduos sólidos.

Destaca-se que, em 2012, o Estado do Paraná por meio de convênio firmado com o

Ministério do Meio Ambiente - MMA conseguiu um recurso para contratação da elaboração

do Plano de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do estado e a

elaboração do Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

O objetivo geral deste projeto de iniciativa do Governo do Estado do Paraná consiste em

orientar as intervenções do setor de resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando a

Regionalização do estado e a preparação para a implementação de soluções integradas e

consorciadas, já que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) se articula

com leis de outras áreas e temas de mesma relevância, como por exemplo, a Política

Nacional de Meio Ambiente, a Lei 11.445/2007 do Saneamento Básico, a Lei 9705/1999

da Educação Ambiental e a Lei 11.107/2005 dos Consórcios Públicos. Os estudos, irão

considerar ainda, a implementação de um Consórcio Público para a gestão e manejo dos

resíduos sólidos.

Além disso, a participação da população e dos gestores municipais na tomada de decisão,

além de ser considerada fundamental é também uma política de governo, que pretende

garantir os melhores resultados. Portanto, no decorrer da elaboração dos Planos citados,

além dos diagnósticos, prognósticos e elaboração de proposições, foram promovidas de

forma intermediária às fases, grupos de oficinas regionais de discussão para promoção da

participação de todas as partes envolvidas e incluídas no processo.

Os documentos relativos ao Plano de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos estão todos disponíveis e relacionados no seguinte endereço:

http://www.residuossolidos.sema.pr.gov.br/.

O Plano de gestão integrada de resíduos sólidos do município de Curitiba apresenta em

seu capítulo inicial um breve histórico sobre a gestão e o gerenciamento de resíduos do

município fornecendo um cenário generalizado do funcionamento dos serviços públicos

desde 1854 até o ano de sua publicação.

Dentre os pontos abordados, é interessante citar:

Em 1854, Curitiba possuía cerca de 6.970 habitantes, com uma provável produção diária

de resíduos de cerca de 200 g/habitante (GAIESKI, 1991). Em 2010 Curitiba possuía cerca

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de 1.851.215 habitantes com uma produção média de resíduos de 2.560 toneladas de

resíduos por dia sendo seu per capita estimado em 1,383 kg/hab./dia.

Em 1990, Curitiba recebeu o título de Capital Ecológica da ONU em razão de suas ações

inovadoras no tocante ao gerenciamento de resíduos.

Em 1991, através da Lei 7833/91 a Educação Ambiental passa a ser promovida na

Rede Municipal de Ensino, em todas as áreas do conhecimento e no decorrer de todo

processo educativo em conformidade com os currículos e programas elaborados pela

Secretaria Municipal de Educação, em articulação com a Secretaria Municipal do Meio

Ambiente.

Em 2001, diante da necessidade de integração da região metropolitana na gestão dos

resíduos sólidos, visando o estabelecimento de uma política integrada de gerenciamento

dos resíduos sólidos e tendo como principal objetivo a proteção dos mananciais, foi criado

o Consórcio Intermunicipal para a Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos - CONRESOL.

Atualmente o Consórcio Intermunicipal é composto por 20 (vinte) municípios, sendo que a

participação de Curitiba está amparada nas Leis Municipais nº 10.220 de 02 de julho de

2001 e nº 12.317 de 03 de julho de 2007.

5.3.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PMGIRS

5.3.2.1. Geração de RSS em Curitiba

O plano publicado apresenta uma estimativa da geração de resíduos em Curitiba, que pode

ser observada no quadro a seguir:

Quadro 8 - Quantitativo de resíduos sólidos gerados em Curitiba, em toneladas/dia.

Serviço Quantidade (t/dia)

Resíduos domiciliares da coleta convencional 1.472,70

Resíduos recicláveis provenientes da coleta seletiva 89.16

Resíduos recicláveis provenientes da coleta seletiva informal 445,00

Resíduos vegetais 70,83

Resíduos oriundos dos serviços de limpeza pública (varrição,

manual, varrição mecanizada, serviços de poda, limpeza de

feiras livres e limpeza mecanizada)

266,37

TOTAL 2.569,06

Fonte: PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE CURITIBA, Tabela 02, página 18.

Como pode-se notar, não se encontra contemplado no quadro acima, o quantitativo de

resíduos gerados pelos serviços de saúde, cuja responsabilidade é do gerador.

O serviço de coleta especial hospitalar foi implantado no Município de Curitiba em 1º de

setembro de 1988 simultaneamente à implantação da Vala Séptica no bairro CIC, para

onde era destinado o volume de resíduos coletados nos hospitais e outros

estabelecimentos de saúde de Curitiba e 14 Municípios da Região Metropolitana. Através

da contratação de serviços, o Município se responsabilizava pela coleta dos resíduos de

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Pag. 34

serviços de saúde dos estabelecimentos geradores públicos e particulares, separados dos

demais resíduos, e encaminhava para disposição final em vala séptica.

Em 1994, foi iniciado o “Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde”, com

o objetivo de aprimorar o sistema de coleta, acondicionamento, tratamento e disposição

final dos resíduos sólidos de serviço de saúde visando principalmente a segregação dos

resíduos nas unidades geradoras, de forma racional, integrada e participativa com os

estabelecimentos geradores.

Em razão do esgotamento da capacidade da vala, em janeiro de 2004, foi firmado o Termo

de Compromisso de Ajustamento de Conduta por parte do Município de Curitiba,

municípios da região metropolitana que utilizavam a vala séptica e entidades

representativas dos estabelecimentos geradores públicos e privados com o Instituto

Ambiental do Paraná, prevendo a apresentação, no prazo de 365 dias, ou seja, até 26 de

janeiro de 2005 de Sistema de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (para os

Municípios) e plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (estabelecimentos

geradores) prevendo nova proposta para o tratamento e destino final, devidamente

licenciada.

A partir da assinatura do termo de ajustamento, uma das condições fundamentais para o

seu cumprimento passa a ser a existência de alternativas de tratamento dos resíduos de

serviços de saúde para atendimento dos geradores do município de Curitiba e Região

Metropolitana, que produzem em média 14 toneladas/dia de resíduos infectantes. Em

Curitiba, dois empreendimentos formalizaram processo de licenciamento junto à Secretaria

Municipal do Meio Ambiente mediante a apresentação de Estudo de Impacto Ambiental.

Outros empreendimentos foram licenciados pelo Instituto Ambiental do Paraná para

realização da coleta e transporte e levam os resíduos para serem incinerados no Estado

de São Paulo.

Em janeiro de 2005, motivado pela solicitação dos estabelecimentos de saúde, de que não

haviam ainda tido condições de se adequar, procedeu-se a avaliação técnica das

condições da vala, por parte do Município de Curitiba e foi constatada a possibilidade de

sua utilização por um período de no máximo 90 (noventa) dias, procedendo então à

solicitação de mais 90 dias de prazo ao Instituto Ambiental do Paraná para utilização da

vala.

Ressalta-se que naquela ocasião, tanto o Município, quanto o Estado, já haviam

equacionado o tratamento dos resíduos gerados nas unidades de saúde sob sua

responsabilidade, mediante a contratação de empresa prestadora de serviço de

tratamento. O Instituto Ambiental do Paraná concedeu o prazo de 60 (sessenta) dias, com

possibilidade de prorrogação por mais 30 (trinta), sendo então assinado aditivo de prazo

ao Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, que se encerrou no dia 27/04.

Anteriormente ao encerramento da operação da vala séptica, previsto para 28 de abril de

2005, o SINDIPAR – Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde do Estado do Paraná

obteve na 1ª Vara da Fazenda Pública, Falências e Concordatas liminar determinando que

o Município tenha continuidade à execução dos serviços de coleta e disposição final dos

resíduos de serviços de saúde. Mediante recurso do Município de Curitiba, ao Tribunal de

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Justiça, a referida liminar foi suspensa em 28 de abril de 2005, sendo então efetivado o

fechamento da vala séptica.

Desta forma, a partir do final de abril de 2005, o Município de Curitiba implantou uma

significativa mudança no sistema de gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de

saúde. Os serviços de coleta e transporte, realizados até então por uma empresa

contratada pelo Município, passou a ser contratado diretamente por parte dos

estabelecimentos geradores. A Vala Séptica, local de destino dos resíduos, foi encerrada,

passando a ser obrigação dos geradores encaminharem os resíduos para tratamento,

antes da disposição final.

Embora o encerramento da vala tenha ocorrido somente em 28 de abril de 2005, como foi

dito anteriormente, a discussão acerca da mudança de sistema vinha sendo tratada desde

o início de 2004, quando foi firmado o Termo de Ajustamento de Conduta por parte dos

usuários da Vala Séptica, mediante compromisso das entidades representativas dos

estabelecimentos de saúde, com o Instituto Ambiental do Paraná e acompanhamento do

Ministério Público.

No referido Termo estava previsto, além do encerramento da Vala, a necessidade de

apresentação dos planos de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, por parte

dos estabelecimentos geradores, à Secretaria Municipal do Meio Ambiente e ao Instituto

Ambiental do Paraná.

5.3.2.2. Armazenamento e acondicionamento dos RSS em Curitiba

O Plano não destacou nenhum ponto específico relativo ao armazenamento de RSS.

5.3.2.3. Coleta de RSS e demais resíduos associados em Curitiba

Ver informações detalhadas no item: “Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de

RSS”.

5.3.2.4. Tratamento e destinação final dos RSS gerados em Curitiba

A Vala Séptica encontra-se situada na região centro-oeste do Município de Curitiba, na

Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira s/n°, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

A figura 01 apresenta a localização. A área em questão foi utilizada para a disposição final

de resíduos de serviços de saúde, no período compreendido entre outubro de 1988 e abril

de 2005. Foi inicialmente projetada para um período de 18 (dezoito) meses de operação,

apresentando 10.000 m2 de área. Seu uso, entretanto, acabou sendo prolongado, com

consequentes ampliações da área inicial. A Vala Séptica foi encerrada com um total de

92.694 m2, dos quais 83.390 m2 correspondem à área onde ocorreu disposição de

resíduos.

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Além de Curitiba, doze municípios utilizaram a Vala Séptica ao longo de sua operação,

sendo eles: São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande, Pinhais,

Piraquara, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Colombo, Campo Largo, Campo

Magro, Araucária e Itaperuçu. A quantidade total de resíduos depositada durante o período

de operação foi de aproximadamente 62.400 toneladas.

Após o encerramento da vala, a empresa Biológica Consultoria Ambiental e Serviços Ltda.,

foi contratada para a realização de estudo de investigação e diagnóstico do passivo

ambiental da área em questão. Em função das baixas concentrações de contaminantes

observadas, o estudo propôs um sistema de monitoramento de atenuação natural da área

como forma de remediação.

O referido estudo ainda propôs a melhoria do sistema de drenagem de águas precipitadas,

cercamento da área, melhoria dos acessos, plantio de vegetação e a recuperação de

pontos de erosão e instabilidade geotécnica, que foram objeto do projeto realizado em 2008

pela empresa Ecotécnica - Tecnologia e Consultoria Ltda. As obras previstas no referido

projeto encontram-se atualmente em execução, sendo objeto de contrato firmado com a

empresa Obetacem Construções e Empreendimentos Ltda.

Encontra-se também em andamento estudo realizado pela Universidade Federal do

Paraná, em conjunto com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Trata-se do trabalho

de doutorado da professora Margarete Casagrande Lass Erbe, que visa identificar passivos

ambientais decorrentes da disposição de resíduos de serviço de saúde no local.

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Curitiba, atualmente, no

município, há duas empresas licenciadas para tratamento de RSS, sendo elas:

- Cavo Serviços e Saneamento S/A: utiliza a tecnologia de micro-ondas para tratar os

infectantes e perfurocortantes;

- Serquip Tratamento de Resíduos Ltda.: faz o tratamento dos resíduos infectantes (exceto

A3 e A5) e perfurocortantes por meio de autoclave e por meio de incineração os resíduos

infectantes dos grupos A3, A2, A5 e resíduos químicos, exceto metais pesados.

5.3.2.5. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS

O plano publicado não apresenta informações detalhadas sobre os custos e valores

desembolsados para a gestão e ou gerenciamento de resíduos.

Em consulta ao site do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde

no Estado do Paraná foram encontrados os seguintes valores para a prestação dos

serviços de coleta e tratamento dos RSS do Município de Curitiba no ano de 2005

realizados pela empresa Cavo Serviços de Saneamento S/A que atua no município desde

1995:

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Quadro 9 - Custos por grupo e porte de gerador para a coleta de tratamento dos RSS gerados em

estabelecimentos de saúde em Curitiba.

Porte do gerador

(Kg/dia)

Grupo do resíduo

(“A”, “B” ou “E”)

Valor por quilo

(R$/kg) ou por

mês

Grandes geradores: > 300 kg/dia

Geradores medianos: a partir de 200

kg/dia

Grupos "A" e "E” R$ 1,25/kg

Grupo “B” R$ 1,30/kg

Geradores intermediários: 30 kg a 199

kg/dia

Grupos "A" e "E” R$ 1,35/kg

Grupo “B” R$ 1,40/kg

Pequenos geradores I: 10 kg a 29

Kg/dia (ou 101 a 300 litros/dia)*

Uma coleta Mensal R$ 44,00/mês

Duas coletas ao mês R$ 71,00/mês

Quatro coletas ao mês R$ 89,00/mês

Pequenos geradores II: até 10 kg ou

100 litros/dia

Uma coleta Mensal R$ 39,00/mês

Duas coletas ao mês R$ 58,00/mês

Quatro coletas ao mês R$ 78,00/mês

*Negociação diferenciada: Cavo ofereceu 10% de desconto médio nos seus serviços o que reduz

a taxa de cada “visita” para pouco mais de R$ 22,00.

Fonte: Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná, 2005.

Além destes valores, a notícia veiculada no site do Sindicato dos Hospitais e

Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (SINPAR) explica que, para

este contrato firmado com a CAVO, em 2005, os condomínios ou locais que concentram

número significativo de geradores de resíduos poderiam negociar contratos coletivos, até

com patamares financeiros de menor custo. Além disso, a empresa garantia um

atendimento personalizado que seria prestado a partir da assinatura com cada empresa

contratante dos serviços e a emissão periódica do certificado de garantia de que os

resíduos tiveram o tratamento e o destino corretos. O contrato foi firmado para um

prazo de 36 meses e previa multa por rescisão. Contudo, estava expressa uma cláusula

que previa a interrupção do contrato na hipótese de órgãos governamentais assumirem a

responsabilidade de coleta e tratamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde, esta

precaução foi inserida decorrente do fato de que, na época, havia uma tentativa das

entidades representativas de saúde em buscar respaldo legal na esfera Judicial.

Em contrato celebrado entre a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos

Humanos do Estado do Paraná e a Cavo Serviços de Saneamento S/A, com a respectiva

autorização do início da prestação do serviço em 12 de abril de 2014 e de objeto conforme

apresentado na figura abaixo, os valores contratuais praticados para a coleta de resíduos

de serviços de saúde gerados na unidade penal da secretaria supracitada, estão

apresentados no Quadro 10, a seguir:

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Quadro 10 - Valores contratuais praticados para a coleta de resíduos dos serviços de saúde gerados em

unidade penal no Estado do Paraná, 2014.

Descrição Unidade Quantidade Valor/kg

Prestação de serviços de coleta e remoção de

resíduos infectantes e perfurocortantes (resíduo

hospitalar), duas vezes por semana, incluindo

transporte, tratamento e destinação final dos RSS

gerados no Complexo Médico Penal do Estado com

cessão de recipientes de armazenagem sendo que a

contratada prestará serviços conforme a resolução

RDC ANVISA Nº 306 de dezembro de 2004.

500

kg/mês x

12 meses

6.000 kg

R$ 3,38/kg

com o valor

anual de R$

20.280,00

Prestação de serviços de coleta e remoção de

resíduo químico (reveladores e fixadores de Raios-X

e lixo proveniente de farmácia), incluindo transporte,

tratamento e destinação final dos resíduos sólidos de

serviços de saúde gerados no Complexo Médico

Penal do Estado, com cessão de recipiente de

armazenagem sendo que a contratada prestará

serviços conforme a resolução RDC ANVISA Nº 306

de dezembro de 2004.

250

kg/mês x

12 meses

3.000 kg

R$ 4,25/kg

Com o valor

anual de R$

12.750,00

TOTAL DO LOTE 01 R$

33.030,00

Fonte: Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Contrato Administrativo nº 023/2013. 2013.

Em outra consulta realizada no portal de transparência do Município, pôde ser encontrado

o custo relativo à coleta de cadáveres e de carcaças de animais por meio de empresa

terceirizada contratada pela Secretaria Municipal de Saúde, serviço este que pode ser

solicitado pelo munícipe à Central 156. Esta coleta é executada por 1 (um) caminhão

basculante de 12 m³ com munck, 2 caminhonetes F-350, 3 (três) motoristas e 6 (seis)

coletores. Em 2009 foram coletados uma média de 183 toneladas de cadáveres de

animais.

A seguir, apresenta-se uma cópia do relatório de contratos da Prefeitura de Curitiba, na

qual podemos concluir que o valor de um contrato com a duração de 1 ano e 4 meses, para

realizar tal serviço tem um custo aos cofres públicos municipais de R$ 619.200,00.

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Figura 4 - Relatório de contrato de prestação de serviços de tratamento e destinação final de cadáveres e

carcaças de animais no Município de Curitiba referente ao ano de 2009.

Fonte: Sistema de Gestão Pública Prefeitura de Curitiba.

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5.3.2.6. Iniciativas relevantes

Durante os três primeiros meses de 2005 foi desenvolvido um amplo trabalho de

esclarecimento e orientação aos estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de

saúde, destacando-se:

Elaboração de Termo de Referência contendo orientações sobre como elaborar o

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde. Para os pequenos

geradores de resíduos foi elaborado um formulário, cujo preenchimento atende a

exigência da apresentação do plano.

Plantão técnico diário para orientação dos estabelecimentos geradores, na sede da

Secretaria Municipal de Meio Ambiente, cujo atendimento também foi iniciado em

16/02/2005.

Realização de diversas reuniões com as entidades representativas dos

estabelecimentos geradores, além de palestras para grupos de geradores e

atendimentos individualizados no plantão técnico.

Publicação de comunicado em jornal de circulação, alertando os geradores para o

prazo final de entrega dos planos de gerenciamento estabelecido para 15/03, além de

diversas matérias realizadas com a imprensa.

Publicação de comunicado, em jornal de circulação, alertando os geradores para o

prazo de encerramento da operação da vala séptica e suspensão do serviço de coleta

pública.

Na data de 26/01, prazo definido no TAC, inicialmente haviam 42 (quarenta e dois) planos

de gerenciamento protocolados nesta Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Na

data 15/03, o número de planos protocolizados chegou a 654 (seiscentos e cinquenta e

quatro) e na data de 31/05, quando se encerrou o recebimento dos planos de

gerenciamento no plantão técnico, haviam sido protocolados 911 (novecentos e onze)

planos. Os Planos apresentados foram analisados pela equipe técnica, e o

estabelecimento recebeu a resposta em forma do ofício aprovando o documento ou

apontando as adequações necessárias.

A partir de 2006, nos estabelecimentos de saúde passíveis de licenciamento ambiental nos

termos da legislação vigente realiza-se verificação documental e vistoria para checar a

implementação das ações e procedimentos declarados no Plano. De 2006 até agosto de

2010 foram inspecionados cerca de 500 planos de gerenciamento relacionados à

estabelecimentos de saúde.

5.3.2.7. Objetivos, metas programas, projetos e ações

Curitiba possui três áreas de passivos ambientais resultantes de disposição de resíduos.

1. Vala Séptica: recebeu resíduos de serviços de saúde no período entre outubro de

1988 e abril de 2005.

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2. A área de disposição de resíduos da CIC: recebeu resíduos entre 1982 e 1988.

(domiciliares, comerciais, serviços de saúde, construção civil e industrial)

provenientes da porção sul do Município de Curitiba.

3. Área da Lamenha Pequena: utilizada no período de 1964 a 1989.

Estão sendo realizadas obras de melhorias nas três áreas, a fim de possibilitar seu

processo de recuperação. Neste sentido, os objetivos e metas propostos no plano referem-

se à continuidade das obras em andamento e a implantação de sistema de segurança e

manutenção da infraestrutura existente.

Quadro 11 - Metas e ações definidas para os RSS no município de Curitiba.

OBJETIVO PROMOVER A RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DE PASSIVO AMBIENTAL

META Executar as ações programadas para as 3 (três) áreas de passivo ambiental

identificadas no município.

AÇÕES

Implantar de sistema de segurança e manutenção da infraestrutura nas

áreas da vala séptica e Lamenha Pequena.

Incrementar o sistema de monitoramento das águas subterrâneas e

superficiais nas áreas da vala séptica e Lamenha Pequena.

Realizar estudo de investigação ambiental complementar na área da CIC,

que deve contemplar a recuperação ambiental da área.

Executar as ações de recuperação definidas no estudo.

Fonte: PMGRS do Município de Curitiba, Disponível em: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/plano-de-gestao-integrada-

de-residuos-solidos/6

Dentro do tema CONTROLE AMBIENTAL está voltado aos objetivos, metas e ações com

foco na implantação, no aprimoramento ou na melhoria do controle exercido sobre os

geradores de resíduos, que em função do tipo e natureza e da legislação vigente, têm

responsabilidades específicas no gerenciamento dos mesmos, dentre eles os grandes

geradores de resíduos de serviços de saúde. Apesar de o controle sobre os grandes

geradores de resíduo de serviço de saúde já ter sido iniciado há algum tempo, já tendo

sido possível adquirir certa experiência e conhecimento sobre a dinâmica deste universo,

a separação nos temas da forma como proposta pode, no futuro e na medida em que o

cenário evolua se mostrar inadequada ou desnecessária, devendo ser revista.

Um item específico do tema Controle Ambiental faz referência aos PLANOS DE

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE.

O município já desenvolve diversas ações no controle ambiental dos empreendimentos e

atividades cujos resíduos, por força de lei, devem ser gerenciados pelos geradores,

incluídos: coleta, transporte, tratamento e destinação final.

Além de já existir regulamentação municipal sobre o tema, os procedimentos de

licenciamento ambiental já avaliam o aspecto do correto gerenciamento dos resíduos

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sólidos como pré-requisito para a emissão de autorizações e licenças e os agentes públicos

de limpeza urbana trabalham rotineiramente na identificação e responsabilização dos

grandes geradores.

Apesar disto, os gestores públicos acreditam na melhoria contínua dos serviços já

existentes e que, no prazo de 10 anos, definidos como horizonte de planejamento para

este documento, podem surgir novas oportunidades de evolução, inclusive nos aspectos

de acompanhamento, monitoramento controle e fiscalização.

Tomando esta postura como referência e, com a finalidade de aprimorar o que já vem

sendo realizado com bons resultados, e que incluí: a evolução nos aspectos legais (revisão

da regulamentação municipal e acompanhamento da evolução da legislação federal), a

melhoria em aspectos organizacionais relacionados a necessários avanços para que se

consiga realizar um bom gerenciamento dos dados e informações e um reforço em

aspectos operacionais voltados a uma fiscalização eficiente, o Plano de Curitiba apresenta

e propõe os seguintes objetivos, metas e ações para aprimorar o controle ambiental dos

denominado geradores de resíduos de serviços de saúde.

Quadro 12 - Objetivo, meta e ações propostas no PMGRS do Município de Curitiba para os RSS.

OBJETIVO

APRIMORAR O CONTROLE E A GESTÃO DAS INFORMAÇÕES, AÇÕES E

PROCEDIMENTOS TRAZIDOS NOS PLANOS DE GERENCIAMENTO DOS

GRANDES GERADORES E GERADORES DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE

SAÚDE

META Vistoriar 100 % dos Planos apresentados.

AÇÕES

Rever, no que couber, o conteúdo dos Planos de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos e Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde,

adaptando-os à experiência adquirida e a nova legislação vigente.

Desenvolver e alimentar sistemas internos para gerenciamento das informações

qualitativas e quantitativas trazidas nos Planos de Gerenciamento com o objetivo

de facilitar consulta e consolidação de dados e informações de interesse para

outras ações ou programas ambientais.

Rever e atualizar o Decreto Municipal 983/2004 - que institui o Sistema Municipal

de Gestão Sustentável e dá outras providências - no que couber.

Regulamentar Relatório Anual de declaração do gerador contendo informações

comprobatórias da execução do Plano de Gerenciamento.

Fiscalizar a implementação dos Planos de Gerenciamento.

Fiscalizar o cumprimento das disposições legais.

Acompanhar a regulamentação da Lei Federal da Política Nacional de Resíduos

Sólidos.

Fonte: PMGRS do Município de Curitiba, Disponível em: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/plano-de-gestao-integrada-

de-residuos-solidos/6

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5.4. SÃO PAULO

5.4.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS)

O PGIRS, além de atender as exigências da Lei Federal 12.305/2010, atende também às

exigências da Lei Federal de Saneamento Básico, no tocante à prestação dos serviços

públicos de manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana, notadamente as referentes à

exigência de sustentabilidade econômica para os serviços públicos. Além destas, o Plano

observa também os princípios, diretrizes e exigências da Política Nacional sobre as

Mudanças do Clima, principalmente, as relativas à redução das emissões antrópicas de

gases de efeito estufa.

A diretriz fundamental que guia o Plano é a observação da seguinte ordem de prioridade:

não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e

disposição final ambientalmente adequada apenas dos rejeitos, eixo central da Política

Nacional de Resíduos Sólidos.

No PGIRS da Cidade de São Paulo, essas diretrizes se traduzem na máxima segregação

de resíduos nas fontes geradoras e sua valorização, com o incentivo à retenção de

resíduos na fonte e a elaboração de um plano de coletas seletivas, envolvendo resíduos

domiciliares orgânicos, resíduos domiciliares recicláveis secos, resíduos da construção

civil, resíduos orgânicos de feiras, sacolões, mercados e escolas, bem como a indução de

práticas de coletas seletivas para empresas que devam ter seus planos de gerenciamento

de resíduos sólidos.

O Plano publicado em 2014 é uma complementação do PGIRS entregue à cidade em 2012,

em razão do não atendimento de diretrizes e conteúdo mínimo (exigido pela Lei

12.305/2010), ausência de participação popular na sua elaboração (Lei 11.445/2007) e

inobservância de diretrizes da Política Nacional sobre Mudanças do Clima relativas às rotas

tecnológicas que menos geram gases de efeito estufa. A atual gestão (2013-2016), acolheu

e ampliou o escopo desse trabalho face aos grandes desafios colocados pela Política

Nacional de Resíduos Sólidos à gestão pública municipal dos resíduos sólidos. Para esta

edição, a reelaboração do plano contou com forte participação popular, mobilizada por

ocasião da IV Conferência Municipal de Meio Ambiente.

Já no início do documento, item 2. Situação atual no Município, o PGIRS do Município de

São Paulo, apresenta em forma de breve histórico como foi feita a estruturação dos atuais

instrumentos da administração dos serviços de limpeza urbana nas 32 subprefeituras que

compõe o Município de São Paulo.

“Do ponto de vista administrativo, a cidade é dividida em 32 subprefeituras, cada uma delas constituindo, por si só, uma concentração de população que as colocaria entre os 85 maiores municípios brasileiros. O orçamento municipal de 2013 foi de 42 bilhões de reais; para 2014 a previsão é que chegue a 50 bilhões de reais. O produto interno anual per capita no município em 2010 foi de 46.000 reais, próximo de países desenvolvidos, e muito maior do que a média do

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Brasil, de 22.800 reais. Mas a cidade ainda apresenta enorme desigualdade de renda. O Índice de Gini, calculado para a distribuição de renda de São Paulo resulta em 0,57, contra 0,56 para o Brasil. Há 288 mil famílias vivendo em situação de extrema pobreza”.

(...)

“Já em relação aos resíduos sólidos, conforme a população do município foi crescendo e consequentemente aumentando o volume de resíduos gerados, foram sendo implantadas novas soluções, com o encerramento dos lixões e da operação dos incineradores, altamente poluentes, e implantados os aterros sanitários. Em 1989, foi feita a primeira experiência pública de coleta seletiva de materiais secos, projeto retomado em 2002, quando a nova gestão implantou o Programa Coleta Seletiva Solidária da cidade. Em 2002, foram implantadas diversas Centrais de Triagem, firmados convênios com cooperativas de catadores, e implantado o programa de coleta de resíduos orgânicos Feira Limpa. Iniciou-se a normatização e organização do Sistema de Gestão de Resíduos da Construção e Demolição, com a implantação de Ecopontos, incentivos às ATTs - Áreas de Triagem e Transbordo e recicladores.”

“Para organização do gerenciamento e dos serviços, a cidade de São Paulo foi dividida, a partir de 2004, em dois agrupamentos. O Agrupamento Noroeste compreende 13 subprefeituras e o Agrupamento Sudeste compreendia 18 subprefeituras até 2013, 19 a partir deste ano. Para a prestação dos serviços estão contratadas em cada agrupamento uma concessionária, responsável pelos serviços divisíveis de coleta, transbordo, tratamento e disposição final dos resíduos domiciliares e de coleta e destino final de resíduos de serviços de saúde uma empresa prestadora de serviço por meio de contrato de terceirização, responsável pela prestação dos serviços indivisíveis de limpeza urbana, incluindo varrição, limpeza do sistema local de drenagem, manejo de resíduos da construção civil, entre outros.”

No caso dos resíduos dos serviços de saúde, para o qual a gestão e gerenciamento deve

ser realizada pelos próprios geradores, o Plano de SP explica que:

“(...) os grandes geradores de resíduos sólidos, que devem ser cadastrados na Amlurb, além de contratar coleta particular de empresas autorizadas, sempre que gerarem volume superior a 200 litros/dia, ou quando se tratar de condomínios comerciais e mistos (empresariais e residenciais) geradores de volume superior a 1.000 litros/dia. No Município de São Paulo existem atualmente cerca de 8 mil grandes geradores de resíduos indiferenciados cadastrados, servidos por 60 empresas autorizatárias cadastradas em Amlurb para o processo de coleta, transporte e destinação final dos resíduos.”

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5.4.2. Geração de RSS em São Paulo

Constam no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES, 15.528

estabelecimentos de saúde no município de São Paulo (novembro/2013), constituídos em

grande número por consultórios isolados (73%) e clínicas (13%).

No entanto, este número é parcial, pois, em 2013 estavam cadastrados na AMLURB

27.415 estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde.

A Lei Federal sobre Saneamento Básico não define os RSS entre os resíduos

componentes do serviço público e, com isso, impõe aos entes privados as

responsabilidades o seu manejo e decorrentes custos. No âmbito municipal, está instituída,

desde 2002, a Taxa de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde - TRSS que compõe, com

outras receitas, o Fundo Municipal de Limpeza Urbana - FMLU, destinado a custear, entre

outros, os serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos RSS, de fruição

obrigatória, prestados em regime público pelas concessionárias locais.

Em 2012 foram recolhidas pelas concessionárias 37 mil toneladas de RSS, que demandam

adequada caracterização.

Figura 5 - Distribuição dos estabelecimentos privados, públicos e total dos serviços de saúde. Fonte - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES

5.4.3. Coleta de RSS e demais resíduos associados em São Paulo

A Prefeitura Municipal de São Paulo presta serviços de coleta diferenciada, tratamento e

disposição final de resíduos de serviços de saúde para pequenos e grandes geradores,

públicos e privados conforme determinado em Lei Municipal.

A Portaria 6/08 – LIMPURB/SES, com base na Resolução ANTT 420/2004, estabeleceu

que os estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde cadastrados na

AMLURB estão obrigados a preencher e apresentar, a cada coleta de resíduos dos Grupos

A e B perigosos, operada pelas concessionárias:

Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR).

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Figura 6 - Manifesto para transporte de Resíduos (MTR) utilizado pela empresa LOGA que presta serviços

ao Município de São Paulo.

Fonte: LOGA, 2015. http://www.loga.com.br/PDF/Manifesto-de-Transporte-de-Residuos-REV-3.pdf

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Ficha de Emergência, conforme NBR 7503.

Figura 7 - Ficha de Emergência, de acordo com a NBR 7503 para transporte de produtos perigosos.

Fonte: LOGA, 2015.

Além disso, para os resíduos classificados como Grupo B, o gerador deverá preencher,

também, o formulário de Solicitação de Coleta; para tais - substâncias de uso controlado,

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o gerador deverá providenciar também documentação junto à COVISA (Coordenadoria de

Vigilância Sanitária).

Os dados apresentados no Plano indicam que a coleta de RSS evoluiu nos últimos nove

anos segundo os seguintes quantitativos apresentados nas figuras abaixo.

Quadro 13 - Coleta anual de RSS por categoria.

Ano RSS coletados

(t/ano) Grupo A Grupo B

Animais mortos (A2)

2004 6.848 95% 2% 3%

2005 31.398 96% 1% 3%

2006 31.508 95% 2% 3%

2007 31.287 95% 2% 3%

2008 32.097 95% 2% 3%

2009 33.247 95% 2% 3%

2010 34.163 95% 2% 3%

2011 35.416 95% 2% 3%

2012 36.794 94% 3% 3%

Fonte: AMLURB, 2013; página 165, Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo.

Figura 8 - Variação da massa de RSS coletada em regime público no Município de São Paulo no período

entre 2004 a 2012.

Fonte: AMLURB, 2013; página 166, Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo, AMLURB,

2013.

Obs.: O salto observado após 2004, refere-se à entrada em vigor da Lei 13.478

que dispõe sobre a organização do sistema de limpeza urbana do município de São

Paulo; cria e estrutura seu órgão regulador; autoriza o poder público a delegar a

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execução dos serviços públicos mediante concessão ou permissão; institui a taxa

de resíduos sólidos domiciliares - TRSD, a taxa de resíduos sólidos de serviços de

saúde - TRSS e a taxa de fiscalização dos serviços de limpeza urbana - FISLURB;

cria o fundo municipal de limpeza urbana - FMLU, e dá outras providências.

5.4.4. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em São Paulo

Os RSS são destinados de acordo com sua natureza para tratamento, em unidades

licenciadas pela CETESB, por desativação eletrotérmica, autoclavagem, cremação ou

incineração. Os resíduos já com características de não periculosidade são destinados a

aterro sanitário.

O gerenciamento de resíduos perigosos de medicamentos, parte dos RSS do grupo B –

químicos, tem diretrizes e procedimentos específicos em razão de relatos da presença de

fármacos ou seus subprodutos em rios, lagos e águas subterrâneas, inclusive em águas já

tratadas e destinadas ao consumo humano.

Figura 9 - Destinação de RSS por tipo de resíduo.

Fonte: AMLURB, 2013. Página 166, Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo.

As empresas LOGA e ECOURBIS realizam os serviços de coleta dos RSS do Grupo B,

especificamente dos medicamentos vencidos que são recebidos da população nas

unidades de Assistência Médica Ambulatorial - AMA e Unidades Básicas de Saúde –

UBS’s.

O Município ainda não apresenta nenhuma ação específica voltada para a logística reversa

de descarte de medicamentos, mas ações voltadas para este fim estão em discussão no

Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo - CVS/SP em articulação com a Agência

Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.

Ainda de acordo com o Plano e informações do próprio setor, todos os RSS coletados dos

27 mil estabelecimentos geradores de RSS cadastrados na AMLURB são monitorados,

tratados e dispostos de forma ambientalmente adequada.

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5.4.5. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS em São Paulo

Para fazer frente aos desafios impostos para a gestão e gerenciamento desse complexo

cenário de geração de resíduos, a cidade dedica parcela expressiva de seu orçamento.

Do orçamento previsto para 2014, 2,01 bilhões de reais (R$ 14 mensais/hab.) serão

despendidos com a gestão dos resíduos sólidos: 947 milhões para pagamento de dois

contratos de concessão; 893 milhões para pagamento de serviços de limpeza urbana; 27

milhões para apoio aos catadores de materiais recicláveis; 87 milhões para pagamento de

manejo de resíduos inertes, e; 59 milhões para investimento e custeio, sem considerar os

custos de limpeza de córregos e piscinões feitos pelas Subprefeituras.

A TRSS, prevista na Lei Municipal 13.478/2002, é cobrada aos geradores de forma

proporcional às faixas de geração e custeia parcialmente os serviços de coleta, transporte,

tratamento e destinação final dos RSS perigosos. O Art. 98 da Lei 13.748/2002, diz que

“para cada estabelecimento gerador de resíduos sólidos de serviços de saúde - EGRS

corresponderá um cadastro de contribuinte”.

Para determinação dos valores de cobrança, a referida Lei municipal, classifica os

geradores por porte e por faixas, segundo o potencial de geração de resíduos, a saber:

Quadro 14 - Classificação dos empreendimentos geradores de resíduos dos serviços de saúde, a geração

respectiva para cada tipo e o valor médio da taxa paga ao Município de São Paulo.

Porte

(Especial, 1, 2, 3, 4 ou 5)

Geração

(kg/dia)

Valor médio da taxa

(Valor por mês)

EGRS* especial: Pequenos geradores de

resíduos sólidos de serviços de saúde Geração até 20 kg/dia R$ 44,30

EGRS* 1: Grandes geradores de resíduos

sólidos de serviços de saúde nível 1

20 kg/dia < Geração <

50 kg/dia R$ 1.410,47

EGRS* 2: Grandes geradores de resíduos

sólidos de serviços de saúde nível 2

50 kg/dia < Geração <

160 kg/dia R$ 4.513,49

EGRS* 3: Grandes geradores de resíduos

sólidos de serviços de saúde nível 3

160 kg/dia < Geração <

300 Kg/dia R$ 8.462,79

EGRS* 4: Grandes geradores de resíduos

sólidos de serviços de saúde nível 4

300 Kg/dia < Geração <

650 kg/dia R$ 18.336,05

EGRS* 5: Grandes geradores de resíduos

sólidos de serviços de saúde nível 4 Geração > 650 kg/dia R$ 22.567,44

*Estabelecimento gerador de resíduos sólidos de serviços de saúde (EGRS)

Fonte: Lei Municipal nº 13.748/2002.

O Artigo 101, da mesma lei, estipula a obrigatoriedade do estabelecimento de saúde em

não apenas efetuar a escrituração diária da quantidade, em quilos, de resíduos sólidos de

serviços de saúde gerados e apresentados à coleta como também de apresentar a referida

escrituração à fiscalização municipal, quando requerido sob risco de, na falta de

apresentação de uma escrituração com tal conteúdo, o contribuinte ficar sujeito a

pagamento de multa de 30% (trinta por cento) do valor devido no período não escriturado.

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Salienta-se que a inadimplência e a insuficiência de receitas para a cobertura dos custos

com a gestão e o gerenciamento dos resíduos de saúde sob competência e

responsabilidade da Prefeitura de São Paulo está apontada no PGIRS como a única

carência e deficiência do sistema para este resíduo.

Em consulta ao portal da Prefeitura, no item relativo a contratos, é possível consultar os

contratos das empresas responsáveis pelos serviços de coleta domiciliar, Loga e Ecourbis,

e de serviços de varrição e limpeza pública, Inova e Soma. Para RSS, seguem algumas

notas de destaque:

Contrato celebrado com a LOGA (Limpeza Urbana S/A SAMPALIMP) em 06

de Outubro de 2004 para o agrupamento Noroeste do Município de São

Paulo

Objeto: prestação dos serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação

final de:

a) Resíduos sólidos e materiais de varredura domiciliares residenciais.

b) Resíduos sólidos domiciliares, não residenciais (aqueles originários de

estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços,

comerciais e industriais, entre outros com caracterização de Classe 2,

conforme NBR 10004 da ABNT, até 200 litros por dia por munícipe usuário.

c) Resíduos inerte, caracterizados como Classe 3 pela norma técnica referida

no item b), entre os quais entulhos, terra e sobras de materiais de

construção que não excedam a 50 kg/dia por munícipe usuário devidamente

acondicionados.

d) Resíduos sólidos dos serviços da saúde, conforme definições da Lei

Municipal 13.478/02, com a redação dada pela lei 13.522/2003.

e) Restos de móveis, de colchões, de utensílios de mudanças e outros

similares, em pedaços, até 200 litros por munícipe usuário.

f) Resíduos sólidos originados em feiras livres e mercados, desde que

corretamente acondicionados.

Valor e prazo do contrato: R$ 4.797.388.512,00 (quatro bilhões, setecentos e

noventa e sete milhões, trezentos e oitenta e oito mil e quinhentos e doze reais)

a ser realizado em um prazo de 240 meses a contar do início da execução dos

serviços em 13 de outubro de 2004;

Contrato na integra disponível em:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/amlurb/arqui

vos/Contrato-Loga.pdf

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Contrato celebrado com a ECOURBIS AMBIENTAL S/A em 06 de Outubro

de 2004 para o agrupamento Sudeste do Município de São Paulo

Objeto: prestação dos serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação

final de:

g) Resíduos sólidos e materiais de varredura domiciliares residenciais.

h) Resíduos sólidos domiciliares, não residenciais (aqueles originários de

estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços,

comerciais e industriais, entre outros com caracterização de Classe 2,

conforme NBR 10004 da ABNT, até 200 litros por dia por munícipe usuário.

i) Resíduos inertes, caracterizados como Classe 3 pela norma técnica referida

no item b), entre os quais entulhos, terra e sobras de materiais de

construção que não excedam a 50 kg/dia por munícipe usuário devidamente

acondicionados.

j) Resíduos sólidos dos serviços da saúde, conforme definições da Lei

Municipal 13.478/02, com a redação dada pela lei 13.522/2003.

k) Restos de móveis, de colchões, de utensílios de mudanças e outros

similares, em pedaços, até 200 litros por munícipe usuário.

l) Resíduos sólidos originados em feiras livres e mercados, desde que

corretamente acondicionados.

Valor e prazo do contrato: R$ 5.039.480.640,00 (cinco bilhões 39 milhões

quatrocentos e oitenta mil e seiscentos e quarenta mil reais) a ser realizado em

um prazo de 240 meses a contar do início da execução dos serviços em 13 de

outubro de 2004.

Contrato na integra disponível em:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/amlurb/arqui

vos/Contrato-EcoUrbis.pdf

5.4.6. Diretrizes e objetivos, estratégias e metas para os RSS estabelecidas no PGIRS do Município de São Paulo

Como já mencionado anteriormente, a versão revisada do PGIRS de SP, contou com

espaços de participação e construção participativa em todas as etapas de sua elaboração.

Da mesma forma, as metas também foram discutidas e definidas em Oficinas Técnicas

que aconteceram após a realização das conferências municipais de meio ambiente. Todas

as diretrizes, objetivos, estratégias e metas definidas no Plano foram pensadas e estão

vinculadas ao seu período de vigência, ou seja, 20 anos.

Em relação aos Resíduos dos Serviços de Saúde, destacam-se as seguintes metas, direta

ou indiretamente relacionadas, já que há uma diretriz específica para os RSS que será

apresentada mais adiante.

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Implementar o manejo diferenciado de resíduos sólidos nas Unidades de Saúde de

São Paulo.

As metas para os resíduos orgânicos foram discutidas e definidas em processo posterior à

IV CMMA, em duas Oficinas Técnicas desenvolvidas em novembro/2013.

Implantar compostagem de resíduos orgânicos em mercados, sacolões,

estabelecimentos municipais de saúde, parques e praças, equipamentos esportivos

e outros estabelecimentos públicos, integrada às hortas urbanas e agricultura

familiar agroecológica, a partir de 2015.

5.4.7. Diretrizes para o manejo diferenciado de resíduos dos serviços de saúde definidas do Plano de Gestão Integrada de Resíduos do Município de São Paulo.

A IV CMMA, ecoando as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, da Resolução

RDC 306/04 e da Resolução Conama 358/05, definiu como diretrizes específicas à

proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, a minimização dos riscos de saúde e

ocupacionais nos ambientes de trabalho, o pagamento adequado dos serviços pelos

geradores e a exigência dos Planos de gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde

- PGIRS.

São objetivos definidos pelos delegados à IV CMMA:

Redução do volume de resíduos perigosos e sua periculosidade.

Segregação dos RSS perigosos, no momento e local de sua geração.

Segregação dos RSS recicláveis, comuns (grupo D), no momento e local de sua

geração.

Garantir formas de tratamento de RSS eficientes e eficazes.

Atingir a universalização da coleta de RSS perigosos.

Implantar a logística reversa da fração de RSS do grupo B (químicos).

5.4.7.1. Estratégias para implementação

O grupo de discussão organizado na IV CMMA para a abordagem específica da gestão

dos RSS traçou as seguintes estratégias para a consecução dos objetivos:

j.1. Redução do volume de resíduos perigosos e sua periculosidade:

Conduzir a tratamento, exclusivamente, os resíduos perigosos segregados: grupo A

(biológicos); grupo B (químicos); grupo C (radioativos); grupo E (perfurocortantes).

Ampliar a coleta diferenciada de RSS a todos os geradores de RSS perigosos.

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Adequar os tratamentos de RSS ofertados aos usuários, a todos os tipos de RSS

perigosos.

De acordo com a PNRS a redução de volume de consumo é item desejável antes da

reciclagem e logística reversa; desta maneira, a indústria da saúde deve distribuir seus

produtos e medicamentos de forma fracionada de modo a melhor atender o tratamento

dispensado ou prescrito.

j.2. Recuperação dos resíduos recicláveis secos e orgânicos

Obrigar progressivamente a recuperação de resíduos recicláveis secos e orgânicos

presentes nos RSS, grupo D, nas fontes geradoras, desde que não tenha ocorrido

contato com resíduos químicos ou infectantes;

Ampliar o cumprimento da obrigatoriedade de desenvolvimento dos PGRSS.

j.3. Logística reversa

Determinar em acordo setorial ou termo de compromisso, a implantação de logística

reversa de Resíduos Perigosos de Medicamentos - RPM, com participação

compartilhada da administração pública, órgãos regulamentadores, fornecedores,

distribuidores, indústria, importadores e consumidores de forma compulsória,

visando à redução de desperdício e segregação dos RSS, com aumento da

responsabilidade compartilhada.

Responsabilização da indústria farmacêutica dos efeitos danosos ao meio ambiente

e saúde e ressarcimento aos órgãos públicos do tratamento de seus resíduos.

Cabe ao poder público informar por meio de website, rótulos de embalagens,

publicações e mídia sobre como e onde descartar os RSS/RPM, inclusive orientando

os pontos de descarte de acordo com a PNRS (drogarias, farmácias, postos de

saúde, hospitais, petshops, clínicas em geral).

5.4.8. Metas quantitativas e prazos

Para o ano de 2015, estão estipuladas as seguintes metas quantitativas:

Criação de um grupo permanente de debate dos RSS na AMLURB com participação

do setor dos serviços de saúde (incluindo organizações públicas municipais,

estaduais e federais, concessionárias, entidades privadas e filantrópicas).

Criação de diálogo com as instâncias governamentais municipais, estaduais e

federais para compatibilizar as normas para os RSS.

Revisar procedimentos de controle de geração, transporte e destinação final dos

RSS exigidos dos geradores, para simplificar e uniformizar processos.

Fortalecimento de ações de Educação Ambiental e Comunicação Social para

manejo correto dos RSS, com responsabilidades para o setor de saúde e para o

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Pag. 55

poder público (seguindo a Resolução ANVISA RDC 306/2004 e Resolução

CONAMA 358/2005).

Já as metas apresentadas em sequência foram definidas para serem alcançadas com um

planejamento mais específico e detalhado ao longo dos anos de vinculação do Plano, ou

seja, até 2033.

Implementação e cumprimento progressivo de manejo diferenciado dos resíduos

grupo D, secos e orgânicos, em todos os grandes geradores de RSS, garantindo

sua valorização (% dos estabelecimentos).

Quadro 15 - Metas percentuais para implementação da valorização de RSS em ES.

Ano Meta (% dos estabelecimentos atendidos)

2013 0

2014 15

2015 30

2016 50

2017 70

2018 80

2019 90

2020 100

2021 100

2022 100

2023 100

2024 100

2025 100

2026 100

2027 100

2028 100

2029 100

2030 100

2031 100

2032 100

2033 100

Fonte: AMLURB, 2013; Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo, AMLURB, 2013.

Ampliação da coleta diferenciada a todos os geradores de RSS perigosos (% dos

estabelecimentos não atendidos).

Quadro 16 - Metas percentuais para coleta diferenciada de RSS em ES.

Ano Meta

(% dos estabelecimentos atendidos)

2013 0

2014 20

2015 60

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Ano Meta

(% dos estabelecimentos atendidos)

2016 100

2017 100

2018 100

2019 100

2020 100

2021 100

2022 100

2023 100

2024 100

2025 100

2026 100

2027 100

2028 100

2029 100

2030 100

2031 100

2032 100

2033 100

Fonte: AMLURB, 2013; Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo, AMLURB, 2013.

Deve ser ressaltado que a meta de manejo diferenciado dos RSS Grupo D dos pequenos

geradores (EGRS Especial) deve estar vinculada ao ritmo de avanço do serviço de coleta

seletiva de resíduos secos e orgânicos assemelhados aos domiciliares.

5.4.9. METAS DE GOVERNO

Para a compostagem in situ em equipamentos públicos municipais:

Implantar compostagem de resíduos orgânicos em mercados, sacolões,

estabelecimentos municipais de saúde, parques e praças, equipamentos esportivos

e outros estabelecimentos públicos.

A implantação de soluções de compostagem in situ em todas as instalações públicas

municipais voltadas ao abastecimento, saúde, esporte e lazer, áreas verdes, com espaço

disponível, é meta do governo (% do total de instalações). Meta: a partir de 2015.

Para a implantação da coleta seletiva de orgânicos:

Implementar o manejo diferenciado de resíduos sólidos nas Unidades Públicas de

Saúde, em conformidade com as metas de universalização das coletas seletivas.

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Pag. 57

5.4.10. Iniciativas relevantes

Um dos programas em vigor no Município de São Paulo que atendem uma das principais

diretrizes da PNRS - recuperação de resíduos orgânicos e secos gerados nos

estabelecimentos de saúde - e que pode servir de referência para outros municípios e/ou

regiões está descrito com maiores detalhes:

Projeto Hospitais Saudáveis

Participam 22 importantes instituições paulistanas, dentre elas: instituições prestadoras de

serviços, de ensino e de pesquisa em saúde, organizações da sociedade civil em geral e

demais organizações, públicas ou privadas, além de profissionais de saúde,

comprometidas com os objetivos e valores delineados. É uma associação sem fins

econômicos que se dedica a transformar o setor saúde em um exemplo para toda a

sociedade, em aspectos de proteção ao meio ambiente e à saúde do trabalhador, do

paciente e da população.

Figura 10 - Relação dos integrantes do PHS no Município de São Paulo.

Fonte: Página 168, Plano de Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo.

O PHS trabalha para desenvolver e apoiar uma rede de cooperação, partindo do

comprometimento das instituições de saúde do país, bem como dos profissionais de todas

as categorias que atuam no sistema de saúde brasileiro. Além do setor de assistência à

saúde, o PHS atua em parceria com organizações profissionais, sindicais e setoriais,

institutos de ensino e pesquisa, órgãos públicos e organizações não governamentais das

áreas de saúde e segurança do trabalho, saúde pública e meio ambiente.

Website: http://www.hospitaissaudaveis.org/

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Pag. 58

Ações prioritárias

i. Seminário Hospitais Saudáveis - SHS

(http://www.hospitaissaudaveis.org/seminario_hospitais_saudaveis.asp)

Tendo os RSS como um de seus temas mais tradicionais, o SHS buscou desde o início,

oferecer um fórum para o debate de experiências, problemas e soluções, com forte

conotação técnica operacional, além da ênfase no respeito pelo meio ambiente e a

segurança do trabalhador. Dessa forma, o SHS se coloca como uma alternativa à postura

estritamente normativa, legalista ou punitiva que domina certos círculos de discussão,

apresentando oportunidades de debate amplo e desenvolvimento do conhecimento, além

do reconhecimento pela própria comunidade de profissionais do setor saúde, dos méritos

e resultados de experiências apresentadas por seus pares.

O SHS acontece anualmente, desde 2008, com duração de dois dias, e conta, a cada

edição, com a presença de um público de mais 500 profissionais (dados de 2009 e 2010)

de saúde de alto nível, envolvidos principalmente nas áreas de assistência à saúde,

técnicos e gestores de serviços públicos e privados, e também de saúde pública e vigilância

sanitária. Também participam profissionais de saúde e segurança do trabalho, controle de

infecção hospitalar, gestão ambiental e consultoria, arquitetura e engenharia hospitalar,

farmacêuticos, dentistas, biólogos, fornecedores de serviços hospitalares, como higiene e

tratamento de RSS, além de professores e pesquisadores de diversas áreas.

Obs.: Todas as apresentações das edições anteriores do SHS (desde 2008), incluindo as

conferências internacionais (keynote speakers) estão disponíveis na área de Biblioteca,

juntamente com os programas completos e fotos dos eventos.

ii. Campanha Saúde Sem Mercúrio

(http://www.hospitaissaudaveis.org/campanha_saude_livre_de_mercurio.asp)

A Organização Saúde Sem Dano, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS)

desenvolve uma Iniciativa Global Saúde Sem Mercúrio (disponível apenas em inglês ou

espanhol) que tem como objetivo a eliminação dos dispositivos à base de mercúrio na área

da saúde. Iniciada em 2005, esta iniciativa visa orientar o público em geral e convencer os

dirigentes de países e de serviços de saúde a substituir os dispositivos médicos que

contenham mercúrio (principalmente termômetros e esfigmomanômetros) por alternativas

economicamente viáveis e mais seguras sob o ponto de vista ocupacional, sanitário e

ambiental, sem prejuízo da qualidade e precisão nas medições.

Paralelamente, um grupo significativo de países, incluindo o Brasil, participa do Comitê

Intergovernamental de Negociação (INC, na sigla em Inglês), promovido pelo Programa

das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Nesse comitê se negociam soluções

para a contaminação de mercúrio a nível global e se busca que cada país participante se

comprometa com uma legislação nacional sobre mercúrio. Nesse contexto, caberá ao setor

saúde brasileiro fazer sua parte.

O Projeto Hospitais Saudáveis contribui para o êxito desse esforço no Brasil promovendo

a campanha Saúde Sem Mercúrio que é realizada em parceria com Saúde Sem Dano e

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Pag. 59

conta com o apoio e participação de diversas instituições nos níveis nacional, regional e

local.

Os estabelecimentos de assistência a saúde dos brasileiros podem participar dessa

iniciativa cadastrando-se na campanha Saúde Sem Mercúrio

iii. Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis

(http://www.hospitaissaudaveis.org/rede_gobal_hospitais_verdes_e_saudaveis.asp)

A Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis (HVS) é uma comunidade de organizações

de saúde dedicadas a reduzir sua pegada ecológica e promover a saúde pública e

ambiental. Trata-se de uma iniciativa da organização internacional Saúde Sem Dano,

representada no Brasil pelo Projeto Hospitais Saudáveis que promove e organiza a

participação das organizações nacionais nessa rede.

Os membros de Rede Global HVS de todo o mundo estão trabalhando juntos em uma

comunidade de aprendizagem para compartilhar as melhores práticas, encontrar soluções

para os desafios que enfrentam e conquistar resultados mensuráveis.

Hospitais, sistemas e organizações de saúde representando os interesses de mais de 4000

hospitais de seis continentes começaram a se reunir a partir de 2012, tendo como

referência a Agenda Global Hospitais Verdes e Saudáveis. A Agenda consiste em dez

objetivos interconectados: Liderança, Substâncias Químicas, Resíduos, Energia, Água,

Transporte, Alimentos, Produtos Farmacêuticos, Edifícios, Compras. Cada um contém uma

série de ações, bem como links para ferramentas e recursos que hospitais e sistemas de

saúde podem usar para dar suporte a estes objetivos.

Podem participar da Rede HVS:

Estabelecimentos de Assistência à Saúde (hospitais, clínicas, serviços de

diagnósticos, reabilitação, entre outros).

Sistemas de Saúde (organizações públicas ou privadas que gerenciam redes ou

grupos de serviços de saúde).

Organizações de Saúde (ONGs, associações, instituições de ensino ou pesquisa,

órgãos públicos, entre outros).

A participação como membro da Rede HVS é gratuita e está condicionada ao cumprimento

dos compromissos descritos na carta de adesão e nos sites do PHS e da Rede GGHH.

Como funciona:

Hospitais e demais estabelecimentos prestadores de assistência à saúde deverão

desenvolver ações concretas em pelo menos dois dos dez objetivos da Agenda. Para cada

objetivo escolhido, o estabelecimento de saúde deverá apresentar, no prazo máximo de

um ano, um Estudo de Caso, relatando suas ações conforme modelo padronizado.

Para integrar a rede é preciso atender pelo menos dois dos objetivos estabelecidos:

reduções no consumo de água e energia; tratamento de resíduos; controle de estoque de

fármacos; redução da prescrição, considerada desnecessária, de remédios; e a

substituição de substâncias químicas perigosas, como o mercúrio.

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O Hospital Sírio Libanês é uma das instituições citadas que integra o Projeto Hospitais

Saudáveis e iniciou um programa de compostagem de seus resíduos orgânicos em 2010,

com 380 toneladas; em 2011 coletou e destinou para compostagem 462 toneladas, e em

2012, 649 toneladas; ainda em 2012 foram recuperadas 893 toneladas de recicláveis

secos.

O Hospital Israelita Albert Einstein, que também integra o Projeto Hospitais Saudáveis,

realiza parte do processo de compostagem no próprio hospital por meio de dois

biodigestores, com capacidade de processar até 500 quilos, de uma só vez, de resíduos

de restaurantes e lanchonetes. Desidratados, os restos perdem 70% do volume.

5.4.11. Informações adicionais

5.4.11.1. Geração

Do ponto de vista das quantidades, a geração média per capita de resíduos domiciliares

em São Paulo em 2012 foi de 1,1 quilos por habitante por dia, mas há uma variação entre

os resíduos gerados nas Subprefeituras; nos extremos estão as Subprefeituras das

cidades de Tiradentes e de Pinheiros, com geração per capita, respectivamente de 0,63kg.

Habitante/dia e 1,73kg. Habitante/dia.

5.4.11.2. Controle e fiscalização

Atualmente, dois projetos auxiliam o controle e a fiscalização dos serviços de coleta

domiciliar e hospitalar. O Projeto FISCOR foi introduzido com o objetivo de permitir o

monitoramento por GPS/GPRS das rotas dos veículos de coleta de resíduos sólidos

domiciliares, de resíduos de serviços de saúde e veículos utilizados nas estações de

transbordo para transferência de resíduos; o Projeto SISCOR implantou tecnologia no

sistema operacional para pesagem dos veículos nas áreas de disposição final para controle

de entrada e saída de veículos e quantidades de resíduos depositadas.

5.5. FORTALEZA

5.5.1. Cenário Estadual

O Estado do Ceará, com uma população urbana segundo a ABRELPE/2010, de 6.343.990

habitantes, produz em média 8.735 t/dia de resíduos sólidos, com um per capita de 1,377

kg/hab. dia, constitui-se no segundo maior gerador de resíduos sólidos da Região. Dos

nove estados nordestinos apenas a Bahia ultrapassa o Ceará, e Pernambuco, em terceiro

lugar, está bem próximo.

A situação atual reflete a existência de três Aterros Sanitários Metropolitanos, construídos

pelo Governo de Estado, no período de 1989/1994, instalados em Caucaia, no Oeste, o de

Maracanaú ao Sul e em Aquiraz, ao Leste. Mais três aterros sanitários foram construídos

no Estado, estando a política estadual de gestão dos resíduos sólidos a cargo da Secretaria

das Cidades e da CONPAM – Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente.

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Em 2006, a empresa PROINTEC elaborou o Diagnóstico da situação de coleta e destino

final nos municípios do Ceará constatando que naquela época existiam apenas 21 Planos

Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), dos 184 municípios

cearenses, sendo que 85% dos municípios destinam seus resíduos a lixões e vazadouros

a céu aberto.

O Diagnóstico concluiu pela necessidade de desviar, do fluxo geral de resíduos sólidos, o

dos serviços de saúde, a partir de um plano de gestão específico.

Ainda, nas conclusões, aparecem:

Falta de campanhas informativas e de educação dos cidadãos para com os resíduos

sólidos.

Falta de veículos próprios para a coleta e equipamentos complementares.

Falta de definição do programa de coleta seletiva implementados, tendo em vista a

instalação de um mercado não convencional utilizado para a comercialização dos

resíduos, entre outros.

O Governo Estadual do Ceará definiu como meta a elaboração e construção de 30 aterros

sanitários a serem operados de forma consorciada.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do Município de

Fortaleza

O PMGIRS de Fortaleza foi elaborado com o objetivo primário de integrar o PMSB – Plano

Municipal de Saneamento Básico de acordo com a Lei nº 11.445/2007, em elaboração.

A elaboração dos trabalhos foi fiscalizada e supervisionada pela ACFOR – Autarquia de

Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental e

acompanhada pelo Grupo de Apoio Técnico Interinstitucional, criado pela Portaria

003/2012 da ACFOR, composto por instituições do poder público municipal e estadual que

atuam na área de resíduos sólidos.

A empresa SANETAL ENGENHARIA E CONSULTORIA EM SANEAMENTO E MEIO

AMBIENTE LTDA EPP, sob direção técnica do Engenheiro Adriano Augusto Ribeiro, foi à

empresa contratada para a elaboração do PMGIRS - e a metodologia dos trabalhos foi

fixada nos seguintes elementos:

Termo de Referência para elaboração do Plano, parte integrante do Edital de

Tomada de Preços Nº 02/2011, da ACFOR.

Contrato firmado entre ACFOR e SANETAL, em 07/12/2011.

Relatórios dos Grupos, GTI – Grupo Técnico Interno da ACFOR e Grupo Técnico de

Apoio Interinstitucional (GTAI).

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Pag. 62

Definição dos Produtos a serem entregues e da metodologia de acompanhamento

técnico e participação social na elaboração do PMGIRS, especificadas na

sequência.

Em 2012, a empresa TRAMITTY, contratada pelo Conselho de Políticas Públicas e gestão

do Meio Ambiente, com apoio do Ministério do Meio Ambiente, elaborou uma proposta de

Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Estado do Ceará com

apoio do Ministério do Meio Ambiente. A proposta caracterizou Fortaleza na Região

Metropolitana de Fortaleza (RMF – A), integrada pelos municípios de Aquiraz, Caucaia,

Eusébio e São Gonçalo do Amarante, com população estimada para 2032 de 3.648.432

habitantes, com geração de RSD estimada em 4.047,3 t/dia, de RCC em 2.833,1t/dia e

RSS em 21,8t/dia. A proposta incluía 318 intervenções, incluindo a implantação de 145

LEV’s, 50 PEV’s, 19 PEV’s simplificados, 19 PEV’s Centrais, 25 ATT’s, 19 Unidades de

Compostagem, 20 Galpões de Triagem, 15 Aterros de RCC, 04 Unidades de Transbordo,

e requalificação de 02 Aterros Sanitários sendo que os investimentos previstos alcançavam

R$ 52.605.792,83.

5.5.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS

5.5.2.1. Geração de RSS em Fortaleza

Como mencionado no item acima, de acordo com a caracterização elaborada para a

proposta de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos no Estado do Ceará, a

geração média estimada de RSS na Região Metropolitana de Fortaleza é de 21,8t/dia.

Não foi apresentada uma informação específica para a geração de RSS do Município de

Fortaleza isoladamente.

5.5.2.2. Armazenamento dos RSS em Fortaleza

O Plano não apresenta informações específicas sobre esta etapa do fluxo de geração dos

RSS no Município.

5.5.2.3. Coleta de RSS e demais resíduos associados em Fortaleza

Para a coleta e transporte de resíduos de serviços de saúde as empresas necessitam de

licenças de transporte emitidas pela SEMAM e SEMACE, previamente cadastradas na

EMLURB. As principais empresas que fazem a coleta e transporte de RSS em Fortaleza

são:

i. BRASLIMP: http://www.braslimp.com.br/solucoes.php

ii. REPLAMA: http://www.replama.com.br/

iii. LIMPTUDO: http://limptudo.com/

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iv. TRANSÁGUA: http://www.transagua.com.br/transagua/

A responsabilidade da coleta e do transporte é dos próprios geradores sendo os resíduos

provenientes de hospitais, postos de saúde e outros estabelecimentos públicos e/ou

privados, de responsabilidade dos órgãos que os administram.

Os resíduos coletados são encaminhados ao CTRP – Centro de Tratamento de Resíduos

Perigosos, operado pela empresa Marquise

(http://www.marquiseambiental.com.br/2013/07/incineracao/), em Fortaleza.

Figura 11 - Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos de Fortaleza, operado pela empresa Marquise

Engenharia.

Fonte: MARQUISE AMBIENTAL, 2013. Disponível em: http://www.marquiseambiental.com.br/2013/07/incineracao/

Além do cadastro na EMLURB, as empresas transportadoras devem apresentar o

Manifesto de Transporte de Carga (MTR), devidamente preenchido com informações sobre

o tipo de resíduo, quantidade, data e hora, de acordo com a Lei Municipal N°11.633 de

18 de maio de 2004.

5.5.2.4. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em Fortaleza

Para o tratamento dos resíduos de serviço de saúde, Fortaleza conta com o Centro de

Tratamento de Resíduos Perigosos - CTRP, que possui um incinerador e uma autoclave

para fazer o tratamento (inertização) deste tipo de resíduo. Atualmente é operado pela

empresa Marquise, mas a infraestrutura é da própria Prefeitura.

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Após o tratamento as escórias (cinzas) da incineração e os resíduos autoclavados, e serem

descaracterizados, são enviados para o ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL OESTE DE

CAUCAIA (ASMOC).

O CTRP recebe resíduos de serviços de saúde de empresas privadas como Hospitais,

Clínicas, Infraero, entre outros, de Fortaleza e região metropolitana. Em 2011 foram

tratados cerca de 1.740t de resíduos provenientes de 65 empresas privadas, entre

resíduos do grupo A, B e industriais. Estima-se que do total de resíduos recebidos, 20%

sejam de origem industrial.

Além disso, o CTRP trata os resíduos de unidades de saúde provenientes das SER’s

(Secretarias Executivas Regionais) e do Hospital Público - Instituto Dr. José Frota (I.J.F).

Das unidades municipais de saúde de Fortaleza são tratados uma média de 948 t/ano de

resíduos, ou seja, uma média mensal equivalente a 79 t.

Figura 12 - Fluxograma do tratamento de resíduos no Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos - CTRP

de Fortaleza, Ceará.

Fonte: SANETAL, 2012.

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Figura 13 - Sistemas de alimentação de resíduos no Centro de Tratamento de Resíduos perigosos de

Fortaleza.

Fonte: SANETAL, 2012/SEMAM, 2012.

Obs.: Em relação a destinação final dos resíduos amálgama, xilol, formol, reveladores e

fixadores, o Plano informa que o Município, até o ano de elaboração do Plano, aguarda

uma determinação do órgão ambiental municipal, a SEMAM.

5.5.2.5. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS em Fortaleza

O incinerador é da Prefeitura, e o valor cobrado pelo tratamento dos resíduos de serviços

de saúde municipais é de R$ 1,17/kg, 12,69% menor que valor cobrado das empresas

privadas que, segundo dados da ACFOR, o valor médio cobrado para o tratamento de RSS

do grupo A é de R$ 1,34/kg.

De acordo com o Plano, o custo anual de inertização dos RSS municipais, executados no

DTRP, representa R$ 1.109.635,01 dos cofres públicos do Município de Fortaleza, sendo

que a mesma unidade presta serviços ao Estado e à particulares e recebe, ao ano, R$

12.781.164,55. Vale observar que estes valores são referentes a 2012, ano de publicação

do Plano.

5.5.2.6. Metas, diretrizes, planos e ações para os RSS estabelecidas no PGIRS do Município de Fortaleza

Para estipular as metas, diretrizes e ações, o plano apresenta uma sistemática denominada

de CPD que consiste na classificação dos elementos segundo

Condicionantes/Deficiências/ Potencialidades, (CDP) atribuindo aos mesmos uma função

dentro do processo de desenvolvimento da cidade. Esta sistemática foi adotada também

para o Plano Municipal de Saneamento Básico o que é muito interessante do ponto de vista

de gestão já que auxilia na compatibilização e fluxo das metas e objetivos delineados. Isto

significa que as tendências desse desenvolvimento podem ser percebidas com maior

facilidade.

A Sistemática CDP apresenta basicamente um método de ordenação criteriosa e

operacional dos problemas e fatos, resultantes de pesquisas e levantamentos,

proporcionando apresentação compreensível e compatível com a situação atual da cidade,

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Pag. 66

ou seja, do Diagnóstico. A partir da classificação dos elementos segundo esta metodologia

foi possível estruturar a situação do Município com referência a gestão de resíduos sólidos

da seguinte maneira:

Condicionantes: elementos existentes no ambiente urbano, planos e decisões

existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no

desenvolvimento do Município, e que pelas suas características e implicações

devem ser levados em conta no planejamento de tomadas de decisões. Exemplos:

rios, morros, vales, o patrimônio histórico e cultural, sistema viário, legislação, etc.

Deficiências: são elementos ou situações de caráter negativo que significam

estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o desenvolvimento

do Município.

Potencialidades: são aspectos positivos existentes no Município que devem ser

explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida da

população.

Destaca-se que as deficiências e as potencialidades podem ter algumas características:

técnicas, naturais, culturais, legais, financeiras, sociais, administrativas e econômicas.

A utilização desta sistemática CDP possibilitou a classificação de todos os aspectos

levantados nas leituras técnicas e comunitárias (diagnóstico dos resíduos sólidos) nestas

três categorias, de forma a subsidiar a organização dos cenários, identificando as ações

prioritárias e as tomadas de decisões. Para subsidiar o planejamento das ações, a escala

de PRIORIDADE foi divida em três níveis, Alta para os resultados iguais a 05, Média = 03

e Baixa = 01, de acordo com a equação a seguir.

𝑃𝑅𝐼𝑂𝑅𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 = 𝑅𝐸𝐿𝐸𝑉Â𝑁𝐶𝐼𝐴 × 𝐼𝑁𝐶𝐸𝑅𝑇𝐸𝑍𝐴

Figura 14 - Esquema para cálculo da prioridade na tomada de decisão e ação das carências identificadas no

Plano.

Fonte: SANETAL, 2012.

Para a sequência do trabalho e metodologias propostas, primeiro foram elencadas todas

as ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão de resíduos no Município de

Fortaleza e logo em seguida foram identificadas as prioridades, por meio do produto das

Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça, anteriormente elencadas. Os índices de

relevância e incerteza utilizados foram os seguintes:

Quadro 17 - Índices de relevância e incerteza utilizados para os resíduos dos serviços de saúde, no Plano de

Gestão de Resíduos do Município de Fortaleza, CE.

AMEAÇA OPORTUNIDADE RELEVÂNCIA INCERTEZA

PRIORIDADE (RELEVÂNCIA

X INCERTEZA)

Grupo: Gestão Integrada

O custo da inertização dos RSS

municipais

Incinerador é propriedade da

Prefeitura Municipal

03 03 09

Grupo: Disposição Final

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Pag. 67

AMEAÇA OPORTUNIDADE RELEVÂNCIA INCERTEZA

PRIORIDADE (RELEVÂNCIA

X INCERTEZA)

Presença de RSS em áreas de

transbordo para outros tipos de

resíduos

Incinerador/autoclave operado pela

Marquise. Resolução

RDC ANVISA 306/2004

05 01 05

Fonte: Elaboração própria a partir do conteúdo dos itens 7.3 e 7.4 do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do

Município de Fortaleza, 2012.

Após a elaboração da matriz numérica, as ameaças foram agrupadas por aspecto que lhe

era pertinente. Para Fortaleza dividiu-se em: Gestão Integrada de Resíduos, Produção de

Resíduos, Disposição Final e Educação Ambiental e após o agrupamento foram somados

os valores obtidos na matriz numérica elaborada anteriormente.

Na quarta e última etapa, foi realizada a hierarquização por ordem decrescente, ou seja,

do grupo que mais pontuou para o que menos pontuou.

O Plano apresenta duas tabelas, uma que contém a hierarquização das ameaças, de

acordo com os grupos mencionados acima (Gestão Integrada de Resíduos, Produção de

Resíduos, Disposição Final e Educação Ambiental) e outra que apresenta tais ameaças

igualmente agrupadas, mas priorizadas de acordo com a sua pontuação que está dividida

em grupos cuja pontuação varia de 0 a 5, 5 a 10, 10 a 15 e 15 a 25.

De forma resumida, as pontuações obtidas por grupo, para Fortaleza, foram:

- Gestão de Resíduos = 432 pontos.

- Produção de Resíduos = 259 pontos.

- Disposição Final = 251 pontos.

- Educação Ambiental = 190 pontos.

A pontuação de cada grupo é utilizada para a montagem dos cenários, ou seja, neste caso,

eles serão montados a partir da Gestão Integrada que obteve a maior pontuação, seguida

da Produção de Resíduos (259), Disposição Final (241) e, por último a Educação Ambiental

(190).

5.5.2.7. Iniciativas relevantes em Fortaleza

A Prefeitura de Fortaleza publicou, em 2013, um manual de orientação para controle e

fiscalização do transporte de resíduos que pode ser localizado no seguinte endereço:

http://www.fortaleza.ce.gov.br/sites/default/files/manualdeorientcaofiscalizacaov2.pdf.

Um dos objetivos deste é capacitar a fiscalização municipal quanto ao aparato legislativo

e às normas técnicas utilizadas em matéria de gerenciamento de resíduos sólidos para

orientação ao trabalho de campo e aos geradores sobre práticas de não geração, redução,

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Pag. 68

reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos e disposição final ambientalmente

adequada dos rejeitos, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Além

disso, este documento pretende também padronizar procedimentos em fiscalização das

etapas de geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e

destinação final de resíduos sólidos cujas atividades são obrigadas à elaboração do Plano

de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, conforme Lei Municipal nº 8.408, de 24 de

dezembro de 1999, Decreto Municipal nº 10.696, de 2 de fevereiro de 2000, Lei Federal nº

12.305, de 2 de agosto de 2010 e Decreto Federal nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010.

Ainda em relação a este documento, vale ressaltar que uma das justificativas

apresentadas para sua elaboração e publicação é a minimização dos custos do poder

público, a partir do trabalho de fiscalização, com os serviços de coleta, transporte,

tratamento e destinação final de resíduos sólidos oriundos das atividades consideradas

grandes geradoras de resíduos, conforme legislação municipal, cuja responsabilidade é

exclusiva do gerador e envolve ainda a formação de indicadores em matéria de

resíduos, com o propósito de avaliar os resultados obtidos e definir os locais prioritários

em ações de educação ambiental e fiscalização no Município de Fortaleza.

Este manual apresenta um capítulo específico para três tipos de resíduos: construção civil

e afins, resíduos comerciais e de prestadores de serviços, e resíduos dos serviços de

saúde. Para cada resíduo, são contemplados os seguintes tópicos:

Legislação Federal.

Resoluções do CONAMA.

Resolução ANVISA.

Normas da ABNT.

Legislações Estaduais.

Legislações Municipais.

Definição e Classificação.

Infrações à legislação.

5.5.2.8. Informações adicionais

Um dos anexos do Plano apresenta uma relação dos indicadores utilizados, bem como

suas definições, equações e unidade de medida. A fonte destas informações não foi

apresentada.

Seguem estes parâmetros utilizados para os RSS:

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Pag. 69

Quadro 18 - Indicadores, definições, equação e unidade utilizados para os parâmetros quantitativos relativos

à gestão/gerenciamento de RSS em Fortaleza.

Indicadores sobre coleta de RSS

Indicador Definição do Indicador Equação Expresso em

I036

Massa de RSS coletada per

capta em relação à população

urbana

(𝑹𝒔𝟎𝟐𝟖 + 𝑹𝒔𝟎𝟎𝟖)𝒙 𝟏𝟎𝟔

𝑮𝒆𝟎𝟎𝟐𝒙𝟑𝟔𝟓

Kg/ 1000

habitante/dia

I037

Taxa de RSS coletada em

relação à quantidade total

coletada

(𝑹𝒔𝟎𝟐𝟖 + 𝑹𝒔𝟎𝟎𝟖)𝒙 𝟏𝟎𝟎

𝑪𝒐𝟏𝟏𝟔 + 𝑪𝒐𝟏𝟏𝟕) percentual

Fonte: Elaboração própria a partir do conteúdo do Anexo 10 do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município

de Fortaleza, 2012. (obs.: legenda de siglas e a fonte das equações utilizadas não foram informadas no plano de referência).

5.6. PALMAS

Na falta de um Plano Municipal para o município de Manaus, foi escolhido o município de

Palmas, capital do Estado do Tocantins, para representar a região Norte do País.

5.6.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do Município de Palmas

O Plano Municipal de Resíduos Sólidos de Palmas/TO descreve a situação atual do

Município, por meio do Diagnóstico Situacional dos resíduos sólidos gerados, estimando

os cenários futuros no Prognóstico que contempla projeções populacionais e de demanda

pelos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos para o horizonte temporal

de 30 anos do projeto e, com base nisso, consolida o planejamento estratégico da gestão

dos resíduos, envolvendo a proposição de Programas, Projetos e Ações para cumprir os

objetivos e as metas pré-estabelecidas.

A elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos pautou-se

pelos princípios, diretrizes e instrumentos definidos em legislação aplicável no âmbito

federal, estadual e local relacionada direta ou indiretamente com o manejo de resíduos

sólidos, e considerou a estrutura institucional do poder executivo do município de

Palmas/TO, no que diz respeito à organização para a gestão dos serviços de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos (planejamento, prestação, fiscalização e regulação

dos serviços, além do controle social).

O Plano foi elaborado com o intuito de compor o Plano Municipal de Saneamento Básico

do Município e, por isso, além das diretrizes estabelecidas pela Lei Federal 11445/2007,

atende também o conteúdo previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei Federal

12.305/2010.

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5.6.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS

No Município de Palmas os geradores destes resíduos são representados pelos serviços

relacionados à atenção a saúde humana ou animal, como hospitais, clínicas, postos de

saúde, consultórios odontológicos ou médicos, clínicas veterinárias, serviços de

assistência domiciliar e em campo, laboratórios de análises de produtos para a saúde,

farmácias, necrotério, funerária, centros de zoonoses, estabelecimentos de ensino e

pesquisa na área da saúde, dentre outros.

Cabe a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) o papel de divulgar, orientar e fiscalizar o

cumprimento da resolução RDC ANVISA 306/2004, bem como exigir os PGRSS, já que é

item obrigatório na obtenção de alvará sanitário de cada estabelecimento gerador de

resíduos de serviço de saúde.

Atualmente a empresa Terra Clean é contratada pela Prefeitura para executar a coleta em

todos os estabelecimentos que geram resíduos de serviço de saúde, no total de 280

estabelecimentos. A coleta é realizada em todos os 280 estabelecimentos e obedece a

rotas definidas.

Ressalta-se que não é feita a cobrança diretamente aos geradores, independente de ser

um estabelecimento público ou privado.

5.6.3. Geração de RSS em Palmas

Os dados de geração utilizados no plano foram obtidos por meio de consulta ao Sistema

Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) durante o período entre 2005 e 2011.

A partir dos dados consultados, adotou-se para a estimativa da geração dos RSS no

Município a média de todos os dados disponíveis de taxa de RSS coletada em relação à

quantidade total dos resíduos sólidos urbanos coletados (segundo informações do SNIS),

o que resultou em um percentual de 1,37% ou 976,70 toneladas/ano.

Com base nestes números é que foi estimada a geração total de RSS para o Cenário

Tendencial, durante o horizonte temporal de 30 anos adotado neste PMGIRS, em

42.678,23 toneladas/ano e para o Cenário Desejável, após a implantação das medidas,

metas e ações e programas propostos esperam-se uma geração total de 38.639,56

toneladas/ano, ou 9,46% inferior ao cenário tendencial detectado.

5.6.4. Segregação e Armazenamento dos RSS em Palmas

De acordo com o relatado no Plano, a elaboração do diagnóstico contemplou a visita de

algumas unidades de saúde com o objetivo de verificar a forma de manuseio dos resíduos

dentro destas unidades.

Durante estas visitas, foi observado:

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Pag. 71

as unidades visitadas contavam com o local apropriado para o descarte dos resíduos

que podem ocasionar perfurações e cortes, o recipiente do tipo "descartex",

constituído de papelão e identificado pela cor amarela e com o símbolo de material

infectante;

a existência de recipientes distintos e variados para o acondicionamento interno dos

resíduos infectantes e dos resíduos comuns, (ver figuras abaixo), mas, nem todos

os estabelecimentos contavam com a utilização do saco branco leitoso,

devidamente identificado com o símbolo de material infectante;

em alguns casos ocorre a disposição de resíduos do tipo comum, tais como papéis,

plásticos e copos descartáveis, nos recipientes que deveriam ser destinados

exclusivamente ao descarte de material infectante, prática incorreta e que onera

desnecessariamente o transporte e o tratamento;

o acondicionamento para armazenamento externo dos resíduos de serviço de saúde

é realizado de forma distinta nos estabelecimentos visitados. Em algumas unidades

verificou-se a existência de locais com infraestrutura coberta e devidamente

identificada com relação ao tipo de resíduo a ser armazenado;

existem estabelecimentos que utilizam tambores ou containers para o

armazenamento externo dos resíduos, sem haver a existência de um local protegido

e identificado para o armazenamento dos resíduos infectantes.

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Pag. 72

Figura 15 - Formas de armazenamento externo de RSS praticadas no Município.

Fonte: World Wide Web, 2014.

Observa-se que as informações obtidas foram apenas qualitativas e o plano não apresenta

dados quantitativos relativos a este tipo de informação para os geradores de RSS do

Município.

5.6.5. Coleta de RSS e demais resíduos associados em Palmas

O Poder Público Municipal é responsável, diretamente ou por meio de delegação dos

serviços, pela coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sépticos

gerados por estabelecimentos que tenham como mantenedor o Município de Palmas/TO.

Já os estabelecimentos que são da iniciativa privada, serão responsáveis por todo o

manejo dos seus resíduos sépticos gerados.

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O Município, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), é responsável pela

identificação e cadastramento de todos os geradores de Resíduos de Serviços de Saúde

(RSS). Este cadastramento deve conter informações sobre a localização, tipologia,

produção média de resíduos e existência do Plano de Gerenciamento de Resíduos de

Serviços de Saúde (PGRSS) dentre outras informações.

A fiscalização quanto à implantação e operação correta dos PGRSS por parte dos

geradores de RSS fica a cargo da Secretária Municipal de Saúde (SESAU) e da Vigilância

Sanitária e com a participação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços

Públicos (SEISP).

O Equipamento utilizado para coleta de RSS, quando da realização do diagnóstico é: um

caminhão compactador, mas sem a utilização de sua compactação. A empresa segue uma

roteirização de coleta, realizada de segunda a sábado, sendo realizada a coleta em cada

estabelecimento três vezes na semana. De acordo com a empresa, o uso obrigatório de

EPI’s não é negligenciado e seguido da maneira como estabelecido por lei.

5.6.6. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em Palmas

Os resíduos de serviço de saúde coletados em Palmas são destinados ao aterro sanitário,

onde existem valas sépticas, devidamente impermeabilizadas para a sua disposição final,

não existindo processo de tratamento prévio dos resíduos. Com base nos valores

repassados pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos de Palmas, nos primeiros

6 meses de 2013 foram encaminhadas para o aterro sanitário aproximadamente 75,12

toneladas/mês de resíduos de serviço de saúde.

Foi informado, durante a realização do diagnóstico, que existe uma empresa privada com

uma proposta de implantação de um incinerador de resíduos de serviço de saúde,

atualmente em processo de licenciamento. Não se obteve dados sobre a capacidade de

operação, custos de disposição e a previsão para o seu início.

5.6.7. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS em Palmas

Das informações apresentadas no Plano não é possível identificar as despesas municipais

no que se refere à gestão e gerenciamento de RSS.

Entretanto, o plano, baseado nos dados do SNIS (2011) prevê que a receita orçada com

os serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, de forma geral, foram de R$

28.672.973.00 por ano e a receita foi equivalente a R$ 2.613.278,00/ano. O Plano traz uma

nota destacando que “tais dados podem conter incoerências, principalmente devido ao fato

de que é a própria Prefeitura a responsável pela alimentação dos dados no sistema do

SNIS, que fica sujeito a erros de preenchimento e até esquecimento de montantes de

valores”.

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Pag. 74

5.6.8. Metas, diretrizes, planos e ações para os RSS estabelecidas no PGIRS do Município de Palmas

A construção dos objetivos e metas está alinhada com o estabelecido em normativas

federais, estaduais e municipais, principalmente, com a Política Nacional de Resíduos

Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010) e a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei

Federal nº 11.445/2007).

O Plano apresenta 16 objetivos específicos para o sistema de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos. No que se refere aos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde estes

estão incluídos em sua maioria no Programa 2 – Disposição Final Ambientalmente

Adequada dos Rejeitos Gerados e Valorização das Atuais Áreas de Disposição Final.

A ameaça identificada é que os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são destinados em

valas sépticas impermeabilizadas localizadas no Aterro Sanitário do Município, porém não

existe tratamento prévio desses resíduos antes da disposição final. Portanto, o objetivo

principal é de adequar a disposição final dos RSS no Município e para solucionar este

problema, foram pensadas nas seguintes metas, ações e projetos:

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Quadro 19 - Metas, ações e produtos definidos para a adequação da disposição final dos RSS no âmbito do Programa 2 definidos no Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB Palmas.

Programa 2 - Disposição Final Ambientalmente Adequada dos rejeitos gerados e valorização das atuais áreas de passivo

METAS Ações e Projetos

Responsabilidades

Prioridade/Prazo Supervisão e

Gerenciamento Execução Participação Acompanhamento

Regulação e Fiscalização

2.3

Propiciar a disposição final ambientalmente adequada de

Resíduos dos Serviços de Saúde.

2.3.2 Contratar e fiscalizar empresa autorizada e licenciada para a coleta dos RSS

gerados em 100% dos estabelecimentos públicos. SEISP

SEISP/ SESAU

Vigilância Sanitária e

Sec. de Saúde

Órgão Colegiado Ente

regulador/ Fiscalizador

2014-2043

2.3.3 Contratar, manter e fiscalizar empresa autorizada e licenciada para a coleta e destinação final dos RSS gerados para 100% dos estabelecimentos privados.

SESAU Gerador

Vigilância Sanitária e

Sec. de Saúde

Órgão Colegiado Ente

regulador/ Fiscalizador

2014-2043

2.3.4 Verificar viabilidade técnica e econômica de implantar incinerador para os RSS previamente a disposição final, de modo que reduza seu volume e

potencialize a vida útil da área de disposição. SEMDU SEISP SEPLAG Órgão Colegiado

Ente regulador/

Fiscalizador 2014

2.3

Propiciar a disposição final ambientalmente adequada de Resíduos dos Serviços de Saúde.

2.3.5

Fomentar o descarte adequado de seringas e medicamentos vencidos de usuários domésticos por meio de sistemas de logística reversa,

sensibilizando geradores, comerciantes de farmácias, revendedores e fabricantes.

SESAU SEISP/

Vigilância Sanitária

SEMDU Órgão Colegiado Ente

regulador/ Fiscalizador

2015-2043

SEMDU: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano SEPLAG: Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão SEISP: Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos SESAU: Secretaria Municipal de Saúde

Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB Palmas | Volume IV - Resíduos Sólidos, Página 295.

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Pag. 76

5.6.9. Informações adicionais

O Plano traz em seu Apêndice VIII a relação de todos os estabelecimentos geradores de

resíduos dos serviços de saúde com o nome e endereço do gerador. Ao todo, de acordo

com as informações publicadas, o Município de Palmas possui 280 Estabelecimentos.

No Apêndice IX, o plano apresenta um esquema com rota de coleta dos resíduos dos

serviços de saúde, listada por dia da semana e empreendimentos em que a coleta é

realizada. Segue um exemplo para as segundas-feiras:

Quadro 20 - Rota de coleta dos resíduos dos serviços de saúde gerados nos estabelecimentos listados para

uma segunda-feira.

SEGUNDA-FEIRA

Cons. Odont. Coss Farmogral

Ortodontia e Ortopediatria Cons. Odont. Drª Rosiane

Cons. Odont. Reabilitação Oral Off center

Odonto Riso Cons. Odont. Ortodontista

Radio Bucal Pet Center

Hortho Dr. Marcos Cons. Odont. Pais e Filhos

Centro Odontológico JK Mister Cam

Arca Vit Planeta Animal

Mauro Tatuagens Aeroporto

Cons. Odont. Dr. Emanoel Pronto Atendimento Aureni I

Uni Amed Odonto Canta Galo

Zero Cárie Hosp. Padre Luso

Cons. Odont. Drª Célia

Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB Palmas | Volume IV - Resíduos Sólidos.

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Pag. 77

6.0. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

O aspecto genérico e unicamente teórico dos Planos Municipais de Gestão de Resíduos

Sólidos analisados chamou a atenção, principalmente, em relação à inexistência de dados

e de informações precisas sobre a gestão e o gerenciamento, quando cabível, dos resíduos

dos serviços de saúde. Este fato se torna ainda mais alarmante tendo em vista a

complexidade dos temas relacionados à gestão e gerenciamento dos resíduos dos serviços

de saúde que, quando executada sem a devida atenção, pode não apenas comprometer

os investimentos municipais, como também representar um risco potencial a saúde da

população.

De forma mais específica, os dados sobre a geração municipal de RSS, quando

apresentados, não estavam acompanhados da metodologia de cálculo/estimativa utilizada

e, muitas vezes, não continham a fonte da informação.

Percebeu-se ainda, coincidências em algumas considerações levantadas no Produto 01

da Fase I, como, por exemplo, a inexistência de mecanismos de monitoramento, controle

e gestão do fluxo dos RSS em todas as etapas de gerenciamento em nível municipal e

estadual. A implantação de um sistema de dados para os RSS foi proposta recorrente em

vários dos planos analisados. Entretanto, nenhum deles, até o momento, deu começo a

iniciativa, sendo que em Porto Alegre, em contato realizado por telefone, nos informaram

que o motivo foi estritamente financeiro.

Apesar de todas as deficiências verificadas, foi possível visualizar algumas iniciativas e

ideias interessantes, como por exemplo, a experiência do CONSIMARES, em Campinas-

SP, o Projeto Hospitais Saudáveis que fazem parte alguns estabelecimentos de saúde

privados do Município de São Paulo, a experiência em Fortaleza com o sistema de

tratamento térmico financiado pelo próprio município bem como o manual de orientação

para controle e fiscalização do transporte de resíduos publicado pela Prefeitura de

Fortaleza.

Podemos perceber então, que a RMBH e seu Colar Metropolitano compartilham muitos

dos seus gargalos com a grande maioria das 10 maiores cidades do país e que é possível

aprender com as dificuldades enfrentadas por cada uma delas bem como com o sucesso

e com os avanços na gestão e gerenciamento dos RSS dos últimos anos, desde a

elaboração de seus Planos.

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Pag. 78

7.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

As informações apresentadas no documento foram retiradas dos Planos Municipais de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e outros tipos de planos, como o de Saneamento,

quando disponível.

As referências serão agrupadas pela ordem que apareceram no documento e por município

para facilitar sua busca e visualização.

Introdução:

- IBGE População. Disponível em:

http://www.ibge.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php#populacao

Brasília:

- CORSAP Brasília. Disponível em: http://corsapdfgo.eco.br/. Nenhum documento

oficial foi publicado até o momento.

- SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Plano Distrital

de Saúde 2012 a 2015, Brasília, Junho de 2012, versão atualizada em 30 de

Setembro de 2009, Página: 60. Disponível em:

http://www.saude.df.gov.br/images/Conselho%20de%20Saude%20do%20DF/plan

odesaude_2012_2015%201.pdf

São Paulo

- Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/arquivos/PGIRS

-2014.pdf

- AMLURB. Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo.

2013. p. 165.

- FLUXUS, 2010. Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos do Consórcio

Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de

Campinas, p. 123.

Curitiba:

- Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos. Disponível em:

http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/plano-de-gestao-integrada-de-residuos-

solidos/6 e também no endereço http://www.residuossolidos.sema.pr.gov.br/.

- Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do

Paraná, 2005.

- Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Contrato

Administrativo nº 023/2013. 2013. Disponível em:

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Pag. 79

http://www.justica.pr.gov.br/arquivos/File/contratos/2013/CONTRATO_023_2013.

PDF

Porto Alegre:

- Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos. Disponível em

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu/default.php?p_secao=161

- Plano Estadual Rio grande do Sul. Disponível em:

http://www.pers.rs.gov.br/documentos.html

- Empresa responsável pela Elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do

Rio Grande do Sul: http://www.engebio.net/

- Informações sobre o processo de elaboração do Plano Estadual de resíduos do RS.

Disponível em: http://www.rs.gov.br/lista/707/meio-ambiente, e

http://www.pers.rs.gov.br/

Palmas:

- Plano municipal de resíduos do município de Palmas. Disponível em:

http://portal.palmas.to.gov.br/media/doc/arquivoservico/PMSB_Palmas_Volume_0

4_Residuos_Solidos_Versao_Final.pdf

Fortaleza:

- Plano municipal de resíduos do município de Fortaleza. Disponível em:

http://portal.palmas.to.gov.br/media/doc/arquivoservico/PMSB_Palmas_Volume_0

4_Residuos_Solidos_Versao_Final.pdf

Anexos:

- CONSIMARES. Consimares: Consórcio Região Metropolitana de Campinas. 2014.

Disponível em: http://www.consimares.com.br/

- CONSIMARES. Orçamento Consimares, 2014. Receitas- Folha 1 de 2. Disponível

em:

http://www.consimares.com.br/util/arquivos/arquivos/Receitas%20e%20Despesas

%20por%20Categoria%202014.pdf

Outros documentos:

- LOGA, 2015. Disponível em: http://www.loga.com.br/PDF/Manifesto-de-

Transporte-de-Residuos-REV-3.pdf

- MARQUISE AMBIENTAL, 2013. Disponível em:

http://www.marquiseambiental.com.br/2013/07/incineracao/

- SANETAL, 2012.

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Pag. 80

8.0. ANEXOS

ANEXO I - OUTRAS INICIATIVAS EM MUNICÍPIOS OU REGIÕES METROPOLITANAS

BRASILEIRAS QUE SE DESTACAM NA GESTÃO E/OU GERENCIAMENTO DE RSS

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ANEXO I

OUTRAS INICIATIVAS EM MUNICÍPIOS OU REGIÕES METROPOLITANAS

BRASILEIRAS QUE SE DESTACAM NA GESTÃO E/OU GERENCIAMENTO DE RSS

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OUTRAS INICIATIVAS EM MUNICÍPIOS OU REGIÕES METROPOLITANAS

BRASILEIRAS QUE SE DESTACAM NA GESTÃO E/OU GERENCIAMENTO DE RSS

REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

O Consimares, como o consórcio é conhecido, foi constituído em 17 de janeiro de 2009 e

trata-se da formação do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos entre os

municípios de Americana, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste

e Sumaré todos localizados na região metropolitana de Campinas sendo que a Prefeitura

Municipal de Sumaré assume a sua Secretaria Executiva.

Figura 1 - Localização da Região Metropolitana de Campinas no Estado de São Paulo.

Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS, Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos

Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 12.

O Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos está localizado na Região

Metropolitana de Campinas, no Estado de São Paulo. Segue tabela com o nome dos

municípios e dados sobre os mesmos:

Quadro 1 - Dados geoeconômicos dos municípios integrantes do Consimares, na Região Metropolitana de

Campinas, SP.

Municípios População

2010 * PIB per capta 2009 IDH 2000

Americana 210.638 29850,41 0,84

Capivari 48.576 19089,11 0,803

Elias Fausto 15.775 34491,85 0,768

Hortolândia 192.692 23588,03 0,79

Monte Mor 48.949 24086,21 0,783

Nova Odessa 51.242 32862,03 0,826

Santa Bárbara d’Oeste 180.009 16434,47 0,819

Sumaré 241.311 28629,39 0,8

Total/media 989.192 25389,07 0,803

Fonte: CONSIMARES.

O objetivo geral do consórcio é “Produzir diretrizes, normas e arranjos administrativos para

o desenvolvimento das atividades do CONSÓRCIO, com ênfase na inclusão

socioeconômica e ambiental dos catadores de materiais recicláveis”.

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Como objetivos específicos são apresentados os seguintes:

I. Sistematização dos dados e as informações dos municípios sobre os resíduos

sólidos urbanos a partir dos trabalhos já concluídos.

II. Mapeamento das áreas de concentração de trabalho dos catadores de materiais

recicláveis.

III. Identificação dos grupos de catadores de materiais recicláveis.

IV. Identificação das fragilidades e potencialidades do sistema de limpeza urbana,

coleta e de reciclagem dos municípios.

V. Desenho dos cenários para a gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos pelo

Consórcio.

O site dedicado ao consórcio apresenta todos os documentos relativos às atividades

executadas bem como todas as ATAS de reuniões ordinárias e extraordinárias realizadas.

Além disto, está disponível também para consulta o orçamento do ano vigente e dos

anteriores. Como exemplo, seguem alguns detalhes do Orçamento de 2014.

Figura 2 - Orçamento Consimares, 2014. Receitas- Folha 1 de 2.

Fonte: CONSIMARES. Disponível em: http://www.consimares.com.br/consimares/util/arquivos/arquivos/Anexo%202%20-

%20Receitas%202014.pdf.

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PGIRS Consimares

O Plano Integrado de Gestão Resíduos Sólidos do Consórcio Intermunicipal de Manejo de

Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas foi publicado entre dezembro de

2012 e janeiro de 2013.

Sua elaboração teve início no primeiro semestre de 2010 quando foram realizadas oficinas

participativas que contaram com a atuação de uma equipe de pesquisadores do

Laboratório Fluxus da Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp (DSA/FEC/UNICAMP) e

de agentes técnicos das então seis prefeituras responsáveis pelas ações de manejo de

resíduos sólidos; educação ambiental para a minimização de produção e a segregação dos

resíduos sólidos; e, inclusão socioambiental e econômica dos catadores de materiais

recicláveis que resultou na elaboração do estudo para o I Plano Integrado de Resíduos

Sólidos. Este trabalho foi conduzido pela Prefeitura Municipal de Sumaré que utilizou

recursos financeiros do Ministério do Meio Ambiente, pela Secretaria de Recursos Hídricos

e Ambiente Urbano.

Desta forma, o estudo realizado em 2010, bem como os trabalhos: SITUAÇÃO DOS

RESÍDUOS SÓLIDOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS realizado pelo

FLUXUS-NESUR/UNICAMP em 2006 e o PLANO DIRETOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA

RMC elaborado pela Empresa Metropolitana de Planejamento (EMPLASA), ambos

contratados pela Agência Metropolitana de Campinas (AGEMCAMP), foram utilizados

como fonte de dados e informações referentes aos oito municípios do consórcio.

Salienta-se que o referido Plano apresenta um capítulo específico para o Zoneamento

Regional Comum com o objetivo de regulamentar o uso e a ocupação do solo dos seis

municípios integrantes do Consórcio Metropolitano de Resíduos Sólidos (CRS) que

possuem recentes disposições e diretrizes que constam em suas Leis Complementares

em seus Planos Diretores. Ao final da análise é apresentada uma proposta de definição de

áreas comuns aos municípios integrantes do consórcio bem como um mapa de

zoneamento consolidado.

Para a elaboração do diagnóstico, além dos dados já levantados pelo estudo realizado em

2010, como supracitado, foram consideradas as informações cedidas pelos próprios

técnicos dos municípios, coletadas por meio de questionários e durante a realização de

oficinas. O quadro a seguir, apresenta a geração per capta de RSD (Resíduos Sólidos

Domiciliares) nos municípios que compõem o consórcio e sua comparação com a média

nacional publicada na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

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Quadro 2 - Variação da quantidade de geração per capta de resíduos nos municípios pertencentes ao

consórcio Consimares na região metropolitana de Campinas.

Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos

Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 48.

Quadro 3 - Geração de RSD e de RSS nos oito municípios do consórcio Consimares, Região Metropolitana

de Campinas, SP.

RSD RSS RPV RCC Reciclaveis***

Americana 5168,40 10,63 346,47 nao implantada 208,00

Capivari 842,40 0,91 sem informaçao sem informaçao 10,00

Elias Fausto 342,00 0,40 sem informaçao 65,00 sem informaçao

Hortolandia 3300,00 15,00 300,00 30,00 300,00

Monte Mor 600,00 2,00 100,00 6,00 sem informaçao

Nova Odessa 1500,00 2,00 100,00 220,00 33,00

Santa Barbara 3468,00 10,00 261,06 7095,00 13,00

Sumaré 5040,00 9,44 350,00 7365,00 41,50

Total 20260,80 50,38 1457,53 14781,00 605,50

Os dados nas celulas destacadas, foram obtidos no trabalho realizado pela AGEMCAMP (2009).

Demais dados: prefeituras municipais.

Geraçao de Resíduos Sólidos

Municipios

t/mês produzida

Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos

Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 49.

O quadro a seguir, apresenta a geração de RSS por município. O Plano publicado não

apresenta informações sobre o fluxo de geração, transporte e destinação final, dentre

outras informações mais específicas dos municípios que compõem o consórcio.

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Quadro 4 - Geração de RSS por município pertencente ao CONSIMARE, Região Metropolitana de Campinas

(2012-2013).

Municípios do Consórcio Classificação dos

resíduos produzidos Peso mensal gerado (t/mês)

Americana A-B-E 10,62

Capivari A-B-E 0,91

Elias Fausto A-B-E 0,40

Hortolândia A-B-E 14,00

Monte Mor A-B-E 2,00

Nova Odessa A-B-E 2,00

Santa Barbara A-B-E 10,00

Sumaré A-B-E 9,44

Cosimares A-B-E 3,45

Obs.: As unidades de saúde foram mapeadas por meio das informações disponíveis referentes aos hospitais e postos de saúde, não estando incluídas informações sobre outras unidades de prestação de serviços de saúde

Fonte: Informação fornecida pelas prefeituras municipais dos municípios pertencentes ao Consórcio.

As unidades e estabelecimentos de saúde estão representadas no mapa abaixo.

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Figura 3 - Mapa das unidades de saúde dos municípios que compõem o CONSIMARES.

Fonte: http://www.consimares.com.br/pagina/pagina.aspx?pagina=5

A seguir, estão descritas as diretrizes e estratégias apresentadas no Plano para os RSS:

Diretriz 1: Fortalecer a gestão dos resíduos de serviços de saúde.

Estratégia 1: Apoiar as ações de capacitação permanente para público alvo, considerando

as especificidades locais.

Estratégia 2: Estimular os municípios do CRS a intensificar as ações de fiscalização dos

serviços de saúde.

Estratégia 3: Cobrança referente à coleta, transporte, tratamento e disposição final dos

geradores particulares.

E, por fim, as metas previstas no plano, estipuladas para os RSS.

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Quadro 5 - Tratamento implementado para resíduos perigosos e/ou resíduos que necessitem de tratamento

conforme Resolução CONAMA nº358/2005 em %.

Ano 2015 2019 2023 2027 2031

% 100 100 100 100 100

Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos

Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 137.

Quadro 6 - Disposição final em local que possua licença ambiental para os RSS (%).

Ano 2015 2019 2023 2027 2031

% 100 100 100 100 100

Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos

Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 137.

Ações

Registrar os Planos de Gerenciamento de Resíduos das instituições públicas e

privadas no sistema local de informação sobre resíduos.

Criar cadastro de transportadores e processadores, referenciado no sistema local

de informações sobre resíduos.

Cobrança de taxa para coleta e destinação de RSS para geradores privados.

No Capítulo 5 do PGRIS do Consimares são apresentadas algumas diretrizes para logística

dos resíduos, desenvolvidas no estudo da Fluxus (2010) para o sucesso das atividades

que contemplam os serviços de limpeza previstos no estatuto do consórcio. O quadro a

seguir apresenta algumas sugestões para viabilização do transporte de resíduos, em

termos gerais, incluindo os resíduos dos serviços de saúde já que a caracterização da rede

técnica atual existente na região quanto aos aspectos logísticos – carga, veículos e

entrepostos — revela problemas no fluxo de transporte.

Quadro 7 - Cenário Atual da Rede de transporte de alguns tipos de resíduos, incluindo RSS, gerados pelos

municípios da Região Metropolitana de Campinas.

Redes de transporte de resíduos dos Municípios – Cenário Atual

Características das Cargas

Carga fracionada.

Resíduos domiciliares - carga perecível.

Resíduos recicláveis - volume variável

Resíduos de serviços de saúde - carga contaminante.

Resíduos de construção civil - grande peso.

Características dos Veículos

Veículos inadequados ao tipo de carga e com capacidade restrita.

Roteirização da coleta apenas de RSD nos bairros.

Os mesmos veículos que coletam, fazem o transporte até o destino final (podem rodar mais de 100 km para a destinação final).

Características dos Entrepostos

Sucateiros e Cooperativas de Material Reciclável.

Postos de Entrega Voluntária.

Ecopontos apenas para entulhos (RCC).

Aterro Sanitário privado a uma média de 40km de distância.

Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos

Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, Tabela 37, página 113.

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A seguir é apresentado o cenário proposto para aperfeiçoar a eficiência e eficácia do

sistema atual:

Quadro 8 - Logística Proposta para a Rede Integrada de Transporte de resíduos do Consórcio Consimares.

Rede Integrada de Transporte de resíduos do Consórcio

Características das Cargas

Consolidação de cargas nos Ecopontos como pequenas estações de transferência de resíduos recicláveis para as cooperativas.

Consolidação das cargas na estação de transferência (RSD, RCC).

Coleta Milk-run*

Características dos Veículos

Roteirização de todas as coletas e destinação final.

Veículos distintos conforme tipo de resíduo e volume de carga.

Otimização da capacidade dos veículos.

Características dos Entrepostos

Cooperativas de Material Reciclável.

Ecopontos como Área de Transbordo e Triagem - ATT - pequenas estações de transferência de resíduos distribuídos em raios de 1 km para receber RCC e RR, onde pode ser realizada uma prévia triagem dos resíduos de construção civil.

Estação de transferência (RSD, RCC).

Aterro Sanitário regional.

Legenda: -Consolidação de carga: implantação de estações de transferência para resíduos domésticos, de construção civil e recicláveis. -Consolidação de veículos: uso de veículos diferentes para cada etapa do transporte otimizando a capacidade de carga de acordo com a distância a ser percorrida. -Roteirização da frota: roteirização específica para cada fluxo de resíduo. -Operação cross-docking: centro de transferência e destinação final única e próxima ao município de maior demanda. -Coleta Milk-run: organização e planejamento das atuais rotas de coleta.

Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos

Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, Tabela 38, página 114.

Diante do exposto, os resíduos dos serviços de saúde que se enquadrarem na Rede de

Logística definida e apresentada no quadro acima, apresentariam um novo fluxo, desde a

geração até a disposição final adequada, como ilustra a figura abaixo:

Figura 4 - Fluxo dos Resíduos dos Serviços de Saúde gerados pelos municípios do consórcio da Região

Metropolitana de Campinas (Consimares).

Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos

Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 115.

Ainda no Capitulo 5 – constituição e Ações do Consórcio, o subitem 5.2.6. - Estudo

Preliminar de Possibilidades Locacionais, apresenta de maneira genérica alguns pré-

requisitos para instalação das infraestruturas propostas no que se refere ao zoneamento

urbano, como mostra o exemplo a seguir para uma Usina Central de Tratamento Térmico.

Coleta roteirizada (hospitais e unidades

de saúde)

Transporte no veículo coletor (van e

caminhão 1 a 3 t)

Destino Final (Inicinerador no aterro regional l)

Resíduos dos Serviços de Saúde

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Quadro 9 - Diretrizes urbanísticas para os fluxos da rede técnica de resíduos sólidos, 2010.

UNIDADES DIRETRIZES URBANÍSTICAS PARA O CONSÓRCIO

Aterro Sanitário Localização sujeita a licenciamento. Deve ser instalado próximo à infraestrutura e distar da zona urbanizada de no mínimo 500 metros.

Usina Central (tratamento térmico)

Localização sujeita a licenciamento e restrita às zonas industriais.

Fonte: FLUXUS, 2010.