procedimento cautelar

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  • 8/6/2019 PROCEDIMENTO CAUTELAR

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    PROCEDIMENTO CAUTELARPREVENO CONTRA PERIGO DE DANO NO CURSO DO PROCESSO

    1. Conceito e noes gerais Processo principal e processo cautelar

    Introduo Tempo Pode ser prejudicial ao processo Risco para sua efetividade Ex: 1 processo visa condenao ao pagamento de quantia certa pela demora,

    quando da sentena, pode no haver patrimnio do devedor suficiente para assegurara satisfao do crdito arresto

    Conceito Segundo gnero de processo No satisfativo no h realizao do direito material no visa tutela imediata Permite a futura realizao do direito material (substancial) visa tutela mediata Definio

    o Processo que tem por fim assegurar a efetividade de um provimentojurisdicional a ser produzido em outro processo Instrumento de proteo instrumentalidade qualificada Pode ser

    o Antecedente ou preparatrioo Incidente

    Finalidade Garantir a efetividade de outro processo (principal), ao qual se liga necessariamente

    Diferena entre tutela cautelar e tutela antecipada tutelas de urgncia

    tutela cautelar visa a assegurar o resultado prtico de um processo tutela antecipada visa concesso, de forma antecipada, do prprio provimento

    jurisdicional pleiteadoo ex: tratamento mdico retirada do nome do autor dos rgos de proteo ao

    crdito

    2. Ao cautelar caractersticas conceito condies

    Nominao da ao Ausncia de contedo cientfico carter didtico

    Ao cautelar medida cautelar Ao cautelar = poder de provocar o exerccio da jurisdio pelo Estado Medida cautelar = tutela para garantir a efetividade de um provimento

    jurisdicional

    Conceito de ao cautelaro Poder de pleitear do Estado-juiz a prestao da tutela jurisdicional cautelar,

    exercendo posies ativas ao longo do processo.

    Caractersticas As mesmas da ao em geral

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    o Autnoma em relao ao direito substancial que mediatamente se pretendeproteger

    o Abstrata = existe o poder de ao ainda que no exista o direitosubstancial afirmado pelo demandante

    Condies art. 267, VI, do CPC Possibilidade jurdica da demanda Legitimidade das partes Interesse processual (de agir) Caso concreto

    o Condies da ao cautelar condies da ao principal

    2.1 Legitimidade das partes

    Ativa Aquele que se diz titular de um direito substancial

    Passiva

    O sujeito apontado pelo demandante como sendo o outro sujeito da questodebatida em juzo (res in iudicium deducta)

    Legitimao extraordinria - MP

    2.2 Interesse de agir

    Utilidade da providncia cautelar pleiteada pelo demandante Binmio necessidade-adequao

    Interesse-necessidade

    Interesse-adequao Ex: arresto para execuo por quantia certa e seqestro para execuo paraentrega de coisa certa

    Discusso sobre conceder medida diversa da devida O demandante pleiteia X e o juiz concede Y

    o Majoritria: aceita (Humberto Theodoro)o Minoritria: no aceita (Calmon de Passos, Alexandre Freitas Cmara)

    Art. 273, 7, do CPCo Aqui, sim, existe fungibilidade entre os meios de obteno da tutela

    jurisdicional de urgncia

    2.3 Possibilidade jurdica da demanda A demanda juridicamente possvel toda vez que o ordenamento jurdico no

    estabelecer uma proibio em abstrato para que se aprecie determinado pedido oudeterminada causa de pedir

    Ex: No se pode pleitear arresto se o crdito decorre de dvida de jogo No se pode pleitear priso civil cautelar no h guarida em nosso sistema

    jurdico

    3. Tutela Cautelar conceito caractersticas eficcia no tempo classificao

    3.1. Conceito

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    Provimento jurisdicional capaz de assegurar a efetividade de uma futura atuaojurisdicional

    Providncia concreta conservao do estado de fato ou de direito durante todo otempo necessrio para o desenvolvimento do proc. principal

    3.2. Caractersticas

    1) Revogabilidade art. 807, CPC

    Tb presente nas tutelas antecipatrias (art. 273, 4, CPC) Decorre da cognio sumria juzo de probabilidade Fumus boni iuris

    Periculum in mora

    Causas da revogao: Verificao de que o direito substancial afirmado pelo demandante que

    parecia existir, em verdade, no existeOU

    Desaparecimento da situao de perigo ex: alterao de riqueza do devedor

    2) Instrumentalidade hipottica Instrumento de realizao do proc. principal O juiz concede a med. cautelar p/ a hiptese de, no proc. principal, ser deferida a

    med. satisfativa do direito substancial Referibilidade: toda medida cautelar se refere a 1 situao substancial que se quer

    proteger

    3) Temporariedade/Provisoriedade dominante dizer que a tutela cautelar provisria (interina) Corrente da temporariedade o que ela diz?

    Temporrio : no dura para sempre pode ou no ser substitudo Provisrio : destinado a durar enquanto no sobrevenha um evento sucessivo

    que o substituir (definitivo) Concluso dessa corrente :

    o Tutela cautelar: temporriao Tutela antecipada: provisria

    Ex: arresto seguido de penhora

    5) Modificabilidade art. 807, CPC As causas so as mesmas da revogao

    Pode ser decretada nos prprios autos do proc. cautelar como nos autos do proc.principal

    No depende de requerimento Concedidas de ofcio : podem ser modificadas de ofcio Concedidas por requerimento :

    Dir. indisponveis : modificadas de ofcio Dir. disponveis : modificadas por requerimento

    Ex:Req. medida cautelar de sustao de protesto

    DeferidaHouve o protesto

    Req. de suspenso dos efeitos do protesto

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    6) Fungibilidade art. 805, CPC Cauo ou outra garantia menos gravosa para o requerido adequada/suficiente para

    evitar ou reparar a leso integralmente Princpio do menor gravame possvel art. 620, CPC Ex: substituio do arresto por hipoteca ou por fiana Poder-dever do juiz

    1 corrente : no precisa de processo autnomo de cauo AFC e Galeno Lacerda 2 corrente : precisa de proc. autnomo - HTJr

    3.3. Eficcia no tempo

    1 Situao art. 806 c/c art. 808, I, CPC S medidas cautelares antecedentes constritivas de direito ( produo antecipada de

    provas) Finalidade: impedir que o demandante se contente com a efetivao da medida

    cautelar, quedando-se inerte e no ajuizando a demanda principal

    Prazo: 30d Contagem: da efetivao da medida Ex: da data da efetiva apreenso do bem cujo arresto se determinou

    2 Situao art. 808, II, CPC Finalidade: evitar-se que a med. cautelar j deferida possa ser efetivada a qualquer

    tempo Demora imputvel ao demandante

    3 Situao art. 808, III, CPC Desfecho desfavorvel ao demandante (na ao principal) com ou sem mrito: cessa

    a eficcia da medida Desfecho favorvel ao demandante: a medida continua a produzir efeitos enquanto

    for necessria Ex:

    Arresto deferido

    Prolao de sentena condenatria que reconhece o direito do demandante

    O arresto produz efeitos at a penhora na fase de cumprimento de sentena

    Obs: cumprimento de sentena deve ser requerido dentro de 30d do trnsito em julgado,sob pena de se permitir que a med. constritiva de direitos produza efeitos sem que esteja emtrmite um mdulo satisfativo (Marinoni)

    Art. 808, pargrafo nico, CPC Com a cessao da eficcia da medida, o demandante no pode ajuizar novamente a

    mesma demanda pela mesma causa de pedir Esse dispositivo se refere a medida cautelar que foi deferida na sentena

    ATENO!Momentos de CONCESSO/DEFERIMENTO da medida cautelar:

    Processo Cautelar

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    Med. cautelar deferida liminarmente sentena(art. 804, CPC)

    1) em sede liminar cessa a eficcia: aguarda-se a sentena2) na sentena cessa eficcia: no se pode ajuizar a demanda pela mesma causa de pedir

    3.4. Classificao

    No h consenso

    Para HTJr Quanto finalidade:

    o Med. para assegurar bens ex: arresto e seqestroo Med. para assegurar pessoas ex: busca e apreenso de incapazes; guarda

    provisria de incapazeso Med. para assegurar provas ex: exibio, produo antecipada de provas

    Quanto tipicidade:o Med. tpicas e atpicas

    Quanto ao momento de postulao:o Med. preparatrias e incidentes

    Para AFC Quanto tipicidade:

    o Med. tpicas e atpicas Quanto ao momento de postulao:

    o Med. antecedentes e incidentes Quanto finalidade:

    o Med. de garantia da cognio assegura a efetividade de um futuromdulo cognitivo ex: produo antecipada de provas, sustao de

    protestoo Med. de garantia da execuo assegura a efetividade de um futuro

    mdulo processual executivo ex: arresto, seqestroo Med. de cauo contracautela (parte final do art. 804, CPC)

    4. Requisitos especficos para a concesso da tutela cautelar

    4.1. Fumus boni iuris

    Tutela cautelar tutela de urgncia No se condiciona demonstrao da EXISTNCIA, da VERDADE do direito

    substancial Condiciona-se demonstrao da APARNCIA Cognio sumria juzo de probabilidade Obs: cognio exauriente juzo de certeza limite da tutela cautelar, pois quando se tem certeza, a tutela cautelar torna-se

    inadequada e a tutela principal que deve ser deferida

    4.2. Periculum in mora

    Situao de perigo iminente Iminncia de dano irreparvel ou de difcil reparao

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    Situao objetiva fatos concretos (no basta fundado receio de dano) No afeta o direito substancial principal Afeta s a efetividade do processo principal As situaes de perigo para o direito substancial so protegidas pela tutela antecipada

    2 tipos de situao de perigo:

    Perigo p/ a efetividade do proc. principal tutela cautelar

    Ex: pessoa que pretende executar um crdito em face de um devedor que est dilapidando seupatrimnio

    Perigo p/ o direito substancial tutela antecipada

    Ex: portador do vrus da AIDS em desfavor do Estado, visando a condenao ao pagamento dotratamento

    Concluso sobre os requisitos:

    Possibilidade de concesso da tutela cautelar

    Fumus boni iuris + periculum in mora

    5. Poder Geral de Cautela

    5.1. Conceito

    Autorizao concedida ao Estado-juiz

    Concesso de medidas cautelares atpicas

    Hipteses quando as tpicas no se mostrarem adequadas Impossibilidade de previso abstrata de todas as situaes de perigo Seu exerccio subsidirio completa o sistema sensibilidade do juiz (CRD) Corolrio da garantia constitucional da tutela jurisdicional adequada

    5.2. Limites Art. 799, CPC Entendimento dominante: rol exemplificativo Concluso: cabvel quando nem as tpicas nem as previstas no art.799 se mostrarem

    adequadas Prudncia do juiz

    1 limite: No um poder discricionrio do juiz Obs: corrente majoritria poder discricionrio Explicao desse 1 limite, pela corrente minoritria:

    2 limite: Necessidade Inerente idia de tutela jurisdicional, que s pode ser prestada quando se fizer

    necessria

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    3 limite: A medida no pode ser capaz de satisfazer o direito do demandante

    5.3. Forma e momento do exerccio

    Momento S quando houver um processo em curso Princpio da demanda jurisdio funo inerte

    S at a prolao da sentena termo ao ofcio do juiz monocrtico - art. 463, CPC Caber ao Tribunal competente p/ apreciar o recurso eventualmente interposto

    Forma 2 aspectos 1) natureza de deciso fundamentao interlocutria ou sentena 2) necessidade ou no de 1 proc. prprio ex: art. 1001, CPC

    5.4. Medidas cautelares ex officio

    Art. 797, CPC

    Possibilidade de concesso de med. cautelar que no tenha sido requerida Sem audincia das partes S em casos excepcionais 1 corrente: autorizao legal E excepcionalidade 2 corrente: autorizao legal OU excepcionalidade Ex: art. 1.001 e 1.018, p., CPC (casos de autorizao legal) S incidentemente Independe da natureza do direito substancial (disponvel ou indisponvel)

    6. Competncia para o Processo Cautelar

    Competncia no 1 grau de jurisdio

    Art.800, CPC Falta de tcnica medida cautelar (processo cautelar)

    Incidente: juzo da causa (processo principal j em curso) Competncia funcional inderrogvel No caso de preveno no h conexo ou continncia Conexo : comum o OBJETO OU A CAUSA DE PEDIR Continncia : identidade quanto s PARTES E CAUSA DE PEDIR, mas o

    objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras Antecedente: juzo competente para o processo principal

    Obs: Casos de maior urgncia Competncia do juzo do local de efetivao da medida cautelar.

    Concesso liminar da medida cautelar

    Efetivao da medidaExcepciona-se a competncia*

    Remessa dos autos p/ o juzo competente (funcional)

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    *se no for excepcionada > prorroga-se a competnciaObs: tal situao no cabe se o juzo for absolutamente incompetente

    Competncia em grau de recurso

    Lembrar: casos em que o Tribunal exerce competncia originria (ex: ao rescisria)> regra anterior

    Art. 800, pargrafo nico, CPC

    Interposto recurso > medida cautelar requerida perante o Tribunal Situao cabvel para > apelao e os recursos seguintes > leva-se todo o

    processo para o Tribunal Exceo: interposio de agravo no se leva para o Tribunal todo o processo

    s a questo discutida na deciso interlocutria

    Regimento Interno: estabelece qual rgo apreciar o pedido de medida cautelar(rgo especial, rgo fracionrio, tribunal pleno)

    Esquema:Prolao de sentena

    Competncia do juzo a quo

    Interposio de recurso

    Competncia do juzo ad quem

    7. Interveno de terceiros no processo cautelar

    Assistncia art. 50 a 55 do CPC - admissvel Conceito: interveno voluntria de terceiro interessado, em causa pendente entre

    outras pessoas, para auxiliar uma das partes a obter sentena favorvel (art. 50) apesar de no estar no captulo destinado interveno de terceiros

    Oposio - art. 56 a 61 do CPC - inadmissvel Algum reivindica bem ou direito para si, que objeto de litgio entre as partes na

    fase de conhecimento.

    Nomeao autoria - art. 62 a 69 do CPC - admissvel Interveno que se destina correo do plo passivo do processo.

    Denunciao da lide - art. 70 a 76 do CPC inadmissvel (posio majoritria) Visa obteno de um ttulo de regresso. Pressupe prazo para contestao. Processo cautelar > no h prolao de sentena sobre relao jurdica.

    Chamamento ao processo - art.77 a 80 do CPC - inadmissvel (posio majoritria) Visa obteno de um ttulo de solidariedade.

    8. Procedimento cautelar comum

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    Obs: Os itens 1.5, 1.6 e 1.8 do contedo programtico esto inseridos automaticamenteneste tpico do roteiro de aula

    Quando no couber 1 dos procedimentos especiais subsidirio Fase cognitiva e executiva > NO h estruturalmente nico - simultaneidade

    1 FASE > POSTULATRIA

    1 passo > Ajuizamento da demanda

    Princpio da inrcia da jurisdio art. 2, CPC Ao proposta despacho ou distribuio art. 263, CPC Requisitos da PI art. 801, CPC:

    I. A autoridade judiciria, a que for dirigidaII. O nome, o estado civil, a profisso e a residncia do requerente e do requerido

    III. A lide e seu fundamentoIV. A exposio sumria do direito ameaado e o receio da lesoV. As provas que sero produzidas (exceo > prova documental pr-constituda)

    Pargrafo nico. III > s para o proc. preparatrio Mais requisitos:

    Formulao do pedido de medida cautelar Requerimento de citao do demandado Indicao do valor da causa Indicao do endereo do advogado do demandante

    2 passo > Concesso, ou no, de provimento liminar

    Aplicao do art. 804, CPC Natureza: deciso interlocutria Inaudita altera parte postergao do contraditrio

    3 passo > Determinao da citao do demandado

    Regras gerais do proc. de conhecimento > 1 correio > 2 oficial de justia > 3citao ficta (hora certa ou edital)

    4 passo > Resposta (defesa) do demandado

    Prazo para defesa > 5 DIAS (art. 802, CPC) Defesa > contestao e excees Reconveno > no permitida (entendimento dominante) Contagem do prazo art. 802, CPC

    I. Da juntada do mandado de citao devidamente cumpridoII. Da efetivao da medida cautelar (liminar ou aps justificao prvia) Caso I > s p/ citao por oficial de justia ou c/ hora certa Caso II > s se o demandando tiver cincia da demanda (princpios do devido

    processo legal e do contraditrio) intimao da medida Na prtica: simultaneamente > determina-se a execuo da providncia

    cautelar e a citao do ru em 1 s mandado Revelia :

    Efeito material > presumir-se-o verdadeiros os fatos afirmados pelodemandante

    1 Efeito processual > o proc. corre sem intimao dos demais atosprocessuais

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    2 Efeito processual > julgamento imediato do mrito

    2 FASE > INSTRUTRIA

    Art. 803, CPC superficial Regras do proc. de conhecimento subsidirias

    5 passo > Verificao da necessidade de providncia preliminar

    Ausncia de efeito material da revelia Art. 324. Se o ru no contestar a ao, o juiz, verificando que no ocorreu

    o efeito da revelia, mandar que o autor especifique as provas que pretendaproduzir na audincia.

    Fatos Impeditivos, Modificativos ou Extintivos do Pedido Art. 326. Se o ru, reconhecendo o fato em que se fundou a ao, outro lhe

    opuser impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este ser

    ouvido no prazo de 10 (dez) dias, facultando-lhe o juiz a produo de provadocumental. > rplica

    Alegaes do Ru Art. 327. Se o ru alegar qualquer das matrias enumeradas no art. 301, o

    juiz mandar ouvir o autor no prazo de 10 (dez) dias, permitindo-lhe a

    produo de prova documental. Verificando a existncia de irregularidadesou de nulidades sanveis, o juiz mandar supri-las, fixando parte prazo

    nunca superior a 30 (trinta) dias.

    6 passo > Julgamento conforme o estado do processo

    Caso de extino do processo Art. 329. Ocorrendo qualquer das hipteses previstas nos arts. 267 e 269, II a

    V, o juiz declarar extinto o processo.

    Caso de julgamento antecipado da lide 2 casos: Revelia com efeito material Contestao SEM necessidade de prova oral > questo meramente de direito

    OU questo de fato e de direito c/ suficincia de provas

    Obs: necessidade de produo de prova oral > AIJ (art. 803, p. nico, CPC)

    3 FASE > DECISRIA

    7 passo > Prolao da sentena

    Aplicao do art. 162, 1, CPC conceito de sentena Momentos possveis de prolao da sentena:

    Incio > indeferimento da PI Aps as providncias preliminares > extino do proc. ou julg. imediato do

    mrito Aps a AIJ

    Elementos : relatrio + fundamentao + dispositivo (art. 458, CPC)

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    Caractersticas da sentena cautelar : Natureza declaratria > NO > S afirma a presena ou ausncia do fumus

    boni iuris

    Natureza constitutiva/condenatria > NO > no cria, modifica ou extinguerel. jurdicas

    Natureza acautelatria > SIM

    Efeitos acessrios da sentena : Condenao ao pagamento das custas processuais e dos honorrios

    advocatcios (art. 20, 4, CPC)

    8 passo > Formao da coisa julgada

    Recursos esgotados > coisa julgada > trnsito em julgado Coisa Julgada S FORMAL Por qu?

    Cognio sumria Juzo de probabilidade Funo acessria

    Ausncia de natureza declaratria existncia ou inexistncia do direitomaterial Exceo > decadncia ou prescrio do direito do autor em proc. cautelar

    antecedente art. 810, CPC

    QUADRO RESUMIDO DO PROCEDIMENTO CAUTELARCOMUM

    FASE POSTULATRIA

    1 passo

    Ajuizamento da demanda2 passo

    Concesso, ou no, de provimentoliminar3 passo

    Determinao da citao dodemandado

    4 passoResposta (defesa) do demandado

    FASE INSTRUTRIA

    5 passoVerificao da necessidade de

    providncia preliminar6 passo

    Julgamento conforme o estado doprocesso

    FASE DECISRIA

    7 passoProlao da sentena

    8 passoFormao da coisa julgada

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    9. Reparao do dano causado pela medida cautelar Responsabilidade processual civil dorequerente

    Responsabilidade civil Responsabilidade Civil(processo civil) (direito civil)

    Ex: condenao ao pagamento das despesas processuais e dos honorriosLitigncia de m-f

    9.1. Conceitos em comum

    Responsabilidade objetiva > despesas processuais e honorrios de sucumbncia Elementos

    Dano Conduta Nexo de causalidade

    Responsabilidade subjetiva > litigncia de m-f Elementos

    Dano Conduta CULPOSA Nexo de causalidade

    9.2. Requisitos para existir o dever de indenizar por parte do demandante1) Que a medida cautelar tenha sido EFETIVADA

    2) Que tenha havido PREJUZO para o demandado

    9.3. Anlise do art. 811, CPC

    Art. 811. Sem prejuzo do disposto no art. 16 (m-f), o requerente do procedimento cautelarresponde ao requerido pelo prejuzo que lhe causar a execuo da medida:

    I - se a sentena no processo principal lhe for desfavorvel;

    Decorre da cognio sumria (juzo de probabilidade)

    Deferimento da medida cautelar (presena dofumus boni iuris)

    Desfecho desfavorvel ao beneficirio (demandante) da medida*

    Ele ter que indenizar o demandado

    *Ex:Arresto concedido no proc. cautelar e concluso, no proc. principal (execuo), de que o direito decrdito no existe ou extino sem anlise do mrito

    II - se, obtida liminarmente a medida no caso do art. 804 deste Cdigo, no promover a citaodo requerido dentro em 5 (cinco) dias;

    S ocorre se a medida concedida liminarmente inaudita altera parte houver sido efetivadaantes da citao do requerido

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    No se trata de simples requerimento > so os atos que incumbem ao demandante: Indicao do endereo Adiantamento das custas

    III - se ocorrer a cessao da eficcia da medida, em qualquer dos casos previstos no art. 808,deste Cdigo;

    I - se a parte no intentar a ao no prazo estabelecido no art. 806 (30 dias a contar da efetivao da

    medida cautelar) Ocorrncia do dano > se a ao for ajuizada depois desse prazo

    II - se no for executada dentro de 30 (trinta) dias (a contar do deferimento) Nesse caso > impossibilidade de ocorrncia de dano > no h o 1 requisito

    III - se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem julgamento do mrito Hiptese do inciso I do art. 811

    IV - se o juiz acolher, no procedimento cautelar, a alegao de decadncia ou de prescrio dodireito do autor (art. 810).

    A medida ter sido concedida a quem no mais era titular da posio jurdica de vantagem

    9.4. Liquidao do dano

    Pargrafo nico > A indenizao ser liquidada nos autos do procedimento cautelar. Necessidade de liquidao > o direito indenizao efeito secundrio

    Objetos da liquidao: Determinao da existncia dos danos Fixao do quantum debeatur

    Ser por artigos: Apreciao de fatos novos > fatos que no haviam ainda sido submetidos

    apreciao judicial Aplicao dos arts. 475-E e 475-F, CPC

    Processamento da liquidao > no juzo onde se desenvolveu o proc. cautelar

    Liquida-se o prejuzo

    Deciso da liquidao

    Mdulo processual executivo em face do requerente da med. cautelar

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    10. Medidas Cautelares Especficas, Tpicas ou Nominadas Procedimentos

    Ateno: o rol inclui medidas que, na verdade, no tm natureza cautelar

    PROCEDIMENTOS SITUADOS NO LIVRO DE CAUTELAR QUE POSSUEM NATUREZAEVIDENTEMENTE CAUTELAR

    10.1. Arresto

    H 2 modalidades de arresto Arresto executivo Arresto cautelar

    10.1.1. Arresto executivo art. 653, CPC

    Art. 653. O oficial de justia, no encontrando o devedor, arrestar-lhe- tantos bens quantos bastempara garantir a execuo.Pargrafo nico. Nos 10 (dez) dias seguintes efetivao do arresto, o oficial de justia procurar odevedor trs vezes em dias distintos; no o encontrando, certificar o ocorrido.

    NO TEM natureza cautelar Tambm assegura a penhora NO DEPENDE de uma situao de PERIGO que ponha em risco a solvncia do devedor >

    apenas uma medida executiva

    10.1.2. Arresto Cautelar art. 813 a 821, CPC

    TEM natureza cautelar Processo cautelar autnomo com procedimento prprio

    Objetivo Garante a eficcia de uma EXECUO POR QUANTIA CERTA (processo

    autnomo de execuo ou cumprimento de sentena)

    Caracterizao da medida em si Apreenso judicial de bens do devedor, entregues a um depositrio

    Requisitos Fumus boni iuris > verossimilhana quanto existncia do direito de crdito

    o

    Assim, pressupe: Obrigao em dinheiro OU que possa se converter em dinheiro Conseqncia > poder ser preparatrio ou incidente a uma:

    Execuo por quantia certaAo condenatria ex: ao de indenizao por acidente detrnsito

    o Art. 814. Para a concesso do arresto essencial:I - prova literal da dvida lquida e certaPargrafo nico. Equipara-se* prova literal da dvida lquida e certa,para efeito de concesso de arresto, a sentena, lquida ou ilquida,pendente de recurso, condenando o devedor ao pagamento de dinheiro ou

    de prestao que em dinheiro possa converter-se.*No significa que a nica coisa que se equipara prova literal da dvidalquida e certa

    Periculum in mora > perigo de prejuzo, de que o devedor se torne insolvente

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    o Art. 814. Para a concesso do arresto essencial:o II - prova documental ou justificao de algum dos casos mencionados no

    artigo antecedente Obs: Art. 813 > Rol exemplificativo numerus apertus > As hipteses

    revelam situaes casusticas

    I - quando o devedor sem domiclio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixade pagar a obrigao no prazo estipulado;

    II - quando o devedor, que tem domiclio: Ausenta-se ou tenta ausentar-se furtivamente; Caindo em insolvncia, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou tenta Contrair

    dvidas extraordinrias; pe ou tenta pr os seus bens em nome de terceiros; ou comete outroqualquer artifcio fraudulento, a fim de frustrar a execuo ou lesar credores;

    III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta alien-los, hipotec-los ou d-los emanticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes s dvidas;

    IV - nos demais casos expressos em lei. Ex: arresto de bens de ex-administradores de instituies financeiras que esto em liquidao

    extrajudicial, os quais no tenham sido atingidos pela indisponibilidade art. 45, Lei n.6.024/74

    o Concluso: A situao de perigo tambm pode ser gerada por:

    Caso fortuito ou fora maior Atos comissivos do devedor Atos omissivos do devedor

    Bens que podem ser arrestados Quaisquer bens que possam ser penhorados Mveis ou imveis Incorpreos apreciveis economicamente

    Procedimento Utiliza como base o procedimento cautelar comumo Mesmos requisitos da petio inicial:

    Arts. 801 e 282 do CPC + demonstrao da plausibilidade do direito decrdito + demonstrao do temor que justifique o arresto

    Possibilidade de concesso do arresto liminarmente ou aps justificaoprvia

    Quando ao juiz parecer indispensvel, far-se- em segredo e de plano,reduzindo-se a termo o depoimento das testemunhas (art. 815)

    Art. 816. O juiz conceder o arresto INDEPENDENTEMENTEde justificao prvia:

    1. Quando for requerido pela Unio, Estado ou Municpio, noscasos previstos em lei;

    2. Se o credor prestar cauo (art. 804). Obs:- No h dispensa da demonstrao do temor que justifique o arresto- Exame dos requisitos com menor grau de exigncia

    Citao Resposta do Ru

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    Instruo (produo de provas) cf. o procedimento cautelar comum Deciso Coisa Julgada Formal

    Obs: Art. 818. Julgada procedente a ao principal, o arresto se resolve em penhora

    Hipteses de suspenso da efetivao (execuo) do arresto pelo devedor art. 819 Assim que intimado, pagar ou depositar em juzo a importncia da dvida, mais os

    honorrios de advogado que o juiz arbitrar, e custas. Se der fiador idneo, ou prestar cauo para garantir a dvida, honorrios do

    advogado do requerente e custas.

    Hipteses de cessao do arresto art. 820 > casos de extino da prpria obrigaoObs: Rol exemplificativo

    Pagamento; Novao; Transao

    10.2. Seqestro

    No se relaciona com obrigao em pecnia Processo cautelar autnomo com procedimento prprio

    Objetivo Garante a eficcia de uma EXECUO PARA ENTREGA DE COISA CERTA

    (processo autnomo de execuo ou cumprimento de sentena) Visa a preservar um ou mais bens determinados sobre os quais recaia um litgio >

    incolumidade da coisa

    Caracterizao da medida em si Apreenso de bens determinados, especficos.

    Requisitos Fumus boni iuris > verossimilhana quanto existncia da titularidade sobre o bem

    o Obs: s vezes, a titularidade j est comprovada, sendo necessrio demonstrars o periculum in mora

    Ex: Cautelar postulada pelo devedor em desfavor do credor pignoratcio que,

    de posse do objeto apenhado, no o protege devidamente, surgindo apossibilidade de danificao da coisa

    Periculum in mora > perigo de que a coisa venha a ser danificada ou dilapidadatotalmente com o passar do tempo

    Art. 822. O juiz, a requerimento da parte, pode decretar o seqestro:o Obs: Art. 822 > Rol exemplificativo numerus apertus > As hipteses

    revelam situaes casusticas

    I - de bens mveis, semoventes ou imveis, quando lhes for disputada a propriedade ou a posse,

    havendo fundado receio de rixas ou danificaes; Crtica

    o No cabvel s nas aes de natureza real, possessrias > pode ser cabvel pararesguardar aes pessoais com reflexos sobre determinado bem

    Rixas > qualquer confronto entre as partes

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    A situao de perigo tambm pode ser gerada por:o Caso fortuito ou fora maioro Atos comissivos do devedoro Atos omissivos do devedor

    II - dos frutos e rendimentos do imvel reivindicando, se o ru, depois de condenado porsentena ainda sujeita a recurso, os dissipar;

    Aqui > perigo especfico para os frutos e rendimentos Crticas

    o 1. Os frutos e rendimentos de um bem podem estar em perigo, mesmo SEM sentenacondenatria sujeita a recurso

    o 2. Os frutos e rendimentos NO SO SOMENTE de bens imveis

    Obs: possuidor de boa-f e de m-f > com relao aos frutos

    III - dos bens do casal, nas aes de separao judicial e de anulao de casamento, se ocnjuge os estiver dilapidando

    Abrange tanto os bens comum quanto os particulares de cada um, que estejam aos cuidados

    do outroIV - nos demais casos expressos em lei.

    Ex: art. 919, CPC

    Bens que podem ser seqestrados Bem que seja ou que venha a ser objeto de demanda judicial

    Procedimento Utiliza como base, no que couber, o procedimento do arresto S no haver converso em penhora.

    Quadro comparativo entre arresto e seqestro

    ARRESTO SEQUESTROFumus > Plausibilidade da existncia do

    direito de crdito

    Periculum > Risco de o devedor dilapidarseu patrimnio, se tornando incapaz de

    saldar suas dvidas

    Fumus > Plausibilidade da existnciado direito que se alega ter sobre o

    bemPericulum > Risco de que o bem

    possa ser alienado, depreciado (suaincolumidade)

    Apreenso de bens indeterminados Apreenso de bens determinados

    Interesse do credor > valor em dinheiro Interesse do credor > o bem especficoNo recai litgio sobre os bens Recai litgio sobre os bens

    PROCEDIMENTO SEMELHANAS

    H nomeao de depositrio prestar compromisso + tomar posse dos bens

    Podem ser preparatrios ou incidentais

    Pode ser deferida a medida cautelar liminarmente ou aps justificao prvia

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    10.3. Busca e Apreenso

    10.3.1. Tipos de Busca e Apreenso

    1. Busca e Apreenso IncidenteGarantir a realizao de uma medida cautelarEx: Foi deferido um arresto (ou um seqestro), porm pode ser que seja necessrio fazer uma buscae apreenso dos respectivos bens para poder fazer incidir sobre eles aquelas medidas cautelares

    2. Busca e Apreenso ExecutivaNatureza Jurdica > medida executiva utilizada na execuo para entrega de coisa certaArt. 625. No sendo a coisa entregue ou depositada, nem admitidos embargos suspensivos daexecuo, expedir-se-, em favor do credor, mandado de imisso na posse ou de busca e apreenso,conforme se tratar de imvel ou de mvel.

    3. Busca e Apreenso de bens alienados fiduciariamenteArt. 3 do Decreto Lei n. 911/69

    Natureza satisfativaArt. 3 O Proprietrio Fiducirio ou credor, poder requerer contra o devedor ou terceiro a busca e

    apreenso do bem alienado fiduciriamente, a qual ser concedida liminarmente, desde quecomprovada a mora ou o inadimplemento do devedor.

    4. Busca e Apreenso de IncapazesATENO:Esta busca e apreenso de incapazes SATISFATIVA!!!Ex: Busca e apreenso proposta pelo genitor que j detm a guarda da criana contra o outro que serecusa a entreg-la. A pretenso se esgota na busca e apreenso do filho.

    Obs: H a busca e apreenso de incapazes CAUTELAR tambm!!!

    5. Busca e Apreenso de autos e documentosOs autos e/ou documentos so levados por uma das partes e mantidos em seu poder ilegalmentePode serex officio

    6. Busca e Apreenso Cautelar

    10.3.2. Busca e Apreenso Cautelar

    subsidiria do arresto e do seqestro Tambm se caracteriza pela apreenso, com uma diferena > o foco na BUSCA >

    necessidade de uma procura

    Objetivo Garante a efetividade de um processo principal ou at de outro processo cautelar

    Caracterizao da medida em si Busca E Apreenso de PESSOAS ou bens determinados No h necessariamente entrega a depositrio

    Pode constar do mandado o destino a ser dado pessoa ou coisa procurada

    Art. 841, II, CPC

    O que pode ser buscado e apreendido art. 839, CPC Bens mveis

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    Obs:o Art. 842, 3 > Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista,

    intrprete ou executante, produtores de fonogramas e organismos deradiodifuso, o juiz designar, para acompanharem os oficiais de justia, doisperitos aos quais incumbir confirmar a ocorrncia da violao antes deser efetivada a apreenso.

    10.4. Produo antecipada de provas arts. 846 a 851, CPC

    Tem natureza cautelar Observao importante Procedimento probatrio > 3 momentos > no processo principal

    1. A parte requer a produo da prova 2. Deferimento do juiz 3. Produo efetiva da prova

    Objetivo

    Garantia da FUTURA PRODUO DA PROVA NO PROCESSO DECONHECIMENTO, assegurando-se que a fonte da prova estar preservada Ex:

    o Realizao imediata de exame pericialo Colheita de depoimento testemunhal

    Assim, o nome correto seria medida cautelar de assegurao de prova

    Prova ad perpetuam rei memoriam

    Legitimidade Quaisquer das partes que iro integrar a ao principal

    Hipteses de cabimento art. 846 Interrogatrio da parte Inquirio de testemunhas Exame pericial (examestricto sensu, vistoria e inspeo judicial)

    Obs: Depoimento pessoal (esclarecimento e confisso s na AIJ) divergncia

    doutrinria Contradita e acareao > no so cabveis Inspeo judicial > sem emisso de valorao

    Oportunidade Antes da AIJ da ao principal > SEMPRE processo ANTECEDENTE Obs: caputdo art. 847 > entendimento doutrinrio majoritrio > se for na pendncia

    da ao principal > basta o requerimento do autor nos prprios autos

    Procedimento para assegurao de prova oral

    1 Apresentao da PI art. 848, CPC Justificao sumria da necessidade da antecipao (periculum in mora) +

    meno precisa sobre quais fatos a prova recair Demonstrao do direito futura produo de prova (fumus boni iuris) Requisitos do art. 801

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    o Inciso III > s para o demandante2 Designao de dia e hora da audincia em que ser colhido o depoimento +

    determinao da citao + intimao da testemunha (se for o caso) > art. 848,pargrafo nico

    3 Citao do demandado e abertura de prazo para resposta> 5 DIAS4 Realizao da audincia para a colheita da prova5 Proferimento da sentena homologatria > para que a prova possa produzir

    efeitos no processo principal

    Procedimento para assegurao de prova material (percia ou inspeo judicial) art.849, CPC

    1 Apresentao da PI art. 848, CPC Justificao sumria da necessidade da antecipao (periculum in mora) +

    meno precisa sobre quais fatos a prova recair Demonstrao do direito futura produo de prova (fumus boni iuris) Requisitos do art. 801

    o

    Inciso III > s para o demandante O demandante pode indicar assistente tcnico e formular quesitos

    2 Designao do perito + determinao da citao3 Citao do demandado e abertura de prazo para resposta > 5 DIAS

    Aqui, o demandado tambm pode indicar assistente tcnico e formular quesitos4 Realizao da percia ou inspeo judicial5 Apresentao do laudo + vista s partes pelo prazo de 5 dias para requerer

    algum esclarecimento6 Proferimento da sentena homologatria > para que a prova possa produzir

    efeitos no processo principal

    Destino dos autos Permanecem em cartrio > art. 851, CPC

    10.5. Exibio

    10.5.1. Exibio incidente

    Arts. 355 a 361 e arts. 381 a 382, CPC um dos meios de prova do CPC

    Demanda incidental

    10.5.2. Exibio dos arts. 844 e 845, CPC

    Pode ser: Demanda CAUTELAR ANTECEDENTE (art. 844) > a exibio do doc. ou da coisa

    visa assegurar a efetividade de uma demanda principalOU

    Demanda principal satisfativa de direito > a exibio visa somente realizar o direitomaterial de uma pessoa de examinar o doc. ou a coisa

    Obs: o rito ser o mesmo!

    Objetivo Permitir que uma coisa ou um documento seja exibido (apresentado em juzo) para

    que seu contedo seja conhecido

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    Legitimidade Plo ativo > quem ser o autor da demanda principal Plo passivo > quem ser o ru da demanda principal ou terceiro

    Rol do art. 844 > exemplificativo

    Art. 844. Tem lugar, como procedimento preparatrio, a exibio judicial:

    I - de coisa mvel em poder de outrem e que o requerente repute sua ou tenhainteresse em conhecer;II - de documento prprio ou comum, em poder de co-interessado, scio, condmino,credor ou devedor; ou em poder de terceiro que o tenha em sua guarda, comoinventariante, testamenteiro, depositrio ou administrador de bens alheios;III - da escriturao comercial por inteiro, balanos e documentos de arquivo, noscasos expressos em lei.

    Aplicao subsidiria das disposies da exibio incidente

    Art. 845. Observar-se-, quanto ao procedimento, no que couber, o dispostonos arts. 355 a 363, e 381 e 382.

    Procedimento

    1 Protocolo da PIObs: pode haver concesso da exibio em sede liminar art. 804

    2 Abertura de prazo para resposta5 dias > para quem ser o demandado no proc. principal10 dias >para o terceiro

    Possveis respostas: Exibir a coisa ou doc. Ficar silente Contestar a demanda

    3 Julgamento conforme o estado do processo Se exibida a coisa ou o doc. > reconhecimento jurdico dopedido Se ficar silente > revelia > julgamento antecipado da lide> se procedente > determinar a exibio do doc./coisa em 5 dias > se noexibido > expedio de mandado de busca e apreenso sob pena de

    desobedincia Se contestar > designao da AIJ OU julgamentoantecipado da lide > se procedente > = procedimento

    Exemplos de improcedncia > se o autor no demonstrar que a coisa ou o doc. seencontra na posse do demandado ou se for acolhida a recusa de exibio (art. 363,CPC).

    Obs > Casos em que no se pode admitir a recusa na exibio cautelar (art. 358, I eIII):Se o demandado tiver a obrigao legal de exibir a coisa ou o doc.

    Se o doc., por seu contedo, for comum para as partes

    10.6. Arrolamento de bens

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    Tem natureza cautelar

    Objetivo Assegurar a efetividade do processo principal em que se vai buscar a posse ou a

    propriedade dos bens arrolados finalidade conservativa

    Diferena para seqestro No seqestro > objetiva-se a apreenso de bens previamente determinados No arrolamento de bens > objetiva-se a preservao da universalidade de bens de

    contedo desconhecido do demandante

    Caracterizao da medida em si Descrio e depsito de bens

    Legitimidade Todo aquele que tiver interesse na conservao dos bens a serem arrolados Interesse do requerente

    o Proveniente de direito que deva ser declarado no proc. principal

    o Proveniente de direito j constitudo > assegurar a execuo da sentenaproferida no proc. principal

    Interesse de credoreso S no caso em que tenha lugar a arrecadao de herana

    Exemplos: Arrolamento cautelar incidente ou antecedente demanda de separao

    judicial ou de divrcio direto, se houver comunho quanto aos bens, para reclamarposterior partilha, se o autor da cautelar desconhecer o contedo do patrimnio comumdo casal.

    Arrolamento antecedente ou incidente ao de investigao de paternidadecumulada com pedido de herana. Arrolamento como medida cautelar antecedente ou incidente ao dedissoluo e liquidao de sociedade comercial.

    Procedimento

    1 Protocolo da PI Requisitos de qualquer PI cautelar > art. 857:

    I - o seu direito aos bens;II - os fatos em que funda o receio de extravio ou de dissipao dos bens.

    2 Abertura de prazo para resposta > 5 diasObs1:Pode haver concesso liminar ou aps AJPObs2:Se estiver na posse de terceiro, este dever ser intimado para ser ouvido

    3 Deferimento do arrolamento Designao de depositrio:

    O depositrio lavrar o auto de arrolamento, descrevendo minuciosamente todosos bens, registrando quaisquer ocorrncias que tenham interesse para a suaconservao art. 859

    Observao importante Art. 860. No sendo possvel efetuar desde logo o arrolamento ou conclu-lo no dia

    em que foi iniciado, apor-se-o selos nas portas da casa ou nos mveis em queestejam os bens, continuando-se a diligncia no dia que for designado.

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    A inutilizao do selo crime, tipificado no art. 336, CP.

    PROCEDIMENTOS SITUADOS NO LIVRO DE CAUTELAR QUE POSSUEM NATUREZACONTROVERTIDA

    10.7. Alimentos provisionais art. 852 ao art. 854

    A doutrina se divide quanto sua natureza:

    1 corrente > tem natureza cautelar 2 corrente > no tem natureza cautelar > uma medida satisfativa sumria com a

    mesma natureza da tutela antecipada (Ateno: no = tutela antecipada!!!)

    Obs: o procedimento dos alimentos provisionais do de alimentos provisrios, mas possuem amesma essncia.

    Conceitos Alimento > contribuio peridica assegurada a algum, por um ttulo de direito, para

    exigi-la de outrem, como necessrio sua manuteno.

    Alimentos provisionais > alimentos que a parte pede para seu sustento e para os gastosprocessuais enquanto durar a demanda* (para todas as hipteses de cabimento).* A palavra demanda abrange tanto a ao de alimentos provisionais quanto a outra demandana qual ela ser incidente (causa principal)

    Finalidade Prover o demandante dos meios necessrios sua subsistncia enquanto durar o processo

    (inclusive os indispensveis ao custeio do prprio processo) > alimenta in litem

    Cabimento art. 852 Nas aes de desquite e de anulao de casamento, desde que estejam

    separados os cnjuges > Aes de divrcio e de separao > pode ser antecedente ouincidente Nas aes de alimentos (de rito ordinrio), desde o despacho da petioinicial > s pode ser incidente. Nos demais casos expressos em lei.

    Procedimento > apesar de no ser cautelar, ser utilizado o doprocedimento cautelar comum.

    Observaes

    Mesmo a causa principal estando pendente de julgamentono tribunal, a de alimentos provisionais ser processada no primeiro grau de jurisdio art. 853. Requisitos especficos da PI > as necessidades doalimentando e as possibilidades do alimentante art. 854. O requerente pode pedir concesso liminar de umamensalidade para sua mantena art. 854, p.u.

    10.8. Do protesto e da apreenso de ttulos art. 882 ao art. 887.

    Protesto > matria de Direito Empresarial > na verdade, o protesto regido por leis especiais(lei n. 9.492/97 e outras) > procedimento extrajudicial > realizado pelo tabelio de protestose ttulos.

    Apreenso de ttulos > h controvrsias quanto sua natureza > nada pacificado

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    Objetivo Apreenso de ttulo no restitudo ou sonegado pelo emitente, sacado ou aceitante.

    o Obs: Cdigo Comercial e leis cambiais > prevem situaes de restituio ouentrega obrigatria do ttulo

    o Recusa ou sonegao > determinao de apreenso

    Priso > dispositivos no recepcionados pela Constituio Federal de 1988 > art. 885, ltimaparte e pargrafo nico e art. 886.

    Procedimento > mesmo havendo controvrsias quanto sua natureza jurdica, aplica-se, noque couber, o procedimento cautelar comum. Obs : A sentena a que se refere o art. 887 a da possvel ao de cobrana em se

    discutir a dvida. Por qu?

    Na ao de apreenso de ttulo no se discute a dvida e sua sentena se limita a conhecerda existncia ou no da reteno do ttulo bem como da legalidade deste ato.

    PROCEDIMENTO SITUADO NO LIVRO DE CAUTELAR QUE POSSUI NATUREZAMISTA OU S CAUTELAR

    10.9. Atentado art. 879 ao art. 881

    Art. 879 > Comete atentado a parte que no curso do processo (rol exemplificativo): Viola penhora, arresto, seqestro ou imisso na posse; Prossegue em obra embargada; Pratica outra qualquer inovao ilegal no estado de fato.

    Objetivo Recompor a situao ftica, indevidamente alterada por uma das partes, no curso do

    processo (fato natural ou ato de 3 > no cabe ao de atentado).

    Natureza jurdica da ao de atentado > pode ter natureza mista > cautelar e cognitiva S cautelar > quando s visar proteo da efetividade do processo principal, com

    pedido nico de restabelecimento de seu estado anterior. Mista > quando tambm houver pedido de condenao do requerido ao ressarcimento

    parte lesada das perdas e danos sofridos em razo do atentado.

    Procedimento > aplica-se, no que couber, o procedimento cautelar comum.

    Observaes A PI ser autuada em separado em apenso ao processo principal > regra geral

    Obs: Mesmo que o processo principal j esteja no Tribunal, a PI inicial da ao de atentadoser protocolada no juzo de 1 grau que foi competente para conhecer daquele. Sentena (de procedncia art. 881):

    o Ordenar o restabelecimento do estado anterior.o Proibir o ru de falar nos autos do processo principal at a purgao do atentado.o Poder ordenar a suspenso do processo principal.o Poder condenar o requerido a ressarcir as perdas e danos.

    10.10. Outras medidas provisionais arts. 888 e 889

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    Rol meramente exemplificativo > desnecessrios > Poder Geral de Cautela Obs :

    o Inciso VIII > a interdio ou a demolio de prdio para resguardar a sade, asegurana ou outro interesse pblico > medida de carter satisfativo edefinitivo.

    PROCEDIMENTOS SITUADOS NO LIVRO DE CAUTELAR QUE POSSUEM NATUREZA

    SATISFATIVA

    10.11. Cauo arts. 826 a 838, CPC

    Significa GARANTIA Nem toda cauo cautelar Caues de natureza cautelar:

    Ex: Art. 819, CPC; art. 805, CPC; art. 804, CPC So incidentes de um processo cautelar No so objeto de processo autnomo

    10.11.1. Classificao das caues quanto origem

    Cauo Legal: Imposta por lei Ex:

    o A cauo para instaurao da execuo provisria art. 475-O, III, CPCo A cauo do arrematante, na arrematao a prazo art. 690, CPC

    Cauo Negocial: Garantia que uma das partes d outra do fiel cumprimento de um contrato

    Ex:o Hipoteca, fiana e penhor Cauo Processual/Judicial:

    So impostas por um pronunciamento do juiz Prestadas como ato do processo no como ao de cauo

    o Caues cautelareso Medidas incidentais necessrias de imposio ex officio

    10.11.2. Cauo dos arts. 826 a 838, CPC > caues legais e negociais

    NO tem natureza cautelar de direito material/substancial Objeto > tutela jurisdicional satisfativa Ao de cauo > ao de conhecimento de rito especial

    Cauo real ou fidejussria art. 826, CPC Depende do tipo de garantia prestada Real:

    o A garantia prestada consiste em um bem DETERMINADOo O bem fica afetado gravadoo Ex: hipoteca e penhor

    Fidejussriao A garantia no consiste em um bem determinado, mas sim no PATRIMNIO

    DE UMA PESSOAo Ex: Fiana

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    Escolha da cauo: A lei pode determinar o tipo de cauo a ser prestada O negcio jurdico pode estabelecer o tipo tambm Pode haver casos em h liberdade para o caucionante escolher > art. 827, CPC

    Prestao da cauo art. 828, CPC Pelo interessado (parte) Por terceiro estranho relao processual

    o Obs: a cauo FIDEJUSSRIA SEMPRE prestada por TERCEIRO

    Procedimento

    1 Proposio da ao natureza DPLICE Por quem est obrigado a prestar a cauo (caucionante) > art. 829, CPC

    OU Por quem tem o direito de exigir sua prestao (caucionado) > art. 830,

    CPC2 Citao do ru para oferecer resposta em 5 DIAS > art. 831, CPC

    Possveis respostas:o Aceitar a cauoo Prestar a cauoo Contestar o pedidoo Excepcionar o juzo

    No cabe reconveno natureza dplice da ao3 Julgamento conforme o estado do processo > art. 832, CPC

    O juiz proferir imediatamente a sentena:I - se o requerido no contestar;II - se a cauo oferecida ou prestada for aceita;

    III - se a matria for somente de direito ou, sendo de direito e de fato, jno houver necessidade de outra prova.OU

    Se contestado o pedido, o juiz designar audincia de instruo ejulgamento > se necessria prova oral > art. 833.

    4 Proferimento da sentena Aplicao do art. 834, CPC: O juiz DETERMINAR A CAUO E ASSINAR O PRAZO EM

    QUE DEVE SER PRESTADA Se o requerido NO cumprir a sentena no prazo estabelecido, o juiz

    declarar:I - no caso do art. 829, NO PRESTADA A CAUOII - no caso do art. 830, EFETIVADA A SANO QUE COMINOU

    Observaes importantes:

    Cauo das despesas processuais arts. 835 e 836, CPCCautio iudicatum solvi ou cautio pro expensis

    Demandante NO RESIDENTE no BrasilArt. 835. O autor, nacional ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou dele se ausentar na

    pendncia da demanda, prestar, nas aes que intentar, cauo suficiente s custas e

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    honorrios de advogado da parte contrria, se no tiver no Brasil bens imveis que lhesassegurem o pagamento.

    o Questionamento quanto constitucionalidade do dispositivoo Desnecessidade:

    Execuo fundada em ttulo executivo extrajudicial Reconveno

    Desfalque da garantia por motivo supervenienteo Ex: depreciao do bem dado em garantiao Ser autorizado o REFORO DA GARANTIA em PROCESSO INCIDENTE

    Art. 837. Verificando-se no curso do processo que se desfalcou a garantia, poder ointeressado exigir reforo da cauo. Na petio inicial, o requerente justificar opedido, indicando a depreciao do bem dado em garantia e a importncia doreforo que pretende obter.

    = procedimento

    Art. 838. Julgando procedente o pedido, o juiz assinar prazo para que o obrigadoreforce a cauo. No sendo cumprida a sentena, cessaro os efeitos da cauoprestada, presumindo-se que o autor tenha desistido da ao ou o recorrentedesistido do recurso.

    10.12. Justificao

    No tem natureza cautelar Trata-se de jurisdio voluntria

    Objetivo Justificar a existncia de algum fato ou relao jurdica, seja para simples documento e

    sem carter contencioso, seja para servir de prova em processo regular, expor, empetio circunstanciada, a sua inteno (prpria produo da prova testemunhal parautilizao eventual).

    Diferena para a produo antecipada de prova Na justificao > no h opericulum in mora, pois no cautelar. Pode haver contradita

    Semelhana para a produo antecipada de prova No vincula o juzo do processo principal

    Procedimento

    1 Protocolo da PI > requisitos normaisDescrio pormenorizada do fato ou da relao jurdica cuja existncia se quer

    provar atravs da prova testemunhal + rol das testemunhasPode juntar docs. s para orientao, se necessria > prazo de 24h p/ vista.

    2 Designao de audincia + citao dos interessados + intimao dastestemunhas

    Se o interessado no puder ser citado pessoalmente, haver interveno do MP. art. 862, p.u.

    3 Realizao da audincia + proferimento de sentena (em audincia ou em 10dias) > homologatria da provaObs > No se admite defesa nem recurso!!! art. 865

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    Finalidade Permitir que se d proteo aos interesses do feto, atravs da constituio de prova da

    existncia da gravidez, para o fim de permitir que o representante legal do nascituro entrena posse de seus direitos > na verdade, investidura nos direitos do nascituro para poderhabilit-lo no inventrio

    Cabimento Quando se estiver diante de um caso de sucesso mortis causa em que o nascituro venha,

    no caso de nascer com vida, a ser um dos sucessores.

    Legitimidade Ativa > gestante Passiva > demais herdeiros do de cujus

    Procedimento > apesar de no ser cautelar, ser utilizado o do procedimento cautelarcomum.

    Observaes

    A PI dever ser instruda com a certido de bito da pessoa de quem o nascituro sucessor. O pedido ser para que seja realizado exame de gravidez por um mdico nomeado pelo

    juiz. Ser dispensado o exame se os outros herdeiros aceitarem a declarao da requerente. Haver a oitiva do MP depois de decorrido o prazo de resposta. Apresentado o laudo reconhecendo a gravidez, a sentena declarar a requerente

    investida na posse dos direitos do nascituro. Se requerente no couber o exerccio do ptrio poder, ser nomeado curador ao

    nascituro.

    10.15. Homologao do penhor legal art. 874 ao art. 876

    Penhor legal > penhor imposto por lei art. 1467 ao art. 1472, CC/2002. Art. 1471, CC/2002 > Tomado o penhor, requerer o credor, ato contnuo, a sua

    homologao judicial. > Concluso: o penhor legal s se aperfeioa e se regulariza coma homologao judicial.

    Prolao da sentena homologatria > condio de existncia e eficcia do penhor legal

    No tem natureza cautelar Obs : Em que pese no possuir natureza cautelar, a doutrina entende que o penhor s

    poder produzir efeitos por 30 dias e o credor dever ajuizar a ao de cobrana do seudbito nesse prazo, sob pena de cessar a eficcia do penhor.

    ObjetivoConstituio regular do penhor legal

    Diferena para a cauo Na cauo, a pessoa ainda no est em dbito; ela somente no prestou a cauo a que

    estava obrigada. No penhor legal, a pessoa j est em dbito e, por isso, nos casos previstos no art. 1467,CC, o credor est autorizado a empenhar determinados bens por ato de mo prpria,devendo requerer sua posterior homologao.

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    Procedimento > apesar de no possuir natureza cautelar, aplica-se, no que couber, oprocedimento cautelar comum.

    Observaes: Como no tem natureza cautelar, no h necessidade na PI de ser colocado o incisoIII, do art. 801. Documentos essenciais PI :

    o Conta pormenorizada das despesaso Tabela dos preos (no caso de hospedeiro)o Relao dos objetos retidos (se caso j houverem sido apreendidos pelo

    credor) Prazo para apresentao de defesa ou pagamento > 24h Poder haver homologao de plano do penhor > condio: que o pedido estejasuficientemente provado

    A doutrina entende que a citao no poder ser dispensada (princpio do contraditrio)

    Interpretao: atendida a condio > dispensa-se a instruo, mas NO SE DISPENSA A

    CITAO. Possveis argumentos da defesa :

    o Nulidade do processoo Extino da obrigaoo No estar a dvida compreendida entre as previstas em lei ou no estarem os

    bens sujeitos a penhor legal. Depois de homologado o penhor > os autos sero entregues ao autor em 48h,independentemente de traslado. No havendo homologao > os bens sero entregues ao requerido.

    QUADRO RESUMO DOS PROCEDIMENTOS ESTUDADOS

    Procedimentos Natureza Jurdica1 Arresto Cautelar 2 Seqestro Cautelar 3 Busca e apreenso Cautelar 4 Produo antecipada de provas Cautelar 5 Exibio Cautelar 6 Arrolamento de bens Cautelar

    ---- -------------------------------------------------- --------------------------------------1 Alimentos provisionais H controvrsia2 Apreenso de ttulo H controvrsia---- -------------------------------------------------- --------------------------------------1 Atentado Mista ou s cautelar ---- -------------------------------------------------- --------------------------------------1 Cauo Satisfativa2 Justificao Satisfativa3 Protestos, notificaes e interpelaes Satisfativa

    4 Posse em nome do nascituro Satisfativa5 Homologao do penhor legal Satisfativa

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