ação cautelar inominada unimed2

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO PARÁ 1 EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA __VARA FEDERAL DA 1ª REGIÃO PARÁ. A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional/PA, inscrita no CNPJ sob o nº 05.070.008/0001-48, com sede na Praça Barão do Rio Branco nº 93 Bairro da Campina, Belém/PA e CEP: 66.015-060, por intermédio dessa de seu advogado que esta subscreve, vem perante Vossa Excelência Propor AÇÃO CAUTELAR INOMINADA preparatória, com pedido de liminar initio litis inaudita altera par, em face de UNIMED BELÉM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número 04.201.372/0001-37, localizada sito à Travessa Curuzú nº 2212, bairro do Marco, CEP: 66.093-540 pelos motivos que adiante expõe. I DA PRELIMINAR 1- DO PLANTÃO JUDICIÁRIO

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Page 1: Ação cautelar inominada unimed2

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO PARÁ

1

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA __VARA

FEDERAL DA 1ª REGIÃO – PARÁ.

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional/PA, inscrita no CNPJ sob

o nº 05.070.008/0001-48, com sede na Praça Barão do Rio Branco nº 93 – Bairro

da Campina, Belém/PA e CEP: 66.015-060, por intermédio dessa de seu

advogado que esta subscreve, vem perante Vossa Excelência Propor

AÇÃO CAUTELAR INOMINADA

preparatória, com pedido de liminar initio litis inaudita altera par, em face de

UNIMED BELÉM – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, pessoa jurídica

de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número 04.201.372/0001-37,

localizada sito à Travessa Curuzú nº 2212, bairro do Marco, CEP: 66.093-540

pelos motivos que adiante expõe.

I – DA PRELIMINAR

1- DO PLANTÃO JUDICIÁRIO

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2

Preliminarmente em face da urgência da medida pleiteada, se requer a

apreciação, deferimento e cumprimento da Medida Liminar pelo plantão

judiciário.

Douto Magistrado, O Superior Tribunal de Justiça tem os seguintes

entendimentos quanto ao Plantão Judiciário:

“O plantão judiciário constitui figura concebida para

permitir o exame durante os feriados e recessos

forenses das medidas de caráter urgente, ou seja,

possibilitar o acesso ao Poder Judiciário

ininterruptamente para salvaguardar o direito daquele

que se vê na iminência de sofrer grave prejuízo em

decorrência de situações que reclamam provimento

jurisdicional imediato.”

“O Plantão Judiciário objetiva garantir a entrega de

prestação jurisdicional nas medidas de caráter urgente

destinadas à conservação de direitos, quando possam

ser prejudicados pelo adiamento do ato reclamado.”

Portanto Excelência, no microssistema do Plantão Judiciário, a

competência dos juízes limita-se a processar, decidir e executar medidas e

outras providências urgentes que não possam aguardar sem prejuízo ao

interesse público ou do requerente, por solução em atendimento normal, o que

é o caso em epígrafe.

Através da Resolução nº 71, de 31 de março de 2009, o Conselho Nacional

de Justiça padronizou nacionalmente a disciplina do Plantão Judiciário, definiu

os regramentos básicos da atuação judicial e estabeleceu as medidas

administrativas a serem adotadas pelos tribunais brasileiros, senão vejamos:

Art. 1º. O Plantão Judiciário, em primeiro e segundo

graus de jurisdição, conforme a previsão regimental dos

respectivos tribunais ou juízos destina-se

exclusivamente ao exame das seguintes matérias:

a) ...;

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO PARÁ

3

b) ...;

c) ...;

d) ...;

e)....;

f) medida cautelar, de natureza cível ou criminal, que

não possa ser realizado no horário normal de

expediente ou de caso em que da demora possa resultar

risco de grave prejuízo ou de difícil reparação

g) ...;

Excelência, o Plantão Judiciário objetiva garantir a entrega de prestação

jurisdicional nas medidas de caráter urgente destinadas à conservação de

direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento do ato reclamado, o

que se enquadra perfeitamente no caso em questão.

Diante disso, requer o processamento da presente ação pelo PLANTÃO

do JUDICÁRIO, como ato de inteira justiça.

2. DO OBJETO DA AÇÃO

A presente ação tem por objeto obter medida liminar, inaudita altera

pars, determinando à UNIMED BELÉM que, unilateralmente e sem qualquer

notificação com observância aos prazos legalmente estipulados, retome o

atendimento aos beneficiários, bem como o cumprimento integral dos contratos

firmados com a ora suplicante, mantendo-os em pleno vigor, até decisão final,

sob pena de multa diária a ser fixada em R$100.000,00 (Cem mil reais).

No mérito, o autor requer a confirmação da medida liminar concedida.

3. DA EXPOSIÇÃO DOS FATOS

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4

O autor mantém com a UNIMED BELEM, 6 (seis) contratos ditos

empresariais de prestação de serviços de Assistência Médica, Hospitalar,

Ambulatorial e auxiliares de Diagnóstico e Terapia, assim distribuídos:

- Contratos de nº 1225 e 1226 vigentes desde 01 de julho de 2004.

- Contrato de nº 10284 assinado em 01 de fevereiro de 2010.

- Contratos de nº 10271, 10272 e 10276 assinados em 01 de fevereiro de 2011.

Nessa vertente, como suso dito, as relações contratuais aqui expostas,

originaram-se em 2004, 2010 e 2011 e, desde a origem dos pactos, até março de

2013, jamais a Unimed cobrou multa, juros, mora ou qualquer outro valor que

acrescesse à mensalidade, mesmo quando o pagamento se dava com atraso.

Insta destacar, entretanto, que a partir de abril de 2013, a operadora de

plano de saúde - assumindo uma postura absolutamente contrária à prática

adotada entre os contratantes por todo o interstício de 2004 a mar/2013 - passou

a incutir em todas as mensalidades em atraso, multas com percentuais variados,

algumas alcançando o patamar de 15%, onerando sobremaneira e

desequilibrando abruptamente as condições contratuais que vigeram por todos

os anos da relação até agora, e inclusive com a costumeira, repita-se, prática

adotada entre os litigantes.

Na oportunidade essa Ordem de Advogados traz à lume o documento

de 30 de junho de 2014, onde a Unimed Belém, estribada no atraso do

pagamento das mensalidades, ameaçou suspender e EFETIVAMENTE

SUSPENDEU, a prestação de seus serviços em 24h. Aliás, desde ontem, às 17:00

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5

horas, os beneficiários dos planos contratados não estão recebendo qualquer

prestação de serviço pelo Requerida.

Na ocasião, a operadora apensa aos documentos supraditos uma

planilha denominada de Documentos Financeiros, onde apresenta todos os 6

(seis) contratos firmados com essa Ordem dos Advogados e seus respectivos

débitos que somados chegam ao montante de R$ 1.677.170,61 (Um milhão,

seiscentos e setenta e sete mil, cento e setenta reais e sessenta e um centavos).

De fato Excelência, o plano mantido entre a OAB-Pa e a Unimed-Belém,

funciona assim: A OAB-Pa é tratada como empresa embora não o seja, e tem o

dever de pagar 100% do valor constante na fatura, mas nunca pagou dessa

forma por falta de dinheiro, essa prática vem se desenvolvendo desde 1994, daí

porque se diz que há uma práxis contratual entre os litigantes que agora é

quebrada pela Requerida.

Ano passado a Unimed-Belém, passou a cobrar juros pelo suposto e por

ela alegado atraso, e neste ano, passou a emitir aviso de suspensão do plano.

Ocorre que os advogados nunca pagam em dia, mas todo o dinheiro recebido

pela OAB-Pa dos advogados o é em uma conta corrente mantida pela OAB-Pa

especificamente sob a rubrica do plano com a Unimed-Belém (doc. em anexo) e

para esta é repassado em sua integralidade. É como se a OAB-Pa administrasse

uma conta para a Unimed-Belém, sem nada receber a esse título.

Podemos afirmar que, na data de hoje 02/07/2014, dispomos na referida

conta o valor de R$ 514.077,88 (Quinhentos e quatorze mil, setenta e sete reais e

oitenta e oito centavos), como podemos vislumbrar no extrato da conta única e

exclusiva da Unimed-Belém, intitulada “OAB Unimed Seção Pará” e, sem

sobras de dúvidas na data de 12/07/2014 todo e qualquer valor existente na

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6

mencionada conta corrente, será repassada, como efetivamente sempre foi o

procedimento padrão durante todos os anos de vigência dos contratos,

ratificando a práxis havida entre os contratantes.

Nesse viés a tentativa de novação ocorreu no dia de ontem 01/07/2014,

pois em pese as cobranças abusivas terem iniciado no ano passado, na prática a

suspensão dos contratos ocorreu no dia de ontem 01/07/2014, tendo sido esta

OAB-Pa notificada por email, sem assinatura digital no dia 30/06/2014 as 17:00

hs, o que viola de forma abusiva o disposto no art. 13, Parágrafo Único, Inciso

II, da Lei nº 9.656/98.

Todos os anos a Unimed-Belém emite uma declaração de quitação de

dívida. A OAB-Pa, não lucra um único centavo sequer pela administração do

plano que mantém com a Unimed-Belém para com seus advogados, muito pelo

contrário, a OAB-Pa gasta mensalmente entorno de R$30.000,00 de custos para

administrar o plano e repassar os valores à Unimed-Belém, ou seja, cada

centavo que entra na citada conta que a suplicada mantém sob a rubrica do

plano Unimed a esta é repassado em sua integralidade. E assim sempre o foi,

dada as característica da natureza da OAB/PA, do contrato, e, principalmente,

do costume estabelecidos entre os litigantes.

Cumpre informar que a Caixa de Assistência dos Advogados do Pará,

recentemente notificou a Unimed-Belém da intenção de efetuar a migração

compulsória e conceder anuência para celebração de um novo contrato mais

benéfico aos advogados, a exemplo do que já fora efetuado por mais de dez

Caixa de Assistência em todo Brasil, seguindo orientação do Conselho Federal

da OAB de caráter nacional, vinculando de forma indevida, arbitrária, abusiva,

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ilegal e imoral a uma dívida inexistente da OAB-Pa que será objeto de

competente ação principal.

O plano nacional que se busca efetivar é mais vantajoso aos advogados,

com cobertura nacional a um custo menor do que é oferecido atualmente pela

Unimed-Belém, inclusive com acesso a grandes hospitais, como por exemplo o

Hospital Sírio libanês em São Paulo.

Portanto esta OAB-Pa, repise-se, nenhum débito tem com a Unimed,

sendo que a situação real entre as partes, somente poderá ser dirimida através

de apuração minuciosa em perícia contábil que a OAB-Pa irá requerer em ação

principal a ser proposta no prazo do artigo 806 do CPC, onde será realizada na

forma dos arts. 420 e segs. do CPC, nas contas das partes e à esteira da

legislação vigente, em todas as pactuações e pagamentos efetuados entra as

partes do que resultará provado que a OAB-PA nada deve , seja a título for a

Unimed

Diante desse cenário, com o fito de combater o valor ora apresentado, E,

NESTE MOMENTO, PRINCIPALMENTE, A SUSPENSÃO ILEGAL E

ARBITRÁRIA DO ATENDIMENTO AOS BENEFICIÁRIOS DOS CONTRATOS

FIRMADOS, traz-se à lume que, no instrumento contratual firmado a OAB/PA,

já no preâmbulo, é definida como contratante da prestação de serviços de

Assistência Médica, Hospitalar, Ambulatorial e auxiliares de Diagnóstico e

Terapia, sendo, nesses termos, uma tomadora de serviços, tendo no art. 4º, I, sua

melhor definição:

Art. 4º - Para os efeitos deste contrato, são adotadas as

seguintes definições:

I – CONTRATANTE é a pessoa jurídica (qualificada na

Proposta de Admissão em anexo) que contrata a

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prestação de serviços de assistência à saúde para seus

empregados, dirigentes e seus dependentes.1

É imperioso destacar que o art. 1º do pacto, além de ratificar a cobertura

dos serviços elencados no preâmbulo como sendo o objeto do contrato, aponta a

Lei nº 9.656/19982 (dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à

saúde) como reguladora do contrato firmado.

Nessa ocasião, destaca-se que a evidente relação de consumo existente

entre os planos de saúde e seus beneficiários (tomadores de serviços) já deixaria

esse último sob a égide do Código de Defesa do Consumidor – CDC que, por

ser norma de ordem pública, é de aplicação cogente - de observância

obrigatória - consubstanciada no art. 5°, XXXII da nossa Carta Magna3.

Contudo, a Lei 9.656/1998 - que dispõe sobre os planos e seguros

privados de assistência à saúde – traz, ainda, tal relação, expressa em seu bojo,

na inteligência do art. 35. In verbis:

Art. 35. Aplicam-se as disposições desta Lei a todos os

contratos celebrados a partir de sua vigência,

assegurada aos consumidores com contratos anteriores,

bem como àqueles com contratos celebrados entre 2 de

setembro de 1998 e 1o de janeiro de 1999, a

possibilidade de optar pela adaptação ao sistema

previsto nesta Lei. (Redação dada pela Medida

Provisória nº 2.177-44, de 2001)4 (grifei e destaquei)

1

1 Proposta de Admissão do contrato de prestação de serviços de saúde celebrado entre a OAB/Pa e

Unimed/Belém. 2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9656.htm

3 Art. 5º [...] - XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

4 www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9656compilado.htm

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E, para rechaçar qualquer objeção, a súmula 469 do STJ consolida o

seguinte entendimento: “Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos

contratos de plano de saúde”5

Resta clara, portanto, a submissão dos contratos de plano de saúde,

também à Lei 8.078/1990 – CDC.

Pelo exposto, e alicerçado no Código de Defesa do Consumidor, essa

Seccional/PA requer, que lhe sejam restituídos em dobro, conforme preconiza o

parágrafo único do art. 42 do Código em foco, os valores cobrados além do

legalmente devido, sob o título de multa por atraso no pagamento das parcelas

mensais - durante toda a vigência do contrato, o que será objeto de apreciação,

também, na ação principal.

Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor

inadimplente não será exposto a ridículo, nem será

submetido a qualquer tipo de constrangimento ou

ameaça.

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia

indevida tem direito à repetição do indébito, por valor

igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de

correção monetária e juros legais, salvo hipótese de

engano justificável.6

Esclarece-se que o pedido apoia-se no fato de a Unimed-Belém, por toda

a vigência do pacto com a OAB, ter cobrado multas com percentuais variados,

algumas alcançando o patamar de 15%, dos beneficiários que efetuam o

pagamento fora do prazo, descumprindo, dessa forma, o disposto na Cláusula

Dez, item 10.8 do instrumento contratual (Proposta de Admissão), incorrendo

5 http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=99986

6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm

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na prática abusiva de aplicar fórmula diversa do contratualmente estabelecido

conforme expressamente prevê o art. 39, XIII do CDC.

Cláusula X 10.8 - Em casos de atraso no pagamento das

contraprestações pecuniárias, será cobrada multa em

favor da CONTRATADA de 2% (dois por cento), e

juros de 1% (um por cento) ao mês, sem prejuízo da

atualização monetária.7

Art. 39. CDC - É vedado ao fornecedor de produtos ou

serviços, dentre outras práticas abusivas:

XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do

legal ou contratualmente estabelecido.

Outrossim, ainda nessa seara, é imperioso destacar o art. 47 do CDC que

em seu bojo é claro ao dispor que, “As cláusulas contratuais serão interpretadas de

maneira mais favorável ao consumidor”. Cabendo, portanto, a aplicabilidade da

multa de 2%, e não de 15% conforme a notificada chegou a aplicar e vem

aplicando ao longo do interstício pactual.

Nesse contexto, cabe recorrer à planilha mencionada alhures em que a

UNIMED/BELÉM apresenta o valor R$ 1.661.807,57 (Um milhão, seiscentos e

sessenta e um mil, oitocentos e sete reais e cinqüenta e sete centavos) argüindo

ser este o débito que essa Seccional/Pará deve suportar referente a parcelas

contratuais em atraso acrescidos de juros.

E, por essa senda, apresentar o valor de R$ 685.580,83 (seiscentos e

oitenta e cinco reais, quinhentos e oitenta mil e oitenta e três centavos)

7 Proposta de Admissão do contrato de prestação de serviços de saúde celebrado entre a OAB/Pa e

Unimed/Belém.

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referentes ao montante dos juros suportados indevidamente por essa OAB por

toda a vigência pactual, no qual, por se tratar de cobrança indevida e abusiva,

deve o valor ao norte identificado, ser restituído em dobro a essa suplicante,

conforme preconiza o art. 42, parágrafo único do CDC, já mencionado alhures,

totalizando R$ 1.371.161,66 (Um milhão, trezentos e setenta e um mil, cento e

sessenta e um reais e sessenta e seis centavos).

Outrossim, argui-se também, que por todo o interregno pactual, essa

Ordem de Advogados suportou os ônus condizentes às administradoras de

benefícios, sem jamais perceber o percentual cabível à prestação desses serviços,

sendo, portanto, na oportunidade, apresentado o valor de R$ 1.217.678,27 (um

milhão duzentos e dezessete mil seiscentos e setenta e oito reais e vinte e sete

centavos), referentes aos serviços prestados à suplicada, correspondente à 5%

da arrecadação mensal.

Logo, essa Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Pará, além de não

reconhecer a inadimplência ao qual imputa-lhe a notificada, aponta o valor de

R$ 2.588.839,93 (dois milhões quinhentos e oitenta e oito mil oitocentos e trinta e

nove reais e noventa e três centavos), relativos aos juros cobrados

indevidamente pela suplicada e pagos, até o momento, pela suplicante,

somados aos 5% referentes aos serviços desenvolvidos por essa Ordem em

favor da operadora.

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Isso posto, resta claro que a OAB/PA, tem um crédito de R$ 927.032,36

(novecentos e vinte e sete mil trinta e dois reais e trinta e seis centavos), o qual

será discutido na ação principal.

4. DO DIREITO AMEAÇADO

Na linha da exposição dos fatos acima narrados, consigna a autora que

mais grave que a falta de razoabilidade na compensação dos créditos, é a falta

de boa-fé contratual, a ilegalidade e a abusividade na suspensão do

atendimento dos advogados beneficiários do plano. Com essa atitude a

suplicada coloca deliberadamente quase 3.000 (TRÊS MIL) vidas em risco. E

ISTO TUDO SEM OBEDECER AOS PRAZOS DE NOTIFICAÇÃO

LEGALMENTE PREVISTOS, JÁ COLACIONADOS NESTA PEÇA.

Em sede de ação principal, a ser proposta oportunamente, a autora

discutirá em termos mais detalhados a abusividade na cobrança de juros de até

15% sobre o valor da fatura, bem como, o direito a percepção do percentual

equivalente a 5% sobre o valor das faturas a titulo de remuneração, uma vez

que a suplicante vem desenvolvendo ao longo dos anos atividade inerente às de

administradora de benefícios, sem perceber tal remuneração.

Outrossim, em sede de ação principal, será discutida a repetição de

indébito e a competente compensação dos créditos entre a suplicante e a

suplicada.

5. DO FUNDADO RECEIO DE LESÃO

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A suspensão unilateral dos contratos de prestação de serviços médicos

mantidos entre as partes repercute profundamente na categoria dos advogados,

tendo em vista que é o único plano de assistência hospitalar que possuem.

Portanto, a suspensão/interrupção do serviço de saúde ocasionará danos

irreversíveis aos usuários e à Autora, que terá sua imagem efetivamente

abalada por uma inadimplência tecnicamente inexistente, considerando-se a

natureza da conta bancária mantida pela Autora com vínculo direto à

Suplicada, e, MAIS IMPORTANTE, até mesmo a perda irreparável de vidas

humanas por falta de atendimento apropriado ou até pela simples falta de

disponibilidade do próprio atendimento, a justificar a pretensão cautelar e a

concessão de medida liminar, no fito de evitar sucessão de danos indesejáveis -

e até previsíveis, afinal são quase TRÊS MIL ADVOGADOS VINCULADOS

AOS PLANOS CONTRATADOS.

Ademais, sem a concessão da medida cautelar para garantir a eficácia do

provimento final, nada mais restará ao autor fazer em prol de seus filiados, pois

terá se consumado a rescisão contratual injusta, imposta a si por motivos

igualmente injustos, ilegais, e sem a observância dos prazos legalmente

previstos para tais situações, sem sequer, por exemplo, possibilitar aos

beneficiários a continuidade dos planos suspensos ou a migração para outro

plano.

7. DO PEDIDO DE LIMINAR.

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Vistos o direito ameaçado e o fundado receio de lesão, cabe destacar que

estão presentes os requisitos autorizadores da concessão da medida liminar: o

fumus boni iuris e o periculum in mora.

Inicialmente cumpre salientar que a suspensão abrupta da prestação

de serviços de cobertura de atendimento médico, hospitalar e ambulatorial está

motivada pela suposta inadimplência, a qual é questionada e será objeto da

ação futura e teve procedimento absolutamente incompatível com as normas

legais regentes do tema e já colacionados nesta peça e a seguir transcritos.

Não obstante, a suplicada não cumpriu o disposto no art. 13, parágrafo

único, inciso II da Lei 9656/98 o qual dispõe que para suspensão do contrato por

não pagamento da mensalidade por período superior a sessenta dias, o

consumidor seja comprovadamente notificado até o quinquagésimo dia de

inadimplência, senão vejamos:

Art. 13. Os contratos de produtos de que tratam o inciso I e

o § 1o do art. 1o desta Lei têm renovação automática a partir

do vencimento do prazo inicial de vigência, não cabendo a

cobrança de taxas ou qualquer outro valor no ato da

renovação.

Parágrafo único. Os produtos de que trata o caput,

contratados individualmente, terão vigência mínima de um

ano, sendo vedadas:

II - a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, salvo

por fraude ou não pagamento da mensalidade por período

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO PARÁ

15

superior a sessenta dias, consecutivos ou não, nos últimos

doze meses de vigência do contrato, desde que o

consumidor seja comprovadamente notificado até o

quinquagésimo dia de inadimplência; e

Ora Excelência, estamos falando em mais de 2.900 advogados, entre eles

idosos e pessoas que estão em tratamento médico necessário, que de forma

inesperada esta sendo negada pela requerida a cobertura contratada, sendo que

muitos estão em dias com suas mensalidades, fato que por si só configura

prática abusiva da requerida nos termos do art. 39, incisos V e XIII do CDC,

senão vejamos:

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços,

dentre outras práticas abusivas:

V - exigir do consumidor vantagem manifestamente

excessiva;

XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal

ou contratualmente estabelecido.

Com efeito, a requerida não poderia suspender os serviços sem antes

notificar os usuários até para se evitar o efeito surpresa que está acontecendo

em que os mesmos estão sendo surpreendidos com a negativa de atendimento

sob a alegação de inadimplência, o que configura latente ilegalidade que não

pode prevalecer.

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16

Neste sentido, existem alguns precedes:

APELAÇÃO CÍVEL EM FACE DE SENTENÇA QUE

JULGOU SIMULTANEAMENTE MEDIDA CAUTELAR E

AÇÃO ORDINÁRIA. APLICAÇÃO DA LEI Nº 9.656/98

AOS CONTRATOS ANTERIORES À SUA VIGÊNCIA.

CANCELAMENTO EFETIVADO COM BASE EM

SUPOSTA INADIMPLÊNCIA DE FATURAS VENCIDAS

HÁ QUASE TRÊS ANOS. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO

PRÉVIA AO SEGURADO. OBRIGATORIEDADE DE

RESTABELECIMENTO DO VÍNCULO CONTRATUAL E

DE RESSARCIMENTO DAS DESPESAS COM

ATENDIMENTO MÉDICO E LABORATORIAL EM

RAZÃO DA NEGATIVA DE COBERTURA. RECURSO

NÃO PROVIDO. Aplicação da Lei nº 9.656/98 aos contratos

celebrados anteriormente à sua vigência, eis que o contrato

de assistência médica é de trato sucessivo no tempo,

estando submetido, portanto, aos ditames da nova lei

disciplinadora dos planos de saúde. Total ilegalidade no

cancelamento efetivado após decorridos quase três anos da

suposta inadimplência, período em que permaneceu a

operadora de saúde enviando regularmente as cobrança

aos segurados, não havendo comprovado a empresa a

efetivação de qualquer cobrança dos valores alegados,

muito pelo contrário, prestou a seguradora, durante tal

lapso, a assistência integral aos recorridos. A Lei nº 9.656/98

expressamente determina no seu art. 13, parágrafo único,

inciso II que, para a suspensão do contrato por não

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO PARÁ

17

pagamento da mensalidade por período superior a sessenta

dias, o consumidor seja comprovadamente notificado até o

quinquagésimo dia de inadimplência, o que não ocorreu na

hipótese dos autos. Configurados, in casu, os danos

materiais, na medida em que os autores segurados se viram

obrigados a arcar com as despesas decorrentes de

atendimento médico e exames laboratoriais, em virtude da

negativa da operadora de saúde em efetivar a cobertura,

devendo o montante ser apurado em liquidação de

sentença.

(TJ-PE - APL: 179005 PE 00040987020068170001, Relator:

Antônio Fernando de Araújo Martins, Data de Julgamento:

20/08/2009, 6ª Câmara Cível, Data de Publicação: 102)

Ademais, a autora demonstra a plausibilidade do direito à manutenção

dos contratos, em virtude da inexistência de qualquer débito apurado como

pela requerida, uma vez que os valores são ilíquidos e questionáveis pela

abusividade da cobrança, o que será objeto da futura ação de rescisão contratual

c/c inexigibilidade de débito e pedido de repetição de indébito, em obediência

ao art. 806 do CPC.

O direito à vida que decorre do direito à saúde, objeto da presente ação,

deve ser preservado a qualquer custo, por se tratar de um direito fundamental

esculpido no art. 5º, caput, bem como art. 6º, todos da CF/88, sendo que a

inobservância destes postulados levam os titulares destes direitos a uma

situação de indignidade humana.

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Os artigos 421 e 422 do Código Civil combinado com as disposições do

Código de Defesa do Consumidor, especialmente, os artigos 4º, caput e inciso

III assim como também o art. 42 do mesmo diploma, estão sendo violado, o que

constitui o imprescindível fumus boni iuris.

Por sua vez, o periculum in mora é demonstrado na razão de que os

contratos de prestação de serviços médicos não podem sofrer qualquer

interrupção, sob pena de desamparar centenas de usuários, que no presente

caso necessitam dos serviços, entre os quais os que se acham em tratamento

ambulatorial ou acompanhamento clínico.

A demora na concessão da medida poderá tornar inócua a ação principal,

visto que, no dia 01/07/2014, a requerida suspendeu/interrompeu o atendimento

médico hospitalar e ambulatorial, e a permanência dessa situação trará,

certamente, danos potenciais de difícil reparação aos usuários, dentre eles, até

mesmo óbitos.

Em caso análogo, o Tribunal de Justiça de PERNAMBUCO manteve

hígida decisão que concedeu a tutela cautelar com base em argumentos

similares a da aqui autora, cuja ementa se transcreve:

CIVIL E CONSUMIDOR. CAUTELAR. PRESENTE O

PERIGO DA DEMORA E A FUMAÇA DO BOM

DIREITO. SEGURO DE VIDA EM GRUPO.

RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA POR 13 ANOS.

DENÚNCIA UNILATERAL DA SEGURADORA

MEDIANTE PRÉVIA COMUNICAÇÃO. CONTRATOS

RELACIONAIS. DIREITOS E DEVERES ANEXOS.

LEALDADE, COOPERAÇÃO, PROTEÇÃO DA

SEGURANÇA E BOA FÉ OBJETIVA. MANUTENÇÃO

DO CONTRATO DE SEGURO NOS TERMOS

ORIGINALMENTE PREVISTOS. AGRAVO

IMPROVIDO.

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO PARÁ

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1. O STJ reiteradamente já se manifestou no sentido da

abusividade da cláusula que permite a não renovação

automática do contrato de seguro de vida, mediante

simples notificação da seguradora, nas hipóteses em

que o contrato vinha sendo renovado ao longo de

muitos anos, ficando estabelecida uma relação de

colaboração e confiança entre as partes, bem como de

dependência do consumidor em relação à seguradora.

Se impresso, para conferência acesse o site

http://consultasaj.tjam.jus.br/esaj, informe o processo

0712473-69.2012.8.04.0001 e o código D88815.

Este documento foi assinado digitalmente por SAMUEL

CAVALCANTE DA SILVA. Protocolado em 19/09/2012

às 19:30:57. fls. 12

2. No caso em tela o consumidor mantém por longos 10

anos vínculo com a seguradora, com sucessivas

renovações anuais. Desta feita, a pretensão da

seguradora de modificar abruptamente as condições do

seguro, não renovando o ajuste anterior, ofende os

princípios da boa fé objetiva, da cooperação, da

confiança e da lealdade que deve orientar a

interpretação dos contratos que regulam relações de

consumo.

3. Precedente do STJ. AgRg no REsp 1.207.832/SC, 3ª

Turma, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 29.06.2011; Resp

1.105.483/MG, 3ª Turma, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe

23.05.2011; Ag. 1.180.419, Rel. Min. Sidnei Benetti, DJe

14.09.2009; Rel. Min. Vasco Della Giustina, DJe

24.05.2010, entre outros.

4. Agravo improvido. (AGV 2071247-PE nº 0000477-

58.2012.8.17.0000, Relator: Francisco Eduardo

Goncalves Sertorio Canto, Data de Julgamento:

24/05/2012, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação:

101/2012) Por outro lado, não há que se falar em perigo

na demora inverso, pois a requerida estará recebendo

pelo serviço até decisão final, e, acrescente-se, que o

autor pede, nesta ação, que aquela emita faturas dos

serviços já com o índice de reajuste de 6,48% sobre os

valores cobrados nas faturas de fevereiro/2012, a partir

da presente decisão. Em resumo, são mínimos, para a

requerida, os riscos financeiros por conta da presente

decisão.

Visto isso, requer-se a concessão da medida liminar,

inaudita altera pars.

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO PARÁ

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Assim sendo, não resta alternativa senão bater às portas dessa Casa

da Justiça para ver tutelados direitos indisponíveis que se encontram em

iminente perigo em razão de conduta antijurídica perpetrada pela requerida no

afã de cobrar o que não lhe é de direito se utilizando de métodos coercitivos e

desleais.

DO PEDIDO

Isto posto, requer seja concedida medida liminar, inaudita altera pars,

para:

a) que ordene à demandada Unimed-Belém que se abstenha da prática

abusiva e ilegal de suspensão/interrupção do atendimento dos

beneficiários dos contratos indicados nesta peça, restabelecendo, de

imediato, a cobertura ampla de todas as vidas acobertadas pelos

instrumentos questionados e atingidos pela medida despropositada

tomada pela Requerida, e demais eventos cobertos pelos contratos de

prestação de serviços médicos, em suas diversas modalidades, com a

imprescindível prestação do atendimento médico e hospitalar nos

termos do art. 799 e 804 do CPC;

b) se abstenha da prática de qualquer ato de oposição ou embaraço para

que a OAB-Pa e/ou sua Caixa de Assistência possa (m) celebrar novo

plano com a Central Nacional das Unimeds (CNU), com migração

compulsória, e sem ônus financeiro e qualquer carência para a

requerida;

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO PARÁ

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c) concedida a liminar, que seja a ré dela intimada para cumpri-la de imediato

e no regime de plantão judiciário, sob pena de multa diária no valor de R$

100.000,00 (Cem Mil Reais), valor esse capaz de inibir eventual resistência ao

cumprimento da ordem judicial com fulcro no art. 84, §§ 4º e 5º do CDC, sem

prejuízo das demais penalidades advindas de eventual descumprimento de

ordem judicial;

d) no mérito, que julgue procedente a presente ação cautelar, para que se torne

imutável e definitiva medida liminar cautelar concedida, considerando que em

obediência e no prazo estabelecido pelo art. 806 do CPC será intentada a ação

principal de ação ordinária de rescisão contratual c/c inexigibilidade de débito,

repetição de indébito e outras cominações;

e) Requer a citação da requerida, por oficial de justiça, para querendo, possa

oferecer contestação, sob pena de confissão e revelia nos termos do art. 802 e

803 do CPC;

f) Requer, outrossim, a condenação da requerida na custas processuais e

honorários advocatícios na forma da lei.

Protesta provar o alegado com todas as provas admitidas em direito,

especialmente juntada de documentos sem prejuízo de depoimento pessoal,

testemunhas, perícia e demais meios lícitos que sejam suficientes ao deslinde da

presente demanda.

Dá-se à causa o valor de R$100.000,00 (Cem mil reais) para efeitos

fiscais.

Nestes Termos,

Pede deferimento.

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO PARÁ

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Belém, 02 de julho de 2014.

Raymundo N. M. de Albuquerque Júnior

OAB/PA 6066-A

NELSON SOUZA

OAB/PA 3560

LUIZ NETO

OAB/PA 3943

ALBERTO ANTONIO CAMPOS

OAB/PA 5541

JARBAS VASCONCELOS

OAB/PA 5206