prefeitura municipal de sÃo josÉ fundaÇÃo … · tabela 12: mapa de movimentação do...
TRANSCRIPT
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MICHEL VIVIANO DOS SANTOS
ETAPAS DA AUDITORIA CONTÁBIL: UM ESTUDO DE CASO APLICADO NA
INDÚSTRIA DO SEGMENTO DE CERÂMICA
SÃO JOSÉ
2016
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MICHEL VIVIANO DOS SANTOS
ETAPAS DA AUDITORIA CONTÁBIL: UM ESTUDO DE CASO APLICADO NA
INDÚSTRIA DO SEGMENTO DE CERÂMICA
Trabalho elaborado para a disciplina
Estágio III do Curso de Ciências Contábeis
do Centro Universitário Municipal de São
José – USJ
Orientador: Prof. Isair Sell, Me.
SÃO JOSÉ
2016
Dedico este trabalho a minha esposa
Elisabete Cristina Meinchein Maçaneiro que
sempre me incentiva, e enfrenta todos os
momentos difíceis, pela compreensão, apoio e
contribuição para minha formação acadêmica.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente а Deus por ter me dado saúde е força para superar as
dificuldades.
Agradeço a contribuição dadas pela minha esposa Elisabete Cristina Meinchein
Maçaneiro, por todo amor, incentivo е apoio incondicional.
Agradeço aos familiares e aos colegas do trabalho que contribuíram direta ou
indiretamente, e fizeram parte da minha formação.
Agradeço aos professores, por me proporcionar о conhecimento não apenas
racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de
formação profissional.
Ao professor Isair Sell, pelo empenho dedicados à elaboração deste trabalho,
que dedicou seu tempo desde a formulação do projeto até esta etapa final.
Por fim, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram na minha formação
pessoal e profissional.
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso visa evidenciar as etapas da auditoria contábil, desde o planejamento, até a conclusão de mitigar riscos de auditoria, e procedimentos mínimos para obter conforto sobre a apresentação das demonstrações financeiras, os papeis de trabalhos apresentados durante o estudo de caso são primordiais para a elaboração do relatório de auditoria com opinião sobre as demonstrações financeiras de uma companhia, que representa um considerável instrumento para o mercado financeiro de ações negociáveis. Inicialmente, fez-se uma exploração bibliográfica com base na história da contabilidade e auditoria no Brasil, assim como, em procedimentos de auditoria descritos nas práticas contábeis brasileiras. Adicionalmente ao estudo de caso exploratório demonstra-se os procedimentos executados em forma de papeis de trabalhos, e apresenta a importância de cada procedimento para validação dos saldos contábeis. Os procedimentos foram conduzidos em uma empresa do segmento de cerâmica, nesse sentido, verifica-se que uma companhia, quando utiliza dos serviços de auditoria externa, obtém vantagens para publicação e asseguração das demonstrações financeiras, desde que realizada corretamente por meio de planejamento, os procedimentos mínimos para realização de auditoria contábil, aplicáveis conforme as normas legais societárias e fiscais para a obtenção dos resultados a que se propõe. Por meio das etapas da auditoria, foi possível mitigar os riscos e responsabilidades do auditor em opinar sobre as demonstrações financeiras, com a aplicação de procedimentos investigatórios e específicos a cada área demonstrando os resultados obtidos, e evidenciando as distorções e impactos dos ajustes propostos por meio da cédula de ajustes. Adicionalmente, conclua-se que um processo de auditoria independente, se aplicados adequadamente, é um importante instrumento para obtenção de uma opinião sobre as informações financeiras. Palavras-chave: Contabilidade. Auditoria. Etapas da auditoria.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
CVM Comissão de Valores Mobiliários
CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis
OCPC Orientação Comitê de Pronunciamentos Contábeis
ICPC Interpretação Comitê de Pronunciamentos Contábeis
CFC Conselho Federal de Contabilidade
IAS International Accounting Standard
IAIS International Association of Insurance Supervisors
IASB International Accounting Standards Board
IFRS International Financial Reporting Standards
NBC Normas Brasileiras de Contabilidade
NBC T Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica
NBC TG Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica Geral
NBC TA Normas Técnicas de Auditoria Independente
NBC IT Normas Brasileiras de Contabilidade Interpretação Técnica
NBC PA Norma e Procedimento de Auditoria
S.A. Sociedade Anônima
ISA International Standards on Auditing
IFAC International Federation of Accountants
AICPA American Institute of Certified Public Accountants
GAAP Generally Accepted Accounting Principles
EBITIDA Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization
ITR Informações Trimestrais
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Classificação de caixa e equivalentes de caixa ................................ 35
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Fatores para cálculo da materialidade com base no benchmark ... 16
Quadro 2: Métodos para a execução de procedimentos analíticos ................. 18
Quadro 3: Cédula mestra ................................................................................. 31
Quadro 4: Comparativo do custo médio........................................................... 59
Quadro 5: Comparativo da margem de lucro ................................................... 60
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Balanço patrimonial .......................................................................... 29
Tabela 2: Demonstrações do resultado ........................................................... 30
Tabela 3: Cálculo da materialidade .................................................................. 33
Tabela 4: Confirmação dos saldo de caixa e equivalentes de caixa ............... 36
Tabela 5: Conciliação do saldo de contas a receber ....................................... 37
Tabela 6: Composição de clientes ................................................................... 38
Tabela 7: Perdas para créditos de liquidação duvidosa .................................. 39
Tabela 8: Conciliação dos saldos de estoques ................................................ 40
Tabela 9: Estoques de produtos acabados ...................................................... 41
Tabela 10: Estoques de matéria prima ............................................................ 41
Tabela 11: Provisão para ajuste a valor de mercado ...................................... 44
Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ......................................... 46
Tabela 13: Adições do imobilizado ................................................................... 47
Tabela 14: Depreciação do ativo imobilizado .................................................. 48
Tabela 15: Conciliação das contas a pagar ..................................................... 50
Tabela 16: Mapa de movimentação dos empréstimos e financiamentos ........ 52
Tabela 17: Circularização de advogados ......................................................... 54
Tabela 18: Análise das receitas líquidas .......................................................... 55
Tabela 19: Impacto do reconhecimento da receita indevidamente ................. 56
Tabela 20: Expectativa de impostos sobre vendas .......................................... 57
Tabela 21: Expectativa dos custo dos produtos vendidos ............................... 59
Tabela 22: Análise das despesas .................................................................... 61
Tabela 23: Despesas financeiras ..................................................................... 63
Tabela 24: Cédula de ajustes ........................................................................... 65
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11
1.1 TEMA ............................................................................................................ 11
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................ 12
1.3 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 12
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 12
1.5 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ..................................................................... 12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 14
2.1 TIPOS DE TRABALHOS DE AUDITORIAS ................................................. 14
2.1.1 Auditoria de grupo ...................................................................................... 14
2.1.2 Auditoria de componente .......................................................................... 14
2.2 PROCESSO DE ACEITAÇÃO ..................................................................... 15
2.3 BENCHMARK E MATERIALIDADE ............................................................. 15
2.4 DEFINIÇÃO DE CONTAS SIGNIFICATIVAS .............................................. 17
2.5 PROCEDIMENTO ANALÍTICO SUBSTANTIVO .......................................... 18
2.6 REVISÃO DAS ATAS DE REUNIÃO ........................................................... 19
2.7 ENTENDIMENTO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS DA ENTIDADE ............. 20
2.8 LITÍGIOS OU RECLAMAÇÕES ................................................................... 20
2.9 ESTIMATIVAS CONTÁBEIS ........................................................................ 21
2.10 INVENTÁRIO DOS ESTOQUES .................................................................. 22
2.11 CONTROLES INTERNOS ............................................................................ 23
2.12 PLANEJAMENTO DOS TRABALHOS DE AUDITORIA .............................. 23
2.13 NORMA DE PROCEDIMENTO DE AUDITORIA ......................................... 24
3 METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................. 25
3.1 QUANTO AOS OBJETIVOS ......................................................................... 25
3.2 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS ............................................................. 26
3.3 QUANTO A ABORDAGEM DO PROBLEMA ............................................... 26
3.4 INSTRUMENTOS DE PESQUISA ............................................................... 27
3.5 LIMITAÇÕES ................................................................................................ 27
4 ESTUDO DE CASO ..................................................................................... 28
4.1 SOLICITAÇÕES INICIAIS DE ANÁLISE ...................................................... 28
4.2 ROTEIRO DE PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA .................................... 28
4.2.1 Referências cruzadas ................................................................................. 31
4.2.2 Definição da materialidade ........................................................................ 31
4.2.3 Procedimentos de auditoria aplicados por grupo de contas ................ 34
4.2.3.1 Caixa, equivalentes e aplicações financeiras ............................................... 35
4.2.3.2 Contas a receber de clientes ........................................................................ 36
4.2.3.3 Estoques ....................................................................................................... 39
4.2.3.4 Imobilizado .................................................................................................... 45
4.2.3.5 Fornecedores ................................................................................................ 49
4.2.3.6 Empréstimos e financiamentos .................................................................... 51
4.2.3.7 Provisões por reclamações litigiosas e tributárias ....................................... 53
4.2.3.8 Receita líquida .............................................................................................. 54
4.2.3.9 Custo dos produtos vendidos - análise de tendência .................................. 58
4.2.3.10 Despesas com pessoal, vendas, gerais e administrativas. ...................... 60
4.2.3.11 Resultado financeiro – análise preditiva ................................................... 62
4.2.3.12 Carta de representação formal da administração ..................................... 64
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 67
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 69
11
1 INTRODUÇÃO
Diante do cenário da necessidade de companhias obter o relatório de auditoria
sobre as demonstrações financeiras, motivadas pelo mercado e exigidas por
regulamentações CVM, e motivadas pela transparência das informações mediante
aos usuários das demonstrações financeiras, o auditor exerce a responsabilidade de
assegurar razoabilidade sobre as demonstrações financeiras e formar opinião
independente.
1.1 TEMA
Dentro do contexto de mercado competitivo de grandes empresas, destaca-se
a opinião do auditor independente em assegurar que as demonstrações contábeis
foram elaboradas de acordo com as normas vigentes, a credores por empréstimos e
a outros usuários, bem como, da tomada de decisão ligada ao fornecimento de
recursos para a entidade.
Portanto, durante este trabalho, serão acompanhados e formalizados os
procedimentos adotados pela auditoria externa na companhia de Cerâmica, e cada
etapa aplicada, conceitos relacionados a princípios fundamentais para assegurar
opinião, os riscos de auditoria, avaliação dos riscos de distorção, evidências obtidas,
asseguração razoável, julgamento profissional, premissas, planejamento adequado,
dentre outros essenciais para o desenvolvimento da auditoria.
O estudo se dá numa Indústria de Cerâmica, companhia de grande porte, com
capital aberto, participante do mercado de ações negociáveis na bolsa de valores
CVM (Comissão de Valores Mobiliários), é relevante para seus investidores e outros
interessados, e obrigatoriedade legal, a opinião do auditor independente de forma
objetiva e clara, a fim de passar aos investidores e outros usuários confiabilidade
sobre as demonstrações financeiras da companhia.
O trabalho terá como fundamentação as normas brasileiras e internacionais
que regulamentam e orientam a contabilidade e a auditoria e como tema as etapas da
auditoria contábil.
12
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA
Desta forma, o auditor necessita verificar a eficiência dos controles internos,
assegurar com razoabilidade os registros contábeis, apontar falhas na organização
administrativa da companhia, assegurar com razoabilidade os resultados apurados,
assegurar continuidade operacional da companhia e atentar para a adequação
regulatória da companhia.
A partir disso, identifica-se a seguinte questão problema: como as etapas da
auditoria contábil contribuem para mitigar os riscos contidos nas demonstrações
financeiras não auditadas?
1.3 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral visa descrever como as etapas da auditoria contábil contribuem
para mitigar os riscos de erro de cada grupo de contas, contidos nas demonstrações
financeiras não auditadas.
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos são:
a) Fundamentar os procedimentos com as normas contábeis;
b) Demonstrar as etapas da auditoria;
c) Demonstrar os objetivos de cada etapa da auditoria;
d) Demonstrar e avaliar possíveis distorções e impactos dos ajustes;
e) Evidenciar os riscos de distorções limites com base na materialidade
calculada;
1.5 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
Para academia o trabalho é relevante por expor conceitos da auditoria contábil,
área que expande a cada ano no mercado e proporciona carreira profissional
promissora.
Também justifica-se este trabalho devido a expansão das firmas de auditoria
no mercado, demandadas por regulamentações e necessidades dos usuários em
13
obter transparência das informações, adicionalmente, o auditor assume o papel
importante de riscos e responsabilidades.
Aos acadêmicos motivar e auxiliar na construção e disseminação do trabalho
de auditoria e como motivador nas discussões posteriores sobre o assunto de forma
crítica e reflexiva.
Para o acadêmico, por trabalhar em uma empresa de auditoria, que é uma rede
global constituída por firmas-membro independentes, e por ter realizado trabalhos de
auditorias de empresas, nos quais foram aplicados os procedimentos, além dos
fatores já expostos, pelo desafio de construir seu conhecimento sobre o assunto, e
desenvolvimento profissional.
14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capitulo é direcionado a fundamentação em principais conceitos e normas
técnicas para entendimento das etapas da auditoria.
2.1 TIPOS DE TRABALHOS DE AUDITORIAS
Os tipos de trabalhos de auditoria são segregados em 2 modalidades, auditoria
de grupo e auditoria de componente.
2.1.1 Auditoria de grupo
De acordo com a NBC TA 600 e ISA 600 – Auditorias de Demonstrações
Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes, auditoria
de grupo é a auditoria das demonstrações contábeis de um grupo. Grupo são todos
os componentes cujas informações contábeis são contidas nas demonstrações
contábeis do grupo. Um grupo sempre tem mais de um componente. Um componente
é uma entidade ou atividade de negócios para a qual a administração do grupo ou dos
componentes elabora informações contábeis que devem ser incluídas nas
demonstrações contábeis do grupo.
A equipe de trabalho do grupo deve comunicar suas necessidades para os
auditores dos componentes em tempo hábil. Esta comunicação deve descrever o
trabalho a ser executado, incluindo a forma e conteúdo da comunicação dos auditores
do componente com a equipe de trabalho do grupo.
2.1.2 Auditoria de componente
Um auditor do componente é um auditor que, por requerimento da equipe de
auditoria encarregada do trabalho de grupo, executa trabalho sobre as informações
contábeis relacionadas a um componente para auditoria de grupo.
Auditores que não cumprem a definição de um membro da equipe de trabalho
do grupo são considerados como auditores do componente. Entretanto, um auditor
que realiza o trabalho em um componente quando a equipe de trabalho do grupo não
vai usar esse trabalho para fornecer evidência de auditoria para a auditoria do grupo
não é considerado um auditor do componente.
15
2.2 PROCESSO DE ACEITAÇÃO
O processo de aceitação do trabalho de auditoria, é o processo inicial da firma
de auditoria para avaliar (e reavaliar) trabalho e clientes da firma-membro. O processo
compreende questões básicas, grades de risco (que são atribuídas com base nas
respostas a interrogações) e os requerimentos hierárquicos de aprovação
representam os requerimentos básicos para serem atendidos por cada firma. A
conclusão do processo auxilia no cumprimento da documentação dos requerimentos
De acordo com a NBC TA 220 e ISA 220 - Controle de Qualidade da Auditoria
de Demonstrações Contábeis, o sócio encarregado do trabalho deve estar satisfeito
de que foram seguidos os procedimentos apropriados em relação à aceitação e
continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos de auditoria e deve
estabelecer que as conclusões obtidas sobre esse aspecto são apropriadas.
O auditor deve estabelecer os termos do trabalho de auditoria com a
administração. Os termos do trabalho devem ser formalizados em proposta escrita
formal, previstas na NBC TA 210 e ISA 210 - Concordância com os Termos do
Trabalho de Auditoria.
2.3 BENCHMARK E MATERIALIDADE
A determinação do benchmark (marca de referência) apropriado inclui
consideração de lucros e outros fatores relevantes da entidade, conforme descrito a
seguir.
Para fins de determinação do benchmark adequado, medidas financeiras que
são consideradas como medidas não “GAAP” ou alternativas de medidas de
desempenho nos termos da estrutura de relatórios financeiro relevantes, tais como
lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), não são
adequadas.
De acordo com a NBC TA 320 e ISA 320 - Materialidade no Planejamento e na
Execução da Auditoria, os fatores que podem afetar a identificação de um benchmark
adequado incluem:
16
Fatores Exemplos
Os elementos das demonstrações contábeis Ativo, passivo, patrimônio líquido, receita e despesa.
Se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica
Com o objetivo de avaliar o desempenho financeiro os usuários tendem a focar sua atenção em lucro, receita ou patrimônio líquido.
A natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua
Para as entidades com fins lucrativos, o resultado antes de impostos obtido nas operações é frequentemente usado como benchmark
Para as entidades sem fins lucrativos, o patrimônio líquido ou total de ativos pode ser um benchmark adequado
Para as entidades de baixa lucratividade e entidades que alcançaram seu ponto de equilíbrio, a receita total ou total de ativo pode ser um benchmark adequado
Outras entidades podem utilizar outros benchmarks.
A estrutura societária da entidade e como ela é financiada
Se a entidade é financiada somente por dívida em vez de capital próprio, os usuários dão mais importância a informações sobre os ativos, e processos que os envolvam, do que nos resultados da entidade.
A volatilidade relativa do benchmark
Quando o lucro antes dos impostos obtido nas operações for volátil, outros benchmarks podem ser mais apropriados, tais como o lucro bruto ou o total das receitas.
A seleção de um benchmark que é volátil pode resultar em diferenças na natureza, época e extensão dos nossos procedimentos de auditoria adicionais de período para período, o que pode não ser adequado.
QUADRO 1: FATORES PARA CÁLCULO DA MATERIALIDADE COM BASE NO BENCHMARK
FONTE: ADAPTADO NBC TA 320 E ISA 320.
Espera-se que o benchmark usado para determinar a materialidade não mude
de período para período, a não ser que as circunstâncias da entidade ou percepção
das necessidades dos usuários das demonstrações contábeis tenham mudado
significativamente comparado ao período anterior.
Dados financeiros relevantes utilizados na determinação do valor do
benchmark escolhido incluem:
Resultados financeiros e posições financeiras de períodos anteriores
Resultados financeiros e a posição financeira até a presente data, e
Budgets ou forecasts para o período vigente.
17
Os fatores anteriores são ilustrativos; podem existir outros fatores que
impactem a adequação da materialidade como uma porcentagem do benchmark
escolhido com base nas circunstâncias específicas do trabalho. A materialidade como
porcentagem do benchmark é normalmente consistente de período para período.
2.4 DEFINIÇÃO DE CONTAS SIGNIFICATIVAS
Uma conta significativa é uma conta onde existe a possibilidade razoável de
que possa conter um erro que, individualmente ou agregado a outros, tenha um efeito
material nas demonstrações contábeis, considerando tanto os riscos de
superavaliação quanto os de subavaliação. A determinação se uma conta é ou não
significativa, é baseada no risco inerente, sem levar em consideração o efeito dos
controles relacionados.
Uma afirmativa relevante é uma afirmativa relacionada a uma conta ou
divulgação significativa que tem possibilidade razoável de erro que, individualmente
ou agregado a outros, pode resultar em demonstrações contábeis materialmente
erradas, considerando tanto os riscos de superavaliação quanto os de subavaliação.
A determinação se uma afirmativa é ou não relevante, é fundamentada no risco
inerente, sem levar em consideração o efeito dos controles relacionados.
De acordo com a NBC TA 600 e ISA 600 - Auditorias de Demonstrações
Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes, o auditor
deve desenhar e implementar respostas apropriadas para endereçar com os riscos
avaliados de erros materiais nas demonstrações contábeis. A equipe de trabalho do
grupo deve definir o tipo de trabalho a ser executado pela equipe de trabalho do grupo
ou pelos auditores dos componentes sobre as informações contábeis dos
componentes.
Atributos que indicam a relevância potencial de uma afirmativa incluem:
Natureza da afirmativa;
Volume de transações ou os dados relacionados a afirmativa;
Natureza e complexidade do sistema, incluindo o uso de TI, pelo qual os
processos e controles das informações da entidade apoiam a afirmativa.
18
2.5 PROCEDIMENTO ANALÍTICO SUBSTANTIVO
Segundo a NBC TA 520, e ISA 520, e Resolução CFC nº 1.221/09 -
Procedimentos Analíticos, para fins das normas de auditoria, o termo procedimento
analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de diagnóstico das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Procedimentos
analíticos compreendem, também, o exame necessário de flutuações ou relações
identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que
diferem significativamente dos valores esperados.
O quadro 2 a seguir apresenta orientações e exemplos relacionados a esses
métodos primários que podem ser utilizados para a execução dos procedimentos
analíticos. A lista não inclui todas as possibilidades.
QUADRO 2: MÉTODOS PARA A EXECUÇÃO DE PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS
FONTE: ADAPTADO NBC TA 520 E ISA 520 - PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS.
Método Primário Orientação Exemplos
Análises mensais das tendências de receitas e devoluções mensais de vendas durante o período do relatório e pouco depois dele
Análise de tendências de vendas mensais comparada unidades embarcadas
Comparação dos saldos interinos com os saldos na data-base
Comparação dos saldos no final do período com saldos do forecast na data-base
Comparação dos saldos na data-base com saldos na data-base anterior
Comparação por loja do período corrente e do período anterior, das receitas, dos custos de vendas e da margem bruta das mesmas lojas
A comparação dos índices de custos de embarque ou outras despesas de vendas e as vendas do período anterior com o índice do período atual
A comparação de índices e indicadores-chave (por exemplo o índice atual, o giro do contas a receber ou dias de vendas em aberto, giro dos estoques, a relação entre depreciação e a média de ativos fixos, a relação entre dívida e patrimônio, percentual do lucro bruto, percentual da receita líquida e taxas operacionais da fábrica) do período anterior com aqueles do período atual
A comparação do lucro bruto por linha de produto e segmento operacional, despesa por tipo conforme o percentual de vendas, ativos por tipo conforme o percentual de total de ativos e o percentual de mudanças nas vendas e o percentual de mudanças no contas a receber do período anterior com aqueles do período atual
A comparação da receita por ordem ou vendas por metro quadrado
A comparação dos custos de folha de pagamento com o número de funcionários
Comparação de margem bruta entre uma entidade e seus pares
A comparação do índice de custos de embarque e as vendas com os índices para uma entidade comparável no mesmo setor
A comparação do índice entre a receita da entidade e seu contas a receber com as médias setoriais ou com outras entidades de tamanho comparável no mesmo setor
A comparação da lucratividade da entidade com as tendências setoriais, que pode indicar que a entidade tem crescimento ou rentabilidade rápidos não usuais quando comparados com aqueles de outras entidades no mesmo setor
Na comparação dos relacionamentos entre contas (entre dois períodos ou ao longo do tempo)
A análise de índices envolve uma comparação da inter-relação entre contas, informações não financeiras ou ambas. A análise de índices inclui:
Análise de tendências
A análise de tendências é a análise de mudanças no saldo da conta ao longo do tempo. Tendências simples normalmente envolvem a comparação entre o saldo de conta do período anterior com o saldo atual. Análises de tendências mais complexas podem abranger múltiplos períodos de tempo.
Análise de índices
A comparação de uma conta com dados não financeiros
A comparação dos relacionamentos entre a entidade e seus pares. A comparação de índices com médias setoriais ou com entidades comparáveis no mesmo setor é mais útil quando os fatores operacionais são comparáveis.
19
Procedimentos analíticos de planejamento podem ser executados usando uma
análise elaborada pela equipe de trabalho e/ou considerando quaisquer análises
elaboradas pela administração para revisar o desempenho financeiro da entidade.
2.6 REVISÃO DAS ATAS DE REUNIÃO
Durante os trabalhos de auditoria, é relevante o auditor examinar atas de
reuniões dos acionistas, da administração e dos responsáveis pela governança,
incluindo quaisquer comitês relevantes desses grupos.
De acordo com as orientações previstas nas NBC TA 501 - Evidência de
Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados - e NBC TA 550
Partes Relacionadas, ao inspecionar essas atas, o auditor deve permanecer alerta
quanto a:
Acordos ou outras informações que possam indicar a existência de
relacionamentos ou transações com partes relacionadas que a
administração não identificou ou não divulgou anteriormente;
Reclamações litigiosas e trabalhistas envolvendo a entidade que derem
motivo para o risco de erro material;
Não conformidade com as leis e regulamentos, incluindo atos ilegais;
Eventos e condições que podem levantar dúvidas significativas quanto
à capacidade operacional da entidade;
Fatores de risco de fraude;
Planos e intenções da administração relevantes para as estimativas,
contendo medições feitas pelo valor justo com relação a estimativas.
Quando são inspecionadas atas, também deve permanecer alerta quanto a
outros assuntos que podem impactar na identificação e avaliação de riscos ou ainda
a na abordagem de auditoria, tais como:
Evidência de auditoria que contradiz outras evidências de auditoria
obtidas;
Circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos de
auditoria.
20
2.7 ENTENDIMENTO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS DA ENTIDADE
De acordo com as orientações da NBC TA 315 e ISA 315 - Identificação e
Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade
e do seu Ambiente, o auditor deve obter um entendimento sobre a seleção e aplicação
das políticas contábeis da entidade (incluindo divulgações relacionadas), incluindo os
motivos para as referidas mudanças. Adicionalmente, avaliar se as políticas contábeis
da entidade são adequadas para os negócios e consistentes com a estrutura de
relatório financeiro aplicável e as políticas usadas em seu setor.
Políticas e práticas contábeis críticas são políticas e práticas contábeis da
entidade que são ambos mais importantes para retratar a posição e desempenho
financeiro da entidade, e requerem julgamentos mais difíceis, subjetivos ou complexos
por parte da administração, muitas vezes como resultado da necessidade de fazer
estimativas sobre o efeito de assuntos com incerteza inerente.
Políticas contábeis críticas geralmente abrangem um subconjunto das políticas
contábeis significativas da entidade. A maioria das entidades possui uma ou mais
políticas contábeis críticas.
Políticas e práticas contábeis críticas são adaptadas para eventos específicos
no ano corrente, e as políticas e práticas que são consideradas críticas para a
contabilidade podem mudar anualmente.
2.8 LITÍGIOS OU RECLAMAÇÕES
Litígios e reclamações são ações legais, reais ou potenciais, demandas, multas
e/ou processos contra o cliente com relação à suposta conduta ilícita trazida por um
indivíduo, entidade e/ou órgão regulador ou governamental.
A NBC TA 501 e ISA 501 - Evidência de Auditoria – Considerações Específicas
para Itens Selecionados, orienta a desenhar e executar procedimentos de auditoria, a
fim de identificar litígios e reclamações envolvendo a entidade que possa dar origem
a um risco de erro material, incluindo:
Revisão das atas de reuniões dos responsáveis pela governança,
documentos obtidos da administração com relação a litígios e
reclamações, e correspondência entre a entidade e seus advogados
externos;
21
Revisar as contas de despesas legais e faturas de consultores jurídicos
externos.
Além dos procedimentos apresentados, outros procedimentos relevantes
incluem, por exemplo, o uso de informações obtidas por meio de procedimentos de
avaliação de risco realizados como parte da obtenção do entendimento sobre a
entidade e seu ambiente com a finalidade de auxiliar na identificação de reclamações
litigiosas e trabalhistas que envolvem a entidade.
A comunicação direta com os assessores jurídicos externos da entidade ajuda
a obter de evidência de auditoria suficiente e apropriada se os litígios e reclamações
potencialmente relevantes são avaliados e se as estimativas da administração sobre
às implicações financeiras, incluindo custos, são razoáveis.
2.9 ESTIMATIVAS CONTÁBEIS
De acordo com a NBC TA 540 e ISA 540 - Auditoria de Estimativas Contábeis,
Inclusive do Valor Justo, e Divulgações Relacionadas, em alguns casos, a estrutura
de relatório financeiro aplicável pode determinar o método de mensuração para uma
estimativa, por exemplo, um modelo específico que deve ser usado para mensurar
uma estimativa do valor justo. Em muitos casos, entretanto, a estrutura de relatório
financeiro não determina o método de mensuração ou pode especificar métodos
alternativos para mensuração.
Quando a estrutura de relatório financeiro aplicável não determina um método
específico para ser usado nas circunstâncias, aspectos que pode-se considerar para
obter entendimento do método ou, quando aplicável, do modelo usado para elaborar
as estimativas contábeis incluem, por exemplo:
Como a administração considerou a natureza do ativo ou passivo que
estava sendo estimado ao selecionar um método específico.
Se a entidade opera em um negócio, setor ou ambiente específico que
possui métodos comumente usados para elaborar o tipo específico de
estimativa contábil.
Para algumas estimativas contábeis, entretanto, pode haver incerteza de
estimativa relativamente alta, especialmente quando elas são baseadas em premissas
significativas, por exemplo:
• estimativa contábil em relação ao desfecho de litígios;
22
• estimativas contábeis do valor justo para instrumentos financeiros
derivativos não negociados em bolsa;
• estimativas contábeis do valor justo para as quais é usado modelo
altamente especializado desenvolvido para a entidade ou existem premissas ou dados
que não podem ser observados no mercado.
2.10 INVENTÁRIO DOS ESTOQUES
Conforme as orientações da NBC TA 501 e ISA 501 - Evidência de Auditoria –
Considerações Específicas para Itens Selecionados, se o estoque for relevante para
as demonstrações contábeis, deve-se obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada com relação a existência e as condições dos estoques mediante:
a) Acompanhamento da contagem física dos estoques, a não ser que seja
impraticável, para:
Avaliar as instruções e os procedimentos da administração para registrar e
controlar os resultados da contagem física dos estoques da entidade;
Observar a realização dos procedimentos de contagem pela administração;
Inspecionar o estoque;
Executar testes de contagem.
b) Execução procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da
entidade para determinar se refletem com precisão os resultados reais da
contagem de estoque.
Se a contagem física dos estoques for realizada em outra data que não a data
das demonstrações contábeis, deve-se, além dos procedimentos exigidos pela ISA
501.4 - Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados,
executar procedimentos para obter evidência de auditoria de que as variações no
estoque entre a data da contagem e a data das demonstrações contábeis estão
adequadamente registradas.
Se o estoque custodiado e controlado por terceiros for relevante para as
demonstrações contábeis, deve-se obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada com relação à existência e as condições do estoque executando uma ou
as duas possibilidades a seguir:
1) Solicitar confirmação do terceiro quanto às quantidades e condições do
estoque mantido por esse terceiro em nome da entidade;
23
2) Executar inspeção ou outro procedimento de auditoria apropriado nas
circunstâncias.
2.11 CONTROLES INTERNOS
Segundo a NBC TA 315 e ISA 315 - Identificação e Avaliação dos Riscos de
Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente, na
identificação e obtenção de um entendimento de controles que endereçam áreas onde
considera-se “what could go wrong” ou “o que poderia dar errado”, no processo que
podem causar um erro material, tanto individualmente quanto na combinação com
outros erros, é provavelmente mais alto.
Pode existir mais de um controle que endereça e avalia risco de erro para uma
afirmativa relevante em particular; ao contrário, um controle pode endereçar o risco
de erro material avaliado para mais que uma afirmativa relevante.
Além da consideração primordial de se um controle endereça um what could
go wrong, como um assunto prático, pode também considerar os seguintes fatores
quando selecionar controles para avaliar e, se relevante, testar:
Se é provável que o controle seja efetivo
A evidência que existe relacionada a operação do controle.
Na identificação dos controles relevantes no nível do processo, considera-se
os “higher level controls” ou “Controles de nível superior”, que foram identificados e o
seu impacto esperado na avaliação e testes dos controles no nível do processo. higher
level controls podem eliminar ou reduzir a avaliação do desenho e implementação e,
se for o caso, os testes de controles no nível do processo.
A avaliação do desenho de um controle envolve considerar se o controle,
individualmente ou em combinação com outros controles, é capaz de prevenir, ou
detectar e corrigir, erros materiais de forma efetiva. A implementação de um controle
significa que ele existe e que a entidade o está utilizando.
2.12 PLANEJAMENTO DOS TRABALHOS DE AUDITORIA
A NBC T 11 - Normas de Auditoria Independente das Demonstrações
Contábeis - visa a explicitar o subitem 11.2.1 - relativo ao PLANEJAMENTO DA
24
AUDITORIA, da NBC T 11, etapa na qual o auditor independente define o seu plano
de trabalho e o detalhamento dos procedimentos de auditoria a serem aplicados.
Desta forma, o Anexo 02 é um modelo de programa de trabalho elaborado de
forma abrangente, divido por grupo de contas e segregados por procedimentos, cabe
destacar, que o mesmo deve ser adequado à extensão e natureza dos trabalhos a
serem desenvolvidos.
2.13 NORMA DE PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
De acordo com a NPA 01 - Parecer dos Auditores Independentes sobre
Demonstrações Contábeis - a auditoria independente das demonstrações contábeis
constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de
parecer sobre a adequação com que estas representam a posição patrimonial e
financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens
e aplicações de recursos da entidade auditada, consoante as Normas Brasileiras de
Contabilidade e a legislação específica no que for pertinente.
Normas de Auditoria Independente definem que o auditor deve obter evidências
ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as
demonstrações contábeis auditadas, abrangendo os seguintes aspectos:
a) Se as demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com práticas
contábeis adequadas e condizentes com os Princípios de Contábeis.
b) Se as demonstrações contábeis atendem aos principais requisitos legais,
regulamentares e societários.
c) Se o conjunto das informações apresentadas pelas demonstrações
contábeis é condizente com o conhecimento do auditor sobre os negócios
e as práticas operacionais da entidade.
d) Se há apropriada divulgação de todos os assuntos relevantes para uma
adequada apresentação das demonstrações contábeis.
Ademais, optou-se por apresentar a descrição e fundamentação das etapas da
auditoria constantes no capitulo 4, quando da apresentação dos respectivos itens,
tendo em vista a contextualização do estudo de caso junto a respectiva
fundamentação.
25
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
A presente pesquisa tem característica predominante qualitativo e o
procedimento metodológico adotado foi o estudo de caso, e sua natureza aplicada.
3.1 QUANTO AOS OBJETIVOS
Com base nos objetivos do trabalho de explorar e aprofundar conhecimentos
técnicos de auditoria aplicada, bem como investigatória, no intuito de corroborar com
a metodologia aplicável a cada etapa da auditoria, determinar a materialidade para a
execução do trabalho de auditoria, estratégias para mitigar riscos de auditoria,
avaliação das distorções identificadas durante a auditoria, identificar a existência de
passivos omissos na companhia auditada, observar a continuidade operacional,
identificar deficiências de controles internos, e obter evidencias suficientes para
sustentar a opinião do auditor independente sobre as demonstrações financeiras,
entre outras variáveis apuradas nos procedimentos de auditoria. Desta forma, a
realização dos objetivos é de caráter exploratória.
Segundo, Gil (2002, p. 41) afirma que a pesquisa exploratória visa proporcionar
maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir
hipóteses.
De acordo com Ilse (2004, p. 81) o estudo exploratório apresenta-se como
primeiro passo no campo científico, a fim de possibilitar a realização de outros tipos
de pesquisa acerca do mesmo tema, como a pesquisa descritiva e a pesquisa
explicativa.
De acordo com Yin (2004, p. 21), como esforço de pesquisa, o estudo de caso
contribui, de forma inigualável, para a compreensão que temos dos fenômenos
individuais, organizacionais, sociais e políticos.
Quanto a pesquisa ação COSTA (2002, p. 98-99) afirma, que o objetivo parece
ser o de uma ação coletiva e colaborativa que estimule estudantes e/ou profissionais
a se aprofundarem na compreensão e interpretação de sua própria prática com vistas
ao seu fortalecimento (empowerment) e emancipação.
Tendo em vista, que o tema abordado, pode ser explorado e aprofundado por
diversos segmentos das etapas da auditoria, como por exemplo auditoria de controles
internos ou ainda auditoria de processos de custeios, corroborando assim, com a
26
tipologia de característica de pesquisa exploratória. Quanto ao objetivo da pesquisa
de apresentar as etapas da auditoria e metodologia da pesquisa participante fazendo
parte integrante da equipe de auditoria.
3.2 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS
Os procedimentos técnicos foram formalizados por meio de análise
documental, juntamente com a elaboração de procedimentos analíticos, no estudo de
caso buscou-se acompanhar e cada procedimento, analisando os resultados e
acompanhando a equipe de auditoria, desta forma, sendo possível avaliar os impactos
de cada resultado obtido nos procedimentos.
Segundo, Gil (2002, p. 72) o estudo de caso é caracterizado pelo estudo
profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir
conhecimentos amplos e detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível
mediante os outros tipos de delineamentos considerados.
De acordo com Yin (2004, p. 21), considera que o estudo de caso permite uma
investigação para se preservar as características holísticas e significativas dos
eventos da vida real – tais como ciclos de vida individuais, processos organizacionais,
administrativos, mudanças ocorridas em regiões urbanas, relações internacionais e a
maturação de alguns setores.
De acordo com HAGUETTE (1992, p. 162), o conceito de participação dentro
da perspectiva a intervenção do pesquisador no meio é condição do conhecimento.
Conforme o propósito do estudo, a elaboração dos procedimentos de auditoria
é documentada com base em estudo executado em campo, colocando em prática os
conceitos contábeis.
3.3 QUANTO A ABORDAGEM DO PROBLEMA
A abordagem do problema se dará como qualitativa, visto que procedimentos
adotados são substanciosos e analíticos para solucionar o problema do estudo de
caso.
Segundo BEUREN (2004, p. 92) afirma que se a tipologia da pesquisa consistir
em um estudo de caso, não se pode falar de um esquema rígido de análise e
interpretação dos dados.
27
De acordo com Gil (2002, p. 45), o ambiente natural é a fonte direta para coleta
de dados e o pesquisador é o instrumento chave.
Todas etapas da auditoria, depende de coleta e análise de dados,
posteriormente, procedimentos investigatórios.
3.4 INSTRUMENTOS DE PESQUISA
Tendo em vista, que a pesquisa visa levantar dados durante o caso prático para
solucionar o problema especifico, a natureza da pesquisa é definida como aplicada.
De acordo com Gil (2002, p. 87), há pesquisas elaboradas com base em
documentos, as quais, em função da natureza destes ou dos procedimentos adotados
na interpretação dos dados, desenvolvem-se de maneira significativamente diversa.
Segundo BEUREN (2004, p. 94) quanto a abordagem do problema, a situação
problema requer uma abordagem qualitativa. Nesse sentido, concebem-se analises
mais profundas em relação ao fenômeno estudado.
De acordo com Yin (2004, p. 105), as evidências para um estudo de caso
podem vir de seis fontes distintas: documentos, registros em arquivos, entrevistas,
observação direta, observação participante, e artefatos físicos.
Portanto, a pesquisa configurará uma aplicação de instrumentos e teorias
contábeis, compreendendo as etapas da auditoria como procedimentos aplicados,
considerando toda e qualquer forma de avaliar e mensurar os efeitos de possíveis
distorções das demonstrações financeiras da companhia.
3.5 LIMITAÇÕES
Das limitações, foram realizadas visitas trimestrais a empresa, ao todo foram
utilizados 160 horas em campo para desenvolver o estudo.
As informações foram obtidas sob solicitações antecipadas, porém, alguns
arquivos bloqueados com criptografia e outros arquivos em papéis físicos, limitando a
análise em planilhas.
Todas a informações disponibilizadas pela companhia são limitadas ao sigilo,
portanto, os dados primários da companhia foram alterados.
Os acessos agendados com antecedência, limitados a 8 horas por dia, durante
uma semana a cada trimestre.
28
4 ESTUDO DE CASO
Com o intuito de preservar a identidade da empresa utilizada no estudo de caso,
em respeito as normas de auditoria e conformidades da Política Global de Privacidade
da Firma de Auditoria, que abrangem o sigilo e a ética para tratamento das
informações sigilosas, as informações confidenciais serão tratadas de forma
apropriada e cautelosa, portanto foram alterados os valores e nomenclaturas
existentes nas demonstrações financeiras analisadas.
Ademais, não foram abordados procedimentos específicos que pudessem
expor informações confidenciais da entidade, desta forma, determinados grupos de
contas não foram abordados.
Portanto, para fins de apresentação do estudo de caso, os dados foram
coletados por meio de análise documental, acompanhamento dos procedimentos
junto a equipe de auditoria, tais como, indagações a equipe de auditoria, indagações
junto a administração da companhia e etc.
4.1 SOLICITAÇÕES INICIAIS DE ANÁLISE
No Anexo 01, apresenta-se um modelo de solicitação inicial de análise
preliminar, padrão para realização dos trabalhos de auditorias. Vale destacar que o
mesmo pode ser adaptado para cada entidade, e adicionalmente, durante o
andamento dos trabalhos poderá surgir novas demandas de documentos adicionais
para análise.
4.2 ROTEIRO DE PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
As Demonstrações Financeiras a seguir, tem por finalidade ilustrar como
referência de saldos para executar os procedimentos de auditoria independente, serão
utilizados para aplicar testes de validação nas respectivas áreas, (balanço patrimonial
e demonstração do resultado), como demonstrado a seguir na Tabela 1 e 2:
29
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
TABELA 1: BALANÇO PATRIMONIAL
FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA
Companhia de Cerâmica
Balanços PatrimoniaisExercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013(Em Reais)
Ativo 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Passivo 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013
Circulante CirculanteCaixa e equivalentes de caixa 43.902 27.695 Fornecedores 73.669 76.221 Contas a receber de clientes 89.646 79.261 Empréstimos e financiamentos 86.361 45.534 Estoques 95.800 88.833 Parcelamento de obrigações tributárias 4.150 8.837 Adiantamentos a fornecedores 1.579 5.694 Impostos, taxas e contribuições 4.229 3.371 Tributos a Recuperar 3.137 8.641 Imposto de renda e contribuição social a recolher 4.533 - Dividendos a receber 4.736 1.467 Provisões para contingências 8.963 7.300 Outros 3.464 2.387 Adiantamentos de clientes 6.138 9.024
242.263 213.977 Obrigações sociais e trabalhistas 11.133 9.699 Provisão para participação nos lucros 2.536 2.986
Não circulante Dividendos a pagar 6.434 7.612 Realizável a longo prazo Contas a pagar de investimentos 15.502 -
Contas a receber de clientes - - Outros 3.563 3.094 Créditos com controladas 30.713 27.666 227.208 173.676 Créditos com outras pessoas ligadas 44.447 47.270 Depósitos judiciais 23.282 10.361 Não circulanteRecebíveis da Eletrobrás 24.311 21.778 Fornecedores LP 16.644 7.983 Tributos a recuperar LP 7.665 1.942 Empréstimos e financiamentos LP 136.823 100.550 Imposto de renda e contribuição social diferidos - - Provisões para contingências LP 4.869 2.944 Ativo tributário 7.693 6.948 Plano de previdência privada - 1.272 Ativo atuarial 2.538 4.774 Imposto de renda e contribuição social diferidos 12.373 14.577 Outros LP 260 260 Parcelamento de obrigações tributárias LP 37.944 49.041
140.907 120.997 Provisão perdas em investimentos 29.280 27.616 Provisão para incentivo de longo prazo 4.783 2.934 Outros LP 147 38
Investimentos 242.860 206.954
Participação em controladas 240 240 Outros investimentos 99 99 Patrimônio líquido
Capital social realizado 38.283 23.033 Imobilizado 193.726 132.212 Ações em tesouraria - (1.273) Intangível 8.319 9.029 Reserva de lucros 68.172 57.826
202.383 141.580 Ajuste de avaliação patrimonial 9.030 16.339 343.290 262.577 115.485 95.925
Total do ativo 585.552 476.554 Total do passivo e patrimônio líquido 585.552 476.554
30
_______________________________________________________________
TABELA 2: DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA
Companhia de Cerâmica
Demonstrações do resultadoExercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013(Em Reais)
Acumulado em 31 de dezembro
de 2014
Acumulado em 31 de dezembro
de 2013
Operações continuadasReceita líquida de venda 438.635 390.819 Custo dos produtos vendidos (296.970) (265.691)
Lucro operacional bruto 141.666 125.128
Receitas (despesas) operacionais líquidasVendas (67.444) (52.215) Gerais e administrativas (12.398) (11.543) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (4.535) (3.000) Outros ganhos (perdas), líquidos (179) 561 Resultado de equivalência patrimonial 10.698 6.656
(73.857) (59.542)
Lucro operacional antes do resultado financeiro 67.809 65.587
Resultado financeiroReceitas financeiras 12.614 9.340 Despesas financeiras (24.928) (16.281) Variação cambial líquida (1.717) (2.997)
(14.031) (9.938)
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 53.778 55.649
Imposto de renda e contribuição socialCorrente (16.137) (4.428) Diferido 2.204 (5.974)
(13.933) (10.401)
Lucro líquido do período 39.845 45.248
Lucro líquido atribuível a Acionistas da Companhia 39.845 45.248
31
4.2.1 Referências cruzadas
Para elaboração dos trabalhos de auditoria, é necessário a organização das
informações, se dá com base nas referências das áreas de auditoria.
Com base nas demonstrações anteriormente apresentadas, será realizada a
divisão das áreas, conforme demonstrado no quadro a seguir:
QUADRO 3: CÉDULA MESTRA
FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA EQUIPE DE AUDITORIA
Legenda:
I Integridade: Todas as informações existentes estão registadas?
E Existência: Todas as informações registradas existe?
P Precisão: O valor está registrado precisamente?
V Valorização: Valor registrado é adequado (é recuperável)?
D&O Direitos e obrigações: Informações registradas de direitos e obrigações da
entidade?
A Apresentação: Informações registradas no grupo de contas adequado?
Adicionalmente, em cada grupo de conta são definidas as contas significativas, e
posteriormente avaliadas quais assertivas se deve atentar para mitigar os riscos de
cada grupo de contas.
4.2.2 Definição da materialidade
De acordo com a NBC TA 320, e ISA 320, e Resolução CFC Nº. 1.213/09, para
fins das normas de auditoria, materialidade para execução da auditoria significa o
valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as
demonstrações contábeis como um todo, para adequadamente reduzir a um nível
baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em
conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.
Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também, ao valor ou
Grupos Lead Abordagem I E P V D&O A Caixa, equivalentes e aplicações financeiras A.01 Sim x x x - x x Contas a receber de clientes A.02 Sim x x x - x x Estoques A.03 Sim x x x x - -
Outras contas ativo A.04 Não x x x - - -
Imobilizado A.05 Sim x x x x x -
Fornecedores P.01 Sim x x x - - -
Empréstimos e financiamentos P.02 Sim x x x - x x Provisões por reclamações litigiosas e tributárias P.03 Sim x x x - - -
Outras contas passivo P.04 Não x x x - - -
Receita líquida R.01 Sim x x x - - -
Custo dos produtos vendidos R.02 Sim x x x - - -
Despesas com pessoal, vendas, gerais e administrativas R.03 Sim x x x - - -
Resultado financeiro R.04 Sim - x x - - -
Assertivas de divulgações
32
valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de materialidade para classes
específicas de transações, saldos contábeis e divulgações.
Geralmente, o benchmark é a métrica que mais influencia as decisões econômicas
do grupo de usuários das demonstrações financeiras. A seguir os exemplos de
benchmark que podem ser utilizados como métricas:
Lucro (prejuízo) antes dos impostos - (Medida Líquida)
Ativo/patrimônio líquido - (Medida Líquida)
Outros - (Medida Líquida)
Total dos ativos - (Medida Bruta)
Total das receitas - (Medida Bruta)
Total de despesas - (Medida Bruta)
Outros - (Medida Bruta)
Definir a materialidade baseado em apenas uma métrica pode levar as equipes a
não considerar a situação econômica da empresa de uma forma ampla, no entanto
alguns fatores qualitativos devem ser considerados durante análise da materialidade:
Número de proprietários;
Contratos de empréstimos;
Ambiente econômico;
Outros (ex: alterações dos acionistas, usuários externos, indústria
regulada, intenção de lista, venda recente, etc.).
Conforme a NBC TA 320 e ISA 320, exige-se mais julgamento por parte dos
auditores, dessa forma, foram justificados os percentuais utilizados para os referidos
cálculos considerando os fatores e critérios descritos a seguir:
- Não há indícios que o Grupo opera em localizações que estão sujeitas à
instabilidade política;
- O Grupo não é uma indústria altamente regulamentada;
- A Controladora possui registro na CVM;
- Não há existência de contratos de empréstimos sensíveis a resultados
operacionais;
- O Grupo não possui estimativas e julgamentos contábeis significativos;
- O Grupo não possui unidades industriais em várias localidades.
33
Como base de cálculo, a equipe de auditoria optou pela utilização do total da
receita bruta, em virtude de entender que representa como mais adequada com as
operações da entidade que atual no segmento de indústria de cerâmica.
Portanto, neste estudo de caso optou-se por utilizar o percentual de 2,5% sobre
a receita total bruta.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
TABELA 3: CÁLCULO DA MATERIALIDADE
FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA
Geralmente as firmas de auditoria podem utilizar a porcentagem apropriada em
relação ao julgamento profissional (geralmente classificados entre 3-10% para um
benchmark líquido, e entre 0,5 e 3% para um benchmark bruto).
[1] Receita Bruta: De acordo com as análises efetuadas e com o julgamento
profissional da equipe de auditoria, considerou que a receita bruta é o benchmark que
melhor representa o volume de operações da companhia, pois ao longo dos últimos
anos a receita bruta vem crescendo de forma significativa. O crescimento da receita
ocorre, em função dos investimentos em seu parque fabril, que reflete no aumento de
imobilizado, resultando em aumento da capacidade produtiva e produtos com maior
valor agregado. Adicionalmente, em função do aumento da receita bruta, as demais
rubricas contábeis, tais como: Clientes, Estoques e Fornecedores, aumentaram de
forma significativa.
CálculoDADOS DE PLANEJAMENTO 31/12/2014 Métrica ComparativoReceita Bruta 564.227 3% Bruto 16.927 [1]Lucro antes dos impostos 53.778 10% Líquido 5.378 [2]Total do Ativo 585.552 3% Bruto 17.567 [3]
Materialidade Anterior 16.106
MATERIALIDADEReceita Bruta 564.227 Materialidade 2,50%Materialidade Calculada 14.106
Erros de 5% da Materialidade 705
34
[2] Lucro antes dos impostos: De acordo com o julgamento da equipe de auditoria,
entende-se que o lucro antes dos impostos não é um benchmark adequado, pois não
reflete o real volume de operações da companhia, ele representa aproximadamente
10% da receita bruta nos últimos exercícios, considerado relativamente baixo pela
equipe de auditoria. Se comparar com as demais métricas aceitáveis para industrias
de acordo com as NBC TA 320, a materialidade com base no lucro antes dos impostos
seria de aproximadamente 50% do valor das demais. Adicionalmente, em função do
cenário econômico atual, mesmo com o crescimento da receita bruta se comparado
com o período anterior, o percentual do lucro antes dos impostos em relação a receita
bruta, reduz aproximadamente 2%, mantendo-se em valor aproximado do ano
anterior.
[3] Patrimônio Líquido: O patrimônio líquido não é uma métrica que os usuários das
informações financeiras do segmento de industrias utilizam para fazer suas análises,
desta forma entende-se que não é a melhor métrica para definição da materialidade,
pois apresentam informações distorcidas em relação àquela que julga-se adequada.
Com base em julgamento profissional, entende-se que é apropriado o nível de
materialidade apresentado anteriormente, tendo em vista a perspectiva de um leitor
externo das Demonstrações Financeiras.
Ademais, todos os erros identificados inferiores a materialidade, serão
avaliados os impactos e potenciais distorções nas demonstrações financeiras, e
reportados na cédula de ajustes anexa à carta de representação de responsabilidades
da administração da entidade, no entanto, não será abordado erros inferiores a 5% da
materialidade, a presunção é de que os erros agregados a 5% da materialidade não
causariam impactos significativos nas demonstrações financeiras da companhia.
4.2.3 Procedimentos de auditoria aplicados por grupo de contas
A partir desta seção será demonstrado os procedimentos de auditoria aplicados
por grupo das demonstrações financeiras, ademais, será utilizado as referências
cruzadas conforme apresentado anteriormente na tabela 3, definidos para
organização deste trabalho.
35
4.2.3.1 Caixa, equivalentes e aplicações financeiras
De acordo com o parágrafo 6 do CPC 3/IAS 7 - Demonstração dos Fluxos de
Caixa - caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários à vista e
equivalentes de caixa compreendem as aplicações financeiras de curto prazo, de alta
liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que
estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
Não há uma definição para “curto prazo”, mas a norma sugere um vencimento
de até três meses (a partir da data de aquisição do investimento e não da data de
reporte).
Os equivalentes de caixa são detidos com a finalidade de satisfazer os
compromissos de caixa de curto prazo (gestão diária de recursos financeiros da
entidade) e não para investimento ou outros propósitos. Por exemplo, investimentos
em ações são normalmente excluídos dos equivalentes de caixa.
Em linhas gerais para um ativo se qualificar como um equivalente de caixa
deverá atender cumulativamente aos critérios resumidos na figura a seguir:
FIGURA 1: CLASSIFICAÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
FONTE: ADAPTADO – CPC 03 / IAS7.7
Para um ativo se qualificar como um equivalente de caixa, ele deverá atender
cumulativamente aos seguintes critérios (CPC 3/IAS 7.7):
Ser mantido com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto
prazo e não para investimento ou outros propósitos;
Ter conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa;
36
Estar sujeito a um insignificante risco de mudança de valor;
Ter vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar
da data da aquisição.
Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão, direitos e obrigações, e
apresentação dos saldos, a equipe de auditoria solicitou carta de representação formal
com a relação de contas bancárias assinada pelo Diretor Financeiro da companhia,
encaminhou-se carta de circularização para todos os bancos contidos na carta de
representação, realizou-se o confronto entre a resposta fornecida pelo banco e o saldo
contábil em 31/12/2014.
A seguir o resultado do procedimento com referência A.01:
TABELA 4: CONFIRMAÇÃO DOS SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Com base no disposto anteriormente entende-se que as classificações dos saldos
demonstrados são considerados adequados como caixa e equivalente de caixa, tendo
sido classificada de forma correta obedecendo as políticas adotadas para
classificação da conta. Ademais, não foram identificadas divergências significativas
no grupo de caixa e equivalentes de caixa.
4.2.3.2 Contas a receber de clientes
Os saldos do grupo de clientes referem-se aos recursos oriundos das
transações de venda de mercadoria para os clientes.
Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão, direitos e
obrigações, e apresentação dos saldos de clientes, solicita-se a composição analítica
Companhia de Cerâmica Ref. A.01Caixa e Equivalentes de Caixa cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Circularização Bancária
ReferênciaNome do banco Saldo Contábil 31/12/2014 Resposta circularização Resposta Diferença
f sBANCO ABN AMRO S/A 10.023 10.022 A.1.1 1 BANCO BRADESCO S/A 3.212 3.252 A.1.2 40- BANCO DO BRASIL S/A 30.667 30.661 A.1.3 6
43.902 Lead 43.935 (33) mt t t
Tickmarkss Conforme resposta de circularização obtida da respectiva Instituição Financeira.f Conforme o balancete contábil em 31/12/2014.t Somado e Calculado.
m Diferença imaterial para análises adicionais.
37
e confrontou-se com o saldo contábil, conforme demonstrado o resultado obtido a
seguir no procedimento com referência A.02:
TABELA 5: CONCILIAÇÃO DO SALDO DE CONTAS A RECEBER
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade dos saldos de clientes apresentados.
Teste substantivo da conta de clientes
Posteriormente para verificar a existência dos saldos de clientes, obteve a
composição analítica e realizaram-se amostragem aleatória, a amostragem consiste
em técnica sistêmica com parâmetros estatísticos pré-definidos por itens
individualmente significativos e os mais relevantes somados acima da materialidade.
Conforme demonstrado o resultado obtido a seguir no procedimento com
referência A.02.01:
Companhia de Cerâmica Ref. A.02Contas a receber de clientes cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Conciliação de Contas a receber de Clientes
Grupo Saldo Contábil 31/12/2014 Relatório Auxiliar Diferençaf s
DUPLICATAS A RECEBER 105.044 105.041 A.02.01 3 (-)PCLD 15.398- 15.397- A.02.02 1-
89.646 Lead 89.644 2 mt t t
Tickmarkss Conforme a composição analítica do saldo de contas a receber.f Conforme o balancete contábil em 31/12/2014.t Somado e Calculado.
m Diferença imaterial para análises adicionais.
38
____________________________________
____________________________________
TABELA 6: COMPOSIÇÃO DE CLIENTES
FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA
Conforme a composição de clientes, solicitou-se para teste documental a nota
fiscal, e/ou contrato firmado com o cliente, e comprovante de entrega da mercadoria,
assim pode-se verificar que a composição apresenta as informações adequadas.
Teste de recálculo da conta de PCLD
De acordo com a NBC TA 520 e ISA 520 - Procedimentos Analíticos, para fins
das normas de auditoria, a estimativa contábil é a aproximação de um valor monetário
na ausência de um meio de mensuração preciso. Este termo é usado para um valor
mensurado do valor justo quando existe incerteza de estimativa, bem como para
outros valores que requerem estimativas.
Com base nos critérios adotados pela entidade, para perdas de créditos de
liquidação duvidosa, são calculados da seguinte forma:
Valores vencidos entre 60 e 90 dias a companhia provisiona para perda
5% dos valores a receber;
Valores vencidos entre 90 e 180 dias a companhia provisiona para perda
20% dos valores a receber;
Valores vencidos entre 180 e 365 dias a companhia provisiona para
perda 50% dos valores a receber;
Valores vencidos acima de 365 dias a companhia provisiona para perda
100% dos valores a receber.
Desta forma, recalculou-se a estimativa para saldo segregado individualmente
por títulos vencidos, conforme demonstrado o resultado obtido a seguir no
procedimento com referência A.02.02:
Cliente Saldo em 31/12/2014Cliente A 22.000 Cliente B 22.326 Cliente C 39.009 Cliente D 20.032 Outros 1.674
A.02 105.041
39
__________________________________________________
__________________________________________________
TABELA 7: PERDAS PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Ademais, com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para
concluir pela razoabilidade dos saldos do grupo de clientes.
4.2.3.3 Estoques
De acordo com o CPC 16 – Estoques - Correlação às Normas Internacionais
de Contabilidade – IAS 2 (IASB), os estoques devem ser mensurados pelo valor de
custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. O valor de custo do estoque
deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos
incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.
Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão dos saldos de
estoques efetuou-se o confronto entre os saldos contábeis que compõe o grupo de
Estoques com os relatórios auxiliares, bem como, busca-se o entendimento das
provisões constituídas para perdas dos estoques.
Vencimento (%) Saldo em 31/12/2014 Calculado60 - 90 dias 5% 4.080 204 90 - 180 dias 20% 520 104 180 - 365 dias 50% 10.196 5.098 Acima de 365 dias 100% 9.991 9.991
A.02 15.397
40
TABELA 8: CONCILIAÇÃO DOS SALDOS DE ESTOQUES
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Com base na diferença identificada, reportou-se na cédula de ajustes anexa a
carta de representação de responsabilidades da administração.
Teste substantivo de contagem dos estoques
A entidade realiza o inventário físico dos estoques uma vez por ano de forma
cíclica e geográfica. Caso existam divergências, a segunda contagem é realizada para
efetuar a conferência. Os inventários acontecem de forma separada nos
almoxarifados produtivos (Matéria-Prima, Insumos e etc.).
Para mitigar os riscos de integridade, existência, selecionou-se os itens para
testes de contagem, conforme segue:
• Selecionou-se itens da lista de contagem e comparou-se as quantidades com
o estoque físico (existência).
• Selecionou-se itens do físico e comparou-se as quantidades com a lista de
contagem (integridade).
Os itens selecionados foram direcionados e distribuídos entre produtos
acabados e matéria prima, que juntos representam 92% do total de estoques.
Companhia de Cerâmica Ref. A.03Estoques cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Conciliação dos Estoques
Saldo Contábil Grupo 31/12/2014 Relatório Auxiliar Diferença
f sPRODUTOS ACABADOS 55.023 57% 55.030 A.03.01 7- MATÉRIA PRIMA 33.032 34% 33.097 A.03.01 65- PRODUTOS EM ELABORAÇÃO 2.221 2% 2.222 1- IMPORTAÇÃO EM ANDAMENTO 9.099 9% - [a] 9.099 PROVISÕES ESTOQUES 3.575- -4% 3.585- A.03.02 10
95.800 Lead 86.764 9.036 t t Ajuste 01
Nota:[a] Verificou-se que a entidade não possui controles auxiliares para a conta de importações em andamento,
tendo em vista que o valor não é material, reportou-se na cédulas de ajustes na carta de representação da administração e adicionalmente na carta de controles internos.
Tickmarkss Conforme a composição analítica do saldo de estoques.f Conforme o balancete contábil em 31/12/2014.t Somado e Calculado.m Diferença imaterial para análises adicionais.
41
As contagens dos itens selecionados foram realizadas no dia 31/12/2014,
portanto, não foi necessário a realização de procedimento de movimentação dos
saldos de estoques, tendo em vista que a apuração dos saldos se dá na data-base do
fechamento do balanço.
Conforme demonstrado o resultado obtido a seguir no procedimento com
referência A.03.01
TABELA 9: ESTOQUES DE PRODUTOS ACABADOS
FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA
TABELA 10: ESTOQUES DE MATÉRIA PRIMA
FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA
Solicitou-se a composição de estoque após o inventário e confrontou-se com a
contagem realizada com a equipe de auditoria, para verificar se todos os ajustes
necessários foram realizados. Para cobertura do postulado da existência, realizou-se
ITEM TIPOLOGIA CLASS UM Saldo Final Valor Und. Valor TotalPUCCINI BEGE 60X60 POL PORCELANATO ACABADOS m2 102,96 32,46 3.341,82 xPERLINO BIANCO 60X60 POL PORCELANATO ACABADOS m2 205,92 34,51 7.105,88 x
CONCRETISSYMA MATIZ NUDE 60X60 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 34,32 13,47 462,34 ARPOADOR BIANCO 60X60 EXT BOLD PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 35,04 10,43 365,43 ECOWOOD CANELA 21,5X87 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 27,09 27,01 731,76 MARMORE CREMA 30X60 BOLD PAREDE ACABADOS m2 0,00 6,16 - MINERAL CONCRETO APARENTE 60X60 NAT PORCELANATO ACABADOS m2 360,36 19,38 6.985,10 xCONCRETISSYMA MATIZ NUDE EF 45X90 NAT PORCELANATO ACABADOS m2 38,64 21,43 828,25 BROADWAY LIME 60X60 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 102,96 13,49 1.388,73 PIETRA DI PARIGI CREMA 45X90 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 53,04 32,84 1.741,70 CIMENTO CINZA 60X60 BOLD PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 52,56 9,87 519,02 POLAR WHITE 30X60 MATE RET PAREDE ACABADOS m2 56,80 13,72 779,17 EUCALIPTO AUTOCLAVADO PATINA 20X120 RELEVO EXT RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 49,98 16,00 799,74 MOS MATA ATLANTICA EUCALIPTO 60X60 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 411,84 13,06 5.377,96 TRAVERTINO NAVONA BIANCO 60X120 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 148,72 10,15 1.509,91 PERLINO BIANCO 90X90 POL PORCELANATO ACABADOS m2 241,50 19,65 4.744,40 TRAVERTINO NAVONA BIANCO 60X120 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 1.003,86 18,04 18.108,42 xCUMARU GLAM NEGRO 20X120 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 49,98 4,81 240,37
A.03 55.030,00 Legenda:x - Itens da composição selecionado para teste.
ITEM TIPOLOGIA CLASS UM Saldo Final Valor Und. Valor TotalENGOBE MONOPOROSA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 13,00 1,05 13,62 ESMALTE MONOPOROSA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 38,00 0,63 24,09 ESMALTE MONOPOROSA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 3,00 65,70 197,11 BASE WHITE LAB MIX 20X20 DES. 5 MATÉRIA PRIMA INSUMOS m2 118,88 1,99 236,15 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 300,06 0,94 281,17 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 49,74 9,28 461,43 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 1.081,05 0,53 576,24 BASE WHITE LAB MIX 20X20 DES. 8 MATÉRIA PRIMA INSUMOS m2 815,00 0,84 687,13 CAIXA PAP. 30X60 MONO DECORADOS - PB5 MATÉRIA PRIMA INSUMOS pc 1.046,94 0,69 722,70 CORANTE CE-5602 (ESMALGLASS) MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 74,00 10,61 785,06 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 73,00 13,17 961,76 CAIXA PAP. 20X20 DECORADO RET C/10 PEÇAS - PB5 MATÉRIA PRIMA INSUMOS pc 1.301,00 0,75 969,69 BASE IT DECOR MIX 20X20 DES. 8 MATÉRIA PRIMA INSUMOS m2 638,00 1,52 972,69 CAIXA PAP. 20X120 PORC ESM RET - PB5/9 - (C.P. Nº03 ) MATÉRIA PRIMA INSUMOS pc 3.710,00 0,31 1.140,98 BASE BIANCO PIGHES 60X120 POL S/IMPER RET MATÉRIA PRIMA INSUMOS m2 1.500,00 0,77 1.150,60 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 726,00 1,67 1.212,06 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 1.000,00 1,27 1.270,50 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 1.718,00 0,76 1.299,97 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 3.760,00 0,35 1.303,31 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 1.517,00 1,03 1.566,30 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 2.645,00 0,71 1.867,57 ALUMINA #325M1 (N.B.)PADRONIZ.=199 MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 170,00 12,15 2.066,18 xACESSORIO INTERNO 2,5X15 INSIDE CORNER - PB5 MATÉRIA PRIMA INSUMOS pc 137,00 15,82 2.166,98 xBASE LIBERTY NAVY MIX 20X20 COR 3 MATÉRIA PRIMA INSUMOS m2 1.975,00 1,10 2.170,52 xCAIXA PAP. 14X87 RD RET 12MM - PB5 MATÉRIA PRIMA INSUMOS pc 2.180,00 1,11 2.409,17 xESMALTE TRANSPARENTE MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 3.784,00 0,70 2.631,93 xTINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 34,00 116,24 3.952,09 x
A.03 33.097,00 Legenda:x - Itens da composição selecionado para teste.
42
a contagem dos itens da amostra e confronta-se com a quantidade existente no
relatório auxiliar de estoque. Para cobertura do postulado da integridade, realizou-se
a contagem de alguns itens escolhidos aleatoriamente e confrontou-se com a
quantidade existente no relatório auxiliar de estoque.
A contagem da companhia foi acompanhada pela equipe de auditoria que foi
realizada de forma efetiva. Contudo, foram identificados algumas deficiências como:
a disposição de itens em locais de endereçamentos diferentes do relatório auxiliar,
sendo necessário ajustar a movimentação do item no sistema. Durante a contagem
atentou-se para que não houvesse movimentação dos estoques, observou-se a
sequência da contagem garantindo que o mesmo produto não fosse contado por mais
de uma vez, bem como, verificou-se a existência de possíveis produtos obsoletos.
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade das contagens realizadas durante o inventário de estoques.
Teste de valoração dos estoques
Atualmente a companhia opera com 3 fornos, 7 linhas de produção, segregadas
em 3 fábricas, cada fábrica possui uma capacidade produtiva pré estabelecida pela
administração.
Verificou-se que a companhia utiliza o método do custo por absorção, o custo
médio ponderado é calculado e todo o processo efetuado diretamente no sistema
gerencial, através de ordens de produção criadas no sistema gerencial.
Para mitigar os riscos de valorização, referente ao procedimento A.03.01
avaliou-se a abordagem de custeio utilizada pela entidade é aplicável em critérios
aceitáveis de valoração. (Por exemplo: uma aproximação para o PEPS/custo médio,
conforme aplicável). Adicionalmente verificou-se se as mesmas abordagens foram
utilizadas para valoração de custos de estoque para todos os produtos, tendo uma
mesma natureza e uso para a entidade.
Com base no saldo de estoques em 31/12/2014, conciliado com os relatórios
auxiliares, efetuou-se uma análise para avaliar quais estoques serão submetidos a
teste de recalculo do custo médio de acordo com sua natureza. Identificou-se 4 grupos
de estoques, sendo que 2 deles serão submetidos a teste de custo médio, através de
amostras separadas, conforme obtida anteriormente durante a contagem física dos
estoques.
43
- Produtos Acabados (Produção Própria), que compreendem todos os produtos
que são produzidos pela companhia em seu parque fabril que são valorados pelo
custo de absorção.
- Matéria prima e almoxarifado, que compreendem todos insumos, produtos
para manutenção, expedição, entre outros, que são valorados por meio do custo
médio no momento da entrada das mercadorias.
Foi solicitado os relatórios de movimentação dos estoques dos meses de
janeiro de 2014 a dezembro de 2014, e confrontou-se com os saldos dos estoques
mês a mês com o balancete contábil, assim pode-se utilizar as bases para os testes
de custeio.
As participações dos custos total são divididas em três subgrupos da seguinte
forma:
- Custos Variáveis:
a) Esmalte;
b) Massa;
c) Gás Natural;
d) Embalagens e acessórios;
e) Energia elétrica;
- Custo Fixo Fábrica
a) Pessoal;
b) Manutenção;
c) Depreciação/amortização;
- Custo Fixo Centros de Apoio
a) Pessoal;
b) Manutenção;
c) Depreciação/Amortização;
Solicitou-se a movimentação de cada item selecionado dos estoques, e
recalculou-se o custo médio, e também selecionou-se a última ordem de produção ou
a última entrada do produto no estoque, verificou-se a última Nota Fiscal de entrada,
e calculou-se o custo do produto selecionado.
44
Os demais custos absorvidos por cada produto, foram verificados os critérios
de rateio por absorção, analisando-se os mais significativos, que são Gás Natural,
Energia Elétrica, e confrontou-se com a fatura do mês de apuração do custo.
Teste de provisão para ajuste a valor de mercado
Para mitigar os riscos de valorização, referente ao procedimento A.03.02,
solicitou-se o cálculo da provisão para redução ao valor recuperável para produtos
onde o custo exceda o preço de venda (menos os custos de venda) e realizou-se os
seguintes procedimentos:
1. Inspecionou-se a planilha auxiliar para selecionar itens para teste e avaliou-
se se eles estão adequadamente incorporados na provisão, considerando-se as
informações obtidas com a administração e documentações suportes.
2. Solicitou-se o relatório de lucro bruto (antes e depois da data-base) para
identificar itens com margem bruta negativa ou aqueles próximos ao ponto de
equilíbrio (considerando a razoabilidade de percentuais de custo de venda).
3. Solicitou-se a tabela de preços planejados do departamento de venda para
identificar futuras reduções de preço com impactos potenciais nos itens de estoque.
Com base nas informações obtidas anteriormente nos itens 1, 2 e 3, indagou-
se à administração, inspecionou-se as documentações suportes, conforme
apropriado, com o objetivo de avaliar a razoabilidade da provisão.
Avaliou-se a confiabilidade e adequação dos dados utilizados no procedimento,
se o nível de provisão foi adequado, considerando os saldos individuais, abordagem
da administração para provisão, evidência histórica da adequação e o nível de
provisão do período anterior.
TABELA 11: PROVISÃO PARA AJUSTE A VALOR DE MERCADO
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
ITEM UM Saldo Final Valor Und. Valor Total Quantidade Valor Und. Faturamento ProvisãoPUCCINI BEGE 60X60 POL m2 102,96 32,46 3.341,82 173,66 19,42 3.373,23 1.341,89- PERLINO BIANCO 60X60 POL m2 205,92 34,51 7.105,88 319,64 30,96 9.897,06 729,95-
CONCRETISSYMA MATIZ NUDE 60X60 RET m2 34,32 13,47 462,34 2.937,44 23,89 70.168,20 - ARPOADOR BIANCO 60X60 EXT BOLD m2 35,04 10,43 365,43 9.362,37 0,53 4.978,19 346,80- ECOWOOD CANELA 21,5X87 RET m2 27,09 27,01 731,76 9.955,01 7,66 76.292,22 524,15- MARMORE CREMA 30X60 BOLD m2 0,00 6,16 - 12.561,00 2,36 29.589,60 0,00 MINERAL CONCRETO APARENTE 60X60 NAT m2 360,36 19,38 6.985,10 297,00 92,62 27.508,28 - CONCRETISSYMA MATIZ NUDE EF 45X90 NAT m2 38,64 21,43 828,25 10.682,93 0,45 4.811,36 810,85- BROADWAY LIME 60X60 RET m2 102,96 13,49 1.388,73 1.049,89 5,64 5.916,49 808,52- PIETRA DI PARIGI CREMA 45X90 RET m2 53,04 32,84 1.741,70 7,30 854,64 6.238,84 - CIMENTO CINZA 60X60 BOLD m2 52,56 9,87 519,02 1.129,00 44,00 49.671,55 - POLAR WHITE 30X60 MATE RET m2 56,80 13,72 779,17 124,80 708,33 88.400,03 - EUCALIPTO AUTOCLAVADO PATINA 20X120 RELEVO EXT RET m2 49,98 16,00 799,74 4.629,12 10,04 46.490,38 297,79- MOS MATA ATLANTICA EUCALIPTO 60X60 RET m2 411,84 13,06 5.377,96 444,02 28,02 12.440,81 - TRAVERTINO NAVONA BIANCO 60X120 RET m2 148,72 10,15 1.509,91 715,68 25,30 18.109,69 - PERLINO BIANCO 90X90 POL m2 241,50 19,65 4.744,40 655,00 16,64 10.900,47 725,37- TRAVERTINO NAVONA BIANCO 60X120 RET m2 1.003,86 18,04 18.108,42 172,00 154,31 26.540,99 - CUMARU GLAM NEGRO 20X120 RET m2 49,98 4,81 240,37 2.714,00 26,86 72.899,61 -
A.03 55.030,00 564.227,00 A.03 5.585,31- Deduções 125.592,00
Receita Líquida 438.635,00 Lead
45
Comparou-se os itens do estoque a custo x preço médio praticado nos últimos
doze meses. Para os itens com preço abaixo do custo, calculou-se a diferença entre
o preço praticado e o custo do item vezes a quantidade em estoque. O resultado deste
cálculo é o valor necessário de provisão para ajuste a valor de mercado.
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade dos saldos do grupo de estoques apresentados.
4.2.3.4 Imobilizado
De acordo com o CPC 27 - Ativo Imobilizado - Correlação às Normas
Internacionais de Contabilidade – IAS 16, o custo de um item de ativo imobilizado deve
ser reconhecido como ativo se, e apenas se:
(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão
para a entidade; e
(b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.
Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão, direitos e
obrigações, dos saldos de imobilizado, solicitou-se a planilha de movimentação roll-
forward para ativos imobilizados detalhando os saldos de abertura reconciliados aos
saldos de fechamento no fim do período por classe principal de ativos imobilizados. A
planilha inclui adições, baixas, reclassificações e outros ajustes ao valor bruto contábil,
custos de depreciação, depreciação acumulada, e o valor líquido contábil,
demonstrado o resultado obtido a seguir no procedimento com referência A.05:
• Verificou-se a precisão matemática da planilha de movimentação roll-forward;
• Confrontou-se os saldos de abertura / comparativos com a planilha de
movimentação roll-forward do período anterior;
• Confrontou-se a planilha de movimentação roll-forward com o sistema de ativo
imobilizado, razão contábil e com as demonstrações contábeis;
46
TABELA 12: MAPA DE MOVIMENTAÇÃO DO IMOBILIZADO
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade da movimentação dos saldos de imobilizado apresentados.
Teste substantivo das adições do imobilizado
Para mitigar os riscos de integridade, precisão, direitos e obrigações, dos
saldos de imobilizado, solicitou-se uma lista de adições de ativo imobilizado do
sistema de imobilizado durante o período. Verificou-se a precisão matemática da lista
e elaborou-se o mapa de movimentação do imobilizado. Confrontou-se o total da lista
com o mapa de movimentação do período. Selecionou-se os itens para teste e
realizou-se os seguintes procedimentos com referência A.05.01:
Teste de voucher das faturas, incluindo os valores e as datas;
Avaliar a adequação da vida útil econômica e do valor residual atribuído ao
ativo adquirido com base na natureza do ativo.
Companhia de Cerâmica Ref. A.05Imobilizado cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Conciliação dos Ativos Imobilizados
Contábil Contábil Grupo 31.12.2013 Aquisições Baixas Transferências Depreciação Calculado 31.12.2014 Diferença
o y y y y t a tTERRENOS 6.071 - - - - 6.071 6.071 - EDIFICACOES 34.776 - - - 839- 33.938 33.085 853 BENFEITORIAS 15.205 - 719- 3.798 3.098- 15.186 17.388 2.202- MAQUINAS EQUIP E INSTALACOES INDUSTRIA 48.912 161.824 - 11.737 119.782- 102.691 102.691 - MOVEIS E UTENSILIOS 480 3.931 - - 3.902- 509 509 - EQUIPAMENTOS DE PROC DADOS 851 6.148 - - 6.489- 510 931 421- VEICULOS 21.321 - - - 69- 21.252 20.403 849 BENFEITORIAS EM IMOVEIS DE TERCEIROS - - - - - - - - IMOBILIZACOES EM ANDAMENTO 4.595 23.988 33- 15.535- - 13.015 12.647 368
132.212 Lead 195.891 A.05.01 (751) - (134.179) A.05.02 193.173 193.726 Lead (552) mt [b] [a] t [c] t t t
Notas:[a] As Baixas do imobilizado no período não são significativas para maiores análise, portanto não foi necessário teste de voucher.[b] Realizou-se testes substantivos para as adições ocorridas no período.[c] Realizou-se testes substantivo analítico para o saldo de depreciação ocorrido no período.
Tickmarksa Conforme balancete contábil de 31.12.2014.o Conforme balancete contábil de 31.12.2013.y Conforme relatório Analítico do Ativo Imobilizado.t Somado e Calculado.
m Imaterial para maiores análises.
47
TABELA 13: ADIÇÕES DO IMOBILIZADO
FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA
Examinou-se se a depreciação foi iniciada na data em que o ativo estava
disponível para uso. Sempre que essa data divergir significativamente da data da
fatura e / ou a data em que o ativo entrou em serviço, indagou-se à administração para
obter uma explicação para a diferença.
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade dos saldos adicionados ao imobilizado durante o período.
Teste substantivo analítico da depreciação
De acordo com o CPC 27, Correlação às Normas Internacionais de
Contabilidade – IAS 16, o método de depreciação aplicado a um ativo deve ser
Código ITEM Aquisição Inic. Uso Vlr.OriginalMAQU6267/00 MAQUINASPARACORTAREDOBRARETIQUETAS 17/07/2014 01/08/2014 653,74 VEIC6002/00 HR - 2,5 STD CAB CURTA NAC. MODELO: HEH76B857A ANO 07/08/2014 01/09/2014 2.148,43
INST6004/00 Rede de tratamento de gases c/ 154,06m de duto circular + 05/09/2014 01/10/2014 2.148,43 VEIC6001/00 PeugeotBoxer330Mano2010modelo20112300cilindradas 06/01/2014 01/02/2014 2.148,43 MAQU6018/00 Corte Vinco Hot Stamping - TYMK-720 - Furnax 13/01/2014 01/02/2014 2.290,00 MAQU7205/00 Equip Inkjet E-Jet 1802 HUMDG 2C EPSON DX5 4C 1,8M 15/01/2014 01/02/2014 4.671,61 MAQU6007/00 Fresadora CNC Mod Sculptor (maquina cliche) - NF 7486 Vitor 21/01/2014 01/02/2014 2.924,47 MAQU6130/00 Máquina de corte vinco manual modelo 720 x 1040, série 22/01/2014 01/02/2014 2.148,43 MAQU6038/00 MAQUINAIMPRESSORAANGEODRYOFFSET6CORESpor 22/01/2014 01/02/2014 2.148,43 MAQU6161/00 MAQUINAP/TRANSFERCONTINUODEFITASMODMICF-500 27/02/2014 01/03/2014 613,71 MAQU6083/00 EQUIPAMENTO SOLDA S18TV 380V 02,2174,3 PDR 07/03/2014 01/04/2014 9.410,50 MAQU6025/00 Freqüência RF S-18 KW TV 380 V série 3352, marca Politron 15/05/2014 01/06/2014 41,67 EDIF6167/00 Edificações e Befeitorias (saldo) 15/05/2014 01/06/2014 3.988,27 MAQU6041/00 Compressor estacionario eletrico Ls20-125, Setor: Ar 15/05/2014 01/06/2014 41,67 MAQU6143/00 MAQUINA DE GRAVAÇÃO A LASER MODELO FUTURA CO2 15/05/2014 01/06/2014 3.988,27 MAQU6002/00 Máquina de freqüência italiana solda e corte, série 160590 15/05/2014 01/06/2014 4.161,01 EDIF6172/00 Mão-de-obraematerialaplicado 17/05/2014 01/06/2014 5.391,50 MAQU6077/00 ComprenssorEstacionarioeletricols200,Setor:Arcomprimido 17/07/2014 01/08/2014 1.106,25 MAQU7090/00 Maquina Corte e Vinco CV 17/07/2014 01/08/2014 1.106,25 EDIT6021/00 FIAC?OELETRICAPREDIONOVO(MAIO2011) 17/07/2014 01/08/2014 1.106,25 EDIT6026/00 Material eletrico p/ predio novo (Subestac?o) 02/04/2014 01/05/2014 1.106,25 MAQU6051/00 2 Maquinas para cortar e dobrar etiquetas J Chicatto 24/10/2014 01/11/2014 1.106,25 MAQU6193/00 NF 19793 Staubli Sargans - maquina de atar urdume m, 28/10/2014 01/11/2014 1.106,25 MAQU6283/00 Compraconformenf42344WillyItalianaSRl 10/01/2014 01/02/2014 5.123,86 MAQU6028/00 GUILHOTINAMODELOCN/D220/380VAUTOMATICACOM 12/03/2014 01/04/2014 3.327,62 MAQU6008/00 MAQUINADEGRAVAÇÃOMODMIRA3007 N/S369C/01 20/03/2014 01/04/2014 3.608,68 MAQU6324/00 Maquina Automatica para corte Ultrasonico 26/03/2014 01/04/2014 3.608,68 MAQU6023/00 Máquina de Gravação Modelo MIRA 3007 - Lote 53 c/ 01 31/10/2014 01/11/2014 2.736,21 MAQU6022/00 EquipamentoEltronicodeGravaçaoeCorteaLasermira3007 03/10/2014 01/11/2014 2.736,23 MAQU6009/00 MAQ DE CORTE E GRAVAÇÃO LASER MOD VISTA 0604 N/S 12/05/2014 01/06/2014 4.220,13 MAQU6113/00 GuilhotinacomputadorizadaGH-92,série14,marcaMelmaq 14/11/2014 01/12/2014 10.330,85 xMAQU6889/00 Maquina de corte e laser mod VISTA 0604 - Lote 708 13/05/2014 01/06/2014 8.018,23 MAQU6156/00 MAQUINAELETRONICAP/IMPRIMIRETIQUETASADESIVASEM 18/09/2014 01/10/2014 4.220,13 EDIF6005/00 Construção mista p/ refeitório, cozinha lavação, depósito e 23/10/2014 01/11/2014 4.220,13 MAQU6013/00 MONITOR (IMOBILIZADO) -Desc.Compl.- TV lcd ou led 29/08/2014 01/09/2014 15.192,50 xMAQU6163/00 COOKTOP -Desc.Compl.- brastemp por inducao vitroceramico 4 bocas B 15/04/2014 01/05/2014 17.379,66 xMAQU6260/00 COIFA DE PAREDE -Desc.Compl.- brastemp BAi60A 50X33X60 Active 6 09/06/2014 01/07/2014 4.220,13 MAQU6264/00 FORNO ELETRICO -Desc.Compl.- forno e microondas conjugado brastem16/09/2014 01/10/2014 6.887,24 MAQU6265/00 MOVEIS -Desc.Compl.- moveis copa sala de almoco esala apoio admini 12/04/2014 01/05/2014 2.110,07
MAQU6126/00 MOVEIS -Desc.Compl.- 12 cadeiras mesa almo 12/04/2014 01/05/2014 593,26
MAQU6027/00 MOVEIS -Desc.Compl.- banquetas copa 12/04/2014 01/05/2014 11.328,44 x
MAQU7096/00 MOVEIS -Desc.Compl.- moveis cozinha office park -2 parcela 12/04/2014 01/05/2014 11.328,44 x
MAQU7097/00 MOVEIS -Desc.Compl.- aquisicao cadeira 12/04/2014 01/05/2014 2.660,08
A.05 179.406,64
Legenda:x - Itens da composição selecionado para teste.
48
revisado pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no
padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser alterado para refletir
essa mudança. Tal mudança deve ser registrada como mudança na estimativa
contábil, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis,
Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.
Para mitigar os riscos de valoração dos saldos de depreciação do imobilizado,
desenvolveu-se uma expectativa da despesa de depreciação para o período com base
de dados de expectativa sobre fatores-chave e taxas de depreciação do período
anterior ajustados para efeitos de adições, alienações e prejuízos no período, o
impacto de quaisquer ativos totalmente depreciados, bem como para qualquer
alteração das taxas de depreciação da entidade ou política. Comparou-se o valor
registrado com expectativa e investigou-se as diferenças que estão fora da faixa de
diferença aceitável através de inquérito de gestão. Obteve-se evidência de adequação
para corroborar as explicações de gestão.
Verificou-se que a entidade realiza a revisão de vida útil, apenas dos itens mais
significativos, Maquinas e Equipamentos e Edificações com o valor do custo maior
que 1 mil reais, sendo os demais itens aplicados a taxa fiscal.
Tendo em vista que as taxas de depreciação oriundas de revisão de vida útil
são prospectivamente aplicadas, utilizou-se para o recalculo da expectativa a revisão
de vida útil dos bens do período de 2013, conforme demonstrado o resultado obtido a
seguir referente ao procedimento A.05.03:
TABELA 14: DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade dos saldos de depreciação do imobilizado apresentados.
DepreciaçãoVida Útil Contábil Saldo 100% Acumulada Contábil
Taxa média em 2014 Anos 31.12.2014 Depreciados Calculada Depreciação Diferençat t a y t a t
TERRENOS 0% - 6.071,24 - - - -
EDIFICACOES 3% 36 33.084,62 1.833- 840- 839- 2- BENFEITORIAS 4% 25 17.387,62 3.795- 3.099- 3.098- 1- MAQUINAS EQUIP E INSTALACOES 8% 13 102.691,23 127.999- 119.784- 119.782- 1- MOVEIS E UTENSILIOS 10% 10 509,27 3.953- 3.902- 3.902- 0 EQUIPAMENTOS DE PROC DADOS 20% 5 930,96 6.675- 6.489- 6.489- 0 VEICULOS 20% 5 20.403,41 4.149- 68- 69- 1 BENFEITORIAS EM IMOVEIS DE TER 0% - - - - - -
IMOBILIZACOES EM ANDAMENTO 0% - 12.647,22 - - - -
A.05 193.726 (134.183) A.05 (134.179) (3) mt t t t
Tickmarksa Conforme balancete contábil de 31.12.2014.y Conforme relatório Analítico do Ativo Imobilizado.t Somado e Calculado.
m Imaterial para maiores análises.
49
4.2.3.5 Fornecedores
De acordo com o CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes, Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 37, as
provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e passivos
derivados de apropriações por competência porque há incerteza sobre o prazo ou o
valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação. Por contraste:
(a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços
fornecidos ou recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com
o fornecedor; e
(b) os passivos derivados de apropriações por competência são passivos a
pagar por bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido pagos,
faturados ou formalmente acordados com o fornecedor, incluindo valores devidos a
empregados (por exemplo, valores relacionados com pagamento de férias). Embora
algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a incerteza
é geralmente muito menor do que nas provisões.
Solicitou-se a composição das contas a pagar e de produtos recebidos não
faturados e despesas provisionadas e realizou-se os seguintes procedimentos com
referência P.01:
• Verificou-se a precisão matemática da reconciliação;
• Confrontou-se a composição com o balancete e com as demonstrações
contábeis;
• Efetuou-se segregação de circulante e não circulante, segregando-se títulos
em aberto a longo prazo, adicionalmente indagou-se a respeito da existência dos
mesmos.
50
TABELA 15: CONCILIAÇÃO DAS CONTAS A PAGAR
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Para verificar a integridade, existência, precisão e apresentação dos saldos,
solicitou-se carta de representação formal com a relação de fornecedores assinada
pelo Diretor Financeiro da companhia, selecionados os fornecedores mais
significativos, e encaminhou-se carta de circularização para os fornecedores
selecionados, posteriormente realizou-se o confronto entre a resposta fornecida pelos
fornecedores e o saldo contábil em 31/12/2014.
Teste de busca por passivos omissos
De acordo com a NBC T 19.7 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes, estabelece que um passivo deve ser reconhecido quando existe uma
Companhia de Cerâmica Ref. P.01Fornecedores cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Conciliação das contas a pagar
Contábil RelatórioGrupo 31.12.2014 Auxiliar Diferença
a y tFORNECEDORES 56.772 56.773 1- OUTRAS CONTAS A PAGAR DE CURTO PRAZO 10.345 10.322 23 FORNECEDOR - ENERGIA 6.552 6.523 29 FORNECEDORES LP 16.644 16.645 2-
90.313 [1] 90.263 50 mt t t
Segregação Titulos Valor R$Circulante vencimento até 31/12/2015: 73.618 LeadNão Circulante vencimento após 31/12/2015: 16.645 LeadTotal Geral: 90.263 [1]
Aging List Vencimento das contas a pagar Valor R$a vencer de 0 a 90 dias 6.523 a vencer de 91 a 180 dias 10.322 a vencer de 181 a 365 dias 56.773 a vencer mais de 365 dias 16.645 Total Geral: 90.263 [1]
Tickmarksa Conforme balancete contábil de 31.12.2014.y Conforme relatórios auxiliar de Fornecedores emitido na posição 31.12.2014.t Somado e Calculado.
m Imaterial para maiores análises.
51
obrigação legal que faça com que a entidade não tenha outra alternativa realista senão
liquidar essa obrigação.
Para realizar a busca por passivos não registrados, solicitou-se os detalhes de
faturas que foram recebidas, registradas, ou pagas após a data-base. Isso pode incluir
a obtenção das declarações de registro/transferência bancária/extratos bancários
(dependendo das circunstâncias do trabalho) bem como notas fiscais registradas e
não registradas, e efetuou-se o seguinte procedimento:
Uma busca dos pagamentos realizados após a data-base do balanço, na base
de fornecedores, identificando os pagos em 2015 que estavam provisionados
em 31/12/2014 na rubrica de fornecedores;
Efetuou-se todos os passos propostos pelo teste, analisando os valores de
maior relevância dentro da base de Passivos Omissos, que representa 1% do valor
total da base de Passivos, saldo este que encontra-se abaixo da materialidade. Dentro
do saldo analisado, não representando assim um Passivo Omisso, com base no
disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir pela razoabilidade
dos saldos de Passivos apresentados.
4.2.3.6 Empréstimos e financiamentos
De acordo com o CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis,
correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 1 (IASB – BV 2011), o
passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos
seguintes critérios:
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da
entidade;
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço;
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo
durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Os termos de um passivo
que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão
de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.
52
Teste de Empréstimos e Financiamentos
Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão, direitos e
obrigações, e apresentação dos saldos, solicitou-se o relatório de movimentação dos
empréstimos e financiamentos, informações dos empréstimos existentes e novos
dentro do período auditado, e executou-se os seguintes procedimentos conforme
demonstrado o resultado obtido a seguir com referência P.02:
Verificou-se a precisão matemática do relatório;
Corroborou-se os saldos demonstrados nos relatórios com os saldos
registrados na contabilidade;
Elaborou-se o mapa de movimentação dos empréstimos e financiamentos no
exercício de 2014;
Avaliou-se se a apresentação nas demonstrações contábeis entre passivos
circulantes e não circulantes está adequada;
Confrontou-se as respostas de circularização obtidas das instituições
financeiras com os respectivos saldos contábeis.
TABELA 16: MAPA DE MOVIMENTAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade dos saldos de empréstimos e financiamentos apresentados.
Companhia de Cerâmica Ref. P.02Empréstimos e Financiamentos cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Movimentação dos Empréstimos e Financiamentos
Contábil Contábil Grupo 31.12.2013 Captação Juros Provisão Amortização Maturação Calculado 31.12.2014 Diferença
o y y y y t a tCurto PrazoBANCO SANTANDER 6.071 - - 1.523- 1.523 6.071 6.071 - BANCO HSBC S/A 4.776 - 2.531 5.070- 839 3.076 3.085 8- BANCO C.E.F 5.205 10.601 212 1.728- 3.098 17.388 17.388 0 BANCO SAFRA 8.912 2.999 - - 782 12.693 12.691 2 BANCO ITAÚ S/A 18.397 3.931 221 8.055- 3.902 18.397 18.397 0- BANCO BNDES 851 - - 6.410- 6.489 930 931 0- BANCO BRADESCO 1.321 19.013 221 221- 69 20.403 20.403 0- BANCO DO BRASIL - 7.395 - - - 7.395 7.395 -
45.534 Lead 43.939 3.185 23.007- 16.702 86.354 86.361 Lead 8- mt t t t t t t t
Longo PrazoBANCO SANTANDER 6.071 1.523 - - 1.523- 6.071 6.071 - BANCO HSBC S/A 34.776 - - 853- 839- 33.085 33.085 0 BANCO C.E.F 15.205 5.281 - - 3.098- 17.388 17.388 0 BANCO SAFRA 8.912 50.305 - - 782- 58.435 58.435 0- BANCO ITAÚ S/A 480 3.931 - - 3.902- 509 509 - BANCO BNDES 13.784 - - 6.363- 6.489- 932 932 0- BANCO BRADESCO 21.321 - - 849- 69- 20.403 20.403 0- BANCO DO BRASIL - - - - - - - -
100.550 Lead 61.040 - (8.065) (16.702) 136.823 136.823 Lead (0) mt t t t t t t t
146.084 104.980 3.185 -31.072 0 223.176 223.184 -8 m
t t t t t t t tTickmarks
a Conforme balancete contábil de 31.12.2014.o Conforme balancete contábil de 31.12.2013.y Conforme relatório analítico de empréstimos e financiamentos.t Somado e Calculado.
m Imaterial para maiores análises.
53
4.2.3.7 Provisões por reclamações litigiosas e tributárias
De acordo com o CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes, Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 37, Uma
provisão deve ser reconhecida quando:
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como
resultado de evento passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser
reconhecida.
Teste de circularização dos advogados
Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão dos saldos de provisões
por reclamações litigiosas e tributárias, solicitou-se confirmações por escrito aos
advogados externos da entidade que foram consultados com relação litígios e
reclamações movidos contra a entidade que podem ter um efeito significativo nas
demonstrações contábeis. Os pedidos de confirmação incluem o seguinte:
- informações sobre litígios e reclamações pendentes contra a entidade;
- o impacto financeiro potencial de tais litígios e reclamações;
- o valor de todas os encargos legais pendentes ao final do período.
Ao receber a resposta do advogado, avaliou-se a integridade e exatidão dos
litígios, reclamações e provisões/passivos (incluindo encargos legais em outras contas
a pagar / despesas provisionadas) comparando a estimativa preparada pela
administração, com base no feedback recebido dos advogados.
Conforme demonstrado o resultado obtido a seguir no procedimento com
referência P.03:
54
TABELA 17: CIRCULARIZAÇÃO DE ADVOGADOS
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Indagou-se a administração sobre a existência de novas discussões judiciais entre
a data-base das respostas e a data próxima a emissão do relatório de auditoria. A
administração da companhia informou que não existem novas ações significativas e
disponibilizou uma representação formal assinada pelo advogado.
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade dos saldos de provisões por reclamações litigiosas e tributárias
apresentados.
4.2.3.8 Receita líquida
De acordo com o CPC 30 - Receitas, correlação às Normas Internacionais de
Contabilidade IAS 18, a receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida
quando forem satisfeitas todas as seguintes condições:
(a) a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefícios mais
significativos inerentes à propriedade dos bens;
(b) a entidade não mantenha envolvimento continuado na gestão dos bens
vendidos em grau normalmente associado à propriedade e tampouco efetivo controle
sobre tais bens;
(c) o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade;
Companhia de Cerâmica Ref. P.03Provisões por reclamações litigiosas e tributárias cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Circularização dos advogados
Classificação TRABALHISTA ADMINISTRATIVA CÍVEL TRIBUTÁRIA TOTALy y y y t
PROVÁVEL 10.345 - - 3.487 13.832 [a]POSSÍVEL 6.552 6.523 332 432 13.839 [b]REMOTA 122 231 343 345 1.041
17.019 6.754 675 4.264 28.712 t t t t t
Nota: Provisões para contingências 8.963 Lead[a] Provisão contábil de passivos contingentes Provisões para contingências LP 4.869 Lead[b] Divulgação e abertura dos saldos em notas explicativas. 13.832
tTickmarks
a Conforme balancete contábil de 31.12.2014. Diferença 1- my Conforme a resposta de circularização dos Advogados.t Somado e Calculado.
m Imaterial para maiores análises.
55
(d) for provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão
para a entidade; e
(e) as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes à transação,
possam ser mensuradas com confiabilidade.
Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão, dos saldos de
receitas, indagou-se a administração sobre operações de receita faturadas e não
embarcadas ou bill and holl. Solicitou-se a composição dessas transações faturadas
e não embarcadas, assim como o relatório de todo o faturamento de 2014. Efetuou-
se os seguintes procedimentos com referência R.01:
• Efetuou-se uma análise do tratamento contábil adotado para as operações;
• Identificou-se quais são os itens faturados e não embarcados de acordo com
o entendimento da equipe de auditoria, indagando a administração a respeito das
diferenças;
• Avaliou-se se critérios adequados de reconhecimento de receita foram
aplicados e se as operações foram contabilizadas de acordo com a política contábil
da entidade.
TABELA 18: ANÁLISE DAS RECEITAS LÍQUIDAS
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Para validar a integridade do relatório de vendas de 2014, efetuou-se seleção
de 25 itens, para os itens selecionados, solicitou-se a documentação suporte
Companhia de Cerâmica Ref. R.01Receita Líquida cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Conciliação da Receita Líquida
Contábil RelatórioGrupo 31.12.2014 Auxiliar Diferença
a y tMERCADO INTERNO 356.432 356.439 7- MERCADO EXTERNO 207.795 207.792 3
RECEITA BRUTA 564.227 564.231 (4) mt t t
Deduções (125.592) (125.592) -
Receita Líquida de Vendas 438.635 Lead 438.639 (4) mt t t
Tickmarksa Conforme balancete contábil de 31.12.2014.y Conforme relatórios auxiliar de Receitas emitido na posição 31.12.2014.t Somado e Calculado.
m Imaterial para maiores análises.
56
pertinente, nota fiscal, comprovante de recebimento, comprovante de embarque ou
entrega da mercadoria, posteriormente confrontou-se as informações atentando para
possíveis divergências.
Teste de reconhecimento da receita
Tendo em vista que a companhia reconhece a receita no momento em que são
emitidas as notas fiscais, para verificar se o impacto é relevante efetua-se os seguintes
procedimentos:
Solicitou-se companhia o relatório de notas fiscais faturadas e não embarcadas
na data base de 31/12/2014 e o segregou-se da seguinte forma:
TABELA 19: IMPACTO DO RECONHECIMENTO DA RECEITA INDEVIDAMENTE
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Para validar a integridade das notas fiscais emitidas em 2014 constantes na
base do faturado e não embarcado, solicitou-se o relatório de faturamento do período
de 01/01/2014 a 31/12/2014 contendo a data do embarque e a situação da Nota Fiscal
(faturado e embarcado ou faturado e não embarcado) utilizado na conciliação da
receita bruta e efetuou-se os seguintes procedimentos:
Faturado em 2012 e não embarcado até 31/12/2014 212 Faturado em 2013 e não embarcado até 31/12/2014 194 Faturado em 2014 e não embarcado até 31/12/2014 6.370 Faturado em 2014 e embarcado após 31/12/2014 7.750 Total 14.526 Ajuste 02
t
Receita reconhecida incorretamente 14.526,00
Receita Bruta 564.227
Deduções 125.592-
Receita Líquida de Vendas 438.635
Custo produtos vendidos 296.969
Lucro Operacional Bruto 141.666
MARGEM BRUTA 25,11%
IMPACTO CAUSADO 3.647,19
Ajuste de reversão da margem do Produto Vendido 10.878,81- Ajuste 03
57
a) Identificou-se as Notas Fiscais que foram embarcadas após 31/12/2014 ou
as que não foram embarcadas até o momento em que o relatório foi gerado,
reclassificando-as como "Faturadas e Não Embarcadas".
b) Com base no resultado da classificação, efetuou-se o confronto entre o
faturado e não embarcado e a base de dados da companhia.
Com base nos procedimentos aplicados constatou-se que o efeito das receitas
faturadas e não embarcadas no período de 01/01/2014 a 31/12/2014 causa um
impacto de R$3.647 no Lucro Operacional Bruto, inicialmente o valor é imaterial,
porém é reportado como ponto de controle para monitoramento, e na cédula de
ajustes anexa a carta de representação de responsabilidades da administração.
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade dos saldos de receitas apresentados.
Teste de expectativa de impostos sobre vendas - análise preditiva
Com base no balancete de 2014, solicitou-se o relatório com os valores das
vendas de mercadoria, devoluções de vendas e também os impostos sobre vendas.
Calculou-se uma expectativa de impostos sobre vendas, através da aplicação
dos percentuais das alíquotas de impostos informada pela empresa sobre o total da
base de cálculo dos impostos.
A expectativa foi constituída com base nas taxas efetivas de PIS, COFINS e
ICMS do mês de dezembro de 2014, aplicadas sobre a base de cálculo (receita bruta
no mercado interno). A diferença aceitável é que o valor da projeção somado com os
tributos não testados seja abaixo da materialidade.
TABELA 20: EXPECTATIVA DE IMPOSTOS SOBRE VENDAS
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Receita Bruta 564.227 Impostos 114.200- Devoluções 11.392-
Receita Líquida de Vendas 438.635
a
Expectativa de impostos sobre vendas CalculadoPIS 1,65% 9.310 COFINS 7,60% 42.881 ICMS 12% 67.707
119.898 t
Diferença 5.698 Ajuste 04
58
Desta forma pode-se concluir pela razoabilidade dos saldos ajustados e
reportados para cédula de ajustes anexa a carta de representação de
responsabilidades da administração.
4.2.3.9 Custo dos produtos vendidos - análise de tendência
Para mitigar os riscos de integridade, existência e precisão, dos saldos de
custos dos produtos vendidos, executou-se os seguintes conforme demonstrado o
resultado obtido a seguir no procedimento com referência R.02:
1) Solicitou-se o relatório de vendas por produto do exercício de 2014,
conciliado com o saldo contábil anteriormente. O relatório continha quantidade em
metros e valor em Reais. Para validar a integridade do relatório, efetuou-se seleção
de 25 itens. Portanto, utilizou-se a mesma amostra testada no procedimento anterior
com referência R.01.
2) Solicitou-se os relatórios de estoques do mês utilizados como base de
seleção para recálculo do custo médio dos estoques de produtos acabados (produção
própria). A integridade do custo médio foi validada anteriormente nos procedimentos
com referência A.03. Posteriormente efetuou-se a busca no relatório vendas,
buscando o custo médio unitário do mês de cada item no relatório de estoques. Foram
localizados o custo médio unitário dos itens em estoque no mês, de aproximadamente
99,59% da receita bruta total, para os itens não localizados, efetuou-se a busca no
relatório de estoques de outros meses, o relatório dos outros meses para os meses,
de janeiro a dezembro. Após identificado o custo médio unitário de todos os itens
vendidos, multiplicou-se a quantidade vendida pelo custo médio unitário, obtendo o
custo do produto vendido.
3) Com base nos passos anteriores 01 e 02, calculou-se a expectativa do Custo
Médio dos Produtos Vendidos, efetuou-se o teste de soma e confrontou-se com total
de custos das mercadorias no balancete contábil.
59
TABELA 21: EXPECTATIVA DOS CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
QUADRO 4: COMPARATIVO DO CUSTO MÉDIO
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Companhia de Cerâmica Ref. R.02Custo dos produtos vendidos cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Expectativa dos custos dos produtos vendidos
Mês Receita Bruta CPV Cálculadoa a y
jan/14 -37.883 19.552fev/14 -39.074 21.386mar/14 -45.854 24.195abr/14 -48.233 24.695mai/14 -48.054 25.428jun/14 -43.963 23.538jul/14 -45.519 24.851
ago/14 -52.201 27.678set/14 -53.445 27.727out/14 -55.047 28.796nov/14 -50.349 26.050dez/14 -44.606 23.130
-564.227 297.025t t
aCusto dos produtos vendidos 296.970 Lead
Diferença aceitável 56 mt
Tickmarksa Conforme balancete contábil de 31.12.2014.y Conforme relatórios auxiliar de Receitas emitido na posição 31.12.2014.t Somado e Calculado.
m Imaterial para maiores análises.
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTALQuantidade vendida 2013 1.559,66 1.728,05 1.879,19 1.872,24 2.119,46 1.985,36 1.926,77 2.156,81 1.934,32 1.934,32 1.934,32 1.934,32 22.965 Quantidade vendida 2014 1.725,90 1.796,45 2.065,97 2.075,75 2.105,06 1.996,50 2.200,97 2.351,50 2.400,17 2.400,17 2.400,17 2.400,17 25.919
Custo 2013 17.383 19.070 21.486 20.561 24.005 23.107 23.158 25.239 21.525 26.808 23.800 19.548 265.691 Custo 2014 19.552 21.386 24.195 24.695 25.428 23.538 24.851 27.678 27.717 28.756 26.044 23.130 296.969
Custo Médio 2013 11,15 11,04 11,43 10,98 11,33 11,64 12,02 11,70 11,13 13,86 12,30 10,11 11,57 Custo Médio 2014 11,33 11,90 11,71 11,90 12,08 11,79 11,29 11,77 11,55 11,98 10,85 9,64 11,46
2% 8% 2% 8% 7% 1% -6% 1% 4% -14% -12% -5% -1%
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTAL
Comparativo Custo Médio 2013 x 2014
Custo Médio 2013
Custo Médio 2014
60
Verificou-se um leve aumento no Custo Médio dos Produtos se comparado com
o mesmo período do ano anterior, esse aumento refere-se basicamente ao aumento
no preço dos insumos utilizados, como o gás e energia utilizados na produção, porém
o aumento no custo ocorre principalmente pelo novo Mix de produtos que a companhia
está trabalhando no ano de 2014 que é mais nobre.
Desta forma, é possível verificar que o aumento do custo se reflete na margem
bruta como segue:
QUADRO 5: COMPARATIVO DA MARGEM DE LUCRO
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Com base nas análises, verificou-se que tanto o custo dos produtos vendidos
quanto o custo dos estoques sofreram um reajuste. Porém verificou-se que a margem
bruta teve um leve aumento (aprox. 2%).
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade da expectativa projetada dos saldos de custos dos produtos
vendidos apresentados.
4.2.3.10 Despesas com pessoal, vendas, gerais e administrativas.
Realizou-se indagações à administração para garantir que todas as provisões
de despesas que deveriam ter sido registradas na data-base realmente foram
registradas. Corroborou-se as respostas efetuando os seguintes procedimentos
demonstrado o resultado obtido a seguir no procedimento com referência R.03:
• Investigou-se as provisões de despesas do período anterior para identificar
tipos de despesas provisionadas que se espera que se repitam e avalia-se se esses
itens foram incluídos;
• Inspecionou-se os budgets como evidências de provisões de despesas;
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTALReceita bruta - 2013 31.618- 34.474- 38.109- 36.780- 44.989- 43.435- 42.571- 47.494- 41.812- 49.729- 48.401- 38.192- 497.606- Receita líquida - 2013 25.129- 27.172- 30.188- 28.311- 35.008- 33.681- 33.405- 37.366- 32.697- 39.350- 38.149- 30.362- 390.819- Custos - 2013 17.383 19.070 21.486 20.561 24.005 23.107 23.158 25.239 21.525 26.808 23.800 19.548 265.691
Receita bruta - 2014 37.883- 39.074- 45.854- 48.233- 48.054- 43.963- 45.519- 52.201- 53.445- 55.047- 50.349- 44.606- 564.227- Receita líquida - 2014 29.815- 30.603- 35.535- 36.897- 37.310- 34.438- 34.744- 40.869- 41.535- 42.677- 39.744- 34.468- 438.635- Custos - 2014 19.552 21.386 24.195 24.695 25.428 23.538 24.851 27.678 27.717 28.756 26.044 23.130 296.969
Margem bruta 2013 24% 24% 23% 21% 24% 24% 24% 26% 27% 25% 30% 28% 25%Margem bruta 2014 27% 24% 25% 25% 25% 25% 22% 25% 26% 25% 27% 25% 25%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTAL
Comparativo Margem de lucro ‐ 2014 x 2013
Margem bruta 2013
Margem bruta 2014
61
• Considerou-se as atividades do ano corrente e identificou-se se alguma
provisão de despesa deveria ser registrada;
• Indagou-se pessoas chaves, e considerou-se se as respostas são
consistentes com a entendimento da equipe de auditoria;
• Avaliou-se se todas as obrigações que deveriam ter sido registradas e
classificadas como provisões de despesas foram efetivamente e adequadamente
registradas na data-base (competência).
TABELA 22: ANÁLISE DAS DESPESAS
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Selecionou-se itens para realizar os seguintes procedimentos:
Companhia de Cerâmica Ref. R.03Despesas com pessoal, vendas, gerais e adm. cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Despesa com VendasGrupo 31/12/2014 A.V. 30/12/2013 A.V. Variação A.H.
a t Y t t tMAO DE OBRA PROPRIA 22.638 34% 19.972 38% 2.665,74 13%MAO DE OBRA DE TERCEIROS 4.467 7% 1.536 3% 2.931,43 191%SERVIÇOS DE TERCEIROS - PJ 5.310 8% 3.458 7% 1.851,87 54%SERVIÇOS DE TERCEIROS - PF 99 0% 14 0% 85,03 629%COMISSOES DE TERCEIROS 10.557 16% 9.190 18% 1.367,80 15%MARKETING 4.443 7% 4.273 8% 170,61 4%DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 2.251 3% 973 2% 1.277,16 131%TREINAMENTO DE PESSOAL 4 0% 99 0% 95,05- -96%BENEFICIOS A EMPREGADOS 2.337 3% 1.631 3% 706,23 43%ABATIMENTO COMERCIAL 5.454 8% 3.578 7% 1.875,62 52%GASTOS GERAIS 9.699 14% 8.557 16% 1.142,29 13%PROVISAO P/DEVEDORES DUVIDO 303 0% 307 1% 4,02- -1%RECUPERAÇÕES DIVERSAS 119- 0% (1.372) -3% 1.253,04 -91%
67.443 Lead 52.215 15.228
t t tDespesas Gerais e AdministrativasGrupo 31/12/2014 A.V. 30/12/2013 A.V. Variação A.H.
a t Y t t tMAO DE OBRA PROPRIA 6.297 51% 5.526 48% 770,26 14%MAO DE OBRA DE TERCEIROS 347 3% 204 2% 142,97 70%SERVIÇOS DE TERCEIROS - PJ 2.210 18% 2.277 20% 66,67- -3%SERVIÇOS DE TERCEIROS - PF 49 0% 97 1% 48,00- -50%DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO 833 7% 541 5% 291,97 54%TREINAMENTO DE PESSOAL 120 1% 17 0% 103,02 619%BENEFICIOS SOCIAIS 618 5% 515 4% 102,41 20%GASTOS GERAIS 1.926 16% 2.368 21% 442,22- -19%RECUPERAÇÕES DIVERSAS - 0% (2) 0% 1,79 -100%
12.398 Lead 11.543 855,54
t t tTickmarks
a Conforme balancete contábil de 31.12.2014.Y Conforme balancete contábil de 31.12.2013.t Somado e Calculado.
62
• Realizou-se indagações à administração em relação à natureza das provisões
de despesas;
• Realizou-se testes de “voucher” com documentações suporte como contas
(subsequentemente recebidas), faturas, contratos, ou outras informações relevantes,
Nota fiscal e/ou documentação suporte equivalente, comprovante de liquidação e/ou
documentação suporte equivalente, conforme aplicável;
• Avaliou-se se as despesas foram adequadamente registradas e alocadas para
as provisões de despesas;
• Avaliou-se se as apresentações das provisões de despesas nas
demonstrações contábeis são apropriadas inclusive considerando a apresentação
entre passivo circulante e não circulante.
4.2.3.11 Resultado financeiro – análise preditiva
Para mitigar os riscos de integridade, existência e precisão, desenvolveu-se
uma expectativa das despesas e receitas com juros para o período, desagregada para
o nível adequado tal como por contas bancárias de capital de giro, com juros e/ou
dívidas. Baseou-se a expectativa em fatores chaves e relacionamentos, tais como os
instrumentos mantidos durante o período e alterações nas taxas de juros durante o
período.
Avaliou-se a credibilidade e apresentação dos dados utilizados para
estabelecer a expectativas (tais como confrontar os saldos e taxas utilizados no
cálculo com a documentação suporte).
Para validar a integridade das taxas de juros dos empréstimos e financiamentos
utilizados para calcular uma taxa média ponderada, examina-se os contratos de
empréstimos pactuados em 2014, haja vista que os contratos pactuados antes de
2014 foram examinados na auditoria de 2013, conforme demonstrado o resultado
obtido a seguir no procedimento com referência R.04:
63
TABELA 23: DESPESAS FINANCEIRAS
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir
pela razoabilidade dos saldos de receita e despesas financeiras apresentados.
Companhia de Cerâmica Ref. R.04Resultado Financeiro cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014
Banco Modalidade Contratação Vencimento n. parcelastaxa de jurosBANCO SANTANDER CDB 23/08/2013 17/8/2015 24 1,27%BANCO HSBC S/A Capital de Giro 10/09/2013 10/9/2017 49 1,28%BANCO C.E.F Capital de Giro 26/09/2013 15/9/2015 24 1,00%BANCO SAFRA FINAME 10/10/2013 10/10/2017 49 0,82%BANCO ITAÚ S/A FINAME 10/11/2013 10/11/2017 49 0,27%BANCO BNDES Capital de Giro 10/12/2013 10/12/2017 49 1,88%BANCO BRADESCO Capital de Giro 23/08/2013 10/1/2018 49 0,95%BANCO DO BRASIL Capital de Giro 10/09/2013 15/6/2023 114 1,32%BANCO SANTANDER Créd. Exportação NCE 26/09/2013 10/2/2018 49 1,32%BANCO HSBC S/A BNDES - Progeren 10/10/2013 27/1/2017 35 0,94%BANCO C.E.F BNDES - Progeren 10/11/2013 10/3/2018 49 0,94%BANCO SAFRA Créd. Exportação NCE 10/12/2013 28/1/2017 35 0,33%BANCO ITAÚ S/A CDB 23/08/2013 10/3/2017 36 0,33%BANCO BNDES Capital de Giro 10/09/2013 10/4/2018 49 0,94%BANCO BRADESCO Capital de Giro 26/09/2013 10/5/2018 49 0,94%BANCO DO BRASIL FINAME 10/10/2013 8/4/2017 35 0,44%BANCO SANTANDER FINAME 10/11/2013 15/6/2015 13 1,55%BANCO HSBC S/A Capital de Giro 10/12/2013 15/10/2021 90 0,49%BANCO C.E.F Capital de Giro 10/06/2014 10/6/2018 49 1,32%BANCO SAFRA Capital de Giro 04/07/2014 15/5/2021 84 1,32%BANCO ITAÚ S/A Créd. Exportação NCE 10/07/2014 10/7/2018 49 0,33%BANCO BNDES BNDES - Progeren 05/08/2014 28/6/2025 133 1,29%BANCO BRADESCO BNDES - Progeren 10/08/2014 10/8/2018 49 0,64%BANCO DO BRASIL Créd. Exportação NCE 10/09/2014 10/9/2018 49 0,33%
Taxa médi 0,93%
Saldo de empréstimos CP 86.361,07 aSaldo de empréstimos LP 136.823,15 a
Total de empréstimos 223.184,22
Expectativa Mensal 2.066,92 tExpectativa Acumulado Ano 24.803,03
24.803,03 t
Despesas financeiras 24.927,50 Lead
Desvio (124,47) m
Tickmarks ta Conforme balancete contábil de 31.12.2014.Y Conforme balancete contábil de 31.12.2013.m Imaterial para maiores analises.t Somado e Calculado.
64
4.2.3.12 Carta de representação formal da administração
Por meio da carta de representação formal da administração, está descrito
detalhadamente as responsabilidades do auditor em formar e expressar uma opinião
sobre as demonstrações contábeis que foram preparadas pela administração com a
supervisão dos responsáveis pela governança e que a auditoria das demonstrações
contábeis não isenta a administração ou os responsáveis pela governança de suas
responsabilidades.
De acordo com a NBC TA 580 e ISA 580 - Representações Formais, para fins
das normas de auditoria, representação formal é uma declaração escrita pela
administração, fornecida ao auditor, para confirmar certos assuntos ou suportar outra
evidência de auditoria.
Ainda segundo a NBC TA 580, a data das representações formais deve ser tão
próxima quanto praticável, mas não posterior, à data do relatório dos auditores. As
representações formais devem ser para todas as demonstrações contábeis e períodos
mencionados no relatório dos auditores.
Adicionalmente, a norma mencionada anteriormente, disponibiliza no apêndice
2 o exemplo de carta de representação.
Destaca-se na norma NBC TA 580, que se a administração não fornecer uma
ou mais das representações formais solicitadas, o auditor deve abster-se de emitir
opinião no relatório sobre as demonstrações contábeis em conformidade com a NBC
TA 705 - Modificações na Opinião do Auditor Independente.
Na cédula de ajustes anexa a carta de representação formal da administração,
determina-se um limite acima do qual os erros incluídos no resumo dos erros não
corrigidos. Da mesma maneira, pode-se considerar comunicar à administração um
limite para fins das representações formais solicitadas. A materialidade pode ser
diferente para diferentes representações. A questão da materialidade pode ser
incluída explicitamente na carta de representação tanto em termos qualitativos quanto
quantitativos.
A seguir demonstra-se a cédula de ajustes anexa a carta de representação
formal de responsabilidades da administração, ajustes que foram identificados durante
a execução dos trabalhos de auditoria, adicionalmente a avaliação das distorções nas
demonstrações financeiras, e se corrigido ou não pela administração.
65
TABELA 24: CÉDULA DE AJUSTES
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Companhia de CerâmicaResumo dos ajustes não corrigidosPeriodo findo em 31 de dezembro de 2014.
Valores em Reais
# Descrição da diferençaTipo de
erroIndica
Fraude?
Impacto na Natureza, época, extensão dos
procedimentos?
Corrigido?
Contas Débito (Crédito)
Efeito do resultado
das correções no balanço
do ano anterior
(trazidas do ano
anterior)
Efeitos no resultado do
exercício
Patrimônio Liquido
Ativo circulante
Ativo não circulante
Passivo Circulante
Passivo não circulante
(lançamentos antes dos impostos)
1Diferenças entre controle auxiliar e a conta de estoques Fatctual não
Não há procedimentos adicionais. Não
C - Estoques (Ativo Circulante)D - Despesas CPV (Resultado) 9.036,00 (9.036,00) - 9.036,00 9.036,00 (9.036,00) - - -
2
Reconhecimento indevido de receita de faturados e não embarcados Fatctual não
Não há procedimentos adicionais. Sim
C - Adiantamentos de clientes (Passivo Circulante)D - Receita Bruta (Resultado) 14.526,00 (14.526,00) - 14.526,00 14.526,00 - - (14.526,00) -
3Ajuste de reversão da margem do Produto Vendido Fatctual não
Não há procedimentos adicionais. Sim
C - Deduções e CPV (Resultado)D - Estoques (Ativo Circulante) 10.878,81 (10.878,81) - (10.878,81) (10.878,81) 10.878,81 - - -
4Ajuste de impostos sobre a receita bruta Projetado não
Não há procedimentos adicionais. Não
C - Impostos, taxas e contribuições (Passivo Circulante)D - Deduções da receita (Resultado) 5.698,24 (5.698,24) - 5.698,24 5.698,24 - - (5.698,24) -
Efeito agregado das diferenças não corrigidas (antes dos impostos): 14.734,24 14.734,24 (9.036,00) - (5.698,24) -
(lançamentos de impostos)
Efeito dos impostos do item 01 e 04 - - - (5.009,64) (5.009,64) - - - -
Efeito agregado das diferenças não corrigidas depois dos impostos): 9.724,60 9.724,60 (9.036,00) - (5.698,24) -
Valores das Demonstrações Financeiras (demonstrações financeiras final) (depois dos impostos): (39.845,00) (115.484,50) 242.262,50 343.289,50 (227.207,50) (242.860,00)
Diferenças não corrigido como um percentual dos valores das demonstrações financeiras (depois dos impostos): -24,41% -8,42% -3,73% 0,00% 2,51% 0,00%
Efeito no balanço - Débito (Crédito)Entre com a correção requerida para data-baseDemonstração do resultado - Débito
(Crédito)
66
Na tabela apresentada anteriormente referente a cédula de ajustes, consolidou-
se todos os erros significativos identificados durante as etapas da auditoria, corrigidos
ou não corrigidos, sendo apresentado o descritivo da diferença, o tipo de erro factual
ou projetado e se o erro identificado indica fraude.
Posteriormente, apresenta-se as recomendações de ajustes, sendo que os
erros corrigidos pela administração não devem ser considerados para fins de análise
de impacto, visto que não significa risco de distorções nas demonstrações financeiras.
Para o estudo de caso proposto, em cada etapa da auditoria contribuiu-se para
mitigar os riscos contidos nas demonstrações financeiras, sendo a cédula de ajustes
elencada com os erros identificados, e demonstrado de forma substanciosa os limites
relacionados com a materialidade calculada, visto também os efeitos antes e após os
impostos, e apurados de forma quantitativa a proporção que os erros impactam em
riscos de distorções nas demonstrações financeiras.
67
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Auditoria Independente proporciona credibilidade das informações
publicadas no mercado, e adicionalmente é utilizada como ferramenta de
assessoramento a administração da entidade.
Diante dos procedimentos de auditoria expostos, foi possível demonstrar os
procedimentos aplicados, como um modelo de roteiro de auditoria, com o intuito de
avaliar os riscos, foi possível visualizar as vantagens e qualidades proporcionadas da
aplicação de trabalhos de auditoria. Para tal, é necessário que se elabore um processo
investigatório com o intuito de validar as demonstrações financeiras.
No que tange ao problema de pesquisa, cada procedimento mitigou os riscos
referente as assertivas relevantes, risco de integridade, risco de existência, risco de
precisão, risco de valorização, risco de direitos e obrigações, e risco de apresentação.
Sendo avaliados em conjuntos mitigou os riscos contidos nas demonstrações
financeiras.
O objetivo geral do estudo foi atingido por meio do detalhamento das etapas da
auditoria, e os resultados obtidos em cada procedimento. Posteriormente, os erros
identificados, foram elencados para cédula de ajustes, e avaliados os impactos e
distorções nas demonstrações financeiras.
Por meio da fundamentação teórica e do estudo de caso, foi possível atingir os
objetivos específicos, tendo em vista, que os riscos de distorções limites foram
evidenciados da seguinte forma:
Erro de menos 24,4% na apuração do resultado;
Erro de menos 8,4% no saldo do patrimônio líquido;
Erro de menos 3,7% no saldo do ativo circulante;
Erro de mais 2,5% no saldo do passivo circulante.
Sendo os erros identificados e não corrigidos considerados imateriais, ademais,
para contemplar os objetivos específicos, foram apresentados teorias e conceitos
pautados na auditoria, seus objetivos, sua relevância e necessidade, fundamentando
os procedimentos relacionados as etapas da auditoria com as normas contábeis.
O trabalho auxiliará aos profissionais e acadêmicos na área de contabilidade e
gestores do segmento de indústrias, a entender os procedimentos aplicados e suas
respectivas finalidades, tendo em vista a forma ilustrativa e dinâmica de apresentar os
procedimentos contidos na execução dos trabalhos de auditoria independente.
68
Como sugestão para futuras pesquisas relacionadas ao tema etapas da
auditoria:
Aprofundar o estudo na auditoria de revisão de vida útil dos ativos, e teste
de recuperabilidade dos ativos;
Realizar estudo de caso das etapas da auditoria em companhias do
segmento de prestação de serviços;
Realizar estudo de caso das etapas da auditoria em entidades sem fins
lucrativos, referente ao 1º ou 3º setor.
69
REFERÊNCIAS
American Institute of Certified Public Accountants (AICPA). <www.aicpa.org>. Acesso
em 20/08/2015.
BEUREN, Ilse Maria (org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade:
teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
BRASIL. Comitê De Pronunciamentos Contábeis. (CPC). Disponível em:
<http://www.cpc.gov.br>. Acesso em 26/08/2015.
BRASIL. Lei n. 11.638, de 28 de Dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da
Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de
1976, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 26/08/2015.
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de Dezembro de 1976. Dispõem sobre as Sociedades
por ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 26/08/2015.
BRASIL. Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Dispõem sobre ao parcelamento
ordinário de débitos tributários. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br>.
Acesso em 26/08/2015.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. (NBC CTA): Comunicados Técnicos
de Auditoria. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/>. Acesso em 26/08/2015.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. (NBC P): Normas profissionais de
auditor independente. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/>. acesso em
26/08/2015.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. (NBC PA): Normas profissionais de
auditor independente. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/>. acesso em
26/08/2015.
70
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. (NBC T): Normas Técnicas. Disponível
em: <http://www.portalcfc.org.br/>. Acesso em 26/08/2015.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. (NBC TA): Normas Técnicas de
auditoria independente. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/>. Acesso em
26/08/2015.
COSTA, M. V. (Org) Pesquisa-ação, pesquisa participativa e política cultural da
identidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. 4. ed. Petrópolis: Vozes,
1992.
IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. (NPA): Norma e
Procedimento de Auditoria. Disponível em: <http://www.ibracon.com.br>. Acesso em
29/08/2015.
International Accounting Standards Board. (IASB). <http://www.ifrs.org>. Acesso em
24/08/2015.
International Federation of Accountants. International Standard on Auditing. (ISA).
Disponível em: <http://www.ifac.org>. Acesso em 26/08/2015.
International Financial Reporting Standards. (IFRS). <http://www.ifrs.org>. Acesso em
25/08/2015.
SILVA, Renata., KARKOTLI, Gilson. MANUAL DE METODOLOGIA CIENTÍFICA DO
USJ. São José, 2011. Disponível em: <http://www.usj.edu.br/>. Acesso em
26/08/2015.
YIN, Robert K. Estudos de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegres:
Bookman, 2002.
71
ANEXO 01
Solicitação inicial de analises
Descrição
Caixas e Equivalentes de Caixa
Extratos das Contas bancárias e conciliações em 31.12.2014 de todas as contas. (Bancos conta movimento e aplicações financeiras)
Mapa de movimentação de aplicações financeiras de 01.01.2014 a 31.12.2014.
Relação dos bancos com as quais a Companhia possui transações, assinada pela administração.
Clientes
Relatórios auxiliares analíticos por fatura em aberto que compõem o contas a receber de clientes em 31.12.2014;
Planilha auxiliar da PCLD em 31.12.2014, assim como critério de provisionamento atual;
Estoques
Relatório análitico com a composição dos Estoques em 31.12.2014 (Saldo estoque valorado)
Controles auxiliares e critérios para "Provisão para avaliação de estoques ao valor de realização" em 31.12.2014.
Relatório com a composição do Grupo Almoxarifado Geral em 31.12.2014
Relatório com a composição do estoque em trânsito em 31.12.2014
Transações com partes relacionadas
Controles auxiliares com a composição dos saldos de partes relacionadas em 31.12.2014
Planilha Auxiliar com a movimentação de Mútuos, saldos ativos e passivos.
Representação formal assinada pela administração, informando todas as partes relacionadas e todas as transações realizadas em 2014.
Investimentos
Último alteração no estatuto social consolidado das empresas controladas.
Imobilizado e intangível
Mapa de movimentação do imobilizado e intangível de 01.01.2014 a 31.12.2014
Relatório analítico de todos os itens do ativo imobilizado com suas respectivas depreciações acumuladas e taxas de depreciação, bem como número de controle patrimonial em 31.12.2014Relatório analítico com a composição de todas as adições ocorridas de 01.12.2014 a 31.12.2014.
Relatório analítico com a composição de todas as baixas ocorridas de 01.12.2014 a 31.12.2014.
Relatório analítico com a composição de todas as transferências ocorridas de 01.12.2014 a 31.12.2014.
Composição adiantamento de fornecedores imobilizado 31.12.2014
Composição de imobilizado em andamento 31.12.2014
Planilha auxiliar da realização da Reserva de Reavaliação do período de 01.01.2014 a 31.12.2014.
Análise de impairment e revisão da vida útil: Conforme descrito no CPC 01, anualmente a companhia deve avaliar os indícios de impairment, assim como avaliar a necessidade de revisão da vida útil dos bens. Tal análise deve ser formalizada pela administração e encaminhada para da auditoria através de uma representação formal.
Fornecedores
Relatório auxiliar analítico de Fornecedores em 31.12.2014.
Empréstimos e financiamentos
Relação de contratos vigentes em 31.12.2014, com as respectivas taxas de juros, garantias, prazos, etc.
Mapa de movimentação dos empréstimos e financiamentos de 01.01.2014 a 31.12.2014.
Memória de cálculo covenants em 31.12.2014
Adiantamentos de clientes
Relatórios auxiliares análiticos dos adiantamentos de clientes em 31.12.2014.
Impostos
Composição do saldo de impostos parcelados em 31.12.2014, assim como seus respectivos extratos na data base.
Memória de cálculo do "Ativo tributário" em 31.12.2014.
Memória de cálculo do "Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos" em 31.12.2014.
Planilha auxiliar com os pagamentos de impostos efetuados no exercício. (jan a dez)
Provisão para contingências
Composição das contingências em 31.12.2014, contendo o andamento atual das discussões judiciais, probabilidade de perdas, valor atualizado, etc. (Planilha Banco Dados - Departamento Jurídico)Mapa das movimentações das contingências de 01.01.2014 a 31.12.2014
Relatório auxiliar com a composição dos depósitos judiciais em 31.12.2014.
Representação formal advogado interno com todas as ações ativas e passivas em 31.12.2014.
Receitas
Relatório analítico de vendas por produto, do período de 01.01.2014 a 31.12.2014, contendo pelo menos: Cód. Produto, Descrição, Tipologia, Quantidade, Valor, Data emissão, Data de embarque e Número da Nota Fiscal. Relatório Analítico de Devoluções por produto, código do produto, quantidade, e valor do període 01.01.2014 a 31.12.2014.
Relatório analítico com total de vendas faturadas e não embarcadas em 31.12.2014
Recebíveis Eletrobras
Composição e memória de cálculo da atualização dos Recebíveis Eletrobras em 31.12.2014;
Gerais
Cópias das atas de assembléias, reuniões de: diretoria, conselho administrativo e conselho fiscal de ocorridas, ou que ocorrerão, no período de 01.01.2014 até o término dos nossos trabalhos;Relatório Gerenciais em 31.12.2014, planilha Performance Financeira e apresentação desses dados ao conselho ou principais gestores.
Organograma societário atualizado
Demonstrações financeiras individuais e consolidadas em 31.12.2014
Último estatuto social consolidado da Companhia e composição do capital social atualizado.
Razão contábil de todas as contas de 01/12/2014 a 31/12/2014.
Carta de representação formal de responsabilidades assinada pela administração.
Certidões negativa de débito municipal, estadual, federal, INSS e FGTS.
Orçamento 2014, com comparativo real x orçado.
RH
Relatório Auxiliar com o resumo da Provisão de Férias em 31.12.2014, com sua respectiva conciliação.
Resumo da folha de pagamento do mês 12.2014 e sua respectiva conciliação com a Rubrica Ordenados e Salários a Pagar.
72
ANEXO 02
Atividade por área Sub-Atividades do programa de trabalho
01 Circularização - Confirmação Bancária (IEPA)
02 Reconciliação bancária na data base (IEP)
03 Apresentação de caixa e equivalentes de caixa (PA)
01 Reconciliação do contas a receber
02 Recálculo e avaliação de créditos duvidosos
03 Revisão analítica do giro do contas a receber (tendência)
01 Acompanhamento de inventário físico - testes de contagem
02 Acompanhamento de inventário físico - cutoff
04 Roll forward - Acompanhamento de inventário físico - Reconciliação entre as contagens e o razão de estoque
05 Reconciliação do estoque
06.1 Cálculo da provisão para redução ao valor recuperável (menor valor entre custo e mercado)
06.2 Avaliação de provisões para perdas por produtos de baixa rotatividade, obsoletos e deteriorados perda de estoques
07 Avaliação da abordagem do custo padrão
07.1 Custo médio Matéria Prima e Almoxarifado
07.2 Custo médio produtos acabados (produção própria)
07.3 Custo médio produtos acabados (outsourcing)
07.4 Custo médio produtos semi elaborados
08 Revisão analítica de estoques (tendência)
09 Revisão analítica de custo padrão de mão de obra e hora extra (preditiva)
10 Revisão analítica de custo padrão do componente de matéria prima no produto acabado (análise de índices)
11 Estoques em depósitos de terceiros (IE)
12 Análise dos estoques em trânsito (importação em andamento)
13 Obtenha as planilhas Taxa Hora utilizadas no cálculo médio dos itens dos procedures 07.2 e 07.4 e efetue análise
14. Roll Forward de de Teste de Valorização dos Estoques (Custos)A.04 - Outras contas ativo 01 Créditos com outras em pessoas ligadas - Avaliação da apresentação e análise saldos
A.05 - Investimentos 01 Análise da movimentação dos investimentos em controladas
01 Análise movimentação do intangível ocorrida no exercício de 2014
02 Adições e baixas Intangíveis (EAO)
03 Política de amortização (PA)
01 Depreciation expense substantive analytical
02 Análise da movimentação do ativo imobilizado exercício de 2014
03 Adições do imobilizado (EPD&O)
04 Adiantamentos a Fornecedores do Imobilizado
05 Política de depreciação e revisão de vida útil (PA)
06 Análise impairment
07 Roll forward 31122014 a 31122014.
01 Reconciliação do contas a pagar
03 Busca por passivos não registrados
01 Análise parcelamento de obrigações tributárias
02 Conciliação impostos diferidos com controles auxiliares e Lead de Tax
03 Confronto Lead de Tax
04 Obtenha os memorando de TAX Diretos e Indiretos, efetue um memorando com os impactos da revisão
01 Conformidade com cláusulas restritivas nos contratos de dívidas (A)
02 Análise movimentação e apresentação empréstimos e financiamentos
03 Análise apresentação Intrumentos Financeiros
01 Confirmações de advogados (IEV)
02 Conciliações provisões para contingências dez.2014
03 Análise divulgação ativos e passivos contingentes
01 Racional e efetue testes para as obrigações sociais e trabalhistas
02 Análise Provisão para Participação nos lucros
03 Conciliação e teste substantivo adiantamentos de clientes
01 SAP impostos sobre vendas
02 Política de reconhecimento de receita (IEPV)
03 Journal entries de receita exercício de 2014
04 Voucher devoluções
S17 Revisão analítica de cut-off de Vendas (tendência)
S17.1 Revisão analítica de Vendas (tendência)R.02 - Custo das mercadorias vendidas 01 Efetue teste substantivo analítico dos custos das mercadorias vendidas do exercício de 2014
01 Revisão analítica do percentual da margem bruta (tendência)
02 Revisão analítica de despesas (preditiva)
03 Revisão analítica de despesas (tendência)
04 Identificação e teste de provisões de despesasR.04 - Resultado financeiro 01 Procedimento analítico de despesas e receitas financeiras (IEP)
R.01 - Receita líquida
R.03 - Despesas com pessoal, vendas, gerais e administrativas
P.01 - Fornecedores
P.02 - Impostos
P.03 - Empréstimos e financiamentos
P.04 - Provisões por reclamações litigiosas e tributárias
P.05 - Outras contas passivo
A.01 - Caixa, equivalentes e aplicações financeiras
A.02 - Contas a receber de clientes
A.03 - Estoques
A.06 - Intangível
A.07 - Imobilizado