prÁticas sistÊmicas com famÍlias com base construtivista marianne feijó puc-sp/nufac famerp...

51
PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Upload: derek-marroquim-aleixo

Post on 07-Apr-2016

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivistaMarianne FeijóPUC-SP/NUFACFAMERPUNIFESP

Page 2: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

MODERNIDADEESTRUTURALISMOEPISTEMOLOGIA OBJ ETIVISTA

POS-MODERNIDADEEPISTEMOLOGIA CONSTRUTIVISTA

individual familiar social

dec 40 dec 50 dec 60 dec 70 dec 80 dec 90

Busca intrapsíquicoEssência “Ele é”Diagnóstico linearCausa-efeito

Cibernética, TGS, Interdisciplinaridade- Funcionam e organiz sistemas-Padrão funcion. Família -Circularidade-Busca do inter-relacional-PI – porta voz da disfunção-Sintoma – mecanismo homeostático-Homeostase/correção desvio (1ª onda)-Homeodinâmica – amplific desvio (2ª onda)-Estratégica, Estrutural, Intergeracional-“Se você conhece as regras do sistema, você pode operá-lo de fora”

-Interdep.observador e objeto-Busca dos significados-Metáforas/linguagem família-Não diagnóstico- cliente especialista-T. não expert/ + 1 no sistema-Múltiplas verdades-Contexto, cultura-Conhecimento construído através linguagem

Construtivismo e Construcionismo SocialEpistemologia da Complexidade – Contextual, Relacional, Processual

T. Sistêmica ModernaCibernética 1ª Ordem

Praticas SistêmicasCibernética 2ª Ordem

Page 3: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

MODERNIDADEESTRUTURALISMOEPI STEMOLOGIA OBJ ETIVISTA

POS-MODERNIDADEEPISTEMOLOGIA CONSTRUTIVISTA

familiar social

dec 50 dec 60 dec 70 dec 80 dec 90 2000

- Cibernética, TGS, Interdisciplinaridade- Funcionamento e organização dos sistemas- Padrão de funcionamento da Família - Circularidade- Busca do inter-relacional- PI – porta voz da disfunção- Sintoma – mecanismo homeostático- Homeostase/correção desvio (1ª onda)- Homeodinâmica – amplificação do desvio (2ª onda)- Estratégica, Estrutural, Intergeracional- “Se você conhece as regras do sistema, você pode operá-lo de fora”

-Interdependência entre observador e objetoobservado-Busca dos significados-Metáforas/linguagem da família-Não diagnóstico- Cliente especialista-Terapeuta não expert/ mais 1 no sistema-Múltiplas verdades-Contexto, cultura-Conhecimento construído Através da linguagem

Construtivismo e ConstrucionismoSocialEpistemologia da Complexidade –Contextual, Relacional, Processual

Terapia Sistêmica ModernaCibernética 1ª Ordem

Praticas SistêmicasCibernética 2ª Ordem

Page 4: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

ESTRUTURALISMO E PÓS-ESTRUTURALISMO

Como vêem a identidade, o ser humano e o poder VISÃO ESTRUTURALISTA Busca classificar o indiv. em termos de

classes gerais ou tipos Conhecimento do expert é valorizado.

Experts tem o poder para definir a identidade das pessoas. Sabem mais do que ela mesma.

Fenômeno de superfície possui os indícios para a identidade profunda. Apenas os experts têm o poder para decodificá-lo.

Regras e Normas são valorizadas. Experts têm o poder para designar o

significado para as histórias de vida das pessoas, decodificando as fórmulas que estão sob suas estruturas

VISÃO PÓS-ESTRUTURALISTA Busca detalhes específicos na identidade

das pessoas. Conhecimento local é valorizado. Pessoas

têm o poder para se definirem baseadas em seu pp conhecimento dos detalhes da sua vida.

Fenômeno de superfície é tudo o que podemos saber. Cada um de nós tem o poder de interpretá-lo.

Exceções são valorizadas. Pessoas têm o poder para construir vidas

significativas através de histórias que elas interpretam, contam e relembram uns com os outros.

Page 5: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

OLHAR SISTÊMICO-CIBERNÉTICO NOVO PARADIGMÁTICO

FOCO NAS INTERAÇÕES, NOS PROCESSOS, NOS CONTEXTOS E NÃO NAS CAUSAS

Page 6: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

BASE CONSTRUTIVISTA

NÃO HÁ REALIDADE OBJETIVA E ÚNICA,

INDEPENDENTE DO OBSERVADOR - O PROBLEMA SÓ É PROBLEMA SE ASSIM SIGNIFICADO E PARA AQUELES QUE ASSIM O SIGNIFICAM

NÃO TEM UMA MANEIRA OU PADRÃO EM QUE A FAMÍLIA TENHA QUE FUNCIONAR (NÃO SE FALA EM TERMOS DE PATOLOGIA OU NORMALIDADE)

O PROFISSIONAL NÃO É O “EXPERT”/POSTURA DO NÃO SABER

Page 7: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

NÃO HÁ UMA IDENTIDADE BÁSICA, ESTÁVEL. NÃO HÁ UMA ESSÊNCIA OU PERSONALIDADE A SER DESCOBERTA. CADA FAMÍLIA É UMA FAMÍLIA

VISÃO PÓS-ESTRUTURALISTA

Page 8: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

INTERPRETAÇÃO COLABORATIVA / CO- CONSTRUÍDA NA RELAÇÃO ATRAVÉS DA LINGUAGEM

HERMENÊUTICA PÓS-MODERNA

Page 9: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

SOMOS SERES EM RELAÇÃO. NOSSA IDENTIDADE É CONSTRUÍDA SOCIALMENTE, ATRAVÉS DAS RELAÇÕES E EXPERIÊNCIAS QUE VIVEMOS. SOMOS PARTE DE UM SISTEMA DE RELAÇÕES, DE UM SISTEMA CULTURAL E DE PODER.

CONTRIBUIÇÕES DO CONSTRUCIONISMO SOCIAL

Page 10: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

CONTRIBUIÇÕES DO CONSTRUCIONISMO SOCIAL

PODER DE UMA PESSOA EM RELAÇÃO A OUTRA E PODER INTERNALIZADO (HISTÓRIAS CULTURAIS AMPLAS E DISCURSOS – NORMAS E REGRAS INTERNALIZADAS, DESIGUALDADES – RACISMO, CLASSISMO...)

Page 11: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

QUANDO UMA “FAMÍLIA” NOS PROCURA... COMO CADA UM VÊ O PROBLEMA (NARRATIVAS

DENTRO E AO REDOR DA FAMÍLIA) – VISÃO DE QUEM PARTICIPA DO PROBLEMA – HISTÓRIAS SATURADAS DE PROBLEMAS, “FECHADAS”.

COMO O PROBLEMA AFETA SUAS VIDAS E COMO SUAS VIDAS AFETAM O PROBLEMA.

QUE DISCURSOS CULTURAIS INTERNALIZADOS AJUDAM A MANTER O PROBLEMA

A VISÃO DE SI MESMOS (RECURSOS, CARACTERÍSTICAS, VALORES E CRENÇAS...) – RELACIONAMENTO COM A REDE SOCIAL

O CONTEXTO (FACILIDADES, DIFICULDADES, PRESSÕES, AJUDA)

AS EXCEÇÕES, OS RESULTADOS INÉDITOS, AS OUTRAS HISTÓRIAS, NOVOS ELEMENTOS E PERSPECTIVAS.

Page 12: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Quanto mais contextos (relacionais, políticos, econômicos, geracionais) pudermos incluir na construção de uma nova visão sobre o problema, maior a amplitude de possibilidades que teremos.

... as medidas e soluções lineares para os problemas não abarcaram sua complexidade... (Najmanovich in Dabas & Najmanovich, 1995).

O terrorismo, o tráfico de drogas, a violência são algumas de muitas questões para as quais não adianta medidas isoladas ou territoriais.

Page 13: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Quando um cliente chega... suas tentativas de solução não foram suficientemente boas e freqüentemente não foram amplas a ponto de abarcar a complexidade das relações que implicam na manutenção do problema ou da disputa.

É freqüente a sensação de incompetência frente o problema, sensação que pode ir além daquela dificuldade, refletindo também em outras relações.

Page 14: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Uma visão que amplia o foco, do indivíduo para a família e da família para a rede, tende a ser facilitadora... Ao mesmo tempo em que se separa o indivíduo do problema, conforme proposto por White (1991), considera as questões de poder na manutenção do mesmo, e, portanto possibilita maior abertura para a re-significação e apoio, dentro de parte das relações em que ele foi construído.

Page 15: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

O QUE QUEREM

O QUE SENTEM

COM QUEM CONTAM

NARRATIVAS GERADORAS DE

NOVAS POSSIBILIDADES

QUEM SÃO

Page 16: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

A família, o profissional que com ela trabalha, o sistema cultural em que estão inseridos, a herança familiar e cultural de ambos, suas redes significativas, são o contexto da construção sobre o problema. Aquelas pessoas se definem como tal e expressam de tal maneira seus problemas para alguém, que neste caso é o profissional. Esta narrativa construída naquele momento, no contexto (terapêutico, comunitário) e na conversação com aquela pessoa é única e está relacionada a todas estas influências.

Page 17: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Quando as narrativas do self (White, 1991; Grandesso2000) estão muito prejudicadas pelo problema, e as pessoas estão com uma visão de si mesmas muito negativa, sem força, é necessário ampliar o contexto e encontrar situações, relacionamentos ou parte deles, em que se sintam mais fortes e capazes.

Se a forma de enxergar a rede e suas possibilidades de apoio se encontram tão minadas quanto a visão de si mesma, o trabalho sistêmico deve partir da construção de possibilidades mais ricas, buscando menor sofrimento e limitação.

Page 18: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Individuo, Família, Rede Social e Crise Eu chamo de crise, o momento em que um grupo, família

e/ou indivíduo encontra-se numa situação de extrema dificuldade, não vê boas saídas, ou o que vê como saída não lhe parece possível; quando o que crê não serve para sair da dificuldade, e seus comportamentos também não. O que faz mantém os que estão à sua volta numa determinada posição (que pode ser de confronto, de afastamento ou de concordância com o seu dilema, por exemplo), e o posicionamento dos outros também o mantém na mesma posição (que pode ser de dúvida ou de sofrimento, entre outros aspectos).

Page 19: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

A família, ou determinado grupo de pessoas (a classe socioeconômica, a escola, os vizinhos) moldam suas experiências futuras de acordo com a forma que relatam ter vivido as situações e relações até então. A rede social compartilha relatos que validam uma pessoa ou família como problemática ou injustiçada, por exemplo, e se organiza de acordo com esse significado. É através dela que se dissemina uma ideologia dominante.

São verdades normalizadoras, que ao definirem tal situação como problemática e permanente, contribuem para a sua manutenção. A Rede muitas vezes se organiza em torno do problema e atende as suas exigências.

Page 20: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Pittman (1990), fala de crise como uma tensão que afeta o sistema, requerendo uma mudança que não faz parte de seu repertório usual.

Page 21: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Uma crise pode ser extremo sofrimento e dificuldade de aceitar a morte de um ente querido, desentendimentos conjugais mais intensos, freqüentes e aparentemente sem saída, abuso de álcool e de drogas, violência, divórcio e uma série de outras circunstâncias que abalam não só aquele que “tem” o problema, mas todos aqueles que o cercam, que sofrem, que não conseguem modificá-lo, que não sabem o que fazer; que afetam e que são afetados por ele.

Page 22: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Na prática sistêmica, considero de extrema relevância, saber em quais relações a pessoa se sente legítima e importante, tanto na participação como no próprio jeito de ser. É da maneira que gostaria de ser ali? Como se sente? Qual a rede em que se sente melhor? Pode ser o que é nesta rede? Pode decidir o que quer? Pertence a alguma rede em que pode ser diferente dos outros e pertencer ao mesmo tempo?

Page 23: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

*

Indivíduo, Família e Rede Social

O que uma pessoa pensa de si mesma, de sua dificuldade e da possibilidade de apoio dos que a cercam, faz parte de sua identidade, que é construída nestas relações. Ou seja, a construção de significados, se dá num contexto (socioeconômicocultural) e através da linguagem.

Marianne Feijó - Psicoterapeuta Familiar, Professora e Supervisora Clínica nos Cursos de Especialização em Terapia Familiar e de Casal e de Intervenções Sistêmicas do NUFAC/PUC-SP, UNIFESP e FAMERP. E.mail::[email protected]

Page 24: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Pertencer e ser diferente ao mesmo tempo é importante na sua relação com a rede. Portanto, escolher os próprios caminhos e ter a sua visão por ela validada, contribui tanto para o desenvolvimento pessoal, quanto para a afirmação da própria identidade, e certamente para a solução em relação ao problema.

Page 25: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

As Redes Sociais Parto das idéias de Sluzki (1997), que escreveu

sobre a rede social pessoal, ou a rede de pessoas que nos são significativas, “conjunto de seres com quem interagimos de maneira regular, com quem conversamos, com quem trocamos sinais que nos corporizam, que nos tornam reais”.(P.15).

Todos aqueles que em algum momento contribuíram para a formação de nossa identidade (Laing at al. 1996 in Sluzki, 1997), fazem parte de nossa rede. Tudo que falamos aos outros e dos outros, são também uma rede; uma rede de significados, que existe, mas cuja apreensão não é total.

Page 26: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

A Importância das Redes Sociais “Existe forte evidência de que uma rede social

pessoal estável, sensível, ativa e confiável protege a pessoa contra doenças, atua como agente de ajuda e encaminhamento, afeta a pertinência e a rapidez da utilização de serviços de saúde, acelera os processos de cura, e aumenta a sobrevida, ou seja, é geradora de saúde.”(Sluzki, 1997 P. 67)

No mesmo livro o autor defende que a rede afeta a saúde do indivíduo e que a doença do indivíduo também afeta sua rede.

Page 27: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

*

Indivíduo, Família e Rede Social

O que uma pessoa pensa de si mesma, de sua dificuldade e da possibilidade de apoio dos que a cercam, faz parte de sua identidade, que é construída nestas relações. Ou seja, a construção de significados, se dá num contexto (socioeconômicocultural) e através da linguagem.

Marianne Feijó - Psicoterapeuta Familiar, Professora e Supervisora Clínica nos Cursos de Especialização em Terapia Familiar e de Casal e de Intervenções Sistêmicas do NUFAC/PUC-SP, UNIFESP e FAMERP. E.mail::[email protected]

Page 28: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

... a rede enreda e sustenta; dela podem partir tanto as confirmações que legitimam o indivíduo como pertencente àquele sistema (função de apoio e de troca) como as pressões para que mude seu comportamento (funções de regulação social). E é justamente neste processo que o indivíduo pode “estacionar” (por não se sentir legítimo, digno de participação).

Page 29: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Pertencer e ser diferente ao mesmo tempo é importante na sua relação com a rede. Portanto, escolher os próprios caminhos e ter a sua visão por ela validada, contribui tanto para o desenvolvimento pessoal, quanto para a afirmação da própria identidade, e certamente para a solução em relação ao problema.

Page 30: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

A família, o profissional que com ela trabalha, o sistema cultural em que estão inseridos, a herança familiar e cultural de ambos, suas redes significativas, são o contexto da construção sobre o problema. Aquelas pessoas se definem como tal e expressam de tal maneira seus problemas para alguém, que neste caso é o profissional. Esta narrativa construída naquele momento, no contexto (terapêutico, comunitário) e na conversação com aquela pessoa é única e está relacionada a todas estas influências.

Page 31: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

A família, ou determinado grupo de pessoas (a classe socioeconômica, a escola, os vizinhos) moldam suas experiências futuras de acordo com a forma que relatam ter vivido as situações e relações até então. A rede social compartilha relatos que validam uma pessoa ou família como problemática ou injustiçada, por exemplo, e se organiza de acordo com esse significado. É através dela que se dissemina uma ideologia dominante.

São verdades normalizadoras, que ao definirem tal situação como problemática e permanente, contribuem para a sua manutenção. A Rede muitas vezes se organiza em torno do problema e atende as suas exigências.

Page 32: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Quando as narrativas do self (White, 1991; Grandesso2000) estão muito prejudicadas pelo problema, e as pessoas estão com uma visão de si mesmas muito negativa, sem força, é necessário ampliar o contexto e encontrar situações, relacionamentos ou parte deles, em que se sintam mais fortes e capazes.

Se a forma de enxergar a rede e suas possibilidades de apoio se encontram tão minadas quanto a visão de si mesma, o trabalho sistêmico deve partir da construção de possibilidades mais ricas, buscando menor sofrimento e limitação.

Page 33: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

As Redes Sociais Parto das idéias de Sluzki (1997), que escreveu

sobre a rede social pessoal, ou a rede de pessoas que nos são significativas, “conjunto de seres com quem interagimos de maneira regular, com quem conversamos, com quem trocamos sinais que nos corporizam, que nos tornam reais”.(P.15).

Todos aqueles que em algum momento contribuíram para a formação de nossa identidade (Laing at al. 1996 in Sluzki, 1997), fazem parte de nossa rede. Tudo que falamos aos outros e dos outros, são também uma rede; uma rede de significados, que existe, mas cuja apreensão não é total.

Page 34: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Características da Rede

Sluzki (1997) estudou as características estruturais da rede, e dentre elas relacionou: tamanho – número de pessoas que compõe a rede; densidade - a conexão entre as pessoas (quem se conhece, se encontra e troca informações); composição – se a rede é composta por familiares, amigos, conhecidos ou se é mais heterogênea neste sentido); dispersão – se refere à distância geográfica, à facilidade de acesso à rede; homogeneidade ou heterogeneidade – no que diz respeito à demografia, as diferenças sócio-culturais, de idade, de sexo, de cultura e de nível sócioeconômico dos membros.

Page 35: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Funções da Rede

Sobre as funções da rede, Sluzki relacionou: companhia social – estar junto, conversar, passear; apoio emocional – compreensão e apoio; Guia cognitivo e de conselhos – expectativas, modelos e papéis; regulação (ou controle) social – reafirmação de responsabilidades e papéis e adequação do comportamento às expectativas sociais; ajuda material e de serviços – colaboração, ajuda financeira, atendimentos e atuação de agentes de saúde.

Page 36: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

O Apoio da rede no momento de dificuldade

No momento em que os indivíduos e famílias estão em crise e portanto necessitam das suas redes pessoais, o relacionamento com estas também é afetado por estas mesmas dificuldades. Além disso, a rede tem suas dicotomias e oscila entre a função de apoio e regulação social (Sluzki, 1997), quando há um distanciamento dos padrões de comportamento socialmente esperados.

Page 37: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Indivíduo História de vida, Idade, Relações atuais e anteriores/narrativas sobre a rede

Auto-estima/história fracasso e sucesso. Legado intergeracional. Pedido de ajuda – explícito/implícito/ausente Dificuldade ou crise Morte, divórcio, doença, abuso de substâncias químicas, violência Visão que ele (s) têm da crise, Fases da crise Contexto Social Rede que pertence/recursos/características da rede Religião/País/Cultura Condição sócio-econômica Visão que a rede tem sobre o problema Visão que ele (s) acham que a rede tem Relacionamento com a rede

+ APOIO- APOIO+ PROXIMIDADE- PROXIMIDADE

Page 38: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Quando há uma confluência de fatores positivos: pedido de ajuda, crédito no potencial de apoio da rede, boa visão de si mesmo (auto-estima), rede qualitativa e quantitativamente satisfatória, disponibilidade da rede, empatia, compatibilidade de visão entre a rede e quem pede ajuda sobre o que fazer e como apoiar, disponibilidade de recursos e de força contra eventuais pressões contrárias (políticas, econômicas, religiosas, sociais), o processo parece ser mais fácil.

Page 39: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Porém, há momentos em que a crença e a confiança neste potencial de ajuda da rede parece se romper. Como isto acontece? Competição? Diferenças de visão sobre o problema ou eventuais soluções? Mudança de rota? Mistura de sentimentos e de necessidade entre a rede e quem pede ajuda?

Em geral, quem passa por um momento difícil, sente que em alguma instância sua possibilidade de escolha está limitada, que não tem alternativas (pelo menos em relação ao problema, quando não em relação à vida). Se mais uma vez, lhe é imposto um caminho ou condição, esta sensação se reforça.

Se quem pede ajuda, ainda está muito inseguro ou pouco diferenciado em relação aos próprios valores, pode se perder no caminho. Fica vulnerável aos palpites e induções de quem o ajuda e mais tarde, caso reflita, questione e volte atrás, precisa contar com a flexibilidade do outro. O contrário pode acontecer quando quem pede ajuda tem valores muito parecidos com quem oferece ajuda; se o conselho parte de padrões sociais e religiosos únicos compartilhados por ambas as partes pode ser mais fácil chegar a uma saída.

Page 40: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Por isso a espiritualidade e a religiosidade são fatores de resiliência e de aumento na possibilidade de apoio da rede (Bruscagin, 2004).

Algumas crises ou questões são mais difíceis, como por exemplo doenças graves, o abuso de substâncias químicas e a violência. A violência no Brasil, além de toda a gravidade quando apresentada no âmbito doméstico, tem sérias implicações sociais e estruturais que a mantém, como pouca estrutura de apoio e de proteção aos envolvidos. Isso tudo também deve ser considerado na dificuldade de apoio da rede: as condições estruturais, políticas e sociais, além das especificidades do problema.

Page 41: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

O quadro a seguir mostra os fatores que podem facilitar o processo de apoio no momento da crise ou servir de contexto para a dificuldade, segundo a minha prática clínica e as pesquisas anteriormente realizadas. Os fatores que ora podem facilitar o processo de ajuda e de saída da crise em outros casos ou circunstâncias podem dificultar como abordo mais detalhadamente e profundamente na dissertação de mestrado que é a base para este artigo (Feijó, 2002).

Page 42: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

DIFERENCIAÇÃO De quem ajuda e de quem é ajudado

CAPACIDADE DE PEDIR AJUDA Coragem para se expor, sem prender-se a auto-imagem, a sensação de dívida e a vergonha

CONFIANÇA NAS PESSOAS De uma maneira geral e principalmente naquela(s) com a qual busca apoio.

VISÃO CLARA E AMPLA SOBRE O PROBLEMA E SEU CONTEXTO

Clareza em relação ao problema, às próprias necessidades e de quem está ao seu redor.

LEGADOS FAMILIARES “POSITIVOS” SOBRE AS RELACÕES COM A REDE(APROPRIAÇÃO DO LEGADO)

Histórico de boas amizades, união familiar, experiência de independência com apoio dos demais

BOA VISÃO DE SI MESMO

Segurança, assertividade, sensação de ser competente (pelo menos em relação a outro assunto

ou contexto), clareza dos próprios valores

CONDIÇÕES FINANCEIRAS Disponibilidade de recursos materiaisFalta de recursos (em algumas circunstâncias gera iniciativa, criatividade, proximidade e menos compensação material por dificuldades emocionais)

VISÃO PRECONCEITUOSA OU LIMITADA DAS DUAS PARTES

Padrões sociais e/ou religiosos únicos (quando ambas as partes entendem algo como certo/ concordam com uma solução aumenta a

possibilidade de apoio)

Page 43: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Ex pai de classe média-alta, que através de manobras financeiras tira da cadeia um filho que foi detido por porte de drogas/assalto à mão armada, realizado para adquirir as mesmas. A ajuda material neste caso pode até ser vista pelo filho como um grande apoio na medida em que assegura sua integridade física. Mas será que em relação a drogadicção é uma ajuda suficiente ou boa? Que outros recursos este relacionamento pai-filho dispõe para o processo de recuperação? A distância ou proximidade entre eles não seria um ponto a reavaliar? Não poderia ser esta atitude a repetição de um padrão relacional que reforça o comportamento transgressor ou o vício?

As marcas da pobreza aparecem muitas vezes como uma dificuldade de socialização ou de entrada em redes novas. Insegurança, sentimentos de rejeição e de menos valia são freqüentes.

Page 44: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Considerações Finais

A problemática em torno da qual se dá a crise e/ou a disputa, os envolvidos e suas relações, as características da rede naquele momento e em momentos posteriores, os recursos disponíveis, as condições de quem pede ajuda, os aspectos socioeconômicoculturais são parte da crise/disputa.

Concluí que a construção da visão sobre as relações sociais, sejam elas de parentesco, de amizade ou outras formas de relacionar-se, está fortemente ligada às dificuldades e facilidades de superação de uma crise. Quando falo em relação, incluo a visão que cada uma das partes tem sobre a outra, as expectativas, a visão de si mesmos, a cultura, o padrão relacional.

Page 45: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Portanto as narrativas sobre si mesmo, que são construídas em relação, influenciam e são influenciadas pela maneira como foi e como é vivida a relação com a rede, e possibilitam maior ou menor potencial de apoio da mesma. Quanto mais a visão de si mesmo estiver marcada por experiências de apoio, de troca e de validação, maior tenderá a ser a abertura em relação à rede. E quanto mais positiva e fortalecida for esta visão de si mesmo, maior facilidade terá esta pessoa de estabelecer relações ricas e nutrientes dentro da rede, sem que estas necessariamente limitem suas escolhas. Isto sugere um círculo positivo de estímulos, que se por algum motivo for quebrado (uma decepção ou uma dificuldade), tende a ser retomado com maior ou com menor facilidade, dentro da mesma rede de relações ou através de uma nova rede, conforme diversos aspectos, inclusive e principalmente o histórico de relações anteriores, a confiança nas pessoas e a visão de si mesma.

Page 46: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

A auto-imagem e a auto-estima no momento do problema, são aspectos fundamentais, que possibilitam maior ou menor capacidade de pedir ajuda e de expor suas dificuldades. Se aquela pessoa, acredita ser competente em outros aspectos de sua vida, se teve bons relacionamentos e bons exemplos de apoio da rede, maior abertura e afirmação em relação a rede poderá demonstrar.

Quando a visão sobre o problema e sobre as próprias necessidades e valores é pouco clara, há falta de confiança nas pessoas e uma visão de si mesmo negativa ou frágil, se torna mais difícil a busca da rede.

Page 47: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

No meu entender, uma das funções mais importantes do trabalho sistêmico é possibilitar a reflexão sobre o relacionamento com as redes significativas e principalmente avaliar o potencial de apoio que cada uma tem, repensando a relação com elas, no sentido de alcançar o apoio esperado ou necessário. No momento da crise ou da dificuldade, é avaliar as necessidades trazidas pelos clientes, dentro de um contexto de relações, através das quais eles sentem-se mais ou menos qualificados e autônomos, e sua possibilidade de maior ou menor apoio e desenvolvimento.

Trabalhar a visão de si mesmo e a auto-estima de quem pede ajuda, revendo suas necessidades e valores, tanto quanto sua visão sobre o problema, para a partir daí fortalecer seu posicionamento e buscar a parte da rede com a qual sente-se mais à vontade, forte e protegido para alcançar determinado apoio.

Page 48: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

Bibliografia ANDERSON H. & GOOLISHIAN, H. O Cliente é o especialista: a

abordagem terapêutica do não saber in Mc Namee, S, & Gergen, K. – Terapia como construção social, Artes Médicas, Porto Alegre, 1996.

___________ Human systems as linguistic systems: preliminary and involving ideas about the implications for clinical theory. Family Process,27: 371-393, 1988

BOWEN, M. De la família al individuo – la diferenciación del sí mismo en el sistema familiar. Barcelona, Paidós, 1991.

BRUSCAGIN, C. Família e Religião in Cerveny, C. (org) Família e...Comunicação, Divórcio, Mudança, Resiliência, Deficiência, Lei, Bioética, Doença, Religião e Drogradição, São Paulo, Casa do Psicólogo, 2004.

CAPRA, F. O Ponto de Mutação.São Paulo, Cultrix, 1982. CERVENY, C. A Família como modelo. Campinas, Editorial Psy II,

1994. COMBS, G. FREEDMAN, J. – Narrative Therapy: The social

construction of preferred realities. W.W. Norton & Company: New York, 1996.

Page 49: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

DABAS, E. Red de redes – las prácticas de la intervención en redes sociales. Buenos Aires, Paidos, 1993

DABAS, E. & NAJMANOVICH, D., Redes. El lenguage de los vínculos – hacia la reconstrucción y el fortalecimiento de la sociedad civil, Buenos Aires, Paidós, 1995.

FEIJÓ, M. Rede que enreda ou rede que sustenta, um estudo sobre a importância da rede social no trabalho terapêutico com famílias. Monografia apresentada para conclusão do curso de Especialização em Terapia de Casal e Família, no Núcleo de Família e Comunidade, PUC-SP, 1997.

FEIJÓ, M. Roupa suja só se lava em casa? A importância da rede social no trabalho psicoterapêutico. Dissertação de Mestrado, São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2002.

FEIJÓ, M. & MACEDO, R. Gênero, Cultura e Rede Social – A construção social da desigualdade através da linguagem. Trabalho apresentado no Congresso Internacional Valores Universais e o Futuro da Sociedade, International Sociological Asociation, São Paulo, 17-19 novembro de 2001.

Page 50: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

FEIJÓ, M. & MARRA,C. Mapa das Redes Culturais: um instrumento para o trabalho com famílias em contexto de migração. Família e Comunidade vol. 1 n.2 p. São Paulo, 2005.

Feijó, M. Família e Rede Social in Cerveny, C. (org) Família e...Comunicação, Divórcio, Mudança, Resiliência, Deficiência, Lei, Bioética, Doença, Religião e Drogradição, São Paulo, Casa do Psicólogo, 2004.

GRANDESSO, M. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da Prática Clínica, São Paulo, Casa do Psicólogo, 2000.

LAING, R. D., PHILLIPSON, H., LEE, A.,1996 in SLUZKI, C. A rede social na prática sistêmica. São Paulo, Casa do Psicólogo,1997.

MACEDO, R. (1994) A Família do ponto de vista psicológico: lugar seguro para crescer? Caderno de Pesquisas n.91 p.62-68 São Paulo

NAJMANOVICH, D. El Lenguage de los Vínculos. De la idependencia absoluta a la autonomía relativa in Dabas, E. & Najmanovich, D., Redes. El lenguage de los vínculos – hacia la reconstrucción y el fortalecimiento de la sociedad civil, Buenos Aires, Paidós, 1995.

PITTMAN, F. Momentos decisivos. Tratamiento de familias en situaciones de crisis, Buenos Aires, Paidós, 1990.

Page 51: PRÁTICAS SISTÊMICAS COM FAMÍLIAS com base construtivista Marianne Feijó PUC-SP/NUFAC FAMERP UNIFESP

SLUZKI, C. A rede social na prática sistêmica. São Paulo, Casa do Psicólogo,1997.

__________ Disrupción de la red y reconstrucción de la red en el proceso de migración, Revista Sistemas Familiares, Ano 6, Nº 2 , Buenos Aires, 1990.

SOUZA, M. Família e Resiliência in Cerveny, C. (org) Família e...Comunicação, Divórcio, Mudança, Resiliência, Deficiência, Lei, Bioética, Doença, Religião e Drogradição, São Paulo, Casa do Psicólogo, 2004.

WHITE, M. & Epston, D. Medios narrativos para fines terapéuticos. Barcelona, Paidós, 1993.

WHITE, M. Deconstruccion and therapy. Dulwich Centre

Newsletter, 3:21-40, 1991