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Pós-Graduação em Administração Pública Nelson Andrade Faculdade Integrada do Ceará - FIC Pós-Graduação em Pós-Graduação em Administração Pública Administração Pública Disciplina: Disciplina: A Lei de Responsabilidade A Lei de Responsabilidade Fiscal Fiscal Professor: Professor: Nelson Andrade Nelson Andrade Analista de Controle Externo do Tribunal de Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará Contas dos Municípios do Estado do Ceará

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A Execução Orçamentária à Luz da LRFPós-Graduação em Administração Pública
Professor:
Nelson Andrade
Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará
Pós-Graduação em Administração Pública
Faculdade Integrada do Ceará - FIC
“O Orçamento Nacional deve ser Equilibrado. As Dívidas Públicas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.”
Marcus Tullius Cícero
Roma, 55 a.c.
Finanças Públicas
É toda ação do Estado tendente a satisfazer às necessidades coletivas e cuja conseqüência é o estudo da conveniência e oportunidade de adequar as ações a serem desenvolvidas para o atendimento de tais necessidades (Alexandre, 2003).
Pós-Graduação em Administração Pública
Finanças Públicas
É o complexo de ações e problemas que integram o processo de arrecadação e execução de despesas pelo governo e a gestão do patrimônio público.
Pós-Graduação em Administração Pública
Finanças Públicas
TEORIA CLÁSSICA: A atividade do estado deve limitar-se ao estritamente necessário, como defesa, justiça, diplomacia e obras públicas. As funções públicas eram consideradas um mal necessário.
TEORIA MODERNA: Das finanças funcionais, do estado intervencionista, influenciando o processo de formação e distribuição de riquezas.
Pós-Graduação em Administração Pública
Finanças Públicas
NO ESTADO MODERNO: Não visam somente um meio de assegurar a cobertura para as despesas do governo, mas, também, fundamentalmente, um meio de intervir na economia, de exercer pressão sobre a estrutura produtiva e de modificar regras da distribuição de renda.
Finanças públicas, de simples provedora, passaram a confundir-se com a nova finalidade do estado que é a de estabelecer um equilíbrio geral das estruturas institucionais (jurídica, política, moral e religiosa).
Finanças públicas envolvem toda a ação do estado para a satisfação das necessidades coletivas.
Pós-Graduação em Administração Pública
Finanças Públicas
Finanças Positivas: referem-se ao estudo que trata as finanças públicas dentro da teoria da realidade, observando e explicando as uniformidades do comportamento do Estado.
Finanças Normativas: dizem respeito ao estudo das regras e normas a que o Estado deve subordinar-se para melhor atingir seus fins.
Pós-Graduação em Administração Pública
Responsabilidade na Gestão Fiscal
Limitação da dívida pública a nível prudente;
Preservação do patrimônio público;
Ênfase nos controles.
Abrangência
Poder Executivo
Poder Judiciário
Ministério Público
Pós-Graduação em Administração Pública
Receita Corrente Líquida
incluídas aquelas com destinação específica, tais como a complementação do FUNDEF
Deduzir
Contribuições patronais e dos servidores ao sistema de previdência próprio
Transferência da previdência geral para o sistema de previdência próprio
Despesas de transferências do FUNDEF e LC 87/96 (Lei Kandir)
Duplicidades de contabilização
Instrumentos de Planejamento
Lei do Plano Plurianual
Lei de Diretrizes Orçamentárias
Lei de Orçamento Anual
Elaboradas com a participação popular e audiências públicas (Art. 48, parágrafo único, da LRF)
Pós-Graduação em Administração Pública
 
Pós-Graduação em Administração Pública
Plano Plurianual
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para:
Despesas de capital
Programas de duração continuada
A LOA não conterá investimento com duração superior a um exercício sem a previsão no PPA (Art. 5º, § 5º da LRF)
Pós-Graduação em Administração Pública
Lei de Diretrizes Orçamentárias
Estabelecer metas e prioridades
Alterações na legislação tributária
Políticas de financiamento público
Elaborada com a participação popular e audiências públicas (Art. 48, parágrafo único, da LRF)
Pós-Graduação em Administração Pública
Lei de Diretrizes Orçamentárias
Dispositivos acrescentados pela LRF:
Anexo de Metas Fiscais
Anexo de Riscos Fiscais
Pós-Graduação em Administração Pública
Anexo de Metas Fiscais:
Receitas e Despesas
Evolução Patrimônio Líquido
Expansão e Compensação das D.O.C.C.
Lei de Diretrizes Orçamentárias
Pós-Graduação em Administração Pública
LDO
Faculdade Integrada do Ceará - FIC
RESULTADO PRIMÁRIO: indica se os gastos orçamentários são compatíveis com a arrecadação
RESULTADO PRIMÁRIO =
integralizado,
Faculdade Integrada do Ceará - FIC
RESULTADO PRIMÁRIO: Indica se o ente está contribuindo para redução ou elevação do seu endividamento
META DE
RESULTADO PRIMÁRIO
Anexo de Riscos Fiscais:
RESERVA DE CONTINGÊNCIA: Fonte de recurso para anulação visando a abertura de créditos adicionais destinados a passivos contingentes e riscos fiscais
Passivos contingentes, e
ORÇAMENTO
É a própria essência do gasto público e as finanças bem controladas asseguram as condições para o cumprimento dos compromissos assumidos.
Tem um papel importantíssimo na Contabilidade Pública, pois tudo se origina dele.
Pós-Graduação em Administração Pública
Lei Orçamentária Anual
Além da Lei de Responsabilidade Fiscal, a elaboração e a execução dos orçamentos estão regulamentas nos seguintes instrumentos legais:
na Constituição Federal de 1988, artigos 165 e 169;
na Lei Federal 4.320, de 17 de março de 1964.
Pós-Graduação em Administração Pública
ORÇAMENTO
O crescimento econômico;
Previsão da receita próxima da realidade;
Fixação das despesas dentro das condições de atendimento dos serviços.
Pós-Graduação em Administração Pública
ORÇAMENTO
Propostas de planos de trabalho selecionadas junto a comunidade e devidamente discutidas com os Poderes Executivo e Legislativo.
Pré-requisitos primordiais para um planejamento orçamentário exeqüível:
Pós-Graduação em Administração Pública
Inovações da LRF:
Demonstração da compatibilidade com o Anexo de Metas Fiscais da LDO
Demonstração das medidas de compensação a renuncias de receitas e aumento das DOCC (complementando § 6º art.165, CF)
Novos projetos somente se atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio
Reserva de contingência, para passivos contingentes e outros riscos fiscais
Lei Orçamentária Anual
Lei Orçamentária Anual
A nova discriminação da despesa por funções e subfunções da Portaria nº 42, de 14.04.99, da STN
A Portaria Interministerial nº 163, de 04.05.01, da STN que define:
Normas para consolidação das contas públicas
Classificação
Modalidades de aplicação
Elementos de Despesa
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Segundo Osvaldo Maldonado Sanches:
Conjunto de proposições orientadoras que balizam os processos e as práticas orçamentárias, com vistas a dar-lhe estabilidade e consistência, sobretudo no que se refere à sua transparência e ao seu controle pelo Poder Legislativo e pelas demais instituições da sociedade.
Dicionário de Orçamento, Planejamento e Áreas Afins. Brasília: Prisma, 1997.
Pós-Graduação em Administração Pública
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
É o ato de selecionar objetivos que se pretende alcançar
Princípio da Universalidade
Implica na universalização das Receitas e Despesas no Orçamento (Todas as receitas devem constar na LOA)
Princípio da Anualidade
Vigência limitada a um período anual, o exercício financeiro coincide com o ano civil.
Princípio da Clareza
Pós-Graduação em Administração Pública
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Princípio da Unidade Orçamentária
Estabelece que todas as receitas e despesas devem estar contidas em uma só lei orçamentária,
Princípio da Exclusividade
Significa que a lei de orçamento não poderá conter dispositivo estranho à previsão de receitas e fixação de despesas.
Princípio do Equilíbrio
Pós-Graduação em Administração Pública
ETAPA PRELIMINAR
ETAPA INTERMEDIÁRIA
eventuais revisões;
respectiva LDO.
ETAPA FINAL
compõem o Projeto de Lei;
Elaboração da Mensagem e do texto do Projeto
de Lei e seus anexos;
Encaminhamento ao Legislativo.
CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
(PORTARIAS DA SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL - STN)
Pós-Graduação em Administração Pública
10.01
Exemplo 1:
Classificação Institucional (Local)
15.01 – Gabinete do Secretário
Pós-Graduação em Administração Pública
Classificação Funcional (Portaria 42)
Funções: 12 – Educação
Projeto/Atividade/Operações Especiais: Transporte
Classificação Funcional
Programa: Instrumento da ação Governamental que expressa a concretização dos objetivos pretendidos, mensurados por indicadores estabelecidos no PPA.
Pós-Graduação em Administração Pública
Classificação Funcional
Definições:
Projeto: instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolve ações limitadas no tempo.
Atividade: instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolve ações contínuas.
Operações Especiais: não contribuem para a manutenção das ações do governo, não resulta em produto e não gera contraprestação direta de bens ou serviços
Pós-Graduação em Administração Pública
1702.08.243.0091.105
Programa: Ressocialização de Jovens em Situação de Risco
Projeto
Classif.
Instit.
Faculdade Integrada do Ceará - FIC
REGIME CONTÁBIL ADOTADO NO BRASIL
“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil”. (Lei nº 4.320/64)
Pós-Graduação em Administração Pública
“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadas; e
II – as despesas nele legalmente empenhadas”. (Lei nº 4.320/64)
Pós-Graduação em Administração Pública
Conceitos:
Exercício financeiro: É o período de tempo durante o qual se exercem todas as atividades administrativas e financeiras relativas à execução do orçamento. (Lei nº 4.320/64)
Pós-Graduação em Administração Pública
Conceitos:
Regime de Caixa: É aquele em que a receita é reconhecida no período em que é arrecadada e a despesa no período em que é paga;
Regime de Competência: É aquele em que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios de acordo com a real incorrência, ou seja, de acordo com a data do fato gerador, e não quando são recebidas ou pagas em dinheiro.
Pós-Graduação em Administração Pública
RECEITA PÚBLICA
São todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidos pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas.
Pós-Graduação em Administração Pública
Classificação da Receita Pública:
Orçamentária: Corresponde à arrecadação de recursos financeiros autorizados pela Lei Orçamentária e que serão aplicados na realização das despesas públicas.
Extra-orçamentária: São os ingressos financeiros temporários, portanto, sujeitos à devolução, por pertencerem à terceiros. Nesse caso, o Estado atua como mero depositário.
Quanto à Natureza:
Classificação da Receita Pública:
Originária ou de economia privada: Proveniente de bens pertencentes ao Estado, ou seja, é a receita decorrente de preço cobrado pela atuação estatal em atividades privadas, tais como: fornecimento de água, venda de petróleo, projetos de agricultura.
Derivada ou de economia pública: Decorre do exercício da competência ou do poder de tributar os rendimentos ou o patrimônio da coletividade.
Quanto à Coercitividade:
Classificação da Receita Pública:
Ordinárias: São as receitas que tem a característica de continuidade, representando ingressos permanentes e estáveis dos cofres públicos.
Extraordinárias: São as receitas com ingresso de caráter transitório, inconstante, e, por vezes, excepcional.
Quanto à Regularidade:
Estágios:
Previsão
Lançamento
Arrecadação
Recolhimento
Faculdade Integrada do Ceará - FIC
Da Previsão e da Arrecadação
        Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.
        Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos. (LRF)
RECEITA PÚBLICA
Exigência de instituir, prever e arrecadar todos os tributos
Demonstrativo da evolução nos 3 exercícios anteriores e os 2 seguintes
metodologia de cálculo e premissas
Estudos e estimativas das receitas para o exercício seguinte, com memória de cálculo
Executivo envia para outros Poderes e MP
As receitas previstas serão desdobradas em metas bimestrais
Pós-Graduação em Administração Pública
Da Renúncia de Receita
        Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: (LRF)
RECEITA PÚBLICA
Faculdade Integrada do Ceará - FIC
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
        II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
RECEITA PÚBLICA
Renúncia de Receita
Anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, isenção não geral, alteração de alíquota ou modificação da base de cálculo
Demonstrar a estimativa do impacto orçamentário-financeiro para 3 exercícios e:
Estar prevista na estimativa de receita (LOA) e não afetar as metas fiscais, ou
Adotar medidas de compensação
Pós-Graduação em Administração Pública
RECEITA PÚBLICA
CORRENTE: ingressos oriundos das atividades operacionais para aplicação em despesas correntes.
CAPITAL: são obtenções de recursos através da constituição de dívidas, amortização de empréstimos e financiamentos e alienação de bens públicos, bem como as transferências para aplicação em despesas de capital.
Pós-Graduação em Administração Pública
Classificação Econômica da Receita
Representada por oito dígitos:
Classificação Econômica da Receita
Representada por oito dígitos:
2100.00.00 – Operações de Crédito
2200.00.00 – Alienação de Bens
2300.00.00 – Amortização de Empréstimos
2400.00.00 – Transferências de Capital
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
Classificação Econômica da Receita
1112.02.00
Alínea
IPTU
DESPESA PÚBLICA
Gastos fixados na lei orçamentária ou em leis especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais; à satisfação dos compromissos da dívida pública; ou ainda à restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de cauções, depósitos, consignações etc.
Pós-Graduação em Administração Pública
Estágios:
Fixação
Licitação
Empenho
Liquidação
Classificação Econômica da Despesa
Outras Despesas Correntes
Despesas de Capital
Classificação Econômica da Despesa
Pós-Graduação em Administração Pública
Classificação Econômica da Despesa
2
Atividade
042
3.3.90.30.00
Outras Despesas Corrente
Pós-Graduação em Administração Pública
ELABORAÇÃO DA LOA
Execução Orçamentária e Cumprimento das Metas
Programação financeira e cronograma de execução mensal de desembolso
30 dias após a publicação do orçamento
Conforme a LDO (metas e prioridades)
Desdobramento das receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação
Limitação de empenho e movimentação financeira
Acompanhamento bimestral
Critérios previstos na LDO
Pós-Graduação em Administração Pública
Limitação de Empenho
Metas Bimestrais não sendo alcançadas (receita menor que a previsão):
Os Poderes e órgãos promoverão por ato próprio e nos montantes necessários, nos 30 dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo critérios fixados na LDO.
O Poder executivo no final de fevereiro, maio e setembro demonstrará e avaliará o cumprimento das metas, em AUDIÊNCIA PÚBLICA na Comissão própria da Câmara.
Pós-Graduação em Administração Pública
Limitação de Empenho (STF)
ADIN nº 2.238 – DF
O Tribunal (STF) deferiu o pedido de medida cautelar para suspender, até decisão final, a eficácia do § 3º do art. 9º da citada LC. O Tribunal, à primeira vista, considerou relevante a argüição de inconstitucionalidade quanto ao § 3º do art. 9º da Lei impugnada, dado que tal dispositivo viabiliza uma interferência do Executivo em domínio constitucionalmente reservado à atuação autônoma dos poderes Legislativo e Judiciário.
Pós-Graduação em Administração Pública
Período de apuração:
Condição: receita não comportar o cumprimento do resultado primário ou nominal
Prazo para limitação: 30 dias
Critério: a ser definido na LDO
Exceções: obrigações constitucionais, legais,
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Obrigatórias
ação governamental (art.16)
Art. 15. Considera irregular (pena de nulidade) a geração de despesas que não atendam arts. 16 e 17.
Geração de novas despesas
Pós-Graduação em Administração Pública
Geração de despesas
Criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa
Deverá apresentar:
Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício e nos 2 seguintes, com metodologia de cálculo
Declaração de compatibilidade com o PPA, LDO e LOA
Demonstrar a origem dos recursos
*
Geração da Despesa
*
Despesas com Pessoal
Contratação por tempo determinado (IX, art 37 da CF)
Terceirização de mão-de-obra:
Atividade-fim, indelegável e permanente
Pós-Graduação em Administração Pública
Despesas com Pessoal
Decisão judicial da competência de período anterior ao da apuração
Inativos (pagos pelo regime próprio)
Limites do Executivo na esfera municipal:
Limite de Alerta: 90% do máximo = 48,6% da RCL
Limite Prudencial: 95% do máximo = 51,3% da RCL
Limite Máximo: 54% da RCL
Pós-Graduação em Administração Pública
Despesas com Pessoal
PODERES
UNIÃO
ESTADOS
MUNICÍPIOS
· EXECUTIVO
· LEGISLATIVO
· JUDICIÁRIO
Período de apuração
Últimos 12 meses
Momento da apuração
Despesas com Pessoal
Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração
Criação de cargo, emprego ou função
Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa
Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal
Contratação de hora extra
Pós-Graduação em Administração Pública
Faculdade Integrada do Ceará - FIC
O percentual excedente terá que ser eliminado em 2 quadrimestres, sendo 1/3 no primeiro
Se não alcançada a redução no prazo, o ente não poderá:
receber transferências voluntárias
obter garantia direta ou indireta
contratar operações de crédito, exceto para refinanciamento da dívida e reduzir despesas de pessoal
Despesas com Pessoal
Transferências Voluntárias
Entrega de recursos que não decorra de determinação constitucional ou legal, e os destinados ao SUS
Convênio para transporte escolar
FUNDEB
Suspensão de transferências voluntárias não abrange as ações de educação, saúde e assistência social
Pós-Graduação em Administração Pública
Só poderá receber transferências voluntárias o ente que:
Estiver em dia com o pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos
Cumprir os limites constitucionais de educação e saúde
Obedecer os limites da LRF
Ter previsão orçamentária de contrapartida
Transferências Voluntárias
Recursos Públicos para o Setor Privado
Destinar recursos para pessoas físicas ou jurídicas somente com autorização legal e de acordo com a LDO e previsão no orçamento
Vale para toda a administração indireta
Os empréstimos, financiamentos, concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital estão enquadrados na mesma regra
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
São autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei do orçamento (Art. 40, Lei nº 4.320/64).
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Classificam-se em:
(Incisos I, II e III, Art. 41, Lei nº 4.320/64).
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Suplementares: São os destinados a reforçar as dotações orçamentárias que se tornaram insuficientes durante a execução do orçamento e objetivam a correção de erros de orçamentação (Inciso I, Art. 41, Lei nº 4.320/64).
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Especiais: São os destinados a atender despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, em razão de erro de planejamento (Inciso II, Art. 41, Lei nº 4.320/64).
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Extraordinários: São os destinados ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, tais como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública (Inciso III, Art. 41, Lei nº 4.320/64).
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Todos os créditos adicionais são abertos por decreto do Poder Executivo. No entanto, os créditos especiais e suplementares dependem de prévia autorização legislativa e de indicação dos recursos disponíveis que compensarão a abertura dos respectivos créditos (Art. 42, Lei nº 4.320/64).
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Operações de Crédito Autorizadas
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Superávit Financeiro: É a diferença positiva apurada entre o ativo e o passivo financeiro do Balanço Patrimonial do exercício anterior.
(Inciso I, § 1º, Art. 43, Lei nº 4.320/64).
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Excesso de Arrecadação: É o saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se ainda a possibilidade de arrecadação efetiva.
(Inciso II, § 1º, Art. 43, Lei nº 4.320/64).
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Anulação Parcial ou Total de Dotaçâo: É o recurso mais utilizado para abertura de créditos adicionais. Consiste na transferência do saldo de uma dotação que não é mais necessária para outra que é necessária
(Inciso III, § 1º, Art. 43, Lei nº 4.320/64).
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Operações de Crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las
(Inciso IV, § 1º, Art. 43, Lei nº 4.320/64).
Pós-Graduação em Administração Pública
CRÉDITOS ADICIONAIS
Suplementares: Vigência adstrita ao exercício financeiro;
Especiais e Extraordinários: Caso abertos nos últimos quatros meses do ano, poderão ser reabertos pelos seus saldos no início do exercício seguinte e incorporados ao orçamento para viger até o final do ano.
(§ 2º, Art. 167, Constituição Federal).
Pós-Graduação em Administração Pública
Dívida Pública
Dívida pública consolidada ou fundada
Dívida pública mobiliária
Operações de crédito
Concessão de garantia
Dívida Pública
Definições segundo o art. 29 da LRF:
Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
Pós-Graduação em Administração Pública
Dívida Pública
Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.
Pós-Graduação em Administração Pública
Dívida Pública
Definições segundo o art. 29 da LRF:
Operações de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.
Pós-Graduação em Administração Pública
Dívida Pública
Concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
Pós-Graduação em Administração Pública
Dívida Pública
Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.
Pós-Graduação em Administração Pública
Limites da Dívida Pública e Operações de Crédito
Definidos por resolução do Senado Federal para as 3 esferas
Apuração quadrimestral
Precatórios judiciais não pagos no mesmo exercício integram a dívida pública consolidada
Pós-Graduação em Administração Pública
Limites da Dívida Pública e Operações de Crédito
Limites previstos nas Resoluções 40 e 43/2001 do Senado Federal
Resolução 78
Resoluções 40 e 43
Parâmetro Básico Meta para Dívida Prazo: Limites: Op. de Crédito/ano Serviço da Dívida Aro`s Garantias Vedações: Op. de Crédito
RLR D/RLR = 1 Até 2008 18% da RLR 13% da RLR 8% da RLR 25% da RLR 180 dias do final do mandato
RCL D/RCL = 2 Estados D/RCL = 1,2 Municípios 15 anos 16% da RCL 11,5% da RCL 7% da RCL 22% da RCL 180 dias do final do mandato
Pós-Graduação em Administração Pública
Operações de crédito
Inclusão da receita no orçamento
Observância dos limites
Pós-Graduação em Administração Pública
Operações de Crédito por Antecipação da Receita
Realização
vedadas no último ano do mandato
Contratadas com instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central
Pós-Graduação em Administração Pública
Restos a Pagar
São despesas empenhadas e não pagas até o final do exercício
Podem ser processados e não processados
Proibição de contrair obrigação de despesa nos últimos 2 quadrimestres que não possa ser paga no exercício ou que não tenha disponibilidade de caixa
O que é contrair obrigação de despesa?
A despesa empenhada e liquidada ou
A despesa empenhada
Preservação do Patrimônio Público
Novos projetos somente se atendidos os em andamento e previstas as despesas de conservação
cumprimento do cronograma físico-financeiro de execução das obras
Encaminhar ao Legislativo relatório com as informações necessárias até o envio da LDO
Pós-Graduação em Administração Pública
Escrituração e Consolidação das Contas Públicas
Instrumentos contábeis de transparência e
controle:
Apuração do resultado do fluxo financeiro pelo regime de caixa
Receitas e despesas previdenciárias registradas em contas separadas
Evidenciar na escrituração o montante e variação da dívida pública
Destacar a aplicação das receitas de alienações
Pós-Graduação em Administração Pública
Escrituração e Consolidação das Contas Públicas
Instrumentos contábeis de transparência e
controle:
Os precatórios não pagos serão lançados na Dívida Fundada
Operações de crédito inferior a 12 meses serão inclusas na Dívida Consolidada
Avaliação da eficiência dos programas com a manutenção da contabilidade de custos
consolidação das contas nacionais
Pós-Graduação em Administração Pública
Composição:
Demonstrará ainda:
Pós-Graduação em Administração Pública
Relatório de Gestão Fiscal
Elaboração e publicação quadrimestral:
Verificação dos limites:
Inscrições em RP
Plano Plurianual
Controle da Gestão Fiscal
limites para Op. Créditos e R. a Pagar
retorno ao limite de pessoal
retorno ao limite de endividamento
aplicação dos recursos de alienações de ativos
limite de gastos com o legislativo
Pós-Graduação em Administração Pública
Controle da Gestão Fiscal
Controle concomitante dos Tribunais, alertando quando:
não estiverem sendo cumpridas as metas do Anexo de Metas Fiscais
o montante das despesas de pessoal ultrapassar 90% do limite máximo
as dívidas, operações de créditos e garantias estiverem acima de 90% dos limites
os gastos com inativos estejam acima do limite da Lei nº 9.717/98 (12% RCL)
houver comprometimento dos custos ou indícios de irregularidades na gestão orçamentária
Pós-Graduação em Administração Pública
Centralizada
Descentralizada
Faculdade Integrada do Ceará - FIC
Contas de Governo: é o agrupamento de peças que demonstram os resultados da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, observando as regras que lhe pertinem e os princípios fundamentais de Contabilidade
Objetivo: evidenciar aos órgãos de controle e a sociedade os aspectos gerais da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, bem como o cumprimento dos dispositivos legais e constitucionais.
Prestação de Contas
Forma de apresentação: Consolidada em razão dos princípios da unidade, universalidade e anuidade, conforme estabelece o artigo 1.º da Instrução Normativa 01/2003 do TCM
Agentes sujeitos à Prestação de Contas de Governo:
Presidente da República, Governadores e Prefeitos Municipais
Prestação de Contas de Governo
Pós-Graduação em Administração Pública
Faculdade Integrada do Ceará - FIC
Obrigatoriedade de Prestar Contas: Art. 77 § único e Art. 42 § 4.º C.E.
Prazos:
Poder Executivo
Poder Legislativo
Controle Interno por intermédio da auditoria interna ou Controladoria Geral
Órgãos do Controle Externo:
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Envio intempestivo para o Poder Legislativo
Repasses ao Legislativo fora dos limites constitucionais
Ausência de fixação de créditos orçamentários suficientes para a saúde e educação
Descumprimento dos limites estabelecidos na LRF
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Percentuais de aplicação em educação e saúde não cumpridos
Excessivo valor nos saldos dos restos a pagar
Não repasse das consignações previdenciárias
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Definição: ”São demonstrações e relatórios das gestões individualizadas dos agentes da administração, legalmente habilitados para gerirem as parcelas de patrimônio da entidade sob a sua responsabilidade, tais como direitos e obrigações assumidos em nome dessa mesma entidade”.
Heraldo da Costa Reis
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Prestação de Contas de Gestão
Objetivo: evidenciar o cumprimento dos princípios constitucionais na execução orçamentária, financeira e patrimonial, bem como o dos dispositivos legais na arrecadação de receitas e realização de despesas com o objetivo de promover o melhor nível de bem-estar da coletividade.
Determinações Legais: Art. 77 § único e Art. 42 da Constituição Estadual
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Quem está obrigado a Prestar Contas:
Todos os agentes políticos ou administrativos, legalmente habilitados, que assumir obrigações em nome da entidade governamental, tais como:
o almoxarife
o tesoureiro
Responsáveis pelo exame da Prestação de Contas de Gestão:
Controle Interno por intermédio da auditoria interna ou Controladoria Geral
O Tribunal de Contas dos Municípios é o órgão de Controle Externo no Estado do Ceará responsável pela análise das Contas
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Ausência de licitação na aquisição de bens e serviços
Contratação de pessoal sem concurso público
Não repasse das consignações previdenciárias e demais retenções para a prefeitura
Falhas na elaboração dos Balanços
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Despesas realizadas pelo Legislativo acima do limite constitucional
Pagamento excessivo de diárias
Pagamento de encargos em decorrência de atraso no cumprimento de obrigações legais
Inexistência de controle interno
TOMADA DE CONTAS
Dos responsáveis por bens, numerários e valores
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Bibliografia
BRASIL. CONSTITUIÇÃO. Constituição do Estado do Ceará 1989.
CASTRO, José Nilo de. Responsabilidade Fiscal nos Municípios. Belo Horizonte: Del Rey, 2001.
FIGUEIREDO, Carlos Maurício Cabral.... et al. Comentários à Lei de Responsabilidade Fiscal. 1ª. Ed. Recife: Nossa Livraria, 2001.
FIGUEIREDO, Carlos Maurício Cabral.; Nóbrega, Marcos. Lei de Responsabilidade Fiscal para Concursos. Rio de Janeiro: Impetus, 2001.
FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Responsabilidade Fiscal na Função do Ordenador de Despesa; na Terceirização da Mão-de-obra; na Função do Controle administrativo. Brasília: Brasília Jurídica, 2001.
Pós-Graduação em Administração Pública
Bibliografia
GOMES, Luiz Flávio.; Bianchini, Alice. Crime de Responsabilidade Fiscal: Lei n. 10.028/00. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2001.
VICCARI JÚNIOR, Adauto.; CRUZ, Flávio da. (Coordenador)... et al. Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.
KOHAMA, Hélio. Contabilidade pública: teoria e prática. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MACHADO JR., Teixeira; REIS, Heraldo da Costa. A Lei nº 4.320 comentada. 31. ed. Rio de Janeiro: IBAM, 2002.
MARTINS, Ives Gandra da Silva.; NASCIMENTO, Carlos Valder do (Organizadores). Comentários à Lei de Responsabilidade Fiscal. São Paulo: Saraiva, 2001.
Pós-Graduação em Administração Pública
Bibliografia
MOTA, Carlos Pinto Coelho... et al. Responsabilidade Fiscal. Belo Horizonte: Del Rey, 2000.
REIS, Heraldo da Costa. Prestação de Contas; contas de gestão – contas de governo – contas de entidade. Rio de Janeiro: IBAM, 1998.
REIS, Heraldo da Costa. Fundos especiais: uma nova forma de gestão de recursos públicos. Rio de Janeiro: IBAM, 1993.
SANCHES, Osvaldo Maldonado. Dicionário de Orçamento, Planejamento e Áreas Afins. Brasília: Prisma, 1997.
SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo. 7. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2004.
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A Bênção de Arão:
O Senhor te abençoe e te guarde;
O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz.
Números 6:24-26