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FACULDADE MERIDIONAL – IMED
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO
Alessandro Becker
Análise das relações entre empreendedorismo, inovação e
sustentabilidade ambiental na percepção de alunos do ensino
superior
Passo Fundo
2017
Alessandro Becker
Análise das relações entre empreendedorismo, inovação e
sustentabilidade ambiental na percepção de alunos do ensino
superior
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Administração da Escola de
Administração da Faculdade Meridional –
IMED, como requisito para a obtenção do grau
de Mestre em Administração sob a orientação
da Profa. Dra. Eliana Andréa Severo.
Passo Fundo
2017
CIP – Catalogação na Publicação
B395a Becker, Alessandro
Análise das relações entre empreendedorismo, inovação e sustentabilidade
ambiental na percepção de alunos do ensino superior / Alessandro Becker. – 2017.
127 f.: il.; 30 cm.
Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade IMED, Passo Fundo, 2017.
Orientador: Profa. Dra. Eliana Andréa Severo.
1. Empreendedorismo. 2. Inovação. 3. Meio ambiente – Sustentabilidade. I.
Severo, Eliana Andréa, orientador. II. Título.
CDU: 658.016
Catalogação: Bibliotecária Angela Saadi Machado - CRB 10/1857
RESUMO
O empreendedorismo é uma das possibilidades para o desenvolvimento de uma região, país e
uma das principais alternativas para geração de empregos e oportunidades. O ensino de
empreendedorismo é crescente como disciplina nas Instituições de Ensino Superior (IES) e
pode oportunizar uma alternativa de carreira para alunos de graduação e pós-graduação. O
ensino de inovação e de sustentabilidade ambiental completam um perfil orientado para
empreender em um negócio próprio, bem como uma nova visão na atuação dentro de empresas
no papel de funcionário. O tema educação empreendedora vem sendo discutido, debatido,
analisado e pesquisado por diversos atores sociais, tais como o Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Endeavor, Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), bem como nas IES. Mais do que preparar alunos para abertura de negócios
é necessário também oportunizar o desenvolvimento de profissionais que possam melhorar o
desempenho das empresas, por meio da implantação de novos modelos de negócios, produtos
e processos, bem como preparar futuras gerações com visão e atuação em termos de
sustentabilidade ambiental. Nesse contexto, essa Dissertação tem como objetivo analisar as
relações entre Empreendedorismo, Ensino de Inovação e Ensino de Sustentabilidade Ambiental
na percepção de alunos do ensino superior. A metodologia utilizada tratou-se de uma pesquisa
de caráter quantitativo e descritivo, por meio de uma survey, em uma amostra de 502 alunos da
graduação e pós-graduação. Para análise e interpretação dos dados utilizou-se a Modelagem de
Equações Estruturais. Os resultados encontrados confirmam que o Ensino de Inovação, bem
como o Ensino de Sustentabilidade Ambiental estão relacionados positivamente com o
Empreendedorismo na percepção dos alunos. Destaca-se que a disciplina de
inovação/empreendedorismo modera a relação entre Ensino de Inovação e Empreendedorismo
e também a relação entre Ensino de Sustentabilidade Ambiental e Empreendedorismo. Além
disso, ficou demonstrado que a disciplina de sustentabilidade ambiental modera a relação entre
Ensino de Inovação e Empreendedorismo. Nesse contexto, os resultados ressaltam a relevância
da temática de empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental no currículo do
ensino superior, pois trazem aos alunos a possibilidade de empreenderem na sua carreira, bem
como o desenvolvimento de conhecimentos.
Palavras-chave: Empreendedorismo. Inovação. Sustentabilidade ambiental. Instituição de
ensino superior.
ABSTRACT
The entrepreneurship is one of the possibilities for the development of a region or country and
it's one of the main alternatives for job creation and opportunities. The teaching of
entrepreneurship is growing as a subject in higher education institutions (Instituições de Ensino
Superior – IES) and it may offer a career alternative for students of both graduation and post-
graduation. The teaching of innovation and environmental sustainability complete a profile
aiming the undertaking of a business of their own, as well as giving the students a new vision
on the operations inside companies when they play the role of the employee. The
entrepreneurial education theme has been discussed, debated, analyzed and researched by many
social actors, such as Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE),
Endeavor, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), and also in the colleges. More
than preparing students for business undertaking, educational institutions also need to make
available the development of professionals that may improve companies' performances through
the implementations of new business models, products and processes, as well as preparing
future generations with vision and action in terms of environmental sustainability. In this
context, this work aims to analyze the relations amongst the teaching of Entrepreneurship,
Innovation and Environmental Sustainability in the perception of college students, both from
graduation and post-graduation studies. The methodology used was a quantitative and
descriptive research, performed by a survey that was applied in a sample of 502 underdraduate
and graduate students. The analysis and interpretation of the data used the Modeling of
Structural Equations. The results found confirm that the teaching of Innovation and
Environmental Sustainability are positively related to the Entrepreneurship teaching in the
students perception. We highlight the fact that the subject of innovation/entrepreneurship
moderates the relation between Innovation Teaching and Entrepreneurship and also the relation
between Environmental Sustainability and Entrepreneurship. Besides that, it was shown that
the subject of Environmental Sustainability moderates the relation between Innovation
Teaching and Entrepreneurship. In this context, the results bounce the relevance of the
entrepreneurship, innovation and environmental sustainability theme in the higher education
curriculum, because they bring to the students the possibility of endeavoring in their careers
and developing their knowledge.
Keywords: Entrepreneurship. Innovation. Environmental sustainability. Higher education
institution.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Processo de metodologia da pesquisa na base de dados Scopus ............................. 24
Figura 2 - Resultados do levantamento na base de dados Scopus ............................................ 24
Figura 3 - Artigos mais citados com a palavra-chave innovation ............................................ 25
Figura 4 - Artigos mais recentes com a palavra-chave innovation .......................................... 26
Figura 5 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of innovation ......................... 27
Figura 6 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of innovation ........................ 28
Figura 7 - Artigos mais citados com a palavra-chave environmental sustainability ................ 29
Figura 8 - Artigos mais recentes com a palavra-chave environmental sustainability .............. 30
Figura 9 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of environmental sustainability
.................................................................................................................................................. 31
Figura 10 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of environmental sustainability
.................................................................................................................................................. 32
Figura 11 - Artigos mais citados com a palavra-chave entrepreneurship................................. 33
Figura 12 - Artigos mais recentes com a palavra-chave entrepreneurship ............................... 34
Figura 13 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of entrepreneurship .............. 35
Figura 14 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of entrepreneurship ............ 36
Figura 15 - Modelo teórico e de hipóteses ............................................................................... 57
Figura 16 - Sequência metodológica da pesquisa ..................................................................... 59
Figura 17 - Modelo de análise das relações entre empreendedorismo, inovação e
sustentabilidade ambiental ........................................................................................................ 59
Figura 18 - Objetivo, variáveis observáveis e construtos ......................................................... 62
Figura 19 - Índices de avaliação e ajuste do modelo ................................................................ 67
Figura 22 - Síntese dos elementos da pesquisa....................................................................... 120
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Distribuição das instituições de ensino .................................................................. 69
Gráfico 2 - Distribuição dos níveis de ensino........................................................................... 69
Gráfico 3 - Distribuição dos cursos .......................................................................................... 70
Gráfico 4 - Distribuição da idade ............................................................................................. 71
Gráfico 5 - Distribuição do semestre ........................................................................................ 71
Gráfico 6 - Distribuição da renda familiar................................................................................ 72
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Método de extração de componentes principais (AFE) .......................................... 74
Tabela 2 - Método de extração de componentes principais, rotação Varimax com normalização
Kaiser ........................................................................................................................................ 75
Tabela 3 - Resultado do KMO e do Teste de Barlett................................................................ 75
Tabela 4 - Estrutura fatorial ...................................................................................................... 77
Tabela 5 - Comunalidades das variáveis .................................................................................. 78
Tabela 6 - Variância média extraída e variância compartilhada .............................................. 79
Tabela 7 - Confiabilidade composta de todas as variáveis observáveis ................................... 80
Tabela 8 - Correlação de Pearson ............................................................................................. 81
Tabela 9 - Análise fatorial intrabloco – construto Ensino de Inovação ................................... 82
Tabela 10 - Análise fatorial intrabloco – construto Empreendedorismo .................................. 83
Tabela 11 - Análise fatorial intrabloco – construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental .... 84
Tabela 12 - Análise descritiva dos cursos ................................................................................ 85
Tabela 13 - ANOVA dos construtos em relação aos cursos ..................................................... 86
Tabela 14 - Análise descritiva do nível de ensino .................................................................... 87
Tabela 15 - ANOVA dos construtos em relação ao nível de ensino ........................................ 87
Tabela 16 - Análise descritiva do tipo de IES .......................................................................... 88
Tabela 17 - ANOVA dos construtos em relação ao tipo de IES .............................................. 88
Tabela 18 - Análise descritiva da renda.................................................................................... 89
Tabela 19 - ANOVA dos construtos em relação à renda ......................................................... 90
Tabela 20 - Análise descritiva da disciplina específica de sustentabilidade ambiental............ 91
Tabela 21 - ANOVA dos construtos em relação a disciplina específica de sustentabilidade
ambiental .................................................................................................................................. 92
Tabela 22 - Análise descritiva da disciplina específica de inovação/empreendedorismo ........ 93
Tabela 23 - ANOVA dos construtos em relação a disciplina específica de
inovação/empreendedorismo .................................................................................................... 94
Tabela 24 - Análise da moderação da disciplina específica de inovação/empreendedorismo . 94
Tabela 25 - Análise da moderação da disciplina específica de sustentabilidade ambiental ..... 94
Tabela 26 - Análise da moderação do curso de Administração ............................................... 95
Tabela 27 - Análise da moderação do curso de Engenharia Civil ............................................ 95
Tabela 28 - Análise da moderação do curso de Sistemas de Informações ............................... 95
Tabela 29 - Teste de hipótese do modelo integrado com coeficiente não-padronizado ........... 98
Tabela 30 - Teste de hipótese do modelo integrado com coeficiente padronizado .................. 98
Tabela 31 - Índices de ajuste do modelo teórico ...................................................................... 99
Tabela 32 - Hipóteses da pesquisa ............................................................................................ 99
LISTA DE SIGLAS
AFC - Análise Fatorial Combinatória
AFE - Análise Fatorial Exploratória
ANOVA - Análise de variância
EM - Empreendedorismo
GEM - Global Entrepreneurship Monitor
GL - Graus de Liberdade
GUESSS - Global University Entrepreneurial Spirit Student’s Survey
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IES - Instituições de Ensino Superior
IN - Inovação
KMO - Kaiser, Meyer e Olkin
MBA - Master Business Administration
MEE - Modelagem de Equações Estruturais
MLE - Maximum Likelihood Estimation
P&D - Pesquisa e Desenvolvimento
RH - Recursos Humanos
RS - Rio Grande do Sul
SA - Sustentabilidade Ambiental
SE - Standardized Estimates
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SGA - Sistema de Gestão Ambiental
TI - Tecnologia da Informação
TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação
UE - Unstandartized Estimates
UTI - Unidade de Terapia Intensiva
VC - Validade Convergente
VD - Validade Discriminante
VME - Variância Média Extraída
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA ............................................................................................. 16
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................................... 16
1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO ............................................................................................... 18
1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 18
1.3.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 18
1.3.3 Hipóteses da pesquisa .................................................................................................... 19
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 20
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 23
2.1 INOVAÇÃO ....................................................................................................................... 39
2.1.1 Ensino de inovação ........................................................................................................ 42
2.2 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ............................................................................ 44
2.2.1 Ensino de sustentabilidade ambiental ......................................................................... 47
2.3 EMPREENDEDORISMO .................................................................................................. 50
2.3.1 Ensino de empreendedorismo ...................................................................................... 53
3 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................................... 58
3.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................................ 60
3.2 COLETA DE DADOS ....................................................................................................... 60
3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .............................................................. 63
3.3.1 Estágio 1 - Desenvolvimento do modelo teórico .......................................................... 63
3.3.2 Estágio 2 - Construção de diagrama de caminhos de relações causais ..................... 65
3.3.3 Estágio 3 - Conversão do diagrama de caminhos em um conjunto de modelos
estrutural e de mensuração .................................................................................................... 65
3.3.4 Estágio 4 - Escolha do tipo de matriz de entrada e estimação do modelo teórico ... 65
3.3.5 Estágio 5 - Avaliação da identificação do modelo estrutural .................................... 66
3.3.6 Estágio 6 - Avaliação de critérios de qualidade de ajuste .......................................... 66
3.3.7 Estágio 7 - Interpretação e modificação do modelo ................................................... 66
4 RESULTADOS .................................................................................................................... 68
4.1 ANÁLISE DESCRITIVA DA AMOSTRA ....................................................................... 68
4.2 ANÁLISE DO MODELO INTEGRADO .......................................................................... 73
4.2.1 Análise fatorial entre blocos ......................................................................................... 73
4.2.2 Análise fatorial intrablocos ........................................................................................... 82
4.2.3 Análise de variância e variáveis moderadoras ............................................................ 84
4.2.4 Análise do modelo integrado teórico ............................................................................ 96
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................................. 100
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 102
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 105
APÊNDICE A ........................................................................................................................ 119
APÊNDICE B ......................................................................................................................... 121
14
1 INTRODUÇÃO
O empreendedorismo tem um papel fundamental para organizações e países e influencia
a economia mundial. Coerentemente, movimenta recursos humanos, físicos e financeiros,
apresentando relevância na geração de empregos e, por conseguinte, na movimentação dos
negócios.
O ensino de empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental pode contribuir
no processo de formação do perfil empreendedor, influenciando a abertura de empresas e
possibilitando uma melhoria de gestão na atuação organizacional.
Na literatura específica, Schumpeter (1934) aborda questões importantes tanto para o
empreendedorismo quanto para a inovação. Segundo o autor, o empresário inovador é um
agente econômico que leva ao mercado novos produtos, associando eficientemente fatores de
produção ou disponibilizando alguma inovação tecnológica.
Nesse contexto, Leonard-Barton (1992), Teece, Pisano e Schuen (1997) e Venkatesh et
al. (2003) ressaltam a importância da inovação, em um contexto que envolve desde o processo
de identificação de oportunidades até o aproveitamento das capacidades instaladas na empresa
e a probabilidade de sucesso da introdução de novas tecnologias.
A inovação é reconhecida como um componente crucial do ensino de ciência para
renovação (SPYRTOU et al., 2016), e as mudanças pedagógicas e metodológicas relacionadas
ao uso de novas tecnologias nas escolas envolvem métodos de ensino inovadores, seja porque
essas tecnologias modificam os métodos de ensino, seja porque elas os apoiam (VAZQUEZ-
CUPEIRO; LOPEZ-PENEDO, 2016).
O ensino de inovação torna-se relevante para o aproveitamento de oportunidades, e,
segundo Martin-blas e Serrano-Fernandez (2009), as novas tecnologias têm um papel
importante no processo de aprendizagem, aproveitando a evolução dos ambientes virtuais de
aprendizagem e o compartilhamento de informações. Coerentemente, as novas tecnologias da
informação e da comunicação proporcionam a educadores e alunos um ambiente de
aprendizagem inovador para estimular e melhorar o processo de ensino e aprendizagem
(LOPEZ-PEREZ; PEREZ-LOPEZ; RODRIGUEZ-ARIZA, 2011).
O empreendedorismo cresceu significativamente na última década, por meio de novas
formas de economias emergentes e, com isso, torna-se necessário o ensino para o empreendedor
inovar de alguma forma (GARCIA; LELES; ROMANO, 2017). Para Miller (1983) e Shane
(2000), o empreendedorismo envolve o descobrimento de oportunidades e, nesse cenário, os
15
principais determinantes são o pioneirismo, a inovação e a decisão de correr riscos para explorar
novas tecnologias.
O ensino de empreendedorismo envolve questões de comportamento empreendedor
(FAYOLLE, 2005), percepções dos alunos quanto à profissão e aos efeitos da abordagem
pedagógica (DABBAGH; MENASCE, 2006), atitudes e resultados da educação (DUVAL-
COUETIL; REED-RHOADS; HAGHIGHI, 2012), e a capacidade das escolas no
preenchimento de lacunas de conhecimento limitadas pelas estruturas institucionais (WRIGHT
et al., 2019).
Nesse cenário, a sustentabilidade ambiental deve estar atrelada ao empreendedorismo e
à inovação. A temática ganhou importância em eventos promovidos pela Organização das
Nações Unidas no século XX, ocorrendo mais intensificadamente nas décadas de 1970 e 1980,
quando as empresas sentiram-se afetadas pelos problemas ambientais (SEVERO et al., 2016).
Assim como a inovação, a sustentabilidade ambiental visa à competitividade e à melhoria na
performance organizacional.
O número de Instituições de Ensino Superior (IES) que incorporam o ensino de
sustentabilidade ambiental no currículo dos cursos, vem aumentando, mas ainda são necessárias
reformas curriculares para melhorar esse processo de ensino no que tange às implicações das
atividades profissionais sobre o ambiente, e, então, o caminho pela educação é inevitável
(ZOLLER; SCHOLZ, 2004; WATSON et at., 2013). Alunos que pensam criticamente
questionam, refletem e desenvolvem alternativas, adquirem conhecimentos e habilidades que
visam à sustentabilidade ambiental (GOSSELIN et al., 2016).
Perante o exposto, esta pesquisa tem como objetivo analisar as relações entre o Ensino
de Inovação, o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo, na percepção dos
alunos do ensino superior.
Para atingir os objetivos, essa Dissertação está organizada a partir da seguinte estrutura:
inicialmente, apresenta a delimitação do tema e, na sequência, a problematização, o objetivo
geral e os objetivos específicos. Posteriormente, registra as hipóteses da pesquisa. Em seguida,
apresenta-se a justificativa e, após, a fundamentação teórica que baseou o estudo. Por fim, é
apresentada a metodologia da pesquisa, os resultados obtidos, a discussão dos resultados, as
considerações finais e as referências utilizadas.
16
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA
O estudo será desenvolvido com base na análise das relações entre empreendedorismo,
inovação e sustentabilidade ambiental na percepção de alunos do ensino superior. Os trabalhos
são realizados com alunos de graduação e pós-graduação da região Norte, Nordeste e Sul do
Rio Grande do Sul (RS), nas cidades de Passo Fundo, Caxias do Sul e Pelotas.
O empreendedorismo é uma das possibilidades de carreira para universitários,
ocasionando geração de empregos e renda para a população. Contudo, o ensino do
empreendedorismo atrelado à inovação e à sustentabilidade ambiental pode gerar oportunidades
para as organizações e benefícios para a sociedade e o meio ambiente.
A inovação é um meio para o desenvolvimento de novas oportunidades de negócios e
ocasiona a ampliação da capacidade competitiva das organizações. Nessa perspectiva, relevante
destacar que o ensino de inovação é uma das formas de potencializar as características
empreendedoras dos estudantes universitários.
A sustentabilidade ambiental elenca a utilização de práticas ambientais no contexto
organizacional, o que remete a uma cuidadosa manutenção dos recursos naturais e a um futuro
sustentável. Nesse sentido, o ensino de sustentabilidade ambiental pode contribuir na formação
de um perfil empreendedor que visualize a importância dos preceitos ambientais. Assim,
incorporar o ensino da sustentabilidade ambiental nos currículos dos cursos de graduação e de
pós-graduação é uma forma de oferecer aos alunos oportunidades de conhecimentos,
habilidades e atitudes para uma ação protagonista na sociedade.
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO
Compreender a importância do ensino de inovação e de sustentabilidade ambiental
apresenta-se como um caminho para analisar as relações desses temas e sua influência na
formação do perfil empreendedor. Então, volta-se em especial avaliar qual a percepção dos
alunos de graduação e de pós-graduação a respeito da importância de empreender, inovar e ter
uma preocupação com a sustentabilidade ambiental.
O empreendedorismo é uma das possibilidades de atuação dos alunos após sua formação
na graduação. Nesse contexto profissional, existe, por um lado, uma demanda por
empreendedores por meio da abertura de empresas, e, por outro, se percebe a necessidade de
profissionais com atitude empreendedora nas empresas em que atuam na situação de
funcionários, o que é conhecido como intraempreendedorismo.
17
Nem toda pessoa consegue desenvolver competências para empreender, o que pode ser
justificado tanto por dificuldades comportamentais quanto por falta de habilidades técnicas.
Algumas pessoas desenvolvem isso diariamente com outros profissionais, no entanto, a melhor
maneira de obter esse conhecimento é por meio do ensino, principalmente em cursos de
graduação e pós-graduação.
Segundo a Endeavor (2013), em pesquisa denominada Empreendedores brasileiros -
perfis e percepções, em torno de 88% dos respondentes informaram acreditar que
empreendedores são geradores de empregos, e 74% entendem que o empreendedorismo é a
base de criação de riqueza, beneficiando a todos. Segundo revela a mesma pesquisa, embora
três em cada quatro brasileiros prefira empreender, apenas 19% compreende que provavelmente
abrirá um negócio novo nos próximos cinco anos. Um dos motivos apontados para essa postura
é o déficit educacional, isso é, a falta de capacitação tanto para iniciar quanto para manter um
negócio. Outro motivo relevante apontado é a dificuldade na gestão de pessoas.
Em pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM; 2011) com 54
países, a intenção da população em geral de empreender no Brasil é a mais alta, representando
28,8%. Com relação aos recém formados no ensino superior, o estudo Global University
Entrepreneurial Spirit Students’s Survey (GUESSS; 2014) identificou que 33,5% têm intenção
de abrir uma empresa, mas, por outro lado, falta oportunidade de capacitação, pois 57,9%
informaram não ter feito qualquer disciplina sobre o tema.
Em um estudo realizado por Arruda et al. (2014), sobre as causas da mortalidade de
empresas brasileiras, foi identificado que 25% das empresas nascentes encerram suas atividades
antes de completar um ano, bem como 50% encerra as atividades dentro de quatro anos de
atuação. Os motivos, em sua maioria, são falta de perfil empreendedor, dificuldades no que
tange à gestão empresarial, ineficiência na captação de clientes, falta de capital de giro e
problemas na gestão financeira.
Os mecanismos de tomada de decisão de risco para os negócios são decorrentes da
evolução da percepção do empreendedor e dos gestores, muitas vezes, sido criticados por sua
incapacidade de reconhecer que a qualidade e a inovação tratam-se de uma força motriz para o
desempenho (KEFAL et al., 2011; O’NEILL; SOHAL; TENG, 2016).
Conforme o GEM (2015), aumentou a proporção das pessoas cujo medo impede a
abertura de um novo negócio e alguns dos fatores limitantes ao empreendedorismo no Brasil
são burocracia, complexidade da legislação brasileira, falta de apoio financeiro de agentes
públicos e privados e, principalmente, pouca difusão da educação empreendedora nos diversos
níveis de ensino. A pesquisa indica que possivelmente diminuirá o número de empreendedores,
18
e isso pode gerar um problema relacionado a um número maior de pessoas que precisarão
buscar emprego, ao invés de gerar novos empregos por meio do empreendedorismo. Por
conseguinte, caso não ocorram mudanças, isso pode se agravar nos próximos anos, gerando
impactos profundos nas economias dos países.
A inovação, de acordo com Huizingh (2017), está respondendo ou antecipando a
mudança, e faz isso por meio da criação de novos valores, pois as empresas enfrentam
constantemente mudanças e percebem um contexto em que se faz necessária a adaptação. Já a
sustentabilidade ambiental é um componente crítico para as empresas, pois os ecossistemas e
as populações estão ameaçados devido ao rápido desenvolvimento e à acirrada competitividade
do mercado, e, por isso, é necessário considerar desde a preservação ambiental até os padrões
de produção e consumo desejáveis (REILLY; MCGRATH; REILLY, 2016).
As IES, conforme destacam Endeavor e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (SEBRAE, 2016), não exploram o seu potencial de inspirar e estimular a
ambição e a inovação nos empreendedores universitários. Complementam que o perfil
empreendedor do aluno é, em grande parte, bem similar ao do empreendedor que não frequenta
curso superior, demonstrando que as IES não estão exercendo influência transformadora sobre
o aluno, ou, ainda, que não é o motivo principal para que ele venha a empreender. Esse contexto
os leva a destacar que as universidades poderiam exercer esse papel.
Nesse cenário, apresenta-se a seguinte questão de pesquisa: quais as relações entre
ensino de inovação e de sustentabilidade ambiental com o empreendedorismo?
1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO
1.3.1 Objetivo geral
Analisar as relações entre o Ensino de Inovação, o Ensino de Sustentabilidade
Ambiental e o Empreendedorismo, na percepção dos alunos do ensino superior.
1.3.2 Objetivos específicos
a) mensurar a influência do Ensino de Inovação sobre o Empreendedorismo;
b) mensurar a influência do Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o
Empreendedorismo;
19
c) avaliar o efeito moderador das disciplinas específicas de
inovação/empreendedorismo e sustentabilidade ambiental, sobre as relações entre os
construtos;
d) avaliar o efeito moderador do curso de graduação nas relações entre os construtos.
1.3.3 Hipóteses da pesquisa
Após a definição da questão de pesquisa e sistematização dos objetivos, são
apresentadas as hipóteses formuladas que foram verificadas de forma empírica na realização da
pesquisa para análise das relações entre os construtos, bem como a existência de efeito
moderador nas relações, elencando-se:
H1: O Ensino de Inovação está positivamente relacionado com o Empreendedorismo.
H2: O Ensino de Sustentabilidade Ambiental está positivamente relacionado com o
Empreendedorismo.
H3: Existe um efeito moderador da disciplina específica de
inovação/empreendedorismo (H3) nas relações do Ensino de Inovação e o Ensino de
Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo.
H3a – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a relação entre o Ensino
de Inovação e o Empreendedorismo.
H3b – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a relação entre o Ensino
de Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo.
H4: Existe um efeito moderador da disciplina específica de sustentabilidade ambiental
(H4) nas relações do Ensino de Inovação e o Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o
Empreendedorismo.
H4a – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a relação entre o Ensino de
Inovação e o Empreendedorismo.
H4b – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a relação entre o Ensino de
Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo.
H5: Existe um efeito moderador do curso de graduação (H5) nas relações do Ensino de
Inovação e o Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo.
H5a – O curso de graduação modera a relação entre o Ensino de Inovação e o
Empreendedorismo.
H5b – O curso de graduação modera a relação entre o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e
o Empreendedorismo.
20
No referencial teórico, serão desdobradas as hipóteses supracitadas acima, que visam
elencar as principais temáticas definidas para a realização da pesquisa e o entendimento das
variáveis.
1.4 JUSTIFICATIVA
Essa Dissertação tem como norteador da justificativa a necessidade de analisar as
relações entre empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental na percepção dos
alunos do ensino superior. O empreendedorismo oportuniza que as pessoas desenvolvem novas
habilidades e comportamentos, gerando renda para elas e para a comunidade. Além de gerar
empregos, o empreendedorismo movimenta a economia, proporciona desenvolvimento e gera
riqueza para os países.
O ensino de inovação e empreendedorismo é crescente como disciplina nas IES do
Brasil, o que se justifica em razão de que ele pode influenciar os alunos na abertura de empresas
e também em uma nova visão na atuação dentro de organizações na situação de colaboradores.
O tema educação empreendedora vem sendo discutido, debatido, analisado e pesquisado por
diversos atores sociais, tais como SEBRAE, Endeavor e IBGE e as próprias IES. Mais do que
preparar alunos para a abertura de negócios, é necessário também oportunizar o
desenvolvimento de profissionais que possam melhorar o desempenho das empresas em que
atuam, por meio da implantação de novos modelos de negócios, processos e produtos.
Levar inovação para dentro das empresas oportuniza competitividade organizacional e
crescimento para os profissionais. É necessário também preparar futuras gerações com visão e
atuação em termos de sustentabilidade ambiental nos empreendimentos e nos negócios que
estarão envolvidos, pois a velocidade do crescimento das atividades profissionais não poderá
ocorrer mais sem o devido cuidado com as questões ambientais.
Segundo o IBGE (2015), mais da metade das empresas nascentes no Brasil vão à
falência após quatro anos de atividades. Nesse cenário, o ensino de inovação e sustentabilidade
pode contribuir juntamente com o empreendedorismo para uma compreensão e análise de
alternativas viáveis para o enfrentamento desse problema.
Em pesquisa intitulada de Empreendedorismo nas universidades brasileiras (2016),
realizada pela Endeavor e pelo SEBRAE, evidenciou-se que o índice de alunos que pretendiam
empreender no futuro caiu de 60% em 2014 para 21% em 2016. A pesquisa evidencia que as
universidades brasileiras não possuem estrutura que apoia a jornada completa do
empreendedor, estão desconectadas do mercado e não estimulam a inovação e o sonho do aluno.
21
A pesquisa também aponta que, mundialmente, centenas de universidades já reconheceram o
papel e o poder da educação empreendedora sobre a inovação e o desenvolvimento econômico
dos países, e que torna-se necessário multiplicar o número de estudantes que criam empresas
inovadoras para transformar os setores em que atuam, gerando, com isso, milhares de empregos.
No intuito de contribuir para a difusão da cultura empreendedora no Brasil, 49% dos
especialistas entrevistados pela GEM (2015), ressaltam a ampliação dos esforços em educação
e a capacitação por meio da difusão das disciplinas de empreendedorismo em todos os níveis
de ensino, assim como um número maior de disciplinas como administração de empresas e
gestão de recursos financeiros. Além disso, destacam o fortalecimento do ecossistema
empreendedor por meio de incubadoras, aceleradoras, fablabs e hackerspaces.
Para o SEBRAE (2016), as IES podem estimular o desenvolvimento da cultura
empreendedora para potencializar nos alunos comportamentos de quem faz acontecer, para
buscar oportunidades no mercado de forma proativa, desenvolvendo a autonomia, a autoestima,
a segurança e a ação orientada para resultados desejados, de forma individual ou coletiva, seja
qual for a área de formação e a carreira que se pretende seguir. Coerentemente, o ensino de
empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental apresenta-se como uma das
alternativas de proporcionar a qualificação no processo de formação de novos empreendedores,
inovadores e com viés em prol do meio ambiente.
No Brasil, conforme destacam Costa et al. (2006), o empreendedorismo tem sido visto
como uma possibilidade de carreira, o que é justificado pelas dificuldades socioeconômicas e
pela redução das oportunidades no mercado de trabalho. A prática empreendedora, no entanto,
testemunha a falência de várias empresas em decorrência da falta de ensino especializado e
voltado a esse trabalho. Ainda segundo os autores, as instituições de ensino são importantes
para a capacitação dos estudantes com esse viés.
Para Mohammadi, Broström e Franzoni (2016), a diversidade étnica e de formação
superior da força de trabalho está positivamente relacionada ao desempenho superior e,
consequentemente, ao sucesso de uma empresa na introdução de inovações. Dessa forma, caso
desejem inovar, as empresas deveriam buscar políticas de recrutamento inspiradas nessas
questões.
A sustentabilidade ambiental, segundo Garbie (2015), é de extrema relevância entre as
dimensões de sustentabilidade. Com isso, seus aspectos associados e seus indicadores precisam
de mais atenção de acadêmicos e empresas. Segundo Kloeckner (2015), os desafios do século
XXI exigem ação imediata, visto que as mudanças climáticas são críticas demais. Assim, torna-
22
se necessário dispender uma visão ambiental coerente em busca de uma sociedade com foco na
sustentabilidade ambiental.
Por tudo isso, a educação empreendedora passou a ocupar uma posição estratégica no
campo econômico e social no cenário brasileiro, pois desenvolve empreendedores com
competências múltiplas para enfrentar desafios e promover transformações que possibilitam
ocupar um papel protagonista na sociedade contemporânea, seja pela abertura de empresas, seja
na posição de funcionário (SEBRAE, 2016).
23
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Com a finalidade de realizar uma revisão da literatura sobre os temas inovação, ensino
de inovação, sustentabilidade ambiental, ensino de sustentabilidade ambiental,
empreendedorismo e ensino de empreendedorismo foi tomada a decisão de utilizar uma base
de dados para realização da pesquisa. Após um levantamento das possibilidades, optou-se por
utilizar a base Scopus, por se tratar da maior base de dados de resumos e citações de literatura
científica. O processo de pesquisa foi realizado entre os dias 11 de janeiro e 14 de fevereiro de
2017. A pesquisa na base de dados foi dividida em duas fases:
Fase 1: consulta dos artigos na base de dados a partir da pesquisa das palavras-chave em
inglês: innovation, teaching of innovation, environmental sustainability, teaching of
environmental sustainability, entrepreneurship, teaching of entrepreneurship. Após a
identificação dos artigos, foram selecionados os 10 artigos mais citados e os 10 artigos mais
recentes de cada palavra-chave.
Fase 2: realização da leitura crítica dos resumos dos artigos mais citados e dos mais
recentes, totalizando 147 resumos científicos. Na leitura dos resumos, observou-se que alguns
artigos não se enquadravam totalmente na temática pesquisada ou pouco agregariam para a
sistematização do presente referencial teórico. Coerentemente, foram excluídos 27 artigos,
totalizando 120 artigos completos para a pesquisa sistemática. A Figura 1 apresenta o processo
de metodologia da pesquisa utilizado na base de dados Scopus.
24
Figura 1 - Processo de metodologia da pesquisa na base de dados Scopus
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Os resultados em termos de quantidade referente ao processo de pesquisa para as
palavras-chave estão sistematizados na Figura 2.
Figura 2 - Resultados do levantamento na base de dados Scopus Palavra-chave Documentos
innovation 130.987
teaching of innovation 4.107
environmental sustainability 19.886
teaching of environmental sustainability 165
entrepreneurship 12.743
teaching of entrepreneurship 358
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
As Figuras 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14 apresentam uma sistematização dos
artigos mais citados e recentes com relação às palavras-chave pesquisadas na base de dados
Scopus.
25
Figura 3 - Artigos mais citados com a palavra-chave innovation Número
de
citações
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
9055 Dynamic capabilities and strategic
management Teece, Pisano e Shuen 1997
Strategic Management
Journal
Capacidades dinâmicas em ambientes de
rápida mudança.
7702 User acceptance of information technology:
Toward a unified view Venkatesh et al. 2003
MIS Quarterly:
Management Information
Systems
Aceitação da tecnologia da informação e
modelos proeminentes.
4662 The balanced scorecard--measures that
drive performance Kaplan e Norton 1992 Harvard Business Review Medição de desempenho organizacional.
3252
Development of an instrument to measure
the perceptions of adopting an information
technology innovation
Moore e Benbasat 1991 Information Systems
Research
Desenvolvimento de instrumento para medir
percepções de indivíduos sobre adotar uma
inovação em tecnologia da informação.
2948 Understanding information technology
usage: A test of competing models Taylor e Todd 1995
Information Systems
Research
Comparação entre modelo de aceitação da
tecnologia e variações da teoria do
comportamento planejado quanto ao uso de
tecnologia da informação.
2548
Core capabilities and core rigidities: A
paradox in managing new product
development
Leonard-Barton 1992 Strategic Management
Journal
Natureza das capacidades básicas de uma
empresa com foco na sua interação com novos
projetos de desenvolvimento de produtos e
processos.
2272 The price of innovation: New estimates of
drug development costs
DiMasi, Hansen e
Grabowski 2003
Journal of Health
Economics
Custos de pesquisa e desenvolvimento de
novas drogas farmacêuticas.
2172
Diffusion of innovations in service
organizations: Systematic review and
recommendations
Greenhalgh et al. 2004 Milbank Quarterly Disseminação e manutenção de inovações na
prestação de serviços de saúde.
2075 What's your strategy for managing
knowledge? Hansen, Nohria e Tierney 1999 Harvard business review
Práticas de gestão do conhecimento em
empresas de consultoria de gestão, prestadores
de cuidados de saúde e fabricantes de
computadores.
1946
Explicating dynamic capabilities: The
nature and microfoundations of
(sustainable) enterprise performance
Teece 2007 Strategic Management
Journal
Capacidades necessárias para sustentar o
desempenho empresarial superior em uma
economia aberta com inovação rápida e fontes
globalmente dispersas de invenção, inovação
e capacidade de fabricação.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
26
Figura 4 - Artigos mais recentes com a palavra-chave innovation
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
Graphic design and social networks:
Methodological proposal supported by
the open innovation and co-creation
Hernandez 2017 Advances in Intelligent
Systems and Computing
Metodologia para o processo de design gráfico com
participação pública na tomada de decisões através de
redes sociais.
Open data: Quality over quantity Sadiq e Indulska 2017 International Journal of
Information Management
Desafios em lidar com a qualidade dos dados de conjuntos
de dados abertos.
Understanding determinants and
barriers of mobile shopping adoption
using behavioral reasoning theory
Gupta e Arora 2017 Journal of Retailing and
Consumer Services
Adoção de compras móveis usando uma nova abordagem
da teoria do raciocínio comportamental.
The effects of cultural dimension on
ICT innovation: Empirical analysis of
mobile phone services
Bankole e Bankole 2017 Telematics and Informatics Cultura como determinante crucial das inovações.
The contingent effect of analyst
coverage: how does analyst coverage
affect innovation and Tobin’s Q?
Jung 2017 Asia-Pacific Journal of
Accounting and Economics Relação entre analistas e inovação.
On the estimation of missing values in
AR(1) model with exponential
innovations
Saadatmand, Nematollahi e
Sadooghi-Alvandi 2017
Communications in Statistics
- Theory and Methods
Estimativa de valor faltante para processo autoregressivo
estacionário com inovações exponenciais.
Exploring the relationship between
perceived pace of technology change
and adoption resistance to
convergence products
Park e Koh 2017 Computers in Human
Behavior
Relação entre comportamentos dos consumidores com o
ritmo da inovação tecnológica.
eHealth adoption factors in medical
hospitals: A focus on the Netherlands
Faber, Van Geenhuizen e De
Reuver 2017
International Journal of
Medical Informatics Utilização efetiva de eHealth em hospitais europeus.
Implementing artifacts: An interactive
frame analysis of innovative
educational practices
Vermeir, Kelchtermans e
Marz 2017
Teaching and Teacher
Education Práticas educacionais inovadoras.
Feasibility Evaluation and
Optimization of a Smart
Manufacturing System Based on 3D
Printing: A Review
Chen e Lin 2017 International Journal of
Intelligent Systems
Viabilidade do sistema de fabricação inteligente baseado
em impressão 3D.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
27
Figura 5 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of innovation Número
de
citações
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
493
The emerging Web 2.0 social software: An
enabling suite of sociable technologies in
health and health care education
Kamel Boulos e Wheeler 2007 Health Information and
Libraries Journal
A Web 2.0 na capacitação e
desenvolvimento na área da saúde.
277
Viewpoint: Competency-based postgraduate
training: Can we bridge the gap between
theory and clinical practice?
Ten Cate, Scheele e Ten
Cate 2007 Academic Medicine
Formação médica de pós-graduação
baseada em competências.
231
Effects of organizational change in the
medical intensive care unit of a teaching
hospital: A comparison of 'open' and 'closed'
formats
Carson et al. 1996 Journal of the American
Medical Association
Efeitos da mudança de um formato de
unidade de terapia intensiva (UTI) aberta
para uma unidade de terapia intensiva
fechada em hospital de ensino.
189
Calls for reform of medical education by the
Carnegie Foundation for the Advancement of
teaching: 1910 and 2010
Irby, Cooke e O'Brien 2010 Academic Medicine
A contribuição da Fundação Carnegie na
inovação educacional e reforma da
educação médica de graduação e pós-
graduação.
149 The role of new technologies in the learning
process: Moodle as a teaching tool in Physics
Martin-Blas e Serrano-
Fernandez 2009 Computers and Education
O papel das novas tecnologias no processo
de aprendizagem.
137
Diffusion of engineering education
innovations: A survey of awareness and
adoption rates in U.S. engineering
departments
Borrego, Froyd e Hall 2010 Journal of Engineering
Education
Adoção de inovações educacionais no
ensino de engenharia.
116
Blended learning in higher education:
Students' perceptions and their relation to
outcomes
Lopez-Perez, Perez-Lopez
e Rodriguez-Ariza 2011 Computers and Education
Ambiente de aprendizagem inovador para
estimular e melhorar o processo de ensino e
aprendizagem.
104 Using clinical simulation to teach patient
safety in an acute/critical care nursing course Henneman e Cunningham 2005 Nurse educator
O ensino de enfermagem por meio da
simulação de alta fidelidade usando
manequins realistas.
89
Difficult conversations in health care:
Cultivating relational learning to address the
hidden curriculum
Browning et al. 2007 Academic Medicine A filosofia e a abordagem pedagógica de um
programa educacional inovador.
85 Reframing the role of Universities in the
development of regional innovation systems Gunasekara 2006
Journal of Technology
Transfer
O papel das universidades em relação ao
desenvolvimento de inovação
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
28
Figura 6 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of innovation
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
Research performance and teaching quality in the
Spanish higher education system: Evidence from
a medium-sized university
Artes, Pedraja-
Chaparro e Salinas-
Jimenez
2017 Research Policy Relação entre o desempenho da pesquisa e a qualidade do
ensino no contexto do sistema universitário.
Innovation strategy of human resources in
colleges and universities in post-massification
stage: evidence from Anhui province of China
Zhao e Tao 2017
Journal of Discrete
Mathematical Sciences and
Cryptography
Estratégias de inovação para a gestão de recursos
humanos de faculdades e universidades.
Study on practicing, teaching and sharing on
design for sustainability in China Lyu 2017
Advances in Intelligent
Systems and Computing
Viabilidade do design para sustentabilidade na prática e
ensino de inovação social.
CIR: Fostering collective creativity Meza et al. 2017
Lecture Notes of the
Institute for Computer
Sciences, Social-Informatics
and Telecommunications
Engineering
Processo de refinamento e fomento de ideias coletivas.
Multimedia as a modern didactic tool – windows
EDU proof of concept project at czech technical
university in Prague
Andres e Svoboda 2017 Advances in Intelligent
Systems and Computing
A familiarização dos estudantes com as modernas
tecnologias didáticas.
Program entrepreneurship and innovation:
Education as the core of innovation
Garcia, Leles e
Romano 2017
Advances in Intelligent
Systems and Computing
A necessidade de empreendedores e a evolução do ensino
de empreendedorismo e inovação.
Learning technological innovation on mobile
applications by means of a spiral of projects Reverte e Clemente 2017
Advances in Intelligent
Systems and Computing
Os desafios do ensino de tecnologia da informação e
comunicação (TIC).
Transferring a Teaching Learning Sequence
Between Two Different Educational Contexts: the
Case of Greece and Finland
Spyrtou et al. 2016
International Journal of
Science and Mathematics
Education
A inovação como um componente crucial do ensino de
ciência de renovação em países europeus.
Enhancing non-technical skills by a
multidisciplinary engineering summer school Larsen et al. 2016
European Journal of
Engineering Education
A criação de produtos novos e inovadores por meio de
cursos de inovação no período de verão para alunos de
engenharia.
Escuela, TIC e innovación educativa school, ict
and teaching innovation
Vazquez-Cupeiro e
Lopez-Penedo 2016 Digital Education Review
Estudos de caso em escolas que investiram no ensino da
inovação.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
29
Figura 7 - Artigos mais citados com a palavra-chave environmental sustainability Número
de
citações
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do
periódico Assunto
2858 The path forward for biofuels and biomaterials Ragauskas et al. 2006 Science A biomassa e seu uso sustentável.
1908 Biomass recalcitrance: Engineering plants and
enzymes for biofuels production Himmel et al. 2007 Science
A biomassa lignocelulósica como potencial fonte
sustentável de açúcares mistos para fermentação de
biocombustíveis e outros biomateriais.
1381 Towards sustainability in world fisheries Pauly et al. 2002 Nature A não-sustentabilidade das pescas.
1380
Landscape perspectives on agricultural
intensification and biodiversity - Ecosystem service
management
Tscharntke et al. 2005 Ecology Letters
Efeitos negativos e positivos do uso da terra agrícola
para a conservação da biodiversidade e sua relação com
o ecossistema.
1360 Global change and the ecology of cities Grimm et al. 2008 Science Os desafios de sustentabilidade em busca de um mundo
mais urbanizado.
1359 A general framework for analyzing sustainability of
social-ecological systems Ostrom 2009 Science
Variáveis que afetam a probabilidade de auto-
organização nos esforços para alcançar um sistema
socio-ecológico complexo sustentável.
1224 Solutions for a cultivated planet Foley et a. 2011 Nature
O crescimento da produção de alimentos e as
necessidades futuras de segurança alimentar e
sustentabilidade do mundo.
1202 Agricultural intensification and ecosystem properties Matson et al. 1997 Science
O uso de estratégias de manejo baseadas em ecologia
para melhorar a sustentabilidade da produção agrícola,
e redução das consequências.
1098 From a literature review to a conceptual framework
for sustainable supply chain management Seuring e Muller 2008
Journal of
Cleaner
Production
Gerenciamento sustentável da cadeia de suprimentos.
1072 Biodiversity loss and its impact on humanity Cardinale et al. 2012 Nature
Como a perda de diversidade biológica irá alterar o
funcionamento dos ecossistemas e sua capacidade de
fornecer à sociedade os bens e serviços necessários para
prosperar.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
30
Figura 8 - Artigos mais recentes com a palavra-chave environmental sustainability
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
Indicator system for the sustainability assessment
of the German energy system and its transition Rosch et al. 2017
Energy, Sustainability
and Society
Indicadores necessários para a tomada de decisões políticas para
abordar adequadamente os aspectos de sustentabilidade do
sistema energético e sua transição, bem como para contribuir
para melhorar os sistemas de indicadores existentes.
ICT and environmental sustainability: A global
perspective Higón, Gholami e Shirazi 2017
Telematics and
Informatics
Impactos ambientais positivos e negativos das tecnologias de
informação e comunicação.
Overview of an effective governance policy for
mineral resource sustainability in Malaysia Goh e Effendi 2017 Resources Policy
Principais aspectos e quadro regulamentar da Política Nacional
de Minerais e os desafios enfrentados na sua implementação
para a sustentabilidade dos recursos minerais.
Measuring the marginal effect of pro-
environmental behaviour: Guided learning and
behavioural enhancement
Ting e Cheng 2017
Journal of Hospitality,
Leisure, Sport and
Tourism Education
Comportamento pró-ambiental através da participação dos
alunos e da aprendizagem orientada em um ambiente de estudo
baseado no ecoturismo-educação.
Modelling upper echelons’ behavioural drivers of
Green IT/IS adoption using an integrated
Interpretive Structural Modelling – Analytic
Network Process approach
Dalvi-Esfahani, Ramayah e
Nilashi 2017
Telematics and
Informatics
Drivers psicológicos que motivam os gestores de organizações
a adotar a tecnologia de informação verde dentro de suas
corporações.
Energy-efficient rail guided vehicle routing for
two-sided loading/unloading automated freight
handling system
Hu, Mao e Wei 2017 European Journal of
Operational Research
Transporte automatizado de carga por meio de veículos
ferroviários guiados.
Income Inequality and Carbon Emissions in the
United States: A State-level Analysis, 1997–2012 Jorgenson, Schor e Huang 2017 Ecological Economics
Relação entre as emissões de CO2 e medidas de desigualdade de
renda.
Progressing towards the development of
sustainable energy: A critical review on the
current status, applications, developmental
barriers and prospects of solar photovoltaic
systems in India
Manju e Sagar 2017
Renewable and
Sustainable Energy
Reviews
Igualdade entre o progresso econômico e a sustentabilidade
ambiental para um país em desenvolvimento.
Learning for sustainability through CIDA's
“Community-based pest management in Central
American agriculture” project: a deliberative,
experiential and iterative process
Sims 2017
Journal of
Environmental
Planning and
Management
Atividades de aprendizagem que promovem resultados
relacionados com a sustentabilidade ambiental.
An overview of life cycle assessment (LCA) and
research-based teaching in renewable and
sustainable energy education
Malkki e Alanne 2017
Renewable and
Sustainable Energy
Reviews
Avaliação do ciclo de vida e ensino baseado em pesquisa em
educação energética renovável e sustentável.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
31
Figura 9 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of environmental sustainability Número
de
citações
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
130
An integrated approach to achieving campus
sustainability: assessment of the current campus
environmental management practices
Alshuwaikhat e
Abubakar 2008
Journal of Cleaner
Production
A promoção da sustentabilidade no ensino e na
pesquisa como um dos fatores para atingir a
sustentabilidade do campus universitário.
66
What do engineering students learn in
sustainability courses? The effect of the
pedagogical approach
Segalas, Ferrer-Balas e
Mulder 2010
Journal of Cleaner
Production
As competências de desenvolvimento sustentável
introduzidas em universidades.
60 Going beyond the rhetoric: system-wide changes
in universities for sustainable societies Ferrer-Balas et al. 2010
Journal of Cleaner
Production
Mudanças em todo o sistema universitário para
sociedades sustentáveis.
41
Teaching sustainability as a contested concept:
capitalizing on variation in engineering
educators' conceptions of environmental, social
and economic sustainability
Carew e Mitchell 2008 Journal of Cleaner
Production As variações do ensino de sustentabilidade.
30 Sustainable chemistry: Starting points and
prospects
Boschen, Lenoir e
Scheringer 2003 Naturwissenschaften O conceito de química sustentável.
25 Classroom active learning complemented by an
online discussion forum to teach sustainability Dengler 2008
Journal of Geography in
Higher Education
Os benefícios pedagógicos do ensino complementar
on-line de sustentabilidade.
22
Assessing curricula contribution to
sustainability more holistically: Experiences
from the integration of curricula assessment and
students' perceptions at the Georgia Institute of
Technology
Watson et al. 2013 Journal of Cleaner
Production
Avaliação da contribuição do ensino de
sustentabilidade em cursos de engenharia.
22 Teaching sustainability in a global MBA:
Insights from the OneMBA Roome 2005
Business Strategy and the
Environment O ensino de sustentabilidade em um MBA global.
17
On teaching and learning resource and
environmental management: Reframing capacity
building in multicultural settings
Suchet-Pearson e
Howitt 2006 Australian Geographer
Recursos de ensino e aprendizagem e a gestão
ambiental.
17
The HOCS paradigm shift from disciplinary
knowledge (LOCS) - To interdisciplinary
evaluate, system thinking (HOCS): What should
it take science-technology-environment-society
oriented courses, curricula and assessment?
Zoller e Scholz 2004 Water Science and
Technology
Aprendizagem interdisciplinar e transdisciplinar na
tecnologia da ciência e na educação em engenharia
ambiental.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
32
Figura 10 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of environmental sustainability
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
An overview of life cycle assessment (LCA)
and research-based teaching in renewable
and sustainable energy education
Malkki e Alanne 2017 Renewable and Sustainable
Energy Reviews
Avaliação do ciclo de vida e ensino baseado em pesquisa em
educação energética renovável e sustentável.
Motivations of young people to study
landscape architecture
Lawson, Cushing e
Taborda 2017
Proceedings of the Institution of
Civil Engineers: Urban Design
and Planning
Motivações dos jovens para estudar arquitetura paisagística.
What is the status of food literacy in
Australian high schools? Perceptions of
home economics teachers
Ronto et al. 2017 Appetite
O ensino de adolescentes sobre comportamentos alimentares
saudáveis e aprendizado sobre alimentos por meio da
sustentabilidade ambiental.
Integrating learning and environmental
sustainability in a living, learning
community
Jones et al. 2016 OCEANS 2016 MTS/IEEE
Monterey
A integração da aprendizagem e da sustentabilidade
ambiental.
Improvement of efficiency through an
energy management program as a
sustainable practice in schools
Alfaris, Juaidi e
Manzano-Agugliaro 2016 Journal of Cleaner Production
Programa de gestão de energia como uma estratégia
sustentável para escolas.
The Coriolanus Online project Kanninen, Syrja e
Gorman 2016
AcademicMindtrek 2016 -
Proceedings of the 20th
International Academic
Mindtrek Conference
Projeto de mobilidade virtual entre universidades por meio
de um modelo mais ambientalmente sustentável.
Integrating geoscience into undergraduate
education about environment, society, and
sustainability using place-based learning:
three examples
Gosselin et al. 2016 Journal of Environmental
Studies and Sciences
A integração da geociência na educação sobre meio
ambiente, sociedade e sustentabilidade usando a
aprendizagem baseada em lugares.
Facing global sustainability issues:
teachers’ experiences of their own
practices in environmental and
sustainability education
Sund 2016 Environmental Educacion
Research
O enfrentamento dos problemas de sustentabilidade global
por meio de práticas em educação ambiental e de
sustentabilidade.
Ecological Footprint of Research
University Students: A Pilot Case Study in
Universiti Teknologi Malaysia
See, Wai e Zen 2016 MATEC Web of Conferences
Redução do impacto ambiental em busca de consumo
sustentável incluindo ensino-aprendizagem, pesquisa e
operações.
Vision of Curriculum and teaching from
Ecological Sustainability Huang, Zhong e Deng 2016 MATEC Web of Conferences O currículo e ensino de sustentabilidade ecológica.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
33
Figura 11 - Artigos mais citados com a palavra-chave entrepreneurship Número
de
citações
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
1946
Explicating dynamic capabilities: The nature and
microfoundations of (sustainable) enterprise
performance
Teece 2007 Strategic Management
Journal
Natureza e microfundamentos das capacidades
necessárias para sustentar o desempenho
empresarial superior em uma economia aberta
com inovação rápida e fontes globalmente
dispersas de invenção, inovação e capacidade de
fabricação.
1438 Prior Knowledge and the Discovery of
Entrepreneurial Opportunities Shane 2000 Organization Science
Descoberta de oportunidades em função da
distribuição da informação na sociedade.
1370 Correlates of entrepreneurship in three types of
firms Miller 1983 Management Science
Principais determinantes do empreendedorismo, o
processo pelo qual as organizações se renovam e
seus mercados por meio do pioneirismo, da
inovação e da tomada de riscos.
1189 The role of social and human capital among
nascent entrepreneurs Davidsson e Honig 2003
Journal of Business
Venturing
Comparação entre empreendedorismo nascente
com um grupo controle.
1028
Resource-based View of Strategic Alliance
Formation: Strategic and Social Effects in
Entrepreneurial Firms
Eisenhardt e
Schoonhoven 1996 Organization Science
Explicações sociais e estratégias alternativas para
a formação de alianças estratégicas.
717 Network-based research in entrepreneurship A
critical review Hoang e Antoncic 2003
Journal of Business
Venturing
Redes no empreendedorismo: conteúdo das
relações de rede, governança e estrutura.
706 The internationalization and performance of
SMEs Lu e Beamish 2001
Strategic Management
Journal
Desempenho das pequenas e médias empresas
com estratégia empreendedora de
internacionalização.
695
Internal capabilities, external networks, and
performance: A study on technology-based
ventures
Lee, Lee e
Pennings 2001
Strategic Management
Journal
A influência das capacidades internas e das redes
externas sobre o desempenho das empresas start-
up tecnológicas.
662
Entrepreneurship in the large corporation: A
longitudinal study of how established firms create
breakthrough inventions
Ahuja e Lampert 2001 Strategic Management
Journal
Modelo para explicar como empresas
estabelecidas desenvolvem invenções inovadoras.
545 Cultural entrepreneurship: Stories, legitimacy,
and the acquisition of resources Lounsbury e Glynn 2001
Strategic Management
Journal
O empreendedorismo cultural como o processo de
contar histórias para mediação entre os estoques
existentes de recursos empresariais e subsequente
aquisição de capital e criação de riqueza.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
34
Figura 12 - Artigos mais recentes com a palavra-chave entrepreneurship
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
Towards a social-ecological
understanding of sustainable
venturing
Munoz e Cohen 2017 Journal of Business
Venturing Insights
O avanço da teoria do empreendedorismo sustentável com
sincronia empresarial emergindo de uma abordagem indutiva.
The role of hybrid entrepreneurship
in explaining multiple job holders’
earnings structure
Schulz, Urbig e Procher 2017 Journal of Business
Venturing Insights
A evolução do empreendedorismo híbrido e a exploração múltipla
de empregos.
Misgivings about dismantling the
opportunity construct Wood 2017
Journal of Business
Venturing Insights
O conceito de oportunidade empresarial como fundamental para a
pesquisa em empreendedorismo.
On the simultaneity bias in the
relationship between risk attitudes,
entry into entrepreneurship and
entrepreneurial survival
Brachert, Hyll e Titze 2017 Applied Economics
Letters
Efeito das atitudes de riscos individuais sobre o
empreendedorismo.
Exploring the relationship between
entrepreneurial behavior and
teachers’ job satisfaction
Neto, Picanco e Panzer 2017 Teaching and Teacher
Education
Relação entre o comportamento empreendedor e a satisfação no
trabalho dos professores.
Initiating consensus: stakeholders
define entrepreneurship in
education
Omer e Yemini 2017 Educational Review Contexto e evolução do empreendedorismo educacional.
Regional agency and constitution of
new paths: a study of agency in early
formation of new paths on the west
coast of Norway
Holmen e Fosse 2017 European Planning
Studies
A inter-relação das agências regionais públicas e privadas na
constituição de novos caminhos para empreendedores.
Entrepreneurial development and
the different aspects of reflection Lindh 2017
International Journal of
Management Education Percepções dos alunos sobre o empreendedorismo.
Imagining future success:
Imaginative capacity on the
perceived performance of potential
agrisocio entrepreneurs
Liang et al. 2017 Thinking Skills and
Creativity
Percepção de desempenho dos negócios e fatores que influenciam
os negócios relacionados com o empreendedorismo social.
Follow the Leader or the Pack?
Regulatory Focus and Academic
Entrepreneurial Intentions
Johnson, Monsen e
MacKenzie 2017
Journal of Product
Innovation Management
O envolvimento de universitários pesquisadores com empresas
formais, organizações informais e atividades de negócios.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
35
Figura 13 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of entrepreneurship
Número de
citações Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
84
Becoming an entrepreneurial
university? A case study of
knowledge exchange relationships
and faculty attitudes in a medium-
sized, research-oriented university
Martinelli, Meyer e
Tunzelmann 2008
Journal of Technology
Transfer
As relações de intercâmbio de conhecimentos do
corpo docente para promover o
empreendedorismo.
54
Evaluation of entrepreneurship
education: Behaviour performing or
intention increasing?
Fayolle 2005
International Journal of
Entrepreneurship and
Small Business
Sistema de avaliação da educação para o
empreendedorismo.
46
Student perceptions of engineering
entrepreneurship: An exploratory
study
Dabbagh e Menasce 2006 Journal of Engineering
Education
As percepções dos estudantes de engenharia
sobre empreendedorismo.
46
Introducing engineering and science
students to entrepreneur ship:
Models and influential factors at six
American universities
Standish-Kuon e Rice 2002 Journal of Engineering
Education
Como estudantes de ciências e engenharia estão
sendo ensinados em relação ao
empreendedorismo.
44 Personal views on the future of
entrepreneurship education Fayolle 2013
Entrepreneurship and
Regional Development
Perspectivas sobre o futuro da educação para o
empreendedorismo.
42 Learning entrepreneurship in higher
education Taatila 2010 Education and Training
Aprendizagem do empreendedorismo no ensino
superior.
41
A project-based approach to
entrepreneurial leadership
education
Okudan e Rzasa 2006 Technovation Uma abordagem baseada em projetos para a
educação em liderança empreendedora.
31
Engineering students and
entrepreneurship education:
Involvement, attitudes and outcomes
Duval-Couetil, Reed-Rhoads
e Haghighi 2012
International Journal of
Engineering Education
O ensino de empreendedorismo em escolas de
engenharia.
25 Academic entrepreneurship and
business schools Wright et al. 2009
Journal of Technology
Transfer
O papel atual das escolas de negócios no ensino
de empreendedorismo.
23
A framework for developing
entrepreneurship education in a
university context
Blenker et al. 2008
International Journal of
Entrepreneurship and
Small Business
O desenvolvimento da educação para o
empreendedorismo num contexto universitário.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
36
Figura 14 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of entrepreneurship
Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto
Promoting entrepreneurship among
informatics engineering students:
insights from a case study
Fernandes et al. 2017 European Journal of
Engineering Education O ensino de empreendedorismo para estudantes de tecnologia.
Entrepreneurship in engineering
education: Graz university of
technology as a case study
Holler e Vorbach 2017 Advances in Intelligent
Systems and Computing O ensino de empreendedorismo para alunos de engenharia.
Program entrepreneurship and
innovation: Education as the core of
innovation
Garcia, Leles e Romano 2017 Advances in Intelligent
Systems and Computing
A necessidade de empreendedores e a evolução do ensino de
empreendedorismo e inovação.
Rhetorical work in crowd-based
entrepreneurship: Lessons learned
from teaching crowdfunding as an
emerging site of professional and
technical communication
Vealey e Gerding 2016
IEEE Transactions on
Professional
Communication
Como incorporar novas e emergentes formas de empreendedorismo
na educação.
Lookalike professional English Van Hout e Van Praet 2016
IEEE Transactions on
Professional
Communication
A importância do inglês profissional e sua contribuição para criação
de negócios mais inovadores utilizando a comunicação empresarial.
The role of religion in businesses from
a three-dimensional perspective –
Entrepreneurship, marketing and
organizational management
Agheorghiesei, Copoeru e
Horia 2016
Journal for the Study of
Religions and Ideologies
O papel do ensino de religião nas escolas públicas em uma
perspectiva tridimensional - empreendedorismo, marketing e gestão
organizacional.
Unpacking the impact of engineering
entrepreneurship education that
leverages the Lean LaunchPad
Curriculum
Huang-Saad, Morton e
Libarkin 2016
Proceedings - Frontiers in
Education Conference O papel do ensino de empreendedorismo nos cursos de engenharia.
I-Corps™ for Learning: Sustaining
and scaling STEM education
innovations for impact
Guerra e Smith 2016 Proceedings - Frontiers in
Education Conference Pesquisa de educação e inovação em engenharia.
Implementing lean LaunchPad
methodology into an engineering
professional development course
Davis e Bolen 2016 Proceedings - Frontiers in
Education Conference
O efeito da introdução e utilização do conceito Value Proposition
da Lean Launch Pad (LLP) em um curso de engenharia.
Revisioning academic
entrepreneurship at a public regional
comprehensive university in North
Carolina
Ray, Reilly e Tirrell 2016
IEEE International
Professional
Communication
Conference
O empreendedorismo acadêmico em uma universidade pública
regional.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
37
Conforme a Figura 3, em relação à palavra-chave inovação, os artigos mais citados
foram publicados no período entre de 1991 e 2007. Os principais assuntos abordados nesses
artigos tratam de inovação com o viés das capacidades dinâmicas em ambientes de rápidas
mudanças, o papel de tecnologia da informação que está cada vez mais presente nos negócios,
medição de desempenho organizacional, desenvolvimento de novos produtos e serviços, custos
de pesquisa e desenvolvimento, manutenção de inovações e práticas de gestão do conhecimento
nas organizações.
Nesse contexto, na Figura 4, os artigos mais recentes para a mesma temática abordam
design gráfico e redes sociais, desafios da qualidade de dados abertos, compras móveis e
mobilidade, o papel crucial da cultura nas inovações, relacionamento entre analistas com
inovação, relação entre comportamentos dos consumidores com o ritmo das inovações e
práticas educacionais inovadoras.
Na Figura 5, constam os artigos mais citados sobre a palavra-chave ensino de inovação.
Esses artigos foram publicados no período entre 1993 e 2011 e os assuntos mais abordados
foram: uso de tecnologia da informação por meio de registros eletrônicos em hospitais, a web
2.0 e sua utilização na área da saúde, formação médica baseada em competências, programa
educacional de prevenção psicossocial, contribuição da Fundação Carnegie na inovação
educacional, desafios da pesquisa na enfermagem e o papel das novas tecnologias no processo
de aprendizagem.
Conforme a Figura 6, os artigos mais recentes da palavra-chave ensino de inovação
abordam a relação entre o desempenho da pesquisa e a qualidade do ensino no contexto do
sistema universitário, sistema de avaliação de recursos humanos em faculdades e universidades,
desenvolvimento e aprendizagem de conhecimento em uma indústria.
Nesse cenário, também elenca-se o material educacional para apoiar a motivação do
recolhimento de lixos para alunos do ensino fundamental, viabilidade do design para
sustentabilidade e inovação social, processo de refinamento e fomento de ideias coletivas, a
familiarização dos estudantes com as modernas tecnologias didáticas, a necessidade do ensino
de empreendedorismo e inovação, importância da introdução da perspectiva de gênero no
campo da Economia, os desafios do ensino de tecnologia da informação e comunicação (TIC).
Na Figura 7, os artigos mais citados da palavra-chave sustentabilidade ambiental
ocorreram no período compreendido entre 1997 e 2012 e retratam sobre a biomassa, não-
sustentabilidade das pescas, conservação da biodiversidade, desafios da sustentabilidade, auto-
organização do sistema sócio ecológico complexo sustentável, necessidades futuras de
segurança alimentar, sustentabilidade agrícola e funcionamento do ecossistema.
38
Contudo, a Figura 8 apresenta os artigos mais recentes para a mesma temática e aborda
a sustentabilidade do sistema energético, impactos ambientais das tecnologias da informação e
comunicação, sustentabilidade dos recursos minerais, aprendizagem orientada para ecoturismo,
tecnologia da informação verde, progresso econômico e sustentabilidade ambiental, efeito
estufa e desenvolvimento local com planejamento ambiental.
Na Figura 9, constam os artigos mais citados para a palavra-chave ensino de
sustentabilidade ambiental. Essas publicações ocorreram no período compreendido entre 2003
e 2013. Os assuntos abordados ressaltam a abordagem integrada para alcançar a
sustentabilidade do campus universitário, as competências de desenvolvimento sustentável
introduzidas em universidades e mudanças em todo o sistema universitário para sociedades
sustentáveis. Assim como, as variações do ensino de sustentabilidade, o conceito de química
sustentável, os benefícios pedagógicos do ensino complementar on-line de sustentabilidade,
avaliação da contribuição do ensino de sustentabilidade em cursos de engenharia, o ensino de
sustentabilidade em um MBA global, modelo integrado de avaliação de sustentabilidade para
escolas, recursos de ensino e aprendizagem e a gestão ambiental.
Os artigos mais recentes para a palavra-chave ensino de sustentabilidade ambiental estão
elencados na Figura 10. Os assuntos abordados destacam a avaliação do ciclo de vida e ensino
baseado em pesquisa em educação energética renovável e sustentável, motivações dos jovens
para estudar arquitetura paisagística, o ensino de adolescentes sobre comportamentos
alimentares saudáveis, a integração da aprendizagem e da sustentabilidade ambiental, programa
de gestão de energia como uma estratégia sustentável para escolas, projeto de mobilidade virtual
entre universidades. Nesse cenário, elenca-se a integração da geociência na educação sobre
meio ambiente, sociedade e sustentabilidade usando a aprendizagem baseada em lugares, o
enfrentamento dos problemas de sustentabilidade global por meio de práticas em educação
ambiental e de sustentabilidade, a pegada ecológica de alunos universitários, o currículo e
ensino de sustentabilidade ecológica.
De acordo com a Figura 11, observa-se que os artigos mais citados para a palavra-chave
empreendedorismo foram no período entre 1983 e 2007 e abordam questões de desempenho
empresarial, descoberta de oportunidades, determinantes do empreendedorismo, formação de
alianças estratégicas e redes, capacidades internas e externas, empreendedorismo nascente e
estratégias empreendedora de internacionalização.
A Figura 12 destaca os artigos mais recentes para a mesma temática e abordam
empreendedorismo sustentável, empreendedorismo híbrido, oportunidade empresarial, riscos
39
individuais, comportamento empreendedor, empreendedorismo educacional, agências públicas
e privadas, percepções dos alunos sobre o empreendedorismo e empreendedorismo social.
Na Figura 13, constam os artigos mais citados sobre a palavra-chave ensino de
empreendedorismo. Esses artigos compreendem o período entre 2002 e 2013. Os assuntos
abordados foram as relações de intercâmbio de conhecimentos do corpo docente para promover
o empreendedorismo, sistema de avaliação da educação para o empreendedorismo, as
percepções dos estudantes de engenharia sobre empreendedorismo, como estudantes de
ciências e engenharia estão sendo ensinados em relação ao empreendedorismo; Os artigos
também apresentam as temáticas de perspectivas sobre o futuro da educação para o
empreendedorismo, aprendizagem do empreendedorismo no ensino superior, abordagem
baseada em projetos para a educação em liderança empresarial, ensino de empreendedorismo
em escolas de Engenharia, o papel atual das escolas de negócios no ensino de empreendimento
e o desenvolvimento da educação para o empreendedorismo num contexto universitário.
Os artigos mais recentes para a palavra-chave ensino de empreendedorismo constam na
Figura 14 e têm como assuntos discutidos o ensino de empreendedorismo para estudantes de
tecnologia e para alunos de engenharia, a necessidade de empreendedores e a evolução do
ensino de empreendedorismo, como incorporar novas e emergentes formas de
empreendedorismo na educação, a importância do inglês profissional, pesquisa de educação e
inovação em engenharia, e, empreendedorismo acadêmico em uma universidade pública
regional.
Cabe ressaltar que, neste capítulo, foram desdobrados os conceitos abordados com a
pesquisa na base de dados Scopus e o complemento de outras fontes, tais como artigos,
dissertações, teses e livros com o intuito de consolidar a presente fundamentação teórica.
2.1 INOVAÇÃO
O termo inovação teve como um dos primeiros autores Schumpeter (1934), que, em sua
obra The theory of economic development, apresentou a figura do empresário inovador,
considerando esse empresário um agente econômico que leva ao mercado novos produtos, seja
pela associação mais eficiente dos fatores de produção, seja pela inserção prática de alguma
invenção ou inovação tecnológica. O autor ainda complementa que uma inovação somente é
completa quando há uma transação comercial envolvendo uma invenção, e, por conseguinte,
gerando riqueza.
40
As empresas precisam identificar novas oportunidades e organizá-las de forma eficaz e
eficiente para aproveitá-las e isso pode ser mais importante para a geração de riqueza do que a
estratégia em si (TEECE; PISANO; SCHUEN, 1997).
É crescente o uso de tecnologia da informação e a aceitação por parte do usuário vem
sendo pesquisada. Venkatesh et al. (2003) desenvolveram um modelo para gestores avaliarem
a probabilidade de sucesso das introduções de novas tecnologias. A comparação entre modelo
de aceitação e variações do comportamento foi tema de estudo de Taylor e Pidd (1995).
Também estão sendo desenvolvidos instrumentos para medir percepções de indivíduos sobre a
adoção de inovação em tecnologia da informação (MOORE; BENBASAT, 1991).
A inovação é o instrumento específico do empreendedor e tanto um quanto outro são
necessários para a sociedade e para a economia (DRUCKER, 1985). Nesse cenário, os gerentes
de novos projetos de desenvolvimento de produtos e processos vêm enfrentando um paradoxo:
como aproveitar as capacidades essenciais instaladas e lidar com a rigidez dos processos
organizacionais, sendo que os projetos desempenham um papel importante nas estratégias
emergentes, destacando a necessidade de mudança e liderando o caminho? (LEONARD-
BARTON, 1992).
A inovação está cada vez mais presente em empresas de serviços e, para Greenhalgh et
al. (2004), também estão sendo disseminadas e mantidas inovações em serviços,
especificamente os relacionados à saúde. Já DiMasi, Hansen e Grabowski (2003) identificaram
que os custos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) aumentaram a uma taxa anual de 7,4%
acima da inflação, evidenciando um obstáculo para inovar. Kaplan e Norton (1992)
desenvolveram um modelo de medição que busca o equilíbrio entre medidas financeiras e
operacionais e que permite visualizar a empresa de várias perspectivas simultaneamente.
Um outro viés que está recebendo a atenção é referente às práticas de gestão do
conhecimento atrelada à inovação. Nessa direção, para Hansen, Nohria e Tierney (1999), a
escolha da estratégia de gestão de conhecimento da empresa não é arbitrária e deve ser
direcionada pela estratégia competitiva da empresa.
As capacidades dinâmicas são necessárias para sustentar o desempenho empresarial
superior em uma economia aberta com inovação rápida e fontes globalmente dispersas de
invenção, inovação e capacidade de fabricação, bem como os dados abertos ou públicos; Isso
contribui para desbloquear o potencial de inovação de empresas e governos (TEECE, 2007;
SADIQ; INDUSKA, 2017).
Recentemente, a inovação aberta e a cocriação têm recebido ênfase dos pesquisadores.
Nesse cenário, para Hernández (2017), o processo de design gráfico – ferramenta de
41
comunicação que trabalha com sinais visuais, com a participação pública na tomada de decisões
por meio de redes sociais – é uma alternativa. Assim, a tecnologia vem transformando e
inovando o mundo dos negócios e, na visão de Gupta e Arora (2017), a utilização de plataformas
móveis para compras vem influenciando o raciocínio comportamental dos consumidores.
Em pesquisa realizada por Bankole e Bankole (2017) sobre a influência da cultura na
inovação, os resultados indicaram que a cultura é um conceito apropriado para descrever de que
modo a inovação nas tecnologias de informação e comunicação pode ser influenciada pelo
comportamento humano e, por isso, essa tecnologia é um determinante crucial das inovações.
Os autores complementam que a inovação é uma das principais forças para o desenvolvimento
socioeconômico e, assim, torna-se o elemento chave para estimular o crescimento da economia
de uma nação.
Os comportamentos dos consumidores estão relacionados com o ritmo da inovação
tecnológica, pois conforme Park e Koh (2017), a expectativa de que algo mais novo, melhor e
mais barato esteja disponível no momento inicial de lançamento irá influenciar fortemente a
resistência dos consumidores à adoção dessa tecnologia inicial e mais cara e, nesse contexto,
poderá prevalecer sua vontade de adiar a compra, de modo a esperar mais mudanças e
melhorias.
Em estudo sobre a relação entre a equipe de analistas e o processo de inovação, Jung
(2017) identificou que embora seja caro para as empresas se engajar nas atividades associadas
ao aprimoramento do relacionamento com os analistas, há benefícios em termo de retorno sobre
o investimento para compensar esses custos. Conforme o autor, inicialmente existem custos e
o retorno é baixo, mas, depois, a empresa obtém resultados, ou seja, no médio e longo prazo,
torna-se vantajoso.
A tecnologia e a inovação estão cada vez mais presentes nas organizações mas ainda é
um desafio sua efetiva implantação, conforme apontam Faber, Van Geenhuizen e De Reuver
(2017) e Chen e Lin (2017).
Contudo, a tecnologia e a inovação vem sendo implementadas em algumas práticas
educacionais inovadoras, segundo apontam Vermeir, Kelchtermans e Marz (2017), ocorrendo
por meio de artefatos educacionais que os professores implementam, abrangendo três
configurações: i) uso fiel; ii) uso seletivo; e iii) e uso estendido; o que acrescenta mais evidência
para questionar criticamente a abordagem de fidelidade no estudo de inovações.
42
2.1.1 Ensino de inovação
Para Martin-blas e Serrano-Fernandez (2009), as novas tecnologias têm um papel
importante no processo de aprendizagem. Os pesquisadores identificaram que, por meio da
plataforma on-line Moodle, houve um melhor desenvolvimento do curso, pois a comunidade de
aprendizagem on-line auxiliou professores e alunos a ter um espaço virtual no qual era possível
compartilhar conhecimento a partir de diferentes tipos de atividades supervisionadas, bate-
papos e fóruns.
Browning et al. (2007) identificaram por meio de um programa educacional inovador
fundamentado em princípios de aprendizagem relacional que conversas desafiadoras criam um
clima seguro para a aprendizagem, apresentando cenários emocionalmente propícios e
integrando às perspectivas dos públicos. Na visão de Ten Cate, Scheele e Ten Cate (2007), a
introdução da formação de pós-graduação baseada em competências é um avanço importante,
mas evoca questões críticas de currículo, e práticas de ensino devem estar atreladas à inoivação.
Para Irbu, Cooke e O’Brien (2010), com a publicação do Relatório Flexner em 1910, a
Fundação Carnegie contribuiu para a inovação educacional e para a reforma da educação de
graduação e pós-graduação. Segundo os autores, aproximadamente uma década após a
publicação do Relatório de Flexner, uma forte forma cientificamente orientada e rigorosa de
educação tornou-se bem estabelecida e, desde então, suas estruturas e processos tiveram poucas
alterações.
Nesse contexto, o ensino de engenharia vem adotando inovações educacionais, mas
ainda tem como foco as habilidades técnicas e, no entanto, em suas carreiras subsequentes, uma
parcela significativa de seu tempo precisa ser dedicada a habilidades não técnicas (BORREGO;
FROYD; HALL, 2010; LARSEN et al., 2016).
Lopez-Perez, Perez-Lopez e Rodriguez-Ariza (2011) identificaram que as novas
tecnologias da informação e da comunicação (TIC) proporcionam aos educadores e alunos um
ambiente de aprendizagem inovador para estimular e melhorar o processo de ensino e
aprendizagem.
A Web 2.0 relaciona-se com capacitação e desenvolvimento por meio dos serviços de
redes sociais, filtragem colaborativa, motores de busca social, compartilhamento de arquivos e
mensagens instantâneas; e representa uma maneira bastante revolucionária e inovadora de
gerenciar e reorientar repositórios de informações e conhecimento on-line, incluindo
informações técnicas e de pesquisa, em comparação com o modelo tradicional da Web 1.0
(BOULOS; WHEELER, 2007).
43
Artes, Pedraja-Chaparro e Salinas-Jimenez (2017) estudaram a relação entre o
desempenho da pesquisa e a qualidade do ensino no contexto do sistema universitário espanhol.
Os resultados sugerem que, em média, os professores que estão mais envolvidos na pesquisa
obtêm melhores resultados em suas avaliações de ensino.
Conforme Zhao e Tao (2017), os recursos humanos em faculdades e universidades
necessitam de estratégias de inovação, o que pode primar para a qualidade e a eficiência.
Coerentemente, a viabilidade do design para sustentabilidade na prática e no ensino de inovação
social na China foi tema de estudo de Lyu (2017), que ressalta que as formas de prática viável
incluem valorizar a inovação, o que é justificado pelo propósito de descobrir um conjunto de
métodos de práticas eficazes de ensino.
Meza et al. (2017) afirmam que atualmente a sociedade e as organizações enfrentam
uma inovação acelerada que requer o envolvimento de profissionais com novas habilidades e
atitudes, especialmente aquelas relacionadas à criatividade coletiva. Para os pesquisadores, os
ambientes educacionais estão lentamente integrando paradigmas emergentes, limitando a
contribuição para o desenvolvimento de habilidades importantes relacionadas à inovação.
Para Andres e Svoboda (2017), as tecnologias da informação e da comunicação
sofreram, nos últimos anos, um rápido desenvolvimento, com consequências também para a
esfera da educação. Segundo os pesquisadores, a reflexão sobre as tendências didáticas
modernas ocorre nas fronteiras das disciplinas pedagógicas, psicológicas e também
sociológicas, bem como o desenvolvimento tem vindo a acelerar consideravelmente em
consequência das mudanças e inovações tecnológicas em curso, e, assim, é necessário
familiarizar os estudantes com as modernas tecnologias didáticas para o melhor aproveitamento
no processo educacional.
Nesse contexto, o ensino de inovação apresenta um processo de refinamento e fomento
de ideias coletivas, além da familiarização dos estudantes com as modernas tecnologias
didáticas (SPYRTOU et al., 2016; VAZQUEZ-CUPEIRO; LOPEZ-PENEDO, 2016). A
necessidade do ensino de inovação para o empreendedorismo, têm importância em diversos
campos de estudo, tais como Administração, Economia, Engenharia, Saúde e TIC
(HENNEMAN; CUNNINGHAM, 2005; CARSON et al., 1996; GUNASEKARA, 2006;
BORREGO et al., 2010; LARSEN et al., 2016; REVERTE; CLEMENTE, 2017). Nesse
contexto, fica evidenciado que, com o crescimento signiticativo do empreendedorismo por meio
de novas formas de economias emergentes, torna-se necessário o ensino de inovação para o
empreendedor inovar de alguma forma (GARCIA et al., 2017).
44
Vazquez-Cupeiro e Lopez-Penedo (2016) pesquisaram sobre as mudanças pedagógicas
e metodológicas relacionadas ao uso de novas tecnologias e perceberam que um número cada
vez maior de pesquisas explora as novas tecnologias incorporadas nas escolas e,
particularmente, investiga se esse processo envolve métodos inovadores de ensino, seja porque
essas tecnologias modificam os métodos de ensino, seja porque os apoiam.
O papel das universidades com relação à inovação evoluiu nos últimos 20 anos. Isso
vem ocorrendo pela reformulação e pela transformação das duas funções tradicionais de ensino
e pesquisa. O relacionamento das universidades com empresas e governo vem proporcionando
a inserção mais intensa do tema da inovação no cotidiano, principalmente dos alunos e
professores (GUNASEKARA, 2006).
As novas tecnologias e o ensino baseado em competências, inovações educacionais e
desenvolvimento de habilidades não técnicas proporcionam a educadores e alunos um ambiente
de aprendizagem inovador para estimular e melhorar o processo de ensino e aprendizagem
(TEN CATE; SCHEELE; TEN CATE, 2007; MARTIN-BLAS; SERRANO-FERNANDEZ,
2009; IRBU; COOKE; O’BRIEN, 2010; BORREGO; FROYD; HALL, 2010; LARSEN et al.,
2016).
Nesse contexto, fica evidenciado que, com o crescimento significativo do
empreendedorismo por meio de novas formas de economias emergentes, torna-se necessário o
ensino para o empreendedor inovar de alguma forma (GARCIA; LELES; ROMANO, 2017).
Para tanto, sugere-se a primeira hipótese de pesquisa:
H1: O Ensino de Inovação está positivamente relacionado com o Empreendedorismo.
2.2 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
A sustentabilidade ambiental está relacionada com a capacidade de suporte, resiliência
e resistência dos ecossistemas (ALVAREZ; MOTA, 2010). Tem relação com o
desenvolvimento sustentável, que, segundo o Relatório Brundtland (1987), é aquele que atende
às necessidades presentes, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem
às suas próprias necessidades.
Para Severo (2013), a sustentabilidade ambiental, assim como a inovação, pode se tornar
fundamental para a promoção da competitividade das organizações, tanto no contexto regional
quanto no global. Conforme a autora, uma organização sustentável é aquela que
simultaneamente procura ser eficiente em termos econômicos e ambientais.
45
A biomassa é reconhecida como uma potencial fonte sustentável para fermentação de
biocombustíveis e outros biomateriais, pois é um recurso renovável e sua utilização melhorada
poderia suprir várias necessidades da sociedade, levando a um novo paradigma de fabricação,
como por exemplo a produção de bioenergia (RAGAUSKAS et al., 2006; HIMMEL et al.,
2007). Segundo os autores, o desafio atual para a produção de energia sustentável é superar as
propriedades químicas e estruturais que evoluíram na biomassa para evitar sua decomposição
e também fazer com que o processo de conversão seja competitivo em termos de custos.
Um problema mundial são as pescas, pois raramente têm sido sustentáveis, e isso
ocorreu devido a um esgotamento em série, mascarado por tecnologia aprimorada e pela
expansão geográfica sem precedentes (PAULY et al., 2002; OSTROM, 2009). Tscharntke et
al. (2005) afirmam que existe uma preocupação com os efeitos negativos do uso da terra
agrícola para a conservação da biodiversidade e também sua relação com o ecossistema. Para
eles, a agricultura pode contribuir para a conservação de sistemas de alta diversidade, que
podem proporcionar importantes benefícios, tais como a polinização e o controle biológico.
Existem muitos desafios em termos de sustentabilidade ambiental, para a busca de uma
maior urbanização (GRIMM et al., 2008). Os autores destacam que as áreas urbanas
impulsionam mudanças ambientais em escalas múltiplas, e as exigências materiais da produção
e do consumo humano alteram o uso e a cobertura da terra e a biodiversidade, tanto em nível
local quanto regional, afetando principalmente o clima.
Conforme Foley et al. (2011), o aumento da população e do consumo está colocando
demandas sem precedentes na agricultura e nos recursos naturais, pois os sistemas agrícolas
estão degradando simultaneamente a terra, a água, a biodiversidade e o clima em uma escala
global. Matson (1997) complementa afirmando que a expansão e a intensificação do cultivo
estão entre as mudanças globais predominantes neste século, o que contribui para a busca da
solução em torno de uma intensificação da agricultura através da utilização de variedades de
culturas de alto rendimento, fertilização, irrigação e pesticidas para o aumento da produção de
alimentos.
Para Seuring e Muller (2008), o interesse acadêmico e corporativo na gestão sustentável
da cadeia de suprimentos aumentou consideravelmente nos últimos anos, e isso pode ser
constatado pelo crescente número de artigos publicados na área. Para os autores, a pesquisa
ainda é dominada por questões ambientais, mas os aspectos sociais e também a integração das
três dimensões da sustentabilidade são ainda raros e devem ser pesquisados, tanto por
profissionais quanto alunos, pensando nas consequências para as próximas gerações.
46
Segundo Higón, Gholami e Shirazi (2017), estudos recentes têm destacado os impactos
ambientais positivos e negativos das tecnologias de informação e comunicação (TICs), as quais
estão entre as fontes que contribuem para o aumento dos níveis de emissões de CO2, em termos
de produção de máquinas e dispositivos de TIC, consumo de energia e reciclagem de resíduos
eletrônicos. Os autores ressaltam que as TICs podem reduzir as emissões de CO2 em escala
global, por meio do desenvolvimento de cidades mais inteligentes, sistemas de transporte, redes
elétricas, processos industriais e ganhos de energia.
Jorgenson, Schor e Huang (2017), ao pesquisarem sobre a relação entre as emissões de
CO2 e medidas de desigualdade de renda, identificaram que quando os rendimentos se tornam
mais equitativamente distribuídos, a classe de baixa renda vai aumentar o seu consumo de
energia e outros produtos intensivos em carbono à medida que passam para a classe média. Já
Manju e Sagar (2017) realizaram um estudo relacionado com igualdade entre o progresso
econômico e a sustentabilidade ambiental. Eles acreditam que, a fim de obter energia
sustentável e estável a longo prazo, é necessário um progresso significativo nos setores das
energias renováveis, e os governos precisam identificar políticas para subsídios, incentivando
a utilização de sistemas solares fotovoltaicos.
Dalvi-Esfahani, Ramayah e Nilashi (2017) pesquisaram sobre os vários drivers
psicológicos que motivam os gestores de organizações a adotar a tecnologia de informação
verde (Green IT) e o sistema de informação verde (Green IS) dentro de suas corporações.
Segundo os autores, é necessário formular políticas para o entendimento e o desenvolvimento
de estratégias para direcionar e selecionar um indivíduo para a posição gerencial com uma
mentalidade mais voltada para a sustentabilidade ambiental.
Em relação aos aspectos de sustentabilidade do sistema enérgico, Rosch et al. (2017)
entendem que são necessários indicadores para a tomada de decisões políticas no intuito de
abordar adequadamente o tema, pois é uma alternativa em resposta às alterações climáticas, à
limitada disponibilidade de combustíveis fósseis e aos riscos associados à energia nuclear,
proporcionando uma transição energética para alcançar um fornecimento sustentável e
ambientalmente sólido de serviços energéticos apoiando o desenvolvimento de estratégias
políticas para uma transição energética bem-sucedida.
Coerentemente, uma indústria de recursos minerais de classe mundial é definida com
excelência em termos de qualidade, desempenho e desenvolvimento dos produtos de rocha
dentro das especificações, bem como uma indústria mineral sustentável precisa satisfazer às
necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade das futuras gerações. Desse
modo, os líderes mundiais necessitam trabalhar tendo por base a responsabilidade, a garantia
47
de qualidade e práticas de trabalho seguras, para uma iniciativa de sustentabilidade bem-
sucedida (GOH; EFFENDI, 2017).
Ting e Cheng (2017) destacam que uma possibilidade de evolução em termos de
sustentabilidade ambiental se efetiva por meio do desenvolvimento do comportamento pró-
ambiental através de estudos com alunos e inclusão de atividades de aprendizagem vivenciais,
como por exemplo, o turismo sustentável. Os autores afirmam que as participações dos alunos,
juntamente com guias profissionais, têm efeitos significativos e positivos sobre o
comportamento pró-ambiental e os resultados têm o potencial de posicionar a aprendizagem
participativa e orientada como soluções eficazes na promoção de resultados de educação
positiva entre os indivíduos.
Uma iniciativa em termos de transporte de cargas é a expansão da utilização de veículos
ferroviários guiados e automatizados, pois isso proporciona a eficiente utilização de energia,
gerando resultados benéficos tanto para a sustentabilidade financeira quanto para a ambiental
(HU; MAO; WEI, 2017).
2.2.1 Ensino de sustentabilidade ambiental
Para Alshuwaikhat e Abubakar (2008), as universidades podem ser consideradas como
pequenas cidades, devido à sua grande dimensão, população e atividades complexas e
consequentemente têm alguns impactos diretos e indiretos sobre o ambiente. Os autores
ressaltam que uma alternativa para remediar as limitações das atuais práticas de gestão
ambiental nas universidades e garantir mais sustentabilidade envolve a integração de três
estratégias: Sistema de Gestão Ambiental (SGA), participação pública e responsabilidade social
e promoção da sustentabilidade no ensino e na pesquisa.
Segundo Segalas, Ferrer-Balas e Mulder (2010), a introdução de cursos de
desenvolvimento sustentável tem sido importante para muitas universidades tecnológicas,
agências de acreditação e redes universitárias nacionais e internacionais. Assim, os alunos
percebem a sustentabilidade como relacionada à tecnologia, para contribuir para resolver os
problemas ambientais do planeta e também preenchem a lacuna dos aspectos sociais e
atitudinais da sustentabilidade não percebidos pelos alunos inicialmente. Ainda conforme os
autores, os cursos que aplicam uma abordagem pedagógica mais orientada para a comunidade
e construtiva com aprendizagem ativa aumentam o conhecimento dos alunos sobre
desenvolvimento sustentável.
48
De acordo com Ferrer-Balas et al. (2010), é necessário repensar como as IES estão
enfrentando a sustentabilidade, e, a partir disso, analisar como acelerar o ritmo de trabalho,
visando a um modelo de transição para se tornarem sociedades sustentáveis. Para os
pesquisadores, essa questão centra-se em mudanças em valores, atitudes e motivações, bem
como em currículos, interações sociais e avaliações dos impactos da pesquisa. Carew e Mitchell
(2008), por sua vez, pesquisaram sobre a variação em conceitos de sustentabilidade ambiental,
social e econômica no ensino superior, bem como identificaram uma ampla gama de ações que
os acadêmicos participantes associaram com a realização da sustentabilidade, percebendo a
importância dessa temática para a aprendizagem e o ensino de sustentabilidade na graduação.
Boschen, Lenoir e Scheringer (2003) ressaltam a importância so estudo da
sustentabilidade, que tem como elemento a pesquisa visando à otimização de processos e
produtos químicos com respeito ao consumo de energia, material, segurança, toxicidade,
degradação ambiental, entre outros. Os pesquisadores defendem que a química sustentável
deveria também abordar o aspecto social da sustentabilidade, o que, por sua vez, é entendido
como uma contribuição para uma prática científica mais sustentável.
Dengler (2008) identificou benefícios pedagógicos de um curso de aprendizado ativo
complementado por um fórum de discussão on-line para ensinar a sustentabilidade. O autor
sugere o e-learning como complemento à sala de aula, pois pode aumentar as oportunidades de
participação dos alunos, e, com isso, potencializar a participação e as discussões em uma sala
de aula tradicional no que tange a sustentabilidade.
Contudo, ocorreu aumento na quantidade de IES que incorporaram a sustentabilidade
em seu ensino, entretanto, são necessárias reformas curriculares para melhorar o ensino de
implicações que o trabalho tem sobre o meio ambiente e a sociedade, pois a busca pela
sustentabilidade requer mudança de paradigma de crescimento, visando a ciência-tecnologia-
meio-ambiente-sociedade, indicando que o caminho pela educação é inevitável (WATSON et
at., 2013; ZOLLER; SCHOLZ, 2004).
Nesse cenário, Roome (2005) estudou sobre um módulo destinado a proporcionar
educação para a sustentabilidade, no âmbito da nova geração de MBAs (Master in Business
Administration), tendo como ênfase uma abordagem específica do contexto, na implantação de
habilidades de pensamento de sistemas e no engajamento das partes interessadas. O módulo
abordou os paradoxos que surgem entre as partes interessadas das cadeias de suprimentos
globais, tendo a sustentabilidade sido considerada a partir de perspectivas.
49
Lawson, Cushing e Taborda (2017) afirmam que a arquitetura de paisagem é um campo
de educação interdisciplinar que busca atrair o interesse de alunos e no qual as motivações são
muitas vezes ligadas ao seu afeto pelo ambiente e ao cotidiano de suas vidas. Para Ronto et al.
(2017), embora ocorra a introdução de conceitos mais amplos de alfabetização de alunos de
ensino médio, por meio da sustentabilidade ambiental, a falta de recursos financeiros e
ambientes escolares não favoráveis, são considerados como os principais fatores que impedem
a educação e os comportamentos saudáveis dos adolescentes.
Segundo Jones et al. (2016), a aprendizagem integrativa no ensino superior é uma área
em rápido desenvolvimento e se efetiva por meio da exploração de novas maneiras de conectar
os alunos, dentro e fora da sala de aula. Para os autores, é possível desenvolver e implementar
uma abordagem extracurricular como parte da missão de educar sobre o meio ambiente e a
sustentabilidade ambiental.
Para Alfaris, Juaidi e Manzano-Agugliaro (2016), como resultado do crescimento
populacional, o setor educacional está crescendo rapidamente. Desse modo, as escolas
necessitam grandes quantidades de energia, ocasionando um impacto negativo no ambiente,
aumentando as emissões de carbono, bem como o esgotamento dos recursos energéticos não
renováveis. Os autores sugerem como estratégia sustentável a melhoria da eficiência energética
por meio das melhores práticas de gestão em conjunto com alunos e professores durante as fases
operacionais.
Para Kanninen, Syrja e Gorman (2016), o espaço de ensaio virtual criado em ambos os
locais, por meio da disposição de tecnologia voltada a videoconferências, ao uso de telas de
projeção, a conexões de internet de alta velocidade e a microfones de alto desempenho permite
uma solução educacional sustentável. Conforme Gosselin et al. (2016), a aprendizagem baseada
no local é uma prática educacional útil para interligar conceitos de geociências a questões
sociais, com o objetivo de promover a sustentabilidade ambiental.
Sund (2016) identificou que, nos últimos 20 anos, organizações internacionais e
governos nacionais enfatizaram a necessidade de orientar as políticas de educação para a
mudança social e a sustentabilidade ambiental. Coerentemente, a redução do impacto ambiental
em busca de consumo sustentável inclui ensino-aprendizagem, pesquisa e operações, assim,
estratégias ecológicas são alternativas para a redução do impacto ambiental e a obtenção do
consumo sustentável, incluindo ensino-aprendizagem, pesquisa e operações (SEE; WAI; ZEN,
2016).
O antropocentrismo da sociedade moderna, conforme aduzem Huang, Zhong e Deng
(2016), leva a grandes danos ao meio ambiente, e, a fim de proteger o meio ambiente, a
50
humanidade enfrenta uma séria crise ecológica. Conforme os autores, a humanidade deve
abandonar as diferenças políticas e religiosas e tomar o caminho para o desenvolvimento
sustentável, com uma educação moderna, prestação de informação ambiental e contribuição
para a proteção do ambiente.
A necessidade de implantar sistemas de gestão ambiental e promoção da
sustentabilidade na pesquisa, bem como a ainserção do ensino de sustentabilidade, contribui
para o futuro das novas gerações, e isto está atrelado a capacidade de se empreender e inovar
nas IES (ZOLLER; SCHOLZ, 2004; ALSHUWAIKHAT; ABUBAKAR, 2008; SEGALAS;
FERRER-BALAS; MULDER, 2010; WATSON et al. 2013; SEE; WAI; ZEN; 2016). Neste
contexto, apresenta-se a segunda hipótese de pesquisa:
H2: O Ensino de Sustentabilidade Ambiental está positivamente relacionado com o
Empreendedorismo.
2.3 EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo tem origem na obra Essay on the nature of commerce in general
de Cantillon (1959), na qual se define empreendedor como recebedor de uma renda não fixa,
isso é, variável devido à demanda desconhecida por seu produto. A obra ainda remete à
compreensão de que o empreendedor trouxe equilíbrio para um mercado ao atender às
preferências do consumidor.
Schumpeter (1934), além do destaque em relação ao tema da inovação, também é
reconhecido pelas contribuições no tema empreendedorismo. O autor destaca o papel do
empreendedor, afirmando que seu sucesso depende da intuição, da capacidade de perceber as
coisas de uma forma que em um momento seguinte possa ser considerada verdadeira, mesmo
que naquele momento isso não possa ser comprovado.
Os empreendedores criam ou identificam oportunidades a partir da organização dos
recursos necessários, com o intuito de desenvolver novos mercados e enfrentar os concorrentes,
bem como de criar energia humana. Segundo Dornelas, Timmons e Spinelli (2014), o
empreendedorismo é a maior força transformadora para uma sociedade.
Para Teece (2007), as empresas com fortes capacidades dinâmicas são intensamente
empreendedoras, e não só se adaptam aos ecossistemas empresariais como também os moldam
através da inovação e da colaboração com outras empresas, entidades e instituições. Isso
51
permite que essas empresas criem, implementem e protejam os ativos intangíveis que suportam
o desempenho organizacional de longo prazo.
Lee, Lee e Pennings (2001) identificaram que os indicadores de capacidade interna tais
como orientação empresarial, capacidade tecnológica e recursos investidos são preditores
importantes do desempenho de uma start-up. Por outro lado, entre as redes externas, apenas os
vínculos com as empresas de capital de risco contribuíram no desempenho da start-up. Os
autores constataram, ainda, que vários termos de interação entre capacidades internas e vínculos
baseados em parcerias têm uma influência estatisticamente significativa no desempenho.
Shane (2000) acredita que os empreendedores devem descobrir oportunidades para
explorar as novas tecnologias antes que a mudança tecnológica leve a novos processos,
produtos, mercados ou formas de organização. Para a autora, os empresários descobrem
oportunidades relacionadas com as informações que já possuem previamente.
Miller (1983) pesquisou sobre os principais determinantes do empreendedorismo e o
processo pelo qual as organizações se renovam em seus mercados por meio do pioneirismo, da
inovação e da tomada de riscos. Segundo ele, alguns autores argumentam que os fatores de
personalidade do líder são o que determina o empreendedorismo, outros têm destacado o papel
desempenhado pela estrutura da organização, enquanto uma terceira corrente tem apontado para
a importância da tomada de estratégia.
Davidsson e Honig (2003) identificaram que a ligação do capital social e humano foi
um preditor robusto para empreendedores nascentes e que os resultados com os primeiros
negócios é vital. Apontaram, ainda, que ser um membro de uma rede de negócios tem um efeito
positivo significativo. Hoang e Antoncic (2003) identificaram três características importantes
para o desenvolvimento das redes para empresas nascentes: conteúdo das relações de rede,
governança e estrutura.
Para Eisenhardt e Schoonhoven (1996), é importante para o empreendedor formar
alianças estratégicas, e o primeiro motivo para é relacionado aos custos de transação. Além
disso, as alianças se formam quando as empresas estão em posições sociais fortes, de tal forma
que são lideradas por equipes de alto escalão, experientes e bem conectadas.
O impacto positivo da internacionalização sobre o desempenho de novas empresas,
segundo afirmam Lu e Beamish (2001), se estende principalmente a partir da extensão da
atividade de investimento direto estrangeiro de uma empresa.
O empreendedorismo cultural, segundo destacam Lounsbury e Glynn (2001), é o
processo de contar histórias que incluem a acumulação de recursos empresariais e subsequente
criação de riqueza. Os autores destacam que as histórias ajudam a criar vantagem competitiva
52
para os empreendedores e que isso se efetiva por meio do conteúdo formado por duas formas-
chave de capital empreendedor: o capital de recursos específicos da empresa e o capital
institucional do setor.
Em pesquisas recentes sobre empreendedorismo, vem surgindo o tema do
empreendedorismo sustentável. Para Munoz e Cohen (2017), é importante considerar a noção
de sincronia empresarial, emergindo de uma abordagem indutiva, como um conceito-chave para
o avanço da teoria do empreendedorismo sustentável. Contudo, nos últimos anos, o
empreendedorismo híbrido está atrelado ao elevado crescimento no índice desses
empreendores. Os detentores de mais postos de trabalho frequentemente têm maiores salários
por hora, em seu segundo emprego, em relação ao seu trabalho principal, devido ao alto nível
de engajamento (SCHULZ; URBIG; PROCHER, 2017).
Segundo Wood (2017), o conceito de oportunidade empresarial é fundamental para a
pesquisa em empreendedorismo, entretanto, considera-se que os movimentos são seguidos pela
noção de que concordar o construto é representacionalmente valioso, e aceitar a variação
sistemática na definição da construção do empreendedorismo é um estado de equilíbrio
vantajoso.
Em estudo voltado ao efeito das atitudes de risco individuais sobre o empreendedorismo,
Brachert, Hyll e Titze (2017) consideraram o viés de simultaneidade. Ao examinar o efeito das
atitudes de risco individuais sobre o empreendedorismo, demonstraram que a aceitação por
montar um negócio próprio está relacionada com mudanças nas atitudes de risco. Amorim,
Picanco e Panzer (2017) realizaram estudos visando explorar a relação entre o comportamento
empreendedor e a satisfação no trabalho, destacando que gênero e nível educacional estão
associados ao comportamento empresarial.
Omer e Yemini (2017) consideram que, embora o conceito de empreendedorismo no
campo da educação tenha recebido crescente atenção dos estudiosos nos últimos anos, não
existe uma definição consensual sobre o que exatamente o empreendedorismo educacional
envolve. Para os autores, o empreendedorismo na educação é visto como um processo pelo qual
uma visão do empreendedor baseada na identificação de uma necessidade ou problema dentro
do sistema educativo é percebido juntamente com a oportunidade de resolvê-lo de forma
inovadora e leva a formular metas e trabalhá-las de forma que se agregue valor, influenciando
assim o entorno imediato e o sistema educacional mais amplo.
A inter-relação entre as agências públicas e privadas regionais, conforme destacam
Holmen e Fosse (2017), permite que sejam definidos novos caminhos e novas oportunidades
para os empreendedores. Além disso, os estágios iniciais da constituição do novo caminho para
53
empreendedores podem ser explicados por fatores estruturais e pela forte presença de agências.
Para Lindh (2017), as percepções dos alunos sobre o empreendedorismo, bem como sua atitude
em relação à educação para o empreendedorismo, são moldadas por suas experiências
anteriores e pelo pertencimento contextual. As práticas reflexivas que fazem parte da educação
para o empreendedorismo trabalham para desafiar, mudar ou reproduzir tais atitudes, e
contribuem para que se defina um caminho diferente de desenvolvimento empreendedor a ser
seguido pelos alunos como resultado (LINDH, 2017; JOHNSON; MONSEN; MACKENZIE,
2017).
As capacidades imaginativas de potenciais empreendedores, segundo Liang et al.
(2017), afetam seu sucesso percebido em empreendimentos, pois embora conceber e
transformar a imaginação esteja positivamente relacionado a todas as dimensões do
desempenho percebido, iniciar a imaginação está negativamente relacionado com as dimensões
das operações comerciais e dos programas de serviços.
2.3.1 Ensino de empreendedorismo
Martinelli, Meyer e Tunzelmann (2008) identificaram que um número considerável de
professores e pesquisadores se envolve em processos de intercâmbio de conhecimentos sobre
empreendedorismo. Evidenciaram, também, que é crescente o número de universidades que
estão promovendo ações em torno dessa temática. Esses processos têm ocorrido com empresas
e outros parceiros não acadêmicos, diferem de uma universidade para outra e envolvem também
transferência de tecnologia.
Fayolle (2005) sugere novas abordagens na avaliação de programas de ensino para o
empreendedorismo. Seu modelo baseia-se na teoria do comportamento planejado, que permite
medir, sob influência de variáveis independentes relacionadas aos programas de ensino de
empreendedorismo, mudanças de atitude em relação ao comportamento empreendedor,
mudanças de atitude em relação a normas subjetivas, mudanças de atitude em relação ao
controle percebido do comportamento empreendedor e, finalmente, mudanças nas intenções
empreendedoras.
As percepções gerais dos alunos sobre a profissão de engenharia, segundo identificaram
Dabbagh e Menasce (2006), melhoraram significativamente ao final das experiências com
empreendedorismo. Percebeu-se que, nesse momento, esses estudantes apresentam percepções
acerca do empreendedorismo – especificamente no que concerne às habilidades profissionais –
significativamente melhores do que as percebidas nos alunos que não participam dessas ações.
54
O ensino, a criação de novos empreendimentos e, em menor grau, a pesquisa estão no
foco que norteiam as iniciativas de empreendedorismo nas universidades, mas questões
educacionais e didáticas permanecem inalteradas (STANDISH-KUON; RICE, 2002;
FAYOLLE, 2013).
Nesse contexto, há uma necessidade constante para a formação de estudantes de ensino
superior com foco em empreendedorismo (TAATILA, 2010). Conforme o autor, o desafio
pedagógico é voltado ao fato de que as competências empreendedoras são psicologicamente
orientadas e mais holísticas do que as competências tradicionais, pois as habilidades
empreendedoras são aprendidas por meio de projetos pragmáticos de desenvolvimento da vida
real. Okudan e Rzasa (2006) ressaltam que a liderança empreendedora elenca práticas de
aprendizagem baseadas em projetos, o que pode ocasionar maiores benefícios, desencadeados
por um programa específico de empreendedorismo.
As mudanças na economia e, consequentemente, na força de trabalho, conforme
afirmam Duval-Couetil, Reed-Rhoads e Haghighi (2012), levam muitas escolas a ofertar
educação para o empreendedorismo, pois isso poderia ampliar as perspectivas de carreira,
estimulando iniciativas empreendedoras. Já Wright et at. (2009) identificaram que a capacidade
das escolas de negócios para preencher lacunas de conhecimento no desenvolvimento do
empreendedorismo acadêmico é limitada pelas estruturas institucionais das universidades,
sendo necessário desenvolver processos e políticas internas nas universidades.
Nesse cenário, o sistema educacional no nível universitário pode não ser capaz de
desenvolver a motivação, as competências e as habilidades dos estudantes em relação à
inovação e ao empreendedorismo, pois a educação para uma postura empreendedora requer
métodos de aprendizagem, processos pedagógicos e enquadramentos para a educação que as
universidades, de momento, não dominam (BLENKER et al., 2008).
As universidades, segundo Fernandes et al. (2017), procuram promover o
empreendedorismo por intermédio de abordagens educativas eficazes, que precisam estar em
permanente evolução. No entanto, segundo os autores, a literatura em educação para o
empreendedorismo carece de evidências empíricas. Além disso, as dimensões fundamentais
para promoção de competências empresariais são trabalho em equipe, envolvimento no projeto
e contato com o mercado.
Nesse contexto, incentivar o empreendedorismo tornou-se um tema de alta prioridade
na política universitária. As atividades empreendedoras estão sendo consideradas como uma
força motriz da inovação, enquanto a popularidade da educação para o empreendedorismo se
55
reflete no grande e crescente número de IES que oferecem cursos sobre o tema (HOLLER;
VORBACH, 2017).
O contexto do empreendedorismo do século XXI, afirmam Vealey e Gerding (2016),
mudou rapidamente como resultado de novas abordagens, incluindo o crowdfunding, que se
consolida como uma alternativa à forma como os empresários tradicionalmente criam fundos
iniciais e operacionais para um empreendimento, ocorrendo a necessidade de preparar os alunos
não apenas para lançar ideias de risco para um pequeno público de investidores, mas também
para considerar, identificar e enquadrar problemas, desenvolvendo relações éticas com
stakeholders e investidores.
Em pesquisa sobre o papel do ensino de religião nas escolas públicas em uma
perspectiva tridimensional que envolve o empreendedorismo, marketing e gestão
organizacional, Agheorghiesei, Copoeru e Horia (2016) identificaram que as sinergias
poderiam ser capitalizadas no intuito de obter uma vantagem competitiva em um contexto em
que a diversidade é uma realidade. Isso possibilita que se efetive um contexto de lealdade e
melhoria das relações nas organizações.
O empreendedorismo evoluiu do modelo tradicional da escola de negócio, focalizando
em habilidades e planos de negócio, incluindo o cultivo de uma mentalidade empreendedora e
a incorporação do empreendedorismo no aprendizado formal e informal por meio da integração,
de competições e de mentorias (HUANG-SAAD; MORTON; LIBARKIN, 2016).
A educação e a inovação, para Guerra e Smith (2016), podem utilizar recursos do
processo de criação de empresas no formato enxuto, conhecido como Lean Startup, e podem
gerar modelos de negócios sustentáveis e escaláveis usando o método Business Model Canvas,
também conhecido como quadro do modelo de negócio. Já Davis e Bolen (2016) pesquisaram
sobre o efeito da introdução e utilização do conceito de proposta de valor para criação de
negócios e identificaram que um número crescente de alunos está ganhando valiosos
conhecimentos interdisciplinares e a experiência será benéfica para eles em suas carreiras.
Competências em networking, negociação e trabalho em equipe aprendidas por meio do
contexto de empreendedorismo preparam os alunos para gerenciar carreiras sem fronteiras, que
abrangerão os contextos organizacionais em movimento e alternando identidades profissionais
(RAY; REILLY; TIRRELL, 2016).
Considerando o exposto no referencial teórico, foram elaboradas as seguintes hipóteses
em torno do efeito moderador das disciplinas de inovação, empreendedorismo e
sustentabilidade ambiental sobre o empreendedorismo e também do efeito moderador
relacionado ao curso de graduação:
56
H3: Existe um efeito moderador da disciplina específica de
inovação/empreendedorismo (H3) nas relações do Ensino de Inovação e o Ensino de
Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo.
H3a – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a relação entre o Ensino
de Inovação e o Empreendedorismo.
H3b – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a relação entre o Ensino
de Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo.
H4: Existe um efeito moderador da disciplina específica de sustentabilidade ambiental
(H4) nas relações do Ensino de Inovação e o Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o
Empreendedorismo.
H4a – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a relação entre Ensino de
Inovação e o Empreendedorismo.
H4b – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a relação entre Ensino de
Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo.
H5: Existe um efeito moderador do curso de graduação (H5) nas relações de Ensino de
Inovação e o Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo.
H5a – O curso de graduação modera a relação entre o Ensino de Inovação e o
Empreendedorismo.
H5b – O curso de graduação modera a relação entre o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e
o Empreendedorismo.
Para o desenvolvimento dessa Dissertação e aplicação da pesquisa, foi desenvolvido o
modelo teórico e de hipóteses apresentado na Figura 15.
57
Figura 15 - Modelo teórico e de hipóteses
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
58
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
A metodologia da pesquisa, para Hair Jr. et al. (1998), resume os passos que foram dados
para se atingir os objetivos da pesquisa. Segundo Marconi e Lakatos (2003), a metodologia
envolve o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e
autonomia, permite alcançar o objetivo por meio do planejamento do caminho a ser seguido.
Considerando a problematização, bem como os objetivos propostos nessa pesquisa, foi
identificada que a natureza mais adequada é de caráter quantitativo e descritivo, por meio de
uma survey, pois se trata de um levantamento de dados primários a partir de indivíduos e
envolve a coleta desses dados de uma quantidade significativa de pessoas (HAIR Jr. et al., 2005;
GIL, 2008; MALHOTRA, 2012). Nesse contexto, a pesquisa descritiva utiliza um conjunto de
métodos e procedimentos científicos, para coletar dados que descrevem as características de
uma população-alvo e engloba dados numéricos no intuito de responder às questões da pesquisa
(HAIR Jr. et al., 2005).
A pesquisa quantitativa trata-se de um meio para testar teorias objetivas e implica uma
mediação de relações entre variáveis que podem ser medidas por instrumentos, para que os
dados numéricos possam ser analisados por procedimentos estatísticos (ROESCH, 1999;
CRESWELL, 2010).
A pesquisa nesse formato possibilitará a quantificação de crenças, opiniões, hábitos e
comportamentos de uma população, partindo de uma amostra significativa, bem como o
estabelecimento de relações entre variáveis (HAIR Jr. et al., 2005; GIL, 2008).
Nesse contexto, elaborou-se um protocolo de pesquisa quantitativa com o intuito de
trazer uma garantia de padronização e execução da mesma. Nesse protocolo de pesquisa,
constam o objetivo geral da pesquisa, as fontes de informação, as atividades e os procedimentos
realizados, bem como um quadro explicativo, com os objetivos específicos e as perguntas
correspondentes (Apêndice A).
A Figura 16 apresenta a sequência metodológica das etapas em que a pesquisa foi
realizada. Inicialmente, foi desenvolvido o referencial teórico que fundamentou este estudo.
Posteriormente, foi definida a natureza da pesquisa. Na sequência, identificou-se a população e
a amostra. Então, foi elaborado e questionário, o qual foi validado juntamente com os
construtos. Na sequência, elaborou-se o protocolo de pesquisa para, a posteriori proceder à
aplicação dos questionários. Neste cenário, subsequentemente ocorreu a análise e interpretação
de dados, e por fim foram apresentados os resultados obtidos.
59
Figura 16 - Sequência metodológica da pesquisa
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
No momento de análise e interpretação de dados, foi utilizada a Modelagem de
Equações Estruturais (MEE) e para a operacionalização da pesquisa foram aplicados os passos
de Hair Jr. et al. (1998) e Guimarães (2013), os quais são demonstrados na Figura 17.
Figura 17 - Modelo de análise das relações entre empreendedorismo, inovação e
sustentabilidade ambiental
Fonte: Adaptado de Guimarães (2013).
60
O tratamento estatístico e a análise dos dados foram realizados por meio do software
SPSS® (Statistical Package for Social Scienses), Versão 21 para Windows®, e, para os cálculos
da MEE, foi utilizado o software AMOS®, Versão 21, acoplado ao SPSS®, conforme
recomendações de Byrne (2010).
A seguir, está apresentada a população e amostra do estudo, bem como o desdobramento
dos passos propostos por Hair Jr. et al. (1998) para a análise por meio da MEE.
3.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população representa um conjunto de seres que apresentam pelo menos uma
característica em comum (LAKATOS; MARCONI, 2001), e a amostra é uma parte dessa
população, que seja representativa da população estudada (GIL, 2008).
No caso desta pesquisa, a característica é a condição de aluno e então, a população
compreendeu os alunos de graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu da Faculdade
Meridional - IMED, IES Alfa e IES Beta. Esses alunos estão inseridos nos cursos de
Administração, Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Direito, Arquitetura e
Urbanismo, Psicologia, Medicina, Odontologia, Engenharia Civil e Medicina Veterinária,
Engenharia da Produção, Engenharia Industrial Madeireira, Engenharia Agrícola, Processos
Gerenciais, Gestão Financeira, Recursos Humanos, Ciências Contábeis, entre outros.
Para determinar o número mínimo de respondentes, identificados como amostra para
esta pesquisa, foi utilizada a regra de apenas considerar grupos de, no mínimo, 10 respondentes
para cada variável observável (HAIR Jr. et al., 1998), ou no mínimo 200 respondentes (KLINE,
2005).
Nesse contexto, a amostra será não probabilística por conveniência, pois os alunos não
contemplam uma forma aleatória de seleção e sim por facilidade de acesso do pesquisador
(LAKATOS; MARCONI, 2001; GIL, 2008).
3.2 COLETA DE DADOS
Para o desenvolvimento da abordagem quantitativa, foi utilizada coleta de dados por
meio de uma survey, executada a partir da aplicação de um questionário (Apêndice B). As
questões que tratam da inovação foram adaptadas das pesquisas de Paladino (2007), Guimarães,
Severo e Santini (2014), Vazquez-Cupeiro e Lopez-Penedo (2016), Spyrtou et al. (2016), De
Guimarães et al. (2016) e dos pressupostos teóricos do Manual de Oslo (OCDE, 2005) e
61
PINTEC (2014). As questões que tratam da sustentabilidade ambiental foram adaptadas de
Eckert, Neto e Boff (2015), Severo e Guimarães (2015), Severo et al. (2016), Jones et al. (2016),
Sund (2016), Huang, Zhong e Deng (2016), Severo, Dorion e Guimarães (2017) e dos
pressupostos teóricos da ONU (2015). Já as questões relacionadas com a temática de
empreendedorismo foram adaptadas dos pressupostos teóricos de SEBRAE (2005), Endeavor
(2014), GUESSS (2014), GEM (2015) e dos estudos de Tondolo, Severo e Tondolo (2015),
Vealey e Gerding (2016), Ray, Reilly e Tirrell (2016), Lindh (2017), Omer e Yemini (2017),
Holler e Vorbach (2017).
Ressalta-se que o questionário (Apêndice B) foi elaborado e validado
metodologicamente por três experts1 das áreas de inovação, sustentabilidade e
empreendedorismo, antes de sua aplicação com os alunos.
As variáveis observáveis constam na Figura 18 e foram operacionalizadas mediante as
respostas do questionário (Apêndice B), dentro de um grau de concordância ou discordância, a
partir da escala de Likert de 5 pontos: i) 1 = Discordo totalmente; ii) 2 = Discordo parcialmente;
iii) 3 = Nem discordo, nem concordo; iv) 4 = Concordo parcialmente; e, v) 5 = Concordo
totalmente. Os itens constantes no questionário foram apresentados na forma de uma afirmação.
A escala Likert é a variação mais frequentemente usada de classificação somatória, de
elaboração simples e de caráter ordinal com passos definidos e claros (GIL, 2008; COOPER;
SCHINDLER, 2016).
Vale ressaltar que, no início do questionário, os respondentes informaram alguns dados
complementares, que auxiliaram no entendimento do perfil do aluno, bem como influenciaram
nos resultados das relações entre os construtos pesquisados e constituíram-se como
moderadores.
Nesse contexto, antes da coleta de dados, foi realizado um pré-teste com 2 turmas
totalizando 57 respondentes, para verificar o entendimento das questões, bem como o tempo
necessário para as respostas.
1 Prof. Dr. Julio Cesar Ferro de Guimaraes (Centro de Engenharias da Universidade Federal de Pelotas - UFPel);
Prof. Dr. Claudio Rotta (Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM-Sul); Profa. Dra. Ariane Ferreira
Porto Rosa (Centro de Engenharias da Universidade Federal de Pelotas - UFPel).
62
Figura 18 - Objetivo, variáveis observáveis e construtos
OBJETIVO VARIÁVEIS OBSERVÁVEIS CONSTRUTO FONTE
Mensurar a influência
do Ensino de Inovação
sobre o
Empreendedorismo
IN1) O ensino de inovação tem
contribuído para o entendimento das
necessidades de mercado.
Ensino de Inovação
Manual de Oslo
(OCDE, 2005),
Paladino (2007),
Guimarães, Severo e
Santini (2014),
PINTEC (2014),
Vazquez-Cupeiro e
Lopez-Penedo (2016),
Spyrtou et al. (2016),
De Guimarães et al.
(2016).
IN2) A inovação tem contribuído para
a criação e desenvolvimento de
produtos e serviços.
IN3) O estudo de inovação tem
contribuído para o desenvolvimento e
implantação de novos métodos
organizacionais nas práticas de
negócios.
IN4) O ensino de
inovação/empreendedorismo tem
possibilitado a compreensão sobre
plano de negócios.
IN5) A inovação tem permitido
entender sobre busca de novas
tecnologias.
IN6) O estudo de inovação tem
contribuído para o entendimento de
liderança.
Mensurar a influência
do Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental sobre o
Empreendedorismo
SA1) As práticas ambientais têm me
levado ao entendimento da
importância de redução na utilização
de energia elétrica.
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
ONU (2015), Severo e
Guimarães (2015),
Eckert, Neto e Boff
(2015), Severo et al.
(2016), Jones et al.
(2016), Sund (2016),
Huang, Zhong e Deng
(2016), Severo,
Dorion e Guimarães
(2017).
SA2) O ensino das questões
ambientais tem contribuído para o
meu gerenciamento dos resíduos
residenciais.
SA3) O ensino da problemática
ambiental tem contribuído para que eu
tenha um consumo responsável.
SA4) Considero importante as
iniciativas e campanhas que envolvem
questões ambientais.
SA5) Considero importante me
adequar rapidamente às novas regras
de iniciativas ambientais.
SA6) O ensino das questões
ambientais tem contribuído para a
redução do meu consumo de água.
Mensurar a influência
do Ensino de Inovação
sobre o
Empreendedorismo
Mensurar a influência
do Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental sobre o
Empreendedorismo
EM1) Eu tenho iniciativa, busco
informações e percebo oportunidades.
Empreendedorismo
SEBRAE (2005),
Endeavor (2014),
GUESSS (2014),
GEM (2015),
Tondolo, Severo e
Tondolo (2015),
Vealey e Gerding
(2016), Ray, Reilly e
Tirrell (2016), Holler
e Vorbach (2017),
Lindh (2017), Omer e
Yemini (2017).
EM2) Eu estou propenso a correr
riscos.
EM3) Eu faço planejamento e
monitoramento sistemático em meus
empreendimentos e atividades
profissionais.
EM4) Eu estabeleço metas para
minhas atividades profissionais.
EM5) Eu sou independente e
autoconfiante.
EM6) Eu tenho uma postura de
liderança.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
63
A coleta de dados foi operacionalizada por e-mail e também por contato pessoal com os
alunos.
3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Com a finalidade de realizar a análise e interpretação dos dados, optou-se por utilizar a
MEE. Conforme Hair Jr. et al. (2005), trata-se de um método abrangente, isso é, uma série de
técnicas e procedimentos utilizados em conjunto e não restrito a uma única técnica estatística
específica. A MEE contém um conjunto de procedimentos metodológicos de análise estatística
e oportuniza a análise de uma série de relações de dependência de forma simultânea (HAIR Jr.
et al. 2005; KLINE, 2005).
Segundo Hoyle (1995), a MEE possibilita a análise de uma série de variáveis
dependentes e independentes e essa é uma das diferenças em relação a outras técnicas
multivariadas. Neste cenário, as variáveis podem ser fatoradas, por meio da análise fatorial,
para formar os construtos, os quais permitem uma medição direta por meio das variáveis
observáveis (HAIR Jr. et al., 2005), o que, por meio de um diagrama de caminhos, o modelo
proporciona uma representação gráfica dos relacionamentos a serem analisados
(VENDRAMINI, 2003).
Para realização da análise e interpretação dos dados coletados foram utilizados os 7
estágios definidos por Hair Jr. et al. (1998), os quais são: i) desenvolvimento do modelo teórico;
ii) construção de diagrama de caminhos de relações causais; iii) conversão do diagrama de
caminhos em um conjunto de modelos estrutural e de mensuração; iv) escolha do tipo de matriz
de entrada e estimação do modelo teórico; v) avaliação da identificação do modelo estrutural;
vi) avaliação de critérios de qualidade de ajuste; e vii) interpretação e modificação do modelo.
Para complementar a aplicação do MEE e realizar a construção dos modelos de
equações estruturais, foi utilizado o software AMOS, Versão 21, no intuito de atender à análise
e à modelagem que o método exige.
3.3.1 Estágio 1 - Desenvolvimento do modelo teórico
Com base na literatura especializada, a qual foi consultada na base de dados Scopus e
outras fontes, desenvolveu-se o modelo teórico que compõe o conjunto de variáveis observáveis
64
e construtos. Inicialmente foi realizada a depuração dos dados seguindo as recomendações de
Mardia (1971), Bentler (1990), Hair Jr. et al. (1998), Kline (2005):
a) retirar os casos de não respostas (missings), mais de 10% de não respostas;
b) eliminar respostas em uma única alternativa da escala Likert de 5 pontos;
c) observar escores extremos, com análise de outliers univariados e multivariados.
Usar o cálculo dos Z scores e identificar casos com valores superiores a 3,3 para
cada variável;
d) averiguar índice de curtose, no qual cada variável observável é avaliada através do
Coeficiente de Mardia e, verificar os coeficientes de assimetria de Pearson.
Posteriormente, a depuração dos dados foi realizada a análise fatorial exploratória
(AFE) seguindo os parâmetros indicados por Hair Jr. et al. (1998), Kline (2005) e Marôco
(2010):
a) verificar a combinação das variáveis observáveis entre si, na formação de
construtos;
b) verificar a carga fatorial de cada variável (= ou > 0,5) e registrar o percentual de
explicação do conjunto de construtos;
c) verificar a Comunalidade (= ou > 0,5);
d) registrar o percentual de explicação de todas as variáveis observáveis;
e) averiguar a confiabilidade simples por meio do Alfa de Cronbach (>0,7);
f) realizar o teste de esfericidade de Bartlett (significativo p<0,001);
g) desenvolver a medida de adequação de Kaiser, Meyer e Olkin (KMO) (>0,7);
h) analisar a confiabilidade composta por meio da análise da Variância Média Extraída
(VME) que explica a variância total de cada variável observável, a qual é utilizada
para avaliar o construto segundo Fornell e Larcker (1982). Verificar a Validade
Convergente (VC), pois deve ser maior que 0,7, e a Validade Discriminante (VD),
que deve ser menor que a VC, segundo Hair Jr. et al. (1998) e Marôco (2010).
Na sequência de análise dos construtos, seriam eliminadas as variáveis observáveis que
estatísticamente não contribuíssem para explicação do construto, dentro dos níveis de
significância e indicadores avaliados na AFE, o que não ocorreu, pois não houve necessidade
de exlusão de variáveis nessa pesquisa. Após a AFE, foi aplicada a Análise Fatorial
Confirmatória (AFC) intrablocos, a qual avaliou:
a) testes de Alfa de Cronbach;
b) KMO;
c) teste de esfericidade de Bartlett;
65
d) carga fatorial das variáveis;
e) comunalidade;
f) percentual de explicação do construto.
3.3.2 Estágio 2 - Construção de diagrama de caminhos de relações causais
Nesse estágio, foram desenvolvidas as hipóteses apresentadas por meio de equações e
demonstradas no formato de diagrama com os caminhos e relações causais de dependência entre
as variáveis observáveis e os construtos (HAIR Jr. et al., 1998; KLINE, 2005).
Na Figura 15, está representado o diagrama construído com os caminhos de relações
causais indicando as relações entre o Ensino de Inovação, o Ensino de Sustentabilidade
Ambiental e o Empreendedorismo. As setas demonstram a relação direta entre os construtos.
3.3.3 Estágio 3 - Conversão do diagrama de caminhos em um conjunto de modelos
estrutural e de mensuração
Após a definição do modelo teórico e representação por meio de diagrama, foi
convertido esse diagrama em um conjunto de modelos estrutural e de mensuração no intuito de
conectar as definições operacionais dos construtos com a teoria definida e assim permitir o teste
empírico (HAIR Jr. et al., 1998).
3.3.4 Estágio 4 - Escolha do tipo de matriz de entrada e estimação do modelo teórico
Nesse estágio, é importante conforme Hair Jr. et al. (1998), a escolha do tipo de matriz
de entrada, bem como a estimação do modelo teórico pois esses interferem diretamente sobre
os resultados.
Para a interpretação dos resultados por meio do MEE, foi verificada a Correlação de
Pearson entre as variáveis observáveis (HAIR Jr. et al., 1998).
Considerando o objetivo de contribuir para a estimativa de verossimilhança (MLE –
Maximum Likelihood Estimation) a coleta de dados garantiu no mínimo 10 casos para cada
variável (HAIR Jr. et al., 1998). A amostra considerou a previsão de que 10% poderão conter
dados perdidos (missings) e observações atípicas (outliers) (HAIR Jr. et al., 1998; KLINE;
2005; GRAHAM, 2009).
66
3.3.5 Estágio 5 - Avaliação da identificação do modelo estrutural
Nesse estágio ocorreu a avaliação da identificação do modelo estrutural para a definição
do modelo proposto e com isso, gerou estimativas favoráveis para a análise proposta nos
objetivos da pesquisa.
Foiá verificada a ocorrência de erros significativos nos coeficientes, falta de capacidade
do programa para inverter a matriz de informação, estimativas altas ou impossíveis e também
elevadas correlações entre os coeficientes (HAIR Jr. et al., 1998). Para avaliar o modelo
estrutural, foram realizados os testes de hipóteses de variâncias e covariância, com base nos
parâmetros de Coeficiente Não-Padronizado (Unstandartized Estimates - UE) e o Coeficiente
Padronizado (Standardized Estimates - SE). Estes dados foram obtidos por meio dos cálculos
oriundos do software AMOS, Versão 21, comparando-se a estudos que utilizam a técnica de
MEE e a estudos específicos dos temas abordados na pesquisa.
3.3.6 Estágio 6 - Avaliação de critérios de qualidade de ajuste
Nesse momento, avaliou-se os resultados obtidos e averiguou-se a aceitação das
estimativas do modelo. Isso ocorreu separadamente quanto ao modelo de mensuração e o
modelo estrutural. Os resultados foram examinados quanto aos coeficientes que excedessem
limites aceitáveis, tais como: i) variâncias negativas ou não significantes de erros para os
construtos; ii) coeficientes padronizados excedentes ou muito próximos de 1,0; iii) erros padrão
muito altos associados aos coeficientes estimados. Após o ajuste geral do modelo, a mensuração
de cada construto foi submetida quanto à unidimensionalidade e confiabilidade das variáveis
(HATCHER, 1994; HAIR Jr. et al., 1998).
3.3.7 Estágio 7 - Interpretação e modificação do modelo
No estágio final, foram avaliadas as relações entre os construtos por meio dos testes de
hipóteses com a utilização do coeficiente padronizado e coeficiente não padronizado.
Foram utilizados os índices de avaliação e ajuste do modelo conforme a Figura 19 para
verificar se o modelo estrutural está ajustado ao conjunto de dados mensurados conforme Hair
Jr. et al. (1998) e Kline (2005).
67
Figura 19 - Índices de avaliação e ajuste do modelo Índices Valor
Valor do Chi-quadrado (X2) do modelo estimado
dividido pelos Graus de Liberdade (GL)
igual ou inferior a 5
Índice de qualidade de ajuste igual ou superior a 0,90
Índice ajustado de qualidade de ajuste igual ou superior a 0,90
Índice de adequação da normalidade igual ou superior a 0,90
Raiz quadrada da média do erro de aproximação entre 0,05 e 0,08, e zero
Raiz média quadrada residual quanto menor o valor encontrado melhor é o
ajustamento do modelo
Índice de validação cruzado esperado quanto menor o valor encontrado melhor é o
ajustamento do modelo
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Foi realizada também a análise das variâncias (ANOVA) para verificar o efeito
moderador das disciplinas de inovação, empreendedorismo e sustentabilidade ambiental, bem
como do curso de graduação e pós-graduação nas relações entre os construtos e se ocorreram
diferenças entre as percepções dos respondentes entre os grupos (HAIR Jr. et al., 1998).
A ANOVA foi com base no comparativo das médias das respostas dos construtos
Inovação (IN), Sustentabilidade Ambiental (SA) e Empreendedorismo (EM). Como
comparativo foram divididos em grupos distintos os alunos que receberam aulas das disciplinas
específicas e os alunos que não receberam aulas destas disciplinas, conforme está descrito nas
hipóteses H3 (H3a, H3b), H4 (H4a, H4b) e H5 (H5a, H5b).
68
4 RESULTADOS
A coleta de dados foi realizada no período compreendido entre os dias 17 de junho e 22
de julho do ano de 2017. O questionário foi aplicado em turmas de graduação tanto de forma
presencial quanto por meio de preenchimento eletrônico de um formulário do Google Docs
enviado por e-mail.
Ao todo foram 538 respondentes de diversas IES do Estado do RS (Passo Fundo, Caxias
do Sul e Pelotas), quais sejam, Faculdade Meridional - IMED, IES Alfa e IES Beta. Deles, 327
questionários foram coletados de forma presencial e 211 via e-mail. Foram descartados 35
questionários por serem considerados outliers, e, além disso, um questionário, pelo
enquadramento como missing.
Com o exposto, 502 questionários foram considerados para tratamento e análise de
dados.
4.1 ANÁLISE DESCRITIVA DA AMOSTRA
A pesquisa foi realizada com alunos de três IES do estado do Rio Grande do Sul.
A IMED é uma instituição de ensino superior privada, fundada em 2004 na cidade de
Passo Fundo, que possui 5088 alunos distribuídos em oito cursos de graduação, cinco cursos
de pós-graduação stricto sensu e 36 cursos de pós-graduação lato sensu. Recentemente, no mês
de março de 2017, a instituição inaugurou um campus na cidade de Porto Alegre.
A IES Alfa é uma instituição de ensino superior privada, fundada em 1999. Possui dois
campi, um deles em Caxias do Sul e o outro em Bento Gonçalves. O estabelecimento de ensino
conta com cerca de dez mil alunos distribuídos em 41 curso de graduação e 23 cursos de pós-
graduação lato sensu.
A IES Beta é uma instituição de ensino superior pública, criada em 1969 na cidade de
Pelotas e possui atualmente cerca de 21.800 alunos. Possui quatro campi, dos quais três estão
localizados em Pelotas e um na cidade de Capão do Leão. Em seu portfólio constam 98 cursos
de graduação, 19 cursos de doutorado, 41 cursos de pós-graduação stricto sensu, 17 de pós-
graduação lato sensu, nove programas de residência médica e quatro residências
multiprofissionais.
O Gráfico 1 mostra a distribuição da amostra pesquisada no estudo. Destaca-se que mais
da metade da amostra, 58,2% (292 alunos), é composta por estudantes da IMED, 24,1% da IES
Alfa (121 alunos) e 17,7% (89 alunos) da IES Beta.
69
Gráfico 1 - Distribuição das instituições de ensino
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
O Gráfico 2 apresenta a distribuição da amostra com relação aos níveis de ensino,
demonstrando que a grande maioria dos respondentes, 92,2%, é de alunos de graduação e 8,8%
cursam pós-graduação lato ou stricto sensu. A distribuição deu-se dessa forma porque todas as
instituições possuem mais cursos de graduação que de pós-graduação e, consequentemente,
mais alunos nesse nível de ensino.
Gráfico 2 - Distribuição dos níveis de ensino
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
O Gráfico 3 apresenta a distribuição dos cursos em que os respondentes estão
matriculados nas IES. Os grupos de maior quantidade de respondentes vinculam-se aos cursos
58,2%
24,1%
17,7%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
IMED IES Alfa IES Beta
IES
92,2%
6,2%1,6%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
graduação pós-graduação lato sensu pós-graduação stricto sensu
Nível de Ensino
70
de Administração, Engenharia Civil, Sistemas de Informações e Ciências Contábeis, com,
respectivamente, 32,9%, 25,4%, 14,4% e 12,5%.
Gráfico 3 - Distribuição dos cursos
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
A razão pela qual tais cursos estão presentes na pesquisa, bem como sua distribuição
relativa, foi a facilidade de acesso presencial do pesquisador às turmas.
Com relação à distribuição do sexo/gênero, 60% dos respondentes são do sexo
masculino e 40% são do sexo feminino. O Gráfico 4 apresenta a distribuição de idade dos
respondentes e demonstra que a maior quantidade dos respondentes está na faixa etária entre
20 e 24 anos, o que representa 45% da amostra. Na sequência, 23,7% dos participantes da
pesquisa têm entre 25 e 29 anos, 14,7% têm até 19 anos, e os 16,6% restantes têm a partir de
30 anos de idade.
27,6%
21,3%
12,1%10,5%
7,6%6,2% 5,8%
3,6%
1,6% 1,2% 1,0% 0,6% 0,4% 0,2% 0,2%0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
Curso
71
Gráfico 4 - Distribuição da idade
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
O Gráfico 5 apresenta qual semestre os discentes pesquisados cursam. Os maiores
grupos estão no 2º, 3º e 1º semestres e representam, respectivamente, 24,7%, 17,6% e 12,5%
do total da amostra. Além disso, há 10,1% dos alunos a partir do 9º semestre e os 34,9%
restantes estão entre o 4º e o 8º semestres. Estes números mostram que a maioria dos
respondentes está no início de seus cursos.
Gráfico 5 - Distribuição do semestre
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
14,7%
45,0%
23,7%
8,8%
5,2% 2,6%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
até 19 anos entre 20 e 24
anos
entre 25 e 29
anos
entre 30 e 34
anos
entre 34 e 39
anos
a partir de 40
anos
Idade
12,5%
24,7%
17,6%
7,8% 8,0%
5,1%
7,1% 6,9%
10,1%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º a partir do
9º
Semestre
72
O Gráfico 6 apresenta a distribuição da renda familiar da amostra da pesquisa e revela
que 35,6% possuem renda entre R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00, 28,9% têm renda entre R$ 4.000,00
e R$ 6.000,00, 19,6% possuem renda a partir de R$ 6.000,00 e os 16% restantes têm renda de
até R$ 2.000,00.
Entre os alunos com renda familiar até R$ 2.000,00 identificou-se que 69% deles são
oriundos de instituição privada e 31% de instituição pública. Já entre os alunos com renda entre
R$ 2.000,01 e R$ 4.000,00, 80% são de instituição privada e 20% de instituição pública. Dentre
os que possuem renda familiar entre R$ 4.000,01 e R$ 6.000,00, 82% são de instituição privada
e 18% de instituição pública. Por fim, com renda familiar a partir de R$ 6.000,00, há 89% que
são de instituição privada e 11% de instituição pública.
É possível observar também que quanto maior a renda familiar, maior o percentual de
alunos estudando em instituição privada em relação à instituição pública.
Gráfico 6 - Distribuição da renda familiar
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Na amostra do estudo, 63,6% dos respondentes cursaram a disciplina específica de
inovação/empreendedorismo enquanto 23,1% cursaram a disciplina específica de
sustentabilidade ambiental. Os dados demonstram que o ensino de inovação/empreendedorismo
está difundido no ensino superior das IES participantes do levantamento da pesquisa em relação
ao de sustentabilidade ambiental. Entretanto, o Ministério da Educação (MEC) preconiza que
a questão ambiental deve ser trabalhada obrigatoriamente de forma transversal no currículo dos
cursos de ensino superior.
16,0%
35,6%
28,9%
19,6%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
até R$ 2.000,00 entre R$ 2.000,01 à R$
4.000,00
entre R$ 4.000,01 e R$
6.000,00
a partir de R$ 6.000,01
Renda
73
4.2 ANÁLISE DO MODELO INTEGRADO
A análise do modelo integrado utilizou como base as etapas definidas por Hair Jr. et al.
(1998) para a MEE, que são a avaliação da identificação do modelo, a avaliação das estimativas
do modelo e qualidade do ajuste, a interpretação do modelo e a modificação do modelo.
4.2.1 Análise fatorial entre blocos
Após a realização da depuração dos dados, procedeu-se ao processo metodológico para
confirmar o modelo teórico (Figura 15), bem como a verificação das relações entre as variáveis
de cada construto. O software SPSS versão 21 foi utilizado para a realização do modelo com o
intuito de gerar a análise fatorial exploratória (AFE) e a análise fatorial confirmatória (AFC).
A Tabela 1, resultante da AFE, demonstra que os três componentes explicam 52,31% da
variabilidade dos dados.
A AFE demonstrou, por meio da rotação Varimax (HAIR Jr. et al., 1998), a composição
dos componentes em três combinações das variáveis observáveis (Tabela 2). Recomenda-se
eliminar da análise as cargas fatoriais menores que 0,4 (HAIR Jr. et al., 1998), o que não foi
necessário neste estudo, pois o menor valor encontrado, na variável observável EM2, foi de
0,452.
Nesse conjunto de dados, encontrou-se um Alfa de Cronbach de 0,857 para todos os
componentes, para um valor mínimo de 0,7 (HAIR Jr. et al., 1998). O teste de esfericidade de
Barlett mostrou-se significativo e a medida de adequação de Kaiser, Meyer e Olkin (KMO)
apresentou o índice 0,868 (Tabela 3), conferindo a viabilidade para a AFE (HAIR Jr. et al.,
1998).
74
Tabela 1 - Método de extração de componentes principais (AFE)
Componente
Autovalores iniciais
Somas de extração de
carregamentos ao quadrado
Somas de rotação de
carregamentos ao quadrado
Total
% de
variância
%
cumulativa Total
% de
variância
%
cumulativa Total
% de
variância
%
cumulativa
1 5,410 30,054 30,054 5,410 30,054 30,054 3,365 18,694 18,694
2 2,135 11,862 41,916 2,135 11,862 41,916 3,333 18,519 37,213
3 1,872 10,401 52,316 1,872 10,401 52,316 2,719 15,103 52,316
4 0,964 5,354 57,671
5 0,907 5,041 62,712
6 0,773 4,296 67,007
7 0,745 4,137 71,145
8 0,642 3,569 74,714
9 0,623 3,463 78,177
10 0,562 3,123 81,300
11 0,552 3,066 84,365
12 0,515 2,860 87,225
13 0,441 2,448 89,673
14 0,434 2,414 92,087
15 0,404 2,242 94,329
16 0,383 2,127 96,455
17 0,335 1,861 98,316
18 0,303 1,684 100,000
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
75
Tabela 2 - Método de extração de componentes principais, rotação Varimax com normalização
Kaiser
Variáveis observáveis Componente
Inovação Sustentabilidade Ambiental Empreendedorismo
IN1 0,759 0,145
IN2 0,743 0,163 0,121
IN3 0,740 0,130 0,134
IN4 0,724 0,125 0,162
IN5 0,722 0,184
IN6 0,571 0,159 0,169
SA1 0,133 0,712
SA2
0,749 0,126
SA3
0,788
SA4 0,218 0,689
SA5 0,231 0,682
SA6 0,179 0,700 0,161
EM1 0,288 0,203 0,468
EM2 0,219
0,452
EM3 0,109 0,119 0,685
EM4
0,112 0,697
EM5
0,755
EM6
0,779
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
Tabela 3 - Resultado do KMO e do Teste de Barlett
Teste Valor Encontrado
Medida Kaiser-Meyer-Olkin de adequação de amostragem. 0,868
Teste de esfericidade de
Bartlett
Aprox. Qui-quadrado 2907,326
Graus de Liberdade 153
Nível de Significância 0,000**
** <0,001
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
A Tabela 4 apresenta as variáveis observáveis, agrupadas em fatores, que correspondem
as variáveis latentes, com as respectivas médias, o desvio padrão e o índice Alfa de Cronbach.
Os itens pesquisados (variáveis observáveis) e apresentam baixa variabilidade, com desvio
padrão abaixo de 1, além das médias estarem perto ou acima de 4, o que demonstra que os
respondentes concordam com as afirmativas propostas. Isto implica que inovação,
76
sustentabilidade ambiental e empreendedorismo são percebidos pelos alunos como importantes
para sua formação no que tange ao perfil empreendor. Ressalta-se que os valores de Alfa de
Cronbach encontram-se acima de 0,7 significando que são aceitos para a análise de dados
(HAIR Jr. et al., 1998).
77
Tabela 4 - Estrutura fatorial Construto /
variável latente
Média Desvio
Padrão
Alfa de
Cronbach
Variáveis Observáveis Carga
Fatorial
Ensino de Inovação
4,144
0,818
0,832
IN1) O ensino de inovação tem
contribuído para o entendimento das
necessidades de mercado.
0,759
IN2) A inovação tem contribuído para a
criação e desenvolvimento de produtos e
serviços.
0,743
IN3) O estudo de inovação tem
contribuído para o desenvolvimento e
implantação de novos métodos
organizacionais nas práticas de negócios.
0,740
IN4) O ensino de
inovação/empreendedorismo tem
possibilitado a compreensão sobre plano
de negócios.
0,724
IN5) A inovação tem permitido entender
sobre busca de novas tecnologias.
0,722
IN6) O estudo de inovação tem
contribuído para o entendimento de
liderança.
0,571
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
4,105
0,885
0,834
SA1) As práticas ambientais têm me
levado ao entendimento da importância
de redução na utilização de energia
elétrica.
0,712
SA2) O ensino das questões ambientais
tem contribuído para o meu
gerenciamento dos resíduos residenciais.
0,749
SA3) O ensino da problemática ambiental
tem contribuído para que eu tenha um
consumo responsável.
0,788
SA4) Considero importante as iniciativas
e campanhas que envolvem questões
ambientais.
0,689
SA5) Considero importante me adequar
rapidamente às novas regras de iniciativas
ambientais.
0,682
SA6) O ensino das questões ambientais
tem contribuído para a redução do meu
consumo de água.
0,700
Empreendedorismo
3,934
0,897
0,749
EM1) Eu tenho iniciativa, busco
informações e percebo oportunidades.
0,468
EM2) Eu estou propenso a correr riscos. 0,452
EM3) Eu faço planejamento e
monitoramento sistemático em meus
empreendimentos e atividades
profissionais.
0,685
EM4) Eu estabeleço metas para minhas
atividades profissionais.
0,697
EM5) Eu sou independente e
autoconfiante.
0,755
EM6) Eu tenho uma postura de liderança. 0,779
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
78
No processo de purificação de escala, observou-se a comunalidade (Tabela 5), que
refere-se à quantidade total de variância que uma variável original compartilha com todas as
outras variáveis da pesquisa. Segundo Hair Jr. et al. (1998), deve-se eliminar valores abaixo de
0,5. Nessa pesquisa, foram identificadas quatro comunalidades baixas, IN6 (0,380), EM1
(0,343), EM2 (0,258) e EM3 (0,496), mas optou-se por mantê-las, pois elas são consideradas
importantes para o entendimento do construto.
Tabela 5 - Comunalidades das variáveis
Variáveis observáveis Extração
IN1 0,604
IN2 0,593
IN3 0,582
IN4 0,566
IN5 0,559
IN6 0,380
SA1 0,524
SA2 0,582
SA3 0,640
SA4 0,527
SA5 0,527
SA6 0,547
EM1 0,343
EM2 0,258
EM3 0,496
EM4 0,502
EM5 0,578
EM6 0,610
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
A análise de Variância Média Extraída (VME) consta na Tabela 6 e explica a variância
total de cada variável observável, tornando-se necessária para avaliar o construto. Os valores
de VME encontrados ficaram abaixo do recomendado (0,7), demonstrando que as variáveis
observáveis estão pouco correlacionadas entre si.
Realizou-se também a análise da Variância Compartilhada (VC) (Tabela 6) e observou-
se que, no caso do Ensino de Inovação e do Empreendedorismo, os valores foram inferiores aos
de VME. Já no caso do ensino de sustentabilidade ambiental, obteve-se uma situação com valor
menor (0,344) e outra com valor maior (0,488). Outra importante análise é a Variância Extraída
79
de todas as variáveis conjuntamente, que apresentou o índice no valor de 0,954 (Tabela 7), o
qual supera o recomendado, uma vez que o índice esperado deve ficar acima 0,7 (HAIR Jr. et
al., 1998).
Tabela 6 - Variância média extraída e variância compartilhada
Ensino de Inovação Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
Empreendedorismo
Ensino de Inovação 0,590*
Ensino de Sustentabilidade
Ambiental
0,488** 0,392*
Empreendedorismo 0,403** 0,344** 0,597*
* Variância Média Extraída
** Variância Compartilhada
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
No processo de validação das variáveis observáveis, realizou-se o teste de
Confiabilidade - o qual compreende a quantidade total da variância do escore verdadeiro em
relação à variância do escore total - considerado como a noção convencional de confiabilidade
na teoria dos testes clássicos (MALHOTRA, 2012). Nesse teste (Tabela 7), todas as variáveis
analisadas conjuntamente apresentaram uma confiabilidade composta de 0,904, superior ao
recomendado, que é acima de 0,7 (MAROCÔ, 2010). Ao analisar os construtos, eles
apresentaram a confiabilidade composta de: i) Ensino de Inovação 0,895; ii)
Empreendedorismo 0,789; e iii) Ensino de Sustentabilidade Ambiental 0,898. A partir desses
índices, considera-se que as variáveis observáveis são consistentes em suas mensurações.
80
Tabela 7 - Confiabilidade composta de todas as variáveis observáveis
Variável Variável Latente Carga
fatorial
Erro do
fator (1-
carga)
Carga ao
quadrado
Confiabilidade
Composta
Variância
Média
Extraída
IN1 <--- Ensino de Inovação
0,73 0,27 0,5329
0,895
0,59
IN2 <--- Ensino de Inovação
0,736 0,264 0,541696
IN3 <--- Ensino de Inovação
0,704 0,296 0,495616
IN4 <--- Ensino de Inovação
0,677 0,323 0,458329
IN5 <--- Ensino de Inovação
0,685 0,315 0,469225
IN6 <--- Ensino de Inovação
0,533 0,467 0,284089
EM1 <--- Empreendedorismo 0,685 0,315 0,469225
0,895
0,39
EM2 <--- Empreendedorismo 0,533 0,467 0,284089
EM3 <--- Empreendedorismo 0,434 0,566 0,188356
EM4 <--- Empreendedorismo 0,383 0,617 0,146689
EM5 <--- Empreendedorismo 0,593 0,407 0,351649
EM6 <--- Empreendedorismo 0,594 0,406 0,352836
SA1 <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,594 0,406 0,352836
0,898
0,60
SA2 <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,701 0,299 0,491401
SA3 <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,713 0,287 0,508369
SA4 <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,625 0,375 0,390625
SA5 <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,709 0,291 0,502681
SA6 <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,755 0,245 0,570025
Confiabilidade Composta de todas as
variáveis
0,954
Variância Extraída de todas as
variáveis
0,904
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
Realizou-se a análise da correlação de Pearson (Tabela 8) e não foram identificadas
correlações acima de 0,8. Com isso, não houve multicolinearidade (KLINE, 1998; HAIR Jr. et
al., 1998) e foram mantidas as variáveis observáveis, visto que elas são importantes para a
compreensão da variável latente pesquisada.
81
Tabela 8 - Correlação de Pearson
Variáveis
observáveis
IN1 IN2 IN3 IN4 IN5 IN6 SA1 SA2 SA3 SA4 SA5 SA6 EM1 EM2 EM3 EM4 EM5 EM6
IN1 1
IN2 0,591** 1
IN3 0,496** 0,541** 1
IN4 0,477** 0,442** 0,502** 1
IN5 0,482** 0,526** 0,461** 0,457** 1
IN6 0,368** 0,291** 0,361** 0,489** 0,404** 1
SA1 0,180** 0,229** 0,208** 0,162** 0,224** 0,203** 1
SA2 0,230** 0,171** 0,194** 0,214** 0,198** 0,222** 0,492** 1
SA3 0,230** 0,209** 0,215** 0,195** 0,219** 0,195** 0,460** 0,636** 1
SA4 0,271** 0,313** 0,253** 0,230** 0,260** 0,191** 0,409** 0,386** 0,423** 1
SA5 0,292** 0,267** 0,246** 0,248** 0,272** 0,240** 0,375** 0,361** 0,422** 0,606** 1
SA6 0,174** 0,270** 0,234** 0,260** 0,292** 0,238** 0,398** 0,445** 0,512** 0,416** 0,498** 1
EM1 0,258** 0,249** 0,244** 0,273** 0,256** 0,263** 0,166** 0,222** 0,225** 0,170** 0,223** 0,288** 1
EM2 0,210** 0,167** 0,156** 0,207** 0,183** 0,203** 0,138** 0,078 0,115* 0,119** 0,152** 0,216** 0,345** 1
EM3 0,176** 0,210** 0,172** 0,217** 0,150** 0,188** 0,072 0,172** 0,196** 0,170** 0,163** 0,184** 0,311** 0,246** 1
EM4 0,135** 0,198** 0,174** 0,201** 0,145** 0,116** 0,063 0,149** 0,157** 0,226** 0,189** 0,189** 0,243** 0,247** 0,445** 1
EM5 0,109* 0,158** 0,201** 0,155** 0,122** 0,166** 0,110* 0,147** 0,122** 0,111* 0,125** 0,184** 0,266** 0,225** 0,348** 0,407** 1
EM6 0,126** 0,121** 0,154** 0,135** 0,099* 0,193** 0,059 0,159** 0,065 0,066 0,099* 0,089* 0,268** 0,226** 0,405** 0,375** 0,575** 1
** A correlação é significativa no nível 0,01 (bilateral).
* A correlação é significativa no nível 0,05 (bilateral).
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
82
4.2.2 Análise fatorial intrablocos
A ratificação dos construtos por meio da análise intrablocos, com o uso de parâmetros
de unidimensionalidade do conjunto de variáveis dentro de cada construto, foi realizada. Nesse
sentido, são analisados: Comunalidade, Cargas Fatoriais, KMO, Teste de Esfericidade Bartlett
e a Variância Explicada. Utilizou-se o Alfa de Cronbach, que analisa quanto as variáveis
observáveis são capazes de medir o mesmo construto e, dessa forma, ser altamente inter-
relacionadas (HAIR Jr. et al., 1998). O valor aceitável desse construto deve ser acima de 0,7
(HAIR Jr. et al., 1998).
A análise intrablocos considerou os três construtos identificados na AFE: i) Ensino de
Inovação; ii) Empreendedorismo; e iii) Ensino de Sustentabilidade Ambiental.
A Tabela 9 demonstra a análise intrablocos para o construto Ensino de Inovação, que
apresenta valores plenamente favoráveis para validação, pois a Comunalidade satisfatória
apresenta todas variáveis com valores menores que 0,7 e as cargas fatoriais, em sua maioria,
próximas de 0,8. O KMO e a Esfericidade de Barlett estão dentro dos níveis aceitáveis, com
variância explicada de 55,03%. Esse construto e as variáveis apresentam um Alfa de Cronbach
de 0,832, evidenciando-se assim a confiabilidade interna (HAIR Jr. et al.,1998).
Tabela 9 - Análise fatorial intrabloco – construto Ensino de Inovação Construto Variáveis observáveis Comunalidade Cargas
fatoriais
Ensino de Inovação
IN1) O ensino de inovação tem contribuído para
o entendimento das necessidades de mercado.
0,600 0,775
IN2) A inovação tem contribuído para a criação
e desenvolvimento de produtos e serviços.
0,592 0,770
IN3) O estudo de inovação tem contribuído para
o desenvolvimento e implantação de novos
métodos organizacionais nas práticas de
negócios.
0,578 0,760
IN4) O ensino de inovação/empreendedorismo
tem possibilitado a compreensão sobre plano de
negócios.
0,568 0,754
IN5) A inovação tem permitido entender sobre
busca de novas tecnologias.
0,560 0,748
IN6) O estudo de inovação tem contribuído para
o entendimento de liderança.
0,403 0,635
KMO 0,856
Teste de Esfericidade Barlett (*nível de significância p<0,001) 1006,478*
Variância explicada 55,03%
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
83
A Tabela 10 demonstra a análise intrablocos para o construto Empreendedorismo, que
apresenta valores plenamente favoráveis para validação, pois a Comunalidade satisfatória
apresenta todas as variáveis com valores menores que 0,7 e as cargas fatoriais, em sua maioria,
próximas de 0,8. O KMO e a Esfericidade de Barlett estão dentro dos níveis aceitáveis, com
variância explicada de 44,30%. A confiabilidade interna do construto é observada por meio do
Alfa de Cronbach de 0,834, evidenciando-se assim a confiabilidade interna (HAIR Jr. et
al.,1998).
Tabela 10 - Análise fatorial intrabloco – construto Empreendedorismo
Construto Variáveis observáveis Comunalidade Cargas
fatoriais
Empreendedorismo
EM1) Eu tenho iniciativa, busco informações e
percebo oportunidades.
0,333 0,577
EM2) Eu estou propenso a correr riscos. 0,278 0,527
EM3) Eu faço planejamento e monitoramento
sistemático em meus empreendimentos e
atividades profissionais.
0,491 0,701
EM4) Eu estabeleço metas para minhas atividades
profissionais.
0,484 0,696
EM5) Eu sou independente e autoconfiante. 0,540 0,735
EM6) Eu tenho uma postura de liderança. 0,556 0,746
KMO 0,782
Teste de Esfericidade Barlett (*nível de significância p<0,001) 617,57
Variância explicada 44,70%
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
A Tabela 11 demonstra a análise intrablocos para o construto Ensino de Sustentabilidade
Ambiental, que apresenta valores plenamente favoráveis para validação, pois a Comunalidade
satisfatória apresenta todas variáveis com valores menores que 0,7 e todas as cargas fatoriais
próximas de 0,8. O KMO e a Esfericidade de Barlett estão dentro dos níveis aceitáveis, com
variância explicada de 54,82%. Esse construto e as variáveis apresentam um Alfa de Cronbach
de 0,749, evidenciando-se assim a confiabilidade interna (HAIR Jr. et al.,1998).
84
Tabela 11 - Análise fatorial intrabloco – construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental
Construto Variáveis observáveis Comunalidade Cargas
fatoriais
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
SA1) As práticas ambientais têm me levado ao
entendimento da importância de redução na utilização
de energia elétrica.
0,491 0,701
SA2) O ensino das questões ambientais tem
contribuído para o meu gerenciamento dos resíduos
residenciais.
0,564 0,751
SA3) O ensino da problemática ambiental tem
contribuído para que eu tenha um consumo
responsável.
0,617 0,785
SA4) Considero importante as iniciativas e
campanhas que envolvem questões ambientais.
0,534 0,731
SA5) Considero importante me adequar rapidamente
às novas regras de iniciativas ambientais.
0,537 0,733
SA6) O ensino das questões ambientais tem
contribuído para a redução do meu consumo de água.
0,547 0,740
KMO 0,828
Teste de Esfericidade Barlett (*nível de significância p<0,001) 1034,85
Variância explicada 54,82%
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
4.2.3 Análise de variância e variáveis moderadoras
Nesta pesquisa, buscou-se também identificar variáveis que poderiam causar
interferência na análise dos dados, comprometendo os resultados do estudo (MALHOTRA,
2012), tais como a renda familiar dos alunos, IES, entre outras. Nesse intuito, foi realizada uma
análise para verificar se há diferença significativa entre os respondentes. Essas variáveis foram
estimadas por meio do cálculo da ANOVA.
A Tabela 12 apresenta uma baixa variação entre as médias dos alunos, com relação ao
Ensino de Inovação, quando comparados os cursos que estão fazendo. Já quando se trata ao
Ensino de Sustentabilidade Ambiental, verificam-se algumas diferenças, principalmente no
curso de Sistemas de Informações (3,85). No caso de Empreendedorismo, com exceção do
curso de Administração, os demais ficaram com médias abaixo de 4,0.
85
Tabela 12 - Análise descritiva dos cursos
Curso N Média Desvio
Padrão
Erro
Padrão
Intervalo de confiança
de 95% para média
Limite
inferior
Limite
superior
Ensino de Inovação
Administração 198 4,1175 0,53984 0,03836 4,0419 4,1932
Engenharias 192 4,1043 0,63298 0,04568 4,0142 4,1944
Sistemas de
Informação
91 4,2271 0,66598 0,06981 4,0884 4,3658
Outros 16 4,3542 0,66909 0,16727 3,9976 4,7107
Total 497 4,1401 0,60631 0,02720 4,0867 4,1935
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
Administração 198 4,1771 0,62074 0,04411 4,0901 4,2641
Engenharias 192 4,1642 0,65275 0,04711 4,0713 4,2572
Sistemas de
Informação
91 3,8535 0,66659 0,06988 3,7147 3,9923
Outros 16 4,0521 0,73967 0,18492 3,6579 4,4462
Total 497 4,1089 0,65529 0,02939 4,0511 4,1666
Empreendedorismo
Administração 198 4,0056 0,56945 0,04047 3,9257 4,0854
Engenharias 192 3,8613 0,60423 0,04361 3,7753 3,9473
Sistemas de
Informação
91 3,9571 0,61009 0,06395 3,8301 4,0842
Outros 16 3,8854 0,78580 0,19645 3,4667 4,3041
Total 497 3,9371 0,59988 0,02691 3,8842 3,9900
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
Os resultados da ANOVA são apresentados na Tabela 13 e demostram que não há
diferença significativa entre os grupos de alunos no que tange à graduação que estão cursando
com relação ao construto Ensino de Inovação e também ao construto Empreendedorismo. Já no
caso do construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental, ficou evidenciado que existe diferença
significativa entre os grupos no que se refere ao curso em que estão inseridos.
86
Tabela 13 - ANOVA dos construtos em relação aos cursos
Curso Soma dos
Quadrados
Graus de
Liberdade
Quadrado
Médio
F Nível de
Significância*
Ensino de Inovação
entre
grupos
1,769 3 0,590 1,610 0,186
nos
grupos
180,570 493 0,366
Total 182,338 496
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
entre
grupos
7,497 3 2,499 5,996 0,001
nos
grupos
205,486 493 0,417
Total 212,983 496
Empreendedorismo
entre
grupos
2,111 3 0,704 1,967 0,118
nos
grupos
176,376 493 0,358
Total 178,486 496
*Não significativo (p<0,05)
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
Na Tabela 14, são apresentadas as médias relacionadas ao nível de ensino. Percebe-se
que, com relação ao Ensino de Inovação, a média dos alunos da pós-graduação lato sensu ficou
mais alta, somando 4,22 pontos, uma vez que a média da graduação ficou em 4,13 e a da pós-
graduação stricto sensu ficou em 3,68. No caso do Ensino de Sustentabilidade Ambiental, a
graduação obteve a média mais alta (4,11), a pós-graduação lato sensu alcançou 3,97 e a pós-
graduação stricto sensu atingiu 3,79. Com relação ao Empreendedorismo, a pós-graduação
stricto sensu ficou com o maior valor (4,16), seguida pela pós-graduação lato sensu (3,98) e
pela graduação (3,92).
87
Tabela 14 - Análise descritiva do nível de ensino
Nível de ensino N Média Desvio
Padrão
Erro
Padrão
Intervalo de confiança de
95% para média
Limite
inferior
Limite
superior
Ensino de Inovação
graduação 459 4,1393 0,59985 0,02800 4,0843 4,1943
pós-graduação
lato sensu
31 4,2215 0,62973 0,11310 3,9905 4,4525
pós-graduação
stricto sensu
8 3,6875 0,69258 0,24486 3,1085 4,2665
Total 498 4,1371 0,60497 0,02711 4,0839 4,1904
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
graduação 459 4,1178 0,64736 0,03022 4,0584 4,1772
pós-graduação
lato sensu
31 3,9742 0,71278 0,12802 3,7127 4,2356
pós-graduação
stricto sensu
8 3,7917 0,85797 0,30334 3,0744 4,5089
Total 498 4,1036 0,65576 0,02939 4,0459 4,1613
Empreendedorismo
graduação 459 3,9248 0,59910 0,02796 3,8698 3,9797
pós-graduação
lato sensu
31 3,9839 0,61517 0,11049 3,7582 4,2095
pós-graduação
stricto sensu
8 4,1667 0,17817 0,06299 4,0177 4,3156
Total 498 3,9323 0,59594 0,02670 3,8799 3,9848
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
A Tabela 15 mostra que não há diferença significativa entre os grupos de alunos no que
se refere ao nível de ensino que estão com relação aos construtos de Ensino de Inovação, Ensino
de Sustentabilidade Ambiental e também Empreendedorismo.
Tabela 15 - ANOVA dos construtos em relação ao nível de ensino Nível
de ensino
Soma dos
Quadrados
Graus de
Liberdade
Quadrado
Médio
F Nível de
Significância*
Ensino de Inovação
entre
grupos
1,840 2 0,920 2,529 0,081
nos
grupos
180,054 495 0,364
Total 181,894 497
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
entre
grupos
1,390 2 0,695 1,620 0,199
nos
grupos
212,330 495 0,429
Total 213,720 497
Empreendedorismo
entre
grupos
0,548 2 0,274 0,771 0,463
nos
grupos
175,959 495 0,355
Total 176,507 497
*Não significativo (p<0,05)
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
88
Na Tabela 16, são apresentadas as médias com relação ao tipo de IES, pública ou
privada. A média das instituições privadas foi maior do que as da instituição pública no caso
do Ensino de Inovação e do Empreendedorismo. Já no caso do Ensino de Sustentabilidade
Ambiental, a média da instituição pública ficou acima da média das instituições privadas.
Tabela 16 - Análise descritiva do tipo de IES
Tipo de IES Média Desvio
Padrão
Erro
Padrão
Intervalo de confiança de
95% para média
Limite
inferior
Limite
superior
Ensino de Inovação
Privada 4,1850 0,62256 0,03643 4,1133 4,2567
Pública 4,1067 0,60888 0,06454 3,9785 4,2350
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
Privada 4,0424 0,69802 0,04085 3,9620 4,1227
Pública 4,2397 0,58385 0,06189 4,1167 4,3627
Empreendedorismo Privada 3,9668 0,57426 0,03361 3,9006 4,0329
Pública 3,7135 0,66000 0,06996 3,5745 3,8525
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
A Tabela 17 mostra que não há diferença significativa entre os grupos de alunos no que
tange ao tipo de IES com relação ao construto Ensino de Inovação, diferentemente do que
ocorre no caso dos construtos Ensino de Sustentabilidade Ambiental e Empreendedorismo.
Tabela 17 - ANOVA dos construtos em relação ao tipo de IES
Tipo
de IES
Soma dos
Quadrados
Graus de
Liberdade
Quadrado
Médio
F Nível de
Significância*
Ensino de Inovação
entre
grupos
1,603 2 0,802 2,199 0,112
nos
grupos
181,851 499 0,364
Total 183,454 501
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
entre
grupos
3,187 2 1,594 3,764 0,024
nos
grupos
211,268 499 0,423
Total 214,455 501
Empreendedorismo
entre
grupos
5,777 2 2,889 8,326 0,000
nos
grupos
173,124 499 0,347
Total 178,902 501
*Não significativo (p<0,05)
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
89
Na Tabela 18, são apresentadas as médias com relação à renda familiar dos alunos. No
caso do Ensino de Inovação, as médias ficaram acima de 4,0, com exceção da renda até R$
2.000,00, que ficou com média de 3,94. Percebe-se que quanto maior a renda, maior a percepção
do aluno com relação ao Ensino de Inovação. No que concerne ao Ensino de Sustentabilidade
Ambiental, todas as médias ficaram acima de 4,0. Já no caso do Empreendedorismo, todas as
médias ficaram abaixo de 4,0, com exceção da maior renda, a partir de R$ 6.000,00, que ficou
com média de 4,05.
Tabela 18 - Análise descritiva da renda
Renda N Média Desvio
Padrão
Erro
Padrão
Intervalo de confiança
de 95% para média
Limite
inferior
Limite
superior
Ensino de Inovação
Até R$ 2.000,00 54 3,9432 0,78325 0,10659 3,7294 4,1570
Entre R$ 2.000,01
e R$ 4.000,00
152 4,1520 0,58122 0,04714 4,0588 4,2451
Entre R$ 4.000,01
e R$ 6.000,00
148 4,1619 0,56271 0,04625 4,0705 4,2533
A partir de R$
6.000,01
142 4,1737 0,59047 0,04955 4,0758 4,2717
Total 496 4,1384 0,60566 0,02719 4,0850 4,1919
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
Até R$ 2.000,00 54 4,0500 0,70174 0,09550 3,8585 4,2415
Entre R$ 2.000,01
e R$ 4.000,00
152 4,1487 0,57130 0,04634 4,0571 4,2402
Entre R$ 4.000,01
e R$ 6.000,00
148 4,1340 0,67652 0,05561 4,0241 4,2439
A partir de R$
6.000,01
142 4,0573 0,70099 0,05883 3,9410 4,1736
Total 496 4,1074 0,65574 0,02944 4,0495 4,1652
Empreendedorismo
Até R$ 2.000,00 54 3,8636 0,60754 0,08268 3,6978 4,0294
Entre R$ 2.000,01
e R$ 4.000,00
152 3,9090 0,56895 0,04615 3,8178 4,0002
Entre R$ 4.000,01
e R$ 6.000,00
148 3,8892 0,56770 0,04666 3,7970 3,9814
A partir de R$
6.000,01
142 4,0540 0,63659 0,05342 3,9484 4,1596
Total 496 3,9397 0,59569 0,02675 3,8871 3,9922
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
A Tabela 19 mostra que não há diferença significativa entre os grupos de alunos quanto
à renda familiar com relação aos construtos Ensino de Inovação, Ensino de Sustentabilidade
Ambiental e Empreendedorismo.
90
Tabela 19 - ANOVA dos construtos em relação à renda
Renda Soma dos
Quadrados
Graus de
Liberdade
Quadrado
Médio
F Nível de
Significância*
Ensino de Inovação
entre
grupos
2,344 3 0,781 2,145 0,094
nos
grupos
179,232 492 0,364
Total 181,576 495
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
entre
grupos
0,899 3 0,300 0,695 0,555
nos
grupos
211,948 492 0,431
Total 212,846 495
Empreendedorismo
entre
grupos
2,689 3 0,896 2,549 0,055
nos
grupos
172,958 492 0,352
Total 175,647 495
*Não significativo (p<0,05)
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
A Tabela 20 apresenta as médias dos alunos que cursaram a disciplina específica de
sustentabilidade ambiental, comparando-as com as médias dos alunos que não estudaram a
disciplina. No tocante ao construto Ensino de Inovação, a média dos alunos que cursaram a
disciplina ficou em 4,21, enquanto a dos alunos que não a cursaram ficou em 4,11. Com relação
ao construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental, a média dos alunos que estudaram a
disciplina ficou em 4,32 e a dos que não estudaram, 4,03. Nesse caso, a média apresenta uma
diferença significativa. Com relação ao construto Empreendedorismo, a média dos alunos que
cursaram a disciplina específica de Sustentabilidade Ambiental ficou em 4,06 e a dos que não
estudaram, 3,89, o que demonstra uma diferença razoável.
91
Tabela 20 - Análise descritiva da disciplina específica de sustentabilidade ambiental
Construtos N Média Desvio
Padrão
Erro
Padrão
Intervalo de
confiança de 95%
para média
Limite
inferior
Limite
superior
Ensino de Inovação
Cursaram a
disciplina
específica de
sustentabilidade
ambiental
113 4,2124 0,53741 0,05056 4,1122 4,3126
Não cursaram a
disciplina
específica de
sustentabilidade
ambiental
377 4,1164 0,62673 0,03228 4,0529 4,1798
Total 490 4,1385 0,60812 0,02747 4,0845 4,1925
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
Cursaram a
disciplina
específica de
sustentabilidade
ambiental
113 4,3295 0,61224 0,05759 4,2154 4,4436
Não cursaram a
disciplina
específica de
sustentabilidade
ambiental
377 4,0324 0,65528 0,03375 3,9660 4,0987
Total 490 4,1009 0,65705 0,02968 4,0426 4,1592
Empreendedorismo
Cursaram a
disciplina
específica de
sustentabilidade
ambiental
113 4,0646 0,56508 0,05316 3,9593 4,1699
Não cursaram a
disciplina
específica de
sustentabilidade
ambiental
377 3,8964 0,60735 0,03128 3,8349 3,9579
Total 490 3,9352 0,60150 0,02717 3,8818 3,9886
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
A Tabela 21 mostra que não há diferença significativa entre os grupos dos alunos que
cursaram a disciplina específica de sustentabilidade ambiental no bloco de Ensino de Inovação
em relação aos alunos que não a cursaram. Entretanto, ficou evidenciado que existe diferença
significativa entre os grupos que cursaram a disciplina, ao comparar com os que não tiveram a
disciplina específica de sustentabilidade ambiental, e o mesmo ocorre com Empreendedorismo.
92
Tabela 21 - ANOVA dos construtos em relação a disciplina específica de sustentabilidade
ambiental
Soma dos
Quadrados
Graus de
Liberdade
Quadrado
Médio
F Nível de
Significância*
Ensino de Inovação
entre
grupos
0,802 1 0,802 2,173 0,141
nos
grupos
180,036 488 0,369
Total 180,838 489
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
entre
grupos
7,676 1 7,676 18,414 0,000
nos
grupos
203,431 488 0,417
Total 211,107 489
Empreendedorismo
entre
grupos
2,460 1 2,460 6,882 0,009
nos
grupos
174,461 488 0,358
Total 176,922 489
*Não significativo (p<0,05)
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
A Tabela 22 apresenta as médias comparando alunos que cursaram a disciplina
específica de inovação/empreendedorismo com alunos que não cursaram a disciplina. Com
relação a essa disciplina, a média dos alunos com relação ao construto Ensino de Inovação ficou
em 4,24, e a dos que não cursaram ficou em 3,95, o que demonstrou uma diferença significativa.
Com relação ao construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental, a média dos alunos que
cursaram a disciplina específica de inovação/empreendedorismo ficou em 4,07, e a dos que não
cursaram ficou em 4,14. Nesse caso, a média apresenta uma pequena diferença. Com relação
ao construto Empreendedorismo, a média ficou em 3,98 dos alunos que cursaram a disciplina
específica de inovação/empreendedorismo e 3,84 dos que não estudaram. Fica demonstrada
também uma pequena diferença.
93
Tabela 22 - Análise descritiva da disciplina específica de inovação/empreendedorismo
N Média Desvio
Padrão
Erro
Padrão
Intervalo de
confiança de
95% para
média Limite
inferior
Limite
superior
Ensino de Inovação
Cursaram a disciplina
específica de
inovação/empreendedorismo
311 4,2432 0,56047 0,03178 4,1807 4,3057
Não cursaram a disciplina
específica de
inovação/empreendedorismo
178 3,9554 0,64696 0,04849 3,8597 4,0511
Total 489 4,1384 0,60874 0,02753 4,0844 4,1925
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
Cursaram a disciplina
específica de
inovação/empreendedorismo
311 4,0750 0,69536 0,03943 3,9974 4,1526
Não cursaram a disciplina
específica de
inovação/empreendedorismo
178 4,1457 0,58534 0,04387 4,0591 4,2323
Total 489 4,1007 0,65771 0,02974 4,0423 4,1592
Empreendedorismo
Cursaram a disciplina
específica de
inovação/empreendedorismo
311 3,9881 0,59979 0,03401 3,9212 4,0550
Não cursaram a disciplina
específica de
inovação/empreendedorismo
178 3,8423 0,59655 0,04471 3,7541 3,9306
Total 489 3,9350 0,60211 0,02723 3,8815 3,9885
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
A Tabela 23 mostra que existe diferença significativa entre os grupos de alunos que
cursaram a disciplina específica de inovação/empreendedorismo em relação aos alunos que não
cursaram com relação aos construtos Ensino de Inovação e Empreendedorismo. Porém, ficou
evidenciado que não existe diferença significativa entre os grupos que cursaram a disciplina de
específica de inovação/empreendedorismo dos que não tiveram esse componente com relação
ao construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental.
94
Tabela 23 - ANOVA dos construtos em relação a disciplina específica de
inovação/empreendedorismo
Soma dos
Quadrados
Graus de
Liberdade
Quadrado
Médio
F Nível de
Significância*
Ensino de Inovação
entre
grupos
9,374 1 9,374 26,626 0,000
nos
grupos
171,463 487 0,352
Total 180,837 488
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
entre
grupos
0,565 1 0,565 1,308 0,253
nos
grupos
210,538 487 0,432
Total 211,103 488
Empreendedorismo
entre
grupos
2,406 1 2,406 6,714 0,010
nos
grupos
174,512 487 0,358
Total 176,917 488
*Não significativo (p<0,05)
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).
As Tabelas 24, 25, 26, 27 e 28 apresentam os valores dos coeficientes para análise da
moderação. Os dados foram processados no software AMOS®, Versão 21.
Tabela 24 - Análise da moderação da disciplina específica de inovação/empreendedorismo
Construto
Coeficiente Padronizado
Não cursou a disciplina
específica de inovação/
empreendedorismo
Coeficiente Padronizado
Cursou a disciplina
específica de inovação/
empreendedorismo
Empreendedorismo <--- Ensino de
Inovação
0,102 0,404
Empreendedorismo <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,257 0,243
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
Tabela 25 - Análise da moderação da disciplina específica de sustentabilidade ambiental
Construto
Coeficiente Padronizado
Não cursou a disciplina
específica de
sustentabilidade
ambiental
Coeficiente Padronizado
Cursou a disciplina
específica de
sustentabilidade
ambiental
Empreendedorismo <--- Ensino de
Inovação
0,274 0,501
Empreendedorismo <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,246 -0,015
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
95
Conforme os resultados da Tabela 24 e 25, fica demonstrada a importância das
disciplinas específicas de inovação/empreendedorismo e de sustentabilidade ambiental para a
mudança do comportamento dos alunos na formação do seu perfil empreendedor, pois quando
tais disciplinas são cursadas, fortalece-se o empreendedorismo. Entretanto, necessita-se
fomentar a importância da consciência ambiental nesse processo, visto que a disciplina
específica de Sustentabilidade Ambiental ainda pode ser melhor trabalhada no âmbito das IES,
já que, nessa análise, apenas 23,1% dos alunos cursaram a mesma.
Para fazer a análise da moderação dos cursos, optou-se pelos que apresentaram maior
número de respondentes. São eles: Administração, com 27,6% da amostra (Tabela 26);
Engenharia Civil, com 21,3% da amostra (Tabela 27); e Sistemas de Informações, com 12,1%
da amostra (Tabela 28).
Tabela 26 - Análise da moderação do curso de Administração
Construto
Coeficiente
Padronizado
Empreendedorismo <--- Ensino de
Inovação
0,274
Empreendedorismo <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,246
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
Tabela 27 - Análise da moderação do curso de Engenharia Civil
Construto
Coeficiente
Padronizado
Empreendedorismo <--- Ensino de
Inovação
0,388
Empreendedorismo <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,231
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
Tabela 28 - Análise da moderação do curso de Sistemas de Informações
Construto
Coeficiente
Padronizado
Empreendedorismo <--- Ensino de
Inovação
0,389
Empreendedorismo <--- Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
0,290
Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
96
Nesse contexto, conforme as Tabelas 26, 27 e 28, o curso que apresentou o maior
percentual do construto Ensino de Inovação para o Empreendedorismo foi o de Sistemas de
Informação (0,389), o que também se confirma para o construto Ensino de Sustentabilidade
Ambiental (0,290). Analisando a grade curricular desse curso, percebeu-se uma ênfase em
disciplinas que envolvem as temáticas de empreendedorismo, inovação, criatividade, gestão
estratégica dos negócios, gestão de projetos, sistemas de informações gerenciais,
desenvolvimento de carreira, entre outras. Isso pode estar contribuindo para os resultados
obtidos nessa pesquisa.
Com base nos resultados das Tabelas 24, 25, 26, 27 e 28, evidencia-se o efeito
moderador das disciplinas e dos cursos, confirmando as hipóteses H3a, H3b, H4a, H4b, H5a e
H5b.
Ao iniciar um curso superior, os alunos buscam uma formação técnica, e o ensino
proporcionado pelas disciplinas analisadas na pesquisa possibilita a formação de um aluno com
uma visão diferenciada, pois o empreendedorismo, além da possibilidade de gerar um negócio
próprio, também possibilita a melhoria de um negócio atual ou ainda novos processos ou
produtos para as empresas.
A inovação e a sustentabilidade ambiental são importantes para o futuro das empresas,
pois a primeira possibilita a identificação de oportunidades (LEONARD-BARTON, 1992;
TEECE; PISANO; SCHUEN, 1997; VENKATES et al., 2003) enquanto a segunda torna-se
fundamental para preservar o meio ambiente (REILLY; MCGRATH; REILLY, 2016) pois a
alta competitividade pode trazer efeitos negativos para a natureza. Com isso, é importante
formar um aluno diferenciado e, assim, o ensino de inovação e sustentabilidade ambiental torna-
se relevante para o modelo que garantirá um futuro melhor para a sociedade.
Salienta-se que AFE e AFC, bem como os testes de normalidade, confiabilidade e
variância utilizados nessa pesquisa, permitem a validação e a confiabilidade dos dados, servindo
como suporte necessário para a análise do modelo integrado, por meio da MEE.
4.2.4 Análise do modelo integrado teórico
Após a validação dos construtos que compõem o modelo, foi realizada a análise do
modelo integrado teórico (Figura 20), o qual agrega o modelo de mensuração e o modelo
estrutural (HAIR Jr. et al., 1998), para avaliar as relações entre o Ensino de Inovação, Ensino
de Sustentabilidade Ambiental e Empreendedorismo, assim como as variáveis propostas no
modelo teórico.
97
Para aplicação da MEE, utilizou-se o software AMOS®, Versão 21, acoplado ao
SPSS®, como suporte de processamento dos dados, pois eles apresentam as funcionalidades
necessárias para o método (BYRNE, 2010).
Nesse processo de avaliação, considerou-se os índices de ajuste do modelo e de
significância estatística dos coeficientes estimados, como sugere Kline (1998). Na Tabela 29,
estão apresentados os coeficientes padronizados e significância do modelo integrado teórico.
Figura 20 - Modelo integrado teórico
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
A Tabela 29 apresenta os resultados que indicam relações significativas para o desvio
padrão e o teste Z do modelo integrado com coeficiente não-padronizado. A partir da análise
dos resultados, com relação às proposições desta pesquisa, evidencia-se a confirmação da
relação positiva entre Ensino de Inovação (Hipótese 1) e entre o Ensino de Sustentabilidade
Ambiental (Hipótese 2) com relação ao Empreendedorismo.
98
Tabela 29 - Teste de hipótese do modelo integrado com coeficiente não-padronizado
Construtos Coeficiente
não-
padronizado
Desvio
padrão
Z p
Empreendedorismo <--- Ensino de Inovação 0,244 0,047 5,137 ***
Empreendedorismo <--- Ensino de Sustentabilidade
Ambiental
0,141 0,036 3,858 ***
***Nível de significância p<0,001
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
A Tabela 30 apresenta os coeficientes padronizados do modelo integrado.
Tabela 30 - Teste de hipótese do modelo integrado com coeficiente padronizado
Construtos Coeficiente
padronizado
Empreendedorismo <--- Ensino de Inovação 0,326
Empreendedorismo <--- Ensino de Sustentabilidade Ambiental 0,226
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
Utilizados na análise das medidas de ajuste absoluto, os índices de saída do relatório do
software AMOS, que determinam o grau do modelo de mensuração e compõem a matriz de
covariâncias, estão apresentados na Tabela 31, tendo como base os índices sugeridos por Hair
Jr. et al. (1998). Na análise do índice que calcula o valor do Qui-quadrado do modelo estimado,
dividido pelos graus de liberdade, obteve-se o valor 3,82, que ficou dentro do limite de 5,
sugerido por Tanaka (1993).
A raiz quadrada da média do erro de aproximação (RMSEA) apresenta o valor 0,075,
permanecendo dentro do valor proposto por Hair Jr. el al. (1998) e Kline (2005) que é entre
0,05 e 0,08. Os índices de adequação da normalidade (NFI), que ficou em 0,833, e o CFI, que
resultou em 0,869, ficaram um pouco abaixo dos 0,9 ao se comparar o modelo teórico com o
modelo nulo (HAIR Jr. et al., 1998).
Complementarmente, apresentam-se também na Tabela 31, os indicadores de validade
e confiabilidade das variáveis: i) KMO está em 0,868, dentro dos níveis aceitáveis de 0,5 a 1,0
(MALHOTRA, 2012); a variância média extraída apresenta o valor de 0,904, acima do
recomendado (>0,7) (HAIR Jr. et al., 1998); iii) a confiabilidade composta das variáveis
observáveis resultou no índice de 0,954, também superior ao recomendado (>0,7) (MAROCÔ,
2010); iv) o Alfa de Cronbach de 0,857 evidenciou a confiabilidade interna (HAIR Jr. et al.,
1998), pois o valor aceitável deve estar acima de 0,7 (HAIR Jr. et al., 1998).
99
Tabela 31 - Índices de ajuste do modelo teórico
Índice Modelo Teórico
Qui-quadrado 508,541
Graus de Liberdade 133
Qui-quadrado dividido pelo Graus de Liberdade 3,82
Nível de Significância 0,000*
CFI - Comparative Fit Index 0,869
NFI - Normed Fit índex 0,833
RMSEA - Root Mean Squared Error of Aproximation 0,075
ECVI - Expected Cross-Validation Index 1,238
KMO - Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy 0,868
Variância Extraída 0,904
Confiabilidade Composta 0,954
Alfa de Cronbach 0,857
*Nível de significância p<0,001
Fonte: Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).
Tendo como base o estudo do modelo integrado e os índices sugeridos por Hair Jr. et al.
(1998) para analisar as medidas de ajuste absoluto, chegou-se ao resultado da avaliação das
hipóteses sugeridas na pesquisa (Tabela 32).
Tabela 32 - Hipóteses da pesquisa
Hipóteses da pesquisa Resultado do Modelo Teórico
H1: O Ensino de Inovação está positivamente relacionado com o
Empreendedorismo.
Confirmada
H2: O Ensino de Sustentabilidade Ambiental está positivamente
relacionado com o Empreendedorismo.
Confirmada
H3a – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a
relação entre o Ensino de Inovação e o Empreendedorismo.
Confirmada
H3b – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a
relação entre o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e o
Empreendedorismo.
Confirmada
H4a – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a
relação entre o Ensino de Inovação e o Empreendedorismo.
Confirmada
H4b – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a
relação entre o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e o
Empreendedorismo.
Confirmada
H5a – O curso de graduação modera a relação entre Ensino de Inovação e
o Empreendedorismo.
Confirmada
H5b – O curso de graduação modera a relação entre Ensino de
Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo.
Confirmada
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
100
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A inovação visa ao desenvolvimento econômico, uma vez que Shumpeter (1934)
ressalta sua relação com a figura do empresário inovador e, para Drucker (1985), a inovação
está evidenciada como instrumento do empreendedor. Nesse contexto, torna-se necessário que
as empresas identifiquem novas oportunidades e as aproveitem para geração de riqueza
(TEECE; PISANO; SCHUEN, 1997) e para a introdução de novas tecnologias como
determinante crucial das inovações (VENKATESH et al., 2003, GUPTA; ARORA, 2017,
BANKOLE; BANKOLE, 2017), o que resulta, por sua vez, em benefícios para as empresas e
seus clientes.
Os resultados do estudo demonstram que o Ensino de Inovação está positivamente
relacionado com o Empreendedorismo (H1), conforme demonstra a Tabela 29 (0,244). Tais
dados corroboram com a visão de Martin-blas e Serrano-Fernandez (2009) de que o ensino de
inovação torna-se relevante para o aproveitamento de oportunidades. Para Spyrtou et al. (2016),
ela torna-se um componente crucial do ensino de ciência para renovação. Cabe ressaltar, ainda,
que o comportamento dos consumidores está relacionado com o ritmo da inovação tecnológica
(PARK; KOH, 2017) e o crescimento do empreendedorismo culmina com a necessidade de seu
ensino para que o empreendedor consiga inovar (GARCIA; LELES; ROMANO, 2017).
Também está demonstrado, pelo resultado da Tabela 29 (0,141), que o Ensino de
Sustentabilidade Ambiental está positivamente relacionado com o Empreendedorismo (H2), em
consonância com o pensamento de Sund (2016) sobre a necessidade de orientar as políticas
públicas de educação para a mudança social e a sustentabilidade ambiental do planeta.
Corroborando com esse entendimento, assim como a inovação, a sustentabilidade ambiental
pode se tornar fundamental para a promoção da competitividade das organizações, bem como
uma organização sustentável é aquela que simultaneamente procura ser eficiente em termos
econômicos e ambientais (SEVERO, 2013).
Recentemente surgiu o empreendedorismo sustentável, que considera a noção de
sincronia empresarial, emergindo de uma abordagem indutiva, como um conceito-chave para o
avanço dessa visão de empreender considerando as questões ambientais (MUNOZ; COHEN,
2017).
Na pesquisa, ficou evidenciado que a disciplina específica de
inovação/empreendedorismo modera a relação entre o Ensino de Inovação e o
Empreendedorismo (H3a) e também a relação entre Ensino de Sustentabilidade Ambiental e
Empreendedorismo (H3b) conforme os resultados da Tabela 24. Mesmo assim, Meza et al.
101
(2017) consideram que os ambientes educacionais limitam a contribuição para o
desenvolvimento de habilidades importantes relacionadas à inovação e, consequentemente,
torna-se necessária a utilização de novas formas de ensino e aprendizagem para incentivar a
criatividade nos indivíduos. Além disso, é necessário familiarizar os estudantes com as
modernas tecnologias didáticas para um melhor aproveitamento no processo educacional
(ANDRES; SVOBODA, 2017).
Conforme demonstrado na Tabela 25, a disciplina específica de sustentabilidade
ambiental modera a relação entre o Ensino de Inovação e Empreendedorismo (H4a) e também
modera a relação entre Ensino de Sustentabilidade Ambiental e Empreendedorismo (H4b).
Nesse sentido, os alunos percebem que a sustentabilidade pode contribuir para a resolução dos
problemas ambientais do planeta, bem como para preencher a lacuna dos aspectos sociais e
atitudinais da sustentabilidade não percebidos pelos alunos anteriormente (SEGALAS;
FERRER-BALAS; MULDER, 2010). Ainda conforme os autores, os cursos que aplicam uma
abordagem pedagógica mais orientada para a comunidade, e mais construtiva com
aprendizagem ativa, aumentam o conhecimento dos alunos sobre desenvolvimento sustentável.
Por conseguinte, também ficou evidenciado que o curso de graduação modera a relação
entre o Ensino de Inovação e o Empreendedorismo (H5a), bem como modera a relação entre
Ensino de Sustentabilidade Ambiental e Empreendedorismo (H5b), conforme os resultados
obtidos e demonstrados nas Tabelas 26, 27 e 28. Embora três a cada quatro brasileiros tenham
vontade de empreender, a Endeavor (2013) identificou que falta capacitação, tanto para iniciar
quanto para manter um negócio. Isso demonstra uma grande oportunidade para o ensino
superior atuar e potencializar a formação de empreendedores, já que a pesquisa realizada pelo
Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2011) sobre a intenção de se empreender identificou
que 57,9% dos pesquisados não cursaram uma disciplina sobre o tema.
102
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando a proposta da pesquisa de analisar as relações entre o Ensino de Inovação,
o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo, na percepção dos alunos do
ensino superior, são apresentadas, agora, algumas considerações no âmbito acadêmico e
gerencial no intuito de atender aos objetivos propostos.
Na pesquisa, ficou evidenciada a influência tanto do Ensino de Inovação quanto do
Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo, o que demonstra a
importância dessas temáticas na formação do perfil empreendedor, no âmbito do ensino
superior. Como o empreendedorismo vem crescendo significativamente na última década, por
meio de novas formas de economias emergentes (GARCIA; LELES; ROMANO, 2017), e,
sendo ele tanto uma das possibilidades para o desenvolvimento de uma região ou país quanto
uma das principais alternativas para geração de empregos e oportunidades, torna-se essencial
desenvolver no ensino superior essa possibilidade de carreira para os alunos.
Atenta-se para o fato de que existem dificuldades na condução de novas empresas, visto
que muitas delas encerram suas atividades nos primeiros anos de existência (ARRUDA et al.,
2014). Dentre os fatores apontados para o fechamento das empresas, os principais motivos são
falta de perfil empreendedor, dificuldade de gestão empresarial e de captação de clientes e falta
de capital de giro e gestão financeira. Isso reforça a necessidade do ensino das temáticas de
inovação e empreendedorismo investigadas por meio desta pesquisa.
A oferta de educação para o empreendedorismo vem aumentando devido às mudanças
na economia e, consequentemente, na força de trabalho, bem como na ampliação das
perspectivas de carreira que estimulem iniciativas empreendedoras (DUVAL-COUETIL;
REED-RHOADS; HAGHIGHI, 2012).
O efeito moderador das disciplinas específicas de inovação/empreendedorismo e
sustentabilidade ambiental foi evidenciado nas relações entre os construtos, em consonância
com o crescimento do número de IES que estão promovendo ações em torno do tema do
empreendedorismo (MARTINELLI; MEYER; TUNZELMANN, 2008).
Também ficou comprovado o efeito moderador do curso de graduação nas relações entre
os construtos, corroborando com os achados de Dabbagh e Menasce (2006), em torno das
percepções gerais dos alunos sobre a profissão, ao final das experiências com
empreendedorismo. Os estudantes apresentaram percepções acerca do empreendedorismo,
especificamente no que se concerne às habilidades profissionais, significativamente melhores
do que as percebidas nos alunos que não participam dessas ações.
103
É importante também considerar os fatores de liderança como um dos principais
determinantes do empreendedorismo, além do processo pelo qual as organizações se renovam
em seus mercados por meio do pioneirismo, da inovação e da tomada de riscos (MILLER,
1983). Além disso, os primeiros negócios do empreendedor nascente são vitais (DAVIDSSON;
HONIG, 2003), bem como o desenvolvimento de redes entre as empresas (HOANG;
ANTONCIC, 2003) e a formação de alianças estratégicas (EISENHARDT; SCHOONHOVEN,
1996).
A pesquisa também levantou a informação de que quanto maior a renda familiar, maior
o percentual de alunos estudando em IES privadas, quando feito um comparativo com as IES
públicas, o que pode ter influência nos achados da pesquisa, ou seja, a influência do Ensino de
Inovação e do Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo.
Como contribuições acadêmicas, a pesquisa mostrou a relevância da temática de
empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental no currículo do ensino superior. Isso
pode trazer aos alunos a possibilidade de empreenderem na sua carreira, bem como o
desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes que contribuirão na vida profissional
durante e após o período nas IES. Assim, percebe-se a importância deste estudo, bem como a
busca de novos achados que venham a contribuir com as temáticas e de formas de conduzir os
estudos para que sejam alcançados melhores resultados no que tange à formação dos alunos em
profissionais para o atual e futuro mercado de trabalho. A realização da pesquisa sistemática
também contribuiu para a construção dos conhecimentos acerca das temáticas abordados no
estudo.
Quanto às contribuições gerenciais, fica evidente a importância das temáticas em estudo
para o desenvolvimento de futuros gestores e empreendedores com uma visão diferenciada,
tanto para atuação como colaborador das empresas, quanto como fundadores de novas
organizações, contribuindo para a geração de renda e empregos, tão necessários para o
desenvolvimento regional e da sociedade.
A pesquisa teve limitações, principalmente no acesso às IES, exceto no caso da IMED,
em que o pesquisador teve acesso facilitado, devido ao fator de conveniência. Outra limitação
esteve relacionada às respostas por meio de formulários eletrônicos, sanada posteriormente via
formulários impressos aplicados presencialmente.
Como sugestões de estudos futuros, considera-se importante realizar comparativos com
outras IES do estado, bem como de outras regiões do país, no sentido de verificar também outras
realidades sociais. Nesse contexto, cabe realizar estudos qualitativos no intuito de verificar se
os empreendedores foram influenciados pelo ensino superior quando abriram seus negócios e
104
o quanto isso impactou em suas atitudes e decisões, bem como a importância que eles concedem
à sustentabilidade ambiental e à inovação. Além disso, sugere-se a inclusão das temáticas nas
ementas das disciplinas nos cursos de graduação e pós-graduação.
105
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119
APÊNDICE A
PROTOCOLO DE PESQUISA QUANTITATIVA
Etapas da pesquisa:
a) enviar questionários de forma eletrônica (Google forms) aos alunos;
b) aplicar questionários impressos de forma presencial nas turmas;
c) transcrever os dados para planilha em Excel;
d) transferir os dados para o software SPSS para realização das análises estatísticas
descritivas.
Instrumento de coleta de dados:
A Figura 22 apresenta a descrição dos objetivos da pesquisa, construtos, hipóteses,
autores, variáveis observáveis, escalas e técnicas de análise.
120
Figura 20 - Síntese dos elementos da pesquisa
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Objetivo geral: Analisar as relações entre o Ensino de Inovação, o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo, na percepção dos alunos do ensino superior.
Objetivo específico Construto Hipóteses Autores Variáveis observáveis Escalas Técnica de análise
Mensurar a influência do
Ensino de Inovação sobre
o Empreendedorismo
Ensino de
Inovação H1
Manual de Oslo (OCDE, 2005),
Paladino (2007), Guimarães, Severo e
Santini (2014), PINTEC (2014),
Vazquez-Cupeiro e Lopez-Penedo
(2016), Spyrtou et al. (2016), De
Guimarães et al. (2016)
Questões IN1, IN2, IN3,
IN4, IN5 e IN6
Escala ordinal - Likert de
5 pontos MEE
Mensurar a influência do
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental sobre o
Empreendedorismo
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental
H2
ONU (2015), Severo e Guimarães
(2015), Eckert, Neto e Boff (2015),
Severo et al. (2016), Jones et al. (2016),
Sund (2016), Huang, Zhong e Deng
(2016), Severo, Dorion e Guimarães
(2017)
Questões SA1, SA2,
SA3, SA4, SA5 e SA6
Escala ordinal - Likert de
5 pontos MEE
Mensurar a influência do
Ensino de Inovação sobre
o Empreendedorismo
Mensurar a influência do
Ensino de
Sustentabilidade
Ambiental sobre o
Empreendedorismo
Empreendedorismo H1 e H2
SEBRAE (2005), Endeavor (2014),
GUESSS (2014), GEM (2015),
Tondolo, Severo e Tondolo (2015),
Vealey e Gerding (2016), Ray, Reilly e
Tirrell (2016), Holler e Vorbach
(2017), Lindh (2017), Omer e Yemini
(2017)
Questões EM1, EM2,
EM3, EM4, EM5 e EM6
Escala ordinal - Likert de
5 pontos MEE
Avaliar o efeito
moderador das disciplinas
específicas de inovação/
empreendedorismo e
sustentabilidade
ambiental nas relações
entre os construtos
H3a, H3b,
H4a e
H4b
Itens do perfil Escala nominal ANOVA
Avaliar o efeito
moderador do curso de
graduação nas relações
entre os construtos
H5a e
H5b Itens do perfil Escala nominal ANOVA
121
APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO
Prezado (a) aluno (a)!
Este questionário faz parte de uma pesquisa acadêmica e aborda questões de
empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental. Peço que responda com sinceridade
e caso não tenha uma resposta com exatidão, responda o mais próximo possível. Todas as
questões precisam ser respondidas.
Obrigado!
Sigla da Instituição de Ensino: _____________
Nível de ensino: ( ) graduação ( ) pós-graduação lato sensu ( ) pós-graduação stricto sensu
Em que curso superior está estudando:
Sexo: ( ) masculino ( ) feminino
Idade: ( ) até 19 anos ( ) entre 20 e 24 anos ( ) entre 25 e 29 anos ( ) entre 30 e 34 anos ( )
entre 34 e 39 anos ( ) a partir de 40 anos
Semestre: ( ) 1º ( ) 2º ( ) 3º ( ) 4º ( ) 5º ( ) 6º ( ) 7º ( ) 8º ( ) a partir do 9º
Renda familiar mensal (somando os salários mensais de todos os membros): ( ) até R$ 2.000,00
( ) entre R$ 2.000,01 e R$ 4.000,00 ( ) entre R$ 4.000,01 e R$ 6.000,00 ( ) a partir de R$
6.000,01
Você já cursou ou está cursando a disciplina de Inovação e/ou Empreendedorismo?
( ) sim ( ) não
Você já cursou ou está cursando a disciplina de Sustentabilidade Ambiental? ( ) sim ( ) não
Pesquisa
Marque em uma escala de 1 à 5, conforme a orientação abaixo:
1 – Discordo totalmente; 2 – Discordo parcialmente; 3 – Nem discordo, nem concordo;
4 – Concordo parcialmente; 5 – Concordo totalmente.
IN1) O ensino de inovação tem contribuído para o entendimento das necessidades de mercado.
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Nem Concordo Nem Discordo
Concordo Parcialmente
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IN2) A inovação tem contribuído para a criação e desenvolvimento de produtos e serviços.
IN3) O estudo de inovação tem contribuído para o desenvolvimento e implantação de novos
métodos organizacionais nas práticas de negócios.
IN4) O ensino de inovação/empreendedorismo tem possibilitado a compreensão sobre plano de
negócios.
IN5) A inovação tem permitido entender sobre busca de novas tecnologias.
IN6) O estudo de inovação tem contribuído para o entendimento de liderança.
SA1) As práticas ambientais têm me levado ao entendimento da importância de redução na
utilização de energia elétrica.
SA2) O ensino das questões ambientais tem contribuído para o meu gerenciamento dos resíduos
residenciais.
SA3) O ensino da problemática ambiental tem contribuído para que eu tenha um consumo
responsável.
SA4) Considero importante as iniciativas e campanhas que envolvem questões ambientais.
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SA5) Considero importante me adequar rapidamente às novas regras de iniciativas ambientais.
SA6) O ensino das questões ambientais tem contribuído para a redução do meu consumo de
água.
EM1) Eu tenho iniciativa, busco informações e percebo oportunidades.
EM2) Eu estou propenso a correr riscos.
EM3) Eu faço planejamento e monitoramento sistemático em meus empreendimentos e
atividades profissionais.
EM4) Eu estabeleço metas para minhas atividades profissionais.
EM5) Eu sou independente e autoconfiante.
EM6) Eu tenho uma postura de liderança.
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