portal dos condomínios - jan/fev 2011

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edição 88 da revista direcionada a moradores de condomínios de Jundiaí - São Paulo

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3Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

Distribuição gratuitaAno 8 . Nº 88Jan/Fev de 2011

O seu condomínio em revista

Meditação harmonizaa sua casa

O torcedordo Galo

2011, seu planejamento está pronto?

BEM-ESTAR

CRÔNICA

ElevadorReservatória de águaCaixa de gorduraCerta elétricaPara-ráioCF TVAlarmeDedetizaçãoExtintorJardinagemPortão Eletrônico

4 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

5Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

Planejamento e PrevençãoNa edição passada (87ª, ref. nov/dez de

2010) publicamos uma parte do texto “ABC do Condomínio”, elaborado pelo Secovi-SP, sobre “Assembleias e Quóruns”. O tema, escolhido propositalmente, já alertava os leitores para o planejamento e obrigações a serem discutidos dentro do próprio condomínio no ano próximo ano, sob algumas regras.

Até o próximo mês de abril todos os con-domínios deverão realizar sua Assembleia Geral Ordinária para aprovação de verbas para as despesas do condomínio do próximo exercício. É neste momento que o leitor-morador deve ter a consciência plena de sua participação e visão geral das necessidades de vivência em um con-domínio.

Traçamos um panorama geral nas ações que deverão acompanhar seu dia a dia durante os próximos meses de 2011. Quiçá seu con-domínio esteja 100% em ordem, é altamente re-comendável acompanhar a reportagem de capa para entender que “um projeto de manutenção começa com a manutenção de um projeto”, parafraseando o nosso colaborador Márcio Lestingi.

Este percorreu alguns condomínios de Jun-diaí-SP, prestadores de serviços (lembrando que os consultados serviram apenas para agregar informação à revista, sem vínculos comerciais) e síndicos, em busca de ideias claras e, perfeita-mente, passíveis de prática, para montar um planejamento preventivo em seu condomínio.

Com planejamento, além de evitar que riscos de qualquer problema grave vinham a acontecer, os custos diminuem a longo prazo. E custo é (e deve ser) uma preocupação de todos, visto que a aprovação de verba para uma deter-

Redação: Rua Bela Vista, 650 - Bela Vista

CEP.13207-780 - Jundiaí / - Tel: 4522-2142

[email protected]

A revista é um produto da io! comunica

CNPJ: 06.539.018/0001-42

www.iocomunica.com.br

Jornalista Responsável: Rodrigo Góes. MTB: 41.654

Designer Gráfico: Paloma Cremonesi

Arte Final: Paloma Cremonesi

Reportagens: Rodrigo Góes

Atendimento e Logística: Sérgio Porcari Filho

Colaboradores: Márcio Lestingi, Talita Rocca e

Neto Aiello

Tiragem: 7.000 exemplares

Foto de Capa: Shutterstock - Gelpi

Atenção síndico e administra-dor. Mantenha o cadastro do seu condomínio atualizado.Entre em contato com nosso canal direto exclusivo para você: [email protected]

Entrega: Mala direta e direto em caixa de correio,

mediante protocolo para moradores de condomí-

nios constantes em cadastro do Portal dos Condo-

mínios. Caso ainda não receba e queira o exemplar

em seu condomínio, ligue para 11. 4522-2142.

Site: www.condominioemrevista.com.br

Twitter: @pcondominios

Blog: http://portaldoscondominios.wordpress.com

Os artigos assinados são de inteira responsabili-

dade do autor e não representam o pensamento

do jornal.

EXPEDIENTE

NA WEB

minada ação pode aumentar em R$ 15,00 o valor do condomínio por morador. Mas três ou quatro ações desta, começam a pesar no montante.

A solução é estimar os custos e propor na assembleia qual a melhor solução: se é dividir tudo em um prazo de 12 meses ou aproveitar os primeiros seis meses para colocar as ações em prática e abusar do orçamento condomini-al, garantindo assim um fôlego para o restante do ano. Isso, somente você e o seu condomínio terão direito de escolher.

*A revista Portal dos Condomínios quer

aproveitar esse início de ano para alertar todos os moradores a uma questão primordial den-tro do condomínio: a mudança de cultura. Com certeza, muitos moradores hoje estão vivenciando a primeira morada dentro de edifícios e desconhe-cem completamente como agir em algumas situa-ções.

Estamos, há algumas edições, destacando o val-or do ‘bom-senso’ entre moradores e, claro, entre os prestadores de serviço. De nada adianta partici-par de Assembleias, propor uma solução ‘fantástica’ de segurança para o seu condomínio se, quando você chega de carro não pode esperar 15 segundos para uma melhor identificação por parte do porteiro.

A mudança de cultura é, antes de qualquer tec-nologia, a sua melhor atitude. Você deve demonstrar o exemplo e repassar ao seu vizinho e, principal-mente, ao prestador de serviço do seu condomínio. O porteiro é o seu aliado, porém muitas vezes ele se sente acuado de utilizar práticas que poderão inibir – por exemplo - uma visita sua, mas coloca em perigo a vida de muitos. Atente-se e propague o bom-senso no seu dia-a-dia.

EDITORIAL ÍNDICE

CADASTRO

*Cortinas e Persianas

*Analise do planejamento

*Capa - Planejar é preciso

* Noites Tropicais

* Poesia no Elevador

* Despesas e Pagamentos

* Respeito e Educação

* Meditação

* UD - Churrasqueiras

* O Torcedor do Galo

PARA ANUNCIAR11 4522.2142 | 11 4521.3670

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4 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

DECORAÇÃO & DESIGN

Cortinas e Dois projetos

da design Mônica Köpper Por Talita Rocca

Há um tempo, o charme era muito tecido e

com o comprimento da parede inteira. Arrastar no

chão era sinônimo de requinte. Após alguns anos o

importante era cobrir a janela e passar no máximo

15 centímetros. Hoje a moda dos longos tecidos

voltou, mas a quantidade diminuiu. O tempo pas-

sa, as tendências mudam, mas as cortinas e persia-

nas continuam sendo peças fundamentais para uma

boa decoração.

Proteção contra raios solares, bloqueio de luz

ou simples decoração. Independente da função, as

cortinas estão presentes na maioria dos cômodos

da casa. Segundo a designer de interiores, Môni-

ca Köpper, para cada ambiente, existe um modelo

ou um tecido interessante. “É muito importante

verificar o estilo da decoração, se é mais rebus-

cada, mais simples, se é conservadora ou con-

temporânea”, completa.

A moradora do condomínio Quinto das La-

ranjeiras, Mariângela Thomaseto, utilizou per-

sianas para decorar dois ambientes em sua re-

sidência. Na sala de televisão, a intenção era

diminuir a claridade, para isso ela escolheu a

mais adequada. Já na sala de estar optou por

uma persiana que não tirasse a vista que ti-

nha para a piscina.

A designer alerta que nos banheiros, o

cuidado com a escolha da persiana precisa

ser dobrado. “Os sais de banho corroem de-

terminados materiais, por isso evite peças de

metal ou tecidos muito pesados”, afirma.

Sugestões de tecidos, cores, tamanhos e

materiais não faltam. Para Mônica, o impor-

tante é verificar a necessidade dos moradores.

“O estilo da decoração da residência é quem

vai definir qual modelo de cortina será o ideal

Foto

s: M

ônic

a K

öppe

r

5Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

persianas: o charme da decoraçãopara tornar o ambiente mais aconchegante”.

A mistura de tecidos, sedas com persianas

longas e curtas também é muito bem vinda, só

é necessário bom gosto para não abusar. “Se a

persiana é neutra, permite um tecido mais ar-

rojado e chamativo. Caso contrário prefira um

tecido mais simples e que combine com o con-

junto”, sugere a designer.

Em passagens e em corredores, a corti-

na é um ótimo item para a decoração. Bas-

ta escolher pouco tecido e prendê-la nas

laterais.

Os valores das cortinas e persianas

são relativos. Tecidos e medidas variam

o preço das peças, por isso, quanto mais

longo o tecido, maior o custo do produ-

to.

Com o avanço da tecnologia, as pes-

soas estão cada vez mais acostumadas com

apenas um click no controle remoto. E por-

que com as cortinas seria diferente? Persianas

automatizadas estão em alta pelo custo benefí-

cio. O valor médio para automação é de 5% do

valor da peça.

Persiana de uma lojaespecializada

Casa na Quinta das Laranjeiras

Foto

s: T

alita

Roc

ca

6 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

VIVER EM CONDOMÍNIO

Por Rodrigo Góes

Um edifício é planejado e construído para atender seus usuários por muito

tempo. Para que esta expectativa seja concretizada, torna-se primordial a prática

constante da manutenção preventiva

A manutenção do prédio e sua segurança são questões essenciais quando

falamos da responsabilidade do síndico devendo avaliar periodicamente os eq-

uipamentos do condomínio (elevadores, bombas d´água, instalação de gás,

antenas coletivas, filtros de piscina, etc), de forma que o Código Civil de-

termina em seu artigo 1348 que compete ao síndico “diligenciar a conser-

vação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços

que interessem aos possuidores”, temos, portanto, um caso explícito de

responsabilidade do síndico, alguns podem estar questionando se não

seria essa uma atribuição do zelador? Sim, o síndico pode delegar ao

zelador ou até mesmo a terceiros a atribuição de cumprir as tarefas,

mas a responsabilidade será sempre deste, daí o dever de zelo na

condução e acompanhamento dessas tarefas periódicas.

Aos condomínios que são gerenciados por administradoras,

a AABIC - Associação de Administradoras de Bens Imóveis e

Condomínios de São Paulo - recomenda que estas elaborem a

planilha de manutenção periódica de cada condomínio, con-

siderando suas particularidades. Essa planilha é conhecida

como “plano de manutenção”.

Ao passo disso deve sempre a administração estar at-

enta a:

- Elevadores: deverá requisitar anualmente à empre-

sa de elevadores um Relatório de Inspeção que consiste

num laudo técnico dos elevadores com a respectiva An-

otação de Responsabilidade Técnica (ART),

- Bombas: recalque, combate de incêndio, esgoto,

água servida, lençol freático e piscina,

- Equipamentos de sistemas de incêndio: todas as

edificações deverão possuir equipamentos contra incên-

dios, devendo a administração periodicamente verificar

estes equipamentos, quais sejam: extintores, mangueiras

de incêndio, iluminação de emergência, sistema de alarme

de incêndio, regulagem das portas corta-fogo,

- Para-raios: deve ser revisto anualmente por empresas

habilitadas,

- Instalação elétrica: deve ser feita uma revisão

efetiva periodicamente,

- Caixas d’água: recomenda-se a limpeza

duas vezes ao ano, a fim de evitar a polu-

ição da água por agentes bacterianos.

Também se deve ficar atento à ne-

cessidade de impermebialização

das caixas d’água,

- Desinsetização e des-

ratização: geralmente

efetua-se de seis em

seis meses,

- Piscinas: fil-

tros de piscina, realização da limpeza, verificar o ph da água e clora-ção,

- Nas épocas de chuva constante deve-se prestar especial atenção a calhas e escoamento de águas pluviais, principalmente se o prédio possuir garagem abaixo do nível da rua.

Recomenda-se ainda que sejam verificados os interfones, portões automáticos, antenas coletivas, gerador, jardins, desgaste aparente do edifício em itens como rejuntamento de pisos e pastilhas, vazamentos de água, queima de lâmpadas e fusíveis, fixação de corrimão, degeneração

de pintura, escoamento de águas pluviais (telhados, calhas), etc.

Nos casos em que o condomínio não conte com o apoio profissional de uma administradora, os síndicos devem fazer uma planilha contendo os

serviços acima mencionados, tendo também um cadastro de prestadores de serviços de forma que venha a facilitar o seu trabalho, sempre respeitando a

necessidade de obter mais de um orçamento e com isso demonstre transparência e organização na sua administração.

Para cada uma dessas revisões existem cronogramas de ações e valores a serem pagos, é recomendável que o síndico ou a administradora incluam essas despesas na

previsão orçamentária do condomínio, desta forma adotar a prática permanente de ma-nutenção preventiva em uma edificação reduz os custos de ações corretivas que, embora

às vezes imprescindíveis, geralmente representam gastos que poderiam ter sido evitados. É importante ressaltar, no entanto, que a manutenção preventiva de um imóvel não deve ser feita de maneira improvisada ou informal. Ela exige planejamento e deve ser entendida como um serviço técnico, executado por empresas especializadas e/ou por profissionais trei-nados adequadamente para tal. Uma manutenção preventiva evitaria que os problemas se acumulassem, acarretando a desvalorização do patrimônio comum, além de colocar em risco a vida dos moradores.

Nesse sentido vale a velha sabedoria popular que prega que “É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR”.

É melhor previnir...

shutterstock - Maga

7Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

8 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

Planejar é preciso!Capa

Por Márcio Lestingi

O brasileiro não é acostumado a planejar. O

simples ato de pensar no passo a passo de uma

rotina diária, em perseguição a um objetivo futu-

ro não é unanimidade entre nós, o que nos exige,

como forma de compensação, incomensuráveis

esforços para atingirmos o mesmo sucesso. É o

caso do motorista que sai de casa fazendo ultra-

passagens arriscadas e quebrando os limites de

velocidade, sem se perguntar se poderia ter saído

dez minutos mais cedo.

Após essas primeiras linhas, pergunto ao

condominial leitor se o mesmo já planejou como

irá decodificar e utilizar essa reportagem. Será

por tópicos, por temas, linear ou em flash-back?

Primeiro na revista e depois no blog? Com quem

dividirá as reflexões e comparações de sua ex-

periência no assunto?

O bom planejador sabe que seu ofício

não é simplesmente o de determinar a

sequência lógica e ininterrupta das

atividades de um evento previsível. Ao

contrário, é antes prever os diferen-

tes cenários e situações para de-

pois determinar as melhores es-

tratégias, e só então partir para a

lista de execução. Antes da ação

premeditada há uma rigorosa

avaliação e coleta de dados para

escolha dos melhores caminhos.

Entendido o que é plane-

jar, genericamente falando, é

necessário determinar o signifi-

cado de cada particular processo

de planejar, seja o mesmo útil para se

evitar sustos, surpresas, riscos, seja para

cumprir as etapas que precedem a con-

quista de um sonho, de uma meta, de uma

desejada vitória. Numa corrida de fórmula 1, por

exemplo, um planejamento bem feito determina

que primeiro é necessário conquistar a pole po-

sition para se aumentar as chances de vitória no

dia da corrida. Numa oficina de teatro, planejar

uma atuação é antes saber o texto, a obra, a mé-

trica e a dialética do autor, e depois mergulhar na

composição de seu personagem.

Conceitualmente, pode-se dizer que planeja-

mento é uma prática administrativa que visa an-

tecipar decisões e organizar planos de ação para

atingir objetivos previamente determinados.

O assunto é tão importante nos dias de hoje

que um dos mais destacados ministérios do go-

verno federal – dos trinta e sete existentes – é o

Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão

– comandado pela engenheira de alimentos Mi-

riam Belchior, recém-nomeada para a pasta. Já

destacado como ministério, porém pouco difun-

dido como princípio de gestão, o planejamento

é a ferramenta de governo que faltou na recente

tragédia climática da região serrana do Rio de Ja-

neiro, órfã de contramedidas que antecipassem a

catástrofe e protegessem a população. Não fosse

assim, outros seriam os temas das manchetes de

jornais, sítios e revistas sobre a desgraça ocorrida

ao amanhecer do ano de 2011.

No entanto, a comparação entre os números

do dilúvio fluminense e o do ocorrido dias antes

no nordeste australiano – 817 mortos no Brasil,

até 25 de janeiro, contra apenas 16 na terra dos

cangurus - mostra que um planejamento eficaz

das ações para situações de emergência pode sal-

var vidas, salvaguardar os recursos naturais e ori-

entar a retirada e o resgate de uma população.

Cumpre salientar que a prevenção de flagelos e

desastres humanitários é apenas uma das aplica-

ções do planejamento.

Podemos planejar a vida inteira, ou períodos

curtos e importantes dela, assim como uma Copa

do Mundo e uma Olimpiada – será mesmo que

podemos? Podemos planejar a carreira, a vinda

de um filho e a construção de uma fábrica.

Para quem vive e trabalha nas intempéries

condominiais de cada dia, o uso do declamado

verbete não pode causar estranheza. Por exem-

plo, o planejamento das ações para conservação

e funcionalidade das instalações prediais é tam-

bém chamada de manutenção predial e, se não

pode salvar vidas, pelo menos mantém a saúde

financeira da administração condominial, o valor

de mercado do patrimônio comum e o bom hu-

mor dos moradores.

Num piscar de olhos - mas sem perder o

compromisso jornalístico com a informação útil,

apurada e precisa - essa reportagem revelará

quais as manutenções devem ser feitas rotineira-

Giba (dir.) e ajudante diante do gerador elétrico

Foto

s: M

árci

o Le

stin

gi

9Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

mente pelo seu condomínio, quais os cuidados

e as responsabilidades de todos os envolvidos na

preservação do patrimônio comum, e quais as

manutenções que o próprio morador deve fazer

em seu imóvel desde a aquisição até a venda,

passando por toda sua estada.

Um projeto de manuten-ção começa com a manuten-ção de um projeto

De um sistema de manutenção que seja ao

mesmo tempo eficiente, eficaz e efetivo, isto é,

austero na condução dos gastos e recursos di-

versos para as atividades exigidas, que atinja o

do Produto - as normas ISO/TS 16949:2009 e os

diferentes recalls que recebemos diariamente em

nossas casas.

Já na indústria de construção civil, na qual

um dos capítulos é o de construções condo-

miniais, as mesmas ferramentas apro-

priadas existem, como comprovam as

aprovações de projetos nas prefeituras,

as licenças de funcionamento e alvarás

de diversos órgãos públicos, e os laudos

técnicos para segurança e funcionalidade

de edificações como os emitidos pelo

instituto Falcão Bauer, sem esquecer

das ARTs – Anotações de Responsabili-

dade Técnica - registradas no CREA (para

instalar uma central de gás de cozinha,

por exemplo, é preciso de uma ART as-

sinada pelo engenheiro responsável do

fornecedor, atestando a segurança e a es-

tanqueidade da instalação).

Qualquer falha na concepção e e-

xecução dos projetos residenciais e con-

dominiais –causados entre outros por

necessidade premente de redução de

custos – pode significar altos custos de

manutenção ou desarranjos na harmonia das

relações de seu condomínio.

Um exemplo é o de caixas d´água que

rapidamente se esvaziam quando há falta

de água na rede, ou o de caixas de gordura

que parecem viver em processo de limpeza, ou

ainda o de aparelhos elétricos que queimam, em

rodízio, a cada novo temporal, sem falar no de

portões eletrônicos e interfones que nos deixam

a impressão de estarem sempre em conserto, para não falar nos elevadores, nossas cápsulas de

transporte do mundo verticalizado para as super-

fícies terrenas.Portanto, antes de planejar a manutenção é

preciso saber não só se os condomínios, edifícios,

prédios, torres e portarias têm as diversas licenças

de funcionamento, mas se o esforço feito para

atendê-las com relação à segurança e salubri-

dade, foi também capaz de gerar funcionalidade

e previsibilidade de gestão.

Abrindo as OSs (Ordens de serviço)

Quando se pensa em manutenção predial,

a memória emocional nos traz lembranças de e-

levadores parados,

lâmpadas queima-

das, entupimen-

tos e vazamentos

urgentes a serem

consertados, sem fa-

lar nos portões ele-

trônicos e interfones

que vivem a nos de-

safiar.

Esses pontos

são apenas parte

dos registros de um

bom sistema de ma-

nutenção predial,

que deve ter uma

sistemática definida

para as ações cor-

retivas – consertos,

reparos, atendimen-

tos de emergência ou urgência em equipamentos

que perderam momentaneamente sua funciona-

lidade – e outra para as ações preventivas, fruto

das inspeções e verificações feitas quando o equi-

pamento está funcionando plenamente.

Uma consulta a diferentes prestadores de

serviço condominiais da região de Jundiaí-SP

leva a uma interessante constatação sobre o per-

fil das manutenções demandadas por síndicos,

zeladores e administradores de condomínios da

região: as preventivas são pouco executadas.

Segundo o especialista em instalações elé-

tricas, Gilberto Burche, o Giba, que há dez anos

comanda sua própria empresa de prestação de

serviços elétricos, o maior volume de chamados

abertos se destina a executar manutenções cor-

retivas. “São poucos os que fazem manutenção

preventiva”, explica o empreendedor manutentor

que atua tanto no mercado de instalações indus-

triais como no de instalações residenciais. “Deu

Um das recomendações do síndico profissional Wagner Carpi é criar as rotinas de inspeção próprias para seu condomínio e dividir com o zelador a incumbência de executá-las

“A recarga dos extintores é mais importante que a manutenção dos jardins, enquanto

a limpeza dos reservatórios de água deve ser

feita no inverno”, afirma o síndico

profissional, Wag-ner Carpi

resultado esperado e que satisfaça os diferentes

públicos clientes dessa operação, começa com

um projeto exemplar.

Na indústria automobilística e aeroespacial,

para as quais um erro de projeto pode custar a

vida de muitas pessoas, são usados diversos me-

canismos de proteção e satisfação do usuário fi-

nal, como o FMEA (Análise de Modo de Falhas),

o APQP – Planejamento Avançado da Qualidade

10 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

um problema no motor do portão (eletrônico), o

cara chama pra consertar . Depois que quebrou,

lógico!”.

Nos condomínios para os quais presta ser-

viços, Giba explica que as manutenções mais

frequentes são as feitas nas bombas que alimen-

tam as caixas d´água, nos sistemas elétricos dos

portões eletrônicos, e nas instalações elétricas de

maneira geral.

A boa notícia é que há uma maneira de re-

verter esse quadro inteiramente dominado pelas

manutenções corretivas, que tendem a encarecer

o valor da taxa condominial. A primeira coisa a

fazer é listar todos os trabalhos necessários e or-

dená-los de acordo com o nível de prioridade e

período do ano recomendável para sua execução.

“A recarga dos extintores é mais importante que

a manutenção dos jardins, enquanto a limpeza

dos reservatórios de água deve ser feita no inver-

no, quando o consumo dessa utilidade é menor”,

explica o síndico profissional Wagner Carpi, síndi-

co e morador do Chácara das Flores II.

Outra recomendação valiosa é estimar o

custo de cada trabalho de manutenção e dividir

o total por 12. “Esse controle serve para distribuir

de maneira uniforme o custo das manutenções,

evitando grandes oscilações no valor mensal da

taxa do condomínio”, completa Carpi.

É recomendável criar procedimentos para

aquelas atividades repetitivas e documentar as

manutenções feitas, para gerar histórico das

peças e equipamentos trocados, assim como do

desempenho do prestador de serviços escolhido.

O gerente do Morada da Serra – condomínio

com 488 apartamentos no Eloy Chaves - Gabriel

Vieira Alves, destaca uma de suas estratégias de

planejamento: “Procuro manter três fornecedores

qualificados para cada especialidade de ma-

nutenção a ser feita, fazendo roti-

neiramente o rodízio entre

eles. Numa emergência,

se o prestador de ser-

viço chamado já es-

tiver em campo, eu

não fico na mão”.

Alves tam-

bém se gaba

de possuir uma

equipe própria

para manuten-

ção, limpeza e

conservação das

áreas comuns, for-

mada por um encar-

regado de manutenção,

um pintor, um pedreiro e

dois faxineiros, ao que emenda

sem dar chance ao entrevistador de

fazer a próxima pergunta: “Só terceirizo os ser-

viços mais complexos, que exigem uma especial-

ização maior e um melhor atendimento por parte

do fornecedor”.

Para esses serviços, comumente

emergenciais, é indispensável a super-

visão direta do síndico ou administra-

dor do condomínio ou, na falta destes,

a do zelador, para garantir que o

fornecedor resolva o problema

de forma eficiente e eficaz,

isto é, usando os recursos

adequados, que atendam ao

objetivo da solicitação de

manutenção e preservem o

patrimônio dos condômi-

nos.

Uma outra prática recomendada pelo síndico

profissional é o rodízio de fornecedores. “É im-

portante rever os contratos e pesquisar constan-

temente os preços praticados pelo mercado, para

não perpetuar um único fornecedor.” Vamos co-

nhecer, agora, a lista das manutenções que não

devem faltar em seu check-list.

A opinião dos especialistas

A forma mais

usual de gestão da

manutenção pre-

dial é agrupar os

tipos de serviço

por local, e-

quipamento ou

pela suas carac-

terísticas funcio-

nais. Nessa lista,

não pode faltar o

seguinte:

-Manutenção de elevadores: Segundo

Marcos Contreiras, supervi-

sor geral de operações da Eleva-

dores Atlas Schindler, é lei na cidade de

São Paulo – 10.348/87 - que todos os elevadores

passem por manutenção preventiva mensal. Esta

prática virou procedimento padrão para todos os

seus clientes, mesmo nas cidades em que não há

uma lei que rege essa periodicidade.

Contreiras destaca que é essencial que a

manutenção de elevadores seja feita periodi-

camente, nas datas contratadas. “Este é o mo-

mento em que são realizadas as verificações

tanto dos itens responsáveis pelo bom funciona-

mento do equipamento como, principalmente,

pelos aspectos relacionados à segurança de seus

usuários”, e recomenda a Prefeitura Municipal de

Jundiaí, o Condomínio Edifício Serra dos Cristais,

o Maxi Shopping, o Conjunto Residencial Cam-

pos Elíseos, o The Grapes Flat Service e o Hotel

Bourbon Atibaia, como locais de referência so-

Um elevador novo precisa de um a dois meses de funcionamento para regulagem de seus sensores e comandos

Avilton e Alípio, explicam que a mudança de um elevador a relês para um com micropro-

cessadores pode gerar economia de

até 40% na energia elétrica

11Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

bre o funcionamento dos elevadores da Atlas na

região.

Alípio Carnaúba, da Espel Elevadores, tam-

bém garante a manutenção preventiva mensal

a seus clientes – além dos chamados 24 horas

- e reforça que um técnico de campo precisa

de, no mínimo, duas horas para fazer a perfeita

manutenção checando a casa de máquinas, os

sistemas de segurança, o quadro de comandos, a

cabine, abertura e fechamento de portas, a sina-

lização, a lubrificação e limpeza das guias e o es-

tado de conservação dos cabos de aço e do poço

(o conjunto formado pelos cabos de aço, polias,

limitadores de velocidade e a troca de comandos

a relê por microprocessados são os itens mais

caros em uma reforma de elevador).

Como o mercado oferece diferentes formas

de serviço para manutenção de elevadores, é im-

portante conhecer e contratar o prestador mais

adequado à sua realidade. Algumas empresas só

fazem manutenção em elevadores por ela fabri-

cados, outras atendem a todos os tipos de fabri-

cantes (em Jundiaí os cinco principais são a Atlas

Schindler, a Espel, a Otis, a Thyssen Krupp e a

Villarta, para atender aos cerca de 1200 eleva-

dores da região). Segundo Wagner Carpi, o con-

trato de manutenção de elevadores, que inclui

a reposição de peças além da manutenção pre-

ventiva, tende a ser mais caro que o contrato de

conservação, que paga apenas pela manutenção

preventiva, deixando o custo das trocas de peças

como um processo à parte na gestão do síndico.

Escolhido o fornecedor, os responsáveis no con-

domínio pelos elevadores devem zelar pela in-

tegridade física dos usuários e pela conservação

dos equipamentos, por isso a eles se atribui as

seguintes tarefas:

- Manter um contrato de manutenção com

uma empresa idônea e com adequada estrutura

de atendimento, possuindo equipe de técnicos

treinada, um engenheiro responsável e um aten-

dimento 24 horas. Alípio ressalta que é impor-

tante para o contratante analisar a empresa es-

colhida segundo os referenciais de mercado, e

completa: “Alguns condomínios têm receio em

contratar serviços por outros fornecedores que

não os fabricantes. Porém, desde a promulgação

do Código de Defesa do Consumidor, o mercado

está aberto e cabe ao síndico avaliar a qualidade

e a funcionalidade dos serviços contratados, op-

tando ou não por mudança de fornecedor quan-

do necessário”;

- Verificar se a empresa contratada está re-

gistrada no CREA (Conselho Regional de Enge-

nharia, Arquitetura e Agronomia), licenciada por

órgãos de fiscalização, pelas prefeituras, e se

procede de acordo com as normas específicas da

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Segundo Avilton Barbosa Ferreira, diretor da Es-

pel, é importante também verificar os seguros e a

saúde financeira do prestador de serviços, através

das negativas de débito;

- Viabilizar a troca de peças do elevador

sempre que apontada a necessidade durante a

manutenção preventiva. Neste ponto, Ferreira

lembra que algumas atitudes de segurança tam-

bém evitam manutenções custosas e repetidas,

gerando retrabalho. Por isso, ressalta, é impor-

tante evitar que crianças andem sozinhas nos e-

levadores e que as portas sejam forçadas manual-

mente, em qualquer direção;

- Manter as condições adequadas de ope-

ração do equipamento eliminando interferências

como infiltração de água no poço, na casa de

máquinas ou mesmo nos andares;

- Comunicar ao usuário e garantir que se

respeite o limite de carga do elevador. Além de

comprometer a segurança dos usuários, esta

ação poderá gerar o desgaste prematuro dos

componentes;

- Avaliar o funcionamento de interfones e

alarmes, informando a empresa de assistência

técnica sobre possíveis falhas. Após o start-up ou

posta in marcha de um elevador, é normal um

período de um a dois meses para perfeita regula-

gem dos sensores e das luzes do painel;

- Utilizar o acolchoado de proteção no e-

levador quando for transportar objetos, princi-

palmente em mudanças, para evitar danos na

cabina;

12 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

- C e r -

t i f i c a r - s e

que a manuten-

ção preventiva ocorra

a cada mês, feita por técnicos

capacitados pelo fabricante ou prestador de

serviços escolhido. Alípio, da Espel, afirma que

é importante combinar com o síndico ou com

o zelador que a manutenção seja feita fora dos

horários de pico e que todos os condôminos se-

jam avisados, para se evitar transtornos no fluxo

de pessoas ;

- Conforme recomendações do fabricante

ou do prestador de serviços escolhido, a cada

período de tempo sejam inspecionados os freios

de segurança, embaixo da cabine do elevador, e

o limitador de velocidade, com a necessária afe-

rição do mesmo.

Os representantes das empresas contatadas

explicam que o sistema de portas é o local do

elevador onde se faz o maior número de con-

sertos e reparos, e que os elevadores mais anti-

gos, com sistemas a relês, gastam até 40% mais

energia, gastam mais com peças de reposição e

pedem mais manutenção que os atuais, com mi-

croprocessadores. Ferreira, da Espel, lembra que

nos meses de chuva há muita queima de placas

eletrônicas e um aumento nos chamados para se

resolver problemas de infiltração no poço do e-

levador. Mesmo assim, se todas as manutenções

forem feitas adequadamente e os usuários zela-

rem pelo bom funcionamento do equipamento,

um elevador pode funcionar de seis a oito anos

antes de sua primeira reforma.

- Limpeza e desinfecção de reservatórios

de água: A limpeza da caixa d’água consiste na

remoção mecânica das substâncias e outros ob-

jetos indevidamente presentes no reservatório,

enquanto a desinfecção, na eliminação de mi-

croorganismos potencialmente patogênicos por

meio de agentes químicos. O comunicado CVS

6, de 12/01/2011, é a mais nova deliberação da

Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo sobre

o tema. A normativa esclarece que ao longo do

tempo há tendência para deposição e acúmulo

de substâncias nas paredes e fundos dos reser-

vatórios – siltes, argilas, areias e matéria orgânica

- oriundas da própria água fornecida ou, quando

o reservatório não é suficientemente vedado e

protegido, de seu entorno – nesse caso as suji-

dades podem ser material particulado ou fezes e

restos de pombos, baratas, ratos, além das ovas

do mosquito Aedes Aegypti. As diretrizes que

síndicos, administradores de condomínios e ze-

ladores devem seguir para perfeita manutenção

dos reservatórios é a seguinte:

- Fazer um cronograma de limpeza dos reser-

vatórios, em rodízio, sem prejudicar o abaste-

cimento aos condôminos. Enquanto um é limpo

e desinfetado, é possível fazer a inspeção da ve-

dação e do entorno dos demais. É importante

também comunicar previamente aos usuários o

cronograma detalhado da operação e recomen-

dar a redução do consumo neste período, obser-

vando o

princípio de

que a capacidade

de armazenagem deve ser

equivalente ao consumo do prédio

num período mínimo de 24 horas;

- Fazer a limpeza e desinfecção dos reser-

vatórios a cada seis meses ou, antes, se obser-

vado a presença de corpos estranhos ou qualquer

alteração no aspecto da água, que podem ocor-

rer pela falta de vedação da caixa ou por pro-

blemas de qualidade da água fornecida, especia-

lmente quando proveniente de fontes alternativas

de abastecimento (poços rasos e outros);

- Registrar a data da limpeza em sua agenda

ou na parede externa de própria caixa d’água, de

modo a repetir o procedimento em intervalos se-

mestrais ou quando for necessário;

- Uma boa prática é não deixar água parada

nas caixas d´água que fazem o papel de tanque-

pulmão para os reservatórios do alto dos prédios

(localizadas abaixo do nível do solo, recebem a

água da rede direto do cavalete antes de mandá-

la para as caixas principais dos blocos ou torres).

A água parada pode receber ferrugens e impure-

zas depositadas na paredes e pelas paredes do

reservatório. Por isso, Wagner Carpi também re-

comenda trocar o seu conteúdo inteiro uma vez

por mês, além de fazer a limpeza e desinfecção

periódica;.

- Limpeza das caixa de gordura: Deve ser

feita a cada seis meses, ou a cada três meses se

o volume de impurezas for muito grande. Essa

caixa deve receber apenas a água de lavagem das

louças e a água de lavagem das roupas. É im-

No Morada da Serra, um dos principais projetos para 2011

é o da melhoria do sistema de captação, armazenamento e

distribuição de água, gerando economia mensal de

R$2.800,00 por redução na conta de energia elétrica

Gabriel Vieira Alves, gerente administrativo do Morada da Serra, revela que as manutenções prediais nas instalações elétri-cas são as mais comuns em seu condomínio

13Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

14 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

portante observar que, em cada condomínio, as

caixas de gordura estejam separadas das caixas

de água e esgoto.

- Extintores: A verificação da pressão e da es-

tanqueidade dos extintores é anual, assim como

sua recarga. É recomendável fazer rodízio nas da-

tas das inspeções, para que todo o seu sistema

de combate a incêndio não expire de uma vez.

O ideal é enviar, a cada vez, um terço dos ex-

tintores para manutenção em empresas especia-

lizadas. Outra recomendação preciosa é evitar a

troca desnecessária de peças como os o-rings e

os manômetros a cada recarga, para não enca-

recer a operação. Alguns especialistas recomen-

dam até que os extintores sejam esvaziados no

vencimento, para evitar que o extintor volte da

recarga sem a troca de seu conteúdo vencido. Ao

esvaziar, é possível checar se há vazamentos e o

funcionamento do manômetro.

- Mangueiras de incêndio: É recomendável

a criação de um procedimento para inspeção

periódica pelo zelador . O teste de estanqueidade

deve ser feito a cada cinco anos.

- Desinsetização/Dedetização: Deve ser feita

a cada seis meses, observando o período de seca.

Se for feita num dia chuvoso ou precedente a

um, pode perder mais de 50% de sua eficácia.

- Telhados: Deve ser verificado visualmente

fora dos períodos de chuvas.

- Pararraios: Em Jundiaí muitos condomínios

estão em processo de adequação de seu sistema

de pararraios à legislação e às boas práticas re-

comendadas. Para se realizar a manutenção do

sistema, inicialmente deve ser verificado se o

sistema de pararraios existente atende às atuais

diretrizes da Norma Brasileira NBR-5419/2005 e

se está de acordo com o projeto existente (se este

existir). Depois deve ser verificado o estado dos

componentes do sistema (principalmente aperto

de conectores e existência de corrosões).

Também deve ser analisado o estado do

subsistema de aterramento, e em alguns casos,

deverá ser efetuada a medição da resistência do

aterramento. Para essas situação se recomenda

laudo técnico e ART do engenheiro respon-

sável pela medição. Em edifícios residenciais a

NBR-5419 solicita uma revisão completa a cada

5 anos. Caso haja uma alteração na cober-

tura da edificação, o sistema de pararraios de-

verá ser reavaliado e regularizado em função da

nova situação. Caso for constatada a ocorrência

de queda de raio na edificação, o sistema de

pararraios também deverá ser revisado. Obvia-

mente a manutenção deverá ser feita quan-

do for constatado uma irregularidade

ou um dos defeitos descritos anterior-

mente.

- Iluminação de emergência das escadas: Outro local que deve ser

rotineiramente inspecionado

pelo zelador.

- Portão eletrônico e interfones: Gilberto

Burche, o Giba,revela

que estes dois itens são

os mais propensos a

quebrar, devido ao seu

uso excessivo. Ressalva,

porém, que é importante

dimensionar, escolher

e definir o equipamento mais adequado para o

fluxo de pessoas e acessos na condição de pico,

para que não se gaste exageradamente com re-

trabalhos de manutenção. “Nessas horas que o

barato sai caro. Já tive clientes que insistiam em

consertar o motor já desgastado de um portão

várias vezes, mesmo sabendo que um motor

novo sairia mais barato”. Giba alerta também

para as condições de limpeza das portarias e do

entorno dos trilhos. “Após uma chuva, a enxur-

rada pode depositar sujeiras, areia e terra que

desregulam o trilho e forçam o motor do portão

eletrônico”.

- Cerca elétrica: Uma cerca elétrica é com-

posta, em geral, por uma central que alimenta

os quatro ou seis arames eletrificados, respon-

sáveis pelo choque. Qualquer movimentação na

cerca dispara um alarme para o porteiro e para

a empresa de segurança. Segundo Felipe Silvestre

de Camargo, coordenador operacional da LGM

alarmes, esse é um item do sistema de segu-

rança que pede atenção especial, especialmente

nos condomínios de casas. É importante que o

próprio morador corte a vegetação do fundo de

suas casas, geralmente escoradas nos muros e

encostadas às cercas eletrificadas. “O alarme da

cerca dispara constantemente, gerando susto

e transtorno na empresa de segurança que,

quando chega ao local do disparo, percebe

que a causa foi um galho, uma planta

Wagner Carpi também recomenda que o síndico ou zelador estejam sempre presentes na execução de um serviço terceirizado. Esse

simples cuidado pode evitar retrabalhos e gastos extras para o condomínio

Felipe orienta condôminos a cortar a vegetação próximas às

cercas elétricas

15Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

ou flores que se enroscaram na cerca”, comple-

ta. O principal elemento do

sistema de manutenção da

cerca elétrica, é portanto, a

conscientização do morador

dos condomínios de casas

quando a seus deveres.

- Alarmes: O sistema de

alarmes é composto por sen-

sores de presença ou sensores

ativos que se comunicam

com uma central, avisando o

porteiro e automaticamente

a empresa de segurança.

Camargo reforça que os sen-

sores devem ser colocados

nos pontos de acesso. “Nosso

estudo começa com a análise

dos riscos do ambiente exter-

no, procurando-se facilidades de transpor muros,

rotas de fuga e iluminação e fluxo das vielas”,

complementa o coordenador da LGM, já emen-

dando: “o elemento fundamental da manuten-

ção desse sistema é a verificação de rotina feita

pelo zelador, que deve testar os sensores e a co-

municação do sistema pelo menos uma vez por

semana. Quando há descargas elétricas no prédio

alguns sensores queimam, mas não há aponta-

mento dessa falha no painel de comando da cen-

tral”.

- Botão de pânico: “Toda boa portaria

começa com um bom botão de pânico”, en-

sina Camargo, relatando que o dispositivo é um

alarme discreto, escondido em locais estratégicos

das portarias, como a parte debaixo das mesas

ou no interior dos banheiros. Seu acionamento

não gera barulho ou perturbação no local, mas

envia um pedido de socorro à empresa de se-

gurança. O botão de pânico pode ser fixo, ou

móvel, como o dos controles de carros, e deve

ficar com o zelador. “Já aconteceu várias vezes

do porteiro viver uma situação complicada, acio-

nar o botão de pânico e o mesmo estar sem pilha

ou queimado”, relata o coordenador. Por isso,

ele aconselha ao porteiro e ao zelador fazer um

teste no equipamento pelo me-

nos uma vez por semana e, de

vez em quando, como prática de

gestão testar todo o sistema de

comunicação para, entre outras

coisas, testar o tempo de respos-

ta da empresa de segurança.

- CFTV: Circuito fechado ou

circuito interno de televisão é

um sistema de televisão que

distribui sinais provenientes de

câmeras localizadas em locais

específicos, para um ou mais

pontos de visualização. O CFTV

é o componente dos sistemas

de segurança mais comumente

visto nos condomínios de Jundiaí

e região. Seu desenvolvimen-

to se deu na esteira do “apagão de segurança”

vivido pela sociedade nos últimos trinta anos,

com a vantagem de ter incorporado, a cada vez,

as inovações tecnológicas disponibilizadas por

outros setores. “Antes um CFTV permitia arma-

zenamento de imagens em fitas de

VHS, que deveriam ser troca-

das a cada 12 horas, que

depois evoluiu para

36 horas e hoje é

feito pela tecno-

logia DVR (sigla

em inglês para

Digital Video

Recorder), que

gera arquivos

de imagem

em sistemas

de disco rígido

locais com 10,

12, 15, 60 giga-

bytes ou, à distân-

cia, em servidores re-

motos, se a arquitetura do

sistema permitir”, explica Júlio

Trabuco, diretor comercial e presidente da IP Ex-

perience Serviços Tecnológicos Ltda, empresa de

São Paulo especializada em sistemas e tecnolo-

gias de segurança. O DVR é um sistema de grava-

ção de vídeo criado para impulsionar as vendas

de TV por cabo e por satélite digital, permitindo

a reprodução posterior do programa gravado. O

sistema mais conhecido a usar essa tecnologia é

o TIVO, que é pago e bloqueado somente para

uso com sua operadora de TV a cabo ou via sa-

télite. Os DVRs são usados em CFTV para su-

bstituir os antigos sistemas de VHS e também as

placas de capturas colocadas nos computadores.

As vantagens do DVR são o controle de acesso,

que pode ser disponibilizado aos usuários via

endereço IP e senha, e a garantia de inviolabi-

lidade na geração das imagens. Segundo Felipe

Silvestre de Camargo, da LGM, são poucas as

portarias em Jundiaí que têm ponto de rede para

gerar acesso remoto ao CFTV, o que exemplifica

como o projeto do sistema definirá diretamente

a profundidade e a amplitude das manutenções

a serem feitas. Para quem planeja a manuten-

ção dos CFTVS, independente do projeto, o mais

preocupante com relação à manutenção

são as gravações. “Não é porque

as imagens estão aparecendo

na tela, que estão sendo

gravadas. Pouco gente

checa se o sistema

está gravando ou

não”, afirma Ca-

margo, ensinando

que a primeira ro-

tina de manuten-

ção a se realizar

é a verificação

semanal, aleatória,

de períodos distin-

tos das gravações.

“A escolha do melhor

sistema de CFTV, como

parte integrante do sistema

de segurança de um condomínio,

Júlio Trabucodurante a entrevista na sede do Portal dos Condomínios

“Para os alarmes, nosso estudo começa com a

análise dos riscos do ambiente ex-

terno, procurando-se facilidades de transpor muros, rotas de fuga e

iluminação e fluxo das vielas”

16 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

depende da verba disponível para o investimen-

to”, explica Irineu Ferreira, diretor executivo da IP

Experience, informando já que

há uma tecnologia já disponível

para substituir os DVRs com rela-

ção à performance e necessidade

física de equipamentos, que são

as câmeras IPs. “Hoje cerca de

60% do mercado usa dos DVRs,

30% usa os videocassetes e

10%, câmeras IPs”, revela Fer-

reira, que ainda conclui sobre

as manutenções do CFTV: “Um

bom projeto determina quantas

câmeras serão necessárias, qual

a resolução de cada uma de-

las, qual a capacidade do disco

rígido que você tem. Ele estará ligado ao objetivo

inicial de quem contratou a instalação do serviço

e qual o tipo de gravação será feita, se contínua

ou por movimento, e qual o período de tempo

a ser gravado antes da reciclagem das imagens,

se um mês, dois ou um ano”. Outro componente

estratégico para o bom funcionamento do CFTV

são os no-breaks. Numa pane ou descarga elétri-

ca, o no-break garante o funcionamento

correto de todo os componentes

eletrônicos do sistema de segu-

rança. Júlio Trabuco, que tam-

bém é síndico condominial,

ainda lembra que os cabos

de rede usados pelo CFTV

devem ser instalados em

dutos separados dos ca-

bos da rede elétrica.

- Jardins: Segundo o

coordenador da área de

jardinagem da LGM, Lind-

berg Tumolo, o planejamen-

to da manutenção dos jardins

de um condomínio deve ser

feito de acordo com as estações

do ano e as características climáticas

associadas. No verão, época marcada por grande

volume de chuvas, o principal cuidado deve ser

dado às podas de maneira geral,

pois a grama costuma crescer

intensamente e gerar rápidas

reclamações. A partir de abril e

até julho, o foco muda para o

controle químico de pragas, com

aplicação de pesticidas e o trata-

mento individualizado da ve-

getação. De julho até setembro

se faz o “despraguejamento”,

que é o controle manual e mi-

nucioso de pragas, feito com o-

perações manuais de retirada de

ervas daninhas e outras pragas.

No dia-a-dia, entretanto, Tumolo

toma ações corretivas e rápidas para os cortes e

podas, conforme o crescimento de cada vegeta-

ção, incluindo em sua rotina, inspeções periódi-

cas para tomada de decisões antes que haja re-

clamação.

“Não é porque as imagens estão aparecendo na tela, que estão

sendo gravadas. Pouco gente che-ca se o sistema está gravando

ou não”

Sujando o macacãoOuvidos os especialistas e suas ponderações,

ainda dá tempo de rever o calendário anual de

manutenções de seu condomínio. Recomenda-se

a todos os envolvidos conversar e dividir experiên-

cias com outros administradores e síndicos co-

nhecidos, e pesquisar constantemente no mer-

cado novos e melhores prestadores de serviços

para os seus problemas. O esforço feito para a

execução disciplinada de um bom planejamento

é a garantia de um ótimo resultado na aceitação

da área de manutenção da gestão condominial.

Uma das rotinas mais importantes para um sistema

de manutenção eficaz é a limpeza das instalações. Muitos consertos caros e desnecessári-os são causados por acúmulos de sujidades ou por limpeza

mal feita após a manutenção.

Durante o verão, o foco da operação de jardi-nagem é nas podas das árvores e no corte da grama, que cresce muito rápido num período de intensas chuvas

17Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

Colchão Basic One Side Bambu c/ base Sweet

Conjunto Box Aloe Dream

Colchão Synphony c/ Base Sweet

Conjunto Box Black Tie

Colchão Mont Blanc c/ Base Sweet

Molas Bonnel

Tecido Bambu

- Tecnologia Suíça

- Com tratamento no tecido

À vista R$ 679,20 R$ 949,00

R$ 56,60 R$ 79,1012X sem juros

Solteiro 0,88 Casal 1,38

EspumaViscoelástica

Molas Pocket

Tecido MalhaEucalipto

Tratamento c/Evo Care

- 5 Zonas de Adaptação- Terço Central Reforçado

Tecido Bambu

EspumaViscoelástica

Molas Pocket

À vista R$ 1.129,20 R$ 1.399,20

R$ 94,10 R$ 116,6012X sem juros

Casal 1,38 Queen 1,58

À vista R$ 1.249,20 R$ 1.599,00

R$ 104,10 R$ 133,2512X sem juros

Casal 1,38 Queen 1,58

À vista R$ 1.348,80 R$ 1.678,80

R$ 112,40 R$ 139,9012X sem juros

Casal 1,38 Queen 1,58

À vista R$ 1.499,90 R$ 1.858,80

R$ 124,99 R$ 154,9012X sem juros

Casal 1,38 Queen 1,58

Molas Pocket

Tecido Bambu

Molas Poket

Tecido Bambu

Plano 12X no cartão de crédito (Visa, MasterCard, Hipercard). Cartão Sorocred e American Express em até 10X ou em 10X c/ entrada no cheque. Preço em 12X sem juros. Crédito sujeito à aprovação. Nos conjuntos Box 1,38 a base é inteiriça. Garantimos 10 peças de cada produto. Texto Legal Geral: Promoções válidas de 03/01/11 a 31/01/11. Fotos Ilustrativas. Reservamo-nos o direito de erros gráfi cos. Consulte a disponibilidade dos produtos em cada loja.

18 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

SAÚDE

Noites TropicaisPor Neto Aiello

Fisioterapeuta

Verão! A estação mais quente do ano, digo,

a estação mais sociável, bom para frequentar

a piscina do clube, praias, sair com os amigos

para tomar uma cerveja, churrascos de fins de

semana, fazer esportes ao ar livre. Como muitos

dizem, o verão é tudo de bom. Mas as altas tem-

peraturas trazem um grande problema. Na sagra-

da hora de dormir, depois de ficar o dia todo de

baixo do sol que a temperatura ultrapassa facil-

mente os 30ºC, toda essa energia acumulada dei-

xa a casa quente durante boa parte da noite. Foi

assim que em determinado momento da história,

para ser mais exato em 1914 em uma mansão

em Minneapolis, EUA, Carrier desenhou um equi-

pamento especial para residências.

Willys Carrier, jovem engenheiro norte ameri-

cano, em 1902 inventou um processo mecânico

para condicionar o ar, podendo assim controlar o

clima. Sua invenção inicialmente veio para ajudar

a indústria, pois uma gráfica de Nova Iorque esta-

va com problemas no trabalho de impressão du-

rantes os meses de verão, devido à umidade do

ar que era absorvida pelo papel, gerando assim

imagens borradas e obscuras. Carrier desenhou

uma máquina que fazia circular o ar através de

dutos resfriados artificialmente. Porém foi a in-

dústria têxtil o primeiro grande mercado dos con-

dicionadores de ar, seguido pelas indústrias de

papel, farmacêuticas, tabaco e estabelecimentos

comerciais.

Em 1952, desenvolvida pelo próprio Carrier,

iniciou a primeira produção em série de unidades

centrais de condicionadores de ar para residên-

cias. Os estoques se esgotaram em duas sema-

nas. Após 10 anos, estas centrais não eram mais

novidades, e até hoje trazem soluções em toda

parte do mundo.

Com a facilidade de compra e aumento das

ofertas, hoje em dia mais pessoas estão aderin-

do aos condicionadores de ar como solução para

uma noite de sono mais confortável, mas como

qualquer coisa, alguns cuidados precisam ser to-

mados com o uso desses aparelhos: o condicio-

nador de ar deixa o ar mais seco, essa diminuição

da umidade além de deixar a pele e os olhos se-

cos, também causa o ressecamento de nossa mu-

cosa, a “pele” que reveste boca, nariz, garganta

e todos os “dutos” que levam o ar aos alvéolos

(onde conseguimos captar o oxigênio do ar). Isso

faz com que o muco que é produzido por essas

mucosas fiquem mais espessos. O muco fica

mais difícil de ser eliminado, e com isso se acu-

mula no pulmão junto com a sujeira. Isso pode

ser pior para fumantes ou para quem tenha ou-

tras doenças respiratórias como asma, enfisema,

etc.

Há filtros de ar, nos condicionadores de ar,

que acumulam tudo que filtram, poeiras, áca-

ros, fungos, bactérias, entre outros. Quanto mais

tempo demorar a trocar esses filtros, mas sujeira

ele vai acumular em seu ar condicionado. A par-

tir de certo ponto os filtros deixam de fazer sua

função, e passam a fornecer todas as impurezas

no ar que é expulso. Fungos e ácaros provocam

alergias e bactérias, infecções. Também podendo

levar a mal estar, fadiga e sistema imunológico

comprometido. Claro que se agravam em pessoas

19Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

com problemas respiratórios e

alérgicos.

Mas nem tudo esta perdi-

do, há o que fazer para minimi-

zar ou até mesmo sanar os efei-

tos maléficos dos condicionadores

de ar. Utilizar toalhas molhadas,

umidificadores ou vasilhas com água,

no quarto, lembrando que eles devem ser

trocados diariamente para não se transforma-

rem em depósitos de fungos. A temperatura ideal para

nosso organismo fica em torno de 21-22 graus, não adianta

usar cobertores para aquecer o ar que você resfria. E finalmente

a manutenção periódica, a revisão e limpeza devem ser rigorosa-

mente mantidas, de acordo com as instruções no manual do apa-

relho, é útil manter uma etiquetinha no aparelho com lembrete da

próxima manutenção.

Estas são informações e dicas muito simples e que vão fazer a dife-

rença para que todos tenham noites de bons sonhos, com saúde e uma

brisinha confortável para amenizar nossas noites tropicais.

Quer sugerir algum tema?Envie mensagem para [email protected]

Você terá um atendimento exclusivo com o Fisioterapeuta Neto Aillo Imagens Iustra

tivas

20 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

Projeto Poesia no ElevadorHá 10 anos morando em Jundiaí, vivia pen-

sando em como presentear a bela cidade que

ganhou de Deus a Serra do Japi e tem quase

tudo de bom?! Daí, assistindo um programa

de TV que mostrava um presídio recebendo

uma certa quantidade de livros, de vários títu-

los, os presos preferiram os de poesia. Se até

‘eles’ gostam de poesia e encontram nesse tipo

de literatura um bálsamo para a alma, o que

dizer das pessoas que caminham livres e podem

desfrutar de tudo de bom que a vida pode ofe-

recer?

Logo me veio a ideia da “Poesia no Eleva-

dor”. Pesquisei com vizinhos e amigos. Todos

acharam uma ótima ideia. Assim, estou con-

vidando todos os poetas de Jundiaí (temos

ótimos) para, se quiserem, participar. Já inicia-

mos esse trabalho, em meu condomínio, com

o apoio do síndico, Sr. Wagner Carpri, que de

pronto atendeu, assim como a revista Portal dos

Condomínios.

Os poemas, a princípio, serão trocados

duas vezes por semana para que o máximo de

pessoas sejam alcançadas (as que gostarem, é

claro).

Poesias são do coração de quem escreve

diretamente ao coração de quem lê. E é impos-

sível ficar insensível ao seu conteúdo. Espero,

sinceramente, que toda cidade seja alcançada

através da Secretaria de Cultura, em breve.

Grato pelo apoio. Carinhosamente, Klébia

Martins, poetisa.

A CHUVALá fora chove.

E chove... chove...Sem parar...

Há um mistério na chuva,Há um mistério na lua,

Há um quê de saudade...Há, não sei como explicar,Um certo mistério no ar...

E chove... chove...Sem parar...

Gosto da chuva no mar,Gosto da chuva no chão,

Gosto do teu olhar,Gosto de teu gostar.

ARTIGO

Veja como é fácil implantar o projeto “Poesia no Elevador” no seu prédio.

Acompanhe em http://portaldoscondominios.wordpress.com

imagens do projeto no condomínio da Klébia Martins

21Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

FIQUE POR DENTRO

Todas as despesas e receitas devem ser demons-

tradas por meio de um balancete contábil aprovado,

normalmente, pelo Conselho Consultivo. A forma de

arrecadação é determinada por assembleia em função

dos custos apurados ou previstos.

Despesas ordinárias - São as despesas relativas à

limpeza, manutenção e conservação do condomínio

(ex.: conta de luz utilizada em áreas comuns, ma-

nutenção de elevadores, conta de água, pequenos

reparos, etc.), aos salários e encargos dos funcionários

e à parcela de seguro contra incêndio da edificação.

Essas despesas são pagas pelo morador da unidade,

seja ele proprietário ou inquilino (Art. 23 da Lei. 8.245

de 18/10/91 – Nova Lei do Inquilinato).

Despesas extraordinárias – Dentre outras, são

as despesas referentes a: obras que interessam à es-

trutura integral ou de habitabilidade da edificação;

iluminação; pinturas de laterais, fachadas, esqua-

drias externas; instalação de equipamentos de se-

gurança e lazer; decoração e paisagismo nas

partes de uso comum; constituição

de fundo de reserva. São enten-

didas ainda como despesas

extraordinárias, eventuais

indenizações ocorrida

em data anterior à do

início de eventual lo-

cação contratada,

onde as despesas

cabem, exclusiva-

mente, ao propri-

etário da unidade,

e não ao inqui-

lino (Art. 22 da Lei

8.245/ 91).

Fu n d o d e Reserva - É um valor

pago pelos propri-

etários, para fazer frente

a despesas não previstas

e por vezes urgentes ou ina-

diáveis. A forma de arrecadação

é regulada pela convenção. Se o fundo

de reserva vier a ser utilizado, excepcional-

mente, para cobrir despesas ordinárias (custeio ou

complementação), deverá ser reposto pelo inquilino,

salvo se anterior ao início de sua locação.

Pagamento por previsão - É o pagamento da

contribuição condominial antecipado. É calculado em

função da previsão de gastos para um determinado

período. Deve ser aprovado em assembleia. Ocor-

rendo déficit em função de imprevistos, aumento de

consumo, de preços e tarifas, etc., a cobertura deve

ser feita por rateio extra.

Pagamento por rateio – É o pagamento da

contribuição condominial apurado, após o levanta-

mento de todos os gastos de um determinado perío-

do. Também deve ser aprovado em assembleia. Nesta

modalidade de pagamento, não há lançamento de

rateio extra.

Rateio Extra - É o pagamento suplementar para

cobrir uma receita insuficiente ou gasto imprevisto

num determinado período. Destina-se a cobrir despe-

sas ordinárias ou extraordinárias. É necessário verificar,

no demonstrativo de despesas, a origem do rateio

extra para determinar se o pagamento deve ser feito

pelo inquilino ou pelo proprietário.

Reajuste - Não existe, na lei, nenhuma forma pre-

vista de reajuste para as contribuições condominiais.

A assembleia é soberana para determinar a forma

de arrecadação em função dos custos apurados ou

previstos.

Atraso no pagamento - O artigo 12, parágrafo

3º, da Lei 4.591/64, estabelece que, no caso de atraso

de pagamentos, pode-se cobrar uma multa de até

20% mais juros de 1% ao mês e correção monetária

em atrasos superiores a seis meses. Entretanto, o Po-

der Judiciário tem decidido pela aplicação de correção

monetária a partir do vencimento, para débitos inferi-

ores a seis meses. A partir de 11 de janeiro de 2003,

de acordo com o Art. 1.336, § 1.º do Novo Código

Civil, o condômino que não pagar a sua contribuição

ficará sujeito aos juros moratórios convencionados, ou

não sendo previstos, os de um por cento (1%) ao mês

e multa de até dois (2%) por cento sobre o débito.

As penalidades aplicáveis, na ocorrência de

atraso no pagamento do valor condominial, devem

estar previstas na própria convenção da edificação.

Compete aos condôminos, caso haja interesse, fixar

ou alterar o estipulado obedecendo a forma e o

quorum determinado na convenção. Os atrasos nos

pagamentos, prejudicam o orçamento de todo o

condomínio, acabando por vezes sendo objeto de

ações judiciais.

Multas - Têm como objetivo punir os que não

fazem uso normal das unidades e áreas comuns den-

tro dos padrões pré-estabelecidos, sejam os infratores,

moradores, funcionários, visitantes, etc. A violação

dos padrões fixados sujeita o infrator ao pagamento

da multa estabelecida pela Convenção, Regulamento

Interno ou Assembleia Geral, sem prejuízo da respon-

sabilidade civil ou criminal que no caso couber. Cabe

ao síndico efetuar o procedimento de cobrança da

multa, que reverterá para o condomínio.

Fonte: Secovi

ABC DO CONDOMÍNIODESPESAS E

PAGAMENTOS

22 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

EDUCAÇÃO

Carlos José Silva Borges

Colégio Divino Salvador

Respeitar o próximo é uma questão de

educação. Respeitar o amigo, o colega de

classe, a professora, o coordenador, o diretor,

respeitar os pais, os irmãos, os tios, os avós,

a esposa, o marido, respeitar os vizinhos, os

colegas de trabalho, os motoristas, os pedes-

tres... Respeitar é definitivamente uma questão

de educação.

Você pode concordar ou discordar, ter

proximidade com a pessoa ou ser o seu primei-

ro contato, estar em um universo pessoal ou

em um ambiente institucional, enfim, não im-

porta o seu grau de relacionamento ou onde

você está, o respeito é essencial para que essa

interação siga em harmonia, sem o risco de

prejudicar o outro e nem de se prejudicar, pela

abertura de precedentes, ou seja, de oportuni-

dades de sofrer a mesma falta de respeito que

você iniciou. É a lei da ação e reação.

Agora, respeito não é apenas chamar de

“Senhor” ou de “Senhora”. Muito menos é

comportar-se diante da pessoa, mas destratá-

Respeito e Educação?

la ou ignorar essa interação distante dela. Há

uma série de considerações sobre como de-

vemos proceder para manter o respeito, mas

existe um ditado bem popular que nos ajuda

a transformar toda a teoria em uma prática

constante: não faça a ninguém o mal que

você não deseja a sí.

Com os colegas e com os amigos é muito

comum faltar com o respeito e depois chamar

de brincadeira. Isso também não vale, pois, no

final, as marcas dessa violência – e muitas vez-

es até podemos chamar assim – não somem

com as suas risadas ou desculpas. Quantas

vezes lutamos contra as nossas inseguranças,

constrangendo outra pessoa, nos colocando

em uma situação mais cômoda, criando as

vítimas do nosso grupo, com medo de

que esse papel possa cair para

nós?

Para respeitar é pre-

ciso ter mais hu-

mildade e dar

mais credi-

b i l i -

dade ao próximo. Tanto na escola como em

casa e com os amigos, é possível exercitar

essa postura. Quantas vezes deixamos os bons

modos, a cordialidade ou o que era certo, por

desatenção, falta de responsabilidade ou até

por nos julgarmos superior? No colégio são

trabalhados diversos conceitos e práticas de

formação humana, que contribuem para essa

reflexão. Mas é vital que os alunos levem es-

ses ensinamentos para o seu dia-a-dia e que

encontrem em casa os mesmos incentivos para

tratar o próximo com respeito. Afinal, nada

melhor do que fazer bem...

Essa é uma lição valiosa!

23Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

BEM-ESTAR

No meio de tanta agitação, a tranquilidade pode estar presente

Por Talita Rocca

A correria do dia-a-dia, o trânsito e a falta de

tempo são fatores que contribuem diretamente

para o estresse, o que dependendo do grau, pode

desencadear doenças graves. Uma dica para rela-

xar e transformar os problemas em aprendizado e

benefícios para o corpo é praticar a meditação. O

objetivo é parar a mente, ficar imóvel e observar

seus pensamentos. O resultado é percebido desde

os atos mais corriqueiros até as situações decisivas

e importantes. Só é preciso tomar cuidado para não

confundir meditação com relaxamento.

Entender o significado de meditação é comple-

xo, por isso as escrituras sagradas da Índia ensinam

que a nossa mente pode ser a melhor amiga, mas

também a pior inimiga. Tudo dependerá da relação

que mantiver com ela.

O primeiro passo para uma relação positiva

com a sua mente é começar a observá-la. Após um

tempo perceberá que já conseguirá manter uma

certa distância de seus pensamentos. Trocar o pen-

samento inútil por outro útil e os negativos por po-

sitivos já são o começo da meditação.

Conhecer o corpo e a mente parece difícil, mas

com concentração passa ser muito simples. Então

que tal criar um cantinho em sua casa e assim ter

um local apropriado para a prática da meditação.

Comece programando seus horários, para tornar

possível reservar um tempinho do seu dia para ob-

servar tudo ao seu redor.

Conseguir atingir um estágio avançado nas pri-

meiras vezes de meditação é para poucos, mas toda

tentativa é importante e já representa uma ajuda

constante para o conhecimento interior. Confira as

Talita Rocca

cor fluindo sobre você;

5. Observe todos os seus pensamentos e perce-

ba o espaço existente entre eles;

6. Descubra esse espaço. Você vai perceber que

por menor que seja, ele vai começar a se ampliar e,

ao penetrar nesse espaço, você estará além da men-

te.

Mais informações:

Shiatsu- Massagem oriental que proporciona

equilíbrio energético através de pressões aplicadas

manualmente nos pontos de acupuntura, com o

objetivo de desobstruir possíveis acúmulos de ener-

gia bloqueada, restabelecendo o reequilíbrio físico e

energético do corpo. Segundo a fisioterapeuta Re-

nata Marini, o shiatsu pode ser traduzido por acu-

puntura feita com as mãos.

Feng Shui - O interior de uma casa determi-

na a qualidade de vida de seus habitantes: pode

contribuir para a tristeza, a depressão e o estres-

se, assim como gerar segurança, conforto e bem-

estar.

O Feng Shui é uma antiga ciência chinesa,

como objetivo trazer a boa energia para dentro da

casa, proporcionando boa saúde, prosperidade,

sucesso, amor, bons relacionamentos e espirituali-

dade.

Com o Feng Shui, você harmoniza sua casa

através de flores, aromas, espelhos. O primeiro pas-

so para praticar o feng shui é desentulhar sua resi-

dência, deixá-la o mais limpa possível.

Yoga - Técnica inspirada no hatha yoga. Utiliza

basicamente exercícios (ásanas), exercícios respira-

tórios (pranayama) e manipulação de alguma par-

te do corpo, para obter equilíbrio e bem-estar. Tem

como benefícios o aperfeiçoamento do corpo e da

mente, desperta as potencialidades curativas do ho-

mem, possui movimentos suaves e lentos que inte-

gram a parte respiratória.

Com alguns meses de prática supera-se a in-

sônia, angústia e medo, substituindo os conflitos

emocionais pela serenidade, calma, auto confian-

ça, equilíbrio emocional e clareza mental.

A prática da ioga pode ser feita por pessoas de

todas as idades, incluindo gestantes.

É possível praticar ioga em casa, mas é acon-

selhável procurar um profissional para conhecer os

movimentos e não se machucar.

dicas da terapeuta corporal, Célia Regi-

na Girotto, para harmonizar um canto

de sua casa:

1. É interessante sempre seguir

sua crença e seu gosto;

2. Escolha um lugar de sua casa

que se sinta bem, de preferência um

local calmo e que não atrapalha o anda-

mento da casa;

3. Colocar aromas de ambiente com óleos

essenciais;

4. Velas, flores, incenso, cristais, mandalas;

5. Imagens de sua crença;

6. Uma almofada.

A prática da meditação, embora simples, re-

quer bastante disciplina e regularidade, então o

Portal dos Condomínios traz dicas de como ini-

ciar sua prática de meditação:

1. Sente-se em seu cantinho escolhido de

maneira confortável;

2. Utilize roupas que não incomodem;

3. Acenda um incenso e coloque uma músi-

ca suave;

4. Meditar com sono ou cansaço não é uma

boa opção. Prefira as manhãs, pois estará mais

tranquilo e descansado.

Existem diversas técnicas de meditação. Cada

um deve descobrir a que melhor combina consi-

go e a que produz melhores resultados. Alguns

preferem meditar com mantras, muitos gostam

de observar a respiração e outros usam imagens

ou símbolos.

Exercício de meditação pela respiração

1. Observe sua respiração. Sinta o ar entrando

e saindo pelas narinas e acompanhe seu caminho

por todo o corpo. Preste atenção nos movimentos

da barriga e do peito;

2. Repita o mantra OM durante todo o tempo

de sua meditação, pois traz uma energia boa para

quem o vocaliza;

3. Olhe atentamente para um objeto que lhe

chame a atenção;

4. Pergunte ao seu corpo de qual cor ele neces-

sita para estar em harmonia. Imagina uma luz dessa

A terapeuta Célia Regina

durante a prática de Yoga

24 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

UTILIDADES DOMÉSTICAS

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26 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

D e r e p e n t e aquele senhor que

não ligava muito para futebol, ficou torce-

dor fanático do Paulista Futebol Clube. Daqueles que

compram camiseta oficial do time, bandeira, boné e o radinho de pilha para

levar no estádio.Não perdia um jogo no Jaime Cintra e até jogos em Itu,

Campinas e Bragança marcou presença. Quando o jogo era aqui na cidade havia todo um ritual, tomava banho, colocava a camisa do time, pegava o radinho, o boné e saia uma hora antes para pegar o melhor lugar no estacionamento e na arquibancada e depois de encerrado o jogo esperava mais meia hora para sair e não pegar transito.

Podia chover, fazer sol ou ser o jogo transmitido pela TV, lá estava o Sr. Ditão, pronto para torcer pelo Galo.

Sua mulher e suas filhas insistiam para que ele ficasse em casa principalmente nos jogos contra a Ponte Preta, devido à rivalidade, temiam que algo acontecesse com o homem da casa.

Algumas vezes de baixo de maior tem-pestade, lá ia Seu Ditão, com capa de chuva e radinho no ouvido torcer por seu time de coração.

Ditão comprava os jornais, sabia a escalação e chegou até acompanhar os treinos de manhã, saindo logo cedo e voltando na hora do almoço.

A coisa começou a tomar outro rumo quando, nas poucas vitórias do Galo da Japi, estendia a bandeira do time por toda a varanda, gerando algumas reclamações a síndica Dona Ivete.

Porém a mentira é feia e de pernas curtas. Uma quarta-feira, seu Ditão se preparou, jantou mais cedo, colocou o uniforme de torcedor, pegou o carro e se mandou. Mas desta vez a sorte não estava a favor do Ditão e do Paulista. O time perdeu, mas para o Seu Ditão foi pior.

Vindo na estrada de Itatiba, atropelou uma bezerra e a vaca foi para o brejo, literalmente. Seu Ditão e Ivete mantinham um romance secreto. Todo jogo do Paulista, pelo menos uma vez por semana, os pombinhos faziam um programa em um motel da região, aproveitando a desculpa de torcer pelo Galo, ia até um supermercado na Ponte São João, escondia seu carro e saia com o

Chevette da Dona Ivete, esta de boné do Paulista.Com o acidente a farsa acabou, Dona Ivete quase morreu

com a bezerra no seu colo, e o Chevette, como o casamento de Seu Ditão, deu perda total, não sobrou nada. Dona Ivete procura o dono da bezerra para cobrar seus prejuízos e Seu Ditão um apartamento para morar e outro time para torcer.

Por Dr. José Miguel Simão

Advogado e cronista

CRÔNICA

O Torcedor do Galo

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30 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011

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