329 - revista jan fev 2014

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329 - Janeiro | fevereiro 2014 Periodicidade: Bimestral Preço de capa: 1,50 • Conjuntura: Pequenas melhorias numa conjuntura instável • Estudo Económico: Evolução do sector eléctrico e electrónico de 2010 a 2013 • IEP: Termómetros de radiação óptica e a sua calibração • CINEL: Lean Seis Sigma (LSS) • Novo laboratório de Alta Tensão na Fac. de Engenharia da Univ. do Porto

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Page 1: 329 - revista jan fev 2014

329 - Janeiro | fevereiro 2014Periodicidade: Bimestral

Preço de capa: €1,50

• Conjuntura:Pequenasmelhoriasnuma conjunturainstável

• EstudoEconómico:Evoluçãodosectoreléctrico eelectrónicode2010a2013

• IEP:Termómetrosderadiaçãoópticaeasuacalibração

• CINEL:LeanSeisSigma(LSS)

•NovolaboratóriodeAltaTensãonaFac.deEngenhariadaUniv.doPorto

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A

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sumário22 Conjuntura 4.oTrimestrede2013

26 Economia EstudoEconómico

10 Europa PropostasparaaRedeEuropeia

deEmpresas

12 Tecnologia FEUPinaugurouLaboratório

deAltaTensão

14 IEP Termómetrosderadiação

ópticaeasuacalibração AlmoçodeNataldoIEP

18 CINEL LeanSeisSigma(LSS)

22 ANREEE ASAEeANREEEassinamprotocolo

noâmbitodoregistoobrigatóriodasempresas

24 CERTIEL CERTIELem2013–Retrospectiva CERTIELapoiaprojetopara

regulamentaçãodeinstalaçõeselétricasemCaboVerde

28 CERTIF CertifsuperaObjetivosefatura

45porcentonoMercadoExterno CTCVCertificaSistemadeGestão

daF.Profissional

31 Empresas Notíciassobreváriasempresas

53 CalendárioFiscal MarçoeAbril2014

55 Cotações Câmbiosecotaçõesdemetais

(Novembro/Dezembrode2013)

fichatécnica

RevistaBimestral(6númerosporano)

PropriedadeeEdição:ANIMEE–AssociaçãoPortuguesa

dasEmpresasdoSectorEléctricoeElectrónicoAv.GuerraJunqueiro,11,2.oEsq.1000-166LISBOA

Telef.:218437110–Fax:218407525e-mail:[email protected]

Contribuinten.o:500851573

Director:J.MarquesdeSousa

Redacção,AdministraçãoeDistribuiçãoANIMEE-DelegaçãoNorte

EdifíciodoInstitutoElectrotécnicoPortuguêsRuadeS.Gens,3717–4460-817CUSTÓIAS

Telef./Fax:226008627E-mail:[email protected]

ExecuçãoGráfica:GráficaMaiadouro

RuaPadreLuísCampos,686–VermoimApartado1006–4471-909MAIA

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N.odeDepósitoLegal:93844/2002NROCSN.o117903

Tiragem:2000exemplares

329-Janeiro|Fevereiro2014

Respeitandoaformadeescreverdecadaautor,aRevistaANIMEEpublicaosartigosseguindoosAcordosOrtográficos,oantigoouonovo,nesteperíododetransição.

329 - Janeiro | fevereiro 2014Periodicidade: Bimestral

Preço de capa: €1,50

• Conjuntura:Pequenasmelhoriasnuma conjunturainstável

• EstudoEconómico:Evoluçãodosectoreléctrico eelectrónicode2010a2013

• IEP:Termómetrosderadiaçãoópticaeasuacalibração

• CINEL:LeanSeisSigma(LSS)

•NovolaboratóriodeAltaTensãonaFac.deEngenhariadaUniv.doPorto

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conjuntura

n.o 329 - Janeiro / Fevereiro 20142

1. ConjunturaSectorial

Nota: Os índices que se seguem resultam da média aritmética das respostas das empresas associadas, segundo uma escala qualitativa de 1a5,emque1correspondeaovalormaisdesfa-vorávele5aomaisfavorável,naapreciaçãodecadaumdositens.

1.1VolumedeNegócios

VolumedeNegóCioS 4.otrim.2013 1.otrim.2014

Mercado Português 2,9 2,6

Mercado Externo 2,5 2,9

A difícil conjuntura que as empresas atravessa-ram ao longo de 2013 fez prever um 4.o trimestre em baixa mas, surpreendentemente, o Volume de Negócios do mercado interno foi apontado como quase positivo neste trimestre. No entanto, terá sido uma melhoria pontual, pois as previ-sões mantiveram-se baixas para o início de 2014.

No mercado externo, temos a situação inversa, em que a melhoria das exportações parece ser uma forte convicção do Governo, corroborada pelas empresas já no primeiro trimestre deste ano.

1.2Carteiradeencomendas

CarteiradeeNComeNdaS 4.otrim.2013 1.otrim.2014

Mercado Português 2,7 2,4

Mercado Externo 2,6 2,8

A melhoria verificada no Volume de Negócios no mercado interno no 4.o trimestre de 2013 parece explicar-se por uma melhoria pontual na Carteira de Encomendas naquele período; já no

mercado externo prevê-se uma melhoria deste indicador ao longo do primeiro trimestre deste ano.

1.3emprego

emprego 4.otrim.2013 1.otrim.2014

Qualificado 3,0 3,1

Não Qualificado 3,2 3,1

O comportamento do Emprego tem sido e deverá continuar estável, prevendo-se inclusive vários incentivos do Governo à contratação na econo-mia em geral. Resta saber se a evolução dos negócios das empresas justificará contratações extra.

1.4propensãoaoinvestimento

iNVeStimeNto 4.otrim.2013 1.otrim.2014

Propensão a investir 2,5 2,6

Apesar de este ser o indicador para o qual o Governo projecta, finalmente, uma recuperação para valores positivos, as empresas deste setor não acompanham, para já, esse sentimento.

1.5SituaçãoFinanceira

iNdiCadoreS 4.otrim.2013 1.otrim.2014

Tesouraria/Liquidez 3,0 2,9

Dívidas de clientes privados 2,9 2,8

Dívidas do Estado e Setor Público 2,8 2,8

Acesso ao crédito 2,5 2,6

Custo do crédito 2,6 2,6

Seguro Crédito à Exportação 2,0 2,4

A estabilidade na Liquidez e na recuperação de Dívidas de Clientes mantém-se; contudo, varia-

Síntese da ConjunturaSector Eléctrico e Electrónico

4.o Trimestre de 2013

Pequenas melhorias numa conjuntura instável

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conjuntura

Revista ANiMEE3

ções ligeiras nas perspetivas para o 1.o trimestre denunciam um sentimento de receio, fruto da instabilidade conjuntural para a qual a própria UE alerta, somada à instabilidade política e deci-sões orçamentais portuguesas neste início de ano. A perspetiva de recuperação nas Dívidas do Estado e Setor Público, porém, mantém-se.

No que toca ao acesso ao crédito, ao seu custo ou aos seguros de crédito à exportação, as perspe-tivas mantêm-se fracas, apesar do novo pacote de medidas do QREN 2014-2020 contemplar vários incentivos nestes domínios com vista à internacionalização e competitividade das PMEs; mais uma vez, a instabilidade e as dificuldades sentidas em 2013, poderão estar na origem desta posição defensiva e cautelosa, a desvanecer-se com o andamento do 1.o trimestre de 2014.

1.6QreN

QreN 4.otrim.2013 1.otrim.2014

Aprovação de projectos 3,0 3,0

Pagamento de comparticipações 2,1 2,8

São vários os incentivos de natureza económica e fiscal previstos no novo QREN e especial-mente dirigidos às PME’s. A divulgação ainda recente deste pacote e o atraso no Pagamento de Comparticipações, no final de 2013, devem expli-car um sentimento ainda fraco relativamente a estes indicadores neste início de ano, que se espera melhorem no 2.o trimestre.

Síntese: o 4.o trimestre confirma um fraco anda-mento do mercado interno para o SEE ao longo de 2013 com algumas perspetivas de melhoria, ainda tímidas, para o mercado externo em 2014. Note-se a confirmação recente da quebra de 5, 8% na produção de fabrico automóvel em 2013, que naturalmente afeta este Setor.

Os elevados custos de iRS pagos em 2013, os cor-tes anunciados nos salários da Função Pública, e a confirmação recente de que o défice não se reduziu em 2013, criam um clima de receio jus-tificado e de “esperar para ver”, nada favorável à retoma do consumo ou às decisões de investi-mento. A sobrecarga de trabalho no final de cada

ano fiscal, com as inerentes revisões de planos e incorporação de instabilidade económica ainda sentida, alimentam ainda a reserva das empre-sas, dificultando uma visão otimista.

Ainda assim, espera-se que as empresas do Setor reúnam em breve as condições para aproveitar do Programa para a Competitividade das PME’s (COSME) 2014-2020, bem como do Programa Quadro de investigação e inovação, nomeadamente as dos Setores com maior inova-ção tecnológica..

2. Conjunturaportuguesa

Apresentam-se em seguida as previsões mais recentes do Banco de Portugal (BdP) para a eco-nomia portuguesa.

Bdp

2013 2014

PiB -1,5 0,8

Consumo Privado -2,0 0,3

Consumo Público -1,5 -2,3

investimento (FBCF) -8,4 1,0

Exportações 5,9 5,5

importações 2,7 3,9

iHPC 0,5 0,8

Fonte: Boletim de inverno do Banco de Portugal

Após uma contração acumulada de cerca de 6% no período 2011-2013, a previsão atual do Banco de Portugal para 2014 aponta para uma recupe-ração do PiB para 0,8%.

Esta projeção pressupõe uma recuperação pro-gressiva da procura interna que continuará, no entanto, a ser condicionada pelo processo de consolidação orçamental, de desalavancagem do Setor privado e do desemprego.

Note-se que o Consumo Privado poderá registar uma recuperação mais moderada, em que a pro-jeção de 0,3% contempla uma diminuição da taxa de poupança.

Quanto à despesa pública, prevê-se uma redução do número de funcionários, do seu salário médio, dos encargos com pensões, das prestações

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conjuntura

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sociais em espécie e da despesa com consu-mos intermédios. Do lado da receita, o impacto será menor, centrando-se nos impostos sobre o rendimento das empresas e sobre a produção e a importação. Como resultado, deverá ocorrer uma nova queda no volume do consumo público em 2014, atenuada, no entanto, pelo aumento significativo dos encargos com as parcerias público-privadas.

As exportações deverão manter um crescimento ao nível dos 5,5%, assente na recuperação da procura externa, embora a ritmo inferior ao do período anterior à crise financeira.

Relativamente à inflação, os riscos para 2014 e 2015 consideram-se globalmente equilibrados.

Decisivos para o enquadramento da econo-mia portuguesa em 2014 são os cenários pós-resgate, em que o governo terá de optar entre um novo empréstimo, um programa cautelar, ou uma “saída limpa”, em que o Estado tem de, sozinho, assegurar os seus compromissos e necessidades de financiamento no mercado pri-mário, a custos sustentáveis. Para já, o primeiro cenário é o único que parece estar afastado, mas qualquer das opções tem custos associados e pressupõe a continuação da vigilância da Troika.

3. Conjunturainternacional

2014

muNdo 3,7

EUA 2,8

ue–Zonaeuro 1,0

Alemanha 1,6

França 0,9

Espanha 0,6

itália 0,6

portugal 0,8

Japão 1,7

Brasil 2,3

China 7,5

Fonte: FMi e BdP

• O Fundo Monetário internacional (FMi) reviu ligeiramente em alta as previsões de cresci-mento para a economia mundial e para a zona euro, mas avisa que os riscos se mantêm e que os bancos centrais, em particular o BCE, poderão ter de fazer mais para garantir que os atuais sinais de retoma económica são sustentáveis.

• Nas economias denominadas como “avan-çadas”, as projeções melhoraram sobretudo para os Estados Unidos, Japão, Alemanha e Reino Unido, este último com uma subida notável de 1,8% para 2,4%. Na zona euro, o FMi alerta para o facto da recuperação que se espera ser desequilibrada, em especial para as economias periféricas, onde o nível de endividamento, público e privado, limita ainda a procura interna.

• A atual conjuntura, conjugada com valores baixos de inflação, faz com que a deflação seja vista como um dos maiores riscos para a zona euro. Assim, o FMi recomenda à Europa a manutenção ou reforço de uma política monetária expansionista e pede ao BCE que aplique medidas adicionais, salientando ainda a importância do processo de avaliação aos bancos que o BCE está a realizar.

ANiMEE – Serviço de Economia

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www.edp.pt

a energia que nos une

A nossa energia levou mais de 5 milhões de portugueses aos melhoresacontecimentos culturais e festivais de música, nos últimos cinco anos. EDP, a energia oficial da música.

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economia

n.o 329 - Janeiro / Fevereiro 20146

1. Evoluçãoeconómicainternacional

2010 foi um ano de recuperação económica generalizada. A quebra da procura verificada no 2.o semestre de 2009 levou a maioria dos gover-nos a pôr em prática programas de incentivos para evitar que a recessão se transformasse em depressão. Foram vários os estímulos fiscais, monetários e financeiros; na Europa, em par-ticular, destacaram-se os estímulos à compra de automóvel novo por troca com o automóvel usado.

O impacto desses estímulos e a actividade nor-mal de reconstituição de stocks traduziram-se numa retoma da actividade económica em 2010, sobretudo ao longo do 1.o semestre de 2010.A recuperação dos níveis de produção e exporta-ção foi uma constante na UE, tendo numerosos países declarado que a recessão terminara nas suas economias.

Eis a expressão numérica dessa retoma, medida pela taxa de variação do PIB:

Economias 2010 2011

mundial 5,1% 3,9%

EUA 1,7% 1,8%

UE – Zona Euro 1,7% 1,5%

Alemanha 3,6% 3,1%

Espanha -0,5% 0,4%

Portugal 1,3% -1,6%

China 10,3% 9,3%

Japão 4,5% -0,6%

Comércio Intern. 12,6% 6,0%

Fontes: FMI; Banco de Portugal

Contudo, a injecção de elevados montantes de fundos nas economias em 2009 pela via do aumento da Despesa Pública, em simultâneo com a quebra da Receita Fiscal devido ao abran-

damento da actividade económica, provocou uma subida em flecha dos Orçamentos dos países ocidentais e respectivos Défice e Dívida. A quase totalidade dos membros da UE – Zona Euro ultra-passou largamente os limites de Maastricht, com maior prejuízo para os países periféricos, e os empréstimos passaram a ser concedidos a taxas de juro cada vez mais elevadas.

A UE procurou restabelecer um clima de con-fiança, criando o Fundo Europeu de Estabilização Financeira para concessão de empréstimos aos países em maiores dificuldades. Em contrapar-tida, os Estados – Membros implementaram programas plurianuais de estabilização finan-ceira, tendo em vista voltar em 2014 aos limites de Défice e Dívida estabelecidos em Maastricht.

No ano de 2011 verificou-se um abrandamento da recuperação económica encetada em 2010. O crescimento económico mundial deveu então o seu razoável desempenho à Ásia e aos restantes mercados emergentes. EUA e Europa – Zona Euro estiveram francamente abaixo da média mundial, possível sintoma do declínio económico ocidental. Assim, o ano de 2012 é marcado por ajustamentos significativos nos Orçamentos de Estado, sobretudo nos dos países da Zona Euro, de modo a terem-nos equilibrados (ou com défi-ces negligenciáveis) em 2016/2017.

Vejamos a situação de cada zona em detalhe:

• Nos EUa, opta-se por uma política facilitadora da concessão de crédito, com taxas de juro quase a zero e injectando grandes volumes de moeda no circuito económico. Apesar da crise no mercado da habitação e do endivida-mento dos consumidores norte-americanos, em 2012 o Consumo irá começar a recuperar. Ao mesmo tempo, gera-se grande controvér-

Estudo EconómicoEvolução do Sector Eléctrico e Electrónico

2010-2011-2012-2013

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economia

Revista ANIMEE7

sia em torno do aumento do Défice Público (criação de novas prestações sociais e manu-tenção de isenções e incentivos fiscais), ante-vendo-se um difícil reajustamento económico – financeiro.

• Na UE–ZonaEuro, os países do Sul e Oeste da Europa (Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha e Itália) prosseguem com os seus programas de estabilização financeira, em que o ele-vado peso da Despesa Pública no PIB reduz as possibilidades de crescimento. Acrescem ainda as dificuldades na obtenção de cré-dito internacional pelos Bancos destes paí-ses. Os países do Norte e Centro da Europa (Alemanha, Holanda, Bélgica, Finlândia, Áustria e Luxemburgo), com estruturas pro-dutivas mais competitivas, beneficiam agora de exportações acrescidas para os mercados emergentes.

Os países periféricos da Zona Euro (Portugal, Grécia e Irlanda) enfrentam programas de ajustamento económico e financeiro que têm repercussões negativas nas suas economias. No nosso país, o primeiro resultado desse ajustamento é a entrada da economia em recessão ao aderir, em 2011, ao Programa de Ajustamento Financeiro estabelecido com a Troika (FMI+CE+BCE), para redução do Défice e Dívida Pública até 2014.

• Na china, depois de 2009, a política económica vira-se para o desenvolvimento do mercado interno (Construção e Obras Públicas), uma vez que os principais mercados de exportação – EUA e Europa – dão sinais nítidos de enfra-quecimento. Mas face aos sinais de formação de “bolhas” imobiliárias em 2011, o Governo actua, endurecendo a política monetária e abrandando o crescimento em 2012, com uma estabilização em 2013.

• O Japão, atingido por um “tsunami” que afec-tou bastantes sectores da economia, atraves-sou em 2011 um ano de recessão, a que se seguiram dois anos de lenta recuperação.

Consequentemente, este clima recessivo gene-ralizado veio a repercutir-se num abrandamento do Comércio Internacional de Bens e Serviços em 2012 e 2013, mas mantendo-se, ainda assim,

o motor de crescimento a nível mundial e regis-tando crescimento próximo do Produto Mundial.

Analisando, em detalhe, o que se passou nos dois últimos anos:

2012 2013(p)

Mundo 3,1% 3,1%

EUA 2,2% 1,7%

UE–ZonaEuro -0,6% -0,6%

Alemanha 0,9% 0,3%

Espanha - 1,4% - 1,6%

Portugal -3,2% -1,5%

China 7,8% 7,8%

Japão 1,9% 2,0%

Comércio Intern. 2,5% 3,1%

Fontes: FMI e Banco de Portugal

2012 é ainda um ano muito difícil para toda a Zona Euro. Todos os países prosseguem fortes programas de austeridade que obrigam a cortes significativos na Despesa Pública e substanciais aumentos de Impostos. Na maioria destes paí-ses a Despesa Pública varia entre 40 a 50% do PIB, pelo que se dão repercussões significativas na Procura Pública e Privada. O ano de 2012 salda-se ainda pela recessão e sempre sobre a vigilância apertada da CE para que se cumpram os programas e implementem reformas estru-turais, ao mesmo tempo que mantém mão de ferro sobre o sistema financeiro; esta vigilância mantém-se até meados de 2013, com o objec-tivo de conseguir recuperar estabilidade e con-fiança na Zona Euro, alicerçada na real melhoria das finanças públicas dos países e do sistema financeiro. Durante estes quatro anos, apenas a Alemanha mantém um desempenho acima da média. Portugal, Espanha, Irlanda, Grécia e até França e Itália atingem valores negativos do PIB e as pesadas políticas de austeridade fazem com que a recuperação seja muito lenta no primeiro semestre de 2013.

Em meados deste ano, a OCDE confirma, por fim, sinais de melhoria, mas alerta para os riscos elevados que persistem, quer a nível de bancos pouco capitalizados e finanças públicas, quer a nível do crescimento real fraco da Zona – Euro,

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economia

n.o 329 - Janeiro / Fevereiro 20148

ou ainda da ausência de planos de consolidação orçamental credíveis nos EUA e no Japão.

Quanto ao Comércio Internacional de Bens e Serviços em volume, a recuperação dá-se igual-mente de forma lenta, pelo que se estima que o crescimento tenha sofrido uma ligeira melhoria em 2013 (3,1%), e acelere para 5,4%, em 2014.

2. EconomiaPortuguesa

ComPonEntEsdoPIB 2010 2011 2012 2013(p)

Consumo Privado 2,3% - 3,9% -5,6% -2,0%

Consumo Público 1,3% - 3,9% -4,4% -1,5%

Investimento (FBCF) - 4,9% -11,4% -14,5% -8,4%

Exportação 8,8% 7,4% 3,3% 5,9%

Importação 5,1% - 5,5% -6,9% 2,7%

PIB 1,4% -1,6% -3,2% -1,5%

Fonte: Banco de Portugal

No ano de 2010 regista-se uma recuperação eco-nómica, fundamentalmente devida ao compor-tamento da Exportação. Apesar do lançamento sucessivo de três Programas de Estabilidade e Crescimento (PECs), o Défice Público atingia, no final de 2010, – 9,1% do PIB.

O ano de 2011 é marcado por uma pressão enorme sobre as Finanças Públicas e pelo pedido de ajuda externa à UE e FMI. O resul-tado da aplicação das medidas restritivas é um reequilíbrio gradual do Défice, mas com forte impacto negativo no Consumo e no agravamento do Investimento; de salientar a forte sobrecarga fiscal sobre consumidores e empresas. No ano de 2012, a recessão atinge o seu auge.

Vejamos a evolução da Economia ao longo destes anos:

EvoluçãodoVAB

ACtIVIdAdEsEConómICAs 2010 2011 2012

Agricultura, Silvic e Pescas 1,7% -5,5% -0,5%

Indústria 7,9% 1,6% -2,3%

Energia, Água e Saneamento 9,5% 2,2% 1,0%

Construção -5,0% -7,8% -16,1%

Serviços 1,0% -1,4% -2,9%

Fonte: INE

Em termos de actividades económicas, note-se que em 2011, quer a Energia, quer a Indústria, resistiram à queda verificada nos restantes sec-tores da economia; apesar do abrandamento sig-nificativo, sectores com capacidade exportadora na Indústria, como é o caso do Sector Elétrico e Eletrónico, atingem ainda boas taxas de cresci-mento ao nível das Exportações (14%).

A partir de 2010, destaca-se a queda acentuada do sector da Construção. Embora menor, veri-fica-se um decrés-cimo em todos os Serviços, o que está em consonância com a quebra acentua- da do Consumo.

Verifica-se um forte abrandamento dos merca-dos da energia e automóvel em 2011, aparente-mente estabilizado em 2012, no primeiro caso, graças a incentivos. À semelhança da Indústria (-2,3%), no entanto, o sector automóvel apre-senta também queda.

Portugal aposta desde o início na exportação e na diversificação para mercados extracomunitários, uma vez que a situação de crise é transversal a toda a União Europeia. Doravante, será esta a nota positiva, mas cuja contribuição por si só não é suficiente para sair da recessão em 2013 – ainda que no final deste ano se tenha atenuado para -1,5%.

A recuperação de Portugal depende essencial-mente de conseguir desenvolvimento económico num novo quadro institucional. Assim, para além das medidas de fomento às exportações, o Governo estabelece, em 2013, medidas de apoio às empresas e de remoção de entraves ao investimento externo; projecta-se, pela primeira vez, uma retoma da economia portuguesa para 2014, onde se aposta na recuperação da Procura Interna e, significativamente, do Investimento.

3. sectorEléctricoeElectrónico

QuadroResumo

2010 2011 2012 JAn-sEt2013

Exportações 22% 14% 7% -1%

Importações 11% -8% -7% -3%

Fontes: INE, ANIMEE

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economia

Revista ANIMEE9

O Sector Elétrico e Eletrónico teve um com-portamento razoável em 2011, com um cres-cimento nominal das Vendas Industriais de 4% (estimando-se o crescimento real no intervalo 2,0% – 3%). Considera-se razoável, uma vez que se trata de um ano em que a Indústria, no seu todo, apenas cresceu 1,6%, sendo que a econo-mia globalmente considerada (PIB) terá tido um decréscimo em torno dos -1,6%.

A Exportação em 2011 (+14%), tal como em 2010, foi a impulsionadora do crescimento glo-bal positivo. Alguns subsectores destacaram- -se com crescimento acima da média: “Fios e Cabos Isolados”, “Aparelhagem Ligeira de Instalação” e “Telecomunicações, Electrónica Profissional e Informática” (na vertente de equipamentos de tecnologias de informação). O segmento “Electrónica de Consumo” (-12%), o de maior expressão relativa nas vendas ao exterior, teve crescimento ligeiramente abaixo da média, mas ainda assim positivo, graças ao comportamento positivo do mercado automóvel. Todos os sectores apresentaram então taxas de crescimento positivas, à excepção de Cablagens. As Importações situaram-se ao nível dos -7%, reflectindo já a contracção do consumo a nível interno, que se manterá em 2012.

Ao longo de 2012, a recessão far-se-á sentir de forma mais profunda no mercado interno, ao mesmo tempo que as empresas apostam fortemente na diversificação para países 3.os, por forma a compensar o abrandamento na Europa. O sector continua a crescer, embora a um ritmo progressivamente menor. A crise no sector automóvel afecta alguns subsectores, que apresentam pela primeira vez taxas negativas: Cablagens (-2%), Fios e Cabos Isolados (-8%) e, sobretudo, Electrónica de Consumo (-14%).

2012 é um ano para esquecer em termos eco-nómicos. As empresas ressentem-se com difi-culdades de obtenção de crédito, afectando pro-jectos de maior dimensão – nomeadamente na área da Energia – enquanto muitas se debatem “apenas” com problemas de tesouraria e pela sobrevivência. A Exportação ainda cresce (+7%),

mas nem sempre é suficiente para compensar a quebra no mercado nacional.

No final do terceiro trimestre de 2013, confirma- -se a continuação do abrandamento do SEE, em que as Exportações apresentam pela primeira vez uma taxa negativa, próxima da estagnação (-1%) e inferior à da economia portuguesa em geral (que, por sua vez, dá sinais de retoma em alguns sectores de actividade).

Electrónica de Consumo (-22%) é o subsector que mais contribui para esta variação total, face ao seu peso no SEE e que se explica pelas gran-des quebras verificadas nos principais produtos, os auto-rádios. Na maioria dos subsectores do SEE, as taxas são ainda de crescimento, mas progressivamente menores e é neste momento difícil dizer se esta é uma tendência para ficar ou se o sector recuperará nos próximos trimestres.

4.Perspectivas20132013 2014

mUndo 3,1% 3,8%

Economias Avançadas 1,2% 2,1%

EUA 1,7% 2,7%

UE–ZonaEuro -0,6% 0,9%

Economias emergentes 5,0% 5,4%

Comércio Mundial (vol.) 3,1% 5,4%

Fonte: FMI

Segundo o FMI, o crescimento a nível mundial tem-se mantido a “meio gás”, tendo rondado uma média de 2,5% na primeira metade de 2013, o que equivale ao mesmo ritmo verificado na segunda metade de 2012. As economias avança-das parecem ter recuperado um pouco, enquanto que as emergentes abrandaram e continuam a ser o motor principal de crescimento.

Na Zona Euro, os indicadores de confiança suge-rem uma estabilização da actividade nos países periféricos e uma recuperação nas economias principais, o que é importante para o SEE, uma vez que o peso da Zona Euro nas suas exporta-ções se situa ainda ao nível dos 70%.

Para 2014, espera-se um abrandamento da política fiscal comunitária, mas também a con-

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economia

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tinuidade das restrições ao crédito, pelo que o crescimento deverá limitar-se a 0,9%.

No Boletim de Inverno deste final de 2013, o BdP projeta a recuperação da economia portuguesa alicerçada na recuperação do Investimento e do Consumo Privado (para o qual deverá contribuir algum aumento nos salários do sector privado; no sector público, deverá verificar-se uma redu-ção do emprego e da despesa). Manter-se-á o

crescimento das Exportações (5,5%), ainda que com ligeiro abrandamento. Apesar do quadro de incerteza, o BdP considera os riscos em torno das projecções para a actividade económica em 2014 e 2015 bastante equilibrados, pelo que deveremos esperar um crescimento do PIB não superior a 1% nos próximos 2 anos.

Serviço de Economia e Associativismo Dezembro 2013

A Direcção Geral da Empresa e Indústria da Comissão Europeia publicou no final de Janeiro o convite para apresentação de propostas para o estabelecimento da EnterpriseEuropenetwork(EEn)/RedeEuropeiadeEmpresas para o perí-odo 2015-2020, podendo estas ser entregues até 15 de maio de 2014.

A EEN é um instrumento da política comunitária de apoio às PME integrado no Programa COSME (Competitividade das Empresas e das PME), em vigor para o horizonte 2014-2020.

A rede é actualmente representada em Portugal por um consórcio liderado pelo IAPMEI e que envolve nove entidades públicas e associativas: Agência de Inovação (ADI), Associação Comercial

e Industrial do Funchal – Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF-CCIM), Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA), Associação Industrial do Minho (AIMINHO), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR – Algarve), Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD), Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC) e Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), tendo como membro associado a AIP.

As informações sobre este processo poderão ser obtidas e seguidas com as actualizações res-pectivas no site da EEN http://een.ec.europa.eu/about/tendersandcalls.

Propostas para a Rede Europeia de Empresas

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tecnologia

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É o maior laboratório universitário com dimen-são industrial em Portugal e está instalado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Chama-se Laboratório de Alta Tensão (LAT) e foi inaugurado em maio, com o apoio de diversas empresas industriais.

Com uma sala de ensaios de 144 m2 e altura útil de 11 m com blindagem elétrica completa (gaiola de Faraday), o Laboratório de Alta Tensão recen-temente inaugurado na Faculdade de Engenharia estende-se ainda por uma sala de comando e um sala de observação com cerca de 30 m2 cada.O objectivo passa por contribuir para a melhoria das actividades de ensino e investigação e tam-bém servir a indústria.

A área científica e tecnológica das altas tensões envolve o estudo dos campos elétricos intensos e dos diversos fatores físico-tecnológicos que exigem a cooperação de estudo de simulação numérica baseados em modelos matemáticos (modelização computacional) aliados a estu-dos baseados na experimentação laboratorial (ensaios em laboratório). De acordo com António Machado e Moura, professor da FEUP e diretor desta nova infraestrutura, os estudos experimen-tais envolvem a realização de ensaios em labo-ratórios de alta tensão (à frequência industrial a seco ou sob chuva e à onda de choque atmosfé-rica e/ou onda de choque de manobra), podendo recorrer-se também à realização de campanhas de ensaios de campo, efetuadas diretamente nos locais de instalação dos equipamentos.

Na opinião do professor da FEUP, a necessi-dade destes estudos experimentais decorre fundamentalmente da dificuldade em calcular certos parâmetros, dependendo principalmente de fatores tecnológicos de fabrico e não de parâmetros físicos fundamentais de base ou de projeto. No início dos anos 80, com a revisão dos planos curriculares da Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da FEUP, surgiu a disciplina de “Técnica das Altas Tensões” (TAT). A partir desse momento, era preciso “complementar os estudos teóricos de simulação numérica com estudos de caráter experimental para a garantia dos resultados pretendidos”, destaca António Machado e Moura.

FEUP inaugurou Laboratório de Alta Tensão

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tecnologia

Revista ANiMEE13

Em 2000, com a mudança de insta-lações da Faculdade de Engenharia para o polo da Asprela, foi possível dar início à criação do Laboratório de Alta Tensão. Numa fase inicial, entre 2002 e 2005, em que ainda não se dispu-nha de equipamentos,

o hall de ensaios foi partilhado pelo futebol robó-tico e pelo Laboratório de Aparelhagem. Em 2007, o LAT recebeu o primeiro equipamento de ensaio de alta tensão – um gerador de choque de 500kV, cedido pela empresa Solidal. Nessa altura foram realizadas as primeiras aulas práticas de cadeira de TAT, envolvendo ensaios dielétricos de isolado-res ao choque atmosférico.

Sabia que…

No sentido de ampliar as valências operacionais do LAT, tornando-o um infraestrutura capaz de responder aos desafios da indústria e da investi-gação na área das altas tensões, a FEUP subme-teu em 30 de setembro de 2013 uma candidatura à FCT no quadro do programa infraestruturas- -Roteiro, a qual teve o importante apoio do grupo de Energia do iNESC TEC, reforçando as possibi-lidades da mesma vir a ser aprovada.

Que empresas colaboram com o LAT?

ARSOPi – indústrias Metalúrgicas Arlindo S. PintoCERiSOL – isoladores CerâmicosEFACEC Energia, Máquinas e Equipamentos EléctricosEURiCO FERREiRA – Grupo ProefiEP – instituto Electrotécnico PortuguêsJAYME DA COSTA – Mecânica e ElectricidadeMETALOViANA – Metalúrgica de VianaR.F.MALTASOLiDAL – Condutores Eléctricos

Surge em 2008 um projeto para complementar o LAT com a instalação de um equipamento de ensaio à frequência industrial, com base em unidades transformadoras de 200 kV, cedido pela EFACEC, após desativação de um dos seus

laboratórios. Este projeto não teve seguimento, dado que em 2009, a CERiSOL manifestou inte-rese em deslocar as suas instalações fabris, abrindo assim a possibilidade de cedência ao LAT da FEUP do equipamento existente no seu laboratório, de que se destaca um gerador de choque de Marx de doze andares (1200kV), de fabrico Heafily, e um transformador de ensaios à frequência industrial da marca Phenix de 600 kV e 0,5A. A instalação na FEUP destes novos equi-pamentos exigia uma adequação e otimização das instalações do LAT, quer a nível estrutural, que a nível da instalação elétrica, operação que foi possível concluir em 2013.

O que já está a ser feito

Desde a sua inauguração que o LAT tem consti-tuído um meio valioso, quer no apoio à investiga-ção e ao ensino, quer na prestação de serviços à indústria nacional através de parcerias de relevo com empresas líderes nos seus mercados de operação. A disponibilização dos meios opera-cionais do LAT permitiu o desenvolvimento de atividades que até então eram restritas a um núcleo de empresas detentoras de equipamen-tos similares. O carácter universitário deste laboratório abre um conjunto de oportunidades de investigação e validação de resultados como entidade independente, o que representa uma mais valia muito importante. Além disso, permite apoiar a realização de teses de mestrado e ou doutoramento, em várias áreas de conhecimento e potenciar o desenvolvimento de estudos a nível internacional. Desta última fase de trabalhos do LAT, destacam-se ensaios realizados no domínio da perceção dos riscos elétricos para a ocorrên-cia de incêndios florestais (projeto comunitário europeu) e ainda a caracterização de vários equipamentos destinados ao sistema elétrico para os vários níveis de tensão. O conhecimento adquirido e o rigor dos trabalhos apresentados permitiram ainda realizar ensaios dielétricos como controlo de qualidade a diversos produtos, todos eles em linha com as normas internacio-nais iEC em vigor. Uma equipa multidisciplinar está a permitir abranger várias áreas de trabalho e conhecimento, e a procurar alargar o campo de intervenção desta nova infraestrutura única no contexto académico português.

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A temperatura é inequivocamente uma das grandezas físicas que mais influência exerce nas nossas vidas. Estima-se que a temperatura seja a segunda grandeza mais medida do Sistema Internacional de Unidades (SI), logo a seguir ao tempo (hora legal e intervalo de tempo). Desde o efeito que a temperatura tem nas nossas vidas (a sensação de frio e de calor afecta sobrema-neira o nosso bem-estar e até o nosso humor; a febre – temperatura corporal excessiva – é um dos sintomas mais avaliados na prática médica; etc.) até às medições de temperatura na ciência e na indústria, já para não falar na meteorologia, é incontável o número de situações em que se efectuam medições da grandeza temperatura.

E todavia é algo tão pouco conhecido do cidadão comum! Se pedirmos a alguém para definir “tempe-ratura”, usualmente obteremos respostas que fazem apelo às sensações de “frio”

e de “calor”, mas raramente obteremos uma resposta objectiva recorrendo à termodinâmica e definindo a temperatura como uma variável de estado de um sistema físico.

Uma das características mais curiosas da tem-peratura é o facto de ser uma grandeza inten-siva. Se, por exemplo, juntarmos dois objectos com a massa de 1 kg cada um, obteremos uma massa total de 2 kg. Se unirmos duas barras com comprimentos individuais de 0,5 m, resultará uma barra com 1 m de comprimento. Nestes casos, estamos perante grandezas extensivas. No entanto, se tivermos dois recipientes com água a 20°C cada um, a sua junção produzirá água também a 20°C (e não a 40°C!).

As formas que têm sido utilizadas para se medir a temperatura estão ligadas aos múltiplos efei-tos que esta grandeza exerce sobre outras gran-dezas físicas. É bem conhecido, e está muito vul-garizado (embora esteja actualmente proibido), o termómetro de coluna de mercúrio inserida num tubo capilar de vidro, em que se aproveita a variação do volume de um líquido (o mercúrio) quando a sua temperatura varia e se mede essa variação através de uma medição de compri-mento, numa régua cuja escala está graduada em unidades de temperatura. Outros disposi-tivos têm larga aplicação industrial, médica e científica: os termopares, em que é aproveitado o aparecimento de uma diferença de potencial eléctrico quando há uma diferença de tempe-raturas entre junções de metais diferentes; as termoresistências, das quais a mais conhecida é certamente a Pt100 (sensor de platina cuja resis-tência a 0°C é de 100 W), em que se determina a temperatura sabendo qual o seu efeito sobre a resistência eléctrica de um elemento metálico; os termómetros bimetálicos, em que se estabe-lece a relação entre a dilatação de uma bilâmina e a temperatura a que está exposta; etc.

Todas essas formas de medir a temperatura se aproveitam de dois dos possíveis mecanismos de transmissão de energia calorífica: a condução e a convecção. Em ambos os casos a transferên-cia de energia tem um suporte material. Isto é uma aplicação prática da chamada “lei zero da termodinâmica”, a qual nos diz que se dois cor-pos estão separadamente em equilíbrio térmico com um terceiro, então estão também em equi-líbrio térmico entre si, pelo que se encontram à mesma temperatura.

Existe contudo uma terceira forma de transferir energia térmica entre dois corpos, para além da condução e da convecção. Trata-se da radiação,

Termómetros de radiação óptica e a sua calibração

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Revista Animee15

mecanismo pelo qual a energia é transferida sem ser necessário existir um suporte material. este efeito é bem nosso conhecido, bastando pensar-se na forma como o calor do Sol chega à Terra, propagando-se no vazio.

A medição de temperatura por radiação é basea- da na lei da radiação de Planck (radiação de um corpo negro), a qual nos permite conhecer o conteúdo energético de uma radiação se souber-mos qual é o seu espectro de comprimentos de onda (em termos simplistas, qual é a sua “cor”). este efeito é utilizado desde há muitos séculos, ainda que de uma forma empírica, na fundição de metais, onde um operador consegue estimar a temperatura do metal por simples observação visual da cor deste.

embora os termó-metros de radiação, também conhecidos por pirómetros ópti-cos, existam há lar-

gos anos, até há algum tempo eram utilizados principalmente para gamas de temperatura muito elevadas, tipicamente acima dos 1 000°C, dado que nessa gama são muito escassos os dispositivos de medição por contacto. Apenas alguns tipos de termopares, contendo tungs-ténio ou ródio, suportam tais temperaturas, que se encontram por exemplo em processos industriais de fundição metálica ou na indústria cerâmica; são no entanto muito dispendiosos e relativamente frágeis. Para valores a partir de cerca dos 2 000°C não há outra forma de medir temperaturas que não seja a pirometria óptica.

Para temperaturas mais baixas, a oferta de ter-mómetros ópticos era até há alguns anos bas-tante reduzida. nos anos mais recentes têm sur-gido no mercado vários modelos de instrumentos que medem temperaturas utilizando o fenómeno da radiação, apresentando preços já compará-veis aos dos termómetros mais tradicionais. Tais instrumentos são conhecidos comercialmente por termómetros de radiação, termómetros de infravermelhos ou pirómetros ópticos (embora esta última designação pareça pouco adequada neste caso, uma vez que “pirómetro” tem a sua origem numa palavra grega que designa “fogo”). estes instrumentos encontram actualmente uma larga gama de aplicações: na indústria, na inves-tigação científica, na detecção e investigação de defeitos em estruturas, no sector alimentar e em tantos outros domínios. Apresentam como principais vantagens: a ausência de necessidade de contacto com o objecto cuja temperatura se pretende medir (o que traz benefícios ao nível da segurança do operador e da higiene do objecto a medir) e a possibilidade de se efectuarem medições a distâncias consideráveis (o que per-mite determinar a temperatura de objectos que de outra forma seriam inacessíveis à medição). A vulgarização destes termómetros tem levado a que existam hoje no mercado instrumentos bas-tante fiáveis a custos muito acessíveis, fazendo com que em muitas aplicações se estejam hoje a substituir termómetros que exigem um contacto físico por termómetros de radiação óptica.

Como com qualquer outro instrumento de medição, há que assegurar que os resultados obtidos com os termómetros ópticos são fiáveis e que essas medições são rastreáveis a padrões nacionais. Para tal torna-se imprescindível efectuar periodicamente a sua calibração, utili-zando para tal os meios tecnologicamente mais adequados.

enquanto a calibração de termómetros “por contacto” é uma operação já muito vulgarizada, existindo meios para esse fim em diversos labora-

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tórios independentes e em numerosas uni-dades industriais por-tuguesas, a calibra-ção de termómetros de radiação óptica é algo menos comum. Para dar resposta às necessidades dos seus clientes, o IEP dotou-se dos meios necessários para alargar a sua oferta

de serviços de calibração, passando a abranger também este âmbito, e tem actualmente em operação uma unidade técnica para a calibração de termómetros de radiação óptica. Esta área

laboratorial encontra-se acreditada pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC) tal como as res-tantes áreas de calibração e de ensaios.

A acreditação cobre uma gama de temperatu-ras que se estende até aos 700°C, o que cobre a grande maioria das aplicações encontradas actualmente. Equipamentos como termómetros ópticos ou câmaras de termografia podem assim ser calibradas, assegurando a rastreabilidade das suas leituras até padrões nacionais e inter-nacionais.

Paulo CabralDirector do Laboratório de metrologia e Ensaios

IEP - Instituto Electrotécnico Portuguê[email protected]

Cumprindo com a tradição e sendo a hora de fazer balanços, mas também de confraternizar e celebrar o trabalho de equipa, o IEP proporcio-nou a todos os seus colaboradores um Almoço de Natal, que decorreu no dia 19 de Dezembro de 2013 em moreira da maia.

O convívio revelou-se um momento de troca de experiências e motivação entre os presentes, tendo sindo, também, uma oportunidade para

reforçar a importância da qualificação dos recur-sos humanos da empresa que são o principal pilar da Instituição e que fazendo face à conjun-tura económica que tem exigido dos portugueses e das empresas esforços redobrados, muito têm contribuído para os bons resultados deste Instituto.

Partimos todos reforçados e prontos para traba-lhar, mais e melhor, neste novo ano de 2014.

Almoço de Natal do IEP

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Conceito LEAN

O conceito Lean remonta ao Sistema Toyota de Produção ( também conhecido como produção Just-in-Time). O executivo da Toyota Taiichi Ohno ini-ciou na década de 1950 a criação e implantação de um sistema de produção

cujo principal foco era a identificação e a pos-terior eliminação de desperdícios, com o objec-tivo de reduzir custos e aumentar a qualidade e a rapidez de entrega do produto aos clientes. O Sistema Toyota de Produção, por representar uma forma de produzir cada vez mais com cada vez menos, foi denominado produção enxuta (Lean Production ou Lean Manufacturing), por James P. Womack e Daniel T. Jones, no livro“A Máquina que Mudou o Mundo”. A obra publi-cada em 1990 nos Estados Unidos com o título original The Machine that Changed the World é um estudo sobre a indústria automobilística mun-dial, realizado nos anos 80 pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), que chamou a aten-ção de empresas de outros sectores.

CADEIA DE VALORLEAN

PLANEAMENTO E PROGRAMAÇÃOPlaneamento de Vendas

Planeamento de ComprasPlaneamento da Produção

GESTÃO DE ABASTECIMENTO

• Fornecedores Estratégicos

• Gestão Fornecedores

• Gestão Stocks

ATENDIMENTO DE PEDIDOS

• Gestão Pedidos

• Gestão Logística

• Armazenagem Lean

GESTÃO DA PROCURA

• Previsão• Reposição• Segmentação

Figura 1 Cadeia de valor LEAN

O Lean é um sistema integrado de princípios, técnicas e ferramentas com o objectivo de tor-nar as empresas mais competitivas, através da redução de custos pelo fluxo contínuo dos processos, eliminação de desperdícios (produ-tivos ou administrativos), melhoria da qualidade e aumento da satisfação do cliente interno e externo. Como ferramentas mais utilizadas con-sidera-se o TPM (Total Productive Maintenance), Poka Yoka, Kanbam, 5 S, Setup, e VSM (Value Stream Mapping). Contudo, as ferramentas e téc-nicas não garantem a resolução de problemas da qualidade nem o controlo dos processos resul-tando, por vezes, em variabilidade excessiva.

Por isso, a união do Lean com o Seis-Sigma trouxe grandes benefícios para as empresas, permitindo um resultado final maior do que a soma das partes.

Seis SigmA

A metodologia Seis Sigma com origem no pro-grama de qualidade da Motorola (1987) é um conjunto de práticas destinadas a promover mudanças nas organizações, no que se refere a melhorias nos processos, produtos e servi-ços para a satisfação dos clientes. Distingue-se de outros métodos de gestão de processos (produtivos/administrativos), porque estabelece objectivos de forma planeada e clara, quer de qualidade quer financeiros. O aumento de quota de mercado e das margens de lucro por redução de custos são as principais razões da adopção da metodologia Seis Sigma por parte das empresas.

O Seis Sigma não olha a qualidade na sua forma tradicional, isto é, a simples conformidade com normas e requisitos da organização. O Seis Sigma não substitui a ISO 9001:2008, uma vez que pos-suem objectivos diferentes. A ISO 9001:2000 é um sistema de gestão da qualidade, enquanto o Seis Sigma é uma estratégia de gestão para melhorar

Lean Seis Sigma (LSS)

António Silveira Pereira

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Revista ANIMEE19

o desempenho do negócio. No entanto, o Seis Sigma dá sustentação às normas ISO 9001:2008 e auxilia a empresa a satisfazer os requisitos das normas, já que suporta todos os princípios de gestão da qualidade: foco no cliente, liderança, envolvimento das pessoas, abordagem de pro-cesso, abordagem nas evidências para tomada de decisão, melhoria contínua, abordagem sistémica para a gestão e benefícios mútuos nas relações com os fornecedores. A ISO 9001:2008 obriga a um processo de melhoria contínua na empresa, mas não diz como – já o Seis Sigma estabelece como implementar esse processo. A filosofia Seis Sigmas assenta na prevenção dos defeitos atra-vés do uso de ferramentas estatísticas, em vez da deteção de defeitos através da inspeção.

Ganhos financeiros

Incremento significativo do desempenho dos processos produtivos e dos produtos

Programa Seis Sigma

Melhoria da qualidade dos produtos fabricados

Melhoria da eficiência e da eficácia dos procesos

Figura 2 Coerência do processo seis SIGMA

A metodologia Seis Sigma possui duas vertentes com base no Ciclo de Deming Plan-Do-Check-Act:

1. DMAIC (Define, Measure, Analyse, Improve e Control), com base na ISO 9001 e TQM, direc-cionada para a qualidade de processos – So-luciona Problemas e aplica medidas para não voltar a acontecer;

2. DMADV(Define, Measure, Analyse, Design e Ve-rify), define processos e simplifica actividades.

Definir

Medir

Analisar

Melhorar

Controlar

Etapa 1 Selecionar características da saída

Identificar variáveis de entrada e saída

Etapa 2 - Definir padrões de execuçãoEtapa 3 - Validar sistema de avaliaçãoEtapa 4 - Estabelecer capacidade do processoEtapa 5 - Definir objectivos de execução

Etapa 6 - Identificar origens de variaçõesEtapa 7 - Examinar causas potenciais

Etapa 8 - Descobrir relações entre variáveisEtapa 9 - Estabelecer tolerânciasEtapa 10 - Validar sistema de avaliaçãoEtapa 11 - Determinar capacidade do processo

Etapa 12 - Implementar controlos do processo

Figura 3 Etapas seis SIGMA

A aplicação da metodologia Seis Sigma implica conhecer as necessidades e exigências dos clientes, o correcto mapeamento dos processos e, sobretudo, a criação de uma equipa de espe-cialistas em que as atribuições são definidas tal como nas artes marciais em “cinturões”.

Equipa de projetos

Patrocina o ProjetoElabora o Negócio do projetoAcompanha a gestão do projeto

Responsável pela gestão do ProjetoLidera os black belts(1 por área de negócio)

Responsável pelos green beltResolução de problemasLidera a equipa de projetos(1 por cada 70/100 pessoas)

Fazem a gestão do projeto por setoresApoiam os black belts(1 por cada 20 pessoas)

Champion

Master Black Belt

Black Belt

Green Belt

Figura 4 Equipa seis SIGMA

As vantagens da aplicação da metodologia Seis Sigma resultam de algumas das suas caracte-rísticas únicas e poderosas, da forma de aborda-gem e da implementação:

• Medição directa dos benefícios do programa na lucratividade da empresa, permitindo a sua vi-sibilidade e valorização dos resultados obtidos;

• Funções bem definidas da equipa;• Alcance das metas através dos programas

DMAIC e DMADV;• O foco na satisfação do cliente.

No que respeita a benefícios vale destacar que com a aplicação do Seis Sigma as empresas podem:

• Reduzir os produtos defeituosos;• Aumentar o nível de satisfação de clientes;• Reduzir o tempo no desenvolvimento de novos

produtos;• Reduzir stocks e custos;• Aumentar o rendimento dos processos e o vo-

lume de vendas.

A aplicação do Seis Sigma só funciona se imple-mentado com rigor e disciplina, através de um imprescindível comprometimento da adminis-tração da empresa.

LEAN seis SigmA (LSS)

O Lean Seis Sigma (LSS) é uma estratégia empresarial adoptada por um número cada vez

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maior de empresas, quer do sector industrial quer do sector de serviços. Resultando da união/ /combinação de duas filosofias de gestão, a Lean e a Seis Sigma, teve por base a necessidade dos gestores enfrentarem os aumentos de custos, concorrência global e a procura de maior pro-dutividade das empresas, só possível através do desempenho ao nível da eficácia e da eficiência, com particular ênfase nos processos. O Lean Seis Sigma tem-se revelado uma estratégia abrangente, poderosa e eficaz para a solução de problemas relacionados com o desenvolvimento e melhoria de produtos, permite ganhar vanta-gem competitiva através da redução da variabili-dade (garantia de qualidade e custo), acelerando os processos garantindo flexibilidade e agilidade.

UNIÃO EFICAZ

LEAN

ÊXITO

SEIS SIGMA

PRECISÃO

SATISFAÇÃO DOS CLIENTESRENTABILIDADE

AUMENTO DE RECEITASVALORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES

Figura 5 União LEAN e seis SIGMA

Para além de uma única estratégia de melhoria, a aplicação Lean Six Sigma nas empresas apre-senta os benefícios:

º Diminui custos por:

•Redução de desperdício (quer seja produto ou actividade no processo) que não acres-centa valor;

•Racionalização de processos que se tradu-zem em defeitos em produto/serviço, au-mentando a receita.

º Melhora a eficiência da empresa por:

•Agilização de processos permitindo que produtos ou serviços sejam efectuados com maior rapidez sem alterar a qualidade;

•Maximizar os esforços da organização; •Permitir que a organização possa alocar re-

cursos/receitas produzidas a partir do me-lhoramento de processos (processos mais eficientes);

•Conseguir clientes satisfeitos.

º Envolvimento de todos os colaboradores por:

•Promover uma participação activa envolven-do uma equipa responsável;

•Existência de um clima de confiança. A trans-parência em todos os níveis da organização promove um entendimento comum de como cada pessoa é importante para o sucesso da organização.

Basicamente, o Lean Six Sigma desenvolve um sentido de responsabilidade de todos na empresa.

Objectivos LEAN Objectivos SEIS SIGMA

Melhorar o Fluxo do Processo

• Reduzir a variação do processo• Desenvolver processos e

produtos fortes• Conhecer as necessidades dos

clientes

Reduzir:• Desperdício;• Actividades que não

agregam valor• Tempo de ciclo.

Figura 6 Objectivos LEAN e seis SIGMA

António da Silveira PereiraAssessor/Qualidade CINEL

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anreee

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A ASAE (Autoridade da Segurança Alimentar e Económica) e a ANREEE (Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos) assinaram no passado dia 20 de dezembro protocolo de colaboração com o obje-tivo de melhorar a informação relativa ao cum-primento da obrigação de registo dos operadores económicos que colocam no mercado nacional equipamentos elétricos e eletrónicos (EEE) e pilhas e acumuladores no âmbito do cumpri-mento das normas estabelecidas no Decreto-Lei n.o 230/2004 de 10 de dezembro, e Decreto-Lei n.o 6/2009 de 6 de janeiro, nas suas redações atuais, respetivamente.

Neste ato, a ASAE foi representada pelo Inspetor- -Geral, Mestre Pedro Portugal Gaspar, e a ANREEE, pelo Diretor Executivo, Eng. Rui Cabral.

De acordo com as normas previstas na legis-lação em vigor, o registo é obrigatório para os operadores económicos que sejam considerados

como produtores dos produtos permitindo um acompanhamento e a fiscalização mais asser-tiva do cumprimento das obrigações estipuladas nestes normativos.

Através deste protocolo, institui-se um sistema de cooperação, colaboração e partilha de infor-mação entre as duas entidades, que potencia a atuação através da fiscalização do cumprimento da legislação reguladora do exercício das ativida-des económicas, e que permite dirimir eventuais situações de concorrência desleal, e assegurar a defesa do consumidor e da livre concorrência.

ASAE e ANREEE assinam protocolo no âmbito

do registo obrigatório das empresas

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certiel

n.o 329 - Janeiro / Fevereiro 201424

Com o intuito de dar a conhecer a atividade da CERTIEL a um público distinto daquele que habi-tualmente recebe notícias da nossa atividade (como são os intervenientes responsáveis no projeto e na execução das instalações elétricas), este artigo pretende informar também os leito-res desta publicação dos factos mais relevantes da atividade da CERTIEL, ao longo do ano que terminou.

Balcão Digital

Em 2013 foi dado destaque permanente à neces-sidade de utilização, cada vez mais urgente e abrangente, das tecnologias de informação, por parte dos projetistas e eletricistas profissionais, que tem como resultado, para além da qualidade de serviço acrescida, a redução permanente da utilização de papel por força da redução do número de exemplares de projeto, e da utilização do portal em alternativa ao envio dos impressos dos pedidos de emissão de certificados de explo-ração, bem como um leque variado de outros serviços, como é exemplo as notificações pres-tadas via SMS.

Resultado da aposta nos serviços online, é a evolução verificada nos pedidos de certificados inseridos via Balcão Digital, com valores no final do ano próximos dos 90%, conforme ilustração gráfica. Não poderemos deixar de referir, com grande satisfação, o excelente retorno tido rela-tivamente a esta nova plataforma, por parte dos seus utilizadores.

Após a implementação do novo portal e poste-rior verificação do nível de utilização do mesmo, surge uma nova necessidade, em detrimento da inserção de pedidos que nos chegam em suporte papel: o apoio aos utilizadores do Balcão Digital. Este apoio, para além do contato telefónico e e-mail, é agora prestado com recurso a um ser-viço de “chat” com horário estabelecido.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Pedidos inseridos 2012 3195 3117 3353 2599 3470 2851 3327 2383 2200 2680 2569 2365

Pedidos inseridos 2013 2115 1950 2334 2463 2764 2389 2905 2012 2241 2410 2194 1712

Pedidos inseridos no Portal 2012 39% 40% 40% 38% 39% 40% 41% 38% 39% 43% 42% 44%

Pedidos inseridos no Portal 2013 62% 70% 74% 77% 79% 82% 83% 84% 83% 83% 88% 88%

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3500 90%

300080%

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30%

20%

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Usar bem a energia é um dever de Cidadania

Com o mote desta campanha cada vez mais presente, o serviço designado por Diagnóstico é colocado, em 2013, num patamar de destaque. Este serviço, vocacionado para instalações elé-tricas em habitação, assenta num levantamento das situações irregulares que podem condicio-nar a segurança das instalações e dos seus uti-lizadores, tendo como referência as exigências técnicas em vigor estritamente necessárias à manutenção da segurança e à satisfação pos-sível das necessidades atuais, em termos das condições de conforto e eficiência da instalação de utilização. A solicitação de um Diagnóstico poderá ser efetuada por um utilizador comum (proprietário ou inquilino) através do Portal da CERTIEL.

Terminado o ano, constata-se uma cada vez maior procura deste serviço e uma satisfação generalizada por todos aqueles que o solicitam, razão pela qual continuará a ser uma aposta também para 2014.

Porque uma campanha não cabe num serviço ou num ato isolado, a CERTIEL criou ainda um conjunto de produtos com informações espe-cialmente concebidas para os particulares. Um destes serviços, cuja divulgação generalizada conta com o apoio de todos os profissionais, é a etiqueta informativa para colocação no quadro de entrada (QE) das instalações. A etiqueta é

CERTIEL em 2013 – Retrospectiva

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Revista ANIMEE25

dirigida ao utilizador da instalação elétrica e pre-tende informá-lo que os aparelhos diferenciais têm um botão de teste que deve ser atuado regu-larmente, de modo a garantir que se encontram sempre operacionais.

O “Manual de Segurança Elétrica”, publicado também em 2013, é especialmente concebido para o utilizador comum de instalações elétricas em habitação, e utiliza uma linguagem acessível abordando, de modo simples e prático, conceitos básicos de segurança na utilização da instalação elétrica. A publicação deste manual foi também efetuada em suporte papel (para além da edi-ção digital), para que possa chegar a um maior número de utilizadores. A colaboração de todos os profissionais na sua divulgação é também uma ferramenta importante, pelo que a CERTIEL conta também com este apoio.

Documento que pode ser também consultado no nosso portal, é o resumo do estudo anual dos “acidentes com energia elétrica e incêndios de origem desconhecida”, estudo este relativo ao ano de 2013.

Relações Internacionais

O ano de 2013 começou da melhor maneira, com o sucesso do 2.o Encontro dos países de expres-são oficial portuguesa, dedicado à evolução das instalações elétricas, que decorreu nos dias 17 e 18 de janeiro na cidade da Praia, em Cabo Verde. Deste encontro poderemos resumir, citando as palavras do Dr. António Baptista, Diretor-Geral

de Energia de Cabo Verde: Portugal é a nossa referência para o novo sistema elétrico.

Resultou daqui, o início de uma colaboração efetiva da CERTIEL com o Ministério do Turismo, Indústria e Energia e Direcção-Geral de Energia de Cabo Verde na elaboração de regulamentação e legislação técnica de suporte, bem como um sistema de certificação das instalações elétricas.

Ainda no primeiro semestre de 2013, a CERTIEL recebeu representantes de 16 países-membros, como organizadora do encontro da FISUEL – Federação Internacional para a Segurança dos Utilizadores de Eletricidade, o qual pôde contar também com a presença da diretora de Serviços de Eletricidade, Eng.a Maria José Espírito Santo, em representação do diretor-geral de Energia e Geologia.

A grande preocupação com a segurança dos cidadãos na utilização da energia elétrica ficou bem patente neste encontro, sendo transversal a todas as entidades presentes e oriundas de Portugal, França, Brasil, Reino Unido, Bélgica, Coreia do Sul, Espanha, Nova Caledónia, Japão, Argentina, Suíça, Camarões, Costa do Marfim, Malásia, Polónia e Senegal.

Conforme salientou Carlos Botelho, diretor- -geral da CERTIEL, “do encontro pôde ficar a perceber-se que a CERTIEL está na vanguarda da sensibilização do consumidor, investindo no esclarecimento do público a par de ações para o próprio setor, no sentido de diminuir o número de acidentes elétricos em Portugal”.

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n.o 329 - Janeiro / Fevereiro 201426

Divulgação Institucional

Na sequência do que tem vindo a ser efetuado, a CERTIEL, em 2013, continuou a estar presente, sempre que possível, em encontros, jornadas ou seminários para que tenha sido convidada. Tem vindo a ser notório o aumento das solicitações para este tipo de ações, ficando também uma sensação de que a mensagem de segurança está a ser transmitida, face à excelente recetividade que estas ações têm tido por parte dos partici-pantes. No ano de 2013 a CERTIEL participou, em fevereiro, no Seminário “Energia Fotovoltaica 2013 – O estado da arte!” organizado pela CK Solar Academy, e em maio contou com duas ações de divulgação: A UBI – Universidade da Beira Interior foi nossa anfitriã, no âmbito das

comemorações dos 25 anos do Departamento de Engenharia Eletromecânica (DEM) e logo depois, foi a vez de estarmos nas instalações do ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa para o 6.o Seminário Voltimum, sob o tema ”Tecnologia ao serviço da eficiência energética.

Ao convite formulado pela OEINERGE e usando o seu stand, a CERTIEL esteve presente, no dia 7 de junho nas festas do Município de Oeiras. Foi com esta iniciativa que se deu início à divulgação do Manual de Segurança atrás referido.

Antes do início do período habitual de férias de verão, pudemos ainda estar presentes numa sessão organizada pela Schneider, realizada em Setúbal. Esta sessão permitiu à CERTIEL apre-sentar aos profissionais do setor uma retros-petiva geral da evolução das instalações no que se refere às exigências técnicas aplicáveis e às soluções adotadas desde 1974. Esta mesma ini-ciativa contou com a nossa presença em Torres Vedras, desta feita em novembro.

Já no fecho do ano, foi a vez de poder dar a conhe-cer em Lisboa, junto dos associados da AIPOR –Associação dos Instaladores de Portugal a visão da CERTIEL sob o tema proposto: “Edifícios –Energia e Segurança”.

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Revista ANIMEE27

A CERTIEL – Associação Certificadora de Instalações Elétricas acaba de formalizar uma parceria com o Ministério de Turismo, Indústria e Energia de Cabo Verde para apoiar a implemen-tação de um sistema de verificação e regulamen-tação de instalações elétricas naquele país. Na fase inicial do projeto, que decorre durante o pri-meiro semestre de 2014, a CERTIEL irá apresen-tar propostas para regulamentação de licenças e adoção de regras técnicas, além de assegurar a formação técnica para preparar uma equipa de formadores em Cabo Verde.

A cooperação entre a CERTIEL e o Governo de Cabo Verde surge no seguimento das diversas ações que a entidade certificadora de instalações elétricas em Portugal tem desenvolvido com os países de expressão portuguesa, com vista ao alargamento de sistemas de certificação de ins-talações elétricas. Destaca-se a realização do pri-meiro encontro sobre segurança elétrica que, em 2007, reuniu em Lisboa representantes de Timor, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Brasil e Portugal e o segundo encontro, que teve lugar em Cabo Verde, em 2013, que contribuiu para reforçar as rela-ções já existentes entre a CERTIEL e o Governo de Cabo Verde que impulsionaram o início do projeto de implementação de um sistema de verificação das instalações elétricas.

“A atividade que a CERTIEL desenvolve em Portugal tem tido resultados efetivos no incre-mento da segurança das instalações elétricas e dos seus utilizadores, pelo que faz todo o sentido, e é nossa obrigação, contribuir para que países que têm tanto em comum com Portugal pos-sam alcançar os mesmos objetivos nesta área”, explica Carlos Ferreira Botelho diretor-geral da CERTIEL. “O elevado número de empresas

e profissionais portugueses que atualmente desenvolvem a sua atividade nos países lusó-fonos irá certamente facilitar a adoção de uma regulamentação técnica similar à existente em Portugal”, considera o diretor-geral.

Com o projeto ainda numa fase inicial, Carlos Ferreira Botelho salienta o relacionamento amistoso que tem contribuído para a colabora-ção entre a CERTIEL e o Ministério do Turismo, Indústria e Energia de Cabo Verde e a Direção Geral da Energia daquele país, fundamental para o sucesso e concretização dos objetivos defi-nidos. Quanto a perspetivas, o diretor-geral da CERTIEL “considera estes processos implicam o desbravar de um longo caminho, no entanto está dado o primeiro passo para o arranque de um sistema que garanta a qualidade das instalações elétricas em Cabo Verde”.

Quanto à possibilidade do projeto ser replicado noutros países de expressão portuguesa, Carlos Ferreira Botelho refere que “há perspetivas relativamente a Angola que permitem considerar para breve a implementação de um projeto idên-tico ao agora iniciado em Cabo Verde, embora, como é evidente, adaptado à realidade e condi-ções de desenvolvimento deste país”.

CERTIEL apoia projeto para regulamentação de instalações

elétricas em Cabo Verde

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certif

n.o 329 - Janeiro / Fevereiro 201428

A CERTIF – Associação para a Certificação, refor-çando a sua liderança na certificação de produ-tos e serviços, terminou o ano de 2013 superando os objetivos definidos.

Com 45% da sua faturação na prestação de ser-viços no mercado externo, a CERTIF evidenciou o rigor técnico e a credibilidade do seu trabalho com o resultado de auditorias a que foi sub-metida quer pelo IPAC-Instituto Português de Acreditação, quer através duma “peer-assess-ment” internacional, o que lhe permitiu alargar os seus âmbitos de acreditação.

Certificação de produtos

A distribuição sectorial era a seguinte no final do ano:

Área / SetoreSquemaS ProdutoS

2013 2012 2011 2013 2012 2011

Agroindustrial 4 4 4 9 9 9

Construção 18 18 17 78 77 69

Elétrico e Telecomunicações

15 15 15 63 61 61

Outros 5 5 5 12 12 11

Total 42 42 41 162 159 150

Nota: Estão apenas contabilizados os esquemas e as categorias em que há produtos certificados.

A certificação de produtos foi a área com melhor desempenho no ano. Apostando nos reconheci-mentos e na diversificação da oferta foi possível manter clientes estrangeiros graças à aceitação dos certificados em novos mercados.

Também a exigência da certificação de produtos em mercados de destino trouxe, num momento de crescimento das exportações, uma maior procura da certificação, numa área considerada estratégica pela CERTIF.

Embora não tenha havido lugar à criação de novos esquemas de certificação durante o ano houve lugar a novas certificações e, acima de tudo, ao alargamento da base de certificações por parte de clientes já existentes, o que deverá ser visto como fator de fidelização.

Foram certificados pela primeira vez:

– Cabos elétricos para linhas de média tensão – Esquentadores– Vidro de silicato sodo cálcio endurecido termi-

camente

Certificação de serviços

A atividade mais relevante durante o ano prendeu- -se com esquema de certificação do serviço de instalação, manutenção e assistência técnica de equipamentos fixos de refrigeração, ar condicio-nado e bombas de calor que contenham gases fluorados com efeito de estufa, em conformi-dade com os Regulamentos (CE) n.o 824/2006 e n.o 303/2008 e Decreto-lei n.o 56/2011, de 21 de Abril.

Esta certificação embora exigida por lei, deixa, ainda, de fora muitas empresas, o que acontece por inexistência de fiscalização.

marcação Ce

A CERTIF foi fortemente penalizada pelo atraso da publicação de legislação que possibilitava a notificação de organismos nacionais, o que a impediu de obter resultados mais positivos.

Foi, no entanto, mantida a atividade no estran-geiro, onde possui vários clientes, e alargado o domínio de intervenção a novas normas de:

– Fibras poliméricas para betão– Placas de sinalização para sinais fixos de

sinalização de trânsito verticais

Certif supera Objetivos e fatura 45 por cento no Mercado Externo

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Credibilidade, imparcialidade e rigor reconhecidos na certi� cação de produtos e de sistemas de gestão.

• Presente em 25 países

• Membro de vários Acordos de Reconhecimento Mútuo

Parceiro de Confiança no seu Negócio

www.certif.pt R. José Afonso, 9 E – 2810-237 Almada – Portugal — Tel. 351.212 586 940 – Fax 351.212 586 959 – E-mail: [email protected]

Acreditada pelo IPAC como organismo

de certifi cação de produtos, serviços

e sistemas de gestão Mem

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– Sinais fixos de sinalização de trânsito verticais– Portas pedonais exteriores sem característi-

cas de resistência ao fogo e/ou estanquidade ao fumo

Certificação de pessoas

Trata-se duma nova área de atividade da CERTIF, desenvolvida em colaboração com a ADENE, e tendo como base a formação por esta ministrada.

Foram, até final do ano, emitidos 82 certificados relativos a:

– 55 auditores certificados para a realização de auditorias a Sistemas de Gestão de Energia, de acordo com a norma ISO 50001

– 9 projetistas de sistemas solares térmicos certificados

– 18 instaladores de janelas eficientes certifica-dos

Certificação de sistemas

A certificação de sistemas de gestão não tem tido a evolução esperada, ao contrário da certifi-

cação de produtos. A situação atual do País tem influenciado as decisões das empresas, sobre-tudo em novas certificações, segmento onde a CERTIF se posiciona. No entanto, e embora o numero de certificados seja ainda reduzido, houve um aumento de 10% nesta área.

Relações externas

A CERTIF manteve como prioritário o esforço no estabelecimento de acordos e reconhecimentos com organismos de certificação estrangeiros, focando-se nos destinos principais dos merca-dos de exportação dos seus clientes.

O volume de faturação no estrangeiro atingiu, este ano, os 45% da faturação, a que se devem somar o trabalho realizado com empresas por-tuguesas, cujos produtos se destinam, na sua maioria, à exportação.

A CERTIF tem as suas parcerias mais ativas no Brasil, Chipre e Itália, e reconhecimentos em todo o mumdo, fruto acordos multilaterais, com relevo para o Médio Oriente.

Trata-se do primeiro certificado emitido pela CERTIF, elaborado no âmbito do Projeto Europeu de Transferência de Inovação Q-Cert-VET

O CTCV – Centro Tecnológ ico da Cerâmica e do Vidro obteve, através da CERTIF, a certifica-ção do seu Sistema de gestão da forma-

ção profissional, incluindo aprendizagem enri-quecida por tecnologia, no âmbito da norma NP 4512.

Esta certificação demonstra a capacidade que uma organização possui para fornecer produtos de formação profissional de forma consistente e que possam ir ao encontro dos requisitos dos seus clientes, aumentando a sua satisfação, e em con-formidade com os requisitos legais e estatutários.

Trata-se da primeira atribuição desta norma pela CERTIF – Associação Para a Certificação, e foi elaborada no âmbito dos objetivos do Projeto Europeu de Transferência de Inovação Q-Cert- -VET. O CTCV havia já obtido, também através da CERTIF, a certificação do seu sistema de gestão da qualidade no âmbito da norma ISO 9001.

CTCV Certifica Sistema de Gestão da F. Profissional

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Revista Animee31

Pelo terceiro ano consecutivo, a ABB em Portugal atribuiu um prémio monetário a um estudante da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

esta distinção, consagrada num acordo estabe-lecido entre a ABB e a FeUP, destina-se a pre-miar o estudante que tenha obtido a classificação mais elevada numa dissertação de mestrado cujo tema esteja relacionado com uma de três das principais áreas de actividade do Grupo ABB: energias renováveis, incluindo “smart-grids”, automação industrial e robótica.

A parceria estabelecida com a FeUP enquadra- -se num conjunto de iniciativas emergentes do conceito de cidadania corporativa exemplar que

o Grupo ABB adoptou, e que pretende levar à prática através do envolvimento em actividades que impulsionem o progresso das comunidades nas quais a empresa opera, nomeadamente na área do desenvolvimento educacional.

O vencedor do Prémio ABB 2013 foi o estudante Diogo André Cerqueira Pinto Bezerra Varajão, com a dissertação intitulada “Carregador Bidireccional para Veículos eléctricos Baseado em Andar de Conversão matricial”, classificada com 20 valores. O cheque e diploma respectivos foram entregues ao aluno durante uma cerimó-nia organizada pela FeUP (Comemoração novos mestres) pelo eng. Helder Faria de mendonça, director-geral da divisão Process Automation da ABB em Portugal.

Prémio ABB 2013

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A rede, de âmbito nacional, de carregadores rápidos de CC da CLEVER irá ser ampliada, na Dinamarca, até aos 100 equipamentos situados nas principais gasolineiras e centros comer-ciais.

A ABB, grupo líder em tecnologias de energia e automação, anunciou que foi seleccionada pela CLeVeR, o mais importante operador de mobi-lidade eléctrica, na Dinamarca, para fornecer 50 carregadores de CC normalizados para cor-rente combinada (CCS Combo), para serem incorporados na rede nacional dinamarquesa. esta encomenda surge após a anterior instala-ção de outros 50 carregadores rápidos de CC da ABB, no início de 2013, com a qual a rede nacio-nal de carregadores rápidos de CC se estende a 100 locais. A rede CLeVeR dispõe de carrega-dores de CA e de CC, servindo todos os veículos eléctricos do mercado dinamarquês.

A CLeVeR seleccionou os equipamentos Terra 53 da ABB, equipados com um conector CCS em todas as estações, com o objectivo de servir os novos veículos eléctricos equipados com o sistema de carregamento rápido CCS, tais como o VW e-UP! e o BmW i3. O primeiro carregador rápido de CC da CLeVeR numa gasolineira Shell na Dinamarca foi inaugurado no início deste mês pelo ministro dos Transportes dinamarquês, Pia Olsen Dyhr, aquando da instalação do primeiro carregador rápido CCS a operar na Dinamarca.

Pekka Tiitinen, director da divisão Discrete Automation and motion da ABB afirmou: “estamos muito satisfeitos pelo facto da CLeVeR ter esco-lhido a ABB como fornecedor para ampliar a sua rede, depois dos excelentes resultados das outras 50 estações anteriormente instaladas, em

2013. Dispor de uma rede nacional de carregado-res rápidos nas estações de serviço é essencial para motivar os condutores a mudarem para veículos eléctricos.”

A ABB fornece carregadores e soluções de sof-tware líderes na indústria, para o serviço remoto, a conectividade e a gestão de subscritores e sistemas de pagamento. Cada carregador rápido da ABB ligado à web tem uma ampla gama de características de conectividade, incluindo assis-tência remota, gestão e serviço e actualizações inteligentes de software. A ABB suporta todas as normas e protocolos de carregamento rápido, como CCS, crítico para manter a compatibilidade futura entre os veículos e carregadores que não deixam de evoluir. esta compatibilidade possibi-litará à CLeVeR proporcionar um serviço fiável e actualizar a sua rede à medida que a tecnologia evolui.

Lars Bording, CeO da CLeVeR, acrescentou: “A estratégia da CLeVeR é seguir a evolução dos automóveis. esta é a razão pela qual nós, o primeiro operador de mobilidade eléctrica na Dinamarca, criamos estações de carregamento para todos os veículos eléctricos disponíveis no nosso mercado. isto implica podermos estar sempre seguros de que haverá estações de carregamento rápido na nossa rede compatí-veis com qualquer veículo eléctrico. Os veículos eléctricos e os sistemas de carregamento estão ligados, e é essencial dispormos de uma infra-estrutura compatível e fiável.”

A implantação de carregadores rápidos levada a cabo pela CLeVeR, na Dinamarca, está for-temente consolidada. Devido à CLeVeR ser propriedade de cinco grandes companhias eléc-

ABB fornecerá carregadores rápidos de veículos eléctricos

à CLEVER, na Dinamarca

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Revista Animee33

tricas dinamarquesas, pode dispor de uma estra-tégia a longo prazo para desenvolver o mercado dos veículos eléctricos.

Os carregadores de CCS serão colocados em serviço previamente à sua instalação, levada a cabo pela CLeVeR durante 2014. Os servi-ços de manutenção e as reparações ficaram a cargo da equipa local de assistência da ABB na Dinamarca.

Para mais informações sobre a infra-estrutura da ABB para veículos eléctricos visite este acesso.

O Grupo ABB (www.abb.com), líder em tecno-logias de energia e automação, possibilita às empresas de electricidade, água e gás, e à indús-tria, melhorar o seu desempenho, reduzindo o impacto ambiental. O Grupo ABB opera em cerca de 100 países e emprega aproximadamente 145.000 pessoas.

A CLeVeR é o primeiro operador dinamarquês de mobilidade eléctrica (emO), que proporciona soluções práticas, rápidas e seguras de carre-gamento, tanto em habitações como locais de trabalho. Criou uma rede nacional de estações públicas de carregamento na Dinamarca.

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O National Physical Laboratory (NPL), centro de investigação científica do Reino Unido res-peitado internacionalmente e que desenvolve normas de medição utilizadas em ciência, selecionou a Alcatel-Lucent (Euronext Paris e NYSE: ALU) para levar a cabo um importante upgrade da infraestrutura de TI. A rede irá gerir o sempre crescente volume de dados científicos agora e no futuro para a modelação científica e largura de banda intensiva utilizada pelos cien-tistas do NPL à medida que realizam investiga-ções pioneiras.

Desde que foi criado em 1900, o NPL e os seus cientistas de elite têm sido responsáveis por uma longa lista de progressos, incluindo a invenção do radar, o primeiro relógio césio atómico do mundo e a tecnologia de comutação de pacotes. Alan Turing, o homem apontado como tendo des-coberto os códigos da máquina Enigma do tempo de guerra, também produziu um dos primeiros desenhos para um computador de armazenagem de programas enquanto esteve no NPL.

Para satisfazer as necessidades do ambiente científico do NPL, a rede de comunicações pre-cisava de acolher uma crescente quantidade de dados, volume de ficheiros a partilhar, e o futuro crescimento dos laboratórios. A nova rede melhorou a infraestrutura existente do labora-tório de modo a incluir uma espinha dorsal de TI de 10Gb que fornece a 700 colaboradores e visitantes 3.500 terminais com fios nos labora-tórios e escritórios. A solução também oferece capacidade de alimentação através da Ethernet (PoE) e uma rede sem fios nas áreas comuns e de reuniões.

Sobre a implementação

Na implementação está incluído o comuta-dor Alcatel-Lucent Stackable Gigabit Ethernet Switch, o OmniSwitch 65850E no edge, e o OmniSwitch 6900 no core, desenhado para ofe-recer uma rede fluente em aplicações e permitir operações otimizadas, controlo automatizado e uma arquitetura resiliente.

A solução foi fornecida pelo parceiro Alcatel- -Lucent Freedom Communications – um fornece-dor que tem ampla experiência em telefonia IP, voz, centros de contacto, serviços convergentes de voz e dados e em comunicações unificadas.

A Alcatel-Lucent tem uma forte posição nas redes com e sem fios num conjunto de mercados que incluem a educação, turismo e saúde, com clientes que variam entre a escola St. Anne’s College, a universidade University of Oxford, o Hotel La Tour e o super-hospital, de 430 milhões de libras, North Bristol NHS Trust.

Claire Moore, Chefe de TI no National Physical Laboratory comentou que: “Esta nova rede deixa o National Physical Laboratory prepa-rado para o futuro, oferecendo capacidade para as grandes quantidades de dados pro-duzidas nas investigações que desenvolve-mos. Temos agora uma rede mais fiável que inclui mais de 3.000 terminais utilizados por 700 colaboradores. Iremos ver ainda mais benefícios à medida que o tempo passa, uma vez que este é um projeto que foi concluído tendo em mente as necessidades de investi-gações futuras.”

Alcatel-Lucent faz upgrade da rede do National Physical

Laboratory no Reino Unido, para suportar a ciência do futuro

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Revista Animee35

• Fácil de manusear devido ao funcionamento simples do seu botão único

• modelo base de baixo custo acessível a todos • mostra o resultado da busca usando um LeD

vermelho, amarelo ou verde

Basta ligar e começar: o detetor PmD 7 da Bosch estará brevemente disponível, para os aficiona-dos de bricolage que queiram detetar facilmente metais e condutores elétricos sob tensão. esta nova ferramenta deteta metais ferrosos com fia-bilidade até uma profundidade de 7 centímetros, metais não-ferrosos até 6 centímetros e condu-tores elétricos sob tensão até 5 centímetros. isto oferece aos aficionados de bricolage uma maior segurança ao perfurar.

Graças ao PmD 7 consegue detetar condutores e tubos , permitindo-lhe evitar danos.

Tal como o laser de linhas cruzadas Quigo, já tes-tado e experimentado, e o medidor laser de dis-tâncias PLR 15, o PmD 7 que a Bosch lança agora no mercado é outro instrumento particularmente fácil de utilizar e que, portanto, é adequado para principiantes. Tal como sucede com o Quigo, o PmD 7 é fácil de utilizar: basta usar um botão.

Ao deslizar o botão, este começa automatica-mente a detetar. O resultado é mostrado ao utilizador através de três luzes LeD, como num sistema de semáforos: verde significa “Pode perfurar”, vermelho significa “não perfurar: foi detetado um objeto” e amarelo significa “não é recomendado perfurar”.

Caso seja detetada eletricidade, o LeD vermelho pisca. Logo que acende é também emitido um sinal sonoro. este fica mais audível à medida que se aproxima do objeto detetado. Quando é detetada a posição exata, ou seja, quando fica diretamente por detrás do quadrado do LeD, esta

pode ser marcada com exatidão no topo e late-rais usando os auxiliares de marcação.

Para terminar a deteção, basta deslizar o botão do PmD 7 para a posição inicial e o instrumento des-liga. A calibração do PmD ocorre automaticamente. Por conseguinte, o detetor está sempre pronto a ser usado e não existe a possibilidade de ocorrem erros decorrentes de uma calibração incorreta.

Outras vantagens são o peso reduzido e o facto de o PmD 7 ser compacto: pesa 150 gramas, mede 15 centímetros de comprimento e 6 centí-metros de largura, sendo assim possível deslizá- -lo na parede para detetar tubos e condutores.

Com o lançamento do PmD 7, a Bosch passa tam-bém a abranger o segmento de deteção na sua série de ferramentas de medição fáceis de usar e que dispensam explicações, para principiantes e pessoas com pouca experiência de bricolage.

O segmento de nivelação é abrangido pelo laser de linhas cruzadas Quigo, já testado e experi-mentado, enquanto o segmento de medição é coberto pelo medidor laser de distâncias PLR 15. Deste modo, a Bosch passa a oferecer ferra-mentas de medição fáceis de usar nas três áreas – deteção, medição e nivelação – que qualquer um pode utilizar.

EspEcificaçõEs pMD 7 (Substitui o PDO 6)

Profundidade de deteção máxima de metais ferrosos

7 cm

Profundidade de deteção máxima de metais não-ferrosos

6 cm

Profundidade de deteção máxima de condutores elétricos

5 cm

Alimentação 3 x 1,5 V AAA

Duração de funcionamento 5 h

Dimensões (comprimento x largura x altura)

144 x 60 x 30 mm

Peso 150 gr.

Detetor PMD 7 da Bosch deteta metais e eletricidade

em segundos

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Com uma duração prevista de 37 meses, o projecto consiste na reabilitação dos equipamentos da bar-ragem já existente e na construção de uma nova central hidroeléctrica.

83 milhões de dólares é o valor do contrato que a Efacec assinou com a NIARA POWER, enquanto subcontratada da companhia chinesa de enge-nharia e construção, Gezhouba Group (CGGC), uma das maiores e mais relevantes empresas mundiais no sector da construção civil e em par-ticular na construção de barragens.

A Efacec irá fornecer os equipamentos que reabilitarão e permitirão o reforço de potência do aproveitamento hidroeléctrico de Luachimo, situado na Província de Lunda-Norte. Com o objectivo principal de aumentar a produção de energia nessa província, a empreitada consistirá na reabilitação dos equipamentos da barragem já existente e na construção de uma nova central hidroeléctrica que será equipada com 4 novos grupos geradores de 9 MW cada um, e compre-enderá estudos, projecto, fabrico, transporte,

A Efacec assina um contrato para a reabilitação e o reforço

de potência da barragem angolana de Luachimo

A Efacec instalou o centro de comando da rede de energia eléctrica de Luanda e regista a enco-menda de dois novos sistemas para as subesta-ções de Encib Camama e Cacuaco Sequele

Ao terminar 2013, a Efacec instalou com sucesso o sistema SCADA do novo centro de comando da angolana EDEL, empresa pública de distribuição de electricidade em Luanda, e garantiu novas referências junto desta utility, ao registar a encomenda dos sistemas de auto-mação, controlo e protecção para as subesta-ções Encib Camama e Cacuaco Sequele, ambas de 60/15 kV.

Com o objectivo de garantir uma supervisão e controlo modernos e tecnologicamente avan-çados da rede de energia eléctrica da região de Luanda, a primeira fase do contrato relativo ao novo centro de comando incluiu o fornecimento do sistema SCADA e a integração das primeiras três subestações neste sistema, estando prevista a integração gradual de todas as subestações exis-tentes e futuras na rede de distribuição da EDEL.

A área de Automação da Efacec implementa soluções avançadas que vão ao encontro dos mais recentes desenvolvimentos tecnológicos, oferecendo aos seus clientes uma capacidade de operação da rede com maior qualidade de serviço.

Angolana EDEL demonstra preferência por sistemas

SCADA

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empresas

Revista ANIMEE37

A Efacec foi de novo escolhida para desenvolver e instalar as suas tecnologias no Metro de Dublin, agora nos cerca de 6km de traçado que percorrem 13 estações da novíssima LUAS Cross City

A Efacec assinou o contrato para fornecimento integral dos sistemas electromecânicos de uma nova linha do Metro de Dublin, a LUAS Cross City, com inauguração prevista para finais de 2017. Esta nova linha representa um dos desen-volvimentos mais importantes na articulação do transporte público na capital da Irlanda, ao per-mitir interligar, através do centro da cidade, as duas linhas de metro hoje existentes.

Através deste novo contrato agora assinado, com um valor superior a 25 milhões de euros, as tecnologias desenvolvidas pela Efacec serão instaladas ao longo dos cerca de 6km de traçado, percorrendo 13 novas estações.

De entre os sistemas que serão desenvolvidos, fornecidos e instalados pela Efacec destacam-se:

Energia: subestações, telecomando de ener-gia (SCADA) e instalações eléctricas

Sinalização: sistema de ajuda à exploração (SAE) e sinalização ferroviária;Sistemas de Informação: comunicações, informação ao público, transmissão digital via fibra óptica e rádio;Segurança: videovigilância, detecção de incêndios e controlo de acessos;Centro de Comando de toda a rede do Metro, incluindo a supervisão de um novo Parque de Veículos.

Devido à sua dimensão e abrangência, este con-trato é o claro reflexo da competência da Efacec na actividade dos Transportes, já demonstrada na execução de contratos anteriores com o mesmo cliente, mas também em outros projec-tos e geografias, de que se destacam os Metros de Nottingham (Reino Unido), Bergen (Noruega) ou Cádiz (Espanha).

Destaca-se ainda que, através da sua unidade de negócios de Transportes, a Efacec conquistou já referências no fornecimento de sistemas e produtos para projectos metro-ferroviários, em cada um dos 5 continentes.

Mais de 25 milhões de euros é o valor do novo contrato

que a Efacec acaba de assinar na Irlanda

montagem, ensaios e colocação em serviço de todos os equipamentos hidromecânicos, grupos geradores, instalações eléctricas e automação.

O contrato reflecte o reconhecimento da compe-tência técnica e competitividade da Efacec, cuja aposta continuada no desenvolvimento e forne-cimento de soluções integradas inovadoras para este tipo de empreendimentos, permite uma oferta global de elevado valor acrescentado.

Em Portugal, a Efacec está presente no alargamento da capacidade de grandes cen-trais hidroeléctricas, de entre as quais se destaca a central do Alqueva, bem como na construção da quase totalidade de outras novas grandes hidroeléctricas, destacando-se, nos anos mais recentes, as de Ribeiradio e Ermida, Foz Tua e Salamonde II.

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Inovações no PLC 2013

Oito anos volvidos desde a sua 1.a edição, a 24 de outubro realizou-se mais uma edição do PLC – Produtividade, Liderança e Competitividade, no Hotel D. Inês em Coimbra. Cerca de uma centena de profissionais estiveram presentes nas apre-sentações da Rittal Portugal, Phoenix Contact e M&M Engenharia Industrial, num modelo inova-dor: de manhã decorreram as apresentações e da parte da tarde houve demonstrações práticas dos produtos apresentados. Estar próximo dos clien-tes e parceiros e do mercado foram objetivos to-talmente garantidos.

No PLC – Produtividade, Liderança e Competitivi-dade de 2013 foram apresentadas as mais inova-doras soluções para produzir mais e melhor com menor esforço, reutilizando meios e eliminando desperdícios. A organização apresentou em 2013 um formato diferente com 3 apresentações in-dividuais de cada empresa da parte da manhã e uma demonstração prática da parte da tarde num local onde os produtos e soluções estavam expostos. Este evento pretende desde há 8 anos inovar e desenvolver a indústria e as empresas em geral, através da apresentação de inovações em produtos e soluções para melhorar a produ-tividade das empresas, levando-as à liderança e

colocando-as no caminho da competitividade. Es-tas soluções e novidades estão mais direciona-das para os setores da automação e comunicação industrial, climatização industrial, datacenters, projeto elétrico, e ainda conexões e marcações para quadros elétricos.

O evento iniciou-se com uma mensagem de boas- -vindas a todos os profissionais por parte dos Diretores e representantes máximos das empre-sas que organizaram o evento, agradecendo aos presentes e explicando como ia decorrer todo o evento.

Estandardizar tarefas com software pela M&M Engenharia Industrial

A M&M Engenharia Industrial deu o mote através de José Meireles, o seu Diretor, e com a primeira apresentação do dia sobre a plataforma EPLAN 2.3 em que a estandardização de tarefas, tão necessária para as empresas, é a grande meta. Abordou os vários parceiros existentes no pro-cesso de Engenharia, fulcrais para o sucesso do software. A Plataforma EPLAN 2.3, sob o Slogan EPLAN Efficient Engineering. tem a grande van-

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Revista ANIMEE39

tagem de englobar todas as aplicações EPLAN garantindo assim um trabalho mais eficiente e or-ganizado. Com a utilização da plataforma há uma automatização e técnicas de processo avançadas, sempre apoiadas na formação progressiva para uma engenharia mais eficiente. Permite também uma gestão de produção com o planeamento do marketing (prototipagem), o desenvolvimento do processo de encomendas e um relacionamento original do processo de produção podendo este último ser reutilizado, consoante as necessida-des de cada cliente.

José Meireles enumerou que houve um cresci-mento de 15% na M&M Engenharia, sucesso esse que teve como base as estandardizações e nor-malizações a nível de empresas já clientes EPLAN que utilizavam a plataforma no seu dia-a-dia. Na plataforma, o produto passa a integrar-se mais em toda a área em que atua desde a Engenharia elétrica ao MCAD/PDM há assim uma engenha-ria mais eficiente e uma solução que funciona de uma forma facilitada para os clientes. Na plata-forma EPLAN existe uma estrutura informática única que domina aplicações e que tem uma uti-lização correta baseada em conceitos básicos e configurações, definições e modelos de produto. A engenharia eficiente tem modelos de constru-ção base e diversificadas formas de trabalho com operações com um simples “pressionar o botão”. Esta plataforma integra-se na perfeição nos pro-cessos de cada empresa. A plataforma EPLAN pretende, acima de tudo, unificar a comunica-ção entre todos os departamentos uma vez que toda a informação pode ser exportada através do software, cumprindo sempre todas as normas e standards atuais.

Seguindo esta base, a M&M Engenharia reco-menda a utilização da Plataforma EPLAN e ainda a nova diretiva de máquinas que dá a IEC 81346 como a norma de futuro para a área documen-tal de todos os projetos. A Plataforma contempla ainda as novas diretivas lançadas em Junho deste ano no que diz respeito à segurança de equipa-mentos e pessoas designada por VDMA 66413.

Soluções Phoenix Contact para o crescimento da mobilidade elétrica

A Phoenix Contact elegeu a mobilidade elétrica como tema central do PLC 2013. Francisco Men-des começou por questionar os profissionais pre-sentes se havia alguém com um veículo elétrico, com apenas um presente a confirmar. Chamou a atenção para as alterações climáticas e necessi-dade de agir e limitar as emissões de CO2 sobre-tudo no setor dos transportes para a atmosfera, a somar ao aumento dos custos dos combustíveis fósseis e da temperatura média global. Por tudo isto além de uma realidade, a mobilidade elétrica é uma necessidade urgente e à qual a União Eu-ropeia está atenta e por isso aprovou a Diretiva 2009/28/EC com duas metas para 2020: 20% da produção de energia provém de energias renová-veis e 10% da energia utilizada nos transportes é oriunda das energias renováveis, havendo assim uma redução nas emissões de CO2/Km para 130 gramas até 2015 e ainda uma redução nas emis-sões de CO2/Km para 95 gramas até 2020. A União Europeia está, igualmente, a exercer pressão nos governos dos estados-membros e fabricantes do setor automóvel para desenvolver alternativas. O veículo elétrico é uma solução ideal uma vez que não emite CO2 para atmosfera.

Em 2008 a iniciativa “The European Green Cars” foi lançada pela Comissão Europeia com mais de 50 projetos, tendo como objetivo a pesquisa e de-senvolvimento para a implementação do Veículo Elétrico como o transporte do futuro. O Mobi.E é o projeto português que começou em 2009/2010 e que pretende instalar uma rede base de car-regadores de Veículos Elétricos em habitações

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privadas e/ou parques públicos, centros comer-ciais, aeroportos, estradas ou vias públicas, au-toestradas, sendo pensando na sustentabilidade do modelo. Atualmente, segundo Francisco Men-des já há mais de 1000 carregadores instalados de norte a sul do país. Com a mobilidade elétrica há uma maximização da utilização das energias renováveis, um transporte automóvel com zero emissões do veículo, além da máxima eficiência. A somar a isso há a possibilidade de carregamen-to noturno dos Veículos Elétricos conjugado com redes inteligentes que permite uma gestão efi-ciente da energia.

Tem havido um grande desenvolvimento e inves-timento no estudo de baterias com maior capaci-dade, algo fundamental para a evolução do setor. Os carregadores de todas as tomadas elétricas têm de responder a determinados standards//normas e a Phoenix Contact participou nesse desenvolvimento. Neste setor de desenvolvimen-to a Phoenix tem dois parceiros – Efacec que já desenvolveu uma gama completa de carregado-res de Veículos Elétricos e MagnumCap.

Carlos Coutinho abordou com mais incisão o sis-tema de mobilidade elétrica explicando que se-gundo a Norma IEC 61850, que estabelece um padrão de comunicação entre consumidores e produtores. Existem outras normas que não de-vem ser esquecidas: IEC 61851 (Carregamen-to de carros elétricos), IEC 62196 (Conetor), IEC 61850 (Rede de Energia Inteligente) e ISSO/IEC 15118 (Comunicação entre a Rede e o Veículo). Há soluções para todas as necessidades, seja de carregamento público (estações de serviço ou parques de estacionamento) ou privado (moradia ou edifício). A Phoenix Contact tem uma solução de controlador de carga de Veículos Elétricos em que o autómato, o contactor e o conetor têm um papel fundamental e a integração de todos os componentes é fundamental. Apesar disso, o au-tómato é o coração de todo o sistema controlando as comunicações e os sistemas de informação, o contador EV, a fonte de alimentação e a UPS e as-sim o consumo de energia, e tendo ainda acesso à visualização das operações e ao leitor de car-tões. A Phoenix Contact fornece várias soluções para a mobilidade elétrica com vários compo-

nentes para integrar uma infraestrutura de car-ga inteligente: conetores e equipamentos para a infraestrutura de carga como conetores, fontes de alimentação, autómatos, consolas, modems, proteção contra sobretensões e controladores da energia consumida

Novidades de Quadros Elétricos da Rittal

A Rittal Portugal trouxe ao PLC 2013 algumas das soluções de distribuição de energia, por ser esta uma das áreas com maior interesse para a audi-ência e também por ser uma das com mais cres-cimento no volume de negócios em 2013. Por ou-tro lado, completam na íntegra as soluções apre-sentadas anteriormente, ou seja, projeto elétrico e mobilidade elétrica fazendo com que haja uma perfeita interação entre as 3, tornando o evento mais completo e inteligível para a audiência.

As soluções apresentadas pela Rittal focaram essencialmente os envolventes metálicos para os quadros elétricos de distribuição e MCC (controlo de motores), todos os acessórios para a monta-gem dos quadros elétricos, suportes de barra-mentos, barramentos, suportes para aparelha-gem, etc.

Assim, Pedro Gândara (Gestor de clientes Rittal na região Sul) falou dos novos sistemas de distri-buição de energia Ri4Power, que agregam todos o equipamentos necessários ao fabrico de qua-dros elétricos de potência até aos 5.000A, bem como os quadros compartimentados (MCC), fixos ou com gavetas extraíveis.

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Revista ANIMEE41

O sistema Ri4Power é formado pelos armários TS8, com diversas medidas, pelos barramentos e suportes para os mesmos de acordo com as po-tências desejadas, platines pré-preparadas para a colocação de aparelhagem, sendo nestes casos de realçar que o sistema está desenvolvido para receber aparelhagem dos mais conhecidos fabri-cantes (Siemens, ABB, GE, Möeller, Eaton, Sch-neider, etc.), permitindo assim que seja o cliente a escolher a que melhor responde às suas ne-cessidades, libertando-se da imposição de marca única.

Todo o sistema de Ri4Power está conforme as normas IEC 61439-1/2.

A Rittal realçou ainda o fato de, contrariamente aos outros fabricantes, qualquer quadristas po-der utilizar de forma livre e sem custos adicio-nais, o sistema Ri4Power para o fabrico de qua-dros compartimentados MCC, com ou sem gave-tas extraíveis, sem necessidade de pagamento de qualquer licença especial, sendo que a Rittal ainda lhe oferece todo o apoio necessário para a configuração dos armários e acessórios.

Seguidamente, Cláudio Maia (Gestor de clientes da região Centro) apresentou as novas soluções de quadros modulares de distribuição ISV.

Estes caracterizam-se pela sua flexibilidade na criação de quadros de pequenas dimensões, ba-seados nas caixas standard AE, bem como o evo-luir para quadros de distribuição até 1.600A com grandes dimensões, sendo os módulos ISV sem-pre do mesmo tipo.

Uma das muitas vantagens deste novo sistema é a possibilidade de, muito facilmente, retirar do armário a estrutura ISV, eletrificar todos os mó-dulos numa bancada de trabalho, e quando com-pleto inserir novamente a estrutura ISV no armá-rio TS8. Tudo isto pode ser feito por uma única pessoa, em poucos minutos.

Por último, Ceferino Almeida (Gestor de clientes da região Norte) falou do sistema de barramentos

para aparelhagem de baixa tensão Riline60. Este, é um sistema inovador que possibilita a instalação da aparelhagem diretamente no barramento de distribuição, usando para o efeito num vasto con-junto de suportes próprios onde a aparelhagem é fixada e que depois encaixam diretamente nos barramentos. Este sistema permite a elaboração de obras complexas, de forma muito simples, re-duzindo drasticamente a possibilidade de erros e tornando o aspeto do quadro muito mais “limpo”.

Não menos importante, é o fato de tornar as obras mais económicas uma vez que o consumo de mão-de-obra é muito menor.

Para o desenvolvimento das tarefas de projeto de quadros elétricos Ri4Power ou ISV, bem como a utilização da tecnologia Riline60, a Rittal disponi-biliza uma potente ferramenta de software Power Engineering, já na versão 6.1 que permite, de for-ma simples e intuitiva construir o quadro no com-putador, testar a sua coerência de acordo com a norma IEC 61439-1/2, eliminar eventuais erros antes de consumir material e mão-de-obra, e quando tudo já está perfeito, e testado, imprimir o projeto, bem como a lista de materiais a enco-mendar.

No fim das apresentações foi aberto o debate com perguntas e respostas, tendo posteriormen-te a Rittal convidado todos os presentes para uma apresentação “ao vivo” após o almoço, na sala onde tinha todos os equipamentos apresentados, em exposição.

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Projeto MiCROSOL da Schneider Electric

promete melhorar acesso a electricidade, água e aquecimento em África

• MiCROSOL promove desenvolvimento de tec-nologia inovadora, com base na energia tér-mica solar, para o acesso a eletricidade, água e aquecimento a micro-indústrias em África.

• O projeto, liderado pela Schneider Electric, reúne oito parceiros e o apoio da ADEME.

• Micro-indústrias localizadas em áreas rurais com elevados níveis de exposição solar pode-rão beneficiar de melhor acesso a recursos essenciais.

A Schneider Electric, em parceria com oito par-ceiros e a ADEME – Agência do Ambiente e Gestão de Energia, apresenta a demonstração do projeto MiCROSOL à Comissão de Energias Alternativas e Energia Atómica, no Centro Cadarache, em França, para futuro benefício das micro-indús-trias em países em vias de desenvolvimento.

O projeto MiCROSOL propõe o desenvolvimento de uma tecnologia única, de padrão modular, para a produção de eletricidade, água potável e aquecimento que facilitará o seu acesso, benefi-ciando as micro-indústrias localizadas em áreas rurais de países com elevado nível de exposi-ção solar, especialmente países no Continente Africano.

Para o desenvolvimento desta solução inovadora, a Schneider Electric adota como base o princípio da co-geração de electricidade e calor, através da aplicação de uma nova abordagem a uma tec-nologia que é já uma tendência – termodinâmica solar. O projecto MiCROSOL foca-se no design do armazenamento termal, única e exclusivamente

através da utilização de produtos ambiental-mente seguros.

Segundo Gilles Vermot Desroches, Senior Vice--Presidente de Sustentabilidade da Schneider Electric, “o MiCROSOL é um projeto muito espe-cial para a Schneider Electric que existe para o permitir o acesso à energia pelas populações em países em vias de desenvolvimento. Tendo como objetivo dar resposta a necessidades cruciais des-tas micro-indústrias, apoiando o seu crescimento, o MiCROSOL prevê a implementação do primeiro sistema piloto no Continente Africano já em 2014.”

Lançado em Novembro de 2011, com um orça-mento de 10,9 milhões de euros, o projeto MiCROSOL está a ser liderado pela Schneider Electric em cooperação com oito parceiros industriais e organizações de investigação: CEA (Comissão de Energias Alternativas e Energia Atómica); Exoès; Exosun; Laboratório de Energia, Mecânicas e Eletromagnetismo da Universidade de Paris Ouest; Laboratório de Energia e Mecânicas Teóricas e Aplicadas da Universidade de Lorraine; Sophia-o Antipolis Energy Development; Stiral e TMW. O projeto conta ainda com o apoio financeiro do Plano de Investimentos Futuros da ADEME, no valor de 5,1 milhões de euros.

Selecionado no âmbito do programa Solar 2011 Call for Expressions of Interest da ADEME, o MiCROSOL e a sua demonstração têm como obrigação a entrega de uma solução concreta para a visão da de Termodinâmicas Solares da ADEME para 2050.

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Revista ANIMEE43

Schneider Electric distinguida com primeira

Certificação ISO 50001 do setor em Portugal

A Schneider Electric, especialista global em ges-tão de energia, é a primeira empresa neste setor de atividade em Portugal a receber a Certificação ISO 50001:2011, responsável pela implemen-tação de requisitos base para a eficiência dos sistemas de gestão de energia nas organizações.

A obtenção da Certificação e o facto de ser, pre-cisamente, a primeira empresa neste setor em Portugal a consegui-lo, é para David Claudino, Country President da Schneider Electric, “muito importante porque reflete nas nossas próprias ins-talações todo o nosso empenho e investimento na investigação e desenvolvimento de produtos e solu-ções ideais que ajudam as empresas a fazerem o melhor uso da sua energia, com vista a uma maior poupança económica e ambiental.”

Dada a importância da eficiente gestão energé-tica para o futuro económico, do desenvolvimento empresarial e industrial e para a saúde ambien-tal, a norma ISO 50001:2011 foi desenvolvida pela Organização Internacional de Normalização (ISO) como a Norma Internacional de referência para gestão de energia. Disponível desde Junho de 2011, prevê-se que esta Certificação promova uma redução até 60 por cento do consumo mun-dial de energia.

A Schneider Electric é a primeira empresa deste setor em Portugal a conseguir esta certificação. Já em 2011, a sua sede em França tinha sido cer-tificada como o primeiro edifício a nível mundial certificado de acordo com a norma ISO 50001 para sistemas de gestão energética. A especia-lista em gestão de energia implementou no seu edifício sede HIVE as suas próprias soluções, integrando os mais avançados produtos e tec-

nologias numa única arquitetura gerida através de um único sistema de software. Desta forma, foi possível a redução significativa do consumo energético para 80 kWh/m2/ano.

David Claudino acrescenta que “a ISO 50001:2011 era um objetivo de elevada importância para a Schneider Electric pois a sua atribuição demons-tra que o nosso sistema de gestão energética é um sistema sustentável, que otimiza a utilização de energia, e é também demonstrativo do nosso compromisso em melhorar constantemente a per-formance energética.”

A Certificação ISO 50001:2011 permite às orga-nizações estabelecerem sistemas e proces-sos necessários para melhorar o desempenho energético (incluindo eficiência, uso, consumo e intensidade energética), reduzir custos com energia, emissões de GEE e impacto ambiental no geral, através da implementação de estraté-gias de melhoria continua numa gestão sistemá-tica da energia.

A certificação foi obtida para as instalações da Sede em Carnaxide, local onde a Schneider Electric Portugal se encontra a funcionar há ape-nas dois meses. Facto demonstrativo do envolvi-mento, dedicação e empenho dos colaboradores da Schneider Electric, assente na estratégia de desenvolvimento de competências dos colabora-dores. A implementação deste sistema de gestão contou com a participação de dois colaboradores que durante o ano de 2013 foram formados e certificados pela ADENE/CERTIF como Auditores aos Sistemas de Gestão ISO 50001.

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Parceria entre Schneider Electric e DONG Energy

• Parceria permite aumento de penetração de renováveis, equilíbrio de redes de energia e redução de emissões de carbono.

A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia, e a DONG Energy, um dos principais grupos de energia do Norte da Europa, celebram parceria tecnológica e comercial para aumentar a penetração sustentável de energia renovável em ilhas remotas e isoladas.

Só na Europa, existem pelo menos 286 ilhas remotas, distantes das redes de distribuição de energia existentes no continente. As redes existentes nestas ilhas são, muitas vezes, forte-mente dependente do diesel, incorrendo em ele-vados custos em energia elétrica sujeitos ainda à flutuação dos preços dos combustíveis. Estes custos têm sido, ao longo dos tempos, uma bar-reira para o desenvolvimento económico local, que impede a melhoria dos padrões de vida e a redução de emissões de carbono.

Atualmente, questões económicas e ambientais impelem cada vez mais operadores a atuarem em ilhas remotas a esforçarem-se para a subs-tituição do diesel por energia renovável. No entanto, o principal desafio da integração das energias renováveis nestes casos é a comple-xidade resultante do equilíbrio entre a rede e a manutenção da sua fiabilidade e estabilidade, que pode limitar a quantidade de energia reno-vável integrada de forma eficiente.

As soluções de gestão de redes de distribuição da Schneider Electric e a tecnologia de plantas de energia virtuais da DONG Energy vão permitir a criação de uma nova plataforma para a monito-rização, controlo, previsão de procira e geração de energia em tempo real.

Evert den Boer, Vice-Presidente Sénior da DONG Energy, confirma que “desenvolvemos na DONG Energy uma planta de energia virtual – a

Power Hub, que agrega capacidade de carga e de geração de energia para uma maior flexibilidade da rede através de uma plataforma de software. Este sistema já demonstrou com sucesso o seu valor na optimização, gestão e melhoria da estabilidade de micro-redes remotas nas Ilhas Faroé.” Evert den Boer acrescenta ainda que “a integração do Power Hub com a plataforma de software de ges-tão de redes de energia da Schneider Electric vai permitir a disponibilização global de uma solução única que vem dar resposta ao enorme desafio da gestão de um sistema eléctrico isolado de forma segura, económica e sustentável.”

A parceria entre a DONG Energy e a Schneider Electric torna possível uma abordagem única e inovadora a plantas de energia virtuais que per-mite ultrapassar o desafio constante do equilí-brio entre a oferta e a procura de energia.

Segundo Frédéric Abbal, Vice-Presidente Executivo da Divisão de Energia da Schneider Electric, “a nossa arquitetura inclui aplicações do Sistema Avançado de Gerenciamento de Distribuição (ADMS), do Sistema de Controle de Energia (PCS) e do Centro de Controlo de Renováveis (RCC), per-mitindo a previsão de procura e o seu equilíbrio com a geração de energia em tempo real. Graças às funcionalidades de previsão meteorológica e de carregamento rápido, os operadores em ilhas remo-tas passam a beneficiar de sistemas energéticos sustentáveis, eficientes e economicamente viáveis beneficiando, por sua vez, as comunidades locais.”

A Schneider Electric aposta em parcerias ativas que permitem testar e validar soluções inovado-ras, para a resolução das suas preocupações ope-racionais, ambientais e regulatórias. A presença global da Schneider Electric em mais de 100 paí-ses, e o posicionamento diferenciador que detém atuando em simultâneo em ambos os lados da rede de abastecimento – procura e fornecimento, ligam todos os players de energia (produtores, distribuidores e consumidores industriais).

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Revista Animee45

Com o Smart Mountain Village e os produtos da

Schréder, a tecnologia led chegou ao Sabugueiro

O SmART mOUnTAin ViLLAGe é um projeto pi-loto patrocinado pela Fundação Vodafone que vai colaborar com a Câmara de Seia para disponibili-zar soluções tecnológicas na aldeia do Sabuguei-ro que contribuam para aumentar a qualidade de vida dos habitantes e visitantes, e que funcionem como alavanca para a melhoria do desempenho ambiental desta aldeia de montanha.

O SmART mOUnTAin ViLLAGe integra a inter-venção em áreas distintas, entre as quais está a gestão de infraestruturas (energia elétrica e

água). neste âmbito a remo-delação da iluminação do núcleo histórico do Sabu-gueiro foi uma das ações prioritárias. Para o efeito, a iSA – intelligent Sensing Anywhere S.A., executou o projeto instalando um sis-tema integrado de gestão de energia, o qual monitoriza os consumos desta remodelação. Foram escolhidas as lanter-nas Valentino da Schréder, que combinam um design tradicional com a mais avançada tecnologia LeD. Com 32 LeDs e um consumo nominal de apenas 53W as luminá-rias Valentino LeD cumprem perfeitamente o seu papel, ao mesmo tempo que criam um ambiente agradável e seguro.

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Uma agradável luz branca, emitida pelos leds que

equipam os projetores neos, ilumina a fachada do Paço das

escolas da Universidade de Coimbra

Fundada em 1290 por D. Dinis i, a Universidade de Coimbra é a mais prestigiada Universidade de Portugal e uma das mais antigas em todo o mundo. Assente num edificado de grande valor arquitetónico e cultural foi já este ano elevada à condição de Património mundial da Humanida-de, por decisão da Unesco, organização das na-ções Unidas para a educação, Ciência e Cultura. A área agora classificada pela UneSCO está situa- da em duas zonas do centro histórico da cidade de Coimbra, uma na encosta da cidade, a Alta, e a outra na parte baixa, a Sofia. Ainda antes desta nomeação, a Universidade tinha decidido remo-delar a iluminação do Paço das escolas, localiza-do na Alta e visível de praticamente toda a cida-de, aumentando a sua projeção durante o período noturno. A nova iluminação tinha vários desafios: melhorar o recorte da silhueta do conjunto arqui-tetónico, reduzir a poluição luminosa e o consu-

mo energético. Para responder cabalmente a es-tes desafios foram escolhidos os projetores neos LeD equipados com 64 HP LeDs branco neutro que pintam as fachadas com uma confortável luz branca destacando este ícon da cidade e do país. Com apenas 71W de consumo e uma ne-cessidade praticamente nula de manutenção os projetores neos LeD revelaram ser também uma aposta certa em termos de economia de energia e custos de manutenção, ajudando desta forma as finanças da Universidade.

Com 3 tamanhos, um design apro-vado, múltiplas distribuições foto-métricas e grande variedade nos

pacotes luminosos, os projetores Neos LED respondem a praticamente

todos os requisitos, quer de ilumina-ção cénica e urbana, quer de ilumina-

ção funcional e desportiva

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Revista Animee47

• Utilização da tecnologia mais recente para aumento de performance dos rack PCs indus-triais de 19”

• menor perda de potência, melhor performan-ce gráfica e computacional

• elevada disponibilidade do sistema e seguran-ça de dados

• Utilização flexível como servidor ou estação de engenharia

A divisão de Automação industrial da Siemens equipou os rack PCs industriais de 19”, da família SimATiC iPC547e, com a quarta geração de pro-cessadores intel e com tecnologia de ponta para computadores. Com processadores quadcore i7, placa gráfica onboard de alta definição e mem ria de trabalho mais rápida, esta nova tecnologia permite a redução no consumo de energia em cerca de um terço, quando comparado com as versões anteriores.

Os novos rack PCs industriais de 19’’ equipados com a quarta geração de processadores intel, permitem um desempenho de computação 30% superior aos seus antecessores e quase três ve-zes mais desempenho a nível gráfico. Constituído por discos rígidos com configuração Raid e com

um disco suplente adicional, juntamente com a recuperação dos dados automática em caso de falha, esta nova tecnologia garante uma elevada disponibilidade do sistema e uma maior seguran-ça de dados. A ligação de até 5 monitores possi-bilita ainda o controlo e a supervisão de todas as aplicações.

O novo computador industrial é particularmente adequado para a rápida aquisição e processa-mento de grandes volumes de dados como por exemplo os que são vistos em processamento de imagem ou visualização de processo.

O novo SimATiC iPC547e é compatível com todos os seus antecessores a nível de instalação, inter-face e software. Com uma caixa de apenas 446mm de profundidade, o novo SimATiC iPC 547 permite salvaguardar algum espaço extra na instalação de quadros de 19”, com profundidade de 500mm. É espectável que em breve exista ainda uma ver-são de apenas 356mm, para quadros de 400mm. As mais variadas interfaces, DisplayPort V1.2, PCie 3.0 ou USB 3.0 permitem uma flexibilidade acrescida. Para fácil diagnóstico, os Leds de es-tado da refrigeração, temperatura e discos rígi-dos foram colocados de forma visível, sendo ainda disponibilizado um software de diagnóstico. O uti-lizador tem ao seu dispor a tecnologia intel AmT 9.0, já integrada, para acesso remoto (com protec-ção de password) o que permite aumentar o po-tencial de análise e diagnóstico ou manutenção.

Quando solicitado, o PC pode ainda incluir o siste-ma operativo Windows 7 Ultimate (32 ou 64bits), o Windows Server 2008 R2 (edição 64bits), ou mes-mo pacotes de software adicionais para soluções de controlo e visualização com funcionalidades SCADA. Versões como o Windows 8 (64bits) estão ainda a ser desenvolvidas com vista à melhoria da performance dos equipamentos.

SiemenS apresenta racks de PCs industriais com

performances melhoradas

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• Siemens é a empresa que melhor promove o trabalho em equipa em Portugal

• multinacional distinguida nos Prémios da Hu-man Resources Portugal 2013

• Siemens vence distinção para a qual estavam nomeadas mais sete empresas

• Terceira nomeação consecutiva da Siemens destaca boas práticas na gestão de pessoas

A Siemens Portugal foi reconhecida como a em-presa que melhor promove o trabalho em equi-pa no âmbito dos prémios da “Human Resources Portugal 2013”, que distinguem as melhores em-presas em Portugal para se trabalhar.

Vencedora da categoria “Qual a empresa que me-lhor promove o trabalho em equipa”, para a qual estavam nomeadas mais sete empresas, este é o terceiro ano consecutivo em que a Siemens Por-tugal é selecionada para integrar os prémios da Human Resources Portugal, que visam distinguir as empresas que mais se destacam na gestão de pessoas. em 2011, quando da 1.a edição destes galardões, a Siemens Portugal venceu a catego-ria “Qual a empresa que mais celebra as suas vit rias dos Negócios e Estratégias com os seus co-laboradores?”, para a qual estavam nomeadas 14 empresas a operar em Portugal.

este prémio, anunciado durante a cerimónia rea-lizada pela publicação no CCB, traduz o empe-nho que a empresa tem colocado desde sempre na promoção do trabalho em equipa, mas tam-bém no envolvimento de todos os colaboradores no que toca às suas estratégias de atuação e na partilha dos resultados que alcança a nível na-cional. O investimento nas melhores práticas de gestão de pessoas mas também na comunica-ção com os colaboradores faz parte da política de transparência e envolvimento defendida pela empresa, que aposta no capital humano e na sua motivação como um dos seus fatores críticos de sucesso.

A Siemens desenvolve e implementa diver-sas medidas com os objetivos de proporcionar Worklife Balance aos seus colaboradores, bem como constituir e manter equipas diversas, nas quais todos podem contribuir com o máximo do seu potencial. entre elas destacam-se as medi-das de apoio à família como ofertas de equipa-mentos para bebés, anuidade do seguro de saú-de para filhos de colaboradores ou posto médico em todas as instalações da empresa. São ainda de destacar outras atividades de carácter mais lúdico ou pedagógico, como peças de teatro, ini-ciativas “Traga os seus filhos para o trabalho” ou ações de voluntariado organizadas pela empresa que envolvem os filhos dos colaboradores.

Outra iniciativa que promove e reconhece o tra-balho em equipa são os Siemens Awards, uma gala de atribuição de prémios interna que todos os anos distingue, em diferentes categorias, os projetos mais emblemáticos desenvolvidos pelos colaboradores da empresa.

A seleção da Siemens para integrar este prémio foi feita pela equipa editorial da revista e teve como base mais de duas dezenas de estudos de opinião do painel de Conselheiros da Human Re-sources Portugal, que elaborou uma short list de 8 empresas por categoria, e 12 nomes para CeO e diretor de Pessoas/Recursos Humanos.

Sobre a Siemens S.A.

A Siemens está em Portugal há mais de 108 anos, sen-do líder no fornecimento de soluções de engenharia nos sectores de indústria, energia, Saúde e infraestruturas & Cidades. Com cerca de 2000 colaboradores e nu-merosas parcerias com o meio académico, a empresa desempenha um papel ativo no desenvolvimento eco-nómico do país. A Siemens Portugal detém centros de competência mundiais nas áreas da energia, infraestru-turas, saúde e serviços partilhados. Para mais informação, por favor consulte www.siemens.pt

SiemenS Portugal é referência em boas práticas

na gestão de pessoas

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empresas

Revista Animee49

• no 10.o aniversário da maior rede social do planeta, o Facebook, a Siemens faz balanço positivo da sua presença nas Redes Sociais

• A aposta numa abordagem muito visual e a ligação forte entre o ‘offline’ e o ‘online’ são fórmulas de sucesso

• no Facebook a Siemens AG conta já com mais de 128 mil “gostos” e mais de 3,200 pessoas interagem com a página

• Portugal é caso de sucesso

no 10.o aniversário da maior rede social do pla-neta, o Facebook, a Siemens faz um balanço po-sitivo da sua presença nas Redes Sociais. estas plataformas estão a revolucionar a abordagem aos temas corporativos e de neg cio, criando no-vos desafios para os profissionais de comunica-ção, principalmente quando se trata de marcas que atuam em áreas complexas e menos atrativas para os utilizadores, como é o caso da engenharia.

A área da engenharia não é, tendencialmente, muito atrativa para os utilizadores das redes so-ciais mas, com uma estratégia muito visual, a Siemens tem vindo a contrariar esta tendência revelando-se um caso de sucesso, visto que num curto espaço de tempo, as pessoas estão efetiva-mente a envolver-se com a marca. no momento que esta comunicação foi escrita, os 20 posts mais recentes da página de Facebook da Siemens AG tiveram em média 320 “gostos”. Para além disso, esta página conta já com mais de 128 mil “gos-tos” e mais de 3,200 pessoas a interagir com os diversos conteúdos publicados. A empresa está também presente no Twitter com mais de 37.300 seguidores e mais de 1.350 tweets, bem como no Linked in, Google+, Youtube e Sina Weibo.

em Portugal, e naquela que é considerada, por muitos, a mais bem-sucedida rede social do pla-neta, o Facebook, a Siemens é um caso de su-

cesso devido aos bons resultados da página da Siemens Portugal e da página da Siemens Home Portugal (Siemens eletrodomésticos).

A Siemens Portugal criou a sua página em maio de 2010, que conta já com mais de 8.980 fãs, e tem mais de 170 pessoas a interagir com a página. Apesar de estarem equilibrados no que respeita ao género, 50/50, é o feminino que interage mais nesta plataforma, dado curioso para uma marca na área da engenharia. Já a Siemens Home Por-tugal tem mais de 56,700 “gostos” e 270 pessoas interagem com a página.

“A leitura das publicações nas páginas de Fa-cebook da Siemens permitem um olhar “para dentro” da empresa e ajuda a entender melhor o impacto da sua atividade no mundo que todos conhecemos”, refere Joana Garoupa, Diretora de Comunicação da Siemens em Portugal.

Já no Twitter, com uma página criada em maio de 2009, a Siemens Portugal tem 1.620 seguidores, fez cerca de 2.180 tweets e segue 630 páginas. no Youtube, a marca está presente com um canal criado em Outubro de 2011, cujos 47 vídeos já fo-ram vistos mais de 6.290 vezes, visualizações que continuam a aumentar substancialmente.

estes dados resultam da implementação de uma estratégia de redes sociais integrada, que tem levado a equipa de comunicação da Siemens a reinventar-se e a complementar as fórmulas de marketing tradicionais. “O “pensar fora da caixa” neste âmbito, mais não é do que a criação de uma ligação forte entre o ‘offline’ e o ‘online’,” reforça Joana Garoupa, “ possibilitando um maior impac-to em termos de comunicação e criando sinergias no negócio”.

engenharia mais atrativa com a estratégia da SiemenS

nas redes sociais

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empresas

n.o 329 - Janeiro / Fevereiro 201450

Weg leva nova tecnologia eólica ao Mercado

Sul-Americano A WEG volta a confirmar o seu compromisso com o desenvolvimento de tecnologias avançadas para responder às necessidades do mercado brasileiro e sul-americano. Desta vez, a empresa levará soluções específicas para o sector da energia eólica, graças a um acordo tecnológico para o fabrico de aerogeradores de última gera-ção, assinado com a empresa norte-americana Northern Power Systems (NPS).

“A WEG integra uma capacidade de fornecer todos os componentes de uma unidade de gera-ção de energia eólica com o seu conhecimento profundo do mercado sul-americano de geração de energia. A NPS tem a experiência e a tec-

nologia necessárias para oferecer as soluções correctas neste mercado”, afirma Troy C. Patton, CEO da Northern Power Systems.

Escolhida pela WEG para disponibilizar esta tecnologia ao mercado sul-americano, a NPS, com sede no estado de Vermont, é uma das líde-res tecnológicas de aerogeradores permanent magnet direct drive (PM/DD). Os aerogeradores PM/DD tipicamente apresentam maior disponi-bilidade e menor custo de manutenção e repa-ração quando comparados com os tradicionais, resultando numa maior poupança de energia ao longo da vida útil do equipamento e maximizando o retorno económico pata os investidores.

eficiência energética: Impacto na Redução do Custo

OperacionalPor definição, eficiência energética é a relação entre a quantidade de energia empregue numa actividade e aquela disponibilizada para a sua realização. Mas o que representa isto na prática? Na Indústria de Móveis Henn, a aplicação de uma solução para Filtro de Mangas, fornecida pela WEG, resultou numa redução considerável do consumo total da fábrica, permitindo um retorno do investimento em 6 meses. “Quando a WEG nos ofereceu esta nova solução, nós acreditamos e hoje estamos a colher os resultados positivos. A solução proporciona uma economia de energia eléctrica entre os 50 e 60%, bem como a melho-

ria do factor de potência”, afirma Canísio Henn, sócio proprietário da empresa.

A WEG passou contar recentemente com o Centro de Negócios de Eficiência Energética (CNEE) dedicado a projectos que optimizem este consumo. “as oportunidades estão ligadas à substituição de motores, adequação da potência e automatização de sistemas, ou seja, eficiên-cia energética com inovação no parque fabril”, afirma Leandro Ávila, coordenador do centro.

A WEG passa assim a entregar uma solução completa, chave na mão, com instalação e ava-

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empresas

Revista ANIMEE51

liação dos resultados, se necessário de acordo com o Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (PIMVP). “A ques-tão central é: como vai a empresa actuar para reduzir custos e energia, tornando-se eficiente energeticamente?”, destaca Ávila.

Centro de Negócios de Eficiência

O centro de negócios propõe um pré-diagnóstico abrangente que tem em conta todas as oportu-nidades eficientes. “Entramos no cliente com a visão ISO 50.001:2011, identificando oportuni-

dades que contemplem outros consumos para além da energia eléctrica”, explica o coordena-dor. O rápido retorno sobre o capital investido tem em conta apenas a economia de energia, mas os ganhos vão além disto, com impacto na vida útil dos equipamentos, redução dos custos de manutenção e segurança no processo.

Desde os anos 90, a WEG desenvolve equipamen-tos eficientes, com destaque para o motor com maior rendimento do mercado, o W22 Premium, que possui níveis acima daqueles definidos nas directivas europeias.

Obra do Maracanã é certificada pelo alto

desempenho ambiental O gigante verde: motores e sistema

de automação mais eficientes

O estádio do Maracanã está mais verde do que nunca. E não é apenas pela plantação do novo relvado. Inaugurado em 1950 para ser o palco do Campeonato do Mundo, o estádio prepara- -se para receber novamente o evento em 2014. Apenas com a aplicação da solução WEG para a central de ar condicionado, pode alcançar uma economia de 30% e deixar de emitir toneladas de CO2. A aquisição de produtos eficientes foi uma exigência do sistema Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), que certifica empreendimentos com alto desempenho ecoló-gico. A premissa básica de uma obra com o selo LEED é a redução nas emissões de CO2, alcan-çada pela optimização de recursos e aquisição de equipamentos eficientes.

A solução formada por Motores WEG Premium de alto rendimento e sistema de accionamento, con-

versor de frequência CFW701 HVAC e Arrancador Suave SSW07, actua na Central de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (HVAC), instalada pela Ambient Air. O sistema HVAC é composto por ventiladores, bombas de água e torres de refrigeração responsáveis pelo sistema de água gelada, ventilações e renovação de ar de ambien-tes sanitários e cozinhas. O sistema garante con-forto térmico para áreas do estádio, como salas de imprensa, cozinhas e camarotes.

De acordo com Márcio Kohn, director da Ambient Air, a obra do Maracanã foi planeada com base numa concepção de primeiro mundo, porém é considerada complexa, por ser classificada como “Retrofit”, quando exige adaptação tec-nológica de instalações ultrapassadas. “A obra é emblemática, por se tratar do maior estádio do Campeonato do Mundo de Futebol. Com a

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modernização, hoje o Maracanã não fica a dever, em tecnologia, a nenhum estádio novo”, destaca o executivo.

Solução que garante o selo ambiental

A maioria dos empreendimentos de grande porte do mundo, procuram atender aos requisitos LEED, para receber a certificação ambiental. Aliado ao alto rendimento da linha de motores W22 Premium, a economia de energia em siste-mas HVAC é intensificada com o uso do CFW701 HVAC. Com a sua exclusiva função de Economia de Energia e Arrancador Suave SSW07, a redu-ção pode ultrapassar os 30%.

Os Conversores de Frequência actuam através da variação de velocidade das bombas de água gelada e dos fancoils do sistema de acordo com a carga térmica.

Com o accionamento, a potência exigida no motor é proporcional à força requerida pela aplicação, gerando economia para todo o sistema. Como a relação de potência consumida nestas cargas com a variação na rotação é da ordem cúbica

uma redução de 10% na vazão de uma bomba representa uma economia de energia de 27%.

Kohn explica que para todos os motores foram utilizados accionamentos com Arrancadores Suaves que possibilitam a aceleração e desa-celeração suave do motor através de rampa de tensão, com redução de corrente de arranque, o que contribui para o uso racional de energia. “A WEG tem sido nossa parceira há muito tempo. Somos bem atendidos e contamos sempre com a WEG nas nossas obras. Este fornecimento foi perfeito, com produtos adequadamente embala-dos e dentro do prazo estipulado. Como sempre, produtos de alta qualidade”, afirma.

Para o director, a necessidade de superar os níveis de rendimento no desenvolvimento de equipamentos eficientes tem incentivado indús-trias e instaladores a investir em tecnologia e formação, qualificando pessoas para trabalhar com equipamentos mais elaborados.

“É vital para o Brasil e para o nosso planeta, consumirmos menos energia, evitando o aqueci-mento global”.

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calendário fiscal

Revista Animee53

imposto do Selo: 1 – Pagamento, até ao dia 20 (internet, Tesourarias de Finanças ou CTT), do imposto cobrado no mês anterior, mediante apresentação

da declaração de retenções.

imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares: 2 – Até dia 10, entrega da Declaração mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras

de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a iRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tri-butação, nos termos dos artigos 2.o e 12.o do Código do iRS, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

3 – Pagamento, até ao dia 20 (internet, Tesourarias de Finanças ou CTT), mediante apresentação da declaração de retenções, do: 1 imposto retido no mês anterior, relativamente a rendimentos do trabalho dependente (cat. A) e pensões (cat. H), bem como o

relativo a rendimentos sujeitos a taxas liberatórias. 2 imposto retido no mês anterior, relativamente a rendimentos empresariais e profissionais (cat. B), capitais (cat. e) e prediais (cat.

F), por entidades que disponham ou devam dispor de contabilidade organizada. 4 – Até ao dia 31: 1 entrega em suporte de papel, da declaração modelo 3 pelos sujeitos passivos que hajam recebido ou a quem tenham sido colo-

cados à disposição apenas rendimentos das categorias A (trabalho dependente) e H (pensões): (Artigo 57.o e 60.o do CiRS): 2 entrega da declaração de alterações, pelos sujeitos passivos de iRS, que pretendam alterar o regime de determinação do rendi-

mento e que reúnam as condições para exercer a opção (art. 28.o do CiRS) 5 – Até ao dia 31: 1 Retenção na fonte de iRS relativo aos rendimentos das categorias A e H. As entidades com contabilidade organizada devem reter

o iRS sobre os rendimentos, sujeitos a retenção, das categorias B e F e e e não estejam sujeitos a taxas liberatórias). 2 Retenção do iRS pelas entidades que devam rendimentos sujeitos a taxas liberatórias. 6 – Durante março e até ao fim Julho, entrega da Declaração modelo 31 via internet, à DGCi, pelas entidades devedoras dos rendimen-

tos sujeitos a retenção na fonte, a taxas liberatória cujos titulares beneficiem de isenção, dispensa de retenção ou sujeitos a taxa reduzida e sejam residentes em território português.

imposto sobre o Valor Acrescentado: 7 – Até ao dia 10 (regime normal-mensal): 1 Remessa, por transmissão eletrónica de dados, da declaração periódica relativa ao mês de Janeiro, acompanhada dos respeti-

vos anexos. O pagamento do imposto deverá ser efetuado nas Tesourarias da Fazenda Pública com sistema local de cobrança, multibanco, CTT ou home banking dos bancos aderentes.

2 O contribuinte, neste regime, que não realize quaisquer operações tributáveis fica igualmente obrigado a enviar a declaração periódica.

8 – Até ao dia 20, entrega da Declaração Recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros estados membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do Artigo 6.º do CiVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50 000

9 – Até ao dia 25, comunicação por transmissão eletrónica de dados dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pes-soas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a iVA.

10 – entrega, até ao dia 31, pelos sujeitos passivos do regime especial dos pequenos retalhistas da declaração 1 074, relativa às aqui-sições efetuadas durante o ano anterior e ainda dos mapas recapitulativos de acordo com o artigo 60.º do CiVA, se for caso disso.

imposto sobre o Rendimento das pessoas Coletivas: 11 – Pagamento, até ao dia 20, mediante apresentação da declaração de retenções (internet, Tesourarias de Finanças ou CTT), das

importâncias deduzidas por retenção na fonte de iRC, nos termos do artigo 94.o do CiRC, durante o mês anterior. 12 – Até ao dia 31: 1 Retenção na fonte de iRC, relativamente aos rendimentos obtidos em território português, referidos no artigo 94.o do CiRC,

(exceto os referidos nos artigos 97.o e 98.o do CiRC). 2 efectuar o pagamento especial por conta ou a 1.a prestação, exceto os contribuintes abrangidos pelo regime simplificado, caso

se verifiquem as condições previstas no artigo 93.o do Código do iRC. 3 entrega por transmissão eletrónica de dados, da declaração de opção ou da declaração de alterações relativa ao regime especial

de tributação de grupos de sociedades. 13 – Durante o mês e até 31 de maio, entrega por transmissão eletrónica de dados, da mod.22 (declaração periódica de rendimentos)

pelas entidades cujo período de tributação coincida com o ano civil.

Segurança Social: 14 – Pagamento do dia 10 ao dia 20, das contribuições relativas ao mês anterior. envio das folhas de ordenados e salários de 1 a 10.

Código de Procedimento e de Processo Tributário: 15 – Sem prejuízo do andamento do processo, pode efetuar-se qualquer pagamento por conta do débito, desde que a entrega não seja

inferior a 3 unidades de conta.

imposto Único de Circulação: 16 – iUC, relativo a veículos cuja data do aniversário da matrícula ocorra no presente mês.

Março 2014

(Fonte: Publifiscal – Fiscalidade, estudos e Publicações, Lda.)

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calendário fiscal

n.o 329 - Janeiro / Fevereiro 201454

Abril 2014imposto do Selo: 1 – Até ao dia 20: 1 Pagamento (internet, Tesourarias de Finanças ou CTT) do imposto cobrado no mês anterior, mediante apresentação da declara-

ção de retenções. 2 Pagamento da totalidade do imposto do Selo previsto na verba n.o 28 da Tabela Geral, se igual ou inferior a € 250, ou a 1.a pres-

tação, se superior.imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares: 2 – Até ao dia 10, entrega da Declaração mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras

de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a iRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tri-butação, nos termos dos artigos 2.o e 12.o do Código do iRS, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

3 – Pagamento, até ao dia 20, mediante apresentação da declaração de retenções (internet, Tesourarias de Finanças ou CTT) do: 1 imposto retido no mês anterior, relativamente a rendimentos do trabalho dependente (cat. A) e pensões (cat. H), bem como o

relativo a rendimentos sujeitos a taxas liberatórias. 2 imposto retido no mês anterior, relativamente a rendimentos empresariais e profissionais (cat. B), capitais (cat. e) e prediais (cat.

F), por entidades que disponham ou devam dispor de contabilidade organizada. 4 – Até ao dia 30: 1 Retenção na fonte de iRS relativo aos rendimentos das categorias A e H. As entidades com contabilidade organizada devem reter

o iRS sobre os rendimentos, sujeitos a retenção, das categorias B e F e e que não estejam sujeitos a taxas liberatórias. 2 Retenção do iRS pelas entidades que devam rendimentos sujeitos a taxas liberatórias. 5 – Até 30 de Abril, entrega, pela internet, da declaração modelo 3 pelos sujeitos passivos que hajam recebido ou tenham sido colo-

cados à sua disposição apenas rendimentos das categorias A (trabalho dependente) e H (pensões) (Artigo 57.o e 60.o do CiRS). Se tiverem auferido rendimentos destas categorias no estrangeiro, juntarão à declaração o Anexo J. Se tiverem Benefícios Fiscais apresentarão, em conjunto com a declaração de rendimentos, o Anexo H.

6 – entrega até dia 30 da Declaração de rendimentos modelo 3 em suporte de papel com anexos, pelos sujeitos passivos com rendi-mentos das Categoria A (trabalho dependente), B (empresariais e profissionais), e (capitais), F (prediais), G (mais-valias) ou H (pen-sões). Se tiverem auferido rendimentos destas categorias no estrangeiro, juntarão à declaração o Anexo J. Se tiverem Benefícios Fiscais apresentarão, em conjunto com a declaração de rendimentos, o Anexo H (Artigo 60.o do CiRS)

7 – Durante Abril e até ao fim Julho, entrega da Declaração modelo 31 via internet, à DGCi, pelas entidades devedoras dos rendimen-tos sujeitos a retenção na fonte, a taxas liberatórias cujos titulares estejam isentos, dispensados de retenção ou sujeitos a taxa reduzida e sejam residentes em território português.

8 – entrega, durante o mês e até 15 de Julho da Declaração Anual de informação Contabilística e Fiscal, via internet, pelos sujeitos passivos de iRS, com os correspondentes anexos.

imposto sobre o Valor Acrescentado: 9 – Até ao dia 10 (regime normal-mensal) 1 Remessa, por transmissão eletrónica de dados, da declaração periódica relativa ao mês de Fevereiro, acompanhada dos respe-

tivos anexos. O pagamento do imposto deverá ser efetuado nas Tesourarias da Fazenda Pública com sistema local de cobrança, multibanco, CTT ou home banking dos bancos aderentes.

2 O contribuinte, neste regime, que não realize quaisquer operações tributáveis fica igualmente obrigado a enviar a declaração periódica.

10 – entrega até ao dia 20 da Declaração Recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros estados membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do artigo 6.o do CiVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer um dos 4 trimestres anteriores) excedido o montante de € 50 000.

11 – Até ao dia 25, comunicação por transmissão eletrónica de dados dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pes-soas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento, estável ou domicílio fiscal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a iVA.

12 – entrega, durante este mês e até ao dia 20 de maio, da declaração modelo P2 ou da guia modelo 1074,pelos retalhistas sujeitos ao regime de tributação previsto no artigo. 60.o do CiVA, consoante haja ou não imposto a pagar, relativo ao 1.o Trimestre.

imposto sobre o Rendimento das pessoas Coletivas: 13 – Pagamento, até ao dia 20, mediante apresentação da declaração de retenções (internet, Tesourarias de Finanças ou CTT), das

importâncias deduzidas por retenção na fonte de iRC, nos termos do artigo 94.o do CiRC, durante o mês anterior. 14 – Retenção na fonte de iRC, até ao dia 30, relativamente aos rendimentos obtidos em território português, referidos no artigo 94.o do

CiRC, (exceto os referidos nos artigos 97.o e 98.o do CiRC). 15 – Durante o mês e até 31 de maio, entrega da declaração periódica de rendimentos modelo 22, por transmissão eletrónica de dados,

pelas entidades sujeitas a iRC, cujo período de tributação seja coincidente com o ano civil. 16 – neste mês e até 15 de Julho, entrega da informação empresarial Simplificada – ieS/Declaração Anual, por transmissão eletrónica de

dados, pelos sujeitos passivos de iRC, cujo período de tributação seja coincidente com o ano civil, com os correspondentes anexos.Segurança Social: 17 – Pagamento, de 10 a 20 das contribuições relativas ao mês anterior e envio das folhas de ordenados e salários de 1 a 10.Código de Procedimento e de Processo Tributário: 18 – Sem prejuízo do andamento do processo, pode efectuar-se qualquer pagamento por conta do débito, desde que a entrega não seja

inferior a 3 unidades de conta.imposto municipal sobre imóveis: 19 – Pagamento, até ao dia 30, da 1.a prestação, ou da totalidade se a colecta for igual ou inferior a € 250.imposto Único de Circulação: 20 – iUC, relativo a veículos cuja data do aniversário da matrícula ocorra no presente mês.

(Fonte: Publifiscal – Fiscalidade, estudos e Publicações, Lda.)

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cotações

Revista Animee55

TAXAS CÂMBIOS DO MÊS DE NOVEMBRO DE 2013DIA LIBRA DOLAR F.SUIÇO

1 0,8456 1,3506 1,23212 - - -3 - - -4 0,8291 1,3687 1,22565 0,8456 1,3506 1,23216 0,8403 1,3517 1,23217 0,8321 1,3365 1,22988 0,8352 1,3431 1,23029 - - -

10 - - -11 0,8381 1,3394 1,232812 0,8447 1,3432 1,232813 0,8399 1,3415 1,231614 0,8372 1,3636 1,233215 0,8377 1,3460 1,234616 - - -17 - - -18 0,8388 1,3517 1,232119 0,8385 1,3502 1,233320 0,8376 1,3527 1,232321 0,8350 1,3472 1,231822 0,8344 1,3518 1,230223 - - -24 - - -25 0,8348 1,3514 1,231126 0,8383 1,3547 1,231227 0,8340 1,3596 1,230528 0,8322 1,3592 1,232329 0,8328 1,3611 1,229830 - - -

COTAÇÃO MÉDIA 0,8372 1,3512 1,2315

Fonte: Cotações Indicativas do Banco de Portugal

COTAÇÕES DE METAIS – NOVEMBRO 2013DIA OURO PRATA PLATINA PALÁDIO COBRE CHUMBO ZINCO ALUMINIO PETRÓLEO

1 - - - - - - - - -2 - - - - - - - - -3 - - - - - - - - -4 960,47 15,85 1062,32 546,50 5306,50 1600,06 1420,33 1352,38 77,835 968,46 16,02 1074,34 555,31 5333,93 1605,95 1431,96 1360,14 78,546 974,55 16,09 1083,08 563,73 5329,58 1610,56 1433,75 1356,81 77,687 978,11 16,25 1087,17 565,28 5358,02 1619,15 1438,83 1367,75 77,468 956,74 16,01 1081,08 562,88 5347,33 1598,54 1425,06 1360,29 77,089 - - - - - - - - -

10 - - - - - - - - -11 958,26 15,98 1069,88 562,94 5380,77 1601,46 1427,50 1362,55 79,2512 943,94 15,43 1066,71 550,40 5337,25 1584,28 1415,28 1347,53 78,9713 955,46 15,37 1069,10 545,81 5291,09 1570,63 1408,87 1344,02 79,9714 943,86 15,24 1059,01 541,29 5156,94 1553,24 1392,64 1322,24 79,3615 958,51 15,45 1068,72 542,72 5226,60 1568,35 1411,59 1333,58 80,2916 - - - - - - - - -17 - - - - - - - - -18 943,48 15,10 1042,54 530,30 5191,98 1552,12 1403,42 1327,96 79,9719 944,71 15,09 1049,70 533,11 5188,12 1553,84 1407,94 1331,65 79,3220 919,64 14,69 1028,24 525,02 5189,62 1554,67 1407,56 1332,89 79,5921 922,70 14,82 1032,21 529,39 5240,50 1555,08 1408,11 1328,68 81,4922 - - - - - - - - -23 - - - - - - - - -24 - - - - - - - - -25 925,93 14,98 1024,12 533,74 5278,97 1560,60 1414,83 1322,33 82,0326 917,38 14,65 1014,17 528,90 5252,09 1547,94 1406,22 1317,63 81,8927 910,47 14,45 993,67 527,73 5222,12 1543,10 1392,32 1309,21 81,9728 - - - - - - - - -29 918,89 14,72 - - 5183,31 1528,18 1386,38 1289,40 80,6030 - - - - - - - - -

COT.MÉDIA 944,53 15,34 1053,30 543,83 5267,48 1572,65 1412,92 1337,06 79,63

Nota: Ouro, Prata, Platina e Paládio = Euros / Onça ( Onça=28.3495 Gr.) – Cobre, Chumbo, Zinco e Aluminio = Euros/Ton. – Petróleo = Euros/Barril

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cotações

n.o 329 - Janeiro / Fevereiro 201456

TAXAS CÂMBIOS DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2013DIA LIBRA DOLAR F.SUIÇO

1 - - -2 0,8260 1,3536 1,23213 0,8271 1,3578 1,22874 0,8300 1,3592 1,22685 0,8313 1,3594 1,22626 0,8358 1,3661 1,22317 - - -8 - - -9 0,8376 1,3722 1,2231

10 0,8364 1,3750 1,221411 0,8402 1,3767 1,221912 0,8397 1,3775 1,221113 0,8437 1,3727 1,222614 - - -15 - - -16 0,8438 1,3776 1,221217 0,8456 1,3749 1,220618 0,8401 1,3749 1,221019 0,8349 1,3667 1,226120 0,8348 1,3655 1,226321 - - -22 - - -23 0,8377 1,3702 1,225724 0,8360 1,3684 1,224325 - - -26 - - -27 0,8366 1,3814 1,223428 - - -29 - - -30 0,8364 1,3783 1,225931 0,8337 1,3791 1,2276

COTAÇÃO MÉDIA 0,8364 1,3704 1,2245Fonte: Cotações Indicativas do Banco de Portugal

COTAÇÕES DE METAIS – DEZEMBRO 2013DIA OURO PRATA PLATINA PALÁDIO COBRE CHUMBO ZINCO ALUMINIO PETRÓLEO

1 - - - - - - - - -2 - - - - 5152,93 1527,04 1386,67 1287,68 82,393 899,25 14,03 - - 5125,94 1520,11 1380,91 1280,75 82,594 - - - - 5219,98 1533,99 1394,20 1303,71 82,185 - - - - 5200,09 1533,76 1395,47 1293,22 81,946 - - - - 5213,38 1532,83 1394,48 1302,25 80,957 - - - - - - - - -8 - - - - - - - - -9 903,80 14,47 1000,80 535,34 5209,88 1542,78 1405,77 1312,49 80,08

10 917,88 14,84 1010,11 536,00 5227,64 1561,45 1423,27 1322,18 79,5711 909,53 14,75 1004,72 535,05 5245,15 1560,25 1427,33 1324,91 79,6712 - - - - - - - - -13 899,98 14,29 - - 5285,20 1566,26 1440,96 1310,56 80,5414 - - - - - - - - -15 - - - - - - - - -16 903,31 14,59 - - 5291,81 1572,30 1445,99 1302,26 78,9017 894,76 14,44 - - 5293,48 1580,48 1454,65 1307,73 78,8818 - - - - - - - - 79,7419 - - - - - - - - 80,7020 - - - - - - - - 81,8521 - - - - - - - - -22 - - - - - - - - -23 - - - - - - - - 81,4224 - - - - - - - - 81,7725 - - - - - - - - -26 - - - - - - - - -27 - - - - - - - - 81,2128 - - - - - - - - -29 - - - - - - - - -30 - - - - - - - - 80,6931 - - - - - - - - -

COT. MÉDIA 904,07 14,49 1005,21 535,46 5224,13 1548,30 1413,61 1304,34 80,84Nota: Ouro, Prata, Platina e Paládio = Euros / Onça (Onça=28.3495 Gr.) – Cobre, Chumbo, Zinco e Aluminio = Euros/Ton. – Petróleo = Euros/Barril

Não foi possível obter os elementos em falta

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