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Ano 10 | n o 41 | Janeiro/Fevereiro/Março de 2013 Revista trimestral do Fiscalização RDC-7 em vigor desde fevereiro Entrevista Fisioterapeuta coordena primeiro serviço de fisioterapia do HCPA Política Saiba como funciona o Congresso Nacional Santa Maria: fisioterapia e terapia ocupacional abrem um novo capítulo na história das profissões projetomar2013.indd 1 18/04/2013 17:10:03

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Revista do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª região

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Page 1: Revista Crefito5 Jan/Fev/Mar

Ano 10 | no 41 | Janeiro/Fevereiro/Março de 2013Revista trimestral do

FiscalizaçãoRDC-7 em vigor desde fevereiro

EntrevistaFisioterapeuta coordena primeiro serviço de fisioterapia do HCPA

PolíticaSaiba como funciona o Congresso Nacional

Santa Maria:fisioterapia e terapia ocupacional abrem um novo capítulo na história das profissões

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DiretoriaPresidenteDr. Alexandre Doval da CostaVice-PresidenteDr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho)Diretora-SecretáriaDra. Lenise HetzelDiretora-TesoureiraDra. Luciana Gaelzer Wertheimer

Conselheiros EfetivosDr. Alexandre Doval da CostaDr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho)Dra. Lenise HetzelDra. Luciana Gaelzer WertheimerDra. Marisa Petrucci GiganteDr. Mauro Antônio FélixDr. Sandro da Silva GroismanDra. Sonia Aparecida Manacero Dra. Tania Cristina Malezan Fleig

Conselheiros SuplentesDra. Carolina Santos da SilvaDr. Dáversom Bordin CanterleDr. Henrique da Costa HuveDr. Marcos Lisboa NevesDra. Mirtha da Rosa ZenkerDra. Priscila Mallmann BordignonDra. Rosemeri SuzinDr. Otávio Augusto Duarte

Assessoria de Comunicação Jornalistas ResponsáveisCandice Habeyche Thaise de Moraes - MTB 12818Projeto gráfico: Crefito5/Mundi PropagandaImpressão: Gráfica Trindade

A revista do Crefito5 é o órgão oficial de divulga-ção do Conselho Regional de Fisioterapia e Tera-pia Ocupacional – 5a Região. Endereço: Av. Palmeira, 27 cj. 403, bairro Petró-polis, Porto Alegre/RS | CEP 90470-300 Fone/Fax: (51) 3334 6586 – Porto Alegre, RSE-mail: [email protected]: www.crefito5.org.brPeriodicidade: TrimestralTiragem: 15.000 exemplaresTextos: Candice Habeyche e Thaise MoraesFotos: Arquivo Crefito5, arquivo pessoal e ban-cos de imagens. Proibida a reprodução parcial ou total sem prévia autorização.

ColegiadoGestão 2010-2014

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Nesta edição

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10 .............11 .............12 .............14 .............15 .............16 .............19 .............21 .............42 .............

Entrevista PolíticaProfissãoSocialFiscalizaçãoDefis AlertaAssociaçõesEspecialidadesCoffito Notícias Agenda

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EDiTORiAL

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Na primeira edição de 2013 o assunto não poderia ser outro, a tragédia que vitimou 241 jovens na cidade de Santa Maria. O incidente que comoveu o país e assolou o município gaúcho também evidenciou uma grande carência no sistema de saúde e mostrou profissio-nais que em turnos extras ou voluntários, trabalharam à exaustão para que vidas fossem salvas e cicatrizes e sequelas amenizadas. Nessa edição trazemos uma matéria especial sobre uma parte desses profissionais, no caso, os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que desde o dia 27 de janeiro tiveram sua rotina alterada, viveram e vivem a história desses jovens e no seu dia-a-dia lutam com eles para que tudo possa voltar ao normal. Acompanhe um pouco dessa história na página 16.

O Crefito5 também se envolveu e dentro de suas atribuições auxiliou e promoveu encon-tros para que experiências fossem compartilhadas. Colaborou e participou de eventos para discutir a contratação de fisioterapeutas e terapeuta ocupacionais ou para a criação de um centro multiprofissional para suprir as necessidades das vítimas, seja no presente ou no futuro, afinal, ainda não é possível precisar as sequelas que estes pacientes poderão ter ao longo dos anos. Veja o especial de Santa Maria a partir da página 20.

Nas seções clássicas da revista, veja o trabalho que o Departamento de Fiscalização realizou na cidade de Pelotas, quando foi constatado o exercício ilegal da terapia ocupacional e fique atento aos alertas do Defis, leia nas páginas 13 e 14.

Acompanhe também nessa edição um pouco do que foi discutido através das Chamadas Pú-blicas das 30 horas, leia a página 31. Ainda, conheça um pouco do trabalho do terapeuta ocupacional dentro da Previdência Social, na página 10.

Essa edição também traz boas novas à fisioterapia, veja a entrevista do primeiro fisioterapeu-ta do Hospital de Clínicas de Porto Alegre a coordenar um serviço de fisioterapia na página 06. Saiba como funciona o Congresso Nacional e compreenda o processo de tramitações de lei (página 08) e por fim conheça o trabalho desenvolvido pela AACD no Estado, na página 11.

Assessoria de Comunicação do Crefito5

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OPiNiÃO

EducaçãoGostaria de parabenizar a Comissão de educação, juntamente ao Crefito5, pelas iniciativas relaciona-das ao ensino junto as instituição. O evento de sexta (22/06/2012) foi excelente.Atenciosamente,Profa. Me. Daiana Picoloto - 26.456FCoordenadora do Curso de Fisioterapia - Feevale

Santa Maria

Obrigada, é o mínimo que podemos fazer.Izabel AntunesTerapeuta Ocupacional - 376/LTT-TO

Santa Maria II

Muito legal a matéria sobre o trabalho da fisiote-rapia na assistência dos acometidos no incêndio de Santa Maria. Agradeço a oportunidade conseguida pelo nosso Crefito5 e pelo espaço concedido pelo jornal A Razão. São estes momentos que nos fazem acreditar que nossa profissão é fundamental e que o espírito solidário supera todas as dificuldades. Parabéns a todos os fisioterapeutas que atenderam e ainda estão acompanhando os pacientes, e em especial aos colegas do novo serviço de fisioterapia do HCPA. O resultado é consequência de nossas ações. Um abraço a todos. Alexandre Simões DiasFisioterapeuta - 24.805F

Porto Alegre

Parabéns pelo papel desempenhado com excelência. Senti-me um igual, e isso significa muito.Naum Mesquita Presidente da ABRATO

Santa Maria III

Conte comigo, estarei lá para ajudar no que for preciso. PARABÉNS PELA INTENÇÃO E INICIA-TIVA. Sou grata em poder estar em POA nesse tempo, onde o POUCO DE CADA UM DE NÓS, SERÁ MUITO PARA ALGUÉM. Marcia Luvizetto Terra FloresFisioterapeuta - 11.380F

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1- Desde quando há fisioterapeutas no HCPA?ALEXANDRE SIMÕES DIAS – A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), como institui-ções públicas a serviço da sociedade e comprometida com o futuro e com a consciência crítica, respeita as diferenças, prioriza a experimentação e, principal-mente, reafirma seu compromisso com a educação e a produção do conhecimento inspirada nos ideais de liberdade e solidariedade. A inserção dos profis-sionais que atuam no hospital dentro de um serviço específico de fisioterapia, que em conjunto com os estudantes de graduação do curso de fisioterapia da UFRGS, e com os diversos Programas de Pós Gradu-ação da UFRGS e do HCPA (mestrado e doutorado) criará um espaço para o crescimento e fortalecimen-to da fisioterapia no hospital. Os primeiros fisiotera-peutas atuaram no hospital na década de 80, e até os dias de hoje fazem parte do quadro funcional do hospital.

2- Como se dava a atuação destes profissionais, a que equipe eram su-bordinados e como isso influencia-va nos seus trabalhos?ALEXANDRE SIMÕES DIAS – O profissional fisioterapeuta possui vínculo com o Hospital de Clí-nicas de Porto Alegre através da CLT que trabalha pelo período de 5 horas por dia de segunda-feira a sábado, perfazendo o total de 150h/mês. A partir de abril de 2011 após uma reestruturação das áreas de atuação profissional houve uma realocação dos

Fisioterapeuta coordena primeiro serviço de fisioterapia do HCPA

ALEXANDRE SIMÕES DIAS é fisioterapeuta, doutor em Ciências Biológicas pela UFRGS, professor adjunto no curso de Fisioterapia e nos Programas de Pós-Graduação da UFRGS. Atualmente ocupa o cargo de presidente da Assobrafir/RS e coordenada o serviço de fisioterapia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

fisioterapeutas, e os profissionais foram vinculados as especialidades médicas específicas, como a pneu-mologia, medicina intensiva, pediatria, cardiologia, medicina interna, neurologia, cirurgia torácica, orto-pedia e traumatologia. Alguns colegas ainda ficaram vinculados ao serviço de fisiatria e reabilitação. Mes-mo com uma chefia de outra categoria o papel do fisioterapeuta continuou a ser desenvolvido, que é o de buscar o conhecimento e intensificar as habilidades para melhorar as capacidades funcionais dos pacien-tes, quer avaliando ou tratando o(s) indivíduo(s). O importante é que, mesmo diante das modificações, o fisioterapeuta não perdeu a identidade da profissão e o compromisso com a recuperação funcional dos in-divíduos. Os profissionais continuaram avaliando os pacientes e elaborando o diagnóstico fisioterapêuti-co, bem como traçando objetivos para o tratamento a curto, médio e longo prazo.

3- Quais as principais dificuldades enfrentadas ao longo dos anos? ALEXANDRE SIMÕES DIAS – Com base no his-tórico da fisioterapia dentro do HCPA ficou evidente que quando o profissional é chefiado por outra classe profissional e não atua de forma multidisciplinar po-dem ocorrer ações desencontradas, e os resultados positivos tendem a diminuir. Evidenciou-se que a grande dificuldade nestes anos de atuação profissio-nal do fisioterapeuta no HCPA foi a de implementar ações assistenciais específicas do fisioterapeuta quan-do a chefia pertencia a outra categoria profissional. Ressalto que o principal objetivo de nossa profissão que é o de planejar e atuar no campo assistencial

ENTREviSTA

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de forma eficaz sempre esteve em pauta entre os fisioterapeutas, e que somente através da união de ideias e de um claro entendimento da atuação do fisioterapeuta conseguiremos melhorar as práticas de ensino e pesquisa integrados à assistência, que é a

característica de um hospital escola como o HCPA.

4- Quantos fisioterapeutas e quais as áreas de atuação no HCPA?ALEXANDRE SIMÕES DIAS – Atualmente existem no hospital 35 fisioterapeutas atuando em diferentes áreas como os CTIs adulto, neonatal e pediátrico e unidades de internação, que recebem pacientes oriundos dos serviços da emergência (adul-to e pediátrico), pediatria, medicina interna, car-diologia, cirurgia torácica, pneumologia, ortopedia e traumatologia, neurologia, cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo, oncologia adulto e ambula-tório. Os fisioterapeutas que atuam no ambulatório continuarão vinculados ao serviço de fisiatria e rea-bilitação, e todos os outros profissionais que atuam nas outras áreas ficarão vinculados ao recém criado serviço de fisioterapia.

5- Como e quando você assumiu a chefia da Fisioterapia no HCPA?ALEXANDRE SIMÕES DIAS – O Projeto de im-plantação do serviço de fisioterapia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) foi apresentado à Vice-Presidência Médica (VPM) do hospital e foi elaborado pela Comissão de Graduação do curso de fisioterapia (COMGRADFISIO) da Escola de Edu-cação Física (ESEF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em conjunto com os pro-fissionais que atuavam como fisioterapeutas nas dife-rentes áreas do hospital. O serviço foi criado no mês de janeiro de 2013, e a chefia foi designada pelo ato número 79/2013 datada de 15 de fevereiro, o qual foi assinado pelo presidente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, prof. Dr. Amarílio Vieira de Mace-do Neto indicando meu nome para a chefia.

6- Quais as diferenças que isso tra-rá a profissão e ao atendimento?Acreditamos que com a criação do serviço have-rá um fortalecimento da prática assistencial e um crescimento dos diferentes tipos de ensino em fi-sioterapia (graduação, pós-graduação stricto e lato

sensu), além de fortalecer o Programa Institucional de Cursos de Capacitação e Aperfeiçoamento para Profissionais (PICCAP) e os Programas de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (RIMS) que são atividades relacionadas com a fisioterapia que já são desenvolvidas no hospital. Com a estruturação do serviço de fisioterapia haverá um maior acompa-nhamento dos pacientes internados nas unidades de internação do hospital, nos CTIs (adulto, pediátrico e neonatal), bem como aqueles que entram na emer-gência (adulto e pediátrico). A atuação em conjun-ta com os demais profissionais da saúde que atuam no hospital também contribuirá para a geração do conhecimento científico, melhorando a assistência prestada aos pacientes. Destaco o apoio que a Admi-nistração Central do HCPA, bem como os adjuntos das vice-presidência e as demais chefias de serviço que contribuíram para a concretização a criação do serviço, principalmente aos fisioterapeutas do hospi-tal que acreditaram no projeto e estão contribuindo de forma integrada com espírito de grupo.

7- Você acha que o serviço precisa ser ampliado?Acredito que sim, pois o hospital possui 845 leitos, 27 salas cirúrgicas, 192 consultórios, e diariamen-te circulam 5.271 funcionários. Temos a consciên-cia de que pelo atual número de profissionais que atuam no hospital não teremos condições de suprir a demanda diária da assistência. Ressalto que este processo de crescimento não será resolvido de um momento para outro, ou somente com a criação do serviço de fisioterapia. Para que isto ocorra de uma forma sustentada e equilibrada um planejamento in-tegrado entre o serviço de fisioterapia, administração central do hospital e os diversos setores relacionados com a gestão de pessoas devam estar sintonizados.

8- Como você imagina a fisiotera-pia nos hospitais, com a RDC-7?A inclusão da fisioterapia na RDC-7 possibilitará aos profissionais fisioterapeutas melhorar as ações insti-tucionais voltadas para a gestão do cuidado dos in-divíduos, além de determinar ações nos indicadores assistenciais e no trabalho em equipe, fortalecendo os serviços assistenciais e possibilitando o acompa-nhamento e o monitoramento dos resultados relati-vos ao atendimento dos pacientes.

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POLíTiCA

Aqui vem sendo registrado como estão os projetos de lei. Porém nesta edição optamos por trazer informações diferentes, para que os profissionais compreendam como é o processo legislativo e como funciona o Congresso Nacional. No Brasil prevalece o bicameralismo: Senado Federal e Câmara dos Deputados formam o Congresso Nacional.

Senado FederalQuantos? 81 senadores - três de cada estado e três do Distrito Federal.Mandato: oito anos - renovados de quatro em quatro anos alternadamente por 1/3 e 2/3.No RS: Ana Amélia Lemos (2011-2019); Paulo Paim (2011-2019) e Pedro Simon (2007-2015).

Direitos e Deveres:>Processar e julgar nos crimes de responsabilidade:Presidente e Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; Ministros do Supremo Tribunal Federal; Membros do CNJ e do CNMP; Procurador-Geral da República e Advogado-Geral da União;>Aprovar previamente, por voto secreto, após ar-güição pública, a escolha de: Magistrados, Ministros do TCU indicados pelo Presidente da República; Governador de Território; Presidente e diretores do Banco Central; Procurador-Geral da República; e ti-tulares de outros cargos que a lei determinar;

>Aprovar previamente, por voto secreto, após ar-güição em sessão secreta: a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;>Autorizar operações externas de natureza financei-ra; fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consoli-dada; dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno; e avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributá-rio Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias: da União, dos Estados e do DF e dos Municípios;>Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF.>Aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração do Procurador-Geral da República an-tes do término de seu mandato;

Saiba como funciona o Congresso Nacional

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POLíTiCA

No RS os responsáveis são:PP: Afonso Hamm; Jerônimo Goergen; José Otávio Germano; Luiz Carlos Heinze; Renato Molling; Ro-naldo Zulke; e Vilson Covatti.PMDB: Alceu Moreira; Darcísio Perondiz; Mendes Ribeiro Filho; e Osmar Terra.PSB: Alexandre Roso; Beto Albuquerque; e José Sté-dile.PC do B: Assis Melo; e Manuela D’Ávila.PT: Bohn Gass; Henrique Fontana; Marco Maia; Marcon; Paulo Pimenta; Fernando Marroni(suplente de Maria do Rosário, licenciada para exercer o cargo de Ministra da Secretaria de Direito Humanos); e Paulo Ferreira (suplente de Pepe Vargas, licenciado para exercer o cargo de Ministro do Desenvolvimen-to Agrário ministro do Desenvolvimento Agrário).PSD: Danrlei de Deus Hinterholz.PDT: Enio Bacci; Giovani Cherini; e Vieira Da Cunha.PSDB: Nelson Marchezan Junior.DEM: Onyx Lorenzoni.PTB: Sérgio Moraes; e Ronaldo Nogueira (suplente de Luiz Carlos. Busato, licenciado para exercer o car-go de Secretário Estadual de Obras Públicas, Irriga-ção e Desenvolvimento Urbano).

Câmara de DeputadosQuantos? Formado por 513 deputados federais pro-porcionalmente divididos pelo número de habitantes de cada estado.Mandato: quatro anos.No RS: 31* sendo que três deles não estão em exer-cício, por ocupar outro cargo, como ministros.

Principais direitos e deveres de ambos:>legislar sobre o sistema tributário, arrecadação e dis-tribuição de rendas; sobre o plano plurianual, diretri-zes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; sobre os planos e programas nacionais, regionais e seto-riais de desenvolvimento; sobre a criação, transforma-ção e extinção de cargos, empregos e funções públicas; sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; sobre a moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal; sobre a fixação do subsí-dio do Presidente e do Vice-Presidente da República, dos Ministros de Estado e dos Ministros do STF.>votar e implementar leis sem a sanção do Presiden-te, como nos casos: fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores; >julgar anualmente as contas prestadas pelo Presi-dente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; >fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; >autorizar referendo e convocar plebiscito; >aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a 2.500 hectares.>eleger membros do Conselho da República.>elaborar seu regimento interno; >dispor sobre sua organização, funcionamento, po-lícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observa-dos os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;

Direitos e deveres:>Autorizar por 2/3 (que equivale a 342 deputa-dos) a instauração de processo contra o Presidente, o Vice-Presidente da República e os Ministros de Es-tado; >Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa;

A sessão legislativa:é o período de atividade normal do Congresso a cada ano, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Cada quatro sessões le-gislativas, a contar do ano seguinte ao das eleições parlamentares, compõem uma legislatura. Já a ses-são legislativa extraordinária compreende o trabalho realizado durante o recesso parlamentar, mediante convocação. Cada período de convocação constitui uma sessão legislativa extraordinária.

*Recentemente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)aprovou a alteração de número de deputados fe-derais de 13 estados. Com isso o Rio Grande do Sul perderá um representante, caindo de 31 para 30 deputados federais na Câmara de Deputados para eleições de 2014. Se algum estado considerar inconstitucional a nova divisão, poderá recorrer ao Superior Tribunal Federal (STF).

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PROFiSSÃO

Conheça a atuação do terapeuta ocupacional na Previdência Social

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Os CRPs (Centros de Reabilitação Profissionais) exis-tentes na década de 60 foram desmontados após a Constituição Federal de 88 que previa o SUS como responsável pela saúde da população e o INSS como um instituto nacional do seguro social. Porém em 2008 ocorreu o concurso para o cargo de Analista do seguro social com formação em terapia Ocupa-cional e os CRPs foram reativados. Um novo con-curso é esperado desde 2012, em 2013 existe a promessa que ocorra. Segundo constava no edital de 2008 as atribuições para o cargo são:

- instruir e analisar processos e cálculos previdenciá-rios, de manutenção e de revisão de direitos ao rece-bimento de benefícios previdenciários; - proceder à orientação previdenciária e atendimento aos usuários; realizar estudos técnicos e estatísticos; - elaborar, executar e avaliar planos, programas e projetos nas áreas de reabilitação profissional; e exe-cutar, em caráter geral, as demais atividades ineren-tes às competências do INSS. Para compreender como é a atuação das terapeu-tas ocupacionais chamadas no primeiro concurso entrevistamos duas profissionais que trabalham no Rio Grande do Sul. A terapeuta ocupacional Fabiana Melo de Medeiros Santos, exerce sua a função em Caxias do Sul, no setor de reabilitação profissional e coordena o programa de saúde e qualidade de vida no trabalho. No INSS desde setembro de 2008 Fabiana visa a assistência educativa ou reeducativa e de adaptação ou readaptação profissional, instituída sob a deno-minação genérica de habilitação e reabilitação pro-fissional, visando proporcionar aos beneficiários (in-capacitados parcial ou totalmente para o trabalho), os meios indicados para o reingresso no mercado de trabalho e no contexto em que vivem. Já a terapeuta ocupacional Marisa Gigante, que atua no Núcleo de Reabilitação Profissional da Agência da Previdência social de Pelotas, desde abril de 2010, realiza avalia-ção do potencial laborativo de segurados encaminha-dos para o núcleo por peritos do INSS ou judiciais, planeja e acompanha o programa de reinserção deste segurado ao mercado de trabalho. Alguns profissionais concursados desempenham fun-ções de responsabilidade técnica pela Reabilitação Profissional, e existem profissionais trabalhando tam-bém na saúde do próprio servidor da casa, além disso o trabalho é desenvolvido especificamente para cada

segurado através da análise de posto de trabalho e prescrição de órteses e próteses.Segundo Marisa a parceria entre Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e INSS possibilitou a fiscalização em frigoríficos da região, uma vez que era o maior número de segu-rados em benefício previdenciário e em reabilitação profissional como acidentados do trabalho, o que exemplifica a importância do trabalho desenvolvido. Segundo ela, após esta ação conjunta os frigoríficos tiveram que se reorganizar para receber novamente esses segurados em funções compatíveis com suas pa-tologias, podendo os segurados se reintegrarem em sua empresa de vínculo. A recolocação no mercado de trabalho depende de cada caso, como aponta Fabiana. Enquanto alguns segurados voltam para seu local de trabalho em outra função que respeite sua limitação (após participar de todo processo de reabilitação profissional). Há ou-tros casos em que a empresa de vínculo não tem fun-ção disponível e os segurados recebem qualificação profissional custeado pela previdência social de acor-do com seu interesse e aptidões. Também acontece dos segurados após qualificação serem encaminhados para empresas de grande porte.Marisa acredita que quando o INSS atua discutin-do casos com os recursos humanos das empresas e homologando readaptações profissionais já realizadas dentro da própria empresa é uma forma trabalhar a prevenção. Em Pelotas a equipe é formada também por médicos peritos e assistentes sociais, e os atendi-mentos são em grupos informativos e atendimentos individuais com cada orientador profissional, assim como a discussão do caso entre os técnicos envol-vidos. Já em Caxias do Sul a equipe é formada por assistentes sociais e terapeutas ocupacionais.

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SOCiAL

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A Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) é uma instituição filantrópica, sem fins lu-crativos que tem a missão de promover a prevenção, habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência física, especialmente de crianças e jovens, favorecen-do a integração social. A sede principal da AACD está localizada em São Paulo e foi construída em 1950. Atualmente, existem outras nove unidades distribuídas pelo Brasil.Desde a inauguração da AACD em Porto Alegre, em 10 de agosto de 2000, realizaram-se mais de 1.4 milhões de atendimentos a deficientes físicos. A capacidade desta unidade é de 770 pacientes, to-talizando em média 580 por dia. Destes, 96% são oferecidos gratuitamente. A unidade AACD em Porto Alegre foi viabilizada financeiramente pelo programa Teleton (maratona televisa veiculada anualmente pelo SBT). A renda recebida é compartilhada pelas 10 unidades, sendo que cada uma possui uma estrutura diferenciada, a exemplo da sede principal que possui hospital e conta com mais de mil funcionários. Já a sede gaúcha conta com atendimentos multidisciplinares, realizadas por 130 funcionários e 113 voluntários. O tratamento é composto por fisiote-rapia, fonoaudiologia, musicoterapia, fisioterapia aquática, psicologia, terapia ocupacional, médicos (ortopedistas, fisiatras, neurologistas e urologistas), além do apoio do serviço social, que auxiliam no atendimento de crianças, adolescentes e adultos com diversas patologias, en-tre elas: má formação congênita, mielomeningocele, paralisia cerebral, doenças neuromuscular, lesão en-cefálica adquirida (LEA) e amputações. O diferencial da Associação é a oficina ortopédica, que fabrica órteses, próteses e acessórios ortopédi-cos, sob medida para cada paciente, e as revende, auxiliando nas despesas da instituição. As demais ações são viabilizadas através de doações.

A AACD no RSUm dos 770 pacientesAos 18 anos, Filipe recebeu o diagnóstico de tumo-res na região cervical e bulbo, por isso passou por procedimento cirúrgico em janeiro de 2011. Em agosto, ele começou seu tratamento na AACD e quando chegou, dependia das transferências da ca-deira de rodas e atividades de vida diária. Tinha di-minuido sua força muscular nos membros superiores e inferiores e não apresentava equilíbrio de tronco sentado. Na fisioterapia, inicialmente, foi trabalhado fortalecimento muscular global e exercícios para me-lhorar o equilíbrio de tronco com objetivo de auxiliar nas transferências da cadeira de rodas para a cama e nas AVDs (como o treino de vestuário e higiene) trabalho da terapia ocupacional, que foi realizado concomitantemente.Após três meses de terapia, já apresentava melho-ra no quadro motor, estava mais independente nas

AVDs e transferências e, a partir daí, começou a trabalhar o equilíbrio estático em ortostase e, após, iniciou treino de troca de passos nas barras paralelas com uso de órteses suropo-dálicas. Neste período a terapia ocu-pacional trabalhou maior amplitude de movimento de membros superio-res e tronco na postura em pé.Após seis meses de tratamento, Filipe começou a se locomover com an-dador por curtas distâncias. Devido à boa evolução, logo foi substituído por duas muletas canadenses e o pa-ciente teve alta das terapias.

Doações:- mensais via boleto bancário. Contate a AACD/RS pelo telefone (51) 3382-2223.- através de depósito bancário (qualquer valor, depo-site no Banco Itaú – C/C: 14000-0, Ag. 1614-7).- de brinquedos, roupas, sapatos e demais utensílios usados e/ou novos para o bazar solidário.- pelo Funcriança, acesse o site www.portoalegre.rs.gov.br/fundocrianca (Pessoa Física - 6% e Pessoa Jurídica - 1%). Para informações ligue (51)3382-2200, visite o site www.aacd-rs.org.br ou conheça a unidade em Porto Alegre (Av. Prof. Cristiano Fischer 1510).

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Fiscalização de Terapia Ocupacional coíbe exercício ilegal em Pelotas

FiSCALiZAÇÃO

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No ano de 2012, o Departamento de Fiscalização do Crefito5 se deparou com uma grande discrepân-cia de informações, enquanto o Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) apontava a existência de 12 terapeutas ocupacionais na Prefei-tura de Pelotas, o Crefito5 registrava inexistência desses profissionais. Assim sendo, o Defis se dirigiu ao município quando foi descoberto o exercício ile-gal da profissão de terapia ocupacional, ou seja, a prática da profissão por profissionais não habilitados.Além da fiscalização na prefeitura da cidade, foram verificados outros estabelecimentos de saúde, onde novas infrações foram desvendadas e novos autos

emitidos, incluin-do a existência de um terapeuta ocu-pacional sem di-plomação atuando em um hospital. De acordo com o Departamento de Fiscalização, cabe ressaltar a impor-tância do registro de local de atendi-mento no Conse-lho, pois é através dele que é possível identificar os profis-sionais e seus locais de atuação, bem como comparar ca-dastros e descobrir infrações, como a apresentada em Pe-lotas.

A cidade Apesar de a cidade possuir um número satisfatório de CAPS, não há terapeutas ocupacionais na rede públi-ca de saúde. E, muitas vezes por desconhecimento, confundem-se as limitações e atuações de cada área, conforme constatado durante a fiscalização. Outro fator interessante sobre o município é que desde 2010 a Universidade Federal de Pelotas pos-sui o curso de terapia ocupacional, que desde en-tão, disponibiliza semestralmente 40 vagas. Porém, a chegada de uma nova graduação salientou uma das carências da cidade, ou seja, a falta de terapeutas ocupacionais, fazendo com que o estágio curricular só seja possível através do deslocamento do corpo docente à rede pública. Assim, espera-se, em um futuro breve, a apresenta-ção de um novo cenário em Pelotas e, possivelmen-te, a constatação de uma fiscalização em que existam de fato 12 ou mais terapeutas ocupacionais nessa cidade.

Lembre-se A importância do registro de consultório, de órgão público, de entidade filantrópica, de empresa, seja qual for a modalidade, visa apenas o bom exercício da fisioterapia e da terapia ocupacional, pois assim é possível fortalecer e mostrar a sociedade essas pro-fissões e o papel que elas podem desempenhar na vida de uma pessoa. Portanto, ao ser admitido em concurso público, busque informações no Crefito5 sobre como registrar o seu local de atendimento e ajude o Conselho a desempenhar o seu papel.

RDC-7 em vigor desde fevereiro

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FiSCALiZAÇÃO

Desde o dia 25 de fevereiro de 2013 a resolução da Anvisa – RDC-7, que altera o número de fisio-terapeutas nas Unidades de Tratamento Intensivo e determina necessidade de um chefe de fisioterapia especialista, passa a ser obrigatória.Ainda que a resolução tenha sido publicada em feve-reiro de 2010, os hospitais receberam um prazo de três anos para adequação. Saiba o que esta resolução mudará nas UTIs do Brasil, nas áreas da fisioterapia e da terapia ocupacional.

Principais mudanças:

• Fica obrigatória a presença de um fisioterapeuta para cada 10 leitos ou fração, nos turnos matutinos, vespertinos e noturnos, totalizando 18 horas diárias de atuação.

• As equipes de fisioterapia passarão a contar com um coordenador fisioterapeuta, que deverá ser espe-cialista em Terapia Intensiva ou área relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a moda-lidade de atuação (adulto, pediátrico ou neonatal).

• Deverá ser garantido por meios próprios ou tercei-rizado a assistência de terapia ocupacional para UTI Adulto e Pediátrico à beira do leito.

Veja as leis e saiba a diferença entre especialização e especialista:

• Resolução Nº 1/2007 do Conselho Nacional de Educação (CNE) – cursos de pós-graduação lato sen-su são oferecidos por instituições de ensino superior credenciadas, com duração mínima de 360 horas, sendo emitidos ao final do curso certificados de con-clusão de pós-graduação – especialização.

• Parecer CNE/CES Nº 908/1998 – Curso de es-pecialização oferecido por instituição de ensino su-perior: o título tem reconhecimento acadêmico, e para o exercício do magistério superior, mas não tem necessariamente valor para o exercício profissional sem posterior manifestação dos conselhos, ordens ou sociedades nacionais profissionais respectivos, nas áreas de saúde e jurídica.

• Parecer CNE/CES Nº 82/2008 – Os cursos de es-pecialização apresentam o caráter de educação con-tinuada dirigida ao segmento profissional, conferindo um significado no âmbito acadêmico.

• Cofitto 377/2010 – dispõe sobre as normas para o registro de título de especialidade profissional em fisioterapia, em que determina “o título de especia-lidade em fisioterapia significa a exação do exercício profissional, representando, sobretudo, uma atenção especial e especializada em face das solicitudes dos clientes, dos familiares e da coletividade, para os quais a referida atenção está dirigida... Será proce-dido o registro do título de especialidade profissio-nal ao fisioterapeuta que for aprovado em certame, composto pelo exame de conhecimento e prova de títulos na especialidade requerida”.

• Parecer da Assobrafir – “Tendo como base os pontos detalhados acima e a natureza regulatória da qualidade assistencial das UTIs brasileiras por parte da RDC-7, a titulação exigida ao coordenador do serviço de fisioterapia da UTI é o título de especialis-ta profissional, concedido pela associação e reconhe-cido pelo Coffito”.

Sotirgs realiza debate sobre RDC-7

O presidente do Crefito5, Alexandre Doval, parti-cipou da reunião Científica da Sociedade de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul, no dia 26 de março, na sede da AMRIGS. Na ocasião foram discutidas as regulamentações das UTIs brasileiras, o cenário atual e as novas perspectivas, inclusive, abordando a RDC-7 de 2010 da ANVISA e a resolução CFM 2013/07. Também estiveram presentes nesse even-to o presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), José Mário Meira Telles, a presi-dente do Departamento de Enfermagem da AMIB, Débora Feijó Vieira, e a presidente da Sociedade de Pediatria do RS, Patrícia Lago.

RDC-7 em vigor desde fevereiro

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FiSCALiZAÇÃO

Em janeiro de 2013 o Departamento de Fiscalização estabeleceu um novo critério de controle de ofícios de notificação, sendo assim, confiram as mudanças:• Os ofícios de notificação são enviados por correio aos profissionais que possuem pendências com o De-partamento de Fiscalização, sejam elas financeiras ou administrativas. • Fique atento: após receber um ofício é necessário entrar em contato com o Conselho a fim de regulari-zar sua situação, caso contrário, poderão ser emitidas multas.• Lembre que nem todo ofício implica em penalida-des financeiras, portanto, busque mais informações com o Defis através do email [email protected], para regularizar, justificar ou prorrogar este docu-mento.

Piso Salarial As profissões de fisiotera-pia e terapia ocupacional não possuem um piso sa-larial estabelecido por lei, o que existe é um projeto de Lei 5979/2009 que visa mudar esta situação e aprovar um salário base às profissões. Em caso de dúvidas sobre valores utilize a recomendação da Federação Nacional de Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais - Fenafito (www.fenafito.com.br).

Saiba a diferença: sublocação de sala/con-sultório/local de atendimento não significa que dois profissionais possam atuar utilizando apenas um re-gistro de consultório. Ao sublocar uma sala lembre-se que um consultório é individual, portanto cada profissional deverá realizar um registro de consultó-rio no Crefito5 e um alvará próprio. Leia a resolução Coffito 8.

DEFIS ALERTA cumprir os dispositivos legais que regem o exercício da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional fazem bem à ética e à carreira profissional.

Em caso de dúvidas entre em contato com o departamento de fiscalizaçãopelo telefone 51 33346586 ou pelo e-mail [email protected]

Franquia x PublicidadeAo adquirir uma franquia (empresa) com serviços de fisioterapia e terapia ocupacional preste atenção nas regras publicitárias que devem ser seguidas. Lembre-se que o Manual de Identidade da franquia não está acima da legislação das profissões. Leia resolução Coffito 37.

Anúncio de ValoresO Defis lembra aos fisioterapeutas e terapeutas ocu-pacionais que o anúncio de valores só pode ser reali-zado dentro do estabelecimento, ou seja, ao publicar preços em redes sociais, folders ou na fachada do local, infringe-se o código de ética das profissões.

Cadastro atualizado, profissional informadoEm caso de mudança de endereço e contatos, in-forme o Conselho, afinal serão a partir destes dados que o Crefito5 conseguirá realizar a sua função e as-segurar o bom exercício da fisioterapia e da terapia ocupacional.

Nova frota de veículosAno novo, frota nova para o Departamento de Fiscalização do Crefito5. Buscando ampliar e qualificar a fiscalização, o Con-selho adquiriu quatro veículos, totalizando oito automóveis, di-vididos entre a sede, em Porto Alegre, e as seccionais de Santa Maria e Caxias do Sul. Além de ter como objetivo renovar a frota de carros, o Conselho também passou a ter um novo fiscal em Caxias do Sul, que agora passa a contar com dois profissionais para fiscalizar a região da serra.O Crefito5, como regional, tem como função prin-cipal o zelo pelo bom exercício da fisioterapia e da terapia ocupacional no Rio Grande do Sul e con-sequentemente o crescimento e valorização destas profissões.

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ASSOCiAÇõES

Associação de Fisioterapeutas de Santa Maria e Região

2012 - Curso de Osteopatia nas Disfunções Autonômicas e Viscerais, gratuito para associados, em março com Marco Aurélio Bonvino; e de Avaliação Cinesiofun-cional com o Alexandre Nowotny.- Criação do facebook e renovação do site da Afism; - Parceria com IES de Santa Maria através do I Ciclo de Palestras de Integração da Afism com Ulbra, Uni-fra e UFSM, sobre Terapia Manual (com Francisco Lima e Eduardo Rhoden), Fisioterapia Intensiva (com Janice Soares e Marlove Nascimento) e Treinamento de Força na Fisioterapia Desportiva: da Prevenção à Reabilitação (com Edson Newmann e Rafael Ferrer). Os alimentos recebidos foram doados para o Lar Vila das Flores e o Mena Barreto.- Entrega de Placa de distinção acadêmica, homena-geando destaques nos cursos de Fisioterapia: Juliana Ramos Souto (Ulbra), Bruna Lencina Del Castillo (UFSM) e Victor Luiz Florio Loureiro (Unifra);-Feijoada de Integração, em 7/7 no CTG Ponche Verde.- Comemoração do Dia do Fisioterapeuta com um encontro no calçadão e almoço.- Apoio a realização de outros eventos como a XVII Semana acadêmica da UFSM e Curso de Formação em Fisioterapia Aquática. - Participação na disciplina de Ética e Deontologia e na IX Semana acadêmica da fisioterapia - Unisc.- Pesquisa em clínicas de Santa Maria sobre a Afism; - Campanha para coleta de brinquedos em Clínicas de Fisioterapia para um Natal solidário, cuja entrega foi realizada no Hospital Casa de Saúde e na Creche Municipal Ida Fiori Druck; e confraternização de fi-nal de ano entre os associados com festa de natal e realização de amigo secreto;2013Após o desastre ocorrido no dia 27/1 todos se mo-bilizaram para ajudar os necessitados, com a fisio-terapia não foi diferente. No dia 21/2 a Afism foi procurada por profissionais preocupados com a situ-ação dos pacientes sem tratamento fisioterápico, por conta da falta de profissionais na rede pública, sendo que os atendimentos no ambulatório do Husm foi mantido por docentes voluntários do curso de fisio-terapia da UFSM. Após reunião com representantes e colegas colaboradores, que ajudaram a compreen-der a situação da fisioterapia no município e discutir possibilidades de ação, definiu-se pela construção de um texto publicado dia 26 no jornal Diário de Santa Maria, abordando a importância da fisioterapia de forma emergente. Em reunião no CAPS Caminhos do Sol dia 24/2, alguns fisioterapeutas do município manifestaram a preocupação com a grande deman-da de atendimentos já existentes. Na oportunidade foram realizados contatos e reuniões individualizadas com onze vereadores de Santa Maria para expor a

necessidade de assistência fisioterapêutica imediata aos sobreviventes, sendo enviado texto explicativo para os mesmos. No dia 26 houve reunião com a Se-cretária Municipal de Saúde e participação na sessão plenária na Câmara de Vereadores quando houve a votação do PL7.868, que tratava do Edital emer-gencial para contratação de 42 profissionais, sendo que não constava nenhum fisioterapeuta. No uso da tribuna a Afism se pronunciou. Durante a sessão um vereador sugeriu a elaboração urgente de outro pro-jeto que contratasse fisioterapeuta e se teve a infor-mação que uma vereadora, ao receber o PL no dia 14, já havia solicitado a inclusão de fonoaudiólogos e fisioterapeutas. No dia 27 houve uma reunião no Husm com a Afism, os vereadores da Comissão de Saúde, a direção do hospital e a chefia substituta do ambulatório de Fisioterapia. Na oportunidade, es-clareceram que os profissionais a serem contratados para o CIAVA atenderão exclusivamente no Husm. Nos dias 2 e 3/3 ocorreram os encontros com mem-bros da Afism para traçar estratégias e redigir ações sendo convidados os coordenadores de curso e o presidente do Crefito5 para participar de reunião na Câmara de vereadores (pág. 28). Em 12/3 ocorreu nova reunião na Câmara de Vereadores, com a pre-sença da Afism, Fisioterapeutas, Vereadores, secre-tário adjunto do município, coordenadores das IES. A pedido da Comissão de Saúde da Câmara a Afism fez um levantamento de quantos fisioterapeutas se-riam necessários e apresentou projeto (pág. 29). No dia 20/3 aconteceu a reunião com a Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia (AVTSM) que manifestou total apoio. No dia 22/3, 4ª Coordenadoria de Saúde informou aumento no teto de vagas para atendimento de 30 pacientes em clínica conveniada ao SUS e o município preencheu uma das vagas de Fisioterapeuta existentes, sendo o CEREST (Centro Estadual de Referência da Saúde do Trabalhador) o local do atendimento desta profissio-nal. Houve dois mutirões no Husm e como resulta-do: 155 pacientes avaliados, sendo 51 de média/alta complexidade atendidos no CIAVA, os demais terão que ser atendidos na rede municipal e federal. Dias 5 e 6/4 houve a participação no evento (pág. 30). Dia 12/4 em reunião com representantes da AVTSM, Afism, Husm, 4ª Coordenadoria de saúde, secretaria de saúde, prefeito e ministério da saúde foi falado que dia 19/4 sai o resultado da contratação do CIAVA, e os pacientes a espera de atendimento serão regulados pelo município. Haverá a caminhada de chamamento “Fisioterapia Promovendo Vida – Afism e AVTSM Caminhando na Luta pela Saúde” dia 24/4, às 15h para sensibilizar à comunidade para efetivarem avaliação e tratamento.Para associar-se e saber mais informações sobre asso-ciação acesse www.afism.com.br.

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Material enviado pela Associação de Fisioterapeutas de Santa Maria e Região. Associações interessadas em colaborar enviar e-mail para [email protected].

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ESPECiALiDADES

Dois meses após a tragédia que mudou a história de Santa Maria e do Brasil, quando 241 jovens falece-ram em um incêndio, muitos tiveram de ser inter-nados por queimaduras e intoxicação por cianeto, ainda é possível notar que a cidade não se refez, que os feridos não estão curados e que a cicatrização não está completa. Aqui se abre um novo capítulo aos profissionais de saúde, em especial, aos fisioterapeu-tas e terapeutas ocupacionais que em uma situação caótica driblaram a dor, o cansaço e até hoje traba-lham para que as vítimas da boate Kiss retornem a sua normalidade, as suas funções e que o simples ato de voltar a tocar um violão não seja um sonho e sim, uma realidade.Na manhã do dia 27 de janeiro o mundo conhecia a dimensão do incidente e à tarde, os hospitais de San-ta Maria e Porto Alegre conheceriam a realidade e as vítimas do incêndio. Com UTIs improvisadas, os pro-fissionais de saúde do Hospital de Caridade enfrenta-ram uma rotina desconhecida, oferecer atendimento aos jovens que chegavam, vítimas de queimadura e intoxicação. Quando parecia que havia chegado ao fim, o trabalho novamente foi intensificado com aqueles que aparentemente estavam bem, mas que no dia seguinte foram internados devido à intoxica-ção por cianeto, como lembra a fisioterapeuta Gra-ziana Nunes. Nos demais hospitais de Santa Maria a realidade se repetia, mais jovens eram recebidos com lesões térmicas, queimaduras de vias aéreas, asfixia e obstrução, conforme apontou a fisioterapeuta Janice Soares, do Hospital Universitário de Santa Maria. Além de longas jornadas de trabalho, foi essencial o apoio recebido da comunidade, seja através do voluntariado de professores e demais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais da cidade, como do resto da população que se em-penhava em detalhes simples como for-necer um café ou um lanche às famílias. A cidade sofreu e lutou por seus filhos.Na tarde do dia 27, depois de estabi-lizados, parte das vítimas foi transferi-da para Porto Alegre. O Hospital de Pronto de Socorro de Porto Alegre, uma das referências no tratamento de queimados, recebeu 10 pacientes, que desde a internação passaram a ser aten-

didos quatro vezes por dia por fisioterapeutas, com manobras de posicionamento e mobilização preve-nindo assim possíveis sequelas das queimaduras, além de procedimentos de fisioterapia respiratória, com a aspiração das secreções e fuligem dos pulmões. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Hospital Cristo Redentor também desempenharam seu papel, os profissionais se revezaram em escalas e enfrenta-ram longas jornadas de trabalho buscando salvar, tra-tar e amenizar a dor desses jovens. Em todos os hospitais visitados pelo Conselho as equipes ressaltavam o sofrimento enfrentado por es-tes jovens, o trauma e o fato de terem sido vítimas de uma circunstância impensada – a intoxicação por cianeto, mesmo componente utilizado em câmaras de gás. Não bastasse isso, eles ainda foram vítimas de queimaduras de 2º grau, em sua maioria nos mem-bros superiores e necessitaram de procedimentos in-vasivos que ampliam o tempo de reabilitação. Etapa em que foi exposta uma das grandes carências no sistema público de saúde, ou seja, a reabilitação inte-gral de um paciente. Enquanto estes jovens eram tratados em hospitais, já se sabia que a exposição que tiveram fez com que fosse imprescindível um acompanhamento e uma re-abilitação específica a estes pacientes, principalmente em relação às queimaduras e à parte respiratória. Em conformidade com a opinião dos hospitais o Minis-tro de Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou em rede nacional a necessidade de fisioterapia e terapia ocu-pacional a longo prazo às vítimas de Santa Maria, uma vez que a alta desses jovens seria apenas uma das etapas de uma grande jornada de recuperação.

Santa Maria: fisioterapia e terapia ocupacional abrem

um novo capítulo na história das profissões

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Fisioterapia Dermatofuncional Queimadura e cicatrização da pele, um proces-so de um ano e meio

De acordo com a fisioterapeuta do Hospital Cristo Redentor, Fernanda Kutchak, a preocupação central do fisioterapeuta ao atender um paciente que sofreu queimaduras é a de assegurar uma cicatrização que não impeça sua função global. Para isso é necessá-rio, desde a admissão no hospital, a atenção ao posi-cionamento, a mobilização precoce, ainda que com dor, principalmente se for uma área articular. “Um paciente grave é o que mais necessita de reabilitação, afinal ele está muito grave para ficar parado”, ressal-tou Patrícia Lahiguera, fisioterapeuta do HPS. Ainda no processo de reabilitação de uma queima-dura, a equipe do HPS enfatizou que após a alta do hospital, o paciente necessita utilizar uma malha de compressão, que melhora a estética da cicatrização e assegura a mobilidade. “Não é um processo simples, é preciso entender que a cicatrização demora em média um ano e meio, esta malha precisa ser usada 24hs por dia”, completou Maria Luiza Cordeiro, fi-sioterapeuta do HPS. Outro detalhe mencionado é que muitas vezes estes pacientes necessitam de novas intervenções cirúrgicas e em consequência, novos procedimentos de reabilitação.

A reabilitação de queimados auxilia na qualidade da cicatrização e na mobilidade e funcionalidade do paciente. A terapeuta ocupacional do Hospital Cris-to Redentor, Jacinta Maria Damo, ressalta também que oferece aos pacientes do hospital um acompa-nhamento e orientações a respeito das malhas, de órteses e talas que servem para auxiliar no processo de recuperação e cicatrização.

Fisioterapia Respiratória Entenda o caso e saiba a importância do moni-toramento dos envolvidos no incêndio

Além das queimaduras externas que são visíveis, as vítimas de Santa Maria também sofreram lesões de vias aéreas e pulmonares, isso sem mencionar a in-toxicação por cianeto. Elas precisaram ser, em sua maioria, entubadas e submetidas a outros processos invasivos. Além disso, houve o processo de aspira-ção, quando foi detectada a presença de fuligem lo-calizada no pulmão, que foram eliminadas durante uma semana. Também, junto à fuligem havia secre-ções respiratórias aumentadas e nenhum dos pacien-tes do HPS apresentou um extubação fácil, segundo relatou a fisioterapeuta do Lenora Wieczorek. Outro ponto ressaltado pela equipe de fisioterapeu-tas do HCPA foi o de que os pacientes apresentavam danos respiratórios e não possuíam reflexo de tosse. Eles lembraram também que durante o processo de ventilação o órgão para de desempenhar a sua fun-ção e em consequência, quando o paciente sai da UTI ele apresenta diminuição de força e perda de massa muscular. O fisioterapeuta do HCPA, Robledo Leal Condessa, comentou que embora não seja pos-sível precisar as sequelas que estes pacientes poderão desenvolver, é pertinente determinar que por serem jovens o processo de recuperação deles é muito mais acelerado, mas é necessário acompanhamento a rea-bilitação.As equipes dos hospitais visitados também chegaram ao consenso de que estes pacientes precisam ser ava-liados, uma vez que não existem estudos suficientes em relação à intoxicação por cianeto, mas é possível determinar que, com base nos pacientes que já tive-ram alta, a fraqueza muscular, a perda de equilíbrio e os problemas respiratórios já foram evidenciados. No HCPA é realizado um teste de caminhada em que o paciente caminha por seis minutos, são avalia-dos os batimentos cardíacos e a distância percorrida. Ao realizar este teste com um dos pacientes, com cerca de 20 anos, esse apresentou baixo desempe-nho, quando foram percorridos apenas 250 metros.

equipe HPS

equipe HCPA

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ESPECiALiDADES

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CIAVAmutirões avaliam vítimas e jovens iniciam uma nova etapa de reabilitação

A certeza era a de que as vítimas do incêndio pre-cisariam de fisioterapia, mas com inexistência de um centro de atendimento, as associações de fisioterapia e terapia ocupacional, o Crefito5, as universidades de Santa Maria e os fisioterapeutas e terapeutas ocu-pacionais começaram uma nova batalha, a de ob-ter do poder público as condições adequadas para promover um atendimento de qualidade e assegurar uma reabilitação que os permita o retorno a rotina. Assim, começaram as reuniões com o Ministério de Saúde e demais órgãos responsáveis, foram ela-borados protocolos e apontadas às necessidades de fisioterapeutas especialistas nas áreas de respiratória, Dermatofuncional, neurológica, além de terapeutas ocupacionais e demais profissionais da área da saúde, a fim de permitir um atendimento multiprofissional. Diversas reuniões foram realizadas até que o Ministé-rio da Saúde criasse sob a responsabilidade da Uni-versidade Federal de Santa Maria o CIAVA – Cen-tro Integrado de Atenção às Vítimas de Acidente. Quando criado os fisioterapeutas da instituição aler-taram que seria imprescindível a contratação de fi-sioterapeutas, uma vez que os profissionais do local deveriam suprir a demanda da cidade, através do ambulatório do hospital. A espera para a contrata-ção foi longa, uma vez que recém fora realizado o processo seletivo, no dia 06 de abril. Mas, mesmo com um contingente profissional pequeno, os fisio-terapeutas da UFSM garantiram atendimento a uma parcela destes pacientes.

A professora Marisa Gonçalves lembra emocionada toda a discussão para garantir a contratação de novos

profissionais, e como os alunos da pós-graduação, da residência e os professores abdicaram de suas horas livres para, em turno inverso, atender esses jovens. Nos mutirões realizados, segundo destaca Marisa, dos 150 avaliados, 51 foram enquadrados como média complexidade, ou seja, deverão ser atendidos pelo CIAVA, 92 foram como baixa complexidade e encaminhados à rede SUS para atendimento de fisioterapia e apenas cinco foram liberados. Isso sem mencionar todos os que ainda precisam passar pelo CIAVA.

Nestas avaliações, os pacientes são analisados por uma equipe multiprofissional, investigam-se as con-dições físicas, pulmonares, queimaduras e sequelas. Também é realizada uma avaliação comportamental e emocional, além de questionamentos sobre o re-torno à rotina, suas novas limitações e desafios. De acordo com a terapeuta ocupacional Clori Pinheiro, neste período há o enlutamento e o isolamento, o que faz com que exista um desinteresse pelas ativida-des rotineiras e nessa hora é preciso intervir e reto-mar as atividades de vida diária. Muitas vidas foram perdidas, muitos jovens ficarão marcados por esta tragédia, a história não apagará este incidente. Mas é imprescindível que os que fica-ram tenham o atendimento adequado, pelo tempo que necessitarem para que, na medida do possível, a vida volte à normalidade.

representantes do Cerest, Afism, Crefito5 e UFSM

Graziana Nunes (Hospital de Caridade), Janice Soares (HUSM), Ângela Fernandes (HPS) e

Lucas Rosinski (Hospital São Francisco de Assis)

ESPECiALiDADES

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27/01 – O Crefito5 manifestou seu pesar pela tragédia de Santa Maria e pediu apoio aos fisioterapeutas e tera-peutas ocupacionais do Rio Grande do Sul no auxílio às vítimas do incêndio na boate Kiss. 30/01 – Manter os profissionais informados e zelar pelo atendimento de fisioterapia e terapia ocupacional às ví-timas foi uma das principais atuações do Crefito5 nesse momento. 05 e 06/02 – Após o anúncio do ministro da saúde so-bre criação de força-tarefa de fisioterapeutas, o Crefito5, através da Comissão de Especialidades, realizou reunião com Assobrafir, Abrafidef e Atorgs para promover en-contros de intercâmbio de informações em Santa Maria e Porto Alegre. 06/02 – Crefito5, Assobrafir e UFSM solicitaram cria-ção de centros de atendimento às vítimas de Santa Maria.07/02 – Teleconferência com ministro da Saúde aponta criação de protocolo para avaliação das vítimas. 28/02 – Crefito5 participou de reunião com o DAHA para criação de centro de especialidade para reabilitação dos pacientes Kiss. 13/03 – Crefito5 e Afism pediram aos poderes públicos atenção ao tratamento de fisioterapia às vítimas de Santa Maria.19/03 – Crefito5 e Afism alertaram demora na con-tratação de fisioterapeutas para atender as vítimas do incêndio da Kiss.

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COFFiTO

RESOLUÇÃO nº. 422/2013

Disciplina a não exigibilidade de registro de instituições públicas ou privadas nos CREFITOS nos termos da Lei Federal nº 6.839/80 e dá outras providências.

O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das atribuções conferidas pelo inciso II do Art. 5° da Lei n° 6.316 de 17 de setembro de 1975, em sua 230ª Reunião Plenária Ordinária, realizada no dia 22 de janeiro de 2013, na sede do COFFITO, situada no SRTVS quadra 701, bloco II, sala 602/614, Brasília-DF.CONSIDERANDO as previsões normativas da Lei Federal nº 6.839/80;CONSIDERANDO a jurisprudência pacífica afeita à matéria regulada na referida Lei Federal;CONSIDERANDO o dever do CREFITO em fiscalizar o exercício da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional em todo o território nacional independentemente de registro de instituições RESOLVE: Artigo 1º Ficam dispensadas do Registro junto ao CREFITO as empresas que oferecem serviços de Fisiote-rapia e de Terapia Ocupacional que tenham outra atividade como básica e que tenham registro no respectivo Conselho Regional segundo o qual exerce a referida atividade, de acordo com as normas contidas na Lei Federal 6.839/80.Artigo 2º A dispensa do registro prevista na presente Resolução não elide o dever fiscalizatório do CREFITO nas referidas entidades, sendo ainda dever dos profissionais, independente da natureza do vínculo, informar formalmente ao CREFITO os dados da empresa em que prestam os serviços.Artigo 3° Os casos omissos serão deliberados pelo Plenário do COFFITO.Artigo 4° Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

CAP – Comissão do Coffito acompanha projetos de lei que envolvem as profissõesA Comissão de Assuntos Parlamentares – CAP do COFFITO trabalha visando a valorização e melho-ria das condições de trabalho dos profissionais de fisioterapia e de terapia ocupacional por meio de sua atuação direta no Congresso Nacional. Em seu escopo de trabalho, a CAP acompanha as discussões das Comissões e Plenários do Congresso e monitora as matérias legislativas de interesse de nossos profis-sionais em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, atuando nas proposições afetas ao desenvolvimento da fisioterapia e da terapia ocu-pacional, construindo pareceres técnicos e levando o posicionamento institucional do Conselho aos parla-mentares. Atualmente a CAP acompanha cerca de 200 proposições legislativas, que se distribuem nas mais diversas áreas, como saúde, educação e traba-lho.

Coordenada pelo Presidente Dr. Roberto Mattar Ce-peda, a Comissão trabalha com plantões semanais em Brasília/DF, de maneira a sempre contar com representantes do Conselho prontos a defender os interesses de nossos profissionais junto as demandas oriundas das casas legislativas. A CAP também pro-move reuniões mensais na sede do COFFITO em Brasília, visando a articulação de seus membros, sele-ção de projetos de interesse e desenho de estratégias de ação.Após uma renovação promovida no fim do ano pas-sado, neste momento a CAP está focada na revisão e análise de seus temas prioritários para este ano, que incluem o Piso Salarial dos Fisioterapeutas, Re-gulamentação da Terapia Ocupacional e inclusão de nossos profissionais no Programa Saúde da Família, entre outros importantes temas.Fonte: Coffito

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O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocu-pacional (Coffito) divulgou esta semana os enca-minhamentos finais aos aprovados na 1ª prova de títulos especialidades da fisioterapia e da terapia ocupacional. De acordo com o ofício do Coffito, os aprovados receberão as informações sobre a emissão de certificados pelas associações através de corres-pondências.Além disso, está disponível no site do Coffito o link com as especialidades e as respectivas associações responsáveis pela emissão dos títulos.

Veja as últimas etapas do processo para obtenção de especialista:

Processo seletivo da 1ª prova de títulos de especialidades chega ao fim

O Coffito teve a honra de participar do convite do Governo Federal para o lançamento do Portal Saúde Baseada em Evidências, reiterando o compromisso do governo brasileiro de melhorar o exercício profis-sional dos trabalhadores da saúde, democratizando as condições de acesso dos mesmos a informações base-adas em evidências, que serão constantemente atuali-zadas, auxiliando em muito na melhoria da qualidade do atendimento da saúde da população brasileira.

O Portal conta com uma base de dados de pesqui-sa com Editoras parceiras, entre elas, Embase, Piro-Quest Hospital Collection, Editora ATHENEU, Mi-cromedex, Dynamed, BestPractior – British Medical Journal (BMJ) e Rebrats).

O Coffito agradece o apoio de todos os conselhos regionais que prontamente disponibilizaram os dados necessários para a inserção dos Fisioterapeutas e Te-rapeutas Ocupacionais neste projeto.

Para acessar o site: http://aplicacao.periodicos.sau-de.gov.br/ siga os passos lembrando que é solicitado o número de registro do profissional, coloque F ou TO e após isso o seu número, exemplo: F10000 ou TO120000. Informamos que o acesso através do site do Ministério da Saúde esta apresentando erros.

Saiba mais sobre esta ferramenta:Com o Portal saúde baseado em evidências, o profis-

Responsabilidade do Profissional Aprovado: en-trar em contato com associação escolhida para emis-são de certificado. Será necessária a cópia do RG, do CPF e do comprovante atual de endereço.Responsabilidade das Associações: cobrança de taxa de R$ 150,00; encaminhamento de listagem à gráfica e envio de certificado ao Coffito.Responsabilidade do Coffito: registro no Livro de Especialidade; carimbo e assinatura no certificado e envio de ofício ao profissional informando o encami-nhamento do certificado ao regional.Responsabilidade do Crefito5: registro e entrega do documento ao profissional.

Saúde baseada em evidênciassional de saúde, acesse, de forma rápida e segura, as informações essenciais que apoiam a prática clínica e auxiliam a tomar decisões. Uma ferramenta a servi-ço dos profissionais de Saúde para atender cada vez melhor a população.

Veja o que o portal oferece:• estudos desenvolvidos por pesquisadores de todo o mundo;• revisões sistemáticas da área de Saúde;• ferramenta de cálculo e análise de estatísticas de saúde;• publicações com atualizações diárias que auxiliam em decisões e condutas;• dados e informações que facilitam a conduta nos casos de emergência;• base de dados em prática médica sobre realização de diagnósticos;• 200 livros em português.

Materiais do Portal Saúde Baseada em Evidências eletrônico:Manual de Acesso: Manual de Acesso ao PortalLink para o Portal da Saúde: http://portalsaude.sau-de.gov.br/portalsaude/Contato para informações/dúvidas: [email protected]

Fonte: Coffito

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NOTíCiASEspecial Santa Maria

O Conselho Regional de Fisioterapia e Tera-pia Ocupacional da 5ª região, através de seus conselheiros, manifesta com pesar o falecimen-to dos estudantes de terapia ocupacional da UFSM: Cristiane Quevedo da Rosa, Herbert Magalhães Charão e Lauriane Salapata da Sil-va e da fisioterapeuta Bárbara Moraes Nunes, que foram vítimas do incidente ocorrido na ma-

drugada de domingo (27) na cidade de Santa Maria. O Crefito5 presta seus sentimentos aos familiares das vítimas e se coloca à disposição para atendimento dos feridos e de assistência aos familiares. Entre os feridos estão outras duas estudantes de terapia ocupacional da UFSM: Kelen Ferreira e Gabriele Stringari que estão internadas no HCPA em Porto Alegre.

Crefito5 manifesta com pesar o falecimento de profissional e estudantes

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou nesta quarta-feira (30) os hospitais em Porto Alegre que receberam os pacientes internados por conta da tragédia ocorrida na boate Kiss, em Santa Maria, no domingo (27). Após uma reunião com o governa-dor do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, ele deu uma entrevista coletiva no Palácio Piratini, na capital gaúcha.

Padilha afirmou que a prioridade no momento é: “Montar uma força-tarefa em Santa Maria de fisio-terapeutas. Eles irão colaborar para a melhora dos pacientes que estão respirando com ventilação mecâ-nica, e isso irá reduzir sequelas respiratórias”.

Por enquanto, a maioria dos pacientes têm defici-ência no sistema pulmonar respiratório. Devido ao calor e componentes da fumaça que foram inalados durante o incêndio, há chances de evoluir o quadro e de os pacientes desenvolverem uma pneumonia química.

Dos 75 internados em estado grave, 20 apresentam queimaduras de pele como quadro principal.

Em Santa Maria, são 25 pacientes internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), que neste momento ainda não necessitam de remoção para Porto Alegre.

Segundo Padilha, “houve uma redução de estratégia para a transferência dos pacientes à capital porque Santa Maria tem estrutura para atender, além de 30 leitos vagos”. A preo-cupação do ministério era que os leitos ficassem lotados em caso de emer-gência, por isso houve a remoção de alguns pacientes para Porto Alegre.

Outro ponto reforçado foi o amparo psicológico às famílias que perderam entes no acidente ou que têm parentes internados nos hospitais. Em Santa Maria, o Centro de Atenção Psicossocial fica aberto 24 horas para dar suporte aos familiares. A Coordenação de Saúde Mental do Estado está mobilizando equipes para realizar visitas às famílias. “O protocolo de es-tratégias que estamos seguindo é o mesmo usado em outras tragédias, como nas Torres Gêmeas [tragé-dia de 11 de setembro de 2011, ocorrida em Nova York, nos Estados Unidos]“, afirma Padilha.

Fonte: UOL

‘Prioridade em Santa Maria é criar força-tarefa de fisioterapeutas’, diz ministro da Saúde

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O Crefito5 reuniu-se no dia 4 de fevereiro, às 19h, no Hotel Morotin com os profissionais de fisiotera-pia e terapia ocupacional envolvidos na assistência às vítimas do incidente ocorrido na boate Kiss em Santa Maria. Na oportunidade estiveram presentes a Coordenadora da Comissão de Especialidades, So-nia Manacero, e a diretora-secretária, Lenise Hetzel, representando o Crefito5; Alexandre Simões, Adria-ne Dal Bosco e Bruna Ziegler representaram a As-sociação de Fisioterapia Cardiorespiratória e Terapia Intensiva (Assobrafir/RS), Luana Caloy, representou a Câmara Técnica de Fisioterapia Dermatofuncional do Crefito5 e a Associação Brasileira de Fisioterapia Dermatofuncional (Abrafidef/RS) e Clori Pinheiro, representando a Associação das Terapeutas Ocupa-cionais do Rio Grande do Sul.

“Somos capazes de melhorar os resultados”

Na abertura, Sonia lastimou o ocorrido na madru-gada do dia 27 de janeiro na boate Kiss e colocou a disposição o Crefito5. Além disso, a conselheira rela-tou a visita ao Hospital de Caridade em Santa Maria onde recebeu a notícia de Deise Pacheco, chefe da fisioterapia da CTI, que apenas um paciente estaria com ventilação respiratória, visto que este Hospital que chegou a ter 18 pacientes nesta situação. Dei-se também relatou que a equipe é formada por 29 profissionais de fisioterapia e recebeu o auxílio de outros três fisioterapeutas enviados pela Força-Tarefa do SUS.

Após a visita ao Hospital de Caridade o Crefito5 participou da reunião do Departamento de fisiote-rapia da UFSM, que contou com representantes das secretarias de Saúde Estadual e Municipal, Assobrafir com a Força Nacional do SUS. A motivação é a ne-

cessidade de prestação de serviço após as altas dos pacientes, pois vários necessitam ser acompanhados no decorrer de suas vidas.Logo em seguida iniciou as orientações da fisiotera-peuta do Hospital Cristo Redentor, Fernanda Ku-tchak, que encerrou sua aula utilizando esta frase: “Somos capazes de melhorar os resultados”, com o intuito de motivar a equipe de profissionais que lá es-tavam. Seguida da fala da terapeuta ocupacional do Hospital Conceição Clori Pinheiro que demonstrou o trabalho que pode ser feito para recuperar e buscar a qualidade de vida dos pacientes que sofreram pela inalação da fumaça e o tratamento realizado para conservar a mobilidade dos indivíduos que sofreram queimaduras.

Ao final Adriane Dal Bosco trouxe a notícia, jun-tamente com a professora Marisa Gonçalves, de que da reunião com a Força Nacional do SUS foi desenvolvido um documento em que relacionava o número de profissionais necessários para auxiliar no atendimento a todos os envolvidos pois pode chegar há mais de mil pessoas que precisarão de atendimen-to multiprofissional de fisioterapeutas especialistas em cardiorespiratória, dermatofuncional e neurofun-cional, além de terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e farmacêuticos. Foi solicitado além de pessoal especializado espaços equi-pados com a relação de materiais necessários para o atendimento de todos os envolvidos.

Na tarde do dia 5 houve outra reunião para revisão do documento e encaminhamento às autoridades responsáveis.

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Reunião de três horas termina com promessa de rede de tratamento permanente às vítimas de San-ta Maria e verba do Estado para criação de serviço de reabilitação.

“Não estávamos preparados para uma crise, mas conseguimos manejar a situação. Agora temos que criar uma rede de assistência de longo prazo às víti-mas de Santa Maria”, com esta fala o diretor do De-partamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial do Estado do Rio Grande do Sul, Marcos Lobato, deu início ao seu pronunciamento. Desde a tragédia em Santa Maria, o Conselho Regional de Fisiotera-pia e Terapia Ocupacional da 5ª Região vem infor-mando os profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais da importância do atendimento destes pacientes, mas foi só a partir do pronunciamento do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que o Gover-no começou a se mobilizar.

No dia 04 de fevereiro, o Crefito5 acompanhado das associações Abrafidef, Assobrafir e Atorgs, con-versou com os profissionais e conheceu a realidade hospitalar do atendimento em Santa Maria. Ontem, às 18h, foi a vez de abordar o tema com os hospitais de Porto Alegre, na presença dos fisioterapeutas que atendem estes pacientes e que possuem experiências nas áreas de Dermatofuncional, Cardiorrespiratória, Terapia Intensiva e Contextos Hospitalares. “Desde aquele fatídico domingo, o Conselho buscou infor-mar os profissionais, conversamos com os fisiotera-peutas responsáveis pelos hospitais em SM, nos colo-camos à disposição. Mas compreendemos que ainda é preciso muito mais, não apenas voluntários, mas uma rede de fisioterapeutas contratados para atender estas vítimas”, completou o presidente do Crefito5, Alexandre Doval da Costa.

O presidente da Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva (Assobrafir-RS), Alexandre Simões, aproveitou o espaço para compartilhar com os profissionais a reunião que teve em Santa Maria com os órgãos públicos do Municí-pio, Estado e Governo Federal. “O consenso na reu-nião de segunda-feira foi o de que precisamos pensar em uma estratégia para alta destes pacientes e neces-sitamos de uma rede que contemple todo o trata-mento que será necessário, incluindo fisioterapeutas cardiorrespiratórios, dermatofuncionais, neurofun-

cionais, terapia ocupacional, além de outras áreas da saúde. É preciso lembrar que estes pacientes foram expostos a intoxicação por cianeto, e o caso mais recente em que isso ocorreu foi na África, em 1984, e foram evidenciadas consequências desta exposição ao longo dos anos. Precisamos agora é agilizar esta rede, que contará com mais de 100 profissionais”, completou.

Ainda preocupados com o tema da alta dos pacien-tes, o fisioterapeuta do Hospital Pronto de Socorro de Porto Alegre e representante do prefeito José Fortunati, Éder Kroeff Cardozo, realizou uma pa-lestra em que explicava o tratamento do paciente queimado e a importância da mobilização correta, de movimentações e massagens. Na ocasião lembrou que certos tratamentos duram meses e até anos, e que muitos pacientes passam a ter a obrigação de usar malhas que poderão aperfeiçoar a parte estética. Porém, a grande preocupação consiste na ida deste paciente para casa, às vezes por causa da estrutura familiar ou outras situações, o tratamento não tem continuidade e o paciente leva sequelas para o resto da vida.

Embora sejam casos diferentes, as vítimas do incên-dio da boate Kiss, bem como os bombeiros ou os voluntários que se expuseram as chamas ou a fumaça para salvar as pessoas que ainda estavam no local, entraram em contato com cianeto, mesmo compo-nente utilizado em câmaras de gás e, que, podem tra-zer sintomas e conseqüências ao longo dos anos. As-sim, o tratamento destes pacientes, seja respiratório, dermatofuncional, neurológico e até mesmo, para uma nova vida com plenitude, devem ser contínuos e ininterruptos. Neste consenso os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais presentes manifestaram sua

Crefito5, associações e Governo debatem fisioterapia e terapia ocupacional às vítimas de SM

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opinião ao Governo do Estado, bem como sua pre-ocupação em como seriam montadas estas redes de atendimento, citando inclusive os valores pagos pelos serviços de fisioterapia. Lobato assegurou que está à disposição do Conselho e dos profissionais para aprofundar este e outros temas e enfatizou que Santa Maria contará com uma rede, um centro de reabilita-ção a estes pacientes. Tema que será construído por meio de reuniões com secretários de saúde, Governo Federal, entre outras esferas.

O encontro foi uma promoção do Crefito5, por meio da Comissão de Especialidades; da Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratório e em Terapia Intensiva (Assobrafir-RS); da Associação Brasileira de Fisioterapia Dermatofuncional (Abrafi-def); da Associação dos Terapeutas Ocupacionais do Rio Grande do Sul (Atorgs); com o apoio do Hospi-tal de Clínicas de Porto Alegre.

A criação de um protocolo de avaliação das vítimas do incêndio em Santa Maria foi o desfecho da tele-conferência realizada nesta quinta-feira (07) com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na presença do Governo do Estado, de secretários de saúde do RS e de representantes dos hospitais de Porto Alegre e de Santa Maria.

Durante a reunião, o fisioterapeuta do HCPA/UFR-GS, Alexandre Simões, mencionou a possibilidade de um levantamento epidemiológico com todos os que foram expostos ao cianeto. Ainda, outra defini-ção do encontro é o de que os primeiros protocolos serão aplicados com os pacientes internados no Hos-pital Conceição, Hospital de Clínicas e no Hospital Universitário de Santa Maria, quando poderá ser determinada a situação de vias áreas, função pulmo-

nar, além de possibilitar a realização de testes de ca-minhada, força muscular, respiratória e neurológica. Simões também destacou que esta avaliação poderá ser acompanhada através do sistema de telesaúde, permitindo assim observação e assistência indepen-dente da distância.

Por fim, ainda foi pauta da reunião a necessidade de contratação de uma equipe multiprofissional, composta por fisioterapeutas que atuam nas espe-cialidades de cardiorrespiratória, dermatofuncional e neurologia, além de terapeutas ocupacionais e outras áreas da saúde que possam oferecer um atendimento contínuo aos pacientes.

Segundo Simões há possibilidade de uma nova reu-nião após o carnaval.

Ministro da Saúde participa de teleconferência sobre tratamento

das vítimas de Santa Maria

07/02/2013

Também estiveram presentes neste evento a repre-sentante da Abrafidef, Luana Calloy; a vice-presi-dente da Atorgs, Vera Barcelos; a fisioterapeuta do Hospital Cristo Redentor Fernanda Kutchak; a fisioterapeuta do Hospital de Pronto Socorro Ângela Fernandes, e cerca de 50 profissionais que atuam em UTI ou em demais áreas da fisioterapia e da terapia ocupacional.

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NOTíCiASEspecial Santa Maria

Na segunda-feira, 4, o Crefito5 e as associações de especialidades participaram da reunião com repre-sentantes da UFSM, das secretarias de saúde, esta-dual e municipal, e da Força Nacional do SUS. A motivação foi a reabilitação das vítimas da Kiss. Des-tacou-se na reunião as demandas assistenciais para as vítimas, que envolvem atenção primária, secundária e terciária, visto que a atenção ambulatorial no Husm está desprovida de recursos e da atenção multi- e interdisciplinar.

Entre os membros da reunião, se fizeram presentes, a Coordenadora da Comissão de Especialidades, Sonia Manacero, e a diretora-secretária, Lenise Hetzel, re-presentando o Crefito5; Alexandre Simões, Adriana Dal Bosco e Bruna Ziegler da Associação de Fisio-terapia Cardiorespiratória e Terapia Intensiva (As-sobrafir/RS); Luana Caloy, da Câmara Técnica de Fisioterapia Dermatofuncional do Crefito5 e da As-sociação Brasileira de Fisioterapia Dermatofuncional (Abrafidef/RS); além da titular da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde; da Pró-reitora de Assuntos estu-dantis da UFSM; da coordenadora do Programa de Residência Multidisciplinar; do coordenador do Cur-

so de Especialização em Reabilitação Físico-motora; do coordenador do Curso de Fisioterapia; do chefe do Serviço de Fisioterapia do Husm; dos docentes do curso de Fisioterapia e do curso de Fonoaudiolo-gia da UFSM; e o diretor do Centro de Ciências da Saúde da UFSM.

Ao final da noite do dia 4, após as palestras proferi-das pela fisioterapeuta Fernanda Kutchak e pela tera-peuta ocupacional Clori Pinheiro, a representante da Assobrafir/RS, Adriana Dal Bosco, juntamente com a professora da UFSM, Marisa Gonçalves, trouxeram as notícias sobre a conclusão da reunião com a Força Nacional do SUS. Para auxiliar no acompanhamento às vitimas do incidente em Santa Maria foi desenvol-vido um Plano Estratégico de Estruturação de Cen-tros de Referência Multiprofissional (CRM), no qual foi relacionado o número de profissionais necessários para auxiliar no atendimento a todos os envolvidos.

Na tarde do dia 5 houve outra reunião para revisão do documento e encaminhamento às autoridades responsáveis. Nesta segunda reunião, esteve presen-te a diretora secretária do Crefito5, Lenise Hetzel, as representantes da Associação de Fisioterapia Car-diorespiratória e Terapia Intensiva (Assobrafir/RS), Adriana Dal Bosco e Bruna Ziegler, e a presidente da Associação das Terapeutas Ocupacionais do Rio Grande do Sul (Atorgs), Clori Pinheiro.

O documento sugere a criação de três centros de atendimento que trate por pelo menos dez anos des-tes pacientes, visto que se trata de um incidente que ficará marcado na vida de muitos gaúchos.

UFSM, Assobrafir e Crefito5 entregam ofício propondo aos governos criação de centros de atendimento às vítimas de SM

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Na manhã de hoje (28) o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, a coordenadora da Comissão de Especialidade, Sonia Manacero, e os representantes das Associações, Alexandre Simões (Assobrafir/RS), Clori Pinheiro (Atorgs) e Ângela Fernandes, reuni-ram-se com o Departamento de Assistência Hospita-lar e Ambulatorial (DAHA), da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, representado por Sheila Lima, responsável pela Central de Regulação Ambulatorial e Cibele Gabineski, pela gestão da atenção secundária e terciária.

Durante a reunião foram relatados os procedimentos tomados pelas entidades a fim do acompanhamen-to das vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria. A preocupação do grupo é reforçar o proje-to do centro de atendimento em Santa Maria, pois até então vem ocorrendo altas hospitalares, e estes pacientes não estão recebendo o atendimento pos-terior, nem sendo acompanhados por equipes inter-disciplinares. Além disso, estão sendo relatados casos de pacientes acometidos de sintomas em função da inalação da fumaça.

Segundo as representantes do DAHA, já está ocor-rendo a mobilização por parte do coordenador, Mar-cos Lobato. Também, foi elogiado o envolvimento da equipe de profissionais que vem alertando sobre a situação de continuidade do tratamento destes pa-

DAHA informa que Centro de Especialidade e reabilitação dos

pacientes da boate Kiss é prioridadecientes, bem como a solicitação de apoio do Go-verno.

Segundo Cibele está sendo desenvolvido um mape-amento dos profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional para constatar a necessidade de contra-tação de profissionais para o atendimento e acompa-nhamento destes pacientes de Santa Maria. Porém ambas reforçaram que a questão da contratação de profissionais é um processo burocrático e demorado, uma vez que esta assistência será longa.

Segundo o DAHA será criado um Centro de Especia-lidades no Hospital Universitário de Santa Maria para a população de pacientes egressos da tragédia, pois os centros de referência em reabilitação no Estado não possuem a capacidade técnica para acolher estes pacientes em sua especificidade.

Ângela, que atua no HPS como fisioterapeuta, re-latou que após a alta de um dos pacientes foi verifi-cado que não existe este suporte de reabilitação na cidade de Santa Maria.

Sheila comentou as ações de cuidado a estes pacientes que precisam ser basea-das em protocolos e questões técnicas que podem ser orientadas pelo Crefito5 e suas Câmaras Técnicas, referendando a quantidade e a qualidade dos profissio-nais a serem contratados, e ressaltou que o DAHA irá informar ao Conselho to-dos os encaminhamentos administrativos que já ocorreram para que o Crefito5, em parceria com as associações, possa se posicionar quanto ao mapeamento das necessidades de pessoal e equipamentos a serem implementados no acompanha-mento destes pacientes, e ainda irá in-

formar qual o encaminhamento que deve ser dado nos casos que estão recebendo alta para monitorar e tratar da reabilitação destes pacientes.

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Mutirão de profissionais da saúde avalia envolvidos no incêndio da Kiss

Um mutirão, que envolve mais de 100 de profissio-nais de saúde, começou a avaliar neste sábado (9) todos os envolvidos no incêndio da boate Kiss. A previsão é atender 280 pessoas só neste fim de se-mana.

Mesmo quem não apresenta sintomas deve procurar o Hospital Universitário de Santa Maria. Lá, as con-sultas são marcadas. Os pacientes também receberão apoio psicológico.

“Não sabemos, nem na literatura médica internacio-nal existe ainda quais são as consequências no médio a longo prazo da aspiração dessa quantidade imensa de toxinas que esses jovens aspiraram”, alerta Nélio Lúcio Fraga Pereira, médico da Força Nacional do SUS.

O acompanhamento pode se prolongar por até dez anos.

“Está sendo prestado atendimento de pneumologia, de neurologia, fisioterapia, de fonoaudiologia. E tam-bém se define uma conduta de outras especialidades que possam ser necessárias, e o agendamento para acompanhamento e seguimento desses pacientes a longo prazo”, explica Arnaldo Teixeira Rodrigues, diretor clínico do Hospital Universitário.

Um exame avalia se os músculos da respiração estão em forma. Saber disso é importante para a saúde de Débora, que esteve no incêndio. Com tosse cons-tante, a estudante de farmácia Karine Roversi não imaginava que, agora, subir e descer degraus seria mais difícil.

A resistência dela ao esforço físico será avaliada por fisioterapeutas. É parte do monitoramento de cente-nas de vítimas, parentes, bombeiros e de outras pes-soas afetadas pela tragédia, que estão sendo cadastra-das pelo Ministério da Saúde. Os pacientes também traçam em um desenho o trajeto que fizeram para sair da boate. Isso ajuda a definir quanto tempo cada um respirou fumaça tóxica. Essas informações e o resultado dos exames vão indicar o tratamento ade-quado.

Quinze vítimas da tragédia ainda estão internadas. Neste sábado, a polícia ouviu mais 20 sobreviventes. Na segunda-feira, depõe o produtor da banda Guri-zada Fandangueira, Luciano Leão, que está preso na Penitenciária de Santa Maria. A previsão é de que o inquérito, que apura as mortes de 241 pessoas, seja concluído na semana que vem.

Veja a reportagem em: http://migre.me/dCTlk

Fonte: Jornal Nacional

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Afism e Crefito5 se reuniram com os poderes públicos para solicitar atenção

ao tratamento de fisioterapiaNa manhã de sexta feira, dia 8 de março, a presiden-te da Associação dos Fisioterapeutas de Santa Maria e Região (AFISM), Patrícia Roveda, juntamente com os representantes da AFISM, Roberto Dotto e Jadir Lemos, e o presidente do Crefito5, Alexandre Do-val da Costa, estiveram na Secretaria de Saúde do Município de Santa Maria reunidos com o secretário adjunto Julio Nunes, para tratar do atendimento fi-sioterapêutico às vítimas do incêndio na boate Kiss.

Um dos pontos discutidos foi o atendimento àqueles que por diferentes motivos, expostos na reunião, não conseguirão deslocar-se ao Hospital Universitário de Santa Maria para dar continuidade ao tratamento no Centro integrado de atendimento às vítimas de acidentes (CIAVA) prejudicando sua reabilitação, fundamental neste momento.

Com essas colocações, e preocupados com toda esta situação, os fisioterapeutas dialogaram com o secretário a fim de esclarecer como serão os atendi-mentos, sendo que na rede municipal há insuficiência de profissionais. Nunes reconheceu a importância e mostrou-se também surpreso com o fato do fisio-terapeuta não fazer parte do edital divulgado pela prefeitura na última sema-na e comprometeu-se em ampliar a discussão com sua equipe para pensar em um projeto de lei para a contratação emergencial de fisioterapeutas e tera-peutas ocupacionais e ou-tros profissionais da saúde, que não foram elencados no PL 7868, aprovado na Câmara de Vereadores no dia 26 de Fevereiro.

Outra questão levantada pela AFISM foi a neces-sidade de profissionais de fisioterapia, vista a com-plexidade dos atendimentos aos sobreviventes, que

em determinadas instituições de apoio da cidade são substituídos por estagiários de fisioterapia, isso sem mencionar a atuação do professor supervisor que acaba realizando o trabalho de responsável técnico, ferindo assim a lei nº 11.788/08.

No turno da tarde foi realizada reunião na Câmara de Vereadores da cidade com a Comissão de Saúde, onde foi colocado aos presentes a preocupação com o atendimento aos sobreviventes. Passados dez dias do alerta da Associação aos poderes públicos sobre a importância da continuidade do atendimento de fisioterapia às vítimas, não houve resposta a solicita-ção. Desta forma, retomou-se o debate com os vere-adores para traçar ações, já que a questão ainda não está resolvida.

Após as discussões foi agendada nova reunião para o dia 11, com a Comissão de Saúde da Câmara, secretaria de Saúde, coordenações dos cursos de fi-sioterapia da cidade e Afism para mostrar novamen-te a relevância e necessidade da fisioterapia na rede municipal, com o intuito de reforçar a criação de um edital emergencial que supra o atendimento à população.

Além desta próxima reu-nião, os presentes concor-daram que talvez seja ne-cessário levar ao reitor da UFSM a situação dos aten-dimentos de Fisioterapia no Husm que é mantido pelos docentes e residen-tes de forma voluntária, pois a contratação de oito fisioterapeutas aprovados em concurso não ocorreu.

Na ocasião, serão também tratadas as dificuldades que os pacientes encontram no deslocamento ao CIAVA para fazer seus tratamentos.

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Contratação de fisioterapeutas para Santa Maria ainda não está definida

Aconteceu nesta sexta-feira, 15, às 11h, uma audiência en-tre o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, a presidente da AFISM, Patrícia Roveda, o vereador e presidente da Co-missão de Saúde da Câmara Manoel Badke (Maneco), o deputado estadual Valdeci Oli-veira, a coordenadora da 4a Coordenadoria Regional Saú-de, Ilse Mello, a coordenadora do Centro Integrado de Atendimento de acidentes (CIAVA) no Hospital Universitário de Santa Maria, Sueli Guerra e as representantes da Secretaria Mu-nicipal de Saúde de Santa Maria, Selena Mitchel e Adriana Krum.

Na oportunidade foi entregue a proposta para con-tratação de fisioterapeutas para a rede municipal de Saúde, elaborada pela Afism juntamente com os cursos de Fisioterapia de Santa Maria da UFSM, da Ulbra e da Unifra, a Especialização em Reabilitação Físico-Motora (CCS-UFSM), o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) e a fisiotera-peuta do Serviço de Fisioterapia do município do Centro de Diagnóstico Nossa Senhora do Rosário. Após a apresentação da proposta, os representantes ali presentes apoiaram e destacaram que o projeto é coerente com a realidade já existente no município. Segundo Sueli, o CIAVA pretende contratar cinco fisioterapeutas. Selena relatou que haverá a implan-tação dos Nasfs e do Atendimento Domiciliar, am-bos compostos por fisioterapeutas. Adriana também ressaltou que a Secretaria Municipal de Saúde possui a necessidade de qualificação dos fisioterapeutas, já contratados que atuam nos CAPS, e que eles acom-panhem, através da visita domiciliar, essas vítimas.

No dia 16 o presidente do Crefito5 esteve no Husm para conhecer os fisioterapeutas que estavam atu-

ando no cadastramento do segundo mutirão e os pro-tocolos aplicados. Segundo os profissionais, residentes e professores, o trabalho que está sendo feito deste do dia 27 de janeiro – quan-do ocorreu o incêndio – é voluntário. O Crefito5 com-preende o tratamento emer-gencial, e está apoiando todos os profissionais envol-

vidos, bem como a proposta enviada pela AFISM e professores da UFSM, que se aplicada sanará o pro-blema da cidade que conta hoje com apenas nove profissionais contratados na rede pública municipal, dos quais apenas sete fisioterapeutas trabalham na rede, e dois encontram-se em cargo de gestão.

No dia 18, às 10h, foi retomada a reunião com a participação dos fisioterapeutas Roberto Dotto e June Gallina Corrêa, ambos da AFISM, Izadora Guaresch, Anna Consuelo Seixas, Hedioneia Pivetta e Carla Centurião, Marisa Gonçalves e Ana Fáti-ma Badaró, professoras do curso de fisioterapia da UFSM; Ariane Flores, coordenadora do curso de fi-sioterapia da Ulbra, e Jonas Skupien, representante da Unifra; a coordenadora da 4a Coordenadoria Regional Saúde, Ilse Mello; a coordenadora do CIA-VA, Sueli Guerra; Adriana Krum e Selena Mitchel, representantes da Secretaria Municipal de Saúde e Sueli Barrios, do Cerest. Durante a reunião foi so-licitado um mapeamento de todas as pessoas que estão aguardando fisioterapia, inclusive definindo os casos de acordo com a gravidade. Esta semana será, também, protocolado o projeto no Conselho Mu-nicipal de Saúde e serão mantidas reuniões até que seja resolvida a questão junto as secretarias Estadual e Municipal de Saúde.

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NOTíCiASEspecial Santa Maria

O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocu-pacional da 5ª Região (Crefito5) participou, na úl-tima sexta-feira e sábado, do Encontro de Fisiotera-peutas realizado pela Universidade Federal de Santa Maria. Durante o evento, profissionais, acadêmicos, gestores, associação e Conselho compartilharam ex-periências no atendimento às vítimas de Santa Maria.

De acordo com a professora da UFSM e uma das res-ponsáveis pelo evento, Ana Fátima Badaró, a cons-trução desse encontro teve como objetivo principal a troca de experiências com os demais profissionais sobre o início do atendimento às vítimas da Kiss até a necessidade de um tratamento de longo prazo.

Sendo assim, as mesas do encontro contaram com os relatos dos fisioterapeutas que deram o primeiro atendimento, ainda no dia 27 de janeiro, e depois, seguindo a cronologia, o parecer da Prefeitura Mu-nicipal de Santa Maria, do Cerest e da Associação dos Fisioterapeutas de Santa Maria (Afism) sobre a continuidade do tratamento e as necessidades que estes pacientes teriam.

No segundo dia foi realizada uma apresentação sobre a realidade do CIAVA – Centro Integrado de Aten-ção às Vítimas de Acidente, que nesse final de sema-na realizara o processo seletivo para contratação de oito fisioterapeutas. A professora Marisa Gonçalves realizou uma apresentação sobre o serviço, incluindo protocolo de avaliação e o número de pacientes ava-liados através dos mutirões. Segundo ela, até o mo-mento passaram pelo Centro 150 envolvidos no in-cêndio, desses, 51 foram enquadrados como média complexidade, ou seja, deverão ser atendidos pelo CIAVA, 92 como baixa complexidade e encaminha-dos à rede SUS para atendimento de fisioterapia e apenas cinco foram liberados. Outro ponto bastante enfatizado pela professora é o de que a seleção dos fisioterapeutas foi liberada apenas em abril, mas que o atendimento está sendo realizado desde março, através dos professores e alunos da pós-graduação da UFSM que, voluntariamente, em turno inverso atendem essas vítimas.

Encerrando a manhã de sábado, a fisiotera-peuta do Hospital de Pronto de Socorro de Porto Alegre Ângela Fernandes realizou uma apresentação so-bre o tratamento de pacientes queimados, destacando a necessidade de massoterapia intensiva e mobilizações, alertando que os procedimentos de-vem ser contínuos e começam logo após a liberação do médico, ainda com o paciente internado. Ressal-tou também que o processo de cicatrização de uma queimadura leva em média dois anos para completar seu ciclo, por isso são necessárias muitas intervenções a fim de permitir uma cicatrização sem comprometi-mento da funcionalidade.

Durante a visita, a fisioterapeuta também pôde acompanhar o atendimento desenvolvido pelo CIA-VA e reencontrar um de seus pacientes, quando conheceu a evolução e recomendou procedimentos que visem uma recuperação funcional completa. “É uma grande recompensa poder rever um paciente e saber que ele aos poucos está retomando a sua vida, mas precisamos lembrar que a alta deles foi o primei-ro degrau de uma longa escada”, finalizou.

O Crefito5 apoiou a realização deste evento, assim como das demais ações que envolvem o atendimento às vítimas do incêndio da boate Kiss. Na ocasião, o vice-presidente do Conselho, Antonio Alberto Fer-nandes (Betinho), parabenizou o atendimento pres-tado aos jovens de Santa Maria: “O Conselho está muito orgulhoso de nossos profissionais e eu fiquei emocionado ao ver o atendimento que está sendo oferecido, bem como a relação de empenho e ca-rinho. Parabenizo e muito a hombridade dos nossos profissionais, que colocam as necessidades do pacien-te acima das suas e lembro que este é um momento de muito orgulho para fisioterapia”, completou.

Encontro de fisioterapia amplia discussão sobre atendimento

às vítimas de Santa Maria

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NOTíCiASEspecial Lei 30h

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Nos meses de março e abril, o Crefito5 promoveu chamadas públicas sobre a Lei 8856/94 – que es-tabelece a jornada do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional em 30 horas semanais – em seis cidades do Estado, sendo a primeira no 13, em Passo Fundo.

As chamadas aconteceram em outras cinco cidades: no dia 19 em Pelotas, no dia 22 em Santa Maria, no

Crefito5 promove chamadas públicas sobre a Lei das 30h

dia 26 em Torres e 27 em Caxias do Sul. No dia 12 de abril, ocorreu a chamada em Porto Alegre. Para que o assunto seja debatido dentro de seus critérios legais, o Conselho levou a estes locais um palestra do procurador jurídico do Crefito5. Os participantes deste projeto receberão de atestado de participação via e-mail.

Aconteceu no dia 22 de março na Plenária da Câma-ra de Vereadores de Santa Maria, a chamada pública sobre a lei das 30h. Representando o Crefito5 esti-veram presentes o vice-presidente Antonio Alberto Fernandes (Betinho), as conselheiras Tania Fleig e Mirtha Zenker, e o procurador jurídico, Leomar La-vratti. Tania deu as boas-vindas aos presentes e pediu que se apresentassem citando a formação profissional (fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional). A seguir, Lavratti iniciou sua fala ex-plicando a lei 8.856/94, que deve ser tratada por cada profissional junto ao poder público local, solici-tando que haja a adequa-ção à Lei e que este órgão aplique-a no próximos con-cursos públicos. O procura-dor jurídico alertou para a diferença entre a adequação

da carga horária e redução, para que não implique na diminuição salarial.

É importante que a adequação da carga horária em concursos de 40 horas seja requerida após o estágio probatório do profissional. Outra questão levantada trata do piso salarial, em resposta foi indicado conta-to a FENAFITO (Federação Nacional de Fisioterapia e Terapeutas Ocupacionais) que reconhece a Con-

tribuição Confederativa Nacional da Fisiotera-pia. Estiveram presentes também representes da AFISM que reconhece-ram a necessidade da discussão, por ser um assunto recorrente nas reuniões da associação.

Chamada pública sobre a lei das 30h aconteceu em Santa Maria

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NOTíCiASEspecial Lei 30h

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Chamada Pública das 30h ocorreu em Pelotas

No dia 19 de março aconteceu em Pelotas a reunião sobre a lei das 30h (Lei 8.859/94). O evento ini-ciou às 19h na Plenária da Câmara Municipal da ci-dade e promoveu a discussão sobre a jornada de tra-balho do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional. Entre os presentes estavam o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, as conselheiras Marisa Gigante e Mirtha Zenker, e o procurador jurídico do Conse-lho, Leomar Lavratti, que reuniram-se com o grupo

de participantes com o objetivo de compreender a realidade dos municípios na região sul.

Mesmo já vigorando há 18 anos são recorrentes as dúvidas sobre a jornada de trabalho dos fisioterapeu-tas e terapeutas ocupacionais. Buscando esclarecer este tema, a Comissão de Políticas Públicas do Cre-fito5 desenvolveu o projeto Chamada Pública das 30h.

Chamada Pública das 30h foi realizada em Caxias do Sul

Na quarta (27), em Caxias do Sul, foi realizada a penúltima Chamada Pública das 30h, em que o Con-selho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito5) visa oferecer aos profissionais a oportu-nidade de esclarecer dúvidas sobre a lei 8.856/94, que fixa a jornada de trabalho do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional em 30 horas semanais. Neste encontro estiveram presentes o presidente do Crefi-to5, Alexandre Doval, as conselheiras Mirtha Zenker e Rosemeri Suzin e o procurador jurídico, Leomar Lavratti, além do vereador Daniel Guerra e cerca de 40 participantes.

Durante o encontro os presentes puderam compre-ender um pouco mais sobre as determinações da lei

que norteia a carga horária dos fisioterapeutas e tera-peutas ocupacionais por meio de uma apresentação realizada pelo procurador jurídico, além da possibili-dade de questionamentos. Ainda, o público também contava com a presença de membros do Conselho e de outros profissionais, sendo possível um intercâm-bio de informações.

Foram esclarecidas as dúvidas referentes às diferen-ças entre os servidores estatutários e celetistas, quan-do por meio de exemplos ou experiências, surgiram relatos de processos encaminhados ao Crefito5 e seus resultados, além de demandas e solicitações re-cebidas pelo Conselho.

Contratos em empresas privadas com jornada de 40 horas semanais e servidores públicos com carga de 33 horas semanais e regime integral de trabalho; além dos temas como redução de jornada de traba-lho e diminuição salarial; necessidade de um sindi-cato e participação dos profissionais em Conselhos Municipais de Saúde e da Pessoa com Deficiência, também foram pautas da reunião.

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NOTíCiASEspecial Lei 30h

A primeira chamada pública sobre a Lei 8.856/94, que trata sobre as 30h aconteceu dia 13, às 19h, no Salão de Eventos do Hotel Maitá, em Passo Fundo.

Entre os presentes estavam o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, as conselheiras Carolina Santos da Silva e Rosemeri Suzin e o procurador jurídico do Conselho, Leomar Lavratti, que se reuniram com o grupo de participantes que puderam estar presentes, devido a chuva forte.

Após as boas-vindas de Doval, o grupo se apresentou e muitos dos profissionais tinham vindo de outras ci-dades próximas a Passo Fundo, como Camargo, La-goa Vermelha, Aratiba, Cruz Alta, Erechim, Tupan-ci do Sul, Marau e Carazinho. Lavratti apresentou a motivação do encontro e abriu para manifestações do grupo de profissionais presentes.

Nas falas dos profissionais houve questionamentos sobre as orientações jurídicas a serem tomadas em cada município, visto que existem diferentes situ-ações por atuarem em cidades distintas, cada uma com uma gestão. Entre as explanações foi apresenta-da a experiência do município de Tupanci do Sul que

Primeira Chamada Pública sobre a Lei 30h aconteceu em Passo Fundo

cumpriu a notificação enviada pelo Crefito5. Além disso, a fisioterapeuta local informou que se manifes-tou perante a gestão municipal expondo a necessi-dade de atendimento de acordo com os parâmetros assistenciais, porém ainda não recebeu resposta da Secretaria de Saúde de Tupanci do Sul.

Os representantes do Crefito5 esclareceram as dúvi-das e apontaram os encaminhamentos a serem apre-ciados junto aos demais conselheiros. Entre as solici-tações está o envio de notificação aos municípios de Aratiba e Camargo para adequação de carga horária e o reenvio para Lagoa Vermelha, além da fiscaliza-ção em determinados casos mencionados.

Na última sexta-feira (26) o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região (Crefito5) levou o debate sobre a lei 8.856/94 a Torres, através da Chamada Pública das 30h. Duran-

te a reunião os profissionais puderam compreender melhor a legislação com a palestra realizada pelo pro-curador jurídico do Crefito5, além de sanar dúvidas como, por exemplo, se existem riscos na redução da jornada de trabalho e sobre Referencial Nacional de Honorários Fisioterapêuticos (RNHF).

A noite ainda incluiu assuntos como o piso salarial, código de ética e a necessidade de um sindicato para a categoria. Ainda, os conselheiros presentes tam-bém mencionaram a importância da representação da categoria através de participações em conselhos municipais e em demais esferas de discussão. Na ocasião estiveram presentes os conselheiros Otávio Duarte, Mirtha Zenker, Rosemeri Suzin, além do procurador jurídico, Leomar Lavratti.

Profissionais de Torres discutiram Lei das 30h em chamada pública

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NOTíCiASEspecial Lei 30h

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Na noite de sexta-feira (12) foi realizada a última chamada pública sobre a Lei das 30h, quando o Con-selho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região (Crefito5) viabilizou aos profissionais do Rio Grande do Sul a oportunidade de debater e esclarecer dúvidas quanto à jornada de 30 horas semanais aos profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional, assegurada pela Lei 8.856/94.

Durante a reunião o procurador jurídico do Crefi-to5, Leomar Lavratti, contextualizou aos presentes a existência dessa lei, bem como o fato de ela não ser desconhecida à categoria: “Essa é uma lei de quase vinte anos, sabemos dela, mas o que ocorre muito é o desconhecimento por parte dos gestores, seja da lei em si ou por acreditar que as leis municipais são superiores às federais”, completou.

Em relação ao tema, a vereadora de Porto Ale-gre Jussara Cony parabenizou o Conselho por essa ação e ainda enfatizou a importância de uma car-ga horária reduzida aos profissionais da área da saúde, visto a força física e mental que utilizam du-rante as suas atividades. Lembrou também que a conquista da fisioterapia e da terapia ocupacional, ainda em 1994, vem apenas a contribuir com as outras áreas da saúde que estão agora requerendo esse direito.

O presidente do Crefito5, Alexandre Doval, por sua vez recordou a época em que a lei foi promulgada e no que isso incorreu, uma vez que, ele mesmo pôde usufruir dos benefícios dela quando os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais do Hospital Conceição foram os únicos a gozar de uma jornada de 30 horas semanais. “Nós colhemos os frutos da lei naquela época, agora temos que lembrar que ela existe”, des-tacou.

Na ocasião, os profissionais puderam sanar dúvidas, como a nomenclatura de cargo como alegação ao não cumprimento da lei 8.856 e o momento pro-pício para solicitar a execução de uma jornada de trabalho adequada. Lavratti respondeu que a nomen-clatura de cargo, uma vez que se exige a formação, não necessariamente implica em não cumprir a lei das 30 horas. Ainda, quanto ao estágio probatório, lembrou que é melhor assegurar a vaga e depois so-licitar a readequação e, por fim, depois de obtida jornada correta, solicitar o pagamento da hora extra.

A Chamada Pública das 30 horas em Porto Alegre deveria ser o encerramento desse projeto, porém, visto as solicitações recebidas, serão realizadas duas novas chamadas, em Uruguaiana e em Bagé. Tam-bém estiveram presentes neste evento a diretora-tesoureira interina, Tania Fleig, a conselheira Mirtha Zenker, o conselheiro e membro do Departamento de Fiscalização Henrique Huve e a presidente da As-sociação dos Terapeutas Ocupacionais do Rio Gran-de do Sul (Atorgs), Clori Pinheiro.

Chamada Pública das 30h encerra primeiro ciclo em Porto Alegre

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NOTíCiAS

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Crefito5 levou serviços de fisioterapia e terapia ocupacional à praia de Tramandaí

No ultimo final de semana, nos dias 26 e 27 de janei-ro, na praia de Tramandaí, foram oferecidos diversos serviços de saúde à população. O Crefito5, por meio do grupo Foco e da parceria com o Sesc, Faders, Agafisa e Assobrafir, levou à praia a auriculoterapia – técnica da medicina chinesa–, a espirometria que avalia o volume da respiração e tecnologias assistivas, com destaque à cadeira anfíbia, que permitiu às pes-soas com pouca mobilidade o banho de mar.

Durante os dois dias do evento foram oferecidos cer-ca de 80 atendimentos de auriculoterapia, que por meio de avaliação do fisioterapeuta ou do terapeuta ocupacional, recebiam a técnica que auxiliava em problemas como dor ou ansiedade. Outro destaque foi tecnologia assistiva, em que os profissionais aju-davam pessoas com deficiência a romper as limita-ções, como, por exemplo, a adaptação correta de uma muleta. Para finalizar os trabalhos do sábado, os veranistas puderam conhecer um pouco mais sobre o seu corpo e mente através da Biodança.

Com um céu azul e um sol que induziam a um ba-nho na praia, Rayana Góes, de 11 anos, entrou pela primeira vez no mar com o auxílio de uma cadeira anfíbia e dos profissionais do Crefito5. O banho foi tão bom que Rayana entrou novamente no final do dia. A acessibilidade à orla e ao mar também fizeram com que Rafael Silva aproveitasse o serviço. Mais ousado, ele se divertia e pedia – “vamos na onda!”.

O domingo ainda contou com outro serviço à popu-lação, a espirometria, ou seja, a avaliação respiratória do pa-ciente, que contou com cerca de 30 atendimentos. Prevenir e tratar as doenças ocasiona-das pelo trabalho, conhecidas como LER/DORT, também fez parte das ações promovi-das pelo Conselho, quando foi realizado o Lian Gong.

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NOTíCiAS

Na última quarta-feira, 20, o Departamento de Fis-calização do Crefito5 e o presidente do Conselho estiveram na seccional de Caxias do Sul para a rea-lização de uma reunião com a Associação dos Fisio-terapeutas de Caxias do Sul – Afics. Na ocasião, os principais assuntos debatidos foram a rotina da fisca-lização, limites legais, áreas de atuação e, até, meios de comunicação em relação às resoluções do Coffito.Durante a reunião, o coordenador do Defis, Marcos Lisboa, alertou aos presentes que os fiscais cumprem a legislação, lembrando que uma das principais atri-buições de um Conselho é a fiscalização, visando proteger a sociedade do mau exercício da fisiotera-pia e terapia ocupacional. Partindo dessa premissa e tendo como base os questionamentos enviados pela Afics, o departamento compreendeu que seria mais esclarecedor e promissor uma reunião, na presença do presidente do Crefito5, Alexandre Doval, e do procurador jurídico do Conselho Leomar Lavratti.

Dentre as dúvidas apontadas pela Afics como as mais questionadas pelos profissionais está à fiscalização de clínicas de fisiatria, por se tratar de uma cidade que possui um número grande desse serviço. O coorde-nador explicou que cabe ao Crefito5 a fiscalização da fisioterapia e caso existam fisioterapeutas no estabe-lecimento, o Defis exercerá sua função.

Outro ponto ressaltado pelo presidente da Afics, Douglas Garcia, é o obtenção de informações após a realização de uma denúncia. Com base nisso, Lisboa explicou que toda denúncia recebe um encaminha-mento. “E preciso ficar claro que toda e qualquer denúncia terá um encaminhamento, será averiguada e caso fuja as competências do Conselho, será envia-da a outros órgãos”, ressaltou. Porém, Lisboa ainda alertou que hoje em dia não há nenhum sistema de acompanhamento de denúncias, tanto por questões técnicas como por avaliações legais.

Mas o encontro ainda teve outras pautas, como uma solicitação de um passo-a-passo do trabalho desen-volvido pelo fiscal ou esclarecimentos sobre nomen-

claturas e publicidade, pois de acordo com Garcia os profissionais não sabem como proceder corre-tamente e o livro de legislação, às vezes, pode ser muito complicado. Em resposta a esta indagação, o presidente Alexandre Doval expôs que muitas destas solicitações da associação estão completadas na revis-ta trimestral do Crefito5, cuja pauta é centrada nas necessidades e dúvidas dos profissionais. Ainda foi elucidado à Afics que o dia-a-dia da fiscalização está contemplado na edição 35 da revista, bem como em outras edições foram apresentados um Manual de Publicidade correta, ou as diferenças entre Pessoa Fí-sica e Pessoa Jurídica. “O Conselho tem focado suas ações no auxílio aos profissionais, percebemos que há muitas dúvidas em relação à legislação, principal-mente porque recebemos muitos destes questiona-mentos, assim, transformamos dúvidas em respostas, seja através de nossos canais de comunicação ou em reuniões, finalizou.

Ao final da reunião o presidente da Afics agradeceu a participação do Conselho, bem como a conversa que permitiu que as dúvidas fossem sanadas e de que as respostas pudessem ser repassadas aos associados. “Ficamos felizes com essa aproximação do Conselho com as associações, aliás, nem me lembro da última vez em que tive a oportunidade de conversar com um presidente do Crefito5”, ressaltou Garcia.

Também estiveram presentes o conselheiro e mem-bro do Defis Henrique Huve, a fiscal do Defis Silvana Halmenschlager, e os representantes convidados pela Afics, Maurício Sachett e Rosemeri Suzin.

Fiscalização foi pauta de reunião entre Crefito5 e Afics

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No dia 15, às 19h, na Câmara da Indústria, Co-mércio, Agricultura e Serviços (CIC) ocorreu o en-contro dos delegados Angelo Cortez Neto (Santo Ângelo),Vicente Brito (Torres), Mariney Portela (Bagé), Davi Mesquita (Cruz Alta), Liana Soldatelli (Vaca-ria), Vanderlei Somavilla (São Gabriel) com o vice-presidente do Crefito5, Antonio Alberto Fernandes (Betinho), onde foi discutida a importância do servi-ço praticado por eles, visto que representam o Crefito5 e ao mesmo tempo tem contato com os colegas da região, podendo transmitir ao Conselho a realida-de de cada cidade e auxiliando como orientador ao profissional que os procura. Além disso, os delega-

dos elogiaram o formato de reunião itinerante.No dia 16, às 9h, no CIC, o Crefito5 se reuniu com os profissionais em Vacaria, o encontro faz parte do projeto Minha cidade, nossa profissão. A discussão foi

em torno dos planos de saúde e da falta de responsabilidade dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacio-nais com a profissão. Ficou prevista uma nova reunião com as categorias para a for-mação de associação, porém ainda não há data marcada.

Encontro com delegados e profissionais em Vacaria

A conselheira do Crefito5 Marisa Gigante participa hoje, 1°, às 14h, da 8ª Semana de Prevenção da LER, quando compõe a mesa – Reabilitação e Pre-venção da LER – além de realizar a palestra “Reabi-litação Profissional na Visão da Previdência Social. Na ocasião, a terapeuta ocupacional apresentará um pouco do trabalho desenvolvido na Previdência So-cial de Pelotas e a importância da parceria entre Mi-nistério Público, Ministério do Trabalho e Emprego com a Previdência Social.

Marisa também lembra as diferenças na reabilitação prestada pelo SUS e pela Previdência Social, uma vez que a primeira realiza o tratamento de fisioterapia ou de terapia ocupacional, e a segunda se encarrega da recolocação dessas pessoas no mercado de trabalho. Como exemplo, Marisa trouxe algumas experiências de Pelotas, no caso, trabalhadores de empresas fri-goríficas que retornaram à empresa em outra fun-ção. “A Previdência se encarrega de reabilitar essas pessoas para suas ocupações, seja no trabalho ou no contexto em que vivem”, apontou.

Ela lembra também que para a reinserção desses pro-fissionais no mercado de trabalho é necessária uma avaliação das perdas e das restrições funcionais, es-colaridade, faixa etária e currículo. Afinal, será com base nessas informações que a equipe da Previdência poderá definir as potencialidades e habilidades e com isso buscar as condições de readaptação, podendo incluir até preparação profissional.

Conselheira do Crefito5 participa da 8ª Semana de Prevenção da LER

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O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocu-pacional da 5ª Região (Crefito5), através de sua diretoria, participou de reunião ontem (08), com o secretário Municipal de Saúde de Porto Alegre, Carlos Casartelli, para discutir o concurso público de terapia ocupacional, cujos cargos começaram a ser empossados ainda nesta semana.

O presidente do Crefito5, Alexandre Doval, além de parabenizar a Prefeitura pela contratação dos novos terapeutas ocupacionais, aproveitou a ocasião para conhecer melhor o quadro de profissionais de fisiote-rapia e de terapia ocupacional dentro do município, o trabalho desempenhado, locais de atuação e a pos-sibilidade de inserção de mais profissionais na cidade. Casartelli informou que existem 28 cargos de terapia ocupacional, 22 alocados na pasta da saúde e seis em outras secretarias. Em relação à fisioterapia, Porto Alegre conta com 33 profissionais na saúde e um em outra pasta. O secretário também destacou que não há previsão para contratação de mais de profissionais nesse momento, uma vez que o gasto em saúde do município é de 20% e 19% correspondem à folha de pagamento.

Além da presença do Crefito5, a Associação de Terapeutas Ocupacionais do Rio Grande do Sul – Atorgs também participou da reunião, acrescentan-do à pauta a utilização do terapeuta ocupacional em diversas estruturas da saúde, entre elas na reabilita-ção e no trabalho com órteses e próteses, isso sem

mencionar a inclusão deste profissional na Estratégia de Saúde da Família – ESF.

Doval acrescentou à reunião o cumprimento da RDC-7, resolução da Anvisa que prevê uma reformulação no atendimento dentro das UTIS, inclusive com uma ampliação do quadro atual e a contratação de fisiote-rapeutas especialistas. Casartelli informou que a UTI Neonatal do Hospital Presidente Vargas será a pri-meira a ser enquadrada na RDC-7 e a seguir, o HPS, através de sua nova estrutura, que também contará com equipe adequada à resolução.

Casartelli comentou também sobre projetos que vi-sam conquistar mais verbas para a saúde, como o Saúde +10. Ele destacou também a criação de uma área destinada ao trabalhador, dentro do Hospital Independência em parceria com o Hospital Divina Providência, e que terá ênfase na reabilitação a fim de evitar procedimentos cirúrgicos.

Por fim, a Atorgs e o Crefito5 ficaram encarregados de preparar uma capacitação com as equipes da Se-cretaria de Saúde para mostrar o papel do terapeuta ocupacional na assistência da saúde.

Também estiveram presentes a diretora-secretária do Crefito5, Lenise Hetzel, o procurador jurídico do Crefito5, Leomar Lavratti, além da terapeuta ocu-pacional Rosana Schimidt, representando a Atorgs.

Crefito5 e Prefeitura de Porto Alegre discutem cargos de

terapia ocupacional e fisioterapia

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Cenários e Perspectivas da Terapia Ocupacional no SUAS

Aconteceu na sexta (1°) e sábado (2), no Centro Universitário Metodista (IPA), o seminário Cenários e perspectivas da Terapia Ocupacional no Serviço Único de Assistência Social (SUAS). A abertura contou com a presença do presidente do Crefito5, Alexandre Doval, representando o reitor do IPA, a Coordenadora de Extensão e Ação Comunitária, Vera Elaine Marques Maciel, a presidente da Ator-gs, Clori Pinheiro e a presidente da Abrato/SC e do Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional 2013, Lizete Antunes. Na fala de Vera foi destacado que o curso de terapia ocupacional existe há 33 anos no IPA e foi a primeira instituição brasileira a ser filiada ao WFOT.

Na oportunidade foram realizadas palestras de José Crus, coordenador geral da Gestão do Trabalho do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divul-gou nesta quinta-feira (31) a atualização da Classifi-cação Brasileira de Ocupações (CBO), o documento retrata a realidade das profissões do mercado de tra-balho brasileiro. A revisão contou com a inclusão de 83 ocupações, famílias ocupacionais e sinonímias. O arquivo passa a conter agora 2.619 ocupações.

A CBO é utilizada pelo MTE na confecção da Rela-ção Anual de Informações Sociais (Rais), no Cadas-tro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no cruzamento de dados do Seguro-Desemprego e na formulação de políticas públicas de geração de emprego e renda.

Outras instituições governamentais utilizam a CBO para seus produtos, como a Declaração de Imposto de Renda, o cadastramento no INSS, em políticas públicas de Saúde, no Censo Educacional e em pes-quisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE). Para a formação desta Classificação são envolvidos pesquisadores da Unicamp, UFMG e Fipe/USP e profissionais do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).

A ocupação de terapeuta ocupacional foi incluída em 2002, reformulada em 2008 e possui o códi-go 2239-05 que descreve a atuação profissional da seguinte forma: “Realiza intervenções e tratamento

de pacientes e clientes utilizando procedimentos es-pecíficos de terapia ocupacional e ortóptica. Avaliam funções e atividades; analisam condições dos pacien-tes e clientes; realizam diagnósticos. Atuam na orien-tação de pacientes, clientes, familiares, cuidadores e responsáveis. Desenvolvem, ainda, programas de prevenção, promoção de saúde e qualidade de vida”.

A alteração publicada hoje (31) refere-se à inclusão de profissionais de terapias criativas e equoterapias nas seguintes áreas de atuações musicoterapeuta, ar-teterapeuta, equoterapeuta, que estão também no grupo das famílias ocupacionais representado pelo código 2263, e descreve os profissionais como os que:

“Realizam atendimento terapêutico em pacientes, clientes e praticantes utilizando programas, métodos e técnicas específicas de arteterapia, musicoterapia e equoterapia. Atuam na orientação de pacientes, clientes, praticantes, familiares e cuidadores. De-senvolvem programas de prevenção, promoção de saúde e qualidade de vida. Exercem atividades técnico-científicas através da realização de pesquisas, trabalhos específicos, organização e participação em eventos científicos.”

Fonte: MTE/Crefito5

Ministério do Trabalho e Emprego inclui 83 novas ocupações na CBO

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NOTíCiAS

cação permanente para os trabalhadores do SUAS e a implantação de uma Politica Nacional de Educação Permanente do SUAS (PNEP/SUAS), além da insti-tuição da carreira especifica para o SUAS.

Após sua fala houve a palestra da vice-presidente do Conselho Nacional de Assistência Social, Leila Pizzato, responsável pela revisão e modificação da NOB/SUAS que passou por revisão no ano de 2012 e foi publicada dia 3/1/2013. Leila afirmou que este instrumento visa orientar os gestores dos municípios, dos estados e da União, e o CNAS teve atenção neste documento de tratar da vigilância/controle social e da participa-ção social, com o ojetivo de conhecer e reconhecer as necessidades sociais. A divulgação, consolidação e implementação dessa política é de responsabilidade do CONGEMAS (Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social) e do FONSEAS (Fórum Nacional de Secretários (as) de Estado da Assistência Social).

Para Leila o processo de revisão do NOB permitiu refletir sobre os estágios para consolidação do SUAS e valorizar os trabalhadores, aprimorando a gestão e qualidade deste serviço aos beneficiários.

Leila também comentou sobre a IX Conferência Na-cional de Assistência Social que tem como tema “A Gestão e o Financiamento na efetivação do SUAS”, e será realizada em Brasília, no período de 16 a 19 de dezembro de 2013.

Para os participantes o seminário trouxe descober-tas, como o caso da aluna Maíra Pinto, estudante de Terapia Ocupacional, que teve o primeiro contato nesta área e ficou interessada. Além dela a coordena-dora do Curso de Terapia Ocupacional da Faculda-de da Serra Gaúcha, Claudia Scolari, comentou que achou o seminário positivo pela interdisciplinaridade do tema, promovendo a discussão e o trabalho co-mum de diversas áreas.

à fome, que teve como coordenador da mesa José Naum Mesquita, presidente da Abrato. Crus apre-sentou o cenário e as perspectivas do MDS, que bus-ca reafirmar compromissos, avançar nas conquistas aprimorando a gestão do SUAS e a qualidade dos serviços dos benefícios, através de programas de for-mação para os trabalhadores do SUAS.

O SUAS já possui 8 anos, e foi publicado em 2005 mas, antes disso, Porto Alegre já servia como obser-vatório para implantação da Lei Orgânica da Assis-tência em 1993, que dispôs sobre a organização da

assistência social no Brasil e regulamentou os pres-supostos constitucionais que definem e garantem o direito à assistência social, instituindo benefícios, serviços, programas e projetos destinados ao enfren-tamento da exclusão social dos segmentos mais vul-nerabilizados da população.

De 2005 pra cá houve um grande avanço, conforme colocou Crus, principalmente na aquisição de equi-pamento e serviços, que atualmente atendem mais de 3,5 milhões de famílias brasileiras, registradas no cadastro único do Governo Federal. A verba recebi-da pelo MDS se equipara ao Ministério da Educação, em torno de 55 bilhões anuais.

Segundo Crus os principais desafios do MDS é a con-solidação/ implantação das Normas Operacionais Básicas (NOB/RH), a criação de uma lei de respon-sabilidade fiscal, o resconhecimento das categorias de nível fundamental e médio atuantes no SUAS, a insti-tuição de uma mesa nacional de negociação (MNN/SUAS), a execução do Capacita/SUAS e do FORT/SUAS – programas nacionais de capacitação e edu-

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Programe-se: Eventos em 2013

13º Congresso de Stress da Isma-BR, 15º Fórum Internacional de Qualidade de Vida no TrabalhoData: 18 a 20 de junhoLocal: Plaza São Rafael em Porto Alegre/RSInformações: www.ismabrasil.com.br

VI Congresso Gaúcho de PneumologiaData: 07 a 08 de junhoLocal: Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael em Porto Alegre/RSInformações: www.sptrs.org.br/congresso2013

1° Congresso Multidisciplinar em Oncolo-gia do Instituto do Câncer do HMD e II Jornada de Fisioterapia em OncologiaData: 21 a 22 de junho Local: Hotel Deville em Porto Alegre/RSInformações: www.icmd2013.com.br

AGENDA

VI Fórum Internacional Integrando Meio Ambiente à Vida: o esporte contra a fomeData: 26 a 28 de abrilLocal: Teatro Dante Barone da AL/RS em Porto AlegreInformações: www.institutoame.org.br

IX Simpósio de Fisioterapia em Terapia In-tensiva, V Simpósio de Fisioterapia no Transplante e

V Simpósio de Fisioterapia em CardiologiaData: 02 a 05 de maioLocal: Auditório Moise Safra - Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo/SPInformações: www.einstein.br/eventos

2° Encontro Internacional em Saúde: Meio ambiente e Saúde Data: 14 a 17 de maio de 2013Local: UNIJUÍ em Ijuí/RSInformações: www.unijui.edu.br/eventos

Congresso Internacional de Reabilitação Neuromusculoesquelética e EsportivaData: 15 a 18 de maio de 2013Local: Centro de Convenções Sul América no Rio de Janeiro/RJInformações: www.cirne2013.com.br

XVIII Congresso Sulbrasileiro de Ortope-dia e TraumatologiaData:20 a 22 de junhoLocal: Hotel Serrano em Gramado/RSInformações: www.sulbra2013.com.br

XIII Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional Data: 13 a 16 de outubroLocal: Centrosul em Florianópolis/SCInformações: www.cbto2013.com.br

XX Congresso Brasileiro de FisioterapiaData: 16 a 19 de outubroLocal: Centro de Eventos do Ceará em Fortaleza/CEInformações: www.congressoafb2013.org.br

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AGENDA

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Dicas de Filmes: Ferrugem e OssoAlain (Matthias Schoenaerts) está desempregado e vive com o filho, de apenas cinco anos. Ele parte para a casa da irmã em busca de aju-da e logo consegue um emprego como segurança de boate. Um dia, ao apartar uma confusão, ele conhece Stéphanie (Marion Cotillard), uma bela treinadora de orcas. Alain a leva em casa e deixa seu cartão com ela, caso precise de algum serviço. O que eles não esperavam era que, pouco tempo depois, Stéphanie sofreria um grave acidente que mudaria sua vida para sempre. O trailer de “Ferrugem e Osso” é cuidadoso ao revelar o drama da personagem, uma adestradora de baleias que tem as pernas amputadas após um acidente. É um filme sobre a autoestima de uma mulher e como ela a recupera.

Diretor: Jacques AudiardBélgica - França/2012

Dicas de Filmes: Colegas Stallone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pook) e Márcio (Breno Viola) eram grandes amigos e viviam juntos em um instituto para pes soas com síndrome de Down, ao lado de vários outros colegas. Um belo dia, surge a ideia de sair dali para realizar o sonho individual de cada um e inspirados pelos inúmeros filmes que já tinham assistido na videoteca local, eles roubam o carro do jardineiro (Lima Duarte) e fogem de lá. A imprensa começa a cobrir o caso e a polícia não gostou nem um pouco dessa “brincadeira”. Para resolver o problema, coloca dois policiais trapalhões no encalço dos jovens, que só querem realizar os seus sonhos e estão dispostos a viver essa grande aventura, que vai ser revelar repleta de momentos inesquecíveis.

Diretor: Marcelo GalvãoBrasil/2012

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IMPRESSO AUTORIZADO PODE SER ABERTO P/ECT

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