almanautica 16 jan./fev. 2015

7
PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO! Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar Ano III – nº 16 jan./fev. 2015 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Izabel Pimentel completa sua volta ao mundo em solitário Exclusivo: Campeão de Jet Ski dá exemplo responsável Encalhe do Vestas: Acidente inexplicável na VOR Campeonatos pelo Brasil e pelo mundo Brasil é ouro no Lightning Tudo isso e muito mais! ISSN: 23577800 15 www.almanautica.com.br Leia nesta edição: Novo livro do escritor (e nosso colunista!) José Paulo de Paula

Upload: ricardo-amatucci

Post on 06-Apr-2016

233 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

Notícias pra quem tem o mar na alma e quer mais conteúdo!

TRANSCRIPT

Page 1: Almanautica 16 jan./fev. 2015

ALMANÁUTICAPRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!

Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano III – nº 16 – jan./fev. 2015 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Izabel Pimentel completa sua volta ao mundo em solitário Exclusivo: Campeão de Jet Ski dá exemplo responsável Encalhe do Vestas: Acidente inexplicável na VOR Campeonatos pelo Brasil e pelo mundo Brasil é ouro no Lightning Tudo isso e muito mais!

ISSN: 23577800 15www.almanautica.com.br

Leia nesta edição:

Novo livro do escritor (e nossocolunista!) José Paulo de Paula

Page 2: Almanautica 16 jan./fev. 2015

Almanáutica:Jornalista Responsável: Paulo Gorab

ISSN: 23577800 15 Jornal bimestral, com distribuição nacional

nos principais polos náuticos do Brasil. Ano 03, número 16 jan./fev. de 2015

Depto. Jurídico: Dra. Diana MelchheierContato: [email protected] Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial.

Visite nosso site e fique por dentro das novi-dades diariamente:

www.almanautica.com.br

EDITORIAL

Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com

2 MurilloNOVAES

AL

MA

UT

ICA

José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão ama-dor e conta, em crônicas com muito humor, situações vividas a bordo com sua família no livro “É proibido

morar em barco”, à venda na Livraria Moana

Crônicas Flutuantes Coluna do escritor José Paulo de Paula

Divã Náutico

Olá querido amigo de alma náutica, eis que chegamos aqui neste glorioso dezembro de nosso senhor com o coração cheio, os bolsos vazios (para a maioria, pelo menos, e, sinceramente, espero que você seja parte da minoria) e a mente atordoada por tan-tos escândalos que assolam nossa humilde Pindorama e sua outrora orgulhosa petro-leira de águas profundas (e, agora temos certeza, moral muito rasa). Os que fizerem um balanço positivo, pode-rão notar que nunca antes uma crise como essa, desde que os portugueses seduziram os chefes indígenas com seus mimos e pre-sentes há mais de 500 anos, foi tão fundo nas veias de corrompidos e corruptores. Um alento em meio ao caos. Os que olha-rem pelo lado pior, bem, esses que, além de tudo, sejam possuidores de veleiros oceâ-nicos, sugiro que se façam ao mar e deixam a terra nada firme deste ex-varonil Brasil antes que tudo afunde de vez. No entanto, com toda verdade, e por uma deformação de caráter otimista deste escri-ba prefiro acreditar que seja tudo apenas mais uma etapa, mais um rito de passagem, rumo a um país melhor e mais organiza-do. Veremos... Mas sei que em tempos de superbactéria no rio Carioca, de ameaças de estupro em plena tribuna do Congresso Nacional e de cenário internacional dete-riorado em todos os sentidos, do ético ao econômico, fica difícil imaginar um feliz 2015.Todavia, quando olhamos para o nosso mar, sempre ele, e vemos Martine Grael e Kahena Kunze singrando suas águas com a graça e a beleza da supercompetência da mulher brasileira, que as alçou às melhores

do mundo, quando vemos Jorginho Zarif, competindo pela primeira vez na inacre-ditável classe Star, contra os melhores de todo o planeta e deixando ídolos como Robert e Torben para trás, há um fio de esperança. Quando vemos as velejadas de nossos eternos meninos e meninas, sempre “optimistas”, este fio se torna algo maior.E mais que tudo, quando sabemos que, para os cristãos, estamos nesta época es-pecial de nascimento e vida e para o res-to do mundo, a virada no calendário, que como já disse o poeta Drummond, tem a beleza de num passe de mágica entrecortar nossas existências e nos renovar de espe-ranças, olho para o futuro com melhores perspectivas. Ah, os otimistas... Mas como não sê-lo?Aqueles que acompanham este humilde relator da vida vélica bem devem recordar que há exato um ano fui tocado pela graça divina e pude, do abismo da quase-morte, renascer com fé e alegria. No nosso perió-dico de alma super náutica escrevi então: “Eu, meu amigo de Cabo Frio, Fábio Colli-chio, e meu filho de 13 anos, Pedro, vínha-mos velejando de Cabo Frio para o Rio no Velamar 32 “Fratelli” de Fábio quando, por volta de meia noite e cinco, do domingo dia 8/12, por um erro crasso deste navega-dor, capotamos na laja da ilha da Mãe, em Niterói. A sequência de acontecimentos foi terrível, mas, por sorte, todos saímos ilesos e a perda foi apenas material”.O fato de quase ter morrido e matado meu filho e amigo só aumenta minha culpa e não fosse o imenso carinho que recebi da comunidade vélica brasileira em centenas de mensagens, nem sei se aguentaria tanta angústia......O fato é que, passadas quase duas sema-nas do ocorrido, só agora começo a refletir melhor sobre tudo. No texto que publiquei em meu site fiz menção a um erro terrível – a desatenção por estar falando ao celular

GIRO

“Platão teria dito: “Há três tipos de ho-mens. Os vivos, os mortos e os que andam pelo mar”. A abrangência da citação é vasta e podemos viajar nela durante o tem-po que quisermos ou que durarem nossas reflexões, mas, suposto apenas seu senti-do literal, o pai dos filósofos no mínimo teria insinuado que a lida no mar é dura e para poucos e que esses poucos devam ter algum diferencial em relação aos mortais comuns. Hoje, no nosso planetinha tão maltratado, entre outras coisas, pela neces-sidade de consumir um monte de porcarias de que não precisamos, parte significativa das pessoas que, seja lá por qual motivo, decida dedicar pensamentos e energias às coisas relacionadas a barcos e congêneres, o fazem, inicialmente, de forma bastante, por assim dizer, romântica e fantasiosa. Ah!, aquela lancha maravilhosa na revis-ta, com uma bela bunda sendo tostada ao sol de verão, cabelo ao vento, gente jovem reunida... boa música, uma praia paradi-síaca, caipirinha... Ou o fantástico veleiro flutuando calmamente na água cristalina de alguma enseada perdida na Polinésia... Tudo sugere romance, aventura e o almeja-do dulce farniente. O Divã Náutico vem em socorro dessa turma. São crônicas onde a realidade se

mistura com a ficção – o leitor que quiser esclarecer suas dúvidas quanto a isso não se avexe em me escrever, por favor – e surgiu da necessidade de assessorar, psico-logicamente falando, uma pequena parce-la da humanidade – cada vez maior – que insiste em se equilibrar sobre objetos que flutuam, na maior parte das vezes ditos BARCOS, nesse nosso caso específico, veleiros. É claro que a intenção não é o de-sestimulo, longe disso!, mas sim um maior contato com a realidade das coisas. Algo como uma bula, ou seja, “só embarque depois de ter lido esse livrinho; não desa-parecendo os sintomas procure orientação profissional, de preferência um psicanalis-ta velejador ou algo do gênero”. Isso não significa que os que já estão viciados de maneira irreversível devam abster-se da leitura, afinal, o bom humor parece ser, a cada dia que passamos nesse mundo con-fuso, fundamental.Parte das crônicas foram escritas para se-rem publicadas na Revista Náutica durante o período em que ali assinei uma coluna, a “Coluna do Zé”. Acho interessante men-cionar que as crônicas que aqui estão, sal-vo poucas exceções, são as originais. Digo isso porque as publicadas na coluna eram modificadas pelo editor sem que eu saiba ainda muito bem o porquê; possivelmente para serem adaptadas à linha editorial ou à

vontade do próprio ou lá mais o que possa ser... Ordem do Sarney talvez? No início foi-me um pouco difícil aceitar tais interfe-rências. Como eram escritos que, no mais das vezes, não envolviam compromissos conceituais, deixei barato até quando deu. Possivelmente não tornarei a cometer esse deslize”.

Esse pequeno escrito acima é parte do prefácio do meu novo livrinho, DIVÃ NÁUTICO, e estou aproveitando esse es-paço para apresentá-lo ao leitor do nosso ALMANÁUTICA. Ainda não foi “oficial-mente” lançado, portanto não enfeita ainda as melhores prateleiras das melhores casas do ramo, todavia, aquele que quiser adqui-ri-lo pela módica quantia de 25 dinheiros – aceitamos dólares, euros, ienes, pesos e guaranis e eventualmente qualquer outra coisa – mais a despesa postal, é só me pedir pelo [email protected] Segue uma foto da capa que o meu patrão vai ter que se virar e arrumar um cantinho para editá-la...

(Obs. do patrão: Fiz questão de colocar na capa desta edição além do site do Almanáutica!)

O que podemos aprender com o aciden-te do veleiro Team Vestas na Volvo Ocean Race? Longe da intenção de crucificar o res-ponsável – até porque numa equipe não há só um responsável – o interessante é apren-der com o erro dos outros. Na pior das hi-póteses é mais barato... Como diz o ditado: “quanto mais perto do culpado, mais longe da solução”, portanto verificar a falha e lembrar dela em nossa próxima navegação é o ponto central. Talvez o mais importante seja a prepa-ração da derrota (trecho a ser navegado). Tirando as óbvias diferenças entre cruzeiro e regata – pois na regata o rumo pode va-riar muito de acordo com muitas variáveis - a atenta observação e alerta à tripulação de todos os possíveis perigos à navegação pelos quais a rota passará, é mais que obri-gação do responsável pela navegação. O atento levantamento de lajes, ilhas, regiões de pesca, trânsito de navios, e mesmo as correntes e ventos típicos da época e da região, faz parte da preparação para a via-gem, seja ela uma corrida ou puro lazer. E aqui surge um ponto ainda mais polêmico (para alguns) a ser discutido: a obrigatoriedade da carta em papel do tre-cho navegado. Obrigatório pela Marinha do Brasil, mas tão reclamada “em tempos de tecnologia” pelos que precisam adquiri--las. O erro assumido pelo navegador Wou-ter Verbraak, foi “não ter dado zoom” sufi-ciente sobre a área onde houve o encalhe. Coisa que nas cartas de médio detalhe, não seria necessário. A grande ironia fica por conta de que o prejuízo de milhões de dóla-res causados ao patrocinador Vestas, talvez pudesse ter sido evitado com o uso de um simples – e barata - carta de papel... Mas as lições de humildade, persis-tência e responsabilidade também podem ser aprendidas. Mesmo com as declara-ções que obviamente tinham o intuito de “tirar o seu da reta”, o Comandante Chris Nicholson assumiu publicamente parte da culpa pelo acidente nas entrevistas. E mais, soube comandar os oito tripulantes sob sua responsabilidade num momento de crise, mantendo-os a bordo até que amanhecesse. Além disso tratou de tirar muitos equipa-mentos “na unha” (e nas costas), incluindo retranca, hardware, velas, cabos e combus-tível, não só poupando preciosos euros, mas impedindo que o combustível poluísse a imaculada região. Salvou a tripulação e de quebra a imagem do patrocinador, que trabalha com energia limpa. Menos mal...

Ricardo Amatucci - Editor

Team Vestas e a liçãoNo meio do caminho

tinha uma pedra

Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos ventos e mantém o maracatublog.com

Umas eOutras

Por Hélio Viana

Histórias de um navegante im re isp c o

Aleixo Belov: Como ir à Antártica

Guarapiranga - SP

Santa CatarinaFoto da capa

MeteorologiaOceanografia&

Luciano Guerra, é especialista em meteorologia pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteoro-lógicos no Operador Nacional do Sistema Elé-trico ONS.

A Bordo vai ao ar todos os domingos das 11h às 12h pela Metropolitana: metro1.com.br

Baixe o app e ouça em qualquer lugar!

A 39ª edição da Regata da Primavera reu-niu cerca de 80 embarcações e 500 vele-jadores entre os dias 1 e 2 de novembro, partindo da Ponta do Humaitá em direção à localidade de Mutá, em Jaguaripe, na Bahia. O evento foi promovido pelo Saveiro Clu-be da Bahia, sob coordenação da Via Náu-tica Consultoria e Eventos, com o apoio da Secretaria do Turismo e Bahiatursa. De acordo com Everton Fróes, represen-tante da Via Náutica, a importância do evento está em realizar um percurso pro-pício para o turismo náutico, percorrendo a Baía de Todos-os-Santos, e promover a integração com a comunidade de Mutá e o seu entorno. “Além de atrair um gran-de número de pessoas para o segmento, a nossa intenção é movimentar a economia local”, ressaltou Fróes. Entre os participantes estão velejadores do Yacht Clube da Bahia, Aratu Iate Clube, Saveiro Clube da Bahia, Clube Angra dos Veleiros, Ocema Iate Clube, Marina e Es-taleiro Aratu, Bahia Marina, Pier Salvador, dentre outras embarcações de demais esta-dos do país.

A Bordo

Rio de Janeiro

pela Costa

Qual velejador do mundo não tem o sonho de subir a Costa Brasileira? Curtir as águas quentes do Sul da Bahia, realizar um mer-gulho nas águas cristalinas de Abrolhos ou admirar as belezas incomparáveis do mar de Fernando de Noronha?! Antes de iniciar mais este artigo, vou relembrar alguns ca-sos interessantes que me trazem à memória a teoria da relatividade voltada para o mun-do náutico. Em 2002, velejando no Canal da Mancha, escutei de um certo velejador Irlandês o seguinte: “Amo velejar no Bra-sil porque lá não tem mar... O mar é um lago e a temperatura da água me parece a

de uma hidromassagem”. Já em fevereiro de 2014 em St. Marteen, conheci um ve-lejador francês que, ao ouvir nosso grupo de brasileiros, deixou escorrer lágrimas de seus olhos ao lembrar de sua passagem pela Bahia: “Não gosto muito do Caribe. Aqui balança muito. Tenho saudade das águas de Salvador...”.Mas por mais que velejadores interna-cionais pintem um quadro maravilhoso a respeito do Nordeste brasileiro, a falta de planejamento durante a subida da costa pode tornar o sonho de qualquer navegador quase um pesadelo. A palavra “nordeste” pode ter seu brilho apagado e causar certo desconforto a bordo. Em 2014 alguns ve-leiros suspenderam atrasados para a Rega-ta REFENO e decidiram retornar por conta dos ventos predominantes de NE.A costa brasileira neste trajeto recebe a corrente do Brasil, que flui no sentido Nor-te/Sul. Esta corrente, que durante os meses de fevereiro, março e abril chega a atingir 1 nó de velocidade, já impõe uma certa bar-reira ao navegador. As médias de velocida-

Subindo a CostaBrasileira

Por: Luciano Guerra

3

Regata da Primavera

em uma aproximação complicada com a laje a sotavento –, e outro que julguei en-tão menor e não decisivo – o fato de não estar completamente informado das con-dições de mar na barra do Rio de Janeiro. Hoje vejo que ambos tiveram papel pre-ponderante no acidente...”. E, agora, um ano depois, percebo que um conjunto de pequenos e grandes erros foi decisivo. Mas vejo também o quanto o acaso foi generoso conosco (para os que quiserem ler o rela-to original completo é só dar um pulinho em http://bit.ly/acidentevela) e renovo aqui os meus agradecimentos e melhores senti-mentos em relação a todos os solidários. Por essas e por outras que não canso de agradecer e acreditar eternamente que o futuro é sempre um lugar melhor. Que o digam os velejadores do VO65 “Vestas”, que, por um erro também crasso de seu navegador, atropelaram um atol em pleno Índico, no meio da noite, em meio a regata de volta ao mundo Volvo Ocean Race, ve-lejando a 19 nós, e nada sofreram de mais grave. Fora as perdas materiais e o inevitá-vel trauma moral. Um milagre!Nas nossas vidas, países, empresas, rela-cionamentos, sonhos, planos, desejos e na maior de todas as metáforas deles, o imen-so e belo oceano que temos que atraves-sar, por vezes há pedras no caminho. Mas tenha certeza, elas são duras, machucam, destroem, mas para aqueles a quem é dada a benção de sobrepujá-las elas se tornam marcos de uma vida melhor, mais tran-quila, mais atenta e mais venturosa. Pode acreditar!

Um feliz tudo para você e todos os seus! Que em 2015 todas as pedras se tornem ca-tapultas para uma vida mais completa para todos vocês! Bons ventos!

Luciano Guerra, é especialista em meteorologia pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteoro-lógicos no Operador Nacional do Sistema Elé-trico ONS.

de da corrente em derrotas mais aterradas nunca ficam abaixo de 0,5 nó. Portanto, o planejamento do velejador já inicia com a adequação das janelas de tempo à corrente predominante. Subir a costa é literalmente subir a ladeira...De acordo com dados do INMET os meses de Junho e Julho registram a maior inci-dência de ventos nos quadrantes S, SE e SO nas regiões de Búzios e Vitória. Es-tes ventos são causados pela chegada das frentes frias, muito mais frequentes nesta época do ano. Isso significa que aproxi-madamente 39% dos dias destes meses recebem ventos nos quadrantes mais ade-quados para a subida da costa. Ao contrá-rio de meses mais próximos do verão, que de acordo com as cartas piloto, mostram um percentual de ventos nos quadrantes E e NE acima dos 30%. Longe do humilde navegador que vos escreve, querer deter-minar quando devem soltar as amarras. No entanto, utilizarei um termo que con-

sidero cômico para as análises dos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, agosto, setembro, outubro, novembro e dezem-bro. Todo aquele que desejar subir a cos-ta brasileiras nestes meses, não pode ter compromisso com relógio nem calendário, porque é faca na caveira. Certamente irão aproveitar do verdadeiro... nordeste.

A largada da regata aconteceu as 13 horas de um sábado, e a chegada em Mutá no fi-nal da tarde do mesmo dia. Além da competição de embarcações, a programação contou com apresentações do grupo regional de samba de roda Samba-deiras de Mutá e de Léo Macedo, cantor da banda Estakazero, que se apresentou com a banda Plano C.

O público ainda teve a oportunidade de co-nhecer outros aspectos culturais de Mutá com as feiras de produtos regionais e quer-messes montadas no local. Além disso, fizeram parte da programação uma confraternização e a solenidade de premiação. Os alunos do concurso de tra-balhos sobre preservação ambiental tam-bém foram premiados.

Foto: Moisés Barreto

Foto: Tatiana Conesa

A festa da Regata da Primavera

Sucesso: Mais de 80 embarcações Com a presença da imprensa e da Presidente da República, Dilma Roussef, a Marinha do Brasil inaugurou dia 12 de dezembro o Prédio Principal do Estaleiro de Construção. Ele integra o complexo de Estaleiro e Base Naval que já estava pre-visto no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). O edifício é a instalação mais importante do empreendimento e abrigará recursos técnicos e industriais que permi-tirão a conclusão da fabricação de cinco submarinos, sendo quatro convencionais e um com propulsão nuclear.

Prosub: Marinha inaugura edifício

Em seu 7º livro, “O veleiro escola Frater-nidade na Antártica”, o navegador baiano Aleixo Belov conta sua viagem ao conti-nente gelado. A obra, das Edições Marí-timas, traz dicas, um DVD e mais de 80 fotos, a maioria de autoria de Leonardo Papini, capa da edição nº 13 deste pasquim náutico. Para Belov a vida tem etapas. Na 1ª ele deu três voltas ao mundo em solitá-rio. Na 2ª etapa ele foi tão feliz viajando sozinho que achou “uma sacanagem, de-pois de ganhar dinheiro, de não dar chance aos outros de conhecer o alto-mar”. Então construiu o veleiro escola, deu a 4ª volta e treinou 26 alunos. Nesta embarcamos, eu e minha mulher Mara, na perna do Sudão, no Mar Vermelho, até a Ucrânia, no Mar Negro. Foi quando molhei as canelas em águas que nunca pensei um dia navegar. No verão de 2014 veio a 3ª etapa: atraves-sar a passagem de Drake. Aleixo foi a mais de 10 ̊ abaixo da latitude do Horn e pas-sou pelo arquipélago de Melquior, a baía de Cuverville e Port Lockroy até chegar à base ucraniana de Vernadsky, nos 65 ̊ 15´ Sul, onde “dormiu abraçado com iceber-gs”. No Drake, apesar da janela de quase quatro dias de bom tempo, que é raro, a maior dificuldade foi a neblina muito es-pessa. O mais duro foi na costa argentina, onde os 10 tripulantes pegaram “os piores cacetes do tempo, os ventos violentos de mais de 45 nós faziam o barco todo tre-mer, parecia que as ondas queriam nos transformar em pó, mas que também fa-ziam o barco andar que era uma beleza”. Com este livro Aleixo tenta desmistificar a ida à Antártica. Depois desta viagem ele acha até fácil, desde que se tenha conhe-cimentos específicos e um bom barco. “É claro que tem que ter um pouco de sorte e sempre estar atento às previsões de tempo. Em Ushuaia havia mais de 40 veleiros de charter e todos compartilham informações. Na Antártica, onde não há cartas, usamos croquis das ancoragens. Eu consegui mais de 100 desses desenhos e alguns estão no livro”. Aleixo motorizou as catracas da es-cota da genoa. Um bom upgrade a bordo, já que o velho lobo do mar faz 72 anos em janeiro. E completa: “o continente gelado deu-me a chance de observar a natureza e estudar tantos barcos preparados para na-vegar em altas latitudes, conhecer tanta gente que sabe das coisas e isto me abriu uma série de novas oportunidades e no-vas janelas, só não sei se terei coragem de saltá-las”. Quem sabe a próxima janela se abra sobre o Alasca? Vou torcer pro meu comandante ter vontade de pular.

Copa Brasil A Copa Brasil de Vela aconteceu em de-zembro e reuniu a nata da vela brasileira - Robert Scheidt, Martine Grael e Kahena Kunze e Jorge Zarif – e estrangeiros como o holandês Dorian Van Rijsselberge, me-dalha de ouro em Londres na classe RS:X. Também presentes os britânicos Nick Thompson, bronze no Mundial de Laser Standard, e Giles Scott, campeão mundial de Finn, os australianos Mathew Belcher e Will Ryan, ouro em Londres e no Mundial de 470, Billy Besson e Marie Riou, cam-peões mundiais de Nacra, e a holandesa Marit Bouwmeester, medalha de prata nos Jogos de Londres 2012 e campeã mundial este ano na classe Laser Radial.

Team Brunel, vencedor da perna 2 da Volvo Ocean Race. Crédito: @SandervanderBorch

Drops AlmanáuticaToda segunda-feira pela manhã, você pode ouvir o resumo dos acontecimentos mais importantes da náutica no seu computa-

dor, tablet, I-Pad ou mesmo celular, através da nossa web rádio. É o Drops Almanáutica! Acesse o site

http://www.spreaker.com/user/radioalmanautica E se quiser mande uma mensagem de voz gravada para [email protected] que a gente coloca no ar!

Drops Almanáutica: Resumo todas as segundas pela manhã!

Page 3: Almanautica 16 jan./fev. 2015

4A

LM

AN

ÁU

TIC

A

5Rio Grande do Sul Ilhabela - SP Salvador - BA

Guarapiranga - SP

Paraná

Em novembro aconteceu a Cerimônia de Entrega de Prêmios do XXIV Troféu Cayru de Vela de Oceano. Os vencedores na classe ORC Internacional foram João Antônio Remédios com o veleiro Patron, do Veleiros do Sul. O C’est la Vie ( tam-bém do VDS) , de Henrique Dias ficou com o segundo lugar, seguido do coman-dante Francisco Freitas e o San Chico 3, que conquistou a terceira posição. Além do terceiro lugar, o San Chico 3 foi o Fita Azul. Na RGS, assim como na edição pas-sada da competição, o título ficou com Carlos “Caco” Moré e seu Abaquar, que terminou vencendo a última regata do cam-peonato. O segundo lugar ficou com o De-lirium, de Darci Rebello, e o Caulimaran, do comandante Emilio Strassburger, ficou em terceiro. Já pela classe J24, o vencedor foi o barco Zapeka, de Walter Bromberg, do Veleiros. Na classe Microtoner 19 quem ficou em primeiro foi Humberto Blatner e o barco 14 Bis, do Sava. E no Velejaço, competição que deu início nas regatas de domingo, o primeiro a cruzar a linha foi o barco Tem-pest, de Luis Colling.

O Campeonato Sul-Brasileiro e a 11ª Copa Mercosul 2014 de Vela, classe Laser, foram realizadas no Lago de Itaipu em Foz do Iguaçu (PR). O torneio foi organizado pelo Iate Clube Lago de Itaipu (ICLI) e foi disputado nas classes Standard, Radial e 4.7, com a participação de 23 laseristas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Brasília, São Paulo e Posadas, Argentina. Os atletas do Projeto Velejar é Preciso (ICLI/Itaipu), de Foz do Iguaçu, conseguiram um excelente desempenho, conquistando o troféu de campeão nas classes Radial e 4.7. Allan Godoy venceu pela primeira vez o Sul Brasileiro e a Copa Mercosul. Andrey Godoy e Elizeu Junior da Silva conquistaram o titulo de campeão na categoria Laser 4.7. O iguaçuense Elizeu Junior da Silva obteve, também, o titulo de campeão do Sul Brasileiro e da Copa Mercosul 2014 após vencer três regatas no Standard. Em dezembro aconteceu a 29ª Regata da Marinha, homenagem ao Dia do Marinheiro, celebrado no dia 13 de dezembro. A disputa encerrou o calendário esportivo 2014 do clube e fez parte da programação do 29º aniversário do ICLI, come-morado no dia 12 de dezembro. Desde o ano passado, 120 crianças e jovens participam das aulas teóricas e práticas do Projeto Velejar é Preciso desenvolvido pelo Iate Clube Lago de Itaipu com o patrocínio da Itaipu Binacional. É uma nova fase do projeto que

começou em 2001 e já proporcionou uma formação cidadã para mais de 1000 crian-ças, algumas delas viviam em condições de risco. O convênio assinado, em dezembro de 2012, com a Itaipu Binacional garante o repasse de recursos ao Projeto Velejar é Preciso até dezembro de 2014. O pro-jeto é desenvolvido com crianças que se encontram matriculadas na rede de ensino público da cidade, preferencialmente dos bairros da região de Três Lagoas. As crian-ças são atendidas com aulas teóricas e prá-ticas no contra turno escolar, de segunda a quinta-feira e nos finais de semana. A equi-pe principal (Optimist e Laser) representa Foz do Iguaçu nas competições do Paraná, Brasil e em eventos internacionais.

A festa de encerramento e premiações do ano para o Campeonato Paulista (indivi-dual), Campeonato Paulista por Equipes, e Ranking da Classe Optimist São Paulo (COSP), ocorreu no sábado, dia 20 de no-vembro no Clube de Campo de São Pau-lo (Guarapiranga). A garotada do Opt (e os adultos também!) deliciaram-se com muita pizza. A cerimônia de premiação foi comandada pelo Coordenador da COSP, Bruno Melcher. Você pode conferir todas

as colocações das diversas categorias em nosso site: www.almanautica.com.br

Optimist Paulista

Durante a reunião anual da Federação In-ternacional de Vela (Isaf) realizada em Palma de Mallorca, na Espanha, foi nome-ado o Coordenador de Ensino e Desenvol-vimento da CBVela, Eduardo Sylvestre, como um “Expert” do iatismo. A partir de

agora Eduardo será responsável por aplicar cursos para instrutores e técnicos, além de elaborar estratégias e metas para o desen-volvimento das Federações de Vela nos pa-íses filiados a ISAF no mundo todo. “Estou muito contente, pois é um grande reconhe-cimento do meu trabalho. Especialmente se formos considerar que existem apenas 12 Experts no mundo e eu fui o único no-meado em três categorias: Iniciação a Vela, Vela de competição e “Mentor” ou seja conselheiro”, disse ele. Além dele, também foram nomeados dois holandeses e um tur-co, porém apenas o brasileiro ficou nas três categorias de treinamento. Sylvestre coor-dena cursos para formação de técnicos e professores junto à Federação de Vela de São Paulo (FEVESP) e o Yatch Club Santo Amaro (YCSA). Certificado como treina-dor nível 3 e professor de vela há mais de 25 anos, Eduardo Sylvestre já trabalhou como técnico da modalidade na US Coast Guard Academy, no Manhattan Yatch Club e no Keuka Yatch Club, entre outros clubes norte-americanos.

36ª Marcílio DiasHá 36 anos a Capitania dos Portos da Bahia vem desenvolvendo a tradicional Regata Marcílio Dias, como parte das comemorações alusivas à Semana da Ma-rinha, promovidas pelo Comando do 2º Distrito Naval. Este ano não foi exceção. Realizada na Baía de Todos os Santos a re-gata, é uma das únicas na Bahia, abertas a todas as categorias de veleiros – inclusive Saveiros - viabilizada através da colabora-ção de todos os clubes náuticos, marinas e entidades desportivas ligadas ao segmen-to náutico da região. É uma grande festa, onde se congregam de forma positiva, nas instalações da Capitania dos Portos da Bahia, a comunidade náutica da Bahia e a Marinha do Brasil.A regata Marcílio Dias, criada em 1978, é um dos eventos comemorativos da Se-mana da Marinha, e seu nome homenageia o Imperial-Marinheiro Marcílio Dias, um dos heróis da Marinha do Brasil, morto em combate durante a Batalha Naval do Ria-chuelo, na guerra da Tríplice Aliança, em 1865, o qual deixou um legado de patrio-tismo e coragem. A Comissão de Regata este ano tem na Coordenação Técnica Luis Eduardo Pato, na Comissão de Regatas (Oceano) Marione Macário e Dílson Pires e Comissão de Regatas de Monotipos e Windsurf, Ricardo Câmara e Luis Eduardo Pato. Não existe taxa de inscrição, fican-do a critério dos velejadores participantes a doação de 2 kg de alimentos. Em troca, ganham a camiseta da regata.

O Conselho Deliberativo do Veleiros do Sul elegeu o arquiteto e velejador Eduardo Ribas para o cargo de Comodoro, biênio 2015/2016 por unanimidade na reunião re-alizada no dia 4 de dezembro. A nova co-modoria é composta pelo vice-comodoro esportivo Diego Quevedo, vice-comodoro social Christian Willy, vice-comodoro ad-ministrativo Renato Poy da Costa e vice--comodoro de patrimônio André Huyer. A posse ocorreu no dia 13 de dezembro na festa de aniversário de 80 anos do Clube. Na foto de Ricardo Padebos, o Comodoro Eduardo Ribas (à esquerda) recebe as boas--vindas do ex-comodoro Cícero Hartmann.

Após quatro etapas ao longo de 2014, 27 regatas, muita disputa no mar, várias con-fraternizações em canoas de cerveja no Ya-cht Club de Ilhabela, terminou a 14º edição da Copa Suzuki Jimny/Circuito Ilhabela, com média de 42 barcos em quatro clas-ses (C30, IRC, HPE e RGS). A classe C30 apresentou uma disputa acirrada entre o CA Technologies, de Marcelo Massa, e Caballo Loco, de Mauro Dottori. Massa venceu por um ponto. A IRC também ficou entre duas tripulações e terminou com a mesma diferença: Rudá, de Mario Marti-nez, ganhou do Orson, de Carlos Eduardo Souza e Silva.

Suzuki Jimny

A HPE confirmou o favoritismo do Ginga, de Breno Chvaicer, que conquistou tam-bém a Ilhabela Sailing Week. Na RGS A o título ficou com o Montecristo, de Julio Cechetto, logo à frente do BL3 Urca, de Pedro Rodrigues. Na RGS B deu Asbar II/Sérgio Klepacz. O Zeppa, de Diego Zara-goza, foi o campeão da divisão C, seguido do Sextante, de Thomaz Shaw. Na Cruiser, o BL3 Wind Náutica superou o Jambock, de Marco Aleixo. A Copa Suzuki Jimny/XIV Circuito Ilhabela de Vela Oceânica teve o apoio da Prefeitura Municipal de Ilhabela, North Sails, Pousada Armação dos Ventos, Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião, entre outros.

Sir Robin Knox-Johnston recebeu o Prê-mio Route du Rhum em uma cerimônia, em Paris. Sir Robin, de 75 anos, ficou em terceiro lugar na classe, na competição solo de duas semanas. Ele foi recebido em pé com muitos aplausos por seus colegas skippers durante a premiação realizada no Salão Nautique, em Paris. “Foi maravilho-so voltar ao mar novamente e participar de uma das regatas clássicas de oceano. Eu poderia até fazê-lo novamente no prazo de quatro anos, mas eu acho que prefiro um barco menos pesado a essa altura da mi-nha vida. E foi muito emocionante receber uma ovação com todos em pé”, comentou Sir Robin. Ele foi o participante mais ve-lho nas 3.542 milhas da regata Route du Rhum, e terminou em terceiro lugar em sua classe, a Rhum. Sua marca foi de 20 dias, 7 horas, 52 minutos e 22 segundos. Sir Ro-bin fez um retorno às regatas de oceano em solitário depois de competir na Sydney Hobart com uma de suas equipes da Cli-pper em 2013.

Robin Knox-Johnston recebe homenagemSir Robin Knox recebe homenagem

durante Salão Náutico, em Paris

Sylvestre é nomeado Expert ISAF

Eduardo Sylvestre nomeado pela ISAF

Campeonato Sul-Brasileiro de Laser no lago de Itaipu reuniu 23 laseristas

Sul-Brasileiro de Laser em ItaipuLaseristas de vários estados e até da Argentina participam da festa no Iate

Clube Lago de Itaipu, que desenvolve projeto social para 120 crianças

Troféu Cayru Eleição no VDS

Eduardo Ribas (esq.) e Hartmann

Festa e pizza marcaram o Opti em SP

Atletas marcaram presença no ICLI

O mais recente lançamento de Miguel Po-mar é o MultiCat, um projeto que engloba todas as formas de diversão no mar. De-pendendo da sua montagem, se presta ao Stand Up, À pesca, ao remo e vela. Tem capacidade para uma ou duas pessoas e possui 3m de comprimento e 15 kg. Pode ser transportado em cima de qualquer car-ro, e devido ao baixo peso e a facilidade em montar/desmontar, pode ser carregado por apenas uma pessoa. O sistema de enga-te rápido do MultiCat permite a montagem e a troca de funções num piscar de olhos. As peças que o compõem são vendidas separadamente, viabilizando uma compra progressiva de acordo com as preferências do cliente. www.emepe.com.br

Miguel Pomar lança MultiCat

Foi em 1978, que o engenheiro naval Mi-guel Pomar, quis fazer um barco que pu-desse ser transportado sobre um fusca, e fosse fácil de velejar, usado por crianças, adultos e idosos, e além disso pudesse ser movido a motor. Assim surgiu o Dingue. “A primeira coisa que pensei foi na segu-rança. A segunda, foi limitar o tamanho, para que todos pudessem transportá-lo com facilidade, inclusive sobre o carro, sem a necessidade de reboque” contou Po-mar em uma entrevista há alguns anos. O Dingue, assim, o projeto do Dingue ficou com mais peso e uma área vélica reduzi-da, pontal alto, boca larga, popa planeja-

da para o eventual uso de motor e uma área de flutuabilidade maior que os barcos de mesmo porte existentes. Em 1985, Miguel ven-deu a fábrica e em 1993 o barco deixou de ser produzido para res-

surgir em 1998, construído pela Holos. Hoje são mais de cinco mil Dingues na classe, espalhados por todo o país. São dele também os projetos Pomar 5.5 e do Pomar 7.7.

Quem é ele?

O MultiCat de Pomar: Vai do SUP à vela...Jorginho Zarif e Henry Boening, o Ma-guila, ficaram com o quarto lugar na Star Sailors League Finals em Nassau, nas Bahamas, realizada no início de dezembro. Robert Scheidt e Bruno Prada chegaram à fase semifinal e acabaram em quinto lugar. As outras duas duplas brasileiras Marcelo Fuchs e Ronie Seifert, e Torben Grael e Guilherme de Almeida tiveram problemas com seus barcos e não chegaram à segunda fase.

Maguila e Zarif: 4ºs na SSL Finals

SSL Finals Bahamas

BL3 na Suzuki Jimny em Ilhabela

ANUNCIE NO ALMANÁUTICA:Você aparece em todo o Brasil.

São leitores de qualidade e colunistas formadores de opinião.

Associe sua [email protected]

Page 4: Almanautica 16 jan./fev. 2015

6A

LM

AN

ÁU

TIC

A

Brasília - DF

7

Itajaí - SC

Na prática da vela, podemos considerar o desenvolvimento das seguintes capacidades físicas: Força Dinâmica, com as variações de vento, no barco o velejador constante-mente tem que se movimentar para equili-brar a estabilidade do barco, exigindo assim força em movimento para deslocar o corpo no espaço. Resistência muscular; Segundo Gallahue e Donnelly, resistência muscular “é a capacidade de um músculo para sus-tentar uma contração ou desempenhar nu-merosas contrações por um período longo de tempo contra e com carga sub máxima. ” (GALLAHUE e DONNELLY, 2008, p.648), durante o velejar, ainda na situação de manter o barco estável em caso de raja-das mais fortes, o velejador precisa projetar o corpo para fora do barco, precisando às vezes ficar por algum tempo nesta posição, onde os principais músculos da perna e tronco ficam sobre tensão, mas sem varia-

Vela e Educação Física (parte III)

Peter Thomas Comber é Professor e instrutor de vela e fala sobre a

modalidade como ensino nas escolas

ção de amplitude de movimento. Os prin-cipais grupos musculares utilizados nesta situação são: quadríceps femoral, tríceps sural, e músculos abdominais. Agilidade: Durante o velejar, pode ocorrer mudan-ças de vento, precisando efetuar algumas manobras de mudança de direção do bar-co e posicionamento da vela em relação ao vento. Consequentemente o velejador também precisa mudar sua posição no barco para estabiliza-lo. Isso acontece principalmente quando o barco cruza a linha do vento, nessa situação o vento en-tra pelo outro lado da vela, empurrando-a para o outro lado do barco, ocasionando as duas principais manobras da vela, (bor-

do e jibe). Isso exige bastante agilidade do velejador para que ele se posicione (para a nova posição), e coloque o barco nova-mente em equilíbrio.Equilíbrio estático e dinâmico: “As habi-lidades motoras de equilíbrio constituem a base para todas as outras habilidades locomotoras e manipulativas porque todo o movimento envolve um elemento de equilíbrio. As habilidades motoras de equilíbrio, às vezes referidas como habi-lidades não-locomotoras, são aquelas nas quais o corpo permanece no lugar, mas se move ao redor de seu eixo horizontal ou vertical. Há tarefas de equilíbrio dinâmi-co nas quais o objetivo e obter ou manter o equilíbrio contra a força da gravidade.” (GALLAHUE e DONNELLY, 2008, p.57) Dent (1978) menciona que o barco por es-tar no meio liquido, é constantemente in-fluenciado pelas ondas, pelo vento, e pela própria distribuição dos pesos dentro dele, se tornando uma superfície extremamente instável, o que exige do velejador, bas-tante equilíbrio, tanto quando ele está em posição estática (escorando), ou dinâmico, quando esta realizando as manobras, e pre-cisa trocar de lado no barco.

A Associação Náutica da Paraíba lançou a II Semana Náutica da Paraíba. O evento aconteceu entre 30 de novembro e 8 de dezembro. Foram diversas atividades dis-tribuídas em modalidades esportivas, aca-dêmicas, ambientais, negócios e sociais.Entre as esportivas destacamos o torneio de pesca de arremesso, as regatas de Hob-bie Cat , Laser e de Prancha a Vela, além de uma oficina de Stand Up Paddle e Stand Up Paddle Yoga, coordenada pela pioneira dessa modalidade nesse esporte, a atleta Bianca Guimarães, e a travessia do Dia do Marinheiro. As atividades náuticas acon-teceram junto ao Iate Clube da Paraíba – Jacaré.

João Pessoa - PB

No dia 2 de dezembro, aconteceu a for-matura dos alunos do Projeto “Navegando pela Cidadania”, da Associação Náutica Itajaí, a ANI. As turmas de 2014 envolve-ram 18 escolas da rede municipal de en-sino de Itajaí e refletiram o impacto posi-tivo do projeto na vida das 288 crianças, os novos marinheiros mirins. A cerimônia

ocorreu no auditório do Centro de Eventos Marejada.A ANI teve seu projeto educacional apro-vado dentro do Programa Petrobras Es-porte e Cidadania (1.421 inscritos e 34 aprovados). A Petrobrás escolheu projetos que promovem a inclusão social por meio de atividades esportivas, para crianças e adolescentes, alinhados aos princípios de inclusão, construção coletiva, educação integral, diversidade e autonomia. Em 2014 serão investidos 45 milhões, em dois anos, nesses 34 projetos.

Em janeiro de 2015, entre os dias 23 e 31 de janeiro, o Iate Clube de Brasília volta a sediar o Campeonato Brasileiro da Classe Snipe. Em sua 66ª edição, além do título da principal competição nacional de uma das classes mais tradicionais da vela brasileira, estarão em jogo as vagas para representar o país nos Jogos Pan-Americanos de 2015, em Toronto, Canadá, e nos Campeonatos Mundias Sênior e Júnior de 2015, na Itália. O programa do Campeonato Brasileiro prevê a realização de dez provas, sendo a regata Fernando Avelar, a de abertura do campeonato. Fernando Avelar foi o primeiro incen-tivador da Classe Snipe. Em 1944, ele e Pimentel Duarte importaram os desenhos do Snipe e fundaram primeira flotilha deste monotipo. O apoio é da North Sails.

66º Brasileiro da Classe Snipe

A Velha Senhora está chegando!

A principal etapa da próxima America’s Cup será competida nas Bermudas, em junho de 2017. O local foi confirmado numa conferência de imprensa em Nova York por Harvey Schiller, o responsável comercial para a competição. “A America’s Cup 2017 terá como base os elementos de sucesso que definem o evento: Regatas próximas do público em rápidos catamarãs, tripulados pelos melhores velejadores do mundo e transmitidos para um público internacional pelas melhores emissoras”, comentou Schiller. Até agora seis equipes aceitaram o desafio. O atual campeão é Oracle equipe dos EUA que ganhou de maneira espetacular a última edição, sobre o Emirates Team New Zealand, que retorna como desafiante com Artemis Racing (SWE), Ben Ainslie Racing (GBR), Luna Rossa Challenge (ITA) e a Equipe de France.

Como funciona?A America’s Cup é formada por três principais etapas: A America’s Cup World Series, America’s Cup Qualifiers, e a Challenger Playoffs e Match (semi-final e final). A 35ª America’s Cup começa com a World Series (2015 a 2017) e desse circuito mundial sairá o chamado “Desafiante”, que competirá com o “Defensor”, que para a próxima edição é a Oracle Team USA, em junho de 2017. Todas as equipes vão competir nos novos cata-marãs AC62, com wing sails altamente eficientes e projetadas para fazer essas máquinas voarem acima da água em velocidades de cerca de 50 nós. A wing sail é uma estrutura mecânica muito parecida com uma asa de avião usada no lugar das velas convencionais. A geometria da wingsail fornece mais sustentação e uma melhor relação sustentação--arrasto, do que as velas tradicionais. Normalmente elas são compostas de um ou mais elementos sobre o bordo de ataque, com um elemento de flap ajustável sobre o bordo de fuga do vento. Além disso o elemento posterior pode ser dividido ao longo da altura em várias abas, a fim de fornecer melhor torção. Tipicamente, são fabricadas a partir de quadros de fibra de carbono e tem uma cobertura retrátil.

A America’s Cup acontece desde 1851 e está completando a 35ª edição. Em todos esses anos muita coisa mudou. Principalmente as máquinas!

Volvo Ocean RaceSe você não acompanhou as duas primeiras pernas, está na hora

de se atualizar com o que rolou de mais importante na #VOR

; Após o sétimo e último lugar na perna 1, a Equipe Mapfre elegeu como culpados os franceses Michel Desjoyeaux e Nico Lunven. Dispensados, em seus lugares vieram Jean-Luc Nélias que assumiu como navegador no lugar de Nico Lunven, e o navegador inglês Rob Greenhalgh, que ficou no lugar de Michel. Ironia: o britânico Rob compete com sua irmã, Libby Greenhalgh que faz a mesma função a bordo da equipe exclusi-vamente feminina do SCA, a mesma que aproveitou para navegar em um curso mais favorecido e arrebatou a sexta posição do Mapfre causando as demissões...; Além do brasileiro André Bochecha no Mapfre, você pode torcer também pela SCA, onde está a holandesa Carolijn Brouwer. Pode considerá-la como brazuca: A atleta mo-rou mais de 10 anos no Brasil, adora feijoada e caipirinha...; A Equipe Vestas está fora da VOR, tentando remover o veleiro acidentado de uma área isolada, 400 quilômetros das Ilhas Maurício. Permanece empatada com a SCA pe-los critérios de desempate. A Vestas (empresa do setor de energia eólica) disse que ten-tará colocar outro veleiro na competição. Agora pense num prejuízo... $$$ Pense... $$$;A equipe Brunel venceu a perna 2 e lidera a VOR (4 pts). A SCA e Vestas dividem a lanterna (12 pts cada). No meio, pela ordem: Abu Dhabi e Dongfeng (4 pts cada); Alvi-medica (10 pts), Mafre (11 pts). O critério de desempate são as regatas In-Port.

A desculpa esfarrapada...Após o acidente do Vestas, o comandante Chris Nicholson relatou o ocorrido. Segundo Chris, 48 horas antes de encalhar, ele e sua equipe já haviam avaliado as condições de navegação naquela parte do Índico. “Vimos que havia alguns montes submarinos. A profundidade variava 3.000 metros e 40 metros”, lembrou o velejador. Com a tirada da reta de Chris, sobrou para o navegador Wouter Verbraak, que tem a função de dar essas informações ao grupo e reconheceu que deveria ter analisado melhor: “Poderia ter dado muito mais zoom na área. Esse foi o meu maior erro”, tentou explicar. E haja erro nisso...

Formatura ANI288 crianças recebem o diploma no Projeto Navegando pela Cidadania

Equilíbrio e músculos na velejada

Semana Náutica PB

O 66º Brasileiro de Snipe no Iate Clube de Brasília será realizado em janeiro Os 288 alunos do Projeto Navegando pela Cidadania, da ANI diplomaram-se

Brasil é campeão na Classe Lightning

A baía de Santa Elena em Salinas, no Equa-dor, foi palco do 60º Campeonato Sul-Ame-ricano da Clase Lightning que aconteceu de 3 a 7 de dezembro. Os brasileiros Cláudio Biekarck, Gunnar Ficker e Marcelo Batista (na foto abaixo), sagraram-se campeões. O outro trio brasileiro formado por Thomas

Summer, Felipe Brito e Larissa Juk, ter-minou a competição em décimo segundo lugar. Argentina ficou em segundo e Equa-dor em terceiro. Biekarck, Gunnar e Edu-ardo Melchert já haviam conquistado vaga para os Pan-Americanos 2015, em Toronto. Biekarck é o maior medalhista em Pan--Americanos. Ao todo são uma de ouro, três de prata e quatro de bronze.

Esse é o nosso trio de ouro no Lightning

Fotos: America’s Cup divulgação

Fotos: Brian Carlin/Team Vestas Wind/Volvo Ocean Race

Page 5: Almanautica 16 jan./fev. 2015

9

Nayara Licarião é hexacampeã brasileira de kitesurf, mora e veleja em João Pessoa

kite8A

LM

AN

ÁU

TIC

A

O Aguz Cat 55 é um catamarã de 55 pés de comprimento, disponível nas versões vela ou motor, que oferece área útil similar a uma lancha Fly de 70 pés monocasco. A versão a motor navega a 20 nós de cruzeiro com até 60% menos gasto de combustível se compa-rado à lancha monocasco de mesma área. A autonomia, mesmo na versão a motor, pode ser superior a 1.000mn (percurso Santos-Salvador) em cruzeiro econômico. Além de inúmeras inovações nas áreas de convivência, como diversos solários espalhados pelo barco, sofá amplo na proa, acesso direto do fly à proa, ampla plataforma hidráulica de popa, espaços gourmet no convés principal e fly, etc, o AGUZ CAT55 ainda oferece: 3 opções de plantas com até 4 luxuosas suítes (mais 2 suítes de tripulantes) e salão prin-cipal com sala de estar, jantar, cozinha completa e comando interno, com total visão e integração com o mar. Com a grande vantagem de ser fabricado totalmente no Brasil pela Aguz Marine, que emprega alto padrão de construção e acabamento em seus barcos, o AGUZ CAT55 recebe só materiais e equipamentos com garantia local e adequados ao nosso clima e uso, trazendo facilidade na assistência técnica e manutenção.Com preços bastante atraentes em versões completas para proporcionar total conforto e segurança, o custo de aquisição fica mais baixo que o de uma lancha fly monocasco de 45 pés.

Conheça o Cat 55 da AguzDisponível nas versões vela ou motor, ele oferece área

útil similar a uma lancha fly de 70 pés monocasco

A empresa americana que atua no ramos de motocicletas – DiMora – lançou uma linha de Jet Skis de alta performance elétricos, movidos a bateria e que não produzirá po-luição, além de ser muito mais silencioso do que os tradicionais a gasolina. Isso acaba com as duas principais objeções que limitam a aceitação do jet ski em inú-meras áreas de lazer dos EUA. O novo jet transporta quatro passageiros e tem uma carenagem de alta resistência, cujos com-ponentes tem até rocha vulcanica, usando técnicas desenvolvidas pela DiMora Mo-torcar. Ele possui ainda painéis solares para recarregar baterias. Leds subaquáticos de alta intensidade fornecem luzes para recre-ação noturna e para megulhar debaixo do jet. Ainda como assessórios padrão possui

É Jet mas... elétrico!

Espaço e conforto com economia

Um iate que pode se transformar em um avião, graças aos seus quatro mastros mó-veis. Nele, as velas podem ser retraídas e os quatro mastros são reduzidos para se

tornar asas. Esse é o projeto do designer francês Yelken Octuri para os príncipes Aziz, Dawood e Hashim, executivos de empresas do se-

tor de transporte aéreo. Quando no modo “Iate”, o Flying Yatch é um veleiro de luxo com quatro motores adicionais. Cada mas-tro pode ser orientada individualmente por meio de um sistema de duplo-jack que ga-rante um posicionamento ideal das velas. Tem dois pavimentos principais, incluindo um piso inferior com uma galeria e um sa-lão principal e um deck superior com três cabines. No projeto de Yelken Octuri, as velas se transformam em asas pressionan-do um botão.Para impulsionar o modo avião, o projeto conta com quatro hélices duplas “Nissen & Brasseur”, e motores powerhead.

Um iate que voa?

GPS e um sistema de som de alta potên-cia, além de vídeo. E tem mais! As bebidas podem ser transportadas a bordo do refri-gerador removível, e uma câmera montada na traseira e transmitida para o painel de instrumentos, permite ao piloto verificar a segurança de esquiadores puxados pelo jet. Mas calma! Ele ainda não está sendo comercializado nem por lá...

Jet Ski é elétrico e cheio de tecnologia

Jet ski com responsabilidade: Bruno JacobEm entrevista exclusiva o Campeão

de Freerider Bruno Jacob abre o jogo: É tudo muito profissional!

Com 25 anos e acumulando muitos títulos nacionais e internacionais, Bruno Jacob contou aos leitores do Almanáutica sobre sua vida no Jet. Ele criou e está em ple-na campanha para segurança na pilotagem

dos Jets: “O evento “Sou um piloto cons-ciente Seja você também” tem o intuito de circular em todas as Marinas na Baía de Todos os Santos com um grupo de Moto Aquáticas que navegam com segurança di-vulgando detalhes sobre os meios corretos de uso da embarcação”, explicou. E como ele vê a legislação brasileira atual? “Eu acho que evoluiu muito desde que foi obri-gado o curso prático. Somos credenciados pela Marinha e tentamos passar o máximo de informações possíveis de tantos anos de experiências aos nossos alunos. Acre-dito que apesar o trabalho crescente das Capitanias, ainda há muito a fazer. Acho que a estrutura de fiscalização ainda é pe-quena. É preciso aumentar a fiscalização nos locais e nas escolas, para saber como estão trabalhando. Além das campanhas, é claro”. Bruno explicou que para quem pretende se iniciar nas competições ou mesmo levar o lazer a sério, o ideal é procurar profissio-nais experientes e associações, federações,

empresas, promotoras de eventos sérios, para iniciar com segurança e da maneira correta. Mas e sobre os treinos? É só fazer o curso e sair pilotando? Bruno explica que não é moleza. É preciso se preparar como atleta: “Tenho preparador físico e na água meu irmão, o Leonardo Jacob, também piloto, me acompanha com um Jet para resgate. Tenho acompanhamento de nutricionista também. É tudo muito profissional e segui-do a risca. Geralmente descanso somente um dia na semana. Ou seja, ou estamos fazendo o trabalho físico ou treinando no mar”.

Além das atividades profissionais de pilo-to, Bruno Jacob fabrica e comercializa um Jet sustentável, o “Giro X”. “O mercado brasileiro é muito complicado, já que a me-cânica importada chega muito cara devido aos impostos. E por falta de tempo a pro-dução é pequena. Não dou conta de tanta função, viajo muito pra competir”, expli-cou. E os planos de curto prazo? “Tenho que focar em 2015 no circuito, e tem muito projeto novo que deve surgir para eu con-seguir conciliar as empresas, a carreira e outras atividades familiares. O futuro para o esporte é promissor. Tenho que ter calma e acelerar novamente com ainda melhores novidades na hora certa”, concluiu.

Bruno Jacob: campeão responsável

Jet Ski Giro X sustentável de Jacob

Ano de Mudanças!

Muito vem se testando em termos de pran-chas e equipamentos na categoria que procura uma vaguinha nas olimpíadas de 2020. Podemos dizer que a Formula Kite-surf vem passando por dias decisivos.Depois do grande boom em surgimento de atletas causada pela inclusão da cate-goria nos jogos de 2016 agora o esporte vive o inverso, com muitos atletas de nível mundial e nacional deixando de competir por conta do alto custo do esporte e prin-cipalmente a falta de uma definição sobre equipamentos. Várias marcas de renome já anunciaram que não produzirão novas li-nhas de equipamentos para 2015, alegando que a falta de uma norma definitiva para

os equipamentos desse es-porte vem causando preju-ízos. No ano de 2014 somente 2 marcas apos-taram nos kites foils: Ozone e a pioneira marca Russa ELF. Lançaram com sucesso, deixando os infláveis totalmente fora de competitividade em ventos fracos, causan-do prejuízo enorme para alguns fabrican-tes. Para se adequar as normas do COI e da ISAF, os atletas vem testando vários tipos de provas para enfim chegar a um formato que se encaixe nos padrões televisivos.Os kites e as pranchas foils vieram de re-pente e revolucionaram o mercado. Rega-tas de prancha foil já estão separadas das pranchas normais, e agora já se fala em separar os kites foils dos infláveis. Esse deverá ser um ano decisivo para o fu-turo do esporte. Lembrando que no ultimo mês de novembro tivemos a final do Isaf World Sailing, em Abu Dhabi, e tivemos o brasileiro Wilson Bodete entre os 16 me-lhores atletas. Parabéns a Bodete que fez um ótimo tra-balho ficando no Top 10 no formato Short Track.

Nesta edição, Nayara Licarião fala sobre as mudanças pelas quais vem

passando o kite, além do esvaziamen-to da modalidade, causado pela falta de definição dos órgãos reguladores

Em dezembro foi realizada a 62ª Regata Benedito César, em Ponta de Pedras, no Re-cife, e com apoio e divulgação do Cabanga Iate Clube. Essa é uma das provas mais tradicionais da vela pernambucana. Benedito César, organizador da festa, faleceu em 1972. Nunca velejou, mas era tão amante da vela que sempre organizou e recepcionou a tradicional Ponta de Pedras/Recife. Há 62 anos, sempre com muito prazer, Dona Nitinha recepciona, na entrada da sua casa, em Pontas de Pedras, Litoral Norte de Pernambuco, os convidados para o tradicional jantar de confraternização da regata que leva o nome do seu esposo. E as inscrições também são feitas lá, com ela! (Com informações e fotos do Cabanga Iate Clube).

Resultados: RGS BAvoadorZuadaToba

Hoje e ontem...

RGS ACarcará IITito VBolero IIAvatarMocra Regata

PatoruzúSuva 04CentauroJahú 2

Mocra CruzeiroAventureiro 2Algo +

Recife - PE

Tradição marca regata no Recife

Como parte da temporada de vela de Ilha-bela, dentro da Copa Suzuky Jimny, a Vol-ta à Ilha homenageia Sir Peter Blake. E é sempre bom lembrarmos quem foi ele...Blake pode ser incluído no rol dos maiores velejadores do mundo. Seu primeiro feito foi em 1993, batendo o recorde mundial para a circum-navegacao com 75 dias. Em 1995 ele entrou definitivamente para a his-tória, ao conquistar o troféu da America`s Cup, retirando-o do domínio americano com a equipe New Zealand. E em 2000 ele liderou novamente a equipe na defesa do tí-tulo. Depois dessa vitória ele se aposentou das regatas e fundou a BlakExpeditions, uma ONG ambiental. Em 2001, liderando uma de suas primeiras expedições para o Amazonas, ele foi assassinado a tiros em Macapá quando piratas invadiram seu ve-leiro.Blake foi nomeado Cavaleiro (Sir) em 1995, e era um herói nacional ao lado do também neozelandes, Sir Edmund Hilary, o primeiro homem a chegar ao topo do Everest. Nasceu em Auckland, Nova Ze-lândia em 1948. Em 1979 venceu a Fastnet Race. Em 1980 a Sydney-Hobart, em 1988 vence a Two-man Round Australia race a bordo e 1989 vence a Whitbread Round the World Race como Comandante do Steinla-ger II. Em 1993 vence o Trophee Jules Ver-ne estabelecendo um recorde mundial de volta ao mundo com seu companheiro de vela Robin Knox-Johnston, estabelecendo a marca de 74 dias, 22 horas, 17 minutos, e 22 segundos. Em 1995 comanda o New Zealand team e vence a America’s Cup, feito que repete em 2000. “Nós temos um orçamento limitado. Mas eu acredito que quando você tem muito dinheiro, se apega a aspectos de pesquisa e desenvolvimento que não são importan-tes. Tendo que economizar dinheiro você foca nas áreas que serão mais produtivas. Dinheiro não compra a America`s Cup. No final das conta você precisa que todas as pequenas coisas funcionem, e isso vem do talento e do comprometimento das pesso-as no time”. Peter Blake, antes de vencer a America`s cup em 2000...

Sir Peter Blake

Page 6: Almanautica 16 jan./fev. 2015

Papo de Cozinha

CURTASMERGULHO10A

LM

AN

ÁU

TIC

A

f 25 de outubro de 2015 é a largada da 12ª edição da Transat Jacques Vabre, que terá Itajaí como destino final.

f O Campeonato Brasileiro de Holder teve a participação de mais de 20 velejado-res em Santos, sediado pelo Clube Interna-cional de Regatas de Santos e organizado por Sílvio Bello, muito atuante na região.

f O Yacht Clube da Bahia com apoio da Associação Brasileira de Veleiros de Oce-ano – ABVO, da Federação de Esportes Náuticos do Estado da Bahia FENEB e da Flotilha de Veleiros de Oceano da Bahia – FVOBA realiza o 17º Circuito de Vela de Oceano de 16 a 18 de janeiro de 2015.

Bibliotecade

Bordo

Oficina do Capitão

11Alguns seres marinhos são potencialmente pe-rigosos, e portanto precisamos maior cuidado. De uma forma breve veremos neste e no próxi-mo artigo os principais e mais comuns, afinal a temporada de verão vem aí! MORÉIAS: De hábitos costeiros, em águas relativamente rasas com fundo coralino e/ou rochoso, permanece entocada durante o dia vi-giando os arredores. Muito nervosa, é capaz de atacar e morder qualquer coisa que a perturbe. À noite, quando é mais ativa, sai de sua toca para procurar alimento. A moréia não sai de sua toca para atacar o homem. No entanto, quan-do um mergulhador se aproxima da entrada de sua toca, ela põe a cabeça para fora, com a boca aberta ameaçadoramente. Se o “intruso” não notá-la a tempo, poderá levar uma potente mor-dida. A hemorragia pode ser grande e a infecção secundária é frequentemente encontrada. Além das dilacerações provocadas, a ferida normal-mente infecciona devido à enorme quantidade de bactérias existentes no material não digerido que permanece entre seus dentes. PEÇONHENTOS: Os animais peçonhentos estão num grupo muito grande. Estes animais providos de mecanismos naturais de defesa, entram em ação somente quando são importu-nados. Peçonha é uma substância qualquer de origem animal, produzida por uma glândula, capaz de alterar o metabolismo de outro animal quando inoculada. (Ex: Bagre, o Mangangá e raia). Veneno é uma substância de origem ani-mal, vegetal ou mineral. Porém, não é produ-zida por nenhuma glândula nem é inoculada naturalmente. Os peixes venenosos são aqueles que produzem envenenamento, ou intoxicação, quando ingeridos ainda frescos, pois apresen-tam secreções tóxicas em seus organismos. (Ex: Baiacu.) As consequências ocasionadas por peçonha estão diretamente correlacionadas à sua potência, quantidade inoculada, e peso e condições físicas da vítima. Provocam des-de uma simples irritação à reações de extrema dor. Embora raros, os casos fatais advém, em grande parte, do choque e posterior afogamen-to. Assim, é importante retirar a vítima da água imediatamente após o ocorrido. De uma forma geral, não se deve tocar os seres marinhos des-conhecidos, evitando-se os animais com formas e cores exóticas, que é a sinalização da natureza para perigo. No grupo dos invertebrados mari-nhos peçonhentos encontramos vários animais distribuídos em diversos ramos, como os po-ríferos (esponjas), os celenterados (caravelas, águas-vivas, corais, etc), os equinodermos (ou-riços), os moluscos (conus e polvos) e os ane-lídeos (poliquetas). Os vertebrados marinhos peçonhentos são representados por algumas espécies de peixes, como o mangangá e o bagre.

Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 da Marinha do Brasil e Instrutor NAUI / PADI

Perigo no mar (Parte I)

Túnel do TempoIngredientes:

4 bananas da terra maduras ou qualquer ba-nana quase madura (verdolenga)3 colheres de sopa de azeite de oliva2 limões1 cebola picada

2 dentes de alho1 pitada de sal2 tomates picados1 colher de sopa de azeite de dendê1 xícara de leite de cocoPimenta a gostoSal

Filtro Racor

O subtítulo - Andanças, amores e peripé-cias de um velejador boa-praça - já define o conteúdo deste best seller da vela. Talvez o mais conhecido no Brasil, esse livro já está na sua sexta edição. Durante 4 anos ininterruptos, Hélio Setti Jr. navegou pelo mundo. Falecido prematura-mente em 1992, aos 39 anos de uma vida intensa e divertida, após sua morte, seu pri-mo o jornalista Premio Esso Ricardo Setti, compilou os escritos de Hélio. Textos que publicava para a revista Playboy sobre a viagem, e as mais de 170 cartas que man-dava para a família. O resultado e - talvez - o melhor livro já escrito sobre viagens a vela pelo mundo. Através de sua narrativa, o leitor viaja pelo mundo e se sente parte das aventuras de Hélio: será cercado por tubarões nas Marquesas, sofrera durante a travessia em solitário no Oceano Índico, entre Austrália e as Ilhas Mauricio, quando ele cai na água a noite durante uma tem-pestade. Ficara emocionado com a desco-berta do cemitério das naves de guerra em Guadalcanal ou quando seu veleiro entrou numa área de fosforescência e, como ele descreveu, “a luz do mar apagou as estre-las”...Hélio fez suas viagens em dois veleiros. O primeiro, com amigos foi chamado de Brasileirinho. Depois, separado do grupo comprou o Vagabundo, ou Vagau para os íntimos. Era já uma sequência, o nome das embarcações da família, todas chamadas de “Vagabundo”. Quis a ironia do desti-no que o Vagau fosse o número 7. Assim como Hélio. Setti...

Aventuras no Mar

A mágica vida deste menino--herói de muitos brasileiros navegadores está contada de maneira magistral neste livro. Apesar de Hélio ter crescido e morado em São Paulo, parte da vida em uma casa na represa de Guarapiranga, era natural de Curitiba. Sempre bem humorado, ganhou o apelido de Hélio Laugh Lagh (rindo rindo), em Malaita, uma das ilhas Salomon, numa tribo que por algum motivo desconhecido sempre repete a ultima palavra nas frases. Também não hesitava em dizer-se amigo de Pelé, se fosse preciso, para abrir alguma porta em situações de necessidade.Momentos hilários, emocionantes, inusita-dos fazem desta leitura um grande prazer. É o tipo de livro que se lê muitas vezes. Acaba virando referencia para comparar com outros livros de volta ao mundo. Im-perdível.Você encontra essa e outras obras sensacio-nais na mais confiável livraria da web, a Moana Livros. www.moanalivros.com.br

Em 1943 Fernando Avelar e Pimentel Du-arte conseguem fundar a Classe Snipe, após, anos antes, importarem o projeto e construírem os primeiros veleiros.O registro histórico da fundação da floti-lha foi registrada à época, no caderno de esportes do Jornal carioca “Diário de Notí-cias”, no dia 21 de fevereiro de 1943.

Preparo:

Pré aqueça uma panela. Se tiver de pedra sabão ou de barro, melhor! Corte as ba-nanas ao meio e tempere com o suco de 1 limão, sal e o alho bem picadinho. Refo-gue a cebola, tomate picado no azeite com uma pitada de sal. Adicione as metades da banana. Procure enfileirar no fundo da pa-nela (como se fossem as postas de peixe). Adicione a cebola, tomate em rodelas, o coentro e leite de coco. Deixe ferver por 10 minutos com a panela tampada e finalize com azeite de dendê.

Você pode servir com acompanhamentos que remetam à cultura caiçara: Qualquer tipo de arroz e uma salada, de preferência de palmito, tomates e cebola. Se quiser fazer um pirão À parte também pode ser delicioso. Bom apetite!

Moqueca de BananaEssa deliciosa receita, não só é muito fácil de fazer, como substitui a utiliza-ção do peixe, nem sempre apreciado por todos. Ela pode inclusive ser feita em uma quantidade maior e depois de separada a parte sem peixe, ser finali-zada com postas pré-temperadas com sal e pimenta do reino. Uhm...

Cheguei!

“Cheguei! Foi muito dura a chegada. Mor-ta. Três dias no leme sem dormir. Muito difícil...”. Assim Izabel Pimentel comunicou a che-gada à Sete, na França, tornando-se a pri-meira mulher brasileira a dar a volta ao mundo em solitário. Izabel iniciou sua façanha em agosto de 2012, partindo da mesma cidade. A pri-meira parte desta saga foi entre a França e o Brasil. Depois ela circum-navegou o globo em solitário e sem escalas (Brasil--Brasil). Nessa etapa ela atravessando os oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. Fi-nalmente no dia 5 de dezembro ela aportou em Sete, terminando sua volta ao mundo. “Enfim cheguei. Devia ser umas 3 da ma-drugada. Eu, Izabel Pimentel, completei a volta ao mundo”. Parabéns mulher!

Com sua chegada à cidade de Séte, na França, a velejadora Izabel Pimentel

tornou-se a primeira mulher brasileira a dar a volta ao mundo em solitário

Izabel Pimentel: Primeira no Brasil!

O filtro Racor, também conhecido como filtro separador de água, como o nome diz, tem como função principal filtrar e separar a água do diesel. Essa água é formada não

só pelos efeitos de aumento da temperatu-ra do combustível (a maior temperatura do diesel provoca evaporação e a condensa-ção em água), mas pela própria composi-ção. Isso gera o aparecimento da água e da contaminação por sólidos.Por isso é de suma importância a troca re-gular do filtro Racor. Esse efeito também pode ser minimizado, mantendo-se o tan-que sempre cheio. O separador de água força a água a se po-sicionar na parte mais baixa do filtro, em relação ao óleo), e ela se mantém assim por causa da diferença de densidade entre ambos. Após algum tempo temos na parte inferior do Racor (no copo plástico 3), a água com uma coloração bem definida, e

em cima, o diesel. Essa água deve ser dre-nada evitando problemas com a injeção do motor.

Para drenar a água:* Verificar visualmente no copo transpa-rente a presença de água (3).*Abrir o respiro no cabeçote (1). Esse res-piro pode variar de local conforme o mo-delo.*Abrir o dreno (4) e esgotar toda a água do copo.*Fechar o dreno e o respiro.* Preencher o filtro com combustível, caso necessário.* Funcionar o motor.

Para troca do filtro combustível:1 - Drenar o copo conforme procedimento descrito anteriormente.2 - Remover o copo e o filtro do cabeçote (2 e 3).3 - Remover o copo e limpar o assento do o’ring (5).4 - Colocar novo o’ring lubrificado com óleo limpo (deve acompanhar o filtro novo. Caso contrário use óleo do motor passando com os dedos em todo o o’ring).5 - Apertar manualmente o copo no filtro.6 - Encher o filtro com óleo diesel limpo.7 - Lubrificar a guarnição do filtro com óleo limpo.8 - Montar o filtro e copo no cabeçote, rosqueando algo como ½ volta após o en-costo.9 - Acionar o motor e verificar possível va-zamento ou entrada de ar.

Importante: Não utilizar ferramentas para montagem do filtro. Na desmontagem pode-se utilizar a chave apropriada para retirada do copo ou uma cinta de couro, removendo o filtro.

Realizada em dezembro (após ter sido adiada por causa do tempo ruim) a Re-gata Nando Khrane home-nageia Fernando Krahe, um dos velejadores de destaque da vela do Clube dos Janga-deiros que faleceu em outu-bro de 2012, aos 42 anos. Nando teve uma presença marcante na classe Snipe em parceria com George Nehm, o Dodão. A regata também comemorou o 39º ani-

Linda Homenagem versário da Escola de Vela Barra Limpa, e reuniu os velejadores de diversas épocas

da classe Snipe, desde os anos 70 até o ano 2000, divi-didos em várias categorias. Nando e Dodão conquis-taram o vice-campeonato mundial de Snipe em 1994. E o troféu que da regata é o mesmo conquistado pela úl-tima competição disputada pela dupla: o Troféu Prince-sa Sofia, em 1994, em Palma de Mallorca, na Espanha. O

troféu foi doado pelo pai de Nando, João Fernando Krahe.

Homenagem a Khrane

Page 7: Almanautica 16 jan./fev. 2015

INFORMATIVO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO

Palavra de

PRESIDENTE

ABVC

CONVÊNIOSA ABVC mantém convênios para os só-cios. Veja alguns abaixo e outros no site:IATE CLUBES

- Aratú Iate Clube - Cabanga Iate Clube- Iate Clube Guaíba- Iate Clube de Rio das Ostras- Iate Clube do Espírito Santo- Marina Porto Bracuhy- Iate Clube Brasileiro- Jurujuba Iate Clube

DESCONTOS

Brancante Seguros7Mares EquipamentosBotes RemarConinco - Tintas e RevestimentosShip’s Chandler: Loja Náutica em Paraty Enautic : Loja Náutica VirtualDivevision Loja VirtualE muitos outros. Consulte nosso site para saber dos detalhes de cada parceiro. Seja sócio da ABVC: você só terá vanta-gens. Se já é associado, traga um amigo!

O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.

Midias SociaisNosso fórum ou lista de discussão, funcio-na no Yahoo Grupos. Se você é associado e ainda não participa, basta enviar um e-mail para [email protected] e solicitar a participação. Estamos também no FA-CEBOOK. Lá não é preciso ser associado para participar. Conheça e participe!

Produtos ABVCOs produtos da grife ABVC estão à sua disposição para compras via internet. São camisetas, flâmulas para embarcações, bol-sas estanques, entre diversos outros produ-tos que podem ser adquiridos na loja virtu-al da ABVC. Acesse e conheça:

www.atracadouro.com.br/abvc

Caros Associados,

Após vários Cruzeiros, Encontros Nacio-nais, Boat Shows e palestras realizadas, chega ao fim minha estada na presidência da ABVC.Agradeço a Fernanda, Carolina, Marília e Heloisa, minha família, pelas negociações de tempo em prol da ABVC.Agradeço o companheirismo, lealdade, amizade do Fernando Sheldon, Ricardo Amatucci, Claudio Santini, Julio Paulino, Philippe Gouffon, Antonio Esteves, Volnys Bernal, Rogerio Kurtiss, Hugo Nunes, Eduardo Moura, Eduardo Schwery, Regina Délia, Paulo Fax, Leonor Ferre, Danielle Francis, Luis Fernando Beltrão, Claudio Renaud, Fernando Maciel, Mauricio Rosa, Brasilio Mello, Matheus Eichler, nossa di-retoria .Agradeço as marinas e iates clubes (e seus bares) que sempre se esforçaram em rece-ber e abrigar nossas flotilhas em cruzeiro pela costa brasileira. As empresas conve-niadas que oferecem produtos a preços convidativos.Aos associados que participaram, que par-ticiparão e que sonham em participar dos eventos da ABVC, não faltem. Não poderia esquecer da Berna Barbosa, Carlos Brancante, Ana e Dalmo, Nelson Ferreira da Ilha do Cedro, Everton Froes, Cadiqinho e Angela, Roberto Bailly, Fran-cisco Fragoso, Diana Melchheier, Ronaldo Coelho, Fábio Reis, Jorge Franco, He-lio Viana e Mara Blumer, Caio e Miriam Miroca, Telma e Naldi do Sitio Forte, Te-les Lira, Damasio e Ana do Saco do Céu, Roberta Cosulich do INP, Sergio Chagas, Assis Jose Ribeiro, Jose Zanella, Eduardo Coco Faggiano, Webber Rodrigues, Celso Martins, Antonio Lopes, que sempre incen-tivaram e colaboraram em nossas ações.Marinha do Brasil, obrigado.Com certeza esqueci de quem de alguma forma participou com parte de seu tem-po, de sua vida, para ajudar esta gestão da ABVC, mas perdoe-me pela pressão que estou sofrendo em escrever esta coluna a tempo de publicação no Almanáutica!!!Agora, com novas atividades no Conse-lho da ABVC, Volnys e sua diretoria que se cuidem, pois vou continuar inventando novas tarefas.

Bons Ventos,

Maurício Napoleão

A ABVC prepara um cruzeiro comemo-rativo aos 450 anos do Forte São João da Guanabara e, por consequencia, dos 450 anos da Cidade do Rio de Janeiro. A ideia é refazer a viagem de Estácio de Sá para a fundação da cidade do Rio de Janeiro, há 450 anos. O planejamento começa em 2015, e já tem o velejador, João Peralta, as-sociado da ABVC, como representante do Instituto Histórico e Geográfico de Santos. Registra a história do Brasil que, após as pazes com os indígenas e a tranqüilidade em São Paulo, Estácio de Sá partiu para o Rio de Janeiro, em meados de janeiro de 1565, levando cerca de 200 homens. Ao sopé do Pão de Açúcar, na esplanada entre este penedo e o Morro Cara de Cão, após o desembarque, “começaram a roçar em terra com grande fervor e cortar madeira para a cerca, sem querer saber dos tamoios nem dos franceses, mas como quem entra-va em sua terra, e se foi logo o capitão-mor dormir em terra e dando ânimo aos outros para fazer o mesmo, ocupado cada um em fazer o que lhe era ordenado por ele” (carta

de Padre Anchieta). A ideia do cruzeiro segundo Volnys Bernal, Presidente eleito para o mandato 2015-2016, é sair do For-te de São João da Bertioga (no canal de Santos) e chegar ao Forte de São João da Guanabara, na entrada da Baía da Gua-nabara.

Cruzeiro da ABVC deve ter mote histórico

Refazendo os passos de Estácio de Sá

O cruzeiro em flotilha organizado pela ABVC para julho de 2015 na Croácia já [é um sucesso. Até o fechamento desta edição, 21 veleiros já haviam sido inscritos e pagos, confirmando assim um numero enorme de associados que navegarão pelas águas croa-tas. A ABVC fez uma parceria com a Dream Yacht Charter para melhores opções para os associados. O local de saída do cruzeiro fica próximo a Sibenik na Marina Zaton - lado oposto da entrada do Lago Prokljan no Rio Krka (-43°46′39.66″ N -15°49′48.22″ E). A Marina fica a 60Km do aeroporto internacional de Split - Croácia. Os valores fica-ram 10% menores para os associados da ABVC, mais 5% porque a flotilha ultrapassou 10 embarcações. Os velejadores que concretizaram suas reservas até 7 de novembro tiveram ainda mais 10%! Você ainda pode participar: [email protected]

Cruzeiro na Croácia já tem mais de 20 veleiros

Este ano 10 veleiros partiram de Ubatuba com destino a Paraty para a edição 2014 do Cruzeiro Costa dos Tamoios, comandado por Brasilio de Mello Neto, Vice-Presiden-te Ubatuba - SP no atual mandato.O roteiro envolve a passagem por diversas praias e ilhas, saindo de Ubatuba (SP) com destino a Paraty (RJ), contornando a Ponta da Jo-atinga, adentrando em Paraty Mirim, Saco do Mamanguá, Ilha da Cotia e encerrando na cidade de Paraty. O objetivo do Cruzeiro Costa Tamoios é integrar navegadores ex-perientes com aqueles que ainda não reali-zaram grandes navegadas, e desmistificar a passagem pela Ponta da Joatinga. A largada foi precedida de um jantar no I.C. de Ubatu-ba, e o encerramento aconteceu com outro jantar, desta vez nas dependências da Mari-na Farol de Paraty.

Costa dos Tamoios

Napoleão recebe homenagem da MarinhaAntes de deixar o cargo de Presidente da ABVC, Maurício Napoleão foi homenageado pela Marinha do Brasil e recebeu a Medalha Almirante Tamandaré (na foto, ao centro). A Medalha Almirante Tamandaré foi criada em 1957 com o objetivo de agraciar as ins-tituições, autoridades e personalidades civis e militares que tenham prestado relevantes serviços na divulgação ou no fortalecimento das tradições da Marinha do Brasil.

Medalha Almirante Tamandaré

Volnys com esposa e filhos em Noronha

Volnys, o novo PresidenteVolnys Bernal foi eleito o novo Presidente da ABVC para o mandato de 2015-2016. Terá um grande desafio pela frente: Além de dar continuidade ao trabalho de Maurí-cio Napoleão, ele quer ampliar a atuação da nossa entidade nas regiões que até ago-ra ainda não tem uma participação efetiva. Nós conversamos com ele para que você o conheça melhor... Volnys tem 48 anos, e é formado em Ci-ência da Computação pela Universidade Federal de São Carlos, mestre e doutor em Engenharia Elétrica pela Escola Politéc-nica da USP. Atualmente trabalha na USP apoiando projetos e pesquisas na área e tecnologia da informação. É dono de um Velamar 31 que fica em Santos. “Iniciei na vela quando era adolescente, na década de 80, na Baia de São Vicente, quando adquiri

uma prancha à vela, uma WindGlider, muito comum na época, quando ha-viam muitos praticantes. Uma déca-

da depois passei a velejar de Hobie Cat”, contou Volnys. Ele já foi vice-presidente da ABVC para Santos, desde 2013 e criou dois sites para velejadores da região: Vela Santista (vela-santista.blogspot.com) e ABVC Santos (abvc-santos.blogspot.com). “Sentia falta de passeios em floti-lha e palestras. Esse foi o foco da minha atuação como vice-presidente”, explicou. Nesse período Volnys realizou o “En-contro das Ilhas”, um passeio de 3 dias de Santos até “As Ilhas” em novembro de 2013. Planificou o Cruzeiro Lagamar pelo Varadouro, além de organizar diver-sas palestras: Cruzeiro Águas Interiores, Pintura de Barcos, Vela de Cruzeiro e de Regata, Navegação pelo Lagamar e Na-vegação à Cidade do Cabo em um Ve-lamar 32. O mandato de presidente será

um grande desafio. A ABVC completará 12 anos e precisa melhorar sua estrutura para poder crescer e oferecer maior retorno ao

associado. Dar continuidade à iniciativa da Presidência de Maurício Napoleão em me-lhorar a atuação da ABVC em nível nacio-nal, principalmente nas regiões nordeste e sul. Estas são as principais diretrizes deste mandato”, contou.