poranduba - ano 1, número 1, abril - junho de 2016

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PORANDUBA Informativo da Coordenação de Informação e Documentação do Museu Paraense Emílio Goeldi Ano 1, Número 1, Abril-Junho de 2016 www.museu-goeldi.br COLEÇÃO OSVALDO CUNHA Publicações da coleção pessoal do herpetólogo Osvaldo Cunha são resgatadas pela CID. Elas resumem a história do acervo bibliográfico e arquivístico criado pelos ideais de Emilio Goeldi (na imagem, selo ex libris de Goeldi). PG. 6

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Poranduba [notícias, informações, em tupi] é um informativo da Coordenação de Informação e Documentação do Museu Paraense Emílio Goeldi (CID). Confira as ações e novidades da biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, do Arquivo Guilherme de La Penha e das coleções bibliográficas e acervos arquivísticos.

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PORANDUBA Informativo da Coordenação de Informação e Documentação do Museu Paraense Emílio Goeldi

Ano 1, Número 1, Abril-Junho de 2016

www.museu-goeldi.br

COLEÇÃO OSVALDO CUNHA Publicações da coleção pessoal do herpetólogo Osvaldo Cunha são resgatadas

pela CID. Elas resumem a história do acervo bibliográfico e arquivístico criado

pelos ideais de Emilio Goeldi (na imagem, selo ex libris de Goeldi).

PG. 6

Coordenadora de Informação e Documentação

Maria Astrogilda Ribeiro Silva

Vice-coordenadora de Informação e Documentação

Sonia Maria de Sousa Dias

Chefe do Serviço de Biblioteca

Andréa Abraham de Assis

Chefe Substituto do Serviço de Biblioteca

Rodrigo Oliveira de Paiva

Serviço de Comunicação Social

Revisão Lázaro Magalhães

Projeto Gráfico Jéssica Vasconcelos

Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG/MCTI

Coordenação de Informação e Documentação

Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna

Av. Perimetral, 1901. Terra Firme 66077-530 - Belém,

PA - Brasil.

Fone: (91) 3075-6278 | E-mail: mgdoc@museu-

goeldi.br

http://www.museu-goeldi.br

Poranduba [notícias, informações, em tupi] é

um informativo da Coordenação de

Informação e Documentação do Museu

Paraense Emílio Goeldi (CID). Confira as ações

e novidades da biblioteca Domingos Soares

Ferreira Penna, do Arquivo Guilherme de La

Penha e das coleções bibliográficas e acervos

arquivísticos.

Seções:

Novas Aquisições: Periódicos & Livros

Publicações adquiridas pela biblioteca do

Museu Goeldi e acesso a artigos.

Especial

Artigos e matérias especiais.

Notas e Eventos

Notícias, ações e agenda de programações

(cursos, palestras e outros).

Ciência & Memória

Um passeio pelas coleções e acervos

arquivísticos e bibliográficos do MPEG.

Perfil

Colaboradores de destaque para o avanço nas

áreas de atuação do MPEG.

COORDENAÇÃO DE INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO - CID É um órgão de apoio ao gerenciamento, preservação e disseminação de informações e documentos sobre a Amazônia e as áreas de atuação do Museu Goeldi. Promove cursos, treinamentos, debates e palestras. Veja sua atuação: * Coleções bibliográficas científicas * Fundos documentais arquivísticos * Atividades e serviços: - Atendimento presencial e online; - Seleção e aquisição de documentos; - Distribuição de publicações; - Comutação bibliográfica; - Cursos de Conservação de Acervos; - Digitalização de acervos; - Projetos de pesquisa.

Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna

Campus de Pesquisa do MPEG

Av. Perimetral, 1901 - Terra Firme

Horários: 2ª a 5ª, de 8h às 17h,

e 6ª, de 8h às 14h.

Telefone: (91) 3075-6278.

Arquivo Guilherme de La Penha

Campus de Pesquisa do MPEG

Av. Perimetral, 1901 - Terra Firme

Horários: 2ª a 5ª, de 8h às 17h,

e 6ª, de 8h às 14h.

Telefone: (91) 3217-6053.

Expediente e serviços

Imagem da capa

Selo Ex Libris do

acervo de Emílio

Goeldi desenhado por

Ernst Lohse (1902).

3

NOVAS AQUISIÇÕES

DE PERIÓDICOS

Arthropod Systematics & Philogeny

V. 73, N. 3, 2015

590.5 A86

SUMÁRIO

Bulletin of the Auckland Museum

V. 20, 2015

505 B7

SUMÁRIO

Brazilian Journal of Geology

V. 45, N. 3, 2015

550.5 R24

SUMÁRIO

Candollea: Int. Jour. Of Systematic Botany V. 70, N. 2, 2015

580.5 C5

SUMÁRIO

História, ciências, saúde: manguinhos

V. 22, 2015

610.5 H4

SUMÁRIO

Scientlae studia

V. 13, N. 4, 2015

505 S72

SUMÁRIO

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NOVAS AQUISIÇÕES

DE LIVROS

AS AMAZÔNIAS DE BERTHA K. BECKER: ENSAIOS SOBRE

GEOGRAFIA E SOCIEDADE NA REGIÃO AMAZÔNICA

ASSIM CAMINHOU A HUMANIDADE

BELÉM DO PARÁ: HISTÓRIA, CULTURA E CIDADE

As Amazônias de Bertha K. Becker (em três volumes) reúne as

pesquisas de mais de 40 anos da geógrafa sobre a região. Sua

obra propõe um novo modelo de desenvolvimento sustentável

para a região. Assim, chama a atenção para necessidade do

desenvolvimento social, econômico e tecnológico integrado,

protegendo a natureza, a qualidade de vida da população local

e a autonomia do Brasil no mundo global.

O livro representa a primeira obra sobre Evolução Humana

escrita inteiramente por brasileiros. É redigido numa linguagem

acessível ao público em geral e ao público universitário das

áreas de Antropologia, Arqueologia e Biologia Evolutiva.

A obra é uma coletânea de artigos escritos por docentes e

discentes do Programa de Pós-graduação em História da UFPA,

resultados dos estudos realizados na linha de pesquisa

“Cidade, floresta e sertão: cultura, trabalho e poder”, que se

debruça, entre outros aspectos, sobre os espaços urbanos

amazônicos, sua cultura, movimentos sociais, poderes locais e

políticas de governo.

5

NOVAS AQUISIÇÕES

DE LIVROS

PAN-AMAZÔNIA: VISÃO HISTÓRICA,

PERSPECTIVAS DE INTEGRAÇÃO E CRESCIMENTO

RAÇA, ETNICIDADE, SEXUALIDADE E GÊNERO:

EM PERSPECTIVA COMPARADA

HEALING ROOTS: ANTHROPOLOGY IN LIFE AND MEDICINE

Coleção de 23 capítulos relacionados com as temáticas de

segurança social econômica, política militar, biodiversidade,

transportes, energia, tecnologia de países vizinhos da

Amazônia brasileira.

Este livro representa uma adição interessante para a série

emergente de artigos e livros dedicados ao estudo das

interações entre os sistemas ocidentais e africanos do

conhecimento.

Publicação que representa o resultado de uma ação, de muito

sucesso, viabilizada entre os programas de pós-graduação em

antropologia social da Universidade de São Paulo e da

Universidade Federal do Pará entre 2008 e 2013. Obra que

trata da exploração de classificações de cor/raça, etnia, gênero

e orientação sexual em São Paulo e em Belém.

6

CONSERVAÇÃO DA

BIODIVERSIDADE EM PAISAGENS

Extinção de espécies florestais em diferentes

componentes de paisagens

PG. 4

"Como há de se determinar objetos de

história natural sem obras sistemáticas?".

Essa ponderação, feita pelo naturalista e

zoólogo suíço Emílio Goeldi ainda em 1894,

foi um dos pontos de partida determinantes

para os primeiros esforços de criação, na

região, de acervos que apoiassem as ações

em ciência na Amazônia.

Essa preocupação de Goeldi, registrada em

seu primeiro relatório ao chegar ao Pará para

dirigir o então “Museu Paraense de História

Natural e Etnographia”, traduz a importância

que as coleções bibliográficas científicas

tiveram para o esforço pioneiro de formar a

instituição, que em 2016 completa 150 anos.

Nesse século e meio, a ideia de

enriquecimento progressivo de acervos,

defendida por Goeldi, se manteve no Museu

- e foi estabelecida em grande parte por

empenhos pessoais e institucionais.

Paralelamente, a política de doações para seu

acervo foi fortalecida e ganhou contornos

cada vez mais sistematizados dentro do

MPEG. Um exemplo disso é o cuidado dado

recentemente à coleção Osvaldo Cunha,

doada ao Museu Goeldi pela família do

herpetólogo Osvaldo Rodrigues da Cunha

(1928-2011).

Livros para impulsionar a ciência na Amazônia: um

legado de Goeldi

Mais de mil exemplares do acervo do herpetólogo Osvaldo Cunha, doados ao MPEG, enriquecerão o acervo da instituição. A boa notícia resume o passado e o presente do esforço histórico que deu base à geração de conhecimento na Região

O acolhimento inicial desse acervo, que

envolve uma grande equipe, dedicada à

triagem, higienização e esforço de

conservação de 33 caixas de livros e

periódicos, está quase concluído.

Posteriormente, mais nove caixas com

valiosas publicações ainda serão higienizadas

e tratadas. E quando terminar, esse trabalho

resumirá o estado mais atual e aplicado de

um esforço pioneiro que há um século e

meio foi iniciado na região.

Osvaldo Cunha em sua sala no Museu Goeldi, 1991. (Foto: Acervo Museu Goeldi)

especial

Por Lázaro Magalhães

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Emílio Goeldi e funcionários do Museu Paraense, durante despedida da cidade de Belém, em 1907. (Foto: Arquivo Guilherme de La Penha)

História viva - Os ideais de Emílio Goeldi,

expressos ainda em 1894, em defesa da

formação de um acervo com obras para o

apoio à produção de conhecimento na

Amazônia, viriam a ser em seguida, em

Belém.

Vindo do Museu Nacional do Rio de

janeiro, após a Proclamação da República, o

zoólogo suíço assumiu, em junho de 1894,

a direção do Museu Paraense. Sete meses

depois, em janeiro de 1895, finalmente foi

criada a Biblioteca Domingos Soares

Ferreira Penna, que em 2016 também

completa 121 anos de existência.

Com apenas um quarto das suas primeiras

projeções de acervo feitas por Goeldi, a

Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna

foi inicialmente enriquecida aos poucos,

com permutas do primeiro Boletim do

Museu Paraense com conceituadas

instituições científicas de vários continentes.

Em 1896, Emílio Goeldi já almejava obter

obras complementares. "Além daquelas

voltadas para as especialidades de atuação

do Museu, e também de viagens e

expedições, Emílio Goeldi estava em busca

de obras que permitissem cabedal no

estado atual das ciências naturais relativas à

Amazônia, e que permitissem

embasamento e sucesso nas

argumentações com o mundo científico",

ressalta Gilda Ribeiro, responsável pela

Coordenação de Informação e

Documentação do Museu Goeldi (CID).

Abrigando as bibliotecas e os acervos

bibliográficos e arquivísticos da instituição,

a CID hoje cuida de aproximadamente 340

mil volumes, entre livros, periódicos

nacionais e internacionais, folhetos, teses,

dissertações, monografias, publicações

seriadas, material multimídia e coleções que

incluem itens que vão desde o século XVI

até os dias atuais.

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Biblioteca do Museu Paraense Emílio Goeldi, em meados do século XX. (Foto: Arquivo Guilherme de La Penha)

Doações de gerações - As coleções da

Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna

também chegaram a ser enriquecidas até

com doações reais, como as feitas pelo

príncipe Alberto I, de Mônaco, e as do

Príncipe Fernando I, da Bulgária. Também

passaram a integrar parte deste acervo

obras científicas como as do professor John

Casper Branner (1850-1922), da

Universidade de Stanford, Califórnia.

Geólogo norte-americano, Branner foi um

dos fundadores da Universidade de

Stanford e também expert em geologia

brasileira: esteve em expedições no País em

1899 e entre 1907 e 1908.

"Nesse período foram adquiridas séries

completas de peso, como Iust's Botaniches

Iahrbucher e o International Archive fur

Ethnographie. Em 1901, foram adquiridas

obras importantes de sistemática zoológica

e botânica, como as de Cuvier e Temminck",

ressalta Gilda Ribeiro. Outros importantes

títulos chegaram por compra, como as

obras.

obras completas de Humboldt e Bonpland,

Voyages aux régions équinoctiales, e

Sertum Palmarum Brasiliensum, de Barbosa

Rodrigues.

Na história da formação do acervo

bibliográfico e arquivístico do Museu

Goeldi, no entanto, esforços pessoais

também se destacam de forma relevante.

São ações que fizeram a diferença em vários

momentos desse século e meio de trajetória

institucional. "Diversas pessoas organizaram

o acervo da Biblioteca Domingos Soares

Ferreira Penna. O próprio Emílio Goeldi

esteve às voltas com o catálogo. Jacques

Huber, que substituiu Goeldi, em 1907

exerceu os serviços da Biblioteca. O

catálogo de fichas e folhas separadas foi

continuado por Otilia Muller e Machado

Coelho. Até que chegou a importante

bibliotecária Clara Galvão, que formou, no

ofício, várias profissionais que hoje ainda

atuam com seus conhecimentos na

Biblioteca", conta Gilda Ribeiro.

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O acervo Osvaldo Cunha - Desse trabalho

contínuo de gerações, que hoje se agrega a

gente mais nova na Biblioteca do Museu

Goeldi, o acolhimento da doação da

coleção particular do pesquisador Osvaldo

Cunha, que pertenceu ao quadro da

instituição, é o mais significativo exemplo

atual de um grande esforço institucional

movido a superações pessoais.

Osvaldo Rodrigues da Cunha (1928-2011)

foi herpetólogo. E foi para o MPEG que

Cunha dedicou a maior parte de sua vida

profissional voltada à herpetologia - o ramo

da zoologia que estuda os répteis e

anfíbios. E ainda quando estava em

atividade no Museu, Cunha já havia deixado

legados importantíssimos nessa área, como

estudos pioneiros e o fortalecimento da

Coleção Herpetológica do MPEG. "Quando

Cunha se aposentou, a Coleção

Herpetológica do MPEG já contava com 38

mil exemplares, um aumento de quase 60

vezes em relação ao número existente em

1965", ressalta a coordenadora da CID,

Gilda Ribeiro. Nessa época, o MPEG

conseguiu formar a maior coleção

herpetológica com material da Amazônia

brasileira do País. E assim consolidou

também a terceira maior coleção

herpetológica do Brasil.

Resgate do acervo de Osvaldo Cunha. (Foto: Astrogilda Ribeiro)

Higienização das obras recuperadas. (Foto: Astrogilda Ribeiro)

Mesmo após sua morte, Cunha segue

enriquecendo o acervo do Museu. A família

do pesquisador doou à instituição uma

parte de livros e periódicos. Os mais de mil

volumes estão se integrando ao acervo do

MPEG. E o belo nisso é assistir como o

passado, representado pelo legado de

Cunha, se funde ao esforço do presente,

apontando o futuro. "Para o recebimento

dessa doação, foram deslocados 12 técnicos

da Biblioteca, para fazer a triagem de um

acervo que já estava abrigado há dois anos

na casa de Osvaldo Cunha, aos cuidados da

da sobrinha Ana Lúcia Cunha", detalha

Gilda Ribeiro.

O trabalho exigiu triagem minuciosa dos

títulos, voltados a várias áreas de interesse

do Museu Goeldi, observando o valor

científico de cada volume e a raridade das

obras. A grande maioria dos títulos já foi

tratada. Ao todo, 945 volumes já foram

higienizados – e muitos fumigados, em

função do seu estado de conservação e

contaminação por fungos e insetos. Restam

apenas seis caixas para o término desses

trabalhos. "Certamente este acervo de

Cunha enriquece ainda mais a coleção

científica do Museu Goeldi. Para ressaltar a

sua importância, constam alguns autores

como Coudreau, Darwin, Gould, Herrmann,

Martius, Spix, Wallace, Nimuendajú e até

Volumes da Coleção Brasiliana, que agora

foram acrescidos às nossas coleções",

comemora a coordenadora da CID.

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Museu Goeldi consolida sua política de acolhimento de coleções

científicas e ganha experiência numa área que fortalece seu acervo

O acolhimento de doação da coleção

particular do pesquisador Osvaldo Cunha -

com seu trabalho de triagem, higienização e

conservação -, é um exemplo bem sucedido

do esforço contínuo e bem preparado da

equipe da Coordenação de Informação e

Documentação do Museu Goeldi (CID) para

o fortalecimento do acervo bibliográfico e

arquivístico da instituição. E esse esforço

coroou o estabelecimento de uma política

institucional para o acolhimento doações.

"Acolher acervos como o de Osvaldo Cunha

é algo importantíssimo. A coleção científica

de Cunha, por exemplo, contempla várias

áreas do Museu", ressalta Gilda Ribeiro,

coordenadora da CID.

A CID avalia que a equipe saiu fortalecida

da experiência. "Nas horas de arregaçar as

mangas para enfrentar os desafios, a equipe

encarou com força e responsabilidade. A

participação de todos foi corajosa, pelo

estado do acervo de Osvaldo Cunha. O

desafio foi tão grande que nos serviu como

desafio foi tão grande que nos serviu como

experiência no possível acolhimento de

outros acervos", ressaltou Gilda Ribeiro.

Pela internet - Como parte da Política de

Desenvolvimento de Coleções, hoje o

Museu

COMO DOAR?

- Procure primeiro a Coordenação de Informação

e Documentação do MPEG (CID)

- Conheça as condições do termo de doação no

portal do Museu. Imprima e assine.

- O acervo a ser doado será avaliado. O Museu

Goeldi faz visitas ao local.

QUEM PROCURAR?

- Coordenação de Informação e Documentação

do Museu Goeldi (CID);

- Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna.

ATENDIMENTO

Campus de Pesquisa do Museu Goeldi – CID

De segunda a sexta, das 9h às 12h e 13h às 17h

Av. Perimetral, 1901, Terra Firme. Belém – PA

Portal do Museu Goeldi

Coordenação CID – Gilda Ribeiro

[email protected]

Chefia de Biblioteca – Andréa Assis

[email protected]

Telefones: (91) 3075-6278/ 3217-6061

A força das doações

Museu já dá acesso ao Termo de Doação de

Materiais Bibliográficos, através da página

da Biblioteca Domingos Soares Ferreira

Penna no portal do MPEG. "O doador deve

ler o termo e conhecer critérios lá listados",

ressalta Andréa Abraham de Assis, chefe do

Serviço da Biblioteca Domingos Soares

Ferreira Penna. Os doadores também

devem entrar em contato com a equipe da

CID. "Nesse contato é avaliada a pertinência

do acervo através de uma curadoria”,

lembra Gilda Ribeiro.

Após a aprovação do novo acervo, uma

equipe da biblioteca do Museu Goeldi visita

o local, de posse de termo de doação - que

estabelece as condições para abrigá-lo.

Por Lázaro Magalhães

Acervo da biblioteca científica do Museu Paraense Emílio Goeldi. (Foto: Acervo Museu Goeldi)

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Dossiê da série exposição. (Foto: Arquivo Guilherme de La Penha)

A equipe do Arquivo Guilherme de La Penha concluiu

a identificação e montagem de dossiês da série

Exposições. Totalizando 103 dossiês com documentos

por exposição museológica, do período de 1973 a

2013, constitui fonte de informações importantes

sobre a atuação do Museu Goeldi no campo da

Museografia e comunicação museológica.

Identificação e montagem de dossiês da série exposição são concluídas

Notas & eventos

Servidora da CID é eleita membro titular do Conselho

Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura

A servidora do Arquivo Guilherme de La Penha,

Doralice Romeiro, foi eleita membro titular do

Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério

da Cultura (MinC), representando o Colegiado Setorial

de Arquivos. O referido conselho tem por finalidades

propor a formulação de políticas públicas para as

atividades culturais em seus diversos segmentos, em

todo território nacional.

Eleição de servidora da CID no MinC. (Foto: MinC)

Tratamento da série “Correspondência ativa da gestão Emílio Goeldi”

Está sendo desenvolvida a identificação, descrição e

acondicionamento da série “Correspondência Ativa

da Gestão Emílio Goeldi (1894/1907)”, que,

juntamente com a série “Correspondência Passiva”,

totalizam mais de 800 documentos, entre cartas,

ofícios, memorandos e pareceres, que retratam as

primeiras ações de Emílio Goeldi por ocasião da

reestruturação do então Museu Paraense.

Tratamento técnico de documento. (Foto: Arquivo Guilherme de La Penha)

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Sobrevoos de Goeldi e Lohse

No fim do século XIX e aurora do século XX, Emílio Goeldi

e o ilustrador Ernst Lohse retratavam em palavras e imagens

a Amazônia. É a época de ouro dos cientistas viajantes

As obras raras disponíveis no acervo do Museu Goeldi podem nos levar a um passado rico para

a história de pioneirismo da ciência na Amazônia. A Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna

abriga imagens que retratam a flora e a fauna da região, com textos de cientistas e viajantes

que a percorreram em séculos passados. Nestas páginas, reproduzimos descrições de Emílio

Goeldi (1859-1917) e ilustrações de Ernst Lohse (1873-1930) para aves como socós e araras,

encontradas em viagens ao Arquipélago do Marajó e às Guianas. Alce voo no tempo.

“Saímos de sob as arcadas; estamos de

novo em pleno céu tropical e os raios do sol

equatorial brilham e refletem-se mil vezes,

pulverizando de pontos luminosos as

comas dos arbustos e árvores de meia

estatura e o tapete variegado de folhas com

que inúmeras trepadeiras revestem a

vegetação das margens. O mundo alado

ainda uma vez se nos apresenta sob novo

aspecto.

A cada pancada dos remos levanta-se do

verde labirinto de grinaldas, de um lado ou

de outro, um bando de socós, em todas as

fases de idade, evidentemente advertidos

mais pelo seu agudíssimo ouvido que

mesmo pela vista e se dispersam em todas

as direções, com gritos ásperos que bem

mostram o embaraço em que se acham

para encontrar sem demora um novo

esconderijo sombrio.

E assim durante um bom quarto de hora,

caminhamos, levando continuamente à

nossa frente uma nuvem de 30, 50 e mais

socós; [...]”

Emílio A. Goeldi (1859-1917) Maravilhas da natureza na Ilha de Marajó (Rio Amazonas). Boletim do Museu Paraense de Historia

Natura e Ethnographia (Museu Goeldi),

Belém, t. 3 fasc. 1-4, p. 385,

Socós. Álbum de Aves Amazônicas de Emílio A. Goeldi – 1900-

1906. Ilustração de Ernst Lohse (1873-1930)

Ciência e memória

Por Olímpia Resque

13

“As araras são por certo uma das mais

brilhantes figuras das florestas equatoriais

da América do Sul, e compreender-se-á

facilmente quanto ficamos surpreendidos

por encontrar aqui, na costa da Guiana, uma

das espécies mais raras, a arara azul [...] em

circunstâncias que nos permitem considerar

uma ave comum nestas regiões. De uma vez

Araras. Álbum de Aves Amazônicas de Emílio A. Goeldi – 1900-1906. Ilustração de Ernst Lohse (1873-1930).

Emílio A. Goeldi

Resultados ornithologicos de uma viagem de naturalistas

à costa da Guyana meridional.

Boletim do Museu Paraense de Historia Natura e

Ethnographia (Museu Goeldi), t. 3, p 219, 1900-1902.

vimos juntos oito indivíduos, formando quatro

casais. Os indígenas, todos brasileiros do

estado do Pará (pelo menos ao longo do

Cunani e da região costeira do Norte) falam da

arara azul, que e, aliás, uma espécie rara nos

jardins zoológicos, como de uma “ave de

arribação”, comum na estação seca, e ausente

durante certos meses. [...]”.

14

perfil

O herpetólogo Osvaldo Rodrigues da Cunha é o pesquisador homenageado in memorian na 1ª

edição do Poranduba – justamente por sua grande colaboração em pesquisas do Museu Goeldi

e à sociedade com seus estudos voltados à área de herpetologia.

Osvaldo Rodrigues da Cunha (1928-2011) foi herpetólogo do Museu Paraense Emílio Goeldi

(MPEG) durante a maior parte de sua vida profissional. Nessa área, deixou um grande legado, na

forma de estudos pioneiros e também para fortalecimento da Coleção Herpetológica do MPEG.

Quando Osvaldo Cunha se aposentou, a Coleção Herpetológica do MPEG já contava com 38.000

exemplares, um aumento de quase 60 vezes em relação ao número existente em 1965.

Constituía, então, a maior coleção herpetológica com material da Amazônia brasileira e a

terceira do Brasil.

Fonte: Cunha, 1978.

OSVALDO CUNHA