Destaque do mês

Abril/JunhoNovidades arqueológicasSerra de Carnaxide - Via F

Foram identificadas 6 sepulturas, sendo três colectivas e três individuais, tendo sido inumados um total de 11 indivíduos, entre os quais um bebé, três crianças e sete adultos, abrangendo diversos sexos e faixas etárias, pertencentes, certamente a uma pequena comunidade local.Entre fragmentos de cerâmica em Terra Sigillata datados entre os séculos I e V, foi recolhida uma argola em liga de cobre, de secção circular, que vai estreitando de uma extremidade para a outra, que por comparação com outros objectos semelhantes sugere-se uma cronologia do século VI-VII d.C..Uma das extremidades possui um elemento, que deverá corresponder ao fecho, de forma cúbica e com arestas boleadas, estando quatro das faces decoradas por um círculo e uma depressão central. Apresenta um diâmetro de 3,3 cm e um peso de 1,5g.

Brinco em liga de cobre

NÚCLEO MUSEOGRÁFICO DO CASAL DA FALAGUEIRAMUSEU MUNICIPAL DE ARQUEOLOGIA

O Brinco

Os sítios arqueológicos reconhecidos na Amadora estão sobretudo ligados à sua ocupação na Pré-história, sendo bastante mais raros quando falamos em época romana ou medieval.O sítio da Via F, na Serra de Carnaxide, trouxe-nos novidades no que diz respeito a estes dois últimos períodos, quer ao nível do Município, quer mesmo da própria Serra, apesar de se saber da existência de alguns escassos materiais romanos recolhidos na encosta da Serra virada para Oeiras.De época romana identificou-se uma estrutura, já bastante destruída, de forma rectangular, construída em blocos aparelhados de pedra calcária, rocha existente apenas a norte do Município e que no seu interior continha um sarcófago trabalhado, igualmente em pedra calcária e vestígios de pelo menos mais dois enterramentos.Não sabemos se na sua origem, esta construção, seria um espaço sagrado e de culto, mas a existência destes enterramentos no interior de uma área murada, demonstra quer a importância destes indivíduos, quer desta construção no meio da Serra.Após a perda de importância deste lugar e consequente decadência do edifício, já em época medieval, volta a ser utilizado como local de sepulcro, muito provavelmente por volta do século VIII.

Simulação de uso do brinco

Sepultura 6