polo costa dos coqueirais

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Page 1: polo costa dos coqueirais
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i

PRODUTO 5

VERSÃO FINAL DO PDITS

Volume II – Documento Técnico

Page 4: polo costa dos coqueirais

ii

FICHA TÉCNICA

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Dilma Vana Rousseff

Presidente

Michel Temer

Vice-presidente

MINISTÉRIO DO TURISMO

Gastão Dias Vieira

Ministro

SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO

TURISMO

Fabio Rios Mota

Secretário

DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO

TURISMO

Carlos Henrique Menezes Sobral

Diretor

COORDENAÇÃO GERAL DE PROGRAMAS REGIONAIS II

Viviane de Faria

Coordenadora

Ana Carla Fernandes Moura

Técnica Nível Superior

Marina Neiva Dias

Técnica Nível Superior

Miranice Lima Santos

Técnica Nível Superior

Page 5: polo costa dos coqueirais

iii

GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE

Marcelo Déda Chagas

Governador do Estado de Sergipe

Jackson Barreto de Lima

Vice Governador do Estado de Sergipe

SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO

Elber Andrade Batalha de Goes

Secretário de Estado de Turismo

José Roberto de Lima Andrade

Secretário de Estado Adjunto

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO - PRODETUR NACIONAL

UNIDADE DE COORDENAÇÃO DE PROJETOS EM SERGIPE - UCP/SE

Joab Almeida Silva

Coordenador Geral – PRODETUR Nacional em Sergipe

Anderson Renê Santos Silva

Coordenador Operacional - PRODETUR Nacional em Sergipe

Marco Antonio Domingues

Consultor Executivo de Desenvolvimento Institucional

PRODETUR Nacional em Sergipe

TECHNUM CONSULTORIA

Izabel Borges

Arquiteta/Urbanista - Diretora do Projeto

Daisy Cadaval Basso

Fortalecimento da Gestão Municipal e Participação Social

Coordenação do Projeto 2ª. Fase

André Cobbe

Arquiteto Urbanista – Patrimônio Histórico - Coordenação do Projeto 1ª. Fase

Page 6: polo costa dos coqueirais

iv

Técnicos e Especialistas

Denise Guarieiro

Arquiteta Urbanista

Elisabeth van den Berg

Arquiteta Urbanista

Letícia Bortolon

Arquiteta e Urbanista – Planejamento Urbano e Regional

Potira Meirelles Hermuche

Geógrafa - Geoprocessamento – Gestão Ambiental

Nanci Miranda

Turismóloga – Planejamento do Turismo

Rayane Ruas

Turismóloga – Planejamento do Turismo

Paulo Lima

Economista – Estudos e Análise de Viabilidade

Heleno Mesquita

Estruturação de Programas e Políticas de Financiamento

Alexandre Fortes

Engenheiro Civil – Projetos de Infraestrutura

Vera Amorelli

Advogada – Direito Urbano e Ambiental

Aislan Borges

Organização Local e Apoio à Gestão

Vitor João Ramos Alves

Especialista em Logística/Processamento de Dados

Page 7: polo costa dos coqueirais

v

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABAV/SE - Associação Brasileira Agência Viagem de Sergipe

ABEOC - Associação Brasileira de Empresas de Eventos

ABIH/SE - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Sergipe

ABRAJET/SE - Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo de Sergipe

ABRASEL/SE - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Sergipe

Adema - Administração Estadual de Meio Ambiente

APA - Área de Proteção Ambiental

APL - Arranjo Produtivo Local

APP – Área de Proteção Permanente

BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento

BNB - Banco do Nordeste

BOH - Boletim de Ocupação Hoteleira

CCLIP - Linha de Crédito Condicionado para Investimento

COGEF - Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe

CPTur - Companhia de Policiamento do Turismo

Deso - Companhia de Saneamento de Sergipe

Emsetur - Empresa Sergipana de Turismo

Energisa - Empresa Distribuidora de Energia de Sergipe

FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

FGV – Fundação Getúlio Vargas

FNRH - Ficha Nacional de Registro de Hóspedes

FORTUR – Fórum de Turismo de Sergipe

Funcaju - Fundação Municipal de Cultura e Turismo de Aracaju

Gerco - Gerenciamento Costeiro

GRPU - Gerência Regional do Patrimônio da União

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais

ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IFS - Instituto Federal de Sergipe

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Infraero - Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária

IPTI - Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação

MMA - Ministério do Meio Ambiente

TEM – Ministério do Trabalho e Emprego

MTur - Ministério do Turismo

PDITS - Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável

Page 8: polo costa dos coqueirais

vi

PIB – Produto Interno Bruto

PENUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PNT - Plano Nacional de Turismo

PROCRIAR - Organização Sócio-Ambiental

Prodetur - Programa de Desenvolvimento do Turismo

PPAmb - Polícia Militar do Estado de Sergipe

Rebio - Reserva Biológica

SEDURB - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano

SEIDES - Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social.

SEMARH - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos

SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

SEPALAG – Secretaria de Planejamento de Sergipe

Setur - Secretaria de Estado de Turismo de Sergipe

SINGTUR/SE - Sindicato dos Guias de Turismo de Sergipe

SULGIPE - Companhia Sul Sergipana de Eletricidade

UC - Unidade de Conservação

UFS - Universidade Federal de Sergipe

ZEE - Zoneamento Econômico Ecológico

Page 9: polo costa dos coqueirais

vii

SUMÁRIO

SUMÁRIO............... ..................................................................................................................................... VII

APRESENTAÇÃO..... ....................................................................................................................................... 1

INTRODUÇÃO........ ........................................................................................................................................ 2

1A PARTE: MARCO REFERENCIAL E OBJETIVOS DO PDITS ................................................................................ 5

1. O CONTEXTO.............. ............................................................................................................................... 7

1.1. A POLÍTICA FEDERAL DE TURISMO E O PROGRAMA PRODETUR NACIONAL .............................................. 7

1.2. O ESTADO DE SERGIPE E O POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ..................................................................... 8

1.3. ARACAJU COMO DESTINO INDUTOR E COMPETITIVIDADE NO CENÁRIO NACIONAL .............................. 13

1.4. OS PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS ......................................................................................................... 16

2. OS ANTECEDENTES .................................................................................................................................. 17

2.1. O PRODETUR/ NE - SE ........................................................................................................................... 17

2.2. O PRODETUR / NE II - SE ....................................................................................................................... 22

2.3. OUTROS INVESTIMENTOS NA ÁREA DO POLO ....................................................................................... 28

3. OS OBJETIVOS DO PDITS .......................................................................................................................... 30

3.1. OBJETIVO GERAL .................................................................................................................................. 30

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................................ 31

2A PARTE: DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA ÁREA E DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS ........................................ 33

4. MERCADO TURÍSTICO – DEMANDA E OFERTA .......................................................................................... 35

4.1. DEMANDA TURÍSTICA ATUAL ................................................................................................................ 35

4.1.1. PERFIL QUANTITATIVO DOS VISITANTES ATUAIS ................................................................................ 36

4.1.2 PERFIL QUALITATIVO DOS SEGMENTOS/VISITANTES ATUAIS ............................................................... 47

4.1.3. COMPORTAMENTO E HÁBITOS DE INFORMAÇÃO E DE COMPRA DA VIAGEM - ................................... 55

4.1.4. COMPOSIÇÃO DO GASTO TURÍSTICO .................................................................................................. 55

4.1.5. QUALIDADE DA OFERTA ATUAL E IMAGEM DA ÁREA TURÍSTICA ......................................................... 57

4.1.6. CAMPANHAS DE PROMOÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ............................................................................. 60

4.1.7. PORTFÓLIO ESTRATÉGICO DE PRODUTOS TURÍSTICOS/SEGMENTOS ATUAIS DE DEMANDA ................ 63

4.2. DEMANDA TURÍSTICA POTENCIAL ......................................................................................................... 67

4.2.1. PERFIL QUALITATIVO DOS SEGMENTOS/VISITANTES POTENCIAIS ....................................................... 67

4.2.2. ELEMENTOS CRÍTICOS QUE INFLUENCIAM A DECISÃO DE COMPRA DA VIAGEM COM RELAÇÃO AOS

SEGMENTOS POTENCIAIS ............................................................................................................................ 74

4.2.3. EXPECTATIVA DO TURISTA QUANTO AOS DIFERENTES SEGMENTOS POTENCIAIS ................................ 75

4.2.4. HÁBITOS DE INFORMAÇÃO E COMPRA DOS DIFERENTES SEGMENTOS POTENCIAIS ............................ 76

4.2.5. NÍVEL DE CONHECIMENTO E DE INTERESSE DA DEMANDA POTENCIAL ............................................... 76

4.3. OFERTA TURÍSTICA ............................................................................................................................... 77

Page 10: polo costa dos coqueirais

viii

4.3.1. DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS MAIS RELEVANTES ........................................ 78

SÍNTESE DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ................................................... 142

4.3.2. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS ......................................................................................... 143

5. INFRAESTRUTURA BÁSICA E SERVIÇOS PÚBLICOS ................................................................................... 150

5.1. REDE VIÁRIA DE ACESSO ..................................................................................................................... 150

5.1.1. SISTEMA RODOVIÁRIO ..................................................................................................................... 151

5.1.2. SISTEMA FERROVIÁRIO .................................................................................................................... 156

5.1.3. SISTEMA HIDROVIÁRIO .................................................................................................................... 157

5.1.4. SISTEMA AEROPORTUÁRIO .............................................................................................................. 162

5.2. TRANSPORTE URBANO ....................................................................................................................... 163

5.3. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................................................................................. 166

5.4. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................................................................................ 170

5.5. LIMPEZA URBANA .............................................................................................................................. 175

5.6. DRENAGEM PLUVIAL .......................................................................................................................... 179

5.7. COMUNICAÇÃO .................................................................................................................................. 180

5.8. ENERGIA ELÉTRICA .............................................................................................................................. 180

5.9. SERVIÇO DE SAÚDE ............................................................................................................................. 183

5.10. SEGURANÇA PÚBLICA ....................................................................................................................... 188

6. QUADRO INSTITUCIONAL ...................................................................................................................... 190

6.1. ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES QUE ATUAM NA GESTÃO DO TURISMO ........................................................ 190

6.2. IMPACTOS E LIMITAÇÕES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ............................................................................ 200

6.2.1. O PLANEJAMENTO DO TURISMO ...................................................................................................... 202

6.3. LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA, AMBIENTAL E TURÍSTICA. ......................................................................... 204

6.4. QUADRO DE INCENTIVOS PARA O INVESTIMENTO TURÍSTICO ............................................................. 208

7. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS ............................................................................................................... 212

7.1. CONDIÇÕES AMBIENTAIS .................................................................................................................... 212

7.1.1. CLIMA.................... .......................................................................................................................... 212

7.1.2. RECURSOS HÍDRICOS ....................................................................................................................... 215

7.1.3. RELEVO.......... .................................................................................................................................. 222

7.1.4. SOLOS................. ............................................................................................................................. 225

7.2. VULNERABILIDADE AMBIENTAL DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS EM RELAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO

DO TURISMO.............. ............................................................................................................................... 232

7.3. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE QUE JÁ TENHAM SIDO CAUSADOS

POR ATIVIDADES TURÍSTICAS OU QUE AFETEM ESSAS ATIVIDADES ............................................................ 233

7.3.1. PROBLEMAS ESPECÍFICOS ................................................................................................................ 233

Page 11: polo costa dos coqueirais

ix

7.3.2. NECESSIDADE DE REABILITAÇÃO ...................................................................................................... 243

7.4. VULNERABILIDADE SOCIAL DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS EM RELAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO DO

TURISMO.............. .................................................................................................................................... 245

7.5. GESTÃO AMBIENTAL PÚBLICA ............................................................................................................. 247

7.5.1. ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS PRESENTES NA ÁREA ................................................................. 247

7.5.2. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL E DO ESTADO ......................................................................... 255

7.5.3. POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL INSTALADOS OU DESENVOLVIDOS NA

ÁREA........................ ................................................................................................................................. 258

7.5.4. PROGRAMAS INTEGRANTES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO ESTADO .................................... 258

7.5.5. MONITORAMENTO AMBIENTAL ....................................................................................................... 265

7.5.6. CAPACIDADE INSTITUCIONAL DOS MUNICÍPIOS E DAS ENTIDADES ESTADUAIS PARA A GESTÃO

AMBIENTAL.............. ................................................................................................................................. 267

7.6. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO/EFICIÊNCIA DA FISCALIZAÇÃO .............................................................. 267

7.6.1. FEDERAIS............ ............................................................................................................................. 267

7.6.2. ESTADUAIS ...................................................................................................................................... 269

7.6.3. MUNICIPAIS ..................................................................................................................................... 271

7.7. GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS PRIVADAS: PROGRAMAS DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL DAS

EMPRESAS TURÍSTICAS DA AT (CONSOLIDADOS OU EM IMPLEMENTAÇÃO) ............................................... 272

7.7.1. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE TERRITORIAL ...................................................... 272

8. CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO .................................................................................. 274

3A PARTE: VALIDAÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ............................................................................................... 289

9. IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS .......................................................................................... 291

9.1. A HIERARQUIZAÇÃO DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ......................... 291

9.2. ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE ..................................................................................................... 298

9.3. NÍVEL DE USO ATUAL E POTENCIAL DA ÁREA TURÍSTICA ..................................................................... 300

9.4. CONDIÇÕES FÍSICAS E SERVIÇOS BÁSICOS ........................................................................................... 302

9.5. QUADRO INSTITUCIONAL E ASPECTOS LEGAIS ..................................................................................... 304

9.6. ASPECTOS AMBIENTAIS CRÍTICOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NO POLO COSTA DOS

COQUEIRAIS.............. ................................................................................................................................ 306

9.7. SÍNTESE – VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA E PRIORIZAÇÃO DE SEGMENTOS ................... 310

4A PARTE: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO ........................................................................ 313

10. ESTRATÉGIAS ....................................................................................................................................... 315

10.1. OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS POR COMPONENTE ................................................................................. 318

5A PARTE: PLANO DE AÇAO: PROCEDIMENTOS, AÇOES E PROJETOS ........................................................... 321

11. PLANO DE AÇÃO .................................................................................................................................. 323

11.1. VISÃO GERAL E AÇÕES PREVISTAS ..................................................................................................... 324

Page 12: polo costa dos coqueirais

x

11.2. OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES ................................................................................................... 325

11.3. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES PREVISTAS ................................................................................................... 334

11.4. INVESTIMENTOS PREVISTOS ............................................................................................................. 354

11.4.1. DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL ............................................................................ 355

11.5. SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES ................................................................................................ 362

11.6. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES A REALIZAR NOS 18 PRIMEIROS MESES COM RECURSOS DO PRODETUR ....... 376

11.6.1. AÇÕES PRIORITÁRIAS – COMPONENTE 1 – PRODUTO TURÍSTICO .................................................... 377

11.6.2 AÇÕES PRIORITÁRIAS – COMPONENTE 2 – COMERCIALIZAÇÃO ....................................................... 385

11.6.3. AÇÕES PRIORITÁRIAS – COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL ............................... 388

11.6.4. AÇÕES PRIORITÁRIAS – COMPONENTE 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS ........................ 393

11.6.5. AÇÕES PRIORITÁRIAS – COMPONENTE 5 – GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ........................................... 396

11.7. APRESENTAÇÃO DAS AÇÕES POR MUNICÍPIO .................................................................................... 402

11.8. MARCO DE RESULTADOS DAS AÇÕES PRIORIZADAS PARA OS 18 MESES INICIAIS DE IMPLANTAÇÃO DO

PDITS.......................... .............................................................................................................................. 427

12. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS AÇOES PREVISTAS ............................................... 434

12.1. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS (POSITIVOS, NEGATIVOS E AÇÕES

MITIGADORAS).............. ........................................................................................................................... 434

12.2. IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS CUMULATIVOS DO CONJUNTO DE ATIVIDADES E PROJETOS A SEREM

DESENVOLVIDOS E SEUS EFEITOS SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO ...................................... 446

12.3. OUTROS IMPACTOS ESTRATÉGICOS DA IMPLANTAÇÃO DO PLANO NA ÁREA DOS RECURSOS

NATURAIS........... ...................................................................................................................................... 447

12.4. INDICADORES DOS IMPACTOS .......................................................................................................... 447

12.5. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL ................................................................................................ 448

13. MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ......................................................................... 450

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................... 455

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................................................................. 456

COLABORADORES ..................................................................................................................................... 458

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1. MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O POLO COSTA DOS COQUEIRAIS/SE ...................................... 4

FIGURA 2. ARACAJU COMO CAPITAL DO ESTADO E CENTRO RECEPTIVO ............................................... 9

FIGURA 3. TERRITÓRIOS SERGIPANOS ................................................................................................ 10

FIGURA 4. POLOS TURÍSTICOS DE SERGIPE ......................................................................................... 11

FIGURA 5. DISTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES DO PRODETUR I NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, SERGIPE ... 21

FIGURA 6. SITE SETUR/EMSETUR – GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE - 2012 .................................... 61

FIGURA 7. SITE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL DE ARACAJU – FUNCAJU - 2012 ...................... 61

Page 13: polo costa dos coqueirais

xi

FIGURA 8. PRODUTOS TURÍSTICOS - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - SERGIPE ................................... 66

FIGURA 9. MUNICÍPIOS INTEGRANTES DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - DIVISÃO EM TRECHOS PARA

EFEITO DE PLANEJAMENTO ......................................................................................................................... 79

FIGURA 10. OCEANÁRIO DE ARACAJU – PRAIA DE ATALAIA .................................................................. 81

FIGURA 11. ATRACADOURO DO MOSQUEIRO – POVOADO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU ...................... 82

FIGURA 12. CROA DO GORÉ – MUNICÍPIO DE ARACAJU ........................................................................ 82

FIGURA 13. CROA DO GORÉ – MUNICÍPIO DE ARACAJU ........................................................................ 82

FIGURA 14. ORLA PÔR DO SOL – MOSQUEIRO – MUNICÍPIO DE ARACAJU ............................................ 83

FIGURA 15. ORLA PÔR DO SOL – MOSQUEIRO – MUNICÍPIO DE ARACAJU ............................................ 83

FIGURA 16. ORLA DO BAIRRO INDUSTRIAL - ARACAJU ......................................................................... 84

FIGURA 17. MERCADOS PÚBLICOS ....................................................................................................... 85

FIGURA 18. TÉRREO DO CENTRO DE CONVENÇÕES ............................................................................... 87

FIGURA 19. PAVIMENTO DO CENTRO DE CONVENÇÕES ........................................................................ 87

FIGURA 20. PONTE CONSTRUTOR JOÃO ALVES ..................................................................................... 89

FIGURA 21. TRAVESSIA DE TOTOTÓ – ARACAJU A BARRA DOS COQUEIROS .......................................... 90

FIGURA 22. PRAIA DE ATALAIA NOVA .................................................................................................. 90

FIGURA 23. IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE COMANDAROBA ...................................... 93

FIGURA 24. IGREJA NOSSO SENHOR DO BONFIM - LARANJEIRAS .......................................................... 93

FIGURA 25. ÁREA RURAL DE LARANJEIRAS - CAPELA DO ENGENHO JESUS, MARIA E JOSÉ ..................... 94

FIGURA 26. RIO COTINGUIBA ............................................................................................................... 95

FIGURA 27. IGREJA MATRIZ DE SANTO AMARO .................................................................................... 99

FIGURA 28. CAPELA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – ENGENHO CAIEIRA ....................................... 100

FIGURA 29. IGREJA E CONVENTO DE SÃO FRANCISCO ........................................................................ 103

FIGURA 30. ANTIGA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA .......................................................................... 104

FIGURA 31. PALÁCIO DOS GOVERNADORES – MUSEU HISTÓRICO DE SERGIPE .................................... 104

FIGURA 32. IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA VITÓRIA ............................................................ 105

FIGURA 33. MUSEU DOS EX-VOTOS ................................................................................................... 106

FIGURA 34. IGREJA NOSSA SENHORA DO AMPARO ............................................................................ 106

FIGURA 35. IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS ......................................... 107

FIGURA 36. CRISTO REDENTOR DE SÃO CRISTÓVÃO ........................................................................... 108

FIGURA 37. CASARÕES DE ESTÂNCIA .................................................................................................. 111

FIGURA 38. CASARÕES DE ESTÂNCIA .................................................................................................. 112

FIGURA 39. SOBRADO COLONIAL - ESTÂNCIA ..................................................................................... 112

FIGURA 40. IGREJA NOSSA SENHORA DE GUADALUPE - ESTÂNCIA ...................................................... 113

FIGURA 41. IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - ESTÂNCIA .......................................................... 113

Page 14: polo costa dos coqueirais

xii

FIGURA 42. ILHA DA SOGRA - ESTÂNCIA ............................................................................................. 114

FIGURA 43. PRAIA DO SACO - ESTÂNCIA ............................................................................................ 115

FIGURA 44. PRAIA DO ABAIS - ESTÂNCIA ............................................................................................ 115

FIGURA 45. PRAIA DO ABAIS - ESTÂNCIA ............................................................................................ 116

FIGURA 46. LAGOA DOS TAMBAQUIS - ESTÂNCIA .............................................................................. 117

FIGURA 47. BARCO DE FOGO – FESTA DE SÃO JOÃO - ESTÂNCIA ......................................................... 117

FIGURA 48. ORLA DO RIO REAL - INDIAROBA ..................................................................................... 120

FIGURA 49. PRAIA DA CAUEIRA – ITAPORANGA D’AJUDA................................................................... 122

FIGURA 50. ENGENHO SÃO FÉLIX ....................................................................................................... 126

FIGURA 51. RIO PIAUÍ – POVOADO DO CRASTO ................................................................................. 127

FIGURA 52. IGREJA SECULAR – POVOADO DO CRASTO ....................................................................... 127

FIGURA 53. FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO – MUNICÍPIO DE BREJO GRANDE ......................................... 130

FIGURA 54. FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO – MUNICÍPIO DE BREJO GRANDE ......................................... 131

FIGURA 55. FAROL DO POVOADO CABEÇO – BREJO GRANDE ............................................................. 131

FIGURA 56. POVOADO SARAMÉN ...................................................................................................... 132

FIGURA 57. PANTANAL NORDESTINO ................................................................................................. 134

FIGURA 58. PONTA DOS MANGUES .................................................................................................... 135

FIGURA 59. LAGOA REDONDA ............................................................................................................ 137

FIGURA 60. RESERVA BIOLÓGICA SANTA IZABEL ................................................................................ 138

FIGURA 61. RESERVA BIOLÓGICA SANTA IZABEL ................................................................................ 138

FIGURA 62. SEDE DO PROJETO TAMAR - COORDENAÇÃO REGIONAL ICMBIO DE SERGIPE E ALAGOAS . 139

FIGURA 63. PROJETO TAMAR - INCUBADORAS ................................................................................... 140

FIGURA 64. REDE VIÁRIA - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ....................................................... 150

FIGURA 65. SISTEMA RODOVIÁRIO - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ........................................ 151

FIGURA 66. ACESSO AO POVOADO DE CRASTO – SE 444 - SANTA LUZIA DO ITANHY ........................... 152

FIGURA 67. PONTE GILBERTO AMADO - ESTÂNCIA ............................................................................. 153

FIGURA 68. FINAL DA PAVIMENTAÇÃO SE 100 NORTE ........................................................................ 154

FIGURA 69. ESTAÇÃO FERROVIÁRIA EM SÃO CRISTÓVÃO ................................................................... 156

FIGURA 70. TRANSPORTE HIDROVIÁRIO RIO SERGIPE ........................................................................ 158

FIGURA 71. ATRACADOUROS: PONTAL E CRASTO ............................................................................... 159

FIGURA 72. PORTO CAVALO ............................................................................................................... 159

FIGURA 73. BARCOS DE TURISMO NO RIO SÃO FRANCISCO ................................................................ 160

FIGURA 74. CATAMARÃ NO RIO VAZA BARRIS ................................................................................... 160

FIGURA 75. PRINCIPAIS MANANCIAIS EXISTENTES E TIPOLOGIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA – POLO

COSTA DOS COQUEIRAIS ........................................................................................................................... 167

Page 15: polo costa dos coqueirais

xiii

FIGURA 76. DESPEJO DE ESGOTO EM VALAS A CÉU ABERTO E EM RIOS .............................................. 172

FIGURA 77. DESPEJO DE ESGOTO NO RIO SERGIPE. ............................................................................ 172

FIGURA 78. LIXO QUEIMADO EM SÃO CRISTÓVÃO ............................................................................. 176

FIGURA 79. EMPOBRECIMENTO DA PAISAGEM PELA DEPOSIÇÃO DO LIXO A CÉU ABERTO NO LITORAL DE

BARRA DOS COQUEIROS E NA LINHA FÉRREA EM SÃO CRISTÓVÃO ............................................................ 176

FIGURA 80. PANORAMAS DA DRENAGEM PLUVIAL NOS MUNICÍPIOS DO POLO ................................. 179

FIGURA 81. PANORAMAS DA DRENAGEM PLUVIAL NOS MUNICÍPIOS DO POLO ................................. 180

FIGURA 82. ILUMINAÇÃO PÚBLICA AÉREA – SÃO CRISTÓVÃO ............................................................ 182

FIGURA 83. PLANEJAMENTO DA REDE DE ATENDIMENTO EM SAÚDE DO ESTADO DE SERGIPE - 2011 . 185

FIGURA 84. LEITOS HOSPITALARES POR 1000 HABITANTES – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2009 .... 186

FIGURA 85. COBERTURA DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2009 187

FIGURA 86. GESTÃO DESCENTRALIZADA DO TURISMO – ESTRUTURA DE COORDENAÇÃO, CONFORME

DEFINIDO PELA POLÍTICA NACIONAL DO TURISMO 2007 – 2010, APLICADA PARA O ESTADO DE SERGIPE ... 191

FIGURA 87. LOCALIZAÇÃO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................................................ 212

FIGURA 88. ÍNDICES DE PRECIPITAÇÃO NA REGIÃO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ............ 213

FIGURA 89. TEMPERATURA NA REGIÃO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ............................. 213

FIGURA 90. ÍNDICES DE INSOLAÇÃO NA REGIÃO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ................ 214

FIGURA 91. MAPA HIDROGRÁFICO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - IBGE – CARTA 1:100.000 ...... 215

FIGURA 92. CURSO D’ÁGUA EM SANTO AMARO DAS BROTAS E RIO COTINGUIBA .............................. 216

FIGURA 93. LAGOA REDONDA – PIRAMBU E PANTANAL DE PACATUBA .............................................. 216

FIGURA 94. MAPA DE BACIAS HIDROGRÁFICAS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................ 217

FIGURA 95. RIO SÃO FRANCISCO ........................................................................................................ 218

FIGURA 96. RIO JAPARATUBA ............................................................................................................ 218

FIGURA 97. RIO SERGIPE EM SUA FOZ, NA CIDADE DE ARACAJU. ........................................................ 219

FIGURA 98. RIO VAZA-BARRIS ............................................................................................................ 219

FIGURA 99. RIO PIAUÍ ........................................................................................................................ 220

FIGURA 100. LANÇAMENTO DE ESGOTO IN NATURA E LIXÃO A CÉU ABERTO. ....................................... 221

FIGURA 101. FORMAÇÃO DE BANCOS DE AREIA NO MAR (A) E EM RIO (B). .......................................... 221

FIGURA 102. MAPA HIPSOMÉTRICO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................................... 222

FIGURA 103. MAPA GEOMORFOLÓGICO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ........................................ 223

FIGURA 104. PLANÍCIE COSTEIRA. PRAIA EM ARACAJU (A) E DUNAS EM PIRAMBU (B) .......................... 223

FIGURA 105. FEIÇÕES DE RELEVO DOS TABULEIROS COSTEIROS. LARANJEIRAS (A) E SÃO CRISTÓVÃO

(B)......................... .................................................................................................................................... 224

FIGURA 106. GRUTA EM LARANJEIRAS (A) E VISTA DA ESTRADA DE PIRAMBU PARA BREJO GRANDE

(B).......................... ................................................................................................................................... 224

FIGURA 107. MAPA DE SOLOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ........................................................ 225

Page 16: polo costa dos coqueirais

xiv

FIGURA 108. PROCESSOS EROSIVOS NOS MUNICÍPIOS DE ESTÂNCIA E SANTO AMARO DAS BROTAS .... 227

FIGURA 109. EXEMPLO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS/USO DO SOLO PRESENTE NA REGIÃO. ............ 228

FIGURA 110. VEGETAÇÃO DE DUNAS E RESTINGA EM PIRAMBU. ......................................................... 230

FIGURA 111. MANGUEZAL. .................................................................................................................. 230

FIGURA 112. MATA ATLÂNTICA EM PIRAMBU (A) E ÁREA ALAGADA EM PACATUBA (B). ...................... 230

FIGURA 113. MAPA DE USO DO SOLO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................................ 231

FIGURA 114. BARRACAS NA PRAIA; RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO NA MARGEM DO RIO SERGIPE; INVASÃO

DE MANGUE; QUEIMA DE LIXO A CÉU ABERTO. ......................................................................................... 234

FIGURA 115. ABERTURA DE NOVAS ÁREAS PARA CONSTRUÇÃO DE CONDOMÍNIOS DE CASAS DE

VERANEIO................ ................................................................................................................................. 234

FIGURA 116. OCUPAÇÕES IRREGULARES NAS MARGENS DO RIO; “CANAL” COM ESGOTO A CÉU ABERTO;

LIXO; ANIMAIS EM ÁREA URBANA ............................................................................................................. 235

FIGURA 117. OCUPAÇÕES IRREGULARES NAS MARGENS DO RIO; “CANAL” COM ESGOTO A CÉU ABERTO;

LIXO; ANIMAIS EM ÁREA URBANA ............................................................................................................. 235

FIGURA 118. EROSÃO MARINHA (FAROL DO CABEÇO); OCUPAÇÃO NA MARGEM DO RIO SÃO

FRANCISCO................................................................................................................................................ 236

FIGURA 119. INVASÃO DA ORLA COM CONSTRUÇÕES IRREGULARES. ................................................... 237

FIGURA 120. CONSTRUÇÃO DE ESTRADA EM DUNA; TRÁFEGO IRREGULAR DE VEÍCULOS. .................... 237

FIGURA 121. INVASÃO DE LAGOA PARA CONSTRUÇÃO DE CASAS DE VERANEIO (A E B); EROSÃO

MARINHA DESTRUINDO CONSTRUÇÕES DE VERANEIO E BARES (C E D); EROSÃO (E); ILHA DA SOGRA (F). .. 238

FIGURA 122. RIO CANALIZADO NA SEDE MUNICIPAL (A); FÁBRICA DE CIMENTO (B); RIO ASSOREADO (C);

LIXO ESPALHADO (D). ................................................................................................................................ 239

FIGURA 123. LIXÃO E INCINERADOR DE LIXO HOSPITALAR ................................................................... 239

FIGURA 124. LIXO, ESGOTO E ÁGUAS SERVIDAS NAS RUAS DA SEDE MUNICIPAL; DESSEDENTAÇÃO DE

ANIMAIS EM CURSO D’ÁGUA .................................................................................................................... 240

FIGURA 125. PRESENÇA DE VEÍCULOS NA PRAIA (A); CERCADO DE INCUBAÇÃO NA PRAIA(B) ............... 240

FIGURA 126. EXTRAÇÃO DE AREIA E PROCESSOS EROSIVOS NO MUNICÍPIO DE PIRAMBU .................... 241

FIGURA 127. ABERTURA DE ÁREA PARA INSTALAÇÃO DE CONDOMÍNIO EM SÃO CRISTÓVÃO .............. 242

FIGURA 128. LANÇAMENTO DE ESGOTO IN NATURA; CANALIZAÇÃO DE CURSO D’ÁGUA; LIXO A CÉU

ABERTO; CARCINICULTURA. ...................................................................................................................... 242

FIGURA 129. COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................ 246

FIGURA 130. RESERVA BIOLÓGICA DE SANTA IZABEL ........................................................................... 268

FIGURA 131. ICMBIO ........................................................................................................................... 269

FIGURA 132. PARQUE ECOLÓGICO TRAMANDAY .................................................................................. 272

FIGURA 133. ATRATIVOS TURÍSTICOS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, 2012. ..................................... 285

FIGURA 134. COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS TURÍSTICOS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, 2012. .. 286

FIGURA 135. INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, 2012. ............. 286

Page 17: polo costa dos coqueirais

xv

FIGURA 136. CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS,

2012....................... ................................................................................................................................... 287

FIGURA 137. ASPECTOS AMBIENTAIS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ................................................ 288

FIGURA 138. TURISMO HISTÓRICO-CULTURAL ..................................................................................... 301

FIGURA 139. GRUTA FORMADAS POR SUBSTRATOS CALCÁRIOS ........................................................... 302

FIGURA 140. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO - OMT ................................................................ 304

FIGURA 141. PRINCIPAIS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EXISTENTES NO POLO. FONTE: ATLAS DIGITAL DE

SERGIPE................... ................................................................................................................................. 307

FIGURA 142. EXEMPLO DE ÁREAS COM POTENCIAL PARA DESENVOLVIMENTO DE TURISMO

SUSTENTÁVEL.......... ................................................................................................................................. 308

FIGURA 143. CONDICIONANTES AMBIENTAIS E USO E COBERTURA DA TERRA NA ÁREA A. IMAGEM DE

SATÉLITE (A), MAPA DE SOLOS (B), USO DA TERRA (C). .............................................................................. 309

FIGURA 144. CONDICIONANTES AMBIENTAIS E USO E COBERTURA DA TERRA NA ÁREA B. IMAGEM DE

SATÉLITE (A), MAPA DE SOLOS (B), USO DA TERRA (C). .............................................................................. 310

FIGURA 145. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA ESTRATÉGIA GERAL DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DO

POLO COSTA DOS COQUEIRAIS .................................................................................................................. 317

ÍNDICE DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1. ÍNDICES DE COMPETITIVIDADE DE ARACAJU - 2011 ........................................................... 14

GRÁFICO 2. INVESTIMENTOS PRIMEIRA FASE DO PRODETUR ............................................................... 19

GRÁFICO 3. PROVENIÊNCIA DOS HÓSPEDES DO MERCADO EMISSOR INTERNO - ARACAJU - 2010 ......... 38

GRÁFICO 4. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO O MEIO DE TRANSPORTE UTILIZADO PARA ACESSO A

ARACAJU - 2010 ...........................................................................................................................................41

GRÁFICO 5. FLUXO TURÍSTICO NACIONAL - ARACAJU- 2005 A 2011 ...................................................... 42

GRÁFICO 6. FLUXO TURÍSTICO ESTRANGEIROS - ARACAJU - 2005 A 2011 .............................................. 43

GRÁFICO 7. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA EM ARACAJU - 2005 A 2011 ............................................ 44

GRÁFICO 8. NÚMERO DE PERNOITES GERADOS EM ARACAJU- 2005 A 2011 .......................................... 46

GRÁFICO 9. FLUXO DE HÓSPEDES CONFORME O GÊNERO - ARACAJU – 2010 ........................................ 48

GRÁFICO 10. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA - ARACAJU - 2010 .................................... 50

GRÁFICO 11. PRINCIPAIS PROFISSÕES DOS TURISTAS - ARACAJU - 2010 ................................................. 52

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1. NÚMERO DE HABITANTES POR MUNICÍPIO E DENSIDADE DEMOGRÁFICA, POLO COSTA DOS

COQUEIRAIS, 2010. ..................................................................................................................................... 12

TABELA 2. LINHA DE BASE SÓCIO AMBIENTAL .................................................................................... 13

TABELA 3. ÍNDICES DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL - 2008-2011 ................................ 14

Page 18: polo costa dos coqueirais

xvi

TABELA 4. RESULTADOS ALCANÇADOS PELO PRODETUR NE I ............................................................. 20

TABELA 5. MATRIZ DE PROJETOS, FONTES E PRIORIDADES DE INVESTIMENTOS - PDITS POLO DOS

COQUEIRAIS VERSÃO 2001/2003 ................................................................................................................. 26

TABELA 6. CONVÊNIOS ASSINADOS PELO ESTADO DE SERGIPE COM MTUR – 2008 A 2010 .................. 28

TABELA 7. FONTE DOS RECURSOS FINANCEIROS DESTINADOS AO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO

SERGIPANO - 1995 A 2010 ........................................................................................................................... 28

TABELA 8. INVESTIMENTOS PÚBLICOS COMPLEMENTARES AO PRODETUR – APOIO AOS ROTEIROS

TURÍSTICOS - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2008 A 2012 ......................................................................... 29

TABELA 9. FLUXO DE HÓSPEDES EM ARACAJU SEGUNDO OS PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES –

2008/2009/2010 .......................................................................................................................................... 36

TABELA 10. FLUXO DE TOTAL DE HÓSPEDES EM ARACAJU – MERCADOS EMISSORES INTERNO E

EXTERNO – 2008/2009/2010 ....................................................................................................................... 38

TABELA 11. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO LOCAL DE RESIDÊNCIA PERMANENTE- ARACAJU - 2008 A

2010 .......................................................................................................................................... 38

TABELA 12. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO LOCAL DE RESIDÊNCIA PERMANENTE- ARACAJU - 2008 A

2010 .......................................................................................................................................... 39

TABELA 13. MOVIMENTO ANUAL DE PASSAGEIROS EMBARCADOS E DESEMBARCADOS NO AEROPORTO

DE ARACAJU – VOOS REGULARES – 2008-2011. ........................................................................................... 39

TABELA 14. PASSAGEIROS DESEMBARCADOS NO AEROPORTO DE ARACAJU – POR MÊS - VOOS

REGULARES DOMÉSTICOS 2008 A 2011 ....................................................................................................... 40

TABELA 15. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO O MEIO DE TRANSPORTE UTILIZADO PARA ACESSO A

ARACAJU – 2008 A 2010 .............................................................................................................................. 40

TABELA 16. FLUXO TURÍSTICO NACIONAL - ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 ................ 41

TABELA 17. FLUXO TURÍSTICO ESTRANGEIROS – ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 ........ 42

TABELA 18. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA – ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 .......... 43

TABELA 19. PERMANÊNCIA MÉDIA NOS MEIOS DE HOSPEDAGEM – ARACAJU – 2007 A 2010 ............... 44

TABELA 20. PERNOITES GERADOS EM ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 ....................... 45

TABELA 21. PORCENTAGEM DE PERNOITES RESULTANTES DE ATIVIDADES TURÍSTICAS NOS MUNICÍPIOS

DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2008 .................................................................................................... 46

TABELA 22. FLUXO DE HÓSPEDES CONFORME O GÊNERO - ARACAJU - 2008 A 2010 .............................. 48

TABELA 23. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS POR GÊNERO - ARACAJU – JANEIRO 2011 .......................... 49

TABELA 24. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA – ARACAJU - 2008 A 2010 ....................... 49

TABELA 25. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA – ARACAJU – JANEIRO DE 2011 51

TABELA 26. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO A PROFISSÃO EXERCIDA. ARACAJU – 2008 A 2010 ............ 51

TABELA 27. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: RENDA. ARACAJU – JANEIRO DE 2011 ............................... 53

TABELA 28. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: ESCOLARIDADE. ARACAJU - JANEIRO DE 2011 ................... 53

TABELA 29. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: OCUPAÇÃO. ARACAJU - JANEIRO DE 2011 ......................... 53

TABELA 30. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: LOCAL DE HOSPEDAGEM. ARACAJU - JANEIRO DE 2011 .... 54

Page 19: polo costa dos coqueirais

xvii

TABELA 31. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: MOTIVO DA VIAGEM. ARACAJU - JANEIRO DE 2011 .......... 54

TABELA 32. FONTE DE INFORMAÇÃO PARA DECISÃO DA VIAGEM - DEMANDA TURÍSTICA

INTERNACIONAL 2004-2010 ........................................................................................................................ 55

TABELA 33. INFORMAÇÕES ECONÔMICAS DO TURISTA – SERGIPE – 2009 ............................................. 56

TABELA 34. COMPOSIÇÃO DOS GASTOS DO TURISTA – SERGIPE – 2009 ................................................ 56

TABELA 35. GASTO MÉDIO DO TURISTA ESTRANGEIRO PER CAPITA NO BRASIL – US$ - 2004-2010 ........ 57

TABELA 36. GRAU DE SATISFAÇÃO DO TURISTA QUANTO A EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS –

2011-2010 .......................................................................................................................................... 58

TABELA 37. GRAU DE SATISFAÇÃO DO TURISTA – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS – ARACAJU -

2011-2010 .......................................................................................................................................... 59

TABELA 38. GRAU DE SATISFAÇÃO DOS TURISTAS - ARACAJU – JAN/2011 ............................................ 60

TABELA 39. GRAU DE SATISFAÇÃO DE TURISTAS SEGUNDO ATRATIVOS TURÍSTICOS - ARACAJU –

JAN/2011 .......................................................................................................................................... 60

TABELA 40. TOTAL DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS INSTALADOS NOS MUNICÍPIOS

INTEGRANTES DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SERGIPE – 2011* ......................................................... 143

TABELA 41. QUANTITATIVO DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM INSTALADOS NOS MUNICÍPIOS INTEGRANTES

DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SERGIPE - 2012.................................................................................. 144

TABELA 42. QUANTITATIVO DAS UNIDADES HOTELEIRAS E LEITOS - MUNICÍPIOS DO POLO COSTA DOS

COQUEIRAIS – SERGIPE - 2011 ................................................................................................................... 145

TABELA 43. TAXA DE OCUPAÇÃO, PERMANÊNCIA MÉDIA, FLUXO E PERNOITES GERADOS POR

CATEGORIA DAS UNIDADES HOTELEIRAS – ARACAJU - 2008, 2009 E 2010 .................................................. 146

TABELA 44. MÉDIA DE PERMANÊNCIA, ARACAJU 2005 – 2011. ........................................................... 146

TABELA 45. ESTABELECIMENTOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO INSTALADOS NOS

MUNICÍPIOS INTEGRANTES DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SERGIPE - 2011 ....................................... 147

TABELA 46. ESTABELECIMENTOS PRESTADORES DE SERVIÇO DE TRANSPORTE TURÍSTICO - INSTALADOS

NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SERGIPE - 2011 ................................................................................. 149

TABELA 47. QUANTITATIVO DE AERONAVES, DE CARGA AÉREA E DE PASSAGEIROS - AEROPORTO DE

ARACAJU/SE – 2005-2011 .......................................................................................................................... 162

TABELA 48. PASSAGEIROS EMBARCADOS E DESEMBARCADOS – 2010/2011 ....................................... 162

TABELA 49. FORMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES* -

2010 – ESTADO DE SERGIPE E POLO COSTA DOS COQUEIRAIS .................................................................... 168

TABELA 50. FORMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES* -

2010 – MUNICÍPIOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................................................................. 168

TABELA 51. TIPO DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE BANHEIROS EXCLUSIVOS DE DOMICÍLIOS

PARTICULARES PERMANENTES - 2010 ....................................................................................................... 171

TABELA 52. TIPO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE BANHEIROS EXCLUSIVOS DE DOMICÍLIOS

PARTICULARES PERMANENTES - 2010 ....................................................................................................... 171

TABELA 53. NÚMERO DE BANHEIROS EXCLUSIVOS EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES

SEGUNDO RESULTADOS PRELIMINARES DO CENSO DEMOGRÁFICO 2010 ................................................... 173

Page 20: polo costa dos coqueirais

xviii

TABELA 54. DESTINO DO LIXO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES SEGUNDO RESULTADOS

PRELIMINARES DO CENSO DEMOGRÁFICO 2010 ........................................................................................ 175

TABELA 55. DESTINO DO LIXO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR MUNICÍPIO - POLO

COSTA DOS COQUEIRAIS - 2010 ................................................................................................................. 177

TABELA 56. POPULAÇÃO E PRODUÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2010

........................................................................................................................................ 178

TABELA 57. CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA TOTAL – SERGIPE - 2000 A 2009. .................................. 181

TABELA 58. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES –

POLO COSTA DOS COQUEIRAIS E SERGIPE - 2010 ....................................................................................... 181

TABELA 59. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES –POLO

COSTA DOS COQUEIRAIS - 2010 ................................................................................................................. 181

TABELA 60. NÚMERO DE UNIDADES DE ATENDIMENTO EM SAÚDE POR TIPO. POLO COSTA DOS

COQUEIRAIS - 2002 ................................................................................................................................... 183

TABELA 61. NÚMERO DE UNIDADES DE ATENDIMENTO EM SAÚDE POR TIPO. POLO DOS COQUEIRAIS -

2010 ........................................................................................................................................ 184

TABELA 62. NO. DE CASOS DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA - – POR 1.000 HABITANTES – POLO

COSTA DOS COQUEIRAIS - 2009 ................................................................................................................. 188

TABELA 63. ÁREA TERRESTRE E ÁREA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS. .................................................. 220

TABELA 64. COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................ 245

TABELA 65. HIERARQUIZAÇÃO DE ATRATIVOS POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SE ............................ 294

TABELA 66. DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL – AÇÕES COM RECURSOS DO PRODETUR E

DE OUTRAS FONTES .................................................................................................................................. 356

TABELA 67. INVESTIMENTOS DO PRODETUR - PRIMEIROS 18 MESES E 5 ANOS DE IMPLANTAÇÃO DO

PDITS ........................................................................................................................................ 363

TABELA 68. INVESTIMENTOS TOTAIS PREVISTOS NO PDITS COSTA DOS COQUEIRAIS DE ACORDO COM A

ORIGEM DOS RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS ................................................................................ 367

TABELA 69. INVESTIMENTOS DO PRODETUR - PRIMEIROS 18 MESES .................................................. 368

TABELA 70. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO POLO A PARTIR DAS AÇÕES

INICIAIS DO PDITS ..................................................................................................................................... 452

ÍNDICE DE QUADROS

QUADRO 01: MUNICÍPIOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS E MUNICÍPIOS CONSIDERADOS NO PDITS

2001/2003..................................................................................................................................................... 3

QUADRO 02: ÁREAS DE INTERESSE TURÍSTICO NA COSTA DOS COQUEIRAIS, PDITS 2001/2003 ............... 23

QUADRO 03: CIRCUITOS DE INTERESSE TURÍSTICO NA COSTA DOS COQUEIRAIS, PDITS 2001/2003 ......... 23

QUADRO 04: PORTFÓLIO PRINCIPAL E SEGMENTOS TURÍSTICOS COMPLEMENTARES – POLO COSTA DOS

COQUEIRAIS – SERGIPE ............................................................................................................................... 66

QUADRO 05: TIPOLOGIA DO TURISMO NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - SERGIPE ............................. 73

Page 21: polo costa dos coqueirais

xix

QUADRO 06: SÍNTESE DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS PRINCIPAIS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS –

2012......................... ................................................................................................................................. 142

QUADRO 07: DISTÂNCIAS ENTRE ARACAJU E AS PRINCIPAIS CAPITAIS BRASILEIRAS. ............................. 155

QUADRO 08: PONTOS CRÍTICOS E INDICAÇÃO DE AÇÕES PARA A MELHORIA DO SISTEMA RODOVIÁRIO

NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ........................................................................................................... 155

QUADRO 09: PONTOS CRÍTICOS E SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA MELHORIA DO SISTEMA FERROVIÁRIO NO

POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................................................................................................. 157

QUADRO 10: HIDROLOGIA DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ............................................................ 157

QUADRO 11: ROTAS FLUVIAIS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. .......................................................... 158

QUADRO 12: PONTOS CRÍTICOS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA MELHORIA DA INFRAESTRUTURA

TURÍSTICA EM HIDROVIAS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. .................................................................. 161

QUADRO 13: TRANSPORTE INTERMUNICIPAL NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................ 164

QUADRO 14: PONTOS CRÍTICOS E SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA MELHORIA DA MOBILIDADE E

ACESSIBILIDADE NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................................................................. 165

QUADRO 15: PROJETOS EXISTENTES E OBRAS EM ANDAMENTO PARA MELHORIA DO SISTEMA DE

ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011. ...................................................... 169

QUADRO 16: ESTAÇÕES DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTES EM MUNICÍPIOS DO POLO COSTA

DOS COQUEIRAIS. ..................................................................................................................................... 173

QUADRO 17: PROJETOS EXISTENTES E OBRAS EM ANDAMENTO PARA MELHORIA DO SISTEMA DE

ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS -2011. ....................................................... 174

QUADRO 18: PONTOS CRÍTICOS E SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA MELHORIA DA GESTÃO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ............................................................................................. 178

QUADRO 19: ÓRGÃOS FEDERAIS ENVOLVIDOS COM A GESTÃO DO TURISMO. ...................................... 195

QUADRO 20: ÓRGÃOS ESTADUAIS ENVOLVIDOS COM A GESTÃO DO TURISMO. ................................... 196

QUADRO 21: CARGOS DA GESTÃO MUNICIPAL DO TURISMO. .............................................................. 200

QUADRO 22: INSTRUMENTOS LEGAIS E DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOS DO POLO DOS COQUEIRAIS ....... 204

QUADRO 23: INSTRUMENTOS LEGAIS E DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOS DO POLO DOS COQUEIRAIS ....... 206

QUADRO 24: USO POTENCIAL DOS CONTROLES CLIMÁTICOS RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS

NO POLO ........................................................................................................................................ 214

QUADRO 25: USO POTENCIAL DA REDE HIDROGRÁFICA RELACIONADO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS. .... 221

QUADRO 26: USO POTENCIAL DO RELEVO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS ......................... 224

QUADRO 27: USO POTENCIAL DAS CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES

TURÍSTICAS ........................................................................................................................................ 227

QUADRO 28: USO POTENCIAL DA VEGETAÇÃO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS .................. 232

QUADRO 29: RISCOS AMBIENTAIS EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS ....................................... 232

QUADRO 30: SÍNTESE DOS PRINCIPAIS CONFLITOS, IMPACTOS NEGATIVOS E AS AÇÕES PARA

MINIMIZAÇÃO. ........................................................................................................................................243

QUADRO 31: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE

RECURSOS HÍDRICOS ................................................................................................................................. 261

Page 22: polo costa dos coqueirais

xx

QUADRO 32: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DO PROGRAMA ÁGUA DOCE ...... 262

QUADRO 33: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE

EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................................................ 263

QUADRO 34: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DO PLANO INTERMUNICIPAL DE

RESÍDUOS SÓLIDOS DO BAIXO SÃO FRANCISCO SERGIPANO ...................................................................... 263

QUADRO 35: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DA POLITICA ESTADUAL DE

GERENCIAMENTO COSTEIRO ..................................................................................................................... 264

QUADRO 36: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DO FUNDO CLIMA ...................... 265

QUADRO 37: CAPACIDADE INSTITUCIONAL DOS MUNICÍPIOS PARA A GESTÃO AMBIENTAL .................. 267

QUADRO 38: ANÁLISE SWOT ................................................................................................................ 280

QUADRO 39: FORÇAS, FRAGILIDADES, OPORTUNIDADES E AMEAÇAS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS 281

QUADRO 40: CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE ATRATIVIDADE ...................................... 291

QUADRO 41: MATRIZ DE HIERARQUIZAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS ............................................ 292

QUADRO 42: ATRATIVOS TURÍSTICOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS CONSIDERADOS PARA

HIERARQUIZAÇÃO ..................................................................................................................................... 293

QUADRO 43: SEGMENTOS TURÍSTICOS ................................................................................................. 311

QUADRO 44: OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PDITS POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................... 318

QUADRO 45: SEGMENTOS TURÍSTICOS ................................................................................................. 323

QUADRO 46: AÇÕES RELATIVAS AO COMPONENTE 1 – PRODUTO TURÍSTICO ....................................... 325

QUADRO 47: AÇÕES RELATIVAS AO COMPONENTE 2 – COMERCIALIZAÇÃO .......................................... 328

QUADRO 48: AÇÕES RELATIVAS AO COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL ................... 329

QUADRO 49: AÇÕES RELATIVAS AO COMPONENTE 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS ............ 331

QUADRO 50: AÇÕES RELATIVAS AO COMPONENTE 5 – GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ............................... 332

QUADRO 51: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DO COMPONENTE 1 – PRODUTO TURÍSTICO ............................... 334

QUADRO 52: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DO COMPONENTE 2 – COMERCIALIZAÇÃO .................................. 340

QUADRO 53: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DO COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL ........... 341

QUADRO 54: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DO COMPONENTE 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS ... 347

QUADRO 55: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DO COMPONENTE 5 – GESTÃO AMBIENTAL ................................ 351

QUADRO 56: CRONOGRAMA DE PRECEDÊNCIA DAS AÇÕES RELATIVAS AOS 18 PRIMEIROS MESES –

INVESTIMENTOS PRODETUR ...................................................................................................................... 371

QUADRO 57: AÇÕES DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO ESTADUAL E MUNICIPAL DO TURISMO – METAS

DE DESEMPENHO PARA OS PRIMEIROS 18 MESES DE IMPLANTAÇÃO DO PDITS ......................................... 375

QUADRO 58: MARCO DE RESULTADOS PARA AS AÇÕES PRIORIZADAS .................................................. 427

QUADRO 59: PRINCIPAIS INDICADORES DAS AÇÕES. ............................................................................ 448

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1

APRESENTAÇÃO

O documento representa o Produto Final do PDITS, do Contrato Nº 003/2010 firmado entre a Secretaria de Estado de Turismo de Sergipe – Setur e a Technum Consultoria SS, que tem por objeto a revisão/atualização do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS do Polo Costa dos Coqueirais/SE originalmente elaborado e aprovado no período 2001/2003.

O PDITS em processo de revisão e atualização constitui o instrumento base para o desenvolvimento turístico do Polo Costa dos Coqueirais conforme políticas públicas estabelecidas pelo Estado de Sergipe e conta com o apoio do Ministério do Turismo - MTur, por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur, com aporte financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID.

No âmbito deste PDITS, segundo o Termo de Referência estão previstas seis etapas a serem cumpridas pela Technum Consultoria SS. Este Produto diz respeito à 6ª. Etapa que trata da consolidação dos Produtos anteriores, ajustados de acordo com orientações da Setur e do MTur, constituindo a Versão Final do PDITS, conforme especificação a seguir:

1ª. ETAPA Elaboração do Plano de Trabalho e Formulação dos Objetivos do PDITS – Produto 1.

2ª. ETAPA Elaboração do Diagnóstico Estratégico da Área e das Atividades Turísticas – Produto 2.

3ª. ETAPA Validação da Seleção da Área Turística e Elaboração das Estratégias de Desenvolvimento Turístico – Produto 3.

4ª. ETAPA Elaboração do Plano de Ação: Seleção de Procedimentos, Ações e Projetos e Mecanismos de Acompanhamento e Avaliação – Produto 4.

5ª. ETAPA Elaboração da Versão Preliminar do PDITS - Produto 5.

6ª. ETAPA Elaboração da Versão Final do PDITS - Produto Final.

O documento final do PDITS está organizado em três volumes, a saber:

Volume I - Resumo Executivo

Volume II – Documento Técnico

Volume III – Processo Participativo

Este documento trata do Volume II – Documento Técnico e contempla as informações relativas à Formulação dos Objetivos do PDITS, Elaboração do Diagnóstico Estratégico da Área e das Atividades Turísticas, Validação da Seleção da Área Turística e Elaboração das Estratégias de Desenvolvimento Turístico, Elaboração do Plano de Ação: Seleção de Procedimentos, Ações e Projetos e Mecanismos de Acompanhamento e Avaliação.

Abril de 2013.

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2

INTRODUÇÃO

O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS – do Polo Costa dos Coqueirais tem como função orientar o crescimento do turismo por meio do desenvolvimento sociocultural, ambiental, político-institucional e econômico dos municípios que o compõem. Fundamenta-se na política estadual de desenvolvimento do turismo para o Estado de Sergipe e orienta-se pelas diretrizes do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur, coordenado pelo Governo Federal no âmbito do Ministério do Turismo – MTur.

A partir de estudos da realidade atual e de construção dos cenários desejados para a área de estudo, são concebidos objetivos e estratégias que orientam a definição de ações visando o desenvolvimento turístico integrado e sustentável. As ações previstas são priorizadas e especificadas, destacando-se aquelas indicadas para o aporte de recursos financeiros do Prodetur.

Com efeito, o PDITS deve constituir o instrumento técnico de gestão, coordenação e condução das decisões da política de turismo na área de planejamento e de apoio ao setor privado, de modo a dirigir seus investimentos e melhorar a sua capacidade empresarial e o acesso ao mercado turístico.

Na primeira fase de investimentos pelo Prodetur/ NE I, que teve início em 2000, o Estado recebeu investimentos da ordem de US$ 67 milhões, que foram destinados a nove municípios sergipanos, sete deles pertencentes ao Polo Costa dos Coqueirais: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itaporanga D’Ajuda, Estância, Indiaroba, São Cristóvão e Santa Luzia do Itanhy.

A definição de ações para os investimentos previstos se baseou na estratégia formulada de investimentos e desenvolvimento do turismo, em três etapas, objetivando a consolidação dos seguintes fluxos1:

urbano de lazer;

cultural;

de convenções e eventos

Naquela época, a área de abrangência do Polo Costa dos Coqueirais era composta de 17 municípios, compreendendo municípios da costa litorânea e os localizados às margens do São Francisco.

O Prodetur/ NE II teve como objetivo dar continuidade às ações e aos programas que visam à melhoria da qualidade de vida da população fixa das áreas beneficiadas pela primeira etapa desse programa.

O Programa, focado no conceito de polos de turismo, estabeleceu que para a assinatura do Contrato de Empréstimo dessa segunda fase deveriam ser detalhados os Planos de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS, dos Polos de cada Estado.

Assim, o contrato de empréstimo entre o Governo Federal e o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID para a segunda fase do Programa foi estruturada a partir dos PDITS de três estados, que compuseram a amostra representativa do Programa, tendo sido escolhidos, para tanto, os estados de Sergipe, Rio Grande do Norte e Bahia.

Aproveitando a oportunidade criada, o Estado de Sergipe desenvolveu o documento Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável da Costa dos Coqueirais, denominado de PDITS – Costa dos Coqueirais/ SE – versão 2001/003, segundo as orientações dos consultores do Banco do Nordeste – BNB, e do BID.

1 Conforme definições adotadas à época, e registradas no PDITS do Polo Costa dos Coqueirais, versão 2001/2003.

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3

Segundo as orientações do BID, o PDITS 2001/2003 considerou somente os municípios da costa litorânea, sendo excluídos aqueles localizados às margens do São Francisco.

Sob a ótica das diretrizes do BNB/BID de “completar e complementar”, o PDITS – Costa dos Coqueirais/ SE – versão 2001/003 restringiu a área de planejamento2 aos sete municípios que receberam investimentos da primeira etapa do programa e os municípios de Nossa Senhora do Socorro e o de Laranjeiras.

Quadro 01: Municípios do Polo Costa dos Coqueirais e Municípios Considerados no PDITS 2001/2003.

Polo Costa dos Coqueirais Área de Planejamento do PDITS 2001/2003

Aracaju Aracaju

Barra dos Coqueiros Barra dos Coqueiros

Brejo Grande Estância

Estância Indiaroba

Indiaroba Itaporanga d’Ajuda

Itaporanga d’ajuda Laranjeira

Laranjeiras Nossa Senhora do Socorro

Nossa Senhora do Socorro Santa Luzia do Itanhy

Pacatuba São Cristóvão

Pirambu

Santa Luzia do Itanhy

Santo Amaro das Brotas

São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O documento preparado pelo estado de Sergipe teve boa aceitação, tendo sido utilizado como elemento balizador do programa de empréstimo entre o Governo Federal e o órgão financiador, e contando com aprovação para a assinatura de sub-empréstimo para o Estado, porém o contrato, por razões diversas, acabou não sendo assinado.

Consciente da necessidade de revisão do PDITS 2001/2003 elaborado, em 2005 o Governo de Sergipe aproveitou a oportunidade para a formatação de um Programa de Desenvolvimento Integrado, em acordo com a Estratégia de Turismo do Estado, e da amplitude dos impactos advindos de investimentos significativos de recursos.

O documento elaborado, denominado PDITS - Polo dos Coqueirais versão 2005 permitiu o planejamento integrado do Polo, contemplando os treze municípios, e a busca de novas negociações junto ao Prodetur/ NE II, apesar de mais uma vez não ter sido concretizado o sub-empréstimo para o estado de Sergipe. Por não ter sido formalizado junto ao MTur ou BID, a presente revisão se reporta ao PDITS legalmente vigente, qual seja o PDITS 2001/2003.

O estudo possibilitou, porém, a instigação da promoção de esforços adicionais nas mais diversas direções, tais como busca de negociações de recursos financeiros provenientes de outras fontes, diretrizes para implantação de instrumentos integrados que permitissem apoio à monitoração de impactos advindos do desenvolvimento pretendido e outros. O Plano manteve os princípios de garantia da sustentabilidade - com qualidade ambiental e busca da inserção da população local na cadeia produtiva do turismo.

2 Municípios passíveis de receber investimentos em obras.

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4

Figura 1. Municípios que Compõem o Polo Costa dos Coqueirais/SE

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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5

1A PARTE: MARCO REFERENCIAL E OBJETIVOS DO PDITS

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6

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7

1. O CONTEXTO

1.1. A Política Federal de Turismo e o Programa Prodetur Nacional

O Prodetur, criado pelo Governo Federal no âmbito do MTur, tem por objetivo o financiamento de programas regionais para a captação de recursos junto ao BID. O primeiro desses programas foi o Prodetur Nordeste, fase I e fase II, seguido pelo Proecotur (Região Norte) e Prodetur Sul (Região Sul e MS).

Recentemente, o Prodetur tomou caráter nacional, passando a se denominar Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Nacional), englobando os citados programas e estendendo-se a outras regiões brasileiras. Orientados pela Política Nacional de Turismo, espera-se que a execução dos novos programas atenda às especificidades de cada uma das regiões do País.

O objetivo principal do Prodetur Nacional é gerar condições que facilitem a consecução das metas do Plano Nacional de Turismo 2007-2010, tendo como objetivos específicos:

contribuir para aumentar a capacidade de competição dos destinos turísticos brasileiros;

consolidar a política turística nacional, por meio de gestão pública descentralizada, participativa e em cooperação com os diferentes níveis da administração pública (federal estadual e municipal).

O apoio do BID ao Prodetur Nacional se dá por meio de uma Linha de Crédito Condicionado para Investimento - CCLIP, instrumento idôneo para avançar rumo a um modelo de desenvolvimento turístico, a partir do qual os investimentos dos governos estaduais e municipais respondam tanto às especificidades próprias como a uma visão integral do turismo no Brasil, tal qual preconiza o Plano Nacional de Turismo. Podem qualificar-se como mutuários os estados, os municípios e as entidades de personalidade jurídica própria que integrem a administração turística pública de âmbito federal, estadual ou municipal.

Para alcançar seus objetivos, o Programa Prodetur Nacional apoia o financiamento de projetos de desenvolvimento turístico organizados em cinco componentes descritos a seguir:

estratégia de produto turístico: conceitualmente, o produto turístico relaciona-se diretamente com a motivação em viajar a um destino. Tem como base os atrativos (naturais e culturais, tangíveis ou intangíveis) que originam o deslocamento do turista a um espaço geográfico determinado, e inclui os equipamentos e serviços necessários para satisfazer a motivação da viagem e possibilitar o consumo turístico. Os produtos turísticos definem a distinção e o caráter do destino.

Por isso, é importante desenvolver uma estratégia coerente na qual se priorizem os

produtos que melhor consolidem com maior eficiência a imagem de cada destino,

gerando maior rentabilidade a curto, médio e longo prazo. Nesse contexto, as

atividades deste componente se concentrarão nos investimentos relacionados com o

planejamento, a recuperação e a valorização dos atrativos turísticos públicos

necessários para promover, consolidar ou melhorar a competitividade dos destinos

em modalidades ou tipos específicos de turismo.

O componente também integrará as ações destinadas a alinhar os investimentos

privados em segmentos ou nichos estratégicos, bem como aquelas destinadas a

melhorar a competitividade dos empresários turísticos, por meio do aprimoramento

da organização setorial, da qualidade dos serviços e do acesso a fatores produtivos;

estratégia de comercialização: este componente contempla ações destinadas a fortalecer a imagem dos destinos turísticos e a garantir a eficiência e eficácia dos meios de comercialização escolhidos;

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8

fortalecimento institucional: este componente integra ações orientadas a fortalecer a institucionalidade turística, por meio de mecanismos de gestão e coordenação em âmbito federal, estadual, local e do setor privado, e do apoio à gestão turística estadual e municipal (reestruturação de processos internos, equipamento, desenvolvimento de software, capacitação e assistência técnica);

infraestrutura e serviços básicos: este componente integra todos os investimentos em infraestrutura e de serviços não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas necessários para gerar acessibilidade ao destino e dentro dele (infraestrutura de acesso e transporte) e satisfazer as necessidades básicas do turista durante sua estada, em termos de água, saneamento, energia, telecomunicações, saúde e segurança; e.

gestão ambiental: este componente é dirigido à proteção dos recursos naturais e culturais, que constituem a base da atividade turística, além de prevenir e minimizar os impactos ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam gerar. Dentre as ações previstas, podem estar incluídas a implantação de sistemas de gestão ambiental, as avaliações ambientais estratégicas, os estudos de impacto ambiental, entre outros.

1.2. O Estado de Sergipe e o Polo Costa dos Coqueirais

O Estado de Sergipe, localizado na região Nordeste do Brasil, ocupa uma área de 22.000 km², que corresponde a 0,26% da superfície total do Brasil. Possui 75 municípios e, conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE - possui 2.068.017 habitantes. A densidade demográfica é de 94,3 hab./km². A população total do Sergipe corresponde a 1,08% da população brasileira.

O turismo é um ramo econômico ainda não suficientemente explorado no Estado, mas que vem apresentando desenvolvimento nos últimos anos.

A geração de empregos, entre dezembro de 2011 a novembro de 2012, foi de 2.308 empregos diretos e indiretos, ficando atrás apenas do setor de construção civil, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Segundo a mesma fonte:

os diversos setores envolvidos com o turismo representam 19,4% do total de empregos gerados para a economia sergipana;

os empregos gerados pelo turismo em Sergipe em 2012 representaram um crescimento de 5,75% em relação ao mesmo período de 2011, ficando a frente de destinos turísticos tradicionais do Nordeste, a exemplo de Alagoas (2,75%) e Bahia (4%).

Os dados demonstram o crescimento da atividade turística no estado e o Governo do Estado vem demonstrando esforço na implementação de ações para que o turismo se desenvolva como um setor gerador de emprego e renda para a população

Sergipe possui uma variedade de regiões turísticas, cujo potencial tem sido objeto de estudos e programas governamentais que buscam aumentar competitividade do produto turístico sergipano. Assim, o Estado de Sergipe é um destino promissor, que demanda ações para o seu desenvolvimento turístico.

O litoral do Estado destaca-se, por abrigar praias com características diversas, já exploradas pelo turismo ou ainda desconhecidas. O interior caracteriza-se pelo sertão nordestino, a região dos lagos do Cânion de Xingó, o Rio São Francisco e o Parque Nacional Serra Itabaiana.

A Capital, Aracaju, inserida no Polo Costa dos Coqueirais, se destaca como o centro receptivo principal do Estado, por possuir melhor infraestrutura turística em relação às outras cidades de Sergipe.

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9

Figura 2. Aracaju como Capital do Estado e Centro Receptivo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O Estado proporciona, em sua extensão territorial, áreas de patrimônio natural como cerrado, caatinga, mata atlântica, praias, restingas e mangues, em associação a unidades de conservação, folclore, culinária, artesanato e patrimônio histórico cultural.

No tocante à economia, Sergipe teve seu desenvolvimento iniciado pelo cultivo da cana-de-açúcar, destacando as propriedades de pequeno e médio porte, com ocupações esparsas em todo o território, sendo poucos os casos das grandes propriedades. No entanto, a partir da década de 90, houve uma diversificação das atividades. No âmbito de sua economia atual destaca a participação expressiva do setor industrial na geração da riqueza estadual, enquanto o setor de serviços é o maior responsável pela ocupação de mão de obra (IBGE 2010).

O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado foi de R$ 23,93 bilhões em 2010, o que representou um PIB per capita de R$ 11.572,44 naquele ano, o melhor resultado dentre os nove Estados nordestinos. No mesmo ano o PIB per capita do Brasil foi de R$ 19.766,33 e o da Região Nordeste R$ 9.561,41.

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10

A Indústria Extrativa, pelo segundo ano consecutivo, apresentou queda na produção ficando em 2010, 7,1% menor que o ano anterior (Contas Regionais, 2010, Observatório de Sergipe). Entre os segmentos mais importantes houve queda tanto na extração de petróleo e gás como na de minerais não metálicos.

O segmento Transformação apresentou em 2010 crescimento de 9,4%. Teve destaque a Indústria da Construção com crescimento de 11,7%, passando a representar 7,8% do setor industrial sergipano. Por outro lado, a atividade de Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) apresentou, em 2010 queda de 5,3% resultado de uma geração 11,7% menor da Usina Xingó, a maior hidrelétrica do sistema Chesf.

Para o planejamento das políticas públicas da administração estadual, no ano de 2007 o Governo do Estado de Sergipe, em parceria com a Universidade Federal de Sergipe, organizou o Estado em oito territórios baseados em critérios econômico-produtivos, geoambientais, sociais, político-institucionais e culturais. São eles: Alto Sertão Sergipano, Baixo São Francisco Sergipano, Leste Sergipano, Médio Sertão Sergipano, Agreste Central Sergipano, Grande Aracaju, Centro-Sul Sergipano e Sul Sergipano.

Figura 3. Territórios Sergipanos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Entretanto para o desenvolvimento turístico sergipano por meio da política setorial de turismo estabelecida pelo Estado de Sergipe, o território estadual foi organizado em regiões denominadas Polos, definidas como áreas de planejamento. São áreas delimitadas de acordo com certa homogeneidade de características turísticas, conformando porções bem definidas e limitadas por pequenas distâncias. Cada área de planejamento turístico oferece variadas opções de passeios culturais, ecológicos e da natureza, de aventura, lazer, fluviais e de negócios: (i) Polo Costa dos Coqueirais, Polo Velho Chico, Polo das Serras, Polo Entre Rios e Polo dos Tabuleiros.

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11

Figura 4. Polos Turísticos de Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Os cinco polos se distribuem da seguinte forma:

Polo Costa dos Coqueirais – formado por municípios localizados na parte litorânea do Baixo São Francisco, no Leste Sergipano, na Grande Aracaju e no Sul Sergipano;

Polo Velho Chico – formado por municípios localizados na região do Alto Sertão e no Baixo São Francisco;

Polo dos Tabuleiros – formado por municípios localizados no Médio Sertão e no Leste Sergipano;

Polo Serras Sergipanas – formados por municípios localizados no Agreste Central;

Polo Sertão das Águas – formado por municípios localizados no Centro Sul Sergipano e no Sul Sergipano.

O Polo Costa dos Coqueirais, por abrigar Aracaju, principal portão de entrada do Estado, assume destaque no cenário turístico estadual. Concentra a oferta de atrativos e equipamentos, e apesar de ser constituído por treze municípios, são curtas as distâncias a serem percorridas pelos turistas – no total, o litoral sergipano tem 163 km.

A delimitação territorial do Polo representa 18% da superfície do Estado e área de 4.031 km².

Trata-se de um conjunto de municipios de pequena extensão, conforme se observa na Tabela 1 a seguir, mas que por engloba uma parcela significativa da população do estado,

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12

quase 50% do total dos habitantes de Sergipe. Conforme se observa a grande concentraçao da população ocorre na Capital, Aracaju, que abriga 28 % da população estadual. Nossa Senhora do Socorro, cuja área urbana é conurbada à Aracaju, e São Cristóvão que também integra a Região Metropolitana, também se destacam em volume de habitantes e densidade demográfica. Dos demais municipios, Estância merece registro pelo volume de habitantes, enquanto Barra dos Coqueiros pela densidade demográfica.

Tabela 1. Número de habitantes por município e densidade demográfica, Polo Costa dos Coqueirais, 2010.

Municípios População 2010

(hab.)

Área

(km²)

Densidade Demográfica

(hab./km2)

Aracaju 571.149 181,857 3.140,67

Barra dos Coqueiros 24.976 90,322 276,52

Brejo Grande 7.742 148,858 52,01

Estância 64.409 644,083 100,00

Indiaroba, 15.831 313,525 50,49

Itaporanga D’Ajuda 30.419 739,925 41,11

Laranjeiras 26.902 162,280 165,78

Nossa Senhora do Socorro 160.827 156,771 1.025,88

Pacatuba 13.137 373,818 35,14

Pirambu 8.369 205,879 40,65

Santo Amaro das Brotas 11.410 234,156 48,73

São Cristóvão 78.864 436,863 180,52

Santa Luzia do Itanhy 12.969 325,732 39,36

Total Polo 1.027.004 4.014 255,85

Total - Estado 2.068.017 21.915,116 94,35

Fonte: IBGE, 2010.

A tabela a seguir apresenta os principais indicadores de desenvolvimento socio economico dos municípios do Polo Costa dos Coqueirais, quais sejam o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, o Índice de Gini e o Produto Interno Bruto – PIB de cada município e sua participação no PIB Estadual.

O IDH é uma média do progresso do desenvolvimento humano a longo prazo que engloba a

renda, a educação e a saúde. Seu objetivo é o de oferecer um contraponto a outro indicador

muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão

econômica do desenvolvimento. Note-se que os dados do IDH, apresentados na Tabela 2,

estão desatualizados. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD,

entidade responsável pela produção do Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, ainda

não lançou os dados trabalhados a partir do Censo 2010. O novo Atlas tem seu lançamento

previsto para o primeiro semestre de 2013.

Já o índice de Gini, mede a desigualdade de distribuição de renda. De acordo com o IBGE,

quanto mais o país, estado ou município se aproxima do número 1 nesse coeficiente, mais

desigual é a distribuição de renda e riqueza, e quanto mais próximo do número 0, mais

igualitária será a unidade em estudo. Dentre os municípios do Polo, os que apresentam

distribuição de renda mais igualitária são: São Cristóvão (0,48); Nossa Senhora do Socorro

(0,50) e Itaporanga D’Ajuda (0,51).

Em relação à participação no PIB estadual, a contribuição do Polo é significativa, totalizando

quase 60% do produto interno bruto arrecadado. Dentre os municípios do Polo tem

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13

destaque Aracaju (36,57%), Nossa senhora do Socorro (7,54%), Estância (4,30%) e

Laranjeiras (4,01).

Tabela 2. Linha de Base Sócio Ambiental

Municípios

População

(hab.)

2010

(Fonte 1)

% da População em relação ao estado

(%)

(Fonte 3)

Índice de Gini

2010

(Fonte 1)

IDH

2000

(Fonte 2)

PIB

valor corrente

(R$ 1000,00)

(Fonte 1)

Participação no PIB

Estadual (%)

2010

(Fonte3)

Aracaju 571.149 27,62 0,63 0,794 8.751.494 36,57

Barra dos Coqueiros 24.976 1,21 0,60 0,676 246.251 1,03

Brejo Grande 7.742 0,37 0,52 0,550 45.115 0,19

Estância 64.409 3,11 0,54 0,672 1.029.449 4,30

Indiaroba, 15.831 0,77 0,53 0,650 90.720 0,38

Itaporanga D’Ajuda 30.419 1,47 0,51 0,638 447.993 1,87

Laranjeiras 26.902 1,30 0,54 0,642 960.709 4,01

N. Senhora do Socorro. 160.827 7,78 0,50 0,696 1.804.869 7,54

Pacatuba 13.137 0,64 0,59 0,584 146.196 0,61

Pirambu 8.369 0,40 0,54 0,652 51.723 0,22

Sto. Amaro das Brotas 11.410 0,55 0,58 0,655 70.695 0,30

São Cristóvão 78.864 3,81 0,48 0,700 501.648 2,10

Santa Luzia do Itanhy 12.969 0,63 0,54 0,545 88.825 0,37

Total Polo 1.027.004 49,66 - - 14.235.687 59,48

Total - Estado 2.068.017 100,00 0,63 0,682 23.932 100,00

Fonte: (1) IBGE, 2010; (2) Atlas Desenvolvimento Humano, 2000; (3) Technum Consultoria.

1.3. Aracaju como Destino Indutor e Competitividade no Cenário Nacional

O Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional - MTur/FGV - 2011 aponta Aracaju com o índice geral de competitividade de 62,7, avançando aproximadamente cinco pontos percentuais da média nacional (57,5%), porém três pontos percentuais abaixo quando comparado às demais Capitais, que mantém média de 65,5.

No geral, em 2011, Aracaju se destaca pela capacidade empresarial, pelas políticas públicas, pelo

acesso e pela infraestrutura geral. As dimensões que obtiveram os índices mais baixos foram o

marketing, a promoção do destino e o monitoramento.

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14

Gráfico 1. Índices de Competitividade de Aracaju - 2011

Fonte: MTur/ FGV. Índice de Competitividade do Turismo Nacional. 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Nacional. 2011.

A Tabela a seguir apresenta a evolução dos índices, de 2008 a 2011, bem como a média no Brasil e nas capitais, para efeito comparativo e melhor análise da situação de Aracaju.

Tabela 3. Índices de Competitividade do Turismo Nacional - 2008-2011

Dimensões 2008 2009 2010 2011

Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju

Índice geral 52,1 59,5 52,4 54,0 61,9 56,4 56,0 64,1 60,1 57,5 65,5 62,7

Infraestrutura geral

63,8 70,5 70,0 64,6 71,3 67,0 65,8 74,3 66,7 68,4 75,8 67,7

Acesso 55,6 66,9 63,6 58,1 69,9 67,9 60,5 72,0 69,2 61,8 74,0 72,9

Serviços e equipamentos turísticos

44,8 56,8 39,3 46,8 59,4 41,8 50,8 63,3 48,6 52,0 64,1 60,9

Atrativos turísticos

58,2 56,6 56,9 59,5 58,5 58,4 60,5 59,5 54,2 62,0 61,3 54,2

Marketing e promoção do destino

38,2 46,3 46,8 41,1 47,5 42,1 42,7 46,8 49,0 45,6 50,0 48,4

Políticas públicas

50,8 55,7 59,4 53,7 58,7 61,9 55,2 61,5 67,2 56,1 61,3 75,7

Cooperação regional

44,1 42,9 51,4 48,1 47,1 52,6 51,1 48,3 55,2 49,9 47,7 57,5

Monitoramento Ambiental

35,4 42,1 22,5 34,5 41,8 29,5 35,3 42,6 36,4 36,7 44,3 44,8

Economia local 56,6 64,7 39,0 57,1 57,6 49,8 59,5 70,7 61,4 60,8 70,6 60,2

Capacidade empresarial

51,3 72,1 44,3 55,7 78,1 81,4 57,0 82,7 92,2 59,3 85,1 92,2

Aspectos sociais

57,2 62,3 63,6 57,4 63,1 62,6 58,4 64,2 61,4 59,1 64,7 64,2

Aspectos ambientais

58,9 63,8 45,8 61,8 67,0 50,4 65,6 71,3 53,1 67,2 72,7 52,1

62,7

44,8

48,4

52,1

54,2

55,7

57,5

60,2

60,9

64,2

67,7

72,9

75,7

92,2

0 20 40 60 80 100

índice geral

monitoramento

marketing e promoção do destino

aspectos ambientais

atrativos turísticos

aspectos culturasi

cooperaçào regional

economia local

serviços e equipamentos turísticos

aspectos sociais

infraestrutura geral

acesso

políticas públicas

capacidade empresarial

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Dimensões 2008 2009 2010 2011

Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju

Aspectos culturais

54,6 61,4 62,0 54,6 63,0 55,2 55,9 64,1 59,0 57,5 66,2 55,7

Fonte: MTur/ FGV. Índice de Competitividade do Turismo Nacional. 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Nacional. 2011.

Os dados constantes na Tabela 3, no geral, indicam que a capital sergipana vem apresentando, a partir de 2008, uma melhora significativa na avaliação dos indicadores de competitividade. Tanto no índice geral, como nos indicadores de acesso, infraestrutura geral, aspectos sociais e marketing e promoção do destino, Aracaju se caracteriza por uma posição um pouco superior à média brasileira, porém um pouco abaixo da média das demais Capitais.

Em relação à economia local e aos aspectos ambientais, apesar do evidente crescimento dos índices de Aracaju, a situação local é significativamente inferior à do Brasil e demais Capitais. Essa condição também ocorria quanto ao quesito monitoramento, porém, em 2011, o índice se igualou ao das demais Capitais.

Nas dimensões serviços e equipamentos turísticos, atrativos turísticos e aspectos culturais, Aracaju apresenta oscilações ao longo do período 2008-2011, sendo que a média geral é inferior à brasileira e das demais capitais – a exceção dos serviços e equipamentos que, em 2009, apresentou avaliação superior (em praticamente 10 pontos percentuais) às demais capitais.

As dimensões capacidade empresarial, políticas públicas e cooperação regional são o destaque na competitividade do destino Aracaju. Além de serem os valores mais expressivos em relação às médias nacionais e das demais capitais, resultam de um crescimento constante ao longo dos 4 últimos anos.

O balanço geral dos índices de competitividade de Aracaju como destino indutor do desenvolvimento turístico regional, em específico do Polo Costa dos Coqueirais do qual a cidade faz parte, indica uma oportunidade de desenvolvimento das atividades turísticas com foco na melhoria dos serviços e equipamentos turísticos e dos atrativos, tendo como foco os aspectos ambientais e culturais e o apoio à economia local.

Para os segmentos principais do Polo Costa dos Coqueirais verifica-se que o turismo de turismo de sol e praia caracteriza-se por uma oferta qualificada e competitiva de destinos diversos e fortes no Brasil, em especial na região Nordeste.

No mercado nacional e, por proximidade regional os principais destinos competidores ao Polo Costa dos Coqueirais são os estados da Bahia, Alagoas e Pernambuco, com destinos internacionalmente conhecidos e comercializados. Segundo dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária - Infraero, dos desembarques nacionais de passageiros em aeroportos, nos estados do Nordeste, no período de janeiro a dezembro de 2009 e 2010, os aeroportos que mais receberam passageiros foram quantitativamente os estados da Bahia com 3.650.334 passageiros em 2009 e 3.746.665 em 2010, Pernambuco com 2.689.525 passageiros em 2009 e 3.064.845 em 2010, Alagoas com 546.646 passageiros em 2009 e 700.692 em 2010 e Sergipe com 362.071 passageiros em 2009 e 471.140 em 2010, caracterizando assim a competitividade frente a estes estados que já tem seus destinos consolidados no turismo de sol e praia.

O projeto Destinos Referência em Segmentos Turísticos desenvolvido pelo MTur em parceria com o Instituto Casa Brasil de Cultura, definiu que o destino referência em Turismo de Sol e Praia foi Jericoacoara no Ceará, como modelo de gestão do turismo local com foco na estratégia de segmentação e que deve servir de parâmetro para ações de desenvolvimento desta segmentação no Polo Costa dos Coqueirais.

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No que tange ao turismo de negócios e eventos o maior expoente nacional é o estado de São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte. Sergipe se encontra em um patamar bastante inferior a essas localidades. O segmento de negócios e eventos, concentrado em Aracaju, atrai turistas especificamente interessados, enquanto o segmento sol e praia, disponível nos diferentes municípios do Polo, motiva a visitação integrada aos atrativos, de forma a consolidar o Polo, a distribuição dos benefícios e a complementaridade dos segmentos, induzindo o aumento da permanência do turista na área.

1.4. Os Princípios Metodológicos

A metodologia3 a ser desenvolvida para a Revisão / Atualização do PDITS da Área Turística do Polo Costa dos Coqueirais, conforme estabelecida no Termo de Referência que gerou a contratação dos serviços, deve considerar os seguintes princípios:

planejamento estratégico voltado ao mercado turístico: definição de produtos e mercados para concentração de esforços, identificando-se os pontos fracos e fortes, as oportunidades e as ameaças e analisando-se as medidas necessárias para a correção de rumo e a busca por maior competitividade; os investimentos devem consolidar a posição da área turística no mercado turístico, atendendo aos requerimentos dos segmentos de demanda meta e levando em conta a necessidade de diferenciação de destinos competidores.

desenvolvimento sustentável: atendimento aos turistas e benefícios dos residentes, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, mediante a geração de emprego e renda e a proteção dos recursos naturais e culturais; provisão de infraestrutura e melhoria dos espaços urbanos disponíveis e utilizáveis; prevenção e controle dos impactos estratégicos (oportunidades e riscos ambientais) decorrentes do desenvolvimento turístico.

planejamento participativo: com representantes dos setores público e privado, que intervenham ou possam ser afetados pelo turismo, incluindo as organizações sociais;

planejamento integrado: definição das ações necessárias para melhorar a competitividade da área como destino turístico em um único plano, independentemente dos responsáveis pela execução dessas ações e das fontes de financiamento.

3 Entendida como o conjunto dos fundamentos teóricos, das técnicas e dos métodos empregados no desenvolvimento das

atividades.

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2. OS ANTECEDENTES

2.1. O Prodetur/ NE - SE

Conceituação do Programa

As ações preconizadas pelo Prodetur/ NE I seguiram as orientações estratégicas do Governo Brasileiro e as diretrizes macroeconômicas de incentivo à indústria turística, com ênfase para a intensificação deste setor de atividade, com geração de empregos diretos e indiretos e melhoria na distribuição de renda.

Para viabilizar o desenvolvimento sustentável do turismo, o Prodetur/ NE I objetivava promover ações que possibilitassem:

dotar as regiões turísticas de infraestrutura pública capaz de atrair investimentos privados para a exploração econômica dos atrativos existentes em seu entorno;

fomentar a infraestrutura turística da região, através da realização de investimentos, por parte de empresários nacionais e internacionais;

priorizar os projetos voltados para a capacitação profissional para o turismo, em todos os níveis, de forma a ampliar a oferta de empregos diretos e indiretos na região, mediante o efeito multiplicador do desenvolvimento turístico;

concentrar os investimentos em projetos que potencializem o incremento do turismo na região como um todo, evitando dispersões com ações pulverizadas;

promover as sinergias entre os projetos da região, de forma que um roteiro turístico contribua para a "venda" de outro;

prestar suporte institucional aos gestores locais; de forma a dotá-los dos instrumentos adequados para gerenciar as novas situações decorrentes da implementação dos projetos.

Estratégia Turística para o Prodetur/ NE I - SE

A Estratégia Turística em que foi situado o Prodetur/ NE I - SE, na primeira fase do programa, dividiu sua área de atuação em 3 (três) trechos distintos, a saber:

Região Aracaju/ São Cristóvão, compreendendo o trecho que vai do Mosqueiro a Pirambu, incluindo os municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Santo Amaro das Brotas e São Cristóvão, e os estuários dos rios Vaza-Barris e Sergipe;

Litoral Sul, situado no trecho que vai do rio Vaza-Barris até o rio Real, incorporando os municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do Itanhy, Indiaroba e os estuários dos rios Real e Piauí;

Litoral Norte, trecho que vai de Pirambu até a foz do rio São Francisco, incluindo Pirambu, Pacatuba, Ilha das Flores, Brejo Grande, Neópolis, Propriá e o estuário do rio São Francisco.

Para cada uma das três áreas foram identificadas as características e potencialidades próprias para o desenvolvimento turístico: o Litoral Norte foi identificado pelas maiores tendências ao ecoturismo, o Litoral Sul para o turismo de lazer e praia e esportes aquáticos e a Região Aracaju / São Cristóvão para o turismo urbano de lazer, cultural, convenções e negócios. Foi considerado ainda que todos apresentavam, além das características da

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tendência principal, o elemento básico para qualquer turismo que contivesse lazer: mar, praia e sol o ano inteiro 4.

As prioridades do programa foram definidas levando em consideração a lógica do planejamento regional, conforme definidas a seguir.

1ª Prioridade- Região Aracaju/São Cristóvão, compreendendo:

consolidação da infraestrutura turística existente e em operação com resultados positivos;

implantação da macro infraestrutura de acesso, que melhora o fluxo turístico para a primeira etapa e constitui paralelamente um ponto de partida para a próxima etapa;

implantação de um novo marco de referência de qualidade (empreendimentos hoteleiros) para futuros empreendimentos turísticos, que dará respaldo à nova imagem no mercado turístico e uma nova dimensão ao setor hoteleiro;

implantação de programas e equipamentos de preparação de mão-de-obra qualificada, diretamente ou indiretamente ligados ao setor turístico;

preservação dos potenciais naturais e econômicos turísticos através de legislação específica (Plano Diretor de Aracaju e zoneamento das APA’s Litoral Norte e Sul).

2ª Prioridade- Litoral Sul, compreendendo:

implantação do primeiro embrião de um aglomerado de uso turístico (Vila Turística), viabilizado pelo acesso gerado na primeira etapa e partindo das experiências desta, relativas ao comportamento do mercado e dos resultados dos investimentos de “marketing” anteriores;

Criação de infraestrutura na região e criação de núcleos de apoio;

Implantação dos demais núcleos turísticos paralelamente com a primeira etapa do Litoral Norte.

3ª Prioridade- Litoral Norte, sendo previsto:

melhoria e complementação dos acessos a partir do Aeroporto e dos pontos de concentração de infraestrutura hoteleira pré-existentes, viabilizando “tours”;

implantação da infraestrutura dos núcleos urbanos de apoio ao ecoturismo e incentivo ao assentamento de hospedarias;

implantação de um centro turístico na foz do rio São Francisco e de rede de núcleos na beira rio;

implantação de sistema de transporte fluvial.

Investimentos do Prodetur/ NE-I e Resultados Alcançados

No âmbito do Prodetur/NE I, o Estado de Sergipe efetivou dois Contratos de Sub-Empréstimos com o BNB, com recursos provenientes do BID, nos valores da ordem de US$ 19,6 milhões e de US$ 13,1, respectivamente em 09.10.95 e em 8.05.98, totalizando US$ 32,7 milhões.

Os investimentos do Programa em sua primeira fase, incluindo a contrapartida estadual5, executou aplicações diretas no montante de US$ 52,7 milhões e encargos de

4 Foram mantidos os termos utilizados conforme definição Constant em documentos da época – PDITS 2001/2003 e PDITS

2005. 5 Para compor a contrapartida do Estado foi contratada com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-

BNDES, a importância de R$ 11.535.200,00.

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aproximadamente US$ 14,3 milhões, culminado em um investimento total de cerca de US$ 67,0 milhões6.

Na primeira fase de investimentos pelo Prodetur foram investidos no Estado aproximadamente US$ 67 milhões, destinados a nove municípios sergipanos, sete deles pertencentes ao Polo Costa dos Coqueirais: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itaporanga D’Ajuda, Estância, Indiaroba, São Cristóvão e Santa Luzia do Itanhy.

Dentre as obras realizadas vale ressaltar melhorias nas condições de acessibilidade, com a ampliação do aeroporto, a implantação da rodovia litorânea SE 100 Sul (continuidade da Linha Verde que interliga os Estados de Sergipe e Bahia), valorização do patrimônio e melhoria no abastecimento de água e esgotamento sanitário, que corresponde a um dos principais problemas locais. O gráfico a seguir demonstra os investimentos feitos no âmbito do Prodetur/NE I no estado de Sergipe.

Gráfico 2. Investimentos primeira fase do Prodetur

Fonte: PDITS 2001/2003

De acordo com dados relativos a 2005, o desenvolvimento do turismo no Estado de Sergipe foi significativo, com um incremento de 30% no número de turistas no período de1995 – 2000 e de mais 50% no período 2000-2005. Tais dados indicam ainda:

37% de aumento de fluxo aéreo no período de 1995-2000 e de 39% entre 2000-2005;

47% de crescimento no número de estabelecimentos de hospedagem entre 1995 e 2000, e de mais 30% no período 2000- 2005.

A posição estratégica da Capital – Aracaju - na porção central do Litoral, e a malha viária bem distribuída induzem o visitante a se deslocar em busca das mais variadas ofertas turísticas.

Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União para avaliação dos investimentos realizados no Prodetur NE I, considerando a melhoria dos indicadores socioeconômicos, a mitigação dos impactos ambientais, os aspectos organizacionais da gestão pública, dentre outros aspectos, comprovou resultados positivos, embora não estivessem disponíveis informações e mecanismos precisos de avaliação e controle.

Silva complementa que a metodologia utilizada pelo TCU partiu da análise do banco de dados, pesquisa documental, entrevistas e visitas (Silva, 2012. Página 132). Analisou dados

6 Sendo 51,09 % referente à contrapartida e 48,91 proveniente de financiamento, representando os 100,00% dos recursos

contratados com o BNB/ BID.

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relativos à geração de empregos diretos e indiretos e de investimento privado acumulado em turismo no Nordeste, conforme apontados na tabela a seguir.

Tabela 4. Resultados Alcançados pelo Prodetur NE I

Indicador Meta para 2003

US$ Resultados alcançados

(Set. 2002) Alcance da meta

(%)

Geração de empregos diretos e indiretos

3,87 milhões 3,9 milhões 100%

Investimento privado acumulado em turismo no Nordeste

10,9 bilhões 6,6 bilhões 61%

Fonte: Sigplan. Disponível em TCU, 2004 e em Silva, 2012.

Nesta primeira fase do Prodetur pode-se destacar a institucionalização do turismo sergipano, e no caso do Polo Costa dos Coqueirais a criação em 2001 do Conselho de Turismo do Polo, posteriormente desativado (em 2006).

Distribuição Espacial dos Investimentos Realizados

Os investimentos realizados e distribuídos em função das prioridades previamente estabelecidas, encontram-se assim expressos:

Região Aracaju/ São Cristóvão – 1ª Prioridade: ­ Transporte:

3ª Etapa da Orla de Atalaia – Lote V da SE-100. ­ Saneamento Básico:

Sistema IBURA II; Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água de Atalaia Nova; Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água de Atalaia Velha/ Mosqueiro; Sistema de Esgotamento Sanitário de Atalaia Velha.

­ Aeroporto: Construção do Terminal de Passageiros do Aeroporto Santa Maria.

­ Proteção e Recuperação do Patrimônio Histórico: Revitalização do Centro Histórico de Aracaju; Restauração dos Mercados Antônio Franco e Thales Ferraz; Restauração da Antiga Fábrica em São Cristóvão.

­ Desenvolvimento Institucional: Projetos de Desenvolvimento Institucional da Administração Estadual de Meio Ambiente - Adema, Empresa Sergipana de Turismo - Emsetur, Companhia de Saneamento de Sergipe - Deso, Prefeituras Municipais de Aracaju e Barra dos Coqueiros, Plano Estratégico do Turismo de Sergipe e PDITS.

­ Engenharia e Administração*: Componentes diversos, rateados pelas áreas (prioridades), em função dos investimentos realizados.

Litoral Sul – 2ª Prioridade: ­ Transporte

Rodovia SE-100 SUL, Lotes I, II, III e IV; SE-214, trecho BR-101/Praia da Caueira; Urbanização da Praia da Caueira.

­ Engenharia e Administração* Componentes diversos, rateados pelas áreas (prioridades), em função dos investimentos realizados.

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Litoral Norte – 3ª Prioridade: ­ Transporte

Urbanização da Orla de Neópolis; Urbanização da Orla de Gararu.

Figura 5. Distribuição das ações do Prodetur I no Polo Costa dos Coqueirais, Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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2.2. O Prodetur / NE II - SE

O Prodetur/ NE II teve como objetivo dar continuidade às ações e aos programas que visassem à melhoria da qualidade de vida da população fixa das áreas beneficiadas pela primeira etapa desse programa. Nesse sentido, priorizou ações e investimentos necessários à consolidação do turismo na região, completando e complementando os investimentos realizados pela primeira fase do Programa, Prodetur/ NE – I, centrado nos seguintes conceitos:

Ações a serem completadas: aquelas previstas no âmbito do Prodetur/ NE I, mas não terminadas ou executadas nos municípios beneficiados, e ainda necessárias à sustentabilidade do turismo do respectivo Polo;

Ações a serem complementadas: aquelas identificadas como prioritárias em função dos resultados e impactos do Prodetur/ NE I no Polo.

Estratégia Turística para o PRODETUR/ NE II – SE – PDITS 2001/2003

Como premissa básica, o PDITS 2001/2003 buscou a obtenção de perfeito equilíbrio entre as atividades turísticas e a proteção do meio ambiente, beneficiando os aspectos socioeconômicos e histórico-culturais e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

Para tanto, entendeu-se que parcerias haveriam de ser formadas e que seria de fundamental importância da participação dos municípios e da sociedade local no planejamento e na gestão compartilhada e eficaz do processo de desenvolvimento turístico, pretendido como contínuo e permanente.

Em relação às diretrizes já estabelecidas para o estado, foram considerados básicos os seguintes aspectos:

Estruturação do turismo em Sergipe apoiado em três pontos: ­ polo regional de lazer e entretenimento; ­ portão de entrada para o turismo nacional e internacional; e ­ destino integrado aos demais estados da região para compor o produto turístico

Nordeste.

Divulgar o “singular” do Estado de Sergipe: ­ a tranquilidade; ­ a melhor qualidade de vida da região; ­ a localização privilegiada; e ­ as tradições peculiares.

Desenvolver parcerias com organismos do setor público e privado e com a sociedade organizada, de modo a viabilizar o desenvolvimento sustentável e a gestão compartilhada e eficaz do turismo no estado, com o fortalecimento do PNMT – Programa Nacional de Municipalização do Turismo, do Embratur.

Manter o equilíbrio da baixa sazonalidade, dando continuidade à estruturação da oferta do produto turístico Sergipe e do desenvolvimento de atrativos para segmentos particulares como o turismo de negócios e eventos, além de outros, como o da melhor idade, científico e cultural, naturismo e ecologia, que possam ser implementados em qualquer época do ano.

Estruturar os sistemas de informações e de estudos de mercado sobre o setor para atrair investimentos, orientar a gestão do turismo e subsidiar os investidores quanto à evolução da atividade no Estado.

Estruturar programas de conscientização pública e capacitação para o turismo.

A estratégia turística propõe Áreas e Circuitos de Interesse Turístico, conforme Quadro 02: e Quadro 03: a seguir.

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Quadro 02: Áreas de Interesse Turístico na Costa dos Coqueirais, PDITS 2001/2003

Local/ Municípios Abrangidos

Base Conceitual Equipamentos / Atividades Estruturantes

Público Alvo

Litoral Sul

Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy, Estância e Itaporanga d’Ajuda

Turismo náutico, Turismo histórico-cultural, Turismo gastronômico, Turismo de lazer, Turismo de entretenimento, e Ecoturismo.

Complexos turísticos, Marinas, Condomínios para 2ª residência / especializados para idosos; Engenhos revitalizados como estâncias hospedeiras (ao estilo das “quintas” portuguesas) e/ ou recuperação memória cultura canavieira/ hábitos rurais (tradições populares).

Visitantes de Aracaju. Por ser extensão da Linha Verde, destino complementar para turistas que visitam norte da Bahia pode haver intercâmbio de visitantes nos dois sentidos

Grande Aracaju

Aracaju, Barra dos Coqueiros, e Nossa Senhora do Socorro

Turismo de eventos e negócios; Turismo de aventura (mergulho e exploração subaquática) Turismo náutico; e Turismo ecológico .

Ambiente urbano diferenciado; Hotéis de poucos andares na orla, com instalações e qualidade diferenciadas; Hotéis de cadeia; pousada resorts de alto padrão; Plataformas desativadas da PETROBRAS, como base de apoio para turismo subaquático/ aventura; Marinas/ atracadouros lazer e entretenimento; Espaço eventos/ multiuso; Restaurantes, teatros, sala de espetáculos, centros de artesanato e outros equipamentos turísticos.

Mercados nacional (ênfase para Centro Sul ) e internacional.

Cidades Históricas

São Cristóvão e Laranjeiras

Roteiros histórico-culturais

Equipamentos urbanos; Espaços para eventos; Serviços de alimentação e bebidas; Visitação estruturada; Recuperação e revitalização de edificações históricas com uso sustentável.

Público deve ser conquistado entre os visitantes de Aracaju e do Litoral Sul, além de pesquisadores, estudantes e historiadores

Fonte: Technum Consultoria, 2003.

Quadro 03: Circuitos de Interesse Turístico na Costa dos Coqueirais, PDITS 2001/2003

Categoria Municípios Abrangidos Conceituação

Circuito dos Engenhos

Santa Luzia do Itanhy, Arauá e entorno;

Itaporanga d´Ajuda, São Cristóvão, Laranjeiras e entorno.

Tem como motivação principal as edificações históricas dos engenhos. A proposta é de que os engenhos já descaracterizados ou em precário estado de conservação sejam transformados em equipamentos de hospedagem, nos moldes das quintas portuguesas. As edificações mais preservadas poderão se tornar atrativos de visitação, com exposição de costumes, equipamentos e técnicas de época.

Circuito das Festas Juninas

Indiaroba, Estância, Pacatuba, Aracaju e Itaporanga d´Ajuda.

O circuito das Festas Juninas abrange as dez localidades onde se verificam as festas de maior tradição no Estado – além dos municípios incluídos na Costa dos Coqueirais envolve Cristinápolis, Areia Branca, Muribeca, Capela, e Neópolis. A proposição é articular os municípios de forma a fortalecer o conjunto, principalmente através de ações de planejamento, divulgação e marketing.

Fonte: Technum Consultoria, 2003.

Visando a estruturação do espaço físico são eleitos ainda Centros de Apoio às atividades

turísticas nas diversas regiões, notadamente em municípios com características peculiares

de potenciais indutores, com alguma infraestrutura já existente e equipamentos e facilidades

turísticas já instalados (ainda que considerada incipiente face ao potencial verificado).

Assim, na Costa dos Coqueirais devem ser incentivados os seguintes Centros de Apoio

Turísticos:

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Centro Receptivo Principal Aracaju.

Núcleo Receptivo Estância

Complexos Turísticos Mosqueiro Ponta do Saco

A estratégia turística estabelecida tem como principiou o desenvolvimento dos instrumentos

de planejamento necessários ao seu desenvolvimento, tanto em relação aos Planos

Diretores Municipais e demais instrumentos legais necessários à adequada gestão, quanto à

elaboração de planos de Proteção de áreas frágeis e de Planos de Manejo para a Áreas de

Proteção Ambiental.

Para cada uma das áreas relacionadas foram estabelecidas metas e objetivos a serem

perseguidos.

Estratégia Turística

acessibilidade rodoviária: criar condições para aumento do fluxo na SE 100 Sul, através da: implantação de pequenos trechos de rodovias, interligando povoados e sistema viário existente; implantação de ponte para eliminar a transposição de um dos rios via ferry-boat; e implantação de circuito de navegação fluvial, com criação de atracadouros e urbanização de áreas lindeiras.

estruturação de atrativos turísticos do Litoral Sul: implantação do circuito de navegação fluvial; aproveitamento das estruturas de engenhos desativados para atividades turísticas, com ênfase para hospedagem e visitação, através de parcerias com a iniciativa privada; implantação de sistemas de água e esgoto em povoados de especial interesse turístico; e implantação de sinalização turística.

fortalecimento de Aracaju como Centro Receptivo Principal: melhorar as condições urbanas do Bairro de Atalaia; ampliar as condições de saneamento da cidade; melhorar o atendimento aos turistas que chegam via aérea; estruturar atrativos turísticos, por meio da recuperação de patrimônio histórico, projeto de revitalização do Parque da Cidade implantação do Museu do Cangaço; e implantação de sinalização turística.

fortalecimento dos produtos histórico-culturais: por meio da recuperação de edificações em Aracaju, São Cristóvão e Laranjeiras; e melhoria da qualidade de cidades históricas, com implantação de sistemas de água, esgoto e drenagem em São Cristóvão.

preservação do meio ambiente: garantir tal preservação, por meio de elaboração de Plano de Proteção e Recuperação de Lagoas, Dunas e Manguezais da área de planejamento; elaboração do Plano de Manejo da APA do Morro do Urubu.

Estratégia Setor Produtivo

Composta por duas ações principais: a capacitação profissional para o turismo e o fortalecimento do artesanato.

capacitação profissional para o turismo: visando prover o mercado de trabalho de profissionais capacitados para o exercício de diferentes ocupações gerenciais, técnicas, operacionais e administrativas pertinentes ao setor de turismo no Estado de Sergipe. As ações educacionais a serem implementadas no âmbito do sistema abrangerão as diversas ocupações gerenciais, técnicas e operacionais de produção e prestação de serviços de turismo.

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fortalecimento do artesanato de Sergipe: o artesanato local deve ser valorizado, incentivado e organizado. Busca: a otimização da produção atual e transmissão dessa manifestação para as futuras gerações; apoiar a comercialização nos principais pontos turísticos e sua divulgação; e criar Programa de Desenvolvimento e Capacitação do Artesão apoiado em ações de capacitação profissional, prevendo cursos caracterizados pela continuidade, constância e flexibilidade em função de demandas específica.

Estratégia Institucional

Eleger o setor de turismo como área prioritária de investimento e promoção e compreender a sua importância como fator de desenvolvimento econômico e social.

planejamento - incentivar e promover junto às administrações municipais a elaboração e a implantação de Planos Estratégicos Municipais de Uso do Solo e de Desenvolvimento.

integração, interação e gestão participativa - Criar mecanismos e prática continuada de trabalho conjunto e planejamento integrado, reunindo esforços de diferentes órgãos e entidades da administração pública, setor privado e sociedade civil.

aumento da eficácia dos órgãos públicos promotores do turismo – implantar processo de adequação das organizações públicas diretamente envolvidas com o setor de turismo.

recursos humanos para o setor de turismo - capacitar população para suprir a carência de profissionais capacitados a atuar nos diversos segmentos que compõem a cadeia do turismo.

divulgação e marketing - elaborar, implementar e alimentar continuamente Plano de Divulgação e Marketing, objetivando resultados efetivos, incluindo busca de recursos alternativos para sua concretização.

Ações Propostas x Ações Executados

Para a implementação das ações necessárias foi previsto um valor de investimentos da ordem de US$ 63 milhões. Entre as principais ações estavam a complementação do sistema de acessibilidade, a estruturação de atrativos turísticos do Litoral Sul, o fortalecimento de Aracaju como centro receptivo principal, o fortalecimento dos produtos histórico-culturais e a implementação de ações para garantia de preservação do meio ambiente.

Como já exposto, o sub-empréstimo da segunda fase do Prodetur não foi assinado com o estado de Sergipe. No entanto, foram alocados recursos provenientes de convênios firmados com o Ministério do Turismo, sem envolver financiamento do BID. As ações se restringiram à elaboração de Planos Diretores Municipais (4 municípios), elaboração de bases cartográficas e atualização de Planos de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS, como é o caso do Polo Costa dos Coqueirais.

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Tabela 5. Matriz de Projetos, Fontes e Prioridades de Investimentos - PDITS Polo dos Coqueirais Versão 2001/2003

Componentes Municípios Valor Previsto

U$ Mil

Realizado Não Realizado

Prodetur Outras Fontes

1. ELABORAÇÃO DE PROJETOS 1.159,09

1.1.1 Elaboração do PDITS Municípios do Polo 68,18 X X

1.1.2 Elaboração Projetos, Estudos, Pesquisas Municípios do Polo 454,55 Parcial (1) Parcial

1.1.3 Elaboração Plano Integrado Resíduos Sólidos Todos, exceto Aracaju e São

Cristóvão 454,55 x

1.1.4 Atualização Plano de Manejo Parque da Cidade Aracaju 90,91 x

1.1.5 Plano de Proteção/ Recuperação de Lagoas Estância, Santa Luzia e Indiaroba 90,91 x

2 DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2.909,09

2.1 MUNICÍPIIO 1.545,45

2.1.1 Diagnóstico Elaboração Plano Diretores e Fort Inst. Operacionais Todos, exceto Aracaju 1.545,45 Parcial (2) Parcial

2.2 FORTALECIMENTO ÓRGÃOS ESTADUAIS 1.363,63

2.2.1 Unidade Executora Estadual Todos do Polo 227,27 x

2.2.2 Adm./ Estado do Meio Ambiente - ADEMA Todos do Polo 909,09 x

2.2.3 Departamento de Estradas e Rodagens - DER Todos do Polo 227,27 x

3 MARKETING / PROMOÇÃO 2.727,27

3.1 Elaboração/ Implementação Plano Promoção/ Marketing 2.727,27 x

4 TRANSPORTES 37.181,82

4.1 RODOVIAS 30.590,91

4.1.1 Recuperação áreas degradadas Rodovias Prodetur I Estância Itaporanga 363,64 x

4.1.2 Ponte sobre o Rio Vaza-Barris Aracaju/ Itaporanga 15.909,09 x

4.1.3 Av. Margens rio Poxim (urbanização Coroa do Meio) Aracaju 2.272,73 x

4.1.4 SE 444 – trecho: Santa Luzia/ Crasto Santa Luzia do Itanhy 1.363,64 x

4.1.5 SE 100 – trecho: Convento / Pontal Indiaroba 1.363,64 x

4.1.6 Implantação de Sinalização Turística Todos do Polo 227,27 x

4.1.7 SE 100 – trecho: Pirambu / Foz do São Francisco* Pirambu, Pacatuba, Brejo Grande* 9.090,91 x

4.2 ATRACADOUROS E OBRAS COMPLEMENTARES 4.318,18

4.2.1 atracadouro / obras complementares circuito fluvial (Pontal e Terra Caída, mun. Indiaroba; Crasto, Santa Luzia do Itanhy; Saco e Porto da Areia, Estância)

Indiaroba, Estância e Sta.

Luzia 1.363,64 x

4.2.2 Atracadouro / obras complementares (Atalaia Nova) Barra Coqueiros 454,55 x

4.2.3 Atracadouro / obras complementares (sede municipal) São Cristóvão 227,27 x

4.2.4 Atracadouro / obras complementares (Atalaia / Mosqueiros) Aracaju 909,09 x

4.2.5 Atracadouro / obras complementares (sede municipal) Brejo Grande 454,55 x

4.2.6 Atracadouro / obras complementares (sede municipal) Pirambu 909,09 x

4.3 AEROPORTO 2.272,73

4.3.1 Modernização do TPS e ampliação da pista Aracaju 2.272,73 Parcial Parcial

5 SANEAMENTO 5.136,36

5.1 ESGOTO 3.863,64

5.1.1 implantação Sist. Esgotos Sanitários Sede Mun. Barra dos Coqueiros 2.727,27 Parcial Parcial

5.1.2 Implantação Esgotamento Sanitário Orla Aruanã Aracaju 227,27 x

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Componentes Municípios Valor Previsto

U$ Mil

Realizado Não Realizado

Prodetur Outras Fontes

5.1.3 Ampliação Sistema esgotamento Sanitário - Atalaia Aracaju 909,09 x

5.2 ÁGUA 1.272,73

5.2.1 implantação Sist. Abastecimento de Água São Cristóvão 909,09 x

5.2.2 Implantação Sistema de Abastecimento d’água (Abais/Saco) Estância 363,64 x

6 RESÍDUOS SÓLIDOS 6.363,64

6.1 Sist. Integr. Resíduos Sólidos – Região Metropolitana Aracaju, Nossa S. Socorro, São

Cristóvão 2.272,73 x

6.2 Sist. Integr. Resíduos Sólidos – Municípios do Polo Todos exceto item anterior 4.090,91 x

7 MEIO AMBIENTE 1.272,73

7.1 CONSERVAÇAO E RECUPERAÇÃO 1.272,73

7.1.1 Plano Prot./ recup. lagoas Dunas/ Manguezais Estância 363,64 x

7.1.2 Plano de manejo e recuperação do Parque da Cidade Aracaju 909,09 x

8 PATRIMÔNIO HISTÓRICO 3.636,36

8.1 Recuperação de Imóveis Históricos São Cristóvão 1.363,64 x

8.2 Restauração do Antigo Colégio N. S. de Lourdes Aracaju 909,09 x

8.3 Recuperação de Imóveis Históricos Laranjeiras 1.363,64 x

9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 454,55

9.1 Diagnóstico/ Plano de Educação Ambiental Todos do Polo 454,55 x

10 FORTALECIMENTO SETOR PRODUTIVO 454,55

10.1 Capacitação do Recursos humanos para Turismo 454,55 Parcial

11 INFORMAÇÕES TURÍSTICAS 1.136,36

11.1 implantação sistema para a Gestão Turismo Todos do Polo 1.136,36 x

12 IMPLANTAÇAO DE MUSEU 681,82

121 implantação do Museu do Cangaço Aracaju 681,82 x

TOTAL 63.113,64

(1) elaboração da Base Cartográfica

(2) realização de Planos Diretores para 4 municípios

Fonte: Technum Consultoria, 2003.

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2.3. Outros Investimentos na Área do Polo

Foram firmados pelo Estado de Sergipe com o Ministério do Turismo, no período de 2008 a 2010, dezesseis convênios. Estes convênios estão classificados em cinco componentes e totalizam o montante de aproximadamente R$ 23,2 milhões, sendo que R$ 20,9 milhões são oriundos do governo federal e R$2,32 milhões do governo do estado. A tabela a seguir aponta os convênios firmados para o desenvolvimento do turismo.

Tabela 6. Convênios Assinados pelo Estado de Sergipe com MTur – 2008 a 2010

Objeto Valor (R$ 1,00)

Infraestrutura e Serviços Básicos

Implantação de Rodovia interligando Santa Luzia ao Povoado Crasto 4.420.366,17

Implantação de Rodovia interligando o Povoado Convento-Pontal a Indiaroba 5.278.160,00

Produto Turístico

Sinalização Indicativa e Turística dos Polos Costa dos Coqueirais e Velho Chico 2.740.000,00

Sinalização turística Polo Costa dos Coqueirais e da Orla de Atalaia 221.450,00

Reforma do Cacique Chá 400.000,00

Elaboração de Pesquisa Diagnóstica de Preparação para o Programa de Qualificação Profissional

294.756,00

Comercialização

Elaboração e Execução do Plano de Marketing 5.909.060,00

Gestão Ambiental

Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica dos Polos Turísticos 155.433,00

Fortalecimento Institucional

Elaboração do Projeto de Fortalecimento dos Gestores de Turismo 154.458,52

Fortalecimento Institucional da Emsetur 420.905,52

Fortalecimento Institucional da CPTur 109.711,70

Fortalecimento Institucional da UCP/SE 513.000,00

Revisão e Atualização do PDITS Polo Costa dos Coqueirais 204.886,00

Total 20.822.186,91

Fonte: Adaptado por Joab Almeida, 2012

Dentre os Convênios listados alguns não foram ainda executados e outros estão sendo renegociados.

Considerando o total de investimentos destinado, direta ou indiretamente, para o desenvolvimento do turismo no estado de Sergipe no período de 1995 a 2010, tem-se que os recursos oriundos do Prodetur perfazem 25% dos investimentos totais. A tabela a seguir demonstra que os outros 75% foram provenientes de outras fontes, dentre as quais o orçamento do Estado, o BNB e a iniciativa privada.

Tabela 7. Fonte dos Recursos Financeiros destinados ao Desenvolvimento do Turismo Sergipano - 1995 a 2010

Fonte 1995 - 2000

Valor U$

2000 – 2010

Valor U$

U$ gerados para cada dólar investido

no Prodetur

Prodetur 47.354.342,02 32.000.000,00 _

Outros investimentos do Estado* 52.734.116,44 158.192.090,00 2,65

Financiamentos BNB / FNE ** 6.540.976,93 52.315.037,21 0,74

Investimento em Unidades Hoteleiras *** 11.360.000,00 21.537.853,00 0,41 * Relacionado a área de planejamento com infraestrutura turística ** Valor informado pelo BNB *** Valor estimado a partir do custo médio por unidade habitacional construída (U$ 25.000,00/UH)

Fonte: Adaptado por Joab Almeida, 2012

Dos investimentos realizados pelo poder público, a maior relevância recaiu sobre a infraestrutura de acesso, como vias e pontes, enquanto o setor privado priorizou os meios de hospedagem e os equipamentos de lazer, como bares e restaurantes.

Os investimentos públicos complementares aos do Prodetur para o Polo Costa dos Coqueirais no período de 2008 a 2011 estão detalhados na Tabela a seguir.

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Tabela 8. Investimentos públicos complementares ao Prodetur – Apoio aos Roteiros Turísticos - Polo Costa dos Coqueirais - 2008 a 2012

Área do

Polo

Roteiro turístico

Ação Fonte de recurso

Valor R$ mil

Litoral Norte

Roteiro Foz do Rio São

Francisco

Implantação da estrada parque interligando aos municípios de Pirambu a Brejo Grande

Emendas de bancada OGU

13.500,00

Centro

City Tour Aracaju

Reforma do Palácio Olímpio Campos para instalação de Museu

OGU Casa Civil.SE

12.000,00

Reforma de prédio histórico e construção do Museu da Gente Sergipana

BANESE 22.000,00

Construção da Orla Atalaia Nova no município da Barra dos Coqueiros

OGU/MTur 4.611,00

Reforma do Complexo Cultural Gonzagão no município de Aracaju

Fundo Nacional da Cultura

405,36

Adequação e modernização do complexo do Batistão em Aracaju

OGU/Min. Esporte SEINFRA.SE

10.861,11

Revitalização do Parque Antônio Carlos Valadares (Parque dos Cajueiros)

OGU

7.500,00

Construção do novo centro de convenções de Sergipe Emendas OGU 13.500,00

Reforma do Cine Vitória no Centro Histórico de Aracaju OGU/Minc 272,57

Cidades Históricas

Implantação do projeto de revitalização do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade de Laranjeiras

OGU/Minc 6.911,00

Execução das obras e serviços previstos no Projeto de Revitalização do Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico da Cidade de São Cristóvão/SE

OGU/Minc 8.893,17

Implantação de via estruturante que liga os municípios de Aracaju e São Cristóvão

OGU/Min. Cidades

3.954,60

Litoral Sul

Roteiro Litoral Sul e

Roteiro Mangue

Seco

Construção da ponte sobre o Rio Piauí ligando os municípios de Estância (Porto Cavalo) e Indiaroba (Terra Caída)

OGU/MTur SEINFRA.SE

115.000,00

Construção da Ponte sobre o Rio Vaza Barris ligando os municípios de Aracaju e Itaporanga D’Ajuda

OGU/MTur SEINFRA.SE

90.000,00

Construção da ponte sobre o Rio Fundo no município de Estância ligando a rodovia SE – 476 a Rodovia SE – 100.

OGU/MTur SEINFRA.SE

22.000,00

Todas

Todos Capacitação e certificação de profissionais, equipamentos, serviços e produtos para o desenvolvimento do turismo

Emendas OGU 2012

300,00

Todos Promoção do turismo no mercado nacional Emendas OGU 700,00

Todos Qualificação e certificação profissionais, equipamentos, serviços e produtos

Emendas OGU 200,00

TOTAL 332.908,81

Fonte: SEPLAG, elaborado por Joab Silva, 2012

Os trechos apresentam investimentos significativos para o uso do espaço turístico. Porém, no Litoral Norte a influência do turismo não trouxe impactos significativos, ocasionando baixa intervenção no espaço, tendo em vista a preservação da paisagem e da diversidade ali existente.

No Litoral Sul a principais alterações referem-se à acessibilidade viária e à construção de orlas e atracadouros. No entanto, observa-se a falta de manutenção destes equipamentos para a prática do turismo, refletindo na necessidade de uma gestão continuada do turismo. Nestes espaços a infraestrutura é precária, impossibilitando a permanência do turista na região.

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A Área Central foi a que mais recebeu investimentos, o que causou grandes transformações em seu espaço, adequando-o ao uso turístico, tanto para o segmento cultural, quanto para o segmento de negócios e eventos e de sol e praia.

3. OS OBJETIVOS DO PDITS

Objetivo Geral – PDITS Polo Costa dos Coqueirais

A revisão do PDITS Costa dos Coqueirais dá continuidade à estratégia estadual de captação de recursos para suporte à promoção e o planejamento do turismo, representando esforços de apoio ao desenvolvimento regional e integrado do turismo.

Coadunado com as políticas federais e estaduais, registradas no item 3.1 e 3.2 deste documento, o objetivo geral e os objetivos específicos do PDITS Polo dos Coqueirais estão a seguir definidos.

3.1. Objetivo Geral

O PDITS Costa dos Coqueirais, na revisão hora efetuada, tem como objetivo geral:

Objetivo Geral

Promover a estruturação e o planejamento turístico integrado do Polo, mantendo as características e vocações turísticas de cada um dos trechos que o compõem, com base no desenvolvimento sustentável da atividade turística e na manutenção da qualidade dos recursos naturais, de forma a destacar e integrar os segmentos turísticos de negócios e eventos, de sol e praia e histórico-cultural, tendo como prioridade a melhoria da qualidade de vida da população local.

Para análise e planejamento do Polo são considerados, nesta revisão, a divisão nos trechos já indicados no PDITS 2001/2003, quais sejam:

Trecho 1 – Área Central: municípios de Barra dos Coqueiros, São Cristóvão, Laranjeiras, Santo Amaro das Brotas, Aracaju e Nossa Senhora do Socorro;

Trecho 2 - Litoral Sul: municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba; e

Trecho 3 - Litoral Norte: municípios de Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande.

A revisão do PDITS tem como foco os produtos principais já comercializados em cada trecho buscando sua estruturação e o aumento do tempo de permanência dos turistas no Polo.

Esta revisão do PDITS tem como meta aumento da atração de turistas em busca dos produtos comercializados no Polo, hoje concentrados em maior número em Aracaju. Além do aumento do número de turistas, tem-se como propósito o aumento do número de pernoites fora de Aracaju.

O alcance do objetivo do PDITS pressupõe o desenvolvimento e a desconcentração da atividades turística, apoiada na oferta de roteiros integrados, com atrativos estruturados, tomando como indutores do desenvolvimento turístico os municípios que se destacam por suas condições estratégicas quanto à localização, à economia, à oferta de serviços básicos e ao grau de consolidação da atividade turística.

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31

A expectativa é que o turismo desenvolvido de forma integrada por todo o Polo transforme-se em fonte de novos empregos e ocupações, proporcionando uma melhor distribuição de renda e melhorando a qualidade de vida das comunidades locais.

3.2. Objetivos Específicos

Para o alcance do objetivo geral e dos objetivos específicos do Plano são destaques em cada trecho:

Trecho1 – Área Central: a condição de Aracaju como portão de entrada do Polo e o roteiro das cidades históricas.

Trecho2 - Litoral Sul: o roteiro litoral sul, baseado no segmento de sol e praia, e a estruturação de atrativos complementares, oferecendo alternativas de serviços e equipamentos turísticos aos visitantes.

Trecho 3 - Litoral Norte: o roteiro litoral norte, com aumento da acessibilidade e possibilidade de incremento na oferta de serviços e de equipamentos turísticos, registrando-se a necessidade de definição do modelo de desenvolvimento turístico desejado.

Em todos os trechos a revisão do PDITS busca identificar as necessidades e a estruturação de atrativos, equipamentos e serviços turísticos, visando o suporte e a complementação necessária para a formação dos núcleos de turismo propostos no PDITS 2001-2003 ou composição de novos roteiros turísticos.

Em síntese, os objetivos específicos são:

incrementar a atratividade turística e a competitividade de Aracaju no segmento de Negócios e Eventos;

promover a integração e o alinhamento dos roteiros turísticos existentes priorizando o segmento de sol e praia;

diversificar as atividades complementares, notadamente as de caráter histórico-cultural e de ecoturismo, ampliando a oferta turística e o público-alvo;

promover investimentos articulados e convergentes para o desenvolvimento turístico do Polo;

incentivar aportes, tanto do setor público como do setor privado, para alterar a condição atual dominante no Polo, de área de visitação turística, para a condição de pleno desenvolvimento do turismo sustentável, integrado em todo o seu território;

promover o desenvolvimento sustentável pela preservação do patrimônio natural e cultural do Polo;

buscar a sustentabilidade econômica visando à melhoria da qualidade de vida da população local;

inserir a população local no ciclo econômico do turismo;

aumentar o fluxo de turistas e o tempo de permanência média do turista no Polo.

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2A PARTE: DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA ÁREA E DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS

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4. MERCADO TURÍSTICO – DEMANDA E OFERTA

4.1. Demanda Turística Atual

A análise da demanda turística atual para o Polo Costa dos Coqueirais baseou-se em pesquisas de dados secundários realizadas pela Emsetur, órgão oficial de turismo do Estado, e pelo MTur e em pesquisas primárias, de natureza quantitativa, realizadas nos municípios do Polo, abrangendo, em seu conjunto, o período de 2007 a 2011. Em geral, tais pesquisas possibilitaram a caracterização de tendências, uma vez que são recentes e abrangem, pelo menos, um espaço temporal de três anos subsequentes.

Parte significativa das informações disponíveis refere-se ao fluxo turístico de hotelaria, e foram coletadas pela Emsetur, por meio do Subsistema de Informações Hoteleiras de Sergipe - SIH/SE.

Tais informações são amostrais e decorrem da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e no Boletim de Ocupação Hoteleira – B.O.H. – preenchidas por unidades hoteleiras no que diz respeito à taxa de ocupação, permanência média, fluxo turístico e pernoites gerados. Tais amostras não caracterizam o universo de equipamentos hoteleiros no município de Aracaju, tampouco das unidades cadastradas, e referem-se aos anos 2008, 2009 e 2010, conforme explicitado a seguir:

2008 – amostra realizada em 26 estabelecimentos hoteleiros, representando 16,56% do universo pesquisado (157 unidades cadastradas no Estado), equivalente a 36,59% da capacidade total instalada em termos de Unidades Habitacionais – UH;

2009 – amostra realizada em 29 estabelecimentos hoteleiros, representando 16,67% do universo pesquisado (174 unidades cadastradas no Estado), equivalente a 34,89% da capacidade total instalada em termos de Unidades Habitacionais – UH;

2010 – amostra realizada em 30 estabelecimentos hoteleiros, representando 16,85% do universo pesquisado (178 unidades cadastradas no Estado) equivalente a 35,98% da capacidade total instalada em termos de Unidades Habitacionais – UH;

O conjunto de dados e informações assim reunidos, resultantes de pesquisas em fontes primárias e secundárias, foi significativo e suficiente para a realização do diagnóstico da área turística em estudo; entretanto, uma parte das informações disponíveis são relativas ao turismo em Aracaju, município componente da porção central do Polo Costa dos Coqueirais e não ao Polo como um todo, que abrange mais 12 municípios.

Além desse fato, registra-se que a atual metodologia de coleta de dados dificulta a interpretação dos mesmos. A pesquisa feita pela Emsetur baseada nas fichas de registros de hóspedes fornecem informações sobre o responsável por seu preenchimento, muitas vezes restritas ao chefe da família.

Entende-se que a restrição imposta pela inexistência, em alguns quesitos, de séries históricas que abranjam o conjunto dos treze municípios que formam a área de estudo, possa ser superada, dado o cenário local, que tem na capital do Estado a porta de entrada para o turismo no Polo. Na realidade atual, nota-se que Aracaju concentra a quase totalidade dos estabelecimentos hoteleiros e dos serviços turísticos ofertados, ainda que os atrativos turísticos já consolidados ou potenciais se distribuam também pelos outros doze municípios integrantes do Polo.

Os turistas que acorrem a Sergipe têm em Aracaju a base de sua programação e adquirem ali pacotes turísticos de um dia ou menos, com destino, por exemplo, ao Delta do São Francisco, a Mangue Seco (BA), a São Cristóvão e Laranjeiras, dentre outros, fazendo com que sejam mínimos os pernoites fora da Capital. A carência de infraestrutura relativa ao saneamento básico, às vias de acesso, ao transporte, bem como a incipiente quantidade e qualidade dos equipamentos turísticos e dos serviços e prestados nos demais municípios fazem com que o turista que acessa os atrativos do Polo seja o mesmo que ocupa a rede

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hoteleira de Aracaju, fornecendo ali os dados que irão caracterizar o seu perfil, as suas expectativas e o seu grau de satisfação, alimentando as pesquisas realizadas na área do Polo.

Um banco de dados específicos, confiáveis e constantemente atualizados para o planejamento do turismo no Costa dos Coqueirais constitui necessidade premente, mas a validade das informações existentes na atualidade se impõe para a elaboração deste Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável.

4.1.1. Perfil Quantitativo dos Visitantes Atuais

De onde vêm os turistas

Na composição do fluxo de hóspedes em Aracaju destacam-se no mercado interno como principais emissores os estados da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, o próprio estado de Sergipe e o estado de Pernambuco. O destaque fica para o estado da Bahia, o maior emissor, com 29,54% em 2008, 35,10% em 2009 e 29,59 % em 2010, vindo em segundo lugar o estado de São Paulo com 15,29% em 2008, 13,46% em 2009 e 14,37% em 2010.

O número de hóspedes provenientes desses dois estados que acorreu a Aracaju apresentou aumento no comparativo entre 2008, 2009 e 2010, respectivamente: do mercado emissor da Bahia, 49.645, 62.563, embora tenha ocorrido em 2010 a diminuição para 60.927 hóspedes; do mercado emissor de São Paulo, 25.696, 23.993 e 29.581.

Do mercado emissor externo merecem destaque os seguintes países: Estados Unidos, Itália, Espanha, Alemanha, e Argentina em 2008. Em 2009 destacaram-se também a França, a Holanda e Portugal e em 2010 os cinco primeiros países emissores permaneceram Estados Unidos, Itália, Alemanha, França e Argentina.

Nos três anos consecutivos, os Estados Unidos ocuparam o primeiro lugar como mercado emissor, sendo: 2008 - 627 turistas e 17,00% sobre o total de hóspedes estrangeiros; 2009 - 564 turistas e 25,58% e 2010 – 591 turistas e 23,00%.

Tabela 9. Fluxo de Hóspedes em Aracaju segundo os Principais Mercados Emissores – 2008/2009/2010

2008

Mercado Emissor %

Mercado Emissor %

Interno - Jan A Dez /08 Externo - Jan A Dez /08

Bahia 49.645 29,54 EUA 672 17,00

São Paulo 25.696 15,29 Itália 402 10,17

Rio de Janeiro 16.433 9,78 Espanha 331 8,38

Sergipe 14.435 8,59 Alemanha 286 7,24

Pernambuco 14.269 8,49 Argentina 230 5,82

Alagoas 11.623 6,92 França 176 4,45

Minas Gerais 7.319 4,35 Portugal 162 4,10

Distrito Federal 6.709 3,99 Canadá 153 3,87

Rio Grande. do Norte 3.454 2,06 Holanda 131 3,31

Paraná 2.736 1,63 Noruega 80 2,02

Paraíba 2.495 1,48 Inglaterra 73 1,85

Ceará 2.491 1,48 Bélgica 71 1,80

Rio Grande do Sul 1.866 1,11 Peru 62 1,57

Goiás 1.022 0,61 Chile 55 1,39

Demais estados 7.878 4,69 Demais países 1.068 27,02

TOTAL 168.071 100,00 TOTAL 3.952 100,00

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2009

Mercado Emissor % sobre o Total

Mercado Emissor % sobre o Total Interno - Jan A Dez /09 Externo - Jan A Dez /09

Bahia 62.563 35,10 EUA 564 25,58

São Paulo 23.993 13,46 Holanda 224 10,16

Pernambuco 15.685 8,80 França 199 9,02

Rio de Janeiro 13.898 7,80 Itália 195 8,84

Alagoas 13.056 7,32 Portugal 165 7,48

Sergipe 11.881 6,67 Argentina 156 7,07

Distrito Federal 8.326 4,67 Alemanha 137 6,21

Minas Gerais 7.171 4,02 Suécia 63 2,86

Paraná 2.531 1,42 Suíça 42 1,90

Rio Grde. do Norte 2.459 1,38 Bélgica 42 1,90

Paraíba 2.366 1,33 Canadá 41 1,86

Goiás 1.922 1,08 Espanha 31 1,41

Rio Grande do Sul 1.870 1,05 China 31 1,41

Ceará 1.340 0,75 Japão 25 1,13

Demais estados 9.184 5,15 Demais países 290 13,15

TOTAL 178.245 100,00 TOTAL 2.205 100,00

2010

Mercado Emissor %

Mercado Emissor %

Interno - Jan A Dez /10 Externo - Jan A Dez /10

Bahia 60.927 29,59 EUA 591 23,00

São Paulo 29.581 14,37 Itália 310 12,06

Pernambuco 17.954 8,72 Alemanha 296 11,52

Rio de Janeiro 15.544 7,55 França 204 7,94

Alagoas 15.452 7,51 Argentina 199 7,74

Sergipe 14.650 7,11 Holanda 153 5,95

Distrito Federal 10.769 5,23 Portugal 115 4,48

Minas Gerais 8.029 3,90 Bélgica 109 4,24

Paraíba 3.826 1,86 Canadá 64 2,49

Paraná 3.275 1,59 Suíça 63 2,45

Rio Gde.do Norte 3.267 1,58 Espanha 61 2,37

Rio Grande do Sul 3.073 1,49 Inglaterra 54 2,10

Goiás 2.914 1,42 Chile 43 1,67

Ceará 2.899 1,41 Noruega 40 1,56

Demais estados 13.741 6,67 Demais países 268 10,43

TOTAL 205.901 100,00 TOTAL 2.570 100,00

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H

Page 60: polo costa dos coqueirais

38

Gráfico 3. Proveniência dos Hóspedes do Mercado Emissor Interno - Aracaju - 2010

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H

Pela Tabela 10, a seguir, observa-se que o número de hóspedes provenientes do mercado interno aumentou cerca de 18% entre 2008 e 2010; já o numero de hóspedes vindos de outros países decresceu em 35% de 2008 para 2010. Ainda assim, o número total de hóspedes aumentou, no mesmo período, de 172.000 para 208.000 aproximadamente.

Tabela 10. Fluxo de Total de Hóspedes em Aracaju – Mercados Emissores Interno e Externo – 2008/2009/2010

Número de Hóspedes

Mercado Interno Mercado Externo Total

2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010

168.071 178.245 205.901 3.952 2.205 2.570 172.023 180.450 208.471

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira - B.O.H.

O fluxo de hóspedes em Aracaju, considerado o seu local de residência, é majoritariamente intra-regional (Região Nordeste), com 57,21% sobre o total em 2008, 59,98% em 2009 e 56,00% em 2010, onde o estado da Bahia permanece em primeiro lugar nos três anos considerados e 29,23% sobre o total dos estados emissores. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais (Região Sudeste) aparecem em segundo lugar, com 28% em 2010, conforme Tabela 11 a seguir.

Tabela 11. Fluxo de Hóspedes segundo Local de Residência Permanente- Aracaju - 2008 a 2010

Residência Permanente 2008 2009 2010

No. % N

o. % N

o. %

Bahia 49.645 28,86 62.563 34,67 60.927 29,23

São Paulo 25.696 14,94 23.993 13,30 29.581 14,19

Rio de Janeiro 16.433 9,55 15.685 8,69 17.954 8,61

Sergipe 14.435 8,39 13.898 7,70 15.544 7,46

Pernambuco 14.269 8,29 13.056 7,24 15.452 7,41

Alagoas 11.623 6,76 11.881 6,59 14.650 7,03

Minas Gerais 7.319 4,25 8.326 4,61 10.769 5,17

Distrito Federal 6.709 3,90 7.171 3,97 8.029 3,85

Rio Grande do Norte 3.454 2,01 2.530 1,40 3.826 1,83

BA 29%

SP 14%

PE 9%

RJ 7%

AL 7%

SE 7%

DF 5% MG

4% PB 2%

PR 2%

RN 2%

RS 2%

GO 1%

CE 1%

Demais Estados 8%

Page 61: polo costa dos coqueirais

39

Residência Permanente 2008 2009 2010

No. % N

o. % N

o. %

Paraná 2.736 1,59 2.459 1,36 3.275 1,57

Paraíba 2.495 1,45 2.366 1,31 3.267 1,56

Ceará 2.491 1,45 1.922 1,07 3.073 1,48

Rio Grande do Sul 1.866 1,08 1.870 1,04 2.914 1,40

Goiás 1.022 0,59 1.340 0,74 2.899 1,39

Demais Estados 11.830 16,43 11.389 6,31 16.311 7,82

Total 172.023 100,00 180.450 100,00 208.471 100,00

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira - B.O.H.

Tabela 12. Fluxo de Hóspedes segundo Local de Residência Permanente- Aracaju - 2008 a 2010

Ano Fluxo Turístico Nacional Fluxo Turístico Internacional

Fluxo Turístico Total

2003 134.982 4.532 139.514

2004 147.656 4.315 151.971

2005 164.744 4.471 169.215

2006 152.014 6.093 158.107

2007 159.628 3.798 163.426

2008 168.071 3.952 172.023

2009 178.245 2.205 180.450

2010 205.901 2.570 208.471

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira - B.O.H., 2011.

Como os turistas chegam a Sergipe

O Aeroporto Santa Maria em Aracaju/SE está localizado na zona sul da capital sergipana distante 12 km do centro da cidade e é o único aeródromo público que recebe voos regulares no estado. Diariamente, cerca de 6 mil pessoas circulam pelo terminal e mais de 900 profissionais trabalham no complexo aeroportuário para atender uma média mensal de 60 mil passageiros e 14 voos diários .

Sua vocação principal está voltada para o atendimento aos executivos e turistas que buscam o Estado de Sergipe para negócios e lazer, complementada pelas operações diárias de helicópteros, transportando funcionários para as plataformas de petróleo, localizadas no litoral de Sergipe e Alagoas.

Segundo o Anuário Estatístico da Infraero, elaborado em 2012, o movimento de passageiros embarcados e desembarcados no Aeroporto Santa Maria – Aracaju, apresentou um crescimento acumulado, de 2008 a 2011, acima de 40%, como demonstra a Tabela 13 a seguir.

Tabela 13. Movimento Anual de Passageiros Embarcados e Desembarcados no Aeroporto de Aracaju – Voos Regulares – 2008-2011.

Ano Número de Passageiros Embarcados e

Desembarcados

Variação %

2008 622.494 -

2009 697.174 10,72

2010 912.420 23,60

2011 1.071.702 14,87

Fonte: Anuário Estatístico da Infraero – 2012

O número de passageiros desembarcados no mesmo Aeroporto em 2008, Tabela 14, foi de 334.697. A sua distribuição pelos meses de Janeiro a Dezembro demonstrou maior

Page 62: polo costa dos coqueirais

40

movimento no mês de janeiro e no mês de maio. Os outros meses da temporada de verão também tem expressividade. No mês de junho o número de passageiros desembarcados também é significativo, talvez em função das festas juninas, e nos demais meses a distribuição do movimento é menor.

Tabela 14. Passageiros Desembarcados no Aeroporto de Aracaju – Por Mês - Voos Regulares Domésticos 2008 a 2011

Meses Número de Passageiros Desembarcados

Janeiro 35.350

Fevereiro 25.152

Março 28.505

Abril 30.015

Maio 31.402

Junho 29.306

Julho 26.770

Agosto 22.792

Setembro 22.997

Outubro 26.263

Novembro 26.070

Dezembro 30.045

TOTAL 334.667

Fonte: Anuário Estatístico da Infraero - 2009

Os dados apresentados na Tabela 15 e no Gráfico 4 a seguir corroboram a supremacia do transporte aéreo perante os demais modos de transporte para acesso a Aracaju. Os percentuais de utilização do avião pelos hóspedes da rede hoteleira da capital do estado alcançaram 27,50% em 2008, 21,79% em 2009 e 24,33% em 2010, enquanto o automóvel, ocupando o segundo lugar, representou 24,74% em 2008, baixando para 13,94% em 2009 e retornando para 21,91% em 2010. O transporte por ônibus foi o penúltimo menos utilizado, dadas as distâncias a percorrer da cidade de origem até Aracaju, mesmo para aqueles que vêm das outras capitais da região nordeste. Quanto ao ínfimo percentual daqueles que utilizam o transporte hidroviário (fluvial) tal fato se justifica na medida em que o estado de Sergipe não possui portos fluviais ou marítimos de passageiros de maior porte, sendo este transporte por barco próprio para cidadãos sergipanos que residem próximo à capital.

Na Tabela 15 e Gráfico 4 nota-se que é grande o percentual de hóspedes que, ao preencher a FNRH, deixaram de responder sobre o meio de transporte utilizado, prejudicando os resultados da pesquisa; mesmo assim, a interpretação dos demais dados continuou possível.

Tabela 15. Fluxo de Hóspedes segundo o Meio de Transporte Utilizado para Acesso a Aracaju – 2008 a 2010

Meio De Transporte 2008 2009 2010

No. % No. % No. %

Avião 47.308 27,50 39.325 21,79 50.741 24,33

Automóvel 42.550 24,74 25.150 13,94 45.668 21,91

Ônibus/Trem 9.308 5,41 6.015 3,33 8.976 4,31

Navio/Barco 393 0,23 361 0,20 596 0,29

Não informou 72.464 42,12 109.599 60,74 102.490 49,16

TOTAL 172.023 100,00 180.450 100,00 208.471 100,00

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira-B.O.H.-2010

Page 63: polo costa dos coqueirais

41

Gráfico 4. Fluxo de Hóspedes segundo o Meio de Transporte Utilizado para Acesso a Aracaju - 2010

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira-B.O.H.-2010

Quantos são, quando vêm e por quanto tempo permanecem os turistas

O fluxo turístico nacional para Aracaju apresentou variações anuais pequenas entre 2005 e 2009. Entre 2009 e 2010 apresentou crescimento de 15,5%. Entre julho de 2010 e julho de 2011 o crescimento foi da ordem de 20,77%. O índice de crescimento do fluxo turístico mais significativo entre 2010 e 2011 foi nos meses de junho (13,79%) e de julho (20,77%), mês de festas juninas e outras manifestações folclóricas da região e mês de férias, conforme demonstram a Tabela 16 e o Gráfico 5, a seguir.

Tabela 16. Fluxo Turístico Nacional - Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011

Mês Fluxo Turístico Nacional Variação

2010/2011 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Janeiro 20.722 17.738 17.781 18.683 19.352 24.552 25.462 3,71

Fevereiro 11.601 12.030 11.111 13.035 11.544 14.582 15.224 4,40

Março 13.260 12.529 11.954 13.248 12.889 16.713 16.053 -3,95

Abril 12.532 12.171 12.079 12.460 10.873 16.444 17.253 4,91

Maio 12.697 12.539 11.778 11.770 13.162 15.348 15.493 0,94

Junho 13.551 12.667 14.210 15.540 14.469 17.300 19.686 13,79

1º Sem. 84.363 79.674 78.913 84.736 82.289 104.939 109.171 4,03

Julho 15.695 12.481 13.747 13.716 16.627 15.919 19.226 20,77

Agosto 11.652 10.622 12.152 12.405 13.084 14.614 - -

Setembro 12.415 11.598 12.917 13.331 14.734 16.279 - -

Outubro 14.020 12.016 14.436 13.797 17.673 17.738 - -

Novembro 13.451 11.671 13.697 14.540 16.415 18.214 - -

Dezembro 13.148 13.952 13.766 15.546 17.423 18.198 - -

2º Sem. 80.381 72.340 80.715 83.335 95.956 100.962 - -

TOTAL ANUAL

164.744 152.01

4 159.628 168.071 178.245 205.901 - -

Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis

* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

Automóvel 24,34%

Avião 21,91%

Onibus/Trem 4,31%

Navio/barco 0,29%

Não informou 49,16%

Page 64: polo costa dos coqueirais

42

Gráfico 5. Fluxo Turístico Nacional - Aracaju- 2005 a 2011

Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis

* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

O fluxo turístico de estrangeiros, em seu total, apresentou-se irregular entre 2005 e 2011, com um total de 4.741 turistas em 2005, crescendo cerca de 28% em 2006 e decrescendo em 37% de 2006 para 2007. O decréscimo foi maior em 2009, para chegar em 2010 com cerca de 46% a menos no quantitativo de turistas estrangeiros com relação ao ano de 2005.

Fatores a serem investigados com precisão fizeram o quantitativo de estrangeiros reduzir em 60,16% no mês de janeiro de 2010 comparado com janeiro de 2011. No entanto, nos demais meses do ano, o fluxo de turistas estrangeiros cresceu enormemente, chegando a índices positivos de 183%, comparando o mês de abril de 2010 com o mesmo mês em 2011 e, da mesma forma, os meses de maio (crescimento de 176%), junho (crescimento de 256%) e julho, com 215% a maior, comparados os meses de julho de 2010 e julho de 2011. Tabela 17 e Gráfico 6, a seguir.

Tabela 17. Fluxo Turístico Estrangeiros – Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011

Mês Fluxo Turístico De Estrangeiros Variação

2010/2011 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Janeiro 772 787 400 416 421 527 210 -60,16

Fevereiro 364 343 361 296 261 255 373 46,27

Março 527 453 318 377 218 174 233 33,91

Abril 246 590 384 240 166 109 309 183,49

Maio 251 360 216 181 157 122 337 176,23

Junho 359 435 179 290 164 152 542 256,58

1º Semestre 2.519 2.968 1.858 1.800 1.387 1.339 2.004 49,66

Julho 319 333 166 436 320 146 461 215,75

Agosto 472 325 204 339 193 329 - -

Setembro 235 238 230 515 19 116 - -

Outubro 354 472 337 257 0 126 - -

Novembro 409 729 437 307 92 160 - -

Dezembro 433 1.028 566 298 194 354 - -

2º Semestre 2.222 3.125 1.940 2.152 818 1.231 - -

TOTAL ANUAL 4.741 6.093 3.798 3.952 2.205 2.570 - -

Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis * Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

164.744 152.014 159.628 168.071

178.245

205.901

128.397*

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Page 65: polo costa dos coqueirais

43

Gráfico 6. Fluxo Turístico Estrangeiros - Aracaju - 2005 a 2011

* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis

A taxa de ocupação hoteleira constitui outro meio para a verificação do fluxo de turistas na área de estudo, ainda que não seja nela abrangido o total de turistas, dado que parte deles busca alojar-se em casas de parentes e amigos e outros não pernoitem nos municípios visitados, seguindo viagem no mesmo dia.

A rede hoteleira do Polo Costa dos Coqueirais concentra-se em Aracaju. Enquanto Aracaju possui instalados 43 hotéis, 88 pousadas e um camping, totalizando 132 estabelecimentos, nos outros municípios do Polo existem 6 hotéis e 26 pousadas, sobre as quais inexistem dados para cálculo da taxa de ocupação pois, via de regra, não é exigido dos hóspedes o preenchimento da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes.

Por sua vez, a taxa de ocupação hoteleira no município de Aracaju, de 2005 a 2011 demonstrou oscilação pouco significativa ao longo desses anos, raramente ficando abaixo de 50%. A maior taxa é observada no mês de janeiro, quando vem se mantendo entre 75 e 80%. Nos demais meses esta taxa reduz-se para índices de aproximadamente 50 a 60%. A taxa de ocupação do mês de janeiro manteve-se estável, com 77%, nos meses de janeiro de 2010 e 2011. Comparando os dados de julho de 2010 e julho de 2011 tem-se a maior variação observada, qual seja, de 13,72%.

Tabela 18. Taxa de Ocupação Hoteleira – Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011

Mês % de Ocupação Hoteleira Variação

2010/2011 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Janeiro 77,7 81,9 72,6 74,1 78,5 77,0 77,0 0,00

Fevereiro 56,9 63,8 56,1 59,9 59,9 50,8 53,3 4,92

Março 55,8 62,5 54,7 58,6 50,8 49,7 48,5 -2,42

Abril 54,4 62,0 56,1 59,4 47,3 53,9 50,1 -7,06

Maio 50,5 62,5 62,4 49,9 42,9 44,3 44,1 -0,46

Junho 54,1 57,6 61,9 63,8 52,1 53,1 53,8 1,32

1º Semestre 58,2 65,1 60,6 61,0 55,3 54,8 54,5 -0,61

Julho 61,4 62,5 59,4 60,2 53,1 50,3 57,2 13,72

Agosto 50,0 55,2 50,6 53,2 43,8 47,2 - -

Setembro 53,6 63,9 54,9 59,6 49,2 58,2 - -

Outubro 60,5 57,7 57,5 57,4 56,3 57,0 - -

Novembro 61,1 57,4 62,4 62,4 56,2 60,5 - -

Dezembro 62,6 57,2 55,9 56,4 52,7 56,7 - -

2º Semestre 58,2 59,0 56,8 58,2 51,9 55,0 56,0 -

Total Anual 58,2 62,0 58,7 59,6 53,6 54,9 55,2 - * Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis

4.741 6.093

3.798 3.952

2.205 2.570 2.465*

0

2.000

4.000

6.000

8.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Page 66: polo costa dos coqueirais

44

Gráfico 7. Taxa de Ocupação Hoteleira em Aracaju - 2005 a 2011

* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis

A permanência média do turista nos meios de hospedagem de Aracaju no período de 2007 a 2010 é tratada na Tabela 19, a seguir. Durante este período, a menor taxa de permanência média foi verificada em agosto de 2007 (2,36 dias) e a maior em fevereiro de 2009 (3,35 dias). Ainda que se possa observar certa variação da permanência média nos anos e meses considerados, tal variação não parece significativa, com exceção dos meses de janeiro e fevereiro dos anos de 2009 e 2010, época de férias de verão, quando a permanência média ultrapassa os três dias. Tal tendência de crescimento não impactou, entretanto, os outros meses e anos.

Note-se que a tendência de crescimento do fluxo de turistas e da taxa de ocupação hoteleira não tem correspondido ao aumento do tempo de permanência do turista na cidade. O número de turistas vem crescendo ao longo dos anos, embora o tempo de permanência se mantenha, com exceção do incremento verificado em janeiro de 2009 e 2010.

Tabela 19. Permanência Média nos Meios de Hospedagem – Aracaju – 2007 a 2010

Permanência Média (dias) – 2007-2008

Mês 2007 2008 2009 2010 Variação

2007/2008 Variação

2008/2009 Variação

2009/2010

Janeiro 2,80 2,76 3,21 3,18 -1,43 16,30 -0,31

Fevereiro 2,89 2,76 3,35 2,90 -4,50 21,38 -13,43

Março 2,67 2,55 2,78 2,68 -4,49 9,02 -3,60

Abril 2,71 2,67 2,81 2,88 -1,47 5,24 2,49

Maio 2,93 2,77 2,64 2,41 -5,46 (4,69) -8,71

Junho 2,74 2,58 2,88 2,71 -5,84 11,63 -5,90

Julho 2,77 2,82 2,74 2,78 1,81 (2,84) 1,46

Agosto 2,36 2,56 2,87 2,45 8,47 12,11 -14,63

Setembro 2,52 2,57 2,76 2,79 1,98 7,39 1,09

Outubro 2,41 2,42 2,74 2,66 0,41 13,22 -2,92

Novembro 2,54 2,80 2,90 2,61 10,24 3,57 -10,00

Dezembro 2,43 2,66 2,84 2,75 9,47 6,77 -3,17

Média 2,65 2,66 2,88 2,76 0,38 8,27 -4,06

Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira-B.O.H.-2010

58,2

62,0

58,7 59,6

53,6

54,9 55,2*

48,0

50,0

52,0

54,0

56,0

58,0

60,0

62,0

64,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Page 67: polo costa dos coqueirais

45

A permanência média é medida a partir de Aracaju, onde o turista se hospeda e pernoita para visitar a Capital e acessar os atrativos turísticos do Polo Costa dos Coqueirais, ou mesmo do Polo Velho Chico. Neste caso, inexistem dados atualizados que permitam precisar o tempo de permanência média na Capital e nos demais doze municípios do Polo, ainda que todos façam parte da mesma área turística.

A variação da taxa de permanência se deve à soma de alguns fatores reconhecidos como de influência direta sobre o movimento turístico, sendo eles: o grau de atratividade dos produtos do Estado e também o grau de interesse do mercado nesses produtos, baseados principalmente na relação entre custo e benefício quando da escolha do destino - Aracaju e, a partir daí, produtos do Estado, que concorre com diversos outros destinos consolidados do Nordeste do Brasil, como Salvador, Maceió, Recife e João Pessoa. O outro fator preponderante é o crescimento econômico ou a estagnação econômica internacional, nacional ou no próprio Estado, que afeta relações de turismo de negócios, investimentos em turismo para o crescimento da oferta, dentre outras melhorias estruturantes.

Observa-se que, no caso de Sergipe, a competitividade com outros destinos próximos sempre foi um importante gargalo para o desenvolvimento turístico, acompanhado do incipiente investimento em infraestrutura de apoio e turística – hoteleira, restaurantes e atrativos, eventos, sinalização turística, e também à falta de profissionais qualificados para o mercado local, principalmente nos demais municípios além de Aracaju, aliada a certa estagnação econômica ocorrida entre os anos de 2007 e 2008. A partir de então, o crescimento observado da permanência média pode ser atribuído, dentre outros fatores, aos investimentos realizados para a melhoria da infraestrutura turística em Aracaju, à ativação crescente do turismo de negócios e eventos, inclusive em consequência do incremento significativo da produção minero-química, uma das mais importantes fontes de recursos do Estado.

O número de pernoites gerados nas unidades hoteleiras de Aracaju é outra informação que se correlaciona ao fluxo de turistas e ao tempo de sua permanência na cidade e no Polo Costa dos Coqueirais. Conforme se verifica na Tabela 20 e no Gráfico 8, a seguir, o número de pernoites gerados nos meses de fevereiro a dezembro de 2005 a 2009 oscilou entre os meses e anos, sem, entretanto, apresentar grande disparidade, digna de destaque. Nos anos de 2011 e 2012 é que as variações se impõem com mais força, com maior destaque, mais uma vez, para o mês de janeiro, quando, de 2009 para 2011 houve um crescimento de 22,69% no número de pernoites. Novamente se destaca o mês de junho, com aumento de 14,67% de 2009 para 2011, e também o mês de julho, com variação de 19,78% no mesmo período.

Considerando o total de pernoites no primeiro semestre dos anos 2005 a 2011, tem-se um aumento de 31,53%. Ao final do ano, no período de 2005 a 2010, esse crescimento é reduzido para 27,82%, continuando ainda significativo.

Tabela 20. Pernoites Gerados em Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011

Mês Número de Pernoites Variação

2011/2010 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Janeiro 71.307 61.287 57.379 60.220 72.522 90.511 88.980 -1,69

Fevereiro 39.012 42.343 37.342 40.200 45.463 49.053 51.376 4,74

Março 37.061 45.795 35.767 37.499 40.828 48.195 50.018 3,78

Abril 35.785 43.684 36.591 36.764 34.001 51.389 48.706 -5,22

Maio 34.516 43.858 39.299 36.557 38.533 42.158 43.318 2,75

Junho 36.869 39.478 42.750 43.487 45.718 50.446 52.428 3,93

1º Sem. 254.550 276.445 249.128 254.727 277.065 331.752 334.826 0,93

Julho 46.668 46.134 43.579 43.047 49.671 48.131 59.499 23,62

Agosto 34.663 34.690 31.435 36.238 43.089 39.987 - -

Setembro 36.922 38.821 35.448 37.915 43.668 52.338 - -

Page 68: polo costa dos coqueirais

46

Mês Número de Pernoites Variação

2011/2010 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Outubro 41.650 39.697 37.906 38.858 52.127 50.071 - -

Novembro 40.384 34.531 37.931 44.537 52.463 52.232 - -

Dezembro 37.536 42.499 37.745 44.446 53.583 54.889 - -

2º Sem. 237.823 236.372 224.044 245.041 294.601 297.648 - -

Total Anual 492.373 512.817 473.172 499.768 571.666 629.400 - -

Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis * Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

Gráfico 8. Número de Pernoites Gerados em Aracaju- 2005 a 2011

* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis

Dados relativos a 2008 resultantes de pesquisa realizada pela Emsetur dão conta do percentual de pernoites naquele ano nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais resultantes de atividades turísticas realizadas na área turística. Ainda que os dados não sejam atuais, pode-se, por meio deles, realizar análises importantes. Esses dados são apresentados na Tabela 21, a seguir.

O município de Aracaju concentrava, em 2008, 36,20 % dos pernoites, enquanto os demais municípios do Polo somavam 19,62%.

Tabela 21. Porcentagem de Pernoites Resultantes de Atividades Turísticas nos Municípios do Polo Costa dos Coqueirais - 2008

Municípios % de Pernoites

Polo Costa dos Coqueirais 58,30

Aracaju 36,20

Estância 8,00**

- Estância/ Praia do Abais (6,50)*

Barra dos Coqueiros 3,90

- Barra dos Coqueiros/Atalaia Nova (0,20)*

Itaporanga d’Ajuda 3,30

- Itaporanga d’Ajuda/Praia da Caueira (2,80)*

Pirambu 1,90

Laranjeiras 1,40

São Cristóvão 1,40

Nossa Senhora do Socorro 0,90

Indiaroba 0,80**

492.373 512.817 473.172 499.768

571.666 629.400

394.325*

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

Total Anual

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Page 69: polo costa dos coqueirais

47

Municípios % de Pernoites

Santa Luzia do Itanhy 0.30**

Brejo Grande 0,20

Pacatuba -

Santo Amaro das Brotas -

* O quantitativo de pernoites entre parêntesis refere-se a um determinado local no âmbito de um município e foi

somado ao quantitativo geral do município correspondente.

** Ao % de pernoites nos municípios de Estância, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy foram acrescidos 0,30%

relativos à distribuição equitativa dos 0,90% dos turistas que ali pernoitaram em função de visitas a Mangue Seco –

Estado da Bahia. Tais municípios sergipanos são as entradas mais comumente utilizadas pelos turistas ao povoado

de Mangue Seco, a partir de Aracaju.

Fonte: Emsetur e Única Pesquisas, 2008. Informações reorganizadas para este estudo.

Por meio da mesma pesquisa verifica-se que, do total do Estado, 14,20% correspondem a pernoites realizados nos municípios do Polo Velho Chico no ano de 2008. Desta forma, somando-se os percentuais correspondentes aos municípios do Polo Costa dos Coqueirais aos municípios do Polo Velho Chico, tem-se 72,5 dos pernoites gerados no Estado. Os demais 27,5% equivaleriam aos pernoites nos demais municípios do estado de Sergipe ou mesmo fora dele.

O índice de pernoites gerados nos Polos Velho Chico e Costa dos Coqueirais indica a importância dessas áreas turísticas em relação às demais existentes no estado. Não é possível, entretanto, vincular o percentual de pernoites à ocupação hoteleira e nem à qualidade dos serviços da rede hoteleira nessas áreas, na medida em que os pernoites incluem turistas que se hospedaram em casas de parentes e em casas alugadas para temporadas, dentre outros locais.

Note-se, por fim, na Tabela 21, que a Praia do Abais, em Estância, Atalaia Nova, em Barra dos Coqueiros e Caueira, em Itaporanga d’Ajuda destacaram-se, ainda que com pequenos percentuais, no quadro dos pernoites gerados no Polo Costa dos Coqueirais, demonstrando o seu potencial para incremento do turismo.

4.1.2 Perfil Qualitativo dos Segmentos/Visitantes Atuais

A segmentação turística baseia-se no princípio de que os mercados turísticos são compostos por compradores com preferências diversas, mas passíveis de serem agrupados de acordo com certas características homogêneas quanto a gostos e preferências. Essa base conceitual está relacionada às características da localidade turística (no caso, o Polo Costa dos Coqueirais) e à motivação da viagem.

A relevância de compreender o perfil do turista que visita o Estado vem da necessidade de se identificar qual é o público que atualmente pode ser fidelizado ou captado e direcionado para o Polo. A partir desse conhecimento é possível orientar a iniciativa privada e as ações concernentes à iniciativa governamental para atingir o público-alvo ou, ainda, identificar se é necessário captar outros perfis de público para incrementar o movimento turístico especificamente para o Polo, desde que observados os condicionantes de sustentabilidade dessas ações.

A partir dos dados constantes dos Gráficos e Tabelas a seguir busca-se traçar o perfil dos visitantes atuais da área turística estudada.

Para tal caracterização foram considerados os dados mais recentes constantes na Pesquisa de Demanda Turística, realizada em janeiro de 2011 por iniciativa da Emsetur, em que foi avaliado o grau de satisfação referente aos atrativos turísticos locais, aos equipamentos e serviços turísticos e à infraestrutura e serviços públicos, bem como o perfil do turista de Sergipe. São ainda referidas as pesquisas relativas a Aracaju, de 2008 a 2010, também em período de alta temporada, igualmente realizadas por iniciativa da Emsetur com base na

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48

Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e no Boletim de Ocupação Hoteleira - B.O.H.

Quem é o Turista Atual

Para caracterização do perfil atual do turista são considerados os seguintes fatores:

Gênero;

Faixa etária;

Estado civil;

Profissão exercida;

Ocupação;

Renda;

Escolaridade;

Motivo da Viagem;

Companhias na viagem;

Meio de hospedagem;

Utilização de agências de viagens.

Quanto ao gênero, dentre os turistas predominam os de sexo masculino, numa incidência crescente nos anos de 2008, 2009 e 2010 (respectivamente 73,89%, 75,67% e 77,04%). Tabela 22 e Gráfico 9.

Tabela 22. Fluxo de Hóspedes conforme o Gênero - Aracaju - 2008 a 2010

Gênero 2008 2009 2010

No. % No. % No. %

Masculino 127.102 73,89 136.546 75,67 160.605 77,04

Feminino 44.921 26,11 43.904 24,33 47.866 22,96

Total 172.023 100,00 180.450 100,00 208.471 100,00

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010

Gráfico 9. Fluxo de Hóspedes conforme o Gênero - Aracaju – 2010

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010

A caracterização do perfil do turista do estado de Sergipe, de acordo com a Pesquisa de Demanda Turística realizada em janeiro de 2011, no entanto, demonstra que 50,7% são do sexo masculino. Nota-se uma considerável mudança do perfil neste quesito, quando comparado com as informações resultantes das fichas de registro de hóspedes, que apresentavam índices de 73,9%, 75,7% e 77,1%, respectivamente aos anos de 2008, 2009 e 2010, Tabela 23.

Masculino 77,04%

Feminino 22,96%

Page 71: polo costa dos coqueirais

49

Tabela 23. Identificação dos Turistas por Gênero - Aracaju – Janeiro 2011

Gênero No. %

Masculino 355 50,7

Feminino 345 49,3

Total 700 100

Fonte: Emsetur - Única Soluções.

A faixa etária dos turistas que visitaram Aracaju nos anos de 2008, 2009 e 2010 situou-se predominantemente entre 26 a 30 anos, seguida das faixas entre 31 a 35 anos e de 36 a 40 anos. Tabela 24 e Gráfico 10.

Tabela 24. Fluxo de Hóspedes segundo a Faixa Etária – Aracaju - 2008 a 2010

Faixa Etária 2008 2009 2010

No. % No. % No. %

Menos de 20 2.197 1,28 2.068 1,15 2.127 1,02

21 a 25 9.761 5,67 8.516 4,72 11.966 5,74

26 a 30 20.139 11,71 19.182 10,63 22.483 10,78

31 a 35 19.433 11,30 17.225 9,55 19.708 9,45

36 a 40 19.272 11,20 16.709 9,26 17.942 8,61

41 a 45 17.870 10,39 16.065 8,90 17.180 8,24

46 a 50 15.656 9,10 15.284 8,47 16.670 8,00

51 a 55 12.935 7,52 11.521 6,38 15.249 7,32

56 a 60 9.080 5,28 8.089 4,48 10.544 5,06

Acima de 60 45.531 26,46 65.634 36,46 72.513 34,78

Faixas Etárias não informadas

149 0,09 158 0,09 2.089 1,00

Total 172.023 100,00 180.450 100,00 208.471 100,00

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.

Tomando como referência a ano de 2010, tem-se que 10,78% estão na faixa de 26 a 30 anos e 9,45% na faixa de 31 a 35 anos, somando 20,23%. Nestas faixas encontram-se pessoas que tendem a optar pelo ecoturismo e pelo turismo de aventura, enquanto que nas faixas de 36 a 40, de 41 a 45, de 46 a 50 anos e de 51 a 55 anos, que totalizam 32,17%, encontram-se pessoas com estabilidade profissional e financeira que se encaixam, tanto no perfil de turistas de negócios, quanto no de lazer. Estas faixas são as que mais interessam às características de oferta do Polo Costa dos Coqueirais. Até o ano de 2010 foi expressivo o aumento do número de turistas com baixa etária até 60 anos – a faixa etária com o maior número de turistas de 2008 a 2011. Entretanto, os dados relativos a janeiro de 2011 demonstram que os maiores percentuais foram relativos às faixas etárias mais jovens, enquanto os da terceira idade aparecem em último lugar no quantitativo de turistas. Tal fato pode ser atribuído ao mês de realização da pesquisa – janeiro, alta temporada de verão, enquanto os mais velhos evitam as viagens de turismo nessa época.

Com distribuição até certo ponto equilibrada, aparecem outras duas faixas de interesse para captação, que incluem o turista jovem, entre 21 a 25 anos, que perfaz 5,7% dos turistas do Estado, e os de 56 a 60 anos e os acima de 60 anos, que representam 39,84 % do total, superando em muito a faixa jovem. Estes merecem atenção especial, envolvendo investimentos específicos para a formatação de produtos e a oferta de facilidades para o incremento do turismo no segmento.

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50

Apesar de todas as faixas serem significativas, potenciais e relativamente equilibradas, é necessário que se estabeleçam critérios para que, num primeiro passo de desenvolvimento, haja um público-alvo que responda a duas necessidades:

colaboração no desenvolvimento econômico da região, com a injeção de recursos no Polo; e

viabilidade econômica para o atendimento às necessidades de dada faixa, que abrange investimentos em capacitação gerencial e profissional, instalação de equipamentos e melhoria das estruturas turísticas e da infraestrutura básica, em curto, médio e longo prazo.

Para cada faixa etária e perfil socioeconômico, diferenciam-se as iniciativas de investimento. Enquanto o turista em plena atividade profissional, muitas vezes acompanhado de família, necessita de uma estrutura que permita acessibilidade, flexibilidade e conforto, mas que também possibilite otimizar os custos da viagem, ou seja, uma viagem mais organizada e objetiva, o turista jovem, por sua vez, busca alternativas econômicas dinâmicas e criativas para o seu lazer, com muito mais independência e despojamento. Já o turista com idade avançada necessita de certos rigores na qualidade do atendimento, que valorizem segurança, acessibilidade, saúde e conforto.

Pode-se, então, objetivar atingir todo o leque qualitativo do turista que chega ao Estado, potencialmente direcionável ao Polo, desde que o planejamento identifique em que momento o Polo estará pronto para atrair a entrada em seu mercado turístico de cada um dos perfis almejados (se no curto, médio ou longo prazo), para que todos se sintam atendidos e gratificados por suas experiências, fidelizando cada novo turista na cadeia do turismo.

Gráfico 10. Fluxo de Hóspedes segundo a Faixa Etária - Aracaju - 2010

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.

Quanto à faixa etária, em 2011 o maior índice, 24,1%, correspondia à faixa de 18 a 24 anos, seguida da faixa de 25 a 29 anos com 20%. Nos anos anteriores, a faixa etária predominantemente encontrava-se entre 26 a 30 anos (11,7%) em 2008, 10,6% em 2009 e 10,8 % em 2010. Nota-se, portanto, o aumento do quantitativo de jovens que vêm acessando o turismo no estado, conforme a abaixo.

menor que 20

21a25 5,74%

26a30 10,78%

31a35 9,45%

36a40 8,61%

41a45 8,24%

46a50 8,00%

51a55 7,31%

56a60 5,06%

Acima dos 60 34,78%

Idade não informada

1,00%

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51

Tabela 25. Identificação dos Turistas Segundo a Faixa Etária – Aracaju – Janeiro de 2011

Fonte: Emsetur - Única Soluções.

O perfil do turista com relação à profissão por ele exercida revela, de certa forma, considerados os dados de 2010 constantes da Tabela 26 e do Gráfico 11, a seguir, que as três profissões que apresentam maior percentual dizem respeito aos engenheiros, administradores e advogados. Os comerciantes, os tecnólogos, os gerentes e os consultores/assessores também se destacam nas posições seguintes, com o índice de levando à percepção de que o motivo das viagens deve vincular-se aos negócios, forte segmento em Aracaju.

Tabela 26. Fluxo de Hóspedes segundo a Profissão Exercida. Aracaju – 2008 a 2010

Principais Profissões 2008 2009 2010

No. % N

o. % N

o. %

Engenheiro 20.543 11,24 15.681 8,89 16.977 8,14

Administrador 7.918 4,32 10.233 5,79 11.772 5,65

Advogado 7.749 4,25 7.142 4,05 11.362 5,45

Professor Educação Básica 7.741 4,23 6.858 3,89 10.564 5,07

Empresário/Produtor de Espetáculos

7.021

3,84

6.783

3,84

10.088

4,84

Vendedor – Rep. Comercial 6.741 3,68 6.598 3,74 9.523 4,57

Comerciante 5.613 3,06 6.471 3,67 8.769 4,21

Gerente 5.031 2,75 6.065 3,44 8.043 3,86

Médico 4.412 2,41 4.627 2,62 7.234 3,47

Tecnólogo 3.820 2,10 4.524 2,56 6.524 3,13

Aposentado 3.389 1,85 4.130 2,34 5.715 2,74

Bancário- Economiário 2.540 1,38 4.104 2,33 5.559 2,67

Servidor Público 2.472 1,35 3.074 1,74 4.911 2,35

Estudante 2.448 1,34 2.964 1,68 4.120 1,98

Consultor/Assessor 2.146 1,17 2.146 1,22 3.161 1,51

Não informou 10.262 5,62 20.104 11,39 10.217 4,90

Demais Profissões 83.039 45,41 64.962 36,81 73.926 35,46

Total 182.885 100,00 176.466 100,00 208.465 100,00

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010

Faixa Etária No. %

18 a 24 168 24,1

25 a 29 139 20,0

30 a 39 135 19,4

40 a 49 125 18,0

50 a 59 82 11,8

60 e + 47 6,8

Total 696 100

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52

Gráfico 11. Principais Profissões dos Turistas - Aracaju - 2010

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010

O perfil qualitativo do turista que acorre ao estado de Sergipe é marcado pelo interesse em negócios, em primeiro lugar, com índice de 25,9% em 2010, seguido daquele que busca o lazer (23,8%). Tem preferência pela viagem aérea (49,1% em 2011) e pela viagem por ônibus, em segundo lugar (32,1% em 2011), em detrimento do automóvel, que vem em terceiro lugar.

O perfil do turista induzido pelo meio de acesso ao Estado pode levar às seguintes considerações:

a preferência pelo transporte aéreo remete, em geral, ao turismo de negócios e eventos e a pessoas de mais alto poder aquisitivo, provenientes dos mais diversos estados brasileiros; há que se considerar, entretanto que, se em anos anteriores esta afirmativa levava grande possibilidade de acerto, na atualidade com o acesso facilitado à passagem aérea, pelo seu preço e pelo parcelamento oferecido, tal não ocorre com certeza. Entretanto, pode-se ainda cogitar que os visitantes do estado residam em estados mais distantes, restando o transporte por ônibus para outros provenientes de áreas mais próximas, na própria região nordeste ou do próprio estado de Sergipe;

fatores econômicos ou de preferência induzem a opção de acesso pela via terrestre, o que pode delinear certas características de mobilidade e gasto desse turista potencial, também decisivas nas ações sobre o nível qualitativo das estruturas turísticas que devem ser desenvolvidas no Polo, caso esse turista seja o alvo desejável.

Dados de 2011 indicam que, quanto ao acompanhamento durante a viagem, o turista típico do estado de Sergipe tende a viajar com a família (40,5%); 39,2% viajam sozinhos, indicando coincidir com o motivo de negócios e eventos e 18,1% viajam com amigos, mantendo relativamente a mesma proporção nos anos anteriores.

Quanto ao meio de hospedagem, maioria significativa dos visitantes do estado (dados de 2011) remete para o perfil do turista atual que tem por hábito hospedar-se na casa de parentes e amigos (48,5%), enquanto 32,5% utilizam os serviços de hotéis e pousadas. Os que têm por hábito alugar casas e apartamentos para temporadas correspondem a 11,4%. Em 2011, segundo a Pesquisa o meio de hospedagem mais utilizado verificado foi em casa

Engenheiro 8,14%

Tecnólogo 5,65% Comerciante

5,45%

Outros - Nível Superior

5,07%

Administrador 4,84%

Servidor Público 4,57%

Advogado 4,21%

Empresário/ Produtor

3,86% Médico 3,47%

Vendedor 3,13%

Aposentado 2,74%

Supervisor 2,67%

Gerente 2,36% Estudante

1,98%

Bancário 1,52%

Não Sabe/não opinou 4,90%

Demais Profissões 35,46%

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53

de parentes/amigos com, seguido de Hotéis com 11,4% utilizaram casas/apartamentos alugados e 9% em pousadas.

Informações complementares também de 2011 trazidas pela pesquisa da demanda turística no estado de Sergipe indicam para o perfil dos turistas as seguintes características:

Estado civil: 45,5% solteiros e 45,5% casados;

Renda:

Tabela 27. Identificação dos Turistas: Renda. Aracaju – Janeiro de 2011

Renda – No. de Salários Mínimos No. %

Até 1 102 15,2

2 a 5 317 47,1

6 a 10 109 16,2

11 a 15 63 9,4

16 a 20 49 7,3

21 a 25 22 3,3

Mais de 25 11 1,6

Total 673 100

Fonte: Emsetur - Única Soluções.

Escolaridade:

Tabela 28. Identificação dos Turistas: Escolaridade. Aracaju - Janeiro de 2011

Escolaridade No. %

Básico 27 3,9

Fundamental 56 8,1

Ensino Médio 210 30,3

Superior incompleto 133 19,2

Superior graduado 221 31,8

Pós-Graduação 47 6,8

Total 694 100

Fonte: Emsetur - Única Soluções.

Ocupação:

Tabela 29. Identificação dos Turistas: Ocupação. Aracaju - Janeiro de 2011

Ocupação No. %

Assalariado com registro 202 29,3

Autônomo 41 6,0

Funcionário Público 93 13,5

Assalariado sem registro 32 4,6

Estudante 77 11,2

Aposentado/Pensionista 120 17,4

Dona–de-casa 62 9,0

Profissional Liberal 26 3,8

Empresário 30 4,4

Desempregado 06 0,9

Total 689 100

Fonte: Emsetur - Única Soluções.

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54

Meio de hospedagem utilizado:

A grande maioria dos visitantes não utilizava meio de hospedagem pago (71%) de acordo com análise realizada no PDITS 2001/2003. Em janeiro de 2011, mês de férias escolares de verão, o meio de hospedagem em casas de parentes ou amigos ainda imperava, com 48,5% em relação à hospedagem em hotéis, 23,5%. Observava-se, entretanto, queda acentuada na opção pela hospedagem em casa de parentes ou amigos.

Tabela 30. Identificação dos Turistas: Local de Hospedagem. Aracaju - Janeiro de 2011

Local de Hospedagem No. %

Casa parentes/amigos 314 48,5

Hotel 152 23,5

Casa/apto. aluguel 74 11,4

Pousada 58 9,0

Resort 16 2,5

Casa própria 15 2,3

Outra (Citar) 12 1,9

Pensão/hospedaria 6 0,9

Total 647 100

Fonte: Emsetur - Única Soluções.

Utilização de agências de viagens:

- 92% não utilizaram serviços de agências de viagens para organização da viagem e, dos 8% que utilizaram, 98,2% destinou-se à emissão de bilhetes de passagem e à reserva de hospedagem.

Motivos da Viagem

Os dados do PDITS 2001/2003 indicam que 89% dos turistas tinham o lazer como motivo de viagem. Em 2011 os motivos principais da viagem declarados foram o lazer (40,4%) e a visita a parentes e amigos (30,2%).

Ressalte-se que os dados constantes na Tabela a seguir foram coletados no mês de janeiro, ou seja, período de férias escolares de verão, o que, certamente, influenciou nos resultados obtidos.

Tabela 31. Identificação dos Turistas: Motivo da Viagem. Aracaju - Janeiro de 2011

Principal Motivo da Viagem No. %

Lazer 278 40,4

Visita parente/amigo 208 30,2

Negócio/Trabalho 67 9,7

Eventos, feiras e festivais 61 8,9

Congresso/Convenção 26 3,8

Saúde 15 2,2

Religião 15 2,2

Intercâmbio 10 1,5

Outro 8 1,2

Total 688 100

Fonte: Emsetur - Única Soluções.

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55

4.1.3. Comportamento e Hábitos de Informação e de Compra da Viagem -

De acordo com a Pesquisa de Demanda Turística no Estado de Sergipe – Emsetur - 2011, os fatores que influenciaram os turistas nacionais na opção pelo destino foram:

informações de parentes e amigos que já conheciam o local (27,0%);

conteúdos veiculados na Internet (10,1%) e

divulgação feita por meio de agências de viagem (4,2%).

Já os dados do Estudo da Demanda Turística Internacional (FIPE/MTur) demonstraram que as fontes de informação utilizadas para a decisão quanto à viagem do turista estrangeiros em 2010 foram: informações da Internet (30,9%); informações de amigos e parentes (28,4%), o que evidencia a importância assumida pela rede mundial de computadores a partir de 2009 no cenário internacional do turismo. As informações veiculadas por Agências de Viagens e as viagens corporativas, somadas, também assumem importância, com um total de 30,5% em 2010.

Tabela 32. Fonte de Informação para Decisão da Viagem - Demanda Turística Internacional 2004-2010

Fonte De Informação %

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Internet 26,8 19,9 19,9 24,4 27,6 30,1 30,9

Amigos e parentes 37,3 43,1 39,7 38,4 30,7 30,8 28,4

Viagem corporativa - negócios - 16,9 19,5 17,9 17,1 15,6 16,0

Agência de viagens 11,3 - 8,5 8,6 13,6 12,2 14,5

Guias turísticos impressos - 8,4 7,5 5,8 6,5 7,3 6,2

Feiras, eventos e congressos - - - 1,3 1,6 1,4 1,4

Folders e brochuras - 1,1 0,4 0,5 0,4 0,3 0,4

Outros 24,6 10,6 4,5 3,1 2,5 2,3 2,2

Fonte: Ministério do Turismo - MTur e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE

4.1.4. Composição do Gasto Turístico

No ano de 1998, os estudos indicavam que os gastos dos turistas brasileiros que visitaram Aracaju situaram-se na faixa de U$ 27 a U$ 80 de gastos por pessoa/dia, o que significava um valor médio de aproximadamente U$ 53 pessoa/dia. Transporte e alimentação eram os itens que mais pesavam, respectivamente 33 e 31% do total, enquanto hospedagem ficava com 6,5% dos gastos efetivados, pois era menor a parcela dos turistas que usava meio pago de hospedagem. Os gastos médios diários realizados pelos turistas em Aracaju estavam abaixo do padrão da região nordeste, que variava de U$ 67. Os turistas que acessavam o estado de Sergipe eram, predominantemente, das classes econômicas B e C (pesquisa FIPE– Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas –Estudo Mercado Doméstico Turismo de Sergipe – 1998).

Os dados de 2003 indicaram que os visitantes eram provenientes de classes econômicas mais privilegiadas, com quase 50% ganhando mais do que 10 salários mínimos.

Em 2003, estudos realizados pela Emsetur indicavam que o gasto médio diário do turista estava na faixa de U$ 67 por pessoa dia, incluindo hospedagem (equivalente a - U$ 47), que representava cerca de 70% do total.

De acordo com o panorama descrito pela Pesquisa de Demanda Turística de 2009, realizada pela Emsetur, a composição dos gastos turísticos apresentavam-se como se segue:

A composição dos gastos turísticos é vista, na Tabela a seguir, a partir das principais motivações de viagem. Dela depreende-se que a maior renda média situa-se no turista que

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56

acessa o estado por motivo de negócios/trabalho, seguida daqueles que vêm participar de eventos. A maior permanência média no estado é do turista que busca o lazer, que também tem a maior média de dependentes – 2,11.

O gasto médio do turista que viaja a negócios/trabalho é significativamente maior que os demais (R$ 471,20). Tal diferença liga-se ao fato de tais gastos serem cobertos por recursos corporativos, ou seja, não estão condicionados ao poder de consumo do próprio turista e sim dependem das regras de despesas com viagens adotadas pela empresa, que em geral são mais maleáveis. Vê-se que o gasto médio per capita é também significativo para o turista que participa de eventos, que vivencia situação similar ao caso anterior.

“Se considerado o impacto econômico da motivação da viagem (gasto médio x permanência média), conclui-se que a maior permanência média do turista de lazer (quase o dobro da de negócios), faz com que o impacto provocado pelo fluxo turístico de negócios seja somente 5,3% superior ao turismo de lazer: R$ 1.145,00 e R$ 1.087,00, respectivamente”

7

Tabela 33. Informações Econômicas do Turista – Sergipe – 2009

Dados Econômicos Lazer Negócios / Trabalho

Eventos Outros

Renda Média do Turista (R$) 2.963,81 4.902,35 3.308,72 2.767,65

Permanência Média do Turista (dias) 4,43 2,43 3,66 2,46

Média de Dependentes (pessoas) 2,11 1,13 1,33 1,65

Gasto Médio Diário Per Capita (R$) 245,39 471,2 348,22 325,63

Inserido em Estudo de Mercado do Prodetur Nacional – Setur/Prodetur SE

Fonte: Emsetur / Pesquisas de Demanda Turística – 2009

Ainda relacionando os gastos turísticos com a motivação das viagens, a Tabela a seguir permite tecer as seguintes considerações sobre a composição dos gastos:

dentre os gastos especificados a Hospedagem corresponde ao item mais oneroso para todos os turistas, independente da motivação da viagem; seguido ao item Alimentação;

o percentual dos gastos do turista que viaja a lazer relativo ao componente Diversão é o maior em todo o quadro (18,67%).

Tabela 34. Composição dos Gastos do Turista – Sergipe – 2009

Composição dos Gastos

%

Lazer Negócios / Trabalho

Eventos Outros

Hospedagem 30.01 27,47 27,18 22,85

Alimentação 15,73 12,27 11,49 11,14

Transporte 10,11 8,92 14,03 9,55

Diversão 18,67 10,60 12,96 12,78

Compras 11,60 11,72 9,92 15,15

Outros 13,88 29,02 24,42 28,53

Total 100 100 100 100

Inserido em Estudo de Mercado do Prodetur Nacional – Setur/Prodetur SE

Fonte: Emsetur / Pesquisas de Demanda Turística – 2009

O Gasto Turístico no estado de Sergipe foi também item considerado na Pesquisa de Demanda Turística – Emsetur, relativa a 2010/2011. Por meio dela, observa-se que o gasto médio do turista no ano de 2010 chegou a R$ 808,51 para uma permanência de oito dias, sem incluir o valor da passagem e dos pacotes turísticos, pagos diretamente à Agência de Turismo por ele contratada. Neste caso, o gasto médio diário foi de R$ 100,00/dia para oito

7 Estudo de Mercado do Prodetur Nacional – Setur/Prodetur SE – Aracaju, maio de 2012 – pág. 17.

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57

dias. Incluídos a esta média diária os custos de alimentação, tem-se o gasto diário de R$ 145,76 por turista, no ano de 2010.

Os valores de 2011, se comparados aos de 2010, não apresentam grande variação – o gasto médio por oito dias, não incluindo hospedagem, ficou em R$800,00, permanecendo o gasto médio/ dia de R$ 100,00 por turista. Somados a este valor os gastos com alimentação, o valor diário sobe, em 2011, para R$ 250,00, evidenciando o aumento e o peso muito significativo deste quesito, se comparado com 2010, com uma diferença diária de R$ 104,00.

Com hospedagem, ainda para uma permanência de 8 dias, o gasto médio foi de R$ 327,19 em 2010 e R$ 350,00 em 2011, o que evidencia aumento, ainda que não tão significativo, dos custos neste item.

Considerando o gasto médio de turista citado no PDITS 2001/2003, que foi de R$ 50,00/dia, chega-se ao gasto por 8 dias de R$ 400,00. Sendo de R$ 800,00 o valor de 2011, conclui-se que o valor médio gasto pelo turista dobrou em relação aos dias atuais.

Os gastos do turista estrangeiro no Brasil, de acordo com o Estudo da Demanda Turística Internacional 2004/2010 indica que o maior gasto médio corresponde ao turismo de negócios e eventos, com o gasto médio per capita/dia, ao longo desses cinco anos, de U$ 105,55, enquanto o per capita/dia para o turista de lazer fica em U$ 64,97.

Tabela 35. Gasto Médio do Turista Estrangeiro per Capita no Brasil – US$ - 2004-2010

Fonte: Ministério do Turismo - MTur e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE – Estudo da

Demanda Turística Internacional

4.1.5. Qualidade da Oferta Atual e Imagem da Área Turística

A imagem da área turística percebida pelo turista é formada tanto pelas informações por ele absorvidas quanto por suas experiências pessoais. A satisfação do turista quanto ao destino por ele escolhido resulta da imagem assim construída e pode expressar-se a partir de sentimentos – objetivos alcançados, benefícios, desejos satisfeitos, sonhos realizados, dentre outros. Por outro lado, a satisfação pode se expressar de forma objetiva, a partir, por exemplo, da avaliação dos equipamentos e serviços turísticos oferecidos e da infraestrutura básica e serviços públicos disponíveis na área visitada.

O foco da pesquisa de Demanda Turística 2010-2011 promovida pela Emsetur recai sobre os equipamentos e serviços turísticos e sobre a infraestrutura básica e serviços públicos. Nessa perspectiva, tem-se que:

quanto à satisfação com relação aos equipamentos e serviços turísticos ofertados, tem-se, em 2010, a avaliação de 55,8% dos turistas na posição BOM e 32,9% na posição ÓTIMO. Somados, esses dois campos alcançam o percentual significativo de 88,7%, enquanto a soma das posições RAZOÁVEL e RUIM alcança apenas 8% naquele ano de 2010.

no ano de 2011, nos mesmos quesitos do item anterior, somando-se as posições BOM e ÓTIMO, tem-se 90% das escolhas, enquanto a soma de RAZOÁVEL e RUIM perfaz 10%.

Motivo Da Viagem 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Lazer 54,43 60,87 64,33 73,37 68,00 63,26 70,53

Negócios, eventos e convenções 91,21 93,13 105,24 112,86 110,89 106,14 119,38

Outros motivos 43,62 43,51 41,77 43,57 42,79 42,35 48,58

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58

O índice de satisfação do turista com relação aos equipamentos e serviços turísticos na pesquisa supracitada apresenta uma percepção positiva dos pesquisados, sendo avaliados como BOM em 2010 (54,8%) e em 2011 (55,8%).

No que tange à hospitalidade os turistas consideraram BOM em 2010 (52,2%) e em 2011 este mesmo quesito foi avaliado como ótimo (50,3%).

Os outros itens como: roteiros oferecidos, informação turística, guia de turismo, meios de hospedagem, bares/restaurantes, comércio e compras, diversões noturnas e serviços de taxi não sofreram alterações significativas de 2010 para 2011, Em contrapartida, os equipamentos de lazer e as empresas/serviço de turismo receptivo, avaliados como ótimos em 2010, caíram para desempenho bom em 2011 na avaliação do turista. A tabela a seguir apresenta os resultados desta avaliação referente aos equipamentos e serviços turísticos.

Tabela 36. Grau de Satisfação do Turista quanto a Equipamentos e Serviços Turísticos – 2011-2010

2011

Equipamentos e Serviços Ótimo Bom Ruim Péssimo

Equipamentos de lazer 32,9% 59,9% 6,5% 0,6%

Roteiros oferecidos 38,2% 55,6% 5,5% 0,8%

Empresa/Serviços de receptivo 22,6% 62,7% 12,9% 1,9%

Hospitalidade / povo 50,3% 38,7% 6,8% 4,2%

Informação turística 28,0% 55,8% 12,9% 3,3%

Guia de turismo 22,8% 61,6% 12,5% 3,1%

Meios de hospedagem 36,3% 57,7% 4,4% 1,7%

Bares / restaurantes 38,4% 54,5% 5,8% 1,4%

Comércio / compras 30,2% 63,8% 5,0% 1,0%

Diversões noturnas 38,3% 52,9% 6,3% 2,5%

Serviços de táxi 30,4% 56,3% 8,4% 4,9%

Média Geral 2011 34,2% 55,8% 7,7% 2,3%

2010

Equipamentos e Serviços Ótimo Bom Ruim Péssimo

Equipamentos de lazer 49,4% 39,8% 10,8% 0,0%

Roteiros oferecidos 31,0% 58,6% 10,3% 0,0%

Empresa/Serviços de receptivo 53,3% 46,7% 0,0% 0,0%

Hospitalidade / povo 43,3% 52,2% 3,4% 1,0%

Informação turística 26,7% 62,2% 11,1% 0,0%

Guia de turismo 36,4% 63,6% 0,0% 0,0%

Meios de hospedagem 40,5% 51,7% 5,2% 2,6%

Bares / restaurantes 36,4% 59,4% 3,6% 0,6%

Comércio / compras 23,7% 64,9% 7,0% 4,4%

Diversões noturnas 35,7% 54,3% 8,6% 1,4%

Serviços de táxi 32,0% 50,4% 16,0% 1,6%

Média Geral 2010 37,1% 54,8% 6,9% 1,0%

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística- Emsetur 2010-2011

A infraestrutura e os serviços públicos em Aracaju foram considerados pelos turistas, em

2011, como de boa qualidade (61,3%) e de muito boa qualidade (35,2%), índices que

somados perfazem 96,5%. O quesito avaliado com o maior percentual em RUIM e MUITO

RUIM foram os transportes coletivos, que alcançou, somadas as escolhas, 55,1%.

Comparando-se esses dados com os levantados em 2010 vê-se que não houve diferença

fundamental na avaliação da infraestrutura e dos serviços públicos pelos turistas.

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59

Tabela 37. Grau de Satisfação do Turista – Infraestrutura e serviços públicos – Aracaju - 2011-2010

2011

Infraestrutura e Serviços Públicos Muito Bom Bom Ruim Muito Ruim

Condição / qualidade ambiental da localidade 30,3% 60,5% 7,3% 1,8%

Comunicações (correios/fones/internet) 24,3% 63,3% 10,0% 2,3%

Sinalização urbana e turística 18,9% 61,9% 15,9% 3,3%

Segurança pública 27,3% 50,5% 20,0% 2,3%

Limpeza pública 33,3% 46,7% 16,9% 3,2%

Transporte urbano coletivo 11,1% 43,8% 29,6% 15,5%

Terminal rodoviário 14,3% 54,9% 21,5% 9,3%

Aeroporto / campo de pouso 16,2% 68,6% 12,5% 2,8%

Média Geral 2011 35,2% 61,3% 3,0% 0,5%

2010

Infraestrutura e Serviços Públicos Muito Bom Bom Ruim Muito Ruim

Condição / qualidade ambiental da localidade 36,4% 61,7% 0,9% 0,9%

Comunicações (correios/fones/internet) 25,0% 63,0% 12,0% 0,0%

Sinalização urbana e turística 28,6% 64,3% 7,0% 0,0%

Segurança pública 21,5% 66,8% 9,8% 2,0%

Limpeza pública 39,3% 52,6% 7,1% 0,9%

Transporte urbano coletivo 12,5% 45,5% 37,5% 4,5%

Terminal rodoviário 11,1% 59,6% 26,3% 3,0%

Aeroporto / campo de pouso 18,1% 58,1% 21,9% 1,9%

Média Geral 2010 24,5% 72,3% 2,6% 0,6%

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística- Emsetur 2010-2011

Importa ressaltar que os dados da pesquisa aqui considerada foram levantados junto aos turistas em Aracaju, inexistindo dados que abranjam especificamente os demais municípios do Polo Costa dos Coqueirais. Por ser o centro receptivo do turismo no Estado a partir do qual são acessados os atrativos turísticos comercializados pelas Agências de Turismo sediadas na capital, e por contar com infraestrutura hoteleira e com serviços turísticos estruturados, Aracaju se diferencia em relação aos demais municípios do Polo. Os demais municípios, em relação aos equipamentos e serviços turísticos e à infraestrutura básica e serviços públicos, apresentam um quadro geral de carência em praticamente todos os quesitos avaliados, bem como uma forte dependência em relação a Aracaju. Desta forma, a satisfação do turista, como apresentada, não pode estender-se ao Polo, com exceção de um único item, qual seja, a hospitalidade do povo sergipano. Com relação aos demais, ainda que os turistas visitem, por exemplo, a Foz do São Francisco ou Mangue Seco, a programação cumprida pelas Agências não permite maior contato com a realidade dos municípios – não há pernoites programados fora de Aracaju e mesmo os serviços de alimentação são prestados no próprio barco de turismo, como é o caso da Foz.

O grau de satisfação do turista foi também objeto da Pesquisa de demanda turística realizada pela Emsetur em janeiro de 2011, mês de férias de verão e de maior fluxo turístico no estado, conforme Tabela 38, a seguir. Ressalta-se, neste caso, a preponderância da avaliação dos atrativos, dos equipamentos turísticos e da infraestrutura e serviços públicos como bons (56,87%). Resta investigar as razões da defasagem entre os conceito BOM e MUITO BOM (este com 32,20% das escolhas), que podem influenciar negativamente a competitividade do Estado de Sergipe diante dos estados vizinhos.

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60

Tabela 38. Grau de satisfação dos turistas - Aracaju – Jan/2011

Fatores Muito Bom

Bom Ruim Muito Ruim

Atrativos turísticos 37,7% 57,8% 3,8% 0,8%

Equipamentos e serviços turísticos 34,2% 55,8% 7,7% 2,3%

Infraestrutura e serviços públicos 24,7% 57,0% 14,4% 3,9%

Média Geral 32,20% 56,87% 8,63% 2,33%

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística – Emsetur, Jan 2011

Ainda no que diz respeito aos atrativos, merece destaque a análise da satisfação dos turistas referente aos atrativos naturais, patrimoniais e às manifestações populares, conforme a tabela que se segue.

O grau de satisfação do turista quanto aos atrativos naturais, que supostamente incluem os circuitos fluviais do Polo, além de outros atrativos naturais do Estado, resulta em 35,5% na gradação ÓTIMO, e 35,9% na gradação BOM, somando aproximadamente 72% de satisfação. Em contrapartida, os atrativos históricos/culturais e as manifestações populares foram avaliados negativamente pelos turistas.

Tabela 39. Grau de satisfação de turistas segundo atrativos turísticos - Aracaju – Jan/2011

Atrativos Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

Naturais 35,5% 35,9% 5,5% 2,2% 20,9%

Patrimônio Histórico/Cultural 19,5% 31,2% 9,4% 5,7% 34,2%

Manifestações Populares 20% 27,1% 9,2% 5,5% 38,2%

Média/ Conjunto 25% 31,4% 8% 4,5% 31,1%

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística- Emsetur, Jan 2011

Neste sentido, conclui-se que o turista que visita o Estado de Sergipe avalia positivamente, sobretudo, os atrativos naturais. Ações voltadas para a valorização e a promoção dos demais tipos de atrativos se fazem necessárias, tendo em vista a exploração de todo o potencial do Polo, que possui rico acervo patrimonial e cultural.

4.1.6. Campanhas de Promoção da Área Turística

A divulgação dos produtos turísticos do Estado é realizada por meio da Setur e Emsetur que realizam campanhas de promoção e participam de eventos diversos. Dentre os eventos mais recentes que contaram com a presença de Sergipe ressalta-se a Feira Internacional de Turismo, em Lisboa, Portugal. O Estado de Sergipe conta com um calendário anual de eventos elaborado pela Setur e pela Emsetur. Folders, banners, mapas turísticos e outros materiais promocionais, tal como o Guia Sergipe Trade Tour, que descreve os atrativos dos municípios do Estado e está em sua 11ª edição, são criados e distribuídos pelos órgãos governamentais e pelo trade turístico.

No âmbito da Emsetur, a Coordenadoria de Pesquisa/Gerência de Estudo de Mercado sistematiza, periodicamente, pesquisas referentes à demanda turística na baixa e alta temporada do turismo no estado. Por meio do site www.turismosergipe.net é divulgado um extenso conjunto de informações relativas aos atrativos turísticos do Estado, bem como dados referentes à cultura, ao artesanato, à gastronomia, aos festejos juninos, aos locais de hospedagem, alimentação, agências de turismo, dentre outros. A imagem a seguir apresenta a tela inicial do site.

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Figura 6. Site Setur/Emsetur – Governo do Estado de Sergipe - 2012

Fonte: www.turismosergipe.net, acesso em novembro de 2012.

Note-se que a promoção do turismo no Estado de Sergipe não considera, via de regra, a

organização do território estadual em Polos, dentre eles o Polo Costa dos Coqueirais.

Assim, o Polo não é comercializado como um produto integrado e as ofertas turísticas não

se destinam a conjuntos de municípios, nem alavancam atrativos potenciais. A oferta

turística vista de forma mais ampla é desconhecida e sem sistematização, resultando em

boa parte de ações diretas da iniciativa privada – notadamente das operadoras de receptivo

local sediadas em Aracaju.

A seguir encontram-se descritas as estratégias e os meios utilizados em cada município para promoção e divulgação do turismo local.

Aracaju

O órgão oficial de turismo do município de Aracaju é a Funcaju – Fundação Municipal de Cultura e Turismo. A Funcaju dispõe de material promocional que inclui folheteria impressa e em meio digital. Em parceria com o governo estadual, participa de eventos de promoção do turismo na capital do estado.

Pela internet a Funcaju divulga o turismo municipal por meio do site oficial da Administração Pública Municipal de Aracaju, nos links relativos a turismo e cultura - www.aracaju.se.gov.br/cultura_e_turismo/.

Figura 7. Site Administração Pública Municipal de Aracaju – FUNCAJU - 2012

Fonte: Site da Administração Pública Municipal de Aracaju – FUNCAJU -

http://www.aracaju.se.gov.br/cultura_e_turismo/, acesso em abril de 2012.

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Barra dos Coqueiros

O site da administração pública municipal cita a Secretaria de Turismo como órgão componente da estrutura administrativa do município no endereço eletrônico: www.barradoscoqueiros.se.gov.br. Não há no site referência à atividade turística em Barra dos Coqueiros. Não estão disponíveis materiais promocionais impressos.

Estância

A Secretaria Municipal de Turismo e Comunicação Social de Estância dispõe de material promocional impresso e em meio digital. Por meio do site da administração pública - www.estancia.se.gov.br são apresentadas notícias sobre os eventos turísticos municipais.

Itaporanga D’Ajuda

No site da administração pública municipal - www.itaporanga.se.gov.br/ estão contemplados os atrativos turísticos locais e referenciada a Secretaria de Cultura e Turismo. Não estão disponíveis materiais promocionais impressos. não tem material promocional impresso.

Laranjeiras

A Secretaria Municipal de Turismo é referenciada como “Bureau de Informações Turísticas”. Possui material promocional impresso e digital para divulgação do município e de seus atrativos histórico-culturais, fazendo valer a chancela de Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil. O governo municipal conta com site onde estão inseridas informações relativas ao turismo e à cultura local: www.laranjeiras.se.gov.br/cultura.asp e www.laranjeiras.se.gov.br /turismo.asp. O município é também referenciado no site da Setur/Emsetur www.turismosergipe.net/escolha-seu-

destino/cidades-historicas.

Pirambu

A Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo de Pirambu tem para divulgação e promoção de seus atrativos, um guia em formato de folder institucional e um folheto relativo ao Festival do Camarão. O município não possui site na internet e está referenciado no site da Setur/Emsetur: www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/.

Pacatuba

A administração pública mantém o site www.pacatuba.se.gov.br/, onde é feita referência à Secretaria Municipal de Turismo e veiculadas informações sobre os atrativos turísticos e meios de hospedagem em Pacatuba.

São Cristóvão

Por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, possui material promocional para divulgação do município e de seus atrativos culturais, tais como folder institucional, folheteria diversa de boa qualidade. O governo municipal não possui um site próprio, mas o município está referenciado no site da Setur/Emsetur - www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/cidades-historicas.

O site de Santa Luzia do Itanhy encontra-se em construção. Os demais municípios do Polo Costa dos Coqueirais, quais sejam, Brejo Grande, Indiaroba, Nossa Senhora do Socorro, Santa Luzia do Itanhy e Santo Amaro das Brotas, não possuem sites na Internet e não apresentaram material promocional para divulgação de seus atrativos turísticos.

Mesmo com a divulgação dos atrativos, observa-se que não há uma imagem do Polo associada a estes destinos. Neste sentido, coloca-se a necessidade de difundir uma nova imagem, baseada no conceito de Polo, abrangendo os atrativos existentes e novos atrativos, integrando-os e destacando a diversidade cultural da área. Para isto, o governo estadual, os

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governos municipais envolvidos, a iniciativa privada e mesmo a sociedade, por meio das lideranças e formadores de opinião precisam firmar parcerias e atuar em conjunto.

Na medida em que estabelece diretrizes, estratégias e ações específicas para a divulgação e promoção do turismo, vinculadas às orientações emanadas de uma política pública setorial claramente definida, o Plano Estadual de Marketing e de Mídia do Turismo constitui peça principal.

Dentre os vários meios de propaganda utilizados, destaca-se o potencial da internet,

principalmente relacionado aos principais fatores que influenciam a viagem, como a

recomendação de parentes e amigos. Pelas características de singularidade, qualidade dos

recursos naturais, é comum surgirem depoimentos em páginas especializadas ou

relacionadas a ecoturismo ou turismo de aventura das belezas locais e à agradável

experiência vivida. A estruturação do programa de marketing poderia se ater a esse fato,

uma vez que a internet e as redes sociais ampliam de forma ilimitada a recomendação de

parentes e amigos.

4.1.7. Portfólio Estratégico de Produtos Turísticos/Segmentos Atuais de Demanda

O portfólio estratégico do Polo Costa dos Coqueirais está embasado no interesse do turista por determinados produtos e segmentos turísticos, bem como na potencialidade identificada por meio da vocação turística dos municípios do Polo.

Os produtos turísticos comercializados no Polo Costa dos Coqueirais voltam-se para as belezas naturais e a riqueza patrimonial e cultural existente destacando, portanto, como vocação principal, o turismo de sol e praia e o turismo cultural. Importa acrescentar que o movimento gerado pela exploração petrolífera em Sergipe, com o Estado entre os quatro maiores produtores de petróleo do Brasil, dentre outros fatores, favorece o turismo de negócios e eventos.

Pesquisas realizadas pelo Aracaju Convention & Visitors Bureau e pelo Ministério do Turismo dão conta das vantagens do turismo de negócios e eventos, dentre elas a de atenuar a sazonalidade. Os estudos comprovam também que o gasto diário per capita do turista de negócios e eventos é significativamente maior do que o do turismo de lazer, chegando, em Aracaju, a ser quatro vezes maior. O Aracaju Convention & Visitors Bureau dedica-se à prospecção e captação de eventos para a área, tendo em realizado trinta eventos em 2011 e outros doze já confirmados até 2020. Neste sentido, ressalte-se que a consolidação desse segmento no Polo Costa dos Coqueirais requer investimentos significativos, principalmente para realização de eventos de maior porte. Requer também que esses investimentos sejam descentralizados, abrangendo municípios potencialmente polarizadores, além de Aracaju.

Aracaju concorre com as demais capitais nordestinas na procura de sol e praia. Tem sua diferenciação na tranquilidade oferecida, agradando aos que buscam férias “sossegadas”. Os roteiros comercializados em Aracaju para este segmento são:

Catamarã Aracaju: tour fluvial pelo Rio Sergipe, passando por Aracaju, Barra dos Coqueiros, Atalaia Nova, Ponte do Imperador, Ilhas de Santa Luzia e Ilha do Pomonga, com parada opcional para banho no Rio Sergipe. Tempo do tour: 4hs. Custo do pacote: R$75,00 (2011) com almoço, translado e transporte e, R$ 55,00 (2011) somente o transporte e translado.

CityTour – saindo da Orla de Atalaia pela Avenida 13 de Julho, atingindo os Mercados Públicos, a Colina Santo Antônio, o Museu Palácio Olímpio Campos, o

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Parque da Cidade com teleférico, o Centro Turístico e a Catedral Metropolitana. Tempo do tour: 4hs. Custo do pacote: R$ 40,00 (2011).

Delta do São Francisco: inclui deslocamento de van, ônibus ou microônibus até o município de Brejo Grande, e depois, trecho de catamarã até a Foz do Rio São Francisco. A duração é de 9hs, o custo médio do pacote é de R$110,00 (2011) incluídos transporte rodoviário, hidroviário e almoço.

Mangue Seco: localizado no município Jandaíra, estado da Bahia, é comercializado em Aracaju, com três opções de trajeto: via Porto D’Angola, no município de Estância; via Pontal, em Indiaroba e via Crasto, em Santa Luzia do Itanhy. O pacote comercializado leva em torno de 9hs e o custo médio é de R$ 80,00 (2011), incluindo transporte rodoviário e trecho de escuna. O roteiro possibilita ainda trecho opcional em bugre até a praia, com custo adicional médio de R$60,00.

Estes roteiros apresentam grande potencial, por sua beleza e pela diversidade dos recursos naturais. Contam, entretanto, com infraestrutura precária ao longo do percurso e pouca oferta de oportunidades de consumo extra pelos turistas, o que diminui a possibilidade de ganho pelos municípios envolvidos.

Envolvendo os municípios de Laranjeiras e São Cristóvão, o roteiro das cidades históricas constitui destaque na comercialização no campo do turismo cultural no Polo Costa dos Coqueirais. As agências de receptivos locais vendem pacotes em separado para cada município ou para os dois municípios, ambos com três horas de duração e custo médio de R$50,00 (2011) por pessoa.

Laranjeiras, cidade do séc. XIX, foi considerada uma das mais importantes cidades do Estado, tem importante acervo de arquitetura religiosa e colonial, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN em 1971. Conta com inúmeros grupos folclóricos originais, com destaque para o povoado Mussurca, de remanescentes quilombolas. O Encontro Cultural de Laranjeiras, tradicional evento que acontece há 33 anos na cidade movimenta um fluxo de turistas expressivo.

São Cristóvão, também tombada pelo IPHAN, preserva um conjunto arquitetônico colonial; a Praça de São Francisco, que abriga a Igreja e o Convento de São Francisco, o Museu de Arte Sacra, a Casa de Misericórdia, o Museu Histórico, foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade em 2010. São Cristóvão tem ainda como atrativo cultural relacionado ao artesanato local a Casa dos Saberes e Fazeres, espaço de produção e comercialização de bonequeiras e artesãos locais que mantém parceria com o SEBRAE.

A capital está também incluída em dois outros roteiros comercializados para o Polo Costa dos Coqueirais: Cidades Históricas e Litoral Sul.

No segmento de turismo cultural têm-se ainda em Aracaju os festejos e eventos juninos, com destaque para o Forró-Caju e para a Vila Forró. Ambos possuem grande aceitação da população e dos visitantes, tornando-se centros de animação para o turismo.

Merecem ainda destaque como atrativo cultural os festejos de São João em municípios como Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda e Pacatuba. Danças típicas como quadrilha, xote e xaxado, casamento matuto, missa do vaqueiro e shows de forró são as maiores atrações. Nos “forródromos”, de grande capacidade, acontecem shows com artistas locais e nacionais; nas ruas das cidades, os concursos de quadrilha, por iniciativa dos próprios moradores. No contexto dos festejos juninos, Estância é famosa pelo show pirotécnico dos “barcos de fogo”, com peças deslizando em um fio metálico, impulsionadas por foguetes.

O Litoral Norte e o Litoral Sul de Sergipe, com seu grande potencial turístico, integram-se à vocação turística principal do Polo Costa dos Coqueirais, No intuito de complementar a vocação turística principal do Polo Costa dos Coqueirais, compondo um portfólio estratégico diversificado, expandindo a qualidade do destino, a sua competitividade no mercado, de

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forma a aumentar a permanência do turista. Segue-se a descrição dos dois trechos, Norte e Sul.

Litoral Norte

No litoral norte destacam-se os ecossistemas diferenciados e o conjunto de corpos d’água, junto à foz do rio São Francisco, com roteiros fluviais de cunho ecológico e áreas preservadas como a APA do Litoral Norte.

Saindo de Aracaju e passando por Barra dos Coqueiros, tem-se a estrada litorânea, com praias extensas, além de dunas, manguezais e lagoas que chegam a Pirambu. Neste município está instalada a sede do Projeto TAMAR, na Reserva Biológica de Santa Izabel, um dos principais centros de estudos, totalizando uma área de 131 km de praias monitoradas. Ali se reproduzem cinco espécies de tartarugas marinhas.

A Reserva de Santa Izabel é também uma área de proteção de outras importantes espécies da fauna e flora nativa, despertando interesse no segmento do turismo cientifico. Outro atrativo turístico potencial no Litoral Norte é o Pantanal de Pacatuba, com 40 Km², que corresponde à maior área alagada do Nordeste. A região revela grande biodiversidade de flora e fauna, além de manguezais, lagoas, dunas, restingas e Mata Atlântica.

Os produtos turísticos em estruturação no Litoral Norte incluem as imagens-identidade denominadas mundo das tartarugas, roteiro de Pirambu até a Foz do Rio São Francisco, com a visitação à base do Projeto TAMAR e extensão da praia para lazer, bem como o mundo das águas - o Pantanal - que vai de Pacatuba à Foz do Rio São Francisco, proporcionando atividades contemplativas da beleza da paisagem por meio de mirantes e paradas em médios/pequenos empreendimentos locais. Nesta área é preciso promover o artesanato local, feito de taboa e papiro e a culinária típica da região.

Litoral Sul

Os atrativos turísticos do litoral sul referem-se, principalmente, ao turismo de sol e praia, com as praias de Caueira, Abais, Saco do Rio Real, Pontal, Terra Caída, a Ilha do Sossego, e ainda, trechos de navegação pelos rios, lagoas, matas virgens, coqueirais e dunas que chegam a 20 m de altura, com opções de trecho opcional em bugre ou a cavalo.

A Reserva Ecológica do Crasto, localizada em Santa Luzia do Itanhy, é a maior área preservada de Mata Atlântica do estado e configura-se como atrativo ecoturístico potencial.

O município de Santa Luzia do Itanhy faz parte de um projeto de estruturação do turismo de base comunitária desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação – IPTI, desde o início de 2011. Trata-se de um Plano de Gestão do Turismo, elaborado de forma participativa, que identifica os principais ativos imateriais locais com base no modelo de economias criativas, levando em conta a identidade e cultura local, e estabelece ações para o fortalecimento da comunidade para promoção da atividade turística como meio de desenvolvimento econômico e social. Este empreendimento coloca o turismo de base comunitária como forma de inserir a comunidade na cadeia do turismo e como protagonista do desenvolvimento turístico, orientação aplicável não só ao município de Santa Luzia do Itanhy, mas a todo o Polo Costa dos Coqueirais.

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Figura 8. Produtos Turísticos - Polo Costa dos Coqueirais - Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A partir das considerações e informações anteriores, o Quadro 04: a seguir, sintetiza os o portfólio estratégico do turismo no Polo Costa dos Coqueirais:

Quadro 04: Portfólio Principal e Segmentos Turísticos Complementares – Polo Costa dos Coqueirais – Sergipe

Portfólio Principal

Turismo de Sol e Praia;

Turismo de Negócios e Eventos;

Turismo Cultural.

Segmentos Complementares

Ecoturismo;

Turismo Náutico;

Turismo Rural.

Produtos Comercializados

Catamarã Aracaju – Turismo de Sol e Praia;

City tour Aracaju – Turismo Cultural;

Cidades Históricas - Turismo Cultural;

Foz do Rio São Francisco - Turismo de Sol e Praia;

Mangue Seco - Turismo de Sol e Praia.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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4.2. Demanda Turística Potencial

4.2.1. Perfil Qualitativo dos Segmentos/Visitantes Potenciais

O Ministério do Turismo propõe a segmentação como uma estratégia para estruturação e comercialização de destinos e roteiros turísticos brasileiros com maior qualidade. Assim, para que a segmentação do turismo seja efetiva, é necessário conhecer com profundidade as características do destino, da oferta – atrativos, infraestrutura, serviços e produtos turísticos – e da demanda – as especificidades dos grupos de turistas que já o visitam ou que virão a conhecer o destino.

A segmentação parte do pressuposto que quem entende melhor os desejos da demanda e promove a qualificação ou aperfeiçoamento de seus destinos e roteiros com base nesse perfil, terá mais facilidade de inserção, posicionamento ou reposicionamento no mercado.

Os segmentos evidenciados no Polo Costa dos Coqueirais caracterizam-se predominantemente pelo turismo de sol e praia e turismo cultural e turismo de negócios e eventos em Aracaju. De forma complementar encontram-se o ecoturismo, o turismo rural e o turismo náutico.

Turismo de Sol e Praia

De acordo com as definições do Ministério do Turismo entende-se como turismo de sol e praia aquele que se constitui de atividades turísticas relacionadas à recreação, entretenimento ou descanso em praias, em função da presença conjunta de água, sol e calor.

Segundo a pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo em 2009, Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro, 64,9% dos turistas que realizaram pelo menos uma viagem no ultimo ano, e 68,2% dos que pretendem realizar uma viagem nos próximos dois anos tem como primeira opção de viagem ir para a praia, sendo este, portanto, o segmento preferencial dos brasileiros.

Estabelecer um perfil único do turista de Sol e Praia é um desafio, pois este segmento está associado a uma rede de atividades e dinâmicas distintas ao longo do território. No entanto, o que se percebe são algumas características comuns aos turistas e usuários da praia motivados pelo desejo de descanso, práticas esportivas, diversão, novas experiências e busca de vivências e interação com as comunidades receptoras.

Alguns estudos gerais apontam que o turismo no litoral é especialmente sensível à variação da renda dos consumidores, na medida em que o aumento da renda do turista significa um incremento na sua demanda por esse tipo de lugar. Vale ressaltar que no Brasil não são frequentes os estudos específicos a respeito do turista de sol e praia.

Turismo Cultural

Segundo o Ministério do Turismo, em sua publicação Turismo Cultura (2010) a cultura engloba todas as formas de expressão do homem: o sentir, o agir, o pensar, o fazer, bem como as relações entre os seres humanos e destes com o meio ambiente. A definição de cultura, nesta perspectiva abrangente, permite afirmar que o Brasil possui um patrimônio cultural diversificado e plural. Esses aspectos, da pluralidade e da diversidade cultural, representam para o turismo a oportunidade de estruturação de novos produtos turísticos.

Sendo assim, o turismo cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.

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Existem formas de expressão da cultura que são classificadas em áreas de interesse específico e que geram demandas de viagem com motivação própria, mas se configuram dentro da dimensão e caracterização do Turismo Cultural. É o caso da religião, do misticismo e do esoterismo, dos grupos étnicos, da gastronomia, da arqueologia, das paisagens cinematográficas, das atividades rurais, entre outros.

O segmento do turismo cultural engloba outras classificações, tais como o Turismo Cívico, o Turismo Religioso, o Turismo Místico e Esotérico, o Turismo Étnico, o Turismo Cinematográfico, ó Turismo Arqueológico, o Turismo Gastronômico, o Ecoturismo.

A identificação do atrativo cultural, de seu contexto histórico e sociocultural, é um exercício de compreensão daquilo que lhe é inerente, sua identidade, essência e elementos característicos, podendo, assim, ser organizado e classificado conforme suas características e aspectos relacionados à sua apreciação, aos grupos de interesse que mobiliza, o que confere ao Polo Costa dos Coqueirais o potencial para o desenvolvimento do turismo cultural.

De acordo com a Organização Mundial do Turismo, o segmento corresponde a aproximadamente 10% do total das viagens internacionais. No Brasil, o Estudo de Demanda Turística Internacional 2004 – 2008 – MTur, reúne informações sobre o comportamento dos turistas estrangeiros que visitam o Brasil, segundo as quais, em 2008, cerca de 16,9% dos entrevistados tiveram a cultura brasileira como principal motivação das viagens a lazer realizadas no País.

No Brasil calcula-se que o segmento de Turismo Cultural mobilize diretamente pelo menos 28 milhões de viagens por ano, cabendo ao turismo religioso em torno de 11 milhões de viagens e aos eventos cerca de 7 milhões. Nas viagens cuja motivação principal é a cultura são mais numerosos os grupos de maior renda.

A pesquisa de Hábitos e Consumos do Turista Brasileiro – 2009 - revela que 12% dos turistas que realizaram pelo menos uma viagem no ultimo ano, e 10,9% dos que pretendem realizar uma viagem nos próximos dois anos tem como primeira opção ir para cidades históricas. Na média ponderada das primeiras opções sobre os locais de viagem esse número é ainda maior, representado 18,4% dos turistas atuais e 17,1% dos turistas potenciais.

Conhecer os desejos, interesses e necessidades dos clientes atuais e potenciais representa uma ferramenta de estratégia competitiva para produtos e serviços turísticos. Não existem pesquisas específicas brasileiras com séries históricas sobre o turista cultural que possibilitem identificar com precisão as principais tendências sobre os hábitos de viagem e preferências do turista nesse segmento

Pesquisa realizada no México aponta dois tipos de turistas que visam atrativos culturais:

aqueles com interesse específico na cultura (motivação principal), isto é, que desejam viajar e aprofundar-se na compreensão das culturas visitadas, se deslocando especialmente para esse fim;

aqueles com interesse ocasional na cultura (motivação secundária ou complementar), possuindo outras motivações que o atraem ao destino, relacionando-se com a cultura como uma opção de lazer. Esses turistas, muitas vezes, acabam visitando algum atrativo cultural, embora não tenham se deslocado com esse fim, e, apesar de não se configurarem como público principal do turismo cultural, são também importantes para o destino, devendo ser considerados para fins de estruturação e promoção do produto turístico.

Em 2008 um estudo pioneiro no Brasil, realizado pela Embratur em parceria com a UNESCO sobre o comportamento do turista cultural no Brasil, procurou identificar e caracterizar o perfil e o comportamento do turista internacional que visita o País para conhecer a cultura brasileira.

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A pesquisa foi realizada nos festejos juninos do Norte e Nordeste brasileiro – sendo ouvidos visitantes em Campina Grande/PB, Caruaru/PE, Aracaju/SE, São Luís/MA e Parintins/AM. Embora os festejos juninos se configurem como produto turístico cultural específico diante da diversidade cultural no país, os dados sistematizados mostram o interesse crescente neste segmento, pelo que ele representa em termos de mobilização de públicos e da participação de mercados geográficos mais afastados.

Os dados desta pesquisa comprovaram o perfil do turista cultural, idealizado como: escolaridade elevada, utilização de meios de hospedagem convencionais, viagem com outras pessoas (amigos, família, casal), cultura como motivo da viagem, hábitos de consumo próprios do segmento.

Os resultados apontam ainda para a imagem cultural que o turista deste segmento tem sobre o Brasil, que está ligada principalmente à musicalidade, às danças e à hospitalidade, seguidas das manifestações populares, do artesanato e da gastronomia. Os festejos culturais do ciclo junino são considerados manifestações autênticas, que representam a diversidade cultural do Brasil.

Diante dessas considerações e a partir das características da demanda e da oferta turística no Polo, conclui-se pela efetiva potencialidade do segmento cultural no Polo Costa dos Coqueirais, marcado não só pelas cidades históricas, artesanato e gastronomia, mas também pelas festividades juninas e por manifestações culturais típicas da área.

Turismo de Negócios e Eventos

A globalização da economia, o desenvolvimento tecnológico e o consequente aprimoramento dos meios de transporte e de comunicação, entre outros fatores, facilitaram e estimularam a movimentação turística mundial e, de modo especial, os deslocamentos para fins de conhecimento, troca de informações, promoção e geração de negócios. Configura-se, assim, o segmento da oferta turística denominado Turismo de Negócios e Eventos. Como um destino de negócios, o Brasil vem se posicionando por conta do seu desenvolvimento industrial e respectivos produtos, tanto para exportação, como para a comercialização interna. A imagem favorável do Brasil no exterior e a conquista de referências mundiais no desenvolvimento tecnológico e científico em diferentes áreas vêm contribuindo para o avanço do segmento do turismo de negócios e eventos. No estado de Sergipe agrega-se a este movimento o desenvolvimento da indústria petrolífera.

Segundo publicação do Ministério do Turismo este segmento agrega vantagens e características peculiares, destacando-se (i) a oportunidade de equacionamento de períodos sazonais, proporcionando equilíbrio na relação entre oferta e demanda durante o ano, pois independe de condições climáticas e períodos de férias escolares; (ii) a alta rentabilidade – maior gasto médio e possibilidade de retorno para o lazer, propiciando maior permanência no destino; (iii) possibilidade de interiorização e descentralização da atividade turística, na dependência de instalação das estruturas necessárias; (iv) demanda por serviços de alta qualidade, forçando a melhoria; (v) pequena influência das crises econômicas na demanda; (vi) dinamização da arrecadação de impostos, com o aumento da emissão de notas fiscais para comprovação de despesas realizadas pelo turista; (vii) abertura de possibilidades de intercâmbio comercial e empresarial e de aumento dos negócios locais; (viii) atividades vinculadas ou não à atratividade da cidade sede, com possibilidade de complementação pelos outros municípios da área; (ix) revitalização urbana provocada pela instalação de equipamentos específicos para o segmento turístico.

Os resultados do Brasil no segmento de negócios e eventos, foco da promoção internacional, podem ser verificados no posicionamento atual do Brasil no Ranking da International Congress & Convention Association (ICCA), Em 2009, com a confirmação da 7ª posição no ranking, tendo realizado 293 eventos internacionais, o Brasil se consolidou como um dos 10 principais destinos realizadores de eventos no mundo, com média de

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crescimento maior do que a média mundial. Segundo a ICCA, o país representou um aumento de 15,4%, enquanto o total de eventos realizados no mundo cresceu 10,8%, evidenciando, assim, o fortalecimento do setor e da credibilidade do país na captação de eventos e negócios.

Os eventos de Medicina se destacam com o maior gasto médio de US$ 304,44, seguido pelos eventos relacionados à Tecnologia e Meio Ambiente, que apresentaram um gasto médio de US$ 290,07. Os eventos de Educação, Social e Esporte apresentaram o menor gasto médio, de US$244,92, explicado principalmente pelo perfil dos participantes, na sua maioria, formado por estudantes. Em todos os casos, as atividades de hospedagem e alimentação foram as mais beneficiadas, absorvendo aproximadamente 61% dos gastos dos visitantes.

O perfil do turista do segmento de negócios e eventos, segundo a Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais realizados no Brasil – 2007/2008, é composto por características tais como:

Faixa etária: 27% têm entre 25 e 34 anos; 35,44% têm entre 35 e 44 anos; e 23,2% têm entre 45 e 54 anos.

Grau de formação escolar: cerca de 96% dos turistas possuem nível de formação superior.

Ocupação principal: 35,6% são empregados do setor privado.

Faixa de renda média: 38,40% possuem renda mensal de até US$ 3.000,00, 27,11% têm renda entre US$ 3.001,00 e US$ 6.000,00 e 26,20% dos participantes recebem mais de US$ 6.000,00 por mês;

Acompanhantes na viagem: 59,3% viajou sozinho e 14,6% viajou com cônjuge/namorado(a);

Organização da viagem: 34,9% com agência de turismo; 34% organização sem pacote, organizado pelo próprio turista; e 20,3% organizada pela empresa aonde trabalha.

• Tipo de Hospedagem: 97,2% hospedaram-se em hotéis.

• Gasto médio diário individual: US$ 285,10, sendo o meio de hospedagem o primeiro item, seguido de alimentos e bebidas; compras e presentes; transportes; cultura e lazer.

• Permanência média no destino: 6,8 noites.

• Imagem em relação à cidade sede do evento: positiva ou chegou a melhorar para 78,8% dos participantes, consultados após a viagem. 81,7% pretendem voltar à cidade e 94,5% ao Brasil. Destes, 82,6% querem retornar por motivo de lazer.

Contudo, vale destacar que mesmo havendo um perfil geral, traçado para os turistas de negócios e eventos, não é possível relacioná-lo diretamente ao turista frequentador de feiras e exposições como um todo, pois esse tipo de evento pode apresentar os mais variados perfis – seja quanto ao tema, seja pelo seu público.

Ecoturismo

O Ecoturismo no Brasil destaca-se a partir do movimento ambientalista, quando os debates sobre a necessidade de conservação do meio ambiente por meio de técnicas sustentáveis alcançam a atividade turística. No decorrer dos anos, a atividade vem se desenvolvendo e ganhando forças em meio à discussão de um modelo de turismo mais responsável.

O Ecoturismo possui entre seus princípios a conservação ambiental aliada ao envolvimento das comunidades locais, devendo ser desenvolvido sob os princípios da sustentabilidade, com base em referenciais teóricos e práticos, e no suporte legal.

Reconhece-se que o Ecoturismo tem liderado a introdução de práticas sustentáveis no setor turístico, mas é importante ressaltar a diferença e não confundi-lo como sinônimo de

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Turismo Sustentável. A Organização Mundial de Turismo e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente referem-se ao Ecoturismo como um segmento do turismo, enquanto os princípios que se almejam para o Turismo Sustentável são aplicáveis e devem servir de premissa para todos os tipos de turismo em quaisquer destinos.

Em relação ao turista internacional que viaja ao Brasil, segundo o Estudo da Demanda Turística Internacional 2004-2008, dentre os entrevistados do último ano que vieram ao País a lazer, 22,2% tem na natureza, no ecoturismo ou na aventura a principal motivação de suas viagens.

De acordo com o Plano Aquarela - Marketing Turístico Internacional do Brasil 2007-2010, o turismo e o lazer destacaram-se (70%) como principal motivação da viagem ao Brasil. Dentre o lazer os principais aspectos motivadores da visita foram as belezas naturais e a diversidade brasileira, bem como o povo e a cultura popular. Quanto à imagem dos turistas estrangeiros sobre o Brasil, a natureza, junto com o povo brasileiro, representa o aspecto determinante da imagem positiva perante o país.

Quanto aos motivos da visita as áreas protegidas, em maiores proporções aparece a contemplação ou contato com a natureza, seguida pela busca pelo repouso ou fuga da rotina.

O Ecoturismo, como segmento de mercado turístico, é competitivo e deve oferecer produtos compatíveis com as exigências do ecoturista. Sabe-se que uma parcela destes turistas possui elevada consciência ambiental e buscam experiências únicas que conservem os recursos ambientais, históricos e culturais, e que envolvam a comunidade, contribuindo, assim, para ampliar as expectativas de que esta atividade esteja realmente relacionada ao desenvolvimento sustentável de diversas localidades e regiões.

Os ecoturistas visitam as localidades para interagir com os ambientes a partir das informações anteriormente obtidas. A qualidade da informação e atividades experimentadas pelo ecoturista nas áreas naturais, permite ampliar sua satisfação e as possibilidades de divulgação e retorno no destino de Ecoturismo.

Esse tipo de consumidor, de modo geral, importa-se com a qualidade dos serviços e equipamentos, com a singularidade e autenticidade da experiência e com o estado de conservação do ambiente.

Segundo a pesquisa de Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturismo no Brasil - 2009, os turistas desses segmentos revelaram que a viagem foi a forma encontrada para satisfazer às necessidades mais fortes em suas vidas: (i) fugir do dia a dia, seja ele urbano ou não, da correria, do trabalho, do estresse e da violência, em busca de descanso, por meio do ócio ou da prática de atividades inusitadas; (ii) resgatar a vida, o prazer, voltar às origens.

Segundo o estudo, em sua maioria, as pessoas que desenvolvem atividades de Ecoturismo e turismo de aventura possuem como características: (i) maioria do sexo masculino; (ii) idade entre 18 e 29 anos; (iii) solteiros; (iv) escolaridade: ensino médio completo e ensino superior incompleto; (v) hábito de viajar em grupos; (vi) planeja pessoalmente a sua viagem e demonstra respeito pelo ambiente natural e social; (vii) exige qualidade, segurança, acessibilidade e informação;

Uma parcela majoritária dos turistas – 68% - estão abertos à realização de atividades na natureza, seja a sua viagem motivada pelo ecoturismo ou por outros segmentos turísticos. Sobre as atividades que gostariam de realizar, 70% destacou o mergulho, 61% a observação da vida selvagem, 57% as caminhadas e 51% o

Dentre as atividades mais praticadas levantadas na pesquisa, a caminhada aparece em terceiro lugar com 31% e a observação de vida selvagem com 22%. Para os entrevistados que ainda não fizeram alguma das atividades pesquisadas, ao serem perguntados que atividade gostariam de realizar, 70% destacou o mergulho, 61% a observação da vida

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selvagem, 57% caminhadas e 51% o espeleoturismo – prática esportiva e recreativa de visitação de cavernas.

Dentre os ecoturistas, o carro é o meio mais utilizado nas viagens (61%), seguido do avião e do ônibus, empatados com 16%. Quase todos os entrevistados (91%) viajam durante as férias, 72% preferem os finais de semana prolongados e 40% os finais de semana normais.

Sendo o Ecoturismo um segmento complementar potencial para o Polo Costa dos Coqueirais, constata-se a necessidade premente de investimento em infraestrutura turística e na implantação de um sistema integrado de informação ao turista, colocado à sua disposição ainda na fase de escolha do destino, dado o perfil constatado para os que demandam esse segmento.

Turismo Rural

O turismo no espaço rural ou em áreas rurais inclui todas as atividades turísticas praticadas no meio não urbano, de alguma forma comprometidas com a produção rural. O turismo rural, por sua característica espacial, interfaceia com os demais segmentos do turismo na medida em que naquele ambiente pode-se dispor de condições para a prática do ecoturismo, do turismo de aventura, do turismo de negócios e eventos, do turismo de saúde e, como é o caso mais clássico, do turismo cultural, onde o turista, ao conviver no meio rural, conhece e adquire experiências relativas à cultura típica ou à história daquele meio ou daquele sítio, como nas fazendas engenhos. O turismo rural, via de regra, agrega valor aos produtos e serviços do meio, resgatando o patrimônio cultural e natural da comunidade.

Hoje, poucas propriedades rurais no Brasil dispõem de registros, ainda que simples, sobre a prática do turismo rural ou sobre o número de turistas recebidos, períodos de maior e menor visitação, tempo de permanência e perfil do turista.

Os dados da pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil – 2007 indicam que apenas 2,2% dos entrevistados apontaram o Turismo Rural como motivação para sua principal viagem, enquanto a pesquisa de Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro - 2009. Indica ser o meio campestre o preferido de 13,5% dos turistas abordados, ficando atrás apenas da opção “praias” (64,9%). Ao considerar a soma ponderada, ou seja, aquela que engloba não apenas a primeira, mas as três primeiras opções respondidas pelo entrevistado, 19,2% dos entrevistados afirmaram desejar viajar para o campo.

As pesquisas indicam também que o turismo rural é praticado por turistas de diferentes classes sociais. Ele tende a buscar a aproximação com ambientes naturais e com a paisagem rural, que indica que ele está fora do seu ambiente de rotina –, não se tratando simplesmente de uma viagem, mas sim uma experiência diferente e autêntica.

Segundo informações do Manual de Turismo Rural publicado pelo MTur, os turistas deste segmento apresentam características como: (i) são moradores de grandes centros urbanos; (ii) possuem entre 20 e 55 anos, abrangendo ampla faixa etária; (iii) são casais que viajam com os filhos e/ou amigos; (iv) escolaridade: ensino médio ou superior completos; (v) deslocam-se em automóveis particulares, em um raio de até 150 km do núcleo emissor urbano; (vi) realizam viagens de curta duração, em fins de semana e feriados; (vi) organizam sua própria viagem, que é preparada com informações da Internet ou a partir da indicação de parentes e amigos; (vii) apreciam a culinária típica regional; (viii) valorizam produtos autênticos, artesanais e agroindustriais.

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Turismo Náutico

A atividade náutica, quando atrelada ao turismo, possui características que a diferenciam do simples ato de navegação. O Turismo Náutico, portanto, não se configura pela utilização da embarcação como simples meio de transporte, mas como principal motivador da prática turística.

Entende-se como náutica toda atividade de navegação desenvolvida em embarcações sob ou sobre águas, paradas ou correntes, sejam fluviais, lacustres, marítimas ou oceânicas. A navegação, quando considerada como uma prática turística, caracteriza o segmento do Turismo Náutico.

No Brasil, como o desenvolvimento deste segmento turístico ainda é incipiente, dados e pesquisas que retratem seus impactos econômicos, perfil do turista e demanda potencial ainda são escassos.

Segundo pesquisa realizada pelo Governo de Portugal, o mercado do Turismo Náutico na Europa (principal emissor de turistas náuticos) cresce a taxas que variam entre 8 e 10% ao ano.

O perfil do turista náutico difere de acordo com o tipo de embarcação utilizada, tipo de viagem e nacionalidade. No entanto, é possível identificar algumas características comuns à maioria dos turistas náuticos, sejam eles de cruzeiro ou de esporte e recreio.

Segundo o Manual Turismo Náutico – Orientações Gerais - MTur, de forma geral os serviços mais utilizados pelos turistas são: restaurantes; programação noturna; atividades esportivas; compras; atividades de ecoturismo, como trekking e passeios náuticos em áreas bem preservadas; atividades culturais e festas típicas regionais; e roteiros turísticos náuticos e terrestres diversificados.

Para a escolha do destino da viagem, o turista deste segmento considera a oferta de infraestrutura e serviços de qualidade (marinas), meio ambiente conservado, segurança, proximidade dos atrativos, atividades de lazer e de recreio para crianças durante o dia e para adultos, à noite, possibilidade de descanso, atividades de esporte náutico, clima adequado e preço justo.

Devido à riqueza fluvial do Polo Costa dos Coqueirais, o turismo náutico se revela como um segmento potencial complementar para a área turística, tendo em vista a diversificação da oferta e incremento de novos produtos pela utilização plena e sustentável dos recursos naturais disponíveis na região.

No quadro a seguir são apresentados os segmentos predominantes nos diferentes municípios do Polo Costa dos Coqueirais.

Quadro 05: Tipologia do Turismo no Polo Costa dos Coqueirais - Sergipe

Município Tipologia Do Turismo

Aracaju Negócios e eventos, turismo de sol e praia, turismo cultural, turismo náutico

Barra dos Coqueiros Sol e praia, turismo cultural, turismo náutico

Estância

Indiaroba Sol e praia, turismo rural

Itaporanga D’ajuda Sol e praia, turismo cultural

Laranjeiras Turismo cultural

Nossa Senhora do Socorro

Pacatuba Sol e praia, ecoturismo

Pirambu Sol e praia, ecoturismo

Santa Luzia do Itanhy Turismo rural, turismo cultural

Santo Amaro das Brotas Turismo cultural

São Cristóvão Turismo cultural e de sol e praia

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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4.2.2. Elementos Críticos que Influenciam a Decisão de Compra da Viagem com Relação aos Segmentos Potenciais

A pesquisa de Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro – MTur – 2009, relativa à demanda potencial, obteve os seguintes resultados ao tratar do que poderia ser oferecido para que os turistas potenciais viajassem dentro do Brasil: 31% já praticavam o turismo nacional e 33,2% informaram que nada lhes poderia ser oferecido para que viajassem internamente ao país. E ainda, 13,6% afirmaram que seria a oferta de pacotes com menores custos e 6,6% que seria a redução dos preços das viagens aéreas.

Ao serem questionados se viajariam por conta própria ou utilizando pacotes turísticos, 79,1% da demanda potencial afirmou que viajaria por conta própria.

Quanto aos meios de hospedagem 38,9% preferiam os hotéis, 28,4% as pousadas, 20,8% as casas de amigos ou familiares e 8,4% as casas alugadas. Como meio de transporte preferencial da demanda potencial foram citados os ônibus e vans (40,2%), seguidos dos carros (35,5%) e dos aviões (24,1%).

Dos clientes atuais – aqueles que realizaram pelo menos uma viagem nos dois últimos anos, 1,9% realizou a sua viagem para o estado de Sergipe. Os principais motivos da escolha dos clientes atuais foram a beleza natural/natureza (33,9%), praia (21,2%) e cultura local (13,2%). Para 57,4% dos entrevistados aquela não tinha sido a primeira visita ao local, o que vem demonstrar que, quando satisfeitos, os turistas retornam aos destinos, ou seja, permanecem como clientes potenciais.

Dentre os clientes potenciais, 1,5% afirmaram querer viajar para o estado de Sergipe nos próximos dois anos. Os principais motivos da escolha se repetem: Beleza natural/natureza - 37,9% Praia - 24,4% e Cultura local/população - 13,6%.

Dentre as atividades pretendidas em primeiro lugar destacam-se os passeios para conhecer os pontos turísticos (42,0%), frequentar festas/bares/restaurantes/discotecas/boates (23,8%), conhecer pratos e comidas típicas (9,6%), realizar atividades culturais (6,4%) e praticar atividade esportiva (8,2%).

Foram investigadas as impressões dos entrevistados quanto à segurança no destino e 64,3% consideraram que a segurança seria positiva, 19,8% regular e apenas 5% ruim.

Apesar da pesquisa considerada ser de âmbito nacional, e portanto não expressar especificamente o perfil do turista potencial do Polo Costa dos Coqueirais, a sua contribuição é relevante por reafirmar a preferência por belezas naturais, pela viagem de automóvel e por apontar os locais mais indicados para a busca de informações.

Ainda que praia seja um dos principais fatores motivacionais para a escolha de um destino turístico, o turista atual espera pela oferta de outras atividades que agreguem valor àquele atrativo. Desta forma, quanto mais diversificada for a oferta, mais elementos favoráveis o turista terá para decidir pelo destino.

Assim, quanto mais atrativos diferenciados o destino possuir, maior a diversidade e mais elementos favoráveis o turista terá para decidir pelo destino.

Se o destino de Sol e Praia aliar à beleza natural a oferta de atrativos culturais, demonstrando valorização e respeito pela cultura local, o potencial para inserção do produto será ampliado.

A consolidação e a ampliação do turismo no Polo Costa dos Coqueirais depende, certamente, da consideração dos elementos críticos que deverão influenciar a decisão de compra da viagem pelos turistas potenciais. Esta análise é fundamental para formatação do produto turístico e para planejamento do processo de promoção e divulgação da área turística, a partir da integração dos produtos ofertados. O Polo precisa ainda ser assimilado, reconhecido e suficiente difundido, por esforços integrados das diferentes instâncias do poder público, das entidades não governamentais e dos agentes privados.

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4.2.3. Expectativa do Turista Quanto aos Diferentes Segmentos Potenciais

Os princípios de escolha do destino turístico pelos diferentes grupos de consumidores retratam as necessidades, desejos e satisfações de cada grupo.

O desejo de descanso, de práticas esportivas, de diversão, de aquisição de novas experiências e de busca de oportunidades para interação com as comunidades receptoras são características comuns aos turistas, que têm também a expectativa de que a atividade turística venha contribuir para o bem estar e para a melhoria da qualidade de vida das comunidades anfitriãs. Já o ecoturista se preocupa e se interessa em buscar experiências únicas e meios para manter os recursos ambientais e socioculturais preservados.

A pesquisa de Hábitos de Consumo do Turista Brasileiro - 2009,revela que os entrevistados associam o turismo e a sua expectativa ao viajar com (i) descanso/tranquilidade - 42,8%; com diversão e entretenimento - 25,7%; beleza natural/lugares bonitos - 8,3%.

Vale ressaltar que existe uma expectativa de nível nacional com relação ao segmento de sol e praia, que é visto não isoladamente, mas aliado a atividades turísticas complementares. Para os turistas que se destinam ao estado de Sergipe, tal composição, que representa um dos principais fatores de motivação para a viagem, é viável dado o potencial existente, e mesmo já consolidado, para desenvolvimento das atividades complementares.

Os segmentos de turismo ecológico, náutico e de pesca esportiva, vistos de forma integrada, aliados ao turismo de sol e praia, constituem potencial do Polo Costa dos Coqueirais, dada a rede hidrográfica diversificada e de grande porte ali existente e as áreas específicas com características ambientais diferenciadas. Destacam-se no Litoral Sul a área do Estuário do Rio Real e no Litoral Norte a Foz do Rio São Francisco, onde as vias fluviais foram intensamente utilizadas para o transporte local e hoje exibem riquezas histórico-culturais expressivas. Na Área Central do Polo as atividades náuticas - de lazer e as de pesca no rio Vaza-Barris fazem parte do cotidiano atual da população, notadamente na área próxima ao Mosqueiro. Em todo o território destaca-se a presença dos mangues, dunas e reservas de Mata Atlântica, formando conjuntos peculiares para o desenvolvimento do ecoturismo agregando segmentos complementares que atendem à expectativa dos turistas.

Viagens realizadas

A pesquisa de Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro aponta que 95,1% das viagens realizadas foram positivas, sendo que 61,7% foram ótimas e 33,4% foram boas. Isso demonstra que a expectativa dos clientes foram atingidas durante a viagem.

Dentre os aspectos positivos mais citados, relativo ao panorama nacional, em primeiro lugar aparece a beleza natural, com 33,6%, seguida da praia 17,5%, da cultura local, com 14,5%, do perfil do local com 14,4% e das festas populares, com 5,8%. Estes resultados demonstram que o Polo Costa dos Coqueirais, dadas as suas características, corresponde aspectos mais relevantes e satisfatórios das viagens brasileiras, ofertando beleza natural, praias de qualidade, cultura local relevante, povo hospitaleiro, festas populares marcantes e outros aspectos da cultura brasileira. Entretanto, todo esse potencial do Polo só poderá despontar e mostrar-se plenamente a partir de investimentos significativos em infraestrutura e serviços públicos, equipamentos e serviços turísticos, em promoção e marketing, em recursos de informação e de gestão setorial, dentre outros.

Quanto aos aspectos negativos das viagens no território brasileiro, os principais citados foram problemas com a viagem de ônibus/carro (6,2%), falta de segurança (3,9%), falta de estrutura para o turismo (3,8%) e problemas com transporte público (2,4%). Nota-se que as expectativas dos turistas incluem infraestrutura viária e transporte público qualificados, informações turísticas e infraestrutura básica.

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Quanto às expectativas sobre a viagem 31,8% dos entrevistados afirmaram que a viagem superou as suas expectativas, 53,7% que a viagem correspondeu totalmente, 12,3% que correspondeu parcialmente e apenas 2,2% que ficou abaixo das suas expectativas.

4.2.4. Hábitos de Informação e Compra dos Diferentes Segmentos Potenciais

O turista potencial do turismo de sol e praia busca informações sobre os destinos, majoritariamente na internet, bem como com amigos e parentes. No que diz respeito ao turismo de eventos e negócios, segundo dados da Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais no Brasil, realizada em 2010 pela EMBRATUR/FGV, 33,71% turistas de eventos obtiveram na Internet dados e informações sobre o destino e 30,62% buscaram informações com o próprio organizador do evento.

De acordo com a pesquisa de Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro – 2009, 47,7% dos clientes potenciais, ou seja, aqueles que pretendem viajar pelo menos 1 vez nos próximos 2 anos, informaram buscar informações sobre viagens com parentes e amigos, 30,9% na internet e apenas 4,3% em agências de viagens e 4,2% em revistas e guias de turismo.

A programação da viagem realizada por 68,8% dos entrevistados é realizada com antecedência, sendo que 17,0% programam a viagem com antecedência de 91 a 180 dias de antecedência, 8,1% de 61 a 90 dias, 7,9 de 31 a 60 dias e 17,2% de 16 a 30 dias. Sendo assim, percebe-se que apenas 31,2% das pessoas viajam sem se programar com, pelo menos, 15 dias de antecedência.

Em relação à compra da viagem, 16,3% dos clientes potenciais a realizam com até 7 dias de antecedência, 12,2% de 8 a 15 dias de antecedência, 28,9% de 16 a 30 dias, 10,9% de 31 a 60 dias, 7,7% de 61 a 90 dias e 16,5% com mais de 91 dias de antecedência.

O pagamento da viagem é realizado à vista por 63,9% dos turistas potenciais; 79,1% dos turistas viajam por conta própria, ou seja, sem adquirir pacotes turísticos.

Quanto à quantidade de viagens em território brasileiro ao longo do ano, 44,2% dos clientes potenciais afirmaram realizar uma viagem, 21,7% duas viagens, 9,3% três viagens, 2,5% quatro viagens, 2,6% cinco viagens e 1,9% de 6 a 10 viagens.

Em 52,9% dos casos, a viagem tem duração de até uma semana, sendo que deste percentual 40,7% tem duração de 4 a 7 dias, 31,6% a viagem tem duração de uma a duas semanas, e 12% tem duração de duas a quatro semanas e, em apenas 0,5% dos casos a viagem dura mais de um mês. 90,2% dos turistas potenciais afirmaram fazer menos viagens turísticas no Brasil do que gostariam.

4.2.5. Nível de Conhecimento e de Interesse da Demanda Potencial

O Estado de Sergipe possui características peculiares uma vez que apresenta pequenas dimensões e um potencial turístico significativo representado pelas riquezas naturais pouco exploradas como as praias, dunas, rios, matas e cachoeiras. Oferece também uma diversidade cultural, gastronômica, artesanal e patrimonial e, além disso, o Estado está entre os quatro maiores produtores de petróleo do Brasil.

O turismo em Sergipe, se considerado desde o início da década de 2000, apresentou índices significativos de crescimento; os investimentos diversos realizados para a implantação e melhoria da infraestrutura, dos serviços públicos e dos equipamentos e serviços turísticos produziram resultados evidenciados no aumento do fluxo turístico estadual. A pequena dimensão do estado, fazendo com que os atrativos sejam relativamente próximos uns aos outros, e os atrativos potenciais, como praias, dunas, rios, matas e cachoeiras, a cultura local e a natureza preservada contribuíram para a concretização do cenário atual. Nele, tanto o Estado de Sergipe, quanto o Polo Costa dos

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Coqueirais e os demais polos turísticos, são considerados destinos novos e singulares, frente a outros destinos do Nordeste no segmento do turismo sol e praia. As atividades ofertadas aliadas à singularidade das características locais conferem ao Polo uma imagem que se identifica com tranquilidade e interface com cultura e meio ambiente. Portanto, a complementaridade de produtos, atrativos e atividades ofertadas em curtas distâncias podem garantir ao Polo a condição de destino diferenciado dos demais destinos do Nordeste.

O Polo Costa dos Coqueirais, por abrigar Aracaju, principal entrada do Estado, assume destaque no cenário turístico estadual. Concentra a oferta de atrativos e equipamentos e, apesar de ser formado por treze municípios, as distâncias a serem percorridas pelos turistas são pequenas – 163 Km de litoral. A oferta de produtos comercializados são as Cidades Históricas, a Foz do Rio São Francisco, Mangue Seco (BA) e City Tour em Aracaju. Estes destinos comercializados, bem como as características do Polo enfatizam os segmentos principais que são o turismo de sol e praia, o turismo cultural e o turismo de negócios e eventos, mas, nem de longe abarcam todo o potencial existente. Há uma variedade de produtos turísticos ainda não explorados, considerados potenciais e que sugerem como segmentos complementares o ecoturismo, o turismo rural, o náutico e o rural. O Polo corresponde, portanto, um destino promissor que necessita de investimentos para fortalecimento e integração do turismo, que teve no PDITS em vigor o seu marco inicial.

O Estado recentemente vem tendo os seus atrativos turísticos reconhecidos e apoiados pelo desenvolvimento do turismo brasileiro, em particular do Nordeste, pela abertura turística e pela necessidade crescente de novos destinos e também pelos esforços dos órgãos oficiais de gestão do turismo em promover, divulgar e comercializar um portfólio de produtos nas feiras e eventos de turismo, nacionais e internacionais definindo novas estratégias de mercados a serem atingidos.

Notadamente, o fato de Aracaju ser considerado um dos 65 destinos indutores do Desenvolvimento Turístico Regional no Brasil, conforme tratado no item 1.3 deste documento, contribui para a atração de turistas na região, dinamizando a economia do Polo.

4.3. Oferta Turística

A oferta turística diz respeito a um conjunto formado por atrativos turísticos – naturais, culturais, tecnológicos e científicos e eventos programados, bem como a serviços e equipamentos, dentre os quais, de hospedagem, de alimentação, de recreação e lazer, de caráter artístico, cultural e social, com capacidade de captar e manter visitantes em determinada localidade receptora, por um período determinado de tempo, dedicado a atividades turísticas.

A oferta turística o Polo Costa dos Coqueirais concentra-se, em grande parte, em Aracaju, que possui, além dos atrativos naturais e culturais, infraestrutura turística já consolidada. O levantamento da oferta turística nos outros doze municípios do Polo surpreende pelo número e pelo significado dos atrativos existentes, ainda que sejam limitados aqueles que, além de Aracaju, hoje sustentam o fluxo turístico existente, como é o caso da Foz do Rio São Francisco, as cidades históricas e o acesso a Mangue Seco, na divisa do litoral sul sergipano com o estado da Bahia. O fato de existirem e suprirem o movimento turístico atual, não significa que o fazem com qualidade nem que há capacidade de absorver uma demanda crescente. Desta forma, tem-se para o Polo Costa dos Coqueirais situações pontuais de turismo em fase de consolidação e um grande potencial de expansão, que poderá se concretizar se tal crescimento for subsidiado por diferentes ações de melhoria, de curto, médio e longo prazos, destinadas a infraestrutura e serviços básicos, criação de roteiros, criação de estruturas turísticas, ações socioambientais e de gestão.

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Ao analisar o mercado turístico, cabe ainda avaliar se a situação atual da oferta de equipamentos e serviços turísticos e da infraestrutura básica e de serviços públicos poderá atender o crescimento da demanda.

A seguir são apresentadas as informações sobre cada um dos municípios e sobre os atrativos turísticos neles localizados.

4.3.1. Descrição e Avaliação dos Atrativos Turísticos Mais Relevantes

Atrativos turísticos referem-se a localidades, objetos, equipamentos, pessoas, fenômenos, eventos ou manifestações capazes de motivar o deslocamento de visitantes ao destino turístico.

Inicialmente foram realizados levantamentos em fontes secundárias, definindo uma ficha turística por município do Polo com atrativos relevantes de cada localidade. Em um segundo momento, foram realizadas visitas e pesquisas in loco, para avaliação e análise dos principais atrativos turísticos municipais, indicados pelos Órgãos Oficiais de Turismo Municipais e pela Emsetur, de acordo com o formulário de pesquisa do Inventário da Oferta Turística.

No PDITS Costa dos Coqueirais elaborado em 2001/2003 e aprovado pelo MTur/Prodetur, que embasou os investimentos realizados na área com recursos do Programa, foi adotada a divisão da área turística em três trechos, que possuem, cada um deles, características peculiares e potencialidades próprias para desenvolvimento turístico.

Nesta revisão do PDITS foi adotada a mesma divisão:

Trecho 1 - Área Central, incorporando os municípios de Barra dos Coqueiros, São Cristóvão, Laranjeiras, Santo Amaro das Brotas, Aracaju e Nossa Senhora do Socorro;

Trecho 2 - Litoral Sul, abrangendo os municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba.

Trecho 3 - Litoral Norte, abrangendo os municípios de Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande.

Os trechos adotados para o planejamento do Polo são ilustrados no mapa da Figura 9.

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Figura 9. Municípios Integrantes do Polo Costa dos Coqueirais - Divisão em Trechos para Efeito de Planejamento

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A seguir são apresentadas as principais características dos municípios, no que diz respeito

a atrativos turísticos e principais localidades ou equipamento turístico oferecido. A análise

integrada e a valoração dos principais atrativos turísticos do Polo encontra-se na Terceira

Parte deste documento, item 9.

TRECHO 1 – ÁREA CENTRAL

A. Aracaju

Capital do estado de Sergipe, foi fundada em 17 de março de 1855 pelo então presidente da província de Sergipe Del Rey, Inácio Barbosa. A transferência da sede do governo de São Cristóvão, no interior, para Aracaju, no litoral, se deu devido à facilidade de escoamento da produção agrícola, principalmente açucareira.

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Caracteriza-se por ser o centro receptivo do Estado. É uma cidade planejada e ordenada, com ruas limpas e arborizadas. Possui clima ameno, brisa constante e um povo hospitaleiro. A população é de 570.937 habitantes e ocupa uma área territorial de 181,856km² de extensão. O PIB, per capita, é de R$ 12.940,65 (IBGE 2010).

Os principais segmentos turísticos que merecem destaque, de acordo com o Relatório Analítico dos 65 Destinos Indutores, são o do Turismo de Negócios e Eventos, Turismo de Sol e Praia e Turismo Cultural. A cidade possui uma diversidade de atrativos naturais como rios, manguezais e praias de água morna. A área litorânea possui mais de 35 Km de extensão.

A capital apresenta infraestrutura turística, incluindo variedade hoteleira e gastronômica, além de riqueza patrimonial, ciclovias, parques, praças, museus, teatros, galerias de arte, bares, restaurantes, casas noturnas e um centro de convenções. A exploração petrolífera é crescente na região, o que vem atraindo turistas e investidores.

Os principais atrativos turísticos são:

Praia de Atalaia – localizada a 9 Km do Centro de Aracaju, a Orla de Atalaia possui 6 Km de extensão, abrigando bares, restaurantes, hotéis, pousadas, equipamentos de lazer e convivência, com destaque para o Centro de Arte e Cultura e o Oceanário. Conta com a Delegacia de Turismo, com a CPTur – Companhia de Policiamento do Turismo.

Na Passarela do Caranguejo, à beira-mar, são encontradas especialidades gastronômicas variadas.

Dentre os equipamentos de lazer e convivência conta com quadras poliesportivas, praça de eventos, equipamentos de ginástica, banheiros, ciclovia com 5 mil metros de extensão, fontes luminosas, parques infantis, pergolados, passarelas sobre as areias para acesso ao mar, quadras de tênis, de vôlei, campos de futebol de areia, parede de escaladas, complexo de esportes radicais com rampas de skate, pista de Kart, lagos e estacionamentos.

A sinalização turística e indicativa é adequada e encontra-se em bom estado de conservação.

Oceanário de Aracaju – conjunto de 18 aquários que mostram a diversidade da flora e fauna marítima e fluvial de Sergipe. A visita é monitorada e o ingresso é cobrado.

Inaugurado em junho de 2002, o Oceanário tem o formato de uma tartaruga. Os aquários abrigam variadas espécies de peixes, tartarugas, moréias, xaréus, caranhas e tubarões-lixa.

Existem ainda quatro tanques onde os visitantes podem tocar em espécies de invertebrados, crustáceos, moluscos e peixes, com a orientação de um monitor. O visitante pode, ainda, em horários determinados, auxiliar o monitor na alimentação dos animais.

O Oceanário conta ainda com um anfiteatro, painéis informativos, sistema de som com música ambiente, projeção de vídeo, vitrine com exposição sobre o mangue e uma concha acústica para apresentações de cunho cultural. Na área externa há uma loja com produtos Tamar.

No que se refere à infraestrutura, o Oceanário oferece acesso aos portadores de necessidades especiais, com rampas e banheiros projetados para atender esse segmento de visitantes.

A visita é realizada com monitores do Projeto Tamar, de 3ª a domingo, das 9h ás 21h. O valor da entrada é de R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia para estudantes,

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com carteira de identificação); crianças de até 1metro de altura e portadores de necessidades especiais não pagam entrada.

Figura 10. Oceanário de Aracaju – Praia de Atalaia

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Rio Vaza Barris – Croa do Goré – no rio Vaza Barris que separa os municípios de Aracaju e São Cristóvão, merece destaque a Croa do Goré. O espaço é muito utilizado nos finais de semana e feriados.

O Rio Vaza Barris possui cerca de 450 quilômetros de comprimento e banha os estados da Bahia e Sergipe. Desaguando no litoral sergipano, no povoado de Mosqueiro. Sua paisagem é formada por manguezais preservados, vegetações nativas e ilhas que surgem com a maré seca.

O acesso à Croa do Goré depende da maré baixa para sua visitação. Croa significa: monte de areia que surge do rio na maré vazante e Goré é o caranguejo que se esconde na terra.

O acesso à Croa é realizado por catamarã, lancha ou barco que, via de regra, partem do atracadouro do Mosqueiro. O percurso dura aproximadamente 15 minutos. Na Croa, aos sábados, domingos e feriados, fica ancorado um bar flutuante que atende as demandas de alimentação e bebida dos visitantes, com um cardápio diversificado à base de frutos do mar. São também disponibilizados banheiros no bar flutuante.

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Figura 11. Atracadouro do Mosqueiro – Povoado do Município de Aracaju

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 12. Croa do Goré – Município de Aracaju

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 13. Croa do Goré – Município de Aracaju

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Orla Por do Sol – localizada no Povoado Mosqueiro, conta com equipamentos voltados para o lazer e atividades físicas, além de abrigar eventos culturais. É também ponto de partida para navegação pelo Rio Vaza Barris.

Inaugurada em 2010 pela Prefeitura Municipal de Aracaju, a Orla Por do Sol possui 600 metros de extensão com ciclovias, pista para caminhada, equipamentos de ginástica, rampa de acesso para lanchas e transportes marítimos de pequeno porte,

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passarela de madeira às margens do rio Vaza Barris e quiosques. No espaço há também um Centro de Atendimento ao Turista e um Posto Policial

O Governo Municipal de Aracaju, por meio da Fundação Municipal de Cultura e Turismo – FUNCAJU promove aos sábados, a partir das 17 horas, o Projeto Orla Por do Sol, com variadas atrações musicais, com o objetivo atrair sergipanos e turistas para o espaço.

No Povoado de Mosqueiro ressalta-se a necessidade de investimento para a recuperação de atracadouros, que se encontram em estado precário de manutenção.

Figura 14. Orla Pôr do Sol – Mosqueiro – Município de Aracaju

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 15. Orla Pôr do Sol – Mosqueiro – Município de Aracaju

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Orla do Bairro Industrial – localizada na zona norte de Aracaju, às margens do Rio Sergipe. É voltada ao lazer de moradores e visitantes. Conta com calçadão, bares,

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restaurantes, centro de artesanato, ciclovia, píer, banca de revistas e estacionamento.

É um dos bairros mais antigos da cidade e nele podem ser vistas algumas fábricas antigas ainda em atividade e residências com características arquitetônicas singulares.

O bairro é margeado pelo Rio Sergipe e, por este motivo, a Prefeitura da cidade construiu uma orla voltada para o lazer de moradores e visitantes, onde se instalaram bares e restaurantes com culinária típica da região.

Figura 16. Orla do Bairro Industrial - Aracaju

Fonte: www.leveweb.com.br

Mercados Públicos Antônio Franco e Thales Ferraz - localizados no Centro de Aracaju, constituem parte do patrimônio edificado da cidade. Funcionam como centro comercial, cultural e de gastronomia, abrigando lojas de produtos artesanais locais e regionais, bancas de literatura popular e restaurantes.

O mercado Thales Ferraz data de 1949 e o mercado Antônio Franco de 1926.

O mercado Antônio Franco era inicialmente um espaço onde se comercializava produtos industrializados, carnes, queijos, doces, mandioca, ervas e produtos relacionados aos cultos afro-brasileiros. No ano de 1948, foi construído o mercado auxiliar que recebeu o nome de Thales Ferraz, cuja leitura arquitetônica era semelhante à do mercado Antônio Franco. Na década de 90 foi realizado um projeto de revitalização do centro da cidade que incluiu a reforma dos dois mercados. Nesta época foi construído o Mercado Albano Franco, com uma arquitetura diferente dos outros dois.

O Mercado Antônio Franco abriga lojas de produtos artesanais locais e regionais, bancas de literatura popular e restaurantes. Ligado a este pela Passarela das Flores encontra-se o Mercado Thales Ferraz que comercializa produtos como queijo, mel, castanha de caju e doces típicos. O mercado Albano Franco é um dos mais importantes centros de abastecimento da capital no ramo de hortifrutigranjeiros.

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O horário de funcionamento dos mercados é das 6h às 18h, de segunda a sábado, e das 6h às 12h aos domingos.

Figura 17. Mercados Públicos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Museu da Gente Sergipana - instalado em antigo prédio restaurado, entrou em operação em 2011. Conta com recursos interativos e de multimídia que proporcionam ao visitante o conhecimento da cultura sergipana e suas manifestações folclóricas.

O acervo do museu foi instalado no antigo prédio do Atheneuzinho, que foi restaurado pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese), em parceria com o Governo do Estado.

O prédio do museu conserva em seu exterior as características arquitetônicas da época, adaptadas para as necessidades atuais. Em seu interior há uma variedade de recursos interativos e de multimídia que proporcionam ao visitante uma oportunidade de conhecer o Estado de Sergipe em suas manifestações folclóricas, simbólicas, natureza, artes, história, culinária, festas e costumes.

A programação é variada e inclui passeios guiados e apresentação de vídeos, no Auditório, com belas imagens de paisagens e manifestações culturais presentes no estado.

A exposição permanente conta com conteúdos relacionados à história, culinária, festas, personalidades sergipanas, artesanato, ecossistemas, entre outros.

Outros equipamentos disponíveis são a Loja da Gente, localizada no térreo, com a comercialização de produtos artesanais e o Café da Gente, ambiente climatizado e agradável, que oferece diversificada culinária além de contar com uma programação cultural com música e exposições artísticas.

O horário de funcionamento do Museu da Gente Sergipana é de terça a domingo, das 10h às 17h.

Festejos Juninos - destaque no calendário de eventos de Aracaju e do Estado de Sergipe, com expressivas manifestações populares. Os principais eventos ocorrem no Centro Histórico e na praia de Atalaia.

Um dos eventos que se destacam no calendário de eventos de Aracaju e do Estado de Sergipe são os Festejos Juninos que ocorrem no mês de Junho.

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A capital do estado é o principal centro destas manifestações populares. São as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro que atraem visitantes de todas as partes. Ao som do forró, da zabumba, da sanfona, do triângulo toca-se o xote, o xaxado e o baião. Os grandes eventos ocorrem no Centro Histórico e na praia de Atalaia como o Forró Caju e o Arraiá do Povo.

O Barco do Forró é outro atrativo que ocorre no mês de junho. Ao som de sanfoneiros, triângulos e zabumba o Catamarã Parnamirim realiza dois itinerários:

Píer do Crase no Rio Sergipe: saída em direção à ponte Aracaju/Barra dos Coqueiros, retornando ao Píer. O roteiro tem a duração de 3 horas e sai ás 10h e ás 15h.

Orla Pôr-do-Sol no Rio Vaza Barris: saída em direção à Croa de Goré, passando pela Ilha dos Namorados e retorno à Orla Pôr-do-Sol. O roteiro tem a duração de 3h e 30 minutos, e sai ás 9h e ás 14h.

As festas juninas de Aracaju, ainda que não decepcione a população local e os

visitantes, poderiam ser enriquecidas e expandidas se o calendário de eventos do

município contemplasse os festejos promovidos em diferentes bairros e ruas da

cidade e que, também a estes eventos fosse dada promoção e apoio.

Centro de Convenções de Sergipe - maior complexo de eventos de Sergipe, administrado pelo governo estadual. Possui pavilhão para feiras e exposições, com cerca de 5.000 m2, e complexo de salas e auditórios. Capacidade, porém, é limitada – o maior auditórios tem 408 lugares.

Está localizado na Avenida Tancredo Neves, a 10 minutos do centro da cidade e a 15 minutos da orla de Atalaia e do aeroporto de Aracaju, próximo dos principais hotéis, shoppings, restaurantes, bares, cinemas, teatros e praias da capital.

Foi construído no ano de 1986 e inaugurado dois anos depois. Em 1994 foi chamado de Centro de Convenções de Sergipe, uma vez que o Estado necessitava de um espaço para sediar eventos de grande porte.

O complexo de salas e auditórios, possui quatro auditórios e duas salas de treinamento com capacidade que varia de 30 a 408 lugares. O conjunto está ligado ao Teatro Tobias Barreto por meio de passarela coberta. O Teatro possui capacidade para 1.350 pessoas que pode também ser utilizado para eventos.

Em 2002 foi realizada uma reforma no complexo, sendo instalados elevador, posto médico, entrada individual e banheiros adaptados para o Pavilhão de Exposições.

O Centro de Convenções de Sergipe oferece adequada infraestrutura para a realização de feiras, congressos, convenções, seminários, simpósios, exposições e outros tipos de eventos.

Importa acrescentar que os espaços são equipados com ar refrigerado, permitindo maior conforto para seus usuários. Possui também foyer, depósito e telefones públicos.

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Figura 18. Térreo do Centro de Convenções

Figura 19. Pavimento do Centro de Convenções

Fonte: http://www.centrodeconvencoes.se.gov.br

Além desses atrativos principais, a cidade possui outros atrativos de menor porte, como:

Centro de Turismo – Rua 24 horas;

Ponte do Imperador; Palácio Fausto Cardoso;

Teatro: Atheneu e Tobias Barreto

Centro de Criatividade;

Espaço Cultural Imbuaça;

Centro Cultural e Arte UFS – CULTART;

Galeria de Arte Álvaro Santos;

Galerias: Florival Santos; J. Inácio; Félix Mendes; Jenner Augusto;

Catedral Metropolitana;

Igrejas: Santo Antônio; São José;

Praças: Fausto Cardoso; Olímpio Campos; Tobias Barreto;

Calçadão da 13 de Julho;

Parques: da Sementeira – Governador Augusto Franco; Parque da Cidade – José Rollemberg Leite; dos Cajueiros – Governador Antônio Carlos Valadares;

Eventos: Pré-caju, Réveillon e Projeto Verão.

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B. Barra dos Coqueiros

Fundada em 1953, o município foi inicialmente denominado “Ilha de Santa Luzia”. Localiza-se a 800 metros da capital sergipana, possui uma população aproximada de 24 mil habitantes e 90.322 Km² de área territorial. Pequena e aconchegante, a cidade guarda o bucolismo de tempos remotos mas abre espaço para a modernidade, percebida com a construção da ponte Construtor João Alves, em 24 de setembro de 2006. A ponte interliga a capital, Aracaju, ao município de Barra dos Coqueiros, cruzando as águas do Rio Sergipe. A ponte possui também o propósito de facilitar a ligação de Aracaju aos municípios do litoral norte do estado; porém, as lanchas, balsas e tototós perderam sua utilidade e as travessias ficaram escassas.

Sua posição geográfica favorece a vocação do município para o turismo de sol e praia e turismo de lazer, uma vez que é cercado pelo rio e pelo mar, com praias de águas calmas e mornas, manguezais e coqueirais. Até o ano de 2006 o acesso dos moradores e visitantes do município à capital sergipana era realizado somente por meio de transporte hidroviário em tototós, lanchas, escunas ou barcos.

As praias da Costa, Atalaia Nova e Jatobá atraem os visitantes. Bares rústicos, oferecem comidas típicas como moqueca de robalo, peixe frito, carne de sol com pirão de leite, e petiscos variados, como pilombeta e pastéis de caranguejo e de aratu.

A sede municipal não conta com saneamento básico satisfatório e grande parte de suas ruas não têm calçamento. O atracadouro necessita igualmente de intervenções e benfeitorias. A segurança pública também precisa ser reforçada. Com o crescimento do turismo, destaca-se a importância de um Centro de Informações Turísticas na cidade, preferencialmente no atracadouro onde desembarcam os tototós, catamarãs e barcos.

Dentre os atrativos do município destacam-se:

Ponte Construtor João Alves - ligando o município à capital sergipana, foi inaugurada em 2006. Possui 1.850 metros de extensão, com quatro faixas para veículos, além de ciclovia e faixa para pedestres.

Figura 20. Ponte Construtor João Alves

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Travessia de Tototó - embarcação de madeira movida a motor, considerado desde dezembro de 2011 como patrimônio cultural do Estado de Sergipe.

O som característico da embarcação motivou o nome pelo qual é conhecido – Tototó. O título de patrimônio cultural do Estado de Sergipe, reforça sua importância na história da população aracajuana.

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Os tototós representaram, por muito tempo, a única forma de se chegar a Barra dos Coqueiros, partindo de Aracaju. Dezenas de embarcações realizavam essa travessia, considerada popular devido ao preço e à rapidez.

Atualmente 23 tototós se revezam diariamente nas travessias, garantindo ocupação para 46 proprietários que persistem no trabalho, escasso após a inauguração da ponte Construtor João Alves.

Figura 21. Travessia de Tototó – Aracaju a Barra dos Coqueiros

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Navegação pelo Rio Sergipe – em catamarã, permite a contemplação do município de Barra dos Coqueiros, em específico a Praia de Atalaia Nova. O trecho navegado se estende até o Rio Pomonga, local utilizado pelos turistas para banho. A embarcação parte do atracadouro localizado na Avenida Ivo do Prado, em Aracaju e passeia pelas águas do Rio Sergipe.

Praia de Atalaia Nova - primeiro local povoado no município, é ainda pouco explorada pelo turismo. Utilizada como palco para eventos, notadamente os realizados no verão. A infraestrutura local se encontra em estado precário; com degradação de casas e calçamentos pela a força do mar. O lixo constitui outro grande problema, com restos de construção e outros resíduos dispostos indevidamente em espaços públicos.

São 30 km de extensão, com pontos de vegetação nativa e deserta, com paisagem de areias escuras e coqueirais. A praia é ainda pouco explorada pelo turismo.

É palco do evento artístico, cultural e esportivo denominado Verão Sergipe.

Figura 22. Praia de Atalaia Nova

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Passeio de Charrete – saindo da Praça da Matriz. Registra-se o estado precário das ruas, que precisam receber melhorias para conforto e segurança dos usuários do passeio.

Praia da Costa - com boa infraestrutura turística, com bares e restaurantes, localiza-se próximo à rodovia que liga a sede municipal à Praia de Atalaia Nova. Abriga algumas pousadas e um Resort. A transformação desta praia num atrativo turístico demanda, pelo menos, a construção de um calçadão com área de estacionamento, área de lazer e espaço para comercialização do artesanato local.

Festa de Santa Luzia - em homenagem à padroeira da cidade, é a festa cristã mais tradicional da cidade, atraindo a comunidade local e os moradores e visitantes dos municípios vizinhos.

A festa é realizada no dia 13 de dezembro. A comemoração inclui novenas e missas, culminando com uma grande procissão que percorre as principais ruas do centro da cidade de Barra dos Coqueiros.

Merece destaque também, como atrativo do município, a Igreja Santa Luzia, o folclore regional, o artesanato, a atividade das catadoras de mangaba e as festas e celebrações como a Festa da Padroeira ou a Cavalgada.

Praia do Jatobá - próxima à divisa Barra dos Coqueiros / Pirambu, com acesso por estrada de chão batido. Plana, tranquila e de águas claras, a praia do Jatobá presta-se ao descanso e ao turismo em família. Destaque para a rica biodiversidade do local.

Ao longo do trajeto, o turista pode se deslumbrar com um cenário formado por vegetação de manguezais e coqueirais que adornam a estrada.

Registra-se a necessidade de implantação de melhorias no acesso à praia, já que a estrada de barro, em dias chuvosos, pode tornar-se um obstáculo à visitação. É também necessário o planejamento do espaço público - calçadão, praças, estacionamentos, etc., assim como melhoria da qualidade dos serviços de bares e restaurantes existentes no local.

Tem ainda importância como atrativos turístico do município: a Igreja Santa Luzia, o folclore regional, o artesanato, a atividade das catadoras de mangaba e as festas e celebrações como a Festa da Padroeira ou a Cavalgada.

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C. Laranjeiras

Fundada em 1832 às margens do Rio Cotinguiba, a cidade situa-se a 23 km de Aracaju. Possui aproximadamente 27 mil habitantes e área territorial de 162 Km². O município é considerado patrimônio histórico cultural nacional devido a riqueza de casarios, engenhos e igrejas que remontam ao período colonial brasileiro.

Merece destaque também sua cultura popular manifestada por mais de vinte grupos folclóricos e religiosos, alguns dos quais existentes apenas em Laranjeiras.

Patrimônio Arquitetônico – as mais importantes edificações compreendem a Casa de Engenho Retiro, os Engenhos Jesus Maria José e Usina Pinheiro, as Igrejas Boas Jesus dos Navegantes, Matriz do Sagrado Coração de Jesus, Conjunto do Retiro, Igreja Nossa Senhora da Conceição de Comandaroba, Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.

A Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Comandaroba foi erguida em 1734 e abrigou a segunda residência dos jesuítas. Possui características barrocas e está aberta a visitação diariamente até às 16h. A edificação, tombada pelo IPHAN, é um dos monumentos históricos de maior valor no Estado.

Figura 23. Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Comandaroba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A Igreja Nosso Senhor do Bonfim foi edificada em 1836 no ponto mais alto da cidade, a 65 metros de altura, no morro do Bonfim. Foi conhecida inicialmente como "Capela Azulada" por quase tocar o firmamento. Em meados do século XIX, a igreja foi atingida por um incêndio que destruiu seu altar. Sua restauração foi realizada utilizando o teto e os altares laterais da Igreja Jesus, Maria e José.

Figura 24. Igreja Nosso Senhor do Bonfim - Laranjeiras

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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A Capela do Engenho Jesus, Maria e José foi construída em 1769. Atualmente encontra-se em ruínas. O altar, bem histórico tombado pelo IPHAN, foi retirado e encontra-se hoje na Igreja do Senhor do Bonfim. Localiza-se Zona rural, em propriedade particular de difícil acesso.

Figura 25. Área Rural de Laranjeiras - Capela do Engenho Jesus, Maria e José

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Patrimônio Cultural – variado e expressivo, com grande acervo material e imaterial, com destaque para o Mercado Municipal, o antigo Teatro Santo Antônio, o Museu de Arte Sacra o Museu Afro-brasileiro de Sergipe e outros. A despeito do rico acervo, os museus possuem baixa capacidade de atração pela forma de exposição e capacidade operacional. A elaboração de um projeto museológico, em parceria com a UFS que instalou recentemente campus no município e conta com curso de graduação em Museologia, poderia apontar as adequações necessárias ao restabelecimento e aumento da atratividade destes espaços.

O Mercado Municipal de Laranjeiras foi construído no século XIX, com características góticas. Recebia as mercadorias que desembarcavam no pequeno atracadouro no Rio Cotinguiba e era também o local onde os escravos eram desembarcados e alojados enquanto aguardavam seus senhores. Atualmente funciona no local o Centro de Tradições, palco de manifestações artísticas que se encontra aberto à visitação de terça a domingo das 9h às 17h.

A construção do Antigo Teatro Santo Antônio data do século XIX. Funcionou como teatro por muito tempo. Foi utilizado como cortiço em sua época de abandono e atualmente abriga a biblioteca e laboratórios do campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

O Museu de Arte Sacra foi fundado no ano de 1980 com o intuito de preservar o acervo sacro do município. É o segundo mais importante do Estado. O Museu Afro-brasileiro de Sergipe abriga peças ligadas à cultura afro-brasileira como objetos de cultos religiosos, fotografias, telas e documentos.

A despeito do rico acervo que possuem ambos os museus possuem baixa capacidade de atração. Conforme se observa, os museus, suas peças, assim como o método de exposição se mantêm inalterados ao longo do tempo, demonstrando incapacidade de dialogar com a comunidade, acompanhar sua dinâmica e atrair visitantes.

Riquezas folclóricas - o município se destaca pela riqueza das manifestações culturais e danças variadas. Dentre as manifestações culturais destacam-se o

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Lambe-Sujo e Caboclinhos, o Reisado, as Taieiras, o Cacumbi, a Dança de São Gonçalo do Amarante, a Chegança Almirante Tamandaré, o Samba de Coco e o Samba de Pareia, as Quadrilhas juninas.

Os Eventos de maior expressão são o Encontro Cultural de Laranjeiras, que reúne manifestações culturais e pesquisadores de todo o país, e a Micareme, festa com características carnavalescas (alegorias) que agrega a comunidade local em torno de diferentes blocos percussivos. No artesanato destaca-se a renda irlandesa, o redendê, ponto de cruz e crochê.

Há necessidade de apoio à cultura local, em específico de fortalecimento de grupos já atuantes, para sustentabilidade das ações empreendidas. Dentre as demandas registra-se as iniciativas da Casa de Cultura João Ribeiro e a Casa do Folclore, espaços já existentes, porém com necessidade de estruturação.

Importante registrar a existência de um projeto de Desenvolvimento Turístico elaborado pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI), no ano de 2011.

Atrativos Naturais

A sede do município está as margens do rio Cotinguiba. Destacam-se no município as cavernas, de descoberta recente, que vem sendo muito procuradas.

Figura 26. Rio Cotinguiba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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D. Nossa Senhora do Socorro

Localizado a 13 km de Aracaju, faz parte da Região Metropolitana do Estado de Sergipe. Em razão de sua proximidade com a capital sergipana, o município é considerado cidade-dormitório, possuindo diversos conjuntos habitacionais.

É o segundo maior do estado em população, com aproximadamente 160 mil habitantes. Fundada em 1868, a cidade de Nossa Senhora do Socorro destaca-se pelo seu forte polo industrial. Foi o município que mais atraiu empresas entre 1997 e 2002, elevando o número de unidades industriais de 566 para 1.024. São indústrias de alimentos, malharias, artefatos de cimento, renovadoras de pneus, fábricas de velas, de leite de coco, gesso, entre outros.

A atratividade cultural é baseada nas igrejas, museus, palácios, e nos grupos de Capoeira e de Samba de Coco. Os eventos religiosos como a festa da padroeira, a lavagem das escadarias da igreja e a festa do Forró do Siri atraem os turistas para a região.

Destaques:

Igreja Matriz Nossa Senhora Perpétuo do Socorro - patrimônio histórico e artístico nacional tombado pelo IPHAN em 1943.

Principal monumento turístico da cidade. Não há documentação que ateste a data da sua construção, contudo na sacristia há uma inscrição de 1714.

No interior da igreja há uma imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro esculpida em madeira, datada do século XVIII. A imagem foi considerada pequena pelos jesuítas e então estes providenciaram uma imagem maior. Ambas permanecem na igreja. No templo há um túnel que facilitava a fuga dos padres durante a perseguição dos holandeses.

Prainha do Porto Grande - localizada às margens do Rio Cotinguiba e teve o acesso liberado ao público pelo Ibama e pelo Deso em 1992. Foi então construída a orla do Porto Grande, com bares e outros itens de infraestrutura para recebimento dos visitantes. Os festejos carnavalescos no município de Nossa Senhora do Socorro concentram-se na Prainha do Porto Grande.

Prainha de São Braz - localizada às margens do Rio do Sal no Povoado São Braz. As paisagens do rio e do mangue atraem turistas que buscam a tranquilidade e o contato com a natureza; entretanto, a Prainha possui pouca infraestrutura na orla para o atendimento aos visitantes.

Festa da Padroeira - uma das festas mais importantes do calendário municipal. sendo realizada em 2 de fevereiro. Comemorada no dia 2 de fevereiro com a celebração de missas, novenas e procissões que reúnem milhares de fiéis. Durante a festa há a lavagem das escadarias da igreja, realizada por fiéis ligados à umbanda.

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E. Santo Amaro das Brotas

O município foi fundado em 1697. Corresponde ao quinto mais antigo município de Sergipe e o 54° mais antigo do Brasil. Distante de Aracaju 37 quilômetros, possui aproximadamente 11 mil habitantes e área territorial de 234 Km².

Os atrativos do município incluem igrejas, Mirante de Cristo e festas populares.

Igreja Matriz de Santo Amaro – construída em 1728, data que está inscrita na cercadura da porta que liga a capela‐mor à sacristia. Possui uma fachada simples com frontão triangular sem ornamentação. Possui apenas uma torre que foi concluída posteriormente, em 1941. Tal evidência pode ser verificada pela forma adotada e os materiais empregados na construção desta torre. O interior é desprovido de ornamentação, atraindo a atenção alguns elementos em cantaria que revelam a participação de mão de obra pouco qualificada. Foi classificada pelo IPHAN em 1943 por seu valor histórico e arquitetônico.

Figura 27. Igreja Matriz de Santo Amaro

Fonte: http://www.hpip.org/, acesso em novembro de 2012

Capela de Nossa Senhora da Conceição (Engenho Caieira) - Construída no ano de 1750, a Capela erguida em homenagem a Nossa Senhora da Conceição foi o que restou do conjunto edificado do antigo Engenho Caieira. Localizada em um ponto elevado do terreno, possui em sua área externa um adro com o cruzeiro em madeira.

Possui um alpendre, característica marcante da edificação, e no seu interior a nave e a capela mor. Por seu valor histórico e arquitetônico, esta capela foi classificada pelo IPHAN, em 1944.

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Figura 28. Capela Nossa Senhora da Conceição – Engenho Caieira

Fonte: http://www.hpip.org/, acesso em novembro de 2012

Mirante do Cristo - principal atração turística da cidade. Deste ponto é possível ter uma vista panorâmica de Santo Amaro, do Rio Sergipe e da Ponte Construtor João Alves.

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F. São Cristóvão

São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país e a primeira capital do Estado de Sergipe. Foi fundada pelo português Cristóvão de Barros no ano de 1590. A configuração urbana da cidade segue o modelo português que a divide em dois planos: cidade alta, onde se concentra a sede do poder civil e religioso, e a cidade baixa, onde se localiza a população de baixa renda, os portos e as fábricas.

No ano de 1855 houve a transferência da capital para Aracaju pela necessidade da instalação de porto com capacidade para embarcações de maior porte, visando facilitar o escoamento da produção açucareira, principal fonte da economia na época.

O município se localiza a 23 km de Aracaju, faz parte da região metropolitana do Estado, possui aproximadamente 80 mil habitantes (2010) e área territorial de 440 Km². Abriga um conjunto arquitetônico de grande valor histórico-cultural. Os primeiros tombamentos em São Cristóvão ocorreram entre os anos de 1941 a 1944, e protegeram monumentos isolados. No ano de 1967 o conjunto arquitetônico e urbanístico do Centro Histórico foi tombado pelo IPHAN.

São dez os bens tombados individualmente:

Praça de São Francisco,

Igreja e Convento Santa Cruz – Convento São Francisco,

Igreja Matriz de Nossa Senhora das Vitórias,

Sobrado à Rua Getúlio Vargas S/N – Restaurante Solar do Parati,

Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo,

Sobrado à Rua Messias Prado N° 20 – Restaurante do Japonês,

Igreja de Nossa Senhora do Amparo, Antiga Ouvidoria – Futura sede do Iphan,

Antiga Santa Casa de Misericórdia – Lar Imaculada Conceição,

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.

No ano de 2010 a Praça São Francisco recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

Os atrativos culturais do município são: o Centro Histórico, a Praça de São Francisco, a Praça da Matriz e os sobrados que datam da época colonial. Importa acrescentar que a riqueza patrimonial também é configurada pelo centro de artesanato, igrejas, museus, palácios, fazendas e engenhos.

Possuem expressividade as festas Juninas, de Santos Reis e de São Pedro, bem como o artesanato feito com cerâmica, a cestaria e os bordados.

A gastronomia local é também marcante com a fabricação da queijada e dos doces típicos. A esse respeito destaca-se o papel socioeconômico e cultural da Cooperativa de Doces Santa Salu, situada no Povoado Cabrita. Interessantes trabalhos vêm sendo desenvolvidos pelo curso de turismo da Universidade Federal de Sergipe com a intenção de compreender como o processo de cooperativismo tem transformado a produção e comercialização da doçaria, que representa um importante legado identitário local.

Na produção sancristovense é possível encontrar as contribuições indígenas, africanas e europeias que, assim como em outros territórios brasileiros, foram assimiladas e reelaboradas conforme as especificidades locais. As contribuições indígenas podem ser identificadas no intenso uso da mandioca na produção de beijus, sarolhos, bolos de macaxeira e puba, que são fartamente produzidos nas fabriquetas espalhadas nos bairros e povoados. A presença europeia se dá, sobretudo, por meio dos refinados biscoitos de

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origem suíça, os bricelets, confeccionados por religiosas que mantêm até hoje o legado deixado pelas freiras estrangeiras que viveram na Santa Casa de Misericórdia. Já a herança negra pode ser encontrada no intenso e criativo uso do coco em doces de frutas, bolos, balas e cocadas.

A Casa da Queijada é o local de produção e comercialização de doces mais conhecido de São Cristóvão, estando localizado no centro histórico da cidade. A proprietária, com a ajuda dos familiares, é responsável pela produção diária de 200 a 350 queijadas.

Praça de São Francisco - do fim do século XVI, recebeu em 2010 o título de patrimônio cultural da humanidade. O conjunto arquitetônico compreende a Praça, a Igreja de São Francisco, o Convento de Santa Cruz, a Capela da Ordem Terceira (hoje Museu de Arte Sacra), a antiga Santa Casa de Misericórdia (atual Lar Imaculada da Conceição) e o Palácio dos Governadores (atual Museu Histórico de Sergipe).

A Praça São Francisco foi construída para se tornar o centro da cidade e espaço para as edificações de cunho político, judicial e religioso. Recebeu o título de patrimônio cultural da humanidade expressando, acima de tudo, desenvolvimento para a região e resgate da história de Sergipe.

A Capela da Ordem Terceira é hoje Museu de Arte Sacra; a antiga Santa Casa de Misericórdia, o atual Lar Imaculada da Conceição; e o Palácio dos Governadores, o atual Museu Histórico de Sergipe.

A Igreja e Convento de São Francisco foram construídos em 1693 por meio de doação da comunidade aos padres franciscanos. O conjunto possui estilo barroco e no convento funcionou a Assembleia Provincial na época em que São Cristóvão era a capital da província e serviu também como espaço para a ocupação dos seguidores de Antônio Conselheiro na Guerra de Canudos (1897). Na área externa encontra-se o cruzeiro, herança dos frades franciscanos.

Figura 29. Igreja e Convento de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A arquitetura da Capela da Ordem Terceira possui características e elementos neoclássicos como o frontão. Atualmente o espaço abriga o Museu de Arte Sacra que guarda peças ligadas à fase do Brasil Império, exemplos de grande valor para a historiografia sergipana.

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A antiga Santa Casa de Misericórdia é uma construção que data do século XVIII, seu espaço abrigou um hospital de caridade, em 1911 funcionou como asilo e após esse período foi também orfanato. Desde 1922 encontra sob a administração das Irmãs Missionárias Imaculada Conceição da Mãe de Deus. É um monumento tombado pelo Iphan.

Figura 30. Antiga Santa Casa de Misericórdia

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O Palácio dos Governadores remonta ao século XVIII. O espaço já abrigou cadeia, hospital e escola e atualmente funciona o Museu Histórico de Sergipe que detém aproximadamente 4 mil peças que, em conjunto, buscam salvaguardar a memória e identidade do povo sergipano representado nos bens móveis e imóveis que compõe seu acervo.

Figura 31. Palácio dos Governadores – Museu Histórico de Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Praça da Matriz - o conjunto arquitetônico da Praça da Matriz é formado pela Casa Paroquial e Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória. Adjacente à praça está também o Poder Municipal de São Cristóvão.

Compõem ainda o conjunto da Praça São Francisco a Casa do Folclore Zeca de Norberto; o Posto de Informações Turísticas – PIT, a Biblioteca Pública Municipal “Lourival Baptista” e a Casa do IPHAN, todos abertos à visitação.

Os monumentos que fazem parte do roteiro visitação funcionam de terça a sábado, das 10 às 16 horas e aos domingos o horário de funcionamento das Igrejas é das 9 às 13 horas. O Museu de Arte Sacra funciona diariamente das 10 às 13 horas e o Museu Histórico de Sergipe funciona das 10h às 16 horas.

Junto à Praça São Francisco se insere o roteiro turístico para a Igreja de nossa Senhora do Rosário, Igreja do São Francisco, Igreja Nossa Senhora da Vitória, Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Igreja de Nossa Senhora dos Passos, Memorial de Irmã Dulce e a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes.

A Praça é também palco das manifestações artístico-culturais como a utilização do espaço por grupos folclóricos como as taieiras, caceteiras, langas e outros. As festas juninas, a Cidade Seresta e o Festival de Arte de São Cristóvão utilizam o espaço da praça também. No campo da literatura, Gregório de Matos e Jorge Amado já declararam amor à São Cristóvão e às belezas do centro histórico.

O conjunto arquitetônico da Praça da Matriz é formado pela Casa Paroquial e Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória. A Praça também sedia o Poder Municipal de São Cristóvão.

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória foi construída no século XVII. Considerada o templo religioso mais antigo da cidade, foi destruída durante a invasão holandesa. Recentemente a Igreja passou por um processo de restauração executada em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional (Iphan) com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Além das fachadas e do interior, foram também restauradas imagens e quadros.

Figura 32. Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Conjunto Arquitetônico do Carmo - localizado na Praça Senhor dos Passos, a construção do Conjunto Arquitetônico do Carmo data do século XVIII. O conjunto compreende o Convento do Carmo, a Igreja Conventual e a Igreja da Ordem Terceira que atualmente abriga o Museu dos Ex-Votos. A Igreja do Carmo Maior foi fundada em 16 de julho de 1739 e sua construção possui estilo barroco.

O Museu dos Ex-Votos possui um acervo composto de peças que representam graças alcançadas. São objetos feitos em madeira, barro, gesso, tecidos e registros fotográficos de graças alcançadas. O museu está aberto diariamente, das 10 às 16 horas.

Figura 33. Museu dos Ex-Votos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Igreja Nossa Senhora do Amparo - a construção da Igreja data do fim século XVIII, mantida pela Irmandade de Nossa Senhora do Amparo até ser extinta no ano de 1902. No ano de 1907 a Igreja passou à administração do vigário de São Cristóvão.

Em 1996 todo o conjunto arquitetônico e seus elementos artísticos foram restaurados. É um Monumento histórico tombado pelo Iphan.

Figura 34. Igreja Nossa Senhora do Amparo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos - Construída no século XVIII pelos jesuítas, a igreja barroca era o palco dos festejos folclóricos como a Taieira e a Chegança. Atualmente ainda se realiza a Procissão dos Fogaréus e a Chegança, com participação exclusiva dos homens. É um monumento histórico tombado pelo Iphan e o horário de visitação é diariamente das 10 às 16 horas. As missas ocorrem uma vez ao mês.

Figura 35. Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Cristo Redentor - localizado a 2 km do Centro Histórico de São Cristóvão, o monumento foi construído no ano de 1924 , na colina São Gonçalo, há dois quilômetros do centro histórico da ex-capital. A obra tem 16 m de altura (10 m de base e 6 m da estátua) e foi encomendada pelo Governo de Graccho Cardoso (1922/1926) ao arquiteto Bellando Belandi.

A inauguração realizada no dia 24 de janeiro de 1926 foi marcada pelo discurso do padre Luiz Gonzaga, da Bahia. A área ganhou restaurante e banheiros públicos em 1972, benfeitorias da administração municipal de Paulo Correia. Até meados da década de 1980, o Cristo era um legítimo atrativo turístico da cidade histórica, também área de lazer das famílias, de festas populares, excursões escolares e de missas campais. Desde a sua inauguração que a igreja organiza caminhada e soleniza o Cristo Rei perante a imagem. Curiosamente, o grupo folclórico Caceteiras mantém a tradição de dançar até ele para saudar a chegada do mês junino.

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Figura 36. Cristo Redentor de São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Bica dos Pintos –

O balneário, conhecido como Bica dos Pintos, foi criado em terreno da antiga Fábrica São Cristóvão como espaço de lazer para seus funcionários. Com a falência da empresa, o espaço passou a atender a toda população da cidade e, na década de 80, a Prefeitura com o apoio do Programa Estadual de apoio aos Municípios “Chapéu de Couro” realizou uma obra de urbanização da área, que recebeu o nome de “Parque João Alves Filho”. O novo parque, além de oferecer atividades de lazer e entretenimento à comunidade, ganhou fama e atraiu frequentadores de todo o Estado.

Com o tombamento paisagístico do Centro Histórico, muitas das opções de lazer são voltadas à cultura, a exemplo dos museus, sendo restritas as opções de lazer destinadas à contemplação e esporte, o que denota a importância do Parque para o Município.

Atracadouro do rio Vaza Barris –

Antigo acesso marítimo à Cidade de São Cristóvão, o Atracadouro do Rio Vaza Barris é um dos poucos e principais locais de lazer para os moradores do centro histórico da sede municipal. Hoje, o local conta com dois restaurantes, estacionamento para carros, banheiros e algumas casas de pescadores que ainda hoje desenvolve as praticas pesqueira rudimentares transmitidas de geração a geração, desta forma os impactos ambientais são reduzidos apesar dos sistemas de tratamento de esgoto das casas e restaurantes.

Uma das ações desenvolvidas pelo governo do Estado, contemplava o passeio de catamarã com parte de um percurso turístico que se iniciava em Aracaju e desenvolvia um Tour pela cidade e possibilitava a volta a Aracaju através de trem ou pelo próprio catamarã.

Além dos atrativos descritos, o município possui outros de grande expressividade como as Igrejas de Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora do Amparo, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora da Vitória, Santa Cruz, Mosteiro de São Bento e Capela Nossa Senhora da Conceição do Engenho Poxim. Os exemplos da arquitetura rural são a Fazenda Itaperoá, o Engenho Belém, Engenho Cumbe, Engenho Escurial, Engenho Dira e o

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Engenho Quindongá. Possui ainda como atrativo os seguintes Palácios: da Justiça, Olimpo Campos, Fausto Cardoso, Graccho Cardoso, Inácio Barbos e da Colina Santo Antônio.

Destacam-se ainda na paisagem os sobrados e as casas da época do Brasil colônia que eram construídas sobre o alinhamento das vias públicas e também sobre os limites laterais dos terrenos. As vias, em paralelepípedos, tem traçados conforme a disposição das casas. Com técnicas construtivas primitivas, nas casas mais simples as paredes eram de pau-a-pique, adobe ou taipa de pilão. Nas casas mais importantes utilizavam-se materiais como a pedra e o barro, tijolos ou pedra e cal.

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TRECHO 2 – LITORAL SUL

A. Estância

O município foi fundado em 1831. Denominado “Cidade Jardim” pelo Imperador Dom Pedro II. Guarda em suas praças, ruas e monumentos uma atmosfera bucólica que atrai turistas.

Localiza-se no sul do Estado de Sergipe, a 68 km da capital sergipana e a 230 Km de Salvador. Possui 4.409 habitantes (2010) e área de 644 Km².

Suas festas também possuem grande expressividade, como a Festa de São João, que atrai cerca de 50 mil pessoas. Nesta festa, destacam-se as quadrilhas juninas, a culinária típica, os fogos de artifício (espada e buscapé) e o “barco de fogo”. Entre os grupos folclóricos destacam-se o Pisa Pólvora e a Batucada.

A região é entrecortada por rios, dos quais se destacam o Real, Piauí, Piauitinga e Fundo, margeados pela Mata Atlântica, e que revelam, ao final de seus cursos, um estuário cercado pelos manguezais. Possui ainda um Distrito Industrial localizado às margens da BR-101, onde indústrias locais, nacionais e internacionais estão instaladas. Merece destaque o comércio na região, que também dá suporte aos municípios circunvizinhos.

No litoral há hotéis, pousadas e restaurantes que dão suporte aos turistas e visitantes. Escunas, barcos e lanchas também estão disponíveis para o turismo. O acesso ao litoral é facilitado por rodovias em bom estado de conservação, tais como a Linha Verde e a Litorânea.

Destacam-se os seguintes atrativos no município:

Patrimônio Arquitetônico - o município possui um rico acervo arquitetônico, paisagístico e urbanístico. São sobrados azulejados, casas coloniais, igrejas e acervos sacros, como também fábricas e vilas operárias que compõem a paisagem.

Muitos sobrados em azulejo português são tombados pela Secretária de Cultura do Governo do Estado de Sergipe. Localizam-se, em sua maioria, na Rua Capitão Salomão. Importa acrescentar que alguns desses imóveis estão em estado precário de conservação.

Figura 37. Casarões de Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 38. Casarões de Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O Sobrado Colonial localizado na Praça Barão do Rio Branco, nº 35 foi tombado pelo

IPHAN em 1962. Sua importância se deve à visita de D. Pedro II em 1860 que,

durante sua estadia de três dias, transformou Estância em sede do governo

municipal.

Figura 39. Sobrado Colonial - Estância

Fonte: Tanit Bezerra em www.sergipetradetour.com.br. Acesso em Outubro de 2012.

A Igreja Nossa Senhora de Guadalupe é uma obra do Século XVIII, considerada a primeira construção urbanística em estilo jesuítico. Localiza-se na Praça Barão do Rio Branco.

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Figura 40. Igreja Nossa Senhora de Guadalupe - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Localizada na Praça Orlando Gomes, antigo Jardim Velho, traz no piso superior um

pequeno museu com peças raras – ainda não catalogadas – como quadros,

castiçais, livros, mantos sacros e outras. Trata-se de edificação tombada pela

Secretaria de Estado da Cultura.

Figura 41. Igreja Nossa Senhora do Rosário - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Bairro Porto D`Areia e Centro Histórico de Estância - o bairro Porto D’Areia, antiga vila operária, preserva ainda o clima do passado. Carrega nas casinhas, nas praças e nos diversos estabelecimentos como clínicas, uma rádio e alguns centros sociais, marcas de uma sociedade emergente fruto da dinamicidade econômica que marcou a cidade ao longo dos séculos XIX e XX. Nas ruas principais do centro de Estância, rua Barão do Rio Branco e Largo João Pessoa, sobressaem-se a Igreja Nossa Senhora do Rosário e os casarões revestidos com azulejos portugueses, construídos na segunda metade do século XIX. Estes embelezam sobremaneira sobrados e casas, contrastando suas cores fortes com os tons pastel instituídos no neoclássico.

Em 1962 o IPHAN tombou o sobrado colonial localizado na Praça Rio Branco nº. 35, único exemplar acautelado em nível federal, incluído no livro de tombo histórico, a verdade, uma homenagem à rica história de Estância. Entretanto, são os sobrados e casas azulejados, muitos tombados pela Secretária de Cultura do Governo do Estado de Sergipe, que se destacam na paisagem urbana. Também são tombados pelo Governo Estadual a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a pintura em óleo sobre tela Misericórdia e Caridade de autoria de Horácio Hora do Hospital Amparo de Maria.

Alguns dos imóveis citados estão em estado inadequado de conservação. Não tem recebido a devida prioridade a preservação do rico acervo arquitetônico, paisagístico e urbanístico da cidade: sobrados azulejados, coloniais, casas ecléticas, art-déco, e alguns exemplares da arquitetura modernista; igrejas e acervos sacros, fábricas e vilas operárias, e o próprio espaço urbano com suas ruas, praças, texturas e cores.

Ilha da Sogra - banco de areia, situada entre o rio e o mar.

A lenda diz que nesta ilha foi abandonada a mãe da mulher de um pescador nativo, por isso o seu nome. A Ilha da Sogra possui um quilômetro de extensão sem qualquer vegetação, apenas algumas rochas.

O acesso à Ilha da Sogra é realizado por escuna e no percurso é possível observar a reserva de Mata Atlântica, os manguezais e algumas ruínas históricas existentes.

Figura 42. Ilha da Sogra - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Praia do Saco - enseada situada em área ecológica protegida, classificada em 2006, pelo guia turístico francês Grands Voyageurs, como uma das cem praias mais belas do mundo. Apesar das ruínas de casas construídas à beira mar, o estado de conservação da paisagem circundante é considerado bom pelas pesquisas realizadas. Dispõe de alguns equipamentos de infraestrutura turística, como pousadas, bares e restaurantes. Atualmente, a paisagem natural encontra-se empobrecida pelas ocupações irregulares em áreas de dunas e manguezais, veículos que circulam nas praias, lixo deixado nas areias e redondezas, e abandono de imóveis antigos.

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Figura 43. Praia do Saco - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Praia do Abais – a 26 Km da sede municipal, tem 20 km de extensão. Possui muitas dunas e é considerada uma das praias mais frequentadas do Estado, atraindo também a atenção de surfistas. Na década de 90 foram construídas a orla e a praça de eventos para a realização de shows populares. Na orla urbanizada se encontram supermercados, padarias, pousadas, hotéis, bares, restaurantes, lojas de materiais de construção e escolas. Observam-se, porém, áreas degradadas devido à ação do mar e à presença de jipes nas areias da praia – o que prejudica também a segurança do visitante.

Figura 44. Praia do Abais - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 45. Praia do Abais - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Lagoa dos Tambaquis e APA Sul – conhecida como Lagoa Azul localiza-se na APA do Litoral Sul, na Praia do Abais. Oferta atividades turísticas, nado com tambaquis e alimentação, e também técnico-científica, realizada por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe – UFS. Dispõe de área de lazer e meio de hospedagem.

É considerada a maior lagoa do Estado, com cerca de nove quilômetros de extensão. Expedição técnico-científica em torno da Lagoa Azul, realizada por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe – UFS - revelou a existência, no local, de peixes de diversas espécies, dentre as quais a tilápia, de origem africana, o tambaqui. De origem amazônica, e a traíra.

A APA conta hoje com um Regimento Interno e com um Conselho Gestor constituído, eleito democraticamente por representantes de órgãos públicos e da sociedade civil, contemplando a participação de moradores locais, de organizações não governamentais, representante do comitê da bacia hidrográfica e de instituições de ensino e pesquisa.

O grau de uso atual pode ser considerado médio, pois além de movimentar o turismo doméstico, o local também atrai visitantes de outros estados do país. Além de área de lazer, o local pode ser utilizado também como meio de hospedagem: 08 chalés com banheiro e 04 dormitórios para uso comunitário são disponibilizados ao turista, além de uma área para camping com capacidade para até 80 barracas. As diárias saem, para o casal, R$ 50,00, com o café da manhã incluído (dados levantados em 2011). Crianças até nove anos não pagam hospedagem.

Para passar o dia na Lagoa os visitantes têm à sua disposição um restaurante e banheiros. A entrada/diária custa R$ 3,00 para adultos e R$ 2,00 para crianças e idosos.

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Figura 46. Lagoa dos Tambaquis - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Festa de São João - principal evento de cunho turístico e cultural do município, compreende 30 dias de festejos, com destaque para o Barco de Fogo, criado na década de 30. Trata-se de disputa com barcos de madeira de balsa e papelão, enfeitados, deslizando em fios de metal, impulsionados por foguetes.

Figura 47. Barco de Fogo – Festa de São João - Estância

Fonte: http://www.estancia.se.gov.br

Natal de Luz – cidade cenográfica do Papai Noel montada no centro da cidade, em dezembro, com programação natalina intensa.

Mangue do Farnaval – local utilizado para lazer da população com potencial de visitação. O grau de uso atual é baixo, restrito aos frequentadores de fim-de-semana (domingueiros), que, em sua maioria, advêm da própria comunidade ou de comunidades circunvizinhas. As instalações e o acesso ainda são muito precários.

A chegada ao Farnaval por Estância requer a utilização de um carro apropriado,

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já que a estrada é de terra. Para alcançar o local por barco ou escuna, considera-se a necessidade de um atracadouro.

Uma quantidade considerável de lixo é jogada às margens da estrada que dá acesso ao mangue, deixada, aparentemente, pela própria comunidade local. Outros atrativos de Estância de cunho cultural são o Arraial, cidade cenográfica junina, e a Batucada, dança folclórica realizada pelas mulheres. Também merecem destaque o rendedê, o crochê, o ponto de cruz e a confecção de fogos de artifício com bambus.

Outros atrativos de Estância de cunho cultural são o Arraial, cidade cenográfica junina, e a Batucada, dança folclórica realizada pelas mulheres. Também merecem destaque o rendedê, o crochê, o ponto de cruz e a confecção de fogos de artifício com bambus.

O município ainda possui exemplares remanescentes de antigos engenhos de cana-de-açúcar. O ciclo da cana-de-açúcar e o engenho tiveram papel significativo na formação econômica e social do povo sergipano e o sul do estado também participou ativamente da economia açucareira.

Há oferta de serviços de alimentação, com estabelecimentos estruturados que servem pratos típicos da região, à base de frutos do mar (peixes), carnes e sucos regionais.

Como fraquezas identificou-se a relativa dificuldade de acesso a Farnaval; estado acentuado de deterioração e abandono dos casarões históricos do Porto D’Areia e Centro Histórico; precariedade da mão-de-obra empregada no museu; o baixo valor agregado dos produtos comercializados no Centro de Artesanato; a disposição inadequada do lixo, principalmente no Mangue do Farnaval, na Lagoa dos Tambaquis e na Praia do Saco; deterioração dos bens patrimoniais de Porto D’Areia e do centro histórico.

Dentre os investimentos necessários citam-se: a qualificação dos serviços e melhorias estruturais em pousadas, bares e restaurantes na Praia do Saco; a manutenção e/ou restauração de parte do patrimônio arquitetônico local do bairro Porto D’Areia e o centro histórico; dinamização na comercialização de frutas, verduras, legumes e carnes por parte das associações locais.

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B. Indiaroba

O município está localizado no extremo sul do Estado de Sergipe, a 100 km de Aracaju. Possui área de 314 Km² e 15.821 habitantes (2010). Apresenta uma diversidade de recursos naturais composta de manguezais, lagoas, dunas, restingas, estuários e remanescentes de Mata Atlântica. Riqueza é também encontrada no modo de vida da população, com suas festas e manifestações folclóricas ao som do samba de coco.

Como atividades econômicas do município destaca-se a produção do algodão e da cana de açúcar e a pecuária. É também comum encontrar fazendas com tanques para o cultivo de camarão, muito utilizado na culinária local e na exportação comercial.

Indiaroba é o portão de entrada do Estado no extremo sul. A expansão turística do litoral da Bahia até Sergipe, bem como a implantação da Linha Verde, reforçou esta condição. O município atrai um bom número de turistas devido ao Povoado de Pontal, que foi palco, juntamente com Mangue Seco, da novela Tieta, baseada na obra de Jorge Amado.

Dentre os atrativos merecem destaque as praias de Mangue Seco (do município vizinho de Jandaíra/BA, acessadas pela divisa de Sergipe); o projeto comunitário da mangaba e do massunim (crustáceo em forma de pequenos búzios), a Fonte das Pedras; a pescaria no estuário; a navegação pelos manguezais em barco a vela; a Lagoa Vermelha; os passeios de jegue, charrete e bicicleta; as trilhas; e o turismo náutico de velejadores nas águas marinhas e fluviais.

Povoado de Terra Caída – com aproximadamente mil habitantes que vivem da pesca artesanal, o povoado é procurado pelos turistas devido às suas riquezas naturais. Situada nas margens dos Rios Cajazeiras e Piauí, possui 13 bares, uma praça, escola, clube, posto de saúde, ruas calçadas com paralelepípedos e um porto.

Povoado de Pontal - situado às margens do Rio Real, foi cenário da novela Tieta, veiculada pela Rede Globo e inspirada no romance Tieta do Agreste, de Jorge Amado. Local de banho e pratica de esportes. Na orla há quiosques, banheiros e um atracadouro, atualmente desativado.

Figura 48. Orla do Rio Real - Indiaroba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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C. Itaporanga D’Ajuda

Fundado em 1846, o município está localizado às margens do Rio Vaza Barris, a 31 Km da capital sergipana. Possui aproximadamente 30 mil habitantes e área de 740 Km².

É uma cidade que abriga grande diversidade cultural, com destaque para a culinária, religião e festas típicas. Dentre as belezas naturais destacam-se a Praia da Caueira e a Ilha Mem de Sá.

No que diz respeito ao Turismo Cultural, o destaque fica por conta da arquitetura do Engenho do Colégio Itaporanga D’Ajuda, da Igreja Nossa Senhora D’Ajuda e da Casa Capela Iolanda.

Praia da Caueira - de grande extensão, é propícia ao banho e à prática de esportes náuticos como kitesurf. Possui orla recentemente urbanizada, com coqueiros, bancos e quiosques que funcionam como bar e restaurante. Abriga também casas de veraneio e pousadas à beira mar. Apesar da recente urbanização, observam-se áreas degradadas devido à ação do mar.

Figura 49. Praia da Caueira – Itaporanga D’Ajuda

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Festejos de São João - realizados no mês de junho, atraindo turistas com programação de shows, bandas, casamento caipira, cavalgada, quadrilhas, comidas típicas, sanfoneiros, fogos de artifícios, fogueiras e forró pé de serra.

• Ilha Mem de Sá - situada no estuário do rio Vaza-barris, a 23 Km da sede do município de Itaporanga D’ Ajuda, e 53 Km de Aracaju. Incluída na APA do Litoral Sul.

O Instituto Federal de Sergipe (IFS), vem desde 2008, desenvolvendo ações de inventário e diagnóstico participativo na localidade. A responsabilidade direta é do Grupo de Pesquisa Turismo, Educação e Cultura, vinculado ao curso de Gestão do Turismo. O foco é o cotidiano dos moradores locais, em grande parte pescadores artesanais, que tem sido valorizado e estruturado turisticamente.

O Projeto intitulado “Re-Conhecer Pedra Bonita” gerou um espaço de discussão sobre o turismo no município, que ainda não apresenta roteiros turísticos. Utilizou técnica de Diagnóstico Rural Participativo (DRP), possibilitando aos moradores identificar potenciais atrativos turísticos da região. A contribuição comunitária permitiu gerar e executar o Roteiro Pedra Bonita.

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D. Santa Luzia do Itanhy

Situada no litoral sul do Estado, o município se localiza a 76 km de Aracaju. A colonização de Sergipe iniciou-se em Santa Luzia do Itanhy, no ano de 1575. Na história, destaca-se: a primeira missa, celebrada em 1575; a produção de farinha de mandioca da província, que contribuiu para o auge da economia sergipana no século XVI; e o crescimento da produção canavieira, no século XVII, representando a base econômica da então Vila. Neste sentido o município contribui para o enriquecimento da cultura do povo sergipano manifestada ainda hoje pelos engenhos presentes em sua paisagem.

Seu nome é uma homenagem a Santa Luzia e o complemento "Itanhy" vem do nome dado pelos índios Tupinambás ao Rio Real.

O município possui aproximadamente 13 mil habitantes (2010) e oferece como atrativo turístico uma diversidade natural formada por manguezais, mata atlântica e a reserva ecológica do Crasto. Merece destaque também os Engenhos e a cultura da região manifestada pelo folclore, samba de coco e o artesanato feito em palha.

Importa ressaltar a existência do Plano de Gestão Participativa do Turismo do Município de Santa Luzia do Itanhy, elaborado no ano de 2011 pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação – IPTI com apoio do Ministério do Turismo. Baseando-se no modelo de Turismo de Base Comunitária, este projeto teve as etapas de sensibilização e mobilização comunitárias seguidas de workshops participativos de roteirização, o que culminou no primeiro Plano de Gestão de Turismo do estado de Sergipe. O objetivo do Projeto é promover o aumento de ocupação e renda e garantir a auto sustentabilidade das atividades praticadas pelos artesãos locais, qualificando a produção artesanal com base na valorização dos elementos culturais da região.

Dentre os atrativos diagnosticados neste município, destacam-se:

Santuário de Santa Luzia do Itanhy - localizado no alto de pequena colina, com acesso pela rodovia Camilo Calazans, que interliga parte significativa dos atrativos existentes no município. É o espaço onde teria sido celebrada, em 1575, a primeira missa de Sergipe.

O piso de azulejo hidráulico e as paredes típicas das construções coloniais conferem ao local um certo valor arquitetônico que justifica a visitação e necessidade de melhoramentos.

A única característica original que a igreja mantém desde a sua construção são as paredes de 1,5m de largura. O telhado e o piso foram substituídos algumas vezes, assim como o altar, que hoje é uma réplica do original. De acordo com relatos dos moradores todas as imagens, santas e santos, datadas dos séculos XVIII, trazidas pelos fundadores do município de Santa Luzia, foram saqueadas ao longo dos anos. Não há, na rodovia que lhe dá acesso, nenhuma indicação da existência desta importante igreja.

Sede do Cultura em Foco –projeto do IPTI, localizada próxima ao Santuário Santa Luzia do Itanhy. Os produtos confeccionados no local têm como base as fibras vegetais, colhidas, tratadas e tecidas manualmente. Resultam em objetos sofisticados e contemporâneos, como persianas, luminárias, jogos americanos e guarda-sóis. Outra linha de produtos é voltada aos tecidos artesanais de algodão, confeccionados por meio de técnicas tradicionais, fomo o fuxico, passadas entre gerações. A comercialização dos produtos é feita a partir do site de e-commerce http://www.fellicia.com.br/.

Engenho São Félix - considerado o segundo engenho mais antigo de Sergipe (1632), foi tombado como patrimônio do Estado em 1984. Sua infraestrutura

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encontra-se em bom estado de conservação e suas características originais foram preservadas. Além dos móveis coloniais, a propriedade conserva o porão onde, segundo informações levantadas, os escravos eram acomodados. A fazenda conta ainda com 250 hectares onde outros recursos naturais podem ser encontrados: pequenos córregos, nascentes, restinga de Mata Atlântica e estruturas históricas como a chaminé da antiga usina.

Praticamente não existe restrição por parte do atual proprietário à entrada de visitantes no interior da antiga casa grande. O acesso por carro é feito pela rodovia Camilo Calazans, que possui boas condições.

Figura 50. Engenho São Félix

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Engenho Antas - fundado em 1825, o conjunto arquitetônico era formado pelo engenho, uma capela e três casas. Destas somente a casa grande e a capela ainda existem, apesar de descaracterizadas devido à realização de reparos. O engenho está localizado na zona rural de Santa Luzia do Itanhy, a 2 Km da rodovia que corta o município. O acesso é precário e não há sinalização indicativa.

Engenho Cedro - localizado a 25 km da sede do município. Do conjunto arquitetônico restam apenas a casa grande, em completo estado de degradação, e as casas dos trabalhadores da fazenda. O engenho e a torre da propriedade estão em ruínas. Há relato do interesse dos proprietários na abertura da fazenda para a visitação turística.

Engenho / Fazenda Castelo - à margem da rodovia que corta o município de Santa Luzia do Itanhy, data do século XIX, e encontra-se em ótimo estado de conservação. A propriedade possui uma diversidade de elementos naturais como rios, nascentes, açudes, cachoeira e mata ciliar. Atualmente a principal atividade econômica da fazenda é a pecuária de corte.

Fazenda Priapu da Feira e Cachaçaria Reserva do Barão - a Fazenda Priapu da Feira (antigo Engenho Priapu), localizada a poucos minutos do centro de Santa Luzia, possui como fonte de renda a pecuária e agricultura. Nela encontra-se em atividade a Cachaçaria Reserva do Barão, produzida artesanalmente e comercializada em larga escala, atendendo inclusive à demanda internacional. O local tem boa infraestrutura e oferece visitação acompanhada. Há necessidade, porém de capacitação dos funcionários para melhoria do atendimento ao visitante, bem como melhoria das condições de acesso e sinalização.

Sítio Ebenezer - considerado como exemplo de atividade econômica que pode ser classificada como atrativo turístico, centrado na agricultura familiar. Localizado

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próximo à sede municipal, em área de 6 hectares, utiliza técnicas orgânicas e pretende se desenvolver ainda mais para a vertente do agroturismo.

Povoado do Crasto - situado às margens do Rio Piauí, é um destino preferido por visitantes que procuram contato com a natureza, descanso e tranquilidade, se localizando próximo a pontos turísticos importantes, como Mangue Seco e Praia do Saco. Possui uma única pousada para os visitantes e um restaurante. No povoado é possível fretar embarcações e ir até outros pontos turísticos do Estado. Destaca-se a necessidade de recuperação do píer/atracadouro do Crasto, que se encontra em ruínas e sem utilização, comprometendo a paisagem.

Figura 51. Rio Piauí – Povoado do Crasto

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

No alto da montanha, há uma igreja secular em ruínas que simboliza a presença dos jesuítas na região.

Figura 52. Igreja Secular – Povoado do Crasto

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Importante destacar a sede do Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI), que localiza-se no povoado Crasto. Nele, os visitantes podem conhecer os projetos já desenvolvidos pelo IPTI e outros que ainda se encontram em desenvolvimento, como é o caso do Arte com Ciência, Educação Inclusiva, Ampliação e Fortalecimento da difusão de Tecnologias Sociais por meio das redes virtuais de conhecimento, o Cultura em Foco e, sobretudo, o Plano de Gestão Participativa do Turismo do município de Santa Luzia do Itanhy.

Mata do Crasto - reserva particular de Mata Atlântica, por onde passa o acesso ao povoado do Crasto, via sede de Santa Luzia, realizado por uma estrada de barro. Com aproximadamente 700 hectares permite visitação acompanhada, mediante agendamento. A infraestrutura de visitação é precária, não havendo qualquer equipamento de apoio aos visitantes. Existe um projeto para a pavimentação da estrada de acesso.

Navegação pelo rio Piauí – a navegação pelo rio Piauí ofertada por pescadores locais, de forma amadora, em canoas motorizadas. O circuito tem duração aproximada de três horas. O rio tem destaque pela produtividade de camarão cultivado, sendo a principal fonte de renda dos habitantes do povoado do Crasto.

Escuna Gazzela – serviço integra atrativos presentes nos municípios de Santa Luzia, Estância, Indiaroba e Jandaíra (Mangue Seco - BA). Conta com duas escunas com capacidade para 40 e 49 passageiros. Oferece, há 11 anos, três opções de roteiro, com duração de duas a quatro horas, partindo do Crasto (Santa Luzia do Itanhy), Porto dos Cavalos (Estância) e Terra Caída (Indiaroba). Num dos roteiros, o visitante tem a oportunidade de chegar até o Condomínio Porto Belo (Estância / Praia do Saco). Outra opção é passar pela Ilha da Sogra rumo a Mangue Seco. Já o terceiro roteiro leva o visitante diretamente a Mangue Seco. Com serviço de alimentação a bordo, serve pratos típicos da região.

Como pontos restritivos tem-se, na área, a restrição de acesso à Mata do Crasto, a falta de condutores especializados para a operação das embarcações, esgoto a céu aberto nas ruas do Crasto, sendo despejado sem tratamento no Rio Piauí e o desmatamento da Mata Atlântica. Como impulsores tem-se a diversidade da segmentação turística. Para melhoria dos serviços turísticos tornam-se necessárias ações de capacitação e certificação de guias de turismo, proprietários e equipes de restaurantes e pousadas; de educação ambiental, utilizando os recursos disponíveis na mata atlântica. Quanto à infraestrutura, requer-se a implantação do sistema de esgotamento sanitário do povoado Crasto, a implantação de rodovia interligando o Crasto à sede municipal, a revisão e implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul e dos projetos nele especificados.

Como se observa, o município vem se estruturando para o fortalecimento das atividades turísticas, identificando suas potencialidades e buscando melhorias. O levantamento detalhado da oferta, permitiu o conhecimento de suas potencialidades e a organização para o desenvolvimento.

Nesse contexto é importante o trabalho, realizado e em desenvolvimento, feito pelo IPTI como é o caso do Arte com Ciência, Educação Inclusiva, Ampliação e Fortalecimento da Difusão de Tecnologias Sociais por meio das redes virtuais de conhecimento, do Cultura em Foco e, sobretudo, do Plano de Gestão Participativa do Turismo do município de Santa Luzia do Itanhy.

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TRECHO 3 – LITORAL NORTE

A. Brejo Grande

O município encontra-se às margens do rio São Francisco, a 137 km da capital sergipana. Fundado em 1926, possui população de 7.742 habitantes (Censo 2010) e área territorial de aproximadamente 148 Km². Possui um dos menores IDH – Índice de Desenvolvimento Humano - do Brasil e o terceiro menor do Estado de Sergipe.

O município é quase todo formado por dunas, mangues e restingas, intercaladas por lagoas e apicuns, de onde se pode visualizar o encontro do Velho Chico com o Oceano Atlântico. Neste sentido, o principal patrimônio do local é o natural; entretanto, há muita pressão especulativa na região, gerando conflitos entre os moradores locais. A região da Resina, onde vivem famílias de pescadores artesanais e remanescentes de quilombolas, foi comprada em 2007 para a construção de um Resort. Houve grande resistência da comunidade, que não deixou a região, o que obrigou a empresa compradora a fazer um acordo com o povoado para mantê-los no local.

Brejo Grande possui grande potencial turístico devido à sua diversidade natural, porém a exploração da atividade ainda é realizada de maneira primitiva, enquanto o município necessita de investimentos em infraestrutura turística.

Merece destaque a culinária local, composta de frutos do rio e do mar, como o camarão dentro do coco verde e a sobremesa tipicamente local, o pudim de coco verde, do Restaurante e Pousada Carapeba, localizado às margens do Rio São Francisco.

Como atrativos destacam-se:

Foz do Rio São Francisco – a navegação até a Foz do São Francisco ou até o Pontal do Cabeço, como é conhecida, pode ser realizado por lancha, barco ou catamarã. No percurso, compreendendo 17 km observa-se paisagem composta por matas ciliares, ilhas fluviais, dunas, coqueirais e povoados ribeirinhos. Na foz pode-se tomar banho nas margens do Rio São Francisco ou nas piscinas naturais que se formam entre as dunas. Há quiosques que vendem comida e artesanato, porém os produtos carecem de originalidade e melhoria da qualidade.

Figura 53. Foz do Rio São Francisco – Município de Brejo Grande

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 54. Foz do Rio São Francisco – Município de Brejo Grande

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Povoado Cabeço – no local havia aldeia de pescadores que foi quase totalmente tomada pelas águas do Rio e do oceano Atlântico. Uma das causas para sua inundação foi o impacto do represamento do Rio São Francisco com a construção da Hidrelétrica de Xingó. As águas perderam a força na foz e o mar avançou, cobrindo ruas, casas e igreja. O farol da vila, parcialmente submerso, virou símbolo e passou a ser ponto turístico da região. Atualmente alguns moradores residem na região do povoado ainda não atingida e outros migraram para o povoado de Saramén.

Figura 55. Farol do Povoado Cabeço – Brejo Grande

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Povoado Saramén - destino pouco explorado pelos turistas, o Povoado oferece aos turistas banhos em ilhotas de água doce, dunas e uma vila de pescadores, conhecida como Resina.

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Figura 56. Povoado Saramén

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Além desses atrativos pode-se citar também, o artesanato regional feito com palha de Ouricuri - confecção de chapéus, cestas e objetos de decoração e a gastronomia típica como a cocada, guaiamu e siris.

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B. Pacatuba

Localiza-se no litoral norte de Sergipe, a 116 km da capital do Estado. Possui área territorial de 373 km² onde 40 Km² é formado pelo Pantanal Nordestino, também conhecido por Pantanal Sergipano.

No município encontra-se a Reserva Biológica de Santa Izabel ciada com o objetivo de proteger os ecossistemas costeiros compostos de dunas, manguezais, lagoas, além da área de desova das tartarugas marinhas. Na reserva encontra-se a sede do Projeto Tamar

O município vem sendo preparado para uma ocupação ordenada que respeite o homem e a natureza, onde a convivência não seja predatória, garantindo um turismo sustentável, de baixo impacto e com clara visão ecológica. É um importante ponto turístico para os apreciadores do turismo ecológico.

Atualmente a cidade possui aproximadamente 13 mil habitantes e 373 Km² de área territorial. Sua economia é baseada na plantação de coco, agricultura, pesca e extração do petróleo. Merece também destaque a produção artesanal como as bolsas feitas com fibra de taboa, encontrada em abundância na região e as festas de São João.

Pantanal Nordestino - 40 km² de área com um ecossistema que abriga lagoas, manguezais, áreas remanescentes de mata atlântica, dunas, mar e rica fauna, sendo encontrados lontras, capivaras, jacarés-de-papo-amarelo e mais de 100 espécies de aves. A região possui belas paisagens, porém sem qualquer infraestrutura turística. O acesso é realizado pela SE 100 norte ainda não pavimentada e a sinalização é precária. No mirante do Robalo, área particular, é possível visualizar toda a diversidade e beleza do pantanal.

Figura 57. Pantanal Nordestino

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Ponta dos Mangues - praia que se localiza a 23 Km da cidade de Pacatuba. Considerada praia deserta e calma, porém com ondas que chegam a 2 metros de altura em períodos de ressaca. A praia não apresenta qualquer infraestrutura turística e, mesmo assim, é um destino procurado por turistas e surfistas. Suas areias são também utilizadas pelas tartarugas para a desova de ovos. O projeto Tamar atua com o objetivo de proteger as tartarugas. Observa-se ainda o tráfego de veículos nas areias da praia, comprometendo a segurança dos visitantes e a desova das tartarugas.

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Figura 58. Ponta dos Mangues

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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C. Pirambu

Localizado na faixa litorânea norte do estado de Sergipe, o município está localizado a 32 Km de Aracaju. É considerado o maior centro pesqueiro do Nordeste, exportando para a Bahia, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte.

Foi fundado em 1953, e conta hoje com aproximadamente 9 mil habitantes. Mesmo sendo ponto de partida para roteiros ecológicos e de praia, é ainda pouco explorado turisticamente.

Como atrativos verifica-se uma diversidade de elementos naturais como praias, dunas, rios, cachoeiras e mangues. Destacam-se a Lagoa Redonda, a Lagoa do Sangradouro, o Morro da Lucrécia, o Mirante, o Rio Japaratuba e a Reserva de Santa Izabel, sede do Projeto Tamar.

Como manifestações culturais destacam-se as festas juninas, o Pirambrega, o Festival de Verão, o Cultuarte e o Carnaval. O artesanato é representado pelos bordados de ponto de cruz e a utilização de materiais como couro, madeira e corda.

• Lagoa Redonda - à 17 km da cidade de Pirambu. As dunas que margeiam a lagoa são muito utilizadas para a prática de esportes como o sandboard. No alto das dunas pode-se avistar, de um lado, o mar e, do outro, os manguezais. No local há área de camping com restaurante e banheiros.

Figura 59. Lagoa Redonda

Fonte: Agnaldo Cordelista em www.agnaldocordelista.blogspot.com.br, acesso em novembro de 2012.

Lagoa do Sangradouro - localiza-se a 22 km de Pirambu. É utilizada para a prática de esportes náuticos. Não possui infraestrutura turística.

Cachoeira Roncador - localizada no povoado de Santa Izabel, a cachoeira possui 5 m de altura. O acesso é realizado a partir da Lagoa Redonda. São 30 minutos de caminhada, trecho arenoso, entre a mata e o mar, por meio de uma trilha de 1km de extensão.

Vale da Lucrécia – acessado por caminhada, de 250 metros, a partir da Lagoa

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Redonda. Do topo pode-se avistar a lagoa azul que consiste em uma cratera preenchida por uma porção de água propícia ao banho. Não há infraestrutura turística no local.

Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO - Criada pelo Decreto Nº 96.999, de 20 de outubro de 1988, possui 2.766 ha sendo 45 km de praia limitados pela barra do rio Japaratuba e pela barra do Funil. Está localizada nos municípios de Pirambu e Pacatuba. A Unidade tem como objetivos específicos a proteção de ecossistemas delicados, como dunas móveis e fixas, vegetação de restinga, lagoas temporárias e permanentes, praias, manguezais e fauna diversificada. A categoria de manejo da Unidade atende somente a pesquisadores e ações de educação ambiental. Em relação ao seu planejamento, a Unidade ainda não possui documento que norteie suas atividades de manejo.

Dentre os animais encontrados, destaca-se a menor tartaruga marinha (Lepidochelys oleácea), que encontra na reserva seu maior sítio de desova no Brasil. O risco de extinção desta espécie marinha foi o principal motivo para a criação da Unidade.

Os equipamentos disponíveis são limitados: 2 alojamentos e 2 escritórios de apoio; um centro de visitantes com museu, sala de projeção, casa de bombas, stand para divulgação e 6 tanques; 1 veículo (categoria passeio), garagem, galpão e oficina de pequeno porte.

A Unidade mantém acordos de parceria com: Fundação Pró-TAMAR; Petrobrás - Petróleo Brasileiro; e CONATURA - Cooperativa Mista de Trabalhadores da Natureza.

Figura 60. Reserva Biológica Santa Izabel

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 61. Reserva Biológica Santa Izabel

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Projeto Tamar - monitora 157 km de praia no litoral norte de Sergipe por meio de sua primeira base instalada em Pirambu, em 1982. Na sede, encontra-se o Centro de Educação Ambiental – CEA, que recebe, em média, 120 mil visitantes/ano por meio do Programa de Visitas Orientadas - PVO. Voltado à conservação das tartarugas marinhas e proteção das áreas de desova. Além de trabalhos voltados à educação ambiental o Tamar oferece também programas voltados ao resgate do artesanato e da cultura local.

No Centro há uma área cercada para a incubação de ovos de tartaruga; tanques com exemplares vivos de tartarugas marinhas em diversas fases de desenvolvimento; sala para a realização de palestras e projeção de filmes e salas com aquário marinho onde são encontradas espécies típicas do entorno da Reserva. Há ainda estacionamento e stand que divulga as atividades culturais desenvolvidas com as comunidades do entorno.

No período da temporada reprodutiva ocorrem as solturas programadas de filhotes, em que os turistas e a comunidade podem participar do evento. Nesta ocasião, os participantes recebem explicações a respeito do ciclo reprodutivo das tartarugas marinhas.

Destaca-se ainda que o litoral norte de Sergipe possui a maior concentração da desova da tartaruga-oliva (Lepidoshelys Olivecea). Em época de desova registram-se aproximadamente 1200 desovas nas praias de Pirambu, sendo 80% destas da tartaruga-oliva.

Antes da implantação da base do Tamar, no período da desova, as tartarugas eram coletadas por pescadores e utilizadas tanto para consumo, quanto para comercialização. Após a criação da base, e por meio de um trabalho de educação ambiental realizado pelo Tamar, pescadores e comunidade foram envolvidos na conservação das tartarugas marinhas. Atualmente 70% das desovas permanecem em seus locais de origem.

Além de trabalhos voltados à educação ambiental o Tamar oferece também programas voltados ao resgate do artesanato e da cultura local.

Figura 62. Sede do Projeto Tamar - Coordenação Regional ICMBio de Sergipe e Alagoas

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 63. Projeto Tamar - Incubadoras

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Dentre os principais entraves para o desenvolvimento do turismo municipal encontram-se:

ausência de infraestrutura de acesso aos atrativos descritos e de sinalização turística;

ausência de um calendário de eventos culturais e turísticos;

saneamento básico deficiente (em alguns pontos da cidade os efluentes das casas são lançados diretamente no mar); falta de energia e de limpeza pública,

ausência de equipamentos de apoio, como postos de gasolina, postos de saúde, agências bancárias etc.

praças (praças de eventos e demais praças) e orlinha degradadas.

A elaboração de um Plano de Gestão do Turismo do Município de Pirambu seria de grande valia para traçar os rumos e as metas do turismo no município e encaminhar a criação de roteiros turísticos de mais de um dia, motivando a demanda de visitantes ao longo de todo o ano.

Para Pirambu, outras ações podem ser indicadas, dentre as quais:

Capacitação dos bens e serviços turísticos: hospedagem, guias de turismo, alimentação, receptivo;

Construção de um Centro de Arte e Cultura (CAC) para comercialização do artesanato local (à base de palha de coqueiro e madeira) que hoje é comercializado em Aracaju e outros estados. Este espaço poderia servir igualmente para reuniões e apresentações dos grupos folclóricos da região;

Revitalização do Projeto Tamar;

Criação de um maior terminal de integração e aprimoramento no terminal turístico.

Construção de uma área para lazer e entretenimento na orlinha;

Capacitação dos profissionais que lidam com o turismo;

Sensibilização em Educação Ambiental para toda a comunidade;

Melhorias no terminal pesqueiro;

Implementação de passeios de barco pelo rio;

Construção de uma nova ponte de acesso ao município.

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SÍNTESE DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS

Quadro 06: Síntese dos Atrativos Turísticos Principais – Polo Costa dos Coqueirais - 2012

Trechos Municípios Atrativos

Trecho 1

Área Central

Aracaju

Praia de Atalaia

Oceanário de Aracaju

Rio Vaza Barris – Croa do Goré

Orla Por do Sol

Orla do Bairro Industrial

Mercado Público Antônio Franco

Mercado Público Thales Ferraz

Museu da Gente Sergipana

Festejos Juninos

Centro de Convenções de Sergipe

Barra dos Coqueiros

Ponte Construtor João Alves

Travessia do Tototó

Navegação pelo Rio Sergipe

Praia de Atalaia Nova

Passeio de Charrete

Praia da Costa

Festa de Santa Luzia

Praia do Jatobá

Laranjeiras

Patrimônio Arquitetônico

Riquezas Folclóricas

Patrimônio Natural – cavernas

Nossa Senhora do Socorro

Igreja Matriz Nossa Senhora Perpétuo do Socorro

Prainha do Porto Grande

Prainha de São Braz

Festa da Padroeira

Santo Amaro das Brotas

Igreja Matriz de Santo Amaro

Capela de Nossa Senhora da Conceição (Engenho Caieira)

Mirante do Cristo

São Cristóvão

Praça de São Francisco

Praça da Matriz

Conjunto Arquitetônico do Carmo

Igreja Nossa Senhora do Amparo

Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

Cristo Redentor

Trecho 2

Litoral Sul

Estância

Patrimônio Arquitetônico

Bairro Porto D`Areia e Centro Histórico de Estância

Restaurantes X-PTO, Atlântico e Barriga’s

Ilha da Sogra

Praia do Saco

Praia do Abais

Lagoa dos Tambaquis e APA Sul

Festa de São João

Natal de Luz

Mangue do Farnaval

Indiaroba Povoado da Terra Caída

Povoado de Pontal

Itaporanga D’Ajuda

Praia da Caueira

Festejos de São João

Ilha Mem de Sá

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Trechos Municípios Atrativos

Festejos de São João

Santa Luzia do Itanhy

Santuário de Santa Luzia do Itanhy

Sede do Cultura em Foco

Engenho São Felix

Engenho Antas

Engenho Cedro

Engenho / Fazenda Castelo

Fazenda Priapu da Feira e Cachaçaria Reserva do Barão

Sítio Ebenezer

Restaurante de Dona Rosa – POVOADO SÃO JOSÉ

Ki-Delícia de Pirão – Povoado Rua da Palha

Povoado do Crasto

Navegação pelo rio Piauí – Turismo Náutico e de Pesca

Escuna Gazzela

Trecho 3

Litoral Norte

Brejo Grande

Foz do Rio São Francisco

Povoado Cabeço

Povoado Saramén

Pacatuba Pantanal Nordestino

Ponta dos Mangues

Pirambu

Lagoa Redonda

Lagoa do Sangradouro

Cachoeira Roncador

Vale da Lucrécia

Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO

Projeto Tamar

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

4.3.2. Serviços e Equipamentos Turísticos

O cenário atual da oferta de equipamentos e serviços turísticos no Polo Costa dos Coqueirais abrange os meios de hospedagem, os equipamentos e serviços de alimentação, as agências de turismo e os prestadores de serviço de transporte e de locação de veículos.

A Tabela 40, a seguir, apresenta o quantitativo dos estabelecimentos existentes, por município, levantado a partir de pesquisa em campo e de dados da Coordenadoria de Pesquisa – Emsetur.

Tabela 40. Total de Equipamentos e Serviços Turísticos Instalados nos Municípios Integrantes do

Polo Costa dos Coqueirais – Sergipe – 2011*

Município Hospedagem Alimentação** Agências de

Viagem Transportadoras

turísticas

Aracaju 132 169 37 66

Barra dos Coqueiros 2 11 2 0

Brejo Grande 4 4 0 0

Estância 8 17 5 1

Indiaroba 4 13 0 0

Itaporanga D’Ajuda 3 5 0 0

Laranjeiras 3 3 2 0

N. S. do Socorro 0 11 2 0

Pacatuba 2 3 0 0

Pirambu 5 6 0 0

Santa Luzia do Itanhy 1 3 0 0

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Município Hospedagem Alimentação** Agências de

Viagem Transportadoras

turísticas

Santo. Amaro das Brotas 0 2 0 0

São Cristóvão 0 3 2 0

Total 164 250 50 67

Fonte: Emsetur e Technum Consultoria SS, 2011.

* Dados referentes a instrumento de pesquisa de campo e formulários preenchidos no ano de 2012 * restaurantes, bares, lanchonetes e similares.

No quadro dos equipamentos e serviços turísticos, Aracaju, como capital do estado, se sobressai, dispondo do maior número de estabelecimentos em todas as categorias. de maior quantidade de serviços e equipamentos turísticos.

A. Serviços e Equipamentos de Hospedagem

A análise dos serviços e equipamentos de hospedagem instalados em Aracaju teve como base os dados da ABIH - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, levantamento de campo de novembro de 2011 a janeiro de 2012 e pesquisas realizadas pela Emsetur nos anos de 2008, 2009 e 2010. 40 hotéis e 14 pousadas dentre os 132 existentes em Aracaju são associados da ABIH e fazem parte do Cadastur8. Nos demais municípios do Polo os equipamentos de hospedagem, no total de 32, entre hotéis e pousadas, não estão associados à ABIH e somente 3 hotéis localizados nos municípios de Barra dos Coqueiros, Estância e Laranjeiras e 6 pousadas localizadas em Barra Grande, Estância, Itaporanga D’Ajuda e Pirambu estão inseridos no Cadastur.

Tabela 41. Quantitativo dos Meios de Hospedagem Instalados nos Municípios Integrantes do Polo Costa dos Coqueirais – Sergipe - 2012

Estabelecimentos de Hospedagem

Municípios Hotéis Pousadas Campings Total

Aracaju 43 88 1 132

Barra dos Coqueiros - 2 - 2

Brejo Grande - 4 - 4

Estância 5 3 - 8

Indiaroba - 4 - 4

Itaporanga D’Ajuda - 3 - 3

Laranjeiras 1 2 - 3

N.S.do Socorro - - - 0

Pacatuba - 2 - 2

Pirambu - 5 - 5

Santa Luzia do Itanhy 1 - 1

Santo Amaro das Brotas - - - 0

São Cristóvão - - - 0

Total 49 114 1 164

Fonte: Technum Consultoria SS, 2012

O Polo reúne 164 estabelecimentos de hospedagem, sendo 49 hotéis, 114 pousadas e 10 campings. Aracaju abriga a maior oferta do setor hoteleiro enquanto os municípios de Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Santo Amaro das Brotas não contam com estabelecimentos do gênero. Os dois primeiros suprem a sua necessidade atual de hospedagem por meio de Aracaju, devido à sua proximidade com a capital.

8 Sistema de Cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor do turismo, executado pelo Ministério do Turi6smo,

em parceria com os Órgãos Oficiais de Turismo Estaduais.

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Aracaju e Barra dos Coqueiros possuem hotéis com capacidade para sediar eventos de pequeno e médio porte, complementando os serviços do Centro de Convenções de Aracaju e centralizando a recepção dos turistas do segmento de negócios e eventos. O número de UH – Unidades Hoteleiras e de leitos disponíveis no Polo pode ser verificado na Tabela 42, a seguir.

Tabela 42. Quantitativo das Unidades Hoteleiras e Leitos - Municípios do Polo Costa dos Coqueirais – Sergipe - 2011

Municípios UH´s Leitos

Aracaju 4.575 9146

Barra dos Coqueiros 19 57

Brejo Grande 24 60

Estância 207 411

Indiaroba 57 164

Itaporanga D’Ajuda 53 229

Laranjeiras 155 388

N.S.do Socorro 0 0

Pacatuba 30 86

Pirambu 76 118

Santa Luzia do Itanhy 9 18

Santo Amaro das Brotas 0 0

São Cristóvão 0 0

Total 5205 10.677

Fonte: Technum Consultoria SS, 2011

Constata-se a concentração de UH e leitos em Aracaju, na medida em que, das 5.205 UH existentes, 90% estão instaladas na capital. As pequenas dimensões do Estado e a posição estratégica da Capital, aproximadamente no ponto médio do seu litoral, facilitam o acesso aos atrativos turísticos sem pernoite nos municípios, o que gera a baixa permanência de turistas nestas áreas, e, consequentemente, menor arrecadação proveniente da cadeia do turismo e baixa capacidade de dinamização das economias municipais.

A qualidade, a diversidade e a quantidade de meios de hospedagem interferem diretamente em sua atratividade e na capacidade de receber um determinado número de turistas. Dos 32 estabelecimentos envolvidos na pesquisa de campo, sediados nos municípios do Polo, exceto Aracaju, cabe ressaltar que 22 responderam afirmativamente pela necessidade de reforma, ampliação, substituição de equipamentos e melhoria no serviço de hospedagem no intuito de gerar a permanência do turista na região. 81,2% desses estabelecimentos ofertam serviços de alojamento associados ao fornecimento de alimentação e bebidas (53%) e à realização de eventos (34%), Não existem informações relativas ao volume de negócios desses estabelecimentos.

Segundo informações prestadas diretamente pelos 32 estabelecimentos, os hóspedes procedem predominantemente dos estados da Bahia, Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco, sendo também citados hóspedes estrangeiros procedentes da Alemanha, Argentina, Itália, Estados Unidos da América, Suíça, França, México e Inglaterra.

Inexistem dados sistematizados sobre o quantitativo de hóspedes, sobre a taxa de ocupação, a permanência média, o fluxo de hóspedes e o índice de pernoites nos 32 hotéis pesquisados. Tais dados estão disponíveis apenas no que diz respeito à rede hoteleira de Aracaju, apresentados na Tabela 43, a seguir.

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Tabela 43. Taxa de Ocupação, Permanência Média, Fluxo e Pernoites Gerados por Categoria das Unidades Hoteleiras – Aracaju - 2008, 2009 e 2010

Categoria

2008

Taxa de Ocupação %

Permanência Média (Dias)

Fluxo de Hóspedes

Pernoites Gerados

Hotel 5 71,8 2,42 82.702 218.941

Hotel 4 47,3 2,40 31.644 81.271

Hotel 3 64,7 3,18 33.714 117.652

Hotel 2 49,9 5,43 6.422 41.847

Hotel 1 33,0 2,17 9.815 22.773

Pousada 46,6 2,07 7.726 17.284

Total 59,5 2,66 172.023 499.768

Categoria

2009

Taxa de Ocupação %

Permanência Média (Dias)

Fluxo de Hóspedes

Pernoites Gerados

Hotel 5 59,1 2,74 77.232 228.652

Hotel 4 41,6 2,25 36.364 89.199

Hotel 3 58,3 3,34 40.533 152.520

Hotel 2 59,5 4,78 10.354 58.763

Hotel 1 31,8 2,76 7.892 23.693

Pousada 44,7 2,15 8.075 18.839

Total 53,1 2,88 180.450 571.666

Categoria

2010

Taxa de Ocupação %

Permanência Média (Dias)

Fluxo de Hóspedes

Pernoites Gerados

Hotel 5 58,0 2,64 98.528 286.089

Hotel 4 47,5 2,61 31.397 88.823

Hotel 3 53,0 2,74 49.971 148.490

Hotel 2 56,0 4,29 11.763 58.162

Hotel 1 36,0 2,97 8.778 28.422

Pousada 55,9 2,31 8.034 20.092

Total 54,8 2,76 208.471 630.078

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.

A evolução da média de permanência em Aracaju é apresentada na tabela a seguir:

Tabela 44. Média de permanência, Aracaju 2005 – 2011.

Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Permanência Média 2,63 dias 2,93 dias 2,65 dias 2,66 dias 2,88 dias 2,76 dias 2,75 dias

Fonte: Pesquisa de Demanda turística, EMSETUR, 2011.

Os dados gerais indicam que a capital sergipana vem apresentando, a partir de 2008, um aumento significativo quanto ao fluxo de hóspedes e quanto aos pernoites gerados. Em Aracaju o fluxo turístico, em 2010, foi de 208.471 hóspedes, gerando 630.078 pernoites, o que significa o crescimento de 13,4% em relação a 2008 e de 17,5% em relação a 2009. Este fato se deve principalmente aos investimentos realizados no setor hoteleiro da capital devido ao aumento da procura por hospedagem.

A taxa de ocupação hoteleira no município de Aracaju, de 2008 a 2010, por categoria de hotéis demonstrou oscilação pouco significativa ao longo desses anos, raramente ficando abaixo de 50%. Em 2008 os hotéis de categoria cinco estrelas apresentaram a maior taxa de ocupação em relação aos demais, ficando em segundo lugar os hotéis três estrelas. Em 2009 e 2010 esses índices se mantiveram entre 50% e 60% para a categoria de duas e três estrelas.

O hóspede de estabelecimentos cinco estrelas tende a privilegiar os serviços turísticos oferecidos pelo próprio hotel, diminuindo o seu gasto na cidade. Ao contrário, os hóspedes

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de hotéis de menor categoria utilizam serviços externos ao hotel, contribuindo, assim, diretamente, para a dinamização da economia na cadeia produtiva do turismo.

A permanência média do turista nos meios de hospedagem de Aracaju no período de 2008 a 2010 variou entre 2,66 a 2,88 dias. Observa-se que o tempo de permanência é maior na ocupação de hotéis de categoria duas estrelas. Porém, constata-se que o aumento do tempo de permanência na cidade não cresce na mesma proporção do fluxo de turistas no período de 2008 a 2010, ou seja, o número de turistas vem crescendo ao longo dos anos, embora o tempo de permanência se mantenha.

B. Equipamentos e Serviços de Alimentação

Os serviços de alimentação, assim como os meios de hospedagem, são essenciais como componentes da cadeia produtiva do turismo, não só para suprir necessidades básicas do turista, mas também como elemento que traduz a cultura local, por sua culinária típica e caseira.

O Polo Costa dos Coqueirais possui 260 equipamentos voltados para a gastronomia, de acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Abrasel, complementados pela pesquisa de campo realizada em 2011/2012.

Em Aracaju estão instalados cerca de 169 equipamentos de alimentação, dentre eles bares e restaurantes, bares noturnos, choperias e botecos, que oferecem pratos da cozinha internacional, frutos do mar, cozinha naturalista, cozinha regional, rodízio de churrasco, pizzarias, lanchonetes sorveterias e outros tipos de estabelecimentos.

A tabela a seguir quantifica o número de estabelecimentos de alimentação existente no Polo Costa dos Coqueirais.

Tabela 45. Estabelecimentos Prestadores de Serviços de Alimentação Instalados nos Municípios Integrantes do Polo Costa dos Coqueirais – Sergipe - 2011

Município Quantidade de Estabelecimentos

Aracaju 169

Barra dos Coqueirais 11

Brejo Grande 4

Estância 17

Indiaroba 13

Itaporanga D’Ajuda 5

Laranjeiras 3

Nossa Senhora do Socorro 11

Pacatuba 3

Pirambu 6

Santa Luzia do Itanhy 3

São Cristóvão 3

Santo Amaro das Brotas 2

Total 250

Fonte: Technum Consultoria SS, 2011.

Os estabelecimentos instalados em Aracaju estão prontos para atender turistas de todas as faixas sociais e poder de consumo. Os outros municípios do Polo apresentam uma reduzida quantidade de empreendimentos gastronômicos que, na sua maioria, estão voltados para o atendimento da população local e carecem de infraestrutura para atendimento ao turista, tanto no que diz respeito à qualificação de funcionários, quanto às instalações e estado de

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conservação. Este fato afeta a permanência do turista e ainda incentiva o oferecimento destes serviços diretamente pelas agências de viagem, diminuindo ainda mais investimentos privados neste setor.

Na gastronomia do Polo destaca-se a influência da cozinha nordestina e sergipana, além da comida caseira nos municípios e estabelecimentos onde as estruturas são mais simples.

Em parceria com o Sebrae/SE, foi implantado na região o programa Gestão Estratégica Orientada para Resultados de Bares e Restaurantes, que elabora projetos para qualificação e desenvolvimento das empresas associadas. O Senac está presente, realizando, em Aracaju cursos de qualificação profissional para das empresas associadas.

Sergipe dispõe, ainda, de programa de qualidade relacionado a Hotéis, Bares, Pousadas, Restaurantes e Similares. Para obter o Selo de Qualidade as empresas passam por um diagnóstico, que inclui visita técnica e avaliação de um Comitê Gestor formado por técnicos do Sebrae, da Secretaria de Estado do Turismo e de outras entidades relacionadas ao setor atuantes no Estado: Abav, Abeoc, Abih, Abrajet, Abrasel, Funcaju, Senac, Senar, e Singtur.

Dos 79 estabelecimentos instalados nos municípios do Polo, exceto Aracaju, 45 deles informaram a necessidade de reforma, ampliação, substituição de equipamentos no intuito de gerar maior permanência do turista na região.

O quantitativo das equipes que atuam nos estabelecimentos de alimentação na região do Polo varia entre duas a doze pessoas com carteira assinada e de um a quinze temporários. Verifica-se que nos meses de janeiro, fevereiro, março e dezembro o quadro de funcionários se mantém estável, diminuindo sensivelmente nos demais meses do ano. Três restaurantes, em Barra dos Coqueiros, Estância e Indiaroba, declaram possuir empregados com formação específica/especialização para o exercício de suas funções

Na questão de créditos e Incentivos Fiscais, um restaurante localizado no município de Pirambu utilizou créditos para capital de giro, sendo o Banese o fornecedor do credito.

C. Equipamentos e Serviços de Agenciamento

Os serviços de agenciamento turístico são prestados por estabelecimentos comerciais, organizados com o objetivo de produzir, vender ou intermediar a venda e a reserva de transporte, hospedagem, alimentação e eventos para fins considerados turísticos. Tais serviços podem assumir a forma de excursões ou pacotes ou ser prestados individualmente.

Foram identificadas em Aracaju 41 agencias de viagens e operadoras de turismo associadas à Abav/SE - Associação Brasileira de Agências de Viagens de Sergipe. Destas, 6 são agencias receptivas, 3 são operadoras de turismo e as demais são agências de viagens emissivas. Segundo dados da Abav, existem em Aracaju mais 25 agências não associadas, dentre as quais 13 são agências receptivas e fazem parte do Cadastur. Dentre os demais municípios do Polo Costa dos Coqueirais, somente Estância possui uma agência de viagem.

São poucas as agências que trabalham com turismo receptivo e pequeno também é o número de roteiros turísticos por elas comercializados, o que acaba por gerar maior receita para a capital do Estado, diminuindo a receita do turismo nos demais municípios do Polo.

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D. Equipamentos e Serviços de Transporte e Locadoras de Veículos

Segundo dados do Cadastur, somente Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Laranjeiras, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão possuem estabelecimentos voltados para o transporte turístico, conforme demonstra a tabela a seguir. Constata-se pouca oferta de transporte turístico no Polo, com concentração em Aracaju.

Tabela 46. Estabelecimentos Prestadores de Serviço de Transporte Turístico - Instalados no Polo Costa dos Coqueirais – Sergipe - 2011

Municípios Quantidade de Estabelecimentos

Aracaju 37

Barra dos Coqueiros 2

Estância 5

Laranjeiras 2

Nossa Senhora do Socorro 2

São Cristóvão 3

Total 51

Fonte: CADASTUR

E. Centros de Atendimento ao Turista

Quatro Centros de Atendimento ao Turista estão instalados em Aracaju, localizados no Mercado Municipal Thales Ferraz, na Colina do Santo Antônio, no Mirante 13 de Julho e na Orla Pôr do Sol, onde estão disponíveis materiais de apoio, distribuídos gratuitamente, tais como: mapas de orientação turística, folheteria sobre os atrativos principais, guias, prospectos de shows e passeios, porém referindo-se a cada município do estado, sem citar o conjunto turístico do Polo Costa dos Coqueirais.

O município de Brejo Grande possui um Centro de Atendimentos ao Turista que atualmente encontra-se desativado. Em Estância há um Terminal Turístico em construção; Laranjeiras possui um Bureau de Informações Turísticas junto à Secretaria Municipal de Turismo e São Cristóvão conta com um Posto de Informações Turísticas. Os demais municípios do Polo não possuem equipamentos formalizados de recepção e informação ao turista.

Verifica-se que nos centros de atendimento ao turista não há um banco de dados atualizado para que os turistas possam saber sobre a gastronomia local, a hospedagem, transportes, entretenimentos, atrações turísticas, dentre outros serviços, além de informações direcionadas aos eventos que estejam ocorrendo nos municípios.

F. Organizadoras e Locais para Realização de Eventos

A capital do Estado conta com o Centro de Convenções de Sergipe que possui um Pavilhão de Feiras e Exposições com 5.050m², quatro auditórios com acomodação 900 pessoas aproximadamente e salas de treinamento para 100 pessoas.

A atuação do Aracaju Convention & Visitors Bureau configura um elemento fortalecedor e indutor ao turismo de negócios e eventos no Polo Costa dos Coqueirais. Ainda que a capacidade dos auditórios locais seja um fator de desvantagem frente aos destinos competitivos do turismo de eventos, Aracaju demonstra qualificação e significativa capacidade de captação de eventos. A rede de hotéis de Aracaju, principalmente as unidades melhor classificadas, contam com salões e salas para pequenos eventos, cursos, convenções, sendo importante complemento ao Centro de Convenções.

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O município de Barra dos Coqueiros possui hotel com capacidade de receber eventos de pequeno e médio porte, de modo a complementar os serviços existentes em Aracaju, pela sua proximidade. Os outros municípios do Polo não dispõem de infraestrutura para abrigar o turista cuja motivação da viagem foi estruturada em torno do segmento de negócios ou da participação em eventos.

5. INFRAESTRUTURA BÁSICA E SERVIÇOS PÚBLICOS

5.1. Rede Viária de Acesso

A malha de transporte e acesso ao estado de Sergipe é formada por rodovias, ferrovias, porto e aeroporto. São, aproximadamente, 11,5 mil km de estradas que ligam as principais cidades do estado à sua capital, Aracaju, bem como aos demais estados do País.

O sistema ferroviário possui 286 km. As atividades portuárias são realizadas pelo Terminal Marítimo Inácio Barbosa, em Barra dos Coqueiros e o Aeroporto está localizado em Aracaju.

Os elementos que compõem a rede viária do Polo podem ser verificados no mapa a seguir.

Figura 64. Rede Viária - Polo Costa dos Coqueirais - 2011

Fonte: Technum Consultoria, 2011

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5.1.1. Sistema Rodoviário

O mapa a seguir ilustra o sistema rodoviário do Estado de Sergipe. O Estado apresenta 411 km de estradas federais, 3.849 km estaduais e 7.206 km de vias municipais, pavimentadas ou não, de acordo com o DNIT. No Polo Costa dos Coqueirais as principais rodovias federais de acesso são a BR-101, que corta Sergipe no sentido norte-sul, e a BR 235, que corta no sentido leste / oeste.

Figura 65. Sistema Rodoviário - Polo Costa dos Coqueirais - 2011

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

As rodovias que compõem a malha viária do Polo Costa dos Coqueirais, são estruturadas a partir das pelas rodovias federais - BR 101 e BR 235 -, a SE 100 – Rodovia estadual principal – e as vias de ligação que conectam os municípios do Polo.

No geral, as condições físicas das rodovias existentes são boas, ainda que necessitem de algumas melhorias.

Na BR 101 há intenso fluxo de veículos, sobretudo de carretas com cargas e ônibus de longo percurso. Merecem destaque as obras de duplicação desta rodovia nos acessos aos municípios Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras, São Cristóvão e Itaporanga D’Ajuda.

A BR 235 possui pista dupla no principal acesso a Aracaju e Nossa Senhora do Socorro.

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A rodovia SE 100 foi implantada com recursos do Prodetur I visando separar a circulação dos turistas do Polo Costa dos Coqueirais do tráfego pesado provocado pelos veículos de passeio e de cargas que circulam na BR 101. Denominada Linha Verde, em continuação à rodovia do estado da Bahia, a SE 100 margeia o litoral sergipano até Brejo Grande.

A SE 100 corresponde ao eixo articulador do turismo litorâneo do Polo Costa dos Coqueirais. Nesta, pode-se observar que ainda há necessidade de infraestrutura e obras complementares como pavimentação de trechos, projetos de sinalização, iluminação e a construção de pontes. Estas ações são de significativa importância, pois permitirão a continuidade de percurso, induzindo fortemente o deslocamento dos visitantes por todo o Polo Costa dos Coqueirais.

A SE 100 pode ser dividida em dois trechos:

a SE 100 Sul, que percorre os municípios de Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy, Estância, São Cristóvão e Aracaju e,

a SE 100 Norte, trecho que abrange Barra dos Coqueiros, Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande.

O trecho Sul da rodovia SE 100 encontra-se praticamente estruturado. Outros trechos rodoviários do litoral sul demandam, porém, investimentos como os citados a seguir:

acesso ao Povoado de Pontal em Indiaroba por meio da SE 285;

acesso ao Povoado de Crasto em Santa Luzia do Itanhy por meio da SE 444 – Figura 66;

pavimentação da estrada que liga a Sede do município de Estância à sua área litorânea - Praia do Saco e do Abais e a Lagoa Azul - SE 476.

finalização da Ponte Gilberto Amado que liga o Povoado de Porto Cavalo - Estância - ao Povoado de Terra Caída - Indiaroba – Figura 67.

Figura 66. Acesso ao Povoado de Crasto – SE 444 - Santa Luzia do Itanhy

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 67. Ponte Gilberto Amado - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Algumas pontes já estão construídas, como a que interliga os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros e a Ponte Joel Silveira sobre o Rio Vaza Barris. Dentre as melhorias com a construção destas pontes, merece destaque: a redução de veículos na BR 101 transferindo o fluxo para a SE 100, integração entre o litoral Sul sergipano e o litoral Norte da Bahia facilitando o acesso entre as duas capitais e benefícios em empreendimentos turísticos, hoteleiros e imobiliários já existentes e abrindo possibilidades para surgimento de novos.

A Ponte Gilberto Amado que liga o Povoado de Porto Cavalo - Estância - ao Povoado de Terra Caída - Indiaroba - encontra-se em fase final de construção. A construção da ponte resultará em um percurso direto de quem vai de Aracaju a Salvador ou vice-versa pela "linha verde", sem a necessidade de utilizar a BR 101. Atualmente 90% da obra foi executada e o objetivo consiste em atrair mais visitantes através das belezas naturais oferecidas pela região, aumentando, assim, investimentos no setor turístico.

A ligação da SE 476 - sede municipal de Estância - à SE-100 - faixa litorânea de Estância - é, notadamente um trecho em potencial para a captação de turistas que trafegam pela BR-101. Esta ligação objetiva reduzir a distância entre a sede e suas belezas naturais de praias e dunas, promovendo o desenvolvimento do turismo na região. Vale ressaltar que a obra encontra-se paralisada, necessitando da construção da ponte sob o Rio Fundo para facilitar a travessia.

A conclusão dessas obras permitirá um percurso turístico litorâneo que irá contribuir de forma bastante significativa para aumentar a oferta de produtos turísticos, servirá também como eixo estruturador do espaço e elemento de integração dos estados do nordeste.

Quanto à rodovia SE 285 é prioritária a conclusão da pavimentação do trecho entre os povoados de Convento, Pontal e Terra Caída, formando uma rede de circulação e diminuindo as distâncias destes com a sede municipal de Indiaroba. A obra irá fortalecer a economia local, uma vez que a região abrange o estuário do Rio Real, importante ponto turístico e destino para Mangue Seco. 70% das obras de pavimentação já foram executadas com os recursos do Prodetur I, restando apenas finalizar o meio fio, a sarjeta e as calçadas. Neste projeto há a previsão de instalação de cordas nas árvores para a travessia de saguis.

A SE-444, no trecho Santa Luzia/Crasto, em Santa Luzia do Itanhy não é pavimentada. A região apresenta a maior reserva de Mata Atlântica do estado e, desta forma, o condicionante de ações e projetos de melhorias do sistema viário versa sobre a preservação da flora e fauna nativas. No projeto de pavimentação, já foi elaborado, porém não licitado,

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propõe-se a passagem subterrânea de animais com telas nas vias, evitando acidentes e contribuindo para a preservação ambiental.

Considera-se que a realização de obras desta natureza permitirá a otimização dos recursos investidos no Prodetur I, potencializando e consolidando os benefícios esperados.

Considerando que o modo rodoviário é expressivo como meio de transporte e acesso ao Estado, é de extrema importância a complementação do sistema de acessibilidade na SE 100 Sul, de modo a permitir não só o acesso mais rápido e com melhores condições de segurança aos visitantes que se destinam à Aracaju, mas também oferecer opções de passeios e visitação a pontos turísticos diversos.

A pavimentação da SE 100 Norte inicia-se em Barra dos Coqueiros e se estende ao município de Pirambu. A partir daí, a rodovia encontra-se sem pavimentação asfáltica até alcançar Brejo Grande, na margem direita do rio São Francisco, divisor natural entre Sergipe e Alagoas. A falta de pavimentação deste trecho - Figura 68 - gera dificuldade de locomoção da população local e interfere no desenvolvimento do fluxo turístico.

Figura 68. Final da Pavimentação SE 100 Norte

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Um protocolo de intenções foi firmado entre os governadores de Sergipe e Alagoas visando à construção, no trecho norte da SE 100, de uma nova ponte sobre o rio São Francisco, interligando Sergipe com a rodovia litorânea de Alagoas, importante ponto de ligação da malha viária.

Apesar do protocolo firmado, as providências nesse sentido estão interrompidas, dadas as divergências no que diz respeito ao local de implantação da ponte. O Governo de Alagoas quer a ponte entre os municípios de Penedo (AL) e Neópolis (SE), devido a melhor viabilidade econômica e ambiental desta região. Já o governo de Sergipe pretende que a ponte esteja localizada entre os municípios de Brejo Grande (SE) e Piaçabuçu (AL) alegando que a construção da ponte entre os municípios de Penedo (AL) e Neópolis (SE) irá impedir o desenvolvimento econômico de Neópolis.

A implantação da SE 100 Norte deve promover o desenvolvimento do litoral norte, buscando maior integração deste com os demais municípios do polo localizados ao sul e com as outras regiões do estado. Merece destaque o trecho de Pirambu a Brejo Grande, que consiste em uma região sensível do ponto de vista ambiental. Neste trecho encontra-se o Pantanal Nordestino onde há um mosaico de ecossistemas interligados, formados por

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lagoas, rios e brejos. Seu cenário abriga uma rica e diversificada flora e fauna nativa, com abundância de aves, peixes, mamíferos e plantas ornamentais.

A estrada, ainda não pavimentada, está localizada entre o cordão litorâneo e a área alagada, contornando as dunas ali existentes. Ainda assim, há a necessidade de se avaliar as questões ambientais, condicionando o caminho através da engenharia para que seus usuários percebam a natureza como passeio turístico.

Destaca-se, quanto à acessibilidade rodoviária do Polo Costa dos Coqueirais, a posição estratégica de Aracaju, situada na porção central no litoral sergipano, próxima de destinos turísticos consolidados como Salvador (330 km) e Maceió (280 km), pela rodovia federal BR 101, e as curtas distâncias que separam a Capital dos demais municípios do Polo, possibilitando o acesso do visitante às mais variadas ofertas.

As distâncias de Aracaju para algumas das principais capitais brasileiras podem ser verificadas no quadro a seguir.

Quadro 07: Distâncias entre Aracaju e as Principais Capitais Brasileiras.

Capital Km

Belo Horizonte 1242

Brasília 1292

Curitiba 2061

Fortaleza 816

Maceió 201

Recife 398

Rio de Janeiro 1483

Salvador 277

São Paulo 1731

Fonte: DNIT – 2011 – http://www1.dnit.gov.br.

Partindo da caracterização da área, segue o Quadro 08: que identifica a situação atual, bem como aponta as possíveis soluções a respeito à acessibilidade rodoviária no Polo Costa dos Coqueirais.

Quadro 08: Pontos Críticos e Indicação de Ações para a Melhoria do Sistema Rodoviário no Polo Costa dos Coqueirais.

Situação Atual Ações

Ponte Gilberto Amado que liga o Povoado de Porto Cavalo (Estância) ao Povoado de Terra Caída (Indiaroba).

Finalização da obra.

Trecho rodoviário que liga a sede municipal de Estância ao seu litoral - SE 476.

Realização da obra de pavimentação e da ponte sobre o Rio Fundo.

Povoado de Pontal em Indiaroba - SE 285. Finalização da pavimentação do trecho da Sede de Indiaroba até o povoado de Pontal.

Povoado de Crasto em Santa Luzia do Itanhy – SE 444. Realização da pavimentação do trecho da Sede de Santa Luzia de Itanhy até o Povoado de Crasto.

Pirambu à Brejo Grande (SE 100 norte). Pavimentação do trecho tendo em vista as

questões ambientais.

Ponte sobre o Rio São Francisco. Integração interestadual, elaboração de projetos

e execução da obra.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

Esse conjunto de ações preliminares tem como objetivo interligar comunidades e pontos de interesse turístico ao sistema de acessibilidade já iniciado com a implantação da SE-100. Desta forma haverá melhor circulação de turistas aos mais variados destinos turísticos do Polo, indução da distribuição de oferta de serviços e comercialização de bens, gerando emprego e renda.

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5.1.2. Sistema Ferroviário

Quando da sua implantação em 1935, a ferrovia fazia parte da Viação Férrea Federal Leste Brasileira, da Rede Ferroviária Federal SA, ligando Aracaju a outras 21 cidades. São 286 km de ferrovia em todo estado sergipano, partindo da capital, a linha se estende para o Norte até Propriá e para o Sul, até Salvador.

Atualmente, o sistema ferroviário existente no Estado é de propriedade da Ferrovia Centro-Atlântica S.A. e interliga a capital Aracaju a Recife e a Salvador.

No Polo Costa dos Coqueirais a ferrovia passa por Nossa Senhora do Socorro, Aracaju, São Cristóvão e Itaporanga D’Ajuda e é utilizada para o transporte de produtos minerais.

Alguns obstáculos dificultam o melhor aproveitamento da ferrovia para o transporte de mercadorias e passageiros, como: o traçado com curvas, fortes rampas, trilhos leves e bitola estreita impedindo suportar o transporte de cargas pesadas. Coube, então, às rodovias assumirem o papel mais importante de transporte, desativando a linha férrea para passageiros, optando-se pelo plausível.

Figura 69. Estação Ferroviária em São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O mapa apresentado na Figura 64 aponta a malha ferroviária e o circuito ferroviário de interesse turístico passando pelas cidades históricas de Laranjeiras e São Cristóvão, bem como no município de Nossa Senhora do Socorro.

Avalia-se a utilização da ferrovia para fins turísticos, porém seu traçado não deve assumir uma função estruturadora. Essa função cabe, principalmente, ao sistema rodoviário que perpassa toda a extensão do Polo. Poderia tão somente ser utilizada como um meio complementar de conduzir pessoas advindas de outro polo ou circuito turístico para os pontos em que a ferrovia atinge o Costa dos Coqueirais.

No Quadro 09: onde se encontram os pontos críticos e as possíveis soluções para a melhoria do sistema ferroviário no Polo.

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Quadro 09: Pontos Críticos e Soluções Possíveis para Melhoria do Sistema Ferroviário no Polo Costa dos Coqueirais.

Situação Atual Indicativo de Ação

Ferrovia utilizada apenas para o transporte de minerais.

Inserção da ferrovia em roteiros turísticos , favorecendo o turismo integrado no Polo.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

5.1.3. Sistema Hidroviário

O porto de Sergipe - Terminal Portuário Inácio Barbosa - está localizado no município de Barra dos Coqueiros, a 15 km ao Norte de Aracaju. Possui acesso pela BR 101 ou pelo sistema hidroviário existente entre o município e a capital.

Considerado um dos mais modernos, de sua tipologia, trata-se de um terminal off-shore, ou seja em águas profundas, administrado pela Companhia Vale do Rio Doce. Possui um cais de acostagem a 2.400 metros da linha da costa, abrigado por um quebra-mar de 550 metros. O cais de acostagem, com extensão de 331 metros e largura de 17 metros, é alargado para 23,60 metros no trecho sul, numa extensão de 59,20 metros, que permite a manobra de qualquer veículo.

O Terminal Hidroviário Jackson de Figueiredo foi desativado em Dezembro de 2006. Atualmente, o prédio onde funcionou o Terminal Hidroviário, está sendo reformado para abrigar um Batalhão da Policia Militar.

O transporte hidroviário é utilizado, basicamente, para cargas e passageiros entre os municípios ribeirinhos. Merecem destaque, no que diz respeito ao deslocamento e ao potencial turístico, os seguintes rios: Rio São Francisco, Rio Sergipe, Rio Vaza Barris, Rio Piauí e Rio Real.

Quadro 10: Hidrologia do Polo Costa dos Coqueirais.

Rio Principais Afluentes

Municípios do Polo Abrangidos

Municipios do Polo Parcialmente Abrangidos

São Francisco

Rio Paraopeba Rio Abaeté Rio das Velhas Rio Jequitaí Rio Paracatu Rio Urucuia Rio Verde Grande Rio Carinhanha Rio Corrente Rio Grande

Brejo Grande -

Sergipe

Rio Poxim Rio Pitanga Rio Morcego Rio Jacoca Rio Catinguiba Rio Ganhamoroba

Aracaju Barra dos Coqueiros Laranjeiras N.S. do Socorro Pirambu

Itaporanga D’Ajuda S. Amaro das Brotas São Cristóvão

Vaza Barris

Rio Paramopama Rio Tejupeba Rio Pedras Rio Traíras Rio Jacocas Rio Lomba

Aracaju Itaporanga D’Ajuda São Cristóvão

Piaui

Rio Piauitinga Rio Fundo Rio Quebradas Rio Ariquitiba

Estância Santa Luzia do Itanhy

Itaporanga D’Ajuda Indiaroba

Real Rio Itamirim Indiaroba

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Rio Principais Afluentes

Municípios do Polo Abrangidos

Municipios do Polo Parcialmente Abrangidos

Rio Puxica Rio Paripe Rio Macaco Rio Mangue Seco -BA

Fonte: IBGE, 2011.

Na malha hidroviária do Polo Costa dos Coqueirais encontram-se cursos navegáveis, formando sistemas de porte significativo para o transporte de passageiros e, propícios para a criação e exploração de roteiros turísticos, tal como já é feito de Aracaju para o delta do Rio São Francisco. O mapa apresentado na Figura 70 aponta os circuitos fluviais principais e potenciais e a ligação desses circuitos também por meio das pontes.

O sistema hidroviário é utilizado, basicamente, para transporte de cargas e passageiros entre as cidades ribeirinhas, como: Aracaju e Barra dos Coqueiros, no Rio Sergipe, e entre os estados de Sergipe e Alagoas, no Rio São Francisco.

Figura 70. Transporte Hidroviário Rio Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

As rotas fluviais do Polo Costa dos Coqueirais são sintetizadas no quadro a seguir.

Quadro 11: Rotas Fluviais – Polo Costa dos Coqueirais.

Local Rotas Fluviais

Aracaju Os atrativos são Orlinha, Atalaia Velha e Mosqueiro pelo Rio Vaza Barris.

Povoados de Pontal e Terra Caída, localizados em Indiaroba.

Pontal: travessia no Rio Real, passeios turísticos pelas ilhas, praia Saco e Mangue Seco (Bahia), através de jangadas ou barcos. Terra Caída: Passeios de barco pelo manguezal e de lanchas ou escunas levam para pontos turísticos como Praia do Saco, Ilha da Sogra, Ilha do Sossego e Mangue Seco, já na Bahia.

Povoado de Crasto, localizado em Santa Luzia do Itanhy.

Rio Piauí e Rio Piauitinga até o encontro com o Rio Real passando pela Enseada (ponto elevado de onde se tem a vista do rio e do povoado), pelo povoado Olhos D’água, Trapiche Velho e Barreira de Cima.

Praia do Saco e Povoado Porto de Areia, localizados em Estância.

Localizados junto à foz do Rio Real há Catamarã para Mangue Seco (Bahia) e para os povoados: Crasto, Terra Caída e Pontal; passeios de escuna para a Ilha do Sossego, Ilha da Sogra e Mangue Seco Bahia. Realiza passeios para Mangue Seco (Bahia), Praia do Sossego e Ilha da Sogra.

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Local Rotas Fluviais

São Cristóvão Rota até a Ilha Croa do Goré.

Nossa Senhora do Socorro Prainha de São Brás pelo Rio Sergipe.

Santo Amaro das Brotas Praia do Porto e Santo Amaro pelo Rio Sergipe.

Barra dos Coqueiros Pomonga e Atalaia Nova pelo Rio Sergipe.

Povoados de Saramén, Ponta dos Mangues e Novo Cabeço em Brejo Grande e o Município de Brejo Grande.

Foz do Rio São Francisco.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Em Indiaroba, no Povoado de Pontal, em Santa Luzia do Itanhy, no Povoado de Crasto e em Estância, no Povoado Porto Cavalo localizam-se os principais atracadouros, conforme figuras a seguir. Tais atracadouros não vêm sendo, entretanto, utilizados com fins turísticos, dada a ausência de infraestrutura turística e de gestão.

Figura 71. Atracadouros: Pontal e Crasto

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 72. Porto Cavalo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Os trechos hidroviários do Polo promovem o transporte de passageiros, especialmente em viagens turísticas. São lanchas, barcos a vela, barcas com motor diesel, catamarãs, balsas, escunas e tototós que trafegam nos rios. Os proprietários das embarcações são barqueiros

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160

autônomos que transportam passageiros entre as localidades ribeirinhas - Figura 73 e Figura 74.

Figura 73. Barcos de turismo no Rio São Francisco

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 74. Catamarã no Rio Vaza Barris

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

As condições de acessibilidade hidroviária no Polo Costa dos Coqueirais são precárias, uma vez que há poucos atracadouros, carência de equipamentos de segurança e de condições para a circulação intermodal, bem como de um arranjo institucional eficaz que venha implantar instrumentos regulatórios do transporte fluvial e exercer as funções relativas à gestão do transporte fluvial, incluindo a manutenção da infraestrutura e a fiscalização da operação.

Com efeito, para a correta utilização da rede hidroviária há a necessidade de infraestrutura adequada que envolve, entre outras medidas, a construção ou revitalização dos atracadouros, a implantação de infraestrutura turística em trechos ribeirinhos de atração

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161

turística, a criação de vias de acesso e a implantação de sistema operacional de integração com outros modos de transporte, especialmente com o transporte rodoviário. Os investimentos atuais tendem a privilegiar a malha rodoviária, sem priorizar a instalação de condições para a operação hidroviária integrada ao sistema rodoviário.

No Povoado de Porto Cavalo o transporte fluvial encontra-se suspenso devido à construção em curso da ponte Gilberto Amado. Neste trecho, propício para a navegação de passageiros e para a sua exploração como atrativo turístico, será necessário prever medidas de incentivo nessa direção, para que, quando da entrada da ponte em operação, não se substitua tais práticas, de forma radical, pela travessia terrestre. Destinos como a Ilha da Sogra e a Praia do Sossego, considerados pontos de atração turística, possuem acesso somente através do transporte fluvial.

Fato semelhante ocorreu no momento da inauguração da Ponte Construtor João Alves que liga a capital Aracaju ao município de Barra dos Coqueiros. As lanchas e balsas perderam a sua utilidade, embora os tototós, que fazem parte da cultura e da tradição local, persistam, ainda que de forma precária, como meio de transporte local e turístico.

Torna-se, assim, importante a implantação, revitalização e regularização de atracadouros em pontos estratégicos da região e a implantação das condições para o transporte intermodal. Por sua localização, atratividade turística e número de habitantes, são considerados pontos estratégicos: Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy, Estância, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Aracaju e Brejo Grande.

No Quadro 12: a seguir, estão elencados pontos críticos relativos à infraestrutura turística às margens de cursos d’água no Polo Costa dos Coqueirais e indicadas possíveis ações para a sua superação.

Quadro 12: Pontos Críticos e Possíveis Soluções para Melhoria da Infraestrutura Turística em Hidrovias do Polo Costa dos Coqueirais.

Situação Atual Ação

Precariedade dos atracadouros e ausência de infraestrutura turística em

São Cristóvão;

Povoado de Pontal em Indiaroba,

Povoado de Crasto em Santa Luzia do Itanhy;

Povoado de Porto Cavalo em Estância.

Atalaia Nova em Barra dos Coqueiros;

Construção dos atracadouros e infraestrutura turística.

Inexistência de atracadouros e de infraestrutura em:

Terra Caída, em Indiaroba;

Saco e Porto da Areia em Estância.

Atalaia Velha e Mosqueiro, em Aracaju.

Litoral norte: Saramén, Ponta dos Mangues e Novo Cabeço, em Brejo Grande.

Construção de atracadouros e de infraestrutura.

Infraestrutura turística inexistente em:

Pomonga e Atalaia Nova em Barra dos Coqueiros,

Orlinha em Aracaju,

Prainha de São Brás em Nossa Senhora do Socorro, e

Praia do Porto e Santo Amaro em Santo Amaro das Brotas.

Infraestrutura adequada.

Ausência de marco regulatório para o transporte hidroviário de uso local e turístico no Polo .

Fortalecimento institucional e incremento da fiscalização do transporte turístico hidroviário.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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162

5.1.4. Sistema Aeroportuário

O transporte aéreo para o Polo Costa dos Coqueirais é realizado por meio do Aeroporto de Santa Maria, localizado em Aracaju. Consiste no único equipamento de porte do Estado.

O Aeroporto de Aracaju atende uma média mensal de 60 mil passageiros e 15 voos diários que interligam a capital com as principais cidades do país. Foi beneficiado com recursos do Prodetur I para adequação e melhoria de suas instalações, com investimentos da ordem de U$ 8,088,000,00 (oito milhões e oitenta e oito mil). Atualmente, segundo dados da Infraero, tem como características principais:

Sítio Aeroportuário: 874.742,13 m²

Pátio das aeronaves: 22.356 m²

Pista: 2.200m x 45m

Terminal de Passageiros: 9.321 m²

Estacionamento: 201 vagas

Nº de Posições: 4*

A Tabela 47, a seguir, apresenta o quantitativo de aeronaves, da carga e de passageiros relativos à operação do aeroporto entre 2005 e 2011, Note-se que, mesmo com a diminuição do número de aeronaves verificada em 2009, o quantitativo de passageiros continuou em crescimento.

Tabela 47. Quantitativo de Aeronaves, de Carga Aérea e de Passageiros - Aeroporto de Aracaju/SE – 2005-2011

Aeronaves Carga Aérea Passageiros

Ano Quantidade Ano Quantidade Ano Quantidade

2011* 16.791 2011* 1.924.549 2011* 891.51

2010 18.850 2010 2.619.378 2010 940.389

2009 14.915 2009 2.420.790 2009 727.679

2008 17.631 2008 2.582.758 2008 669.777

2007 18.968 2007 2.378.888 2007 691.640

2006 17.659 2006 2.497.256 2006 589.719

2005 15.096 2005 2.717.322 2005 490.300

* até o mês de outubro/2011.

Fonte: Infraero

O movimento de embarque e desembarque de passageiros no aeroporto de Aracaju, de janeiro de 2010 a outubro de 2011 pode ser verificado na Tabela 48, a seguir.

Tabela 48. Passageiros embarcados e desembarcados – 2010/2011

Meses Passageiros Embarcados Passageiros Desembarcados

2010 2011 Var.11/10 2010 2011 Var.11/10

Janeiro 41.758 51.372 23,02% 44.596 47.925 7,46%

Fevereiro 33.393 39.731 18,98% 28.278 34.821 23,14%

Março 37.746 42.180 11,75% 43.536 40.979 -5,87%

Abril 35.930 43.650 21,49% 33.805 42.921 26,97%

Maio 33.916 43.226 27,45% 33.811 41.025 21,34%

Junho 36.439 42.841 17,57% 39.484 43.141 9,26%

Julho 40.261 48.461 20,37% 39.889 47.941 20,19%

Agosto 40.745 46.743 14,72% 37.573 42.862 14,08%

Setembro 42.581 46.591 9,42% 39.875 47.910 20,15%

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Meses Passageiros Embarcados Passageiros Desembarcados

2010 2011 Var.11/10 2010 2011 Var.11/10

Outubro 41.949 48.481 15,57% 40.900 48.706 19,09%

Novembro 42.235 - - 41.017 - -

Dezembro 42.255 - - 48.403 - -

Total 469.208

471.167

Fonte: Infraero, 2011.

Os dados relativos à variação do embarque e do desembarque nos meses de janeiro a outubro de 2010, comparados aos de 2011 demonstram o incremento de 84% quanto aos passageiros embarcados e de 87% quanto aos desembarcados. Em março de 2011 houve uma queda significativa no número de passageiros desembarcados, da ordem de 5,87%.

Observa-se que no mês de janeiro, considerado a alta estação, bem como o mês de junho, que é o período das festas juninas no estado, houve um aumento pouco significativo de passageiros desembarcados. Esta ocorrência pode apontar a necessidade de maior promoção e divulgação dos atrativos de lazer e das festas, expandindo o público abrangido a regiões mais distantes, já que as pesquisas apontam que cerca de 50% dos turistas que visitam Sergipe são originários dos estados da Bahia e de Alagoas e, desses, 90% usam transportes terrestres para chegarem até o estado.

Estão sendo desenvolvidos pelo Governo do Estado, em parceria com a Infraero, projetos de reforma e ampliação da pista de pouso do aeroporto de Aracaju, além da construção de um novo pátio e terminal de passageiros, com área aproximada de 32.000/m². Tais projetos têm a sua conclusão prevista ainda em 2012. A celeridade na realização das obras resultantes repercutirá na ampliação do acesso, em melhoria da qualidade e na segurança dos usuários.

5.2. Transporte Urbano

No Polo Costa dos Coqueirais o transporte rodoviário de passageiros compreende as seguintes conexões e serviços:

transporte interestadual: operam cerca de quinze empresas, entre elas a São Geraldo; Bomfim; Real Alagoas e Gontijo com linhas disponíveis para as principais capitais do Brasil como Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Goiânia;

intermunicipal: transporte realizado por meio de sete empresas ou cooperativas com linhas para todos os municípios do Estado, partindo de Aracaju, possibilitando conexão para os passageiros desembarcados de linhas interestaduais. O transporte urbano intermunicipal por ônibus na Região Metropolitana de Aracaju é operado oito empresas concessionárias cujos ônibus interligam os municípios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros;

transportadoras turísticas: utilizam vans e ônibus para acesso aos atrativos turísticos, compreendendo: (i) City Tour Aracaju, (ii) Foz do Rio São Francisco/ Brejo Grande, (iii) Litoral Sul – Mangue Seco – BA, (iv) Cidades Históricas e Cânions do São Francisco, este inserido no Polo Velho Chico e os demais no Polo Costa dos Coqueirais.

O quadro a seguir aponta os destinos do transporte intermunicipal, partindo de Aracaju para os municípios do Polo Costa dos Coqueirais, no qual todas as linhas têm frequência diária. Importa acrescentar que para acesso aos municípios de Estância e de Itaporanga D’Ajuda há maior disponibilidade de linhas e horários, facilitando o acesso àquelas áreas. Ao contrário, em Brejo Grande, Pirambu, Indiaroba e Pacatuba, as condições de acesso por ônibus intermunicipal mostram-se precárias, prejudicando o usuário local e fazendo com que o turista dependa das transportadoras turísticas ou de táxi para o acesso a esses municípios.

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Quadro 13: Transporte Intermunicipal no Polo Costa dos Coqueirais.

De Aracaju Para:. Destino Das Linhas Operadas Horários

Barra dos Coqueiros Atendido pelo Sistema Integrado Metropolitano (RM Aracaju)

Brejo Grande Sede Municipal 3 horários

Povoado Pirunga 3 horários

Estância

Sede Municipal (Linha para Itaporanga) 14horários

Nova Estância (Linha para Itaporanga) 16 horários

Sede Municipal (Linha Tobias Barreto) 2 horários

Ponte 8 horários

Riacho Fundo 6 horários

Indiaroba Ponte 8 horários

Itaporanga D’Ajuda

Sede Municipal 40 horários

F. Conceição 4 horários

Lagarto 15 horários

Sucupira 2 horários

Nova Estância (Linha para Itaporanga) 16 horários

Sede Municipal (Linha Tobias Barreto) 2 horários

Ponte 8 horários

Boquim 2 horários

Pedrinhas 5 horários

S. Anjo 12 horários

Rio Fundo 6 horários

Laranjeiras Sem informação

Nossa Senhora do Socorro Atendido pelo Sistema Integrado Metropolitano (RM Aracaju)

Pacatuba Povoado Pirunga 3 horários

Tatu 2 horários

Pirambu Sede Municipal via BR 10 3 horários

Santo Amaro das Brotas Sem informação -

São Cristóvão Entrada S. Cristóvão (Linha Boquim) Atendido também pelo Sistema Integrado Metropolitano (RM Aracaju)

2 horários

Santa Luzia do Itanhy Sem informação -

Fontes: Operadoras de Transporte Municipal

Nota-se que o transporte público de passageiros na região do Polo Costa dos Coqueirais concentra-se nas linhas intermunicipais, todas elas partindo de Aracaju em direção aos municípios. Alguns deles são atendidos por linhas de passagem, cujo ponto final localiza-se em um município vizinho. O deslocamento de passageiros na área urbana dos municípios também é feito por meio das linhas intermunicipais, pois, via de regra, inexistem sistemas de transporte urbano municipais de passageiros, cuja gestão seria de responsabilidade do governo de cada município. Aracaju é exceção a esta regra; como capital do estado e cidade de grande porte, o transporte público urbano municipal de Aracaju e o transporte integrado metropolitano atendem à capital, a Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão. .

Quanto aos terminais rodoviários, apenas Aracaju dispõe de boa estrutura. Os Terminais Rodoviários Governador José Rollemberg Leite e Luiz Garcia recebem os ônibus cujas linhas têm origem em Aracaju, com destino a outros municípios do estado, a outros estados. Deles se servem também os ônibus urbanos municipais que servem à Capital e à Região Metropolitana. Os demais municípios do Polo não contam com Terminais Rodoviários, valendo-se de pontos de parada.

O órgão gestor do transporte público de passageiros no município de Aracaju e RM é a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito – SMTT, criada em 1984, à qual cabe a o planejamento, a administração, a coordenação, o controle e a fiscalização do serviço de transporte público de passageiros. A SMTT gerencia também o serviço de transporte individual de passageiros (taxi) e o transporte escolar.

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165

O transporte público por ônibus concentra- no Sistema Integrado Metropolitano e no Sistema Integrado de Transportes, que prevê conexões entre terminais, podendo o usuário trocar de ônibus em qualquer ponto da cidade em até três horas pagando apenas uma passagem. Os principais terminais de ônibus urbanos localizam-se no Distrito Industrial, no Centro, na Rodoviária Nova (Zona Oeste), em Atalaia, no Mercado e em Maracaju. O preço da passagem – tarifa integrada é equivalente à média brasileira.

Dados de 2011 dão conta de que 2079 veículos compõem a frota de taxi de Aracaju, dos quais 168 são táxis-lotação, 30 servindo à cooperativa do Aeroporto e 1871 classificados como taxi bandeira.

O sistema de transporte público de passageiros em Aracaju e demais municípios da Região Metropolitana encontra-se estruturado e atende, com razoável qualidade, as necessidades de deslocamento nessa área. O ponto crítico recai sobre as linhas intermunicipais, interligando os municípios do Polo Costa dos Coqueirais, exigindo investimentos de peso. Neste contexto, a expansão e a melhoria dos serviços de transporte, principalmente aqueles que interligam os municípios que compõem o Polo, virá beneficiar tanto a população residente quanto os turistas. O transporte especial para atendimento ao turismo também deve ser alvo de planejamento, regulação, melhoria operacional e expansão, de forma a atender, com conforto e qualidade, à demanda atual e futura, como fruto dos investimentos no desenvolvimento da área turística.

Outra opção para o transporte urbano é o uso bicicleta articulado com o sistema de transporte coletivo, viabilizando os deslocamentos da comunidade e dos turistas com segurança, eficiência e conforto. Neste sentido, é necessário dotar dos municípios com infraestrutura para o trânsito de bicicletas, introduzindo critérios para o planejamento de ciclovias ou ciclofaixas nos trechos das rodovias nas zonas urbanizadas, em vias públicas, nas margens dos cursos d’água e parques, bem como celebrar convênio com os municípios do Polo para a criação de ciclovias intermunicipais.

Em Aracaju, a atual administração municipal, dentro da política de incentivo ao uso de bicicletas para a mobilidade no meio urbano, tem priorizado a implantação de novas ciclovias. A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito investiu na ampliação e estruturação de vias exclusivas para ciclistas que somam 62 Km (2012), o que torna a malha cicloviária de Aracaju a maior do Nordeste. Tais investimentos trarão resultados positivos para a população local e para o desenvolvimento turístico se forem expandidos para outros municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais, de forma planejada, levando o uso da bicicleta, de preferência articulado com o sistema de transporte coletivo, aos roteiros turísticos, aos parques, às vias beira mar ou beira rio, e se tornando, ele próprio, um atrativo, urbano e intermunicipal. .

O Quadro 14: resume a situação atual e ações possíveis para o desenvolvimento do transporte urbano no Polo.

Quadro 14: Pontos Críticos e Soluções Possíveis para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade no Polo Costa dos Coqueirais.

Situação Atual Ação Possível

Transporte Intermunicipal não atende, com qualidade e segurança as necessidades de deslocamento de turistas e da população local na região do Polo.

Remodelagem, modernização e expansão do transporte público de passageiros entre os municípios do Polo

Gestão de Transporte Público de Passageiros entre os municípios do Polo aquém do esperado para promover a eficácia do sistema.

Remodelagem da gestão do transporte intermunicipal e implantação de medidas continuadas de capacitação profissional.

Transporte urbano de passageiros intramunicipal ausente nos municípios do Polo

Planejamento e implantação dos serviços municipais de transporte público de passageiros, considerando as peculiaridades e demandas de cada cidade, as necessidades da população local e o seu uso turístico.

Municípios do Polo sem estrutura e sem capacidade instalada para assumir a gestão do transporte público de passageiros em sua área urbana.

Criação e implantação de modelo de gestão do transporte urbano de passageiros nos municípios do Polo, considerando as prioridades locais.

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166

Situação Atual Ação Possível

Transporte especial para o turismo no Polo restrito a Aracaju e aos roteiros comercializados,

Planejamento e implantação de serviço permanente de transporte turístico abrangendo Aracaju e os demais municípios do Polo, a partir de estudos consubstanciados na realidade, vocação e perspectivas de cada um deles.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

5.3. Abastecimento de Água

O abastecimento de água em Sergipe é, em grande parte, responsabilidade da Deso, atingindo 96% das sedes municipais. Os outros 4% são de responsabilidade da SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto. No Polo Costa dos Coqueirais, a SAAE detém a concessão nos municípios de Estância e São Cristóvão.

Excetuando-se o Rio São Francisco, os mananciais utilizados para o abastecimento público são de pequeno porte, a maioria perene, não havendo número significativo de reservatórios de regularização. Os reservatórios de regularização servem para armazenar o excesso de água no período chuvoso e compensar as deficiências nos períodos de estiagem.

Quanto ao tipo de sistema, 52% das sedes urbanas do Estado utilizam os sistemas isolados, ou seja, um sistema de abastecimento que atende somente uma sede municipal, enquanto que 48% utilizam o sistema integrado que corresponde a um sistema que abastece dois ou mais municípios. Os sistemas integrados atendem 75% da população do Estado.

A Figura a seguir aponta os mananciais existentes e a tipologia do sistema estadual de abastecimento de água em Sergipe, destacando o Polo Costa dos Coqueirais.

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Figura 75. Principais Mananciais Existentes e Tipologia do Abastecimento de Água – Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: www.atlas. ana.gov.br

O abastecimento de água no Polo se dá a partir de um sistema integrado, que abrange Aracaju, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro. Os demais municípios possuem sistemas independentes – Tabela 49.

Para os sistemas independentes, de acordo com o Plano Diretor de Recursos Hídricos – PDRH, tendo em vista o atendimento à demanda de água em 2020, são previstas ampliações nas seguintes cidades: Barra dos Coqueiros, São Cristóvão, Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda e Santa Luzia do Itanhy.

O abastecimento de água do Polo Costa dos Coqueirais corresponde a 50% do abastecimento total, conforme aponta a tabela seguinte. Este fato se justifica na medida em que os municípios que pertencem à Região Metropolitana, que compreende Aracaju, Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro, pertencem ao Polo.

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Tabela 49. Formas de abastecimento de água em domicílios particulares permanentes* - 2010 – Estado de Sergipe e Polo Costa dos Coqueirais

Domicílios

Rede geral de

distribuição

Poço ou nascente na propriedade

Poço ou nascente na

aldeia ou fora Outra

Sem declaração

Total geral

%

Sergipe 493.908 22.286 0 75.025 2 591.221 100

Polo Costa Coqueirais

272.566 5.955 0 17.031 2 295.554 50

Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

*Domicílio Particular Permanente: domicílio construído para servir exclusivamente à habitação.

Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.

No âmbito estadual, de acordo com a Deso, em 2002 existiam 436.735 ligações de água. Este total comparado ao total relativo a 2012 indica um aumento de quase 35%.

As formas de abastecimento de água nos municípios do Polo, para os domicílios particulares permanentes, conforme o Censo 2010, podem ser verificadas por meio da tabela a seguir. Importa acrescentar que aproximadamente metade dos municípios possuem índices semelhantes ao da média do estado.

Tabela 50. Formas de abastecimento de água em domicílios particulares permanentes* - 2010 – Municípios do Polo Costa dos Coqueirais

Rede Geral de Distribuição

Poço ou Nascente na Propriedade

Poço nascente na aldeia ou fora

Outra

Total Geral

No. % N

o. % - N

o. %

Aracaju 165.887 98 - -

3.533 2 169.422

Barra dos Coqueiros

5.996 88 351 5 0 499 7 6.846

Brejo Grande 1.395 69 120 6 0 511 25 2.026

Estância 15.127 83 919 5 0 2.162 12 18.208

Indiaroba 2.249 57 394 10 0 1.321 33 3.964

Itaporanga D'Ajuda

5.308 64 1.145 14 0 1.817 22 8.270

Laranjeiras 5.798 84 15 0.2 0 1.097 15.8 6.910

Nossa Senhora do Socorro

43.873 97 47 0.1 0 1.397 2.9 45.317

Pacatuba 1.566 44 675 20 0 1.288 36 3.529

Pirambu 1.886 85 113 5 0 219 10 2.218

Santa Luzia do Itanhy

1.647 50 726 22 0 928 28 3.301

Santo Amaro das Brotas

2.208 70 546 17 0 412 13 3.166

São Cristóvão 19.626 88 904 4 0 1.847 8 22.377

Total Polo Costa dos Coqueirais

272.566 92 5.955 2 0 17.031 6 295.554

Sergipe 493.908 92 22.286 2 0 75.025 6 591.221

Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010. Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

*Domicílio Particular Permanente: domicílio construído para servir exclusivamente à habitação.

Os dados de abastecimento de água por domicílio no conjunto dos municípios do Polo apontam que 92% são abastecidos por rede geral de distribuição. Quando analisados em

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169

separado, nota-se que este índice cai para aproximadamente 50% dos domicílios em Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy, evidenciando a precariedade da situação.

Em Indiaroba o sistema atual que abastece a sede do município é atendido por dois mananciais: um poço no povoado Convento e o rio Parece. A captação no rio Parece é muito precária, com projeto anterior a 1990. Em meados de 2005 foi construído um segundo sistema de reforço a partir de um poço no povoado Convento, porém as demais unidades do sistema, como as de rede e de reservação, não foram ampliadas.

Os projetos de abastecimento de água da sede municipal de Pacatuba encontram-se desatualizados, tendo sido elaborados em 1972 e revisados em 1991. Recentemente foram integrados ao sistema Pacatuba os povoados: Ponta de Areia e Siqueira, sem que fosse estudada a sua capacidade de produção. Por esta razão, o sistema atual tem atendido de maneira precária.

Os projetos das unidades existentes da sede municipal de Santa Luzia do Itanhy foram elaborados na década de 80 e também ali o atendimento tem sido precário.

Encontram-se em um patamar intermediário em termos de abastecimento d’água os municípios de: Brejo Grande, Itaporanga D’Ajuda e Santo Amaro das Brotas, com índices de atendimento variando entre 64% e 70% Sete dos treze municípios do Polo apresentam índices de atendimento acima de 80%: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Laranjeiras, Nossa Senhora do Socorro, Pirambu e São Cristóvão.

Importa acrescentar que, mesmo com 85% de atendimento em rede geral, o município de Pirambu possui um sistema que opera com intermitência moderada, uma vez que as unidades implantadas foram projetadas no início da década de 90 pela Deso, tendo sido ultrapassado o horizonte de projeto.

A rede de distribuição domiciliar de água fora das sedes municipais é praticamente inexistente. Nos povoados o abastecimento é realizado por meio de poço ou nascente.

O quadro a seguir aponta os projetos existentes e as obras do sistema estadual de abastecimento de água em andamento nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais.

Quadro 15: Projetos Existentes e Obras em Andamento para Melhoria do Sistema de Abastecimento de Água no Polo Costa dos Coqueirais - 2011.

Município, projeto existente ou obra em andamento

Aracaju

Projetos Existentes:

Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água da Área de Influência do Sistema Produtor Poxim (Adutora Barragem do Poxim/ETA, Estação Elevatória, Reservação e Ampliação da ETA Poxim e da Rede de Distribuição) – Bairros Aruanã e Mosqueiro.

Implantação do Novo Centro de Reservação R5

Obras em Andamento:

Ampliação do centro de Reservação R6.

Barra dos Coqueiros

Projetos Existentes:

Ampliação e Reforço do Sistema de Abastecimento de Água de Barra dos Coqueiros, integração do Sistema R2/R12, R12/R13 e implantação do Centro de Reservação Jatobá.

Brejo Grande

Projetos Existentes:

Projeto das Unidades de Tratamento e Reservação da Sede Municipal de Brejo Grande/SE

Estância

Projetos Existentes:

Projeto Básico do Sistema de abastecimento de Água dos Povoados Porto do Mato e Abais

Indiaroba

Projetos Existentes:

Não existem projetos para ampliação do sistema de abastecimento de água do Município de Indiaroba

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Município, projeto existente ou obra em andamento

Itaporanga D’Ajuda

Projetos Existentes:

Não existem projetos para ampliação de sistemas de abastecimento de água para o Município de Itaporanga d'Ajuda

O contrato referente às obras de ampliação do sistema da sede municipal a partir da captação no Rio Fundo encontra-se paralisado

Laranjeiras

Projetos Existentes:

Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água da Cidade de Laranjeiras (encontra-se na FUNASA em análise)

Nossa Senhora do Socorro

Obras em Andamento:

Ampliação do Sistema Adutora do São Francisco, que compreende: duplicação do trecho da derivação para a ETA Oviedo Teixeira, ampliação da ETA e recalque e adução para a Sede Municipal de N. Senhora do Socorro.

Pacatuba

Não existem projetos para ampliação de sistemas de abastecimento de água.

Pirambu

Não existem projetos para ampliação de sistemas de abastecimento de água.

Santa Luzia do Itanhy

Projetos Existentes:

Ampliação para os Povoados Crasto, Botequim, Mangabeira, Baixa Funda e Taboa 1 e 2

Santo Amaro das Brotas

Projetos Existentes:

Ampliação para os Povoados de Plantas, Pronuncio, Urubas, Palmar, Atoleiros, Sapé, Areias, Aldeia, Caraíbas

São Cristóvão

Obras em Andamento:

Está sendo iniciada a tramitação interna (elaboração de edital) para contratação do projeto de ampliação do sistema de abastecimento de água, que deverá contemplar as áreas atendidas.

Fonte: Deso, 2011.

Analisando a situação atual, conclui-se pela necessidade de investimentos significativos quanto ao abastecimento de água no que diz respeito à ampliação e reforço nos municípios e povoados do Polo, tendo em vista o atendimento e a saúde da população residente e dos turistas, considerando o cenário atual e os cenários futuros de desenvolvimento do turismo.

5.4. Esgotamento Sanitário

A responsabilidade de gestão e operação do sistema de esgotamento sanitário, envolvendo a coleta, o tratamento e o destino do esgoto no Estado de Sergipe, assim como o sistema de abastecimento de água, é da Deso.

O volume do esgoto coletado nos municípios que compõem o Polo Costa dos Coqueirais, realizada por meio da rede geral de esgoto ou da rede pluvial e por fossa séptica, corresponde a 50% do volume coletado em todo o estado de Sergipe, conforme aponta a Tabela 51, a seguir. Este fato se justifica na medida em que a Região Metropolitana, que compreende Aracaju, Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro, cuja população supera as demais regiões do estado, é composta por municípios pertencentes ao Polo.

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171

Tabela 51. Tipo do esgotamento sanitário de banheiros exclusivos de domicílios particulares permanentes - 2010

Rede Geral de esgoto ou pluvial ou fossa séptica*

Outro** Total Geral %

Sergipe 296.544 276.796 573.340

Polo Costa dos Coqueirais 198.774 92.556 291.330 50%

Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

* A rede geral de esgoto ou pluvial refere-se à canalização das águas servidas e dos dejetos, proveniente do banheiro ou sanitário, ligada a um sistema de coleta que os conduza a um desaguadouro geral da área, região ou município, mesmo que o sistema não disponha de estação de tratamento.

A fossa séptica refere-se a canalização do banheiro ou sanitário ligada a uma fossa séptica onde a matéria é esgotada para uma fossa próxima e passa por um processo de tratamento ou decantação, sendo ou não a parte líquida conduzida em seguida para um desaguadouro geral da área, região ou município.

**OUTRO: banheiro ou sanitário estava ligado a uma fossa rústica (fossa negra, poço, buraco, etc.), diretamente a uma vala a céu aberto, rio, lago ou mar, ou quando o escoadouro não se enquadrasse em quaisquer dos tipos descritos anteriormente.

Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.

No âmbito estadual, de acordo com o Anuário Estatístico de Sergipe, a Deso - Companhia de Saneamento de Sergipe - possuía em 2002, 541.763 ligações de esgoto. Este total comparado ao total relativo a 2010 indica um aumento de quase 35%.

O tipo de esgotamento sanitário para os banheiros dos domicílios particulares permanentes nos municípios do Polo, conforme o Censo 2010, estão especificados na Tabela 52, a seguir. Importa acrescentar que aproximadamente metade dos municípios possuem índices semelhantes aos da média do estado.

Tabela 52. Tipo de Esgotamento Sanitário de Banheiros Exclusivos de Domicílios Particulares Permanentes - 2010

Municípios

Rede Geral De Esgoto Ou Pluvial Ou Fossa Séptica

Outro Total Geral

No. % N

o. % N

o.

Aracaju 148.778 88 20.120 12 168.898

Barra dos Coqueiros 4.354 65 2.361 35 6.715

Brejo Grande 26 2 1.826 98 1.852

Estância 3.297 19 14.373 81 17.670

Indiaroba 104 3 3.661 97 3.765

Itaporanga D'Ajuda 1.914 25 5.904 75 7.818

Laranjeiras 2.414 35 4.383 65 6.797

Nossa Senhora do Socorro 27.890 62 17.130 38 45.020

Pacatuba 315 10 2.583 90 2.898

Pirambu 332 16 1.700 84 2.032

Santa Luzia do Itanhy 451 15 2.605 85 3.056

Santo Amaro das Brotas 255 8 2.844 92 3.099

São Cristóvão 8.644 40 13.066 60 21.710

Total Polo Costa dos Coqueirais 198.774 68 92.556 32 291.330

Total Sergipe 296.544 51 276.796 49 573.340

Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

Apenas 68% dos domicílios do Polo possuem rede de esgoto e os outros 32% despejam os esgotos em fossa rudimentar, que escoa diretamente em vala a céu aberto, rio, lago ou mar, poluindo os recursos hídricos, conforme ilustram as figuras seguintes.

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172

Figura 76. Despejo de esgoto em valas a céu aberto e em rios

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 77. Despejo de esgoto no Rio Sergipe.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Quando analisados em separado, evidencia-se também a precariedade do atendimento dos serviços de esgotamento nos municípios, ressaltando a utilização de fossa rústica para o destino final dos esgotos.

Em Brejo Grande, Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda Laranjeiras, Pacatuba, Pirambu, Santa Luzia do Itanhy e Santo Amaro das Brotas, entre 65 e 98% dos domicílios particulares permanentes utilizam fossas rústicas ou rudimentares para o despejo de esgotos. Somente os municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão apresentam índice um pouco mais elevado, embora denotando também situação crítica. Nestes quatro municípios há estações de tratamento de esgotos, conforme o quadro a seguir.

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Quadro 16: Estações de Esgotamento Sanitário Existentes em Municípios do Polo Costa dos Coqueirais.

Município Estação Tipo De Tratamento Corpo

Receptor

Aracaju

ERQ-Norte Lagoas de estabilização facultativas, seguidas por lagoas de maturação.

Rio do Sal

ERQ-Sul Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente + Lagoa de Polimento.

Rio Pitanga

ERQ-Oeste Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente + Reator Aeróbio de Ciclos Sequenciais (RCS) + Desinfecção com hipoclorito de sódio.

Rio Poxim

ETE Orlando Dantas

Valos de Oxidação Riacho Samambaia

Barra dos Coqueiros

ETE Barra dos Coqueiros

Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente + Reator Aeróbio de Ciclos Sequenciais (RCS) + Desinfecção com hipoclorito de sódio.

Rio Sergipe

N. Senhora do Socorro

ERQ-Norte Lagoas de estabilização facultativas, seguidas por lagoas de maturação.

Rio do Sal

São Cristóvão ETE Eduardo Gomes

Lagoas de estabilização facultativas, seguidas por lagoas de maturação.

Rio Poxim

Fonte: Deso, 2011.

Em relação ao saneamento ambiental, é importante ressaltar a existência de banheiro ou sanitário nos domicílios do Polo Costa dos Coqueirais, segundo resultados preliminares do censo demográfico 2010 – Tabela 53.

Tabela 53. Número de Banheiros Exclusivos em Domicílios Particulares Permanentes Segundo Resultados Preliminares do Censo Demográfico 2010

Município Total de

Domicílios

Domicílios com Banheiro Domicílios sem Banheiro

No. % N

o. %

Aracaju 169.422 167.405 99 2.016 1

Barra dos Coqueiros 6.846 6617 97 229 3

Brejo Grande 2.026 1760 87 266 13

Estância 18.208 17.021 94 1.187 6

Indiaroba 3.964 2906 73 1.058 27

Itaporanga D'Ajuda 8.270 7159 86 1.111 14

Laranjeiras 6.910 6649 96 261 4

Nossa Senhora do Socorro

45.317 44.592 98 725 2

Pacatuba 3.529 2258 64 1.271 36

Pirambu 2.218 1955 88 263 12

Santa Luzia do Itanhy

3.301 2822 85 479 15

Santo Amaro das Brotas

3.166 2926 92 240 8

São Cristóvão 22.377 21.059 94 1.318 6

Total Geral 295.554 285.130 96 10.424 4

Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010. Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

Constata-se que, no Polo, 96% dos domicílios possuem banheiros ou sanitários. Quando os municípios são analisados separadamente, no entanto, nota-se a situação crítica de Indiaroba e Pacatuba onde instalações deste tipo estão presentes, respectivamente, em apenas 73 e 64% dos domicílios existentes. Em um segundo patamar, Brejo Grande, Pirambu e Santa Luzia do Itanhy aparecem com índices de atendimento próximos a 90%. Os demais, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Laranjeiras, Nossa Senhora do Socorro, Santo Amaro das Brotas e São Cristóvão têm índices que variam de 90% a 99%.

Page 196: polo costa dos coqueirais

174

As áreas de manguezais, dunas, terras baixas inundáveis, onde o lençol freático normalmente é elevado, são características do panorama geográfico predominante no polo, o que exige medidas especiais e cuidadosas quanto ao saneamento, sem as quais a situação sanitária pode sofrer consequências negativas, comprometendo, inclusive, os corpos d’água.

O Saneamento foi um dos componentes fortes de investimento no Prodetur-NE. Aproximadamente 32% do total dos recursos foram destinados a obras de ampliação e de implantação de redes de tratamento de esgoto. Porém, mesmo com os investimentos realizados, observa-se que a situação ainda é crítica, tanto na coleta, quanto na destinação e tratamento dos resíduos.

O quadro a seguir aponta os projetos existentes e as obras em andamento para a melhoria do esgotamento sanitário nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais, dentre eles vários dependendo de licitação e contratação e poucos em andamento.

Quadro 17: Projetos Existentes e Obras em Andamento para Melhoria do Sistema de Abastecimento de Água no Polo Costa dos Coqueirais -2011.

Municípios, Projetos existentes e Obras em andamento

Aracaju

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Obras contempladas pelo PAC 1, a iniciar tramitação interna do processo licitatório para sua contratação.

Zona de Expansão de Aracaju (Bairros Aruanã e Aeroporto).

Obras em Andamento:

Comunidade do Coqueiral, Bairro Farolândia, Ponto Novo, Bairro Novo (Módulo II), Farolândia, Atalaia, Coroa do Meio, Inácio Barbosa, Suissa e Salgado Filho, Jardins/Garcia, Bairro Santa Maria e São Conrado.

Barra dos Coqueiros

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Contrato paralisado: Praia do Jatobá (Nº 18/2009 - SEINFRA).

Brejo Grande

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Sede municipal - obras paralisadas.

Estância

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Praias do Saco e Abais: atendidas pela Deso.

Indiaroba

Não há projetos existentes para a Sede Municipal.

Itaporanga D’Ajuda

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Contrato paralisado: Praia da Caueira (Nº 18/2009 - SEINFRA).

Laranjeiras

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Povoado Pedra Branca.

Obras em Andamento:

Sede municipal (executada pela Prefeitura Municipal de Laranjeiras)

Nossa Senhora do Socorro

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Obras contempladas pelo PAC 1, a iniciar tramitação interna do processo licitatório para sua contratação.

Loteamento Jardim Parque dos Faróis e Adjacências – Bacia do Poxim.

Pacatuba

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Sede municipal (Projeto Básico Elaborado pela CODEVASF e que deverá sofrer revisões).

Pirambu

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

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Municípios, Projetos existentes e Obras em andamento

Sede municipal.

Santa Luzia do Itanhy

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Povoado Crasto (contrato Nº 019/2009 SEINFRA).

Santo Amaro das Brotas

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Sede municipal.

São Cristóvão

Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

Conjuntos Rosa Elze, Rosa Maria, Loteamentos Luiz Alves, Oco do Pau, e Adjacências.

Sede Municipal de São Cristóvão.

Obras em Andamento:

Centro Histórico da Sede Municipal de São Cristóvão.

Fonte: Deso, 2011

5.5. Limpeza Urbana

O sistema de limpeza urbana dos municípios do polo compreende a varrição, manutenção e coleta de resíduos sólidos. De maneira geral, esses serviços atendem a população urbana dos municípios, sendo a administração pública municipal responsável pelo gerenciamento e execução dos serviços, por meios próprios ou terceirizados.

Via de regra, o serviço de varrição é realizado com frequência diária e os de manutenção, que envolvem a poda de árvores, capina e pinturas de meio-fio, dentre outras necessidades, são feitos conforme a necessidade.

A coleta de lixo nos principais logradouros das cidades atende à maioria da população urbana dos municípios do Polo. O volume de lixo coletado nos municípios do Polo corresponde a 50% do volume coletado em todo o estado de Sergipe, conforme demonstrado na Tabela 54, a seguir.

Tabela 54. Destino do Lixo dos Domicílios Particulares Permanentes Segundo Resultados Preliminares do Censo Demográfico 2010

Coletado diretamente por serviço de limpeza*

Coletado em caçamba de serviço de limpeza **

Outros*** Total Geral

%

Sergipe 446.365 44.372 100.483 591.221 100

Polo Costa Coqueirais

250.461 21.210 23.882 295.554 50

(*) - Lixo coletado diretamente por serviço de limpeza - serviço de empresa pública ou privada.

(**)Lixo coletado em caçamba de serviço de limpeza - lixo do domicílio depositado em caçamba, tanque ou depósito, fora do domicílio, para depois ser coletado por serviço de empresa pública ou privada.

(***) Outros - lixo do domicílio é queimado ou enterrado no terreno ou propriedade onde se localiza o domicílio ou jogado em terreno baldio, logradouro, rio, lago ou mar - Figura 78.

Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010. Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

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176

Figura 78. Lixo queimado em São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria – 2011

Nos municípios da área de estudo verifica-se ainda a ocorrência, em grande volume, de lixo descartado e queimado a céu aberto – Figura 78, o que contribui para a contaminação de recursos hídricos, a proliferação de doenças e a presença de animais nocivos.

De acordo com o anuário Estatístico de Sergipe 2002-2003, no ano de 2000, 209.152 domicílios do Polo eram abrangidos pela coleta de lixo. Em 2010 a coleta havia se expandido em 19% em relação ao dado anterior, o que, considerado o espaço de oito anos, pode ser interpretado como índice insuficiente de expansão, para a manutenção da qualidade de vida da população, quanto para a consolidação do turismo na área.

Figura 79. Empobrecimento da paisagem pela deposição do lixo a céu aberto no litoral de Barra dos Coqueiros e na linha férrea em São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria – 2011

O destino do lixo dos domicílios nos municípios do Polo é demonstrado na Tabela 55, a seguir:

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177

Tabela 55. Destino do Lixo dos Domicílios Particulares Permanentes por município - Polo Costa dos Coqueirais - 2010

Municípios

1. Coletado diretamente por

serviço de limpeza

2. Coletado em caçamba de serviço de

limpeza

Total de lixo coletado

(1+2) 3. Outros

Total Geral

% % % %

Aracaju 157.251 93 10.518 6 99 1.652 1 169.422

Barra dos Coqueiros

5.329 77 1.211 18 95 306 5 6.846

Brejo Grande 1.272 63 1 0,05 63 753 36,95 2.026

Estância 14.107 77 784 4 81 3.317 19 18.208

Indiaroba 2.049 51 160 4 55 1.755 45 3.964

Itaporanga D'Ajuda

2.971 35 2.464 30 65 2.835 35 8.270

Laranjeiras 5.150 74 1.198 17 91 562 9 6.910

Nossa Senhora do Socorro

40.070 89 2.634 6 95 2.613 5 45.317

Pacatuba 822 23 8 0,2 23 2.699 76,8 3.529

Pirambu 1.428 64 121 6 70 669 30 2.218

Santa Luzia do Itanhy

439 13 1.164 35 48 1.698 52 3.301

Santo Amaro das Brotas

2.363 74 9 0,3 74 794 25,7 3.166

São Cristóvão 17.210 77 938 4 81 4.229 19 22.377

Total Polo 250.461 100 21.210 100 - 23.882 100 295.554

Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico, 2010.

Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

Verifica-se que dos treze municípios que compõem o Polo, Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy apresentam taxas de coleta de lixo, seja pelo serviço de limpeza ou por caçamba, abaixo de 50%. Em Pacatuba somente 23% dos domicílios são servidos, seguido por Santa Luzia do Itanhy com 48%.

Na faixa superior de atendimento, com a coleta acima de 85%, são encontrados apenas os municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Laranjeiras e Nossa Senhora do Socorro. Os demais, Brejo Grande, Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda, Pirambu, Santo Amaro das Brotas e São Cristóvão encontram-se em uma faixa intermediária, variando de 55% a 81%.

Em Aracaju o lixo coletado é transportado para uma área de aproximadamente 9,0 ha. localizada a 15 km do centro da cidade, próxima ao aeroporto da capital. A área não possui tratamento adequado como impermeabilização do solo, drenagem do chorume ou cercamento da área, configurando-se como um lixão a céu aberto.

De acordo com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos de Aracaju – EMSURB - existem iniciativas por parte da administração local dos municípios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros para a construção em consórcio de um aterro sanitário, que, entretanto, vem encontrando dificuldades para a liberação da licença ambiental pela Administração Estadual do Meio Ambiente - ADEMA.

O volume de resíduos sólidos produzido por habitante/dia nos municípios do Polo, segundo dados da EMSURB corresponde a:

Aracaju: 1,3 kg/dia/hab.

Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Estância: 0,7 kg/dia/hab.

Demais municípios: 0,8 kg/dia/hab.

A Tabela 56, a seguir, informa a população por município, em 2010 e a produção de resíduos sólidos (kg/dia) em cada município do Polo.

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Tabela 56. População e Produção de Resíduos Sólidos no Polo Costa dos Coqueirais - 2010

Município População 2010 Produção de Resíduos Sólidos

(Kg/dia)

Aracaju 571.149 742.494

Barra dos Coqueiros 24.976 17.483

Brejo Grande 7.742 6.193

Estância 64.409 45.086

Indiaroba 15.831 12.665

Itaporanga 30.419 24.335

Laranjeiras 26.902 21.521

Nossa Senhora do Socorro 160.827 112.578

Pacatuba 13.137 10.509

Pirambu 8.369 6.695

Santa Luzia do Itanhy 12.969 10.157

Santo Amaro das Brotas 11.410 9.128

São Cristóvão 78.864 55.204

Total 2.068.017 1.074.048

Fonte: EMURB (2000): de 1,3 kg/ dia/ hab. para Aracaju; 0,8 kg/ dia/ hab. em Nossa Senhora do Socorro,

São Cristóvão e Estância, e 0,7 kg/ dia/ hab. nos demais municípios.

De acordo com os dados apresentados, conclui-se que a produção de resíduos sólidos coletados no Polo chega a 33.000 toneladas/mês, o que representa um acrescimento de 32% ao volume produzido no ano 2.000 (25.000 ton./mês).

Aracaju e Nossa Senhora do Socorro são responsáveis por aproximadamente 80% do volume total de lixo produzido no Polo e depositados no lixão, sem o recobrimento e a compactação diária, sendo comum a queima do lixo para a diminuição do volume de lixo gerado.

Para os outros municípios do Polo os problemas são similares, dentre eles, a disposição de lixo a céu aberto, a inexistência de políticas públicas para o setor, a ausência de coleta seletiva e de ações continuadas de educação ambiental. Destes, é a disposição final dos resíduos sólidos urbanos, efetuada sem nenhum controle ou preocupação quanto à poluição do ar, solo e recursos hídricos, é o fator mais preocupante.

A situação atual e a indicação de medidas para a melhoria e expansão do sistema de limpeza urbana e de gestão de resíduos sólidos no Polo são alvo do Quadro 18:, a seguir.

Quadro 18: Pontos Críticos e Soluções Possíveis para Melhoria da Gestão de Resíduos Sólidos no Polo Costa dos Coqueirais.

Situação Atual Indicativos de Ação

Ausência de um sistema adequado de gestão dos resíduos sólidos.

Despejo de lixo em rios e lagos contaminando os recursos hídricos.

Proliferação de animais nocivos e pratica desordenada da ação de catadores nos lixões.

Modernização e expansão das práticas atuais. Recolhimento regular e adequado dos resíduos gerados. Construção de aterros controlados. Implantação da coleta seletiva.

Implantação de ações de educação ambiental continuadas. Disposição de lixeiras nas áreas de potencial turístico, bem como em locais de grande fluxo.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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179

5.6. Drenagem Pluvial

O quadro da drenagem pluvial que se configura nas áreas urbanas da grande maioria dos municípios do Polo Costa dos Coqueirais é de carência e de falta de manutenção, apesar das vias centrais da sede dos municípios, via de regra, contarem com elementos como meios fios, sarjetas, valas, calhas, bueiros com tampões e bocas de lobo que, ainda de forma precária, configuram um sistema de drenagem. Inexistem cadastros ou informações sistematizadas sobre redes subterrâneas em funcionamento. Na grande maioria dos povoados nem mesmo essa rede rudimentar de captação de águas pluviais é encontrada. Figura 80 e Figura 81.

Os municípios do Polo por serem, em sua maioria, litorâneos, situam-se em grandes baixadas, necessitando, pois, de estrutura de macrodrenagem que permita o escoamento adequado nos períodos de precipitação intensa para evitar inundações e controle de erosões nas áreas urbanas e suburbanas.

Neste aspecto, somente a capital, Aracaju, possui um sistema de drenagem projetado e, em grande parte, implantado. Os problemas verificados em Aracaju são, na maioria dos casos, relacionados ao lançamento de esgoto na rede de drenagem, o que acaba por comprometer todo o sistema.

Torna-se necessário prover as áreas urbanizadas dos municípios do polo da infraestrutura adequada para o saneamento ambiental, incluindo a drenagem pluvial, dentro dos padrões requeridos para um território ambientalmente frágil, que tem como vocação o desenvolvimento turístico em bases sustentáveis.

Figura 80. Panoramas da drenagem pluvial nos municípios do Polo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 81. Panoramas da drenagem pluvial nos municípios do Polo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

5.7. Comunicação

Com a universalização dos serviços de telecomunicações, o estado de Sergipe possui hoje uma ampla oferta de meios de comunicação. Merece destaque a telefonia fixa e celular e o acesso à internet, por meio de banda larga, presente em, praticamente, todo o Estado, com exceção de pequenos povoados mais distantes.

Os demais meios de comunicação como correios, televisão, rádios e jornais possuem maior concentração na Região Metropolitana, que compreende Aracaju, Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro. Os outros municípios do Polo são contemplados com equipamentos de menor porte, como postos de correios, estações locais de rádios, torres de retransmissão de sinais de televisão, antenas parabólicas e outras. Nos povoados esses equipamentos são mais escassos e, na maioria das vezes, inexistentes.

Os jornais produzidos em Aracaju circulam na sede municipal dos municípios,; em Aracaju são encontrados jornais de grande circulação provenientes de outros Estados, tais como A Folha de São Paulo e O Globo.

No campo da comunicação, os investimentos necessários dizem respeito à expansão para os pequenos centros urbanos e para os equipamentos turísticos já implantados e a implantar, tendo em vista o processo de desenvolvimento do turismo no Polo projetado para os próximos dez anos. ,

5.8. Energia Elétrica

As empresas responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica para os municípios que compõem o Polo Costa dos Coqueirais são a ENERGISA e a SULGIPE, ambas de capital privado, supridas pelo sistema de geração das Usinas Hidroelétrica de Paulo Afonso (BA) e Xingó (SE), da CHESF.

A ENERGISA distribui energia elétrica para mais de 595 mil consumidores em 63 municípios do Estado, enquanto que a SULGIPE atende a 12 municípios localizados ao sul de Sergipe.

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181

Os municípios do Polo atendidos pela SULGIPE são Estância, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy, enquanto os outros são atendidos pela ENERGISA.

Além dos chamados Consumidores Livres (que possuem o direito de escolher seu fornecedor, conforme a legislação pertinente – indústrias, shoppings e outros) e FAFEN (Fábrica de Fertilizantes da Petrobrás), o consumo de energia elétrica em Sergipe, tanto pela ENERGISA quanto pela SULGIPE, cresceu 30%, passando de 2.175.211 MWh em 2000 para 3.098.526 MWh em 2009.

Tabela 57. Consumo de Energia Elétrica Total – Sergipe - 2000 a 2009.

Ano Total

(Mwh)

Variação

(%)

2000 2.175.211 -

2001 1.995.450 -8,26

2002 2.097.195 5,10

2003 2.223.869 6,04

2004 2.150.430 -3,30

2005 2.411.516 12,14

2006 2.461.321 2,07

2007 2.839.924 15,38

2008 2.945.473 3,72

2009 3.098.526 5,20

Fonte: ENERGISA; SULGIPE; consumidores livres.

A distribuição de energia elétrica pelos domicílios particulares permanentes no Polo Costa dos Coqueirais corresponde a 50% do total distribuído aos domicílios de todo o estado, o que se justifica na medida em que os municípios da Região Metropolitana, inclusive Aracaju, que apresentam, naturalmente, o consumo mais elevado, pertencem ao Polo.

Tabela 58. Distribuição de Energia Elétrica em Domicílios Particulares Permanentes – Polo Costa dos Coqueirais e Sergipe - 2010

Abrangência No. de Domicílios %

Polo Costa dos Coqueirais 291.579 50%

Sergipe 582.136 100%

Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas, 2011.

Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.

O consumo de energia nos domicílios particulares permanentes do Polo Costa dos Coqueirais, demonstrado na Tabela 59, a seguir, corresponde aos índices de fornecimento pelas companhias distribuidoras, por outras fontes, além de demonstrar o número de domicílios sem fornecimento de energia, no Polo e no estado de Sergipe.

O número de atendimento dos domicílios no Polo situa-se entre 99 e 92% (este em Brejo Grande).

Tabela 59. Distribuição de Energia Elétrica em Domicílios Particulares Permanentes –Polo Costa dos Coqueirais - 2010

Municípios

Fornecimento de Energia por Domicílio

Por Cia. Distribuidora Por Outra Fonte Sem

Fornecimento Total

No. % N

o. % N

o. % N

o.

Aracaju 168.402 99 749 0,4 270 0,6 169.422

Barra dos Coqueiros 6.618 96 74 1,0 154 3,0 6.846

Brejo Grande 1.866 92 31 1,5 129 6,5 2.026

Estância 18.034 99 9 0,1 165 0,9 18.208

Indiaroba 3.826 96 1 0,02 137 3,98 3.964

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182

Municípios

Fornecimento de Energia por Domicílio

Por Cia. Distribuidora Por Outra Fonte Sem

Fornecimento Total

No. % N

o. % N

o. % N

o.

Itaporanga D'Ajuda 7.923 96 168 2 179 2 8.270

Laranjeiras 6.824 99 20 0,3 66 0,7 6.910

N. S. do Socorro 44.274 98 918 108 125 0,2 45.317

Pacatuba 3.425 97 7 0,3 97 2,7 3.529

Pirambu 2.163 98 23 1 32 1 2.218

Santa Luzia do Itanhy 3.236 98 1 0,03 64 1,97 3.301

Sto. Amaro das Brotas 3.053 97 4 0,1 109 2,9 3.166

São Cristóvão 21.935 98 249 1,1 193 0,9 22.377

Polo Costa dos Coqueirais

291.579 98,66 2.254 0,76 1.720 0,58 295.554

Sergipe 582.136 98,47 3.278 0,55 5.806 0,98 591.221 Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas, 2011.

Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.

As interrupções do fornecimento, a baixa frequência da energia nas sedes municipais e as variações de voltagem nos povoados demonstram pontos críticos quanto à qualidade dos serviços prestados, demandando ainda investimentos para a melhoria do atendimento no cenário atual e a expansão do fornecimento para fazer face, em cenários futuros a serem propiciados pelo desenvolvimento do turismo na área do Polo Costa dos Coqueirais.

Nos municípios de valor histórico e cultural como Aracaju, Laranjeiras e São Cristóvão há previsão de instalação de fiação subterrânea para a rede elétrica, telefônica e lógica nas áreas que abrigam o conjunto arquitetônico formado por igrejas, casarões e edifícios tombados pelo patrimônio histórico, de forma a diminuir a interferência de tais instalações e ressaltar a beleza das edificações, dinamizando o turismo e fortalecendo a cultura local. Figura 82, a seguir.

Figura 82. Iluminação pública aérea – São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Page 205: polo costa dos coqueirais

183

O fornecimento de energia elétrica não constitui, diante do exposto, ponto crítico para o desenvolvimento sustentável da área do Polo Costa dos Coqueirais. No cenário atual destaca-se a necessidade de remanejamento da rede aérea e instalação de fiação subterrânea, principalmente em sítios históricos. Para atendimento às necessidades futuras, em cenários de desenvolvimento e expansão do fluxo turístico na área, resta avaliar os serviços e, por meio de estudos e investimentos continuados, acompanhar a demanda gerada.

5.9. Serviço de Saúde

A análise dos serviços de saúde prestados no Polo Costa dos Coqueirais, a par da importância fundamental que assumem para a qualidade de vida da população local, privilegiou dois itens que incidem sobre a qualidade do atendimento ao turista, prevendo um cenário futuro de intensificação do desenvolvimento turístico na área: (i) a estrutura física de saúde e a distribuição dos serviços prestados nos municípios do Polo; (ii) a incidência de casos de doenças de veiculação hídrica, enfermidades de risco passíveis de atingir os turistas que procuram a área.

Estrutura de Saúde Existente

Neste estudo foram consideradas, para efeito de análise, as categorias de estabelecimento de saúde designadas pelo Ministério da Saúde e, dentre elas, escolhidas quatro para comparar a sua evolução no período de 2002 a 2010, quais sejam: Postos de Saúde, Centros de Saúde/Unidades Básicas de Saúde, Hospitais Gerais e Secretarias de Saúde. Estes estabelecimentos são a base do atendimento médico mínimo eventual que se aplica à situação do turismo.

O número de estabelecimentos destes quatro tipos existentes nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais estava assim configurado no ano de 2002 – Tabela 60:

Tabela 60. Número de Unidades de Atendimento em Saúde por Tipo. Polo Costa dos Coqueirais - 2002

Município

No. de Unidades de Saúde Existentes

Total Postos de

Saúde Centros de

Saúde Hospitais

Outros Tipos

Aracaju 183 4 18 6 155

Barra dos Coqueiros 7 3 2 0 2

Brejo Grande 4 2 2 0 -

Estância 30 8 8 1 13

Indiaroba 10 6 1 0 3

Itaporanga D´Ajuda 15 13 1 0 1

Laranjeiras 14 7 4 1 2

Nossa Senhora do Socorro 28 10 6 1 11

Pacatuba 4 1 2 0 1

Pirambu 4 1 0 3

Santa Luzia do Itanhy 9 6 0 3

Santo Amaro das Brotas 4 1 1 0 2

São Cristóvão 16 8 3 1 4

Polo Costa dos Coqueirais 328 69 49 10 200

Estado de Sergipe 658 224 119 32 383

Fonte: Anuário Estatístico do Sergipe 2002 - 2003.

Dados mais recentes, provenientes do DATASUS – 2010 - demonstram mudanças no quantitativo de unidades de saúde, conforme Tabela 61, a seguir:

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184

Tabela 61. Número de Unidades de Atendimento em Saúde por Tipo. Polo dos Coqueirais - 2010

Município

No. de Unidades de Saúde Existentes

Total Posto de

Saúde

Centro de Saúde/Unid.

Básica

Hospital Geral

Sec. Saúde

Outros

Aracaju 1819 3 44 10 1 1761

Barra dos Coqueiros 14 1 8 0 1 4

Brejo Grande 3 0 2 0 1 0

Estância 54 3 12 1 1 37

Indiaroba 12 5 5 1 1 0

Itaporanga D´Ajuda 33 16 6 0 1 10

Laranjeiras 19 3 9 1 1 5

Nossa Senhora do Socorro 86 0 36 1 1 48

Pacatuba 7 0 6 0 1 0

Pirambu 6 3 1 0 1 1

Santa Luzia do Itanhy 9 0 7 0 1 1

Sto. Amaro Brotas 7 4 1 0 1 1

São Cristóvão 29 1 15 1 1 11

Polo Costa dos Coqueirais 2098 39 152 15 13 1879

Estado Sergipe 2798 243 384 36 76 2059

Fonte: DATASUS – 2011.

Constata-se crescimento considerável dos estabelecimentos de saúde em Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Itaporanga D’Ajuda, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão. Em Brejo Grande o número de estabelecimentos caiu de 4 para 3 e em Santa Luzia do Itanhy o número se manteve estável.

Nota-se que a rede de atendimento à saúde foi ampliada, se comparada à existente em 2002. Além disso, os dados demonstram uma reestruturação da quantidade de estabelecimentos por tipologia, quando se percebe a redução do número de Postos de Saúde e a ampliação do número de Centros e Unidades Básicas de Saúde, além de um pequeno ganho em número de hospitais. A ampliação de Unidades Básicas de Saúde tem correlação com a implantação do programa de Saúde da Família, cujas equipes são alocadas nesta tipologia de estabelecimento. O incremento mais expressivo, no entanto, ocorre em outros tipos de estabelecimentos especializados.

Agrega-se à tabela mais recente de quantitativo por tipologias de estabelecimentos de saúde a informação sobre as Secretarias Municipais de Saúde, existente em todos os municípios do Polo, até mesmo pela exigência do Sistema Único de Saúde para repasse de recursos e para integração ao SUS.

Atualmente predominam, na maior parte dos municípios, os centros de saúde, exceto em Itaporanga, Pirambu e Santo Amaro das Brotas, onde o número de postos de saúde sobressai. Quanto a hospitais, além da capital, onde se localizam 10 unidades Estância, Indiaroba, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão dispõem de equipamento dessa categoria. No total, comparando-se a oferta da área de planejamento atualmente e no ano de 2002, pode-se afirmar que houve o decrescimento de 224 para 39 Postos de Saúde, o crescimento de 119 para 152 Centros de Saúde, o crescimento de 32 para 36 hospitais e o grande incremento de unidades classificadas como outros tipos de estabelecimento entre laboratórios, cínicas e hospitais especializados de 383 para 1879.

O planejamento da Secretaria de Estado de Saúde de Sergipe prevê a expansão da rede de atendimento no estado. Tal planejamento é demonstrado na Figura 83, que ilustra a distribuição espacial das unidades de saúde.

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185

Figura 83. Planejamento da rede de atendimento em saúde do Estado de Sergipe - 2011

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Sergipe-SES – ASCOM, 2011.

O Ministério da Saúde adota, para avaliação da cobertura da rede hospitalar, a comparação entre o numero de leitos existentes por mil habitantes, tendo como parâmetro de satisfação um total maior ou igual a 2,5/ 3 leitos para cada mil habitantes.

De acordo com este parâmetro, no Polo Costa dos Coqueirais os municípios que melhor atendem são Aracaju e Estância, com a oferta de mais de dois leitos por mil habitantes. Figura 84. Laranjeira aparece em seguida com a oferta de 1 a 2 leitos/1000; em Indiaroba, Itaporanga, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão a oferta está abaixo de um leito, enquanto nos demais inexiste oferta de leitos hospitalares.

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186

Figura 84. Leitos Hospitalares por 1000 Habitantes – Polo Costa dos Coqueirais - 2009

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, 2009.

O Programa Saúde da Família

O programa Saúde da Família é uma das importantes estratégias assistenciais em saúde adotadas pelo Governo Federal, operacionalizada por meio da implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Como demonstra a Figura a seguir, em 2008 o programa já atendia a população de Sergipe com 75 a 100% das equipes necessárias ao atendimento da demanda existente no Polo, cobrindo virtualmente todos os municípios integrantes.

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187

Figura 85. Cobertura do Programa Saúde da Família – Polo Costa dos Coqueirais - 2009

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema Nacional de Vigilância em Saúde – 2009

Doenças de Veiculação Hídrica

Dentre as doenças que mais influenciam a qualidade do ambiente turístico estão a Hepatite A, Leptospirose, Cólera, Esquistossomose e Dengue, que são transmitidas por meio da água. As tabelas a seguir apresentam o número de ocorrências dessas doenças por 1000 habitantes nos municípios do Polo em 2009.

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Tabela 62. No. de Casos de Doenças de Veiculação Hídrica - – por 1.000 habitantes – Polo Costa dos Coqueirais - 2009

Município Hepatite A Leptospirose Cólera Esquistossomose Dengue

Aracaju 6.0 0.0 0.0 0.0 3.0

Barra dos Coqueiros 0.0 0.0 0.0 0.0 15.5

Brejo Grande 0.0 0.0 0.0 0.0 7.6

Estância 0.0 0.0 0.0 0.0 24.9

Indiaroba 43.0 0.0 0.0 0.0 8.7

Itaporanga d'Ajuda 0.0 0.0 0.0 0.0 54.4

Laranjeiras 6.0 0.0 0.0 0.0 39.3

N. Senhora do Socorro 0.0 14.3 0.0 0.0 42.8

Pacatuba 0.0 1.1 0.0 0.0 69.2

Pirambu 0.0 0.0 0.0 33.0 115.4

Santa Luzia do Itanhy 3.0 9.7 0.0 0.0 119.1

Santo Amaro Brotas 0.0 0.0 0.0 0.0 11.5

São Cristóvão 0.0 0.0 0.0 68.8 86.0

Fonte: SISAGUA 2009.

Dentre as doenças citadas a de maior incidência é, claramente, a dengue, que alcançou em 2009 índices entre 3/1000 em Aracaju e 119/1000 em Santa Luzia. Índices significativos, acima de 50/1000 foram observados em Pirambu (115,4), São Cristóvão (86,0), Pacatuba (69,2) e Itaporanga d’Ajuda (54,4). Quanto às demais doenças, ressalta-se o índice de esquistossomose em São Cristóvão (68,8) e em Pirambu (33,0), o de Leptospirose em Nossa Senhora do Socorro (14,3/1000) e de Hepatite A em Indiaroba (43,0).

Desde a epidemia de dengue ocorrida em 1998, com grande quantidade de casos em Aracaju, Barra dos Coqueiros e Estância, este último município é o único que continua a apresentar altos índices, com 42 casos para cada 1.000 habitantes.

Considera-se que para o ambiente turístico, o fácil acesso à estrutura de atendimento em saúde no nível primário - Postos e Centros de Saúde - e o controle sanitário e epidemiológico sejam os fatores mais importantes, não obstante a existência e acessibilidade ao nível terciário - Hospitais Gerais - também seja fundamental.

O Polo oferece unidades nos dois níveis de atendimento, porém, a oferta é relativa tendo em vista que há um desequilíbrio na distribuição dos estabelecimentos dentro do território do Polo, sendo a sua porção central, Aracaju e municípios vizinhos, melhor provida, seguida da porção Sul. A porção Norte é pouco provida de estrutura em saúde.

5.10. Segurança Pública

O Estado de Sergipe conta com a Companhia de Policiamento Turístico, que foi criada em 2006, em decorrência do desmembramento da 2ª/1º BPM, a fim de priorizar o Policiamento Ostensivo voltado para este seguimento, devido ao grande potencial turístico do Estado de Sergipe.

A CPTUR tem como missão primordial “Proporcionar serviços de Segurança Pública a todas as pessoas que visitam, frequentam ou circulam nas áreas de especial interesse turístico do Estado de Sergipe”. A criação da CPTUR foi fruto dos anseios apresentados pela população e pelo trade turístico do Estado, da existência de um policiamento ostensivo especializado, qualificado e equipado, capaz de atender as necessidades desse público diferenciado, conciliando a missão constitucional da Polícia Militar de preservação da ordem pública com um serviço de proteção e orientação aos visitantes.

A CPTUR conta com um efetivo de 90 (noventa) policiais, em sua maioria com escolaridade de nível superior completo e incompleto, com conhecimentos em línguas estrangeiras e alguns com especialização na área de turismo e hotelaria. Apesar de ser uma Companhia

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189

estadual, seu efetivo vem atuando apenas em Aracaju, nos bairros Coroa do Meio, Atalaia, Aruanã e toda a Orla do município. De acordo com informações na própria CPTur, a maioria das ocorrências no campo do turismo em sua área de atuação atual refere-se a pequenos furtos na orla e ao tráfico e prostituição que ocorrem em frente aos hotéis. Inexiste um sistema computadorizado de ocorrências específicas para os turistas ou que se estenda a todas as regiões e bairros de Aracaju, dificultando uma análise mais profunda neste sentido. Prevê-se a extensão do policiamento turístico se entenda para toda a cidade de Aracaju, bem como para o município de São Cristóvão.

Encontra-se instalado no município de Estância o 6º. Batalhão da Polícia Militar do Estado de Sergipe.

No estágio de desenvolvimento do turismo em que se encontram, e principalmente diante da perspectiva de expansão e crescimento do turismo, a atuação da CPTur deverá necessariamente se estender pelos demais municípios do Polo Costa dos Coqueirais, para o que a Companhia haverá de passar por um processo específico de fortalecimento e de aumento de seu efetivo, instalando-se nos trechos Sul e Norte do Polo.

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190

6. QUADRO INSTITUCIONAL

A análise do quadro institucional vigente para a gestão do turismo no Polo Costa dos Coqueirais no âmbito da revisão do PDITS para a área é condição necessária para o estabelecimento de estratégias e ações de desenvolvimento integrado do turismo sustentável. Os investimentos em infraestrutura não darão a resposta esperada se, paralelamente, a gestão do turismo, envolvendo os atores da administração pública e da iniciativa privada, bem como a sociedade local, seja recriada e fortalecida.

O escopo da análise não se limita, assim, à organização e às condições de atuação do setor público, seja na instância federal, estadual ou municipal. Governo e sociedade têm funções e papéis a assumir para a consolidação da política pública setorial integrada para a área, sendo necessário, para tanto, a adoção de um modelo participativo e inovador de gestão, que conte com os recursos organizacionais, administrativos, legais e tecnológicos requeridos e com equipes qualificadas e competentes, sejam elas formadas por gestores e técnicos da administração pública, ou por líderes, formadores de opinião, empresários, entidades não governamentais e especialistas, enquanto atores sociais. Partindo desses princípios, e considerando o turismo como matéria intersetorial, interdisciplinar e intergovernamental, os temas tratados a seguir assumem a sua pertinência.

6.1. Órgãos e Instituições que atuam na Gestão do Turismo

O estado de Sergipe vem desenvolvendo e adotando ao longo dos anos, e mais fortemente a partir do ano 2000, um modelo de gestão participativa das políticas públicas setoriais que teve origem quando da elaboração do Plano Estratégico de Turismo de Sergipe, que identificou diretrizes para o desenvolvimento do Estado no setor.

Em seguida, a elaboração do PDITS 2001/2003 para o Polo Costa dos Coqueirais veio integrar os esforços e investimentos do MTur/Prodetur Nacional com a administração estadual e com os municípios pertencentes ao Polo. A organização do estado para fins de planejamento das políticas públicas estaduais, estabelecendo os Territórios Sergipanos, em 2007, e posteriormente a criação dos cinco Polos para efeito do planejamento setorial do turismo, dentre eles o Polo Costa dos Coqueirais, foram iniciativas que contribuíram para definir e agregar os diferentes atores.

Conforme o Plano Nacional do Turismo 2007-2010, o modelo de gestão definido é compreendido em um sistema nacional de gestão do turismo no País. No âmbito federal, é composto por um n cleo básico formado pelo Ministério do Turismo, pelo Conselho Nacional de Turismo e pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo.

O Conselho Nacional de Turismo é o órgão colegiado que tem a atribuição de assessorar o Ministro de Estado do Turismo na formulação e aplicação da Política Nacional de Turismo e dos planos, programas, projetos e atividades derivados.

O Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo é um órgão consultivo, constituído pelos secretários e dirigentes estaduais de turismo, que tem como função no processo de gestão descentralizada auxiliar no apontamento de problemas e soluções, concentrando as demandas oriundas dos estados e municípios.”9

Complementam a rede de gestão descentralizada definida na Política Nacional de Turismo 2007-2010, os Fóruns e Conselhos Estaduais de Turismo, instâncias de representação do turismo nas Unidades da Federação, formados por representantes do setor p blico, incluindo representantes dos municípios e regiões turísticas, da iniciativa privada e do terceiro setor, além de outras entidades de relevância estadual vinculadas ao turismo.

No nível regional, encontram-se as instâncias de representação dos denominados Polos Turísticos, que discutem e dispõem sobre os temas e questões relacionados ao

9 MTur, Plano Nacional do Turismo 2007-2010, p. 43-44

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191

desenvolvimento da atividade, articulando os elos da cadeia de relacionamento e buscando a gestão descentralizada.

Na ponta, onde a atividade turística se realiza, estão as instâncias de representação municipal. Conforme disposto pelo Ministério do Turismo, os municípios são incentivados a criar os conselhos municipais de turismo e organizarem-se em instâncias de representação regional, p blica e privada, possibilitando a criação de ambientes de discussão e reflexão adequados às respectivas escalas territoriais, complementando, assim, o sistema nacional de gestão do turismo.10

Figura 86. Gestão Descentralizada do Turismo – Estrutura de Coordenação, conforme definido pela Política Nacional do Turismo 2007 – 2010, aplicada para o Estado de Sergipe

Fonte: MTur, Política Nacional do Turismo 2007-2010, adaptado para Sergipe pela Technum Consultoria

Originalmente, a instância político-institucional do Polo Costa dos Coqueirais se reportava ao Conselho de turismo do Polo Costa dos Coqueirais.

10 Idem, p. 44

COORDENAÇAO

ESTADUAL

FORUM DO CONSELHO ESTADUAL

DE TURISMO DE SERGIPE

SECRETARIA DE

ESTADO DO TURISMO

COORDENAÇÕES

MUNICIPAIS

COLEGIADOS TURÍSTICOS LOCAIS

ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE

TURISMO

COORDENAÇÃO

NACIONAL

CONSELHO NACIONAL DE TURISMO

FORUM NACIONAL DE DIRIGENTES E

SECRETARIOS ESTADUAIS DE TURISMO

MINSTÉRIO DO TURISMO

COORDENAÇAO

REGIONAL

CONSELHO DE TURISMO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS

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192

Conselho de Turismo do Polo Costa dos Coqueirais – período 2000 a 2006

O Conselho de Turismo do Polo Costa dos Coqueirais, de acordo com Estatutos de abril de 2000, constituía espaço sistematizado para planejar, deliberar e viabilizar as ações que concorram para o desenvolvimento do turismo no Estado de Sergipe. Era coordenado pelo Banco do Nordeste, e tinha a visão do planejamento compartilhado, incluindo empresários do setor e organizações diversas.

Dentre suas atribuições se destacavam atuações como:

facilitador e integrador do processo de desenvolvimento do turismo;

fomentador da visão de produto turístico integrado no espaço regional;

provedor de competências: conhecimento da região, desenvolvimento local, capacitação, crédito, estudos econômicos, infraestrutura, meio ambiente e promoção de investimentos.

Aos agentes institucionais do estado cabia, no bojo do conselho, direcionar os programas estaduais para o âmbito das ações regionais do turismo e ajustar as ações de interiorização do turismo no estado (Programa Nacional de Regionalização do Turismo), direcionando os destinos turísticos da base local para os corredores estruturantes regionais.

Em agosto de 2003, o Conselho foi reformulado, passando a ser comporto por:

Secretaria de Estado do Turismo – coordenador;

Banco do Nordeste – secretaria executiva;

Poder Público Federal: Banco do Nordeste S/A, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais - IBAMA, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN:

Poder Público Estadual: Secretarias de Estado do Planejamento; Secretaria de Estado do Turismo, Secretaria de Estado do Meio-Ambiente, Secretaria de Estado da Infraestrutura, Secretaria de Estado da Cultura, Banco do Estado de Sergipe – BANESE, e Unidade Executora Estadual UEE do Prodetur;

Poder Público Municipal: Prefeitura Municipal de Aracaju, Prefeitura Municipal de Laranjeiras, Prefeitura Municipal de Pirambu, Prefeitura Municipal de Indiaroba, Prefeitura Municipal de São Cristóvão, Prefeitura Municipal de Itaporanga D’Ajuda, Prefeitura Municipal de Santa Luzia do Itanhy, Prefeitura Municipal de Barra dos Coqueiros;

Iniciativa privada: ABAV- Associação Brasileira das Agências de Viagem, ABRASEL - Associação Brasileira de Empresas de Entretenimentos e Lazer, ABIH - Associação Brasileira de Hotéis, SINDETUR – Sindicato das Empresas de Turismo, SENAC- Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, AC&VB- Aracaju Conventions & Visitors Bureau, SEST/SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, FCDL – Federação das Câmaras de Dirigentes e Lojistas de Sergipe, ABEOC – Associação Brasileira de Organização de Eventos;

Terceiro setor: SACI _ Sociedade Afrosergipana de Estudos e Cidadania, ÁGUA É VIDA, Instituto Sócio Ambiental ACAUÃ, Sociedade SEMEAR, Movimento Popular Ecológico – MOPEC, Organização Sócio Ambiental PROCRIAR, Universidade Federal de Sergipe – UFS, Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET/SE, Universidade Tiradentes – UNIT.

Salienta-se que o coordenador, a secretaria executiva e os representantes do governo estadual eram indicados, enquanto os representantes dos governos municipais, da iniciativa privada e do terceiro setor eram eleitos.

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193

No começo de sua atuação, as ações do Conselho de Turismo do Polo Costa dos Coqueirais ultrapassavam as questões do Prodetur, havendo motivação dos participantes para a discussão do desenvolvimento do turismo na Região. Com o passar do tempo, porém, o Conselho foi esvaziado, por razões diversas, sendo uma das principais o impasse na captação dos recursos do Prodetur II. Além dessa, o fato do Polo Costa dos Coqueirais, naquela época, não conseguir atuar como região turística integrada contribuiu para a perda da força do Conselho do Polo. Muitas vezes a visão individualizada dos municípios prejudicava o entendimento da região integrada como um todo e gerava disputa interna pelos recursos do Prodetur.

Com o espaçamento das reuniões e a diminuição da participação, o Conselho foi revisto em 2005, mas acabou sendo desativado em 2006.

Fórum Estadual de Turismo - Fortur/SE

No âmbito estadual, o Fórum Estadual de Turismo - Fortur/SE, foi instituído em 2003, pelo Decreto nº 22.006, de 14 de julho. Passou por alguns ajustes em 2008, quando da retomada do funcionamento da Emsetur, e sofreu uma reestruturação em 2009. Segundo o Decreto Estadual n° 26.43/2009, tem como competências:

acompanhar a execução e o desenvolvimento da Política Estadual de Turismo;

expedir instruções normativas para orientação das atividades turísticas de empresas privadas;

opinar sobre a concessão de registros às atividades turísticas de empresas privadas;

opinar sobre as exigências relativas à concessão de estímulos e incentivos de qualquer natureza às empresas e atividades turísticas privadas, bem como a entidades públicas e afins;

opinar sobre a constituição de fundos especiais destinados a incrementar o desenvolvimento sustentável do turismo, bem como propostas de aplicação dos recursos desses fundos;

acompanhar a execução do Plano Estratégico de Turismo e de outros planos, programas e projetos integrantes da Política Estadual de Turismo

Desde então é a é a principal instância de governança de caráter deliberativo e consultivo do Estado. Seguindo as orientação do MTur, foram criadas Comissão de Trabalho, a exemplo das Câmaras Temáticas. As Comissões funcionam como grupos técnicos e constituem um importante agrupamento para aprofundar temas de interesse do turismo ou demandas do colegiado. São formadas por alguns conselheiros, voluntaries, e convidados que se organizam em caráter consultivo e propositivo para assessorar o Fórum Estadual de Turismo.

As Comissões, de caráter permanente, são organizadas a partir da mesma divisão dos componentes do Prodetur – Produto Turístico, Comercialização, Fortalecimento Institucional, Infraestrutura e Serviços Básicos e Gestão Ambiental-, por entender que esses abrangem todas as ações compreendidas na cadeia do turismo. Sua atuação, porém extrapola as questões do Prodetur. Cada uma das Comissões tem reuniões bimestrais, sendo que a cada 20 dias ocorre reunião de uma das Comissões. Os resultados tem sido bons e as propostas com interação de agentes externos ao Fórum tem permitido maior objetividade e facilidade de encaminhamento quando das reuniões do Fórum.

A atuação do Fórum vem gerando bons frutos na gestão descentralizada do turismo, tendo como principais resultados o fortalecimento do setor.

A proposição de retomada do Conselho de Turismo do Polo Costa dos Coqueirais

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Desde outubro de 2011 tem sido realizadas reuniões para a retomada do Conselho de Turismo do Polo Costa dos Coqueirais. O trabalho de reativação e de promoção de reuniões resulta da parceria do Ministério do Turismo (MTur), da Secretaria de Estado do Turismo (SETUR) e do Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IADH), que apoia o fortalecimento das instâncias de governança (fóruns e conselhos regionais), baseando-se nos critérios e diretrizes do Programa de Regionalização do Turismo do MTur.

O regulamento, em proposição, contempla a composição do Conselho por 22 membros, representantes do poder público, setor privado e terceiro setor, levando em consideração o equilíbrio entre o público e o não público. O desejo, conforme expresso nas reuniões do processo participativo deste PDITS é que o controle do Conselho saia do Estado e seja assumido no âmbito municipal, a partir do entendimento dos municípios envolvidos.

Os municípios, por sua vez, contam com órgãos municipais de gestão, conforme item “C” a seguir apresentado, porém ainda não tem organizados os Colegiados Turísticos Municipais. Há um expresso interesse pelo tema, tendo sido recentemente desenvolvido o Plano de Gestão pelo município de Santa Luzia do Itanhy. Além desse, o município de Estância também vem se manifestando e envidado ações para a realização desse Plano, conforme depoimentos em reuniões do processo de construção participativa ocorridos na elaboração deste PDITS.

É indicada a necessidade da organização e atuação efetiva dos Colegiados Turísticos Municipais como instâncias locais de governança, de forma a viabilizar os canais de interlocução entre as diversas atores da gestão p blica e as diferentes escalas de representação da iniciativa privada e do terceiro setor, possibilitando a implementação das ações propostas pelo PDITS, de forma articulada com o planejamento estadual e federal, bem como a implementação de outros programas e ações relacionados à gestão do turismo no âmbito federal e estadual.

A responsabilidade pela aprovação da revisão do PDITS Polo Costa dos Coqueirais e

pelo seu processo de acompanhamento e monitoramento

Hoje cabe ao Fórum Estadual de Sergipe a aprovação dos processos de revisão dos PDITS, bem como pelo acompanhamento e monitoramento de sua implantação. Caso instituídos, efetivamente, os Conselhos do Polo do Velho Chico e do Polo Costa dos Coqueirais, essas atribuições poderão ser revistas, passando a competência para os respectivos Conselhos Regionais.

A. Órgãos Federais de Gestão do Turismo

O Quadro 19: destaca os órgãos federais que fazem parte do Arranjo para a Gestão do Turismo.

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Quadro 19: Órgãos Federais envolvidos com a Gestão do Turismo.

Órgão Estrutura e Competências

MTur – Ministério do Turismo

Órgão Federal criado em Janeiro de 2003 voltado para a gestão da Política Nacional do Turismo. Estrutura organizacional básica: Secretaria Nacional de Políticas de Turismo e Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo. Órgãos Colegiados: Conselho Nacional de Turismo e suas Câmaras Temáticas; Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo. Secretaria Nacional de Políticas de Turismo: Elaboração da política nacional para o setor sob orientação do Conselho Nacional do Turismo e concretização do modelo de gestão descentralizada do turismo. Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo: Promoção do desenvolvimento da infraestrutura turística e a melhoria da qualidade dos serviços turísticos. Subsídio para a formulação de planos, programas e ações destinados ao fortalecimento do turismo nacional. A esta Secretaria, por meio do Departamento de Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo, cabe a coordenação do Prodetur Nacional. A Coordenadoria Geral de Programas Regionais II, vinculada ao Departamento, cabe, por sua vez, a interface com o Prodetur/Sergipe.

EMBRATUR – Instituto Brasileiro do Turismo

Ao Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur, autarquia especial do Ministério do Turismo, é responsável pela execução da Política Nacional de Turismo no que diz respeito a promoção, marketing e apoio à comercialização dos destinos, serviços e produtos turísticos brasileiros no mercado internacional.

CNT – Conselho Nacional de Turismo

Órgão colegiado com a atribuição de assessorar o titular do Ministério do Turismo na formulação e a aplicação da Política Nacional de Turismo e dos planos, programas, projetos e atividades dela derivados. O Conselho é integrado por 71 conselheiros, representantes de instituições públicas e entidades privadas do setor em âmbito nacional.

Fonte: MTur, Embratur, turismo.gov.br.

A Lei n.º 11.771, de 17 de setembro de 2008, conhecida como Lei Geral do Turismo surgiu como resultado do avanço das discussões referentes à importância do setor turismo para o desenvolvimento nacional. Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo e define as competências do governo federal quanto ao planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, obedecendo aos seguintes princípios:

livre iniciativa;

descentralização;

regionalização; e

desenvolvimento econômico justo e sustentável.

B. Órgãos Estaduais de Gestão do Turismo

No Estado de Sergipe a estrutura da administração pública inclui a Setur, à qual se vincula, como economia mista, a Empresa Sergipana de Turismo.

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196

Quadro 20: Órgãos Estaduais envolvidos com a Gestão do Turismo.

Setur – Secretaria do Estado de Turismo

Lei n°. 7.116/2011 - atribui à Setur, como a instituição que faz parte da administração direta da política pública estadual e Lei n° 4.826/2003, dispõe sobre a organização básica da Setur e suas competências. Compete à Setur a política estadual de governo na área de turismo, bem como: o desenvolvimento turístico e respectivos incentivos; a ampliação e o melhoramento de espaços turísticos; a realização e organização de exposições, feiras e outros eventos de divulgação de potencialidade turísticas do estado; a capacitação de mão de obra do turismo; outras atividades necessárias ao cumprimento de suas finalidades.

Organograma da Setur

O quadro de pessoal da Setur é formado por 35 profissionais que ocupam os seguintes cargos:

Cargo Quantidade

Secretário de Estado de Turismo 1

Secretário Adjunto de Turismo 1

Diretor de Coordenadoria Especial 1

Diretor do Departamento de Administração e Finanças 1

Chefe da Assessoria de Planejamento 1

Gerente de Execução Orçamentária 1

Consultor Técnico Operacional 7

Supervisor Técnico Administrativo 4

Consultor Técnico Administrativo 1

Assessor Executivo 1

Assessor Geral de Programas e Projetos 5

Assessor Especial 3

Assessor Geral de Atividades de Imprensa 1

Assessor Técnico Operacional 4

Assistente Técnico Operacional 1

Assistente Extra para Assuntos Técnico Administrativos 1

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Vinte e quatro profissionais da equipe foram admitidos no ano de 201 e os demais entre 2003 e 2010.

Quanto à área de formação, os componentes da equipe da Setur estão assim distribuídos:

Formação Quantidade

Direito 10

Turismo 5

Jornalismo 4

Administração 3

Economia 3

Engenharia Civil 2

Contabilidade (Técnico) 2

Ciências Contábeis 1

Comunicação 1

Gestão Pública 1

Fotografia 1

Matemática 1

A Coordenação do Prodetur/SE

Criada pela lei ordinária nº 4.912/2003 como órgão operacional da Setur, a Unidade de Coordenação do Prodetur/SE – UCP/Prodetur-SE é responsável por implantar as ações resultantes da celebração, aplicação e execução de convênios, contratos e outros acordos entre o Estado de Sergipe e instituições ou entidades públicas ou privadas, nacionais, internacionais ou estrangeiras, promovendo sua articulação com os programas, projetos e atividades desenvolvidos por outros órgãos e entidades públicas federais, estaduais e municipais, na realização do Programa de Desenvolvimento do Turismo - Prodetur. O Prodetur/Nacional foi desenvolvido a partir de estudos encomendados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no começo da década de 1990, para identificar as atividades econômicas que apresentariam vantagens competitivas, caso desenvolvido na região Nordeste. A conclusão desses estudos identificou que uma das oportunidades mais viáveis para a região era o Turismo, pelo fato de a Região Nordeste apresentar recursos cênicos e culturais significativos, além de mão-de-obra em abundância e custos relativamente baixos.

EMSETUR - Empresa Sergipana de Turismo

Sociedade de economia mista criada em 1972. Vinculada à Setur. Missão: “fazer de Sergipe um destino turístico sustentável de referência, fomentando sua cadeia produtiva, promovendo o desenvolvimento socioeconômico, a partir da valorização das potencialidades regionais” Lei no 4.749/2003 - altera a estrutura organizacional da administração pública estadual, cria a Secretaria de Estado do Turismo, a ela vinculando a Emsetur. Compete a Emsetur: implementar a política estadual de promoção turística; desenvolver, avaliar e monitorar o produto turístico sergipano; implementar o Sistema de Informações Turísticas; implementar as políticas de formação profissional, inclusão social e de adensamento da cadeia produtiva do turismo.

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Organograma da Emsetur

Fonte: Emsetur, 2011.

O observado é que os órgãos estaduais voltados à gestão do turismo buscam realizar um trabalho de qualidade, porém ainda carecem de pessoal para o desenvolvimento de suas atribuições, tanto no que diz respeito à quantidade quanto à capacitação para as funções a serem desempenhadas.

Outros órgãos da administração pública estadual de Sergipe estão, indiretamente,

relacionados à formulação e à execução da Política Estadual de Turismo e fazem parte do

Fórum Estadual de Turismo. Dentre eles citam-se:

SEPLAN - Secretaria de Estado do Planejamento

A SEPLAN centraliza o Sistema Estadual de Planejamento, o orçamento, as ações de desenvolvimento institucional e a estatística do Estado de Sergipe. Cabe a ela elaborar, coordenar, controlar e avaliar planos, programas e projetos governamentais, o orçamento anual e o plano plurianual do Estado. Suas decisões e políticas tem claro impacto no desenvolvimento do turismo.

SEMARH - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos -

Cabe à SEMARH formular e executar políticas de gestão ambiental com a participação da sociedade, promovendo o desenvolvimento ecologicamente equilibrado de forma integrada, garantindo a proteção dos recursos naturais para as presentes e futuras gerações.

Compete à SEMARH: a formulação e gestão de políticas estaduais de Governo, relativas ao meio ambiente, recursos hídricos e educação ambiental; a preservação, conservação e utilização sustentável de ecossistemas, biodiversidade e florestas; a elaboração do Zoneamento Ecológico-Econômico; a promoção do uso racional da água e gestão integrada do uso múltiplo sustentável dos recursos hídricos.

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SEINFRA - Secretaria de Estado da Infraestrutura de Sergipe

À SEINFRA cabe, como missão, “assegurar ao cidadão o cumprimento das políticas públicas de infraestrutura do Governo, através da gestão de qualidade das ações dos órgãos vinculados, contribuindo para o desenvolvimento e o bem-estar da sociedade”. Dentre as suas competências, citam-se: a oferta de infraestrutura de qualidade, incluindo o abastecimento de água, a coleta e tratamento dos resíduos sólidos e do esgoto; a drenagem urbana; a pavimentação de vias.

SECULT - Secretaria de Estado da Cultura

Cabe à SECULT: o fomento à cultura, às letras, às artes, à arte-educação, ao folclore e às manifestações artísticas e culturais populares; a preservação, a guarda e a gestão do patrimônio histórico, artístico, cultural, arqueológico, paleontológico e ecológico; a administração dos equipamentos culturais e artísticos; a concepção e a gestão da Política Estadual de Cultura.

SEDURB - Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano.

À SEDURB, que tem como órgão vinculado a Deso – Companhia de Saneamento de Sergipe. A Secretaria tem como competências principais: formular, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar a política estadual de desenvolvimento urbano, habitação e saneamento básico; promover, coordenar, executar, supervisionar, acompanhar e avaliar a elaboração de planos, programas e projetos na sua área de competência, compatibilizando-os com a política do Governo Federal; articular-se, permanentemente, com órgãos e entidades da administração pública federal, estadual e municipal e com o setor privado e a sociedade civil organizada, visando racionalizar e potencializar ações relacionadas ao desenvolvimento urbano, habitação, saneamento básico e assistência aos municípios.

SETRAB – Secretaria de Trabalho.

À Secretaria de Trabalho compete: a elaboração de políticas públicas direcionadas ao mercado de trabalho, à mão-de-obra, ao sistema de emprego, à geração de postos de trabalho, à formação e ao desenvolvimento profissionais e ao artesanato; o fomento às políticas públicas direcionadas ao fortalecimento da economia solidária; o incentivo ao cooperativismo e ao associativismo;

Além dos organismos citados, outras entidades públicas, privadas e do terceiro setor,

incluindo as representativas dos segmentos profissionais do turismo e correlatos e unidades

educacionais e de formação profissional, exercem, direta ou indiretamente, funções

importantes no Arranjo Institucional de Gestão do Turismo. Dentre eles citam-se:

IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Superintendência de Sergipe;

Banese – Banco do Estado de Sergipe;

Universidade Federal de Sergipe – UFS;

Universidade Tiradentes – UNIT.

Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – ABIH;

Associação Brasileira dos Agentes de Viagens – ABAV;

Associação Brasileira dos Jornalistas Especializados em Turismo – ABRAJET;

Associação Brasileira dos Organizadores de Eventos – ABEOC;

Associação Brasileira dos Locadores de Automóveis – ABLA;

Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL;

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Sindicato dos Guias de Turismo – SINGTUR;

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe – SEBRAE/SE;

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC/SE;

Aracaju Convention & Visitors Bureau.

C. A Gestão Municipal do Turismo no Polo Costa dos Coqueirais

Na esfera municipal a gestão do turismo nos municípios deve pautar-se pela integração entre os diversos setores locais, formulação de estratégias para o desenvolvimento do município, bem como planejar e executar as ações locais em parceria com a esfera estadual e federal.

Nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais a gestão do turismo na esfera da administração pública municipal está a cargo dos seguintes organismos:

Quadro 21: Cargos da Gestão Municipal do Turismo.

Município Gestão Municipal do Turismo

Aracaju FUNCAJU – Fundação Municipal de Cultura e Turismo de Aracaju*

Barra dos Coqueiros Secretaria Municipal de Turismo.

Brejo Grande Secretaria Municipal de Turismo.

Estância Secretaria de Turismo e Comunicação Social.

Indiaroba Secretaria Municipal de Agricultura e Turismo.

Itaporanga D'Ajuda Secretaria de Cultura e Turismo

Laranjeiras Secretaria Municipal de Turismo.

Nossa Senhora do Socorro Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo

Pacatuba Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer

Pirambu Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo

Santa Luzia do Itanhy Secretaria de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura

Santo Amaro das Brotas Secretaria da Juventude, Cultura, Esporte e Turismo.

São Cristóvão Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

* No início de 2013, foi criada a Secretaria Municipal da Indústria, Comércio e Turismo (SEMICT) do município de Aracaju, que assumiu a competência pelo setor turístico municipal, ficando a Funcaju com a competência pelo setor de Cultura.

No âmbito municipal, o que se observa é a limitação da capacidade para a gestão turística municipal, com exceção de Aracaju. Alguns municípios, como Estância tem feito esforços para a melhoria da estruturação de seus órgãos e corpo técnico, mas ainda há um longo caminho a percorrer. A intenção, manifesta durante as reuniões do processo participativo deste PDITS é a gestão compartilhada, com envolvimento direto da iniciativa privada e organizações não governamentais para o efetivo desenvolvimento do setor.

6.2. Impactos e Limitações das Políticas Públicas

A Política e o Sistema Nacional de Turismo

As políticas de turismo vêm ocupando espaço no âmbito do planejamento e gestão pública, dada a importância da atividade para as economias locais.. Com efeito, a organização pauta pela criação de um sistema formado por planos, programas, leis e instituições que concebem políticas para o turismo nas diversas escalas territoriais e de gestão do País que serão discutidos a seguir.

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Os benefícios do Programa Nacional de Municipalização do Turismo- PMNT, criado em 1994 -, correspondem ao fortalecimento dos municípios e à sensibilização das comunidades locais para a o turismo sustentável e à organizando dos atores para promoção do turismo, por meio de Conselhos e outros mecanismos de gestão participativa.

Com a criação do Ministério do Turismo- MTur, em janeiro de 2003, entram em pauta as prioridades do governo federal preconizando uma nova postura para a atividade turística no Brasil. O turismo passa a ser visto como política pública específica, independente, ainda que integrada, das políticas de esporte, lazer e cultura, e como atividade econômica sustentável e alternativa de importante para a geração de emprego e renda.

O Plano Nacional do Turismo- PNT, o Programa de Regionalização do Turismo – PRT e o Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur Nacional são carros chefe do Ministério do Turismo

O Plano Nacional de Turismo passou a ser um macroprograma que reúne um conjunto de programas com ações específicas para o desenvolvimento do turismo brasileiro.

Outro marco da política nacional do turismo foi o lançamento do documento: 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional, como subsídio para o desenvolvimento da atividade turística de forma sustentável para os próximos anos.

Em 2010 o Conselho Nacional do Turismo lançou o documento intitulado Turismo no Brasil 2011-2014, trazendo o diagnóstico do turismo no País e metas para os próximos anos, com foco nos dois grandes eventos que serão sediados no Brasil: a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Ainda em 2010 iniciou-se a avaliação do Programa de Regionalização do Turismo- PRT, que apontou a sua relevância para o desenvolvimento turístico no País.

A valorização do turismo é reforçada com a aprovação da Lei n°. 11.771/2008, que trata da Política Nacional de Turismo, definindo as competências do governo federal dentro do planejamento e desenvolvimento turístico. Denominada Lei Geral do Turismo (LGT), sua publicação demonstra o avanço das discussões referentes à importância do setor turístico no desenvolvimento nacional e define que a viabilização do financiamento ao setor turístico deve ser realizada mediante a canalização dos seguintes recursos:

Lei Orçamentária anual, mediante recursos alocados ao Ministério do Turismo e à EMBRATUR;

Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR;

linhas de crédito de bancos e instituições federais;

agências de fomento ao desenvolvimento regional;

Lei Orçamentária de estados, Distrito Federal e municípios;

organismos e entidades nacionais e internacionais; e

securitização de recebíveis originários de operações de prestação de serviços turísticos, por intermédio da utilização de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e de Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FICFIDC), observadas as normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A LGT institui o Sistema Nacional de Turismo- SNT no intuito de promover o desenvolvimento do turismo de forma sustentável através da coordenação e integração das iniciativas oficiais com o setor produtivo. Os objetivos específicos do SNT são:

atingir as metas do Plano Nacional de Turismo -PNT;

estimular a integração dos diversos segmentos do setor, atuando em regime de

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202

cooperação com os órgãos públicos, entidades de classe e associações representativas voltadas à atividade turística;

promover a regionalização do turismo, mediante o incentivo à criação de organismos autônomos e de leis facilitadoras do desenvolvimento do setor, descentralizando a sua gestão; e

promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos prestados no País.

De acordo com a Organização Mundial do Turismo- OMT quanto maior o poder do turismo na economia local, maior é a necessidade de intervenção do setor público em suas diversas esferas. A intervenção do estado no desenvolvimento do turismo não é um fato prejudicial, no entanto, depende da maneira que o turismo atende às necessidades e interesses da população local e como ele se encaixa nas metas de desenvolvimento social.

Os organismos municipais de turismo são indispensáveis no processo de desenvolvimento do turismo, pois são eles que possuem o contato mais próximo com a comunidade e com o empresariado do setor. Desta forma a comunidade deve estar preparada para o desenvolvimento, para que ela também seja beneficiada. Quem mobiliza a comunidade são os organismos municipais que devem dar o apoio e assistência necessária. No entanto, no que diz respeito a política do turismo no Polo Costa dos Coqueirais, vale ressaltar que os municípios pouco avançam em sua estruturação para o turismo, agregando suas decisões e ações aos planos do Prodetur.

As políticas existem e traçam planos e projetos que visam o desenvolvimento turístico sustentável, porém quando se fala no alcance destas na escala municipal do Polo Costa dos Coqueirais, observa-se que não há abrangência ou incidência destas na prática do turismo local.

Com efeito, a influência das políticas públicas para o turismo nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais, devem atuar para promover o turismo, beneficiando a comunidade local, e, norteando o rumo da atividade turística, buscando atingir os objetivos dos programas e dos projetos de forma integrada.

6.2.1. O Planejamento do Turismo

O planejamento turístico tem a função de assegurar a competitividade e sustentabilidade dos destinos turísticos. É um processo que analisa a atividade turística, diagnosticando o seu desenvolvimento e fixando um modelo de atuação para impulsionar ou integrar o turismo por meio de planos e programas.

Desta forma age como uma ferramenta estruturante da política de desenvolvimento sustentável, ocupando um lugar decisivo no processo de concepção e implementação de estratégias de desenvolvimento. Neste sentido vale ressaltar os planos e programas voltados para este fim.

A. Plano Nacional de Turismo

Lançado em 2003 pelo Ministério do Turismo, o Plano Nacional de Turismo tem como pressupostos: (i) parceria e gestão descentralizada; (ii) distribuição de renda por meio da regionalização, interiorização e segmentação da atividade turística; (iii) diversificação dos mercados, produtos e destinos turísticos; (iv) inovação dos arranjos produtivos; (v) visão estratégica por meio de planejamento integrado; (vi) incremento do turismo interno; e (vii) desenvolvimento do turismo sustentável. As ações do PNT relacionam-se diretamente ao desenvolvimento e inclusão social.

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O Plano Nacional 2011/2014 destaca como prioridades a preparação para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, a criação de oportunidades de trabalho e de geração de renda, com foco nos beneficiados pelos programas sociais do governo federal, o aumento da entrada de divisas internacionais por meio do turismo, a ampliação do número de brasileiros em viagens nacionais e o aumento da competitividade dos destinos turísticos. Cada um dos cinco itens é detalhado por um projeto específico, prevendo o acompanhamento do alcance das metas traçadas.

Elaborado em sintonia com o Plano Plurianual 2012/2015 do governo federal, o PNT tem com premissas: ampliar o diálogo com a sociedade, reduzir desigualdades regionais, promover a sustentabilidade, incentivar a inovação e promover a regionalização do turismo.

B. Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil

O Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil tem como estratégia de organização do turismo a concepção de produtos, de roteiros e destinos específicos de cada região. A oferta turística possui significado e identidade através da qualidade e originalidade da produção artesanal, gerando valor ao produto turístico. As diretrizes do Programa incorporam o conceito de Arranjo Produtivo Local – APL, referindo-se à promoção e ao apoio à comercialização, ao desenvolvimento das relações de mercado e à interação entre os atores da cadeia produtiva do turismo.

Guiado pelas orientações contidas no Plano Nacional do Turismo, o Programa promove um planejamento integrado através da cooperação e parceria de agentes públicos e privados, nos âmbitos federal, estadual e municipal para a promoção da diversificação da oferta turística, a estruturação dos destinos turísticos, a qualificação profissional e a maximização da competitividade do produto turístico no mercado internacional, com foco na sustentabilidade, na preservação e conservação dos recursos naturais e histórico-culturais, bem como na inclusão social e revitalização das tradições e dos costumes de cada localidade.

Os Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo visam a estruturação da atividade turística de forma sustentável em áreas prioritárias selecionadas pelos estados. O modelo de financiamento das ações dos Programas contam com três fontes distintas de recursos:

Financiamento internacional, obtido junto ao BID,

Recursos de contrapartida federal, Ministério do Turismo e

Contrapartida estadual.

Neste contexto, a regionalização pressupõe uma ampla convergência de interesses em uma rede de relações com foco no mercado e intensa integração econômica-social produzindo uma interação dinâmica entre diferentes setores para o desenvolvimento sustentável do turismo.

C. Prodetur Nacional – Programa de Desenvolvimento do Turismo

O Programa de Desenvolvimento do Turismo possui abrangência nacional, sendo que os estados e municípios, com mais de um milhão de habitantes, poderão solicitar recursos diretamente ao BID de acordo com suas capacidades de endividamento e critérios do MTur e do BID.

É estruturado de forma a agilizar o acesso às linhas de crédito e aos recursos financeiros, sem o comprometimento prévio de recursos e nem a necessidade de um agente financeiro.

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Os Estados e municípios podem se comprometer com mais de um financiamento junto à linha de crédito, além de contarem com o apoio técnico do Ministério do Turismo na elaboração das propostas e com o apoio financeiro na alocação de contrapartida federal ao programa.

O Prodetur tem como objetivos específicos:

estruturar os destinos e dar qualidade ao produto turístico brasileiro;

aumentar a competitividade do produto turístico nacional;

melhorar a qualidade de vida da população residente nos destinos turísticos;

promover o desenvolvimento econômico e social local de forma sustentável;

apoiar a recuperação e adequar a infraestrutura dos equipamentos nos destinos turísticos.

O Programa prevê seus investimentos organizados em cinco componentes: estratégia de produto turístico; estratégia de comercialização; informação, distribuição e promoção; fortalecimento institucional; infraestrutura e serviços básicos; gestão ambiental.

As ações a serem desenvolvidas são selecionadas a partir do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS, que possui referência norteadora para o desenvolvimento do turismo.

6.3. Legislação Urbanística, Ambiental e Turística.

Os instrumentos legais de âmbito federal e estadual que sustentam a Gestão do Turismo encontram-se relacionados no Quadro 22:. Importa ressaltar que tais instrumentos são importantes na medida em subsidiam o ordenamento, a promoção e o uso equilibrado dos espaços turísticos, de forma a garantir o turismo sustentável.

Quadro 22: Instrumentos Legais e de Gestão dos Municípios do Polo dos Coqueirais

Legislação Federal

Lei n.º 11.771, de 17 de setembro de 2008: dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do governo federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, institui o Sistema Nacional de Turismo – SNT;

Lei 8.623/93: valida o exercício da profissão de Guia de Turismo; Deliberação Normativa 416/00 – EMBRATUR: regulamenta o Cadastro das empresas

turísticas;

Deliberação Normativa 161/85 – EMBRATUR: Dispõe sobre o regulamento comercial entre as Agências de Turismo e seus usuários para operação de viagens e excursões turísticas;

Deliberação Normativa 246/88: disciplina o registro e classificação de empresas de transporte turístico;

Decreto 84.934: Agências de Turismo;

Decreto 84.910/80: Regulamentação dos Meios de Hospedagem;

Decreto 87.348/82: Regulamentação do Transporte Turístico;

Decreto 136/84: Serviços de Agências de Turismo;

Decreto 89.707/84: Organização de congressos, convenções, seminários ou eventos congêneres;

Decreto 5.406/05: Regulamentação do cadastro obrigatório para fins de fiscalização das sociedades empresariais, das sociedades simples e dos empresários individuais que prestam serviços turísticos remunerados.

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Estadual

Lei n.º 7.116 de 25 de março de 2011, que dispõe sobre a criação da Setur.

Lei Ordinária n.º 4.912 de 22 de agosto de 2003, que cria a Unidade Executora Estadual do Prodetur SE.

Emsetur, criada em 12 de maior de 1972.

A. Instrumentos de Planejamento e Gestão Municipal

Políticas Municipais de Turismo

Os organismos municipais de turismo e as empresas que forma o trade turístico local, são a base indispensável para o fomento do turismo. É no município que o consumidor entra em contato com o produto turístico e realiza o ato de consumo. A preparação e mobilização da comunidade para o desenvolvimento do turismo leva ao seu envolvimento e à sua responsabilização diante da oportunidade de desenvolvimento socioeconômico que o setor proporciona.

Convém destacar que uma das metas das políticas do MTur consiste na descentralização, ou seja, traz aos municípios responsabilidades maiores no desenvolvimento turístico. Porém, o auxílio e participação das instâncias federais, estaduais e dos demais atores sociais envolvidos no processo, como o setor privado e terceiro setor continua sendo fundamental para o desenvolvimento turístico.

Em âmbito local são vários instrumentos que podem ser criados para a concretização de objetivos e ações do turismo. Dentre eles, merece destaque o Plano Diretor e a Lei Orgânica do Município, que objetivam ordenar o território e estabelecer as bases para garantir o desenvolvimento socioeconômico e a qualidade de vida de seus habitantes.

O Plano Diretor Municipal regula o uso do espaço urbano e rural, de forma a melhorar a qualidade de vida da população em geral. Para o desenvolvimento do turismo, merece destaque:

O planejamento das ações da administração pública;

O enfrentamento de problemas provocados pelo crescimento econômico;

A análise das dimensões do desenvolvimento político, social, econômico, espacial, administrativo e financeiro;

A garantia de bem estar da população local; e

A distribuição equitativa dos bens e serviços urbanos, propiciando a ocupação ecologicamente equilibrada do território municipal.

A Lei Orgânica do Município que rege sua política geral e sua administração. Trata dos seguintes temas: alimentação, educação, saúde, lazer e esportes, segurança, cultura, ambiente ecologicamente equilibrado, transporte coletivo, assistência social, habitação e saneamento básico.

Outros instrumentos legais também são próprios dos municípios, dentre eles: Planos de Governo, Plano Plurianual de Investimentos, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Plano Estratégico, Lei do Perímetro Urbano, Lei do Parcelamento do Solo, Lei de Zoneamento ou equivalente, Código de Obras e Código de Posturas e outros, que embasam a gestão pública e permitem a regulação, o monitoramento e a fiscalização das funções municipais.

A seguir encontram-se discriminados os instrumentos legais e de gestão existentes nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais:

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Quadro 23: Instrumentos Legais e de Gestão dos Municípios do Polo dos Coqueirais

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Plano Diretor ■ ■ ■ ■ ■* ■ ■ ■ ■ ■ ■* ■ ■

Lei Orgânica ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Plano de Governo ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Plano Plurianual de Investimentos

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Lei de Diretrizes Orçamentárias

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Plano Estratégico ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Lei do Perímetro Urbano

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Lei do Parcelamento do Solo

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Lei Zoneamento ou equivalente.

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Legisl. Área Interesse Especial/ Social

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Código de Obras ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Código de Posturas

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Órgão Setorial de Gestão/Fiscalização do Turismo e do Meio Ambiente

Secretaria de Turismo

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Secretaria de Meio Ambiente

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Fiscalização Monitoramento. Ambiental

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

LEGENDA: ■ SIM ■ NÃO

* Plano Diretor ainda não aprovado pela Câmara de Vereadores

Fonte: Prefeituras Municipais e Ministério das Cidades, 2011.

Os agentes municipais possuem papel central na implementação dos Planos Diretores e, por isso, é importante observar a capacidade institucional instalada nos municípios no momento em que a qualidade e a oferta dos serviços urbanos estão diretamente relacionadas à existência de órgãos capazes de planejar e de executar programas públicos. A integração entre as instâncias governamentais é outra condição essencial para promover as políticas de desenvolvimento territorial de forma adequada.

O município de Aracaju se destaca por dispor de legislação e instrumentos de gestão adequados, bem como Itaporanga D’Ajuda que também se encontra em situação satisfatória em relação aos outros municípios do Polo Costa dos Coqueirais.

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207

Através das visitas realizadas em campo constatou-se que, apesar dos municípios afirmarem dispor de legislação e instrumentos para a gestão do turismo, a eficácia destes para o planejamento é nula, indicando a necessidade de um trabalho de melhoria e de reestruturação dos órgãos para uma adequada capacidade de gestão e de fiscalização.

A elaboração do Plano Diretor Municipal Participativo constitui um documento relevante no sentido de construir a base legal necessária. Embora alguns municípios informem a disposição desse documento, na realidade muitos carecem de revisão, a exemplo de Aracaju – em processo de revisão desde 2005. Os Planos Diretores de Indiaroba e de Santa Luzia do Itanhy, apesar de elaborados, não estão aprovados. Tendo sido elaborados há já alguns anos, deverão passar por processo de revisão antes do encaminhamento à câmara de Vereadores para transformação em Lei municipal.

Brejo Grande e Pirambu, por sua vez, não dispõe de Planos Diretores elaborados, o que causa preocupação, principalmente pela eminente implantação da SE 100 Norte, que com certeza atrairá o desenvolvimento não só das atividades turísticas mas também a ocupação do território por empreendimentos imobiliários. Tratando-se de áreas de grande fragilidade ambiental, é imprescindível o desenvolvimento dos Planos Diretores no curto prazo.

Tem ainda destaque a necessidade de revisão do Plano Diretor de Barra dos Coqueiros, frente ao grande impacto ocorrido a partir da implantação da Ponte Construtor João Alves. É destaque, no município de Barra dos Coqueiros, a área da ponta sul do litoral municipal, em frente à cidade de Aracaju, que poderia ser preservada para futuro desenvolvimento turístico.

Para a gestão do uso e ocupação do solo urbano há uma base legal que estabelece diretrizes para a intervenção no espaço urbano para a promoção da qualidade de vida na cidade. Assim, a Lei do Parcelamento do Solo, Lei Zoneamento, Legislação voltada para Área Interesse Especial/ Social, Código de Obras e Código de Posturas, tem por objeto ações relacionadas à construção do espaço urbano visando ao bem comum e à harmonia social. No Polo Costa dos Coqueirais a maioria dos municípios não dispõe desses instrumentos para a gestão do solo, conforme aponta o Quadro 23:, anteriormente apresentado.

A gestão municipal do turismo, no âmbito da administração pública local, está a cargo das Secretarias de Turismo. Todos os municípios do Polo possuem Secretarias de Turismo, o que facilita a atuação destas para a promoção do turismo, porém o impacto sobre esta atividade ainda é pouco expressivo.

Quanto à capacidade ambiental nos municípios observa-se que Indiaroba e Itaporanga D’Ajuda não possuem órgãos voltados para a gestão. Porém, há precariedade no controle e monitoramento ambiental na maioria dos municípios, o que incide diretamente no gerenciamento sustentável da atividade turística no Polo.

Diante do quadro apresentado, afere-se que a legislação ambiental, turística e urbanística ainda é incipiente na maioria dos municípios do Polo. Assim, há a necessidade de se criar instrumentos legais para incentivar, regular e fiscalizar o turismo e o meio ambiente de forma sustentável tanto para os municípios, quanto para o Polo. Além disso, os municípios devem adotar outros mecanismos específicos para a realidade de cada um.

Importa acrescentar que a criação de Conselhos Municipais de Turismo e de Meio Ambiente são estratégias para a promoção do turismo sustentável e mecanismo de ressonância do modelo de gestão participativa. O Conselho do Polo Costa dos Coqueirais encontra-se atualmente desativado e, o que se observa, é que seu funcionamento está atrelado à perspectiva de investimentos externos.

Outro fato relevante para o desenvolvimento do turismo refere-se à articulação e integração institucional contínua no intuito de otimizar a busca de recursos, financeiros e humanos, que viabilizem o desenvolvimento pretendido. Na análise do panorama institucional do Polo

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208

Costa dos Coqueirais constata-se a ausência da prática continuada do trabalho conjunto entre os municípios e a centralização das atividades no governo estadual.

O desenvolvimento do PDITS aparece nesse contexto como uma oportunidade de abertura à ações que fomentem a economia do turismo e sua organização no Polo, como forma de suprir em certos níveis a falta dos instrumentos de gestão municipal, agregar melhorias à qualidade de vida da população e de iniciar, na maioria dos municípios, a instalação de uma cultura de planejamento que deve se refletir em outras esferas da gestão municipal..

6.4. Quadro de Incentivos para o Investimento Turístico

Incentivos Federais

A. Linhas de crédito para o turismo

A maioria das linhas de crédito no Estado de Sergipe está voltada para o setor industrial e não para o desenvolvimento do turismo. No entanto, existem alguns programas de crédito, financiados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (1988), para o turismo. Esse fundo é um instrumento da política pública federal, operado pelo BNB que objetiva contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região por meio de programas de financiamento aos setores produtivos, em consonância com o plano regional de desenvolvimento possibilitando, assim, a redução da pobreza e das desigualdades - BNB, 2010.

O BNB disponibiliza algumas linhas de crédito voltadas para investimentos no setor turístico, por meio do Programa de Apoio ao Turismo Regional – PROATUR, único destinado especialmente ao setor turístico.

Os programas de crédito do BNB destacam-se pela oferta de bônus de adimplência sobre os juros cobrados, sendo que este bônus varia conforma a área do investimento. Segue uma descrição dos programas de crédito do BNB e suas principais características. O Programa Nordeste Competitivo também aparece no cenário de linhas de crédito para o fomento a empreendimentos do setor turístico

PROATUR

Objetiva a implantação, ampliação, modernização e reforma de empreendimentos do setor turístico para Investimentos e capital de giro associado, observadas as exceções normativas internas previstas, quanto a determinados itens e atividades excluídos de serem financiados por esse programa, a exemplo de aquisição de terrenos, transferências de edificações (exceto no caso de hospedagens já construídas ou em construção desde que atendidas as condições estabelecidas pela linha de crédito), flats, dentre outros.

Beneficiários: Pessoas jurídicas, inclusive empresárias registrados na junta comercial, cadastrados pelo Ministério do Turismo, cujo objetivo econômico principal seja a atividade turística, de médio e grande porte.

Programa de Financiamento às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (FNE-MPE)

Financia a construção e ampliação de benfeitorias e instalações, aquisição de máquinas, equipamentos, veículos e capital de giro associado ao investimento fixo para a modernização de empreendimentos de microempresas e empresas de pequeno porte dos setores industrial (inclusive mineração), agroindustrial, turismo, comercial e de prestação de serviços, inclusive empreendimentos culturais.

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209

Beneficiários: microempresas e empresas de pequeno porte dos setores industrial, agroindustrial, turismo, cultura e comercial e serviços.

Programa Nordeste Competitivo (PNC) - BNDES Automático e FINEM

Financia a implantação, ampliação, localização e modernização de empreendimentos econômicos nos setores rural, industrial, agroindustrial, comercial, de turismo e de prestação de serviços.

Beneficiários: pessoas físicas que sejam produtores rurais, empresários individuais registrados na junta comercial, pessoas jurídicas privadas brasileiras de controle nacional e pessoas jurídicas privadas brasileiras de controle estrangeiro, observadas ainda as restrições normativas do programa para o caso de empresas cujo controle seja de estrangeiro.

As linhas de crédito para o turismo estabelecidas por meio de parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego, Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT, Banco do Brasil e o Ministério do Turismo, são as listadas a seguir:

Microcrédito - empreendedor popular

Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, objetivando sua integração ao setor produtivo formal da economia.

Beneficiários: disponível às pessoas físicas atuantes, exclusivamente, no setor informal.

BNDES – Programa de Turismo

O programa de Turismo é uma parceria entre o BNDES e o Ministério do Turismo e, tem por objetivo apoiar empreendimentos do setor do Turismo nas localidades que apresentem potencial para esta atividade, contribuindo para o desenvolvimento e competitividade do setor no país.

Beneficiários: empresas de qualquer porte, nacionais ou estrangeiras.

B. Parceria entre a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Turismo - Programa CAIXA TURISMO - Capital de Giro

Empréstimo destinado a antecipar o fluxo de caixa da empresa, mediante o desconto de títulos para sua emissão, ou cheques pré-datados de terceiros, entregues para cobrança na CAIXA, ou cheques eletrônicos pré-datados provenientes de convênio com a TECBAN – Tecnologia Bancária SA e creditados na CAIXA.

Beneficiários: empresas com faturamento anual ilimitado, porém com foco de atuação para empresas com faturamento anual de até R$ 5 milhões.

Giro-CAIXA Instantâneo para o Turismo

Crédito rotativo com Limites Flutuantes, em uma mesma conta-corrente, para antecipação dos recebíveis (cheques pré-datados, cheques eletrônicos pré-datados, duplicatas de venda mercantil, duplicatas de prestação de serviços e aplicações financeiras), cuja prioridade de utilização será da menor para a maior taxa de juros dentre as modalidades que contiverem estoque de recebíveis.

Beneficiários: empresas com faturamento anual de até R$ 35 milhões.

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210

C. Parceria entre o Ministério da Integração Nacional e o Ministério do Turismo

Fundos Constitucionais de Financiamento

O Governo Federal criou em 1989 os Fundos Constitucionais de Financiamento do Centro Oeste (FCO), do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO), com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social dessas Regiões.

Beneficiários: Microempresa Empresa de pequeno, médio e grande porte.

D. Parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego, CODEFAT, Banco do Brasil e o Ministério do Turismo

PROGER- Turismo – Investimento

Financiamento de projetos de investimento e capital de giro associado, voltado para implantação, ampliação e modernização de empreendimentos no setor turístico brasileiro.

Beneficiários: empresas da cadeia produtiva do setor de Turismo com faturamento bruto anual de até R$ 5 milhões e cadastradas no MTur.

PROGER- Turismo – Capital de Giro

Antecipação de créditos de vendas realizadas com cartão de crédito ou desconto de cheques pré-datados.

Beneficiários: empresas da cadeia produtiva do setor de Turismo, e cadastradas no MTur.

E. Parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Banco do Brasil e o Ministério do Turismo.

PRONAF – Turismo Rural

O Programa tem por objetivo apoiar o desenvolvimento de projetos turísticos em propriedades familiares, tais como pousadas, restaurantes, locais de “pesque e pague” e cafés coloniais.

Beneficiários: produtores rurais enquadrados no PRONAF Grupos “C” e “D” (*), que possuam renda bruta anual acima de R$ 2 mil e até R$ 40 mil, sendo, no mínimo, 80% proveniente da atividade agropecuária e não agropecuária, assim considerados os serviços e atividades relacionados ao turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e com a prestação de serviços no meio rural; possua ou explore área de terra até 6 módulos fiscais, quando a atividade preponderante for a bovinocultura ou a ovinocaprinocultura; tenham o trabalho familiar como predominante.

PRONAF Agregar

O Programa visa apoiar projetos de investimento que contribuam para a agregação de renda à propriedade rural familiar, tais como a exploração do turismo rural, o desenvolvimento de produtos artesanais, bem como o beneficiamento, o processamento e a comercialização da produção agropecuária.

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Beneficiários: produtores rurais enquadrados no PRONAF Grupos “B”, “C” e “D” (*), que possuam renda bruta anual de até R$ 40 mil, sendo, no mínimo, 80% proveniente da atividade agropecuária e não agropecuária, assim considerados os serviços e atividades relacionados ao turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e com a prestação de serviços no meio rural; possua ou explore área de terra até 6 módulos fiscais, quando a atividade preponderante for a bovinocultura ou a ovinocaprinocultura; tenham o trabalho familiar como predominante.

Incentivos Estaduais e Municipais

Na região do Polo Costa dos Coqueirais não foram identificados programas ou ações de incentivo próprios do estado de Sergipe ou dos municípios envolvidos.

Como destaque da análise do ambiente institucional realizada, ressalta-se que, na esfera municipal encontram-se municípios enfraquecidos e com capacidade para a gestão do turismo ainda muito limitada. Esta realidade pode ser comprovada pela a ausência de dados sistematizados, inexistência ou falta da qualificação profissional para a gestão do turismo, fragilidade do ambiente de gestão e em relação ao empreendedorismo, envolvimento da sociedade local ainda incipiente. Este panorama aplica-se sobretudo aos doze municípios do Polo, excetuando, portanto, Aracaju, onde as condições institucionais apresentam-se com maior dinamismo e eficácia, ainda que requeiram também atenção em muitos aspectos.

.

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212

7. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS

Neste Capítulo busca-se analisar as condições ambientais vigentes no Polo Costa dos Coqueirais, de forma a identificar as suas características e fragilidades socioambientais mais relevantes e os principais riscos a considerar no processo de planejamento e ordenamento da atividade turística, abordando principalmente os aspectos relacionados à qualidade dos recursos e seus usos potenciais.

Figura 87. Localização do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.1. Condições Ambientais

7.1.1. Clima

De acordo com dados das normais climatológicas dos anos de 1961 a 1990 produzidos pela Estação Climatológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), intitulada “Aracaju”, o clima na região do Polo é denominado Subúmido, caracterizado por chuvas concentradas nos meses de abril a julho, somando totais anuais entre 1.400 a 1.600 mm/ano. Vide Figura 88.

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213

Figura 88. Índices de Precipitação na região do Polo Costa dos Coqueirais - 2011

Fonte: INMET, 2011

A temperatura média anual encontra-se entre 24ºC e 26ºC, sendo que as menores temperaturas ocorrem nos meses de julho e agosto - Figura 88. A umidade relativa do ar é praticamente constante ao longo de todo o ano, variando entre 75 e 85% (INMET, 2011) e a quantidade de insolação total chega a 2600 horas/ano, sendo que o período com as maiores taxas estão entre outubro e fevereiro, conforme Figura 89 e Figura 90, a seguir.

Figura 89. Temperatura na região do Polo Costa dos Coqueirais - 2011

Fonte: INMET, 2011

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Figura 90. Índices de insolação na região do Polo Costa dos Coqueirais - 2011

Fonte: INMET, 2011

Os ventos dominantes da região são de Leste (E), Sudeste (SE) e Leste-Sudeste (ESE), sendo que estes, além de influenciarem na dinâmica das marés, atuam na conformação das dunas móveis, principalmente no verão, época em que os ventos são mais fortes e o clima mais seco.

De acordo com o sítio da SEMARH – SE na internet, o monitoramento da qualidade do ar na Cidade de Aracaju é efetuado por meio de uma estação de amostragem manual composta por dois equipamentos que se encontram instalados nas dependências da Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe – CODISE.

A Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar instalada pela Adema é composta pelos seguintes equipamentos:

um amostrador de Grande Volume Com Controlador de Vazão (AGV PTS/CVV) – determinação de partículas totais em suspensão;

um amostrador de Pequeno Volume (OPSOMS) – determinação da concentração de SO2 e fumaça no ar.

A instalação desses equipamentos na proximidade da Rótula do Distrito Industrial de Aracaju – DIA, tem como finalidade a avaliação da qualidade do ar em um dos pontos mais críticos de emissões de poluentes atmosféricos na capital do Estado, seja proveniente dos veículos que por ali circulam ou pelas indústrias existentes na região.

Os pontos de controle climáticos relativos ao Polo Costa dos Coqueirais denotam vantagens para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, conforme Quadro 24:, a seguir:

Quadro 24: Uso potencial dos controles climáticos relacionados às atividades turísticas no Polo

Controle Ambiental Pontos Fortes

Precipitação Baixa taxa de precipitação durante a alta temporada de turismo (verão).

Temperatura Temperaturas amenas e agradáveis ao longo de todo o ano.

Insolação Muito sol, especialmente durante a alta temporada de turismo (verão).

Fonte: INMET, 2011

Desta forma, as condições climáticas favorecem as atividades turísticas, uma vez que é sempre mais agradável a realização de qualquer atividade, mesmo as ligadas a negócios e eventos, em localidades com clima ameno.

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215

7.1.2. Recursos Hídricos

De acordo com dados do IBGE, a área de estudo é drenada por rios perenes e intermitentes. Entre os principais rios perenes encontrados estão o rio Betume, Cotinguiba, Fundo, Guararema, Indiaroba, Itamirim, Japaratuba, Pagão, Paripe, Piauí, Piauitinga, Pitanga, Poxim, Poxim-Açú, Poxim-Mirim, Real, Sergipe, Siriri, Tejupeba e Vaza-Barris - Figura 91.

Além dos cursos d’água, na região pode ser encontrada grande extensão de áreas alagadas, formando lagoas perenes e intermitentes, na região denominada de “Pantanal” de Sergipe - Figura 91, Figura 92 e Figura 93.

Figura 91. Mapa hidrográfico do Polo Costa dos Coqueirais - IBGE – Carta 1:100.000

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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216

Figura 92. Curso d’água em Santo Amaro das Brotas e Rio Cotinguiba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 93. Lagoa Redonda – Pirambu e Pantanal de Pacatuba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Toda a rede de drenagem está inserida em seis bacias hidrográficas encontradas na região. Essas estão ilustradas na Figura 94 e são descritas a seguir.

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Figura 94. Mapa de bacias hidrográficas do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Rio São Francisco: A partir do seu afluente Xingó até a foz, o Rio São Francisco - Figura 95 - serve de limite entre os estados de Sergipe e Alagoas numa extensão de aproximadamente 236 km. Sua bacia ocupa 29% da superfície do Estado. Além da barragem e reservatório do Xingó e do extenso cânion, localizados no Polo Velho Chico, a foz do Rio São Francisco chama a atenção pela variedade de paisagens formadas pelo seu delta, que se inicia a jusante da cidade de Penedo - AL e se alarga em direção à praia, por onde se estende cerca de 35 km em território sergipano.

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218

Figura 95. Rio São Francisco

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Rio Japaratuba: Drena 8,4% da área do Estado. Tem sua nascente próxima a Gracho Cardoso e percorre 92 km até o Oceano Atlântico - Figura 96, com sua foz entre os municípios de Pirambu e Barra dos Coqueiros. Cerca de dois terços desta bacia pertencem ao clima de transição semiárido, com chuvas inferiores a 1.000mm e períodos secos de até cinco meses, fazendo com que esses aspectos reflitam diretamente na baixa vazão do rio.

Figura 96. Rio Japaratuba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Rio Sergipe: Drena cerca de 14,9% do Estado. O Rio Sergipe tem nascente na Serra da Boa Vista, na divisa com a Bahia. A cidade de Aracaju está localizada na sua margem direita, justo onde são lançadas suas águas no Atlântico, formando amplo estuário abraçado por Aracaju e por Barra dos Coqueiros - Figura 97. Os afluentes Poxim e Pitanga, da margem direita do Rio Sergipe, têm suas águas represadas e aproveitadas para o abastecimento da cidade de Aracaju.

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219

Figura 97. Rio Sergipe em sua foz, na cidade de Aracaju.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Rio Vaza-Barris: Nasce próximo a Canudos, na Bahia, e deságua entre São Cristóvão e Itaporanga d’Ajuda. Cerca de 70% de seu curso permanece seco durante a maior parte do ano, pois corta uma das regiões mais áridas do País, com médias anuais de chuva de 300mm. O Rio Vaza-Barris só é perene em seu baixo curso - Figura 98.

Figura 98. Rio Vaza-Barris

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Rio Piauí: Drena cerca de 32,5% da área de Sergipe. Nasce na Serra de Palmares, entre os municípios Simão Dias e Riachão do Dantas, e percorre cerca de 132 km até a foz - Figura 99. A maioria dos seus afluentes pode ser aproveitada para captação e abastecimento.

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220

Figura 99. Rio Piauí

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Rio Real: nasce na Serra do Tubarão, na Bahia, e serve de limite entre Sergipe e Bahia. Este rio tem sua foz junto com o Rio Piauí no Estuário do Mangue Seco.

A Tabela 63, a seguir, apresenta as áreas das bacias hidrográficas por município, de acordo com dados do Anuário Estatístico de Sergipe (1999 e 2002-2003).

Tabela 63. Área terrestre e área das bacias hidrográficas.

Município Área

Terrestre (Km

2)

Área Das Bacias (Km2)

São Francisco

Piauí Sergipe Vaza

Barris Real

Japara- Tuba

Aracaju 174,05 - - 78,98 72,12 - -

Barra dos Coqueiros

91,1 - - 87,6 - - -

Brejo Grande 149,95 131,1 - - - - -

Estância 642,3 - 651,2 - - - -

Indiaroba 313,57 - 94,2 - - 217,7 -

Itaporanga D'Ajuda

757,28 - 163,38 10,9 582,82 - -

Laranjeiras 162,53 - - 164 - - -

N. Senhora do Socorro

157,51 - - 156,1 - - -

Pacatuba 363,76 406,2 - - - - -

Pirambu 218,08 - - - - - 199

Santa Luzia do Itanhy

329,49 - 317,5 - - - -

Santo Amaro das Brotas

234,65 - - 209,66 - - -

São Cristóvão 437,43 - - 215 244,3 - -

Total do Polo 4.031,75 537,30 1.226,28 922,24 899,24 217,7 199

% Área Bacia/ Área Total

100 13,43 30,64 23,05 22,47 5,44 4,97

Fonte: Anuário Estatístico de Sergipe 1999 e 2002-2003

Como é incipiente a rede de coleta e tratamento de esgoto nos municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais, há um comprometimento da qualidade dos recursos hídricos especialmente pela poluição por efluentes e pela disposição inadequada de lixo, conforme ilustra a Figura 100, contaminando a drenagem superficial e o lençol freático. Nesse sentido, é necessária a urgente elaboração de plano de saneamento com a consequente instalação

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de rede de drenagem e esgoto, com respectivas estações de tratamento, além de adequada coleta e disposição final de resíduos sólidos11.

Figura 100. Lançamento de esgoto in natura e lixão a céu aberto.

Fonte: Technum Consultoria, 2011

Outro ponto importante no que diz respeito aos recursos hídricos é o assoreamento dos cursos d’água que, além de impossibilitar a navegação, é responsável pela formação de ilhas e bancos de areia nos rios e no mar - Figura 101.

Figura 101. Formação de bancos de areia no mar (a) e em rio (b).

Fonte: Technum Consultoria, 2011

A rede de drenagem e a rede hidrográfica pertinentes ao Polo Costa dos Coqueirais denotam vantagens para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, conforme Quadro 25:, a seguir.

Quadro 25: Uso potencial da rede hidrográfica relacionado às atividades turísticas.

Controle Ambiental

Pontos Fortes

Rede de

drenagem

A densa rede de drenagem existente na região do Polo possibilita o uso múltiplo das águas, fazendo com que a região seja mais desenvolvida e bem estruturada, além da promover a eficácia do abastecimento de água nos atrativos e equipamentos turísticos.

a existência de grande extensão de estuários e manguezais com grande potencial para o turismo, além das praias de rios.

11 Sobre essa questão, o Estado tem promovido esforços para criação de aterros sanitários

intermunicipais, dentro de um “Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos”.

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Controle Ambiental

Pontos Fortes

Bacias

hidrográficas

A localização estratégica do Polo, inserido em seis bacias hidrográficas diferentes, possibilita maior quantidade de água disponível, além de minimizar os problemas na qualidade e quantidade de água distribuída para a população e para o turismo, devido à variabilidade de fontes (bacias)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.1.3. Relevo

O Polo Costa dos Coqueirais é caracterizado por altitudes que variam de zero a aproximadamente 480 metros em relação ao nível do mar. Essa variação ocorre na direção leste-oeste, aumentando na medida em que se distancia do litoral em direção ao interior do continente, como mostra a Figura 102.

Figura 102. Mapa hipsométrico do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

No que diz respeito às feições de relevo encontradas, pode-se observar no mapa geomorfológico da Figura 103, que as principais são as descritas a seguir.

Page 245: polo costa dos coqueirais

223

Figura 103. Mapa geomorfológico do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Planície Costeira: estende-se de Norte a Sul da região e é formada por praias e dunas com altura de até 30 metros – Figura 104.

Figura 104. Planície costeira. Praia em Aracaju (a) e Dunas em Pirambu (b)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Page 246: polo costa dos coqueirais

224

Tabuleiros Costeiros: após a Planície Costeira, em direção ao interior, os tabuleiros aparecem formando morros e colinas - Figura 105.

Figura 105. Feições de relevo dos Tabuleiros Costeiros. Laranjeiras (a) e São Cristóvão (b)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

No que diz respeito aos pontos fortes dos controles hipsométricos e geomorfológicos relacionados às atividades turísticas, pode-se citar algumas feições de relevo existentes na região com potencial para exploração turística, como as grutas formadas em substratos calcários no município de Laranjeiras e a presença de paisagens na estrada de Pirambu para Brejo Grande, onde a beleza cênica é deslumbrante em função da presença de áreas alagadas, dunas, morretes etc - Figura 106.

Figura 106. Gruta em Laranjeiras (a) e vista da estrada de Pirambu para Brejo Grande (b).

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O relevo pertinente ao Polo Costa dos Coqueirais denota vantagens para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, conforme Quadro 26:, a seguir.

Quadro 26: Uso potencial do relevo relacionado às atividades turísticas

Controle Ambiental

Pontos Fortes

Hipsometria

As altitudes baixas no litoral, com aumento crescente em direção ao interior do continente, possibilitam ventos constantes, proporcionando um ambiente agradável. Além disso, a paisagem torna-se um atrativo para os turistas que têm o objetivo de contemplação.

Geomorfologia A existência da Planície Costeira, formada por praias e dunas, permite a exploração desses produtos turísticos na região. Já no interior, a presença dos tabuleiros costeiros com serras e colinas permite que essa parte também seja utilizada para o turismo no Polo.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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225

7.1.4. Solos

Os solos são formados sob influência direta da geomorfologia, geologia e do clima. Nesse contexto, segundo classificação da EMBRAPA, podem ser encontradas no Polo as classes pedológicas ilustradas na Figura 107 e descritas a seguir.

Figura 107. Mapa de solos do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A. Neossolos

Estão presentes em todo o litoral Sergipano. São solos ácidos, profundos, de baixa fertilidade. Drenam com rapidez toda a água que cai e devido à salinização dificultam o uso agrícola. Os coqueirais adaptam-se muito bem a este tipo de solo.

Os neossolos são considerados de baixa aptidão agrícola e o uso contínuo pode levá-los rapidamente à degradação. Práticas de manejo que mantenham ou aumentem os teores de matéria orgânica podem reduzir esse problema.

Por serem muito arenosos, com baixa capacidade de agregação de partículas, condicionada pelos baixos teores de argila e de matéria orgânica, esses solos são muito suscetíveis à erosão.

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Tendo em vista a grande quantidade de areia sobretudo naqueles em que a areia grossa predomina sobre a fina, há séria limitação quanto à capacidade de armazenamento de água disponível (solos bem drenados).

B. Argissolos

Compreende solos constituídos por material mineral e ocorrem em relevos suave ondulado e ondulado. A exposição desse solo, pela retirada da cobertura vegetal, deve ser criteriosa a fim de evitar uma intensificação descontrolada da erosão.

No que se refere ao potencial agrícola, o argissolo pode ser utilizado para lavoura, mas de forma restrita, sendo que a maior limitação é a baixa fertilidade e a suscetibilidade à erosão, relacionada à mudança textural. Quando sob relevo mais íngreme o problema se agrava.

São particularmente indicados para situações em que não é possível grande aplicação de capital para o melhoramento e a conservação do solo e das lavouras, o que é mais comum em áreas de agricultura familiar.

Problemas sérios de erosão são verificados, sendo tanto maior o problema quanto maior for a declividade do terreno.

C. Gleissolos

Ocorre em relevo plano de várzea. São solos constituídos por material mineral. O solo possui baixo teor de fósforo natural.

Apresentam sérias limitações ao uso agrícola, principalmente, em relação à deficiência de oxigênio (pelo excesso de água), à baixa fertilidade e ao impedimento à mecanização. Essa dificuldade é aumentada se o risco de inundação for frequente.

Por estarem em locais úmidos, conservadores de água, não se recomenda sua utilização para atividades agrícolas, principalmente, nas áreas que ainda estão intactas e nas nascentes dos cursos d água. O ambiente onde se encontram os gleissolos é muito importante do ponto de vista conservação do recurso água.

A drenagem dessas áreas pode comprometer o reservatório hídrico da região, particularmente, nas áreas onde se utiliza irrigação de superfície. A manutenção das várzeas é de suma importância para a perenização dos cursos d´água.

É interessante que os ambientes onde se encontram esses solos devem ser mantidos com o mínimo de interferência antrópica, uma vez que neles se concentram as reservas hídricas.

D. Latossolos

Ocorrem normalmente em relevo plano (declives de 0 a 3%) e suave ondulado (declives 3% a 8%) e, com menos frequência, em relevo ondulado (declives entre 8% a 20%). São profundos a muito profundos, com boa drenagem, mas com limitações referentes à permeabilidade e infiltração lenta. São solos minerais e não hidromórficos.

Apresentam importante limitação para uso agronômico, decorrente da baixíssima fertilidade natural, representada por reação muito ácida, comumente alta saturação por alumínio e valores muito baixos de soma e saturação de bases. Além disso, muitas vezes apresentam deficiência de micronutrientes. Contudo, com aplicações adequadas de corretivos e

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227

fertilizantes, aliadas à época propícia de plantio de cultivares adaptadas, obtêm-se boas produções.

Os latossolos apresentam amplo potencial para agricultura de sequeiro, pois mesmo com baixa fertilidade natural, ocorre em relevo suave ondulado que permite uma fácil mecanização e por isso são muito utilizados, após fertilização artificial.

Embora os latossolos possuam boas propriedade físicas, o manejo destes deve ser cuidadoso para evitar a sua degradação, devido principalmente ao decréscimo do nível de matéria orgânica e alteração da distribuição de poros (compactação), acarretando maior susceptibilidade à erosão.

E. Predisposição à Erosão dos Solos

Os solos não são estáticos, pelo contrário, encontram-se em estado de contínuas modificações. As enxurradas causadas pelas chuvas, os rios e os ventos desgastam a superfície da Terra, transportando lentamente as partículas do solo. No estado natural do solo, a vegetação cobre-o como um manto protetor, o que faz com que sua remoção seja muito lenta e, portanto, compensada pelos contínuos processos de formação do solo. No entanto, quando o homem se põe a cultivar a terra para o seu sustento, este equilíbrio benéfico pode ser rompido. Para cultivar o solo é necessário destruir sua cobertura vegetal e arar a camada superficial. Estas operações, quando efetuadas sem o devido cuidado apressam grandemente a remoção dos horizontes superficiais, promovendo a erosão acelerada.

Vale salientar que os solos existentes na região do Polo Costa dos Coqueirais devem ser devidamente manejados para que maiores problemas causados por erosão (voçorocas, erosão regressiva etc) não ocorram na área, especialmente os Neossolos e os Argissolos.

Na região do Polo deve-se atentar para a fragilidade dos solos arenosos, que possuem grande susceptibilidade à erosão. Atualmente podem ser observados diversos pontos onde os processos erosivos estão desenvolvidos, como nos municípios de Estância, Santo Amaro das Brotas e Itaporanga D’Ajuda - Figura 108.

Figura 108. Processos erosivos nos municípios de Estância e Santo Amaro das Brotas

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O solo pertinente ao Polo Costa dos Coqueirais denota vantagens para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, conforme Quadro 27:, a seguir.

Quadro 27: Uso potencial das características dos solos relacionados às atividades turísticas

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228

Classe de Solo Pontos Fortes

Argissolos A maior parte de área é composta por esse tipo de solo que permite a ocupação e o uso com algumas restrições relacionadas à erosão

Neossolos

A planície litorânea é praticamente inteira formada por Neossolos, o que permitiu a presença de dunas e praias. Esses solos devem ser bem manejados e quanto mais unidades de conservação criadas para a proteção dessas áreas, maior a possibilidade de manutenção das características ambientais que atraem o turismo

Latossolos As pequenas manchas de latossolos estão localizadas no limite extremo oeste da região e não são significativas

Gleissolso

Os Gleissolos estão localizados nas áreas de várzea e mangues da região e devem ser preservados proporcionando qualidade dos recursos hídricos, permitindo a visitação turística das áreas, além de proporcionarem a exploração sustentável do caranguejo para fins de culinária tradicional sergipana.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

F. Cobertura e Uso do Solo

Em função da configuração do relevo, solos, clima e hidrografia, os principais usos do solo/atividades econômicas encontrados na região são a pecuária, extração mineral (areia e argila), carcinicultura e piscicultura, pesca e pequenas lavouras de arroz e de subsistência - Figura 109.

Figura 109. Exemplo das atividades econômicas/uso do solo presente na região.

Carcinicultura em Barra dos Coqueiros

Piscicultura em Pacatuba

(continuação)

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229

Extração de areia em Barra dos Coqueiros

Plantação de arroz em Pacatuba

Pecuária em Estância

Pecuária em Santo Amaro das Brotas

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Como observado, a área de estudo é composta por um mosaico formado por formações vegetais e usos do solo distintos. A vegetação é caracterizada especialmente pelas fisionomias litorâneas Restinga, Campos de Dunas e Manguezais, descritos a seguir.

Campos de Dunas: compostos por vegetação herbácea, uma vez que a ação da brisa marinha impede o desenvolvimento de árvores. São encontrados ao longo do litoral, onde são identificadas plantas como a salsa-da-praia, feijão-da-praia e o capim gengibre. Os campos de dunas são expressivos nas áreas próximas à Ponta dos Mangues, no município de Brejo Grande; na Praia do Saco e Abais, ambas no município de Estância;

Restinga: vegetação baixa, arbustiva, xeromorfa e com moitas de espécies suculentas, muitas vezes separadas por tufos de gramíneas. São encontradas após os campos de dunas, principalmente na faixa costeira dos municípios de Pirambu e Pacatuba. Essa vegetação tem árvores de até quinze metros de altura e são comuns o cajueiro, oitizeiro, pitombeira, angelim e araçazeiro. A mata de restinga muitas vezes recobre faixas até de doze quilômetros de largura e serve para fixar as dunas móveis;

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230

Figura 110. Vegetação de dunas e restinga em Pirambu.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Manguezais: são as formações mais atingidas nos últimos anos. A madeira retirada é utilizada para a fabricação de carvão, construções civis, combustíveis para indústrias, panificadoras e restaurantes. Os manguezais vêm sendo aterrados para dar lugar à instalação de conjuntos habitacionais, rodovias e, principalmente, para a ampliação do espaço urbano. Essa é uma fitofisionomia bastante representativa no estado de Sergipe, especialmente nos estuários dos rios Piauí, Real e Rio Vaza-Barris - Figura 111.

Figura 111. Manguezal.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Estão presentes, ainda, fragmentos de Mata Atlântica, e áreas alagadas - Figura 112.

Figura 112. Mata Atlântica em Pirambu (a) e área alagada em Pacatuba (b).

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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231

É importante ressaltar que as fitofisionomias encontradas na região são todas protegidas por

leis federais e outros instrumentos, como:

Constituição Federal de 1988, artigo 225.

Lei Federal nº 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

Código Florestal – Lei nº 4.771/1965.

Lei Federal Nº 7.661/98, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro.

Resolução CONAMA nº 04/1985.

Decreto Federal nº 750/93, que dispõe sobre o corte, a exploração, a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica

A Figura 113 a seguir mostra os principais usos do solo encontrados no Polo Costa dos Coqueirais e indica a área das principais fitofisionomias.

Figura 113. Mapa de uso do solo do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A vegetação pertinente ao Polo Costa dos Coqueirais denota vantagens para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, conforme Quadro 28:, a seguir.

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Quadro 28: Uso potencial da vegetação relacionado às atividades turísticas

Controle Ambiental Pontos Fortes

Vegetação Litorânea (mangues, restingas e

campos de dunas)

As fisionomias litorâneas são recursos turísticos importantes e significativos, uma vez que têm grande potencial para atividades de ecoturismo (como os mangues), além de serem essenciais para a manutenção das dunas, paisagem com potencial de atrativo.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.2. Vulnerabilidade Ambiental do Polo Costa dos Coqueirais em Relação ao Desenvolvimento do Turismo

No que diz respeito à relação entre as fragilidades ambientais e o desenvolvimento das atividades turísticas, algumas observações são feitas e apresentadas no Quadro 29:, a seguir.

Quadro 29: Riscos ambientais em relação às atividades turísticas

Controle Ambiental Riscos em Relação às Atividades Turísticas

Clima As atividades turísticas, que são atividades localizadas, não afetam diretamente os aspectos climáticos (que são fenômenos regionais).

Recursos Hídricos

Possibilidade de aumento significativo no volume de esgoto in natura lançado nos cursos d’água devido ao aumento do número de turistas (tanto em casas de veraneio e hotéis, como nos atrativos turísticos).

Possibilidade de problemas com abastecimento de água caso o número de usuários aumente consideravelmente e ultrapasse a capacidade de carga do sistema.

Relevo As atividades turísticas, quando mal planejadas, podem causar prejuízos ambientais em paisagens frágeis, como, por exemplo, com a invasão de dunas e praias para a construção de condomínios de casas de veraneio.

Solos

Os impactos causados por atividades turísticas podem ser observados principalmente na abertura de áreas para construção de condomínios de casas de veraneio ou pousadas e hotéis, aumentando a área de solo exposto e a possibilidade de desenvolvimento de processos erosivos.

Cobertura vegetal

A cobertura vegetal sofre impactos causados por atividades turísticas principalmente pela retirada da vegetação nativa para a construção civil (casas de veraneio, hotéis, pousadas, restaurantes etc), além da exploração descontrolada, como a abertura de trilhas, a exploração dos mangues, entre outros.

Ressalta-se, ainda, quanto à preservação de vegetação protegida por Lei, especialmente no que diz respeito à necessidade de intervenção para contenção de invasão de mangues e áreas alagadas.

Uso do solo A falta de ações de fiscalização no uso e ocupação do solo pode oferecer riscos às atividades turísticas com a degradação dos recursos naturais e consequente perda dos valores cênicos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

É importante frisar que parte do litoral norte do Polo, adjacente às praias, apesar de possuir grande beleza cênica, é área de extrema fragilidade, fato assumido com a criação da Reserva Biológica de Santa Izabel. Devido a esse fato, a área deve continuar sem exploração turística como forma de contenção das ações antrópicas negativas no meio ambiente.

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233

7.3. Identificação e Avaliação dos Impactos no Meio Ambiente que já tenham sido causados por Atividades Turísticas ou que afetem essas Atividades

A identificação e avaliação dos impactos no meio ambiente que já tenham sido causados por atividades turísticas abordará os seguintes aspectos:

identificação e descrição de áreas degradadas, suscetíveis de ocupação ou em risco de deterioração, contemplando os fatores de degradação;

fatores que degradam o meio ambiente e que têm potencial de afetar as atividades turísticas.

Apesar de alguns municípios possuírem problemas específicos relacionados às atividades turísticas, todos apresentam problemas em comum, principalmente relacionados aos fatores que degradam o meio ambiente com potencial de afetar as atividades turísticas, como:

destinação incorreta dos resíduos sólidos;

queima de lixo a céu aberto;

invasão e aterro de mangues;

despejo de esgoto in natura nos cursos d’água;

supressão da vegetação nativa;

retirada de madeira dos manguezais;

ocupações irregulares.

A seguir, são elencados problemas específicos, além dos citados anteriormente, observados em alguns municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais. Os municípios de Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda, Santa Luzia do Itanhy, Santo Amaro das Brotas e Nossa Senhora do Socorro não possuem problemas ambientais específicos, além dos relacionados acima, com potencial de afetar atividades turísticas.

7.3.1. Problemas Específicos

A. ARACAJU

Em Aracaju os principais problemas ambientais relacionados à atividade turística são a abertura de novas áreas para construção de casas e condomínios de veraneio, o que compromete a cobertura vegetal nativa e aumenta a carga de resíduos sólidos e esgoto no meio ambiente.

Além desses, a falta de conscientização em relação ao lixo gerado na praia faz com que a orla, especialmente em finais de semana e feriados de sol, tenha acumulado grande quantidade de resíduos.

Na malha urbana, alguns aspectos que podem comprometer as atividades turísticas conforme a Figura 114:

esgoto a céu aberto correndo nos “canais” que cortam a cidade;

resíduos de construção civil em local inapropriado.

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234

Figura 114. Barracas na praia; resíduos de construção na margem do rio Sergipe; invasão de mangue; queima de lixo a céu aberto.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

B. BARRA DOS COQUEIROS

Em relação à exploração turística, o município de Barra dos Coqueiros tem sofrido com pressão imobiliária para abertura de novas áreas para construção de condomínio de casas de veraneio em locais inapropriados, áreas alagadas por exemplo, conforme Figura 115.

Figura 115. Abertura de novas áreas para construção de condomínios de casas de veraneio.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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235

Alguns outros aspectos que podem comprometer as atividades turísticas:

esgoto a céu aberto correndo nos “canais” que cortam a cidade;

esgoto lançado in natura diretamente nas praias;

erosão marinha;

ocupação indevida da orla marítima;

presença de animais em área urbana;

retirada de areia comprometendo a paisagem;

poluição sonora na Praia.

Em Barra dos Coqueiros tem-se ainda o Terminal Portuário Inácio Barbosa, que é um porto em offshore, ou seja, em águas profundas. Além da poluição causada pelo óleo dos navios e demais dejetos, a presença desse porto faz com que exista ocupação antrópica, principalmente com loteamentos irregulares, acarretando a existência de problemas comuns a ocupações sem planejamento, como por exemplo, ausência de esgotamento sanitário e disposição irregular de resíduos sólidos.

Figura 116. Ocupações irregulares nas margens do rio; “canal” com esgoto a céu aberto; Lixo; Animais em área urbana

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 117. Ocupações irregulares nas margens do rio; “canal” com esgoto a céu aberto; Lixo; Animais em área urbana

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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236

C. BREJO GRANDE

No que diz respeito à exploração turística, o município de Brejo Grande sofre principalmente pela falta de infraestrutura em todos os aspectos, como:

ausência de infraestrutura de saneamento ambiental;

vias de acesso precárias para povoados;

abastecimento com água de má qualidade;

ausência de infraestrutura turística, como porto ou marinha para barcos de turismo.

Na Figura 118 estão ilustrados outros aspectos que podem comprometer as atividades turísticas.

erosão marinha com a submersão de áreas - Povoado Cabeço;

atividades ligadas à aquicultura, rizinicultura e carcinicultura;

carvoarias.

Figura 118. Erosão marinha (Farol do Cabeço); Ocupação na margem do rio São Francisco

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

D. ESTÂNCIA

No município de Estância existem alguns problemas ambientais relacionados à atividade turística, especialmente os referentes à invasão de mangues/estuários para construção de casas de veraneio, contaminação das águas por atividades turísticas (bares e casas), invasão da orla para construção de casas e hotéis - Figura 119 -, falta de fiscalização de veículos nas dunas, ocupação irregular das dunas - Figura 120 -, entre outros.

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237

Figura 119. Invasão da orla com construções irregulares.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 120. Construção de estrada em duna; Tráfego irregular de veículos.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Na Praia do Saco, a presença do estuário dos rios Piauí e Real, a vegetação de mangue e as dunas compõem um patrimônio natural de grande beleza, no qual os atrativos turísticos paisagísticos contribuem no avanço do uso e ocupação do território de forma desordenada, que, associado à falta de medidas restritivas e de uma fiscalização eficiente contribuíram para a crescente e desordenada ocupação de construção de casas de veraneio (SEMARH – SE, 2004).

Alguns outros aspectos que podem comprometer as atividades turísticas também são demonstrados na Figura 121.

erosão marinha;

assoreamento no mar (Ilha da Sogra);

ocupações irregulares em lagoas e áreas alagadas;

poluição hídrica por esgoto e lixo doméstico e de estabelecimentos de turismo;

desmonte de dunas;

tráfego irregular de veículos (nas praias e dunas);

iluminação artificial em contradição com projeto de preservação das tartarugas marinhas.

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Figura 121. Invasão de lagoa para construção de casas de veraneio (a e b); Erosão marinha destruindo construções de veraneio e bares (c e d); erosão (e); Ilha da Sogra (f).

(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

E. LARANJEIRAS

Em Laranjeiras, os principais problemas ambientais que interferem ou podem interferir no desenvolvimento turístico foram citados anteriormente, mas além daqueles, é importante citar os problemas com assoreamento dos rios e a presença de grandes empresas de cimento, fertilizantes e usina de açúcar causam prejuízos ao meio ambiente na região -

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239

Figura 122 -. Outra ameaça existente na região é a possibilidade de destruição de grutas com potencial para exploração turística pelas empresas que extraem calcário.

Figura 122. Rio canalizado na sede municipal (a); Fábrica de cimento (b); rio assoreado (c); Lixo espalhado (d).

(a) (b)

(c) (d)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

F. PACATUBA

Em Pacatuba um dos maiores problemas ambientais é a presença de lixão a céu aberto, atraindo vetores de doenças, contaminando o solo e aquíferos e os cursos d’água - Figura 123.

Figura 123. Lixão e incinerador de lixo hospitalar

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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240

Além desse, existem problemas com a falta de consciência da população sobre a poluição

dos corpos d’água com a presença de animais para dessedentação e carcinicultura.

Figura 124. Lixo, esgoto e águas servidas nas ruas da sede municipal; Dessedentação de animais em curso d’água

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Existem, também, conflitos resultantes da criação da Reserva Biológica de Santa Izabel no litoral do município, que impede o aproveitamento da orla para atividades turísticas. Essa é uma área frágil e de interesse ambiental em função principalmente da presença de desovas de tartarugas marinhas e deve ser mantida preservada.

G. PIRAMBU

O município de Pirambu abriga a primeira base do Projeto Tamar para proteção da tartaruga marinha. Em função da presença das tartarugas marinhas que desovam no litoral, alguns aspectos negativos do turismo podem ser citados, como a presença de veículos na praia, excesso de iluminação na orla - fato que prejudica a desova das tartarugas - e demanda por expansão urbana - Figura 125.

Figura 125. Presença de veículos na praia (a); Cercado de incubação na praia(b)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Um aspecto importante de ser evidenciado é que, devido à presença do Tamar no município, existe uma atuação mais intensa do IBAMA na região, que influencia na gestão ambiental do município.

Um dos principais aspectos observados é relacionado à limitação de crescimento da cidade em função da presença da Reserva Biológica de Santa Izabel, que ocupa extensa faixa do

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241

litoral para proteção das áreas de desova das tartarugas marinhas. Além disso, qualquer expansão é acompanhada de perto pelo IBAMA, que sempre exige infraestrutura prévia etc.

Outro aspecto a ser citado sobre a influência do IBAMA na região é a dificuldade de acesso às fazendas, que antes era feita pela praia, e a dificuldade de escoamento da produção local pelos rios, pois antes era uma prática podar as árvores do mangue para passagem dos barcos, o que agora é fiscalizado mais intensamente.

No que diz respeito ao restante do município, um aspecto importante é a susceptibilidade à erosão em função do tipo de solo e a extração de areia, que compromete o acesso e a paisagem - Figura 126.

Figura 126. Extração de areia e processos erosivos no município de Pirambu

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Alguns outros pontos devem ser citados ainda:

despejo do esgoto de toda a cidade sem tratamento diretamente no mar;

ocupação irregular (loteamentos clandestinos);

presença de um atracadouro com capacidade para pequenas e médias embarcações, que na verdade serve como um entreposto pesqueiro, funcionando sem mínimas condições de infraestrutura;

erosão marinha;

uso e ocupação indiscriminados nas áreas de orla marítima;

derrame de Caxixe no Rio Japaratuba pelos produtores de cana-de-açúcar.

H. SÃO CRISTÓVÃO

No município de São Cristóvão existe uma grande demanda por novas áreas de ocupação, principalmente com loteamentos de classe média - Figura 127. Por ser muito próxima à

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242

capital do estado e ser uma cidade histórica, atrai esse tipo de público. Mas essas novas áreas têm como característica o desmatamento, aumento de pressão sobre os recursos hídricos e sobre os sistemas de saneamento, quando mal planejadas aumentam a possibilidade de erosão e assoreamento, entre outros aspectos.

Figura 127. Abertura de área para instalação de condomínio em São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Além desse fato, alguns outros problemas podem ser citados, como:

canalização de cursos d’água;

lixo espalhado pela cidade;

carcinicultura.

Figura 128. Lançamento de esgoto in natura; Canalização de curso d’água; Lixo a céu aberto; Carcinicultura.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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243

No município existem ainda grande número de granjas e fontes de água mineral, que podem ser comprometidas se houver contaminação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.

7.3.2. Necessidade de Reabilitação

A deficiência de ações estratégicas de planejamento e ordenamento territorial contribui para o surgimento de conflitos e impactos socioambientais.

No quadro a seguir é apresentada a síntese dos principais conflitos, os impactos negativos e as ações que podem ser efetivadas para minimização dos mesmos. Esses dados são provenientes, principalmente, de estudo elaborado pela SEMARH – SE, no âmbito do “Projeto Orla” (2004).

Quadro 30: Síntese dos principais conflitos, impactos negativos e as ações para minimização.

Problemas/Conflitos Impactos/Efeitos Ações

Disposição inadequada de lixo na praia

Empobrecimento da paisagem;

Diminuição da visitação;

Risco de contaminação aos usuários da praia;

Campanhas de sensibilização;

Distribuição de lixeiras ao longo da faixa de areia;

Recolhimento regular dos resíduos gerados;

Ausência de aterros sanitários

Contaminação do solo;

Empobrecimento da paisagem;

Proliferação de insetos e doenças;

Elaboração de Planos de gestão de resíduos sólidos;

Ausência de um sistema disposição adequada, coleta, destinação e tratamento do lixo

Contaminação dos recursos hídricos;

Perda do valor cênico da paisagem;

Diminuição da visitação;

Implantação de coleta de lixo, do tipo seletiva, gerando renda para a comunidade;

Disposição de lixeiras seletivas ao longo da área de orla;

Ações de Educação Ambiental;

Local adequado para disposição final destes resíduos;

Realização de obras de saneamento básico;

Poluição sonora na Praia Diminuição da visitação;

Desconforto entre a população local frente aos usuários da orla;

Estabelecimento de Padrões para o uso de som;

Campanha de sensibilização;

Fiscalização efetiva;

Invasão dos manguezais

Perda de biodiversidade;

Poluição dos recursos naturais;

Perda de potencial extrativista e pesqueiro;

Redução no rendimento das atividades produtivas;

Extinção de algumas espécies da fauna local;

Assoreamento dos canais de maré;

Perda da beleza cênica da paisagem;

Diminuição do potencial turístico;

Ações de Fiscalização;

Retirada de moradores de áreas irregulares;

Ocupações irregulares

Degradação ambiental;

Uso e ocupação desordenados em área de orla;

Contaminação do lençol freático;

Risco de deficiência no abastecimento

Pressão imobiliária;

Desordenamento urbano;

Clandestinidade no fornecimento de água e energia elétrica;

Regularização das ocupações existentes;

Fiscalização e autuação de novas invasões;

Ações de recuperação das áreas mais atingidas com a ocupação irregular;

Construção de rede de esgoto;

Fiscalização e exigência do cumprimento das normas para perfuração de poços;

Fiscalização quanto ao

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244

Problemas/Conflitos Impactos/Efeitos Ações

licenciamento ambiental para construção;

Regularização das edificações em situação não condizente com as legislação;

Construções em Após

Assoreamento / diminuição da vazão do rio;

Redução do potencial pesqueiro em determinadas áreas;

Interferência na paisagem natural

Erosão de talude (borda do rio);

Redução da calha do rio;

Prejuízos à qualidade da paisagem (perda do atrativo turístico);

Poluição da água

Restrição de acesso à área pública

Ações de fiscalização;

Ações de revitalização;

Remoção e recuperação ambiental

Falta de saneamento básico;

Contaminação dos recursos hídricos;

Prejuízos na reprodução natural de peixes e mariscos;

Perda de potencialidade turística;

Obras de saneamento;

Tratamento de esgoto;

Fiscalização por órgãos estaduais de Meio Ambiente;

Abastecimento irregular de água; água de má qualidade.

Entraves na realização de atividades de turísticas;

Má qualidade de vida da população local;

Melhorias nas condições de abastecimento;

Utilização de outras fontes de recursos hídricos;

Falta de pavimentação nas vias de acesso a alguns povoados

Dificuldades de locomoção por parte da população local;

Interferência no desenvolvimento do fluxo turístico;

Melhoria dos acessos;

Restrição de acesso às praia e aos rio.

Alteração na paisagem natural;

Poluição visual (diminuição dos atrativos turísticos);

Prejuízos às atividades de lazer.

Elaboração de Projeto de reordenamento da ocupação;

Proposição de novos padrões urbanísticos;

Sistema de fiscalização eficiente.

Falta de conscientização Ambiental por parte da população.

Depreciação dos recursos naturais. Atividades mais efetivas de

sensibilização ambiental;

Falta de divulgação da área conhecida como pantanal do Agreste.

Enfraquecimento as atividades turísticas;

Maior divulgação das potencialidades paisagísticas do município, dentro de uma perspectiva de turismo ecológico;

Relação da comunidade com o projeto TAMAR.

Impedimento na construção de casas em algumas áreas;

Atritos com a gestão institucional;

Impedimento de atividades pesqueiras a uma determinada distância da linha de costa;

Campanhas de aproximação e envolvimento da comunidade local e o projeto Tamar;

Problemas causados pela carcinicultura.

Devastação da flora do manguezal;

Contaminação da água, peixes e crustáceos pelos efluentes dos tanques;

Conflitos entre comunidade local e carcinicultores;

Conflitos com órgãos fiscalizadores;

Caráter exploratório da atividade;

Mortandade de peixes e caranguejos;

Conflito entre a população local e os carcinicultores, por conta da inacessibilidade às praias, rios e mangue, causada por essa atividade;

Desmatamento da vegetação de mangue;

Conflitos com órgãos fiscalizadores;

Contaminação das várzeas pelos

Ações efetivas de fiscalização;

Autuação das fazendas de camarão sem licenciamento ambiental;

Busca da minimização de impactos causados;

Efetivação na fiscalização;

Autuação dos produtores que se encontram em situação irregular;

Estruturação dos arranjos produtivos relacionados às atividades extrativistas;

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245

Problemas/Conflitos Impactos/Efeitos Ações

efluentes dos tanques de larvas;

Redução na produtividade de Taboa;

Uso de agrotóxicos nos áreas de cultivo.

Mortandade de peixes e caranguejos;

Contaminação da água dos canais de maré; Contaminação das áreas de várzea;

Contaminação de espécies de peixe;

Queda na produtividade pesqueira;

Efetivação em ações de fiscalização;

Utilização de produtos biodegradáveis;

Erosão e assoreamento nos estuários e orla.

Migração dos nativos e casas de veraneio;

Desordenamento territorial;

Assoreamento do rio e canais de maré;

Ações de ordenamento territorial (realocação dos desabrigados);

Revitalização da área;

Assoreamento dos rios. Redução do potencial pesqueiro;

Dificuldades no atracamento e deslocamento de embarcações;

Ações de revitalização;

Retirada Irregular de Taboa.

Desequilíbrio ambiental

Ações de Educação Ambiental na comunidades artesãos e piscicultores;

Regulamentação da atividade por parte da comunidade em conjunto com o poder público;

Poluição dos rios.

Redução do potencial pesqueiro;

Contaminação da água, peixes e população;

Prejuízos no potencial paisagístico;

Emperramento das atividades turísticas;

Campanhas de sensibilização;

Realização de obras de saneamento;

Fiscalização efetiva;

Destruição dos ecossistemas locais.

Perda das feições paisagísticas (dunas, manguezal e restinga);

Redução da biodiversidade (supressão da vegetação);

Degradação dos recursos naturais

Elaboração de Projeto de reordenamento da ocupação;

Cumprimento efetivo da legislação ambiental.

Apropriação dos recursos naturais de forma predatória.

Esmagamento dos ovos de tartaruga;

Pisoteamento e supressão da vegetação de restinga;

Modificação da paisagem natural.

Cumprimento efetivo da legislação ambiental.

Sistema de fiscalização eficiente.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.4. Vulnerabilidade Social do Polo Costa dos Coqueirais em relação ao desenvolvimento do turismo

No Estado de Sergipe existem 22 Comunidades Quilombolas reconhecidas pelo Instituto

Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA. No Polo Costa dos Coqueirais foram

mapeadas oito comunidades, num total de 2.384 famílias.

A tabela a seguir indica as comunidades existentes no Polo e o número de famílias

residentes dessas comunidades. A Figura 129 ilustra a localização dessas comunidades.

Tabela 64. Comunidades Quilombolas no Polo Costa dos Coqueirais.

Municípios Comunidades Número de Famílias

Barra dos Coqueiros Pontal da Barra 112

Laranjeiras Mussuca 503

Brejo Grande Brejão dos Negros (Brejão, Carapitanga, Resina e Brejo Grande)

486

Pirambu Alagamar 84

Aningas 150

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246

Municípios Comunidades Número de Famílias

Estância Curuanhas 53

Porto D'Areia 140

Santa Luzia do Itanhy Luzienses 856

Total de Famílias 2.384

Fonte: EXPANSÃO, Gestão em Educação e Eventos. Elaboração da Pesquisa Diagnóstica e Preparação do Programa de

Qualificação Profissional e Empresarial para o Polo de Turismo Costa dos Coqueirais, 2013.

Figura 129. Comunidades Quilombolas no Polo Costa dos Coqueirais.

Fonte: EXPANSÃO, Gestão em Educação e Eventos. Elaboração da Pesquisa Diagnóstica e Preparação do Programa de

Qualificação Profissional e Empresarial para o Polo de Turismo Costa dos Coqueirais, 2013.

As comunidades quilombolas têm formas próprias e distintas de organização social e

cultural que devem ser preservadas. Tendo em vista a preservação dessas comunidades no

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247

território do Polo Costa dos Coqueirais, ressalta-se a questão da vulnerabilidade

sociocultural.

Assim o desenvolvimento do turismo deve respeitar essa diversidade cultural dos

quilombolas, monitorando os possíveis impactos de modo a garantir a preservação de seus

traços culturais.

Ressalta-se que o programa voltado para a capacitação das comunidades existentes no

Estado e as ações para o atendimento das demandas específicas de cada comunidade

estão sendo elaborados pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de

Desenvolvimento Urbano – SEDURB e da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e

Desenvolvimento Social – SEIDES

7.5. Gestão Ambiental Pública

7.5.1. Órgãos e Instituições Públicas presentes na área

A. IBAMA

Possui sede na capital do estado, Aracaju.

B. EMDAGRO

Criada no ano de 1962 com a denominação de ANCAR-SE passando, posteriormente, a receber ao longo dos anos denominações outras: EMATER-SE, EMDAGRO, DEAGRO e atualmente EMDAGRO, por força de reformas administrativas ocorridas a nível estadual.

Tem como missão Contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar e expansão do agronegócio do Estado de Sergipe, atuando nas áreas de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa, Defesa Agropecuária e Ações Fundiárias, para assegurar o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da sociedade.

C. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - SEMARH, órgão de natureza operacional da estrutura organizacional básica da Administração Pública Estadual, é o resultado da transformação da antiga SEMA que, com base na lei nº 6.130, de 02 de abril de 2007, incorporou às atribuições de meio ambiente o conjunto de ações do gerenciamento dos recursos hídricos do Estado.

A partir de 1989 o meio ambiente foi incorporado no nome e nas competências de algumas Secretarias de Estado, numa nítida preocupação dos governantes de então com a questão ambiental.

A lei nº 4.749, de 17/01/03, recria a Secretaria de Estado do Meio Ambiente; e lei nº 6.130, de 02/04/2007, incorpora ao meio ambiente toda a estrutura de recursos hídricos e transforma a SEMA em SEMARH – somente neste governo é que o segmento ambiental passou a ter uma Secretaria de Estado efetivamente voltada para a gestão dos recursos naturais, cuidando do meio ambiente e seus ecossistemas associados e dos recursos hídricos, assim entendido as águas subterrâneas e superficiais.

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248

D. Superintendência de Qualidade Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental

É um órgão de subordinação direta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH que tem, entre outras competências, propor políticas, normas e estratégias e promover estudos, visando o desenvolvimento sustentável; coordenar e acompanhar a implementação da Agenda 21 estadual e estimular os municípios para elaboração e implementação de Agendas locais; coordenar a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico - ZEE no estado; promover a adoção de tecnologias sustentáveis; promover o desenvolvimento de estatísticas ambientais e indicadores de desenvolvimento sustentável; promover estudos, normas e políticas voltadas para a Educação Ambiental.

Entre os principais projetos encontram-se:

Agenda Ambiental da Administração Pública - A3P

Plano de Ação Estadual de Combate à desertificação e mitigação da seca

Projeto "Praça Verde"

Projeto "Água Doce"

Zoneamento Agroecológico do Estado de Sergipe (ZAESE)

Campanha de Combate ao Caramujo Gigante Africano

E. Superintendência de Áreas Protegidas, Biodiversidade e Florestas (SBF)

Órgão de proposição e gestão de políticas voltadas à proteção da biodiversidade, favorecendo a utilização sustentável dos recursos florestais, faunísticos e pesqueiros, com gestão eficiente e integrada ao sistema de governança ambiental do estado.

Tem como principais atribuições propor políticas e normas e definir estratégias nos distintos biomas do estado nos temas relacionados à valorização, conservação da biodiversidade e uso sustentável dos recursos florestais, faunísticos e pesqueiros, favorecendo a participação e repartição dos benefícios para a sociedade.

Tem como principais projetos:

Criação de Unidades de Conservação;

Elaboração dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação Estaduais;

Implementação da Gestão Florestal do Estado de Sergipe;

Gestão e Manejo de Unidades de Conservação Estaduais;

Formulação de Políticas Ambientais;

Criação de Instrumentos Econômicos para o Desenvolvimento Sustentável;

Apoio à Implementação de Técnicas Alternativas Voltadas ao Desenvolvimento Sustentável.

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249

F. Superintendência de Recursos Hídricos (SRH)

Composta por:

Gerência de Planejamento e Coordenação de Recursos Hídricos;

Gerência de Administração e Controle de Recursos Hídricos.

G. Conselhos

São órgãos que congregam representações diversas da sociedade, segundo a natureza da representação, e cujas decisões são tomadas por maioria de seus membros. Integram a estrutura organizacional da SEMARH os seguintes órgãos colegiados:

Conselho Estadual do Meio Ambiente (CEMA)

O Conselho Estadual do Meio Ambiente, sucessor do Conselho Estadual de Controle do Meio Ambiente (CECMA), é o órgão consultivo, normativo e deliberativo do Sistema Estadual do Meio Ambiente, integrante da estrutura organizacional da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, que tem por finalidade, assessorar o Governo do Estado na formulação da política ambiental, propondo diretrizes para o meio ambiente e editando normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida. Reúne-se ordinariamente todos os meses e em caráter extraordinário, sempre que necessário, sendo suas deliberações traduzidas em forma de Resolução, publicada no Diário Oficial do Estado de Sergipe.

Competências:

colaborar na elaboração de proposições governamentais que visem a preservação ambiental;

propor diretrizes, prioridades e instrumentos de políticas estaduais relacionados ao meio ambiente;

avaliar e julgar recursos administrativos interpostos na área ambiental;

editar normas de procedimentos administrativos decorrentes da política ambiental do Estado;

deliberar as matérias que lhe são afetas.

Composição: O Plenário do CEMA é presidido pelo Vice-Governador do Estado e integrado pelos representantes das instituições a seguir indicadas.

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;

Secretaria de Estado da Educação;

Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário;

Secretaria de Estado da Saúde;

Secretaria de Estado da Infraestrutura;

Administração Estadual do Meio Ambiente;

Instituto Tecnológico e de Pesquisas de Sergipe;

Governo do Estado, com 2 representantes;

Universidade Federal de Sergipe;

Ordem dos Advogados do Brasil / Seccional de Sergipe;

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Federação das Indústrias do Estado de Sergipe;

Ministério Público Estadual;

Assembleia Legislativa de Sergipe;

Organização Não Governamental ambientalista;

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, como convidado;

Capitania dos Portos de Sergipe, como convidado;

Polícia Militar de Sergipe, como convidado;

Mais dois representantes da comunidade participam do Conselho como convidados, sendo que um deles é responsável pela Secretaria Executiva do CEMA.

Legislação: O CEMA, integrante da estrutura da SEMARH e assim denominado conforme disposição da lei nº 5.057/03, sucedeu o CECMA, que foi criado pela lei nº 2.181/78, como órgão da estrutura da Administração Estadual do Meio Ambiente, sofrendo alterações através das leis nos 2.578/85 e 3.090/91.

Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CONERH)

O Conselho Estadual de Recursos Hídricos, órgão de coordenação, fiscalização e deliberação coletiva, de caráter normativo e de recurso e arbitramento do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, integrante da estrutura organizacional da SEMARH. Tem por finalidade o exercício das competências a seguir elencadas:

promover a articulação do planejamento de recursos hídricos de domínio do Estado com os de níveis nacional, regional, estadual e dos setores usuários;

aprovar o Plano Estadual de Recursos Hídricos e encaminhá-lo ao Conselho Nacional para integrar o Plano Nacional de Recursos Hídricos;

acompanhar a execução do Plano Estadual de Recursos Hídricos e determinar providências necessárias ao cumprimento de suas metas;

atuar, como instância de recurso, nos conflitos existentes entre Comitês de Bacias Hidrográficas e entre estes e usuários de água;

deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos que extrapolem o âmbito de um Comitê de Bacia Hidrográfica;

deliberar sobre as questões que lhe tenham sido encaminhadas pelos Comitês de Bacia Hidrográfica;

aprovar propostas de criação de Comitês de Bacia Hidrográfica e Agências de Água, estabelecendo critérios gerais para elaboração de seus regimentos internos;

analisar e manifestar-se sobre propostas de alteração da legislação pertinente a recursos hídricos e Política Estadual de Recursos Hídricos e respectivo Sistema de Gerenciamento;

estabelecer critérios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hídricos;

estabelecer critérios gerais sobre a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

aprovar o Regimento Interno;

apreciar o relatório anual sobre a situação dos Recursos Hídricos no Estado de Sergipe e promover, se for o caso, a divulgação e a tomada de providências julgadas necessárias;

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251

expedir atos referentes ao exercício de sua finalidade, suas competência e suas atribuições;

exercer outras funções, inclusive estabelecer diretrizes complementares para implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos, bem como as atribuições que lhe forem delegadas, compatíveis com a sua finalidade e as suas competências;

manifestar-se sobre outros assuntos relativos a recursos hídricos, que sejam submetidos à sua apreciação.

Composição: O Plenário do CONERH é presidido pelo Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos e integrado pelos membros a seguir relacionados.

representantes do Poder Executivo Estadual:

Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;

Secretário de Estado do Planejamento;

Secretário de Estado da Infraestrutura;

Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário;

representantes do Poder Executivo Municipal:

um Prefeito representando a Bacia Hidrográfica do rio Sergipe;

um Prefeito representando a Bacia Hidrográfica do rio Piauí;

um Prefeito representando a Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba;

um representante do Poder Legislativo Estadual;

um representante do Ministério Público Estadual;

Representantes de usuários, de entidades da sociedade civil, ligadas a recursos hídricos e de ensino e pesquisa:

um representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA);

um representante eleito entre as entidades de ensino e pesquisa, legalmente constituídas no Estado;

um representante eleito entre as associações ligadas à aqüicultura, legalmente constituídas no Estado;

um representante eleito entre as associações de usuários irrigantes, legalmente constituídas no Estado;

um representante eleito entre as associações para proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, legalmente constituídas no Estado;

um representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Piauí;

um representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba;

um representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Sergipe.

Legislação: O CONERH, criado pela lei nº 3.870/97 e regulamentado através do Decreto nº 18.099/99, é integrante da atual estrutura organizacional da SEMARH, conforme disposição da lei nº 6.130/07.

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Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe (Cogef)

O Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe, órgão de gestão e deliberação, e coordenação, acompanhamento e avaliação das atividades e ações implementadas com a aplicação dos recursos do FUNDEMA/SE, integrante da estrutura organizacional da SEMARH. Tem por finalidade o exercício das competências a seguir elencadas:

gerir as atividades do FUNDEMA/SE nos termos da legislação vigente;

aprovar o Plano de Aplicação e definir a política geral de aplicações de recursos financeiros do Fundo;

interagir com setores competentes no sentido de conseguir e/ou assegurar recursos orçamentários e financeiros necessários à consecução da finalidade do Fundo;

acompanhar e avaliar as atividades e ações implementadas e/ou desenvolvidas com a aplicação ou utilização dos recursos do Fundo, assim como das respectivas contas;

promover a elaboração dos devidos informes, relatórios e documentos de prestação de contas e o encaminhamento aos órgãos de controle e fiscalização, como Secretário de Estado da Fazenda, Controladoria Geral do Estado e Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, observadas a legislação e as normas regulares pertinentes;

aprovar os critérios e as diretrizes e prioridades para a atuação do Fundo.

Composição: O Plenário do COGEF é presidido pelo Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos e integrado pelos membros a seguir relacionados.

Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;

Secretário de Estado do Planejamento;

Secretário de Estado da Fazenda;

Diretor-Presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente;

um representante do Conselho Estadual do Meio Ambiente;

um membro designado de livre escola pelo Governador do Estado.

Legislação: O COGEF, criado pela lei nº 5.360/04, é integrante da atual estrutura organizacional da SEMARH, conforme disposição da lei nº 6.130/07.

H. Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga de Sergipe (CERBCa/SE)

O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga no Estado de Sergipe, é uma instância colegiada de caráter consultivo, funcionando junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH), estruturado na forma de subunidades de trabalho, com Coordenação-Geral, Vice-Coordenação, Secretaria Executiva e Plenário, tendo por finalidade precípua, assegurar e coordenar a implantação da Reserva da Biosfera da Caatinga no Estado, com base nos princípios e diretrizes delineados pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga, e de promover ações que objetivem a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável e o conhecimento científico do bioma em Sergipe.

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Competências:

elaborar e aprovar o seu Regimento Interno, submetendo à homologação do Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;

representar e apoiar as atividades do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga, desenvolvidas no Estado de Sergipe;

assegurar e coordenar a implantação da Reserva da Biosfera da Caatinga em Sergipe, estabelecendo as suas diretrizes e estratégias de ação;

promover a divulgação dos princípios da Reserva da Biosfera da Caatinga;

organizar e coordenar o sistema de gestão da Reserva da Biosfera da Caatinga em Sergipe, em consonância com as diretrizes fixadas pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga;

elaborar, de forma participativa, o Plano de Ação Estadual da Reserva, propondo prioridades, metodologias, parcerias e áreas de atuação;

fomentar estudos e projetos visando à conservação do patrimônio natural e cultural, estimulando o desenvolvimento sustentável e o conhecimento científico da Reserva da Biosfera da Caatinga;

manifestar-se sobre programas, projetos e empreendimentos significativos na área da Reserva da Biosfera da Caatinga em Sergipe;

promover a articulação entre instituições com vistas à captação de recursos internos e externos para projetos de conservação, pesquisa e desenvolvimento da Reserva da Biosfera da Caatinga em Sergipe;

colaborar para o aprimoramento da legislação e de políticas públicas na área da caatinga e seus ecossistemas associados;

incentivar e apoiar a implantação de unidades de conservação, públicas e privadas;

selecionar e propor o estabelecimento de áreas-piloto da Reserva da Biosfera da Caatinga e homologar as já existentes, visando ao desenvolvimento de projetos-modelo que proporcionem a implantação da mesma Reserva através de ações regionalizadas;

avaliar e aprovar as propostas de criação de postos avançados da Reserva da Biosfera da Caatinga;

analisar e aprovar projetos na área da Reserva da Biosfera da Caatinga, a serem encaminhados ao Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga – CNRBCA, para fins de concessão de apoio financeiro;

promover a realização de diagnósticos socioambientais nas áreas da Reserva, de modo a embasar as ações prioritárias;

incentivar a realização de pesquisas científicas no bioma Caatinga, no âmbito da Reserva;

promover o desenvolvimento, a divulgação e o monitoramento de instrumentos e incentivos voltados à conservação e à recuperação ambiental na área da Reserva da Biosfera da Caatinga;

atuar, em conjunto com Estados vizinhos, com referência a questões pertinentes à Reserva em áreas limítrofes;

incentivar e apoiar programa de melhoria da qualidade de vida da população local, especialmente nas áreas de saúde, saneamento, educação e geração de renda, com a implementação de alternativas de desenvolvimento sustentável;

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propor e apoiar o tombamento do patrimônio ambiental e cultural, nas esferas estadual e federal, nas áreas de caatinga e ecossistemas associados, no âmbito da Reserva.

Composição: O Plenário do CERBCa/SE é composto pelos membros a seguir relacionados, sendo um dos quais Coordenador-Geral eleito pelo Plenário:

representantes de órgãos e entidades governamentais:

um representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;

um representante da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário;

um representante da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe;

um representante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis;

um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária;

um representante de Prefeitura Municipal, cujo Município esteja localizado na área do bioma da Caatinga.

representantes da sociedade civil:

um representante de Instituição de Ensino Superior com atuação técnico-cientifica na área do bioma da Caatinga;

um representante do Instituto Xingó, como centro de desenvolvimento científico, tecnológico e de produção da região semi-árida;

um representante de organização não-governamental com fins socioambientais e atuação na área da Reserva;

um representante de movimentos sociais com atuação direta no ecossistema Caatinga;

um representante dos trabalhadores rurais com foco na conservação da Caatinga e no combate à desertificação;

um representante de Instituição Financeira Oficial com atuação na área do bioma Caatinga.

Legislação: O CERBCa/SE foi criado pelo decreto estadual nº 24.039/06, e funciona junto da SEMARH.

I. Administração Estadual do Meio Ambiente – ADEMA

A Administração Estadual do Meio Ambiente é uma Autarquia Estadual criada pela Lei nº 2.181, de 12 de outubro de 1978, que veio ser alterada pela Lei 5.057, de 07 de novembro de 2003, e que possibilita a execução das políticas estaduais relativas ao meio ambiente.

Tem autoridade de licenciar atividades e empreendimentos no estado.

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J. Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO

A empresa é responsável pelo abastecimento de água, pela rede e o tratamento de esgoto do município.

K. Polícia Militar Ambiental – PPAmb

O Pelotão de Polícia Ambiental foi criado em 23 de março de 1996, fundamentado na Lei nº 3.511 de 17 de agosto de 1994, combinada com a Lei nº 3.696 de 15 de março de 1996.

O Pelotão de Polícia Ambiental objetiva a proteção e preservação do meio ambiente e recursos naturais existentes no Estado de Sergipe, apoiando e auxiliando os órgãos ambientais competentes como Ibama, Adema e organizações-não-governamentais.

A fim de assegurar a preservação ambiental, o PPAmb atua na fiscalização das áreas preservadas, coibindo de maneira repressiva e inibidora as ações delituosas e depredadoras do meio ambiente, tais como desmates de manguezais, caça e pesca ilegais em especial as espécies nativas e/ou ameaçadas de extinção, poluição ambiental, entre outras situações. O Pelotão de Polícia Ambiental se presta também como um veículo conscientizador da população, sobre a necessidade de preservação dos ecossistemas do nosso Estado, para a melhoria da qualidade de vida.

L. Promotoria de Justiça - Núcleo do Meio Ambiente, Urbanismo, Patrimônio Social e Cultural

Exerce suas atribuições na área de defesa do Meio Ambiente, Urbanismo, Patrimônio Histórico e Cultural, Bens de Valor Turístico e Paisagístico.

7.5.2. Organizações da Sociedade Civil e do Estado

Várias são as organizações que atuam no município, trabalhando em parceria com o estado. Entre elas pode-se citar:

A. Projeto TAMAR

O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980, pelo antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal-IBDF, que mais tarde se transformou no Ibama-Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Hoje, é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha e serve de modelo para outros países, sobretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho socioambiental.

O Projeto Tamar/ICMBio é co-administrado pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Fundação Pró-Tamar, instituição não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1988 e considerada de Utilidade Pública Federal desde 1996.

A Fundação foi criada para executar o trabalho de conservação das tartarugas marinhas, como responsável pelas atividades do Projeto Tamar nas áreas administrativa, técnica e

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científica; pela captação de recursos junto à iniciativa privada e agências financiadoras; e pela gestão do programa de auto-sustentação. Essa união do governamental com o não-governamental revela a natureza institucional híbrida do Projeto.

O Tamar conta com patrocínio nacional da Petrobras, apoios e patrocínios regionais de governos estaduais e prefeituras, empresas e instituições nacionais e internacionais, além de organizações não-governamentais. Mas é fundamental, sobretudo, o papel das comunidades onde mantém suas bases e da sociedade civil em geral, que participa e ajuda o Projeto, individual ou coletivamente.

No Polo Costa dos Coqueirais existem três bases do projeto Tamar:

Abais: A base do Abais, no extremo sul de Sergipe, fica entre as praias da Caueira, em Itaporanga D’Ajuda, e a do Abais, que pertence ao município de Estância. Monitora 36Km de praias, desde a foz do rio Real, ao sul, até o Vasa Barris, ao norte. Está inserida na APA Estadual do Litoral Sul. Nas praias de Boa Viagem, Abais e Caueira registra-se intensa atividade reprodutiva das espécies oliva (Lepidochelysolivacea) e cabeçuda (Carettacaretta) e de pente (Eretmochelysimbricata) - as duas últimas em menor proporção. As praias não têm pedras ou costões, facilitando o monitoramento e a localização de cerca de 1.500 desovas que geram 65 mil filhotes a cada temporada reprodutiva.

Ponta dos Mangues: Esta base fica no extremo norte da Reserva Biológica de Santa Izabel, em Sergipe, e tornou-se independente de Pirambu a partir de 1989. É responsável pelo monitoramento de 36km de praias, sendo 15 pertencentes à reserva, ao sul, e 21km ao norte, até a foz do rio São Francisco, na divisa com o Estado de Alagoas. Além da tartaruga-oliva (Lepidochelysolivacea), há intensa atividade reprodutiva da tartaruga-cabeçuda (Carettacaretta). A base protege mais de 1.600 desovas e cerca de 78 mil filhotes por temporada.

Pirambu: Pirambu foi a primeira base do Tamar instalada no Brasil, em 1982. Monitora 53km de praias e protege quase 2.400 desovas e 106 mil filhotes, a cada temporada. Cerca de 80% são da espécie oliva, a menor entre as tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, também conhecida na região como tartaruga pequena, com comprimento curvilíneo de casco entre 70 e 74cm. Logo que a base foi criada, todas as desovas precisavam ser transferidas para cercados de incubação para não serem danificadas. Hoje, 70 por cento das desovas permanecem nos locais de origem, sem riscos de agressão pelo homem, graças ao grande envolvimento dos pescadores e da comunidade no trabalho de conservação das tartarugas marinhas. Pirambu é município de Sergipe desde l965. Fica a 80 quilômetros de Aracaju e sedia a Coordenação Regional do Projeto Tamar-ICMBio de Sergipe e Alagoas. Atualmente a base encontra-se dentro da Reserva Biológica de Santa Izabel.

Oceanário de Aracaju: O Oceanário de Aracaju, inaugurado em junho de 2002, tem capacidade para receber até 300 pessoas ao mesmo tempo e alcança a marca de aproximadamente 120 mil visitantes/ano. Primeiro do Nordeste e quinto do Brasil, foi criado, construído e é mantido e administrado pela Fundação Pró-Tamar, através da coordenação regional do Projeto Tamar em Sergipe. Instalado na praia da Atalaia, a 500m do mar, ocupa 141 mil m2 de área cedida pelo Governo Federal, através de contrato de cessão entre o Serviço de Patrimônio da União e a Fundação Pró-Tamar. Tem área construída de 1.700 m², na forma de uma tartaruga gigante, com a cobertura em eucalipto e piaçava. É mais um atrativo turístico de Aracaju, destacando-se na moderna e revitalizada Orla de Atalaia, entre espelhos d’água com pontes, calçadão, ciclovia e espaço para exposições, shows e esportes aquáticos. Através de atividades regulares, como visitas orientadas, palestras e exposições, favorece a sensibilização de moradores e visitantes para a preservação do ecossistema marinho e das riquezas do rio São Francisco. Através de palestras, mostras de vídeo e aulas ao vivo junto aos aquários, os visitantes aprendem sobre o

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ecossistema do litoral sergipano, além de conhecer diversas espécies de animais marinhos.

B. Organização Sócio-Ambiental PROCRIAR

Organização sem fins lucrativos que tem como objetivo o desenvolvimento de projetos relacionados com os aspectos sociais e preservação ambiental associada ao desenvolvimento sustentável das populações da zona costeira sergipana, conforme discriminações abaixo relacionadas:

viabilizar a implantação de recifes artificiais para desenvolver em curto e médio prazos novos habitats para o recrutamento e colonização da fauna e flora marinhas da região;

viabilizar a pratica de atividades subaquáticas, esportiva e recreacional, associada a uma visão ecológica e ambiental adequadas, estimulando o fluxo turístico sustentável para a região;

levantamento e coleta de informações e dados sociais, culturais, científicos e ambientais da costa sergipana;

motivar e estabelecer convênios com entidades governamentais ou não governamentais, nacionais e estrangeiras nos âmbitos cultural, científico, educacional e congêneres, com interesses similares à PROCRIAR, para o desenvolvimento de projetos comuns, troca de informações, tecnologia e conhecimentos, para realização de pesquisas, trabalhos de campo, exposições, palestras e cursos, sempre ligados ao interesse desta PROCRIAR;

defender, dentro das formas da lei, os interesses das populações da Zona Costeira Sergipana, nos âmbitos nacionais e internacionais, conforme convênios e/ou acordos assinados entre Associações Comunitárias e essa PROCRIAR;

elaborar, debater e implantar projetos do interesse das populações da Zona Costeira Sergipana, sempre com a participação das mesmas, através de suas Associações Comunitárias;

o desenvolvimento de auditoria ambiental, inclusive Estudo e Relatórios de impacto ambiental ( EIAs/RIMAs );

organização das populações costeiras para a constituição de núcleos comunitários que possam reivindicar e exercer seus plenos direitos quanto à melhorias de padrão de vida e condições ambientais;

desenvolver trabalhos, sempre nos interesse das populações da Zona Costeira, nas áreas a seguir: Antropologia, Arquitetura, Artes, Economia, Educação Ambiental, Esportes, Estatísticas, Saúde, Condições Sanitárias, Manifestações Artísticas, Sociologia, Turismo Sustentado, Agronomia, Biologia, Cartografia, Ecologia, Engenharia, Física, Geologia, História, Pesca, Meteorologia, Veterinária e Geografia;

promoção da divulgação direta e indireta dos trabalhos realizados e em curso, através da publicação à eles relativa, através das mídias: Impressa ( livros, imprensa, relatórios, revistas, manuais, apostilas, exposições ); Eletrônica ( Internet, cd-rom etc.); Documentários ( filmes, vídeos ); Palestras; Relatórios;

comercialização de bens e serviços relacionados aos seus objetivos e atividades bem como artigos promocionais.

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7.5.3. Políticas Públicas e Programas de Gestão Ambiental Instalados ou Desenvolvidos na Área

Fundos Socioambientais no Estado de Sergipe

Os fundos socioambientais são instrumentos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), criados por lei com a finalidade e apoiar projetos de meio ambiente, recursos hídricos, proteção de florestas, controle da poluição, saneamento e reparação de direitos difusos lesados.

Através da lei nº 3.870, de 25 de setembro de 1997, o Estado de Sergipe criou o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FUNERH), regulamentado pelo Decreto nº 19.079, de 05/09/2000, como um dos instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos, com o objetivo de assegurar os meios necessários à execução das ações relacionadas com o gerenciamento da água no Estado.

Apesar das dificuldades para funcionamento pleno, o FUNERH ao longo de sua existência, apoiou com recursos financeiros como contrapartida do Estado a projetos do PRÓÁGUA Semi-Árido voltados à iniciativas de proteção dos mananciais sergipanos e a ampliação e fortalecimento dos sistemas de abastecimento de água do Estado.

Em 2004, por força da lei nº 5.360, de 04 de junho, foi constituído o Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe (FUNDEMA/SE), criado nos termos do art. 232, § 5º, da Constituição Estadual, com a finalidade de implementar a Política Estadual de Meio Ambiente através de ações de defesa e preservação do meio ambiente abrangendo a prevenção, recuperação e melhoria da qualidade ambiental no Estado.

Como a maioria dos fundos estaduais, o FUNDEMA/SE ainda não entrou em funcionamento por conta da falta de regulamentação e de definições claras sobre as formas de apoio a projetos, bem como por carência de recursos financeiros suficientes para o cumprimento da sua missão.

Tanto o FUNERH quanto o FUNDEMA/SE, como órgãos com vinculação institucional à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, estão sendo objeto de reestruturação e fortalecimento para o pleno funcionamento em prol da efetivação das políticas de meio ambiente e de recursos hídricos no âmbito do Estado de Sergipe.

7.5.4. Programas Integrantes do Planejamento Estratégico do Estado

A. Programa Estratégico de Educação Ambiental

A preocupação em preservar o meio ambiente do Estado tem proporcionado ações ora isoladas, ora em parceria, tanto por iniciativa do IBAMA quanto da Adema, já que ambas as instituições possuem núcleos específicos para desenvolver ações e atividades de educação ambiental. O objetivo desse programa estratégico é ampliar o conhecimento e a participação da sociedade na gestão ambiental.

Principais Projetos:

Capacitação Continuada para a Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos, através Cursos, Seminários, Oficinas e afins;

Eventos para Construção da Cidadania Ambiental, através da realização de Fóruns Meio Ambiente em Debate, Semana da Água, Olimpíada Ambiental, Semana do Meio Ambiente, Conferências de Meio Ambiente, Semana da Caatinga, entre outros;

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Implementação da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), de forma a orientar os gestores e servidores estaduais para o uso racional dos recursos naturais no dia-a-dia das atividades de seus órgãos;

Elaboração e Implementação do Plano Estadual de Educação Ambiental

Implantação e Operacionalização de Centro Estadual de Educação Ambiental, em Aracaju e de Centros Regionais, no interior do Estado;

Produção de Programas de TV - Meio Ambiente Sergipe, com periodicidade quinzenal; e

Capacitação e Treinamento em Recursos Hídricos.

B. Programa Estratégico de Gestão e Proteção Ambiental e Recursos Hídricos

O Objetivo desse programa estratégico é instituir mecanismos e captar investimentos para a gestão ambiental e de recursos hídricos.

Principais Projetos:

Apoio à Implementação de Técnicas Alternativas Voltadas ao Desenvolvimento Sustentável;

Construção da Agenda 21 Sergipana;

Criação de Instrumentos Econômicos para o Desenvolvimento Sustentável;

Criação de Unidades de Conservação Estaduais;

Implementação da Política Estadual de Meio Ambiente;

Elaboração de Estudos para Implantação da Cobrança pelo Direito de Uso dos Recursos Hídricos;

Elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos e dos Planos de Bacias dos Rios Japaratuba, Piauí e Sergipe - Pró Água;

Elaboração dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação Estaduais.

Elaboração do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado;

Enquadramento dos Corpos d’Água das Bacias Hidrográficas dos Rios Japaratuba, Piauí e Sergipe;

Fiscalização Ambiental e do Uso dos Recursos Hídricos, visando a preservação e conservação do meio ambiente e dos corpos d’água;

Formulação das Políticas Estaduais de Educação Ambiental, de Florestas, de Biodiversidade e de Povos Tradicionais;

Gestão e Manejo das Unidades de Conservação do Estado;

Gestão do Plano Estadual de Ação de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca;

Implantação, Operação e Manutenção da Rede Hidrometeorológica e de Qualidade das Águas, através da aquisição de Estações Meteorológicas automatizadas;

Implementação da Gestão Florestal no Estado de Sergipe;

Implementação da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos;

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Preservando Nascentes e Municípios através da execução do projeto Adote um Manancial, voltado à recuperação e preservação de nascentes e pequenos cursos d’água;

Fortalecimento do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos - ProÁgua.

Fortalecimento do Sistema de Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos;

Recuperação de Dessalinizadores no Estado de Sergipe;

Elaboração do Sistema Estadual de Informações Ambientais;

Licenciamento Ambiental;

Levantamento Quantitativo dos Manguezais do Estado de Sergipe;

Diagnóstico Ambiental dos Impactos da Carcinicultura nos Estuários do Litoral Sul de Sergipe;

Diagnóstico Ambiental da Atividade Canavieira no estado de Sergipe;

Avaliar a Qualidade Ambiental dos Corpos de Água do Estado;

Implantação da Rede de Monitoramento da qualidade do Ar;

Reestruturação do Laboratório da Adema;

Fiscalização, Monitoramento e Controle da Poluição e das Áreas Degradadas do Estado de Sergipe;

Implantação de Base de Dados Informatizada para o Licenciamento Ambiental.

Elaboração de Estudos e Pesquisas Voltados ao Gerenciamento dos Recursos Hídricos e

Fomento a Práticas para o Desenvolvimento Sustentável.

C. Programa Estratégico de Construção E Recuperação de Infraestrutura para o Saneamento Ambiental

O objetivo desse programa estratégico é planejar, projetar, construir e recuperar infraestrutura para o saneamento ambiental.

Principais Projetos:

Ampliação, Melhoria e Automação do Sistema Integrado de Adutoras do Alto Sertão e Sertaneja, de forma a restituir a plena capacidade operacional aos sistemas de adução da região.

Recuperação e Automação Operacional dos Sistemas de Abastecimento de Água.

Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe.

D. Programa de Fortalecimento da Gestão Institucional

O objetivo desse programa estratégico é implementar um conjunto de ações convergentes para o fortalecimento da infraestrutura física, operacional e organizacional da Instituição.

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Principais Projetos:

Reestruturação e Fortalecimento dos Fundos Socioambientais

Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas dos Rios Japaratuba, Piauí e Sergipe - Pró-Água.

Apoio á Ampliação e Densificação da Rede Hidrometeorológica - PróÁgua.

E. Políticas, Programas e Projetos Colocalizados

As Políticas, Programas e Projetos Colocalizados, encaminhadas pela SEMARH, são apresentadas nos quadros seguintes.

POLITICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Quadro 31: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados da Política Estadual de Recursos Hídricos

Órgão Responsável SEMARH/SRH

Objetivos Assegurar, à atual e às futuras gerações, da necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos.;

A utilização racional e integrada de recursos hídricos com vistas ao desenvolvimento sustentável;

A prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

Estágio de Implementação

Com exceção da cobrança pelo uso dos recursos hídricos que no momento se encontra em fase de estudo, todos os demais instrumentos da Política estadual de Recursos Hídricos já foram implantados, tais como: o Plano Estadual de Recursos Hídricos; o Enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água; o Fundo Estadual de Recursos Hídricos; a Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; e o Sistema Estadual de Informações sobre recursos hídricos.

Principais Ações Ampliação, melhoria e automação do sistema integrada de adutoras do alto sertão e sertaneja;

Elaboração do plano estadual de recursos hídricos;

Projeto águas de Sergipe;

Implantação, operação e manutenção da rede hidrométrica de Sergipe;

Implantação, operação e manutenção da rede de qualidade das águas de Sergipe;

Implantação, operação e manutenção da rede meteorológica de Sergipe;

Previsão climática e implantação da sala de situação;

Sistema de informações sobre recursos hídricos de Sergipe – sirhse;

Gerenciamento integrado de águas urbanas – giau;

Outorga de direito de uso de recursos hídricos;

Capacitação e treinamento;

Comitês de bacias hidrográficas;

Programa água doce.

Recursos envolvidos

*ordem de grandeza

Aproximadamente R$ 350 milhões de reais.

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Órgão Responsável SEMARH/SRH

Resultados esperados Sistema de Gestão do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos consolidado no estado de Sergipe;

Melhoria da gestão da disponibilidade hídrica do Estado para os diversos usos;

Redução nos índices de poluição em corpos hídricos na bacia hidrográfica do rio Sergipe;

Preservação de mananciais;

Melhoria da eficiência operacional e do uso racional da água no saneamento e na irrigação na bacia hidrográfica do rio Sergipe;

Melhoria da coleta e disposição adequada de resíduos sólidos;

Melhoria das condições de habitabilidade e qualidade de vida da população;

Melhoria da qualidade ambiental do Estado.

Área de Abrangência Todo Estado de Sergipe

Fonte: SEMARH.

PROGRAMA AGUA DOCE

Quadro 32: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados do Programa Água Doce

Órgão Responsável SEMARH/SRH

Objetivos Recuperação, implantação e gestão de sistemas de dessalinização em 25 comunidades do semiárido segipano, garantindo água potável para o consumo humano em conformidade com a metodologia do Programa Água Doce. .

Estágio de Implementação

Convênio firmado entre o MMA/SRHU e SEMARH/SE

Principais Ações Criar o Arranjo Institucional para atuação do Programa Água Doce no Estado;

Apoio à gestão;

Diagnóstico técnico e socioambiental;

Mobilização social;

Sustentabilidade Ambiental;

Sistemas de dessalinização.

Recursos envolvidos

*ordem de grandeza

Aproximadamente R$ R$ 4.725.502,75

Resultados esperados Criar, através de dispositivo legal, o Núcleo Estadual de Gestão do Programa Água Doce;

Instituir, através do mesmo dispositivo legal, o Arranjo Institucional para atuação do Programa Água Doce no Estado;

Aquisição de bens

Formação de recursos humanos (Capacitação da equipe técnica de execução e capacitação para a gestão dos sistemas de dessalinização em 93 comunidades);

Realização do diagnóstico técnico e socioambiental em 75 comunidades

Realização de testes de vazão em 25 comunidades

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Órgão Responsável SEMARH/SRH

Elaborar 25 projetos para as comunidades selecionadas;

Elaboração de 25 Acordos de Gestão nas comunidades selecionadas

Acompanhamento dos acordos de gestão;

Monitoramento da qualidade ambiental das localidades beneficiadas;

Recuperação e/ou implantação de 25 sistemas de dessalinização

Monitoramento e manutenção preventiva nos 93 sistemas de dessalinização

Área de Abrangência Comunidades do semiárido sergipano,

Fonte: SEMARH.

POLITICA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Quadro 33: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados da Política Estadual de Educação Ambiental

Órgão Responsável SEMARH/SRH

Objetivos Implementar a Política Estadual de Educação Ambiental, com atividades socioeducativas e ambientais.

Estágio de Implementação

Política Estadual de Educação Ambiental em processo de regulamentação

Principais Ações Regulamentação da Política Estadual de Educação Ambiental;

Implementação de ações socioeducativas;

Capacitação em Educação Ambiental para gestores e sociedade em geral.

Recursos envolvidos

*ordem de grandeza

Aproximadamente R$ 6.000,00

Resultados esperados Melhoria da qualidade ambiental nos municípios sergipanos;

População sensibilizada e enraizamento da Educação Ambiental nos municípios sergipanos;

Área de Abrangência Todo Território Sergipano

Fonte: SEMARH.

PLANO INTERMUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO BAIXO SÃO FRANCISCO SERGIPANO

Quadro 34: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados do Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Baixo São Francisco Sergipano

Órgão Responsável SEMARH/SQS

Objetivos Realizar estudos com vistas a elaboração do referido plano composto por 28 municípios, de acordo com a lei número 12.305/2010, envolvendo as ações do objeto de contrato de repasse firmado entre a SEMARH e MMA.

Estágio de Implementação

Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos da região do baixo São Francisco em processo licitatório para contratação de empresa de consultoria para elaboração

Principais Ações Elaboração de Planos Intermunicipais como Apoio a Consórcios de

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Órgão Responsável SEMARH/SQS

Municípios na Criação e Implementação de Processos para Gestão Integrada de Resíduos Sólidos na BHSE

Recursos envolvidos

*ordem de grandeza

Contrato de repasse MMA no valor de R$ 220.000,00

Resultados esperados Plano Elaborado

Área de Abrangência 28 municípios da região do consórcio do baixo São Francisco

Fonte: SEMARH.

POLITICA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO COSTEIRO

Quadro 35: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados da Politica Estadual de Gerenciamento Costeiro

Órgão Responsável SEMARH/SQS

Objetivos Avaliar e planejar o ordenamento do uso e ocupação do solo em áreas costeiras baseado nos processos marinhos

Estágio de Implementação

No ano de 2010 foram elaborados os diagnósticos socioambientais dos municípios de Barra dos Coqueiros, Pacatuba, Brejo Grande, como subsídio para elaboração do Projeto de Gestão Integrada de Orla nos municípios acima citados.

Processo de licitação para contratação de consultoria para a revisão e atualização do Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima do Município de Estância.

Principais Ações Projeto de Gestão Integrada de Orla Marítima nos municípios de Aracaju, Itaporanga D’juda, Estância, Barra dos Coqueiros, Pacatuba ,Brejo Grande e Pirambu.

Elaboração da Política Estadual de Gerenciamento Costeiro.

Recursos envolvidos

*ordem de grandeza

R$ 36.000,00

Resultados esperados Planos de Gestão Integrada de Orla Marítima implementados nos municípios litorâneos;

Melhoria da gestão costeira do Estado;

Proteção de ecossistemas costeiros;

Melhoria da eficiência do licenciamento e ordenamento do uso e ocupação do solo em áreas costeiras;

Melhoria da qualidade ambiental da zona costeira.

Área de Abrangência Municípios costeiros

Fonte: SEMARH.

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FUNDO CLIMA

Quadro 36: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados do Fundo Clima

Órgão Responsável SEMARH/SBF

Objetivos Desertificação (ASD’s) em Sergipe

Estágio de Implementação

Preparação de Termos de Referências para processos de licitação.

Principais Ações Implementação de Sistemas Agroflorestais/Agroecológicos, Recuperação de Áreas degradadas, Estruturação de Cadeias Produtivas e Eficiência Energética.

Recursos envolvidos

*ordem de grandeza

R$ 2. 301.330,00

Resultados esperados Criar sinergias entre diferentes instituições com potencial p/ trabalhar no combate a desertificação( Governamental, Universidade e Tecnológica). Definir mecanismos e aperfeiçoar os existentes no combate à desertificação com ações integradas às populações das ASD’s sergipanas dentre outros.

Área de Abrangência Municípios do Alto Sertão Sergipano (Canindé do S. Francisco, Poço Redondo, NS da Glória, Gararu, Porto da Folha e Monte Alegre de Sergipe.

Fonte: SEMARH.

7.5.5. Monitoramento Ambiental

O Monitoramento ambiental é a avaliação qualitativa e quantitativa, contínua e/ou periódica, da presença de poluentes no meio ambiente. Apresenta informações sobre a qualidade da água e avalia os impactos e riscos ambientais, a partir de levantamentos e medições realizadas pela Adema. Estas informações, além de direcionar as ações de licenciamento ambiental, têm também a finalidade de informar a qualidade atual do meio ambiente no Estado.

As atividades de Avaliação e Monitoramento Ambiental desenvolvidas pela Adema são:

Avaliação do automonitoramento de Indústrias;

Avaliação da eficiência do tratamento de efluentes industriais e domésticos;

Monitoramento das águas de reservatórios, poços artesianos, açudes públicos, lagoas e riachos;

Monitoramento da qualidade da água de corpos d’água como rios e nascentes em todo Estado.

Monitoramento das Condições de Balneabilidade das Praias:

Na capital: Atalaia Velha, Aruanã, Robalo, Náufragos, do Bairro Industrial, 13 de Julho, Coroa do Meio, Artistas, Bico do Pato e Areal, no rio Santa Maria, em Aracaju;

No interior: Praias da Costa, da Atalaia Nova, do Farol e do Jatobá na Barra dos Coqueiros; de Pirambu, em Pirambú; da Caueira, em Itaporanga D’Ajuda; da Boa Viagem e Saco em Estância; Prainha de São Pedro Pescador e do Siri, em Nossa Senhora do Socorro - SE.

Monitoramento das águas de Lagos e Lagoas: nos lagos artificiais e nas lagoas naturais na Atalaia Velha são avaliados o nível de contaminação, através do nº. de

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Coliformes Termotolerantes. Também, mensalmente é monitorada as condições de balneabilidade da Lagoa do Abais, em Estância - SE;

Monitoramento da qualidade de águas de rios e riachos: Cotinguiba, Sergipe, Poxim, Poxim Mirim, Sal, Santa Maria, Fundo, Vaza Barris, Jabeberi, Jacaré, Porções, Piauí, Piauitinga, Japaratuba, Lagartixo, riacho Taboca.

A. Gerenciamento Costeiro

Em relação ao estabelecimento de diretrizes de ocupação para o litoral do Estado, a Secretaria responsável pelo Planejamento Estadual está desenvolvendo, em convênio com o MMA (como parte do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro), um projeto de Gerenciamento Costeiro para Sergipe.

O projeto de Gerenciamento Costeiro - GERCO tem o objetivo de:

Diagnosticar as potencialidades socioeconômicas e dos recursos naturais da zona costeira;

Identificar as limitações naturais e restrições legais ao uso do território e conflitos de uso;

Promover a participação da comunidade na definição de alternativas de uso do solo, aproveitamento dos recursos naturais e desenvolvimento econômico, incorporando os princípios do desenvolvimento sustentado;

Participar da Gestão Ambiental a partir de mapeamentos utilizados para elaboração de uso do solo e meio ambiente do litoral;

Cooperar com os órgãos ambientais no licenciamento de empreendimentos a serem instalados na zona costeira.

B. Projeto Orla

No âmbito do Estado de Sergipe, o Projeto Orla abordou os mais diversos aspectos de influência significativa para as orlas sergipanas, sob a coordenação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - SEMARH, em articulação com a Gerência Regional do Patrimônio da União – GRPU, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais – IBAMA, as Administrações Municipais diretamente envolvida, bem como a Universidade Federal de Sergipe e a Universidade Tiradentes, organizações não governamentais locais e instituições relacionadas ao patrimônio histórico, artístico e cultural.

O princípio básico do Diagnóstico Paisagístico é a caracterização da orla municipal e sua gestão compartilhada, que considere o conjunto de planos, projetos e ações desenvolvidos pela Prefeitura Municipal, com vista à promoção do desenvolvimento sustentável local.

C. Demais Programas e Políticas Públicas

O Estado de Sergipe elaborou estudo de seus recursos hídricos, através da SEPLANTEC, e como resultado, um programa, feito em cooperação técnica com a JICA – Agência de Cooperação Internacional do Japão, no período de junho de 1998 a março de 2000, estruturou as intervenções hídricas, voltadas para o uso múltiplo da água, através de ações em horizontes de curto, médio e longo prazo.

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D. Metas de Qualidade

No estado não existe um Plano, com metas de qualidade, instituído.

7.5.6. Capacidade Institucional dos Municípios e das Entidades Estaduais Para a Gestão Ambiental

No Quadro 37: estão listados os órgãos gestores municipais do meio ambiente do Polo Costa dos Coqueirais, sendo que alguns municípios não colocaram as informações necessárias referentes ao funcionamento dos organismos municipais voltados à Gestão Ambiental.

Quadro 37: Capacidade Institucional dos municípios para a Gestão Ambiental

Município Órgãos Responsáveis

Aracaju Administração Estadual do Meio Ambiente – Adema Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - SEMARH

Barra dos Coqueiros Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Brejo Grande Secretaria Municipal de Agricultura

Estância Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente

Indiaroba Não Possui

Itaporanga D’Ajuda Não Possui

Laranjeiras Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Nossa Senhora do Socorro Secretaria Municipal de Agricultura, Irrigação, Meio Ambiente e Pesca

Pacatuba Sem Informação

Pirambu Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente

Santa Luzia do Itanhy Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Santo Amaro das Brotas Sem Informação

São Cristóvão Secretaria Municipal de Infraestrutura, Coordenadoria de Defesa Civil

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.6. Unidades de Conservação/Eficiência da Fiscalização

No Polo Costa dos Coqueirais existem Unidades de Conservação – UC, tanto de proteção integral como de uso sustentável (federais, estaduais e municipais), mas nenhuma delas possui plano de manejo.

7.6.1. Federais

A. Reserva Biológica Santa Izabel

Criada pelo Decreto nº 96.999, de 20 de outubro de 1988, possui área de 2.766 ha, sendo 45 km de praia limitados pela barra do rio Japaratuba e pela barra do Funil.

A Unidade tem como objetivos específicos a proteção dos ecossistemas de dunas, vegetação de restinga, lagoas temporárias e permanentes, praias, manguezais, além da fauna associada.

Entre um dos principais motivos de criação da unidade está a presença da menor tartaruga marinha (Lepidochelys oleácea), sendo, o local, seu maior sítio de desova no Brasil. Devido ao fato da referida tartaruga encontrar-se em perigo de extinção, a Reserva Biológica Santa

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Izabel é de fundamental importância para a manutenção dessa espécie e, por, concentra atividades do Projeto Tamar, consistindo em educação ambiental para turistas e população local e incentivo ao resgate de tradições e artesanato regionais.

Por ser uma unidade de conservação de proteção integral, o acesso é permitido somente a pesquisadores e para ações de educação ambiental.

Figura 130. Reserva Biológica de Santa Izabel

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

B. Floresta Nacional do Ibura

Unidade de Conservação criada especialmente para proteção do Macaco Guigó na Mata Atlântica, abrange os municípios de Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba. A unidade não possui plano de manejo tampouco conselho consultivo.

A Floresta Nacional do Ibura está localizada no município de Nossa Senhora do Socorro, Sergipe, e conta com uma área de 144 hectares, dezessete ares e oitenta e cinco centiares. Criada por decreto em 19 de setembro de 2005, com o objetivo de promover o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais, a manutenção de banco de germoplasma in situ de espécies florestais nativas, inclusive do bioma Mata Atlântica com formações de floresta estacional semidecidual nos estágios médio e avançado de regeneração, em associação com manguezal, a manutenção e a proteção dos recursos florestais e da biodiversidade, a recuperação de áreas degradadas e a pesquisa científica, o Ibura compreende riquezas naturais e culturais tão exuberantes: um ecossistema que agrega mata atlântica, restinga, mangues, e áreas úmidas. Os critérios e normas para a criação da Floresta Nacional do Ibura, implantação e gestão das Unidades de Conservação, são estabelecidos pela Lei 9.985 de 18 de Julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (MMA, 2004). A área é utilizada para a produção de mudas e essências florestais, que servem para recuperação de áreas degradadas e matas ciliares.

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Figura 131. ICMBio

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.6.2. Estaduais

A. APA do Morro do Urubu

Localizada no Município de Aracaju, na área urbana, limita-se ao Norte com o Rio do Sal, ao Leste com o Rio Sergipe e ao Sul e Oeste com as áreas urbanas da Zona Norte do município. Trata-se de região onde originalmente predominavam a Mata Atlântica e seus ecossistemas associados, além de enclaves de Cerrado. Criada e regulamentada pelos Decretos 13.713, de 14.07.93, e 15.505, de 13.07.95, a área vem sofrendo pressão urbana e se descaracterizando cada vez mais. O complexo de vegetação encontra-se hoje bastante comprometido, sobretudo pela invasão, construção e urbanização das favelas na área.

Informações sobre a UC:

Possui o único Posto Avançado do Estado – O Parque José Rollemberg Leite, aprovado pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em outubro de 2000.

Com 68 ha de Mata Atlântica, ainda não dispõe de Plano de Manejo.

A APA não dispõe de estrutura de apoio administrativa local.

O Parque inserido nessa APA também se encontra em péssimo estado de conservação, com áreas degradadas e sofrendo pressão antrópica constante, aumentando cada vez mais os prejuízos ao meio ambiente.

As atividades turísticas desenvolvidas atualmente na APA do Morro do Urubu estão direcionadas para a visita orientada. A APA do Morro do Urubu vem sofrendo intensos processos de degradação ambiental necessitando de ações imediatas voltadas para a revitalização e o manejo sustentável.

B. APA da Foz do Rio Vaza-Barris

Criada pela Lei Estadual No 2795 de 30 de março de 1990, compreende área situada na foz do rio Vaza-Barris. A “Ilha do Paraíso” atualmente não mais se constitui em ilha, uma vez que o depósito de sedimentos levou a mesma a juntar-se ao continente, formando vasta planície de restinga onde predominam espécies singulares de vegetação. A área vem sofrendo forte pressão antrópica.

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C. APA do Litoral Sul

Transformada em Unidade de Conservação através do Decreto 13.468 de 22 de janeiro de 1993, define a estrutura de ocupação da área compreendida entre a foz do Rio Vaza Barris e a desembocadura do Rio Real, com cerca de 55,5 km de costa e largura variável de 10 a 12 km, do litoral para o interior.

Abrange os municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba. Inserem-se nessa APA as praias mais habitadas do estado, destacando-se Caueira, Saco e Abais. Observam-se também as maiores áreas de Restingas arbóreas, Manguezais e manchas mais preservadas de Mata Atlântica. Compreende ainda área de grande fragilidade ambiental formada por dunas, lagoas e manguezais, que vem sofrendo início de processo de pressão em virtude do desenvolvimento turístico e econômico do Litoral Sul, notadamente após a abertura da rodovia SE-100.

A APA do Litoral Sul foi criada em consequência da proposta do Governo do Estado de promover o desenvolvimento sustentável baseado na implantação de programas de desenvolvimento econômico-social, voltados para as atividades turísticas, em sintonia com a proteção dos ecossistemas essenciais à biodiversidade e à melhoria da qualidade de vida da população.

Atualmente, o eixo do desenvolvimento para o Estado assenta-se na política do turismo que tem provocado impactos na zona costeira, sobretudo, em relação ao uso do solo. As áreas outrora exploradas com o cultivo do coco da baia rapidamente serão parceladas e transformadas em loteamentos, à beira da praia.

Aliado ainda ao dinamismo dos loteamentos, há uma demanda crescente no Estado pelas atividades relacionadas à carcinicultura. Sabendo-se que o foco das referidas atividades é a zona costeira, fundamentalmente, a área delimitada pela APA do litoral Sul e que o Estado e os Municípios não dispõem de normas específicas para o ordenamento do território, acredita-se ser o Plano de Manejo o instrumento básico para nortear o desenvolvimento do litoral Sul sergipano.

D. APA do Rio Sergipe

Criada pela Lei Estadual Nº 2.825, de julho de 1990, constitui-se como “paisagem natural” em todo o trecho do Rio Sergipe, que serve de divisa entre os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros. Sofre pressão decorrente do desenvolvimento urbano. O rio é ameaçado pelo lançamento de esgoto sanitário, tanto de Aracaju, quanto de Barra dos Coqueiros.

E. APA do Litoral Norte

Criada pelo decreto Governamental N° 22995 de 09/11/2004, englobando área situada nos municípios de Pirambu, Japoatã, Pacatuba, Ilha das Flores e Brejo Grande. A área abrangida pela APA é relativamente pouco ocupada e composta em sua maioria de restingas, mangues e dunas. As paisagens harmonizam-se e são interdependentes, no que concerne a biota, podendo ser explorado de forma equilibrada e dando sustentabilidade econômica à população local.

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Brejo Grande, sede do município, é a maior área urbana existente dentro da APA e abriga cerca de 4.000 habitantes. As vilas e povoados são bem menores. Excluindo estas localidades, a densidade média no restante da área é provavelmente inferior a 10 hab./km2. Na região, apenas as várzeas inundadas eram bastante cultivadas, até que a ausência de cheias e a introdução da mecanização levaram ao abandono de muitas áreas. De maneira geral, o meio ambiente encontra-se em razoável estado de preservação, notadamente no manguezal, nos brejos e nas várzeas dos rios, e em extensos trechos de restinga.

O delta do São Francisco contém as mais significativas espécies endêmicas da costa nordestina e compreende os mais importantes e variados locais de reprodução.

Ao Sul da APA do Litoral Norte encontra-se a Reserva Biológica de Santa Izabel. Ao norte, em Alagoas, há a APA de Piaçabuçu, que se estende para o norte e se encontra com a APA Costa dos Corais. A criação da APA do Litoral Norte estabelece um corredor ecológico indo da costa norte de Sergipe até a costa sul de Pernambuco.

Toda a região sofre riscos ambientais pelo alto grau de pressão humana, que tende a se elevar rapidamente nos próximos anos. Há todo um conjunto de pressões, incluindo desde a sobrepesca até a exploração de petróleo e a carcinicultura.

A região apresenta também significativo valor histórico e cultural. A ocupação inicial da área foi feita pelos colonizadores, no entanto como suas características não se adequavam à criação de gado ou cultivo de cana-de-açúcar, não surgiram cidades de vulto significativo.

Quando da introdução do cultivo de arroz, foi criada uma cultura típica, com singular modo de trabalho, também observado em outras áreas do baixo São Francisco, que associado ao transporte fluvial e aos métodos de pesca formam um importante nicho de conhecimento local. A recuperação desta cultura popular, em rápido processo de esquecimento, é importante e deverá ser considerada como uma das atividades prioritárias na gestão da APA. Encontram-se ainda na região diversas antigas construções e engenhos em estado precário de conservação.

A APA compreende ainda o denominado “Pantanal de Pacatuba”: com cerca de 40 Km². Trata-se de um ambiente inusitado, composto por um quadro natural que funde ambientes de inigualável beleza: dunas, manguezais e lagoas rodeadas de coqueirais e trechos de mata remanescente. As águas do Rio Poxim contribuem para a formação deste cenário. A rede de drenagens acomoda na topografia do terreno formando canais e lagoas que se comunicam. A hidrografia e a vegetação variada, com espécies frutíferas silvestres como mangabeiras e cajueiros, favorecem que cerca de 100 espécies de aves, segundo observações realizadas, sejam encontradas.

Animais de porte como o jacaré do papo amarelo - ameaçado de extinção - capivaras e macacos-prego são outros representantes da fauna que vive nestes ambientes. Os recursos de pesca são abundantes e de qualidade variada: tainhas, bagres, robalos e baiacus.

7.6.3. Municipais

A. Reserva Ecológica do Crasto

Localizada no município de Santa Luzia do Itanhy, às margens dos rios Piauí e Piauitinga. Com área de 780 ha, é uma das maiores reservas de Mata Atlântica de Sergipe. Estão presentes diversas espécies de fauna e flora nativa na área, ameaçadas de extinção.

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B. Parque Ecológico Tramanday

Criado pelo Decreto Municipal Nº112, de 13 de novembro de 1996, possui área de aproximadamente 3,6 ha. Situa-se nas proximidades do Bairro Jardins, zona nobre de Aracaju, e tem como objetivo preservar e recuperar o restante dos manguezais da região. Trata-se de medida mitigadora/compensatória da ocupação da área com o Bairro Jardins definida por Lei, porém ainda não implantada.

Figura 132. Parque Ecológico Tramanday

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.7. Gestão Ambiental nas Empresas Privadas: Programas de Certificação Ambiental das Empresas Turísticas da AT (Consolidados Ou Em Implementação)

Não existem programas de certificação ambiental para empresas de turismo no estado de Sergipe. Segundo o Prodetur, as empresas que querem certificações como a ISO 14001 têm que buscar consultorias por meios próprios sem apoio do Governo do Estado.

7.7.1. Instrumentos de Planejamento e Controle Territorial

A. Zoneamento Econômico-Ecológico

O Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE, elaborado para o Litoral Sul aborda as áreas dos municípios de São Cristóvão, Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba. Na área foram identificadas diversas restrições e limitações ao uso do solo, sendo as principais:

problemas de drenagem sobre as áreas inundáveis e os fundos de vales;

restrições por fertilidade dos solos;

restrições de ordem legal - dunas, manchas de matas, mangues e restingas e o uso de mananciais previsto no reenquadramento dos corpos d’água -; e

erosão marinha, eólica e pluvial e assoreamento.

Além dessas restrições, verifica-se o uso inadequado dos mananciais superficiais, que vem comprometendo os recursos disponíveis e degradando as condições naturais dos

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ecossistemas estuarinos. A utilização dos mananciais como local de despejos urbanos domésticos e de efluentes industriais têm comprometido a qualidade das águas, principalmente nos estuários dos rios Sergipe e Piauí.

A presença de áreas úmidas e de lagos que servem de refúgio para a fauna, principalmente as aves, é merecedora de atenção especial, visando impedir que ocupação desordenada contamine os corpos de água. Por outro lado, os cordões dunares têm sido alvo constante das mineradoras de areia e dos empreendedores imobiliários, implicando em sucessivas atuações por parte do Ministério Público Federal e Estadual. Também a flora remanescente, restrita a manchas de Mata Atlântica e manguezais deve ser preservada para a manutenção das funções ecológicas.

A concentração populacional e das atividades econômicas e a tendência de urbanização devem ser equacionadas diante da pouca disponibilidade de terras e das características ambientais da zona costeira. Ressalta-se que entre os principais problemas de atenção imediata encontram-se: a regulamentação de uso do solo da APA do Urubu e revitalização do parque nela inserido; e a proteção, controle e recuperação da área de lagoas, dunas e manguezais do dispersas por todos os municípios da área de planejamento.

O ZEE existente já está ultrapassado e, segundo informações da SEMARH, deve ser reelaborado com urgência.

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274

8. CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO

Neste Capítulo é apresentada a consolidação do Diagnóstico Estratégico como base referencial para a validação da área turística, para formulação das estratégias de desenvolvimento turístico e para elaboração do plano de ação de desenvolvimento integrado do turismo sustentável da área de planejamento. A caracterização, a análise e avaliação dos pontos críticos concernentes ao cenário atual constituem passos essenciais para que os investimentos previstos nesta revisão do PDITS se ajustem às necessidades do Polo e possibilitem o alcance dos objetivos fixados.

Para a elaboração do PDITS do Polo Costa dos Coqueirais, o diagnóstico estratégico apresenta a situação atual da região em termos do mercado turístico, os produtos consolidados e potenciais, os gargalos existentes e as possibilidades de sua superação, definindo seu posicionamento competitivo perante o mercado turístico brasileiro e internacional.

O Diagnóstico Estratégico foi elaborado a partir de uma ampla pesquisa documental em busca de dados disponíveis nas diversas mídias e junto a diferentes atores, nas instâncias de governo federal, estadual e dos municípios envolvidos. O levantamento de subsídios demandou também atividades de campo, junto aos órgãos governamentais e aos agentes da sociedade local envolvidos com a gestão e a operacionalização do turismo e do meio ambiente no Polo Costa dos Coqueirais. Complementando este processo, duas Oficinas Públicas foram realizadas em Aracaju, a primeira com a participação de gestores/técnicos de órgãos públicos estaduais e municipais e de representantes do segmento empresarial e de organizações do terceiro setor no campo do turismo sergipano; a segunda Oficina foi dirigida para profissionais graduados da área de turismo, docentes e pesquisadores pertencentes às entidades educacionais de nível superior sediadas na área do Polo.

A. Validação dos Segmentos e Produtos Turísticos

A análise dos dados provenientes de pesquisas e estudos da Demanda e à Oferta Turística no Estado de Sergipe permite, em um exercício de síntese, identificar e validar os segmentos e produtos turísticos relativos ao Polo Costa dos Coqueirais e verificar a sua diversidade, estejam eles já consolidados ou como potencial para exploração e desenvolvimento. Ainda há, na área turística, grande potencial quanto aos recursos da natureza, novos circuitos de ecoturismo e de patrimônio cultural e histórico, dentre outros, para serem explorados, de forma sustentável, e integrados à oferta atual.

Os dados demonstram que, considerando a situação atual e os atrativos consolidados existentes, os segmentos turísticos principais do Polo são identificados como: turismo de sol e praia, na proporção de 57,5%, turismo cultural (21,6%) e turismo de negócios e eventos (16,4%). Desta forma, a área do Polo possui seus principais produtos turísticos relacionados ao turismo de sol e praia e ao turismo cultural que, somados, representam 79,1% do turismo praticado.

Os principais atrativos da Área Turística são então classificados como naturais, culturais e de negócios e eventos. Dentre eles, destacam-se como produtos já consolidados:

Produtos do Segmento de Sol e Praia

Praia de Atalaia – Aracaju;

Foz do Rio São Francisco – Brejo Grande

Mangue Seco (BA), acessado por Estância, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy – Litoral Sul;

Produtos do Segmento Turismo Cultural

City Tour – Aracaju,

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275

festas de São João – Aracaju, Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda e Pacatuba;

patrimônio histórico cultural - São Cristóvão e Laranjeiras,

turismo de base comunitária – Santa Luzia do Itanhy.

Produtos do Segmento de Negócios e Eventos

feiras e eventos corporativos e culturais de pequeno e médio porte – Aracaju e Barra dos Coqueiros (Centro de Convenções e Rede Hoteleira).

reuniões de trabalho / negócios (Organizações, Empresas e Rede Hoteleira).

Estes produtos consolidados são os mais rentáveis, têm maior possibilidade de crescimento sob o enfoque da sustentabilidade e, portanto, devem ser mantidos, promovidos, ampliados e alvo de melhorias.

Os segmentos complementares e potenciais identificados no Polo Costa dos Coqueirais são os relativos:

ao Ecoturismo que, segundo dados disponíveis, já é responsável por 4,4% do fluxo turístico do Polo;

ao Turismo Rural e

ao Turismo Náutico.

Em relação aos produtos emergentes, que têm maior potencial ou possibilidade de crescimento na Área Turística destacam-se:

Produtos do Segmento Ecoturismo

APA Litoral Norte;

Projeto Tamar – Pirambu;

Reserva Biológica de Santa Izabel – Pirambu;

Pantanal Nordestino – Pacatuba;

Reserva Ecológica de Castro – Mata Atlântica – Santa Luzia do Itanhy.

Produtos do Segmento Turismo Rural

Engenhos – São Cristóvão, Santa Luzia do Itanhy,

Sitio Ebenezer – Santa Luzia do Itanhy.

Produtos do Segmento Turismo Náutico

Catamarã – Aracaju;

Tototó – Barra dos Coqueiros;

Escuna Gazzela e outras embarcações similares – Santa Luzia do Itanhy, Estância e Indiaroba;

Rio São Francisco – Brejo Grande;

Rio Piauí – Santa Luzia do Itanhy;

Rio Sergipe – Aracaju;

Navegação por manguezais em barco a vela – Indiaroba.

Esses produtos em estágio potencial requerem concentração de esforços no sentido de qualificar e expandir as estruturas físicas e de atendimento turístico, a par de ações de promoção e comercialização, de forma a permitir a prática real do turismo, possibilitando a diversificação da oferta atual.

O ecoturismo, frente às características naturais da área, já é, mesmo que de forma incipiente, praticado no Polo, ainda que sua exploração plena e sustentável exija investimentos significativos. Desta forma, resta priorizar ações que permitam incluir efetivamente os segmentos de turismo náutico e de turismo rural no portfólio de produtos do Polo.

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Os segmentos principais, já consolidados, e os segmentos potenciais relativos ao turismo no Polo Costa dos Coqueirais devem constituir um mix que levem ao fortalecimento da oferta turística e ao desenvolvimento sustentável da área, em benefício da população residente e dos turistas que a acessam.

B. Identificação dos Principais Pontos Críticos de Intervenção

Os principais gargalos para o desenvolvimento do turismo sustentável no Polo Costa dos Coqueirais estão a seguir registrados e foram extraídos e sumarizados a partir do Diagnóstico Estratégico elaborado como primeira etapa da revisão do PDITS da área turística. A caracterização da área de estudo e a identificação dos problemas existentes constituem subsídios essenciais para formulação das estratégias de desenvolvimento sustentável do turismo em direção ao plano de ação.

Neste sentido, os prontos críticos incidem em questões voltadas para: (i) o fortalecimento institucional, (ii) a diversificação de produtos e a formatação de roteiros integrados, (iii) a formação da imagem/identidade do Polo, (iv) a infraestrutura básica e os serviços públicos, (v) os equipamentos e serviços turísticos e, por fim, para a gestão de áreas ambientais frágeis que a área apresenta.

Fortalecimento Institucional

A ausência de um sistema de informações gerenciais que contemple dados e informações sobre o mercado turístico, o perfil da demanda, os gastos turísticos, as preferências dos turistas, o produto interno bruto do setor turístico e sobre o impacto econômico do turismo, dentre outros, constitui um gargalo crítico para a gestão eficaz do turismo. O sistema de informações turísticas é ferramenta básica para o planejamento e para o processo de tomada de decisões estratégicas.

Outro ponto crítico que se apresenta no Polo consiste na organização político-institucional e da atividade turística. Verifica-se:

a desarticulação das instâncias gestoras do turismo,

a incipiência de mecanismos de mobilização e participação comunitária na gestão territorial,

a insuficiência de quadros de profissionais especializados e capacitados para atuação no setor,

a ausência de especialistas habilitados para a elaboração e gestão de projetos e para captação de recursos e

a carência de recursos orçamentários para a promoção da atividade turística.

Constata-se também:

a falta de sensibilização da população local em relação o turismo, sem reconhecê-lo como atividade econômica importante para o desenvolvimento da região e para a geração de emprego e renda;

a capacitação dos profissionais para ocupação de postos de trabalho no mercado do turismo é incipiente para promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos e para o atendimento adequado ao turista.

Esta posição requer o fortalecimento das relações entre o poder público, iniciativa privada e sociedade civil.

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277

Diversificação do Produto Turístico e Formatação de Produtos Turísticos Integrados

A análise dos atrativos turísticos dos municípios do Polo permitiu identificar a diversidade natural, cultural e histórica existente na região, possibilitando a formatação de novos produtos, mas, ao mesmo tempo, permitiu constatar a acomodação da oferta, reduzida a poucos produtos e roteiros turísticos comercializados pelas agências de turismo e por outros meios. Esta situação gera a baixa permanência do turista na região, a redução do gasto turístico e, em razão do pequeno índice de pernoites e, consequentemente, a pequena demanda por serviços de hospedagem, alimentação, transporte e outros, causando a estagnação dos destinos turísticos municipais, com exceção de Aracaju.

Outro ponto crítico verificado refere-se à ausência de produtos e roteiros integrados que, ultrapassando os limites territoriais dos municípios, une-os, aumentando o potencial de comercialização, favorecido também pela proximidade existente entre eles no Polo.

Marketing

Não há uma imagem/identidade associada ao Polo, o que denota a necessidade de adoção de estratégias e ações de marketing turístico consolidadas em um Plano elaborado de acordo com as características do Polo e adequado para atendimento de cenários futuros, direcionado aos produtos prioritários e mercados-meta identificados.

Infraestrutura Básica e Serviços Públicos

Dentre as carências de infraestrutura e serviços destacam-se, principalmente, aquelas relacionadas ao abastecimento de água, ao esgotamento sanitário, à limpeza urbana, à segurança pública e aos serviços de saúde.

O abastecimento de água é especialmente comprometido nos municípios de Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy, indicando a necessidade de ampliação e reforço do sistema existente, em busca do atendimento integral e a promoção da saúde da população residente e dos turistas, considerando o cenário atual e os cenários futuros de desenvolvimento do turismo.

Quanto ao serviço de esgotamento sanitário observa-se que as sedes municipais contam, via de regra, com redes coletoras de esgoto; no entanto a destinação e o tratamento são precários, constatando-se casos frequentes de escoamento do esgoto em valas a céu aberto, nos rios, nos lagos ou no mar, poluindo os recursos hídricos e fazendo proliferar doenças que atingem, principalmente, as comunidades com menor poder aquisitivos. Nos povoados destaca-se maior precariedade do que nas áreas urbanas das sedes municipais, tanto com relação à captação quanto na disposição e no tratamento do esgoto.

Os gargalos referentes à limpeza urbana referem-se, principalmente, aos locais utilizados para deposição do lixo, à inexistência de políticas públicas para o setor, à ausência de coleta seletiva e de ações continuadas de educação sanitária e ambiental. Destes, é a disposição final dos resíduos sólidos urbanos, efetuada sem nenhum controle ou cuidado quanto à poluição do ar, do solo e dos recursos hídricos, é o fator mais preocupante. Quanto à coleta observa-se maior precariedade em Pacatuba e em Santa Luzia do Itanhy.

Os maiores problemas no Polo referente à segurança estão relacionados ao policiamento turístico, desempenhado pela CPTur, que tem a sua atuação restrita apenas à capital. Diante da perspectiva de expansão e de crescimento do turismo, verifica-se também a necessidade de expansão e aumento do efetivo de segurança em todos os municípios do Polo.

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A oferta de serviços de saúde aponta um desequilíbrio no que diz respeito à distribuição dos estabelecimentos de atendimento à saúde entre os municípios do Polo. A porção central possui maior oferta de equipamentos de saúde, seguida pelo Litoral Sul. Ao contrário, o Litoral Norte possui poucas unidades de atendimento, hospitalares ou de outro tipo, adequadas para suprir as necessidades da comunidade e dos turistas.

Infraestrutura Turística – Acessos Viários Secundários e Atracadouros

Destacam-se como gargalo para o desenvolvimento turístico os acessos viários no litoral norte devido à falta de pavimentação da SE 100 e de sinalização indicativa. No litoral sul constata-se o difícil acesso ao povoado de Crasto, em Santa Luzia do Itanhy, que se encontra sem pavimentação.

Os atracadouros existentes no Polo encontram-se em estado precário, tanto para o embarque e desembarque de turistas com segurança, quanto para a oferta de serviços complementares como alimentação, artesanato, sanitários e locais para descanso, tornando-se um elemento crítico que impede o desenvolvimento do turismo na região.

Fragilidade Ambiental

O patrimônio natural do Polo é formado por dunas, mangues, restingas, Mata Atlântica, rios, praias, cachoeiras, reservas e áreas de preservação ambiental. Estas áreas são atrativas para os turistas e contribuem para o fortalecimento dos segmentos náutico e de ecoturismo. Neste sentido, a gestão ambiental deve ser tratada de forma cuidadosa, e um dos desafios consiste em conciliar o crescente interesse empresarial em abrir ou explorar novos atrativos e a capacidade dos órgãos de fiscalização para orientar e fiscalizar estes estabelecimentos

Outro aspecto da gestão pública que representa um gargalo a ser superado, é a fragilidade dos órgãos ambientais no tocante à fiscalização em função do limitado quadro de pessoal técnico e a falta de equipamentos adequados ao seu funcionamento.

C. Posição atual da área no mercado turístico versus seu posicionamento potencial

Diante de todas as análises realizadas e da delimitação dos segmentos e produtos turísticos consolidados e potenciais, resta visualizar, finalmente, a condição instalada e refletir sobre a posição atual do Polo Costa dos Coqueirais no mercado turístico e sobre o que é realmente necessário empreender para que seja alcançado em longo prazo o seu potencial pleno de desenvolvimento sustentável do turismo.

No diagnóstico ressaltam-se a evolução, desde o início da década de 2000 até hoje, e a consolidação do turismo em Aracaju, influenciadas, inclusive, por investimentos de peso em infraestrutura básica e em equipamentos públicos, realizados ao longo deste tempo, cuja ressonância no setor privado provocou a instalação de equipamentos hoteleiros, de alimentação, de agenciamento de viagens, dentre outros.

Por outro lado, é evidente o potencial do Polo quanto aos produtos disponíveis, sejam eles naturais, culturais ou outros, com perspectivas positivas para competir com os destinos da região, principalmente por sua riqueza, diversidade e singularidade. Entretanto, dois fatores influenciam no rumo ao desenvolvimento sustentável:

a centralização do fluxo turístico em Aracaju, cuja rede hoteleira detém praticamente todo o fluxo turístico e os pernoites gerados pela permanência do turista na Capital,

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em detrimento dos demais municípios do Litoral Sul ou Norte, que não contam com unidades de hospedagem em quantidade e qualidade;

a concentração da oferta turística comercializada em Aracaju, que se restringe a quatro ou cinco roteiros, alguns deles na própria Capital, bem como acesso a esses atrativos turísticos com duração de apenas um dia, sem mobilizar a economia local.

Desta forma, o potencial pleno do Polo só será alcançado com investimentos continuados, planejados com rigor e monitorados quanto aos resultados alcançados. Todos os componentes de investimento típicos do Prodetur, por exemplo, encaixam-se perfeitamente nas necessidades do Polo, ou seja, formatação do produto turístico, a adoção de estratégias eficazes de comercialização, o fortalecimento da gestão, a implantação e melhoria da infraestrutura básica e dos serviços públicos e as ações socioambientais.

Outra mudança essencial e de grande impacto para que o Polo possa despontar em todo o seu potencial diz respeito à imagem identidade da área turística. Ainda que o Polo Costa dos Coqueirais, como também o Polo Velho Chico, tenha sido instituído há quase uma década, ainda hoje não se percebe os efeitos de um processo de planejamento turístico refletindo na formatação de produtos e roteiros integrados, que potencializem toda a diversidade de cada trecho em si – Área Central, Litoral Norte e Litoral Sul, e da totalidade do Polo. O mesmo se dá na promoção, na divulgação e na comercialização do turismo, quando se percebe iniciativas que privilegiam a imagem-identidade do estado de Sergipe ou isoladamente este ou aquele município ou um roteiro ou evento específico. Aracaju já possui sua imagem consolidada no turismo nacional como segmento de sol e praia e mesmo de negócios e eventos; o Polo Costa dos Coqueirais ainda não possui uma imagem única e fortalecida.

O posicionamento potencial do Polo aponta também a possibilidade de um salto para o Ecoturismo, consolidando novos produtos complementares, e também para o turismo náutico, com a melhoria dos balneários existentes, a qualificação dos atracadouros e a qualificação dos equipamentos náuticos e o afloramento do turismo rural, com base nos antigos engenhos e nas propriedades rurais produtivas e exemplos do modo de vida da população local.

Em síntese, o Polo Costa dos Coqueirais, como fruto de investimentos e resultado de um processo contínuo de desenvolvimento, poderá alcançar as condições necessárias para competir, com vantagem, com outros destinos turísticos da região nordeste ou de outras regiões brasileiras. Para tanto deve:

ser reconhecido como produto turístico de qualidade, diversificado, capaz de satisfazer os segmentos-meta;

dar ênfase à riqueza e diversidade natural e histórico-cultural que o caracteriza;

confirmar Aracaju como porta de entrada do turismo e, ao mesmo tempo, valorizar e explorar os segmentos potenciais existentes nos demais municípios, promovendo a integração e afirmando a complementaridade entre os seus principais segmentos turísticos e respectivos produtos.

D. Análise SWOT do Cenário Atual

A partir do conhecimento da realidade dos municípios do Polo, consolidada no diagnóstico, a análise da realidade atual da área abrangida foi realizada a partir dos princípios metodológicos da matriz SWOT - Strengths /Weaknesses/ Opportunities / Threats ou Forças / Oportunidades / Fragilidades / Ameaças. Foram consideradas as forças e fragilidades pertinentes ao cenário atual, tidas como fatores internos inerentes ao Polo, bem como as oportunidades e ameaças, tidas fatores externos, que impactam desenvolvimento do turismo no território.

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A análise procedida foi feita pelo cruzamento dessas variáveis, considerando o modelo expresso no quadro a seguir:

Quadro 38: Análise SWOT

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Quadrante 1: diante de um dado de realidade que representa Força identificada no ambiente interno tida como fator impulsor, em cruzamento com uma Oportunidade detectada no ambiente externo, tem-se a indicação de agir em função de capitalizar o que está acessível, obtendo assim respostas rápidas rumo ao DESENVOLVIMENTO;

Quadrante 2: igualmente, diante de um dado da realidade que representa Força identificada no ambiente interno, tida como fator impulsor, agora em cruzamento com uma Ameaça detectada no ambiente externo, tem-se a indicação de agir no sentido de manter as forças e de monitorar as ameaças, tendo como resultante a MANUTENÇÃO. Esta ação requer uma postura proativa e assertiva, na medida em que os atores do ambiente interno não podem interferir diretamente para superação das ameaças, que estão fora de seu controle;

Quadrante 3: Neste caso, diante de um dado da realidade interna, que representa uma Fragilidade – uma barreira ao desenvolvimento , em cruzamento com uma Oportunidade, tem-se a indicação de ações que levem à reversão da fragilidade, de forma a não desperdiçar a Oportunidade apresentada pelo ambiente externo. Assim, ter-se-á como resultante o CRESCIMENTO, ainda que este possa vir de forma lenta, dependendo das dificuldades a serem enfrentadas para eliminação ou minimização da fragilidade em tela;

Quadrante 4: Neste caso, diante de um dado da realidade interna, que representa também uma Fragilidade - uma barreira ao desenvolvimento em cruzamento com uma Ameaça detectada no ambiente externo, tem-se a indicação clara de intervenções urgentes, prioritárias, para eliminar ou minimizar a fragilidade interna e, desta forma, com forças repostas, poder SOBREVIVER às ameaças externas.

Para a avaliação procedida a partir da Matriz SWOT foram estabelecidos cinco pontos focos de análise:

Produto Turístico - relaciona-se diretamente com a motivação de viajar a um destino turístico. Tem como base os atrativos que originam o deslocamento do turista a um

AMBIENTE INTERNO

FORÇAS FRAGILIDADES A

MB

IEN

TE

EX

TE

RN

O

OP

OR

TU

NID

AD

ES

CAPITALIZAÇÃO/DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO

FORÇAS x OPORTUNIDADES

FRAGILIDADES x OPORTUNIDADES

Desenvolvimento.

Resultado mais rápido - consolidação do desenvolvimento.

Campos mais acessíveis. Ambiente preparado – sinal aberto.

Eliminar ou minimizar os pontos fracos,

para aproveitar as oportunidades. Intervenções para não perder as

oportunidades presentes.

PRIORIDADE 1

PRIORIDADE 2

AM

EA

ÇÃ

S

MANUTENÇÃO

SOBREVIVÊNCIA

FORÇAS x AMEAÇAS

FRAGILIDADES x AMEAÇAS

Monitorar ameaças.

Exercer o controle sobre a situação. Manter ou aperfeiçoar as forças.

Gestão do ambiente interno.

Eliminar ou minimizar, ao máximo, as fragilidades e monitorar as ameaças.

PERIGO! INTERVIR COM URGÊNCIA!

PRIORIDADE 3

PRIORIDADE 4

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281

espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços necessários para satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo turístico.

Comercialização - contempla as ações destinadas a fortalecer a imagem dos destinos turísticos e a garantir a eficiência e eficácia dos meios de comercialização escolhidos.

Fortalecimento Institucional - engloba ações orientadas a fortalecer as instituições do polo turístico, por meio de mecanismos de gestão e coordenação no âmbito federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão turística estadual e municipal.

Infraestrutura e Serviços Básicos - integra investimentos de infraestrutura e serviços não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas necessários para gerar acessibilidade ao destino e dentro dele e para satisfazer as necessidades básicas do turista durante a sua estada, quanto a serviços de saneamento, energia, telecomunicações, saúde, segurança e transporte.

Gestão Socioambiental - engloba a proteção dos recursos naturais e culturais, que constituem a base da atividade turística, além de prevenir e minimizar os impactos ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam gerar.

A análise a seguir apresentada refere-se a dois momentos complementares, quais sejam, a Leitura Técnica, baseada na visão dos técnicos envolvidos, a partir dos insumos coletados na realidade; (ii) a Leitura Comunitária, procedida por atores locais envolvidos, por meio de Oficina de Trabalho.

No Quadro a seguir é apresentada a síntese da Matriz SWOT elaborada.

Quadro 39: Forças, Fragilidades, Oportunidades e Ameaças – Polo Costa dos Coqueirais

Produto Turístico

Relaciona-se diretamente com a motivação de viajar a um destino turístico. Tem como base os atrativos que originam o deslocamento do turista a um espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços

necessários para satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo turístico.

Forças

Diversidade de atrativos naturais e culturais.

Área territorial pouco extensa e diversificada, propiciando acesso rápido a diferentes atrativos.

Riqueza do artesanato, da gastronomia e das festas regionais.

Balneabilidade das praias e rios.

Patrimônio cultural material e imaterial reconhecido Existência de roteiros já estruturados e comercializados pelas agências.

Hotéis de rede, formatados para o turismo de negócios de pequeno e médio porte

Aracaju como Centro Receptivo principal estruturado

Parque industrial do estado capaz de fornecer insumos importantes para o setor de turismo.

Competitividade de Aracaju potencializada como um dos destinos indutores do turismo indicados pelo MTUR.

Fragilidades

Falta de visão integrada e intercomplementar dos produtos turísticos.

Falta de planejamento integrado de eventos turísticos nos municípios

Concentração de infraestrutura turística e de serviços em Aracaju.

Oferta de roteiros apenas de curta duração.

Baixa permanência do turista.

Carência de roteiros turísticos complementares.

Sazonalidade do turismo

Ausência de equipamentos para eventos de grande porte.

Fragilidade dos Centros de Atendimento ao Turista quanto à infraestrutura, equipamentos, informação e gestão.

Descontinuidade dos serviços e produtos oferecidos.

Perda da identidade e pouco incentivo à produção e à comercialização do artesanato local

Carência de profissionais qualificados para a cadeia do turismo

Insuficiência e pouca qualidade dos serviços de hospedagem e alimentação fora de Aracaju.

Fragilidade da gestão dos atrativos relacionados ao patrimônio histórico prejudicando sua visitação e restringindo o acesso dos turistas.

Deficiência da sinalização turística.

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282

Produto Turístico

Relaciona-se diretamente com a motivação de viajar a um destino turístico. Tem como base os atrativos que originam o deslocamento do turista a um espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços

necessários para satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo turístico.

Oportunidades

Investimento de cadeias hoteleiras em Aracaju.

Estabilidade climática favorecendo os segmentos principais.

Capital estrangeiro investido na economia local a partir da indústria petrolífera.

Programas federais de incentivo ao desenvolvimento do turismo e da cultura.

Investimentos realizados com recursos do Prodetur no Estado e na Região Nordeste.

Valorização externa do ecoturismo e do turismo histórico-cultural.

Proximidade de outros destinos turísticos consolidados.

Aumento do fluxo turístico da terceira idade no país.

Crescimento das oportunidades de realização de eventos de grande porte no território nacional.

Ameaças

Investimento externo atrai mão de obra externa e não valoriza produção local.

Concorrência dos estados vizinhos com produtos mais qualificados e consolidados

Influência das crises econômicas mundiais

Influência externa modificando a cultura local

Fragilidade dos recursos ambientais de uso turístico.

Comercialização

Contempla as ações destinadas a fortalecer a imagem dos destinos turísticos e a garantir a eficiência e eficácia dos meios de comercialização escolhidos.

Forças

Custo acessível dos produtos e serviços turísticos se comparado a outras áreas.

Proximidade dos Municípios do Polo facilitando a implantação de roteiros integrados.

Investimentos realizados na divulgação e promoção do Estado de Sergipe.

Fragilidades

Falta de integração para comercialização do destino Polo Costa dos Coqueirais.

Inexistência de diretrizes de marketing específico para o Polo.

Fragilidade da identidade/imagem do Polo

Falta de integração entre o empresariado para comercialização dos produtos turísticos.

Comercialização centrada em poucos atrativos turísticos.

Defasagem entre a imagem real e a imagem divulgada e comercializada dos atrativos turísticos.

Gasto turístico centrado em Aracaju.

Oportunidades

Comercialização do turismo facilitada pela definição, pelo MTur, de Aracaju como destino indutor do turismo no país.

Atrativos turísticos intercomplementares entre Sergipe e Estados limítrofes.

Mercado do turismo não esgotado.

Mercado emissor principal próximo à área turística, potencializando a atratividade do destino.

Ameaças

Competição com destinos próximos.

Existência de roteiros alternativos em estados vizinhos.

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283

Infraestrutura e Serviços Básicos

Integra investimentos de infraestrutura e serviços não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas necessários para gerar acessibilidade ao destino e dentro dele e para satisfazer as necessidades básicas

do turista durante a sua estada, quanto a serviços de saneamento, energia, telecomunicações, saúde, segurança e transporte.

Forças

Aeroporto local com novas linhas por meio dos recursos do Prodetur I.

Capital do Estado localizada no Polo.

Malha viária estadual em boas condições de circulação (SE 100 Sul).

Fornecimento de energia elétrica satisfatório.

Saneamento Básico adequado em Barra dos Coqueiros

Fragilidades

Sinalização básica e turística precária.

Precariedade dos meios de comunicação (telefone e internet).

Concentração de instituições ensino em Aracaju.

Vias de acesso aos municípios sem pavimentação (SE 100 Norte, SE 285, SE 290, SE 476 e SE 444).

Precariedade de infraestrutura de apoio (banco, postos de gasolina, borracharia).

Precariedade ou ausência de atracadouros e de infraestrutura turística.

Precariedade no atendimento do sistema de abastecimento de água e esgoto.

Ausência de sistema de tratamento e deposição adequada dos resíduos sólidos.

Falta de policiamento turístico.

Patrimônio público degradado

Concentração de infraestrutura em Aracaju

Ocupação desordenada

Especulação imobiliária.

Baixa acessibilidade e funcionamento dos equipamentos turísticos

Oportunidades

Programas governamentais de saneamento ambiental.

Construção e recuperação de rodovias.

Ameaças

Poluição do meio ambiente.

Infraestrutura aeroportuária e malha aérea pouco diversificada.

Compra de insumos fora do estado.

Fortalecimento Institucional

Engloba ações orientadas a fortalecer as instituições do polo turístico, mecanismos de gestão e coordenação no âmbito federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão turística estadual

e municipal.

Forças

Proximidade entre os municípios favorecendo a integração e a aplicação de políticas públicas.

Consolidação do Polo por meio da sua criação no Prodetur I em 1995.

Existência das Secretarias Municipais de turismo.

Cooperativismo – associações voltadas à pesca, catadoras de mangaba e artesanato.

Instituição de capacitação empresarial.

Setor privado atuante.

Experiência no turismo de base comunitária em Santa Luzia do Itanhy.

Existência de órgãos voltados à capacitação, consultoria e universidades.

Presença de grandes empresas no Estado.

Fragilidades

Dependência das instâncias estadual e municipais de recursos federais e externos para desenvolvimento do turismo.

Falta de integração e articulação intermunicipal e do trade.

Inexistência de Conselhos Municipais de Turismo.

Conselho de desenvolvimento do Polo inativo.

Ausência ou precariedade de Instrumentos de Gestão municipais e regionais.

Inexistência de Planos específicos voltados ao turismo.

Secretarias de turismo sem estrutura para o planejamento e gestão do turismo local.

Dependência de ações e políticas estaduais e federais.

Ausência de métodos, processos e instrumentos para a avaliação do potencial turístico e implantação de novos produtos turísticos.

Ausência da participação da sociedade no desenvolvimento turístico.

Pouca participação dos municípios na construção do PDITS.

Falta de compromisso dos municípios para o

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284

Fortalecimento Institucional

Engloba ações orientadas a fortalecer as instituições do polo turístico, mecanismos de gestão e coordenação no âmbito federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão turística estadual

e municipal.

desenvolvimento do turismo.

Falta de união do TRADE.

Instrumentos de gestão ineficientes.

Falta de políticas públicas que assegurem a continuidade das ações.

Falta de profissionais qualificados para o mercado do turismo.

Oportunidades

Recursos de Programas de Governo Federal e Estadual para investimento em fortalecimento.

Incentivo de programas federais e estaduais para gestão integrada do território.

Crescente valor atribuído aos mecanismos de participação social e às parcerias público-privadas.

Estabelecimento de Parcerias (Alagoas e Bahia) e estados vizinhos.

Ameaças

Descontinuidade de políticas públicas nos municípios.

Dependência de ações e políticas estaduais e federais.

Funcionamento do conselho do polo atrelado à perspectiva de recebimento externo.

Não inclusão da população local no movimento de desenvolvimento turístico dos municípios por força da atuação de agentes externos de maior poder econômico.

Gestão Ambiental

Engloba a proteção dos recursos naturais e culturais, que constituem a base da atividade turística, além de prevenir e minimizar os impactos ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam

gerar.

Forças

Existência de projetos voltados para a preservação ambiental.

Existência de Conselho Estadual para a Defesa do Meio Ambiente de Sergipe.

Existência de Programas Ambientais estratégicos.

Valorização do meio ambiente.

Fragilidades

Falta de sensibilização da população e dos turistas referente às questões voltadas à preservação ambiental e turismo sustentável.

Falta de priorização por parte dos administradores para a preservação ambiental.

APA e APP sofrem pressão de atividades econômicas, inclusive do turismo.

Pouca Mão de obra especializada.

Desmatamento de florestas.

Meio ambiente frágil – Mangues e Restingas.

Falta de valorização das áreas ambientais.

Gestão ambiental somente com documento formal.

Falta de profissionais qualificados para o mercado do turismo.

Oportunidades

Existência de Projetos voltados ao meio ambiente (Tamar).

Organizações da sociedade civil e do estado voltados à presença ambiental

Presença de Unidades de Conservação Federal, Estadual e Municipal.

Capital da qualidade de vida.

Aumento do número de moradores.

Ameaças

Ausência de fiscalização e monitoramento ambiental.

Deficiência nos instrumentos de gestão ambiental.

Falta de definição e orientação para a utilização turística em Áreas de Proteção Ambiental - APA – Plano de Manejo.

Competitividade gerada pela qualificação de outros estados.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A elaboração de estratégias de desenvolvimento turístico para o Polo Costa dos Coqueirais a partir da Matriz SWOT baseou-se no estágio atual do destino e sua possibilidade de enfrentar o mercado e na correlação existente entre as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Neste sentido, optou-se, para o Polo pela estratégia de minimização das fraquezas e maximização das oportunidades, que se aplica a situações em que são detectadas diversas fragilidades, mas o ambiente externo é favorável, permitindo o aproveitamento das oportunidades. No caso do Costa dos Coqueirais nota-se que o ambiente favorece os

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285

segmentos em que pretende atuar mais fortemente e que, dirimindo os pontos fracos, será possível aproveitas as oportunidades oferecidas pelo mercado.

E. Espacialização da Caracterização e dos Pontos Críticos

Os Mapas a seguir demonstram graficamente as características e os pontos críticos detectados e analisados, considerando alguns temas básicos do PDITS em elaboração, quais sejam: Produto Turístico, Comercialização, Infraestrutura e Serviços, Acessibilidade e Conectividade e Meio Ambiente.

Figura 133. Atrativos Turísticos – Polo Costa dos Coqueirais, 2012.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

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286

Figura 134. Comercialização de Produtos Turísticos – Polo Costa dos Coqueirais, 2012.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

Figura 135. Infraestrutura e Serviços Básicos – Polo Costa dos Coqueirais, 2012.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

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287

Considerou-se como satisfatórios os serviços prestados nos municípios que estão na faixa de

71% a 100% de atendimento dos serviços, enquanto o precário está entre 41% a 70% dos

domicílios atendidos. Abaixo de 40% de domicílios atendidos por infraestrutura básica foi

considerado extremamente precário.

O sistema de esgotamento sanitário é o que necessita de maiores investimentos uma vez

que, dos treze municípios que compõem o Polo, dez municípios possuem o atendimento

extremamente precário e dois possuem atendimento precário. Da mesma forma, os serviços

de abastecimento de água e de limpeza urbana têm sido restritos, refletindo negativamente

na oferta de qualidade ambiental e na sustentabilidade da região. O único serviço

considerado satisfatório em todos os municípios foi o atendimento da rede de energia elétrica.

Neste sentido as diretrizes para a formulação das estratégias apontam para a necessidade de

implantação de infraestrutura e de serviços que reflitam na melhoria das condições do destino

para o atendimento ao turista tendo em vista o desenvolvimento do turismo no Polo.

Figura 136. Condições de Acessibilidade e Conectividade – Polo Costa dos Coqueirais, 2012.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

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288

O sistema de acessibilidade turística tem como pontos centrais, voltados ao desenvolvimento turístico, a complementação do sistema rodoviário no trecho norte e em povoados do trecho sul; a estruturação do transporte fluvial uma vez que o mapa aponta a existência de circuitos fluviais comercializados e potenciais; a presença de circuito ferroviário de interesse turístico que pode ser estruturado; a estruturação de atracadouros para a oferta de roteiros. Importa acrescentar que o aeroporto e os terminais rodoviários localizados em Aracaju fortalecem a acessibilidade no Polo, porém nos outros municípios do Polo há carência destes equipamentos.

Observa-se também a falta integração, principalmente, entre o sistema rodoviário e fluvial para a estruturação de produtos, rotas e atividades complementares ao turismo mesmo com a existência de atrativos turísticos e com a configuração do sistema rodoviário que cria condições para o estabelecimento de eixos principais de circulação de turistas.

Busca-se, portanto, otimizar as condições de acessibilidade, tanto rodoviária, quanto hidroviária e aérea e estruturar o sistema de transporte nos municípios para favorecer a conectividade entre eles.

Figura 137. Aspectos Ambientais – Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

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289

3A PARTE: VALIDAÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA

Page 312: polo costa dos coqueirais

290

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291

9. IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS

9.1. A Hierarquização dos Atrativos Principais do Polo Costa dos Coqueirais

Como um dos itens a considerar para a validação da seleção da área turística – Polo Costa dos Coqueirais, a análise da importância dos atrativos turísticos existentes baseou-se na hierarquização dos principais atrativos consolidados e potenciais.

A metodologia utilizada para a hierarquização, a seguir descrita, foi configurada a partir da adaptação daquela utilizada pela Organização Mundial do Turismo – OMT - e pelo Centro Interamericano de Capacitação Turística – CICATUR, e compõe-se de duas etapas intercomplementares.

Etapa 1 – Avaliação do Potencial de Atratividade

A avaliação do potencial de atratividade de cada elemento considerou a sua peculiaridade e o interesse que pode despertar nos turistas. O Quadro 40:, a seguir, estabelece uma ordem quantitativa para esta análise – de 3 (alto potencial de atratividade) a zero (ausência de méritos suficientes para atrair o turista).

Quadro 40: Critérios para Avaliação do Potencial de Atratividade

Hierarquia Características

3 (alto) Atrativos turísticos excepcionais e de grande interesse, com significação para o mercado turístico internacional, capazes de, por si só, motivar importantes correntes de visitantes, atuais e potenciais.

2 (médio) Atrativos com aspectos excepcionais em um país, capazes de motivar uma corrente atual ou potencial de visitantes deste país ou estrangeiros, em conjunto com outros atrativos próximos a este.

1 (baixo)

Atrativos com algum aspecto expressivo, capazes de interessar visitantes do próprio país, que tenham chegado à área por outras motivações turísticas ou capazes de motivar fluxos turísticos regionais e locais, atuais e potenciais.

0 (sem méritos suficientes)

Atrativos sem méritos suficientes, mas que são parte do patrimônio turístico como elementos que podem complementar outros de maior hierarquia. Podem motivar correntes turísticas locais, em particular a demanda de recreação popular.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Etapa 2 – Avaliação de Aspectos Complementares

Nesta etapa foram considerados o grau de uso atual, a representatividade, o estado de conservação da paisagem circundante, a infraestrutura existente e as condições de acesso. Os atrativos foram analisados considerando cada um desses aspectos, de maneira a fornecer subsídios para a diferenciação objetiva das características e dos graus de importância de cada um deles.

O grau de uso atual permite analisar o fluxo turístico atual para o atrativo e o impacto provocado por esta dinâmica no município onde se localiza. O grau de uso atual difere do grau de interesse, na medida em que representa um fato que ocorre no presente, e não o fluxo potencial para o dado atrativo. Um alto grau de uso indica que o atrativo apresenta uma utilização turística efetiva.

A representatividade fundamenta-se na singularidade ou raridade do atrativo. Quanto mais se assemelhar a outros atrativos, menos interessante ou prioritário ele será.

O estado de conservação da paisagem circundante é verificado por observação in loco e relaciona-se à área circunvizinha ao atrativo. Refere-se à ambiência12 do atrativo.

A existência e o estado de conservação da infraestrutura é observada in loco e refere-se às instalações, equipamentos ou serviços que vinculam-se ou interferem na atividade

12 Ambiente que está em volta do atrativo.

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292

turística em um determinado atrativo, seja ela pública ou resultante de investimentos da iniciativa privada.

As condições de acesso ao atrativo dizem respeito às vias existentes, sua adequação, suficiência e estado de conservação.

O quadro a seguir apresenta a matriz de hierarquização utilizada, com o cruzamento entre o potencial de atratividade e os aspectos complementares considerados para análise da importância dos atrativos turísticos principais do Polo Costa dos Coqueirais, tendo em vista a validação da seleção da área turística.

Quadro 41: Matriz de hierarquização dos atrativos turísticos

Critérios Classificação

0 1 2 3

(a) Potencial de atratividade

Sem méritos suficientes

Baixo Médio Alto

(b) Grau de uso atual Fluxo turístico insignificante

Pequeno fluxo Média intensidade e

fluxo Grande fluxo

(c) Representatividade Nenhuma Elemento

bastante comum Pequeno grupo de

elementos similares Elemento

singular, raro

(d) Estado de conservação da paisagem circundante

Estado de conservação

péssimo.

Estado de conservação

regular

Bom estado de conservação

Ótimo estado de conservação

(e) Infraestrutura Inexistente Existente, mas

em estado precário

Existente, mas necessitando de

intervenções/ melhorias

Existente e em ótimas condições

(f) Acesso Inexistente Em estado

precário

Existente, mas necessitando de

intervenções/ melhorias

Em ótimas condições

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Para os itens “potencial de atratividade” e “representatividade” foi atribuído peso 2 (dois), por serem mais significativos em comparação com os demais itens avaliados.

Pela soma dos pontos obtidos define-se o ranking dos atrativos analisados. Quanto maior o número de pontos de determinado atrativo, maior a sua importância relativa.

A partir do Diagnóstico Estratégico realizado, foi definida a lista de atrativos a considerar neste estudo, conforme apresentado no Quadro 42:

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293

Quadro 42: Atrativos Turísticos do Polo Costa dos Coqueirais Considerados para Hierarquização

Atrativos Naturais Atrativos Culturais

Praia de Atalaia - Aracaju

Rio Vaza Barris – Croa do Goré

Praia do Saco

Praia do Abais / Escuna Gazzela

Mata do Crasto e Navegação pelo rio Piauí – Turismo Náutico e de Pesca

Foz do Rio São Francisco

Povoado Cabeço

Povoado Saramén

Pantanal Nordestino

Ponta dos Mangues

Lagoa Redonda

Lagoa do Sangradouro

Cachoeira Roncador

Vale da Lucrécia

Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO

Museu da Gente Sergipana

Festejos Juninos

Patrimônio Arquitetônico

Riquezas Folclóricas / Encontro Cultural de Laranjeiras

Praça de São Francisco (Patrimônio Cultural da Humanidade)

Praça da Matriz

Conjunto Arquitetônico do Carmo

Igreja Nossa Senhora do Amparo

Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

Cristo Redentor

Patrimônio Arquitetônico / Bairro Porto D`Areia e Centro Histórico de Estância

Festa de São João

Sede do Projeto Cultura em Foco

Engenho São Felix Engenho / Fazenda Castelo

Atrativos vinculados a Atividades Econômicas Eventos

Mercado Público Antônio Franco

Mercado Público Thales Ferraz

Sede do Programa Cultura em Foco

Cachaçaria Reserva do Barão

Festejos Juninos

Encontro Cultural de Laranjeiras

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Da leitura diagnóstica, extrai-se que dos treze municípios que compõem a Área Turística, o único destino indutor é o município Aracaju. Os demais municípios que compõem a AT apresentam atrativos turísticos que podem ter atratividade nacional e mesmo internacional, porém caracterizam-se por não possuírem, ainda, equipamentos turísticos suficientemente estruturados para o desenvolvimento do turismo e nem fluxo atual considerável.

Tais municípios foram analisados levando-se em conta os seguintes aspectos: atratividade, uso atual, representatividade, conservação da paisagem circundante, infraestrutura e acesso.

Cada atrativo teve a pontuação somada, obtendo um resultado entre 0 e 24 pontos. Para efeito de validação da área, consideram-se os municípios que possuem entre 15 a 19 pontos e aqueles com pontuação acima de 20.

Tomando-se como referência os atrativos do Quadro 42: e transpondo-os para a tabela de hierarquização, tem-se os resultados apresentados na Tabela 65.

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294

Tabela 65. Hierarquização de Atrativos Polo Costa dos Coqueirais – SE

Tipos de Atrativo

Atrativo Potencial de atratividade (n x 2)

Grau de uso atual

Representatividade (n x 2)

Estado de conservação da paisagem circundante

Infraestrutura Acesso Total

Atrativos Naturais

1. Praia de Atalaia - Aracaju 2 x 2 = 4 2 2 x 2 = 4 3 3 3 19

2. Rio Vaza Barris; e

3. Croa do Goré - Aracaju 1 x 2 = 2 2 2 x 2 = 4 2 2 2 14

4. Praia do Saco; e

5. Praia do Abais - Estância 1 x 2 = 2 2 2 x 2 = 4 2 2 2 14

6. Mata do Crasto - Santa Luzia do Itanhy; e 7. Rio Piauí – Litoral Sul

1 x 2 = 2 0 2 x 2 = 4 1 1 2 10

8. Foz do Rio São Francisco – Brejo Grande 3 x 2 = 6 2 3 x 2 = 6 2 2 2 20

9. Povoado Cabeço e

10. Povoado Saramén – Brejo Grande 1 x 2 = 2 2 2 x 2 = 4 2 2 2 14

11. Pantanal Nordestino - Pacatuba 2 x 2 = 4 2 3 x 2 = 6 2 2 2 18

12. Ponta dos Mangues,

13. Lagoa Redonda,

14. Lagoa do Sangradouro,

15. Cachoeira Roncador,

16. Vale da Lucrécia,

17. Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO - Pacatuba

2 x 2 = 4 2 2 x 2 = 4 2 2 2 16

18. Ilha da Sogra 1 x 2 = 2 2 1 x 2 = 2 2 2 2 12

19. Lagoa dos Tambaquis e APA Sul 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 2 2 2 11

20. Mangue do Farnaval 1 x 2 = 2 1 0 x 2 = 0 2 2 2 9

21. Povoado de Terra Caída; e

22. Povoado Pontal 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 2 2 2 11

23. Praia da Caueira; e

24. Ilha Mem de Sá 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 2 2 2 11

25. Navegação pelo Rio Sergipe 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 2 2 2 11

26. Praias de Atalaia Nova, da Costa e Jatobá 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 1 1 1 8

27. Prainha do Porto Grande 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 0 0 0 5

28. Prainha de São Braz 1 x 2 = 2 1 0 x 2 = 0 1 1 1 6

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Tipos de Atrativo

Atrativo Potencial de atratividade

(n x 2)

Grau de uso atual

Representatividade

(n x 2)

Estado de conservação da paisagem circundante

Infraestrutura Acesso Total

Atrativos Culturais

29. Patrimônio Arquitetônico - Laranjeiras 2 x 2 = 4 2 2 x 2 = 4 2 2 2 16

30. Praça de São Francisco;

31. Praça da Matriz;

32. Conjunto Arquitetônico do Carmo;

33. Igreja Nossa Senhora do Amparo;

34. Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos;

35. Cristo Redentor - São Cristóvão

3 x 2 = 6 2 3 x 2 = 6 2 2 2 20

36. Bairro Porto D`Areia;

37. Centro Histórico - Estância 2 x 2 = 4 1 2 x 2 = 4 2 2 2 15

38. Engenho São Félix; e

39. Fazenda Castelo – Santa Luzia do Itanhy 2 x 2 = 4 1 2 x 2 = 4 2 2 2 15

39. Orla Por do Sol 1 x 2 = 2 2 1 x 2 = 2 2 2 2 12

40. Orla do Bairro Industrial 1 x 2 = 2 2 1 x 2 = 2 2 2 2 12

41. Centro de Convenções de Sergipe 2 x 2 = 4 2 2 x 2 = 4 2 2 2 16

42. Ponte Construtor João Alves 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 2 2 2 11

43. Santuário de Santa Luzia do Itanhy 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 2 2 2 11

44. Travessia do Tototó (Aracaju) 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 2 2 2 11

45. Passeio de Charrete 0 x 2 = 0 1 1 x 2 = 2 1 1 1 6

46. Festa de Santa Luzia 0 x 2 = 0 1 1 x 2 = 2 2 2 2 9

47. Igreja Matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 2 2 2 11

48. Igreja Matriz de Santo Amaro 1 x 2 = 2 1 1 1 1 2 8

49. Capela de Nossa Senhora da Conceição (Engenho Caieira)

1 x 2 = 2 0 1 1 0 2 6

50. Mirante do Cristo 0 x 2 = 0 0 1 0 x 2 = 0 1 2 4

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296

Tipos de Atrativo Atrativo Potencial de atratividade

(n x 2)

Grau de uso atual

Representatividade

(n x 2)

Estado de conservação da

paisagem circundante Infraestrutura Acesso Total

Atividades Econômicas

51. Fazenda Priapu da Feira; e

52. Cachaçaria Reserva do Barão – Santa Luzia do Itanhy

2 x 2 = 4 1 2 x 2 = 4 2 2 2 15

53. Mercados Públicos Antônio Franco e Thales Ferraz

1 x 2 = 2 2 1 x 2 = 2 2 2 2 12

54. Sítio Ebenezer (Santa Luzia) 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 1 2 1 9

55. Engenho Cedro Engenho Antas 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 1 1 1 8

Realizações técnicas,

científicas e artísticas.

56. Museu da Gente Sergipana - Aracaju

2 x 2 = 4 2 2 x 2 = 4 3 3 3 19

57. Sede do Programa Cultura em Foco – Santa Luzia do Itanhy

1 x 2 = 2 1 2 x 2 = 4 2 2 2 13

58. Oceanário de Aracaju 1 x 2 = 2 2 1 x 2 = 2 2 2 2 12

Eventos programados

59. Festa de São João – Diversos Municípios

2 x 2 = 4 2 2 x 2 = 4 2 3 3 18

60. Encontro Cultural - Laranjeiras 2 x 2 = 4 2 3 x 2 = 6 2 2 2 18

61. Natal de Luz (Estância) 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 2 2 2 11

62. Festa da Padroeira (Socorro) 1 x 2 = 2 1 1 x 2 = 2 1 1 2 9

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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297

Por meio da avaliação dos atrativos turísticos efetivos e potenciais existentes no Polo – e de sua valoração, hierarquização e atributos – é possível concluir que a área apresenta grande potencialidade turística. De forma geral, a singularidade, a relevância e a diversidade dos atrativos existentes nos treze municípios que compõem o Polo Costa dos Coqueirais deverão ser suportadas por investimentos em infraestrutura que alavancarão – mediante planejamento - o pleno desenvolvimento das atividades turísticas, visando, de maneira abrangente, os mercados regional, nacional e internacional.

Considerando os principais critérios que balizam a mensuração qualitativa de atrativos, quais sejam, o grau de interesse que o recurso desperta na demanda, a singularidade do recurso e sua disponibilidade em tempo, conclui-se que a capital Aracaju - e nela a praia de Atalaia; a Foz do Rio São Francisco; o Pantanal Nordestino e as cidades históricas assumem grande relevância. São atrativos que despertam grande interesse nacional, são singulares e podem ser visitados todos os meses do ano.

O Pantanal Nordestino de Pacatuba, assim como as cidades históricas de São Cristóvão, Laranjeiras e Estância, em que pese a sua singularidade e atratividade, recebem, na avaliação, nota inferior aos demais atrativos devido ao fato de ainda não constituírem produto turístico. Os atrativos vinculados a estes destinos encontram-se ainda pouco explorados em todas as suas potencialidades.

Os atrativos turísticos pertinentes a Aracaju, como capital e portão de entrada do Estado, destacam-se dentre os demais atrativos do Polo, em especial a Praia de Atalaia, detentora de infraestrutura hoteleira e de equipamentos de lazer de implantação recente. Associadas aos atrativos naturais ligados às praias e aos rios da capital destacam-se as festas juninas, eventos festivos de repercussão nacional, comemoradas também em diversos outros municípios do Estado.

A Foz do Rio São Francisco, no município de Brejo Grande, igualmente, apresenta-se como um dos principais atrativos turísticos do Polo, sendo um destino já comercializado por operadoras de turismo locais. Diferentemente dos demais atrativos avaliados, a Foz do São Francisco, por sua exclusividade, coloca-se com um atrativo de escala internacional, capaz de motivar por si só importantes fluxos internacionais e nacionais.

Ainda pouco explorado, o Pantanal Nordestino, localizado no município de Pacatuba, conforma, juntamente com a praia de Ponta dos Mangues, as Lagoas Redonda e do Sangradouro, a Cachoeira Roncador e o Vale da Lucrécia (Pirambu), um importante conjunto de atrativos ecoturísticos, em que estão presentes equipamentos científicos (sede do Projeto TAMAR) e biomas preservados. O Pantanal possui 40 km² de área com um ecossistema que abriga lagoas, manguezais, áreas remanescentes de Mata Atlântica, dunas, mar e uma fauna rica, composta por lontras, capivaras, jacarés-de-papo-amarelo e mais de cem espécies de aves.

A despeito das belas paisagens, a região do Pantanal Nordestino não possui infraestrutura turística alguma. O acesso desde Aracaju é realizado pela SE-100 Norte, rodovia não pavimentada neste trecho e sinalização precária.

A Praia de Ponta dos Mangues, localizada em Pirambu, a 23 Km da cidade de Pacatuba. caracteriza-se por ser uma praia deserta e calma. Em algumas épocas do ano as ondas podem chegar a dois metros de altura, atraindo os surfistas.

As areias de Ponta dos Mangues são também utilizadas pelas tartarugas para a desova. Neste sentido, o projeto Tamar atua na região com o objetivo de protegê-las. Entretanto, observa-se ainda o tráfego de veículos nas areias da praia, comprometendo a segurança dos visitantes e a desova das tartarugas.

Com relação aos atrativos culturais com ênfase em Patrimônio Histórico, o Polo se destaca com as cidades de São Cristóvão, Laranjeiras e Estância. A cidade de São Cristóvão, quarta mais antiga do Brasil, localizada a apenas 23 km de Aracaju, abriga um conjunto

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arquitetônico de grande valor histórico-cultural. Em 1967 o conjunto arquitetônico e urbanístico do Centro Histórico foi tombado pelo IPHAN e em 2010 a Praça São Francisco recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Importa acrescentar que a riqueza patrimonial também é configurada pelo centro de artesanato, igrejas, museus, palácios, fazendas e engenhos.

A cidade histórica de Laranjeiras, cuja arquitetura colonial complementa a existente em São Cristóvão, destaca-se pela existência de importantes atrativos ligados ao patrimônio cultural imaterial. Tem no Encontro Cultural de Laranjeiras, realizado anualmente no início do mês de Janeiro e na Micareme seus momentos especiais e festivos.

A complementaridade entre os atrativos do Polo Turístico Costa dos Coqueirais evidencia-se nos municípios de Aracaju, São Cristóvão, Laranjeiras (Turismo Cultural), os municípios de Pacatuba e Pirambu (Turismo de Sol e praia e Ecoturismo) e a Foz do Rio Francisco (Brejo Grande). Com o desenvolvimento de ações conjuntas entre as diferentes categorias de atrativos, se proporcionará a atração de um maior e diversificado número de visitantes e com perfis distintos. A complementaridade entre os atrativos sugere a elaboração de roteiros integrados considerando a similaridade entre eles e os segmentos turísticos potenciais do Polo, ainda que respeitando a singularidade de cada um deles. Neste sentido, destacam-se os segmentos turismo de sol e praia, histórico-cultural e ecoturismo. O segmento de negócios e eventos, centrado em Aracaju, encontra, nos demais segmentos, um complemento que leva à maior permanência e maior gasto do turista no Polo.

Todos esses fatores contribuem para que os impactos positivos da atividade sejam maximizados, ampliando os benefícios econômicos do turismo para todos os atores envolvidos a partir do desenvolvimento do turismo sustentável. Os esforços devem ser direcionados para a consolidação de uma identidade comum ao Polo Turístico, baseada em seus aspectos naturais, históricos e culturais.

A integração entre os diversos atores e instâncias envolvidas, o desenvolvimento de circuitos turísticos e roteiros integrados, bem como a comercialização conjunta de produtos e atrativos deverão ser dinamizadas pelo Conselho do Polo Costa dos Coqueirais.

Com relação às regiões abrangidas pelo Pantanal Nordestino e pela REBIO – Santa Izabel destaca-se a importância do ecoturismo como principal segmento econômico, já que outras atividades, de cunho predatório, ameaçam a integridade da paisagem local.

A hierarquização dos atrativos turísticos existentes no Polo Costa de Coqueirais13 permite concluir pela importância e significado dos mesmos, ao tempo em que alguns deles caracterizam a área turística como singular e diferenciada perante as áreas turísticas de Estados concorrentes. Cabe, entretanto, ressaltar, a necessidade de investimentos diversos, que deverão compor o Plano de Ação deste PDITS, para que o Polo e o Estado de Sergipe assumam realmente tal posição.

9.2. Acessibilidade e Conectividade

O Estado de Sergipe possui localização estratégica no território nacional, entre dois estados brasileiros de destaque no cenário turístico: Bahia e Alagoas. É possível aos turistas acessá-lo por via terrestre ou aérea. Possui também elementos favoráveis para o desenvolvimento do turismo, dentre os quais a grande diversidade que marca o seu território, com áreas de patrimônio natural como cerrado, caatinga, mata atlântica, praias, restingas e mangues, em associação a unidades de conservação ambiental, folclore, culinária, artesanato e patrimônio histórico-cultural. A pequena dimensão do seu território facilita a conectividade dessas áreas e, em consequência, o estabelecimento e a comercialização de roteiros turísticos integrados. É, portanto, um destino promissor, com

13

Os atrativos turísticos do polo Costa dos Coqueirais são apresentados no item 4.3.1.

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áreas turísticas já consolidadas e em crescimento e grande potencial para expansão e desenvolvimento sustentável.

O Polo Costa dos Coqueirais, por abrigar Aracaju, principal portão de entrada do Estado, assume também destaque no cenário turístico estadual. Concentra a oferta de atrativos e equipamentos e, ainda que seja constituído por treze municípios, são curtas as distâncias a serem percorridas pelos turistas em seu território – no total, o litoral sergipano tem 163 km - possibilitando o acesso do visitante às mais variadas ofertas, favorecendo a conectividade.

O acesso aéreo ao Polo é realizado pelo Aeroporto de Santa Maria localizado em Aracaju, que oferece voos diretos para as principais capitais brasileiras. Estão sendo desenvolvidos pelo Governo do Estado, em parceria com a Infraero, projetos de reforma e ampliação da pista de pouso do aeroporto de Aracaju, além da construção de um novo pátio e terminal de passageiros. A celeridade na realização das obras resultantes repercutirá na ampliação do acesso, em melhoria da qualidade e na segurança dos usuários.

Os terminais rodoviários instalados em Aracaju - Governador José Rollemberg Leite e Luiz Garcia abrigam linhas de ônibus interestaduais e intermunicipais, abrangendo diversos estados, próximos e mais distantes, e municípios de Sergipe. Os demais municípios do Polo não possuem Terminais Rodoviários, ainda que contem com linhas regulares de ônibus que partem e chegam a Aracaju.

A malha rodoviária de acesso ao Polo é composta por um conjunto de rodovias federais e estaduais, em grande parte pavimentadas e com boas condições de trafegabilidade. Os principais portões de entrada são as rodovias federais BR 101 e 235 e a rodovia estadual SE 100. A SE 100, que é o eixo articulador do turismo litorâneo do Polo Costa dos Coqueirais, de sul a norte – entre a Bahia e Alagoas, ainda demanda investimentos em infraestrutura e obras complementares, tais como pavimentação de trechos, (principalmente no litoral norte) e de vias de ligação com rodovias municipais, implantação de sinalização, iluminação e construção de pontes. Tais investimentos são de significativa importância, pois permitirão a continuidade do percurso turístico, induzindo fortemente o deslocamento dos visitantes por todo o Polo.

A malha hidroviária do Polo é formada por cursos navegáveis de porte significativo, propícios ao transporte de passageiros e à criação e exploração de roteiros turísticos.

O transporte hidroviário entre os municípios e povoados ribeirinhos se dá, atualmente, por meio de lanchas, barcos a vela, barcas com motor diesel, catamarãs, balsas, escunas e tototós, operados por barqueiros autônomos. As necessidades de investimento neste campo incluem a construção, ampliação e reforma de atracadouros, bem como a ordenação e a implantação de desenho e normas operacionais que possibilitem a melhoria da qualidade do transporte hidroviário de passageiros e o aproveitamento de seu potencial como atrativo turístico, componente de roteiros turísticos integrados na região do Polo Costa dos Coqueirais.

Para o turista que desembarca na capital estão disponíveis serviços de boa qualidade relativos à locação de veículos, transporte por vans e taxi. O transporte urbano de passageiros por ônibus, em Aracaju, é considerado de boa qualidade. Inexistem linhas regulares de ônibus de turismo na capital. O acesso de turistas aos municípios dos trechos norte e sul do Polo Costa dos Coqueirais é atendido por agências de turismos sediadas em Aracaju ou por meio de veículos próprios ou alugados; a qualidade incipiente do transporte intermunicipal não viabiliza o seu uso turístico.

Quanto às atuais condições de conectividade e acessibilidade existentes no Polo Costa dos Coqueirais, conclui-se pela necessidade de investimentos significativos para adequação e melhoria da malha viária e da infraestrutura e operação do transporte hidroviário, rodoviário intermunicipal e do transporte urbano. Por outro lado, tem-se como pontos positivos, que viabilizam o Polo como área turística prioritária do Estado, a sua localização estratégica, as pequenas distâncias entre os municípios e seus atrativos turísticos, viabilizando a conexão

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necessária e a adoção de roteiros turísticos temáticos e integrados internos ao Costa dos Coqueirais e conjuntos com o Polo Velho Chico.

9.3. Nível de Uso Atual e Potencial da Área Turística

No Polo Costa dos Coqueirais, o uso turístico planejado da área teve como marco inicial a elaboração do Plano Estratégico do Turismo de Sergipe, em 2001 e, posteriormente, do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável - PDITS 2001-2003, que motivou investimentos significativos no âmbito do Prodetur Nordeste – Ministério do Turismo. Desde então, o incremento da atividade turística no Estado concentrou-se claramente em Aracaju e nas vizinhas cidades históricas de São Cristóvão e Laranjeiras e, a partir da capital, na comercialização dos roteiros Delta do São Francisco e Povoado de Mangue Seco – divisa com a Bahia.

Embora inexistam séries históricas relativas à capacidade de carga ou à saturação dos atrativos turísticos, a análise técnica do cenário alvo permite afirmar que a pressão exercida pelo turismo na área do Polo, considerados os últimos doze anos, centrada na Região Metropolitana de Aracaju, não representou impacto significativo, a ponto de provocar a deterioração notável de suas características naturais ou de seus valores culturais. Neste período, observou-se em Aracaju a expansão dos equipamentos de hospedagem e dos serviços turísticos, bem como dos investimentos voltados à infraestrutura urbana de apoio ao turista, de forma a suprir, a contento, a demanda turística atual. Entretanto, a capacidade de carga dos atrativos, mesmo considerando as épocas de temporada – férias e verão – não se encontra esgotada, seja do ponto de vista ambiental ou da qualidade da experiência turística. De qualquer forma, considerando o crescimento do fluxo turístico e os investimentos previstos para a próxima década, no âmbito do PDITS em processo de revisão, medidas preventivas diversas são exigidas, dentre as quais o reforço do controle urbano, dos serviços de saneamento básicos e do fortalecimento do sistema de transporte público e de uso turístico.

Nas demais áreas do Polo, com exceção da procura pelos dois roteiros turísticos principais, hoje em franco crescimento, muito está por fazer. A ausência ou incipiência da infraestrutura e dos serviços turísticos requeridos, bem como da cobertura dos serviços públicos essenciais, a par dos esforços governamentais e do interesse privado, vem atuando como barreira ao desenvolvimento do turismo sustentável. A consolidação do Polo Costa dos Coqueirais a partir de roteiros turísticos integrados e a conexão da área com a do Polo Velho Chico e com os demais polos turísticos do Estado, bem como com os Estados limítrofes e outros da região nordeste são pontos estratégicos imprescindíveis. Inexistem impactos significativos nesta zona, na medida em que o fluxo turístico ainda é moderado; os cenários futuros, pelo grande potencial existente, apontam grande incremento do turismo, pelo que medidas preventivas à saturação ou deterioração do ambiente natural, já originalmente frágil e diversificado, devem ser alvo de atenção continuada.

A análise do uso atual e potencial dos recursos naturais, considerado o segmento turístico de sol e praia, aponta para a inexistência de saturação dos recursos naturais; os impactos negativos sofridos nos trechos de praia, nos trechos do Polo Costa dos Coqueirais, com ênfase para a Área Central e para o Litoral Sul, são debitados mais à ausência de saneamento básico (deposição de esgoto e de lixo) do que ao afluxo de turistas. A expansão e a melhoria desses serviços ao longo do litoral, são medidas que, aliadas ao fortalecimento da segurança e da infraestrutura de apoio turístico, são essenciais para fazer face ao desenvolvimento sustentável do turismo.

O segmento turístico de negócios e eventos de pequeno e médio porte, também em expansão no Polo e considerado como principal, junto ao segmento sol e praia não oferece riscos maiores de saturação ou impacto negativo na área, em médio prazo. Pelo contrário, tem sido oportunidade crescente de desenvolvimento, com sua demanda atendida

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atualmente pelo Centro de Convenções e pelas unidades hoteleiras de Aracaju. O incremento do turismo de negócios e eventos, considerados os próximos dez anos, condicionado à expansão da oferta de instalações apropriadas para iniciativas de grande porte, também exige planejamento e medidas preventivas, entretanto sem outras especificidades além das requeridas pelos demais segmentos.

O turismo histórico-cultural, como segmento turístico complementar, vem aumentando a sua visibilidade e atração ao longo dos últimos anos, calcado na diversidade das manifestações culturais, incluindo os festejos juninos e o artesanato típico local, bem como na riqueza do patrimônio histórico representada por São Cristóvão e Laranjeiras, dentre outras áreas. Como os demais segmentos, também este apresenta larga possibilidade de expansão, sem que, por isto, seja, necessariamente, extrapolada a carga permitida a saturação do ambiente. Entretanto, também exige planejamento e medidas preventivas, por se tratar de patrimônio histórico tombado e de edificações que exigem manutenção continuada. Vistos como conjuntos a serem preservados, tais atrativos demandam ainda medidas coerentes de gestão urbana.

Figura 138. Turismo Histórico-cultural

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Os festejos juninos e outras manifestações religiosas e folclóricas tendem a mobilizar, cada vez mais, grandes massas, incluindo a população local e os turistas. Neste ponto, além do planejamento integrado das instalações físicas necessárias aos diversos municípios do Polo, é necessário considerar, ao longo do tempo, o risco significativo de degradação das origens de tais manifestações, com a introdução de mudanças radicais quanto ao estilo das músicas, das danças, da gastronomia, das vestimentas e todos os outros aspectos que caracterizam os festejos originais, a título de atender à demanda, nem sempre benéfica, do ambiente de consumo e de apelos calcados na mídia, alheia às raízes locais.

Também no segmento complementar do ecoturismo a capacidade de carga e a saturação não são ainda observadas; entretanto, todos os cuidados são necessários neste particular para que se possa assumir o incremento da atividade turística, principalmente no que concerne a áreas preservadas e ambientalmente frágeis. A exigência de estudos de impacto ambiental rigorosos para qualquer empreendimento e a obediência a planos de manejo de áreas preservadas são medidas essenciais. A Rebio Santa Izabel e o Pantanal Sergipano são exemplos clássicos de situações observadas no Polo Costa dos Coqueirais.

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Vale ressaltar ainda a importância da formulação e da implantação de um modelo de gestão integrada do Polo, que envolva todos os setores direta ou indiretamente relacionados ao turismo, no âmbito estadual e municipal, e que insira, como atores efetivos, os representantes da sociedade local. Sob este prisma, está a necessidade de manter e utilizar efetivamente os instrumentos específicos da gestão territorial e urbana, como é o caso dos Planos Diretores Municipais. A prática do planejamento e do controle territorial e urbano é a estratégia mais adequada para evitar problemas fundiários, a ocupação indiscriminada do território e a especulação imobiliária, fenômeno comum em áreas com grande potencial turístico e atividade turística em expansão, como se pretende para o Polo Costa dos Coqueirais.

9.4. Condições Físicas e Serviços Básicos

Aspectos físicos

As condições físicas do Polo Costa dos Coqueirais são favoráveis ao turismo e impulsoras do desenvolvimento do turismo, haja vista a singularidade e a diversidade natural de atrativos formados pelos manguezais, mata atlântica, dunas, mangues, cachoeiras, rios e praias, além das condições climáticas existentes, que propiciam as atividades turísticas durante todo o ano, sem períodos efetivamente impróprios à sua prática.

A hidrografia típica da área turística em estudo possibilita o uso das águas para banhos, para a prática de esportes e para a navegação turística. Os atrativos turísticos mais intensamente explorados atualmente estão vinculados aos recursos hídricos: percurso até a foz do Rio São Francisco e a utilização do Rio Real para Mangue Seco – Bahia.

O clima sub-úmido do Polo caracteriza-se por um período de chuvas concentradas nos meses de abril a julho, temperatura média anual entre 24ºC e 26ºC, com as menores temperaturas ocorrendo nos meses de julho e agosto. A umidade relativa do ar é praticamente constante ao longo de todo o ano. A pequena oscilação da temperatura anual, o baixo índice pluviométrico e a pouca variação da umidade possibilitam o desenvolvimento de atividades aquáticas durante todo o ano, configurando-se como indicativo favorável aos segmentos turístico de sol e praia, náutico e de ecoturismo.

Figura 139. Gruta formadas por substratos calcários

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O relevo traz vantagens para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, uma vez que as baixas altitudes no litoral possibilitam ventos constantes, proporcionando um ambiente agradável. Além disso, podem-se citar algumas feições de relevo existentes na região que, embora apresentem grande fragilidade, representam, por outro lado, grande potencial para exploração turística: (i) as grutas formadas em substratos calcários no

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município de Laranjeiras; (ii) o Pantanal Nordestino, com áreas alagadas, dunas, manguezais, riqueza da fauna e da flora, e (iii) a Reserva Biológica de Santa Izabel.

Serviços básicos

De modo geral, os municípios da Região Metropolitana, que compreende Aracaju, Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro contam com atendimento adequado no que diz respeito à infraestrutura pública e ao saneamento básico.

O fornecimento de energia elétrica é adequado à demanda atual na área do Polo. Destaca-se apenas a necessidade de remanejamento da rede aérea e a instalação de fiação subterrânea nas áreas que abrigam edificações consideradas patrimônio histórico.

A universalização dos serviços de telecomunicação permitiu uma ampla oferta destes em todo o Estado de Sergipe, com destaque para a telefonia fixa e celular e para o acesso à internet nas sedes urbanas. Os demais meios de comunicação como correios, televisão, rádios e jornais possuem maior concentração na Região Metropolitana de Aracaju, ainda que os outros municípios do Polo sejam contemplados com equipamentos de menor porte, como postos de correios, estações locais de rádio transmissão, torres de retransmissão de sinais de televisão, antenas parabólicas e outras. Nos povoados esses equipamentos são mais escassos e, na maioria das vezes, inexistentes.

As maiores deficiências estão relacionadas ao abastecimento de água, à coleta, tratamento e disposição de esgoto e ao serviço de limpeza urbana – coleta e disposição final dos resíduos sólidos. Nos povoados destaca-se maior precariedade quanto ao atendimento destes serviços.

A segurança pública é também fator de instabilidade no Polo uma vez que o serviço de policiamento turístico tem a sua atuação restrita apenas à capital. Diante da perspectiva de expansão e de crescimento do turismo verifica-se a necessidade de aumento do efetivo de segurança em todos os municípios do Polo.

A oferta de serviços de saúde aponta um desequilíbrio no que diz respeito à distribuição dos estabelecimentos de atendimento à saúde entre os municípios do Polo. Na porção central há maior oferta de equipamentos de saúde, seguida pelo Litoral Sul, enquanto que no Litoral Norte há poucas unidades de atendimento de saúde adequadas para suprir às necessidades da comunidade e dos turistas.

A partir da análise da área turística sob o ponto de vista das condições físicas e da infraestrutura e dos serviços básicos pode-se concluir que:

as características físicas da área são grandemente apropriadas para o desenvolvimento do turismo;

a situação atual da infraestrutura pública e dos serviços básicos aponta para a necessidade de melhoria nas áreas urbanas e nos povoados, junto aos atrativos turísticos já explorados e potenciais. Promover o planejamento e a realização de investimentos continuados na expansão da infraestrutura e dos serviços é condição necessária para atendimento da demanda futura, proveniente do aumento populacional e do incremento do turismo, rumo ao desenvolvimento sustentável do Polo, considerando-se os próximos dez anos.

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9.5. Quadro Institucional e Aspectos Legais

As condições legais e institucionais relativas ao Polo Costa dos Coqueirais, com destaque para a gestão do turismo e do meio ambiente, são fatores que influem diretamente no desenvolvimento turístico da área em estudo, devendo ser consideradas para a sua validação.

Figura 140. Organização Mundial do Turismo - OMT

Fonte: MTur, Política Nacional do Turismo 2007-2010, adaptado para Sergipe pela Technum Consultoria

A análise do quadro institucional vigente leva à identificação de três ambientes diferenciados:

o arranjo institucional atual para a gestão das políticas públicas estaduais, notadamente no que se refere à gestão do turismo e do meio ambiente;

a gestão das politicas públicas municipais e sua interface com a administração pública estadual, destacando-se o ambiente institucional pertinente ao município de Aracaju e aos demais municípios que integram o Polo;

a organização e a mobilização social para a gestão pública compartilhada e participativa – organizações não governamentais e iniciativa privada.

Gestão Pública Estadual

A organização do estado para fins de planejamento das políticas públicas estaduais, estabelecendo os Territórios Sergipanos, em 2007, e posteriormente a criação dos cinco

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Polos para efeito do planejamento setorial do turismo, dentre eles o Polo Costa dos Coqueirais, foram iniciativas que contribuíram para definir e agregar os diferentes atores que hoje compõem o Arranjo Institucional para a Gestão do turismo sergipano.

O governo do estado de Sergipe conta, de forma geral, com uma estrutura administrativa bem delineada e fortalecida para a gestão das políticas públicas estaduais, o que tem sido essencial para a manutenção de parcerias com o governo federal, inclusive para captação de recursos e realização de investimentos públicos. No caso do turismo, essa parceria vem carreando investimentos significativos para o Estado, vinculados ao Prodetur/MTur. O turismo se tornou foco prioritário desde o ano 2000, com a elaboração e a implantação do Plano Estratégico de Turismo de Sergipe e dos PDITS para o Polo Costa dos Coqueirais e para o Polo Velho Chico.

Gestão Pública Municipal

Os treze municípios do Polo Costa dos Coqueirais contam em sua estrutura governamental com um organismo voltado para a gestão pública do turismo, sendo doze Secretarias Municipais, como órgãos da administração direta, e uma Fundação, que é o caso Aracaju, capital do Estado, com a Funcaju – Fundação Municipal de Cultura e Turismo.

A estrutura e as condições de funcionamento dos órgãos municipais voltados para o setor de turismo, com algumas exceções, como é o caso da Funcaju, deixam muito a desejar, principalmente no que diz respeito à equipe técnica disponível, aos recursos de tecnologia da informação, à prática do planejamento turístico e à gestão dos atrativos turísticos locais, dentre outros gargalos.

Também no nível municipal nota-se a falta de integração entre os municípios no tocante à gestão do turismo e à promoção e comercialização de roteiros integrados no Polo Costa dos Coqueirais e deste com o Polo Velho Chico. Em que pese os esforços do Governo do Estado neste sentido, os esforços são isolados, não contribuindo para o fortalecimento da identidade da área turística.

Com relação à legislação urbanística, Aracaju destaca-se por possuir todos os instrumentos legais necessários, ainda que o Plano Diretor revisto esteja em fase de aprovação; os demais municípios contam com Planos Diretores em vigor ou em fase de revisão, enquanto Indiaroba, Santa Luzia e Brejo Grande não o possuem. Quanto a esta e a outras leis urbanísticas, resta ao Polo Costa dos Coqueirais evoluir muito, não só pela existência das leis mas, principalmente, pela sua real utilização e pelo exercício do planejamento, da fiscalização e do controle urbano, essenciais à adequada gestão municipal numa área que se propõe a desenvolver sua vocação turística de forma sustentável.

Gestão Descentralizada e Participativa do Turismo

Sob o ponto de vista governamental, observa-se que a gestão do turismo concentra-se ainda fortemente na instância estadual, com destaque também para a administração municipal de Aracaju, cidade que, como porta de entrada para o turismo no Estado, vem recebendo, ao longo dos anos, incentivos e investimentos setoriais de porte, consolidando-se no segmento turístico de sol e praia e de negócios e eventos. Os demais municípios do Polo Costa dos Coqueirais atuam, via de regra, isoladamente no âmbito de seu território, na divulgação dos atrativos turísticos e na realização de eventos locais. A par de todos os esforços do governo do estado para a promoção do turismo em Sergipe, ainda é incipiente o papel desempenhado pelos municípios do Polo, a par daqueles que já se integram nesse sentido.

Por outro lado, organismos não governamentais e representativos da sociedade civil vêm, cada vez mais, atuando em seu campo e mobilizando esforços para o desenvolvimento

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turístico do Estado e, em especial, do Polo Costa dos Coqueirais, ainda que seu campo de influência concentre-se em Aracaju, dado o movimento turístico ali observado. A expansão do campo de atuação das entidades sociais é requerida, de forma a abranger as potencialidades existentes em todo o território do Polo Costa dos Coqueirais e a promover e consolidar a imagem da área turística.

Como mecanismo de gestão participativa e integrada do turismo no Estado, o Fórum Estadual de Turismo vem desempenhando papel relevante. Faz-se, entretanto, necessária a instalação das demais instâncias participativas previstas, quais sejam, ainda no âmbito estadual, os Conselhos do Polo Costa dos Coqueirais e do Polo Velho Chico, e na esfera municipal, os Conselhos Municipais de Turismo (ou o fortalecimento daqueles já existentes), buscando fortalecer os canais de comunicação e de diálogo, bem como de tomada de decisões conjuntas entre o poder público estadual, municipal, iniciativa privada e terceiro setor.

Conclui-se que, sob o ponto de vista institucional, o Polo Costa dos Coqueirais possui amplo potencial para consolidar-se e projetar-se. a Entretanto, para que tal aconteça, investimentos de porte no fortalecimento das instâncias estadual e municipais e na instalação de um modelo de gestão participativa inovador e eficaz.

9.6. Aspectos Ambientais críticos para o Desenvolvimento do Turismo no Polo Costa dos Coqueirais

Para promover o turismo sustentável há que se condicionar o desenvolvimento dessa atividade àqueles relacionados ao meio ambiente. O litoral do Estado de Sergipe apresenta grande diversidade de áreas de interesse ambiental, entre elas os estuários de grande porte formados por uma densa rede de canais compostos por manguezais, vegetação de restinga, dunas móveis e fixas, grande extensão de áreas alagadas no litoral norte do Estado (chamada de “pantanal” de Sergipe), além da presença de um dos principais pontos de desova de tartarugas marinhas do Brasil, localizado no município de Pirambu.

O desenvolvimento do turismo deverá portanto considerar especialmente a fragilidade ambiental da região, materializada na existência de extensas unidades de conservação (UC) de uso sustentável e uso restrito ao longo de toda a costa de Sergipe, compostas principalmente pelas APAs do Litoral Sul e Norte, além da REBIO de Santa Izabel - Figura 141.

Esse mosaico de áreas frágeis protegido por lei faz com que o meio ambiente seja considerado fator-chave para as ações voltadas ao desenvolvimento do turismo na região.

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Figura 141. Principais unidades de conservação existentes no Polo. Fonte: Atlas Digital de Sergipe.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

É importante ressaltar que as atividades turísticas e a preservação ambiental não são incompatíveis, e que o desenvolvimento econômico e social associados às características naturais são considerados, inclusive, no Decreto de criação da APA Litoral Sul. O citado Decreto enfatizou, inclusive, que a implantação da rodovia SE-100 constituiria um importante fator de desenvolvimento econômico e social da área do litoral sul de Sergipe e, devido a esse fato, as atividades deveriam ser harmonizadas com os valores ambientais, uma vez que nessa região “existe um inestimável patrimônio natural, formado por diversos ecossistemas, constituídos por manguezais, áreas estuarinas, dunas, restingas, lagoas e tantas outras áreas, inclusive de grande valor paisagístico” (DECRETO nº 13468 de 21 de janeiro de 1993).

Da mesma forma, a APA do Litoral Norte foi criada com o objetivo geral de “promover o desenvolvimento econômico-social da área, voltado às atividades que protejam e conservem os ecossistemas ou processos essenciais à biodiversidade, à manutenção de atributos ecológicos, e à melhoria da qualidade de vida da população” (DECRETO n.º 22.995 de 09 de novembro de 2004).

Nesse contexto, um dos principais mecanismos para desenvolvimento de atividades turísticas no Polo Costa dos Coqueirais, e que deve constar em uma estratégia que vise o desenvolvimento de turismo sustentável, é a efetivação dessas UCs por meio de seus

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respectivos Planos de Manejo. Esses, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), visam definir os objetivos específicos de manejo de cada zona da UC, orientando a gestão da UC. Entre as principais funções do Plano de Manejo está a de estabelecer a diferenciação e intensidade de uso mediante zoneamento, visando a proteção dos recursos naturais e culturais da UC.

Considerando a fragilidade ambiental da área e a grande porcentagem de área protegida, é importante que seja pensado um turismo de pequeno porte, que atenda à demanda existente e ao mesmo tempo respeite a capacidade de uso dos recursos naturais enquanto produto turístico. Deve-se pensar em um turismo relacionado às características ambientais e paisagísticas específicas existentes na região, explorando de forma sustentável o que cada uma tem de melhor a oferecer.

Dado o exposto, registra-se que a possibilidade de implementação de infraestrutura turística deverá ser estudado em escala detalhada, a partir das estratégias estabelecidas neste PDITS. A título exemplificação, poderiam ser estudados pontos específicos a serem desenvolvidos com potencial para um turismo sustentável como os que se encontram no extremo sul (Figura 142 - Área A), com a facilidade de acesso e grande potencial paisagístico da densa rede de canais, além do extremo norte da região de estudo (Figura 142 - Área B), com extraordinária beleza cênica proveniente do “Pantanal” e da foz do Rio São Francisco. Nesses locais, as características ambientais entram em consonância umas com as outras permitindo que sejam exploradas atividades de turismo com baixo impacto negativo para o meio ambiente.

Figura 142. Exemplo de áreas com potencial para desenvolvimento de turismo sustentável.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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A observação das características associadas, como a imagem de satélite, enfatiza as variáveis ambientais - rede hidrográfica e geomorfologia por meio das áreas alagadas e rede de drenagem. Na leitura dessas características juntamente com o mapa de solos, que indica as áreas frágeis para ocupação, o mapa de uso e cobertura da terra, que indica os usos atuais e possíveis áreas com potencial para mudança de uso, verifica-se que áreas extremamente sensíveis foram antropizadas e ocupadas.

Nesses casos, aliados ao grande potencial turístico que alguns locais apresentam, deveriam ser desenvolvidos estudos e negociações para uma ocupação mais apropriada, relacionada ao turismo sustentável. A Figura 143 (Área A e Área B) ilustra essa exemplificação.

Nos casos exemplificados, são as áreas que atualmente possuem uso agropastoril, nas quais pode ocorrer a instalação de infraestrutura para o turismo local, próximas às áreas com potencial de exploração.

Figura 143. Condicionantes ambientais e uso e cobertura da terra na Área A. Imagem de satélite (a), mapa de solos (b), uso da terra (c).

(a) (b)

(c)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 144. Condicionantes ambientais e uso e cobertura da terra na Área B. Imagem de satélite (a), mapa de solos (b), uso da terra (c).

(a) (b)

(c)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Como exposto ao longo de todo este documento, o Polo Costa dos Coqueirais é composto por uma grande diversidade de áreas frágeis de interesse ambiental que poderiam ser exploradas por meio de um turismo de pequeno porte de forma sustentável. Para que isso aconteça, é necessário que previamente sejam estabelecidas as normas de uso e ocupação dessas áreas, por meio da elaboração dos Planos de Manejo das UC que facilitam o desenvolvimento da região dentro dos paradigmas de proteção do meio ambiente.

9.7. Síntese – Validação da Seleção da Área Turística e Priorização de Segmentos

A partir da análise procedida, pode-se concluir pela importância e pelo significado relevante do Polo Costa dos Coqueirais que, vista de forma integrada ao Polo Velho Chico, constitui área turística que impulsiona o turismo sergipano e que, se dotada das condições de infraestrutura e de gestão necessárias e respeitada do ponto de vista ambiental, poderá trazer o desenvolvimento sustentável, a empregabilidade e a qualidade de vida para seus habitantes.

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Como conclusão dos estudos e análises feitas, tem-se a indicação dos segmentos turísticos – principais e complementares – tidos como foco desta revisão do PDITS do Polo Costa dos Coqueirais.

Quadro 43: Segmentos Turísticos

SEGMENTOS TURÍSTICOS PRINCIPAIS

Sol e Praia Negócios e Eventos Histórico-Cultural

Segmentos Turísticos Complementares

Ecológico Náutico

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Note-se que é reconhecida a potencialidade do Turismo Rural, principalmente em função da existência dos Engenhos situados na área rural e remanescentes de uma época em que a produção agrícola de cana de açúcar foi o carro chefe da economia local. A decisão, no entanto, para a priorização dos investimentos estaduais nesta revisão do PDITS Polo Costa dos Coqueirais é pela não inclusão de investimentos, neste momento, voltados para este segmento.

Considera-se que a viabilização desses engenhos, como atrativos turísticos, deverá ter andamento a partir das ações municipais e da iniciativa privada. Tal posição poderá ser revista e reconsiderada nas próximas revisões do PDITS para a área.

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4A PARTE: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO

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10. ESTRATÉGIAS

Como premissa básica, esta revisão do PDITS polo dos Coqueirais busca o equilíbrio entre as atividades turísticas e a proteção do meio ambiente, beneficiando os aspectos socioeconômicos e histórico-culturais e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

Conforme políticas federais e estaduais busca, por meio do turismo, a melhoria da qualidade de vida da população local e a geração de emprego e renda.

Na definição das estratégias, o estado assume seu papel de coordenador e orientador do desenvolvimento geral, entendendo ainda que os municípios deverão dar continuidade às ações empreendidas para o desenvolvimento local e que parcerias devem ser formadas. A exemplo da experiência de municípios do litoral sul, é de fundamental importância a participação dos gestores públicos municipais e da sociedade local no planejamento e na gestão compartilhada e eficaz do processo de desenvolvimento turístico, pretendido como contínuo e permanente.

Em relação às diretrizes já estabelecidas para o estado, foram considerados básicos os seguintes aspectos:

a descentralização das atividades turísticas do Polo Costa dos Coqueirais, atualmente concentradas em Aracaju: entendimento de que Aracaju é portão de entrada do Estado e do Polo, mas há

necessidade de desenvolvimento de outras localidades para melhor equilíbrio regional e aumento da própria competitividade de Aracaju enquanto destino indutor do turismo;

incentivo para que o turista se desloque mais pelo Polo, não apenas em visitação aos atrativos, mas com prolongamento de sua permanência e pernoite em outras localidades;

o apoio ao despertar dos atores locais para o turismo, de forma que esses se mobilizem e se engajem no ciclo econômico de atividades relacionadas à cadeia do turismo: entendimento, pelos atores locais, das potencialidades turísticas e da

necessidade da oferta de produtos e serviços adequados ao perfil do público-alvo;

melhoria da capacidade dos atores locais para o aproveitamento das oportunidades advindas do desenvolvimento pretendido;

o fortalecimento do “singular” e das características específicas de cada localidade: resgate da cultura e do sentimento sergipano; reconhecimento da importância dessas características na formação e definição

do turismo do Polo Costa dos Coqueirais, mantendo equipamentos turísticos de pequeno porte e equilibrados à capacidade de suporte socioambiental;

o ajuste do planejamento turístico a partir de dados sistematizados, que permitam a tomada de decisão e de correção de rumo a partir de informações concretas: estruturação de sistema de informação turística, com centros de gestão e

disseminação de informações gerenciais em pontos estratégicos do território;

Baseados nos trechos assumidos par o planejamento do Polo Costa dos Coqueirais, a visão desejada para o turismo pode ser sintetizada como:

Trecho1 – Área Central:

Valorização da condição de Aracaju como portão de entrada do Polo e o roteiro das cidades históricas;

Desenvolvimento equilibrado, ressaltando as potencialidades dos demais municípios;

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316

Fortalecimento de equipamentos turísticos para suporte ao segmento de negócios e eventos, com ênfase para os eventos de maior porte.

Trecho 2 – Litoral Sul

Captação do turista hoje em passagem pela área, notadamente com destino à Mangue Seco, por meio da oferta de atividades complementares, com destaque para aquelas voltadas ao turismo náutico – circuitos fluviais do litoral sul;

Compatibilidade entre desenvolvimento turístico e qualidade do meio ambiente, garantindo a sustentabilidade da região14, além de melhoria do saneamento ambiental em pontos críticos de áreas de interesse turístico.

Estruturação da área para melhor apoio à atividade turística:

sede do município de Estância como Núcleo de Apoio15 regional de caráter urbano de oferta de equipamentos e serviços ao turista e localidades estratégicas, como por exemplo Porto do Mato e Pontal, como Núcleos Receptivos16 ofertando meios de hospedagem de equipamentos de pequeno porte com características adequadas ao publico meta;

atrativos turístico principais estruturados, em específico os circuitos fluviais apoiados nas localidades do Crasto – Santa Luzia, Pontal e Terra Caída – Indiaroba e Porto Cavalo e Porto do Mato - Estância;

atrativos turísticos complementares em melhores condições, em específico adequações urbanísticas e melhorias em orlas e praias.

Trecho 3 – Litoral Norte

Estruturação turística da região, com ênfase no ecoturismo, a partir da:

implantação da Estrada Parque Litoral Norte;

desenvolvimento de atrativos e atividades turísticas complementares, conforme vocação da região17

Garantia da sustentabilidade ambiental da área18.

Incentivo ao desenvolvimento do turismo, pelo suporte às atividades turísticas pretendidas e o fortalecimento da gestão ambiental da área, sendo:

Brejo Grande estruturado como Núcleo Receptivo;

povoado de Saramén como Núcleo Receptivo19;

Pacatuba como Núcleo de Apoio, de caráter Institucional, voltado ao Turismo e ao Meio Ambiente13;

Barra dos Coqueiros como Núcleo potencial para desenvolvimento de atrativo complementar20.

14

As condições efetivas de ocupação da área estão atreladas ao Plano de Manejo da APA do Litoral Sul, que carece de elaboração e implementação. 15

O Núcleo de Apoio objetiva: a oferta de serviços de apoio nas áreas urbanas mais estruturadas tais como serviços de saúde, bancários, comércio mais diversificado, facilidade de acesso à transportes em geral, etc; ou de atividades de natureza institucional abarcando apoio ao Sistema de Informação para Gestão do Turismo e para o Turismo; Gestão Ambiental, Educação Ambiental, e Atendimento ao Turista. 16

O Núcleo Receptivo objetiva a oferta de meios de hospedagem na Região com equipamentos de pequeno porte, voltado ao público meta, e que envolva a população local. Os locais exatos dos Núcleos receptivos, bem como suas capacidades de carga, dependerão de estudos específicos, previstos neste PDITS. 17

Ecoturismo deve ser baseado em atividades contemplativos (como no caso da REBIO), com pouca interferência (Pantanal Nordestino), e estruturação dos centros de apoio e receptivo, como propostos neste PDITS e conforme estudos de capacidade de carga a serem elaborados. 18

Considerando as peculiaridades locais tais como REBIO e APA do Litoral Norte, registrando a necessidade de elaboração do Plano de Manejo da APA do Litoral Norte para definição dos locais de oferta de equipamentos e serviços de apoia às atividades turísticas. 19

Ressaltando necessidade de estudos, conforme previsto neste PDITS, tendo em vista fragilidade ambiental. 20

O município de Barra dos Coqueiros tem grande potencial de atrativo, em específico na ponta Sul de sua Orla, em frente à cidade de Aracaju, porém atualmente condição turística é dificultada pela poluição do rio Sergipe. A proposta é que a área seja resguardada. Para tanto na Revisão do Plano Diretor Municipal deve ser previsto o Planejamento da sua ocupação da área,

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317

Integração de produtos principais e atrativos complementares, com melhoria de suas condições, em especifico:

Delta do Rio São Francisco e Pirambu – Lagoa Redonda, Lagoa do Sangradouro e outros;

povoados – valorização da riqueza cultural e roteiros náuticos;

terminal turístico em Brejo Grande – melhorias, tendo em vista sua condição de ponto de partida para a Foz do Rio São Francisco;

transporte fluvial – ordenamento, regulamentação e definição de parâmetros de qualidade para os serviços ofertados, além da melhoria de atracadouros principalmente em Brejo Grande e Saramén;

serviços turísticos – melhoria da qualidade, principalmente daqueles ofertados na foz - atracação, alimentação, características das embarcações, artesanato.

O mapa a seguir ilustra a Estratégia Geral para o Polo dos Coqueirais indicando a

localização dos principais núcleos de desenvolvimento do turismo, voltados aos objetivos

deste PDITS.

Figura 145. Representação Gráfica da Estratégia Geral de Desenvolvimento Turístico do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

que pode abrigar empreendimentos relacionados ao Turismo de Negócios e Eventos e ter características bucólicas, resgatando seu passado e projetos propostos, a exemplo de Paquetá/ RJ.

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318

10.1. Objetivos e Estratégias por Componente

As estratégias ao PDITS Polo Costa dos Coqueirais são definidas no contexto de cinco

Componentes, que se traduzem em eixos estratégicos para o desenvolvimento do turismo,

quais sejam:

Componente 1 – Produto Turístico;

Componente 2 – Comercialização

Componente 3 – Fortalecimento Institucional

Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos

Componente 5 – Gestão Socioambiental.

O Quadro 44:, a seguir, apresenta as ações previstas, relacionando-as aos objetivos específicos do PDITS e às estratégias de desenvolvimento do turismo relativas a cada Componente do Plano.

Quadro 44: Objetivos e Estratégias do PDITS Polo Costa dos Coqueirais

Objetivos Estratégias

Componente – PRODUTO TURÍSTICO

Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de negócios e eventos.

Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de roteiros turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e praia e do turismo histórico-cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo, turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar a oferta turística e o público-alvo;

Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar / dinamizar a economia local e promover o desenvolvimento sustentável do turismo sergipano;

Promover a preservação do patrimônio natural e histórico-cultural do Polo.

Fortalecimento e instalação das condições necessárias para expansão do segmento do turismo de negócios e eventos.

Estruturação de roteiros turísticos integrados e intercomplementares;

Diversificação e melhoria da qualidade da oferta de produtos e serviços turísticos;

Expansão, fortalecimento e qualificação dos serviços de atendimento ao turista.

Componente – COMERCIALIZAÇÃO

Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de negócios e eventos;

Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de roteiros turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e praia e do turismo histórico-cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo, turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar a oferta turística e o público-alvo;

Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar / dinamizar a economia local e promover o desenvolvimento sustentável do turismo sergipano.

Consolidação e fortalecimento da imagem-identidade do Polo diante dos segmentos-meta estabelecidos;

Aumento da visibilidade dos produtos turísticos formatados para o Polo;

Captação de mercados diferenciados e complementares voltados para diferentes produtos e públicos específicos;

Envolvimento do poder público, da iniciativa privada e do terceiro setor na comercialização dos destinos turísticos.

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319

Objetivos Estratégias

Componente – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Mobilizar e articular os atores e instâncias públicas e privadas tendo em vista a gestão integrada e participativa do turismo e a promoção do desenvolvimento sustentável do setor;

Estabelecer e qualificar as condições estruturais, organizacionais e legais necessárias à gestão pública do turismo e do meio ambiente nas instâncias estadual e municipais.

Adoção de mecanismos e instrumentos de gestão integrada do turismo e do meio ambiente, com envolvimento do poder público e dos diferentes segmentos representativos da sociedade;

Adoção e incentivo à parceria público-privada tendo em vista a melhoria da qualidade dos produtos e serviços turísticos;

Capacitação profissional para a gestão participativa do turismo, envolvendo a administração pública estadual e municipal, os empreendedores do turismo e a comunidade;

Desenvolvimento e implantação de sistema de informações turísticas como base para o planejamento e gestão do turismo, para formatação de novos produtos turísticos e para atendimento ao turista.

Componente – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS

Qualificar e ampliar a oferta de equipamentos e serviços turísticos e de serviços públicos com impacto direto sobre o turismo no Polo;

Priorização de melhorias quanto à conectividade e acessibilidade do Polo com outros estados, no próprio estado e entre os municípios integrantes do Polo, incluindo acessos aeroviários, rodoviários, ferroviários, hidroviários, vias urbanas e transporte público de passageiros;

Expansão e melhoria das condições de saneamento ambiental, com ênfase para o sistema de esgotamento sanitário e para o tratamento e disposição de resíduos sólidos;

Promoção e incentivo à melhoria de instalações e equipamentos turísticos públicos e privados.

Componente – GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Promover a preservação e a conservação do meio ambiente como base para o desenvolvimento sustentável do turismo.

Promover a inserção da população local no ciclo econômico do setor de turismo visando à melhoria da qualidade de vida.

Preservação ambiental e recuperação de áreas turísticas degradadas;

Promoção da educação ambiental de forma a abranger a população local e os turistas;

Incentivo e apoio à formação e capacitação profissional para o mercado do turismo;

Apoio e incentivo ao empreendedorismo visando à implantação e o desenvolvimento de médios e pequenos negócios inseridos na cadeia do turismo.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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5A PARTE: PLANO DE AÇAO: PROCEDIMENTOS, AÇOES E PROJETOS

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11. PLANO DE AÇÃO

Tendo o planejamento estratégico do turismo como forma de promover mudanças futuras por meio de ações ordenadas, o PDITS Polo Costa dos Coqueirais baseia-se nos princípios de sustentabilidade estabelecidos pela OMT – Organização Mundial do Turismo, quais sejam:

a. Os recursos naturais, históricos, culturais e outros voltados ao turismo são conservados para que continuem a ser utilizados no futuro, sem deixar de trazer benefícios para a sociedade atual;

b. O desenvolvimento turístico é planejado e gerenciado de modo a não gerar problemas ambientais ou socioculturais para a área turística;

c. A qualidade ambiental geral da área turística é mantida e melhorada onde necessário;

d. O alto nível de satisfação dos turistas é mantido para que os destinos turísticos conservem seu valor de mercado e sua popularidade; e

e. Os benefícios do turismo são estendidos a toda a sociedade.

Desse modo, além de respeitar o ambiente natural e construído onde se desenvolve a atividade turística, a preocupação com a melhoria, tanto da qualidade de vida quanto do produto turístico, em todos os seus níveis, deve ser uma constante.

A garantia de qualidade em relação aos atrativos, instalações, serviços e infraestrutura deve permitir que ações sustentáveis realizadas hoje garantam, não apenas a manutenção física dos recursos necessários para a atividade no futuro, mas também a sua melhoria, visando gerar a satisfação dos usuários e a ampliação dos mercados turísticos futuros.

Os estudos realizados neste PDITS levaram à definição dos segmentos turísticos principais e os complementares para o Polo Costa dos Coqueirais que, por sua vez, orientaram a definição das ações de desenvolvimento do turismo a seguir indicadas.

Quadro 45: Segmentos Turísticos

SEGMENTOS TURÍSTICOS PRINCIPAIS

Sol e Praia Negócios e Eventos Histórico-Cultural

Segmentos Turísticos Complementares

Ecológico Náutico

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Dadas essas premissas, as ações propostas neste Plano convergem para o objetivo geral deste PDITS, qual seja:

Promover a estruturação e o planejamento turístico integrado do Polo, mantendo as características e vocações turísticas de cada um dos trechos que o compõem, com base no desenvolvimento sustentável da atividade turística e na manutenção da qualidade dos recursos naturais, de forma a destacar e integrar os segmentos turísticos de negócios e eventos, de sol e praia e histórico-cultural.

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324

11.1. Visão Geral e Ações Previstas

Tendo por base a conceituação exposta neste PDITS e o processo participativo de sua elaboração, são propostas ações estratégicas concebidas para o desenvolvimento do turismo no Polo Costa dos Coqueirais.

Para a composição dessas ações foram consideradas as análises procedidas desde o diagnóstico, incluindo as entrevistas com as lideranças e os atores chave identificados pela Setur.

Na definição das ações levou-se em conta a sua importância e contribuição na modificação do cenário atual em busca do cenário futuro desejado para o Polo, conforme pactuado nas reuniões e oficinas realizadas no processo de revisão deste PDITS.

Importa acrescentar que o panorama das ações elencadas destina-se ao desenvolvimento turístico do Polo Costa dos Coqueirais como um todo. As ações estratégicas identificadas deverão ser complementadas por outras decorrentes da elaboração e execução dos Planos de Gestão Participativo do Turismo nos municípios. Além dessas, poderão ainda ser consideradas complementares outras, de caráter local, identificadas e justificadas pelos gestores municipais desde que integradas às concepções e diretrizes estabelecidas neste documento.

As ações inerentes ao PDITS Polo Costa dos Coqueirais são definidas no contexto de cinco Componentes, que se traduzem em eixos estratégicos para o desenvolvimento do turismo, quais sejam:

Componente 1 – Produto Turístico;

Componente 2 – Comercialização;

Componente 3 – Fortalecimento Institucional;

Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos;

Componente 5 – Gestão Socioambiental.

O Quadro 46: ao 50, a seguir, apresentam as ações previstas, relacionando-as aos objetivos específicos do PDITS e às estratégias de desenvolvimento do turismo relativas a cada Componente do Plano.

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11.2. Objetivos, Estratégias e Ações

Quadro 46: Ações Relativas ao Componente 1 – Produto Turístico

Componente 1 - Produto Turístico

OBJETIVOS

Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de negócios e eventos. Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de roteiros turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e praia

e do turismo histórico-cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo, turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar a oferta turística e o público-alvo;

Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar / dinamizar a economia local e promover o desenvolvimento sustentável do turismo sergipano;

Promover a preservação do patrimônio natural e histórico-cultural do Polo.

AÇÕES ESTRATÉGIAS

1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa.

Fortalecimento e instalação das condições necessárias para expansão do segmento do turismo de negócios e eventos.

Estruturação de roteiros turísticos integrados e intercomplementares.

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

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326

AÇÕES ESTRATÉGIAS

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju

1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.

1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

Diversificação e melhoria da qualidade da oferta de produtos e serviços turísticos.

Expansão, fortalecimento e qualificação dos serviços de atendimento ao turista.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais

1.14 Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente

1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

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327

AÇÕES ESTRATÉGIAS

1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.

1.17 Revitalização e Ampliação do Atual Centro de Convenções de Aracaju

1.18 Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão

1.19 Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza Barris

1.20 Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão

1.21 Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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328

Quadro 47: Ações Relativas ao Componente 2 – Comercialização

Componente 2 - Comercialização

OBJETIVOS

Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de negócios e eventos. Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de roteiros turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e

praia e do turismo histórico-cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo, turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar a oferta turística e o público-alvo;

Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar / dinamizar a economia local e promover o desenvolvimento sustentável do turismo sergipano.

AÇÕES ESTRATÉGIAS

2.1 Execução do Plano de Marketing Consolidação e fortalecimento da imagem-identidade do Polo diante dos segmentos-meta estabelecidos;

Aumento da visibilidade dos produtos turísticos formatados para o Polo;

Captação de mercados diferenciados e complementares voltados para diferentes produtos e públicos específicos;

Envolvimento do poder público, da iniciativa privada e do terceiro setor na comercialização dos destinos turísticos.

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Quadro 48: Ações Relativas ao Componente 3 – Fortalecimento Institucional

Componente 3 – Fortalecimento Institucional

OBJETIVOS

Mobilizar e articular os atores e instâncias públicas e privadas tendo em vista a gestão integrada e participativa do turismo e a promoção do

desenvolvimento sustentável do setor.

Estabelecer e qualificar as condições estruturais, organizacionais e legais necessárias à gestão pública do turismo e do meio ambiente nas instâncias estadual e municipais.

AÇÕES ESTRATÉGIAS

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

Adoção de mecanismos e instrumentos

de gestão integrada do turismo e do

meio ambiente, com envolvimento do

poder público e dos diferentes

segmentos representativos da

sociedade;

Adoção e incentivo à parceria público-

privada tendo em vista a melhoria da

qualidade dos produtos e serviços

turísticos;

Capacitação profissional para a gestão

participativa do turismo, envolvendo a

administração pública estadual e

municipal, os empreendedores do

turismo e a comunidade;

Desenvolvimento e implantação de sistema de informações turísticas como

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.6 Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo

3.7 Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR

3.7.1 Reforma da Galeria para Instalação de Nova Sede da SETUR

3.7.2 Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

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330

AÇÕES ESTRATÉGIAS

3.9 Sistema de Gerenciamento do Programa base para o planejamento e gestão do turismo, para formatação de novos produtos turísticos e para atendimento ao turista.

3.10 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.11 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.12 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.13 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Elaboração e Implantação de Plano Estadual de Educação Financeira e Fiscal

3.15 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.16 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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331

Quadro 49: Ações Relativas ao Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos

Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos

OBJETIVOS

Qualificar e ampliar a oferta de equipamentos e serviços turísticos e de serviços públicos com impacto direto sobre o turismo no Polo.

AÇÕES ESTRATÉGIAS

4.1 Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

Priorização de melhorias quanto à conectividade e acessibilidade do Polo com outros estados, no próprio estado e entre os municípios integrantes do Polo, incluindo acessos aeroviários, rodoviários, ferroviários, hidroviários, vias urbanas e transporte público de passageiros;

Expansão e melhoria das condições de saneamento ambiental, com ênfase para o sistema de esgotamento sanitário e para o tratamento e disposição de resíduos sólidos;

Promoção e incentivo à melhoria de instalações e equipamentos turísticos públicos e privados.

4.2 Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju

4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101

4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Intermunicipal de Passageiros

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte

4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476

4.11 Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Quadro 50: Ações Relativas ao Componente 5 – Gestão Socioambiental

Componente 5 – Gestão Socioambiental

OBJETIVOS

Promover a preservação e a conservação do meio ambiente como base para o desenvolvimento sustentável do turismo.

Promover a inserção da população local no ciclo econômico do setor de turismo visando à melhoria da qualidade de vida.

AÇÕES ESTRATÉGIAS

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

Preservação ambiental e recuperação de áreas turísticas degradadas;

Promoção da educação ambiental de forma a abranger a população local e os turistas;

Incentivo e apoio à formação e capacitação profissional para o mercado do turismo;

Apoio e incentivo ao empreendedorismo visando à implantação e o desenvolvimento de médios e pequenos negócios inseridos na cadeia do turismo.

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.3 Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte)

5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte

5.3.2 Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte

5.4 Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

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333

AÇÕES ESTRATÉGIAS

5.6

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul

5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo

5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul

5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

5.11 Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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334

11.3. Descrição das Ações Previstas

As ações que compõem o PDITS Polo Costa dos Coqueirais, agrupadas por Componente, estão a seguir descritas. Recuperando as estratégias de desenvolvimento e os objetivos específicos do Plano, é apresentado o título das ações, uma justificativa geral para sua inserção no Plano, uma breve descrição do escopo de cada uma delas, o custo estimado dos investimentos previstos para o Componente, bem como o produto e o resultado esperados de sua execução.

Quadro 51: Descrição das Ações do Componente 1 – Produto Turístico

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Estratégias

Fortalecimento e instalação das condições necessárias para expansão do segmento do turismo de negócios e eventos.

Estruturação de roteiros turísticos integrados e intercomplementares

Objetivos

Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de negócios e eventos.

Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de roteiros turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e praia e do turismo histórico-cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo, turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar a oferta turística e o público-alvo;

Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar / dinamizar a economia local e promover o desenvolvimento sustentável do turismo sergipano;

Promover a preservação do patrimônio natural e histórico-cultural do Polo.

Ações Área de Abrangência

1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa.

Aracaju

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

Polo Costa dos Coqueirais 1.2.1

Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

Polo Costa dos Coqueirais

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

Polo Costa dos Coqueirais

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

Polo Costa dos Coqueirais

1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

Aracaju

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

Polo Costa dos Coqueirais 1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

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335

1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju

Polo Consta dos Coqueirais - Litoral Sul 1.8.1

Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.

1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

Polo Costa dos Coqueirais

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

Polo Costa dos Coqueirais

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Norte

1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Norte

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais

Polo Costa dos Coqueirais

1.14 Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente

Estância e Pacatuba

1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

Indiaroba - Povoado de Terra Caída, Estância -

Povoado de Porto do Mato, Brejo Grande - Sede

Municipal, Brejo Grande - Povoado de Saramén.

1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.

Aracaju, Brejo Grande, Pacatuba, Indiaroba

(Povoado de Terra Caída), Estância (Povoado de Porto

do Mato), Brejo Grande (Povoado de Saramén)

1.17 Revitalização e Ampliação do Atual Centro de Convenções de Aracaju

Aracaju

1.18 Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão

Laranjeiras e de São Cristóvão

1.19 Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza Barris

São Cristóvão

1.20 Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão São Cristóvão

1.21 Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão São Cristóvão

Justificativa A estruturação do Produto Turístico nos municípios que compõem o Polo Costa dos

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336

Coqueirais alinha-se à necessidade de promover a diversificação e qualificação da oferta turística e a integração dos produtos turísticos disponíveis no Polo, conforme identificado e detalhado em diagnóstico.

É visível o efeito que ineficiente prestação de serviços turísticos associada à inexistência de roteiros integrados exerce sobre a qualidade do produto turístico nos municípios do Polo, o que vem provocando uma baixa permanência do turista na região.

A qualidade dos produtos turísticos está associada à qualificação dos serviços prestados e ao padrão de qualidade desejado, que deve estar referenciado na satisfação dos consumidores e nos pressupostos do turismo sustentável, o que implica estabelecer uma política que estimule a melhoria contínua da qualidade e da segurança dos serviços prestados, principalmente no que tange à regularização dos empreendimentos de turismo.

A melhoria da sinalização turística, a modernização de atrativos culturais como museus e centro de artesanato, associada à qualificação de serviços turísticos deverá atuar de forma decisiva na melhoria da oferta de produtos direcionados a diversos perfis de demanda turística. A criação e estruturação de roteiros para o turismo náutico favorecerá a ascensão de uma nova modalidade que, com a instalação de Centros de Atendimento ao turista distribuídos em pontos estratégicos do Polo, favorecerá a integração de roteiros culminando numa maior permanência e consumo por parte dos turistas na região.

Descrição das Ações

Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju – complementar a sinalização turística de Aracaju de acordo com o padrão internacional ditado pela OMT, permitir o deslocamento, facilitando a residentes e turistas o acesso às principais rodovias da cidade, às vias urbanas de acesso aos atrativos turísticos e outros pontos estratégicos de Aracaju.

Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos – Elaborar projeto executivo e implantar placas de sinalização turística rodoviária nas rodovias federais e estaduais que dão acesso aos municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais.

Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial - Qualificar prestadores de serviços, profissionais e empreendedores da cadeia produtiva do turismo, contribuindo para o aumento da qualidade dos serviços prestados na atividade. Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental – Prestar assessoria técnica na área de gestão (comercial e ambiental) para micro e pequenos empreendimentos, formais e informais, localizados na região do Polo Costa dos Coqueirais, para inserção efetiva e eficiente dos mesmos na cadeia produtiva do turismo. Fomento à Qualidade da Produção Artesanal – Proporcionar aos artesãos dos municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais assistência técnica para o aprimoramento da qualidade dos produtos, de forma a proporcionar aumento do valor agregado dos mesmos e satisfação por parte dos turistas. Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju-SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas – Recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato. Esta ação integra o complexo de intervenções realizadas no centro histórico de Aracaju, com vistas a ampliar a oferta de atrativos históricos e culturais no Polo.

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337

Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.) – Elaborar estratégia de roteiro histórico cultural para os municípios de São Cristóvão e Laranjeiras, contemplando diagnóstico, análise de mercado e capacidade de carga dos principais equipamentos do roteiro. Adequar e modernizar museus contemplando sinalização interpretativa, equipamentos interativos nas unidades selecionadas.

Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju -

Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa – Orientar a prática de turismo náutico (fluvial e marítimo) por meio de estudo de circuito turístico para o segmento. Análise do potencial de turismo náutico no Polo Costa dos Coqueirais, identificando a infraestrutura de apoio ao turismo náutico.

Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa - Melhorar a infraestrutura local de apoio ao turismo possibilitando passeios turísticos pelos rios da região favorecendo o aumento do fluxo turístico.

Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte – Realização de audiência pública junto ao trade e comunidade em geral do Polo, no sentido de eleger a referida rota como corredor turístico.

Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte – Caso a audiência seja favorável, elaborar projeto básico e executivo, no sentido de dotá-la de atratividades tais como: portais de acesso, mirantes, serviços de informações, sinalização interpretativa e padronização dos acessos aos empreendimentos ao longo do trecho transformando a rota em produto turístico, favorecendo a consolidação de roteiros no Norte do Polo.

Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais – Diagnóstico analítico dos principais atrativos que compõem o Polo em parceria com agentes comunitários locais, levantamento dos principais beneficiários e criação de roteiros envolvendo atrativos e capital social mobilizado, visando ao fortalecimento de instâncias de governança locais.

Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente – Elaborar projeto e realizar obras das instalações físicas de um novo Centro de Apoio no município de Pacatuba; Elaborar Plano contendo princípios, diretrizes e procedimentos/instrumentos operacionais para funcionamento do Centro, dimensionamento e caracterização das equipes necessárias, identificação do mobiliário, equipamentos e outros materiais necessários; aquisição de mobiliário, equipamentos de informática e multimídia demandados para funcionamento do Centro; capacitação gerencial e técnica das equipes.

Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico –- Elaborar projeto de criação de Núcleos Receptivos e de Apoio nos municípios de Brejo Grande e Estância, dimensionamento e caracterização das equipes necessárias, identificação do mobiliário, equipamentos e outros materiais necessários.

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338

O Núcleo de Apoio objetiva: a oferta de serviços de apoio nas áreas urbanas mais estruturadas tais como serviços de saúde, bancários, comércio mais diversificado, facilidade de acesso à transportes em geral, etc; ou de atividades de natureza institucional abarcando apoio ao Sistema de Informação para Gestão do Turismo e para o Turismo; Gestão Ambiental, Educação Ambiental, e Atendimento ao Turista.

O Núcleo Receptivo objetiva a oferta de meios de hospedagem na Região com equipamentos de pequeno porte, voltado ao público meta, e que envolva a população local. Os locais exatos dos Núcleos receptivos, bem como suas capacidades de carga, dependerão de estudos específicos, previstos neste PDITS.

Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista – Elaborar Plano de Atendimento ao Turista, comum ao município de Brejo Grande e povoados Crasto, Terra Caída e Porto do Mato contendo princípios, diretrizes e procedimentos/instrumentos operacionais para funcionamento dos Centros, dimensionamento e caracterização das equipes necessárias, identificação do mobiliário, equipamentos e outros materiais necessários; aquisição de mobiliário, equipamentos de informática e multimídia demandados para funcionamento dos Centros; capacitação gerencial e técnica das equipes de atendimento ao turista.

Revitalização e Ampliação do Atual Centro de Convenções de Aracaju – revitalizar e ampliar o atual Centro de Convenções adequando-o para comportar satisfatoriamente eventos de pequeno e médio porte, favorecendo a captação e o desenvolvimento deste segmento turístico no destino indutor, Aracaju.

Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão – apoio à preservação do patrimônio histórico e cultural de forma a garantir sua importância enquanto espaços que agregam valores culturais, históricos e sociais. Em São Cristóvão deve-se dar destaque à sua condição de Patrimônio Mundial da Humanidade.

Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza Barris – refere-se a construção de um porto de atendimento ao turista, a formulação de uma pequena orla, reforma de um dos restaurantes e demolição de outro e ampliação do estacionamento, a fim de contemplar a chegada de ônibus e carros. Faz parte ainda da requalificação do atracadouro a reforma do píer, hoje degradado e a ampliação de dois braços que facilitaria a contemplação da área dos mangues.

Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão - recuperação da estátua, base com capela e pavimentação das áreas de entorno. A reforma contempla ainda, a edificação de uma escadaria para acesso frontal ao Cristo. Na área destinada ao estacionamento, foi contemplada acessibilidade segundo norma brasileira NBR 9050, além da edificação de lanchonete e banheiros.

Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão – realização de obras para a preservação da configuração dos bares e o balneário existentes, que deram notoriedade ao parque na década de 80, e cria espaços de recreação para crianças e atividades esportivas.

Custo Estimado US$ 43.931,56

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339

Produtos e

Resultados

Sinalização turística efetivamente instalada nas rodovias de acesso e avenidas principais da cidade de Aracaju. Sinalização de acesso aos atrativos turísticos e outros pontos estratégicos da cidade.

Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos efetivada através de placas de sinalização turística nas rodovias federais e estaduais que dão acesso aos municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais.

Prestadores de serviços, profissionais e empreendedores da cadeia produtiva do turismo qualificados - relativa à área urbana do município revitalizada e estruturada para a atividade turística e para a população residente nos dois municípios que compõem o Polo.

Produção artesanal qualificada de modo a proporcionar aumento do valor agregado do produtos artesanais e satisfação por parte dos turistas.

Complexo Turístico de Aracaju – SE, Museu do Artesanato e Centro de

Informações Turísticas estruturados e com as condições de conforto demandadas

para atendimento e satisfação do turista e para o lazer da população residente no

município de Aracaju.

Produtos Históricos Culturais e Museus Adequados e Modernizados em condições

de atendimento ao turista e à população local com segurança e conforto, denotando

cuidados com a preservação dos recursos histórico-culturais.

Praias do Litoral Sul de Aracaju delimitadas permitindo o acesso e o reconhecimento de praias distintas, suas peculiaridades, assim como bares e restaurantes situados em cada uma delas.

Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico na Costa Marítima Atendida pelo Programa delimitados e comercializados por operadoras locais, contando com Orlas e Atracadouros em pontos estratégicos favorecendo a atividade turística e o lazer da população residente nos municípios atendidos.

Rota Paisagística Litoral Norte dotada de portais de acesso, mirantes, serviços de

informações, sinalização interpretativa e padronização dos acessos aos

empreendimentos ao longo do trecho.

Roteiros turísticos que contemplem atrativos valorizados e integrados, contando com

a articulação e participação das comunidades locais.

Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente

implantado no município de Pacatuba em condições de prestar informações e atender

ao turista com alto nível de qualidade, além de monitorar ações de proteção em áreas

ambientalmente sensíveis.

Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico – concebido e elaborado.

Centros de Atendimento ao Turista – CAT implantados em número suficiente nos

municípios de Estância, Brejo Grande e povoados Crasto, Terra Caída e Porto do Mato

em condições de prestar informações e atendimento ao turista com alto nível de

qualidade.

Centro de Convenções de Aracaju revitalizado, ampliado e equipado, com condições de receber turistas e abrigar eventos com conforto e segurança.

Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão cuidados, destacando à sua importância histórica e cultural.

Atracadouro do Rio Vaza Barris revitalizado e reformado.

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340

Cristo Redentor de São Cristóvão requalificado.

Bica de São Cristóvão revitalizada e requalificada.

Novos produtos ofertados e qualificados para atender à demanda turística do Polo, de forma a diversificar a oferta e permitir a prestação de serviços turísticos de qualidade e nas condições de segurança necessárias, além de possibilitar a abertura de novos negócios e a geração de emprego e renda em benefício da população local.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Quadro 52: Descrição das Ações do Componente 2 – Comercialização

COMPONENTE 2: COMERCIALIZAÇÃO

Estratégias

Consolidação e fortalecimento da imagem-identidade do Polo diante dos segmentos-meta estabelecidos;

Aumento da visibilidade dos produtos turísticos formatados para o Polo; Captação de mercados diferenciados e complementares voltados para diferentes

produtos e públicos específicos; Envolvimento do poder público, da iniciativa privada e do terceiro setor na

comercialização dos destinos turísticos.

Objetivos

Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de negócios e eventos.

Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de roteiros turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e praia e do turismo histórico-cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo, turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar a oferta turística e o público-alvo;

Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar / dinamizar a economia local e promover o desenvolvimento sustentável do turismo sergipano.

Ações Área de Abrangência

2.1 Execução do Plano de Marketing

Polo Costa dos Coqueirais

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Justificativa

O diagnóstico realizado para elaboração deste PDITS revela que apesar da diversidade natural, cultural e histórica existente no Polo, há pouca oferta de produtos e roteiros turísticos comercializados, seja por meio das agências de turismo ou por outros meios de divulgação. Esta situação traz uma baixa permanência do turista e poucos gastos e, consequentemente, uma pequena demanda por serviços de hospedagem, alimentação, transportes, entre outros. Constata-se também a ausência de uma imagem/identidade associada ao Polo, o que denota a necessidade de adoção de estratégias e ações de marketing turístico consolidadas em um Plano elaborado de acordo com as características do Polo e adequado para atendimento de cenários futuros. Neste contexto, o Plano de Marketing possui a função de organizar e consolidar as diretrizes e estratégias e ações para divulgação, promoção e comercialização do Polo, identificando a sua vocação e o público alvo dos produtos disponíveis. Ainda no âmbito da comercialização merece destaque a elaboração de roteiros turísticos integrados para o aumento da oferta e dinamização do turismo, resultando em benefícios para o Polo.

Descrição Execução do Plano de Marketing – execução das estratégias de marketing por meio de um plano de ação que se compõe das atividades específicas a serem desempenhadas

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341

das Ações para o fortalecimento da identidade do Polo e divulgação dos produtos ofertados, bem como a determinação do prazo e forma de execução de cada atividade na sequência apropriada e por ordem de prioridade e a atribuição de responsabilidades por essas atividades. Monitoramento do Plano de Marketing – acompanhamento periódico e contínuo do Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do Estado por meio da realização de reuniões e apresentação de relatórios mensais visando o monitoramento dos fatos positivos e negativos e a correção e ajustes, quando necessário. Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing – revisão, reajuste e complementação do Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do Estado, por meio da discussão, realização de reuniões e relatórios mensais para a correção e ajustes, quando necessários, de forma a garantir a execução adequada do Plano. Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico – pressupõe o trabalho conjunto do trade turístico, com o apoio e incentivo dado Estado, considerando as atividades, atrativos e produtos turísticos comercializados. As possibilidades existentes devem ser discutidas entre os atores interessados, analisada a viabilidade de sua operação e o seu potencial de comercialização. Os roteiros escolhidos serão descritos em documento técnico, bem como os meios e os instrumentos para a sua comercialização.

Custo

Estimado US$ 3.312,05

Produtos e Resultados

Plano de Marketing executado, monitorado, reajustado e complementado, tendo em vista

a diversificação do mercado consumidor, o aumento da permanência e do gasto médio

diário dos turistas no Polo. Políticas regionais de comercialização definidas e Plano de

Investimentos elaborado, com diretrizes para a sua execução.

Roteiros turísticos integrados relativos ao Polo estruturados, divulgados e

comercializados.

O conjunto de ações deste componente têm como resultado a dinâmica de comercialização do Polo definida e operacionalizada, com a efetiva participação dos atores do mercado do turismo considerando o Plano de Marketing executado.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Quadro 53: Descrição das Ações do Componente 3 – Fortalecimento Institucional

COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Estratégias

Adoção de mecanismos e instrumentos de gestão integrada do turismo e do meio ambiente, com envolvimento do poder público e dos diferentes segmentos representativos da sociedade;

Adoção e incentivo à parceria público-privada tendo em vista a melhoria da qualidade dos produtos e serviços turísticos;

Capacitação profissional para a gestão participativa do turismo, envolvendo a administração pública estadual e municipal, os empreendedores do turismo e a comunidade;

Desenvolvimento e implantação de sistema de informações turísticas como base para o planejamento e gestão do turismo, para formatação de novos produtos turísticos e para atendimento ao turista.

Objetivos

Mobilizar e articular os atores e instâncias públicas e privadas tendo em vista a gestão integrada e participativa do turismo e a promoção do desenvolvimento sustentável do setor.

Estabelecer e qualificar as condições estruturais, organizacionais e legais necessárias à gestão pública do turismo e do meio ambiente nas instâncias estadual e municipais.

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342

Ações Área de Abrangência

3.1

Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

Polo Costa dos Coqueirais

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos Polo Costa dos Coqueirais

3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais Brejo Grande e Pirambu

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização Polo Costa dos Coqueirais

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo Polo Costa dos Coqueirais

3.6 Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo Estado de Sergipe

3.7 Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR

Estado de Sergipe 3.7.1 Reforma da Galeria para Instalação de Nova Sede da SETUR

3.7.2 Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR

3.8 Sistema de Gerenciamento do Programa Polo Costa dos Coqueirais

3.9 Revisão de Planos Diretores Municipais

Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Itaporanga D’Ajuda, Laranjeiras, Pacatuba, Nossa Senhora do Socorro, Santo

Amaro das Brotas, São Cristóvão.

3.10 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

Polo Costa dos Coqueirais

3.11 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

Polo Costa dos Coqueirais

3.12 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

Polo Costa dos Coqueirais

3.13 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

Estado de Sergipe e Municípios do Polo Costa dos Coqueirais

3.14 Elaboração e Implantação de Plano Estadual de Educação Financeira e Fiscal

Estado de Sergipe

3.15 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

Polo Costa dos Coqueirais

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343

3.16 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Polo Costa dos Coqueirais

Justificativa

O diagnóstico da situação atual da gestão do turismo no Polo Costa dos Coqueirais leva a um conjunto significativo de pontos críticos que abrangem, especificamente, cada município componente do Polo e, principalmente, a visão integrada da gestão turística em nível regional. Tais situações-problema conduzem à priorização de investimentos para a implantação de um modelo integrado, participativo e inovador de gestão setorial e, ao mesmo tempo, para instalar as condições institucionais necessárias à execução das ações relativas aos demais componentes do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável para o Polo. O panorama atual indica ainda a necessidade de investimentos em fortalecimento direcionados não só para a administração pública municipal e estadual, mas também para a capacitação de empreendedores, para o desenvolvimento do empreendedorismo no setor de turismo e para a instalação de ambiente de gestão integrada e compartilhada entre esses e o poder publico local.

As necessidades de investimento detectadas neste Componente interligam-se, ainda, aos investimentos relativos ao planejamento urbano municipal e à gestão ambiental e à gestão fiscal, no que respeita à sua interface com o desenvolvimento do turismo, com destaque para a adoção de instrumentos de planejamento, controle e monitoramento.

Desta forma, os avanços necessários quanto ao modelo de gestão hoje adotado deverão ser significativos e assumem condição de prioridade. Os recursos provenientes do Prodetur no âmbito do PDITS e de outras fontes serão a alavanca que permitirá enfrentar tais desafios no campo institucional.

Ressaltam-se, dentre os problemas diagnosticados, aqueles voltados para a incipiência das informações disponíveis para a gestão do turismo. Os dados relativos ao turismo no Estado de Sergipe baseiam-se, em grande parte, nos registros fornecidos pelos meios de hospedagem centrados em Aracaju, permitindo abranger poucas variáveis, tais como, origem, destino, meio de transporte utilizado, motivação da viagem e permanência média. Referem-se, assim aos turistas que pernoitam em Aracaju, desconsiderando outros destinos importantes, principalmente aqueles pertinentes aos demais municípios dos Polos Costa dos Coqueirais e Velho Chico. Pouca condição se tem para avaliar a satisfação do turista.

Por outro lado, a oferta turista carece de descrição e de análise, dada a falta de inventário turístico atualizado. Informações socioeconômicas voltadas, por exemplo, para o número de empregos gerados pelo setor, no Estado e nos municípios turísticos não estão disponíveis.

Descrição das Ações

Implantação do Sistema de Informações Turísticas - Trata-se de implantar o Sistema de Informações Turísticas de Sergipe, prevendo a sua atualização contínua, de forma a possibilitar ao setor público e à iniciativa privada os insumos necessários para o planejamento e o gerenciamento do setor de turismo e para a tomada de decisões eficazes. Abrange informações relativas à oferta e à demanda turística, bem como de natureza socioeconômicos relativos ao setor. Envolve o desenho do sistema, a identificação das informações que o comporão, a definição e a realização das pesquisas necessárias e do inventário turístico, a sistematização das informações e a implantação do sistema, a ser disponibilizado pela Internet.

O inventário turístico será atualizado a cada quatro anos e a pesquisa de demanda será realizada na baixa e na alta estação.

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344

Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos – Contratação de serviços de consultoria especializada para elaboração de 4 (quatro) Planos de Gestão de Destinos Turísticos localizados no Polo Costa dos Coqueirais, quais sejam (i) Litoral Norte (Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande); (ii) Aracaju; (iii) Cidades Históricas (São Cristóvão, Laranjeiras e Barra dos Coqueiros); e (iv) Litoral Sul (Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy e Estância).

Os Planos devem constituir instrumento técnico para a gestão, coordenação e tomada de decisões relativas à política pública do setor de turismo para a região, de forma integrada entre o poder público e os demais agentes envolvidos. Deverão servir de orientação para o desenvolvimento das atividades produtivas atinentes à cadeia do turismo, em busca da sustentabilidade, e auxiliar na definição dos papéis dos agentes de desenvolvimento locais. Como instrumento de planejamento da atividade turística, deverão indicar as ações necessárias para o fortalecimento da gestão dos municípios envolvidos, respeitadas as características de cada um deles e a partir de uma visão integrada da região a que se destina cada Plano.

De cada Plano a elaborar constarão um Diagnóstico, um Prognóstico, a indicação de Diretrizes, Programas e Projetos, um Plano de Ação e Recomendações para a Gestão do Turismo na área abrangida.

Sistema de Gerenciamento do Programa – envolve a criação e implementação do sistema para o gerenciamento das ações do Prodetur Nacional.

Revisão de Planos Diretores Municipais a partir da prática do planejamento participativo, de forma a gerar legislação de cunho estratégico, bom como diretrizes para a gestão das políticas publicas municipais, dentre as quais as relativas ao setor de turismo. É considerada prioritária a revisão dos Planos Diretores Municipais para os municípios de Brejo Grande, Pirambu, Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Itaporanga D’Ajuda, Laranjeiras, Pacatuba, Nossa Senhora do Socorro, Santo Amaro das Brotas e São Cristóvão.

Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização – Para cada município componente do Polo Costa dos Coqueirais será elaborado um diagnóstico visando identificar a capacidade do município para exercer as suas funções e papéis no que tange à gestão do turismo, a partir do qual será gerado um Plano de Ação de Fortalecimento da Gestão Municipal.

Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

Trata-se de executar, no âmbito de cada município, o Plano de Ação de Fortalecimento da Gestão Municipal antes elaborado, tendo em vista a instalação ou a ampliação das condições necessárias para o exercício do planejamento, promoção, controle e avaliação de resultados alcançados a partir do desenvolvimento do turismo municipal, de forma integrada com os demais municípios turísticos da região. O fortalecimento da gestão municipal deverá resultar na melhoria dos serviços turísticos e de atendimento ao turista e no estabelecimento de parcerias entre o setor público e a iniciativa privada visando o aumento da competitividade no mercado turístico e a promoção do turismo.

Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores do Turismo – Os investimentos serão direcionados para a SETUR – Secretaria de Estado do Turismo e para a Unidade de Coordenação do Prodetur/SE que dela faz parte, para a EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo. As ações pertinentes buscarão (i)

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desenvolver e implantar métodos, indicadores e instrumentos para a monitoria e para a avaliação sistemática do processo de desenvolvimento do setor de turismo em Sergipe; (ii) adequar o marco legal do modelo de gestão do turismo utilizado pelo Estado para o cumprimento de suas competências específicas no setor; (iii) desenvolver e adotar um sistema integrado de gestão de pessoas, que inclua a avaliação do seu desempenho e a capacitação continuada das equipes; (iv) implantar medidas para adequação e melhoria das instalações e do ambiente de trabalho nos órgãos abrangidos; (v) pesquisar e adotar conceitos e recursos tecnológicos inovadores para a gestão pública setorial do turismo.

Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR

Busca-se fortalecer os Órgãos Gestores do Turismo em Sergipe - SETUR e EMSETUR, com o melhoramento de suas instalações físicas, a partir da reforma da Galeria de Artes Ana Maria, para onde será transferida a sede desses organismos, e a aquisição de equipamentos e mobiliário.

As instalações atualmente ocupadas e os equipamentos e mobiliários pela SETUR e pela EMSETUR, na região central de Aracaju, não condizem com a necessidade desses organismos, dadas as suas competências, o dimensionamento de sua equipe atual e futura e a sua função como coordenadores e executores da política estadual de turismo.

O local escolhido como sede dos órgãos estaduais gestores do turismo foi a Galeria Ana Maria, localizada na Orla de Atalaia no principal ponto turístico de Aracaju/SE, com localização privilegiada, próximo da maior concentração da rede hoteleira e de bares e restaurantes da Capital (Aracaju), e de instâncias como a Delegacia do Turista e a Companhia de Policiamento Turístico - CPTur. Pontos estruturais deficientes, tais como as instalações elétricas, hidrossanitárias, sistema de refrigeração, dentre outros, indicam a sua ampla reforma, seguida do provimento de equipamentos e mobiliários adequados para os serviços prestados pelas duas organizações públicas que ali terão a sua sede. O projeto de reforma prevê espaço permanente para exposições e auditório.

Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE – Trata-se da elaboração do ZEE da região litorânea do Estado de Sergipe (Costa dos Coqueirais). O ZEE constitui um dos instrumentos da Política Nacional e Estadual de Meio Ambiente em busca do ordenamento territorial e como meio de induzir o desenvolvimento econômico de forma planejada, compatível e sustentável, a partir das potencialidades do patrimônio ambiental e sociocultural. É reconhecido pelo setor público, setor privado e sociedade civil como instrumento técnico, econômico, político e jurídico de grande importância no planejamento e na construção de parcerias na busca da equidade, por considerar o uso do território como de interesse de todas as classes sociais e segmentos econômicos.

Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos – busca de alternativas para o fomento e incentivo a partir de experiências bem sucedidas em outros Estados e cidades brasileiras; estudo da viabilidade econômica da implantação das medidas de fomento e incentivo indicadas; priorização das medidas a serem adotadas pelo Estado de Sergipe e elaboração da base legal necessária para sua implantação, monitoramento e avaliação de resultados.

Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo – Consiste em elaborar e implantar, de forma continuada, um conjunto de ações voltadas para a população residente na área turística e para os turistas que visitam o Polo, mobilizando-os e sensibilizando-os para a importância da

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atividade turística para o desenvolvimento do Estado e para a melhoria socioeconômica e, consequentemente, da qualidade de vida dos cidadãos locais. Tais ações implicam na disseminação de informações sobre a área turística, sobre a recepção e acolhimento dos visitantes e turistas, sobre a vocação turística do Polo e do Estado de Sergipe como um todo.

Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente – Os investimentos em capacitação dos órgãos da administração pública estadual e municipal previstos neste PDITS devem ir além da gestão do turismo e abranger também a gestão do meio ambiente, dado o seu significado e íntima relação com o desenvolvimento turístico. Trata-se de diagnosticar os pontos críticos de natureza institucional e organizacional relativos ao planejamento, controle e fiscalização ambiental enquanto funções governamentais do estado e dos municípios sergipanos, e promover ações para instalação ou melhoria das condições necessárias para tal exercício, envolvendo desde instalações físicas, equipamentos, tecnologia, melhoria de processos e procedimentos de trabalho, composição e capacitação de equipes, normas e outros instrumentos reguladores da gestão ambiental.

Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente – Integram as ações de capacitação da administração pública para a gestão ambiental, de forma especial e prioritária, a criação/atualização da base de dados necessária ao monitoramento e gestão do meio ambiente.

Elaboração e Implantação de Plano Estadual de Educação Financeira e Fiscal - Esta ação visa promover a consciência contributiva junto aos munícipes do Polo Costa dos Coqueirais, em busca da compreensão das questões fiscais e da importância da arrecadação municipal, em especial a decorrente da exploração do turismo e correlatas. Percebendo seus direitos e deveres frente à municipalidade, espera-se que os cidadãos compreendam a importância do exercício do controle social sobre as contas municipais e do pagamento dos tributos por eles devidos. O resultado esperado da implantação das ações de educação fiscal é traduzido como: cidadãos, de todas as faixas etárias e grupos sociais, conscientes de seus direitos e deveres frente à municipalidade e satisfeitos com a melhoria da qualidade de vida que usufruem. Assim, toda a municipalidade se torna beneficiária das ações educativas, por ter a arrecadação aumentada em função da contribuição de todos.

Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias – Trata-se de desenvolver o potencial e a capacidade produtiva de empreendimentos locais potencialmente competitivos, no âmbito do Polo Costa dos Coqueirais, visando a sua inserção na cadeia produtiva do turismo. Inclui a estruturação ou o aprimoramento de processos produtivos e de sistemas de comercialização, gerando inclusive a implantação de estruturas físicas e aquisição de equipamentos, em empreendimentos preferencialmente associativos e de caráter regional, visando o acesso às oportunidades de mercado. Inclui o apoio à colaboração institucional em eventos de caráter técnico-científicos da área de abrangência, com a participação dos setores governamentais e da iniciativa privada. Prevê a integração dos atores interessados e a busca de fontes financeiras que possam facilitar o desenvolvimento produtivo dos empreendimentos e do Polo como um todo. Pressupõe a celebração de convênios e outros instrumentos jurídicos.

Custo Estimado

US$ 5.491,97

Produtos e Gestão Pública do Turismo e do Meio Ambiente fortalecida e efetivada em bases

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Resultados participativas e integradas entre os governos estadual e locais e os agentes sociais envolvidos, fundada na prática do planejamento e em inovações tecnológicas, de forma a promover o desenvolvimento sustentável e a beneficiar turistas e população local.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Quadro 54: Descrição das Ações do Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS

Estratégias

Priorização de melhorias quanto à conectividade e acessibilidade do Polo com outros estados, no próprio estado e entre os municípios integrantes do Polo, incluindo acessos aeroviários, rodoviários, ferroviários, hidroviários, vias urbanas e transporte público de passageiros;

Expansão e melhoria das condições de saneamento ambiental, com ênfase para o sistema de esgotamento sanitário e para o tratamento e disposição de resíduos sólidos;

Promoção e incentivo à melhoria de instalações e equipamentos turísticos públicos e privados

Objetivos Qualificar e ampliar a oferta de equipamentos e serviços turísticos e de

serviços públicos com impacto direto sobre o turismo no Polo.

Ações Área de Abrangência

4.1 Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

Polo Costa dos Coqueirais

4.2 Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju

Polo Costa dos Coqueirais

4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 Polo Costa dos Coqueirais

4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário

Santa Luzia do Itanhy – Povoado de Crasto

Indiaroba – Povoado de Pontal

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

Aracaju, Barra dos Coqueiros, Brejo Grande, Estância,

Indiaroba, N. Sra. do Socorro, Pacatuba e São Cristóvão.

4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água Indiaroba, Pacatuba e Santa

Luzia do Itanhy

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Intermunicipal de Passageiros

Polo Costa dos Coqueirais

4.8

Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Polo Costa dos Coqueirais

4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte

Polo Costa dos Coqueirais

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348

4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 Polo Costa dos Coqueirais

4.11 Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto

Santa Luzia do Itanhy – Povoado de Crasto

Justificativa

A relação estabelecida entre a infraestrutura existente nos municípios do Polo e o desenvolvimento do turismo sustentável traduz a qualidade dos serviços ofertados aos turistas em especial no que tange aos serviços urbanos e à acessibilidade e conectividade no Polo. Neste sentido, oferecer infraestrutura adequada no Polo Costa dos Coqueirais requer uma avaliação de desempenho dos serviços de acessibilidade viária, aeroviária e hidroviária para a recepção dos turistas; no tratamento e disposição final de esgotos; na captação, tratamento e distribuição de água, bem como na conservação de calçadas, disponibilização de mobiliário urbano e paisagístico.

Nesta direção, foram definidos neste PDITS investimentos voltados para a pavimentação e recuperação de rodovias federais e estaduais de acesso aos municípios do Polo, a construção da ponte sobre o Rio Fundo para facilitar a comunicação da sede municipal de Estância com a sua área litorânea, a ampliação da pista de pouso do Aeroporto de Santa Maria para a aterrisagem de aviões de maior porte, a construção do novo terminal de passageiros para melhor recepção de turistas e a realização de obras urbanas para adequação e recuperação de vias públicas, calçadas, mobiliário urbano e paisagismo nos municípios.

Destacam-se também a melhoria no abastecimento de água e o sistema de esgotamento sanitário em determinados municípios para o incremento do turismo. O Diagnóstico da área revela que o abastecimento de água é comprometido nos municípios de Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy, indicando a necessidade de ampliação e reforço do sistema existente, em busca do atendimento integral e a promoção da saúde da população residente e dos turistas, considerando o cenário atual e os cenários futuros de desenvolvimento do turismo.

Quanto ao serviço de esgotamento sanitário observa-se que as sedes municipais contam, via de regra, com redes coletoras de esgoto, no entanto a destinação e o tratamento são precários, constatando-se casos frequentes de escoamento do esgoto em valas a céu aberto, nos rios, nos lagos ou no mar, poluindo os recursos hídricos e fazendo proliferar doenças que atingem, principalmente, as comunidades com menor poder aquisitivos. Nos povoados destaca-se maior precariedade do que nas áreas urbanas das sedes municipais, tanto com relação à captação quanto na disposição e no tratamento do esgoto.

Com efeito, as ações de infraestrutura devem, necessariamente, considerar investimentos que beneficiem as condições de infraestrutura adequada aos municípios turísticos visando o desenvolvimento turístico sustentável.

Descrição das Ações

Desmonte do Morro da Piçarra para Viabilizar a Ampliação da Pista – Execução de obras civis, conforme projeto executivo existente, para a ampliação da pista de aterrisagem do Aeroporto Santa Maria, aumentando a capacidade de pouso e decolagem de um maior número de aeronaves em Aracaju. Os serviços para a execução da obra referem-se a instalação do canteiro de obras, demolição e remoção do reservatório de água da DESO que se encontra na área, serviço de terraplenagem, drenagem pluvial da plataforma do morro e da área de bota-fora e o revestimento vegetal para a proteção das áreas de corte, aterro e encostas.

Elaboração de Projetos Executivos e Complementares para Ampliação da Pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros – Elaboração de projetos executivos e complementares para a ampliação da pista de pouso com extensão de 2.970 metros e construção do novo terminal de passageiros, com área aproximada de 40 mil m² para receber aproximadamente 1.600.000 passageiros/ano. O projeto prevê instalações adequadas à recepção de turistas e população local como a ampliação do terminal de passageiros, do terminal de cargas, do pátio de aeronaves e de manobras

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aumentando a capacidade total para 15 aeronaves sendo 8 localizadas neste novo terminal, túneis de embarque e desembarque e ampliação do estacionamento externo

Ampliação e Duplicação da Rodovia BR-101 – ampliação e duplicação da BR 101 por meio da pavimentação em leito natural e de acostamento no trecho Aracaju-Estância, num total de 67 km de extensão, garantindo maior fluidez e segurança no fluxo de veículos. Inclui a contratação de serviços de terraplanagem, drenagem superficial, pavimentação, sinalização e de estudos de impacto ambiental.

Implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário – abrange a contratação de empresa especializada para a ampliação de rede de tratamento de esgoto no que diz respeito à coleta, destinação e tratamento adequado das águas servidas e demais resíduos provenientes do esgotamento sanitário nos Povoados de Crasto em Santa Luzia do Itanhy e de Pontal em Indiaroba.

Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários - abrange a contratação de empresa especializada para a ampliação de rede de tratamento de esgoto no que diz respeito à coleta, destinação e tratamento adequado das águas servidas e demais resíduos provenientes do esgotamento sanitário nas sedes municipais e nos povoados de interesse turístico de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Brejo Grande, Estância, Indiaroba, Nossa Senhora do Socorro, Pacatuba, Pirambu e São Cristóvão.

Ampliação de Redes de Abastecimento de Água – abrange a ampliação e o reforço do sistema, a construção de reservatórios, de sistema de recalque de água e demais obras complementares para os municípios de Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy.

Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Intermunicipal de Passageiros – Trata-se de repensar e redefinir as bases conceituais, de planejamento e de operação do Sistema de Transporte Público Intermunicipal de Passageiros que interliga os municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais tendo como panorama o atendimento de qualidade às necessidades de deslocamento tanto da população local quanto dos turistas que afluem à área turística, no que tange ao acesso aos atrativos turísticos do litoral norte e sul de Sergipe. Inclui ainda a formulação dos princípios de concessão da operação e das normas de funcionamento do Sistema em seu novo desenho e o estabelecimento de parcerias público-privadas para a sua implantação.

Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico – Elaboração de projetos e realização de obras para melhorar da acessibilidade nos ambientes urbanos por meio da adequação e recuperação das vias de acesso, de calçamento, mobiliário urbano, paisagismo, padronização e organização dos espaços urbanos de interesse turístico no Polo. Esta ação visa promover a eficiência na acessibilidade e na mobilidade nos atrativos turísticos.

Execução de Obra de Infraestrutura Viária para a Rodovia SE 100 Norte – execução da pavimentação em leito natural e do acostamento da SE 100 norte, conforme projeto executivo existente, para facilitar o acesso da população e de turistas ao trecho norte. Inclui a contratação de serviços de terraplanagem, drenagem superficial, pavimentação, sinalização e de estudos de impacto ambiental.

Construção da Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 – construção da ponte

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350

sobre o Riacho Fundo para diminuir a distância da sede municipal de Estância à sua área litorânea. A construção da ponte facilitará o percurso para os núcleos de receptivos localizados nos Povoados de Terra Caída em Indiaroba e Porto do Mato em Estância e para o núcleo de apoio localizado na sede municipal de Estância no desenvolvimento e incremento da atividade turística do litoral sul.

Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto - execução da pavimentação da rodovia que interliga a sede do município de Santa Luzia do Itanhy ao povoado de Crasto, conforme projeto executivo existente, para facilitar o acesso da população e de turistas ao povoado. A execução da obra de infraestrutura inclui a contratação de serviços de terraplanagem, drenagem superficial, pavimentação, sinalização e de estudos de impacto ambiental.

Custo Estimado

US$ 152.295,60

Produtos e Resultados

Morro da Piçarra removido, de forma a viabilizar a ampliação da pista de pouso para o embarque e desembarque de passageiros.

Pista de pouso do Aeroporto Santa Maria e Terminal de Passageiros com capacidade de atendimento ampliada e adequada aos padrões de segurança, conforto e acessibilidade, pressupondo um aumento do fluxo de passageiros neste terminal.

Rodovia BR-101 ampliada e duplicada no trecho entre Aracaju e Estância – Estado de Sergipe, propiciando maior segurança e conforto ao usuário.

Sistema de Esgotamento Sanitário implantado e ampliado, resultando na melhoria da qualidade de vida da população e dos turistas na área abrangida.

Rede de abastecimento de água ampliada nos municípios de Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy visando a universalização do sistema e promoção da saúde da população residente e dos turistas.

Sistema de Transporte Público Intermunicipal de Passageiros revisto quanto à sua configuração e ao desenho da rede; princípios e normas de gestão e operação redefinidos; concessionários do transporte atuando em parceria com o poder concedente – Estado de Sergipe.

Obras urbanas de adequação e recuperação de vias públicas, calçadas, mobiliário urbano e paisagismo nas sedes municipais e povoados de interesse turístico concluídas e espaços públicos liberados para utilização por turistas e população local.

Rodovia SE 100 Norte pavimentada, aumentando a acessibilidade e a segurança, beneficiando turistas e população local.

Ponte sobre o Rio Riacho Fundo construída, diminuindo a distância da sede municipal de Estância à sua área litorânea, facilitando a mobilidade entre a sede municipal – enquanto núcleo de apoio ao turismo e os núcleos receptivos do turismo atinentes ao Litoral Sul.

Rodovia de acesso ao povoado de Crasto pavimentada, facilitando o acesso da população e de turistas ao povoado.

Como resultado deste conjunto de componentes tem-se o Polo Costa dos Coqueirais com melhores condições de acessibilidade, mobilidade e conectividade para o turista e qualidade na oferta dos serviços de saneamento básico, proporcionando qualidade ambiental e qualidade de vida tanto ao visitante quanto à população local.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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351

Quadro 55: Descrição das Ações do Componente 5 – Gestão Ambiental

COMPONENTE 5: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Estratégias

Preservação ambiental e recuperação de áreas turísticas degradadas.

Promoção da educação ambiental de forma a abranger a população local e os turistas.

Incentivo e apoio à formação e capacitação profissional para o mercado do turismo.

Apoio e incentivo ao empreendedorismo visando à implantação e o desenvolvimento de médios e pequenos negócios inseridos na cadeia do turismo.

Objetivos

Promover ações de preservação e sustentabilidade ambiental como base para o desenvolvimento do turismo.

Promover a inserção da população local no ciclo econômico do setor de turismo visando à melhoria da qualidade de vida.

Ações Área de Abrangência

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

Brejo Grande

Litoral Norte

Indiaroba-

Sta. Luzia do Itanhy

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

Polo Costa dos Coqueirais

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.3 Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte) Polo Costa dos

Coqueirais - Litoral Norte 5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte

5.3.2 Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte

5.4 Apoio à Prevenção do Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo

Estado de Sergipe

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

Polo Costa dos Coqueirais

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.6

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

Polo Costa dos Coqueirais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas Polo Costa dos

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352

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

Coqueirais

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos munícipios costeiros

5.7.3

Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Sul

5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo

5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul

5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel Polo Costa dos

Coqueirais - Litoral Norte

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

Polo Costa dos Coqueirais

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

5.11 Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos

Estado de Sergipe

Justificativa

O diagnóstico estratégico do Polo Costa dos Coqueirais revela uma riqueza natural existente formada por dunas, mangues, restingas, Mata Atlântica, rios, praias, cachoeiras, reservas e áreas de preservação ambiental. Estas áreas são atrativas para os turistas e contribuem para o fortalecimento do ecoturismo e do turismo náutico. Com efeito, o componente gestão socioambiental deve ser tratado de forma cuidadosa de modo que o desenvolvimento do turismo no Polo não ocorra de forma dissociada do meio ambiente e da população local.

As ações para a gestão socioambiental contemplam medidas, instrumentos e planos voltados à recuperação e preservação ambiental de forma a mitigar os impactos do turismo frente aos recursos naturais existentes. Consideram também investimentos que beneficiem a inserção da população local no ciclo econômico do setor de turismo.

Descrição das Ações

Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas - elaboração de estudos de capacidade de carga para os municípios de Brejo Grande, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy e para o Litoral Norte do Polo Costa dos Coqueirais. Os estudos envolvem a elaboração de diagnóstico das áreas ambientalmente frágeis e dos atrativos turísticos atuais e potenciais, bem como o dimensionamento do fluxo de pessoas para cada atrativo e a indicação da forma de fiscalização e controle para a garantia do uso racional do potencial turístico.

Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras – elaboração do diagnóstico e do plano de ação identificando o público alvo e os instrumentos e estratégias para a promoção da educação ambiental; Implementação das ações de sensibilização do turista,

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353

entidades e comunidades receptoras, visando capacitar/habilitar estes setores sociais para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na região.

Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte) - Elaboração do Plano de Manejo da APA do Litoral Norte por meio do estabelecimento de diretrizes, ações e normas para fiscalização das atividades estabelecidas na APA, tendo em vista o controle de seu aproveitamento e garantia de perenização de seus recursos e atributos naturais;

Apoio à Prevenção do Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo - realização de campanhas permanentes para a sensibilização dos diversos segmentos sociais envolvidos com o desenvolvimento do turismo a respeito da exploração sexual de crianças e adolescentes. Abrange a (i) discussão do projeto para a prevenção da exploração sexual pelo turismo pelas secretarias municipais envolvidas; (ii) execução do projeto e (iii) monitoramento e avaliação.

Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos - elaboração de estudos de viabilidade socioeconômica e projetos básicos e executivos para o manejo de resíduos sólidos nos municípios do Polo, decorrente das ações dos planos intermunicipais e financiamento de ações sociais e de fortalecimento institucional que contemplem etapas de redução, separação, reutilização, reciclagem, acondicionamento, coleta seletiva, compostagem e destinação adequadas dos resíduos sólidos. Deve implantar um processo de educação da população residente e flutuante para adotar hábitos e comportamentos que promovam a qualidade dos ambientes ocupados/visitados. Análise da possibilidade de implementação de aterros sanitários e usinas de reciclagem em consórcio intermunicipal.

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume – elaboração e execução de plano de recuperação ambiental no Rio Betume envolvendo (i) recuperação de mata ciliar; (ii) recuperação de nascentes,; (iii) controle de processos erosivos, (iv) sensibilização dos produtores rurais sobre vantagens e benefícios da conservação do rio, (v) fiscalização de outorga de água, (vi) preservação da fauna e ictiofauna.

Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas - elaboração da política de gerenciamento costeiro do Estado e de planos de gestão integrada de orlas marítimas dos municípios costeiros, bem como o apoio à elaboração de normas ambientais para o controle e fiscalização de obras náuticas e uso em geral no intuído de disciplinar e orientar a utilização dos recursos naturais da zona costeira por meio de instrumentos próprios, visando à melhoria da qualidade de vida das populações locais, à proteção dos ecossistemas, da beleza cênica e do patrimônio natural, histórico e cultural.

Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul - Elaboração do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul por meio do estabelecimento

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354

de diretrizes, ações e normas para fiscalização das atividades estabelecidas na APA, tendo em vista o controle de seu aproveitamento e garantia de perenização de seus recursos e atributos naturais;

Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel – Definição da poligonal da REBIO e sua efetiva consolidação por meio de decreto de criação que inclua o caminhamento da sua poligonal para efetiva utilização da área de acordo com sua finalidade

Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco – elaboração e execução de plano de recuperação ambiental em áreas frágeis, degradadas e de risco. Abrange: (i) recuperação de mata ciliar; (ii) recuperação de nascentes,; (iii) controle de processos erosivos, (iv) sensibilização da população a respeito da conservação de rios, lagoas e outras áreas ambientais, (v) fiscalização de outorga e uso da água, (vi) fiscalização do uso das APPs

Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos - elaboração do diagnóstico dos recursos hídricos do Estado (águas superficiais e subterrâneas, aspectos quantitativos e qualitativos) para a proposição de programas e ações que estabeleçam diretrizes para implementação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos, contendo: sistema de informação sobre recursos hídricos, outorga dos direitos de uso da água, hierarquização das ações e mobilização social para participação na elaboração do plano.

Custo Estimado US$ 6.831,79

Produtos e Resultados

Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas elaborada para os destinos turísticos do Polo Costa dos Coqueirais.

Plano de Educação Ambiental elaborado e implementado.

Plano de Manejo da Unidade de Conservação de Uso Turístico para o Litoral Norte elaborado e implementado.

Campanhas de Prevenção do Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo realizado.

Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos implementado.

Plano de Proteção e Recuperação e Estudo Ambiental para o Rio Betume elaborado e executado.

Gerenciamento Costeiro elaborado.

Plano de Manejo da Unidade de Conservação de Uso Turístico para o Litoral Sul elaborado e implementado.

Poligonal da REBIO Santa Izabel elaborado e implementado

Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco implantado

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

11.4. Investimentos Previstos

A realização efetiva das ações previstas neste Plano de Desenvolvimento Integrado do

Turismo Sustentável para o Polo Costa dos Coqueirais pressupõe investimentos financeiros

significativos, oriundos de fontes diversas, conforme discriminado nos quadros a seguir.

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355

Para o dimensionamento dos custos de cada ação prevista foram utilizados parâmetros de

custos locais, decorrentes de:

Projetos já em elaboração;

Estimativa realizada por órgãos públicos municipais;

Valores médios praticados no mercado local;

Indicadores da construção civil para a região; e

Valores de mercado de equipamentos de características similares aos previstos para aquisição.

11.4.1. Dimensionamento do Investimento Total

A tabela a seguir apresenta o dimensionamento do Investimento total previsto para o PDITS

do Polo Costa dos Coqueirais, abrangendo o horizonte de 10 (dez) anos.

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356

Tabela 66. Dimensionamento do Investimento Total – Ações com Recursos do Prodetur e de Outras Fontes

Componente e Ação Área de Abrangência Custo

R$ 1.000,00 U$ 1.000,00

Componente 1 - Produto Turístico

1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa.

Aracaju 1.057,81 548,09

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

Polo Costa dos Coqueirais

3.334,54 1.727,74

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística 343,04 177,74

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística 2.991,50 1.550,00

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

Polo Costa dos Coqueirais 2.500,01 1.295,34

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

Polo Costa dos Coqueirais 965,00 500,00

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

Polo Costa dos Coqueirais 482,50 250,00

1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

Aracaju 569,39 295,02

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

Polo Costa dos Coqueirais

2.615,15 1.355,00

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais 299,15 155,00

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

2.316,00 1.200,00

1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Sul

11.966,00 6.200,00

1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.

386,00 200,00

1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.

11.580,00 6.000,00

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

Polo Costa dos Coqueirais 167,14 86,60

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Polo Costa dos Coqueirais 5.716,64 2.961,99

Page 379: polo costa dos coqueirais

357

Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Norte

1.158,00 600,00

1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Norte

15.440,00 8.000,00

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais

Polo Costa dos Coqueirais 6.835,44 3.541,68

1.14 Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente

Estância e Pacatuba 577,9 299,43

1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

Indiaroba - Povoado de Terra Caída, Estância - Povoado de Porto do Mato, Brejo Grande - Sede Municipal, Brejo

Grande - Povoado de Saramén.

6.995,21 3.624,46

1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

130,76 67,75

1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

6.537,57 3.387,34

1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio 326,88 169,37

1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.

Aracaju, Brejo Grande, Pacatuba, Indiaroba (Povoado de Terra Caída),

Estância (Povoado de Porto do Mato), Brejo Grande (Povoado de Saramén)

849,88 440,35

1.17 Revitalização e Ampliação do Atual Centro de Convenções de Aracaju

Aracaju 8.879,99 4.601,03

1.18 Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão

Laranjeiras e São Cristóvão 8.500,00 4.404,14

1.19 Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza Barris São Cristóvão 1.187,36 615,21

1.20 Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão São Cristóvão 1.000,00 518,13

1.21 Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão São Cristóvão 3.990,00 2.067,35

Subtotal Componente Produto Turístico 84.787,91 43.931,56

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 4.999,99 2.590,67

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Polo Costa dos Coqueirais 392,25 203,24

Page 380: polo costa dos coqueirais

358

Subtotal Componente Comercialização 6.392,26 3.312,05

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

Polo Costa dos Coqueirais 1.299,99 673,57

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos Polo Costa dos Coqueirais 299,81 155,34

3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais Brejo Grande e Pirambu 686,66 355,78

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

Polo Costa dos Coqueirais 115,8 60,00

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07

3.6 Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo

Estado de Sergipe 1.457,15 755,00

3.7 Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR

Estado de Sergipe

1.186,95 615,00

3.7.1 Reforma da Galeria para Instalação de Nova Sede da SETUR 820,25 425,00

3.7.2 Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR 366,7 190,00

3.8 Sistema de Gerenciamento do Programa Polo Costa dos Coqueirais 880,00 455,96

3.9 Revisão de Planos Diretores Municipais

Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância,

Itaporanga D’Ajuda, Laranjeiras, Pacatuba, Nossa Senhora do Socorro,

Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão.

2.233,67 1.157,34

3.10 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE Polo Costa dos Coqueirais 871,68 451,65

3.11 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

Polo Costa dos Coqueirais 108,97 56,46

3.12 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

Polo Costa dos Coqueirais 217,92 112,91

3.13 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

Estado de Sergipe e Municípios do Polo Costa dos Coqueirais

185,22 95,97

3.14 Elaboração e Implantação de Plano Estadual de Educação Financeira e Fiscal

Estado de Sergipe 217,92 112,91

3.15 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

Polo Costa dos Coqueirais 163,43 84,68

3.16 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Polo Costa dos Coqueirais 174,34 90,33

Page 381: polo costa dos coqueirais

359

Turismo e Formação de Parcerias

Subtotal Componente Fortalecimento Institucional 10.599,50 5.491,97

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.1 Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

Polo Costa dos Coqueirais 9.185,87 4.759,52

4.2 Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju

Polo Costa dos Coqueirais 3.500,00 1.813,47

4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 Polo Costa dos Coqueirais 5.470,99 2.834,71

4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário

Santa Luzia do Itanhy – Povoado de Crasto 10.293,33 5.333,33

Indiaroba – Povoado de Pontal

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de

Esgotos Sanitários

Aracaju, Barra dos Coqueiros, Brejo Grande, Estância, Indiaroba, N. Sra. do

Socorro, Pacatuba, Pirambu e São Cristóvão

179.999,93 93.264,21

4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do

Itanhy 3.800,00 1.968,91

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

Polo Costa dos Coqueirais 419,99 217,61

4.8

Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Polo Costa dos Coqueirais 2.879,98 1.492,22

4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte Polo Costa dos Coqueirais 68.000,00 35.233,16

4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 Polo Costa dos Coqueirais 3.200,00 1.658,03

4.11 Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto

Santa Luzia do Itanhy – Povoado de Crasto

7.180,43 3.720,43

Subtotal Componente Infraestrutura e Serviços Básicos 293.930,51 152.295,60

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

Brejo Grande, Litoral Norte, Indiaroba - Sta. Luzia do Itanhy

1.500,00 777,2

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

Polo Costa dos Coqueirais 375 194,3

Page 382: polo costa dos coqueirais

360

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental 44,27 22,94

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

330,71 171,35

5.3 Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte) Polo Costa dos Coqueirais - Litoral

Norte

1.395,72 723,17

5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte 354,25 183,55

5.3.2 Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte

1.041,47 539,62

5.4 Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo

Estado de Sergipe 482,50 250,00

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

Polo Costa dos Coqueirais

1.070,19 554,5

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

572,25 296,5

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

497,96 258,01

5.6

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

Polo Costa dos Coqueirais 1.376,53 713,23

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

Polo Costa dos Coqueirais

2.043,89 1.059,01

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado 510,97 264,75

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros 1.124,15 582,46

5.7.3

Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

408,77 211,8

5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Sul

874,98 453,36

5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo 177,12 91,77

5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul

520,73 269,81

5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel Polo Costa dos Coqueirais - Litoral

Norte 87,16 45,16

Page 383: polo costa dos coqueirais

361

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

Polo Costa dos Coqueirais

3.543,56 1.836,04

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas 163,43 84,68

5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul

163,43 84,68

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

3.268,78 1.693,67

5.11 Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos Estado de Sergipe 435,83 225,82

Subtotal Componente Gestão Ambiental 13.185,35 6.831,79

TOTAL COMPONENTES 408.895,53 211.862,97

6 Auditoria, Encargos Contratuais, Gerenciamento, Supervisão e Reserva de Contingência

Estado de Sergipe 5986,088 3.101,60

TOTAL GERAL 414.881,62 214.964,57

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Page 384: polo costa dos coqueirais

362

11.5. Seleção e Priorização das Ações

Neste item encontram-se selecionadas as ações integrantes do PDITS Polo Costa dos

Coqueirais priorizadas para atendimento pelo Prodetur, com execução prevista para os 18

(dezoito) primeiros meses e para o período entre o 19º. ao 42º mês de vigência do PDITS,

num total de 5 (cinco) anos.

Para a priorização das ações foram estabelecidos os seguintes critérios:

Sustentabilidade;

Abrangência – população local e área turística;

Tempo de implantação;

Visibilidade das ações; e

Precedência – interferência.

O processo de priorização contemplou duas etapas distintas. A primeira foi focada na visão

dos atores estratégicos locais, representantes de segmentos da sociedade organizada e do

trade turístico que acompanharam a elaboração deste PDITS. Para tanto foram realizadas

oficinas de trabalho para apresentação dos produtos já consolidados e coleta de

contribuições para complementação e aprimoramento dos conteúdos criados.

A priorização das ações teve continuidade por meio de análise técnica, procedida com a

participação de representantes do Governo Estadual, quando as indicações provenientes da

leitura comunitária foram avaliadas e ajustadas. Tais ajustes visaram:

Garantir a sustentabilidade do Polo por meio de ações direcionadas a questões críticas que ameaçam a continuidade da atividade turística local em conformidade com a preservação ambiental e melhoria da qualidade de vida;

Nível de abrangência e impactos positivos de cada ação com relação à população, à atividade turística e área geográfica em questão;

Rapidez com que as ações possam ser levadas a cabo, sendo que um indicador de prioridade é a possibilidade de efetivação de determinada ação no mais curto prazo possível;

Visibilidade e publicidade dos efeitos de determinadas ações, onde o critério de priorização leva em conta o impacto positivo na imagem do produto conferido pela execução de uma ação; e

Precedência das ações, considerando o alcance necessário, parcial ou integral, dos resultados delas previstos para, em seguida, desencadear outro(s) investimentos.

As ações priorizadas para este período são apresentadas a seguir.

Page 385: polo costa dos coqueirais

363

Tabela 67. Investimentos do Prodetur - Primeiros 18 meses e 5 anos de Implantação do PDITS

Componente e Ação Área de Abrangência Custo

R$ 1.000,00 U$ 1.000,00

Componente 1 - Produto Turístico

1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa.

Aracaju 1.057,81 548,09

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

Polo Costa dos Coqueirais

3.334,54 1.727,74

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística 343,04 177,74

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística 2.991,50 1.550,00

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

Polo Costa dos Coqueirais 2.500,01 1.295,34

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

Polo Costa dos Coqueirais 965,00 500,00

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

Polo Costa dos Coqueirais 482,50 250,00

1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

Aracaju 569,39 295,02

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

Polo Costa dos Coqueirais

2.615,15 1.355,00

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais 299,15 155,00

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

2.316,00 1.200,00

1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Sul

11.966,00 6.200,00

1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.

386,00 200,00

1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.

11.580,00 6.000,00

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Polo Costa dos Coqueirais 167,14 86,60

Page 386: polo costa dos coqueirais

364

Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

Polo Costa dos Coqueirais 5.716,64 2.961,99

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Norte

1.158,00 600,00

1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Norte

15.440,00 8.000,00

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais

Polo Costa dos Coqueirais 6.835,44 3.541,68

Subtotal Componente Produto Turístico 52.807,62 27.361,46

Componente 2 – Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 4.999,99 2.590,67

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07

Subtotal Componente Comercialização 6.000,00 3.108,81

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

Polo Costa dos Coqueirais 1.299,99 673,57

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos Polo Costa dos Coqueirais 299,81 155,34

3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais Brejo Grande e Pirambu 686,66 355,78

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

Polo Costa dos Coqueirais 115,80 60,00

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07

3.6 Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo

Estado de Sergipe 1.457,15 755,00

3.7 Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR Estado de Sergipe

1.186,95 615,00

3.7.1 Reforma da Galeria para Instalação de Nova Sede da SETUR 820,25 425,00

Page 387: polo costa dos coqueirais

365

3.7.2 Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR

366,7 190,00

3.8 Sistema de Gerenciamento do Programa Polo Costa dos Coqueirais 880,00 455,96

Subtotal Componente Fortalecimento Institucional 6.426,36 3.329,72

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.1 Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

Polo Costa dos Coqueirais 9.185,87 4.759,52

4.2 Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju

Polo Costa dos Coqueirais 3.500,00 1.813,47

4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 Polo Costa dos Coqueirais 5.470,99 2.834,71

4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário

Santa Luzia do Itanhy – Povoado de Crasto

10.293,33 5.333,33 Indiaroba – Povoado de

Pontal

Subtotal Componente Infraestrutura e Serviços Básicos 28.450,19 14.741,03

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

Brejo Grande, Litoral Norte, Indiaroba - Sta. Luzia do

Itanhy 1.500,00 777,2

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

Polo Costa dos Coqueirais

375,00 194,30

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

44,27 22,94

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

330,71 171,35

5.3 Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte)

Litoral Norte

1.395,72 723,17

5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte 354,25 183,55

5.3.2 Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte

1.041,47 539,62

5.4 Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo

Estado de Sergipe 482,50 250,00

Page 388: polo costa dos coqueirais

366

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

Polo Costa dos Coqueirais

1.070,19 554,50

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

572,25 296,50

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

497,96 258,01

5.6

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

Polo Costa dos Coqueirais 1.376,53 713,23

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

Polo Costa dos Coqueirais

2.043,89 1.059,01

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado 510,97 264,75

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

1.124,15 582,46

5.7.3

Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

408,77 211,8

Subtotal Componente Gestão Ambiental 8.243,82 4.271,41

TOTAL COMPONENTES 101.927,99 52.812,43

6 Auditoria, Encargos Contratuais, Gerenciamento, Supervisão e Reserva de Contingência

Estado de Sergipe 5986,088 3.101,60

TOTAL GERAL 107.914,08 55.914,03

Taxa de Cambio: US$ 1,00 = R$ 1,93 Média dos últimos 12 meses em 07.12.2012

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Page 389: polo costa dos coqueirais

367

A análise da Tabela 66 – Dimensionamento do Investimento Total, em comparação com a Tabela 67– Investimentos do Prodetur leva à

situação demonstrada na Tabela 68, a seguir.

Tabela 68. Investimentos Totais previstos no PDITS Costa dos Coqueirais de Acordo com a Origem dos Recursos Financeiros Necessários

Investimentos R$ (mil) US$ (mil)

Investimentos Totais Previstos no PDITS 414.881,62 214.964,57

Recursos do Prodetur 107.914,08 55.914,04

Recursos de Outras Fontes 306.967,54 159.050,53

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A seguir encontram-se discriminadas as ações pertinentes ao PDITS que, dentre as ações selecionadas como prioritárias, constituem as ações elegíveis para realização durante os 18 primeiros meses de financiamento do Prodetur.

Page 390: polo costa dos coqueirais

368

Tabela 69. Investimentos do Prodetur - Primeiros 18 meses

Componente e Ação Área de Abrangência

Custo 18 Primeiros Meses

R$ 1.000,00 U$ 1000,00

Componente 1 - Produto Turístico

1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa.

Aracaju 1.057,81 548,09

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

Polo Costa dos Coqueirais

1.007,94 522,25

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

260,07 134,75

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística 747,88 387,50

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

Polo Costa dos Coqueirais

1.125,00 582,90

1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

Aracaju 569,39 295,02

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

Polo Costa dos Coqueirais

299,15 155,00

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais 299,15 155,00

1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju

Polo Costa dos Coqueirais - Litoral

Sul

386,00 200,00

1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.

386,00 200,00

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

Polo Costa dos Coqueirais

1.180,35 611,58

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

Polo Costa dos Coqueirais

1.158,00 600,00

Subtotal Componente Produto Turístico 6.783,64 3.514,84

Page 391: polo costa dos coqueirais

369

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing 1.614,33 836,44

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing 161,43 83,64

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

161,43 83,64

Subtotal Componente Comercialização 1.937,18 1.003,72

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

659,29 341,60

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos 233,55 121,01

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

115,8 60,00

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

148,65 77,02

3.6 Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo

540,4 280,00

Subtotal Componente Fortalecimento Institucional 1.697,69 879,63

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.1 Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

9.185,87 4.759,52

4.2 Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju

3.500,00 1.813,47

4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 5.470,99 2.834,71

Subtotal Componente Infraestrutura e Serviços Básicos 18.156,86 9.407,70

Page 392: polo costa dos coqueirais

370

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

1.500,00 777,20

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

44,27 22,94

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

44,27 22,94

5.3 Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte)

354,25 183,55

5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte 354,25 183,55

5.4 Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo

144,75 75,00

5.6

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

533,39 276,37

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

919,74 476,55

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado 510,97 264,75

5.7.3

Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

408,77 211,8

Subtotal Componente Gestão Ambiental 3.496,41 1.811,61

TOTAL GERAL 32.071,78 16.617,50

Taxa de Cambio: US$ 1,00 = R$ 1,93 Média dos últimos 12 meses em 07.12.2012

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Page 393: polo costa dos coqueirais

371

O Quadro 56:, a seguir, apresenta o cronograma de precedência das ações relativas aos 18 primeiros meses de investimentos com recursos

oriundos do Prodetur. Considera as orientações do Programa, registradas no Termo de Referência relativo à revisão do PDITS Costa dos

Coqueirais, no sentido de que sejam estabelecidas metas para as ações de fortalecimento da gestão municipal para o turismo, que devem ser

cumpridas antes do início das obras de infraestrutura planejadas.

De acordo com este pressuposto a execução, no todo ou em parte, das intervenções previstas para o Componente 3 – Fortalecimento

Institucional precedem às ações programadas para os demais componentes, em especial para o Componente 4 – Infraestrutura e Serviços

Básicos.

Quadro 56: Cronograma de Precedência das Ações Relativas aos 18 Primeiros Meses – Investimentos Prodetur

Ação

Ano 1 Ano 2

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Componente 3 – Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

Segue

até Ano 3

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

-

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

-

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

Segue até

Ano 5

3.6

Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo.

Segue até

Ano 3

Page 394: polo costa dos coqueirais

372

Ação

Ano 1 Ano 2

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Componente 1 – Produto Turístico

1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa.

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

Segue até

Ano 3

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

Segue até

Ano 5

1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

-

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

Segue até

Ano 4

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju

Segue até

Ano 3

1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

Segue

até Ano 4

Page 395: polo costa dos coqueirais

373

Ação

Ano 1 Ano 2

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

Segue até

Ano 5

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

Segue até

Ano 5

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

Segue até

Ano 5

Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos

4.1 Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

-

4.2 Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju

-

4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 -

Componente 5- Gestão Socioambiental

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

-

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

Segue

até Ano 3

Page 396: polo costa dos coqueirais

374

Ação

Ano 1 Ano 2

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.3

Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte)

5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte

5.4 Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo

Segue

até Ano 5

5.6

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradadas - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

Segue até

Ano 5

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

Segue até

Ano 3

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.3

Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Page 397: polo costa dos coqueirais

375

A precedência das ações de fortalecimento institucional está embasada no cumprimento das metas apontadas no Quadro 57:70, a seguir:

Quadro 57: Ações de Fortalecimento da Gestão Estadual e Municipal do Turismo – Metas de Desempenho para os Primeiros 18 Meses de Implantação do PDITS

Estratégias Ações Área de

Abrangência Meta

Adoção de mecanismos e instrumentos de gestão

integrada do turismo e do meio ambiente, com

envolvimento do poder público e dos diferentes

segmentos representativos da sociedade;

Adoção e incentivo à parceria público-privada tendo

em vista a melhoria da qualidade dos produtos e

serviços turísticos;

Capacitação profissional para a gestão participativa

do turismo, envolvendo a administração pública

estadual e municipal, os empreendedores do

turismo e a comunidade;

Desenvolvimento e implantação de sistema de informações turísticas como base para o planejamento e gestão do turismo, para formatação de novos produtos turísticos e para atendimento ao turista.

Implantação do Sistema de Informações Turísticas

Polo Costa dos Coqueirais

Inventário Turístico Realizado

Sistema de Informações Turísticas Desenhado e em Alimentação

Pesquisa Anual de Demanda Realizada nos Primeiros 12 Meses

(alta e baixa estação)

Elaboração de Planos de Gestão dos Destinos Turísticos

Polo Costa dos Coqueirais

Quatro Planos de Gestão dos Destinos Turísticos Elaborados e em Início de

Implantação.

Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

Polo Costa dos Coqueirais

Diagnósticos e Planos de Ação para a Gestão Municipal do Turismo

Elaborados

Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

Polo Costa dos Coqueirais

Início de Implantação das Ações de Fortalecimento da Gestão Municipal –

20% realizados

Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo

Estado de Sergipe Fortalecimento dos Órgãos Estaduais

Implementado em 50%

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Page 398: polo costa dos coqueirais

376

11.6. Descrição das Ações a Realizar nos 18 Primeiros Meses com Recursos do Prodetur

As ações elegíveis para realização durante os dezoito primeiros meses com recursos do Prodetur encontram-se a seguir caracterizadas, contemplando os seguintes itens:

Objetivo;

Justificativa;

Efeito esperado no desenvolvimento turístico;

Benefícios e beneficiários;

Descrição da ação;

Responsáveis pela execução;

Entidade responsável pela implantação/ operação/ manutenção da obra ou

serviço;

Custo estimado e fonte de financiamento;

Gastos estimados de operação;

Mecanismos previstos de recuperação de custos;

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei;

Indicadores de seguimento e fonte de verificação;

Relação com outras ações quanto ao cronograma;

Nível de avanço: indicação da existência de projetos básicos ou executivos ou

termos de referência; indicação da necessidade de reconhecimento retroativo.

Page 399: polo costa dos coqueirais

377

11.6.1. Ações Prioritárias – Componente 1 – Produto Turístico

AÇÃO 1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa. PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo Complementar a sinalização turística de Aracaju em pontos turísticos e em logradouros, facilitando o deslocamento da população e dos turistas.

Justificativa Necessidade de complementação da sinalização turística da cidade de Aracaju, de modo a tornar possível a orientação e o direcionamento de turistas e residentes aos atrativos / equipamentos turísticos, bem como a logradouros e avenidas em Aracaju.

Efeito esperado Aumento da satisfação do turista com a melhoria da orientação de acesso aos atrativos turísticos.

Benefícios Satisfação do turista, gerando o aumento de sua permanência no Polo.

Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.

Descrição Complementação da sinalização turística de Aracaju de acordo com o padrão internacional ditado pela OMT, permitir o deslocamento, facilitando a residentes e turistas o acesso às principais rodovias da cidade, às vias urbanas de acesso aos atrativos turísticos e outros pontos estratégicos de Aracaju.

Responsáveis pela Execução

SEINFRA Responsáveis pela

Implantação / Manutenção / Operação

SEINFRA

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo

estimado US$ 548.090,00

Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Arrecadação de impostos municipais.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas Não se aplica

Indicadores de seguimento

Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos locais. Aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.

Fonte de verificação

Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações quanto ao

cronograma Não se aplica.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 400: polo costa dos coqueirais

378

AÇÃO 1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo Elaborar e Implantar placas de sinalização turística nas rodovias federais e estaduais de acesso ao Polo.

Justificativa Necessidade de projeto de Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa do Polo Costa dos Coqueirais, de modo a otimizar a atual estrutura de deslocamento aos principais atrativos e roteiros turísticos do Estado, feitos exclusivamente por meio rodoviário

Efeito esperado Aumento da satisfação do turista com a melhoria da orientação de acesso aos atrativos turísticos.

Benefícios Satisfação do turista, gerando o aumento de sua permanência no Polo.

Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.

Descrição Elaboração de projeto executivo e implantação de placas de sinalização turística rodoviária nas rodovias federais e estaduais que dão acesso aos municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais.

Responsáveis pela Execução

SEINFRA Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SEINFRA

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 522.250,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Arrecadação de impostos municipais.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de seguimento

Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos locais. Aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.

Fonte de verificação

Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Não se aplica.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 401: polo costa dos coqueirais

379

AÇÃO 1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial

PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo

Incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento profissional para a gestão do turismo no âmbito da administração pública; criar oportunidades para que os dirigentes e gerentes de empreendimentos turísticos desenvolvam as habilidades negociais e de gestão necessários ao desempenho eficaz de suas funções na cadeia do turismo; incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento profissional para o mercado de trabalho do setor de turismo.

Justificativa

O quantitativo e a qualificação dos profissionais que atuam no mercado do turismo, bem como a capacitação e o envolvimento dos empreendedores do setor impactam diretamente o grau de satisfação dos turistas quanto à qualidade dos serviços prestados.

Efeito esperado Gestão do Turismo eficaz; empreendimentos turísticos em ascensão; mercado do turismo suprido em suas necessidades quanto a profissionais em todas as funções do setor.

Benefícios Desenvolvimento do turismo e geração de emprego e renda Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo, população local e o turista.

Descrição Qualificar prestadores de serviços, profissionais e empreendedores da cadeia produtiva do turismo, contribuindo para o aumento da qualidade dos serviços prestados na atividade.

Responsáveis pela Execução

SETUR Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SETRAB, EMSETUR, UCP Prodetur/SE

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida

Custo estimado US$ 582.900,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Melhoria do desempenho humano na administração municipal, segmento empresarial e mercado de trabalho do turismo.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas Não se aplica

Indicadores de seguimento

Frequência e tempo de permanência dos turistas; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.

Fonte de verificação Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações quanto ao

cronograma Não se aplica.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 402: polo costa dos coqueirais

380

AÇÃO 1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo Qualificar os espaços no que tange à oferta de equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato voltados para o turismo.

Justificativa Necessidade de recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato, que integra o complexo de intervenções no centro histórico de Aracaju, ampliando a oferta de atrativos histórico-culturais.

Efeito esperado Qualificação e diversificação dos produtos ofertados no Polo. Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo.

Benefícios Promoção e diversificação dos atrativos. Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.

Descrição Recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato. Esta ação integra o complexo de intervenções realizadas no centro histórico de Aracaju, com vistas a ampliar a oferta de atrativos históricos e culturais no Polo.

Responsáveis pela Execução

SETUR/ CEHOP Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SETUR/ CEHOP

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 295.020,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de seguimento

Frequência e tempo de permanência dos turistas; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.

Fonte de verificação

Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Não se aplica.

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim X Projeto Executivo

Sim X Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não Não Não X Não X

Page 403: polo costa dos coqueirais

381

AÇÃO 1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo Estruturação a área do Centro de Turismo (boxes de comercialização de artesanato), Museu do artesanato e Centro de Informação Turística.

Justificativa Necessidade de recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato, que integra o complexo de intervenções no centro histórico de Aracaju, ampliando a oferta de atrativos histórico-culturais.

Efeito esperado Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo.

Benefícios Promoção e diversificação dos atrativos. Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.

Descrição Elaborar estratégia de roteiro histórico cultural para os municípios de São Cristóvão e Laranjeiras, contemplando diagnóstico, análise de mercado e capacidade de carga dos principais equipamentos do roteiro. Adequar e modernizar museus contemplando sinalização interpretativa, equipamentos interativos nas unidades selecionadas.

Responsáveis pela Execução

SETUR/ CEHOP Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SETUR/ CEHOP

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 155.000,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de seguimento

Frequência e tempo de permanência dos turistas; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas.

Fonte de verificação Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim X Projeto Executivo

Sim X Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não Não Não X Não X

Page 404: polo costa dos coqueirais

382

AÇÃO 1.8 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística das Praias do Litoral Sul de Aracaju PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo Promover a adequação urbanística das praias do Litoral Sul, diversificando o produto turístico.

Justificativa Necessidade de adequação urbanística das praias do Litoral Sul de Aracaju.

Efeito esperado Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo.

Benefícios Promoção e diversificação dos atrativos. Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.

Descrição Realizar projetos para a adequação urbanística das praias do Litoral Sul

Responsáveis pela Execução

SETUR/ CEHOP Responsáveis pela Implantação / Manutenção /

Operação SETUR/ CEHOP

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 200.000,00 Custo estimado

operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Indicadores de seguimento

Frequência e tempo de permanência dos turistas; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas.

Fonte de verificação Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim X Projeto Executivo

Sim X Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não Não Não X Não X

Page 405: polo costa dos coqueirais

383

AÇÃO 1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa

PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo Promover a melhoria da infraestrutura de orlas e atracadouros para diversificar o produto e oferecer turísticos fluviais e náuticos.

Justificativa Inexistência e/ou precariedade de orlas e atracadouros nos principais municípios do Polo com capacidade de desenvolver roteiros náuticos

Efeito esperado Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo. Diversificação de roteiros fluviais e náuticos.

Benefícios A construção das orlas e atracadouros possibilita a consolidação de atrativos e de roteiros ampliando as condições de atendimento aos turistas e incrementando a renda da população local.

Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.

Descrição Melhorar a infraestrutura local de apoio ao turismo possibilitando passeios turísticos pelos rios da região favorecendo o aumento do fluxo turístico.

Responsáveis pela Execução

SETUR/ CEHOP Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SETUR/ CEHOP

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 611.580,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos

Aumento do número de turistas no Polo. Aumento do interesse em investimentos. Geração de empregos e renda e da arrecadação municipal.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Indicadores de seguimento

Frequência e tempo de permanência dos turistas; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas.

Fonte de verificação

Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim X Projeto Executivo

Sim X Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não Não Não X Não X

Page 406: polo costa dos coqueirais

384

AÇÃO 1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo Diversificar o oferta turística no Litoral Norte do Polo.

Justificativa Elaborar projeto básico e executivo, no sentido de dotar a rota com atratividades turísticas (portais de acesso, mirantes, serviços de informações, sinalização interpretativa e padronização dos acessos aos empreendimentos), favorecendo a consolidação de roteiros no Litoral Norte do Polo.

Efeito esperado Diversificar a oferta de atrativos. Melhorar o fluxo turístico nos municípios do Litoral Norte.

Benefícios Promoção dos atrativos, facilidade de acesso aos atrativos do Litoral Norte.

Beneficiários Cadeia produtiva do turismo, população local e o turista.

Descrição Realização de audiência pública junto ao trade e comunidade em geral do Polo, no sentido de eleger a referida rota como corredor turístico.

Responsáveis pela Execução

SETUR Responsáveis pela

Implantação / Manutenção / Operação

SETUR

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida

Custo estimado US$ 600.000,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Indicadores de seguimento

Frequência e tempo de permanência dos turistas; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas.

Fonte de verificação

Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 407: polo costa dos coqueirais

385

11.6.2 Ações Prioritárias – Componente 2 – Comercialização

AÇÃO 2.1 Execução do Plano de Marketing COMERCIALIZAÇÃO

Objetivo Executar ações promocionais e de marketing para aumentar a competitividade do destino turístico Sergipe no mercado nacional (principalmente) e internacional.

Justificativa O Polo possui um produto consolidado, porém se faz necessário a melhoria e estruturação de outros produtos potenciais e da sua imagem para o desenvolvimento do turismo

Efeito esperado Identidade do Polo consolidada no mercado nacional e internacional.

Benefícios Desenvolvimento do Turismo no Polo impulsionado pela sua divulgação.

Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores e turistas, pela divulgação da imagem do Polo.

Descrição

Execução das estratégias de marketing por meio de um plano de ação que se compõe das atividades específicas a serem desempenhadas para o fortalecimento da identidade do Polo e divulgação dos produtos ofertados, bem como a determinação do prazo e forma de execução de cada atividade na sequência apropriada e por ordem de prioridade e a atribuição de responsabilidades por essas atividades.

Responsáveis pela Execução

SETUR Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SETUR

Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 2.590.670,00 Custo estimado

operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas Não se aplica

Indicadores de seguimento

Reconhecimento público da marca do turismo no Polo. Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos locais; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.

Fonte de verificação

Sistema Municipal de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista.

Relação com outras ações quanto ao

cronograma Não se aplica

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 408: polo costa dos coqueirais

386

AÇÃO 2.2 Monitoramento do Plano de Marketing COMERCIALIZAÇÃO

Objetivo Monitorar a execução e a eficiência das ações contidas no Plano de Marketing

Justificativa Para garantir a eficiência do Plano de Marketing, o resultado da estratégia de promoção e comercialização deve ser continuamente monitorado, efetuando correções para a aplicação eficaz dos objetivos propostos no plano.

Efeito esperado Plano de Marketing monitorado possibilitando o aumento no número de turistas no Polo.

Benefícios Desenvolvimento do Turismo no Polo impulsionado pela sua divulgação.

Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores e turistas, pela divulgação da imagem do Polo.

Descrição Acompanhamento periódico e contínuo do Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do Estado por meio da realização de reuniões e apresentação de relatórios mensais visando o monitoramento dos fatos positivos e negativos e a correção e ajustes, quando necessário.

Responsáveis pela Execução

SETUR Responsáveis pela

Implantação / Manutenção / Operação

SETUR

Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 259.070,00 Custo estimado

operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas Não se aplica

Indicadores de seguimento

Reconhecimento público da marca do turismo no Polo. Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos locais; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.

Fonte de verificação

Sistema Municipal de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista.

Relação com outras ações quanto ao

cronograma Posterior a Execução do Plano de Marketing (ação 2.1)

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto

Executivo

Sim Termo

Referencia

Sim Reconhecimento

retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 409: polo costa dos coqueirais

387

AÇÃO 2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing COMERCIALIZAÇÃO

Objetivo Realizar a revisão, reajustes e complementações do Plano de Marketing durante sua execução.

Justificativa Para garantir a eficiência do Plano de Marketing, o resultado da estratégia de promoção e comercialização deve ser revisado, reajustado e complementado para a aplicação eficaz dos objetivos propostos no plano.

Efeito esperado Plano de Marketing revisado, reajustado e complementado possibilitando o aumento no número de turistas no Polo.

Benefícios Desenvolvimento do Turismo no Polo impulsionado pela sua divulgação.

Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores e turistas, pela divulgação da imagem do Polo.

Descrição Revisão, reajuste e complementação do Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do Estado, por meio da discussão, realização de reuniões e relatórios mensais para a correção e ajustes, quando necessários, de forma a garantir a execução adequada do Plano.

Responsáveis pela Execução

SETUR Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SETUR

Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 259.070,00 Custo estimado

operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas Não se aplica

Indicadores de seguimento

Reconhecimento público da marca do turismo no Polo. Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos locais; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.

Fonte de verificação

Sistema Municipal de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista.

Relação com outras ações quanto ao

cronograma Posterior a Execução do Plano de Marketing (ação 2.1)

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto

Executivo

Sim Termo

Referencia

Sim Reconhecimento

retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 410: polo costa dos coqueirais

388

11.6.3. Ações Prioritárias – Componente 3 – Fortalecimento Institucional

AÇÃO 3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Objetivo Prover o setor público e a iniciativa privada de informações confiáveis, completas e atualizadas necessárias ao planejamento e à gestão do setor e à tomada de decisões.

Justificativa

Os dados relativos ao turismo no Estado de Sergipe baseiam-se, em grande parte, nos registros fornecidos pelos meios de hospedagem centrados em Aracaju, permitindo abranger poucas variáveis, tais como, origem, destino, meio de transporte utilizado, motivação da viagem e permanência média. Referem-se, assim aos turistas que pernoitam em Aracaju, desconsiderando outros destinos importantes, principalmente aqueles pertinentes aos demais municípios dos Polos Costa dos Coqueirais e Velho Chico. Pouca condição se tem para avaliar a satisfação do turista. Por outro lado, a oferta turista carece de descrição e de análise, dada a falta de inventário turístico atualizado. Informações socioeconômicas voltadas, por exemplo, para o número de empregos gerados pelo setor, no Estado e nos municípios turísticos não estão disponíveis.

Efeito esperado Informações confiáveis, completas e atualizadas disponíveis para o planejamento e gestão do turismo, nos setores público e privado, e para divulgação aos turistas,

Benefícios Turistas bem informados; desenvolvimento do turismo no Polo e no Estado de Sergipe baseado em dados e informações fidedignas.

Beneficiários Poder público estadual e municipal; trade turístico e turistas.

Descrição

Abrange informações relativas à oferta e à demanda turística, bem como de natureza socioeconômicos relativos ao setor. Envolve o desenho do sistema, a identificação das informações que o comporão, a definição e a realização das pesquisas necessárias e do inventário turístico, a sistematização das informações e a implantação do sistema, a ser disponibilizado pela Internet. O inventário turístico será atualizado a cada quatro anos e a pesquisa de demanda será realizada na baixa e na alta estação.

Responsáveis pela Execução

SETUR – Secretaria de Turismo do Estado de Sergipe

Responsáveis pela Implantação / Manutenção / Operação Setur/SE em conjunto com a Seplag – Secretaria de Planejamento e Gestão (Observatório)

Fonte de financiamento

Fonte Externa - BID Custo estimado U$ 341.600,00 Custo estimado operação

A estimar

Mecanismos de recuperação de

custos Aumento do fluxo de turistas e de sua permanência no Estado de Sergipe, gerando dividendos e promovendo o desenvolvimento.

Normas de lic. ambiental

Não se aplica Fonte de verificação Observatório de Sergipe – SEPLAG, em rede com demais usuários

Indicadores de seguimento

Aumento da confiabilidade das informações prestadas ao turista;

Melhoria da qualidade e adequação das informações utilizadas no planejamento do turismo e na tomada de decisão e avaliação de resultados do processo de gestão do turismo;

Acesso e alimentação coletiva do Sistema de Informações, envolvendo órgãos gestores estaduais e municipais, empreendedores do turismo e outros agentes envolvidos.

Relação com outras ações

Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim x Reconhecimento retroativo

Sim

Não x Não x Não Não x

Page 411: polo costa dos coqueirais

389

AÇÃO 3.2 Elaboração de Plano de Gestão dos Destinos Turísticos FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Objetivo Construir instrumentos de planejamento necessários à gestão, coordenação e tomada de decisões relativas à política pública do setor de turismo, aplicados à realidade do Polo Costa dos Coqueirais.

Justificativa

As especificidades dos diferentes trechos que compõem o Polo exigem a formulação de Planos de Gestão dos Destinos Turísticos do Litoral Norte, de Aracaju, das Cidades Históricas e do Litoral Sul, tendo como base o PDITS Costa dos Coqueirais. Os Planos devem constituir instrumento técnico para a gestão, coordenação e tomada de decisões relativas à política pública do setor de turismo para a região, de forma integrada entre o poder público e os demais agentes envolvidos. Deverão servir de orientação para o desenvolvimento das atividades produtivas atinentes à cadeia do turismo, em busca da sustentabilidade, e auxiliar na definição dos papéis dos agentes de desenvolvimento locais. Como instrumento de planejamento da atividade turística, deverão indicar as ações necessárias para o fortalecimento da gestão dos municípios envolvidos, respeitadas as características de cada um deles e a partir de uma visão integrada da região a que se destina cada Plano.

Efeito esperado Esforços integrados dos diferentes agentes de desenvolvimento do turismo em direção à atividade turística sustentável no Polo Costa dos Coqueirais.

Benefícios

Desenvolvimento do turismo no Polo orientado para diretrizes, estratégias e ações fruto de planejamento participativo, envolvendo atores do poder público, do segmento empresarial e da sociedade como um todo.

Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores, segmento governamental e turistas

Descrição

Contratação de serviços de consultoria especializada para elaboração de 4 (quatro) Planos de Gestão de Destinos Turísticos localizados no Polo Costa dos Coqueirais, quais sejam (i) Litoral Norte (Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande); (ii) Aracaju; (iii) Cidades Históricas (São Cristóvão, Laranjeiras e Barra dos Coqueiros); e (iv) Litoral Sul (Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy e Estância). De cada Plano a elaborar constarão um Diagnóstico, um Prognóstico, a indicação de Diretrizes, Programas e Projetos, um Plano de Ação e Recomendações para a Gestão do Turismo na área abrangida.

Responsáveis pela Execução

SETUR/SE Responsáveis pela Implantação / Manutenção /

Operação Não se aplica.

Fonte de financiamento

Fonte Externa - BID Custo estimado US$ 121.010,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Recuperação de Custos

Aumento do fluxo de turistas e de sua permanência no Estado de Sergipe, gerando dividendos e promovendo o desenvolvimento.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas Não se aplica

Indicadores de seguimento

Frequência e tempo de permanência dos turistas; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas.

Fonte de verificação Sistema de Informações Turísticas

Relação com outras ações quanto ao

cronograma Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim X Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não Não X

Page 412: polo costa dos coqueirais

390

AÇÃO 3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Objetivo Embasar e definir ações de fortalecimento da gestão municipal do turismo, tendo em vista a instalação das condições necessárias para que o poder público municipal, em parceria com os agentes sociais locais, possam assumir suas funções setoriais.

Justificativa Os municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais via de regra não apresentam as condições institucionais necessárias para o efetivo exercício da gestão do turismo municipal, em parceria com o trade turístico e a sociedade local. O desenvolvimento do turismo sergipano, hoje já constatado, tendendo ao crescimento acelerado nos próximos dez anos, exige que os municípios assumam postura proativa e integrada, e exerçam efetivamente o seu papel.

Efeito esperado Realidade da gestão municipal em cada um dos municípios do Polo Costa dos Coqueirais descrita e analisada; ações de fortalecimento concebidas e detalhadas para implantação imediata.

Benefícios

Municípios do Polo Costa dos Coqueirais munidos da base necessária para início de um processo continuado de fortalecimento, tendo em vista a gestão integrada do turismo sustentável.

Beneficiários Poder público municipal e agentes locais envolvidos na gestão do turismo.

Descrição Para cada município componente do Polo Costa dos Coqueirais será elaborado um diagnóstico visando identificar a capacidade do município para exercer as suas funções e papéis no que tange à gestão do turismo, a partir do qual será gerado um Plano de Ação de Fortalecimento da Gestão Municipal.

Responsáveis pela Execução

SETUR/SE, em parceria com os municípios do Polo Costa dos Coqueirais

Responsáveis pela Implantação / Manutenção / Operação

SETUR/SE, em parceria com os municípios do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte de financiamento

Fonte Externa - BID Custo estimado US$ 60.000,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Aumento do fluxo de turistas; aumento da arrecadação municipal.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de seguimento

Diagnóstico e Plano de Ação de Fortalecimento Municipal concluídos.

Fonte de verificação Relatórios Técnicos produzidos

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim x Reconhecimento retroativo

Sim

Não x Não x Não Não x

Page 413: polo costa dos coqueirais

391

AÇÃO 3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Objetivo Instalação ou a ampliação das condições necessárias para o exercício do planejamento, promoção, controle e avaliação de resultados alcançados a partir do desenvolvimento do turismo municipal, de forma integrada com os demais municípios turísticos da região.

Justificativa Os municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais via de regra não apresentam as condições institucionais necessárias para o efetivo exercício da gestão do turismo municipal, em parceria com o trade turístico e a sociedade local. O desenvolvimento do turismo sergipano, hoje já constatado, tendendo ao crescimento acelerado nos próximos dez anos, exige que os municípios assumam postura proativa e integrada, e exerçam efetivamente o seu papel.

Efeito esperado Gestão Municipal do Turismo exercida pelos municípios integrantes do Polo com competência, a partir de condições materiais, tecnológicas e humanas adequadas.

Benefícios Municípios do Polo Costa dos Coqueirais vivenciando um processo continuado de fortalecimento, tendo em vista a gestão integrada do turismo sustentável.

Beneficiários Poder público municipal e agentes locais envolvidos na gestão do turismo.

Descrição Trata-se de executar, no âmbito de cada município, o Plano de Ação de Fortalecimento da Gestão Municipal antes elaborado, tendo em vista a instalação O fortalecimento da gestão municipal deverá resultar na melhoria dos serviços turísticos e de atendimento ao turista e no estabelecimento de parcerias entre o setor público e a iniciativa privada visando o aumento da competitividade no mercado turístico e a promoção do turismo.

Responsáveis pela Execução

SETUR/SE, em parceria com os municípios do Polo Costa dos Coqueirais

Responsáveis pela Implantação / Manutenção / Operação

SETUR/SE, em parceria com os municípios do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte de financiamento

Fonte externa: BID Custo estimado US$ 77.020,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Aumento do fluxo de turistas; aumento da arrecadação municipal.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de seguimento

Plano de Fortalecimento da Gestão Municipal implantado e em andamento.

Fonte de verificação Relatórios Técnicos produzidos

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim x Reconhecimento retroativo

Sim

Não x Não x Não Não x

Page 414: polo costa dos coqueirais

392

AÇÃO 3.6 Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Objetivo Possibilitar a instalação das condições necessárias para que os Órgãos Estaduais Gestores do Turismo possam exercer efetivamente as suas competências e funções.

Justificativa Aos órgãos estaduais de gestão do turismo em Sergipe cabe um esforço permanente para melhoria das condições necessárias para a sua atuação, com competência, em continuidade a investimentos já realizados na última década nesse sentido.

Efeito esperado Gestão do Turismo exercida com competência pelos órgãos públicos estaduais para tanto designados, a partir de condições materiais, tecnológicas e humanas adequadas.

Benefícios Órgãos Estaduais de Gestão do Turismo vivenciando um processo continuado de fortalecimento, tendo em vista a gestão integrada do turismo sergipano.

Beneficiários Poder público estadual e demais agentes envolvidos na gestão do turismo.

Descrição

Os investimentos serão direcionados para a SETUR – Secretaria de Estado do Turismo e para a Unidade de Coordenação do Prodetur/SE que dela faz parte, para a EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo. As ações pertinentes buscarão (i) desenvolver e implantar métodos, indicadores e instrumentos para a monitoria e para a avaliação sistemática do processo de desenvolvimento do setor de turismo em Sergipe; (ii) adequar o marco legal do modelo de gestão do turismo utilizado pelo Estado para o cumprimento de suas competências específicas no setor; (iii) desenvolver e adotar um sistema integrado de gestão de pessoas, que inclua a avaliação do seu desempenho e a capacitação continuada das equipes; (iv) implantar medidas para adequação e melhoria das instalações e do ambiente de trabalho nos órgãos abrangidos; (v) pesquisar e adotar conceitos e recursos tecnológicos inovadores para a gestão pública setorial do turismo.

Responsáveis pela Execução

SETUR/SE Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SETUR/SE

Fonte de financiamento

Fonte externa: BID Custo estimado US$ 280.000,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Aumento do fluxo de turistas; aumento da arrecadação municipal.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de seguimento

Ações de Fortalecimento da Gestão Estadual do Turismo planejadas e implantadas

Fonte de verificação Relatórios técnicos emitidos

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não x Não x Não x Não x

Page 415: polo costa dos coqueirais

393

11.6.4. Ações Prioritárias – Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos

AÇÃO 4.1 Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS

Objetivo Realizar obra para o desmonte do Morro de Piçarreira para ampliação do Aeroporto Santa Maria.

Justificativa O aeroporto de Santa Maria possui curto cumprimento da pista de pouso e decolagem, limitando o número e porte de aeronaves.

Efeito esperado Aumento do número de voos no Aeroporto.

Benefícios Desenvolvimento do turismo e geração de emprego e renda Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores e turistas, pela divulgação da imagem do Polo.

Descrição

Execução de obras civis, conforme projeto executivo existente, para a ampliação da pista de aterrisagem do Aeroporto Santa Maria, aumentando a capacidade de pouso e decolagem de um maior número de aeronaves em Aracaju. Os serviços para a execução da obra referem-se a instalação do canteiro de obras, demolição e remoção do reservatório de água da DESO que se encontra na área, serviço de terraplenagem, drenagem pluvial da plataforma do morro e da área de bota-fora e o revestimento vegetal para a proteção das áreas de corte, aterro e encostas.

Responsáveis pela Execução

CEHOP/ INFRAERO/ DESO Responsáveis pela

Implantação / Manutenção / Operação

CEHOP/ INFRAERO

Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 4.759.520,00 Custo estimado

operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Arrecadação de impostos municipais.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Indicadores de seguimento

Frequência e quantidade de turistas que chegam em Aracaju; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.

Fonte de verificação

Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações quanto ao

cronograma Não se aplica.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim X Projeto Executivo

Sim X Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim X

Não Não Não X Não

Page 416: polo costa dos coqueirais

394

AÇÃO 4.2 Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju

INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS

Objetivo Realizar obra para a ampliação do terminal de passageiros no Aeroporto Santa Maria.

Justificativa O terminal de passageiros do aeroporto de Santa Maria possui pouca oferta de serviços e de conforto para os turistas, bem como ausência de adaptação para pessoas com restrição de mobilidade.

Efeito esperado Aumento do número de voos no Aeroporto.

Benefícios Desenvolvimento do turismo e geração de emprego e renda Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores e turistas, pela divulgação da imagem do Polo.

Descrição

Execução de obras civis, conforme projeto executivo existente, para a ampliação da pista de aterrisagem do Aeroporto Santa Maria, aumentando a capacidade de pouso e decolagem de um maior número de aeronaves em Aracaju. Os serviços para a execução da obra referem-se a instalação do canteiro de obras, demolição e remoção do reservatório de água da DESO que se encontra na área, serviço de terraplenagem, drenagem pluvial da plataforma do morro e da área de bota-fora e o revestimento vegetal para a proteção das áreas de corte, aterro e encostas.

Responsáveis pela Execução

CEHOP/ INFRAERO Responsáveis pela

Implantação / Manutenção / Operação

CEHOP/ INFRAERO

Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 1.813.470,00 Custo estimado

operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Arrecadação de impostos municipais.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Indicadores de seguimento

Frequência e quantidade de turistas que chegam em Aracaju; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.

Fonte de verificação

Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações quanto ao

cronograma Não se aplica.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim X Projeto Executivo

Sim X Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim X

Não Não Não X Não

Page 417: polo costa dos coqueirais

395

AÇÃO 4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS

BÁSICOS

Objetivo Realizar a ampliação e duplicação do Trecho Aracaju-Estância, BR 101.

Justificativa O Trecho Aracaju-Estância na BR 101 necessita de ampliação e duplicação para garantir maior fluidez no fluxo de visitantes, turistas e da população local devido ao desenvolvimento do turismo no Estado de Sergipe.

Efeito esperado Aumento do fluxo de visitantes, turistas e da população local.

Benefícios Desenvolvimento do turismo Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores e turistas, pela divulgação da imagem do Polo.

Descrição Ampliação e duplicação da BR 101 por meio da pavimentação em leito natural e de acostamento no trecho Aracaju-Estância, num total de 67 km de extensão, garantindo maior fluidez e segurança no fluxo de veículos. Inclui a contratação de serviços de terraplanagem, drenagem superficial, pavimentação, sinalização e de estudos de impacto ambiental.

Responsáveis pela Execução

CEHOP/ SEINFRA Responsáveis pela

Implantação / Manutenção / Operação

CEHOP/ SEINFRA

Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 2.834.710,00 Custo estimado

operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Arrecadação de impostos municipais.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Indicadores de seguimento

Frequência e quantidade de turistas que chegam em Aracaju; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas.

Fonte de verificação

Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;

Relação com outras ações quanto ao

cronograma Não se aplica.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim X Projeto Executivo

Sim X Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim X

Não Não Não X Não

Page 418: polo costa dos coqueirais

396

11.6.5. Ações Prioritárias – Componente 5 – Gestão Socioambiental

AÇÃO 5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Objetivo Identificar a capacidade de suporte do meio ambiente frente aos impactos de empreendimentos turísticos por meio do afluxo de turistas aos atrativos do Polo.

Justificativa Necessidade de definição de parâmetros para determinados atrativos turísticos com o objetivo de minimizar os impactos negativos dessas atividades no meio ambiente

Efeito esperado Perpetuação do produto turístico; Preservação do meio ambiente.

Benefícios Aumento da atividade turística sustentável; Preservação do meio-ambiente.

Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores e turistas.

Descrição

Elaboração de estudos de capacidade de carga para os municípios de Brejo Grande, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy e para o Litoral Norte do Polo Costa dos Coqueirais. Os estudos envolvem a elaboração de diagnóstico das áreas ambientalmente frágeis e dos atrativos turísticos atuais e potenciais, bem como o dimensionamento do fluxo de pessoas para cada atrativo e a indicação da forma de fiscalização e controle para a garantia do uso racional do potencial turístico.

Responsáveis pela Execução

SETUR Responsáveis pela

Implantação / Manutenção / Operação

SETUR

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 777.200,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Geração e desenvolvimento econômico por meio do turismo.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de seguimento

Crescimento dos investimentos; Preservação da fauna, flora e recursos hídricos;

Fonte de verificação Aumento do número de turistas, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Não se aplica

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 419: polo costa dos coqueirais

397

AÇÃO 5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras - Diagnóstico e Plano de Ação.

GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Objetivo Mobilizar turistas, entidades públicas e a população local, em todos os seus segmentos, a respeito da importância da preservação ambiental para a manutenção da qualidade de vida e para o desenvolvimento do turismo no Polo.

Justificativa A conscientização ambiental dos usuários dos recursos naturais minimiza os impactos negativos no meio ambiente

Efeito esperado Capacitação e envolvimento de turistas, entidades públicas e população na preservação da fauna, flora e recursos hídricos.

Benefícios Preservação do meio-ambiente; Melhoria da qualidade de vida; Instalação de condições favoráveis ao desenvolvimento turístico.

Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores e turistas.

Descrição Elaboração do diagnóstico e do plano de ação identificando o público alvo e os instrumentos e estratégias para a promoção da educação ambiental; Implementação das ações de sensibilização do turista, entidades e comunidades receptoras, visando capacitar/habilitar estes setores sociais para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na região.

Responsáveis pela Execução

SEMARH Responsáveis pela Implantação

/ Manutenção / Operação SEMARH

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 229.400,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Melhoria da qualidade de vida da população.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de seguimento

Preservação da flora, fauna e recursos hídricos; Melhoria da qualidade de vida da população.

Fonte de verificação Aumento do número de turistas, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Não se aplica

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 420: polo costa dos coqueirais

398

AÇÃO 5.3 Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico - Elaboração e implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Norte

GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Objetivo Redefinir parâmetros de gestão das unidades de conservação ambiental existentes no Polo. Compatibilizar as normas de gestão à utilização dos atrativos turísticos existentes

Justificativa A possibilidade de utilização dos recursos naturais das unidades de conservação ambiental, aliados a fatores históricos e culturais regionais, faz com que seu potencial gerador de visitação seja diversificado. Esta possibilidade, no entanto, está atrelada à salvaguarda das características de tais recursos, o que se constitui no fio condutor da proposição de seu Programa de Uso Público.

Efeito esperado Proporcionar a gestão ambiental sustentável e o correto manejo da APA do Litoral Norte como atrativo turístico, incentivar a criação de roteiros integrados e diversificar os produtos oferecidos no Polo.

Benefícios Diversificação do produto. Gestão ambiental responsável e sustentável; desenvolvimento do turismo no Polo.

Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores e turistas.

Descrição Elaboração do Plano de Manejo da APA do Litoral Norte por meio do estabelecimento de diretrizes, ações e normas para fiscalização das atividades estabelecidas na APA, tendo em vista o controle de seu aproveitamento e garantia de perenização de seus recursos e atributos naturais;

Responsáveis pela Execução

SEMARH Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SEMARH , em parceria com os órgãos municipais de meio ambiente

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 183.550,00 Custo estimado

operação Não se aplica.

Mecanismos de recuperação de

custos Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

A cargo da SEMARH

Indicadores de seguimento

Frequência de turistas; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas.

Fonte de verificação

Sistema de Informações Municipais para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista; dados de controle financeiro – Municípios do Litoral Norte

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Não se aplica.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 421: polo costa dos coqueirais

399

AÇÃO 5.4 Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Objetivo Prevenir a exploração sexual de crianças e adolescentes.

Justificativa Com o crescimento acentuado do fluxo turístico, adicionado à mudança estrutural do perfil da demanda, onde a predominância de lazer passa a sobrepor a de negócios, é importante que se estabeleçam políticas públicas preventivas de combate à exploração sexual, principalmente de crianças e adolescentes, evitando assim o erro cometido no processo de desenvolvimento turístico em outros destinos brasileiros.

Efeito esperado Desenvolvimento turístico pautado na qualidade de vida das crianças e adolescentes e da população local.

Benefícios Melhoria da qualidade de vida da criança e adolescente. Beneficiários População local, empreendedores do setor do turismo e dos demais setores e turistas.

Descrição Realização de campanhas permanentes para a sensibilização dos diversos segmentos sociais envolvidos com o desenvolvimento do turismo a respeito da exploração sexual de crianças e adolescentes. Abrange a (i) discussão do projeto para a prevenção da exploração sexual pelo turismo pelas secretarias municipais envolvidas; (ii) execução do projeto e (iii) monitoramento e avaliação.

Responsáveis pela Execução

Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social.

Responsáveis pela Implantação / Manutenção / Operação

Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social.

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 75.000,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Quantitativo de pessoas abrangidas pela prevenção da exploração sexual.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

Não se aplica.

Indicadores de seguimento

Diminuição dos índices de exploração sexual no Estado de Sergipe

Fonte de verificação Dados, informações do Sistema Nacional e Estadual de Promoção Social

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Não se aplica.

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 422: polo costa dos coqueirais

400

AÇÃO 5.6 Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradadas - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Objetivo Recuperar áreas ambientalmente frágeis ou degradadas .

Justificativa Melhoria da qualidade ambiental, especialmente dos recursos hídricos.

Efeito esperado Desenvolvimento do turismo pautado na sustentabilidade.

Benefícios Preservação do meio-ambiente; Aumento das atividades turísticas sustentáveis.

Beneficiários Pode público, empresários do setor turístico e população local.

Descrição Elaboração e execução de plano de recuperação ambiental no Rio Betume envolvendo (i) recuperação de mata ciliar; (ii) recuperação de nascentes,; (iii) controle de processos erosivos, (iv) sensibilização dos produtores rurais sobre vantagens e benefícios da conservação do rio, (v) fiscalização de outorga de água, (vi) preservação da fauna e ictiofauna.

Responsáveis pela Execução

SEMARH Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SEMARH , em parceria com os órgãos municipais de meio ambiente

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 276.370,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de

custos Aumento da arrecadação; Melhoria da qualidade de vida da população.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

A cargo da SEMARH

Indicadores de seguimento

Preservação da fauna, ictiofauna, flora e recursos hídricos,

Fonte de verificação Aumento do número de turistas, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Não se aplica.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 423: polo costa dos coqueirais

401

AÇÃO 5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas - Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado e Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas

GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Objetivo Fortalecer a capacidade de atuação e a articulação de diferentes atores do setor público e privado na gestão integrada da zona costeira. Estimular atividades socioeconômicas compatíveis com o desenvolvimento sustentável da orla marítima;

Justificativa Harmonizar as ações de órgãos federais e estaduais, de modo a orientar uma atuação centrada no município para a implantação do plano de intervenção da orla do município, que constaria de diagnóstico ambiental e socioeconômico, da elaboração de cenários de uso desejados e do estabelecimento de ações de planejamento para alcança-los incluindo a solução dos conflitos identificados.

Efeito esperado

Desenvolvimento do turismo pautado na sustentabilidade.

Benefícios Preservação do meio-ambiente; Aumento das atividades turísticas sustentáveis.

Beneficiários Pode público, empresários do setor turístico e população local.

Descrição

Elaboração da política de gerenciamento costeiro do Estado e de planos de gestão integrada de orlas marítimas dos municípios costeiros, bem como o apoio à elaboração de normas ambientais para o controle e fiscalização de obras náuticas e uso em geral no intuído de disciplinar e orientar a utilização dos recursos naturais da zona costeira por meio de instrumentos próprios, visando à melhoria da qualidade de vida das populações locais, à proteção dos ecossistemas, da beleza cênica e do patrimônio natural, histórico e cultural.

Responsáveis pela Execução

SEMARH Responsáveis pela Implantação /

Manutenção / Operação SEMARH

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado US$ 476.550,00 Custo estimado operação

Não se aplica.

Mecanismos de recuperação

de custos Aumento da arrecadação municipal.

Normas de licenciamento

ambiental exigidas

Não se aplica.

Indicadores de seguimento

Preservação ambiental; Melhoria da qualidade de vida da população.

Fonte de verificação

Aumento do número de turistas, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações

quanto ao cronograma

Não se aplica

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

Page 424: polo costa dos coqueirais

402

11.7. Apresentação das Ações por Município

Conforme exposto no item 11.1 neste PDITS foram identificadas as ações estratégicas capazes de contribuir na modificação do cenário atual do Polo. Tendo por base a planilha de investimentos indicada no item 11.4 são apresentadas a seguir as ações por município. Registra-se, mais uma vez que além destas, outras complementares poderão ser identificadas no decorrer da implementação deste PDITS.

Para a definição de pertinência e escopo de ações complementares, importa avaliar se a ação prevista está em acordo com a concepção e as diretrizes estabelecidas neste PDITS. Cabe à Setur a responsabilidade por essa avalição.

Quadro 58: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Aracaju

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa.

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip. interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo

1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.

1.17 Revitalização e Ampliação do Atual Centro de Convenções de Aracaju

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

Page 425: polo costa dos coqueirais

403

Componente e Ação

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.1 Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

4.2 Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Page 426: polo costa dos coqueirais

404

Quadro 59: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Barra dos Coqueiros

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos. interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Page 427: polo costa dos coqueirais

405

Componente e Ação

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Quadro 60: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Brejo Grande

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

Page 428: polo costa dos coqueirais

406

Componente e Ação

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo

1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

Page 429: polo costa dos coqueirais

407

Componente e Ação

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.3 Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte)

5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte

5.3.2 Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Page 430: polo costa dos coqueirais

408

Quadro 61: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Estância

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip. interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju

1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.

1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo

1.14 Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente

1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

Page 431: polo costa dos coqueirais

409

Componente e Ação

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal -Passageiros e Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul

5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo

5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Page 432: polo costa dos coqueirais

410

Quadro 62: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Indiaroba

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip. interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo

1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

Page 433: polo costa dos coqueirais

411

Componente e Ação

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte

4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul

5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo

5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Page 434: polo costa dos coqueirais

412

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Quadro 63: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Itaporanga d’Ajuda

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip. interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju

1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.

1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

Page 435: polo costa dos coqueirais

413

Componente e Ação

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul

5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo

5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Page 436: polo costa dos coqueirais

414

Quadro 64: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Laranjeiras

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais

1.18 Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de

Page 437: polo costa dos coqueirais

415

Componente e Ação

Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Quadro 65: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – N. Senhora do Socorro

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

Page 438: polo costa dos coqueirais

416

Componente e Ação

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

Page 439: polo costa dos coqueirais

417

Componente e Ação

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Quadro 66: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Pacatuba

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip, interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo

1.14 Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente

1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

Page 440: polo costa dos coqueirais

418

Componente e Ação

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal - Passageiros e Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.3 Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte)

5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte

5.3.2 Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

Page 441: polo costa dos coqueirais

419

Componente e Ação

5.6 Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Quadro 67: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Pirambu

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos

Page 442: polo costa dos coqueirais

420

Componente e Ação

Coqueirais

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

Page 443: polo costa dos coqueirais

421

Componente e Ação

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Quadro 68: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Santo Amaro das Brotas

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

Page 444: polo costa dos coqueirais

422

Componente e Ação

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Page 445: polo costa dos coqueirais

423

Quadro 69: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – São Cristóvão

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais

1.18 Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão

1.19 Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza Barris

1.20 Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão

1.21 Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

Page 446: polo costa dos coqueirais

424

Componente e Ação

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Quadro 70: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Santa Luzia do Itanhy

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística

1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

Page 447: polo costa dos coqueirais

425

Componente e Ação

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju

1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.

1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.

1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

Componente 3 - Fortalecimento Institucional

3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos

3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização

3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais

3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE

3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos

4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário

4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água

Page 448: polo costa dos coqueirais

426

Componente e Ação

4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

4.8 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

4.11 Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto

Componente 5 - Gestão Ambiental

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental

5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras

5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos

5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

5.7.3 Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul

5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo

5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul

5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

Fonte: Technum Consultoria, 2013.

Page 449: polo costa dos coqueirais

427

11.8. Marco de Resultados das Ações Priorizadas para os 18 Meses Iniciais de Implantação do PDITS

A seguir é apresentado o marco de resultados das ações priorizadas para os primeiros dezoito meses de financiamento do Prodetur Nacional:

Quadro 71: Marco de Resultados para as Ações Priorizadas

AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA

Componente 1 – Produto Turístico

1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa.

Sinalização Turística deficiente e dificuldade por parte de turistas e sergipanos quanto à orientação espacial e acesso aos atrativos / equipamentos turísticos, bem como a logradouros e avenidas em Aracaju.

Necessidade de complementação da sinalização turística da cidade de Aracaju, de modo a tornar possível a orientação e o direcionamento de turistas e residentes aos atrativos / equipamentos turísticos, bem como a logradouros e avenidas em Aracaju.

Implantação e melhoria da sinalização turística da cidade de Aracaju, em sua 4ª. etapa, complementando investimentos anteriores.

1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos

Os investimentos em infraestrutura rodoviária realizados pelos governos federal (duplicação da BR 101) e estadual (melhoria da Rota do Sertão, que dá acesso ao Polo Velho Chico) não foram acompanhados de sinalização turística adequada, o que, no caso do Estado de Sergipe, constitui um ponto de estrangulamento para o aumento da competitividade do turismo, já que mais de 50% do fluxo é proveniente do mercado intra-regional, principalmente dos Estados da Bahia, Alagoas e Pernambuco.

Necessidade de projeto de Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa do Polo Costa dos Coqueirais, de modo a otimizar a atual estrutura de deslocamento aos principais atrativos e roteiros turísticos do Estado, feitos exclusivamente por meio rodoviário.

Projeto Executivo de Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa do Polo Costa dos Coqueirais e implantação de placas indicativas e interpretativas dos atrativos turísticos dos municípios integrantes do Polo.

Page 450: polo costa dos coqueirais

428

AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.

Evidências, obtidas por meio do Plano de Desenvolvimento Territorial Participativo – PDTP, da insuficiência e da pouca qualificação dos profissionais que atuam nos diversos segmentos da cadeia do turismo, bem como da necessidade de despertar e capacitar empreendedores para o mercado do turismo no Polo.

O quantitativo e a qualificação dos profissionais que atuam no mercado do turismo, bem como a capacitação e o envolvimento dos empreendedores do setor impactam diretamente o grau de satisfação dos turistas quanto à qualidade dos serviços prestados.

Elaboração de Diagnóstico e de Plano de Capacitação Profissional em Turismo do Estado de Sergipe - em fase de conclusão, com recursos aportados pelo MTur.

Execução do Plano de Capacitação Profissional em Turismo do Estado de Sergipe, previsto para cinco anos, abrangendo todos os municípios do Polo Costa dos Coqueirais e outros pertencentes ao Polo Velho Chico e outras áreas do Estado.

1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

Apesar de sua importância histórica e turística, o Centro de Turismo de Aracaju enfrenta problemas sérios de manutenção, principalmente no que diz respeito à rede elétrica e ao telhado, oferecendo risco a comerciantes, empregados e visitantes do local, comprometendo o andamento das atividades de visitação e comercialização, principalmente em períodos chuvosos.

Necessidade de recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato, que integra o complexo de intervenções no centro histórico de Aracaju, ampliando a oferta de atrativos histórico-culturais.

Reforma de toda área do Centro de Turismo (boxes de comercialização de artesanato), Museu do artesanato e Centro de Informação Turística.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos e Culturais

Inexistência de roteiros integrados de atrativos histórico-culturais e constatação da precariedade dos museus presentes nas cidades históricas do Polo Costa dos Coqueirais.

Necessidade de elaborar estratégia de roteiros e produtos históricos e culturais, e de adequar / modernizar os museus existentes nos municípios de São Cristóvão e Laranjeiras.

Levantamento e análise do potencial histórico cultural dos municípios de São Cristóvão e Laranjeiras; análise de mercado para o segmento de turismo histórico-cultural; identificação dos possíveis impactos

Page 451: polo costa dos coqueirais

429

AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA

socioculturais, ambientais e econômicos; elaboração de roteiro específico para o segmento histórico cultural;

adequação e modernização dos museus dos municípios de São Cristóvão e Laranjeiras, contemplando: estruturação e implantação da sinalização interpretativa e aquisição de equipamentos interativos.

1.8 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística das Praias do Litoral Sul de Aracaju

Inadequação urbanística das praias do Litoral Sul de Aracaju.

Necessidade de adequação urbanística das praias do Litoral Sul de Aracaju.

Projeto de Adequação Urbanística das Praias do Litoral Sul de Aracaju

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.

Inexistência e/ou precariedade de orlas e atracadouros nos principais municípios com capacidade de desenvolver roteiros náuticos do Polo.

Necessidade de melhorar a infraestrutura local de apoio ao turismo possibilitando passeios turísticos pelos rios da região favorecendo o aumento do fluxo turístico.

Construção de Orlas e Atracadouros nos principais municípios com capacidade de desenvolver roteiros náuticos do Polo.

1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.

Geração de impactos socioambientais advindos da implantação da Rota Paisagística Litoral Norte.

Elaborar projeto básico e executivo, no sentido de dotar a Rota de atratividades (portais de acesso, mirantes, serviços de informações, sinalização interpretativa e padronização dos acessos aos empreendimentos ao longo do trecho transformando a rota em produto turístico, favorecendo a consolidação de roteiros no Norte do Polo).

Realização de audiência p blica junto ao trade e comunidade em geral do Polo, no sentido de eleger a referida rota como corredor turístico.

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430

AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing

Potencial de desenvolvimento do turismo sustentável no Estado de Sergipe exige ações objetivas e continuadas de marketing, em busca de atrair novos negócios na área, aumentar e direcionar o fluxo turístico, divulgar os atrativos atuais e potenciais e fortalecer a imagem-identidade do turismo.

A execução e o monitoramento contínuo do Plano Estadual de Marketing constituem ações indispensáveis para identificar e direcionar as ações de desenvolvimento do turismo para os mercados emissores prioritários.

A revisão periódica do Plano Estadual de Marketing é exigida para que as estratégias e ações nele previstas se adequem à dinâmica de desenvolvimento do turismo prevista para Sergipe.

Execução e monitoramento do Plano Estadual de Marketing (já elaborado), atendendo as características e especificidades do turismo no Estado, de acordo com os produtos prioritários e mercados-meta identificados. Revisão do Plano quando necessário.

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing

Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos

4.1

Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

Comprimento insuficiente da pista do aeroporto Santa Maria em Aracaju, não permitindo o pouso e a decolagem de aeronaves de maior porte.

O pouso e a decolagem de aeronaves de maior porte no Aeroporto Santa Maria é fator decisivo para o aumento do fluxo de turistas no Estado de Sergipe.

Realização de obra para o desmonte do morro indicado, localizado na cabeceira 29 do Aeroporto Santa Maria. As obras incluem a demolição e a remoção de um reservatório de água da DESO, serviços de terraplenagem, drenagem pluvial e proteção vegetal.

4.2

Projetos Executivos e Complementares para Ampliação da Pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju

Terminal de passageiros do Aeroporto de Aracaju com pouca oferta de serviços e de conforto aos turistas; as instalações não são adaptadas para pessoas com restrição de mobilidade.

Para ampliar a capacidade de recebimento de turistas no aeroporto de Aracaju é necessário a adequação do terminal existente aos novos padrões de segurança, conforto e

Realização de obra para a ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto de Aracaju.

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431

AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA

acessibilidade.

4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101

Inadequação do trecho da BR 101 no Estado de Sergipe compreendido entre Aracaju e Estância para dar vazão ao tráfego existente, incrementado pela atividade turística típica da região, sem apresentar as condições desejadas de fluidez e segurança necessita de ampliação e duplicação para possibilitar uma melhoria no fluxo de visitantes, turistas e da população.

O aumento do fluxo de turistas e o desenvolvimento crescente do turismo no Estado de Sergipe exigem melhores condições de trafegabilidade do trecho rodoviário citado.

Ampliação e duplicação do Trecho Aracaju-Estância da BR 101. Abrange a contratação de serviços de terraplenagem, drenagem superficial, pavimentação, sinalização e de estudos de impacto ambiental.

Componente 5 – Gestão Socioambiental

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

Uso indiscriminado dos atrativos turísticos

Necessidade de definição de parâmetros para determinados atrativos turísticos com o objetivo de minimizar os impactos negativos dessas atividades no meio ambiente

Elaboração de estudos de capacidade de carga dos atrativos

5.2

Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras – Diagnóstico e Plano de Ação

Falta de conhecimento a respeito de práticas ambientalmente coerentes por parte da população, turistas e entidades públicas e privadas.

A conscientização ambiental dos usuários dos recursos naturais minimiza os impactos negativos no meio ambiente

Criação de planos e programas voltados para a educação ambiental para todos os grupos de usuários

5.3

Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico - Elaboração do Plano de Manejo da APA do Litoral Norte e Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte

Uso indiscriminado dos recursos naturais da APA e falta de estruturação de alguns atrativos turísticos

A possibilidade de utilização dos recursos naturais das Unidades de Conservação Ambiental, aliados a fatores históricos e culturais regionais, faz com que seu potencial gerador de visitação seja diversificado. Esta possibilidade, no entanto, está atrelada à salvaguarda das características de tais recursos, o

Elaboração do Plano de Manejo da APA do litoral Norte

Page 454: polo costa dos coqueirais

432

AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA

que se constitui no fio condutor da proposição de seu Programa de Uso Público.

5.4 Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo

Os municípios selecionados para a realização das campanhas de sensibilização representam os principais roteiros turísticos do Estado, além de serem municípios sede para os demais municípios dos Polos.

Com o crescimento acentuado do fluxo turístico, adicionado à mudança estrutural do perfil da demanda, onde a predominância de lazer passa a sobrepor a de negócios, é importante que se estabeleçam políticas públicas preventivas de combate à exploração sexual, principalmente de crianças e adolescentes, evitando assim o erro cometido no processo de desenvolvimento turístico em outros destinos brasileiros.

Realizar campanhas permanentes de sensibilização junto aos diversos setores da sociedade (comunidade, governo e trade turístico), para o enfrentamento a exploração sexual de crianças e adolescentes.

5.6

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradadas - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

Uso indiscriminado dos recursos naturais, a alteração da disponibilidade e qualidade da água, assoreamento de rios e riachos, desbarrancamento das margens, os processos erosivos, diminuição da infiltração de águas no solo, gerando prejuízos no fluxo e vazão de águas nos rios, falta de cobertura vegetal nas Áreas de Preservação Permanente afetando a qualidade e quantidade dos corpos d’água.

Melhoramento da qualidade ambiental, especialmente dos recursos hídricos.

• Recuperação de Mata Ciliar;

• Recuperação de Nascentes;

• Controle de processos erosivos;

• Conscientização de produtores rurais;

5.7

Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas - Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado e Apoio à Elaboração de

Forte pressão na zona costeira proveniente de atividades produtivas, de transporte, do setor petrolífero, de recreação e de serviços (com destaque para o turismo); a orla manifesta-se como

Harmonizar as ações de órgãos federais e estaduais, de modo a orientar uma atuação centrada no município para a implantação do plano de intervenção da orla do

Elaboração da Política Estadual de Gerenciamento Costeiro;

Caracterização paisagística e socioambiental de orlas

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433

AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA

Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas

espaço de multiuso sujeito a sérios conflitos sociais de uso e ocupação.

município, que constaria de diagnóstico ambiental e socioeconômico, da elaboração de cenários de uso desejados e do estabelecimento de ações de planejamento para alcança-los incluindo a solução dos conflitos identificados.

marítimas municipais para o ordenamento territorial e turístico;

Elaboração de normas ambientais para o licenciamento e fiscalização de obras náuticas

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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434

12. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS AÇOES PREVISTAS

Neste item foram considerados os impactos estratégicos da implementação das ações

de infraestrutura e meio ambiente no âmbito do PDITS sobre a qualidade de vida da

população, incluindo os aspectos sociais, ambientais e econômicos com o

desenvolvimento do turismo.

12.1. Avaliação preliminar dos impactos socioambientais (positivos, negativos e ações mitigadoras).

Foram avaliados os projetos/ações definidos pelo Prodetur considerando os possíveis

impactos e as medidas de mitigação para minimizar os impactos negativos e/ou

ampliar os impactos positivos dos projetos prioritários do PDITS.

Os programas/ações foram agrupadas de acordo com o tema principal, sendo

separadas nos seguintes grupos:

Infraestrutura aeroportuária;

Infraestrutura rodoviária;

Infraestrutura de saneamento ambiental – esgoto;

Infraestrutura de saneamento ambiental – água;

Transporte público;

Obras urbanas;

Áreas turísticas ;

Educação ambiental;

Gestão ambiental;

Exploração sexual pelo turismo;

Gerenciamento costeiro.

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435

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA

Ações 4.1 e 4.2

Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju

Ampliação do número de aviões de grande porte

Aumento do número de turistas

Criação de postos de trabalho na construção das obras necessárias para o projeto

Aumento da qualidade dos serviços prestados aos turistas.

Aumento na arrecadação de impostos

Impactos ambientais decorrentes da implantação das obras, como: erosão, sedimentação, destruição de habitats, desmatamento, poluição sonora e atmosférica (particulados).

Inclusão dos projetos ambientais nas licitações e contratos;

Implantação das boas práticas para construção;

Acompanhamento e supervisão das obras;

Priorização de mão-de-obra local quando possível;

Exigência de EIA/RIMA e licenciamento ambiental;

INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA

Ações 4.3, 4.9, 4.10 e 4.11

Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101

Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte

Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 – Sede Municipal de Estância ao Litoral

Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto

Ampliação do número de moradores atendidos pela infraestrutura

Aumento na interligação das áreas

Aumento da permeabilidade da região do Polo

Pagamento do ônus pela população residente

Expansão desordenada da atividade e do fluxo de turistas impulsionada pela maior oferta de infraestrutura em locais de fragilidade ambiental

Inclusão dos projetos ambientais nas licitações e contratos;

Implantação das boas práticas para construção;

Acompanhamento e supervisão das obras;

Melhoria no acesso a atrativos turísticos

Aumento no fluxo de turistas

Melhoria da qualidade de vida da população local

Criação de postos de trabalho na construção

Impactos ambientais decorrentes da implantação das obras, como: erosão, sedimentação, destruição de habitats, desmatamento, poluição sonora e atmosférica (particulados).

;

Priorização de mão-de-obra local quando possível;

Exigência de EIA/RIMA e licenciamento ambiental;

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436

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

das obras necessárias para o projeto

Aumento da qualidade dos serviços prestados aos turistas.

Aumento na arrecadação de impostos

impermeabilização do solo, reduzindo a infiltração diminuindo a recarga dos aquíferos.

Aumento da demanda por materiais de construção gerando impacto ambiental, pois, em geral, os materiais são oriundos de dragagem de rios (areias fina e grossa), várzeas de córregos e veredas (principalmente as argilas) pedreiras (brita e demais agregados), causando degradação das áreas de empréstimo

INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - ESGOTO

Ações 4.4 e 4.5

Implantação de sistema de esgotamento de esgoto sanitário e Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

Melhoria na qualidade do corpo receptor

Melhoria da qualidade ambiental e qualidade de vida da população local

Criação de postos de trabalho na construção das obras

Aumento da eficiência necessária para coletar e tratar adequadamente todo o esgoto produzido no município, inclusive nos períodos de alta temporada.

Aumento do número de pessoas atendidas pelo serviço de saneamento principalmente em áreas residenciais

Minimização do risco de contaminação das águas superficiais e subterrâneas devido ao esgoto não tratado ou a infiltração por meio de fossas negras

Degradação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas por falta de operação adequada da ETE

Degradação ambiental devido ao continuado uso de fossas negras devido a falta de fiscalização;

Impactos ambientais decorrentes da implantação das obras, como: erosão, sedimentação, destruição de habitat, desmatamento, poluição sonora e atmosférica (particulados)

Fortalecimento da gestão da companhia de esgoto

Desenho adequado do sistema de tratamento

Caracterização e monitoramento da qualidade do efluente, do corpo receptor e das águas tratadas

Elaboração de Plano Básico Ambiental e Projetos Executivos Ambientais

Fiscalização para verificação das ligações à rede de esgoto

Programas de educação ambiental com objetivo de incentivar a ligação das casas à rede de esgoto

Prestar apoio às famílias de baixa renda sem recursos para conectar à rede ou sem banheiros em casa

Acompanhamento e supervisão das obras

Page 459: polo costa dos coqueirais

437

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

Minimização da incidência de doenças de veiculação hídrica

Compatibilização da capacidade de coleta e tratamento do esgotamento sanitário ao grande fluxo de turistas especialmente em época de temporada.

Aumento na arrecadação de impostos e taxa de turismo.

Respeito aos Planos Diretores Municipais

Priorização de mão-de-obra local quando possível

Exigência de estudos de impacto ambiental e licenciamento ambiental

Melhor gestão da ETE por parte do município

Exigência de EIA/RIMA e licenciamento ambiental.

Elaboração de plano diretor de drenagem urbana;

Controle efetivo e fiscalização da expansão urbana e de empreendimentos imobiliários;

Page 460: polo costa dos coqueirais

438

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - ÁGUA

Ação 4.6

Ampliação da rede de abastecimento de água

Ampliação do número de moradores atendidos

Aumento na disponibilidade de água para a população residente e flutuante

Melhoria da qualidade de vida da população local

Criação de postos de trabalho na construção das obras necessárias para o projeto

Diminuição dos efeitos negativos do grande número de turistas sobre a população local.

Aumento da qualidade dos serviços prestados aos turistas.

Melhoria na qualidade da água distribuída

Aumento na arrecadação de impostos e taxa de turismo.

Comprometimento da qualidade de água devido à operação inadequada ou insuficiente da ETA

Degradação do manancial de água caso a sua exploração não seja bem planejada

Pagamento do ônus pela população residente

Impactos ambientais decorrentes da implantação das obras, como: erosão, sedimentação, destruição de habitats, desmatamento, poluição sonora e atmosférica (particulados).

Estudos de viabilidade de aumento da quantidade de água na ETA;

Estudos ambientais adequados para seleção do manancial a ser explorado (seja superficial ou subterrâneo);

Monitoramento da qualidade e quantidade de água dos mananciais;

Inclusão dos projetos ambientais nas licitações e contratos;

Identificação da possibilidade do ônus das obras de ampliação ter peso diferente para os empreendedores do setor de turismo e população local residente;

Planejamento e elaboração de estudo referente à capacidade de reservação, evitando interrupções no fornecimento de água;

Fortalecimento da gestão da companhia de água;

Programas de educação ambiental com projetos que incentivem o uso racional da água, sistemas de reuso nos hotéis, resorts e parques aquáticos, redução de perdas de água, melhorias no sistema de gestão dos serviços,...;

Implantação das boas práticas para construção;

Respeito aos Planos Diretores Municipais;

Ampla consulta pública para construção das obras;

Priorização de mão-de-obra local quando

Page 461: polo costa dos coqueirais

439

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

possível;

Exigência de EIA/RIMA e licenciamento ambiental;

Elaboração e implementação do Plano Diretor de Recursos hídricos.

TRANSPORTE PÚBLICO

Ação 4.7

Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas

Melhoria de acesso aos municípios do Polo pelos usuários (turistas e população local)

Melhoria da segurança no transporte

Integração dos municípios do Polo

Aumento do movimento de ônibus e carros

Aumento da poluição sonora e atmosférica

Respeito ao Plano Diretor Municipal de ordenamento territorial

Melhoria na sinalização principalmente para pedestres

Projetos de educação no trânsito para pedestres e motoristas

Estudos de minimização de impacto ambiental sonoro e atmosférico adequados

Incentivo a roteiros turísticos integrados;

Aumento da propaganda turística da região como um todo

Page 462: polo costa dos coqueirais

440

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

OBRAS URBANAS

Ação 4.8

Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Criação de ambientes urbanos agradáveis e propícios ao convívio e atividades de lazer para a população local e para os turistas.

Aumento do gasto médio diário do turista;

Aumento da permanência do turista;

Aumento na oferta de trabalho com as obras.

Melhoria na qualidade de vida da população local

Melhorias na acessibilidade dos ambientes urbanos, pela adequação e recuperação de calçamentos, mobiliário urbano e paisagismo.

Aumento do número e mobilidade dos turistas dentro das áreas urbanas;

Incremento do comércio local devido à melhor utilização turística das áreas urbanas.

Melhoria na qualidade dos produtos turísticos

Melhoria no ordenamento dos atrativos turísticos

Enquadramento dos municípios nos padrões estabelecidos para a sinalização turística.

Facilitação e ampliação do acesso ao mercado turístico, criando condições para recepção destes turistas.

Incremento da receita proveniente da atividade turística.

Aumento da satisfação do turista em relação ao ambiente urbano e à localização e acesso aos atrativos devido à facilidade de orientação.

Marginalização de populações locais por falta de acesso aos benefícios

impermeabilização do solo, reduzindo a infiltração diminuindo a recarga dos aqüíferos, além de causar problemas aos recursos hídricos superficiais com aumento do excedente hídrico pluvial

problemas de erosão e assoreamento devido ao aumento do escoamento superficial

aumento de particulados na atmosfera lançadas pelos ventos e pelo aumento dos gases de queima de combustíveis fósseis, que ocorre principalmente com o aumento do fluxo de turistas e com as novas incorporações imobiliárias.

Aumento da imigração por pessoas procurando trabalho com aumento das demandas para serviços urbanos.

Pressão sobre o trânsito urbano, intensificado nos períodos de temporada de turismo e em feriados nacionais ou finais de semanas prolongados por feriados.

Transtornos à população local devido a grande demanda sobre a infraestrutura básica (água, esgoto, energia, trânsito etc) ocasionada pelo aumento do número de turistas - risco de colapso dos sistemas

Campanhas de incentivo à população local para utilização dos ambientes urbanos

Estudos sobre as medidas adequadas de contenção de fluxo canalizado sobre a superfície (Plano Diretor de Drenagem Urbana)

Implantação dos instrumentos de planejamento como Planos Diretores Municipais, Planos de Manejo e Gestão etc, além do planejamento adequado para os serviços de saneamento e escoamento de águas pluviais;

Incentivo à instalação de comércio para atender a demanda do turista;

Capacitação profissional da população local aumentando as oportunidades de emprego no setor turístico;

Priorização de mão-de-obra local quando possível.

Planejamento adequado para os serviços de saneamento e resíduos sólidos.

Campanhas de conscientização ambiental voltadas para os empreendedores e turistas

Capacitação profissional para a população local para aumento das oportunidades de emprego no setor turístico.

Priorização de mão-de-obra local quando possível

Page 463: polo costa dos coqueirais

441

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

Incremento do comércio local devido à melhor utilização turística das áreas urbanas.

Aumento da população em função da imigração por pessoas em busca de trabalho e consequente aumento das demandas para serviços urbanos.

ÁREAS TURÍSTICAS CRÍTICAS

Ação 5.1

Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

Melhoria da qualidade ambiental das áreas turísticas

Maior oferta de atrativos turísticos

Geração de emprego e renda para a população local

Minimização dos impactos causados pelo fluxo turístico

Melhoria no atendimento e serviços de melhor qualidade ao turista.

Maior satisfação do turista

Restrição ao número de visitantes

Exigência de EIA/RIMA e licenciamento ambiental;

Programas de educação ambiental com projetos que incentivem o uso racional das áreas turísticas;

Respeito aos Planos Diretores Municipais e demais planos;

Controle efetivo e fiscalização das áreas turísticas;

Elaboração e implementação do Plano Diretor de Turismo.

Page 464: polo costa dos coqueirais

442

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Ação 5.2

Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras

Melhoria da qualidade ambiental dos locais turísticos

Aumento do nível de satisfação dos turistas.

Criação de planos que englobam pressupostos ambientais

Conscientização dos atores quanto seu papel na preservação do meio ambiente

Aumento do número de turistas em decorrência da melhoria da qualidade ambiental dos atrativos

Melhoria da qualidade de vida da população local

Engessamento dos programas em normas;

Elaboração de campanhas educativas direcionadas ao Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras

Criação de cursos e oficinas de educação ambiental para os públicos específicos

Trabalhar o tema nas escolas

Considerar a Política Nacional de Educação Ambiental nos projetos

Criação de campanhas de educação ambiental em todos os setores

GESTÃO AMBIENTAL

Ações 5.3, 5.5, 5.6, 5.7, 5.8, 5.9 e 5.10

Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte)

Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos e Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul

Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel

Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

Page 465: polo costa dos coqueirais

443

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

Definição de atores e respectivas responsabilidades na gestão.

Incentivo a práticas de conservação do solo, mapeamento de solo segundo as classes de capacidade de uso, utilização de sistemas agroflorestais e preservação dos recursos naturais, evitando problemas ambientais em pequena e grande escala

Regulação do uso da água da bacia hidrográfica

Definição de instrumentos e diretrizes para ordenar ações, organizados e integrados dentro de um plano envolvendo todos os municípios que contém as unidades de conservação.

Melhoria da qualidade ambiental nas áreas urbanas e rurais

Oportunidade de compatibilização das normas de gestão à utilização dos atrativos turísticos existentes.

Estímulo a uma gestão sustentável da bacia hidrográfica e, consequentemente, do Polo;

Oferta de atrativos naturais de melhor qualidade;

Aumento na arrecadação de impostos e taxa de turismo.

Melhoria das condições de controle e gestão ambiental das unidades de conservação como um todo

Proteção e restauração de ecossistemas frágeis no interior das unidades de conservação

Aumento na conscientização ambiental dos usuários e residentes no entorno e no interior das unidades de conservação

Incentivo à utilização das unidades de

Confusão de papéis comprometendo principalmente a gestão das unidades de conservação (inclusive no que diz respeito ao licenciamento ambiental de atividades dentro das unidades de conservação)

Problemas ambientais causados pela falta de informação nas áreas rurais e urbanas

Falta de articulação entre os municípios

Ausência ou falta de participação da sociedade civil na prática da gestão das unidades de conservação

Definição de papéis na gestão por meio da criação de um comitê de bacia hidrográfica com participação equiparada de representantes de todos os setores de todos os municípios que contém as unidades de conservação

Valorização das praticas de produção sustentável por meio de programas de treinamento e formação nas áreas rurais, prolongando a cadeia econômica/produtiva do turismo;

Elaboração de programas de educação ambiental

Aumento na capacidade de fiscalização (pessoal e instrumentos legais) por parte dos municípios

Incentivo a manutenção e reuniões periódicas dos comitês de bacia hidrográfica

Efetiva participação de todos os atores (governamentais e não governamentais) envolvidos no processo.

Adoção das normas técnicas vigentes e respeito à legislação ambiental pertinente;

Implantação de processo participativo no planejamento;

Programas e campanhas de conscientização e educação ambiental;

Efetiva coordenação da SEMARH – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Sergipe, além das secretarias municipais de meio ambiente na elaboração dos Planos de Manejo.

Page 466: polo costa dos coqueirais

444

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

conservação para atividades de ecoturismo

Participação efetiva das prefeituras dos municípios nos assuntos relacionados às unidades de conservação

Definição de parâmetros de utilização e gestão das unidades de conservação.

Compatibilização das normas de gestão à utilização das unidades de conservação como atrativos turísticos.

Oportunidade de diversificação do produto turístico do Polo, por meio da integração das unidades de conservação a roteiros integrados

Gestão responsável e sustentável das unidades de conservação;

Geração de empregos para guias de turismo ecológico dentro das unidades de conservação;

Qualificação do produto turístico ofertado.

EXPLORAÇÃO SEXUAL PELO TURISMO

Ação 5.4

Apoio à Prevenção da Exploração Sexual pelo Turismo

Conscientização da população local, turistas e empresários a respeito do tema;

Diminuição da exploração sexual pelo turismo

Diminuição da oferta de trabalho nessa atividade

Aumento do número de pessoas desempregadas por falta de absorção no mercado de trabalho devido à falta de qualificação profissional

Criação de oportunidades de emprego para as pessoas que trabalham nessa atividade

Campanhas de conscientização da população local e dos turistas

Criação de grupos de apoio a pessoas que trabalham nessa atividade para reinserção no mercado

Oferta de cursos profissionalizantes por parte do governo a pessoas inseridas nessa atividade

Page 467: polo costa dos coqueirais

445

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os

possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos

GERENCIAMENTO COSTEIRO

Ação 5.7

Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

Melhoria do atendimento aos turistas que visitam o litoral do Polo;

Melhoria da gestão do turismo,

Melhoria da qualidade ambiental das praias;

Aumento do nível de satisfação dos turistas.

Aumento do número de turistas;

Divergência entre os municípios quanto aos parâmetros;

Interação entre os municípios;

Melhoria da fiscalização das praias;

Programas de educação ambiental de turistas e população (usuários em geral)

Elaboração/efetivação do Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Page 468: polo costa dos coqueirais

446

12.2. Impactos socioambientais cumulativos do conjunto de atividades e projetos a serem desenvolvidos e seus efeitos sobre a qualidade de vida da população

A degradação dos recursos naturais pode comprometer a sustentabilidade da atividade

turística, portanto é importante que o seu desenvolvimento ocorra de forma responsável e

planejada. Algumas das ações propostas não necessariamente causam grande impacto

socioambiental individualmente, mas em conjunto com outras resultam em uma mudança

significativa na qualidade de vida da população, como, por exemplo, as ações

relacionadas à infraestrutura básica e gestão institucional.

Em um contexto geral, pode-se observar, com base nos possíveis impactos positivos e

negativos descritos anteriormente, que os impactos cumulativos do conjunto de

atividades a serem desenvolvidos, especialmente no que diz respeito aos negativos,

apresentam possibilidade de causar degradação dos recursos naturais ou ameaçar a

sustentabilidade ambiental das atividades turísticas com o aumento da atividade turística.

Esses impactos permeiam todas as ações/projetos e podem ser resumidos por:

Impactos ambientais decorrentes da implantação das obras, como erosão,

sedimentação, destruição de habitats, desmatamento, poluição sonora e

atmosférica (particulados);

Pagamento do ônus pela população residente;

Marginalização de populações locais por falta de acesso aos benefícios;

Transtornos à população local devido a grande demanda sobre a infraestrutura

básica (água, esgoto, energia, trânsito etc) ocasionada pelo aumento do número

de turistas - risco de colapso dos sistemas.

No que diz respeito à avaliação dos efeitos da implementação do plano sobre a qualidade

de vida e as características culturais da população local e dos benefícios sociais que

possam ser auferidos com o desenvolvimento do turismo, além dos aspectos negativos

associados ao turismo descritos anteriormente, alguns pontos positivos devem ser

enfatizados, são eles:

Criação de postos de trabalho na construção das obras necessárias para o

projeto;

Ampliação do número de moradores atendidos pela infraestrutura proveniente do

aumento da atividade turística;

Aumento na interligação entre os municípios do Polo, principalmente pela

melhoria das condições de infraestrutura viária;

Melhoria da qualidade ambiental com a melhoria do saneamento ambiental,

educação ambiental, qualidade ambiental das praias, entre outros;

Minimização da incidência de doenças de veiculação hídrica;

Aumento na disponibilidade de água para a população residente e flutuante;

Melhoria na qualidade da água distribuída;

Criação de ambientes urbanos agradáveis e propícios ao convívio e atividades de

lazer para a população local e para os turistas;

Incremento do comércio local devido à melhor utilização turística das áreas

urbanas;

Melhoria da qualidade ambiental das áreas turísticas;

Page 469: polo costa dos coqueirais

447

Incentivo à utilização das unidades de conservação para atividades de

ecoturismo.

12.3. Outros impactos estratégicos da implantação do plano na área dos recursos naturais

Outros impactos estratégicos da implantação do plano especificamente relacionados à

análise dos recursos naturais podem ser minimizados, em sua maioria, a uma melhor

gestão por parte dos governantes (por meio de incentivos e financiamentos de projetos e

planos), a conscientização ambiental e social dos empreendedores de turismo e da

população local e flutuante, além da participação comunitária para que o polo atravesse

um processo de desenvolvimento ambientalmente e socialmente sustentável. Em

resumo, essas ações englobam, entre outras:

• Programas de educação ambiental e conscientização da população e dos

empreendedores sobre a importância do planejamento integrado e participativo;

• Planejamento e elaboração de estudos (ambientais, sociais e econômicos)

adequados para implementação das ações propostas;

• Implantação de boas práticas para construção, acompanhamento e supervisão das

obras necessárias;

• Respeito aos Planos Diretores Municipais e demais instrumentos de gestão do

território;

• Ampla consulta pública;

• Estudo para identificação da possibilidade do ônus das obras de ampliação dos

sistemas de saneamento ambiental e energia elétrica ter peso diferente para os

empreendedores do setor de turismo e população local residente;

• Adoção das normas técnicas;

• Respeito à legislação vigente;

• Fortalecimento institucional e de gestão dos órgãos envolvidos;

• Incentivo a integração dos municípios por meio de obras, incentivos fiscais, planos

etc;

• Incentivos para novos empreendimentos turísticos e de comércio local;

• Capacitação profissional da população local e empreendedores;

• Fortalecimento da fiscalização ambiental em todo o polo, além do espaço urbano

(atividades, uso e ocupação do solo, obras de infraestrutrura, entre outros) por parte

de todos os envolvidos (sociedade civil, ONGs, prefeituras, iniciativa privada etc).

12.4. Indicadores dos impactos

Alguns parâmetros a serem usados como indicadores dos impactos e efeitos avaliados

nos itens anteriores podem ser identificados e estão apresentados no Quadro 72: a

seguir.

Page 470: polo costa dos coqueirais

448

Quadro 72: Principais indicadores das ações.

Ações Principais Indicadores

Infraestrutura de Saneamento ambiental (água e esgoto)

Número de ligações e/ou população atendida com o

serviço

Infraestrutura Rodoviária e

Aeroportuária Número de visitantes

Exploração sexual pelo turismo

Número de denúncias de exploração sexual de

crianças e adolescentes em virtude da atividade

turística em:

1) Delegacia de Turismo(Aracaju)

2) Conselhos Tutelares da Criança e

Adolescente(nos municípios selecionados)

Requalificação das áreas urbanas

de interesse turístico/ Sinalização

turística

Número de atrativos, Satisfação do turista em

relação ao destino no quesito organização

Gerenciamento costeiro Número de visitantes;

Qualidade da água das praias

Gestão ambiental

Existência de estudos e planos de gestão ambiental

(Planos de Manejo, Políticas ambientais, EIA/RIMAs,

estudos de capacidade de carga etc);

Existência de instâncias administrativas (secretarias

municipais de meio ambiente etc);

Educação ambiental

Existência de políticas e projetos de educação

ambiental;

Número de programas

Transporte público Número de pessoas atendidas;

Número de linhas oferecidas;

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

As ações de acompanhamento e monitoramento dos impactos da implementação do

PDITS devem ser baseadas no acompanhamento dos indicadores.

12.5. Programa de Gestão Ambiental

O programa de gestão ambiental para o presente Plano deve estar inserido em um Plano de Gestão Ambiental - PGA. Esse deve ser feito com base no presente PDITS e deve integrar as medidas de mitigação e controle dos impactos, as ações de acompanhamento e monitoramento dos impactos, as medidas institucionais (novas normas, regulamentos) e de reforço institucional das entidades de meio ambiente e prefeituras municipais, as ações de recuperação de áreas degradadas e conservação de recursos naturais de base para o turismo e as estimativa dos custos de implementação dessas medidas e ações.

O PGA, que é um documento de revisão e aprimoramento contínuo, deve estar em acordo com: (a) o conjunto de ações e intervenções propostas; (b) o conjunto de instrumentos de legislação federal, estadual e municipal, que regulam o atendimento do setor público sobre a necessidade de avaliação ambiental para intervenções de infraestrutura; e (c) as ações de prevenção e minimização de potenciais impactos ambientais e sociais;

Page 471: polo costa dos coqueirais

449

Nesse contexto, alguns programas devem constar do PGA do PDITS Costa dos Coqueirais (sem excluir outros que possam ser interessantes para o PGA, incluindo subprogramas relacionados), como os relacionados a seguir:

Programa de Administração e Gestão

Subprograma para definição de diretrizes de ocupação de novas áreas urbanas.

Subprograma para implementação das Unidades de conservação.

Subprograma de desenvolvimento e fomento das áreas de interesse turístico e de lazer.

Subprograma de monitoramento, gestão integrada e controle dos usos específicos da Zona Costeira.

Subprograma para gestão integrada do mosaico de unidades de conservação.

Programa de Pesquisa e Desenvolvimento

Subprograma de georreferenciamento e composição de bancos de dados.

Programa de Educação Ambiental

Subprograma de integração de ações formais em educação ambiental para turistas, empresários e população local.

Subprograma de coleta seletiva de lixo.

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

Subprograma de Monitoramento e Informação da Balneabilidade das praias

Subprograma de recomposição e reflorestamento de áreas de preservação permanente e solos expostos.

Programa de Proteção e Fiscalização

Subprograma de monitoramento das ocupações em Área de Preservação Permanente.

Programa de Monitoramento e Avaliação

Subprograma de monitoramento de qualidade dos recursos hídricos - Superficiais / Subterrâneos.

Subprograma de monitoramento e preservação das áreas de preservação permanente.

Page 472: polo costa dos coqueirais

450

13. MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Para a avaliação da efetividade do PDITS é necessário o monitoramento de sua

execução e da evolução do turismo na área. Assim, ao acompanhar o desenvolvimento

turístico da área, tem-se fundamento também para avaliação e revisão das políticas

públicas municipais e estaduais, com destaque para aquelas voltadas para o turismo e

para o meio ambiente. Revisões futuras do PDITS e adequações de seu conteúdo,

apoiadas em um criterioso processo de acompanhamento e avaliação, permitirão a

correção de rumos e a retroalimentação do processo.

Os mecanismos de acompanhamento e avaliação a seguir abordados destinam-se ao

PDITS Polo Costa dos Coqueirais, tendo em vista a aferição do cumprimento da

programação prevista e o alcance dos objetivos e metas que traduzem os resultados

rumo ao desenvolvimento sustentável do turismo.

Neste processo, o resultado das intervenções previstas deve ser analisado

periodicamente, considerando o todo dos investimentos e comparados entre si. Para o

controle e monitoramento da implementação do PDITS Polo Costa dos Coqueirais e para

avaliação dos resultados alcançados são a seguir propostos indicadores simples e

objetivos:

Número de Turistas em Sergipe que visitam o Polo Costa dos Coqueirais;

Gasto médio diário, por turista, no Polo Costa dos Coqueirais;

Pernoites no Polo Costa dos Coqueirais, exceto Aracaju;

Quantidade de equipamentos turísticos no Polo Costa dos Coqueirais (alojamento e alimentação), exceto Aracaju.

A Secretaria de Estado do Turismo, em conjunto com os demais órgãos estaduais e

municipais de turismo, deve expandir, paulatinamente, a coleta, o acompanhamento e o

tratamento dos dados relativos aos treze municípios do Polo. Além disso, deve

acompanhar e considerar a progressiva implantação das intervenções e ações propostas

para cada localidade a partir dos primeiros dezoito meses, estendendo-se para o período

de vigência deste Plano.

número de turistas que visitam o Polo Costa dos Coqueirais e correspondente gasto médio diário.

As estratégias e ações referentes ao produto turístico, tanto para estruturação

como para integração de produtos, e as estratégias de comercialização, em

específico a divulgação, são direcionadas no sentido de aumentar a

competitividade, não só de Aracaju mas dos demais municípios, e incrementar o

fluxo de turistas no Polo. Podem identificar o sucesso destas ações, indicadores

como o número de turistas em Sergipe que visitam o Polo e o gasto médio diário.

O aumento desses números indica o efeito positivo das ações voltadas para a

qualificação e diversificação da oferta turística e da comercialização, divulgação e

marketing mais eficientes.

pernoites e quantidade de equipamentos turísticos no Polo Costa dos Coqueirais, exceto Aracaju;

A diversificação e aumento das opções de lazer e de outras atividades

complementares e integradas no Polo, a melhoria das infraestruturas turísticas e

urbanas, devem ter como resultado o aumento no número de pernoites no Polo,

melhorando a distribuição de renda pela região e até mesmo aumentando o

Page 473: polo costa dos coqueirais

451

tempo médio de permanência no Polo, captação de turistas que, anteriormente,

se restringiam a visitação de localidades já consagradas no Polo.

A visitas aos demais atrativos turísticos da região, apoiada por equipamentos

turístico de qualidade implicará também no aumento do gasto diário e no aumento

do tempo de permanência.

A aferição destes indicadores deve ser realizada a partir da criação do sistema de

informação, previsto neste PDITS, haja vista que os dados atuais não estão organizados

adequadamente para uma aferição sistematizada. A responsabilidade pela criação e

monitoramento do banco de dados é da Setur, sendo também pertinente a análise do

grau de desenvolvimento alcançado.

À medida que se consolide o banco de dados e a aferição dos indicadores ora propostos,

outros poderão ser investigados e adotados, se for o caso para a identificação dos

benefícios e do retorno socioambiental esperado para as ações planejadas. Dentre

outros, poderão ser levantados: (i) tempo de permanência dos visitantes; (ii) número de

pessoas capacitadas para o mercado de turismo; (iii) taxa de ocupação hoteleira; (iv)

nível de satisfação do turista.

Quanto aos indicadores para avaliar a capacidade de suporte dos recursos turísticos,

além dos já citados, devem se juntar aqueles normalmente utilizados para avaliar a

qualidade de vida da população, relacionados em geral às políticas urbanas, tais como:

qualidade e capacidade das infraestruturas e dos serviços públicos; acessibilidade e

mobilidade relacionada ao transporte público e a qualidade dos espaços públicos, entre

outros.

As análises efetuadas a partir dos indicadores de resultados, pertinentes ao processo de

acompanhamento e avaliação da implementação da política de turismo no Polo

possibilitarão a obtenção de parâmetros de comparação para embasar suas futuras

revisões e adequações, bem como, como avaliar os limites da capacidade de suporte dos

recursos turísticos da região.

A Tabela a seguir traz a síntese dos indicadores de resultados para acompanhamento e

avaliação das ações prioritárias iniciais do PDITS.

Page 474: polo costa dos coqueirais

452

Tabela 70. Acompanhamento e Avaliação do Desenvolvimento do Polo a Partir das Ações Iniciais do PDITS

Componentes Ações Principais indicadores

específicos

Linha de base (baseline)

2013

Cenário desejável

PRODUTO

TURÍSTICO

Sinalização Viária Indicativa e

Turística Numero de turistas

Deficiência em sinalização

turística

Deslocamento orientado e facilitado através dos

roteiros do Polo - aumento do Fluxo turístico.

Plano de Capacitação

Profissional para o Turismo e do

Programa de Capacitação

Empresarial.

Número de pessoas capacitadas

para o mercado de turismo.

Deficiência em oferta de

mão-de-obra qualificada

Número adequado de profissionais capacitados

para atender as demandas do turismo-Aumento

da oferta de emprego para a população local.

Assistência a Empresas

Turísticas para Melhoria da

Qualidade dos Serviços

Turísticos e Gestão Ambiental

Número de empresas capacitadas

para o mercado de turismo.

Deficiência em oferta

turística qualificada

Número adequado de empreendimentos

voltados ao atendimento das demandas do

turismo-Aumento da oferta de equipamentos ao

turista que visita o Polo.

Roteirização turística do Polo

Costa dos Coqueirais. Número de turistas. Inexistência de roteiro

Roteiro turístico abrangente e sustentável -

Aumento do número e tempo de permanência

do turista (taxa. de ocupação/pernoites).

Estudos de localidades

específicas e seu

aproveitamento turístico

Numero de empreendimentos

(exceto Aracaju)

Ausência de oferta de

equipamentos turísticos de

forma integrada

Núcleos de Apoio receptivo voltados ao turismo

sustentável - aumento do número e tempo de

permanência do turista (taxa de

ocupação/pernoites).

Recuperação e manutenção de

orlas urbanas.

Número de turistas. Tempo de

permanência dos visitantes. Turismo de 1 dia

Aumento do número e tempo de permanência

do turista (taxa de ocupação/pernoites)

Revitalização e Ampliação do

Centro de Convenções de

Aracaju

Número de eventos realizados Baixa captação de eventos

de maior porte

Aumento do número de turista (taxa de

ocupação/pernoites)

Criação e/ou ampliação de

Centros de Atendimento ao

Turista

Nível de satisfação dos turistas.

Número de turistas atendidos. Inexistência de dados Aumento da satisfação do turista

COMERCIA-

LIZAÇÃO

Execução do Plano de

Marketing

Número de visitantes. Frequência

de eventos. Porte de eventos. Existência do Plano

Conhecimento em nível nacional e internacional

do roteiro turístico do Polo.

Estabelecimento de roteiros

turísticos integrados – Polo

Velho Chico e Polo Coqueirais

Existência de roteiros integrados.

Número de turistas. Inexistência de roteiros

Aumento do número e tempo de permanência

do turista (taxa de ocupação/pernoites)

Prospecção para captação de

empreendimentos turísticos Número de empreendimentos

Deficiência em oferta de

empreendimentos turísticos

Aumento da oferta de empreendimentos e

atrativos turísticos inseridos nos roteiros do

Page 475: polo costa dos coqueirais

453

Componentes Ações Principais indicadores

específicos

Linha de base (baseline)

2013

Cenário desejável

de qualidade polo Costa dos Coqueirais

FORTALECI-

MENTO

INSTITUCIONAL

Implantação do Sistema de

Informações Turísticas

Conhecimento dos dados base

relativos ao turismo sergipano Inexistência de dados

Disponibilidade de informações adequadas ao

planejamento turístico e monitoramento das

ações empreendidas

Elaboração do Plano de Gestão

dos Destinos Existência de planos de gestão Inexistência de Planos

Integração de todos os municípios na

economia do turismo do Polo

Elaboração e revisão dos

Planos Diretores

Existência de Planos Diretores em

todos os municípios

Inexistência de Planos em

alguns municípios e Planos

Diretores desatualizados

Aumento da eficiência da gestão e no controle

do uso do solo do território municipal

Fortalecimento institucional das

instâncias de governança do

turismo.

Instituições ligadas à gestão do

turismo com condições de atuação

eficiente

Inexistência de gestão

voltada para o Polo Gestão atuante, autônoma e responsável.

Elaboração e execução de

planos de proteção e

recuperação de áreas

ambientais frágeis ou

degradadas e Zoneamento

Econômico Ambiental

Existência de planos de proteção e

recuperação de áreas ambientais

frágeis ou degradadas.

Inexistência de plano

(i) Aumento da qualidade ambiental do Polo;(ii)

potencialização do segmento principal; (iii)

Aumento da qualidade de vida da população

Capacitação de gestores

públicos de lideranças locais Eficiência na gestão do Polo Baixa eficiência da gestão

Aumento da eficiência da gestão e na

integração dos atores

Fortalecimento da gestão

municipal do Turismo

Existência de órgãos,

departamentos ou divisões de

gestão de turismo em todos os

municípios do Polo.

Baixa eficiência da gestão Aumento da eficiência da gestão e na

integração dos atores.

Elaboração do Inventário da

Oferta Turística

Levantamento dos bens de

interesse turístico Inexistência de dados

Aumento da oferta de atrativos turísticos

integrados

Realização de pesquisas de

fluxo, oferta e demanda

turística.

Levantamento do fluxo de turistas

no Polo durante as estações

turísticas

Inexistência de dados

Aumento da eficiência da gestão e na

proposição de ações para o desenvolvimento

do turismo sustentável

Fortalecimento dos órgãos

gestores de turismo

Existência de Instrumento de

planejamento das ações em

fortalecimento institucional

Baixa eficiência da gestão Aumento da eficiência da gestão e na

integração dos atores

Mapeamento da Cadeia

Produtiva do Turismo

Levantamento da cadeia produtiva

do turismo. Inventário da oferta Inexistência de dados

Aumento do planejamento de novos

empreendimentos

Page 476: polo costa dos coqueirais

454

Componentes Ações Principais indicadores

específicos

Linha de base (baseline)

2013

Cenário desejável

turística. Diagnóstico dos

empreendimentos turísticos.

INFRAES-

TRUTRA E

SERVIÇOS

BÁSICOS

Melhoria no Aeroporto Santa

Maria

Aumento da Capacidade

Operacional do Aeroporto

Dados conforme

apresentados neste PDITS

Aumento do número de voos e de passageiros

embarcados e desembarcados

Implantação da Rodovia SE 100

Norte

Existência de acesso em todas as

regiões do Polo Inexistência de rodovia Aumento da acessibilidade em todo o Polo

Implantação do sistema de

esgotamento sanitário

Existência de sistema de

esgotamento sanitário.

Não existe sistema de

esgotamento sanitário

(i) Aumento da qualidade da saúde da

população; (ii) aumento da satisfação do turista

Construção de orlas e

atracadouros. Existência de orlas e atracadouros.

Inexistência de orlas e

atracadouros nas cidades

definidas

Aumento do número e tempo de permanência

do turista

Implantação de Ponte sobre o

Rio Fundo – SE 476 Facilidade de acesso no Polo Inexistência de ponte Aumento da acessibilidade em todo o Polo

GESTÃO SOCIO-

AMBIENTAL

Elaboração de estudos de

capacidade de carga de

destinos turísticos.

Capacidade de carga dos atrativos

identificada Inexistência de dados

Aumento da qualidade e sustentabilidade dos

novos empreendimentos turísticos

Elaboração e execução de

planos de manejo e usos

públicos de unidades de

conservação ambiental.

Existência de Planos de manejo e

usos públicos de unidades de

conservação ambiental.

Inexistência de plano (i) Melhoria da qualidade ambiental do Polo;(ii)

potencialização do segmento principal

Elaboração do Plano de Gestão

Integrada dos Resíduos Sólidos.

Existência do Plano de Gestão

Integrada dos Resíduos Sólidos. Inexistência de plano

(i) Melhoria da qualidade ambiental do Polo (ii)

potencialização do segmento principal

Elaboração e execução de

planos de proteção e

recuperação de áreas

ambientais frágeis ou

degradadas e Zoneamento

Econômico Ambiental

Existência de planos de proteção e

recuperação de áreas ambientais

frágeis ou degradadas.

Inexistência de plano

(i) Aumento da qualidade ambiental do Polo;(ii)

potencialização do segmento principal; (iii)

Aumento da qualidade de vida da população

Aumento da fiscalização

ambiental Áreas protegidas

Áreas ambientais

degradadas

(i) Aumento da proteção ambiental do Polo;(ii)

sustentabilidade; (iii) Aumento da atratividade

turística; (iv) aumento da qualidade de vida da

população

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Page 477: polo costa dos coqueirais

455

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo do Polo Costa dos Coqueirais -

PDITS, consolidado neste documento, tem como principais itens de conteúdo o

diagnóstico da área de abrangência, as estratégias a serem adotadas para a definição

de medidas de mitigação dos problemas detectados e o plano de ação,

compreendendo a definição e a descrição dos investimentos a serem realizados,

relativos aos Componentes: Produto Turístico, Comercialização, Fortalecimento

Institucional, Infraestrutura e Serviços e Gestão Socioambiental.

Concebido a partir de diretrizes e orientações do Ministério do Turismo – MTur, tendo

em vista o seu alinhamento com o Prodetur - programa estratégico coordenado por

aquele Ministério, o PDITS Costa dos Coqueirais insere-se nos esforços do Governo

Estadual para captação de recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento –

BID no âmbito do Prodetur.

O alcance do PDITS vai além desse propósito. Elaborado de forma participativa,

contando, desde a etapa de diagnóstico até o estabelecimento das ações a implantar,

com a efetiva colaboração dos gestores e técnicos municipais e da sociedade

organizada dos municípios do Polo, com destaque para os empreendedores do setor

de turismo e lideranças comunitárias, este Plano constitui, efetivamente, um

importante instrumento de planejamento estratégico para o desenvolvimento integrado

e sustentável do turismo na área turística do Polo Costa dos Coqueirais.

Desta forma, se considerado em toda a sua extensão pelas instâncias governamentais

e for reconhecido como um produto construído coletivamente pelo poder público e pela

sociedade, este PDITS passa a expressar, de forma concreta, as diretrizes da Política

Estadual de Turismo, por sua vez embasada na Política Nacional de Turismo.

A dimensão regional de planejamento do desenvolvimento do turismo que orienta este PDITS, tendo em vista o Polo Costa dos Coqueirais, constitui um avanço para a Gestão do Turismo, levando à mudança de paradigmas, na medida em que traz novos parâmetros de gestão integrada, de responsabilidades compartilhadas, de parceria, que sugerem a adoção de instrumentos inovadores, tais como os consórcios municipais, em aliança com a Secretaria de Estado de Turismo – SETUR/SE, em busca do desenvolvimento integrado do turismo sustentável. Desta forma, a efetividade deste PDITS depende do esforço sinérgico e coletivo de todos os atores envolvidos com a gestão do turismo e com a sua dinâmica da cadeia produtiva do turismo.

Page 478: polo costa dos coqueirais

456

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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TURÍSTICA 2010/2011. ARACAJU, SE: EMSETUR, 2010.

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CARACTERIZAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DO MERCADO DOMÉSTICO DE

TURISMO NO BRASIL. SÃO PAULO, 1998.

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DEMANDA TURÍSTICA INTERNACIONAL. SÃO PAULO, 2010. DISPONÍVEL EM:

FIPE.ORG.BR, ACESSO EM 2011.

IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. CENSO

DEMOGRÁFICO DE SERGIPE. RIO DE JANEIRO, 2010.

MTUR, MINISTÉRIO DO TURISMO. ESTUDO DE COMPETITIVIDADE DOS 65

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BRASÍLIA, DF, MTUR, 2007.

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Introdução à Regionalização do Turismo. Ministério do Turismo, 2007.

_______. Programa de Regionalização do Turismo – roteiros do Brasil: turismo e

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_______.Programa de Regionalização do Turismo – roteiros do Brasil: ação

municipal para a regionalização do turismo. Brasília: Ministério do Turismo, 2006.

_____, Ministério do Turismo – MTur . Revista Brasil, país plural, região Nordeste, Sergipe. Brasília, 2008.

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SERGIPE, UMA ESTADO, VÁRIOS DESTINOS. AARACAJU, SE: SETUR, 2007.

_______.AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DOS POLOS DE TURISMO

COSTA DOS COQUEIRAIS E VELHO CHICO. ARACAJU, SE: SETUR, 2012.

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UCP, UNIDADE DE COORDENAÇÃO DE PROJETOS. MANUAL DE OPERAÇÕES

DO PRODETUR/SE. ARACAJU, SE: UCP/SE, 2012.

VIEIRA, Lício Valério Lima. Turismo Sustentável no Litoral Norte de Sergipe (Tese). São Cristóvão: NPGEO, 2010.

SITES INSTITUCIONAIS

ARACAJU, www.aracaju.se.gov.br/cultura_e_turismo/ - acesso em 2011.

BARRA DOS COQUEIROS, www.barradoscoqueiros.se.gov.br. - acesso em 2011.

CADASTUR, www.cadastur.turismo.gov.br/ - acesso em 2011.

EMSETUR – E-SERGIPE, www.e-sergipe.com/tag/emsetur/ - acesso em 2011 e 2012.

ESTÂNCIA, www.estancia.se.gov.br - acesso em 2011.

FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS, fipe.org.br/ - acesso em

2011 e 2012.

IBGE, www.ibge.gov.br/ - acesso em 2011 e 2012.

INFRAERO, www.infraero.gov.br - acesso em 2011.

ITAPORANGA D’AJUDA, -www.itaporanga.se.gov.br/ - acesso em 2011.

LARANJEIRAS, www.laranjeiras.se.gov.br/ - acesso em 2011.

OBSERVATÓRIO DE SERGIPE, www.observatorio.se.gov.br/ - acesso em 2011,

2012 e 2013.

PIRAMBU, www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/.- acesso em 2011.

SÃO CRISTÓVÃO, www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/cidades-historicas. - acesso em 2011.

SECRETARIA DE SAÚDE, www.saude.se.gov.br/ - acesso em 2011.

SEPLAG, www.seplag.se.gov.br/ - acesso em 2011 e 2012.

TURISMO SERGIPE, www.turismosergipe.net/ - acesso em 2011 e 2012.

Page 480: polo costa dos coqueirais

458

COLABORADORES

NOME ENTIDADE

Adriano de Jesus Pereira Secretaria de Turismo - Barra dos Coqueiros

Aislan Henrique Borges Technum Consultoria SS

Alan Juliano da Rocha Santos SEPLAG - SE

Aline Castelo Carneiro Projeto Tamar - Oceanário

Ana Karla C. Lima Brandão SETUR SE

Ana Paula S. Costa SEDURB - SE

Anderson Renê Santos Silva SETUR - SE / PRODETUR

André Cobbe Technum Consultoria SS

Angélica Barreto Secretaria de Turismo - Laranjeiras

Antonio Carlos dos Santos CEHOP - SE

Anunciada P. S. Cortina EMSETUR - SE

Augusto César Coelho S. Silva Projeto Tamar - Pirambu

Beijanine F. da Cunha Estácio - FASE

Bianca Espiridião de Faria SEBRAE

Bruna Lessa ASPECTO - Indiaroba

Bruno Ramos Vasconcelos SEMICT

Carlos Alberto de Paiva Campos Secretaria de Planejamento - Laranjeiras

Carlos Alberto Nascimento EMSETUR - SE

Carlos Henrique de Morais SEINFRA - SE

Carlos Moisés de Lima Santos Secretaria de Turismo – Canindé de S. Francisco

Caroline de Menezes SETUR - SE

Cassandra Teodoro SETUR - SE

Celia Regina B. Rezende ENERGISA

Celia Regina Prudente Melo NOZESTUR

Christian Alessandra Pedral Secretaria de Indústria Comércio e Turismo - SE

Cristiane Alcântara UFS

Cristiano de Almeida Dantas PM - SE

Daisy M. Cadaval Basso Technum Consultoria SS

Delma Maria Costa SETRAB - SE

Denise Guarieiro Technum Consultoria SS

Diego Cabral Ferreira da Costa FUNCAJU / SEMICT

Diego Lobo da Silva SETUR - SE

Ducival Santana de Jesus SEPLAN - SE

Ednilson Nunes Gois BANESE

Eduardo da Silva SEPLAN - SE

Page 481: polo costa dos coqueirais

459

NOME ENTIDADE

Elber Andrade Batalha de Goes SETUR - SE

Eli Brito Sociedade Civil (Pousada Praia do Sol) - Pirambu

Elisvan Resende Conceição SSP - SE

Elso de Freitas Moisinho Filho São Cristóvão

Ênio Paulo Prefeitura - Santa Luzia do Itanhy

Erika Cristina Prata de Oliveira SETUR - SE

Erivaldo Vieira dos Santos Prefeitura - Indiaroba

Evaldo Santos Moura Prefeitura - Laranjeiras

Evandro da Silva Galdino SEPLAN – SE / PMA

Fabiana Almeida da Silveira ACVB - Aracaju

Fabiana Britto de Azevedo Maia UFS

Fábio Araújo de Andrade SEMICT

Fátima Costa dos Santos BANCO DO NORDESTE

Floro França Filho SEDETEC - SE

Gabriela de Oliveira Andrade Sociedade Civil (Estudante de Turismo) - Aracaju

Gabriela Nicolau dos Santos IPTI / Rosa dos Ventos / FASE/ Technum Consultoria

Genivaldo Vieira dos Santos Secretaria de Turismo - Pacatuba

Geraldo Mota Filho DER - SE

Gilson Lobo Menezes SEPLAG SE

Ginaldo Custódio Lemos Sociedade Civil (ASPECTO) - Indiaroba

Guilherme Vieira SETUR - SE / PRODETUR

Helena dos Reis Santos Sociedade Civil – Santa Luzia do Itanhy

Hercílio da Silva Ramos Junior DESO

Irineu Fontes Secretaria de Cultura - Laranjeiras

Ivanda C. Santos SETUR - SE

Izabel Borges Technum Consultoria SS

Jael Batista Oliveira Santa Luzia - SE

Jean Christophe Oliveira SETUR - SE

Joab Almeida Silva SETUR - SE / PRODETUR

João Oliveira BANCO DO NORDESTE

Joaquim Antonio Pirambu - SE

Joel Oliveira Santa Luzia

José Carlos Góes Sociedade Civil

José Tadeu de Oliveira ICMBIO

José Wahnow Sociedade Civil

Josenilton de Deus Alves CPTUR - SE

Page 482: polo costa dos coqueirais

460

NOME ENTIDADE

Kátia Pimentel Gadelha ABIH - SE

Klázia Kate Santana Souza SETUR – SE / PRODETUR

Laisa Miguel de Sousa ESTÁCIO / FASE

Larissa de Barros SEMARH - SE

Laura Lázaro Gomes dos Santos UFS

Lício Valério Lima Vieira SEMARH – SE / IFS

Lívia Menezes Meps

Luciana Gonçalves A. Lafaiete SETUR - SE

Luciana Rodrigues UNIT - SE

Luiz Carlos A. dos Santos Secretaria de Turismo – Estância

Luiz Carlos Ribeiro SETUR - SE

Marcelo da Cruz SEPLAG - SE

Marcia Cruz ABRAJET

Marcilio Lins SEPLAG - SE

Marcio Ramos Prefeitura - Brejo Grande

Marco Antônio Domingues SETUR - SE / PRODETUR

Marcos Antônio B. Barreto SENAC - SE

Marcos Antônio Menezes Sobral Secretaria de Turismo - Laranjeiras

Maria da Rocha BANCO DO NORDESTE

Maria do Carmo Marcondes Piloto Silva SEPLAG – SE / SUMAP - SE

Maria Guadalupe Conceição Alves UFS

Maria Júlia Barreto Vasconcelos SEBRAE

Maria Leticia da Cunha Farias SEMARH - SE

Maria Vanilde da Rocha BANCO DO NORDESTE

Mariane Weber Brizo PROJETO TAMAR - Oceanário

Mario Sergio Melo Barreto SEMARH SE SBF

Mary Nadja Lima Santos IFS

Maxwell SETUR – SE - ASCOM

Miguel Pereira Filho CBM - SE

Miranice Lima Santos MTur

Murillo Ramos Cruz SEPLAG - SE

Nanci Miranda Technum Consultoria SS

Nicole Santos Carvalho SETUR - SE

Nivaldo Barbosa Sociedade Civil (Entalhador) - São Cristóvão

Olivia Chirife São Cristóvão

Otavio Augusto Nascimento SETUR - SE

Page 483: polo costa dos coqueirais

461

NOME ENTIDADE

Patrícia Amor de Andrade SETUR - SE

Patrícia Prado Cabral Souza SEMARH SE

Paulo Aurélio de P. Leite ENERGISA

Paulo Cesar Umbelino de Oliveira SEMARH – SE / SBF

Paulo Ferreira Barros SETUR - SE

Pedro Marcelo da Silva Silveira CDL - Estância

Rafaelle Santos Pinheiro UFS

Raíra Meps

Rayane Ruas Quadros Technum Consultoria SS

Rivaldo Andrade dos Santos Sociedade Civil - Poço Redondo

Roberta Ariane C. Rabelo SETUR – SE / PRODETUR

Roberto Wagner de Gois Bezerra CBM - SE

Rosana Eduardo S. Leal UFS

Rose Mary de O. Fernandes Sociedade Civil

Rui Salei Sociedade Civil (Restaurante Pirambeleza) - Pirambu

Sérgio Araújo Secretaria de Turismo- Estância

Sérgio Ricardo Prefeitura - Santa Luzia do Itanhy

Silvana Lazarito Alves Secretaria de Cultura e Turismo - São Cristóvão

Simone Amorim SETUR – SE / PRODETUR

Solange Vieira de Matos Secretaria de Turismo - Canhoba

Tamires Silva dos Santos Estácio - FASE

Tanit Alvares Bezerra FUNCAJU / PMA

Tiara Silva SECULT - SE

Valéria Guabiraba Santos Secretaria de Turismo – Nossa Senhora do Socorro

Vilma Fontes Figueiredo SEPLAG - SE

Vitor João Ramos Alves Technum Consultoria SS

Wirlan Bernardo SEINFRA - SE

Page 484: polo costa dos coqueirais

462

TECHNUM Consultoria SS

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