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1 dezembro 2014 | ano III | nº 8 Mercado Dificuldades da indústria podem ser sanadas com investimento e conhecimento História Saiba porque 2014 foi um ano de comemorações para a arquitetura e engenharia Pesquisa Embrapa disponibiliza banco de solos do Brasil Tecnologia Descubra o que a internet oferece para engenheiros e arquitetos pág. 4 pág. 12 pág. 20 pág. 10

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A revista POLO é um veículo de divulgação oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Sertãozinho (AEAAS).

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dezembro 2014 | ano III | nº 8

MercadoDificuldades da indústria podem ser sanadas com investimento e conhecimento

HistóriaSaiba porque 2014 foi um ano de comemorações para a arquitetura e engenharia

PesquisaEmbrapa disponibiliza banco de solos do Brasil

TecnologiaDescubra o que a internet oferece para engenheiros e arquitetos

pág. 4

pág. 12

pág. 20

pág. 10

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04 Mercado

Expediente

AEAASAssociação de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia de SertãozinhoRua Expedicionário Lellis 1618, Centro,

CEP 14160-750 Sertãozinho-SPTelefone: (16) 3947.6406

[email protected]://www.faeasp.com.br/aeaas-sertaozinho

Presidente Claudemir DanielVice-presidente Antonio Eduardo Toniello Filho1º Secretário Eduardo Perroud de Oliveira2º Secretário Devanil José de Souza1º Tesoureiro Paulo Alberto Cecchini2º Tesoureiro Fabiano PitzDiretor Social Antônio Henrique SauleDiretor Cultural Paulo Ferreira da SilvaDiretor de Relações Públicas João Valdir Sverzut JuniorDiretor de Esportes José Galdino Barbosa da Cunha JuniorDiretor de Patrimônio José Ricardo MarçalConselho Ayrton Dardis Filho, Rodrigo Ferracini, Ieso de Oliveira Martins Palmieri, Haline Nobre Cezar, Marcelo Eduardo Borges e Nercy Vieira

Revista Polo Coordenação editorial: Texto & Cia Comunicação www.textocomunicacao.com.br Editores: Blanche Amâncio MTb 20907Daniela Antunes MTb 25679Colaboração e editoração eletrônica: Bruna Zanuto MTb 73044

Tiragem: 1.000 exemplaresImpressão: Gráfica DTP

A Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Sertãozinho não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

Índice

Convênios AEAAS

Shopping da ModaRua Washington Luiz 1614, CentroCompras acima de 100,0010% - compra à vista5% - crediário em até 10x

BarãozinhoRua Barão do Rio Branco 921, Centro15% - compra à vista10% - compra a prazo

CoronelzinhoRua Cel. Francisco Schimdt 1797, Centro15% - compra à vista10% - compra a prazo

Centro Universitário Moura LacerdaAv. Nossa Senhora Aparecida 2685, São João5% - de desconto para estudantes de engenharia

Carreiras: investimento e conhecimento para abrir portas

07 ArtigoComo detectar falhas na gestão e descobrir a hora de pedir ajuda

08 EntrevistaSituação da área técnica em Sertãozinho

09 OpiniãoEm defesa da segurança e da credibilidade

10 PesquisaEmbrapa disponibiliza banco de solos do Brasil

12 História2014: um ano histórico para a arquitetura e engenharia

14 DireitoComo proteger a propriedade intelectual de uma obra?

16 Projetos9 projetos ousados de arquitetura

20 TecnologiaInternet: o que a ferramenta oferece para engenheiros e arquitetos?

24 AgriculturaEstudo busca ampliar conservação dos agentes polinizadores

27 Diretoria 2015Palavra do novo presidenteDiretoria e conselho 2015-2016

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Que 2014 não foi um ano fácil, todos sabemos. O que nos espera em 2015,

entretanto, depende exclusivamente da forma como administraremos os fatos que se seguem. O setor mais sensível da economia é o nosso, das profissões cujas atividades estão diretamente vinculadas aos investimentos, públicos e privados, que têm relação direta com decisões de governo e posicionamentos econômicos.

Nosso desafio é transformar o cenário, buscar a mudança de rota, inovar e criar as saídas. Aliás, é mais do que desafio: é vocação!

Engenheiros, arquitetos e agrônomos têm na base de suas formações a capaci-dade de mudar a paisagem, interferir no meio e criar soluções. É esta capacidade que originou a média anual de 15 mil Ano-tações de Responsabilidade Técnica (ART) emitidas pelo Conselho de Engenharia e Agronomia (CREA) em Sertãozinho.

Muitas delas certamente referem-se às inovações e a soluções na construção civil, na agricultura e na indústria, que fazem parte da história de nossa cidade.

É a certeza de que existem soluções que provocam debates acerca da proprie-dade intelectual, defendida com medidas concretas pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). A convicção de que existem caminhos a serem descobertos é o que move milhares de pessoas pelo mundo criando aplicativos e tecnologias que mudam nossa forma de trabalhar.

O que nós fazemos, produzimos e cons-truímos é o nosso legado para a história da humanidade. A nossa obra ficará para muito além da nossa existência. Agora é hora de voltarmos a atenção para esta capacidade transformadora e seguir em frente, corrigindo rumos e aprendendo, sempre.

2015 será o ano da oportunidade!

Engenheiro civil Claudemir Daniel, presidente AEAAS

Editorial

Obra - A sede da AEAAS passa por importantes mudanças. O salão de festas e as instalações internas foram reformadas, recebendo nova pintura, e na entrada foi iniciada a obra de acessibilidade, com a instalação de rampas.

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Mercado

Carreiras: investimento econhecimento para abrir portas

Um cenário de dificuldades não é exatamente um beco sem saída. As dificuldades enfrentadas pela indústria podem ser sanadas com investimento e conhecimento

O que fazer quando são fechados mais de dois mil postos de trabalho em um

setor crucial para a economia e a sobre-vivência de uma cidade inteira, com reflexos intensos em todo o estado? “Momentos de crise não são privilégio de nenhum ramo es-pecífico de mercado, todos estamos sujeitos a contextos externos e internos que podem afetar diretamente os resultados de nossos negócios. Neste momento, sentimos o mer-cado instável para quase todos os profission-ais e ramos de atividade. O agronegócio tem sido afetado nos últimos cinco anos por uma crise mais acentuada que modifica e inter-fere em uma cadeia especialmente ampla em nossa região”, avalia a antropóloga Dani-elle Moro, especialista em gestão de pro-cessos e carreiras e gerente de Desenvolvi-mento Organizacional da Exame Auditores Independentes, de Ribeirão Preto.

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Mercado

Para empresas e profissionais, os perío-dos de crise são de profunda análise crítica e execução de um plano de ação que seja capaz de fazer a companhia dar a volta por cima, com monitoramento de resultados e possibilidades. Para os profissionais, o objetivo é criar caminhos para voltar ao mercado e sair fortalecido do processo. Nas empresas, é a oportunidade para repensar o gerenciamento das carreiras das equipes e avaliar os instrumentos de monitoramento de resultados. Danielle propõe questiona-mentos básicos: “As carreiras estão claras? Conhecemos o potencial completo de nossos profissionais? Temos em mãos resultados corretos? Nossos processos estão claros? Quais são as soluções alternativas teríamos para nossos custos? Conhecemos a fundo os custos fixos e os possíveis ‘ralos’ pelos quais perdemos investimentos?”.

o que têm de melhor, fortalecer esses poten-ciais e buscar reforços. A grande armadilha, na avaliação da consultora, é imaginar que a crise só pode ser combatida com a diversi-ficação. “Por vezes o movimento de buscar novas linhas de trabalho, novos produtos, novos mercados, novas profissões pode en-fraquecer mais do que fortalecer”, pondera.

EM SERtãozinhoSegundo o engenheiro agrônomo Mano-

el Ortolan, presidente da Copercana, nos últimos dois anos, o setor sucroenergético fechou não duas mil, mas 60 mil vagas de trabalho, um cenário que afeta diretamente as engenharias, tanto a agronômica quanto aquelas ligadas diretamente à atividade industrial.

Ele aponta que, para sair da crise, o setor sucroenergético demanda investimentos, principalmente em políticas públicas que fortaleçam o mercado. “Que assegurem a produção e comercialização dos produtos. Desta forma, voltará a ser competitivo”, opi-na. Na visão dele, o setor tem importantes de-safios: produzir mais, com responsabilidade social e ambiental, aumentar a rentabilidade das lavouras e diminuir custos de produção.

Danielle Moro

“Para os profissionais, se houver uma reser-va financeira, é este o momento de investir em conhecimento e qualificação. Caso não tenha, ou não possa dispor da reserva, a internet oferece excelentes oportunidades gratuitas. É preciso revisar objetivos, condu-tas, aprender novas competências. Esse é o foco para sair fortalecido”, ensina Danielle.

Profissionais e empresas devem observar

“Para tanto, é necessário o investimento em pesquisa e desenvolvimento com o objetivo de geração de novas tecnologias”.

Considerando que a grande maioria dos municípios da região tem o setor como atividade principal, os efeitos da crise se espalham. Para recuperar, ele defende novos investimentos “para o setor de grãos e área de pesquisa e desenvolvimento”.

Manoel Ortolan

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Mercado

A pedido da AEAAS, a consultora Danielle Moro listou algumas ações que podem ser adotadas por engenheiros, arquitetos, agrônomos e empresas do setor:

Fonte: Danielle Moro, Exame Auditores Independentes

GEREnCiAR o SEU nEGóCioTenho conversado com arquitetos e engenheiros e, assim como outros profissionais (mé-dicos e dentistas, por exemplo), primam sua formação para a área técnica especializada. Focam a formação acadêmica no aprendizado de atividades que estão sob sua tutela técnica. Poucas universidades possuem em seu foco a questão de formação de gestores e da liderança de negócios atrelados àquela formação. Assim, o arquiteto, o engenheiro e o agrônomo podem sonhar em ter um escritório, mas não aprenderam a gerenciar um negócio. Momentos de crise podem potencializar essa falta e, ao mesmo tempo, colocar o profissional na rota de busca dessas competências. Cursos de gestão podem funcionar muito bem nesse momento.

RACionALizAR RECURSoS Quando a empresa vai bem, assim como quando nossa vida particular vai bem, nossa tendência é separarmos algumas atividades e dividirmos entre um grupo maior de pes-soas. Se temos uma vida um pouco melhor, deixamos o nosso carro para lavar no lavador da esquina, contratamos uma pessoa para ajudar a fazer as tarefas de casa, para buscar os filhos na escola etc. Na empresa também é assim. Quando as coisas vão bem criamos gestores específicos: um de orçamento, outro de planejamento, outro de obra, outro de relacionamento com cliente, outro de pós-venda e assim vai. A crise nos ensina que efetuar as tarefas básicas nos dá maior controle sobre o todo, sobre o processo completo. Uma saída para os gestores é acumular o processo de suas atividades do início ao fim, em um processo de racionalizar recursos.

REMUnERAção vARiávELÉ bastante interessante para que o custo fixo com folha de pagamento e equipes flutue conforme a rentabilidade da empresa ou escritório. O tipo de profissional que trabalha assim é diferente e precisa entender essas flutuações. Montar a estrutura de remuneração variável demanda instrumentos de controle e monitoramento do resultado. Sem isso, torna-se uma aventura criar qualquer simulação.

REEStRUtURAR o ESCRitóRioQuem são os profissionais com os quais podemos redistribuir as atividades e como podemos transformar as equipes em grupos multiatividade. As atividades precisam ser analisadas por complexidade e os profissionais pelo custo da hora de trabalho. Com essas informações básicas traçamos um plano de quem trabalhará com o que.

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Artigo

Como detectar falhas na gestão e descobrir a hora de pedir ajuda

O último levantamento divulgado pelo Se-brae, em 2012, revelou que o Brasil é o tercei-ro país mais empreendedor do mundo. Mas será que os 27 milhões de empreendedores, divulgados pelo órgão, estão conseguindo fechar a empresa no azul todo o mês? Infe-lizmente não. O trabalho em excesso, a falta de tempo e a baixa lucratividade têm sido os maiores problemas das empresas que não conquistam clientes estratégicos e projetos lucrativos. Os negócios que já entraram nesse ciclo vicioso tem uma alternativa: uma fer-ramenta chamada diagnóstico empresarial.

A implantação dessa ferramenta acontece, primeiramente, com a realização de entrevis-tas com as lideranças, gerentes e profissionais chaves para analisar as linhas de negócio da empresa. Com essas respostas é possível detectar gargalos que existem em cada setor e avaliar a necessidade de remanejamento dos colaboradores ou, até mesmo, a troca de equipes.

O problema também está presente nos pe-quenos estabelecimentos em que o proprie-tário assume o papel de administrador, mas muitas vezes não tem o perfil para a função. É aí que entra o trabalho de uma empresa de consultoria, que é capaz de avaliar o negócio, desenvolver ações estratégicas e implantar novos processos, sistemas e reorganizar o capital humano.

Dentre outras funções, as consultorias tam-bém são capazes de diagnosticar os perfis de funcionários que as empresas precisam para cada departamento. Por exemplo, existem setores que exigem pessoas mais comunica-

tivas e dinâmicas, da mesma forma que tem outros que precisam de pessoas que realizem trabalhos operacionais.

Outro fator que merece atenção perma-nente são as finanças. Mês a mês é necessá-rio o acompanhamento do setor financeiro e a análise de rentabilidade. É fundamental que o empresário se pergunte: onde a minha empresa deve chegar? Além disso, muitas empresas investem em projetos que demandam muito trabalho, mas com baixa lucratividade, fazendo com que a empresa feche sempre no vermelho.

Contratar um serviço de consultoria, para a produção e detectar os gargalos, de nada adiantará se o empresário não colocar as soluções propostas em prática. Para garantir o sucesso do negócio é preciso que todos participem das mudanças propostas, princi-palmente os sócios e gestores.

Para finalizar, deixo aqui algumas reflexões para os empreendedores: o meu negócio está correspondendo às expectativas da época em que foi inaugurado? A minha empresa ganha boa parte das concorrên-cias das quais minha empresa participa? Minha empresa está atenta às alterações de mercado e às tendências de consumo de produtos e serviços? Estou fechando o mês com lucro? Tenho perfil empreendedor? Re-alizo reuniões periódicas para discutir novas ideias e integrar as equipes? Se a maioria dessas respostas for negativa, está na hora do empresário pedir ajuda.

Danielle Moro

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Entrevista

Situação da área técnica em Sertãozinho

José Galdino fala sobre as dificuldades enfrentadas por profissionais em relação às atribuições e avalia que o Conselho deve se aproximar das indústrias

Em Sertãozinho são emitidos cerca de 15 mil documentos de Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART) pelo Con-selho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), sob a gerência de José Galdino Barbosa da Cunha Júnior. A maioria diz respeito à engenharia mecânica. À revista PoLo ele falou sobre a legislação, formação acadêmica e o papel do Conselho.

POLO: Como funciona a fiscalização e ins-peção do CREA em Sertãozinho?

Galdino: A fiscalização, tanto de obras quanto de indústrias, é simples. Uma indús-tria que tenha 30 engenheiros, por exemplo, para o CREA, basta ter um único profissional que seja o responsável técnico pela empresa. O CREA faz uma campanha de conscien-tização para as usinas terem mais de um responsável técnico. Às vezes, a empresa tem dezenas de engenheiros, técnicos ou tecnólo-gos, mas estes não têm registro no Conselho. Se os profissionais se registrassem no CREA, a empresa teria um corpo técnico habilitado maior e aí poderia dividir as responsabilida-des civis e criminais de todos os trabalhos. Às vezes, a empresa não vê vantagem e acaba não tendo interesse no assunto. Mas, um alerta que eu sempre faço é que se a empresa tiver um único responsável técnico, todas as ARTs que ele emitir farão parte do seu acervo técnico. Caso esse profissional vá embora, todo o acervo vai junto.

Qual a importância da ARt para os enge-nheiros?

A ART foi criada por meio da Lei n° 6.496/1977. O primeiro artigo da lei diz que todo profissional que prestar ou executar

serviços de engenharia precisa emitir a ART. Apesar de obrigatório, tem muita gente que deixa passar. Se o CREA descobre, é gerada uma multa. Mas a principal função desse documento é limitar a responsabilidade do profissional. Às vezes, a ART pode não aju-dar em nada. Mas, caso o engenheiro não a emita, a falta do documento pode atrapalhar muito. Nenhum banco empresta dinheiro para a construção de uma casa se o projeto não tiver um responsável técnico. Tem que ter ART, porque é o que garante a legalidade do serviço, onde estão escritas as obrigações e as responsabilidades que o profissional tem sobre aquela atividade.

O Código de Defesa do Consumidor amar-rou a responsabilidade de todas as áreas, se o profissional não tiver um documento limi-tando sua responsabilidade, o consumidor terá razão sempre. A ART e o Diário de Obra (onde o engenheiro descreve as atividades a serem executadas na obra) são os instrumen-tos de proteção do profissional. Se não tem o documento, o profissional não consegue se eximir das responsabilidades. Ambos são ins-trumentos jurídicos muito fortes e protegem a sociedade de maus profissionais.

De que forma a informatização dos pro-cessos do CREA impactou nas legislações da área técnica?

Está acontecendo uma revolução tecnoló-gica. Há quatro ou cinco anos o profissional emitia nota de talão, hoje é tudo eletrônico. Porém, a legislação não acompanha a tecno-logia. A legislação que atribui a fiscalização das atividades dos engenheiros ao CREA é muito “capenga”, pelo fato de ser uma lei com quase 50 anos. A Lei n° 5.194/1966 precisa

de uma reforma urgente, para embutir a tecnologia. Em 1966, acho que os únicos meios de comunicação que existiam eram telex, telefone e carta. Assim como a ART é emitida de forma eletrônica, gostaríamos que isso fosse possível com outros serviços, para não precisar ir até o CREA. Mesmo assim, inúmeras adaptações estão sendo feitas, por meios das resoluções e do bom-senso.

A Resolução 1.010/05 do Conselho Fede-ral de Engenharia e Agronomia (Confea) teve um impacto direto na atividade dos profissionais?

Esta resolução regulamenta a atribuição de títulos, atividades e competências dos profissionais da área técnica, para efeito de fiscalização do exercício da profissão. Mas ela está suspensa, por conta das situações de falta de entendimento das partes.Tem setores que acham que estão sendo prejudicados pela resolução. A Resolução 1.010 será difícil implantar, mas tem que ser implantada.

Engenheiro José Galdino Barbosa

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Opinião

Atualmente, diferente da década de 1980, a área tecnológica está em fase de crescimento compro-vado pelo aumento de nosso PIB e a crescente busca pelos cursos de Engenharia pelo país todo.

Essa demanda de profissionais é necessária devido à complexidade de serviços buscados por nossas comunidades, tanto na zona urbana quanto na zona rural, onde se faz presente a alta tecnologia oferecida aos consumidores em forma de serviços e produtos de alta segurança, conforto e praticidade.

Isso vale para a construção civil, indústria, agro-nomia, água, meio ambiente dentre outros, onde nossos engenheiros, tecnólogos e técnicos pro-movem a saúde preventiva de nossa população.

Com base nesse objetivo de desenvolvimento tecnológico, e cientes da necessidade em meio às dificuldades, de nosso país para entrar no grupo de países considerados desenvolvidos, eviden-ciamos também a prática dos abusos, cometidos diretamente ou indiretamente em desfavor da nossa população criando danos irreparáveis. Com o objetivo de sanar esse tipo de prática entra o ór-gão fiscalizador que, imposto por Lei Federal, tem por objetivo ser um filtro, um inibidor de abusos e práticas antiprofissionais da engenharia.

Esse órgão cuida e fiscaliza as ações de Engenha-ria, Tecnólogos e Técnicos no mercado brasileiro de profissionais e empresas, e que após apuração e fiscalização, tem como dever o saneamento de danos nos usos irregulares de uma atividade que feri a ética contrariando a resolução especifica.

Com essa ação que o Sistema CONFEA/CREA exerce em defesa da sociedade e aplicação correta da tecnologia, garantimos assim juntamente com as nossas parceiras as associações (entidades de classe), garantimos o respeito e a admiração da população que necessita da aplicabilidade correta de Engenharia.

Em defesa

Engenheiro Araken Seror Mutran, gerente regional de fiscalização do CREA-SP

e da credibilidade

As empresas de Sertãozinho que em-pregam profissionais da área técnica respeitam as legislações do setor?

Acredito que a situação das empresas da cidade melhorou. Mas, ainda está longe do ideal. O empresário precisa ter atitude para não empurrar as dificulda-des para debaixo do pano. Acho que, principalmente, os médios e pequenos empresários precisam de uma orientação maior. O CREA faz isso, mas geralmente os empresários têm medo, pelo fato de ser um órgão fiscalizador, e não querem que vamos até a empresa. Quando o CREA manda um oficio avisando que vai fazer uma visita, o empresário fica desespera-do, porque acha que vamos multá-lo. Faz anos que o CREA não tem função punitiva. A orientação é mais eficiente para o su-cesso da empresa do que a multa.

o que contribuiu para o surgimento de novos cursos relacionados às áreas de engenharia?

O crescente número de cursos de ensi-no superior relacionados às engenharias é o resultado dos anos que o Brasil ficou parado – entre as décadas de 1980 e 1990 –, e muitas instituições de ensino, a título de sobrevivência, criaram novos cursos como, por exemplo, mecatrônica, engenharia ambiental, engenharia de produção, engenharia de materiais, entre outros. Esses cursos e suas disciplinas foram criados pelas escolas, com a auto-rização do Ministério da Educação (MEC).

As instituições de ensino formam os profissionais e o CREA atribui as ativi-dades desses profissionais. Existem al-guns percalços durante esse processo?

Existem cursos que são fracos de atri-buições. Por exemplo, o profissional se forma em engenharia mecatrônica, está trabalhando em uma usina e quer mexer na caldeira, ele não está habilitado para isso. Ou uma pessoa se forma em enge-nharia de produção mecânica e quer me-xer na infraestrutura da fábrica, ele não

pode. Sertãozinho tem muito problema com isso. Já aconteceu de uma instituição de ensino oferecer curso de nível superior de alguma das áreas técnicas. Depois de pedir o registro no CREA, o profissional formado ser surpreendido com a for-mação de nível médio, pois eram muito fracas as disciplinas das áreas técnicas.

Imaginou estudar três ou quatro anos e na hora de pegar o diploma cair para segundo grau? A carga horária, os níveis das matérias e o corpo docente que ditam quais as atividades que o profissional está habilitado para executar. Muitas vezes, as escolas enxugam as disciplinas para baratear o curso, empobrecendo o apren-dizado técnico e limitando as atribuições. Diante disso, grande parte das escolas não deixa o CREA falar com os alunos sobre as atribuições profissionais.

Como o CREA atribui as atividades que serão executadas por cada profissional?

Todo ano enviamos um ofício para as escolas pedindo a atualização dos cursos: qual a carga horária, quais as disciplinas e como está formado o corpo docente. O CREA faz as atribuições de acordo com o que as instituições põem no papel.

Os profissionais recém-formados estão chegando preparados no mercado de trabalho?

O CREA não tem exame de ordem, então eu acredito que o que mais vale nas escolas é o corpo docente. Além disso, o CREA não avalia nem as escolas e nem os profissionais, pois existem ór-gãos competentes para isso. Nós apenas damos a habilitação para o profissional de acordo com o que consta na grade curricular dele. Caso esse profissio-nal faça alguma coisa errada existe o Código de Defesa do Consumidor, ou até mesmo a justiça, que vai julgar as responsabilidades civil, criminal etc. O CREA apenas aponta quais as atribui-ções técnicas que o profissional tinha sobre determinado serviço prestado.

da segurança

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A tecnologia associada à pesquisa tem contribuído cada vez mais para

a disseminação da informação entre os profissionais das áreas técnicas. Um banco de dados criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) reuniu informações de nove mil solos brasileiros, tornando-se a maior base de dados de so-los do país, que está disponível na internet gratuitamente. Esse trabalho é o resultado de 40 anos de levantamento e pesquisa.

Pesquisa

Embrapa disponibiliza

São nove mil perfis de solos brasileiros para consulta gratuita na internet

banco de solos do Brasil

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“É o maior banco de solos do Brasil, que permite conhecer melhor os solos brasilei-ros e sua distribuição no território. É pos-sível até prospectar o estoque de carbono presente no solo. O sistema nos equipara a países como Austrália e Estados Unidos, que possuem bancos semelhantes. Ele é importante também para manutenção da função do solo agrícola e não-agrícola na elaboração de políticas públicas”, explica Lourdes Mendonça, chefe-geral da Em-brapa Solos.

O banco de dados poderá contribuir para a tomada de decisões relacionadas ao agronegócio como zoneamento agrícola e estimativa da produtividade de culturas. Além disso, o levantamento representa uma importante fonte para o ensino e a pesquisa, beneficiando principalmente cientistas, pro-fessores e alunos de pós-graduação.

o SiStEMASolos de todas as regiões do país foram

analisados, catalogados e estão disponí-veis na internet. Os mapas desenvolvidos servem de base para estudos agronômi-cos, de fertilidade, de aptidão agrícola de culturas, de zoneamentos climáticos e de agroecológicos, entre outros.

Pedologia, fertilidade e mapeamento são os três módulos que constituem o sistema. A base de pedologia reúne dados sobre os perfis dos solos e é a parte pri-mordial do sistema de informação. Cada perfil é formado por camadas ou horizon-tes, segmentados por suas características morfológicas, mineralógicas, micromorfo-lógicas, físicas e químicas.

INFORMAÇÕES PÚBLICASO banco de solos é atualizado diaria-

mente, de forma automática, em um sof-tware livre. Especialistas também poderão inserir trabalhos nesse sistema, que poste-riormente poderão ser agregados na base de dados. Para facilitar a busca de um solo,

o sistema permite filtros por localização geográfica, identificação dos horizontes, descrição do ambiente e classificação.

As consultas são realizadas em três eta-pas. É possível selecionar os atributos, os filtros – como região e classe de solo – e

Acesse www.sisolos.cnptia.embrapa.br para conhecer o Sistema de Solos Brasileiros

os trabalhos que deseja acessar. “A inte-gração vai tornar muito mais rápido o tra-balho de pesquisa, com ganho enorme de tempo e de recurso”, afirma o pesquisador Stanley Oliveira, chefe de Administração da Embrapa Informática Agropecuária.

hiStóRiCoDesde a década de 1980, pesquisadores

da Embrapa Solos vêm se empenhando para a produção de um sistema único que possibilitasse armazenar, gerenciar, recuperar e consultar informações sobre os perfis de solos de todas as regiões brasileiras. Com isso, os trabalhos que se encontram dispersos em bibliotecas, centros de pesquisa e universidades, de difícil acesso ao público, ficariam reunidos nessa plataforma on-line, disponível para qualquer usuário.

Após um longo trabalho de organização e padronização das informações, além do

desenvolvimento do sistema, os pesqui-sadores pretendem criar parcerias com instituições de ensino para ampliar a base de dados. Dessa forma, todos os estudio-sos de solo do país poderão alimentar o sistema pela internet, depois de passar por um treinamento oferecido pela Embrapa. Em uma ação coordenada pela Embrapa Solos, os dados geoespaciais desse siste-ma vão ser integrados ao projeto NatData – Plataforma de Recursos Naturais dos Biomas Brasileiros, liderado pela Embrapa Informática Agropecuária.

Com informações: Embrapa

Pesquisa

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História

2014: um ano histórico

Ano que marcou o centenário de Lina Bo Bardi e a inauguração do Canal do Panamá, e os 30 anos de inauguração da Usina de Itaipu

para a arquitetura e engenharia

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h á 100 anos nascia na Itália uma criança que se tornaria arquiteta de respeito

aqui, do outro lado do oceano. Lina Bo Bardi veio para o Brasil e fez história, daí a importância da comemoração para a arquitetura. Também há cem anos era inaugurada uma obra que desafiava a en-genharia – o Canal do Panamá. E há três décadas, entrava em funcionamento outra grande obra nacional – a Usina de itaipu, hoje Itaipu Binacional.

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História

15 DE AgOSTO DE 1914Neste dia, o mundo ganhou o maior de seus

atalhos: o Canal do Panamá, uma das maiores obras de engenharia até então. O projeto concretizou um sonho antigo da navegação ocidental: encurtar em muitos dias e reduzir os perigos das viagens entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Até 1914, a única forma de navegar entre esses oceanos era através do perigoso Estreito de Magalhães, no extre-mo sul do continente americano.

Depois do sucesso na construção do Canal de Suez, os franceses tentaram repetir a experiência escavando com dinamites um canal no Panamá, no século XIX. A selva fechada dizimou os operários, acometidos por várias doenças. Outra dificuldade era a diferença entre as duas costas: o Pacífico é 25 centímetros mais alto do que o do Atlântico e tem marés mais altas. Ocorreram milhares de mortes depois do início das obras, o que resultou na falência da construção, em 1889.

Os Estados Unidos compraram os direitos para construção do canal. No processo, ban-caram a independência do Panamá, então província da Colômbia. As obras recomeça-ram sem lutar contra o relevo: a solução foi a construção de eclusas que permitiriam aos navios subir e descer as montanhas.

O canal foi finalmente inaugurado em 1914 e permaneceu administrado pelos EUA até 1999. Com cerca de 80 km, vai da Cidade do Panamá, no Pacífico, a Colón, no Atlântico. Atualmente, passam por ele cerca de 5% do comércio mundial e mais de 10 mil navios por ano. Estão em curso obras de ampliação para aumentar o fluxo máximo diário.

5 DE DEzEMBRO DE 2014É o dia do nascimento da arquiteta italiana

Lina Bo Bardi. Em 1939, formou-se na Facul-dade de Arquitetura de Roma. No ano de 1946, veio para o Brasil e conheceu o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). No ano seguinte, Lina mudou-se para São Paulo e foi convidada para projetar a adaptação do edifício que iria ser o Museu de Arte de São Paulo (MASP).

O navio de passageiros SS Kroonland atra-vessando o canal em 1915

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Usina Itaipu

No Brasil, Lina participou da fundação do Studio de Arte e Arquitetura Palma, em São--Paulo-SP, da “Habitat – Revista das Artes no Brasil” e da criação do Curso de Desenho In-dustrial no Instituto de Arte Contemporânea. Em 1951, naturalizou-se brasileira e projetou sua casa, conhecida como “Casa de Vidro”, em São Paulo. Em 1955, tornou-se docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Lina também se destacou em assuntos relacionados à moda brasileira, com a organização de desfiles, além de produzir a arquitetura cênica de peças teatrais e de filmes. Projetou igrejas, museus, casas e condomínios e também organizou várias exposições de arte.

Durante seus últimos dez anos de vida, Lina produziu projetos que contribuíram com a renovação da arquitetura brasileira. Após sua morte em 1992, o reconhecimento do seu tra-balho foi potencializado pelo Instituto Bardi, que neste ano reuniu várias iniciativas em um comitê curador, que organizou exposições, publicações e encontros para comemorar o centenário de Lina.

5 DE MAIO DE 1984A construção da usina binacional Itaipu co-

meçou em 1975 e no dia 5 de maio de 1984, exatamente às 12h40, entrou em operação a primeira unidade geradora, onde foi feita a interligação com o sistema elétrico do Para-guai. A energia da Itaipu chegou ao Brasil mais tarde, pois o sistema de transmissão, operado por Furnas, ainda não estava concluído. A

usina terminou 1984 com duas unidades instaladas, que geraram 277 mil MWh.

Quando Itaipu entrou em operação, os céticos perguntavam o que fazer com tanta energia. Na época, a economia estava estag-nada e não havia necessidade daquele poten-cial de 12,6 mil megawatts. 30 anos depois, se não existisse a usina, o Brasil e o Paraguai não teriam como sustentar o crescimento de suas economias.

Em 1985, quando iniciou a venda efetiva da energia gerada, já com três unidades gerado-ras, a usina produziu 6.327 MWh. A produção cresceu gradualmente, com a entrada em operação de novas unidades geradoras. A 18ª foi instalada em 1991. Em 1995, Itaipu superou pela primeira vez os 75 milhões de MWh de energia garantida, previstos no tratado que deu origem à hidrelétrica. E nos anos de 1999 e 2000, a usina superou os 90 milhões de MWh. Essa marca foi superada em 2006 e 2007, anos em que foram inauguradas mais duas unidades de 700 megawatts, com-pletando as 20 previstas no projeto inicial. Em 2012 e 2013, novos recordes mundiais, Itaipu gerou 98,6 milhões de MWh.

A energia gerada por Itaipu entre 1984 e 2014 é suficiente para abastecer o mundo por 38 dias. A produção também atenderia o consumo da América Latina por dois anos, do Paraguai por 176 anos, do Brasil por quatro anos e do estado de São Paulo por 15 anos.

Com informações: Itaipu, Ciência Hoje e Instituto Bardi

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Direito

Como proteger a propriedade intelectual de uma obra?

Projetos, obras e qualquer outro traba-lho técnico de criação no âmbito da

Arquitetura e Urbanismo já podem ser protegidos de acordo com os direitos de propriedade intelectual, com o Registro de Direito Autoral (RDA), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). A Resolução n° 67, que regulamenta os direitos autorais na Arquitetura e Ur-banismo, é de dezembro de 2013, mas foi a partir de setembro de 2014 que o RDA foi disponibilizado no sistema para os usuários.

CAU lança ferramenta para proteger os direitos autorais de obras arquitetônicas

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Direito

Segundo Haroldo Pinheiro, presidente do CAU/BR, a norma recupera a noção de arquitetura como produto cultural, o que, segundo ele, acaba valorizando não só a obra, mas também o trabalho do arquiteto de criar soluções inovadoras. O registro das obras intelectuais deverá ser requisitado junto aos CAU/UF, que fará a análise dos pedidos e o extrato dos registros efetuados ficará disponível no portal do CAU/BR.

O Sistema de Informação e Comunica-ção do CAU (SICCAU) disponibiliza o RDA para o registro de propriedade intelectual de uma obra arquitetônica. “A ferramen-ta é muito simples, funciona da mesma forma como se emite um Registro de Res-ponsabilidade Técnica ou uma certidão”, explica Tércia Oliveira, gerente regional do CAU de Ribeirão Preto. O passo-a--passo do preenchimento do documento está disponível no atalho http://migre.me/mEUlD.

DiREitoS MoRAiS E PAtRiMoniAiSA resolução especifica dois tipos de

direitos autorais: os morais, relativos à paternidade da obra intelectual; e os patrimoniais, que são os direitos de uti-lização da obra. Assim, projetos e outros trabalhos técnicos de criação somente podem ser repetidos com a concordância do detentor do direito patrimonial – que

pode ser transferido pelo autor a outra pessoa. Já, os direitos morais não podem ser repassados para outro profissional. Assim, toda peça publicitária ou placa referente a obra que tenha projeto as-sinado por arquiteto deve especificar o nome do autor original, protegendo seus direitos morais.

Em casos de violação de direitos au-torais, a resolução também recomenda indenizações a serem requeridas na

O qUE é PROPRIEDADE INTELECTUAL?É a área do Direito que garante a inventores ou responsáveis por qualquer produção

do intelecto - seja nos domínios industrial, científico, literário ou artístico - o direito de obter, por um determinado período de tempo, recompensa pela própria criação. Segundo definição da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), a propriedade in-telectual está dividida em duas categorias: Propriedade Industrial, que inclui as patentes (invenções), marcas, desenho industrial, indicação geográfica e proteção de cultivares, e Direitos Autorais abrangendo trabalhos literários e artísticos, e cultura imaterial como romances, poemas, peças, filmes, música, desenhos, símbolos, imagens, esculturas, programas de computador, internet, entre outros.

Fonte: Associação Paulista de Propriedade Intelectual

nA ESPAnhAO arquiteto espanhol Vicente Castillo Guillén publicou um artigo relacionado aos

direitos de propriedade intelectual sobre as obras arquitetônicas, esmiuçando as infor-mações de um parecer publicado pelo Conselho Superior dos Colégios de Arquitetura da Espanha (CSCAE). Chamado de “Los derechos de propiedad intelectual sobre las obras arquitectónicas”, a análise traz tópicos relacionados aos direitos morais sobre as obras arquitetônicas e os contratos de trabalho e de obra.

Segundo Castilho, o direito de propriedade intelectual sobre as obras arquitetônicas “apresenta grandes desequilíbrios internos e não dispõe de estruturas claras para articular com certeza econômica e segurança legal tal inovação, compensando eco-nomicamente o mérito”. Castilho também argumenta que “a falta de compreensão da natureza técnica especial do arquiteto deveria mudar para proteger o arquiteto da possível vulnerabilidade frente a órgãos públicos e privados que utilizam concursos como fontes de ideias a muito baixo custo”.

O artigo de Castilho “Una Ley de Propiedad Intelectual para el impulso y defensa de la arquitectura española” está disponível no atalho http://migre.me/mEPlw.

Fonte: Arch Daily

justiça. Por exemplo, caso um arquiteto queira processar uma construtora por plágio de obra intelectual protegida, o CAU/BR recomenda uma indenização de no mínimo quatro vezes o valor dos ho-norários profissionais, a título de violação de direitos autorais morais, e mais duas vezes o valor dos honorários por violação do direito autoral patrimonial.

Fonte: CAU/BRFr

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9 projetos ousados

Conheça os edifícios mais peculiares na história da arquitetura moderna e contemporânea

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P rojetos arquitetônicos são criados diante da necessidade de construir

espaços organizados para se tornarem empresas, residências, ambientes de lazer, recintos culturais etc. Mas existem proje-tos que vão além do aconchegante, bem--projetado e belo, tornando-se inusitados, diferentes ou geniais. Conheça alguns dos edifícios mais surpreendentes do mundo, que fugiram do comum e atraem olhares curiosos por quem passa por eles.

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Projetos

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Projetos

LE PALAiS iDéALEm Hauterives (França), o Le Palais Idéal

– o Palácio Ideal – demorou 20 anos para ser construído. O projeto é uma mistura de diversos estilos e foi criado pelo arquiteto Ferdinand Cheval, que demorou 33 anos para erguer o palácio. Sua inspiração veio da natureza e de cartões postais. Concluí-da em 1912, a construção tem esculturas de polvo, jacaré, elefante, urso, pássaro, entre tantos outros. Construído sem re-gras arquitetônicas, o palácio não seguiu tendências artísticas, mas inspirou muitos artistas contemporâneos. No link http://migre.me/mELl6 está disponível um vídeo que mostra detalhes da construção.

BIBLIOTECA PÚBLICA DE KANSAS CITyO prédio da Biblioteca Pública de Kansas

City (Estados Unidos) foi inaugurado em 2004 e custou US$ 50 milhões. A estrutura foi construída como se fosse uma estan-te, em que réplicas gigantes de 22 obras contornam o local. Cada réplica mede 7,5 metros de altura por 2,70 metros de largura e representa títulos significativos de diferentes áreas da literatura. No site www.kclibrary.org tem informações sobre as atividades culturais que o local oferece.

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ShOPPINg CENTER BULL RINg (PRAÇA DE TOUROS)

O Shopping Center Bull Ring, em Birmin-gham (Inglaterra), é um complexo comercial, que recebe cerca de 36,5 milhões de visitan-tes por ano. A arquitetura é assinada pela Benoy, empresa de arquitetura de Londres.

Na época de sua abertura, o edifício foi considerado o auge da modernidade, mas os aluguéis altos do centro comercial fizeram com que os comerciantes se afastassem do local. Além disso, por volta de 1960, Bull Ring tornou-se um exemplo de arquitetura bruta-lista, termo utilizado para edifícios que usam em suas superfícies o concreto aparente.

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Projetos

CONjUNTO hABITAT 67O Habitat 67, do arquiteto Moshe Safdie,

foi construído para a Expo 67, uma feira internacional com o tema “O Homem e seu Mundo”, em Montreal (Canadá). A construção, formada de blocos em concreto pré-moldado empilhados até uma altura de 12 andares, conta com 158 apartamentos, cada um com seu próprio jardim privativo.

A obra foi pioneira ao combinar o uso de estrutura urbana tridimensional, pré--fabricação, produção em massa de mó-dulos e adaptabilidade desses métodos em um único projeto. Cada casa, que varia entre 60 e 460 metros quadrados, tem seu sistema de água, recebendo aquecimento e resfriamento de um gerador central.

KUNSThAUS gRAz (MUSEU DE ARTE CONTEMPORâNEA)

O Kunsthaus Graz, atração moderna de Graz (Áustria), é um projeto do arquiteto inglês Peter Cook. Inaugurado em 2003, o edifício contrasta sua linguagem inovadora com a arquitetura histórica no entorno e foi construído com baixo impacto ambiental.

Com 2.500 metros quadrados, o edifício tem a fachada envolta por painéis de vidro acrílico semitransparente. Ao todo, 1.288 painéis deste tipo estão espalhados pela su-perfície do museu. O sistema facilitou a ins-talação de placas fotovoltaicas, embutidas nos painéis e que produzem energia limpa.

iGREjA LUtERAnA DE hALLgRIMSKIRKjAObra do arquiteto Guðjón Samuelsson,

a Igreja Luterana de Hallgrimskirkja, em Reykjavik (Islândia), levou 38 anos para ser construída (1945-1986). Com 74,5 metros, é o edifício mais alto do país. O seu desenho foi projetado para imitar o movimento da lava de um vulcão.

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Projetos

MUSEU DE ARtE DE DEnvERO Museu de Arte de Denver (Estados

Unidos) é um colosso em aço, concreto e titânio em formas angulosas e custou US$ 75 milhões. Neste projeto, assinado pelo arquiteto Daniel Libeskind, foram usados 11.086 metros cúbicos de cimento e 2.700 toneladas de aço, além de 3.100 feixes de titânio. Seu pé-direito mede 11,2 metros.

Lançado em 2006, o museu é composto de uma série de retângulos interligados. É uma forma agressiva de desenho geomé-trico e irregular. No atalho http://migre.me/mDWEg é possível ver um vídeo que mostra os detalhes da obra.

PRojEto EDEnO Projeto Eden possui a maior estufa

do mundo e recebe sementes e mudas de vários países. Considerado o maior jardim botânico do planeta, o projeto está localizado na Cornuália (Inglaterra). O complexo arquitetônico é assinado por Tim Smit e Nicholas Grimshaw. Eles foram escolhidos para este projeto devido à experiência na criação do grande telhado de vidro do Terminal Internacional de Waterloo (Londres).

Com 15 hectares, o Projeto Eden está

CASA BAtLLóA Casa Batlló, uma peça-chave na ar-

quitetura da Barcelona modernista e foi construída em 1875. Por volta de 1900, o arquiteto Antoni Gaudí foi contratado pelo industrial têxtil Josep Batlló para projetar a reforma do edifício. A intervenção acon-teceu entre 1904 e 1906 e a fachada do edifício ganhou inúmeros detalhes e curvas, chamando a atenção do público que passa por ali. Hoje, a casa-museu é um ícone de referência da cidade.

sobre uma antiga pedreira de argila. A construção consiste em oito cúpulas que formam dois biomas de árvores e plan-tas. Há também um bioma exterior, um centro de visitantes, anfiteatro ao ar livre e uma estrada de acesso. As cúpulas são formadas por uma estrutura de tubos de aço galvanizado de diferentes tamanhos. A estrutura é completamente livre de apoios internos. Nos links http://migre.me/mDWU7 e http://migre.me/mDWV3 es-tão disponíveis os vídeos sobre o projeto.

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Tecnologia

Internet: o que a ferramenta oferece

Aplicativos, redes sociais, acervos de revistas e cursos on-line. Tudo relacionado às áreas de engenharia, arquitetura e construção

para engenheiros e arquitetos?

Foi durante a Guerra Fria que surgiu a internet. Mas foi após a década de 1990 que essa ferra-

menta foi disseminada para a população de todo o mundo. Esse meio de comunicação e de difusão da informação chegou aos escritórios de enge-nharia e arquitetura, trazendo muitas facilidades e novidades para o setor. Dentre elas, destacam--se redes sociais voltadas para os profissionais, aplicativos para medição de ambientes ou para cálculos de quantidade e custo de materiais, entre outras possibilidades, além de cursos em importantes universidades do mundo, que po-dem ser feitos pela internet e a possibilidade de acessar conteúdos específicos do setor. A revista PoLo elencou várias ferramentas que facilitam a vida de engenheiros e arquitetos.

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Tecnologia

Internet: o que a ferramenta oferece para engenheiros e arquitetos?

RooMSCAn dese-nha a planta baixa de qualquer cômodo, apenas encostando o celular na parede a ser medida. Des-sa forma, o sistema

calcula, em segundos, as dimensões das paredes em metros, pés ou polegadas. A margem de erro não chega a 0.015 metro e o aplicativo é capaz de desenhar a planta de ambientes complexos, em forma de L, por exemplo. Para aumentar a precisão, o software pode ser usado em conjunto com um medidor a laser. É só caminhar pelo ambiente, obter o desenho e adicionar suas medidas para criar a planta baixa perfeita. Na versão gratuita, o aplicativo faz o básico: desenha a planta baixa de um cômodo. Na versão paga, é possível adicionar portas enquanto caminha pelo ambiente e co-nectar plantas de outros cômodos em um único desenho.

APLiCAtivoS

M AG i C P L A n tem função semelhante a do RoomScan, medir e desenhar a planta baixa de um cômodo, com uma diferença: não precisa encostar o celular nas paredes, basta mirar a câmera fotográfica do aparelho para as paredes e marcar as vértices para fazer ajustes preci-sos. No atalho http://migre.me/mxmvt, um vídeo em inglês mostra o funcionamento do aplicativo e compara o tempo que um profissional gasta para fazer a medição con-vencional com a trena, e o de uma criança usando o aplicativo em um tablet. O aplicati-vo também armazena dados e dimensões de um projeto. No modo gratuito, os projetos podem ser exportados para as versões JPG e PDF, mas saem com a logomarca do pro-grama. Na versão paga, existe a opção de exportar para AutoCAD e Sketchup.

PAPER é um dos apli-cativos de desenho mais populares para dispositivos móveis e conquistou o Prêmio de Design Apple 2012. Funciona como um papel em branco ou uma lousa virtual e conta com cinco ferra-mentas: caneta-tinteiro, lápis, marcador, caneta esferográfica e pincel aquarela. O aplicativo serve para fazer esboços, dese-nhos, anotações, armazenar informações e mapear ideias. Todo o conteúdo criado pode ser organizado em cadernos virtuais, semelhantes a um Moleskine. Os cader-nos podem ser renomeados e podem ter quantas páginas forem necessárias. Os trabalhos podem ser compartilhados nas redes sociais. O vídeo disponível no atalho hvp://vimeo.com/37254322 mostra as funcionalidades do aplicativo.

CALCULADoRA DE tintA ON-LINE auxilia no cálculo de tinta de acordo com a superfície que vai recebê--la. Uma indústria do setor criou o programa, que está disponível na internet. Para usar, é preciso escolher o tipo de superfície (parede, ma-deira, metal, gesso, piso, teto, tijolo, azulejo etc.), depois o tipo de acabamento e o pro-duto a ser usado. Em seguida, oferecer as dimensões das áreas a ser pintadas, excluir a área dos vãos (janelas e portas) e apon-tar a quantidade de demãos. Com essas informações, a ferramenta oferece a área da superfície a ser pintada e quantidade de litros de tinta necessária, diminuindo o desperdício de material.

CALCULADORA DE DRywALL foi criada por uma empresa do setor e tem a capaci-dade de orçar os custos relativos às obras de instalação dos sistemas drywall em

tABELA DE honoRá-RioS DE SERviçoS EM ARQUitEtURA E URBAniSMo calcula os custos de projetos arquitetônicos, pai-sagísticos e execução de obras. Criada pelo

CAU-BR, a ferramenta está disponível para computador, tablet e celular. A tabela de custo tem como objetivo evitar práticas abu-sivas de preços, fixar e detalhar os serviços cobertos e descobertos pela remuneração estabelecida e nortear decisões em eventu-ais disputas judiciais. São mais de 240 ati-vidades de arquitetura e urbanismo dividas em três módulos: projeto arquitetônico de edificações, projetos diversos e execução de obras e outras atividades. O software pode ser acessado em http://honorario.caubr.gov.br/auth/login.existe a opção de exportar para AutoCAD e Sketchup.

paredes, forros, revestimentos estruturais e revestimentos colados. O aplicativo é gratuito e está disponível para os sistemas Android e iOS. Os cálculos podem ser feitos, mesmo sem conexão com a internet. O software também disponibiliza catálogos técnicos e manuais práticos da tecnologia.

REDES SoCiAiS

hoUzz vem ga-n h a n d o fo r ç a como a rede social

especializada em arquitetura, decoração e paisagismo, permitindo pesquisas por tipo de ambiente, estilo e localização. O site www.houzz.com conta com mais de um milhão de álbuns criados por usuários, cerca de 30 mil profissionais cadastrados e 260 mil fotos publicadas. Ao clicar nas fotos é possível ter informações detalhadas sobre o projeto e o profissional. A maioria dos usuários está nos

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Estados Unidos, mas a nova rede social vem ganhando mais adeptos em todo o mundo. Tanto profissionais quanto empresas podem montar portfolios virtuais e divulgá-los nesta rede para interagir com o público-alvo. Além de ser gratuita, a Houzz oferece aplicativo para iPhone e iPad.

Tecnologia

EBAh é a maior rede social acadêmica para a troca de informação e conhecimen-to entre seus usuários. O site já conta com mais de 3

milhões de estudantes cadastrados, 226 mil professores e 200.684 materiais publicados divididos em seis grandes categorias: agrá-rias, artes, biológicas, engenharias, exatas e humanas/sociais. A rede também permite a busca por curso como, por exemplo, ar-quitetura, engenharia civil, agronomia etc.

DECoRA funciona como fonte de inspiração para arquite-tos, pois reúne imagens de ambientes, que podem ser usadas como referências pelos profissionais de arquitetura. A rede social foi criada por três profissionais que compartilham o interesse pela boa arquitetura. Uma das ferramentas apresentadas é a busca por cores. Quando uma foto é publicada, automaticamente o sistema cataloga todas as cores da imagem, que vão integrar uma paleta única. Se o usu-ário clicar em determinada cor de uma foto, ele será redirecionado a outras imagens que possuem a mesma tonalidade escolhida.

ELLo é uma rede social gratui-ta criada inicialmente por um pequeno grupo de artistas e designers para uso privado.

Hoje, o serviço tem 1 milhão de usuários e mais de 3 milhões em espera - devido às regras da rede social, que só permitem a entrada no site com convite. A rede possui um diferencial: a não publicação de anúncios. O Ello permitirá que os usuários adquiram

algumas ferramentas peculiares, que custará uma pequena quantia em dinheiro. Os perfis da rede Ello seguem o mesmo estilo do design do site, bastante minimalista e com fontes simples. Além disso, os fundadores assinaram um termo de compromisso garantindo que as informações dos usuários nunca serão comercializadas.

SitES GRAtUitoS

wIx é uma ferramen-ta gratuita para cria-ção de sites – com link específico para desenvolvimento de sites de arquitetura – que disponibilizou um passo-a-passo para orientar o profissional que não faz ideia de como começar o projeto de seu sítio

wORDPRESS é outra opção para criação de sites gratuitos, com foco na estética e na usabilidade. Para ini-

ciar a criação de um novo endereço eletrô-nico, é preciso baixar o programa do Wor-dpress. Essa ferramenta também permite a construção de pluggins para vários recursos e oferece designs prontos para o portal ou a possibilidade de personalizar a página. Além disso, o software garante boa indexação nos buscadores, fácil integração com as redes sociais e se adapta a todos os formatos de telas: notebooks, tabletes e celulares.

MIT OPENCOURSEwARE: ARChITECTU-RE, foi lançado pelo MIT-Massachusetts Institute of Technology que traz o OpenCour-seWare, uma plataforma on-line de cursos gratuitos. Nesta ferramenta, é possível bai-xar anotações, lista de leituras e trabalhos de ex-alunos. Só a seção de arquitetura conta com mais de 100 cursos de graduação e pós-graduação. A plataforma não permite a interação com o professor ou certificado de conclusão, mas oferece acesso ao departa-

CURSOS ON-LINE

virtual. A ferramenta oferece templates específicos de arquitetura e está disponí-vel em http://migre.me/mxnEf.

mento mais antigo de arquitetura dos Esta-dos Unidos. Conheça dois cursos disponíveis: Construção Arquitetônica e Computação (é para interessados em descobrir como os computadores podem facilitar o desenho e a construção) e Teoria da Forma da Cidade (apresenta teorias históricas e modernas da forma da cidade junto com estudos de caso, facilitando a compreensão do urbanismo e arquitetura para futuras pesquisas educati-vas e profissionais).

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Tecnologia

UNIvERSIDADE TéCNICA DE DELFT tam-bém possui a plataforma OpenCourseWare. Apesar de não ter a seção de arquitetura, os profissionais podem acessar cursos com temas relacionados ao setor como, por exemplo, Bio Inspired Design (aborda organismos biológicos em construções e apresenta exemplos técnicos, projetos de instrumentos e máquinas inspiradas na biologia) e Tratamento de Águas Residuais (que discute sistemas tecnológicos aplica-dos tanto em países industrializados como em países em desenvolvimento).

No atalho http://migre.me/mwKZn está disponível outros 38 cursos relacionados às

várias áreas da engenharia

REviStAS DE ARQUitEtURA - a Universi-dade Federal da Paraíba (UFPB) disponibiliza um acervo digital com edições de revistas especializadas em arquitetura e urbanismo veiculadas entre as décadas de 1970 e 1980. Os usuários podem navegar pelo acervo das revistas Projeto (atual PROJETOdesign), Módulo, AU e Pampulha por meio de filtros de pesquisa, como ano de publicação, autor do projeto, local da construção e tipologia do programa. Além dos projetos arquitetônicos, também estão disponíveis matérias teóricas e charges, que marcaram a linha editorial das revistas e revelavam as problemáticas urbanas dos anos 1970 e 1980. O acervo está disponível no site: www.lppm.com.br.

LIvROS TéCNICOS E CIENTíFICOS – o portal Scielo (Scientific Electronic Library Online) divulga uma lista de 350 livros téc-

ACERvOS ON-LINE

ACADEMIA ON-LINE ABERTA é uma plataforma similar a Edx e oferece cursos específicos de arquitetura, arte e design. Dentre os cursos oferecidos, destaca--se o Arquitetura Contemporânea – que promove a análise das grandes ideias contemporâneas de arquitetura, as ideo-logias e os projetos nos contextos local e globalizado. Outro tem o título Projetando Escolas Resistentes – que foca no desenho de escolas resistentes para as vítimas do furacão Haiyan, que devastou as Filipinas em novembro de 2013. No final do curso,

um júri internacional selecionará as melho-res propostas para sua futura implantação.

EDx: ARqUITETURA é uma iniciativa sem fins lucrativos fundada pelo MIT e Harvard. Um dos cursos é Pesquisa sobre a arquitetura vernacular asiática – que faz um estudo pro-fundo do conceito e suas aplicações na cultu-ra e nas construções do passado, presente e futuro. Com enfoque na Ásia, o curso explora métodos de projeto e gestão, como objetivo de aumentar o rendimento sustentável das cidades e sua capacidade de recuperação.

nicos e científicos para baixar gratuitamente ou para leitura no próprio site, nos formatos PDF e ePUB. Os títulos estão disponíveis em ordem alfabética e pode ser acessado no link http://books.scielo.org/indice-de-titulos/.

E-CIvIL é um portal gratuito, voltado para di-vulgação de conteúdo técnico-científico para profissionais das áreas de engenharia civil, arquitetura e construção. O portal disponibi-liza apostilas e blocos na extensão DWG para baixar gratuitamente, para serem utilizados no programa AutoCAD, além de discussão em fóruns de assuntos relacionados ao setor.

Com informações de: Arcoweb, Pini.web, Tecnoblog, Techtudo, Wix, bim.bon e Arch

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Agricultura

Estudo busca ampliar conservação

O mundo tem mais de 25 mil espécies de abelhas, responsáveis pela polinização de mais de 70% das culturas agrícolas e de 85% das plantas com flores

dos agentes polinizadores

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/

ONU) aponta as abelhas como agentes fundamentais na promoção da segurança alimentar. Um terço de tudo que se come no mundo depende da polinização realiza-da pelas abelhas. O levantamento também destaca a preocupação com as evidências da diminuição da população desses polini-zadores. Uma das causas dessa diminuição é o uso de pesticidas nas plantações.

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Agricultura

A professora Roberta Cornélio Ferreira Nocelli, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação, da Uni-versidade Federal de São Carlos (UFSCar), no Campus Araras-SP, está pesquisando a influência dos defensivos agrícolas sobre as abelhas e o consequente impacto na produ-ção de alimentos. O trabalho de pesquisa vai mapear os apiários de todo o país, assim como as produções agrícolas próximas, para compreender a interação entre apicultores e agricultores e promover o cultivo saudável de abelhas e alimentos.

Com mais de duas mil espécies nativas já catalogadas, o Brasil é o país com a maior diversidade de abelhas. Roberta explica que a contaminação das abelhas pelos defensivos agrícolas ocorre de duas formas: pelo conta-to direto, enquanto as abelhas voam entre as partículas de defensivos e pela ingestão de pólen e néctar das flores contaminadas, sendo a segunda forma a mais nociva, pois as moléculas são levadas para dentro das colô-nias, contaminando todas as outras abelhas.

ContAMinAção DAS ABELhASA professora investiga as interações das

substâncias dos agrotóxicos em vários órgãos das abelhas como, por exemplo, no cérebro desses insetos. Um dos efeitos observados é a perda da orientação, o que faz com que muitas abelhas não retornem às colmeias e morram pelo caminho. “A partir do momento em que entendemos os efeitos de cada substância utilizada nas plantações, podemos orientar os fabri-cantes dos defensivos para a utilização de moléculas menos tóxicas para as abelhas, e também para formas de aplicação menos danosas. Entender a biologia da abelha nos serve de respaldo para promover esse diálogo, uma vez que sabemos que a com-pleta interrupção no uso de defensivos é uma realidade muito distante”, afirma a pesquisadora.

O trabalho faz parte de um projeto de

Quem tiver notícias de mortes de abelhas pode entrar em contato com a central

de acidentes desses insetos através dos telefones (19) 3593-2595 e (19) 99884-

4530 ou pelo e-mail [email protected]

extensão, que atua em parceria com as-sociações de apicultores para implantar um sistema de monitoramento da popu-lação de abelhas, de forma a identificar a mortandade dos insetos e desenvolver metodologias de manejo mais adequa-das. Entre os objetivos do projeto está a promoção da convivência harmônica entre apicultores e agricultores. Uma das atividades desenvolvidas é o treinamento para a aplicação dos agrotóxicos de forma planejada para minimizar os prejuízos às populações de insetos.

Roberta integra uma rede de pesquisa

formada por pesquisadores dos campi Araras e Sorocaba da UFSCar e da Unesp de Rio Claro, que desde os anos 1970 estuda a ecotoxicologia de abelhas. O grupo tem participado ativamente na construção da Iniciativa Internacional para a Conservação e Uso Sustentável de Polinizadores, coor-denada pela FAO, e de outras iniciativas internacionais relacionadas ao conheci-mento sobre os efeitos dos pesticidas sobre os polinizadores e alternativas de proteção desses insetos, manutenção da biodiversi-dade e da segurança alimentar.

Fonte: Ufscar, Agência USP

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análise

LoCALizADoR DE ABELhASO aplicativo Bee Alert, da campanha Bee or not to be?, é a primeira plataforma online que poderá dimensionar a morte

ou envenenamento de abelhas pelo uso de agrotóxicos nas lavouras, bem como o fenômeno de seu desaparecimento, conhecido mundialmente como Síndrome do Colapso da Colônia ou CCD. O aplicativo pode ser acessado em computador, smartphone ou tablet.

O roteiro do aplicativo foi estruturado pelo professor e pesquisador Lionel Segui Gonçalves, do campus de Ribeirão Preto da USP, e presidente do Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do Norte (CETAPIS), juntamente com o publicitário Daniel Malusá Gonçalves. A solução tecnológica foi testada e submetida a um grupo de pesquisadores e apicultores, com o objetivo de mostrar em tempo real o local e a intensidade das ocorrências, diante da falta de um único canal onde os casos pudessem ser registrados.

As ocorrências servirão de base para publicações científicas e serão checadas pelos coordenadores da campanha. Espera-se que até 2014 seja diagnosticado um número significativo de ocorrências. O desafio é comunicar a existência da ferramenta e incentivar os apicultores e a comunidade científica para o uso do Bee Alert.

Fonte: Agência USP

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Nossas profissões são as principais ferramentas que temos para enfren-tarmos momentos de dificuldades, como é este. Não se trata de uma crise isolada, localizada em Sertãozinho. O que vivenciamos hoje é resultado de uma série de ações econômicas e polí-ticas que refletiram em vários setores. E aqui também.

Assumo a presidência da Associação com o firme propósito de trabalhar para o fortalecimento de nossas ferra-mentas. Para engenheiros, arquitetos e agrônomos, a formação básica, a graduação, não é suficiente. Nós traba-

lhamos com tecnologia, um setor com mudanças aceleradas e frequentes. Nossa obrigação, como profissionais ou empresários, é estarmos à frente delas.

O compromisso do meu mandato é seguir o planejamento traçado pelos meus antecessores, fortalecendo e fa-zendo crescer nossa entidade. E ir além, promovendo eventos, cursos e pales-tras que ofereçam aos associados um bem inalienável e que nenhuma crise é capaz de derrubar: o conhecimento.

O nosso principal diferencial é exata-mente este. E é o que devemos fortale-cer para seguir em frente.

EngenheiroPaulo Alberto Cecchini, presidente

da AEAAS para 2015-2016

Diretoria 2015

Palavra do novo presidente

Presidente Paulo Alberto Cecchinivice-presidente José Galdino Barbosa da Cunha Junior1° Secretário Fábio Soldera2° Secretário Marcela Dorascenzi1° Tesoureiro Claudemir Daniel2° Tesoureiro Fabiano PitzDiretor Social Antônio Henrique SauleDiretor Cultural Ieso de Oliveira PalmieriDiretor de Relações Públicas Rodrigo ZardoDiretor de Esportes João Valdir Sverzut JuniorDiretor de Patrimônio José Ricardo MarçalConselho Paulo Ferreira, Rodrigo Ferracini, Ayrton Dardis Filho, Devanil José de Souza, Marcelo Eduardo Borges e Nerci Vieira

Diretoria e conselho 2015-2016

Page 28: Polo - dez/2014

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