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Escola Profissional de Artes, Tecnologias e Desporto
Curso – Técnico de Turismo
Turma 97
Disciplina – Área de Integração
Ano lectivo 2016/2017
Tema: A experiência religiosa como afirmação do espaço espiritual no mundo
POLITEÍSMO – O BUDISMO
Trabalho realizado por:
Carolina Vitorino / nº214061
Inês Louro / nº214298
Inês Pereira / nº214403
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Índice
Índice Introdução ............................................................................................................................................................... 3
O Politeísmo ........................................................................................................................................................... 4
O Budismo .............................................................................................................................................................. 5
Símbolos do Budismo ....................................................................................................................................... 8
A religião Budista em Portugal ................................................................................................................... 10
Top - 10 Frases Budistas .............................................................................................................................. 10
Costumes Budistas ........................................................................................................................................... 12
Conclusão ............................................................................................................................................................. 13
Bibliografia ............................................................................................................................................................ 14
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Introdução
No âmbito da disciplina de Área de Integração, foi-nos proposto trabalhar um tema a
propósito do politeísmo e a nossa escolha foi o Budismo/ religião Budista.
O budismo é uma filosofia ou religião politeísta que abrange diversas tradições,
crenças e práticas geralmente baseadas nos ensinamentos de Buda. O Budismo
espalhou-se com mais intensidade pelo Tibete, China e Japão. Estudos apontam para
que o número de budistas no mundo esteja entre 230 milhões e 500 milhões, sendo
assim a quinta maior religião do mundo. Ao longo deste trabalho abordaremos não só
a religião budista, mas também a sua ligação com o nosso país e algumas
curiosidades.
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O Politeísmo
O Politeísmo é a crença em vários deuses. Na antiguidade muitas religiões regiam-se
pelo politeísmo. A religião do Egito Antigo, Grécia Antiga e Roma Antiga são exemplos
do politeísmo. Os deuses destas religiões costumam assumir diversas funções, muitos
deles com forças relacionadas à natureza. Temos como exemplo na Grécia Antiga
(mitologia grega): Zeus, Hera, Palas-Atena, Poseidon, Ares, Apolo, Afrodite entre
outros; Roma antiga (mitologia romana): Júpiter, Juno, Minerva, Netuno, Marte, Apolo,
Vénus.
Ainda no Egito antigo os deuses tinham formas híbridas de objetos da natureza,
animais e humanos num sistema de crenças bem desenvolvido e que era a base da
sua cultura. Os faraós eram as personificações de deuses na terra e tinham como
deuses, o sol (Amon-Rá), a fertilidade (Isis), a fecundidade (Osíris) e outros.
O funcionamento do mundo também era atribuído a estes deuses.
Com o aparecimento e a dimensão do cristianismo, que é monoteísta, estas religiões
foram perdendo força ao longo do tempo, no entanto, o politeísmo, continua presente
em algumas religiões de origem africana e asiática.
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O Budismo
O Budismo é uma das religiões mundiais principais em termos de crentes, distribuição
geográfica e influência sociocultural. Enquanto é fortemente considerada uma religião
"oriental", está a tornar-se cada vez mais popular e influente no mundo ocidental
também. O budismo é uma religião bastante peculiar, pois é uma religião bastante
semelhante ao hinduísmo na medida em que ambos são religiões "orientais", ambos
acreditam no Karma (movimento de causa e efeito), Maya (natureza criativa e ilusão),
Samsara (o ciclo de reencarnação), entre outras coisas. Os budistas acreditam que o
objetivo principal da vida é o de alcançar a “iluminação”.
O fundador desta religião foi Siddhartha Guatama. Este príncipe nasceu na Índia, mais
ou menos há 600 anos antes de Cristo. Dizem que viveu e cresceu de forma bastante
luxuosa, chegou até mesmo a casar e ter filhos, sempre com pouca exposição ao
mundo externo. Os seus pais queriam que ele fosse poupado da influência à religião
ou da exposição à dor e sofrimento. No entanto, não demorou muito até o seu abrigo
ser “invadido” e ele ver rapidamente um homem idoso, um homem doente e um
cadáver. A sua quarta visão foi a de um monge sereno e eremita (alguém que nega
qualquer tipo de luxo e conforto).
Ao ver a sua serenidade, Buda decidiu tornar-se um eremita também. Ele abandonou
a vida de riqueza a que estava habituado para ir atrás da iluminação através da
austeridade. Ele permitiu que os seus esforços tivessem um propósito final. Ele cedeu
à sua “indulgência” e comeu uma tigela de arroz, de seguida sentou-se em baixo de
uma figueira (também chamada de árvore Boddhi) para meditar até atingir a
iluminação ou até morrer. Apesar de tantas angústias e tentações, ao nascer do dia
seguinte, ele tinha finalmente alcançado a iluminação à qual tanto ansiava. Por isso
ele ficou conhecido como o ‘ser iluminado’ ou ‘Buda’.
O Buda serviu-se de todo o seu conhecimento e de tudo o que tinha aprendido e
começou a ensinar os seus monges companheiros, com os quais já tinha alcançado
grande influência. Cinco dos seus companheiros tornaram-se os seus primeiros
discípulos.
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Guatama descobriu que a iluminação se encontra no "meio do caminho", não com
indulgências luxuosas nem com auto-mortificação. Além disso, ele descobriu o que
ficou conhecido como as ‘’Quatro Verdades Nobres’’:
Viver é sofrer (Dukha);
O sofrimento é causado pelo desejo (Tanha, ou “apego”);
Uma pessoa pode eliminar o sofrimento ao eliminar todos os apegos e
desejos;
A iluminação é alcançada ao seguir-se o caminho das oito vias nobres. Esse
caminho consiste em obter o entendimento correto, o pensamento correto, a
palavra correta, a ação correta, o modo correto de existência (ser um monge),
o esforço correto (direcionar as energias corretamente), a atenção correta
(meditação) e a concentração correta (foco).
Os ensinamentos de Buda foram colecionados no Tripitaka, ou “três cestos de flores”.
Além desses ensinamentos bastante distintos, encontramos ensinamentos comuns ao
Hinduísmo, tais como a Reencarnação, Maya, e uma tendência de compreender a
realidade. O Budismo também pode ser difícil de se caracterizar quanto à sua crença
em Deus. Alguns ramos do Budismo podem ser legitimamente chamados ateístas,
panteístas e teístas, tais como o budismo da Terra Purra. O budismo clássico, no
entanto, tende a ser silencioso sobre a realidade de um ser superior e é, portanto,
considerado ateísta.
Hoje em dia o Budismo é bastante diversificado. Pode ser dividido duas categorias:
Theravada (pequeno veículo);
Mahayana (grande veículo);
Theravada é a forma monástica que reserva a grande iluminação e nirvana aos
monges, enquanto o Budismo Mahayana estende o objetivo de alcançar a iluminação
aos leigos também (aos que não são monges). Sob essas duas categorias, podemos
encontrar vários ramos do Budismo, tais como Tendai, Vajrayana, Nichiren, Terra
Santa, Zen, Ryobu, entre outros.
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Quando Guatama morreu, o Budismo tinha uma grande influência na Índia. Trezentos
anos depois de sua morte, o Budismo tinha sido espalhado por toda a parte do mundo.
As escrituras e dizeres atribuídos a Buda foram escritos mais ou menos quatrocentos
anos depois de sua morte.
O Budismo não menciona nenhum Deus pessoal ou Ser Divino.
O pecado é compreendido como uma ignorância. O Karma é compreendido como
sendo o equilíbrio da natureza e não é reforçado de uma forma pessoal. A natureza
não é moral, portanto, o Karma não é um código moral, e o pecado não é, no fim das
contas, moral. Por isso podemos dizer, de acordo com o pensamento budista, que o
nosso erro não é moral já que é apenas um engano impessoal e não uma violação
interpessoal. A consequência que surge desse tipo de compreensão é devastadora.
Para o budista, o pecado é mais um engano do que uma transgressão contra a
natureza do Deus omnipotente. De acordo com o Budismo, não existe a necessidade
de um Salvador para perdoar as pessoas dos seus pecados.
Para alguém que siga a religião cristã, Jesus é a única forma de perdão da punição
eterna dos seus pecados. Para o budista, existe apenas uma forma de vida ética
através de meditações a seres exaltados com a esperança de talvez alcançar
iluminação ou Nirvana.
Quando questionado acerca da origem do mundo, quem/ o que criou o universo, o
Buda mantém-se em silêncio, pois no Budismo não há início nem fim. Existe, sim, um
círculo sem fim de nascimento e morte.
O Budismo ensina que Nirvana é o estado mais elevado e mais puro de existir,
alcançado apenas através de meios próprios de cada um de nós. O Nirvana desafia a
explicação racional e ordenação lógica e, portanto, não pode ser ensinado, apenas
percebido. Os ensinamentos do Buda dizem que as pessoas não têm almas
individuais, pois o ser individual (ou ego) é apenas uma ilusão.
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Símbolos do Budismo
Esta religião tem 8 símbolos auspiciosos que podem ser vistos no templo do CEBB em
Viamão:
O Guarda-sol: O guarda-sol é o símbolo da dignidade real e
proteção contra o calor do sol e representa a proteção contra o
sofrimento.
Dois peixes dourados: Os dois peixes eram originalmente um
símbolo do rio Ganges e Yamuna, mas passaram a representar a
boa sorte em geral, para os hindus, jainistas e budistas. Dentro do
budismo simboliza ainda, os seres vivos que praticam o darma,
que não têm medo de se afogar no oceano do sofrimento, e
podem migrar livremente (escolher o seu renascimento) como um
peixe na água.
A Concha: No budismo, uma concha branca representa o som
do darma ao despertar os seres da ignorância.
O Nó Infinito: O nó infinito, representa a origem dependente e a
inter-relação de todos os fenómenos. Significa também causa e
efeito da união entre a compaixão e sabedoria.
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A Flor de Lótus: Esta flor encontra-se enraizada na lama e o seu
caule cresce através da água turva. Mas uma flor se eleva acima da
lama e se abre ao sol, linda e perfumada. No budismo, a flor de
lótus representa a verdadeira natureza dos seres, que se levantam
através do Samsara para a beleza e clareza da iluminação.
A Bandeira da Vitória: O estandarte da vitória significa a vitória do
Buda sobre o Demónio Mara e sobre o que Mara representa – a
paixão, o medo da morte, o orgulho e a luxúria.
O Vaso: O vaso do tesouro está cheio de coisas preciosas e
sagradas e, não importa o quanto são retiradas, ficará sempre
cheio. Simboliza a vida longa e a prosperidade.
A Roda do Darma: A roda de Darma, também chamada, Dharma-
chakra ou Dhamma Chakka, é um dos mais conhecidos símbolos do
budismo. A roda tem oito raios e representa o Caminho Óctuplo.
Segundo a tradição, a Roda do Darma foi girada pela primeira vez
quando o Buda proferiu o seu primeiro discurso após a sua
iluminação.
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A religião Budista em Portugal
Em Portugal, esta religião está pouco disseminada devido ao facto de Portugal estar
localizado muito longe do sítio onde O Budismo teve origem (Índia) e se disseminou
(boa parte da Ásia), nunca tendo havido grandes migrações de Budista para Portugal
ao longo da sua história.
O budismo em Portugal tinha uma expressão muito pontual nos anos 70, localizada e
reduzida nos anos 80 e início dos anos 90. Começou a aumentar na segunda metade
dessa década e nos primeiros anos do novo milénio tem-se assistido a um grande
desenvolvimento dessa religião, com a deslocação de grandes mestres budistas para
ensinar os fundamentos da religião.
No entanto, existe a União Budista Portuguesa para defender os direitos dos budistas
em Portugal e são feitas em Portugal várias obras sobre o budismo.
Localizado no Alentejo foi inaugurado em 2014, o centro Gephel Ling (ilha dos
ensinamentos do Buda), este espaço com cerca de 100 hectares "oferece" a
possibilidade de "integração com a natureza" longe das perturbações da vida
quotidiana. O centro pretende ser um pólo de promoção da cultura tibetana e dos
ensinamentos do Buda, mas também um centro de retiros com capacidade para
albergar praticantes provenientes de vários pontos de Portugal e da Europa.
As infra-estruturas construídas até então tinham capacidade para acolher 30 pessoas
e, hoje em dia, já foi construído um templo budista.
Uma estimativa, já na altura (2014) apontava para a existência de 15 mil praticantes
da religião Budista em Portugal.
Nos dias de hoje são visíveis construções de templos budistas em quase todo o país.
Top - 10 Frases Budistas
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1.A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.
2.Alegrai-vos porque em toda parte é aqui e
tudo é agora.
3.Tenha cuidado com o exterior, bem como com o seu interior, porque tudo é um.
4.É Melhor usar pantufas do que tentar colocar um tapete no
mundo.
5.Não ferir os outros com o que causa dor a
si mesmo.
6.Não é mais rico quem tem mais, mas
quem precisa de menos.
7.Para entender tudo, é preciso esquecer
tudo.
8.O ódio não diminui o ódio. O ódio diminui
com o amor.
9.Dê, mesmo se tiver muito pouco para dar.
10.Se pode apreciar o milagre que mantém uma única flor, toda a sua vida vai mudar.
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Costumes Budistas
Como já foi descrito anteriormente, existem duas escolas principais de pensamentos
budistas, no entanto as tradições seguintes são comuns a todas:
Venerar o Buda: Os budistas meditam sobre as qualidades do Buda e honram
a sua figura. Uma pessoa poderia honrar o Buda fazendo oferendas a relíquias
ou imagens dele.
A Troca de Presentes: Na tradição Theravada, os budistas leigos muitas
vezes oferecem presentes aos monges. Nesta escola budista os monges são
conhecidos por encarnar os frutos da prática budista. É responsabilidade deles
compartilhar estes frutos com budistas leigos através de seu exemplo e ensino.
A Peregrinação: Quatro principais centros de peregrinação surgiram nos
primeiros cem anos após a morte de Buda, em locais que marcaram a sua
vida. Desde então, outros centros surgiram em praticamente todas as áreas
onde o budismo foi estabelecido, cada um com as suas próprias práticas e
costumes.
O objetivo da peregrinação é promover uma disciplina espiritual, para cumprir
uma promessa ou simplesmente para viajar. É uma prática budista importante.
A peregrinação também ajuda a expressar sentimentos de devoção e cria uma
relação com as figuras históricas associadas ao local.
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Conclusão
Ao longo da pesquisa que realizámos com a finalidade de recolher informação para a
confecção deste trabalho, não foram muitas as dificuldades encontradas. Talvez a
maior dificuldade fosse escolher onde ir buscar a informação que necessitávamos
visto que é bastante abundante.
Todas já tínhamos ouvido falar no budismo mas não sabíamos ao certo que crenças
defendia e em que é que este acreditava, nem mesmo que “Buda” não era somente
uma figura que representava a religião budista, mas que este tinha existido na
realidade e que era o fundador da mesma. Bem como as frases que ouvimos no nosso
quotidiano e que não tínhamos a menor noção de que tinham origem no Budismo.
Ao longo da pesquisa foi também um pouco confuso perceber quais eram as principais
escolas do budismo, pois como foi referido acima, existem várias.
Certamente que existem muitas mais curiosidades sobre esta religião, mas n´s
decidimos focar-nos nas principais e ser o mais objectivas possíveis de maneira a que
fosse perceptível de uma forma clara tudo o que queríamos dar a conhecer sobre esta
magnífica religião.
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Bibliografia
http://historiadomundo.uol.com.br/religioes/budismo.htm (consultado em
20/03/2017)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo_em_Portugal (consultado em 22/03/2017)
https://www.publico.pt/2014/07/09/local/noticia/alentejo-acolhe-um-dos-
maiores-centros-de-retiros-budistas-na-europa-1662235 (consultado em
24/03/2017)
https://www.significados.com.br/budismo/ (consultado em 23/03/2017)