budismo tibetano meditacao 54654

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  type=text/javascript Medita ção A vançada Ensinament os Tântricos  Nível 1: Começan do Kal ach ara !artici pando em "ma inici aç#o de Kal achara $elaç#o co m o %slamismo e o &ind"ismo 'ha m(a la )*o +chen !ont os ,"ndamenta is -aham"dra -ateria l %ntr od"t.rio eral type=text/javascript Meditação Avançada - Ensinamentos Tântricos Nível 1: Começando Compreendendo o Tantra: !er+"ntas e )0vidas ,"ndamentais so(re Tantra  texto m"ltipartido %ntrod"ç#o ao Tantra  elivro capít"lo Características ,"ndamentais do Tantra ensaio m2dio Conselhos 'o(re como $ece(er "ma %niciaç#o Tantrica  ensaio c"rto 3is"ali*aç#o transcriç#o m2dia %nspiraç#o 456enç#os7 8 e '"a $elaç#o com os -antras e com a Transmiss#o 9ral ensaio m2dio 9 'i+niicado e o ;so de "ma -andala  ensaio c"rto Compreendendo o Tantra <lexander 6er*in >??> Esta 2 a vers#o para impress#o de: http://@@@A6er*in<rchivesAcom /@e(/x/nav/+ro"pAhtmlB1DDFG?Ahtml Conteúdo da Páina para !mpressão !rimeira !arte: !e r+"ntas e )0vid as ,"ndamenta is 'o(re o Tantra 1 9 'i +ni icad o de Tantra < )eini ç#o da !alav ra Tantra Contin"idades -entais como Tantras 9 Termo Tantra com $eerHncia I Nat"r e*a 60 dica

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Meditação Avançada Ensinamentos Tântricos

 Nível 1: Começando Kalachara

!articipando em "ma iniciaç#o de Kalachara $elaç#o com o %slamismo e o &ind"ismo 'ham(ala

)*o+chen !ontos ,"ndamentais

-aham"dra -aterial %ntrod"t.rio eral

type=text/javascript

Meditação Avançada - EnsinamentosTântricos

Nível 1: Começando

Compreendendo o Tantra: !er+"ntas e )0vidas ,"ndamentais so(re Tantra  texto m"ltipartido%ntrod"ç#o ao Tantra  elivro capít"lo

Características ,"ndamentais do Tantra ensaio m2dio

Conselhos 'o(re como $ece(er "ma %niciaç#o Tantrica  ensaio c"rto

3is"ali*aç#o transcriç#o m2dia

%nspiraç#o 456enç#os78 e '"a $elaç#o com os -antras e com a Transmiss#o9ral 

ensaio m2dio

9 'i+niicado e o ;so de "ma -andala  ensaio c"rto

Compreendendo o Tantra<lexander 6er*in >??>

Esta 2 a vers#o para impress#o de: http://@@@A6er*in<rchivesAcom/@e(/x/nav/+ro"pAhtmlB1DDFG?Ahtml

Conteúdo da Páina para !mpressão !rimeira !arte: !er+"ntas e )0vidas ,"ndamentais 'o(re o Tantra

1 9 'i+niicado de Tantra

< )einiç#o da !alavra Tantra Contin"idades -entais como Tantras 9 Termo Tantra com $eerHncia I Nat"re*a 60dica

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'"cessJes 'em !rincípio "e !odem Ter "m ,im <s ExplicaçJes Nyin+ma e Ka+y" so(re o Tantra 9 !apel das ,i+"ras 60dicas no Tantra < <presentaç#o 'aya < Explicaç#o el"+ '"mLrio

> < <"tenticidade dos Tantras < 9ri+em dos Tantras )ierentes !ontos de 3ista de 6"da 'hayam"ni como !roessor < $elaç#o entre o Tantra 6"dista e o Tantra &ind" < Contin"idade da M"* Clara como a ,onte -ais !ro"nda dos Tantras 9s Crit2rios para se Esta(elecer a <"tenticidade dos Tantras 9s "atro !ontos 'eladores 4<"tenticadores8 para -arcar "ma !erspectiva

como 6aseada nas !alavras %l"minadoras  )esenvolvendo "ma ,irme Convicç#o na <"tenticidade dos Tantras

O 9 ;so do $it"al na !rLtica do Tantra ,ormas 9cidentais e <siLticas de Criatividade Criatividade e %ndivid"alidade na !rLtica de Tantra 9s 6eneícios do $it"al Tântrico para os 9cidentais -"ito 9c"pados 9 $it"al Tântrico como "m Mocal para se Expressar EmoçJes 9(servaçJes ,inais

G ,i+"ras 60dicas 9 ;so de ,i+"ras 60dicas em !rLticas !artilhadas pelo '"tra e Tantra

-ahayana  ,i+"ras 60dicas e <"to%ma+ens ,i+"ras 60dicas e <r"2tipos ,i+"ras 60dicas como EmanaçJes dos 6"das ,i+"ras 60dicas como 9(jetos para 9raç#o EmanaçJes rosseiras e '"tis das ,i+"ras 60dicas ,i+"ras 60dicas como $ecipientes para a !rLtica )iversidade C"lt"ral nas ,i+"ras 60dicas 9 !ossível ;so de %cones $eli+iosos 9cidentais como ,i+"ras 60dicas

%ma+eria Tântrica Examinando os -alEntendidos Casais em ;ni#o  N#o)"alidade ,i+"ras !acíicas e ,i+"ras En2r+icas 9(servaçJes Concl"sivas

Primeira Parte: Per"ntas e #úvidas $"ndamentais %o&re oTantra

1 ' %ini(icado de Tantra

A #e(inição da Palavra Tantra

9s ensinamentos do 6"da incl"em sutras e tantrasA 9s s"tras apresentam os temas (Lsicos da prLtica para se ad"irir a li(eraç#o dos pro(lemas recorrentes sem controlo 4sânscA samsara8 e al2m

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disso para alcançar o estado il"minado de "m 6"da com a capacidade de aj"dar os o"tros tanto"anto possívelA 9s temas incl"em m2todos para o desenvolvimento da a"todisciplina 2tica daconcentraç#o do amor da compaix#o e de "ma compreens#o correta de como as coisas realmenteexistemA 9s tantras apresentam prLticas avançadas (aseadas nos s"trasA

< palavra sânscrita tantra si+niica o "rd"me de "m tear o" os ios de "ma trançaA Como os ios de"rd"me as prLticas tântricas servem como "ma estr"t"ra "e nos permite entrelaçar os temas dos"tra para tecer a tapeçaria da il"minaç#oA <l2m disso o tantra com(ina as expressJes ísicasver(ais e mentais de cada prLtica "e se entrelaçam criando "m perc"rso de desenvolvimentoholísticoA < prLtica do tantra 2 extremamente avançada "ma ve* "e n#o podemos inte+rar e

 praticar sim"ltaneamente todos os temas do s"tra sem termos previamente treinado em cada "mdeles a nível individ"alA

< rai* da palavra tantra si+niica esticar o" contin"ar sem interr"pçJesA Enati*ando esta conotaç#oos er"ditos ti(etanos trad"*iram o termo como gyu 4rgyud 8 "e si+niica "ma contin"idadeininterr"ptaA <"i a reerHncia 2 I contin"idade atrav2s do tempo como n"ma s"cess#o demomentos n"m ilme e n#o I contin"idade atrav2s do espaço como n"ma s"cess#o de se+mentosdo pavimentoA <l2m disso as s"cessJes disc"tidas no tantra assemelhamse a ilmes eternos: sem

 princípio nem imA)ois ilmes n"nca s#o i+"ais e d"as c.pias do mesmo ilme n"nca podem partilhar o mesmo rolo da

 pelíc"laA 'imilarmente as s"cessJes interminLveis mantHm sempre as s"as individ"alidadesA <l2mdisso as ima+ens dos ilmes passam "ma de cada ve* com t"do a m"dar de ima+em a ima+emA )omesmo modo os momentos das s"cessJes interminLveis s#o e2meros com "m s. momentoocorrendo de cada ve* e sem nada de s.lido permanecendo atrav2s de todas as s"cessJesA

Contin"idades Mentais como Tantras

9 exemplo mais proeminente de "ma s"cess#o interminLvel 2 a continuidade mental  4l"xomental8 a s"cess#o interminLvel dos momentos de "ma mente individ"alA No ("dismo mente reerese a "m mero experienciar individ"al e s"(jetivo de al+o e n#o a "m o(jeto ísico o"imaterial "e prod"* o experienciar o" "e seja "ma erramenta "e al+"2m "se para experienciarcoisasA E mais "ma contin"idade mental n#o 2 "m l"xo de experiHncias "e se ac"m"lam de talmodo "e "ma pessoa tenha mais experiHncia do "e o"traA ;ma contin"idade mental consistesimplesmente n"ma s"cess#o ininterr"pta de momentos do "ncionamento mental P o meroexperienciar de coisasA <s coisas experienciadas incl"em visJes sons sentimentos pensamentos osono e at2 a morteA Mero implica "e o se" experienciamento n#o precisa de ser deli(eradoemocionalmente tocante e nem se"er conscienteA

E mais o experienciar de al+o 2 sempre individ"al e s"(jetivoA )"as pessoas podem experienciarver o mesmo ilme mas a s"a experiHncia n#o seria a mesma "ma pode +ostar deleQ a o"tra pode

n#o +ostarA 9 modo como elas experienciam o ilme depende de m"itos atores interrelacionadostais como os se"s h"mores a s"a sa0de os se"s companheiros e at2 as cadeiras em "e se sentamA

Seres individuais s#o a"eles com contin"idades mentaisA < cada momento da s"a existHncia elesexperienciam al+oA <+em com intenç#o mesmo se n#o planeada concept"almente e experienciams"(jetivamente os eeitos imediatos e a lon+o pra*o do "e a*emA <ssim as contin"idades mentaisdos seres individ"ais P o se" experienciar das coisas P m"dam como eles de momento a momento eas s"as contin"idades mentais contin"am de "ma vida para a vida se+"inte sem princípio nem imA9 ("dismo aceita como ato n#o apenas "e as contin"idades mentais d"rem eternamente mastam(2m "e elas carecem de "m início a(sol"to seja a partir da o(ra de "m criador seja damat2ria/ener+ia o" do nadaA

'eres individ"ais e assim as contin"idades mentais intera+em "m com o o"tro mas contin"amdistintos mesmo na 6"deidadeA Em(ora o 6"da 'hayam"ni e o 6"da -aitreya sejam e"ivalentesnas s"as reali*açJes da il"minaç#o eles n#o s#o a mesma pessoaA Cada "m tem conexJes 0nicas

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com seres dierentes o "e esclarece o ato de "e al+"ns indivíd"os possam encontrar e tirar (eneício de "m 6"da em partic"lar e n#o de o"troA

9s ilmes mantHm as s"as individ"alidades sem re"ererem o" conterem sinais ixos inatos taiscomo os se"s tít"los sempre presentes como partes de cada momento dando aos ilmes identidadesindivid"ais excl"sivamente atrav2s dos se"s pr.prios poderesA 9s ilmes mantHm identidadesindivid"ais dependendo meramente de atores m"tLveis interli+ados tais como "ma se"Hnciasensata de ima+ensA )o mesmo modo as contin"idades mentais interminLveis contin"am RparasempreS sem sinais ixos inatos tais como almas e"s o" personalidades "e n#o aetadas e semn"nca m"dar contin"am d"rante "ma vida e de "ma vida para a vida se+"inte e "e atrav2s dosse"s pr.prios poderes lhes d#o identidades individ"aisA !ara s"stentar as s"as identidadesindivid"ais as contin"idades mentais dependem meramente de atores m"tLveis interli+ados taiscomo se"Hncias sensatas de experienciar coisas de acordo com princípios de ca"sa e eeitocomportamentais 4sânscA karma8A -esmo a "m nível mais +eral as contin"idades mentais n#o tHmidentidades inerentes ixas tais como: ser h"mano mos"ito masc"lino o" emininoA )ependendodas s"as açJes os seres individ"ais aparecem em ormas dierentes em cada vida Is ve*es commais sorimentos e pro(lemas Is ve*es com menosA

' Termo Tantra com )e(er*ncia + Nat"re,a údica

Em(ora as contin"idades mentais tais como os seres individ"ais n#o tenham almas inatas "eatrav2s dos se"s pr.prios poderes lhes dHem as s"as identidades elas tHm n#o o(stante o"trascaracterísticas "e as acompanham como acetas inte+rais das s"as nat"re*asA Estas acetas inatastam(2m constit"em tantras s"cessJes de momentos sem nenh"m princípio nem imA <s acetasinatas interminLveis "e se transormam nas acetas il"minadoras de "m 6"da o" "e permitem"e cada contin"idade mental se transorme na contin"idade de "m 6"da consistem dos fatores danatureza búdica dessa continuidade.

!or exemplo as s"cessJes ininterr"ptas de momentos de aparHncia ísica com"nicaç#o e

"ncionamento mental 4corpo ala e mente8 a operaç#o das (oas "alidades e a atividadeacompanham a s"cess#o de momentos de cada contin"idade mental para sempre em(ora as ormasespecíicas das cinco variem a cada momentoA < aparHncia ísica pode ser invisível ao olho h"manoQa com"nicaç#o pode ser invol"ntLria o" meramente atrav2s da lin+"a+em corporalQ e o"ncionamento mental pode ser mínimo como "ando estamos a dormir o" inconscientesA <s (oas"alidades tais como compreendermos e apreciarmos os o"tros e capacidades podem operar aníveis min0sc"los o" podem estar apenas latentesQ e a atividade pode ser meramente a"t.nomaA N#oo(stante experienciar al+o individ"al e s"(jetivamente a cada momento envolve tersecontin"amente "ma aparHncia ísica "ma orma de com"nicar al+"ma inormaç#o "m"ncionamento mental "m nível operante de (oas "alidades e al+"ma atividadeA

9 ato de as s"cessJes ininterr"ptas dos momentos das cinco acetas inatas acompanharem acontin"idade mental de cada ser em cada renascimento esclarece o ato de as s"cessJes das cincocontin"arem a acompanhar a contin"idade de cada ser incl"indo a dos 6"dasA )e o"tro ponto devista momentos das cinco contin"am a ocorrer em s"cess#o ininterr"pta at2 depois da il"minaç#omas a+ora as s"as ormas maniestamse como as cinco acetas il"minadoras de "m 6"daA Elas s#oiluminadoras no sentido em "e s#o os meios mais eica*es para cond"*ir os o"tros I il"minaç#oA

%"cess.es %em Princípio /"e Podem Ter "m $im

Como tantras as contin"idades interminLveis dos atores da nat"re*a (0dica de "m indivíd"oentrelaçamse j"ntamente para ormar a cada momento "m todo inte+rado "ncionando j"ntos

como "ma redeA No"tro sentido as contin"idades interminLveis constit"em os ios de "rd"me so(reos "ais se entrelaçam s"cessJes de momentos de características acompanhantes extras decontin"idades mentaisA -"itas características interli+adas s#o tam(2m sem princípio mas nemtodas elas contin"am para sempreA <l+"mas podem ter "m im e assim n#o constit"em acetas

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inte+rais da nat"re*a da contin"idadeA <s mais si+niicativas s#o: as contin"idades sem princípio dacon"s#o so(re como as coisas existem os hL(itos de tal con"s#o e os pro(lemas e limitaçJesrecorrentes "e prod"*em incontrolavelmenteA <"i para simpliicar a disc"ss#o estamos a "sar otermo confusão em vez de n#ocompreens#o 4i+norância8 mas sem nenh"ma conotaç#o dedesor+ani*aç#o desorientaç#o o" demHnciaA

<s s"cessJes sem princípio de momentos de níveis dierentes de con"s#o e dos se"s hL(itos podemaca(ar por"e os se"s exatos opostos a s"cess#o de momentos de compreens#o e os se"s hL(itos

 podem s"(stit"ílos e removHlos para sempreA En"anto s"cessJes de momentos de con"s#o e osse"s hL(itos acompanharem as contin"idades mentais os se"s atores de nat"re*a (0dica n#o

 podem "ncionar na s"a capacidade mLximaA En"anto as contin"idades mentais estiverem nessacondiç#o os indivíd"os denotados por elas contin"ar#o como seres limitados 4seres sencientes8A 9satores "ncionam a níveis mLximos apenas com a remoç#o total de todas as característicaslimitativas o" 5n.doas momentâneas7 o" seja com a remoç#o total de todos os níveis de con"s#oe dos se"s hL(itosA "ando as contin"idades de todas as características limitativas pararem parasempre os indivíd"os deixar#o de ser seres limitadosA Como indivíd"os as s"as contin"idades semim contin"am mas a+ora os seres transormaramse em ("dasA

As E0plicaç.es Ninma e 2a" so&re o Tantra

Todas as "atro tradiçJes do ("dismo ti(etano Nyin+ma Ka+y" 'aya e el"+ aceitam como"ma deiniç#o de tantra as s"cessJes eternas de momentos de atores interli+ados da nat"re*a

 (0dicaA <s explicaçJes especiais de cada tradiç#o clariicam o t.pico ainda mais e complementamse "mas Is o"trasA !rimeiro vamos examinar a apresentaç#o +eral partilhada entre Nyin+ma eKa+y" "ma ve* "e ela se especiali*a na disc"ss#o do tantra em termos de nat"re*a (0dica em+eralA <s s"as apresentaçJes provHm de A Interminável Continuidade Última ! "terno Cont#nuoÚltimo$ de -aitreyaA

-aitreya explico" "e em(ora as s"cessJes de momentos de atores da nat"re*a (0dica

contin"assem para sempre elas podem ser: n#oreinadas parcialmente reinadas o" totalmentereinadasA < distinç#o deriva de RtrHs condicionantesS: se s"cessJes de momentos de todos os níveisde con"s#o e se"s hL(itos acompanham ininterr"ptamente a contin"idade mentalQ se apenasal+"mas delas o a*em por al+"m tempoQ o" se nenh"mas delas n"nca mais a acompanhamA EstastrHs condiçJes das contin"idades interminLveis de atores da nat"re*a (0dica s#o os tantras de base%do camin&o e resultantesA

Como tantras de (ase as contin"idades sempre disponíveis de atores da nat"re*a (0dica s#o osmateriais com "e tra(alhamos para atin+ir a il"minaç#oA Nesta perspectiva os atores s#o n#oreinados o" 5imp"ros7 no sentido em "e as s"cessJes de momentos de todos os níveis decon"s#o e se"s hL(itos est#o sempre entrelaçados com os atores limitando o se" "ncionamento a

vLrios níveisA No caminho para a il"minaç#o os praticantes tra(alham para remover as limitaçJes parando porases as contin"idades dos vLrios níveis de con"s#o e se"s hL(itos "e se entrelaçam com os se"scorpos com"nicaç#o mentes (oas "alidades e açJesA Conse"entemente d"rante o processo de

 p"riicaç#o as contin"idades dos atores de nat"re*a (0dica como tantras do caminho s#o parcialmente reinadas e em parte n#oreinadasA s ve*es períodos de compreens#o plenaacompanham os atoresQ o"tras ve*es se+"emse períodos com apenas o imp"lso de compreens#oA9casionalmente s"cessJes de momentos de con"s#o cessam temporariamenteA )epois ascontin"idades de al+"ns níveis res"mem mas +rad"almente nenh"ma delas retornarL para sempreA'imilarmente os hL(itos de con"s#o deixam ocasionalmente de prod"*ir momentos de con"s#oQmas event"almente as contin"idades dos hL(itos cessam para sempreA

<o nível res"ltante da 6"deidade as contin"idades dos atores de nat"re*a (0dica como tantrasres"ltantes s#o totalmente reinadas no sentido em "e est#o para sempre completamente livres de

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 períodos acompanhantes de "ais"er níveis de con"s#o o" dos se"s hL(itosA <ssim os atores denat"re*a (0dica "ncionam para sempre nas s"as capacidades plenas como interli+adas acetasil"minadoras de "m 6"da por exemplo como as ac"ldades mentais com"nicativas e ísicasil"minadoras de "m 6"da assim como as s"as (oas "alidades e atividadesA

' Papel das $i"ras údicas no Tantra

 As figuras búdicas representam os atores de nat"re*a (0dica d"rante as ases reinadas o" 5p"ras7"ando s"cessJes de momentos de compreens#o plena acompanham as s"as contin"idadesA Comoas figuras búdicas tHm corpos com"nicaç#o mentes (oas "alidades e açJes "e tra(alham emconj"nto como "ma rede inte+rada elas s#o ade"adas para representar estes atores de nat"re*a

 (0dicaA <l2m disso re"entemente as i+"ras tHm caras (raços e p2s m0ltiplosA 9 le"e das caras edos mem(ros representam temas do s"tra m"itos dos "ais tam(2m est#o entre os atores denat"re*a (0dicaA 9s praticantes de tantra "sam as i+"ras na meditaç#o para estim"lar o processo de

 p"riicaç#oA

9 termo sânscrito para figuras búdicas is&tadevata si+niica deidades escolhidas o" seja deidadesescolhidas para a prLtica da transormaç#o em 6"daA '#o 5deidades7 no sentido em "e as s"as

capacidades transcendem as dos seres com"nsQ cont"do elas n#o controlam as vidas das pessoasnem re"erem adoraç#oA <ssim os er"ditos ti(etanos trad"*iram o termo como l&ag'ay l&a 4l&ag(

 'a)i l&a8 deidades especiais para dierenciLlas de de"ses m"ndanos o" de )e"s CriadorA

9 e"ivalente mais com"m em ti(etano yidam 4 yi(dam8 denota mais claramente o si+niicado pretendidoA *i si+niica mente e dam "er di*er damtsig  4dam(ts&ig  sânscA samaya8 "ma li+aç#oíntimaA 9s praticantes de tantra esta(elecem "ma li+aç#o com figuras búdicas masc"linas eemininas tais como <valoiteshvara e Tara ao se ima+inarem a si mesmos como tendo as acetasil"minadoras da aparHncia ísica com"nicaç#o "ncionamento mental (oas "alidades e atividadesdestas i+"rasA -ais precisamente en"anto as contin"idades dos se"s atores de nat"re*a (0dicaainda orem parcialmente n#oreinadas como tantras do caminho os praticantes vínc"lamnas o"

enlaçamnas com as contin"idades dos atores ima+inados como acetas totalmente reinadas das figuras búdicasA -esmo "ando os praticantes tHm apenas compreensJes incompletas em relaç#o acomo as coisas existem o m2todo tântrico +eral para remover as n.doas momentâneas dos períodosde con"s#o e dos se"s hL(itos das contin"idades interminLveis dos atores de nat"re*a (0dica 2ima+inarem os se"s atores de nat"re*a (0dica parcialmente n#oreinados "ncionando como asacetas totalmente reinadas da figura búdicaA

$es"mindo os atores de nat"re*a (0dica contin"am sendo os mesmos atores "er "ncionemcomo tantras de (ase do caminho o" res"ltantesA < contin"idade mental maniesta sempre al+"maorma de aparHncia ísica com"nicaç#o de al+o e "ncionamento mental assim como al+"m níveloperante de (oas "alidades e al+"ma atividadeA < 0nica dierença 2 o +ra" em "e as s"cessJes de

momentos de níveis dierentes de con"s#o e dos se"s hL(itos acompanham as contin"idades dosatores e limitam o se" "ncionamentoA

Ent#o de acordo com as apresentaçJes Nyin+ma e Ka+y" a mat2ria do tantra 2 o entrelaçar dascondiçJes da (ase do caminho e res"ltante das contin"idades interminLveis dos atores de nat"re*a

 (0dica para tecer "m m2todo a im de se atin+ir a il"minaç#oA Especiicamente o tantra di* respeitoa m2todos para tra(alharmos com os períodos dos atores de nat"re*a (0dica en"anto tantras docaminho de modo a p"riicarmos as s"cessJes dos atores en"anto tantras de (ase para "e eles"ncionem inalmente como contin"idades interminLveis dos tantras res"ltantesA < prLtica tântricaeet"a esta transormaç#o ao "nir as contin"idades dos atores n#oreinados da nat"re*a (0dicacom as s"cessJes de momentos da s"a sit"aç#o reinada como representada pelas acetasil"minadoras das i+"ras (0dicasA

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A Apresentação %a3a

< apresentaç#o 'aya do si+niicado do tantra deriva do +antra de ,eva-ra "m texto da classe maiselevada do tantraA Esta apresentaç#o explicita a relaç#o entre as i+"ras (0dicas e os seres com"ns"e permite "ma li+aç#o das acetas correspondentes aos dois na prLtica do tantraA

;m t.pico excl"sivo ao tantra mais elevado 2 a continuidade de luz clara 4mente de l"* clara8 "e

2 o nível mais s"til da contin"idade mental de todosA Todas as contin"idades mentais tHm níveis del"* clara de experienciar as coisas "e como nat"re*a (0dica 0ltima lhes ornecem a contin"idadeinterminLvel mais pro"ndaA Níveis mais .(vios de se experienciar as coisas tais como a"elesaonde a percepç#o sensorial e o pensamento concept"al ocorrem n#o contin"am na verdade de"ma vida para a vida se+"inteA <l2m disso eles aca(am para sempre com a reali*aç#o dail"minaç#oA '. as s"cessJes ao nível da l"* clara 2 "e contin"am ininterr"ptamente mesmo depoisde nos termos transormado em 6"daA 'e os seres individ"ais ossem anLlo+os aos rLdios ent#o osníveis mais .(vios das s"as contin"idades mentais seriam semelhantes I emiss#o de dierentesestaçJes dos rLdios en"anto "e os se"s níveis de l"* clara se assemelhariam como se os rLdiosestarem simplesmente li+adosA Cont"do a analo+ia n#o 2 exataA 9s rLdios podem deixar de tocaren"anto "e as contin"idades mentais n"nca cessam o se" l"irA

 N#o o(stante o nível em "e ocorre o mero experienciar das coisas individ"al e s"(jetivo envolveo s"r+imento das aparHncias das coisas 4claridade8 e o oc"parmonos com elas mentalmente4consciHncia8A 9" seja n#o perceptionamos diretamente os o(jetos externos mas meramenteaparHncias o" as s"as representaçJes mentais "e s"r+em como parte do ato de percepcionarA <saparHncias a"i incl"em n#o s. as visJes das coisas mas tam(2m os se"s sons cheiros +osto esensaçJes ísicas assim como os pensamentos so(re elasA < ciHncia ocidental descreve o mesmo

 ponto a partir de "ma perspectiva ísicaA <o percepcionarmos coisas na verdade n#o co+ni*amoso(jetos externos mas apenas complexos de imp"lsos eletro"ímicos "e representam os o(jetos nosistema nervoso e no c2re(roA Em(ora todos os níveis de experienciaç#o das coisas envolvam os"r+imento de aparHncias delas a contin"idade de l"* clara 2 a verdadeira onte "e prod"* todas as

aparHnciasA9c"parmonos mentalmente com aparHncias si+niica ver o"vir cheirar provar sentir isicamente

 pensar nelas o" sentir al+o so(re elas emocionalmenteA < oc"paç#o mental pode ser s"(liminar o"at2 inconscienteA E mais prod"*ir as aparHncias das coisas e oc"parse mentalmente com elas s#od"as maneiras de descrever o mesmo en.menoA 9 s"r+imento de "m pensamento e o pensar "m

 pensamento s#o de ato o mesmo evento mentalA 9 pensamento n#o s"r+e e depois pensamos nele:as d"as açJes mentais ocorrem sim"ltaneamente por"e elas descrevem o mesmo eventoA

< disc"ss#o 'aya do tantra concentrase n"m ator especíico da nat"re*a (0dica o" seja nas"cess#o interminLvel dos momentos da atividade inata da contin"idade de l"* clara de a*er s"r+iraparHncias Ra partirS de si pr.priaA 9 a*er s"r+ir das aparHncias 2 a"tomLtico n#o intencional e

inconscienteA !odemos deli(eradamente olhar para al+oQ mas "ando n.s vemos a nossacontin"idade de l"* clara n#o constr.i deli(eradamente "ma aparHncia desse al+oA <l2m disso asaparHncias "e s"r+em da contin"idade de l"* clara podem ser da (ase ísica da contin"idade Pnosso corpo o" de "ais"er o"tros o(jetos "e ela percepcionaA

<"i a "est#o principal 2 "e o s"r+imento de aparHncias ocorre inseparavelmente a dois níveis:impr.prio e s"tilA Inse'aravelmente 4 yermey dbyer(med 8 si+niica "e se "m nível ocorrevalidamente o o"tro nível tam(2m ocorre validamenteA Neste contexto as aparHncias impr.priass#o as dos seres com"ns e se"s am(ientesQ as aparHncias s"tis s#o as das i+"ras (0dicas e s"asenvolvHnciasA

9s seres com"ns e as i+"ras (0dicas s#o como níveis "ânticos das contin"idades de l"* claraA <s

 partíc"las s"(at.micas tHm vLrios níveis de ener+ia "ântica nas "ais vi(ram i+"almente de "mmodo vLlidoA 9 nível em "e "ma partíc"la estL a vi(rar 2 "ma "nç#o da pro(a(ilidade em"al"er momento: n#o se pode di*er ao certo "e a partíc"la estL a vi(rar apenas n"m nível e n#o

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no o"troA )e ato de acordo com a mecânica "ântica "ma partíc"la pode vi(rar sim"ltaneamente avLrios níveisA 'imilarmente n#o se pode di*er "e n"m momento especíico "m ser individ"al tenhaapenas "ma aparHncia e n#o o"tra por"e o nível em "e "ma contin"idade de l"* clara aparece a"al"er momento 2 "ma "nç#o da pro(a(ilidadeA

< contin"idade interminLvel da atividade mental "e prod"* este par de aparHncias inatamenteli+adas pode ser n#o reinada parcialmente reinada o" totalmente reinada dependendo dass"cessJes de momentos de con"s#o e dos se"s hL(itos "e a acompanhamA < mat2ria principal dotantra como disc"tida na escola 'aya 2 o processo em "e a contin"aç#o da prLtica com i+"ras

 (0dicas p"riica este ator da nat"re*a (0dica de modo a prod"*ir "ma s"cess#o interminLvel deaparHncias completamente livres de períodos acompanhantes de con"s#o e dos se"s hL(itosA

A E0plicação 4el"

<o explicitar o si+niicado do tantra como "ma contin"idade eterna a tradiç#o el"+ se+"e o+antra de u&yasama-a Mais /ecenteA 9 aspecto principal da nat"re*a (0dica a"i enati*ado 2 avac"idade da contin"idade mental P a s"a a"sHncia de existir em modos impossíveisA <scontin"idades mentais n#o existem como inerentemente daniicadas e imp"ras por nat"re*aA N"nca

existiram nem n"nca ir#o existirA N#o hL contin"idades eternas de características inatas "e asacompanhando e atrav2s dos se"s pr.prios poderes as a*em existir desse modo impossívelA !or"eesta a"sHncia total 2 sempre o caso "ando os praticantes compreendem inteiramente este ato

 podem a*er com "e as contin"idades de con"s#o e se"s hL(itos deixem de acompanhar as s"ascontin"idades mentais de modo a "e os se"s atores da nat"re*a (0dica possam "ncionarinteiramente como acetas il"minadoras de "m 6"daA ;ma ve* "e as contin"idades mentaiscontin"am para sempre como contin"idades interminLveis as s"as vac"idades permanecem sempre"m ato permitindo a p"riicaç#o e a transormaç#oA

9 m2todo de p"riicaç#o reerese aos estL+ios da prLtica com i+"ras (0dicasA <o contrLrio de pessoas com"ns as i+"ras (0dicas n#o crescem de etos n#o envelhecem e n#o morremA ;ma ve*

"e elas est#o sempre disponíveis em "al"er orma a meditaç#o com elas pode ormar "macontin"idade interminLvelA 9 res"ltado do processo de p"riicaç#o 2 a contin"idade interminLvel da6"deidadeA

$es"mindo atrav2s de "ma contin"idade interminLvel de prLtica meditacional de "ni#o a i+"ras (0dicas os praticantes de tantra alcançam a contin"idade interminLvel da 6"deidade (aseada noato interminLvel da vac"idade das s"as contin"idades mentaisA 9 tantra 2 chamado ve#culoresultante por"e a prLtica de tantra nos envolve no prod"*ir de aparHncias de n.s pr.prios comoi+"ras (0dicas "e se assemelham ao estado res"ltante da il"minaç#oA

%"mário

< mat2ria do tantra di* respeito Is contin"idades interminLveis conectadas com a contin"idadementalA <s contin"idades incl"em atores da nat"re*a (0dica tais como (oas "alidades (Lsicas "mnível de l"* clara de experienciar as coisas a s"a atividade de prod"*ir a"toaparHncias e a s"avac"idadeA <s contin"idades tam(2m incl"em i+"ras (0dicas e o estado il"minadoA <s "atrotradiçJes do ("dismo ti(etano explicam vLrias maneiras como as s"cessJes de momentos destascontin"idades eternas se entrelaçam como (ases caminhos e res"ltadosA Elas compartilham acaracterística de "e o tantra envolve "m caminho de prLtica com i+"ras (0dicas para p"riicar"ma (ase a im de atin+ir a il"minaç#o como res"ltadoA Elas tam(2m concordam "e ascaracterísticas ísicas das i+"ras (0dicas servem como representaçJes m"ltivalentes e ornecem os"rd"mes para entrelaçar os vLrios temas da prLtica do s"traA 9 termo tantra reerese a esta mat2ria

intricadamente entrelaçada e aos textos "e a disc"temA

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5 A A"tenticidade dos Tantras

A 'riem dos Tantras

< prLtica tântrica re"er a convicç#o da a"tenticidade dos tantras a compreens#o correta dos se"sm2todos e teoria e a certe*a da s"a validade como processos cond"centes I il"minaç#oA )e acordo

com a tradiç#o ti(etana a onte dos tantras 2 o pr.prio 6"da 'hayam"niA Cont"do m"itos er"ditosocidentais e ("distas disp"taram essa "est#oA No entanto se+"ndo padrJes cientíicos ocidentaisnenh"m dos textos atri("ídos ao 6"da nem s"tras nem tantras P pode passar o teste dea"tenticidadeA < "est#o 2 se isto 2 cr"cial aos praticantes do tantra o" o"tros crit2rios s#o para elesmais relevantesA

9s ti(etanos explicam "e o 6"da 'hayam"ni ensino" trHs veíc"los o" caminhos de prLtica "econd"*em aos o(jetivos espirit"ais mais elevadosA 9 veíc"lo modesto 4pe"eno veíc"lo8 ,inayanacond"* I li(eraç#o en"anto "e o +rande veíc"lo Ma&ayana cond"* I il"minaç#oA Em(ora

 ,inayana seja "m termo pejorativo "e aparece apenas em textos -ahayana n.s iremos a"i "sLlo sem "ais"er conotaçJes ne+ativas como termo +eral amplamente reconhecido para as de*oitoescolas ("distas pr2-ahayanaA +antrayana o veíc"lo do tantra tam(2m chamado 0a-rayana oveíc"lo ortecomo"mdiamante 4veíc"lo do diamante8 2 "ma s"(divis#o do -ahayanaA 9&inayana transmite apenas os s"tras en"anto "e o -ahayana transmite tanto os s"tras como ostantrasA

 Nin+"2m re+isto" os disc"rsos o" diLlo+os instr"tivos do 6"da "ando ele os de" hL dois mil e"inhentos anos dado "e o cost"me indiano desse tempo limitava o "so da escrita Is transaçJescomerciais e militaresA No entanto no ano se+"inte ao alecimento do 6"da "inhentos dos se"sse+"idores re"niramse em conselho no "al trHs dos se"s principais discíp"los recitaram partesdierentes das s"as palavrasA '"(se"entemente dierentes +r"pos de mon+es tomaram aresponsa(ilidade de memori*ar e de periodicamente recitar seçJes especíicas delasA <responsa(ilidade passo" de "ma +eraç#o de discíp"los para a se+"inteA Essas palavras tornaramse

os s"tras &inayanaA < reinvindicaç#o I s"a a"tenticidade ica excl"sivamente na crença de "e ostrHs discíp"los ori+inais tinham "ma pereita recordaç#o e de "e todos a"eles "e no conselhoconirmaram as s"as narrativas se lem(ravam das mesmas palavrasA Estas d"as condiçJes s#oimpossíveis de se esta(elecer cientiicamenteA

-esmo se a transmiss#o ori+inal estivesse livre de corr"pç#o m"itos discíp"los proeminentes em+eraçJes s"(se"entes n#o tinham mem.rias pereitasA Cem anos depois do alecimento do 6"das"r+iram conlitos de opiniJes so(re m"itos dos s"tras &inayanaA Em conse"Hncia dissoemer+iram de*oito escolas cada "ma com a s"a pr.pria vers#o da"ilo "e o 6"da disseA <sescolas at2 discordaram so(re o n0mero de disc"rsos e diLlo+os do 6"da "e oram recitados no

 primeiro conselhoA )e acordo com al+"mas versJes vLrios discíp"los do 6"da n#o tiveram

 possi(ilidade de estar presentes e transmitiram por via oral excl"sivamente aos se"s pr.priosest"dantes os ensinamentos de "e se lem(ravamA 9s exemplos mais proeminentes di*em respeitoaos textos relativos aos t.picos especiais de conhecimento 4sânscA ab&id&arma8A )"rante m"itosanos as +eraçJes s"(se"entes recitaramnos ora das re"niJes oicialmente sancionadas e apenasmais tarde al+"ns conselhos adicionaramnas I coleç#o &inayanaA

<s primeiras escrit"ras apareceram por escrito "atro s2c"los depois de 6"da em meados do primeiro s2c"lo <ACA Eles eram os s"tras &inayana da escola +&eravada a linha dos idososArad"almente os s"tras das o"tras de*assete escolas &inayana tam(2m emer+iram em ormaescritaA Em(ora a vers#o Theravada osse a primeira a aparecer em escrito e em(ora Theravada sejaa 0nica escola &inayana "e hoje so(revive intacta estes dois atos s#o inconcl"sivos "anto I

 prova de "e os s"tras Theravada s#o as a"tHnticas palavras do 6"daA

9s s"tras Theravada est#o em lín+"a !ali en"anto "e as o"tras de*assete versJes est#o em vLriaslín+"as indianas tais como sânscrito e o dialeto local de -a+adha a re+i#o onde o 6"da vive"A

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Cont"do n#o se pode esta(elecer "e 'hayam"ni ensino" em apenas "ma o" em todos estesidiomas indianosA <ssim nenh"ma vers#o dos s"tras &inayana pode pretender a a"tHnticidade com

 (ase na lín+"aA

<l2m disso o 6"da aconselho" os se"s discíp"los a transmitirem os se"s ensinamentos em"ais"er ormas compreensíveisA Ele n#o "eria "e os se"s se+"idores con+elassem as s"as

 palavras n"ma lín+"a sa+rada arcaica como a"ela das escrit"ras indianas anti+as os 0edasAConsistente com esta recomendaç#o dierentes partes de ensinamentos &inayana do 6"daapareceram primeiro por escrito em vLrias lín+"as indianas e em estilos de composiç#o e de+ramLtica dissimilares para se ade"arem I 2pocaA 9s s"tras e os tantras -ahayana tam(2m exi(em"ma +rande diversidade de estilo e lín+"a+emA )e "m ponto de vista ("dista tradicional adiversidade da lín+"a+em prova mais a a"tHnticidade do "e a re"taA

)e acordo com a tradiç#o ti(etana antes dos ensinamentos do 6"da terem sido postos em escrita osdiscíp"los recitavam os s"tras &inayana a(ertamente em +randes con+re+açJes monLsticasQ oss"tras -ahayana em +r"pos pe"enos e privados e os tantras em extremo se+redoA 9s s"tras-ahayana apareceram primeiro nos inícios do s2c"lo %% )ACA e os tantras começaram talve* aemer+ir t#o cedo "anto "m s2c"lo depois em(ora seja impossível "al"er dataç#o precisaA Como

notLmos acima de acordo com vLrias tradiçJes &inayana círc"los privados at2 transmitiramoralmente al+"ns dos mais amosos textos &inayana antes das principais assem(leias monLsticas asterem inte+rado no conj"nto do "e recitavam a(ertamenteA !ortanto a a"sHncia de "m texto naa+enda do primeiro conselho n#o re"ta a s"a a"tHnticidadeA

<l2m disso os participantes das sessJes de recitaç#o do tantra j"raram votos de silHncio para n#orevelar os tantras aos n#o iniciadosA !ortanto n#o 2 de s"rpreender "e os relatos pessoais dasre"niJes do tantra n#o tenham aparecidoA <ssim 2 diícil provar o" re"tar a transmiss#o pr2escritados tantras e a ocorrHncia das re"niJes secretasA E mais mesmo se aceitarmos a transmiss#o oral

 pr2escrita dos tantras 2 impossível esta(elecer como e "ando tal transmiss#o começo" como 2 ocaso com as escrit"ras &inayana a"sentes no primeiro conselhoA

Como ar+"mento" o mestre indiano 'hantideva em "nga-ando no Com'ortamento do 1od&isattva 4sânscA 1od&ic&aryavatara8 "al"er linha de raciocínio apresentada para provar o" desacreditar aa"tHnticidade dos textos -ahayana aplicase i+"almente Is escrit"ras &inayanaA Conse"entementea a"tHnticidade dos tantras deve apoiarse em o"tros crit2rios "e n#o os atores lin+"ísticos e a datada escrita inicialA

#i(erentes Pontos de 6ista de "da %7a3am"ni como Pro(essor

;ma onte principal de con"s#o ao tentarmos veriicar a ori+em dos tantras devese ao ato de ("dolo+istas ocidentais er"ditos &inayana e a"toridades -ahayana considerarem dierentemente o6"da 'hayam"niA 9s ("dolo+istas aceitam 'hayam"ni como "ma i+"ra hist.rica e "m +rande

 proessor mas n#o o consideram como tendo poss"ído poderes s"perh"manos como tendo at2instr"ído n#oh"manos e como tendo contin"ado a ensinar ap.s a s"a morteA Em(ora os er"ditos&inayana concedam "e o 6"da 'hayam"ni teve poderes extraordinLrios e podia ensinar todos osseres eles colocam po"ca Hnase nestas "alidadesA <l2m disso eles di*em "e a morte de'hayam"ni marco" o im das s"as atividades de ensinoA

9s er"ditos dos s"tras e dos tantras -ahayana explicam "e 'hayam"ni tinhase transormado em6"da hL m"itos 2ons atrLs e meramente exi(i" os estL+ios para se tornar il"minado d"rante a s"avida como príncipe 'iddharthaA Ele contin"o" a aparecer em vLrias maniestaçJes e a ensinar a

 partir dessa alt"ra "sando "ma +rande variedade de ha(ilidades paranormaisA Eles citam o Sutra 23tus no "al 'hayam"ni proclamo" "e iria maniestarse no "t"ro como vLrios mestres

espirit"ais c"jos ensinamentos e comentLrios seriam t#o a"tHnticos como oram as s"as pr.prias palavrasA <l2m disso os er"ditos -ahayana aceitam "e os ("das podemse maniestarsim"ltaneamente em vLrias ormas e l"+ares com cada emanaç#o ensinando "m t.pico dierenteA

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!or exemplo "ando aparece" como 'hayam"ni propondo !s Sutras 4ra-na'aramita 'erfei5ãoda sabedoria$% em 3"lt"res !ea no norte da %ndia o 6"da tam(2m se maniesto" no s"l da %ndiacomo Kalachara expondo as "atro classes dos tantras em )hanyaataa 't"paA

< vis#o -ahayana de como os ("das ensinam estendese para al2m de pessoalmente instr"irdiscíp"losA 'hayam"ni por exemplo inspiro" tam(2m o"tros ("das e bod&isattvas 4a"elesinteiramente dedicados a atin+ir a il"minaç#o e a aj"dar os o"tros8 a ensinar em se" l"+ar como"ando <valoiteshvara expUs ! Sutra cora5ão na presença do 6"daA Ele tam(2m permiti" o"tros aensinar a s"a mensa+em pretendida tal como 3imalairti em As instru56es do sutra de 0imalakirtiA

E mais em 2pocas mais tardias 'hayam"ni e o"tros ("das e (odhisattvas "e tinham permiss#o para ensinar em se" l"+ar apareceram em visJes p"ras a discíp"los altamente avançados erevelaram ensinamentos adicionais do s"tra e do tantraA !or exemplo -anj"shri revelo" A

 se'ara5ão dos 7uatro ti'os de agarramento a 'achen K"n+anyin+po "ndador da tradiç#o 'ayati(etana e 3ajradhara aparece" repetidamente a mestres na %ndia e no Ti(ete e revelo" ainda o"trostantrasA <l2m disso os ("das e os (odhisattvas transportaram discíp"los a o"tros reinos a im de osinstr"irA !or exemplo -aitreya levo" o mestre indiano <san+a I s"a terra p"ra e lL transmiti"lhe osCinco te8tosA

!or"e as a"diHncias para os ensinamentos do 6"da consistiam de "ma variedade de seres e n#o s.de seres h"manos al+"ns deles prote+eram material para 2pocas "t"ras mais cond"centesA !orexemplo os nagas% metade(h"manos e metadeserpentes preservaram !s Sutras 4ra-na'aramitano se" reino s"(terrâneo so( "m la+o at2 "e Na+arj"na "m mestre indiano os oi ad"irirnovamenteA Vnana )aini "ma adepta eminina s"pranormal +"ardo" ! +antra de 0a-rab&airavaem 9ddiyana at2 "e o mestre indiano Malitavajra para lL viajo" a conselho de "ma vis#o p"ra de-anj"shriA <l2m disso mestres indianos e ti(etanos esconderam escrit"ras para as salva+"ardar eml"+ares ísicos o" implantandoas como potencialidades nas mentes de discíp"los especiaisAeraçJes mais tardias de mestres desco(riramnas como textosteso"ro 4terma% gter(ma8A <san+a

 por exemplo enterro" A Interminável Continuidade Última 4! "terno Cont#nuo Último$ de 

-aitreya e o mestre indiano -aitripa desenterro"o m"itos s2c"los mais tardeA !admasam(havaesconde" in"merLveis textos de tantra no Ti(ete "e os mestres Nyin+ma s"(se"entesdesco(riram nos recessos dos templos o" nas s"as pr.prias mentesA

"ando a tradiç#o ti(etana se reere a 'hayam"ni como a onte dos tantras estLse a reerir ao6"da descrito em com"m pelas tradiçJes -ahayana de s"tra e tantraA 'e os potenciais praticantes detantra a(ordarem a "est#o da a"tenticidade com a atit"de de aceitarem meramente as descriçJesdos ("dolo+istas o" er"ditos &inayana ent#o nat"ralmente "m tal 6"da n#o poderia ter ensinado ostantrasA Cont"do isto 2 irrelevante a tais pessoasA 9s praticantes de tantra n#o tHm o o(jetivo de setransormarem no tipo de ("das "e os ("dolo+istas e os er"ditos &inayana descrevemA <trav2s da

 prLtica tântrica o se" o(jetivo 2 transormaremse em 6"das como descritos nos ensinamentos-ahayana de s"tra e tantraA ;ma ve* "e eles aceitam 'hayam"ni como tendo sido "m tal 6"daaceitam certamente "e ele tenha ensinado os tantras de todas as maneiras mila+rosas "e a tradiç#orelataA

A )elação entre o Tantra "dista e o Tantra 8ind"

< literat"ra tântrica começo" a aparecer em am(as as tradiçJes ("dista e hind" aproximadamenteno s2c"lo %%% )ACA na %ndiaA No entanto s#o inacessíveis datas precisas e as d"as tradiçJesind"(itavelmente pr2datam o aparecimento dos se"s textosA N#o o(stante os contextos ilos.icos e2ticos diiram as prLticas devocionais os exercícios de yo+a e n"merosos aspectos de cost"mesmatriarcais tri(ais e mar+inais mais anti+os s#o proeminentes em cada "ma delasA !or exemploam(os os sistemas incl"em a vis"ali*aç#o de i+"ras com m0ltiplas aces e (raços manip"laç#o de

ener+ias s"tis atrav2s dos n.d"los ener+2ticos 4sânscA c&akras8 veneraç#o das m"lheres "so deornamentos de osso e de instr"mentos m"sicais ima+ens de locais de cremaç#o e matado"ros etransormaç#o de prod"tos corporais s"josA <ssim 2 diícil provar "e "m tenha sido a onte de "ma

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característica especíica do o"troA !odemos apenas di*er "e os dois oram movimentoscontemporâneosA <l2m disso dado "e os praticantes de tantra ("distas e hind"s re"entavamassid"amente os mesmos l"+ares sa+rados 2 provLvel "e cada +r"po tenha inl"enciado o o"troA

6"dolo+istas e er"ditos tradicionais Tantrayana concordam "e a hist.ria do ("dismo relata aadaptaç#o de importantes temas ("distas a vLrios meios c"lt"rais mas dierem nas s"asexplicitaçJes acerca do processoA 9s ("dolo+istas n#o aceitam "e o 6"da tenha ensinado ostantrasA Eles ass"mem "e mestres mais tardios desenvolveram "ma orma tântrica de ("dismo ecomp"seram os se"s textos por orma a irem ao encontro do espírito da 2poca na %ndiaA !or "mlado os er"ditos tradicionais Tantrayana airmam "e os poderes s"pram"ndanos do 6"da

 permitiramlhe prever desenvolvimentos c"lt"rais e "e ele pessoalmente ensino" o tantra paraservir as pessoas do "t"roA <ssim "ando che+asse a hora certa a"eles "e secretamentetransmitiam os tantras oralmente o" enterrados nas s"as contin"idades mentais P tornaramnosdisponíveis aos praticantes receptivosA <lternativamente o 6"da revelo" os tantras em visJes p"rasa mestres altamente reali*ados "e os re+istaram pela primeira ve*A < explicaç#o de cada +r"po deer"ditos concorda com o se" modo partic"lar de ver o 6"da e com o princípio ("dista +eral deensinar atrav2s de meios hL(eisA

A Contin"idade da 9", Clara como a $onte Mais Pro("nda dos Tantras

 "m 9ma l:m'ada iluminante o mestre indiano Chandrairti explico" "e as asserçJes dos textostântricos mais elevados tHm diversos níveis de si+niicado e "e al+"ns deles podem ser vLlidosapenas para +r"pos especíicosA !or exemplo al+"ns níveis s#o vLlidos excl"sivamente para

 praticantes do tantra mais elevado e al+"ns s#o aceitLveis tam(2m aos se+"idores de ensinamentos ("distas s"postamente inerioresA <l2m disso as asserçJes com si+niicados compartilhados podemter níveis de interpretaç#o literais e n#oliterais apenas literais o" apenas n#oliteraisA THmsi+niicados literais se concordarem com a experiHncia dos +r"pos "e as aceitamQ tHm si+niicadosn#oliterais se elas se reerirem a níveis mais pro"ndos de si+niicadoA

)eixemnos aplicar a anLlise de Chandrairti I asserç#o "e o 6"da 'hayam"ni ensino" os tantrasatrav2s de meios extraordinLrios tais como a revelaç#oA <l+"ns ("dolo+istas podem aceitar aasserç#o como tendo "m nível n#oliteral mais pro"ndo de si+niicado mas rejeitariam "mainterpretaç#o literal "ma ve* "e a revelaç#o estL ora do reino da s"a experiHncia pessoalA Noentanto a asserç#o concorda com a experiHncia de n"merosos mestres dos s"tras -ahayana "mave* "e tanto eles como m"itos mestres tântricos rece(eram ensinamentos ("distas atrav2s derevelaçJesA <ssim os se+"idores dos s"tras -ahayana e dos tantras aceitam "e a asserç#o tenha"m si+niicado literalA

Chandrairti detalho" adicionalmente "e os si+niicados n#oliterais das asserçJes do tantra maiselevado apontam para "m nível 0ltimo de si+niicado a respeito da contin"idade de l"* claraA

 N"merosos textos tântricos airmam "e o 6"da ensino" os se"s conte0dos so( a orma de'amanta(hadra de 3ajradhara o" do <di6"da 46"da primordial8 Kalachara trHs i+"ras (0dicas"e representam a contin"idade de l"* claraA <ssim o si+niicado "ltimo n#oliteral das asserçJes 2"e a onte mais pro"nda dos ensinamentos do tantra 2 a contin"idade de l"* clara il"minadora de"m 6"daA

)e acordo com a explicaç#o do tantra mais elevado so(re a nat"re*a (0dica especialmente a datradiç#o Nyin+ma a parte reinada da contin"idade de l"* clara de cada pessoa poss"i inatamentetodas as "alidades il"minadorasA Conse"entemente assim como a con"s#o "e acompanha a

 parte n#o reinada em cada indivíd"o pode ca"sar os ensinamentos en+anosos de "m charlat#o a parte reinada pode tornarse onte de ensinamentos (0dicos adicionaisA <ssim mesmo "ando acontin"idade de l"* clara de al+"2m estL li+eiramente menos reinada "e totalmente reinada e

ainda l"i como "m tantra do caminho se as condiçJes ade"adas internas e externas estiverem presentes a s"a parte reinada pode espontâneamente prod"*ir novos ensinamentos tântricosA <ntesde che+ar a hora certa e de ocorrer "m s"r+irmento espontâneo os ensinamentos s#o transmitidos

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n"ma orma escondida de "ma vida I vida se+"inte como partes das potencialidades n#o reali*adasda contin"idade de l"* clara da pessoaA 'e a pessoa a "em ocorre o s"r+imento espontâneo aceitara compartilhada estr"t"ra concept"al -ahayana da revelaç#o 2 provLvel "e ela descreva eexperiencie s"(jetivamente o enUmeno em termos dessa estr"t"raA < descriç#o e a experiHnciaser#o vLlidas para essa pessoaA

Consideremos por "m lado o caso de ("dolo+istas "e aceitam as proposiçJes da psicolo+iatranspessoal por exemplo a airmaç#o de "e as chaves para se atin+ir a a"toreali*aç#o est#oencaixadas nas potencialidades do inconsciente de cada pessoaA 9s (lo"eios mentais sim(oli*adosnos mitos por criat"ras s"(terrâneas tipodra+Jes tais como os na+as +"ardamnas e mantHmnass"(mersasA 9s m2todos para a a"to reali*aç#o permanecem escondidos no inconsciente at2 "mindivíd"o alcançar "m nível s"iciente de desenvolvimento espirit"al e che+ar a hora certa para as"a revelaç#oA ;ma ve* "e tais ("dolo+istas consideram o inconsciente como "m e"ivalente paraa contin"idade de l"* clara eles podem aceitar "m nível partilhado de si+niicado com os

 praticantes de tantra a respeito da asserç#o de "e o 6"da ensino" os tantras em(ora eles rejeitemcompletamente o se" si+niicado literalA Eles poderiam aceitar o 6"da como onte dos ensinamentosde tantra apenas no sentido em "e o 6"da representa o inconscienteA 9" seja os ensinamentos do

tantra vHm do inconsciente dos vLrios mestres em c"jas mentes eles s"r+iram espontâneamenteA

's Critrios para se Esta&elecer a A"tenticidade dos Tantras

< s"a linha+em ininterr"pta de re+resso ao 6"da 2 o crit2rio principal para se esta(elecer "mensinamento como a"tenticamente ("dista P "er se descreva o 6"da conorme a ("dolo+iaclLssica a psicolo+ia transpessoal o &inayana o -ahayana em +eral o" conorme as perspectivasTantrayana mais elevadasA Cont"do "al"er pessoa poderia di*er "e rece(e" "ma transmiss#otântrica do 6"da n"ma vis#o p"ra o" "e encontro" "m textoteso"ro enterrado no ch#o o" na s"amenteA Conse"entemente precisamos de o"tros crit2rios para esta(elecermos a a"tenticidade dostantras em +eral e de "al"er "m dos se"s textosA

 Na escrit"ra &inayana o Sutra Ma&a'arinirvana rande 'assagem 'ara al;m$% 'hayam"nidisc"ti" o caso em "e al+"2m possa ale+ar poss"ir "m ensinamento a"tHntico ora da"ilo "e ele pr.prio tinha indicadoA 9 6"da recomendo" "e os se"s se+"idores poderiam aceitLlo comoa"tHntico se e s. se concordasse com o conte0do do restante dos se"s ensinamentosA

Considerando acerca disto em 9m Comentário sobre <=9m Com'>ndio de? Mentes de Cogni5ão 0álida@ <de ignaga? o mestre indiano )harmairti propUs dois crit2rios decisivos para aa"tenticidade de "m texto ("distaA 9 6"da ensino" "ma variedade enorme de t.picos mas apenasa"eles temas "e repetidamente aparecem do princípio ao im dos se"s ensinamentos indicam o"e o 6"da realmente pretendiaA Estes temas incl"em: tomar "ma direç#o se+"ra 4re0+io8Qcompreender as leis da ca"sa e eeito comportamentaisQ desenvolver a mais elevada disciplina 2ticaQ

a concentraç#o e consciHncia discriminadora de como as coisas realmente existemQ e +erar o amor ea compaix#o por todosA ;m texto 2 "m ensinamento ("dista a"tHntico se concordar com estes temas principaisA 9 se+"ndo crit2rio para a a"tenticidade esta(elece "e a correta implementaç#o das s"asinstr"çJes por praticantes "aliicados tem de tra*er os mesmos res"ltados "e o 6"darepetidamente indico" al+"resA < prLtica correta tem de cond"*ir I o(tenç#o dos o(jetivos 0ltimosda li(eraç#o o" da il"minaç#o e dos o(jetivos provisionais da reali*aç#o espirit"al ao lon+o docaminhoA

< presença de "m entrelaçar dos temas principais do 6"da a experiHncia e as reali*açJes dosmestres passados e presentes airmam a a"tenticidade dos tantras atrav2s destes dois crit2riosA Estescrit2rios esta(elecem tam(2m a validade dos tantras por"e a s"a prLtica correta prod"* osres"ltados indicadosA <l2m disso n.s pr.prios podemos provar a s"a a"tenticidade e validade

diretamente atrav2s do correto se+"imento das instr"çJes do tantraA

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's ;"atro Pontos %eladores <A"tenticadores= para Marcar "ma Perspectiva como aseadanas Palavras !l"minadoras

Como "ma explicaç#o detalhada do primeiro crit2rio de a"tenticidade de )harmairti reeri"se-aitreya em A Interminável Continuidade Última 4! "terno Cont#nuo Último$ a "atro pontosseladores 4a"tenticadores8 para marcar "ma perspectiva como sendo (aseada nas palavrasil"minadoras de "m 6"daA 'e "m corpo de ensinamentos contiver os "atro carre+a o selo dea"tenticidade como "m ensinamento ("dista por"e o se" ponto de vista ilos.ico 2 concordantecom a intenç#o das palavras do 6"da: 418 Todos os enUmenos aetados 4condicionados8 s#o n#oestLticos 4impermanentes8A 4>8 Todos os enUmenos inectados 4contaminados8 pela con"s#oenvolvem pro(lemas 4sorimento8A 4O8 Todos os enUmenos s#o carentes de identidades n#oimp"tadasA 4G8 ;ma eliminaç#o total de todos os pro(lemas 4sânscA nirvana8 2 "ma paciicaç#ototalA

< perspectiva tântrica ("dista conormase com os "atro pontos seladores 4a"tenticadores8: 418Todas as coisas aetadas por ca"sas e condiçJes m"dam de momento a momentoA -esmo com areali*aç#o da il"minaç#o atrav2s dos m2todos do tantra a compaix#o contin"a a cond"*ir "m 6"daa (eneíciar os o"tros em modos semprem"tLveisA 4>8 Como "m m2todo para se alcançar a

il"minaç#o a classe mais elevada do tantra aproveita a ener+ia das emoçJes pert"r(adoras taiscomo o desejo ansiosoA No entanto este m2todo li(erta completamente o praticante de emoçJes

 pert"r(adoras e da con"s#o por trLs delasA !recisamos de nos li(ertar delas para sempre n.s pr.prios por"e todos os enUmenos inectados tra*em pro(lemasA 4O8 )epois de termos exploradoo poder da ener+ia s"(jacente Is emoçJes pert"r(adoras tais como o desejo ansioso "samolo parao(ter "ma contin"idade de l"* claraA Este 2 o nível da mente mais cond"cente I reali*aç#o n#oconcept"al de "e todos os enUmenos carecem de identidades n#oimp"tadasA 4G8 )esta reali*aç#oda vac"idade o" a"sHncia total paciicamos e assim li(ertamonos a n.s pr.prios de s"cessJes demomentos adicionais de vLrios níveis de con"s#o dos se"s hL(itos e dos pro(lemas "e tra*emA <reali*aç#o desta paciicaç#o total 2 a li(eraç#o total de todos os pro(lemasA <ssim a perspectivatântrica "aliicase como a"tenticamente ("distaA

#esenvolvendo "ma $irme Convicção na A"tenticidade dos Tantras

!ara darmos inteiramente o nosso coraç#o I prLtica do tantra como "m m2todo para atin+irmos ali(eraç#o e a il"minaç#o precisamos de nos concentrar no tantra com a irme convicç#o 4mo'a%mos('a8 de "e 2 "m ensinamento ("dista a"tHnticoA < capacidade de nos concentrarmos dessemodo cresce do acreditar "e "m ato 2 verdadeiro 4day'a% dad('a8A 9 mestre indiano 3as"(andh"em 9ma casa do tesouro de t3'icos es'eciais do con&ecimento e o se" irm#o <san+a em 9ma antologia de t3'icos es'eciais de con&ecimento clariicaram o si+niicado destes dois atores o"açJes mentais "e ocorrem ao concentrarmonos n"m atoA Nenh"ma das açJes mentais reerese Iocali*aç#o com 2 ce+a em al+o "e pode ser o" n#o ser verdadeiro e "e n#o compreendemosA

<creditar "e "m ato so(re al+o 2 verdadeiro incl"i trHs aspectosA

418 <creditar n"m ato com clare*a 2 a aç#o mental "e estL livre de d0vidas acerca de "m ato e"e limpa a mente de emoçJes e atit"des pert"r(antes em relaç#o ao se" o(jetoA !or exemplo"ando se acredita com clare*a "e o tantra 2 "m ensinamento ("dista estamos cientes de "e otantra "sa as emoçJes pert"r(adoras tais como o desejo ansioso como "m m2todo para livrarmonos para sempre a n.s pr.prios de emoçJes pert"r(adorasA <creditar neste ato li(erta a mente dodesejo ansioso de experienciar pra*er atrav2s do tantra como "m im em si mesmoA <ssim acreditarcom clare*a n"m ato so(re al+o decorre do correto entendimento da inormaç#o acerca dissoA

4>8 <creditar n"m ato com (ase na ra*#o 2 a aç#o mental de se considerar "m ato so(re al+o como

verdadeiro com (ase no pensar so(re as ra*Jes "e o provamA !or exemplo podemos estar certosde "e "m ensinamento deriva de "ma dada onte apenas "ando identiicamos corretamente essaonteA )e acordo com os tantras apenas o 6"da como descrito nos tantras de" esses ensinamentosA

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9s textos n#o airmam "e o 6"da como entendido pelos er"ditos &inayana o" ("dolo+istasocidentais os ensino"A <l2m disso os tantras contHm os temas principais "e o 6"da repetidamenteensino" al+"res especialmente os "atro pontos seladores 4a"tenticadores8 "e atestam "e a s"a

 perspectiva ilos.ica estL (aseada nas palavras do 6"daA Compreendendo estas ra*Jes podemosacreditar com coniança "e os tantras s#o a"tenticamente ("distasA

4O8 <creditar n"m ato com aspiraç#o a ele 2 a aç#o mental de considerar verdadeiro tanto "m atoso(re al+o como a aspiraç#o "e conse"entemente temos em relaç#o ao o(jetoA Com (ase nos doisaspectos anteriores de acreditar como verdadeiro o ato de "e o tantra 2 "m ensinamento ("distaa"tHntico podese tam(2m acreditar como verdadeiro o ato de "e posso atin+ir a il"minaç#oatrav2s dos se"s m2todos e "e portanto esorçarmeei a praticLlos corretamenteA

"ando acreditamos irmemente dessas trHs maneiras "e o tantra 2 a"tenticamente ("distadesenvolvemos a irme convicç#o desse atoA Estarse irmemente convencido de "m ato 2 a aç#omental "e oca so(re "m ato "e validamente veriicLmos ser isto e n#o a"iloA %sso torna a nossacrença t#o irme "e os ar+"mentos e as opiniJes alheias n#o nos ir#o diss"adirA < irme convicç#ocresce da amiliaridade a lon+o pra*o com as conse"Hncias "e res"ltam do acreditar n"m atoisto 2 de vermos os (eneícios "e colhemos da prLtica correta do tantraA Cont"do mesmo antes de

começarmos a prLtica do tantra necessitamos de "ma convicç#o irme da s"a validadeA <ssim acerem.nia da preparaç#o aos empoderamentos tântricos 4iniciaçJes8 incl"i nas s"as primeiras etapas"ma explanaç#o do tantra pelo mestre "e os conere a im de reairmar a convicç#o tena* dos

 potenciais discíp"losA

> ' ?so do )it"al na Prática do Tantra

Em(ora a prLtica tântrica seja extremamente avançada m"itos ocidentais rece(em empoderamentostântricos sem "ma preparaç#o ade"ada e começam a prLtica tântrica sem "ma compreens#o

 pro"ndaA No início a maioria vH apenas as características s"períciais do tantra tais como a s"aHnase no rit"al a s"a pro"s#o de i+"ras (0dicas e se" "so de ima+ens s"+estivas de sexo e

violHnciaA -"itos acham estas características intri+antes pro(lemLticas o" at2 mesmo con"sasA!ara (eneiciarem mais inteiramente da s"a prLtica inicial tais ocidentais precisam de compreendere apreciar o si+niicado e a inalidade destes aspectos pelo menos a "m nível s"pericialA "andos"perarem o se" ascínio o(jeç#o o" preoc"paç#o inicial podem examinar com va+ar os níveismais pro"ndos "e a s"perície escondeA

$ormas 'cidentais e Asiáticas de Criatividade

< prLtica de tantra envolve tocarmos pe"enos sinos e movermos as nossas m#os com determinados+estos 4sânscA mudras8 ao recitarmos textos re"entemente em ti(etano sem trad"ç#o eima+inarmonos como "ma i+"ra (0dicaA <l+"mas pessoas acham tal prLtica ascinante e mL+ica

dado "e se podem perder em m"ndos ex.ticos de antasiaA 9"tros tHm pro(lemas com elaATra(alhando n"ma orma inte+rada com o nosso corpo vo* e ima+inaç#o 2 deste modo "m

 processo artístico criativoQ cont"do parece haver "ma contradiç#oA < prLtica tântrica 2 altamenteestr"t"rada e rit"alística sem improvisaç#o aparenteA !or exemplo ima+inamos "e o nosso corpotem post"ras cores e n0meros de mem(ros especíicos com o(jetos especíicos em cada m#o ede(aixo de cada p2A %ma+inamos a nossa ala na orma de mantras  rases ixas "e contHm

 palavras e síla(as em sânscritoA <t2 a nossa maneira de aj"dar os o"tros se+"e "m padr#odeterminado: n.s emanamos l"*es de cores especíicas e i+"ras "e tHm ormas partic"laresA-"itos ocidentais +ostariam de se desenvolver espirit"almente atrav2s da desco(erta e doortalecimento da s"a criatividade mas a prLtica estili*ada dos rit"ais parece antit2tica Iima+inaç#oA Cont"do a s"a compati(ilidade tornase evidente "ando se compreende a dierençaentre os conceitos de creatividade ocidentais e asiLticosA

'erse criativo no sentido ocidental contemporâneo re"er prod"*irse al+o novo e 0nico seja "ma

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o(ra de arte o" "ma sol"ç#o a "m pro(lemaA < invenç#o 2 o caminho n#o"estionado ao pro+ressoA'erse criativo pode tam(2m constit"ir parte de "ma ("sca consciente o" n#o pelo ideal de (ele*a"e os +re+os anti+os i+"alaram com a (ondade e a verdadeA <l2m disso a maioria dos ocidentaisconsidera a criatividade como "ma express#o da s"a individ"alidadeA <ssim para m"itos ose+"imento dos modelos prescritos de rit"ais anti+os como "m m2todo para o a"todesenvolvimento espirit"al n#o parece ser criativoQ parece ser restritivoA

< maioria das c"lt"ras asiLticas tradicionais por exemplo a do Ti(ete vHem a criatividade a partirde "ma perspectiva dierenteA 'erse criativo implica d"as acetas principais: darse vida a ormasclLssicas e encaixLlas harmoniosamente dentro de contextos variLveisA Consideremos porexemplo a arte ti(etanaA Todas as pint"ras de i+"ras (0dicas se+"em as linhas "e indicam otamanho a orma a posiç#o e a cor de cada elemento de acordo com proporçJes e convençJesixasA 9 primeiro aspecto da criatividade estL no sentimento "e os artistas transmitem atrav2s daexpress#o das caras da s"(tili*a das linhas da in"ra do detalhe da l"minosidade e da mati* dascores e do "so de som(rasA <ssim al+"mas pint"ras de i+"ras (0dicas s#o mais vívidas e vivas do"e o"tras apesar de todos os desenhos da mesma i+"ra terem ormas e proporçJes idHnticasA 9se+"ndo aspecto do estilo asiLtico de criatividade reside na escolha dos artistas dos "ndos e do

modo de colocar as i+"ras para criar composiçJes harmoniosas e or+ânicasA< prLtica de tantra com i+"ras (0dicas 2 "m m2todo ima+inativo de a"todesenvolvimento "e 2criativo e artístico n"ma orma asiLtica tradicional mas n#o de "ma maneira ocidentalcontemporâneaA <ssim ima+inarmonos como "ma i+"ra (0dica aj"dando os o"tros dieresi+niicativamente de vis"ali*armonos como "m s"perher.i o" "ma s"perheroína encontrandosol"çJes +eniais ele+antes para os desaios n"ma no(re ("sca pela verdade e j"stiçaA Em ve* dissotentamonos encaixar harmoniosamente nas estr"t"ras ixas da prLtica rit"al tentamoscriativamente darlhes vida e se+"ir as s"as ormas em sit"açJes variLveis para corri+irmosdese"ilí(rios pessoais e sociaisA

Criatividade e !ndivid"alidade na Prática de Tantra

;m o"tro ator "e possivelmente contri("i para a aparente contradiç#o entre a prLtica do rit"altântrico e o serse criativo 2 a dierença entre a vis#o tradicional asiLtica e a vis#o ocidentalcontemporânea so(re a individ"alidade e o papel "e ela desempenha no a"todesenvolvimentoA )eacordo com o pensamento i+"alitLrio ocidental todos somos i+"ais mas cada "m de n.s tem al+oori+inal dentro de n.s P seja c.di+o +en2tico o" alma P "e atrav2s do se" pr.prio poder nos a*especiaisA )epois de 5nos termos encontrado a n.s pr.prios7 o o(jetivo do a"todesenvolvimento 2a reali*aç#o das nossas potencialidades criativas ori+inais en"anto indivíd"os de modo a

 podermos "sLlas na s"a totalidade a im de darmos as nossas contri("içJes partic"lares IsociedadeA <ssim os artistas ocidentais contemporâneas "ase sem exceç#o assinam os se"stra(alhos e proc"ram o apla"so p0(lico para as s"as a"toexpressJes criativasA 9s artistas ti(etanos

 pelo contrLrio +eralmente permanecem an.nimosA)o ponto de vista ("dista todos n.s temos os mesmos potenciais de nat"re*a (0dicaA 'omosindivíd"osQ cont"do nada existe dentro de n.s "e atrav2s do se" pr.prio poder nos aça 0nicosA <nossa individ"alidade vem da enorme m"ltiplicidade de ca"sas e circ"nstâncias externas e internas"e nos aetam: no passado presente e "t"roA 9 (eneício "e poderemos dar I sociedade vem do"so criativo das nossas potencialidades dentro do contexto da nat"re*a interdependente da vidaA

Ent#o a reali*aç#o das nossas nat"re*as (0dicas diere +randemente de se encontrar e expressar osnossos verdadeiros e"sA )ado "e todos tHm as mesmas "alidades da nat"re*a (0dica n#o hL nadade especial acerca de "al"er "mA N#o hL nada 0nico para se encontrar o" se expressarA !ara nosdesenvolvermos tentamos simplesmente "sar atrav2s de meios hL(eis os nossos materiais

"niversais de tra(alho P os nossos corpos ha(ilidades com"nicativas mentes e coraçJes P para nosadaptarmos como "al"er "m pode Is sit"açJes semprem"tLveis "e encontramosA <l2m dissoavançamos para a 6"deidade ao ima+inarmonos a aj"dar os o"tros anonimamente exercendo "ma

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inl"Hncia il"minadora e inspirando os o"tros "e est#o enrentando diic"ldades P em ve* deima+inarmonos proeminentes em primeiro plano prontos a salvarA

<ssim o "so extensivo da prLtica rit"al do tantra com i+"ras (0dicas a* sentido apenas dentro docontexto da reali*aç#o das potencialidades de nat"re*a (0dica atrav2s da criatividade tradicional doestilo asiLticoA )amos vida I estr"t"ra das potencialidades (0dicas "ando nos inte+ramosharmoniosamente na sociedade e no am(iente mantendonos na reta+"ardaA

's ene(ícios do )it"al Tântrico para os 'cidentais M"ito 'c"pados

Em(ora os ocidentais contemporâneos possam "estionar a relevância da prLtica de rit"ais tântricosI maneira ti(etana clLssica como "m m2todo para se desenvolverem espirit"almente podemcont"do o(ter m"itos (eneícios temporLriosA !or exemplo n"merosos ocidentais levam "ma vidaconstantemente cheia de press#o para serem ori+inais especiais e de pro+rediremA Necessitam dedesenvolver contin"amente novas id2ias e melhores prod"tos vendHlos e competir "ns com oso"trosA s ve*es a tens#o de terem de provar a si pr.prios e "ltimamente ao se" valor cond"* asentimentos de alienaç#o e isolamentoA "ando as demandas ocidentais para a prod"tividade een+enho se tornam demasiado estressantes praticar o estilo asiLtico da criatividade atrav2s de "m

rit"al diLrio do tantra pode ornecer "m contrapeso sa"dLvelA Encaixarmonos harmoniosamentedentro da estr"t"ra de "m rit"al pode aj"darnos a reorçar "m sentimento de conortLvelaj"stamento na amília nas ami*ades na sociedade e na c"lt"raA <l2m disso mesmo "e a nossarotina diLria seja repetitiva e o nosso tra(alho pareça maçador podemos aprender a darlhes novavida atrav2s de "ma express#o vívida dada cada dia no rit"al do tantraA

E mais m"itos ocidentais correm reneticamente de "ma atividade o" encontro para o"trosA Todosos dias "sam o teleone o email e a internet in"merLveis ve*es o"vem m0sica prestam atenç#o Itelevis#o e operam "ma variedade perplexa de mL"inas complexas e de dispositivos eletrUnicosA'entem re"entemente "e as s"as vidas s#o ra+mentadas com as necessidades da amília dotra(alho sociais e l0dicas emp"rrandoos em todas as direçJesA < prLtica de tantra pode aj"dar tais

 pessoas a entrelaçar os aspectos aparentemente discrepantes das s"as vidas oc"padasA < inte+raç#oocorre devido I harmoniosa com(inaç#o de n"merosas emoçJes e atit"des constr"tivas e expressLlas como "m todo inte+rado de maneiras ísicas ver(ais e vis"ali*adas em sim"ltâneoA ,a*er isto nameditaç#o diLria reorça o reconhecimento e a convicç#o de "e somos por nat"re*a "ma pessoainte+radaA rad"almente "m sentimento total de "ni#o se estende pelo dia inteiroA

<l2m disso como a prLtica diLria do tantra 2 estr"t"rada e repetitiva pode tam(2m ornecer a tais pessoas "m ator esta(ili*adorA N#o importa "anto a+itado cada dia possa parecerQ a criaç#o diLriado espaço mental e emocional calmo do rit"al tântrico a* com "e as s"as vidas l"am com l"xosestLveis de contin"idadeA !or"e elas desco(rem níveis de si+niicaç#o cada ve* mais pro"ndos aoirem de encontro ao desaio de interli+ar os elementos do rit"al evitam sentir "e a repetiç#o seja

"m a(orrecimentoA <demais o rit"al do tantra dLnos "ma estr"t"ra I volta da "al podemosdesenvolver a disciplina "e de o"tro modo poderia ser diícil o(terA < disciplina ad"irida com arepetiç#o diLria de "m rit"al estr"t"rado pode tam(2m aj"dar as pessoas a dar disciplina e ordem Iss"as vidas aparentemente ca.ticasA

' )it"al Tântrico como "m 9ocal para se E0pressar Emoç.es

-"itos ocidentais contemporâneos sentem "m respeito pro"ndo por al+"2m o" al+o o" +ratid#o pelas ale+rias da vidaA No entantose elas n#o tiverem ormas conortLveis de expressar as s"asemoçJes "e as elevam podem achar os se"s sentimentos t#o amoros "e n#o conse+"ir#o o(ter ose" alimento espirit"alA 9 rit"al de tantra pode ornecer a tais pessoas ormas dentro das "ais

 possam expressar as s"as emoçJes positivasA !or exemplo pressionar as palmas das nossas m#os"ma contra a o"tra a express#o rit"ali*ada de respeito e +ratid#o compartilhada pelo tantra ereli+iJes ocidentais n#o red"* os sentimentos de elevaç#oA !elo contrLrio ornece "m canal m"itoviajado e com"mente aceite para estes sentimentos l"irem do nosso coraç#o e a+e como "m

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recipiente ade"ado para elesA <l2m disso por"e o rit"al do tantra tem ormas holísticas deexpress#o das emoçJes "e inte+ram canais ísicos ver(ais e vis"ali*ados a s"a prLtica contin"ada

 pode aj"dar pessoas emocionalmente constran+idas a s"perar a alienaç#o dos se"s sentimentosA

<s ve*es as emoçJes "e elevam encontram "ma express#o espontânea em ormas de improvisoA No entanto seria entediante se precisLssemos de encontrar "ma maneira inovativa de expressar osnossos sentimentos cada ve* "e eles s"r+issem para "e a s"a express#o osse sentida e sinceraA 9estilo de criatividade asiLtico de expressar emoçJes pode oerecer "m e"ilí(rioA "ando ossentimentos "e elevam s"r+irem podemos espontânea e criativamente dar vida a ormas rit"ais deexpressLlos "e encaixam harmoniosamente na nossa vidaA Cont"do se nada sentirmos ent#o osrit"ais tântricos tornamse meramente n"m rit"al va*ioA Conse"entemente os rit"ais do tantraincl"em a meditaç#o de pontos especíicos "e nos aj"dam a +erar o" ter acesso a sentimentossincerosA

'&servaç.es $inais

!articipar nos rit"ais das reli+iJes ocidentais tradicionais tam(2m ornece m"itos dos (eneíciosoerecidos pela prLtica do rit"al tântricoA No entanto m"itos ocidentais acham "e para eles as

cerem.nias e os rit"ais das s"as reli+iJes de nascimento tHm alta de vitalidadeA )ado "e tais pessoas tHm menos associaçJes ne+ativas com os rit"ais tântricos praticLlos pode oerecerlhes"ma via mais ne"tra para o desenvolvimento espirit"alA -"itos desco(rem "e o estilo decriatividade asiLtico "e eles aprendem atrav2s do rit"al tântrico aj"daos a encontrar e dar novavida I 2 tradicional dos se"s antepassadosA

@ $i"ras údicas

!ara s"perarem o ascínio a rep"lsa o" a con"s#o so(re a impressionante variedade de i+"ras (0dicas "sadas no tantra e so(re as s"as estranhas ormas os ocidentais precisam de compreender ose" l"+ar e "so no caminho ("distaA !recisam tam(2m de dierenciLlas dos conceitos ocidentais dea"toima+ens ar"2tipos e o(jetos de oraç#oA 'e assim n#o or podem con"ndir a prLtica do tantracom ormas de psicoterapia o" de reli+i#o politeísta devocional e assim privaremse dos (eneíciostotais da prLtica com i+"ras (0dicasA

' ?so de $i"ras údicas em Práticas Partil7adas pelo %"tra e Tantra Ma7aana

!ara o(termos presença mental e concentraç#o podemos ocar por exemplo na consciHnciasensorial da sensaç#o ísica da respiraç#o ao passar para dentro e para ora do nari*A Cont"do na

 prLtica dos s"tras e tantras -ahayana as i+"ras (0dicas vis"ali*adas servem mais +eralmentecomo o(jetos de oco para a o(tenç#o da concentraç#o "niocadaA Tal prLtica estL de acordo com9ma antologia de t3'icos es'eciais do con&ecimento em "e <san+a deini" a concentraç#o comoo ator mental "e mant2m a consciHncia mental ocali*ada em o(jetos constr"tivos o" em estadosmentais constr"tivosA 9 mestre -ahayana indiano deini" a concentraç#o deste modo por ca"sa dasm"itas vanta+ens ad"iridas em desenvolvHla especiicamente com consciHncia mentalA

!or exemplo tornarmonos "m 6"da re"er a concentraç#o a(sorta no amor na compaix#o e nacompreens#o correta de como as coisas realmente existemA 'e jL tivermos desenvolvido aconcentraç#o atrav2s da consciHncia mental podemos aplicLla mais acilmente a estes estadosmentais e emocionais do "e se tivermos desenvolvido a concentraç#o atrav2s da consciHnciasensorialA <l2m disso dado "e as i+"ras (0dicas especialmente a i+"ra de 'hayam"ni representam a il"minaç#o ocali*ar nelas aj"da os praticantes a manter o o(jetivo da direç#o se+"rado re0+ioA <j"dalhes tam(2m a manter a presença mental da motivaç#o bod&ic&itta para conse+"ir

a il"minaç#o a im de (eneiciar os o"tros tanto "anto possívelA<s prLticas dos s"tras e tantras -ahayana incl"em am(as a vis"ali*aç#o de i+"ras (0dicas I nossarente no topo da nossa ca(eça o" no nosso coraç#oA No entanto a prLtica de tantra 2 0nica no se"

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em partic"lar e elas explicam Rpor "eS as pessoas respondem Is sit"açJes de maneiras similares ase"s antepassadosA 'ím(olos ar"2tipos tais como o pai "e ama o velho sL(io o (ravo her.i o" a

 (r"xa mL encontram express#o nos mitos e antasiasA <s s"as ormas podem dierir de "masociedade o" 2poca I o"tra mas os padrJes de pensamento e comportamento "e eles sim(oli*am

 permanecem os mesmosA < mat"ridade psicol.+ica vem de se tra*er o conhecimento int"itivosim(oli*ado pelo espectro inteiro dos ar"2tipos I consciHncia e de o incorporar harmoniosamente

nas nossas vidasA<l+"ns sím(olos transmitem si+niicados "e s#o evidentes para pessoas de "al"er c"lt"ra I

 primeira vista o" com "ma simples explanaç#oA !or exemplo "ma m#e alimentando "ma criancinhasim(oli*a "niversalmente o amor maternalA Cont"do o"tros sím(olos n#o s"+erem claramentea"ilo "e si+niicamA !or exemplo a i+"ra de "atro(raços de <valoiteshvara n#o s"+ereo(viamente a compaix#o para pessoas de c"lt"ras n#o("distasA 9s si+niicados "e os ar"2tipossim(oli*am s#o na maior parte s"icientemente .(viosQ en"anto "e n#o s#o nada .(vios ossi+niicados sim(oli*ados pelas i+"ras (0dicasA

<l2m disso os ar"2tipos s#o características "niversais do inconsciente coletivo de todos en"anto"e as i+"ras (0dicas s#o características coletivas associadas com a contin"idade de l"* clara de

todosA < contin"idade de l"* clara n#o 2 "m e"ivalente para o inconsciente coletivoA Em(oraam(as as ac"ldades mentais tenham características so(re as "ais n#o estamos normalmenteconscientes a contin"idade de l"* clara 2 o nível mais s"til da contin"idade mental e dL a "mindivíd"o contin"idade de "ma vida I vida se+"inteA 9 inconsciente coletivo por o"tro lado explicaa contin"idade de padrJes míticos so(re +eraçJes s"cessivasA -aniestase em cada pessoa masapenas nos seres h"manos e n#o contin"a atrav2s de "m processo de renascimentoA

<l2m disso as i+"ras (0dicas n#o s#o representaçJes concretas nem a(stratas encontrLveis n"macontin"idade de l"* claraA Nem s#o encontrLveis em "al"er o"tro l"+arA <o inv2s as i+"ras

 (0dicas representam os potenciais inatos da contin"idade de l"* clara de todos para a*er s"r+ir padrJes de pensamento e comportamento "er os potenciais sejam n#oreali*ados reali*ados

 parcialmente o" inteiramente reali*adosA Elas representam os potenciais de "alidades positivas+erais tais como a compaix#o o" a sa(edoria e n#o o pensamento e o comportamento deespecíicos pap2is amiliares sociais o" míticosA <s i+"ras (0dicas associadas com emoçJes

 pert"r(adoras tais como a raiva representam apenas a transormaç#o e o "so constr"tivo da ener+ias"(jacente Is emoçJes e n#o as pr.prias emoçJes ne+ativas destr"tivasA

<l2m disso o ("dismo clariica o si+niicado das i+"ras (0dicas "e s#o coletivasA 9 ("dismoaceita a existHncia dos "niversais e dos partic"laresA 9s "niversais s#o a(straçJes metaísicasimp"tadas a +r"pos de itens similares para or+ani*Llos em cate+orias delineadas por palavras econceitosA !or exemplo todas as pessoas tHm características aparentemente similares nos se"srostos atrav2s das "ais respiramA ! nariz "niversal 2 "ma imp"taç#o so(re estas características

 permitindo "e todas elas compartilhem do nome narizA Cont"do o nari* de todos 2 individ"al e onari* de "ma pessoa n#o 2 o de o"traA ;m nari* "niversal n#o existe em lado al+"m em si pr.priocomo "m modelo ideal separado dos nari*es partic"lares nem as pessoas alcançam o nari*"niversal atrav2s da contemplaç#o dos se"s pr.prios nari*esA 9 mesmo 2 verdade com as i+"ras

 (0dicas e os potenciais da nat"re*a (0dica "e elas representamA <s i+"ras (0dicas "niversais n#oexistem en"anto seres individ"ais separados das contin"idades de l"* clara de indivíd"osA Nem as

 pessoas +anham acesso Is i+"ras (0dicas "niversais atrav2s das i+"ras (0dicas das s"ascontin"idades de l"* clara como alcançar )e"s atrav2s do espírito do divino dentro das s"as almasA

<demais ao contrLrio dos ar"2tipos as i+"ras (0dicas n#o vHm ao consciente espontâneamenteem sonhos antasias o" visJes a menos "e as pessoas se tenham amiliari*ado completamente comas s"as ormas d"rante as s"as vidas o" em recentes vidas pr2viasA %sto mantHmse verdade tam(2m

 para o bardo os períodos entre a morte e o renascimentoA ! livro tibetano dos mortos descreve asi+"ras (0dicas "e aparecem d"rante o (ardo e aconselha I"eles "e se encontram no estado entrevidas "e reconheçam as i+"ras como meras aparHncias prod"*idas pelas s"as contin"idades de l"*

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claraA No entanto as instr"çJes di*em respeito Is pessoas "e praticaram o tantra d"rante as s"asvidasA <"elas "e n#o tHm a prLtica pr2via do tantra normalmente experienciam as s"ascontin"idades a*endo s"r+ir d"rante o (ardo o"tras aparHncias n#o a"elas das i+"ras (0dicasA

$i"ras údicas como Emanaç.es dos "das

Em(ora as i+"ras (0dicas representem tanto a totalidade como os aspectos especíicos dasnat"re*as (0dicas da (ase do caminho e res"ltantes as i+"ras (0dicas n#o s#o meramentesím(olosA "m 9ma e8'lana5ão e8tensiva da @2:m'ada iluminante@ de C&andrakirti$% 'hera(sen++ey "ndador do Col2+io Tântrico do '"l el"+ explico" "e as i+"ras (0dicas tHm asmesmas contin"idades "e os ("dasA %sto por"e s#o emanaçJes das contin"idades de l"* clarail"minadoras dos ("dasA !or exemplo em(ora 'hayam"ni tivesse alcançado a il"minaç#o hL 2onsemano"se a si pr.prio como o príncipe 'iddhartha e de" a aparHncia de se ter transormado n"m6"da d"rante a s"a vidaA ,Hlo para aj"dar os principiantes a +anhar coniança de "e a prLtica dosensinamentos tra* res"ltadosA 'imilarmente 'hayam"ni ass"mi" a orma de 3ajradhara "andotransmiti" o +antra u&yasama-a e sim"ltaneamente emano"se a si mesmo como 3ajrapani ocompilador dos ensinamentosA 6"da de" meramente a aparHncia de "e a i+"ra (0dica 3ajrapani

era al+"2m dierente de 3ajradhara a im de inspirar os principiantes a tam(2m o"virematentadamente os ensinamentos e a recordLlos e praticLlos conscienciosamenteA 'hayam"ni3ajradhara e 3ajrapani eram todos de ato a mesma pessoaA

9s ("das emanam as i+"ras (0dicas Ra partirS das s"as contin"idades de l"* clara para (eneiciar osseres de m"itas maneiras partic"larmente servindo como representaçJes dos vLrios atores danat"re*a (0dicaA <o entenderem a insepara(ilidade entre as i+"ras (0dicas e as contin"idades del"* clara dos ("das e dos mestres tântricos os praticantes compreendem "e as i+"ras (0dicastanto ima+inadas como reais com "em se "nem na meditaç#o s#o emanaçJes das s"as pr.priascontin"idades de l"* claraA <ssim como cada contin"idade de l"* clara pode emanar "ma aparHnciade "m nari* sem o nari* de "ma pessoa ser o da o"tra similarmente cada contin"idade de l"* clara

 pode emanar i+"ras (0dicas em(ora as i+"ras (0dicas de contin"idade de l"* clara n#o sejam asi+"ras (0dicas de o"traA 9 entendimento da insepara(ilidade das i+"ras (0dicas e das s"as

 pr.prias contin"idades de l"* clara aj"da os praticantes a act"ali*ar os atores da nat"re*a (0dica"e as i+"ras representamA

$i"ras údicas como '&etos para 'ração

9s praticantes do s"tra e do tantra -ahayana re*am re"entemente a i+"ras (0dicas tais comoTaraA <s d"as verdades o" atos so(re as coisas "e o mestre indiano Na+arj"na ela(oro" em0ersos raiz sobre o camin&o do meio explicam o enUmenoA )e acordo com a com"m interpretaç#odo s"tra e do tantra a verdade convencional so(re al+o 2 como aparece aos seres com"nsA < s"averdade mais pro"nda 2 como realmente existe "m ato so(re "m o(jeto "e a s"a aparHnciaescondeA

)o ponto de vista convencional das pessoas com"ns as i+"ras (0dicas tais como Tara parecemseres independentemente existentes com os poderes de conceder desejos aos s"plicantesA Cont"dono mais pro"ndo ato n#o hL nenh"ma Tara independentemente existente: todas as Taras s#oemanaçJes das contin"idades de l"* clara dos ("das e das pessoas "e re*am a TaraA <l2m dissomesmo como emanaçJes das contin"idades de l"* clara as i+"ras (0dicas n#o tHm capacidade deca"sar res"ltados tais como conceder desejos atrav2s dos se"s pr.prios poderes dos se"s pr.prioslados independentemente de "al"er o"tra coisaA 9 ("dismo ar+"menta "e tais capacidades s#oimpossíveisA N#o o(stante oertas de oraçJes a Tara pode aj"dar a ca"sar eeitos "er entendamoso" n#o Tara como "ma emanaç#o do 6"da o" como "ma emanaç#o das nossas pr.prias

contin"idades de l"* clara representando os se"s potenciaisA %sto por"e o desejo orte da oraç#oa+e como "ma circ"nstância para ativar os nossos potenciais inatosA

!or exemplo os se+"idores re*am +eralmente a Tara como "m ser externo para a proteç#o do

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medoA < Tara pode inspirar as pessoas a serem corajosas mas a ca"sa principal para s"perarem osse"s medos s#o os potenciais das s"as contin"idades de l"* clara para compreender como as coisasrealmente existem e a cora+em "e isto nat"ralmente tra*A No entanto a inspiraç#o 4c&inlab% byin(rlabsQ sânscA ad&is&t&ana (enç#o8 2 re"erida para os se+"idores ativarem e "sarem os se"s

 potenciais e ela pode vir de ontes externas o" internasA ;m ator importante da nat"re*a (0dica deato 2 a capacidade de "ma contin"idade de l"* clara de ser inspirada o" elevadaA

Emanaç.es 4rosseiras e %"tis das $i"ras údicas

!ara (eneiciar os o"tros os ("das emanam aparHncias m0ltiplas deles mesmos n"ma variedade deormas +rosseiras e s"tisA Eles ass"mem "ma variedade de corpos s"tis 4sânscA samb&ogakaya8 paraensinar os arya (odhisattvas P os 0nicos capa*es de ver tais ormasA 9s aryas 4no(res8 s#o seresaltamente reali*ados com percepç#o e compreens#o diretas simples e n#o concept"ais de como ascoisas existemA 9s ("das tomam "ma variedade de corpos mais +rosseiros 4sânscA nirmanakaya8 aim de (eneiciar os seres com"nsA "al"er ("da pode emanar corpos +rosseiros o" s"tis emormas de "al"er i+"ra (0dica o" ser com"m o" at2 de o"tro ("daA 9 mesmo 2 verdade para asi+"ras (0dicas ao aparecerem como se ossem seres il"minados individ"aisA No entanto s. a"eles

"e est#o receptivos a rece(er a aj"da o" ensinamentos s#o capa*es de se encontrar com ("das em"ais"er ormas e colher todo o (eneícioA

9s ("das e as s"as emanaçJes de i+"ras (0dicas residem nos se"s pr.prios cam'os búdicosACampos (0dicos s#o reinos especiais n#o associados com a con"s#o da existHnciaincontrolavelmente recorrente 4sânscA samsara8A Eles s#o as terras 'uras onde os ("das e as i+"ras

 (0dicas se maniestam em ormas s"tis e ensinam aos arya (odhisattvas as etapas inais Iil"minaç#oA )ado "e os campos (0dicos est#o para al2m da experiHncia com"m dos ("dolo+istas edos aderentes do &inayana a s"a existHncia literal n#o seria o(viamente aceitLvel para elesA Noentanto os praticantes do s"tra e do tantra -ahayana consideramnos como realmente existindoem(ora nin+"2m os possam alcançar sem reali*açJes pr2re"isitasA Nem mesmo os +rande mestres

 podem levar as contin"idades mentais de pessoas recentemente alecidas Is terras p"ras a menos"e os de"ntos tenham ac"m"lado os potenciais para isto a partir das s"as pr.prias prLticasA

9 si+niicado n#oliteral 0ltimo dos campos (0dicos 2 a contin"idade de l"* clara de cada serindivid"alA )entro da esera da contin"idade de l"* clara de cada ser para al2m da con"s#o daexistHncia incontrolLvel residem os vLrios aspectos da nat"re*a (0dica representados por i+"ras

 (0dicasA 9s arya (odhisattvas no caminho do tantra mais elevado P os 0nicos praticantes comacesso meditativo n#oconcept"al Is s"as contin"idades de l"* clara +anham a reali*aç#o inal dass"as nat"re*as (0dicas en"anto nesse estadoA

s ve*es as i+"ras (0dicas vHm dos se"s campos (0dicos em ormas s"tis de (odhisattvas e pedema 'hayam"ni "e transmita os vLrios s"tras e tantras tal como 3ajrapani pedi" 9m concerto dos

nomes de Man-us&ri 4 "logios aos nomes de Man-us&ri8A Como (odhisattvas eles tam(2m podemestar presentes e compilar os disc"rsos de 6"da tal como 3ajrapani e* para o +antrau&yasama-a o" dar ensinamentos em ve* de 'hayam"ni como <valoiteshvara e* com ! sutracora5ão. Nesses casos como explicado acima as i+"ras (0dicas e 'hayam"ni partilham a mesmacontin"idade mentalA

<l+"ns dos corpos +rosseiros "e os ("das o" as i+"ras (0dicas emanam dos se"s campos (0dicosoram pessoas hist.ricas reais tais como !admasam(hava o mestre indiano responsLvel pela

 primeira propa+aç#o do ("dismo ao Ti(eteA )o ponto de vista da verdade convencional estes+randes seres pareciam ter contin"idades mentais individ"ais e apareceram como tais aos serescom"ns "e conse+"iam compreender apenas so(re eles esta verdadeA ;ma verdade mais pro"ndaso(re eles era a de "e as s"as contin"idades mentais eram "ma com os ("das e as i+"ras (0dicas

de "em eles eram emanaçJesA !ara ("dolo+istas e aderentes ao &inayana apenas a primeiraairmaç#o so(re estas i+"ras hist.ricas 2 verdadeiraA !ara praticantes do -ahayana am(as asairmaçJes s#o atosA

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< prLtica de tantra incl"i a vis"ali*aç#o de n.s pr.prios em ormas de certas i+"ras hist.ricasconsideradas como emanaçJes de i+"ras (0dicas tais como !admasam(hava a s"a companheiraeminina Weshey Tso+yel o" o 'e+"ndo Karmapa Karma !ashiA Cont"do nem todos os mestresconsiderados como emanaçJes de i+"ras (0dicas servem como ormas para a a"tovis"ali*aç#otântrica como por exemplo os )alai Mamas en"anto <valoiteshvarasA <l2m disso ra*Jes políticas

 podem ter motivado os ti(etanos a diri+iremse honoriicamente a determinados +overnadores como

emanaçJes de i+"ras (0dicas tais como os imperadores manch"rianos da China como -anj"shrise os c*ars r"ssos como TarasA < prLtica tântrica n#o incl"i tais pessoasA Cont"do considerLlascomo emanaçJes estL de acordo com o conselho +eral -ahayana de evitar alar mal de "al"er"m por"e n"nca podemos airmar "em pode ser "ma emanaç#o de "m (odhisattvaA

E mais al+"mas emanaçJes +rosseiras de i+"ras (0dicas "e os ti(etanos consideram como tendosido i+"ras hist.ricas seriam diíceis de conirmaç#o por padrJes ocidentaisA ;m exemplo

 proeminente 2 TaraA Tara aparece" como "m indivíd"o "e d"rante "ma vida desenvolve" como"ma m"lher a (odhichitta e transormo"se n"m (odhisattvaA Ela e* votos de a partir daícontin"ar sempre a renascer como m"lher e de atin+ir a il"minaç#o n"ma orma eminina paraincentivar as m"lheres a se+"ir o caminhoA

$i"ras údicas como )ecipientes para a Prática

<s i+"ras (0dicas s#o mais do "e emanaçJes "e representam vLrios atores da nat"re*a (0dicaQelas tam(2m servem como recipientes de m0ltiplos prop.sitosA < motivaç#o para a prLtica-ahayana 2 a de nos transormarmos em 6"da para o (eneício de todosA TornLrmonos n"m 6"dare"er a reali*aç#o de ac"ldades ísicas com"nicativas e mentais il"minadorasA Tais ac"ldadesnecessitam do recipiente de "ma orma ísicaA 3is"ali*armonos como "ma i+"ra (0dica a+e como"ma ca"sa para o(termos "m recipiente ísico P o corpo il"minador de "m 6"daA 'erve tam(2mcomo "m recipiente ade"ado Is vLrias prLticas tântricas para alcançar a il"minaç#o tal comovis"ali*ar os charas e os canais do corpo s"tilA

Como todos os ("das as i+"ras (0dicas aparecem n"ma vasta rede de ormas variadas para (eneiciar os o"tros de vLrias maneirasA !or exemplo o tantra a(ran+e seis classes de prLtica deacordo com o sistema Nyin+ma e "atro de acordo com as escolas Ka+y" 'aya e el"+A <l2mdisso cada tradiç#o ti(etana transmite vLrios estilos de prLtica para cada classe de tantraA "al"eri+"ra (0dica pode servir como recipiente para "al"er n0mero de prLticas de "al"er n0mero detradiçJes ti(etanas e de "al"er n0mero de classes de tantraA Em "ais"er dessas prLticas amesma i+"ra (0dica pode aparecer em ormas diversas em post"ras diversas com cores e n0merosde caras e mem(ros dierentesA 9s detalhes das aparHncias dependem do n0mero de aspectos danat"re*a (0dica o" da il"minaç#o "e a i+"ra e as s"as características representamA !or exemplo<valoiteshvara aparece em todas as classes de tantra em todas as tradiçJes so*inho o" como partede "m casal sentado o" de p2 (ranco o" vermelho com "ma o" on*e ca(eças e com dois "atro

o" mil (raçosA No entanto n#o o(stante a orma o" a prLtica <valoiteshvara ainda serve como "mrecipiente para a ocali*aç#o na compaix#oA

#iversidade C"lt"ral nas $i"ras údicas

<l+"ns ocidentais sentem "e as i+"ras (0dicas s#o estranhas demais para satisa*erem asnecessidades dos praticantes de tantra ocidentaisA Eles +ostariam R"e ho"vesseS modiicaçJes nass"as ormasA <ntes de a+irem precipitadamente eles talve* p"dessem (eneiciar de est"dos so(re os

 precedentes hist.ricosA

"ando a prLtica do tantra se dissemino" da %ndia I Xsia do leste e ao Ti(ete al+"mas das i+"ras

 (0dicas alteraram certamente de ormasA Cont"do a maioria das m"danças oi menorA !or exemploas características aciais oram de encontro I"elas das raças locais e no exemplo da China aro"pa as post"ras e os penteados tam(2m correspondiamA < alteraç#o mais radical oi com<valoiteshvara "e se transormo" de homem em m"lher na Xsia central e do lesteA ;ma

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explanaç#o tradicional -ahayana para o enUmeno 2 "e os ("das s#o mestres de meios hL(eis e portanto maniestamse de ormas diversas para servir sociedades variadasA 9s chineses assocíammais conortavelmente a compaix#o com as m"lheres do "e com os homensA 9s ("dolo+istasairmam "e os mestres tântricos i*eram estas modiicaçJes eles mesmos "sando meios hL(eis

 para adaptar as ormas ao +osto c"lt"ralA 9s -ahayana ar+"mentam "e os mestres rece(eram ainspiraç#o e a orientaç#o para as m"danças das pr.prias i+"ras (0dicas em visJes p"ras e em

o"tras revelaçJesA Em "al"er caso o ponto em com"m 2 "e o princípio ("dista de meios hL(eisre"er a modiicaç#o das ormas para "e se aj"stem e assim (eneiciem c"lt"ras dierentesA

<s m"danças "e ocorreram nas i+"ras (0dicas encaixaram dentro do domínio do estilo asiLtico decriatividadeA )eram nova vida Is ormas padr#o e harmoni*aramnas com variados "ndos c"lt"raisAConsistente com esta tendHncia as i+"ras (0dicas no ocidente podem ra*oavelmente adotarm"sc"lat"ra e características aciais ocidentaisA No entanto dado "e os ocidentais est#o ha(it"adosI diversidade c"lt"ral 2 provavelmente desnecessLrio "e as i+"ras (0dicas m"dem a s"a ro"pa

 para a moda modernaA E mais I l"* da aceitaç#o ocidental contemporânea da i+"aldade sex"al parece tam(2m improvLvel "e m"danças de +Hnero necessitem de ocorrerA

<pesar das modiicaçJes certas características das i+"ras (0dicas permaneceram intocadas "ando

o tantra se dissemino" de "ma c"lt"ra asiLtica I o"traA < mais visível 2 a retenç#o dos mem(rosm0ltiplosA <valoiteshvara ainda se maniesta com mil (raços seja n"m corpo masc"lino na %ndiao" eminino na ChinaA !essoas com mil(raços s#o estranhas I experiHncia com"m de "al"erc"lt"raA -as como "m sím(olo de compaix#o para aj"dar o"tros de mil maneiras o si+niicado dosmil (raços 2 compreensível a "al"er "mA

<l2m disso as caras e os mem(ros m0ltiplos representam os m0ltiplos aspectos e reali*açJes danat"re*a (0dica ao lon+o do caminhoA !or exemplo 2 diícil manter presença mental sim"ltânea devinte e "arto "alidades e reali*açJes de "ma maneira a(strataA <o representLlas +raicamentecom os vinte e "atro (raços 2 mais Lcil mantHlas em mente todas de "ma ve* "ando nosvis"ali*armos a n.s pr.prios com "ma variedade de (raçosA Eliminar as características de mem(ros

m0ltiplos das i+"ras (0dicas a im de se a*er a s"a vis"ali*aç#o mais conortLvel para osocidentais sacriicaria esta aceta essencial da prLtica do tantra P o entrelaçar dos temas do s"traA

' Possível ?so de !cones )eliiosos 'cidentais como $i"ras údicas

"ando as prLticas do tantra se tornam t#o intensamente p"(licitadas e (em conhecidas "e setornam (anais elas deixam de inspirar os praticantesA "ando isso acontece os ("das revelamnovas ormas de prLtica aos mestres tântricos em visJes p"rasA <s revelaçJes incl"em comre"Hncia ormas li+eiramente dierentes de i+"ras (0dicasA '"a 'antidade o Y%3 )alai Mamaexplico" "e o enUmeno contin"arL ind"(itavelmente no "t"roA < s"a prediç#o a* sentido ace Icomerciali*aç#o do ("dismo ti(etano e do s"r+imento de prod"tos tal como tshirts com a ima+em

de KalacharaA <s i+"ras (0dicas e as s"as prLticas necessitam de permanecer privadas e especiaisde modo a reterem a s"a "alidade sa+radaA 'e os praticantes virem (e(Hs (a(ando o alimento nosse"s tshirts com a ima+em de Kalachara podem começar a achar menos inspirador a a"tovis"ali*aç#o como KalacharasA No entanto se novas ormas de i+"ras (0dicas s"r+irem noocidente "e ormas ser#o as mais 0teis e inspiradorasZ

<l+"ns ocidentais sentem "e a vis"ali*aç#o de si pr.prios como ícones reli+iosos ocidentaisamiliares tais como Ves"s o" -aria em ve* de como i+"ras indianas estranhas pode ser "m meiohL(il de adaptar o tantra ao ocidenteA <inal di*em eles Ves"s e -aria representam o amor e acompaix#o tal como <valoiteshvara e TaraA <l2m disso se os ("das podem emanar em "ais"erormas certamente podem emanar como Ves"s o" -aria para (eneiciar os ocidentaisA )e novonecessitamos de manter em mente os precedentes hist.ricosA

9s +overnantes manch"rianos da China tentaram "niicar os mon+.is e os chinHses de &an so( se"domínio com(inando o ("dismo ti(etano com o con"cionismoA <ssim por ra*Jes p"ramente

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 políticas chamaram Con0cio "ma emanaç#o de -anj"shri aprovaram a composiç#o de rit"aistântricos para a*er oerendas ao (odhisattva Con0cio e as cerim.nias patrocinadas em 6eijin+

 (aseadas nestes textosA Cont"do os rit"ais n#o envolviam a vis"ali*aç#o se n.s pr.prios como ai+"ra (0dica de Con0cio/-anj"shriA

 No entanto na %ndia al+"mas deidades hind"s tais como anesh com ca(eça de eleante 4de"s da prosperidade8 e 'arasvati 4de"sa da express#o m"sical e artística8 apareceram como i+"ras (0dicas para a a"tovis"ali*aç#o na prLtica tântricaA Como mencionado acima praticantes do tantra hind" e ("dista mist"raramse na %ndia anti+a e compartilhavam m"itas características da prLticaA N#o s.deidades hind"s apareceram como emanaçJes do 6"da na prLtica ("dista mas tam(2mcorrespondentemente o hind"ismo incl"i" o 6"da como "ma das de* maniestaçJes 4sânscA avatar 8de 3ishn" "m dos se"s de"ses principaisA < incl"sividadeplena 2 "ma característica compartilhada

 pela maioria das reli+iJes indianasA

<s reli+iJes monoteístas por o"tro lado consideramse como +"ardi#s da verdade excl"sivaA 9sse"s líderes icariam ind"(itavelmente oendidos se reli+iJes n#oteístas tais como o ("dismodeclarassem "e as s"as i+"ras mais sa+radas ossem emanaçJes do 6"da e as incorporassem nass"as prLticas partic"larmente em prLticas "e envolvam ima+ens sex"aisA ;m dos votos do

 (odhisattva 2 evitarse a*er al+o "e leve os o"tros a depreciarem os ensinamentos do 6"daA Ent#oadaptar Ves"s e -aria para a a"tovis"ali*aç#o do tantra pode prej"dicar relaçJes inter2A

<l2m disso características associadas I ima+em de Ves"s tal como a cr"* e a coroa de espinhostHm "m si+niicado pro"ndo dentro do contexto crist#oA -esmo se o ("dismo ocidental asadaptasse como sím(olos ("distas a maioria dos praticantes ocidentais encontraria diic"ldades emdesassociLlas das conotaçJes crist#sA !or"e a maioria dos sím(olos envolvidos com as i+"ras

 (0dicas tais como l.t"s e j.ias estL praticamente livre de associaçJes para a maioria dosocidentais est#o a(ertos a exprimir os se"s si+niicados pretendidos e assim mais ade"ados ao "sona prLtica do tantraA Conse"entemente se novas ormas de i+"ras (0dicas emer+issem no "t"ro

 para rej"venescer as prLticas elas provavelmente se+"iriam o precedente e seriam variaçJes

menores de ormas precedentesA Cont"do contrariamente aos prod"tos no mercado livre n#ohaverL nenh"ma necessidade para novos modelos melhorados todos os anosA

B !maeria Tântrica

E0aminando os Mal-Entendidos

;m dos aspectos mais perplexos e mais acilmente mal entendido do tantra 2 a s"a ima+erias"+estiva de sexo adoraç#o ao dia(o e violHnciaA <s i+"ras (0dicas aparecem re"entementecomo casais em "ni#o m"itas tendo caras demoníacas aparecendo de p2 rodeadas de lamas e aespe*inhar seres indeesos de(aixo dos se"s p2sA 9s primeiros er"ditos ocidentais vindos

re"entemente de "ma herança social victoriana o" missionLria icaram horrori*ados ao ver essasima+ensA

-esmo hoje em dia al+"mas pessoas acreditam "e os casais si+niicam a exploraç#o sex"al dasm"lheresA 9"tros ima+inam "e os pares em "ni#o representam a transcendHncia de toda ad"alidade at2 ao ponto em "e n#o hL nenh"ma dierença entre o 5(em7 e o 5mal7A !or conse+"inte

 pensam "e o tantra 2 imoral e "e n#o s. aprova mas at2 incentiva o "so do Llcool e das dro+as e ocomportamento hedonista criminal e desp.ticoA <l+"ns v#o at2 ao ponto de ac"sar mestres tântricos

 (emrespeitados de conspirar para a con"ista do m"ndoA

9s ocidentais n#o oram os primeiros a declarar o tantra como "ma orma de+enerada de ("dismoA"ando o tantra che+o" ori+inalmente ao Ti(ete em meados do s2c"lo 3%%% m"itos interpretaram a

ima+eria literalmente como concedendo licença livre ao sacriício rit"al de sexo e san+"eA'"(se"entemente nos inais do s2c"lo %Y "m conselho reli+ioso (ani" trad"çJes oiciaisadicionais de textos tântricos e proi(i" a incl"s#o de terminolo+ia tântrica no se" rande

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 icionário S:nscrito(+ibetano$A ;m dos incentivos principais "e levo" os ti(etanos a convidarmestres indianos para a se+"nda propa+aç#o do ("dismo no Ti(ete oi o de el"cidar os malentendidos so(re o sexo e a violHncia no tantraA

 Nem todos os ocidentais "e tiveram contato inicial com o tantra acharam a s"a ima+eria perversaA!arte deles entende"a mal de o"tros modosA <l+"ns por exemplo acharam "e a ima+eria sex"alsim(oli*ava o processo psicol.+ico de inte+raç#o dos princípios masc"linos e emininos dentro decada pessoaA 9"tros como m"itos ti(etanos inicialmente acharam as ima+ens er.ticasA <t2 nos diasde hoje al+"mas pessoas viramse para o tantra esperando encontrar novas e ex.ticas t2cnicassex"ais o" "ma j"stiicaç#o espirit"al para a s"a o(sess#o pelo sexoA 9"tros acharam asaterrori*adoras i+"ras ascinantes pela s"a promessa de conceder poderes extraordinLriosA Tais

 pessoas se+"iram os passos de K"(lai Khan o con"istador mon+ol do s2c"lo Y%%% "e adoto" otantra ti(etano desejando so(ret"do "e o osse aj"dar o(ter vit.ria so(re os se"s adversLriosA

<ssim os malentendidos so(re o tantra s#o "m pro(lema recorrenteA < ra*#o pela insistHncia dotantra na man"tenç#o dos se"s ensinamentos e ima+ens secretos 2 a de evitar tais concepçJeserradas e n#o a de esconder al+o perversoA <penas a"eles com s"iciente preparaç#o no est"do emeditaç#o est#o em posiç#o de compreender o tantra dentro do se" correto contextoA

Casais em ?nião

Tra*er I consciHncia e inte+rar os princípios masc"linos e emininos s#o partes importantes e 0teisdo caminho para a mat"ridade psicol.+ica como ensinado por vLrias escolas terapH"ticas (aseadasnos tra(alhos de V"n+A Cont"do j"l+ar o tantra ("dista como a anti+a onte desta a(orda+em 2 "mainterpolaç#oA 9 mal entendido adv2m da vis#o de i+"ras (0dicas como casais em "ni#o e datrad"ç#o incorreta das palavras em ti(etano para casal yab(yum como masc"lino e emininoA Naverdade as palavras si+niicam pai e m#eA <ssim como "m pai e "ma m#e em "ni#o s#o necessLrios

 para se prod"*ir "ma criança do mesmo modo o m2todo e a sa(edoria em "ni#o s#o necessLrios para dar I l"* a il"minaç#oA

9 m2todo o pai representa a (odhichitta e vLrias o"tras ca"sas ensinadas no tantra para se o(ter oscorpos ísicos il"minadores de "m 6"da o" a consciHncia onisciente da verdade convencional de "m6"daA < sa(edoria a m#e representa a apreens#o da vac"idade com vLrios níveis da mente comoca"sa para a mente il"minadora de "m 6"da o" para a consciHncia onisciente de "m 6"da daverdade mais pro"ndaA 9(ter a "ni#o da mente e dos corpos ísicos de "m 6"da o" a consciHnciaonisciente de "m 6"da das verdades convencionais e mais pro"ndas de todas as coisas re"er a

 prLtica da "ni#o do m2todo e da sa(edoriaA !or"e as c"lt"ras indianas e ti(etanas tradicionais n#ocompartilham o sentido (í(lico de p"dor so(re o sexo n#o tHm ta("s so(re o "so da ima+eria sex"al

 para sim(oli*ar esta "ni#oA

;m nível de si+niicado do pai como m2todo 2 a consciHncia de pleno HxtaseA < "ni#o do pai e da

m#e si+niica a consciHncia de pleno Hxtase j"ntamente com o entendimento da vac"idade o" sejao entendimento o" o" compreens#o da vac"idade com "ma consciHncia de pleno HxtaseA <"i aconsciHncia de pleno Hxtase n#o se reere ao Hxtase da li(eraç#o or+Lsmica como no sexo com"mmas a "m estado mental de elicidade plena conse+"ido atrav2s dos m2todos avançados de yo+a"e tra* os ventosener+ia 4lung% rlung Q sânscA 'rana8 para o canalener+ia centralA ;ma s"cess#o

 prolon+ada de momentos de "m tal estado mental 2 cond"cente ao alcance do nível mais s"til dacontin"idade mental a nossa contin"idade de l"* clara o nível mais eiciente de experienciaç#o

 para o entendimento da vac"idadeA 9 a(raçar do pai e da m#e ent#o sim(oli*a tam(2m o aspectode pleno Hxtase da "ni#o do m2todo e da sa(edoria mas n#o si+niica de modo al+"m o "so do sexocom"m como "m m2todo tântricoA

 Nos estL+ios inais do caminho da classe mais elevada do tantra os m2todos avançados de yo+a para atrair os ventosener+ia para o canal central envolvem "m homem e "ma m"lher sentadosn"ma post"ra de "ni#oA Cont"do lon+e de ser explorativo 2 re"erido "e am(os os parceiros

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tenham atin+ido o mesmo nível avançado de desenvolvimento espirit"alA %sto incl"i "e am(ostenham alcançado o nível de controlo das s"as ener+ias s"tis e das s"as mentes de modo a "eem(ora as pontas ineriores dos se"s canais centrais estejam em contato am(os evitem a li(eraç#oor+LsmicaA

'entarse em tal post"ra y.+"ica desempenhando complexas vis"ali*açJes e meditando so(re avac"idade 2 eito apenas para se elevar a prLtica aos níveis mais avançadosA N#o 2 eito como

 prLtica principal nem 2 eito re+"larmente e n#o 2 certamente "ma prLtica para os estL+ios iniciaisdo caminhoA

<l2m disso para se evitar toda a possi(ilidade de miso+inia machismo o" cha"vinismo masc"lino"m dos votos tântricos 2 a constante contenç#o de alar mal das m"lheres e de as maltratarA

Não-#"alidade

"al"er iniciaç#o tântrica re"er a tomada de votos de contenç#o do comportamento destr"tivoAEm todas as classes de tantra os praticantes rece(em os votos (odhisattva de se conterem emcomportamentos "e possam prej"dicar os o"tros o" "e possam daniicar as s"as capacidades de

aj"dar os o"trosA < (ase re"erida 2 a pr2via tomada de re0+io 4a tomada de "ma direç#o se+"ranas s"as vidas8 e a man"tenç#o de al+"m nível de votos lei+os o" monLsticos tais como acontenç#o em matar ro"(ar mentir ter comportamentos sex"ais impr.prios e tomar intoxicantesA <iniciaç#o Is d"as classes mais elevadas de tantra re"er tam(2m a tomada de votos tântricos acontenç#o de comportamentos "e possam daniicar o se" pro+resso espirit"al tal comone+li+enciar a man"tenç#o diLria da presença mental na vac"idadeA

3ac"idade n#o si+niica "e na verdade t"do incl"indo a 2tica n#o existeA Ela n"nca ne+a asdistinçJes convencionais entre o comportamento destr"tivo e constr"tivo nem o "ncionamento daca"sa e do eeito comportamentalA < n#od"alidade representada pelos casais em "ni#o si+niica"e cate+orias tais como 5destr"tivo7 e 5constr"tivo7 n#o existem independentemente "mas daso"trasA '#o desi+nadas em relaç#o "mas Is o"tras e em relaç#o Is s"as ca"sas e eeitosA <ssim irse

 para al2m do d"alismo n#o si+niica o(ter a"toridade para dar r2dea solta ao comportamento e+oístao" a("sivo nem para revo+ar a responsa(ilidade pelas nossas açJesA 'i+niica ad"irir consciHnciada realidade total com a vis#o do interrelacionamento e da interdependHncia de t"doA

<l2m disso "ando os praticantes tântricos aceitam provar "m po"co de Llcool e de carneespecialmente consa+rada d"rante certos rit"ais isso sim(oli*a a p"riicaç#o e o "so das ener+iass"tis nos se"s corpos para alcançar a il"minaç#oA Tal como "ando se rece(e o p#o e o vinhoespecialmente consa+rados n"ma com"nh#o crist# o ato sim(.lico diicilmente sanciona o a("sode Llcool o" de dro+aA

$i"ras Pací(icas e $i"ras Enricas

<s i+"ras (0dicas podem ser pacíicas o" en2r+icas como 2 mostrado ao nível mais simples pelosse"s sorrisos o" pelos se"s lon+os dentes caninos a desco(erto nas s"as (ocasA -aisdetalhadamente as i+"ras en2r+icas tHm caras aterrori*adoras se+"ram "m arsenal de armas eest#o cercadas por chamasA <s descriçJes delas especiicam em pavorosos pormenores as vLriasormas como elas esma+am os se"s inimi+osA !arte da con"s#o "e s"r+e so(re o papel e aintenç#o destas i+"ras en2r+icas vem das "s"ais trad"çJes da palavra R"sadaS para elas troBo 4k&ro(bo sânscA krodd&a8 como deidades "riosas o" iradasA

!ara m"itos ocidentais com "ma ed"caç#o (í(lica a express#o deidade irada carre+a a conotaç#ode "m ser todo poderoso com "ma raiva vin+ativa e moralistaA Tal ser distri("i p"niç#o divina comocorreç#o aos maleitores "e deso(edeceram as s"as leis o" "e o oenderam de al+"m modoA !araal+"mas pessoas "ma deidade irada pode si+niicar at2 o dia(o o" o dem.nio tra(alhando no ladodas trevasA 9 conceito ("dista n#o tem nada a ver com tais noçJesA Em(ora o termo ti(etano derivede "ma das palavras "s"ais para raiva a"i raiva tem mais a conotaç#o de rep"lsa "m estado

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mental a+itado diri+ido a "m o(jeto com o desejo de se livrar deleA <ssim "ma trad"ç#o maisade"ada para 5tro@o7 pode ser a de "ma figura en;rgicaA

<s i+"ras en2r+icas sim(oli*am os meios ener+2ticos e ortes re"entemente necessLrios Iremoç#o dos (lo"eios mentais e emocionais "e nos impedem de sermos perspica*es o"compassivosA 9s inimi+os "e as i+"ras esma+am incl"em o entorpecimento a pre+"iça e oe+ocentrismoA <s armas "e eles "sam incl"em "alidades positivas desenvolvidas ao lon+o docaminho espirit"al tal como a concentraç#o o ent"siasmo e o amorA <s chamas "e as cercam s#oos tipos dierentes de consciHncia pro"nda 4 yes&ey% ye(s&esQ sânscA -nana sa(edoria8 "e red"*emos o(sc"recimentos a cin*asA %ma+inarmonos como "ma i+"ra en2r+ica aj"danos a "tili*ar aener+ia mental e I decis#o de s"perarmos os 5inimi+os internos7A

 Na perspectiva ("dista a ener+ia mais s"til da contin"idade de l"* clara pode ser pacíica o"en2r+icaA "ando associada com a con"s#o as ener+ias pacíicas e en2r+icas e os estadosemocionais s"(jacentes tornamse destr"tivasA !or exemplo a ener+ia pacíica tornase letLr+ica e aen2r+ica tornase irada e violentaA "ando livres da con"s#o as ener+ias podem imediatamentecom(inarse com a concentraç#o e a consciHncia discernente 4 s&erab% s&es(rabQ sânscA 'ra-nasa(edoria8 de modo a estarem disponíveis para o "so positivo e constr"tivoA Com "ma ener+ia

 pacíica podemonos acalmar a n.s e aos o"tros para tratarmos das diic"ldades de "m modointeli+enteA Com a en2r+ica podemonos reavivar a n.s e aos o"tros para termos mais orçacora+em e intensidade mental para s"perar sit"açJes peri+osasA

'&servaç.es Concl"sivas

< p"(licidade e os entretenimentos ocidentais contemporâneos ad"irem em parte o se" s"cessodo ascínio "e a maioria das pessoas tem pelo sexo e a violHnciaA !ara al+"mas pessoas esteascínio tam(2m as atrai ao tantraA Cont"do a s"a atraç#o pode cond"*ílas a alvos mais elevadosA

Em +eral ver o"vir o" en+ajar em sexo e violHncia excita as ener+ias das pessoasA 9s hormUniosl"em e a mente tornase intensaA < violHncia n#o precisa de ser aterrori*adora ela pode incl"iresportes extremos o" de contatoA <l+"mas pessoas nat"ralmente experienciam avers#o o" est#o t#ocansadas de tais coisas "e nada sentemA Considerem por2m a"eles "e se tornam ascinados o"o(cecadosA 'e a con"s#o acompanhar as ener+ias despertadas pelas s"as paixJes tais pessoas

 podem ca"sar pro(lemas para si o" para os o"tros como por exemplo sendo r"desA 'e por o"trolado as pessoas acompanharem as ener+ias com presença mental concentraç#o e discernimentoelas podem transormar e "sar as ener+ias para alvos positivosA 9 tantra oerecenos m2todos hL(eis

 para prod"*ir esta transormaç#o especiicamente com o interesse de aj"dar os o"trosA Cont"do para se colher todos os (eneícios da prLtica tântrica precisamos de "ma compreens#o mais pro"nda dos processos envolvidosA

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Tomar a !niciação 2alac7a3ra!"(licado ori+inalmente como6er*in <lexanderA +aking t&e alac&akra InitiationA %thaca 'no@ Mion 1[[F

$eimpress#o: Introduction to t&e alac&akra InitiationA%thaca: 'no@ Mion >?1?A

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Parte !: !ntrod"ção e reve #escrição

1 !ntrod"ção ao Tantra

A Necessidade de "ma A&ordaem )ealista

Transormarmonos n"m 6"da al+"2m "e estL totalmente desperto si+niica s"perartodas asalhas e reali*ar todos os potenciais a im de aj"dar os o"trosA Com tanto sorimento no m"ndo

 precisamos "r+entemente encontrar os m2todos mais eica*es para alcançar este o(jetivoA <iniciaç#o Kalachara oerece "ma oport"nidade de nos encontrarmos com tais m2todosA < palavrati(etana para iniciaç#o Bang  si+niica poder e "ma iniciaç#o 2 mais exatamente "mempoderamentoA Ela dLnos o poder e a ha(ilidade de en+ajar em certas prLticas meditativas paraalcançarmos a il"minaç#o e assim transormarmonos n"m 6"da a im de (eneiciar os o"tros damelhor maneira possívelA

Kalachara 2 "m sistema de meditaç#o do nível mais elevado do tantra ("dista anuttarayogaA<l+"mas pessoas tHm noçJes es"isitas so(re o tantra e ima+inam com +rande antecipaç#o "e

"ma iniciaç#o 2 "ma entrada para "m m"ndo mL+ico de sexo ex.tico e s"perpoderesA "andocompreendem "e este n#o 2 o caso mas "e em ve* disso a prLtica tântrica 2 complexa avançadae re"er "m compromisso s2rio e o manter de m"itos votos icam ass"stadas e desanimadasA TaisreaçJes de excitamento o" medo n#o s#o corretasA !recisamos a(ordar o tantra e a iniciaç#oKalachara de maneira sensataA Como me" proessor principal Tsen*ha( 'eron+ $inpoche "mave* disse: \se vocH praticar m2todos antasiados vocH o(tem res"ltados antasiadosA 'e vocH

 praticar m2todos realistas vocH o(tem res"ltados realistas\A

' ;"e o Tantra

 A 'alavra tantra si+niica "m eterno contin""mA Contin""ms eternos "ncionam em trHs níveis:

como (ase caminho e res"ltadoA No nível da (ase o eterno contin""m 2 a nossa mente Pespeciicamente o se" nível mais s"til conhecido como a clara l"* primordial P "e dL contin"idadea todas as nossas vidasA Como "m eixe de p"ro laser de meras claridade e consciHncia n#oad"lterado pelas +rosseiras oscilaçJes do pensamento concept"al o" das emoçJes pert"r(adorasestL s"(jacente a cada momento da nossa experiHncia "er estejemos acordados o" a dormirA 'e amente or considerada como "m rLdio "e toca para sempre se" nível mais s"til 2 semelhante ImL"ina estar simplesmente li+adaA ;m rLdio permanece li+ado d"rante o processo de se deixar"ma estaç#o estar entre ondas/aixas e sintoni*ar no"tra re"HnciaA )o mesmo modo a nossamente mais s"til n"nca desli+a e por isso 2 a (ase para as nossas experiHncias da morte bardo 4oestado entre renascimentos8 e concepç#o de "ma nova vidaA Nem a estaç#o o vol"me e nem oestLtico temporLrio aetam o ato de "e o rLdio estL li+adoA )o mesmo modo nem o estat"to dorenascimento a intensidade da experiHncia e nem as \mLc"las passa+eiras\ dos pensamentos o"sensaçJes passa+eiras aetam a nossa mente de l"* claraA Esta mente mais s"til prosse+"e at2 I

 ("deidade e 2 a (ase para alcançar a il"minaç#oA

<l2m disso cada contin""m de l"* clara "er antes "er depois da il"minaç#o 2 individ"alA Todosos rLdios n#o s#o o mesmo rLdio em(ora cada receptor "ncione da mesma maneiraA <ssim n#oexiste "ma mente de l"* clara "niversal o" tantra(ase em "e cada "ma das nossas mentes

 participaAA

9 se+"ndo nível de tantra o eterno contin""m do caminho reerese a "m m2todo especíico paranos transormarmos n"m 6"da o" seja a prLticas meditativas "e envolvem i+"ras (0dicasA Este

m2todo 2 Is ve*es chamado \yo+a da deidade\A 9 terceiro nível o eterno contin""m res"ltante 2 acontin"idade sem im dos corpos (0dicos o" Corp"ses de "m 6"da "e o(temos com a il"minaç#oA<j"dar aos demais de maneira completa re"er corpos o" corp"ses de conhecimento sa(edoriaexperiHncia e ormas para se ade"ar a cada ser e cada ocasi#oA $es"mindo o tantra envolve "m

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eterno contin""m de prLtica com i+"ras (0dicas para p"riicar o nosso eterno contin""m mentaldas s"as mLc"las passa+eiras a im de conse+"ir na s"a (ase o eterno contin""m dos Corp"ses de"m 6"daA 9s textos "e disc"tem estes t.picos tam(2m s#o chamados \tantrasA\

Doa da #eidade

Existem pessoas "e icam perplexas com a prLtica tântrica de coniar/depender em deidades "eal+"mas lín+"as trad"*em como \de"ses\A No entanto estas deidades n#o s#o criadores onipotentesnem seres em estados limitados de renascimento repletos de pra*eres celestiaisA Em ve* disso s#oormas extraordinLrias masc"linas e emininas em "e os 6"das se maniestam a im de aj"dar

 pessoas com variadas inclinaçJes a s"perar as s"as alhas e reali*ar os se"s potenciaisA Cada "madestas i+"ras (0dicas representa am(os o estado totalmente il"minado mais "ma das s"ascaracterísticas especíicas como por exemplo a compaix#o o" a sa(edoriaA <valoiteshvara porexemplo 2 "ma maniestaç#o da compaix#o e -anj"shri 2 "ma personiicaç#o da sa(edoriaAKalachara representa a capacidade de lidar com todas as sit"açJes a "al"er momentoA < prLticameditativa estr"t"rada em torno de "ma destas i+"ras e da característica "e ela representa ornece"m oco e "ma estr"t"ra clars permitindo "ma pro+ress#o mais rLpida I il"minaç#o do "e a

meditaç#o sem elasA<liviar os sorimentos dos o"tros o mais rLpido possível re"er o m2todo mais eiciente de se o(teras ac"ldades il"minadoras do corpo palavra e mente de "m 6"daA < (ase para o(tHlos 2 a ortedeterminaç#o de livrarmonos das limitaçJes e ao mesmo tempo ad"irir o amor e a compaix#on#o errLticos a a"todisciplina 2tica ri+orosa concentraç#o "ma irme compreens#o da realidade etam(2m a ha(ilidade de aj"dar os o"tros de varias maneirasA "ando tivermos che+ado a certonível precisamos de com(inLlos e apereiçoalos para "e dHem os se"s res"ltadosA 9 tantra nos

 proporciona esse m2todo "e 2 a yo+a da deidadeA Tal como a*er o ensaio inal de "ma peça deteatro ima+inamos "e como i+"ras (0dicas jL poss"ímos a inteira +ama destas ac"ldadesil"minadoras todas j"ntas ao mesmo tempoA ,a*Hlo a+e como ca"sa eica* para inte+rar estas"alidades e o(ter tal orma mais depressaA

Este 2 "m m2todo avançadoA N#o 2 possível ima+inar "e poss"imos todos os rec"rsos de "m 6"dasim"ltaneamente a n#o ser "e primeiro tivessemos praticado cada "m individ"almenteA!recisamosaprender e ensaiar cada cena antes de poder ensaiar a peça inteiraA !or conse+"inte seriaincorreto e insensato tentar a prLtica tântrica sem antes ter o(tido considerLvel experiHnciameditativaA

Treinar a !mainação

< prLtica tântrica "sa o poder da ima+inaç#o P "ma poderosa erramenta "e todos n.s poss"imosA<ssim ima+inar repetidamente "e jL alcançamos al+"m o(jetivo 2 "m m2todo "e nos compele a

alcançLlo mais depressaA '"ponhamos por exemplo "e estamos desempre+adosA 'e todos os diasima+inarmos "e arranjLmos "m empre+o o(teremos s"cesso mais rapidamente do "e seremoermos com depress#o e triste*a na alta de tra(alhoA %sto por"e mantemos "ma atit"de

 positiva so(re a nossa sit"aç#oA Com "ma atit"de ne+ativa at2 nos alta a a"toconiança para proc"rar empre+oA 9 s"cesso o" racasso na vida dependem da nossa a"toima+em e no tantra n.stra(alhamos para melhorLla atrav2s de i+"ras (0dicasA %ma+inar jL sermos "m 6"da dLnos "maa"toima+em extremamente potente para destr"ir hL(itos ne+ativos e/o" sentimentos deincapacidadeA

9 m2todo tântrico n#o envolve apenas o poder do pensamento positivoA <o "sar a ima+inaç#o 2essencial sermos prLtico e manter "ma clara distinç#o entre a antasia e a realidadeA 'e n#o s2rios

 pro(lemas psicol.+icos poder#o s"r+irA !or isso todos os proessores e textos enati*am "e "m pr2re"isito indispensLvel para a prLtica tântrica 2 "m nível estLvel de compreens#o do va*io P aa"sHncia de maneiras antasiadas e impossíveis de existir P e do s"r+ir dependente P o s"r+ir de t"dodependendo de ca"sas e circ"nstânciasA Todos somos capa*es de arranjar "m empre+o por"e

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nin+"2m existe como "m \racasso\ completamente incompetente e arranjar "m tra(alho dependede esorço pessoal e da sit"aç#o econUmicaA

<l+"mas pessoas consideram a yo+a tântrica da deidade como "ma orma de a"tohipnoseACont"do ima+inar jL sermos "m 6"da n#o 2 "ma orma de a"toil"s#oA Cada "m de n.s poss"i jL osatores "e nos permitem alcançar esse o(jetivo : todos n.s jL temos a \nat"re*a (0dica\A 9" seja

 por"e cada "m de n.s tem mente coraç#o capacidade com"nicativa e ener+ia ísica jL poss"ímostodos os materiais nat"rais /cr"s necessLrios para criar as ac"ldades il"minadoras de "m 6"daA)esde "e estejamos cientes "e na verdade ainda n#o alcançamos esse estL+io e n#o nos inlemoscom il"sJes de +rande*a podemos tra(alhar com estas i+"ras (0dicas sem correr peri+os

 psicol.+icosA

 No tantra ent#o ima+inamos "e jL poss"ímos a orma am(ientes ha(ilidades e os pra*eres de "m6"daA 9 corpo ísico de "m 6"da 2 eito de clara l"* transparente capa* de aj"dar os o"tros semcansar e n"nca 2 deiciente em coisa al+"maA %ma+inarmonos deste modo como "ma i+"ra (0dicarepleta de ilimitada ener+ia n#o nos torna \@ora.licos\ nem mLrtires incapa*es de di*er a pala(ra 5n#o7A ] claro "e os praticantes tântricos tam(2m descansam "ando est#o cansadosA N#o o(stantemanter este tipo de a"toima+em aj"danos a expandir os nossos limitesA Todos poss"ímos "m

armane*amento "ase ininito de ener+ia ao "al temos acesso em casos de emer+HnciaA Nin+"2mestL cansado demais para correr e ac"dir o se" ilho "e cai" e se mach"co"A

<l2m disso ao praticarmos o tantra ima+inamos "e o am(iente I nossa volta 2 completamente p"ro e cond"cente para o pro+resso de todosA %ma+inar isto n#o si+niica i+norar as "estJesecol.+icas o" sociaisA !or2m para aj"dar aos o"tros e a n.s pr.prios s"perar a depress#o e ossentimentos de desespero deixamos de remoer nos aspectos ne+ativosA < motivaç#os"icientemente orte e os m2todos eica*es para transormar as nossas atit"des nos trar#o pro+ressoespirit"al n#o importa aonde estejamosA Em ve* de nos "eixarmos incessantemente e sermos "ns

 proetas de catLstroes tentamos tra*er esperança a n.s e ao m"ndoA

 N.s tam(2m ima+inamos "e a+indo como "m 6"da a+e (eneiciamos os o"trosA 'entimos "e

 pela nossa maneira de ser exercemos sem esorço "ma inl"Hncia positiva e il"minadora em todos Inossa voltaA !odemos compreender o "e isto si+niica se estivemos al+"ma ve* na presença de "m+rande ser espirit"al como '"a 'antidade o )alai Mama o" a -adre TeresaA < maioria das pessoasmesmo se em +eral po"coreceptivas sentemse inspiradas e s#o levadas a a+ir de maneira maisno(reA N.s ima+inamos "e temos "m eeito semelhante nos o"trosA < nossa mera presença o"mesmo a menç#o dos nossos nomes acalma os o"tros tra*endolhes pa* mental e ale+ria eestim"landoos a atin+ir novas alt"rasA

,inalmente ima+inamos "e somos capa*es de apreciar as coisas da mesma maneira p"ra com "e"m 6"da as apreciaA Nosso modo normal de apreciaç#o 2 mist"rado com a con"s#o trad"*idam"itas ve*es como \pra*er contaminado\A 'omos sempre críticos e n"nca estamos satiseitosA

9"vimos m0sica mas n#o a podemos apreciar totalmente por"e estamos sempre pensando "e areprod"ç#o sonora n#o 2 t#o (oa como seria se osse no e"ipamento do nosso vi*inhoA ;m 6"da por2m deleitase em t"do sem nem "m traço de con"s#oA N.s ima+inamos a*er isto por exemploao apreciar as oerendas de l"* incenso comida e assim por diante nos vLrios rit"aisA

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?sando a 6is"ali,ação para E0pandir as Nossas Capacidades

-"itas i+"ras (0dicas tHm m0ltiplas características ísicas n"ma variedade de coresA Kalachara por exemplo tem "m arcoíris de "atro caras e vinte e "atro (raçosA No início pode parecerestranho mas hL ra*Jes pro"ndas para istoA Todas as ormas ima+inadas no tantra tHm diversasinalidades e cada "ma das s"as partes e cores tem m"itos níveis de sim(olismoA '"a complexidaderelete a nat"re*a do o(jetivo da transormaç#o em "m 6"daA 6"das precisam manter ativamente namente em sim"ltâneo a toda a +ama das s"as reali*açJes e "alidades para "sLlas eica*mente aoaj"dar os o"trosA <l2m disso 6"das tHm de estar atentos Is in0meras características pessoaisda"eles "e est#o aj"dando de modo a a*er sempre o "e 2 ade"adoA

Este n#o 2 "m o(jetivo impossível por"e jL mantemos m"itas coisas na mente em sim"ltâneoA 'ediri+irmos "m carro por exemplo n.s estamos cientes da nossa velocidade da distância em "e

 precisamos parar o" "ltrapassar o"tro veíc"lo a velocidade e a posiç#o dos carros I nossa volta Isre+ras de cond"ç#o I inalidade e o o(jetivo da nossa via+em os sinais da estrada e assim pordianteA <o mesmo tempo coordenamos os nossos olhos m#os e p2s estamos alertas a r"ídosestranhos do motor e at2 podemos o"vir m0sica e manter "ma conversaA <s vis"ali*açJes tântricasaj"dam a expandir esta ha(ilidadeA

'em nenh"m m2todo seria m"ito diícil treinar para mantermos sim"ltaneamente em mente vinte e"arto insi+hts e "alidades tais como a impermanHncia a compaix#o a paciHncia e assim pordianteA ;m dispositivo mnemUnico ver(al tal como "ma rase composta das letras iniciais de cadaitem na lista 2 0til para nos lem(rarmos deles em ordemA Cont"do representar cada insi+ht e"alidade de "ma orma +rLica tal como os vinte e "atro (raços de "ma i+"ra (0dica a* com"e seja m"ito mais Lcil mantermonos cientes de todos ao mesmo tempoA Considerem o exemplode "m proessor de "ma classe de vinte e "atro criançasA !ara a maioria das pessoas seria m"itodiícil manter em mente as personalidades e as necessidades especiais de cada criança ao planear"ma liç#o em casaA $ever "ma lista com os se"s nomes pode ser "m tanto 0til mas estar aíem renteda classe venod os al"nos tra* imediata e vividamente I mente todos os atores necessLrios para

modiicar a liç#o do diaA9m mandala literalmente "m "niverso sim(.lico 2 "ma aj"da adicional neste processo de expandirnossa atenç#o mental e de ver t"do de maneira p"raA Neste contexto mandala reerese ao palLcioem "e "ma i+"ra (0dica vive e o terreno I s"a voltaA <ssim como as partes do nosso corpo cadacaracterística ar"itet"ral corresponde a "m entendimento o" a "ma "alidade positiva "e

 precisamos manter ativamente em menteA Como "m palLcio "m mandala 2 "ma estr"t"ratridimensionalA ;m mandala eito de p.s coloridos o" desenhado so(re pano 2 como o planoar"itet"ral desse ediícioA )"rante os empoderamentos e a s"(se"ente prLtica de meditaç#onin+"2m vis"ali*a o desenho (idimensional apenas a estr"t"ra "e ele representaA

Prática dos Estáios de 4eração e Completo9 tantra an"ttarayo+a tem d"as ases de prLticaA < primeira o estL+io de +eraç#o envolvecomplexas vis"ali*açJesA )"rante a meditaç#o diLria ima+inamos "ma se"Hncia deacontecimentos "e incl"i nos +erarmos como "ma o" mais i+"ras (0dicas dentro do m"ndosim(.lico de "m mandala e tra*ermos I mente "ma compreens#o o" "m sentimento de variascaracteristicas tais como o va*io e a compaix#oA !ara aj"dar a manter a se"Hncia n.s +eralmentelemos P o" recitamos de mem.ria P uma sad&ana "e 2 "ma esp2cie de livreto para esta prLticadiLria de vis"ali*aç#oA

< se+"nda ase da prLtica 2 o estL+io completo trad"*ido Is ve*es como o \estL+io de complet"de\AComo res"ltado dos esorços eitos d"rante a etapa pr2via t"do estL a+ora completo para o

se+"imento dos procedimentos "e prod"*em o res"ltado "e 2 a transormaç#o em 6"daA Tendotreinado o poder da ima+inaç#o "samolo como a chave para destrancar o nosso sistema de ener+ias"til P os canais e as orças invisíveis dentro do nosso corpo "e aetam a nossa disposiç#o e estado

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mentalA 'em a prLtica do estL+io de +eraç#o anterior este sistema contin"a n#oacessível para o "someditativoA Cont"do depois de termos acesso a ele movermos conscientemente as ener+ias s"tisatrav2s dos se"s canais tra* a nossa mente de l"* clara mais s"til I s"perícieA 9 tra(alho meditativocom este nível da mente cría ent#o as ca"sas imediatas para realmente o(termos os corpos ísicos ea mente de "m 6"daA 9 processo deixa de ser "m de ima+inaç#oA

9 s"cesso no tantra como em t"do na vida se+"e as leis de ca"sa e eeitoA 9 nosso o(jetivo inal 2a ha(ilidade mais plena de (eneiciar a todosA !ara alcancarmos este o(jetivo de "m tantrares"ltante P "m contin""m eterno de Corp"ses de "m 6"da P n.s temos "e transormar o nossotantra (ase o contin""m eterno da nossa mente de l"* clara primordialA Temos de a*elo "ncionarcomo "m corpo de sa(edoria "e ca"sa "m vasto Corp"s de ,ormas %l"minadorasA %sto re"er "mtantra do caminho "m contin""m eterno de prLticas do estL+io completo e de +eraç#oA Com oanterior n.s revelamos a mente de l"* clara tra(alhando com o nosso sistema de ener+ia s"tilen"anto "e com o se+"ndo desenvolvemos as erramentas para reali*ar essa tarea ao treinar osnossos poderes de concentraç#o e ima+inaç#oA <ssim cada estL+io da prLtica tântrica a+e como aca"sa para o alcance da s"a ase s"(se"enteA

' %ini(icado de )ece&er Empoderamento e Tomar 6otosCada "m de n.s poss"i com nosso tantra (ase os materiais de tra(alho a partir dos "ais ormar osCorp"ses de "m 6"daA Todos os potenciais "e precisamos est#o na nossa mente de l"* clara P oaspecto principal da nossa nat"re*a (0dica o ator principal "e permite a transormaç#o de cada"m de n.s n"m 6"daA !or2m antes de poder tra*er estes potenciais I r"iç#o temos "e ativLlosAEsta 2 a "nç#o de se rece(er o empoderamento e portanto 2 necessLrio o(teloA < iniciaç#o dada

 por "m mestre totalmente "aliicado primeiro remove os o(stLc"los iniciais "e impedem o acessoe o "so destes potenciais (0dicosA )epois desperta e reorça estas ha(ilidadesA Este processo d"plo 2chamado \rece(er p"riicaç#o e plantar sementes\A !or2m o processo s. 2 eica* se ima+inarmos o"sentirmos "e isso estL realmente acontecendoA 9 empoderamento re"er a participaç#o ativa deam(os o proessor e o discíp"loA

;m mestre espirit"al 2 essencial neste processoA Mer "m rit"al n"m livro o" ver "m vídeo do rit"alsendo eito n#o 2 s"icientemente poderoso para ativar os potenciais (0dicosA Temos "e participar

 pessoalmente n"ma experiHncia 5ao vivo7A %sto n#o 2 diícil de entenderA Todos n.s conhecemos adierença "e existe entre o"vir "ma +ravaç#o em casa e ir a "m concerto ao vivoA <trav2s de "mempoderamento dado por "m mestre totalmente "aliicado n.s +anhamos a inspiraç#o coniançae "ma onte de orientaç#o para s"ster toda a prLtica tântrica s"(se"enteA Esta(elecemos tam(2m"ma orte li+aç#o n#o s. com o proessor "e dL a iniciaç#o mas com toda a linha+em dos mestresde onde a prLtica deriva voltando ao pr.prio 6"daA 'a(er "e vLrias pessoas o(tiveramrepetidamente s"cesso espirit"al com estes m2todos 2 psicolo+icamente m"ito importante e

 proporciona"ma +randeconiança na prLticaA <o rece(er o empoderamento n#o estamos

em(arcando n"m empreendimento trivialA N#o estamos antasiando ser o -iceymo"se na)isneylandiaA Estamonos j"ntando a "ma lon+a linha de praticantes s2rios "e s2c"lo ap.s s2c"lovalidaram os m2todos tântricosA

'em "ma treliça onde crescer a videira n"nca se levantaria do ch#oA )o mesmo modo "maestr"t"ra claramente deinida 2 essencial para o desenvolvimento dos potenciais (0dicos depoisdestes terem sido ativadosA Esta 2 a "nç#o dos votos e compromissos "e tomamos n"mempoderamento an"ttarayo+a P eles ornecem a estr"t"ra de s"porte necessLria para todo o

 pro+resso s"(se"enteA < prLtica tântrica n#o 2 "m passatempo ocasional nem 2 limitada ao assentode meditaç#oA < transormaç#o pessoal "e com o tantra empreendemos a(ran+e todos os aspectosda vidaA Como poderiamos prosse+"ir sem claras recomendaçJesZ Estas recomendaçJes s#o

ornecidas pelos compromissos do re0+io e pelos votos tântricos e do (odhisattvaATomar re0+io dL "ma direç#o se+"ra e positiva I vidaA Esorçamonos por remover as nossas alhase reali*ar os nossos potenciais como os 6"das i*eram e os praticantes altamente reali*ados est#o

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a*endoA Com os votos de (odhisattva a(stemonos do comportamento ne+ativo contrLrio a esseo(jetivoA !rometemos n#o a+ir de maneiras "e prej"dicam a nossa ha(ilidade de aj"dar os o"trosA-anter os votos tântricos a* com "e n#o nos desviemos do nosso o(jetivo d"rante ascomplexidades da prLtica tântricaA Em res"mo 2 "m presente maravilhoso e n#o "m pesos"ocante "e 6"da nos de" as recomendaçJes destes votos e treinamentosA N#o temos "eaprender "ais comportamentos adotar o" evitar a im alcançar a il"minaç#o para o (eneício de

todos atrav2s dos nossos errosA$ece(er empoderamento atrav2s de "ma ele+ante cerim.nia dLnos "m ponto de reerHncia "e

 podemos rever como o começo do nosso compromisso ormal I via tântricaA "ando marcamos as+randes transiçJes da vida com rit"ais anti+os n.s as tomamos m"ito mais seriamente do "e astomaríamos se as deixLssemos passar apenas cas"almenteA Em(arcar no veíc"lo tântrico e n"maase mais avançada da prLtica ("dista 2 "ma dessas +ran+es transiçJesA ;m empoderamento com osse"s processos de li+aç#o com "m mestre tântrico e a tomada de votos marca este evento de "mamaneira memorLvelA

Compromisso

-"itas pessoas tHm medo de compromisso com "al"er coisa P "er com "m parceiro "macarreira o" com "m caminho espirit"alA Temendo perder a s"a li(erdade a(ordam "al"ercompromisso com indecis#o e hesitaç#oA 9"tros sentem "e "m compromisso 2 "ma o(ri+aç#omoral e "e se o "e(rarem ser#o mLs pessoasA N#o "erendo tomar "ma decis#o errada nemarriscar serem ma"s tHm diic"ldade de dar "al"er +rande passo na vidaA <inda o"trosconsideram os compromissos como temporLrios e participam neles apenas se ho"ver "ma clL"s"lade escape tal como "m div.rcioA ,a*em compromissos sem seriedade e "e(ramnos acilmenteassim "e experienciam inconveniHnciaA

Tais atit"des s#o "m o(stLc"lo ao pro+resso espirit"al especialmente "ando aplicadas ao nossocompromisso I prLtica tântrica a "m mestre espirit"al o" I man"tenç#o dos votosA ;m caminho do

meio 2 necessLrioA !or "m lado seria insensato apressarmonos com "al"er coisa antes de termosseriamente examinado as conse"HnciasA !or o"tro lado na vida temos "e tomar al+"masdecisJessen#o n"nca che+aremos a l"+ar nenh"mA < maneira de s"perar a indecis#o 2 avaliar honestamentea nossa capacidade e seriedade em a*er "m compromisso sa(er claramente a "H "e nos estamoscomprometendo e compreender pro"ndamente a relaç#o entre compromisso e li(erdadeA!recisamos de tempo e sa(edoriaA

Correspondendo a dierentes níveis de compromisso hL d"as maneiras de estar presente em "mainiciaç#o:odemos o" assistir comoparticipante ativo o" ent#o somente como "m o(servadorinteressadoA 9s participantes ativos tomam todos os votos associados I prLtica tentam a*er asvis"ali*açJes o melhor "e podem e assim rece(er realmente o empoderamentoA

'"(se"entemente modelam as s"as vidas de acordo com as recomendaçJes dos se"s votos een+ajam pelo menos nos níveis iniciais da meditaç#o tântricaA 'e rece(ermos "m empderamentoan"ttarayo+a da tradiç#o el"+ por exemplo começamos "ma prLtica meditativa diLria conhecidacomo a yo+a em seis sessJesA <"eles "e n#o se sentem prontos para tomar tal passo assistemcomo o(servadores e n#o rece(em o empoderamentoA

 N#o hL ver+onha o" c"lpa envolvida em ser "m o(servadorA ] m"ito mais sensato assistirmos destamaneira do "e a*ermos "m compromisso premat"ro "e mais tarde lamentamosA No entanto oso(servadores interessados n#o precisam apenas de se sentar conortavelmente e prestar atenç#o Icerim.nia como a "m divertido espetLc"lo antropol.+icoA &L "ma +rande oport"nidade de +anharm"ito da experiHnciaA <m(os participantes e o(servadores ent#o acham a iniciaç#o maissi+niicativa "ando compreendem de antem#o os atos "ndamentais acerca do tantraA

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Escol7er "m %istema Tântrico

'"ponhamos "e jL temos "ma perspectiva ("dista (Lsica "ma (ase "ncional de introvis#o e "macrença e coniança na eicLcia e necessidade dos m2todos do tantra an"ttarayo+aA 'e sentirmos "eestamos prontos para rece(er o empoderamento o" "e +ostaríamos de assistir a "m comoo(servador interessado a im de a*er "ma conex#o orte para "t"ra participaç#o a per+"ntase+"inte 2: "e sistema an"ttarayo+a escolherZ 9 men" 2 enorme n"ma lín+"a estran+eira e amaior parte de n.s carece de "m relacionamento pr.ximo com "m proessor espirit"al a "em

 poderíamos pedir conselhoA s ve*es por2m n#o temos m"ita escolha visto "e mestres"aliicados raramente vHm I nossa Lrea local e ainda mais raramente d#o "m empoderamento destaclasse mais elevadaA

<ntes de se rece(er "ma iniciaç#o a consideraç#o mais importante di* respeito Is "aliicaçJes do proessorA 'e "ma pessoa n#o "aliicada der iniciaç#o a "m sistema tântrico no "al temos +randeinteresse n#o haverL (eneíciosA "al"er pessoa treinada em rit"ais pode recitar e se+"ir osmovimentos de "ma cerim.nia de iniciaç#o mas sem as "aliicaçJes ade"adas "m charlat#o n#onos dL nadaA -esmo se o proessor or ade"ado a nossa escolha de sistemas tântricos 2 Is ve*esditada pelo "e o"tros pediram e or+ani*aramA < disponi(ilidade cont"do n#o 2 o melhor crit2rio

 para a escolha de "m sistema tântrico de meditaç#oA s ve*es a nossa prioridade 2 esta(elecer "mali+aç#o pr.xima com o proessor e n#o necessariamente com a i+"ra (0dica para "em ele o" elaestL dando o empoderamentoA 9 melhor por2m 2 encontrar o proessor certo e o sistema tântricocertoA !ara determinar se esse sistema seria o de Kalachara precisaríamos conhecelo mehorA

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Tomar a !niciação 2alac7a3ra!"(licado ori+inalmente como6er*in <lexanderA +aking t&e alac&akra InitiationA %thaca 'no@ Mion 1[[F

$eimpress#o: Introduction to t&e alac&akra InitiationA%thaca: 'no@ Mion >?1?A

Parte !: !ntrod"ção e reve #escrição

5 reve #escrição de 2alac7a3ra

Ciclos de Tempo e 2arma

 A 'alavra kalac&akra si+niica ciclos de tempo e o sistema Kalachara apresenta trHs desses ciclos P externos internos e alternativosA 9s ciclos externos e internos lidam com o tempo como n.snormalmente o conhecemos en"anto "e os ciclos alternativos s#o prLticas para alcançar ali(eraç#o destes doisA <s estr"t"ras dos ciclos externos e internos s#o semelhantes similares ao

 paralelo entre o macrocosmo e o microcosmo disc"tido na ilosoia ocidentalA %sto si+niica "e asmesmas leis "e +overnam "m "niverso tam(2m di*em respeito aos Ltomos ao corpo e I nossaexperiHncia da vidaA <s prLticas dos ciclos alternativos tam(2m se+"em esta estr"t"ra de modo anos permitir en+ajar e s"perar estas orças de "ma maneira eicienteA Este imitar 2 de ato "ma dascaracterísticas distintivas do m2todo tântrico an"ttarayo+aA

9 tempo no ("dismo 2 deinido como sendo "ma medida de m"dançaA !or exemplo "m mHs 2 amedida de m"dança envolvida externamente na l"a circ"ndando a terra o" internamente na m"lher

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indo de "ma menstr"aç#o I se+"inteA Tais m"danças s#o cíclicas visto "e os padrJes se repetemem(ora os eventos de cada ciclo n#o sejam completamente idHnticosA < "m nível externo o"niverso passa atrav2s de ciclos cosmicos astronUmicos astrolo+icos e hist.ricosA <o nível internoo corpo atravessa ciclos isiolo+icos m"itos dos "ais tam(2m prod"*em associados ciclos mentaise emocionaisA <l2m disso assim como os "niversos se ormam expandem contraiem desapareceme depois ormamse "ma ve* mais seres individ"ais atravessam renascimentos contín"os repetindo

nascimentos crescimentos envelhecimentos e mortesA Normalmente a passa+em do tempo exercita "m eeito de(ilitanteA <o envelhecermos a nossavis#o a"diç#o mem.ria e orça ísica enra"ecem +rad"almente e por im morremosA )evido aoape+o comp"lsivo e I con"s#o so(re "em somos e como existimos tomamos renascimentos semtermos "al"er controle so(re este processo o" circ"nstâncias tendo cada ve* de tornar a aprendert"do "e antes sa(iamosA <ssim "e cada "ma das nossas vidas evolve so(re o c"rso do tempo os

 potenciais cLrmicos das nossas açJes precedentes amad"recem em ade"ados momentosastrol.+icos hist.ricos e do ciclo vital nos vLrios acontecimentos "e experienciamosA <l+"nsdestes s#o a+radLveis mas m"itos n#o s#oA !arece "e temos po"ca escolha so(re o "e nosacontece na vidaA

$es"mindo os ciclos do tempo externos e internos delineiam o samsara P os renascimentosincontrolLvelmente recorrentes cheios de pro(lemas e diic"ldadesA Estes ciclos s#o diri+idos porimp"lsos de ener+ia conhecidos no sistema Kalachara como \ventos do arma\A ! karma 2 "maorça intimamente li+ada I mente e s"r+e devido I con"s#o so(re a realidadeA %ma+inar "e n.so"tros e t"do I nossa volta existe na maneira "e a nossa mente os a* parecer P como se tivessemidentidades concretas e permanents esta(elecidas de dentro de cada ser o" coisa P n.s a+imos com

 (ase nesta con"s#o com ape+o raiva o" est"pide*AA !ensamos por exemplo: \e" so" mesmo assima"eles o(jetos o" pessoas s#o certamente assim e" tenho de poss"ir estas coisas como sendominhas e livrarme da"elas "e me incomodam\ e assim por dianteA "al"er aç#o ísica ver(alo" mental cometida com (ase nessa maneira rí+ida e con"sa de pensar constr.i potenciais e hL(itoscLrmicosA 'o( circ"nstâncias ade"adas estes potenciais o" \sementes de arma\ amad"recem na

orma de imp"lsos "e nos compelem a repetir estes atos e a entrar em sit"açJes em "e açJessimilares nos acontecemA !odemos ver isto prontamente se examinarmos com c"idado ocomportamento imp"lsivo "e estL por atrLs dos acontecimentos pessoais e hist.ricos "eexperienciamosA "antas pessoas v#o de "m ma" casamento a o"tro e "antos países de "ma criseI se+"inteZ

9s potenciais cLrmicos de ato ca"sam "ma +rande variedade de imp"lsos "e aetam as nossasvidasA 9s potenciais cLrmicos coletivos das açJes precedentes de "m +rande n0mero de seres Pincl"indo n.s pr.prios P ca"sam por exemplo o imp"lso para a evol"ç#o de "m "niverso comam(ientes especíicos e ormas de vida especíicas em "e n.s e estes seres tomamoss"(se^entemente renascimentoA Estes potenciais coletivos tam(2m ca"sam os imp"lsos "e

diri+em as leis ísicas e (iol.+icas "e +overnam esse "niverso P dos padrJes climLticos dos se"s planetas aos hL(itos do ciclo de vida de cada esp2cie nelesA Explicam tam(2m os imp"lsos por trLsdo comportamento diLrio instintivo característico de cada orma de vidaA

)entro deste contexto os potenciais cLrmicos individ"ais na j"nç#o apropriada dos ciclos internosde cada ser P depois de cada morte P prod"*em o imp"lso de renascer n"m am(iente especíico com"m corpo especíicoA Este imp"lso 2 relativo a "m ponto evol"cionLrio partic"lar no ciclo externode "m "niversoA N.s n#o podemos renascer como "m dinossa"ro n"ma loresta primordial "andoesta orma de vida e o am(iente jL est#o extintosA Todos estes atores "e amad"recem do arma"ncionam j"ntos e harmoniosamente para ornecer o \recipiente\ dentro do "al n.sexperienciamos o amad"recimento de o"tros potenciais cLrmicos pessoais na orma de

comportamento imp"lsivo por trLs dos acontecimentos da vidaA Nascidos n"ma naç#o em +"erran.s imp"lsivamente nos tornamos soldados (om(ardeamos vilas inimi+as e somos "m dia mortosem (atalhaA 9s m"itos níveis dos ciclos de tempo externos e internos entrelaçam de "ma maneiracomplexaA

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Em res"mo o tempo n#o tem começo nem imA 'empre ho"ve e sempre haverL m"dança "e podeser rot"lada como a passa+em do tempoA ;niversos civili*açJes e ormas de vida animadacontin"amente s"r+em e desaparecemA < orma "e tomam depende das açJes e por isso dasmentes da"eles "e os precedemA ] por isso "e hL "m aj"ste harmonioso entre os corpos e asmentes dos seres e o se" am(ienteA <l+"2m nasce como "m peixe para experienciar acontecimentosda vida na L+"a o" como "m ser h"mano no ar e n#o vice versaA Cont"do por"e as mentes dos

seres est#o so( a inl"Hncia da con"s#o os corpos mentalidades e am(ientes "e res"ltam dasaçJes cLrmicas "e eles cometem tHm "m eeito constran+edor e prej"dicialA Estes atores limitamas s"as capacidades de se (eneiciarem a si mesmos e aos o"trosA <s pessoas "e viveram d"ranteas pestes medievais po"co p"deram a*er para contra(alançar os horrores "e enrentaramA

9i&eração dos ciclos do tempo

9s ciclos do tempo alternativos envolvem "ma s2rie +rad"ada de prLticas meditativas do tantraan"ttarayo+aA Eles servem n#o s. como "ma alternativa aos ciclos externos e internos mas como"ma maneira de o(ter a li(eraç#o delesA Cont"do a possi(ilidade de o(ter li(eraç#o do tempo n#oimplica "e o tempo na verdade n#o existe o" "e al+"2m pode viver e (eneiciar os o"tros ora do

tempoA 9 tempo como "ma medida de m"dança tam(2m ocorre como "ma medida dos ciclos dasaçJes de "m 6"daA Mi(eraç#o do tempo si+niica livrarmonos da con"s#o e se"s instintos "erepetidamente prod"*em os imp"lsos o" arma "e nos tornam I mercH da destr"iç#o do tempoA;ma ve* livres jL n#o somos aetados adversamente pela externa esc"rid#o do inverno eclipses+"erras e assim por diante "e ocorrem periodicamenteA Nem somos limitados pelo tipo de corpo"e estL so( o controle de orças (iol.+icas peri.dicas tais como a ome imp"lsos sex"ais cansaçoo" envelhecimentoA Como res"ltado da total compreens#o da realidade tornase possível em ve*disso +erar ciclos "e (eneiciam os o"tros al2m de "ais"er limitaçJes impostas pelo tempoA

9 processo começa com a iniciaç#o de KalacharaA Corretamente empoderados nos en+ajamos na prLtica meditativa do estL+io de +eraç#o e do estL+io completo na orma da i+"ra (0dica chamadaKalacharaA <trav2s destes dois estL+ios n.s o(temos acesso ao nível mais s"til da nossa mente e"tili*amolo para ver a realidadeA !ermanecendo com ele contin"amente concentrados na realidadeelimina a con"s#o e os se"s instintos para sempre tra*endo assim a li(eraç#o dos ciclos de tempoexternos e internosA %sto 2 possível por"e o nosso tantra (ase a nossa mente individ"al de l"* clara2 a (ase de cada momento de experiHncia e tal como o tempo n#o tem imA "ando a nossa mentemais s"til estL livre da ca"sa mais pro"nda "e a* s"r+ir os imp"lsos de ener+ia "e perpet"am osciclos do tempo e do aprisionamento a eles ela a* s"r+ir em ve* disso os corpos de "m 6"da naorma de KalacharaA

A Propaação de 2alac7a3ra

<o tomar a decis#o de rece(er o empoderamento de Kalachara 2 0til sa(er a ori+em destesensinamentos e a hist.ria da s"a propa+aç#oA N.s teremos ent#o a coniança de "e os se"s m2todosoram testados e provados eectivos pelo passar do tempoA

)e acordo com a tradiç#o 6"da ensino" o +antra de alac&akra &á mais de dois mil e oitocentosanos na at"al <ndhra !radesh no '"l da %ndiaA 9s +overnantes da terra n.rdica de 'ham(hala orama a"diHncia principal e preservaram estes ensinamentos no se" paísA No s2c"lo Y dois mestresindianos em expediçJes separadas tentaram alcançar 'ham(halaA No caminho cada "mexperiencio" "ma vis#o p"ra dessa terra em "e rece(e" a transmiss#o do empoderamento deKalachara e ensinamentosA Cada "m espalho" estes ensinamentos na %ndia com apenas li+eirasdierenças na s"a apresentaç#oA ;m dos 0ltimos sistemas de tantra a emer+ir historicamenteKalachara depressa alcanço" proeminHncia e pop"laridade nas "niversidades monLsticas da

 planície an+2tica central e po"co depois nas de CaxemiraA !or im s"r+iram "atro estilos de prLticaA -estres destas Lreas ensinaram Kalachara em 6"rma do Norte na !eníns"la -alay e na%ndon2sia mas este tantra torno"se extinto nestas Lreas pelo s2c"lo Y%3A

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V"ntamente com trad"tores ti(etanos proessores indianos tam(2m transmitiram o Kalachara aoTi(eteA &o"ve trHs transmissJes principais entre os s2c"los Y% e Y%%% com cada linha+em passando"ma mist"ra dierente de aspectos das "atro versJes indianas e introd"*indo li+eiras dierençasadicionais devido I trad"ç#oA <s linha+ens com(inando dierentes componentes destas trHstransmissJes oram transmitidas at2 ao presente primeiro atrav2s das tradiçJes 'aya e Ka+y" edepois tam(2m atrav2s da el"+A 3isto "e a escola Nyin+ma do ("dismo ti(etano apenas transmite

textos indianos "e che+aram ao Ti(ete e oram trad"*idos antes dos inícios do s2c"lo %Y n#o hLnenh"ma linha+em direta Nyin+ma de KalacharaA Cont"do mestres Nyin+ma mais tardiosrece(eram e coneriram de o"tras linha+ens especialmente da do movimento $imey o" n#osectLrio do s2c"lo Y o empoderamento de Kalachara e comentLrios escritos so(re todos osaspectos dos ensinamentosA <l2m disso hL "m estilo Kalachara de dzogc&en o" prLtica da +rande

 pereiç#oA

Entre as "atro tradiçJes ti(etanas Kalachara 2 mais proeminente dentro da el"+A 9 est"do prLtica e rit"ais de Kalachara primeiro rece(eram atenç#o especial no s2c"lo Y3 em Tashilh"npoo mosteiro dos primeiros )alai Mamas e mais tarde dos !anchen Mamas no Ti(ete CentralA <meados do s2c"lo Y3%% espalho"se ao "e os manch" lo+o chamaram de \-on+.lia %nterior\

onde os mon+.is constr"íram a primeira "niversidade monLstica especiicamente dedicada aKalacharaA !elos meados do s2c"lo Y3%%% haviam ac"ldades de Kalachara na corte imperialmanch" em 6eijin+ depois em Tashilh"npo <mdo 4nordeste do Ti(ete8 e na chamada \-on+.liaExterior\A )"rante o s2c"lo Y%Y os ti(etanos e os mon+.is da -on+.lia %nterior e Exteriortransmitiram Kalachara aos mon+.is ("riates da 'i(2ria e eles por s"a ve* no começo do s2c"loYY transmitiram aos mon+.is calmi"es do rio 3ol+a e ao povo t0r"ico si(eriano de T"vaA Talcomo nas o"tras Lreas mon+.is e <mdo +randes setores dos mosteiros principais de cada "madestas re+iJes devotaramse I prLtica de KalacharaA

Este ent"siasmo dos mon+.is do povo de <mdo e de T"va por Kalachara 2 talve* devido Iidentiicaç#o dos se"s países com a lendLria terra n.rdica de 'ham(halaA !or mais de "m s2c"lom"itos r"ssos tam(2m a(raçaram esta crença em conse"Hncia do se" contato com os ("riates e os

calmi"esA -adame 6lavatsy e Niolai $oerich por exemplo deram a 'ham(hala "m papel proeminente na teosoia e no a+ni yo+a as tradiçJes esot2ricas "e cada "m respectivamente"ndo"A <+van )orjiev o enviado ("riate do Y%%% )alai Mama I corte imperial r"ssa convence" o0ltimo c*ar Nicola" %% a aprovar a constr"ç#o de "m templo de Kalachara em 'tA !eters("r+o aoexplicarlhe a li+aç#o da $0ssia com 'ham(halaA

Kalachara tam(2m rece(e" atenç#o proeminente nos instit"tos m2dicos e astrol.+icos de todas as"atro tradiçJes do ("dismo ti(etano dentro do pr.prio Ti(ete -on+.lia e o"tras partes da XsiaCentralA %sto por"e os cLlc"los para compilar o calendLrio ti(etano e determinar as posiçJes

 planetLrias "ma parte +rande da astrolo+ia ti(etana e "ma certa porç#o do conhecimento m2dicoti(etano derivam dos ensinamentos internos e externos de KalacharaA 9 calendLrio mon+ol tal

como os sistemas astrol.+icos e m2dicos derivaram s"(se"entemente dos ti(etanosA <ssimKalachara 2 o e"ivalente ("dista do \santo padroeiro\ destas ciHnciasA

2alac7a3ra e a 9in7a de #alai 9amas

-"itas pessoas sentem c"riosidade so(re a li+aç#o entre '"a 'antidade o )alai Mama e Kalacharae por"e ele dL esta iniciaç#o t#o re"entementeA -odestamente '"a 'antidade ale+a n#o havernenh"ma relaç#o especial entre a linha dos )alai Mamas e Kalachara apesar dos )alai Mamasserem considerados encarnaçJes de "m dos +overnantes de 'ham(halaA N#o o(stante o !rimeiro'e+"ndo '2ptimo 9itavo e o at"al Y%3 )alai Mamas tomaram orte interesse no sistemaKalacharaA )esde a 2poca do 3%% )alai Mama no início do s2c"lo Y3%%% o rit"al e as prLticas de

meditaç#o de Kalachara oram especialidades do -osteiro de Nam+yal o mosteiro pessoal dos)alai Mamas no !alLcio de !otala em MhasaA

 N#o hL restriç#o ao n0mero de ve*es "e o empoderamento de Kalachara pode ser dado d"rante a

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vida de "m mestre e n#o hL nenh"ma ra*#o especial "e leva '"a 'antidade o at"al )alai Mama aconerenciLlo t#o re^entementeA '"a 'antidade disse "e pode dar esta iniciaç#o de (om +rado"ando lhe 2 pedida desde "e as circ"nstâncias sejam avorLveisA )esde 1[F? ele coneri" oempoderamento em n"merosos l"+ares na %ndia assim como na <m2rica do Norte E"ropa-on+.lia e na <"strLliaA 3Lrios o"tros +randes mestres das tradiçJes el"+ Ka+y" 'aya e

 Nyin+ma tam(2m o coneriram extensamenteA )e "e linha+em a iniciaç#o de Kalachara 2

rece(ida po"ca dierença a*A Todas elas nos empoderam a est"dar e praticar a vasta +ama dos se"sensinamentosA

2alac7a3ra e a Pa, M"ndial

9"vimos sempre "e o empoderamento de Kalachara 2 pela a pa* m"ndialA <l+"mas pessoas at2escolheram Kalachara em ve* de o"tros sistemas do tantra de an"ttarayo+a devido a estaassociaç#oA -as "al 2 exatamente a li+aç#o entre Kalachara e a pa* e por"e 2 "e tantas pessoasv#o laZ Em(ora os empoderamentos para os o"tros tantras sejam intencionados apenas para "m

 pe"eno n0mero de discíp"los de cada ve* hL "ma tradiç#o hist.rica de conerir a iniciaç#o deKalachara a +randes m"ltidJes de pessoasA 6"da de"a primeiro ao rei de 'ham(hala e ao se"

s2"ito de noventa e seis +overnantes menoresA 9port"namente os se"s descendentes coneriramno a toda a pop"laç#o de 'ham(hala a im de a "nila contra a ameaça de "ma possível invas#o e prevenir "ma destr"iç#o totalA Esta 2 a ori+em da associaç#o do empoderamento de Kalachara coma pa* m"ndial e da tradiç#o de conerilo a "m +rande n0mero de participantesA

)e acordo com a apresentaç#o de Kalachara dos ciclos hist.ricos le+iJes (ar(Lricas invadem periodicamente o m"ndo civili*ado e tentam eliminar todas as possi(ilidades de prLtica espirit"alA;ma invas#o "t"ra estL predita para o ano >G>G desta era com"m "ando estL dito "e haverLo"tra +"erra m"ndial (r"talA Nessa 2poca aj"da virL de 'ham(hala para derrotar os (Lr(arosA ;manova era do"rada s"r+irL com t"do "e 2 cond"cente I prLtica espirit"al especialmente I deKalacharaA Todos a"eles "e tiverem previamente rece(ido a iniciaç#o de Kalachararenascer#o nessa alt"ra no lado vitoriosoA < motivaç#o mais elevada para se rece(er oempoderamento 2 a de poder praticar os m2todos de Kalachara a+ora a im de alcançar ail"minaç#o nesta mesma vidaA N#o o(stante as pessoas tHm tradicionalmente ido I iniciaç#o com amotivaç#o de plantar sementes cLrmicas para se conectarem a esta "t"ra era do"rada a im de ent#ocompletarem a s"a prLticaA

%7am&7ala

Como 'ham(hala desempenha "m papel proeminente no sistema de Kalachara a maior parte das pessoas sente a c"riosidade de sa(er o "e 'ham(hala realmente 2 e onde se encontraA ] sem d0vidade "ma distorç#o da palavra \'ham(hala\ "e o escritor romântico ocidental Vames &iltondesenvolve" o mito de 'han+rila P "m paraíso secreto na TerraA Em(ora possa haver "m l"+arneste m"ndo representativo de 'ham(hala esse n#o 2 o le+endLrio reinoA 'ham(hala n#o pode serencontrada neste planeta nem em nenh"m o"tro m"ndo distanteA ] por2m "m reino h"mano em"e t"do 2 cond"cente I prLtica espirit"al partic"larmente a de KalacharaA

9s mestres de meditaç#o escreveram textos+"ia em sânscrito e ti(etano para alcançar 'ham(halaAEles descrevem a via+em como sendo ísica apenas at2 certo pontoA 9 temporLrio residente deves"(se"entemente repetir milhJes de mantras e de o"tras prLticas especiais para atin+ir o o(jetivoinalA < via+em a 'ham(hala ent#o 2 principalmente espirit"alA 9 o(jetivo de se rece(er a iniciaç#ode Kalachara n#o 2 che+ar a 'ham(hala nem lL renascer mas como todas as o"tras prLticas

 ("distas mahayana o" do \vasto veíc"lo\ 2 o de se alcançar a il"minaç#o a"i e a+ora para o (eneício de todosA 9 empoderamento planta as sementes "e nos permitem alcançar este o(jetivo e

aj"da a p"riicar al+"ns dos o(stLc"los internos mais .(vios "e impediriam a s"a reali*aç#oA

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Avaliando a Nossa Preparação para )ece&er o Empoderamento

'"ponhamos "e desenvolvemos "m interesse por Kalachara (aseado em sa(ermos al+o so(re osconte0dos especiais dos se"s ensinamentos s"a hist.ria e relaç#o I pa* m"ndialA <inda temos "edecidir se estamos realmente prontos para rece(er o empoderamento e em(arcar na s"a prLtica o"se 2 melhor atender com apreciaç#o como "m o(servador (em inormadoA 9 mais ra*oLvel 2

 (asear a nossa decis#o no nosso nível de preparaç#oA Em(ora centenas de milhares de prostraçJesrepetiçJes do mantra de 3ajrasattva de cemsíla(as e assim por diante sejam extremamente 0teis a

 preparaç#o principal 2 a prLtica do lam(rim P os modos +rad"ados de comportamentocom"nicaç#o pensar e sentir "e cond"*em I il"minaç#oA

9 primeiro passo 2 tomar a direç#o se+"ra sa"dLvel e positiva na vida indicada pelos 6"das se"sensinamentos e a com"nidade dos "e est#o (emavançados nessa direç#oA Trad"*ida +eralmentecomo a \tomada de re0+io\ esta 2 a direç#o do tra(alho pessoal para a s"peraç#o de pro(lemas e odesenvolvimento das "alidades necessLrias para (eneiciar os o"tros t#o inteiramente "anto

 possívelA 'e+"ir esta direç#o na vida si+niica cond"*ir a nossa vida com (ase na compreens#o dasleis de ca"sa e eeito comportamentais e na coniança nelasA !ara evitarmos sorimentos e

 pro(lemas n.s deixamos de a+ir destr"tivamente e para experienciar a elicidade n.s a+imos de

"ma maneira constr"tivaA< mais importante preparaç#o para o tantra 2 esorçarmonos por desenvolver as trHs atit"des

 principais do caminho interior o" perspectivas so(re a vida: ren0ncia (odhichitta e a compreens#oda vac"idadeA < ren0ncia 2 a vontade de a(andonar os pro(lemas e s"as ca"sas e 2 (aseada n"maorte determinaç#o de nos li(ertarmos do sorimento "e eles criamA !or exemplo ao estamostotalmente des+ostosos de estarmos so*inhos e r"strados estamos dispostos e determinados adesistir n#o s. dos nossos relacionamentos doentios com os o"tros como tam(2m dos traçosne+ativos da nossa personalidade e a"toima+em con"sa e distorcida "e ca"sam tanta insatisaç#onas nossas relaçJesA 6odhichitta 2 "m coraç#o decidido a alcançar a il"minaç#o P s"perando todasas limitaçJes e reali*ando todos os potenciais P para o (em de todosA ] motivado pelo amor e pela

compaix#o por todos os seres e por "m sentido de responsa(ilidade de lhes aj"dar tanto "anto possível a s"perar os se"s pro(lemas e a alcançar a elicidade d"rado"raA 9 va*io si+niica "maa"sHncia de maneiras antasiadas de existirA

 Normalmente ima+inamos "e n.s os o"tros e todos os enUmenos existem de maneirasimpossíveis "e n#o est#o de acordo com a realidadeA -entalmente a(ricamos antasias de vLriosníveis de s"tile*a e projetamolas em n.s e em t"do e todos I nossa voltaA !or exemplo a "m certonível ima+inamos "e nascemos para racassar "e n"nca conse+"iremos ter s"cesso emesta(elecer o" manter "ma relaç#o satisat.ria com al+"2m e "e a o"tra pessoa o" circ"nstânciasexternas n"nca est#o em alha "ando as coisas correm malA < "m nível mais s"til estamos

 preoc"pados conosco pensando "e existimos como "m \e"\ s.lido dentro da nossa ca(eça "etememos "e nin+"2m irL +ostar e todos ir#o rejeitarA Con"ndindo estas antasias com a realidadea+imos imp"lsionados pela i+norância e pela inse+"rança "e ela +eraA -esmo antes do s"r+imentode "al"er conlito n.s estamos t#o nervosos e acanhados "e asse+"ramos o racasso do nossorelacionamentoA 9 nosso comportamento n#o s. ac"m"la e reorça "m padr#o de potenciaiscLrmicos para "e pro(lemas amad"reçam em relacionamentos "t"ros como tam(2m provoca oamad"recimento de potenciais passados na orma das at"ais rejeiçJesA

<ntes de in+ressarmos na prLtica tântrica temos de compreender "e pelo menos os níveis mais+rosseiros das nossas projeçJes n#o se reerem a al+o realA Nin+"2m nasce "m racasso e nenh"mrelacionamento estL destinado a racassarA Esta compreens#o vem de "ma perspectiva so(re arealidade o" \vis#o correta\ da vac"idade correspondendo a pelo menos "m dos sistemasmahayana de asserçJes ilos.icas "e 6"da ensino" P o" o chittamatra o" ent#o "m dos vLrios

sistemas madhyamaaA )e acordo com estes sistemas n#o s. n.s como tam(2m t"do 2 va*io deexistir em maneiras antasiadasA 9s sistemas dierem principalmente "anto ao nível de s"tile*a deantasia a "e se diri+emA

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Como preparaç#o adicional para o tantra s#o precisos 2 e coniança nos m2todos tântricos em+eral e partic"larmente nos da s"a classe mais elevada an"ttarayo+a como constit"indo os meiosmais eicientes e eica*es para alcançar a il"minaç#oA "em jL tem esta convicç#o a perspectivados trHs principais caminhos e "m conhecimento do lamrim 2 chamado "m \recipiente ade"ado\

 para rece(er o empoderamento de KalacharaA N.s mesmos devemos avaliar se estamoss"icientemente preparadosA

%"mário da !niciação

9 processo da iniciaç#o d"ra vLrios dias com o primeiro dia sendo "ma ceremUnia de preparaç#ose+"ida +eralmente por dois o" trHs dias do empoderamento em siA < parte mais importante doinício do processo 2 a tomada de re0+io dos votos do (odhisattva e dos votos tântricosA 'em todosestes trHs n.s na verdade n#o podemos rece(er o empoderamento em(ora possamos o(servLlo eretirar +rande (eneícioA 9 empoderamento em si envolve "m complexo processo em "eima+inamos "e nos transormanos n"ma s2rie de ormas especiais entramos na mandala da i+"ra

 (0dica Kalachara e ali experienciamos "ma se"Hncia de p"riicaçJes e o despertar e realçar de potenciais para o "t"ro s"cesso na prLticaA < mandala 2 "m enorme palLcio com vLrios andares

dentro e I volta do "al est#o F>> i+"ras incl"indo "m casal principal no centroA 9 mestreconerenciando o empoderamento aparece sim"ltaneamente como todas estas i+"ras n#o apenascomo a i+"ra centralA <ssim d"rante todo o processo n.s vis"ali*amos a n.s pr.prios ao nosso

 proessor e aos nossos arredores de maneira m"ito especialA

9s estL+ios da iniciaç#o s#o extremamente intricados e sem amiliaridade as vis"ali*açJesenvolvidas podem ser (astante con"sasA -as se como recipientes ade"ados n.s tomarmos osvotos com toda a sinceridade e pelo menos sentirmos com +rande 2 "e todas as vis"ali*açJesest#o realmente ocorrendo podemos ter coniança de "e estamos rece(endo o empoderamentoACom esta (ase se+"ra o passo se+"inte 2 proc"rar mais instr"ç#o e depois tentar t#o sinceramente"anto possível viajar todo o caminho I il"minaç#o como apresentado no alac&akra +antraA

 type=text/javascript

Características $"ndamentais do Tantra<lexander 6er*inV"lho de 1[D revisto and expandido em ,evereiro de >??>

' %ini(icado de Tantra< palavra tantra rgyud$ significa "m contin""m eternoA Existem trHs níveis de tais contin""ms:

1A o contin""m eterno de baseD 2 o contin""m mental individ"al 4l"xomental8 de cada serlimitado 4ser senciente8 com todos os se"s atores de nat"re*a (0dica k&ams de(bz&in

 snying('o8 "e tornam a il"minaç#o possívelQ>A o contin""m eterno do camin&o interior : 2 a contin"idade das prLticas -ahayana com

i+"ras (0dicas yi(dam% deidades tântricas8 "e podem ser "tili*adas sempre visto "e asi+"ras (0dicas n"nca icam cansadasQ tam(em n#o envelhececem e n"nca morremQ

OA o contin""m eterno resultante 2 a contin"idade interminLvel dos corp"ses 4corpos8

il"minadores de "m 6"daA< prLtica do contin""m do caminho interior p"riica as manchas "+a*es do contin""m de (ase de"ma pessoa transormandoo no contin""m res"ltanteA 9s textos "e disc"tem estes t.picos

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tam(2m s#o chamados de tantrasA

As Classes do Tantra<s trHs linha+ens de ("dismo ti(etano do Novo !eríodo de Trad"ç#o P o" seja 'aya Ka+y" eel"+ P dividem o tantra em "atro classes:

1A kriya 4prLtica rit"al de "ma i+"ra (0dica8 "e enati*a prLticas de rit"ais exteriores comoa(l"çJes dieta e jej"mQ

>A c&arya 4prLtica comportamental de i+"ra (0dica8 "e salienta i+"almente o comportamentoexterno e os m2todos interioresQ

OA ioga 4prLtica inte+rada de i+"ra (0dica8 "e enati*a a "tili*acao de m2todos interiores deio+aQ

GA anuttarayoga 4prLtica inte+rada incomparLvel de "ma i+"ra (0dica8 "e ensina m2todos de prLticas interiores especiais e mais avançadosA

< linha+em Nyin+ma do <nti+o !eríodo de Trad"ç#o transmite seis classes de tantra o" seja: asmesmas primeiras trHs e o"tras tres "e correspondem a estL+ios pro+ressivamente mais avançados

de an"ttarayo+a:

GA ma&ayoga 4prLtica m"ito inte+rada de i+"ra (0dica8 "e enati*a a vis"ali*acaoQ A anuyoga 4prLtica inte+rada s"(se"ente de i+"ra (0dica8 "e enati*a o tra(alho com

sistemas de ener+ia s"tilQ DA atiyoga 4prLtica s"premamente inte+rada de i+"ra (0dica8 o" dzogc&en rdzogs(c&en% a

+rande pereiç#o8 "e enati*a o nível mais s"til de atividade mental 4mente8A

PreliminaresTodas as classes de tantra re"erem "e se atinja "m nível de proiciHncia spirit"al com prLticas

 preliminares sngon ()gro% \n+ondro\8 como preparaç#o antes se de em(arcar nos se"s caminhosAEstas incl"em a o(tenç#o de "m nível de esta(ilidade nas prLticas preliminares partilhadas emcom"m com a prLtica s"tra de "m (odhisattva como tam(em o completar de "m certo n0mero de

 prLticas especiais n#o compartilhadas com o s"traA

Preliminares Partil7adas

<s prLticas preliminares partilhadas em com"m com a prLtica s"tra do (odhisattva incl"em ao(tenç#o dos "atro pensamentos "e encaminham a mente para o )harma 4blo(ldog rnam(bz&i8AElas s#o a apreciaç#o:

1A do precioso renascimento h"mano>A da morte e a impermanenciaOA das leis da ca"sa e eeito comportamentais 4'ânscA karma$% GA das desvanta+ens dos renascimentos incontrolavelmente recorrentes  'ânscA samsara8A

Todas as classes de tantra exi+em "ma (ase estLvel nas o"tras prLticas s"tra do (odhisattvaA 9tantra na verdade 2 "m m2todo para com(inar e praticar sim"ltaneamente todas elasA <s prLticasdo s"tra incl"em:

a direç#o se+"ra 4re0+io8Q "ma determinaç#o de ser livre 4ren0ncia8 a a"todisciplina 2tica a concentraç#o a sa(edoria 4 s&es(rab 'ânscA 'ra-na8 do va*io 4'ânscA s&unyata vac"idade8 o amor e compaix#o

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bod&ic&itta 4"m coraç#o dedicado I o(tenç#o da il"minaç#o e ao aj"dar os demais8 as o"tras atit"des de vasto alcance 4'ânscA 'aramita% pereiçJes8 de +enerosidade paciHncia

e perseverança ent"siasticaA

Preliminares Não-Partil7adas

!ara p"riicar orças ne+ativas internas sdig('a 'ânscA 'a'a potenciais ne+ativos8 e ac"m"larorças positivas bsod(nams% 'ânscA 'unya% potencialidades positivas m2ritos8 a prLtica do tantratam(2m exi+e pelo menos "m certo n0mero de preliminares especiais "e n#o s#o compartilhadascom a prLtica s"traA Na maior parte das ve*es elas incl"em cem mil repetiçJes de:

1A prostraçoes eitas j"ntamente com "m verso para a tomada de direç#o se+"ra e "e tam(emreairma a motivaç#o (odhichittaQ

>A o mantra de cem síla(as de 3ajrasattva 4ro(r-e sems('a8 para p"riicaç#oQOA oerendas da mandala sim(.licas de se dar t"do para a o(tenç#o da il"minaç#o e o (eneício

dos demaisQGA "m verso o" mantra de +"r"io+a 4bla(ma)i rnal()byor  \lamay neljor\8 para inte+rar o nosso

corpo ala e mente com os dos mestres espirit"ais "e para n.s s#o ("dasA Mantras 4 sngags8 "e s#o palavras e síla(as repetidas em sânscritoA< etimolo+ia do termo sânscritosi+niica \prote+er a mente\ de ne+atividadesA < mandala 4dkyil()k&or 8 2 o sím(olo de "m "niversoACem mil o" mais repetiçJes tam(2m podem ser exi+idas para vLrias o"tras prLticas preliminariesn#ocompartilhadasA < tradiç#o el"+ por exemplo conta as prostraçoes e os versos de direç#ose+"ra e (odhichitta como d"as prLticas preliminaries distintas acrescentando normalmente mais"atroA %sto torna o n0mero total de preliminares em nove:

1A o mantra de 'amayavajra 4)amtshi+ rdorje8 para p"riicaç#o dos elos pr.ximos especiais4damtshi+ 'tA 'amaya8 "e temos com nossos mestres espirit"aisQ

>A oerendas de sementes de s2samo a 6h"ji 3ajradaa 4_a(yed rdorje mha`+ro8 eitas n"m

o+o para "eimar as orças ne+ativas dos nossos contin""ms mentaisQOA oerendas de ti+elas de L+"aQGA a*er ta("letas de (arro votivas 4tsatsa8 imprimindo nelas al+"ma i+"ra (0dica o" mestre

da linha+emA

Todas as tradiçJes ti(etanas exi+em as preliminaries (Lsicas do s"tra tais como a direç#o se+"ra e o"e a tradiç#o el"+ chama de \os trHs principais caminhos interiores mentais\ 4lam(gtso rnam(

 gsum8 "e s#o: a ren0ncia (odhichitta e a compreens#o correta do va*ioA No minimo precisamosser capa*es de +erar estes caminhos interiores mentais de "ma maneira artiicial 4bcos(ma8 "erdi*er tra(alhar at2 atin+irmos "m estado conceit"al correto delesA %sto se a* com "ma (ase n"malinha de raciocínio vLlidaA !ara ser sincero n#o e necessario "e "m caminho interior mental sejan#oconcept"al e para "e n.s o sentamos a "m nível emocionalA

<ntes de rece(er "ma iniciaç#o a tradiç#o el"+ recomenda "e se tenha pelo menos começado a prLtica de cem mil repetiçJes de cada "ma das preliminares especiais com a condiç#o de "esi+"amos contin"ando a a*elas depoisA <s tradiçJes n#oel"+ recomendam "e se complete pelomenos "m conj"nto de cem mil repetiçJes de cada "ma destas praticas preliminares especiais antesde se rece(er "ma iniciaç#oA No entanto todas as tradiçJes salientam a contin"aç#o da prLtica das

 preliminares especiais como parte constante da prLtica diLriaA

Tr*s Tipos de Cerimnia !niciatFria<p.s a concl"s#o de "m certo n0mero de prLticas preliminares o pr.prio envolvimento na prLticatantrica exi+e "ma cerimUnia iniciat.riaA Existem trHs tipos:

1A empoderamento 4dbang  \@an+\ iniciaç#o8Q

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>A permiss#o s"(se"ente 4r-es(snang  \jenan+\ permiss#o8QOA recolhademantras sngags ( btus$. 

Empoderamento

< vis"ali*aç#o de n.s pr.prios como i+"ras (0dicas exi+e primeiro "e se rece(a "m

empoderamentoA ;m empoderamento permitenos ter s"cesso na nossa prLtica: esta(elecendo como "ma onte viva de inspiraç#o byin(rlabs (Hnç#os8 "m vínc"lo estreito

com "m mestre tântricoQ li+andonos com a tradiç#o viva "e ja vem desde o proprio 6"daQ atri("indo votos "e precisaremos manter de "ma orma p"ra para moldar de maneira

ade"ada o nosso comportamento e prLticasQ  p"riicando ainda mais "ma variedade de orças ne+ativas interioresQ ativando os atores da nossa nat"re*a (0dicaQ reorçando esses atores deixando assim "m le+ado sa(bon% 5plantando sementes\8 nos

nossos contin""ms mentais a partir da experiHncia consciente de estados mentais e insi+hts

especiicos d"rante o rit"al P tais como a consciHncia +o*o*a do va*io 4em an"ttarayo+ael"+8 o" das nossas nat"re*as (0dicas 4em tradicoes n#oel"+8A

 Na verdade n.s n#o rece(eremos "m empoderamento a menos "e

tenhamos respeito e coniança no m2todo tântrico idealmente ja tendo "ma (oacompreens#o do mesmoQ

tenhamos plena coniança com (ase em provas indisc"tíveis "e os nossos mestrestântricos poss"em a capacidade de cond"*irnos corretamente no caminho tântricoQ

nos sintamos m"ito inspirados pelos nossos mestre tântricosQ rece(amos e prometamos manter p"ros os votos coneridosQ  participemos ativamente no processo de vis"ali*aç#o o melhor "e p"dermosQ o(tenhamos experiHncias conscientes dos estados mentais o" insi+hts especíicos descritos

 pelos nossos mestres tântricos d"rante a cerimUnia ao nível a "e ormos capa*esA

%ad7anasG P"as e Tso

Tendo rece(ido "m empoderamento podemos ent#o praticar "ma sadhana 4 sgrub(t&abs8A < palavra sad&ana si+niica "m m2todo de reali*aç#o o" seja a reali*aç#o de n.s mesmos como sendo ai+"ra (0dica para a "al tenhamos rece(ido o empoderamentoA 9"tros nomes para sad&ana s#o\a"to+eraç#o\ 4bdag(bskyed 8 e em an"ttarayo+a \prLtica antecedente para reali*aç#o\ mngon(rtogs$.

,a*er "ma sadhana implica a recitaç#o 4k&a()don8 de "m texto de meditaç#o rit"al "e descreve o processo de a"tovis"ali*aç#o e "ma complexa s2rie de o"tras prLticas (aseadas nessa a"to+eraç#otal como a recitaç#o de mantras e o a*er de oerendasA ,a*er toda "ma s2rie de vis"ali*açJes emeditaçJes da sadhana assemelhase a a*er "m treino exten"ante dos exercícios ísicos nas artesmarciais o" da ormaç#o de (al2A

 Nem "ma sadhana nem "m +"r"io+a 2 o mesmo "e "m p"ja 4mc&od('a8A ;m 'u-a 2 "m rit"al deoerendas d"rante o "al a*emos oerendas aos nossos mestres tântricos vistos como indissociLveisde i+"ras (0dicasA 'e ja tivermos rece(ido al+"m empoderamento tam(2m nos vis"ali*amos comoi+"ras (0dicas d"rante o p"jaQ se n#o n#o podemosA 'e n#o tivermos rece(ido empoderamento s.

 podemos assistir e o(servar o rit"al mas n#o podemos participar nele como "m mem(ro da

ceremonia de oerecer "m +eneroso (an"ete 4ts&og()k&or  ganacakra8A)"rante "m p"ja oerecemos tsog ts&ogs$% "m +eneroso (an"ete rit"al "e +eralmente incl"i"ma torma 4 gtor(ma8 P "m cone esc"lpido de arinha de cevada torrada e mantei+a como reeiç#o

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tso+ oerecida ao mestre tântricoA Em an"ttarayo+a o (an"ete tam(2m incl"i Llcool e carneespecialmente consa+rados representando a transormaç#o e "so dos a+re+ados elementos eener+ias s"tis nos nossos corpos para o(ter "ma compreens#o mais elevadaA )epois "e o mestretântrico e demais participantes ho"verem provado as oerendas o Llcool e a carne cada "m torna adar "ma pe"ena porç#o do "e ainda resta "e o assistente do mestre recolhe n"m prato e oerecelL ora aos espíritos protetores da re+i#oA No inal da cerim.nia os participantes comem o" levam

 para casa o resto da comida "e so(ro"A No entanto se considera "ma de+eneraç#o da prLtica se os participantes cons"mirem a (e(ida alco.lica restante como se o tso+ osse "ma desc"lpa para icarem(ria+adoA

Permissão %"&se/"ente

)epois de rece(ermos o empoderamento para "ma determinada i+"ra (0dica podemos tam(2mrece(er "ma permiss#o s"(se"ente para a i+"ra:

 para ortalecer ainda mais os atores de nat"re*a (0dica anteriormente activadosQ  para 5re+ar7 as sementes anteriormente plantadasQ

 para reairmar os nossos votosA< maior parte das permissJes s"(se"entes contHm pelo menos trHs partes:

1A elevaç#o byin(rlabs (enç#o8 do corpoQ>A elevaç#o da alaQOA elevaç#o da menteA

Em +eral podemos distin+"ir "ma permiss#o s"(se"ente de "m empoderamento pelos itens rit"ais"sados na cerimUniaA eralmente os empoderamentos tHm a representaç#o de "ma mandala 4aresidHncia de "ma i+"ra (0dica8 colocada dentro de "ma estr"t"ra semelhante a "m palLcioconstr"ída so(re "ma (aseA 9s participantes rece(em itas vermelhas para tapar os olhos "ecolocar#o nas s"as testas d"rante partes da cerimUniaA Tam(em rece(er#o cordas para amarrar em

torno dos se"s (raços e d"as 5 palhetas7 de erva kus&a para colocarem so( os se"s travesseiros ecolchJes para assim poder analisar os sonhos "e tiverem d"rante a noiteA

!ermissJes s"(se"entes n#o "sam nenh"ns destes itensA Especialmente nas tradiçJes el"+ Ka+y"e Nyin+ma a s"a marca reveladora 2 "ma torma na mesa ao lado do mestre tântricoA Coroando atorma estL "ma +rav"ra pintada da i+"ra (0dica colocada so(re "m pa" com "ma pe"enasom(rinha so(re a pint"raA )"rante a cerimUnia o mestre tântrico pJe de leve esta torma em cimadas ca(eças dos discíp"los ao mesmo tempo "e toca "m sino rit"alA

'e rece(ermos "ma permiss#o sem "al"er empoderamento pr2vio s. poderemos vis"ali*ar ai+"ra (0dica I nossa rente o" em cima das nossas ca(eçasA N#o sera permitido ima+inarnos comoa i+"raA 'e no entanto tivermos rece(ido "m empoderamento para "ma i+"ra (0dica de "madeterminada classe de tantra por exemplo <valoiteshvara de -il 6raços 4 s4yan(ras gzigs

 4&yag(stong 8 para riya tamtra o" Kalachara 4 us()k&or 8 para an"ttarayo+a podemos nosvis"ali*ar como "al"er o"tra i+"ra dessa classe o" mais (aixa como a Tara 6ranca 4 srol(dkar 8apenas com a permiss#o s"(se"ente para essa o"tra i+"raA Neste caso ja n#o hL necessidade de"m empoderamento completo para a Tara 6rancaA

)ecol7a de Mantras

)epois de rece(ermos "m empoderamento para "ma i+"ra (0dica especíica tam(2m podemosrece(er "ma recolha de mantras para essa i+"ra "er tenhamos rece(ido a s"a permiss#os"(se"ente o" n#oA !ara "ma cerimUnia de recolha de mantras as vo+ais e consoantes 4a(li ka(li8do ala(eto sânscrito s#o escritas com p. coloridos na s"perície de "m espelho metLlico+eralmente com cada letra n"m "adrado separado n"ma +radeA )"rante o rit"al o mestre tântricolH "ma a "ma a locali*aç#o na +rade da consoante e vo+al para cada síla(a do mantra principal da

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i+"ra por exemplo as coordenadas vertical e hori*ontal do "adrado "e a contemA )epois decada síla(a "m assistente tira al+"m p. colorido do espelho e "sao para escrever a síla(a nas"perície de o"tro espelho metLlicoA <trav2s do rit"al o(temos irme convicç#o na exactid#o dosmantrasA

6otos9s votos 4 sdom('a8 esta(elecem os limites al2m dos "ais prometemos n#o trans+redirA Eles s#oorm"lados em termos de dois tipos de \acçJes indescritíveis\ 4k&a(na ma(t&o(ba8 "e prometemosevitarA

1A <çJes nat"ralmente indescritíveis 4rang(bz&in(gyi k&a(na ma(t&o(ba8 s#o nat"ralmentedestr"tivas 4mi(dge(ba n#ovirt"osas8 como matarA

>A acçJes indescritíveis proi(idas 4bcas('a)i k&a(na ma(t&o(ba$ s#o açJes eticamente ne"traslung ma(bstan n#o especiicadas8 proi(idas pelo 6"da como prej"diciais para certos tiposde praticantesA ;m exemplo 2 comer depois do meio dia o "e 2 proi(ido para mon+es o"monjas por"e tende a a*er mais sonolenta a mente para a meditaç#o da noiteA

 Na tradiç#o el"+ praticantes "e pretendem rece(er "m empoderamento o" permiss#os"(se"ente tHm de ter previamente tomado e mantido p"ramente al+"m nivel de votos

 'ratimoks&a 4li(ertaç#o individ"al8 lei+os o" monLsticosA 'e n#o o tiverem eito dever#o rece(eral+"m nível de votos pratimosha lei+os d"rante a cerimUniaA <s tradiçJes n#oel"+ exi+em "ese tome e se mantenham p"ramente pelo menos os votos de re0+io "e tam(2m poder#o sertomados pela primeira ve* d"rante a cerimUniaA

Cada empoderamento permiss#o s"(se"ente e recolha de mantras implica a*er os votos de (odhisattva "e s#o a a(stenç#o de acçJes erradas 4nyes('a8 % "e nos impediria de ser o mais prestLveis aos o"tros "anto possívelA !or exemplo s"ponham "e a im de atrair est"dantes n.snos +a(amos en"anto "e criticamos o"tros por ca"sa do nosso ape+o I o(tenç#o de dinheiro

amor ama o" atenç#oA ,a*emos votos para nos a(stermos de tal comportamento errado dado "enos impede de ser capa* de aj"dar os o"tros eetivamenteA %sso ocorre por"e as nossas prioridadess#o e+oístasA

Empoderamentos permissJes s"(se"entes e recolhas de mantras para as d"as classes maisavançadas de tantra implicam tam(2m a tomada de votos tântricos para nos restrin+irmos de açJeserradas "e nos impedem de ter s"cesso na nossa prLtica tântricaA !or exemplo s"ponham "e

 pensamos mal dos nossos proessores e achamos "e s#o pretensiosos hip.critas e incompetentesAEssa atit"de cria o(stLc"los no se+"imento das prLticas "e eles nos ensinamA %sto por"e pensandodeste modo n#o temos coniança nas instr"çJes "e eles nos d#oA 'em coniança n#o podemos

 praticLlas eica*mente e +anhar reali*açJesA Essa coniança vem de "ma anLlise apro"ndada da

"aliicaç#o do proessor antes de se rece(er "ma cerimUnia iniciat.ria da pessoa por orma aestarmos livres de indecis#o e d0vidaA

 N#o rece(emos votos pela primeira ve* assistindo a "m mero empoderamento o" cerimUnia de permiss#o s"(se"enteA !ara rece(er votos precisamos tomLlos conscientemente e prometermantHlos t#o p"ramente "anto possívelA !rometemos manter os votos pratimosha para o restodesta vidaA !or o"tro lado prometemos manter os votos de (odhisattva e tântricos d"rante todas asnossas vidas at2 atin+irmos a il"minaç#oA

Prática de 9aços Hntimos e Promessas de Prática Contín"aEmpoderamentos implicam tam(2m aceitarse certos +r"pos de prLticas de laços íntimos 4dam(ts&ig  'ânscA samaya promessas palavras de honra8A !rLticas de laços íntimos s#o orm"ladas emtermos de açJes constr"tivas o" eticamente ne"tras cond"centes para a prLtica espirit"al "e

 prometemos adotarA

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'e+"irse prLticas de laços íntimos li+anos intimamente a:

"ma certa classe de tantra tal como an"ttarayo+a "ma s"(divis#o especíica de an"ttarayo+a tal como tantram#e 4ma(rgyud 8 o" "ma das amílias (0dicas 4 sang(rgyas(kyi rigs8A

+antra mãe salienta m2todos para a o(tenç#o da co+niç#o n#oconcept"al mais s"til do va*ioA ;ma

 fam#lia búdica 2 "m aspecto da nat"re*a (0dica representada por "ma i+"ra (0dica masc"lina principal conhecida em lín+"as ocidentais como =&yani(1udd&a@. ,amílias (0dicas contHmtam(2m o"tras i+"ras incl"indo ("das emininas e (odhisattvas masc"linos e emininosA

Empoderamentos e permissJes s"(se"entes normalmente tam(2m envolvem promessas de prLticacontín"a 4k&as(len compromisso8 para o resto da vidaA Estas podem incl"ir "m o" mais dosse+"intes RprocedimentosS:

"m compromisso de recitaç#o diLria de "m certo n0mero de repetiçJes de mantrasQ "m compromisso de recitaç#o diLria de "ma sadhanaQ "m compromisso (imensal de oerecer tso+ 4especialmente no tantra m#e8Q "m compromisso de retiroA

)etiros Tântricos e P"as de $ooeralmente "m compromisso de retiro envolve a*erse "m retiro de servici(ilidade 4las(rung 8ACompletar "m retiro destes j"ntamente com o se" p"ja de o+o concl"sivo 4 sbyin(sreg 8 torna asnossas mentes serviçais com a i+"ra (0dica e s"a prLticaA Servi5al significa capa* de rece(er oa"toempoderamento 4bdag()-ug  a"toiniciaç#o8 para p"riicar e renovar os nossos votos para"aliicar para a*er o"tros rit"ais da i+"ra (0dica e se c"mprirmos re"isitos adicionais paraconerir "al"er "ma das trHs cerimUnias de iniciaç#o a o"trosA

)"rante cada retiro de servici(ilidade repetimos os mantras da i+"ra (0dica principal vLriascentenas de milhares de ve*es dependendo da prLtica e do n0mero de síla(as no mantraA Tam(2mrepetimos os mantras das o"tras i+"ras associadas da mandala de* mil ve*esA !odemos a*er isto nocontexto de "atro trHs d"as o" "ma sess#o por diaA )"rante cada sess#o recitamos a sadhanaomitindo certas pe"enas partes em determinadas sessJesA

'e estivermos praticando "atro sessJes por dia restrin+iremos os nossos movimentos a "m perímetro limitado I volta das nossas casas e tam(2m restrin+iremos o n0mero de pessoas "e poderemos encontrar d"rante o retiroA 'e estivermos praticando menos de "atro sessJes por dian#o serL necessario restrin+ir nossos movimentos nem contacto com o"tras pessoasA <penas

 precisaremos a*er cada sess#o no mesmo l"+ar e no mesmo assentoA

;m 'u-a de fogo 2 "ma oerenda de "m +rande n0mero de determinadas s"(stâncias atiradas para"m o+o d"rante "m rit"al ela(oradoA 3is"ali*amonos na orma de "ma i+"ra (0dica en"anto oo+o 2 vis"ali*ado na orma de <+ni 4 Me)i l&a8 a deidade do o+o com"m ao ("dismo e hind"ísmocom a i+"ra (0dica da nossa prLtica no coraç#o de <+niA 9 p"ja de o+o "eima o" p"riica"ais"er erros "e possamos ter eito d"rante o nosso retiro e proporciona elos ainda mais

 pro"ndos com a i+"ra (0dicaA

Transmiss.es 'rais e #isc"rsos Tântricos<l2m dos trHs tipos de cerimonias iniciadoras precisamos rece(er a transmiss#o oral 4lung 8 e "mdisc"rso 4k&rid  \tee\8 so(re a sadhana antes de começar a prLtica intensiva o" a*er o se" retiro de

servici(ilidadeA)"rante "ma transmiss#o oral o nosso mestre tântrico lH em vo* alta +eralmente m"itíssimorLpido a sadhana o" o texto do disc"rso explanat.rioA 9"vir tal recitaç#o por al+"2m "e tam(2m jL

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a tenha reci(ido transmitenos a linha+em intacta "e volta I s"a ori+emA

< tradiç#o da transmiss#o oral deriva da 2poca do 6"da "ando d"rante "atro s2c"los ap.s o se"alecimento nenh"m dos se"s ensinamentos haviam ainda sido escritosA 3Lrios +r"pos de mon+esmemori*aram ensinamentos dierentes e passaramnos Is +eraçJes se+"intes recitandoosrepetidamente em vo* alta e em "níssono at2 os se"s discíp"los tam(2m os sa(iam de cor sem"ais"er errosA < recitaç#o em +r"po +arantia "e a mem.ria deeit"osa de "m mon+e indivíd"aln#o osse corromper o textoA

 N#o era relevante para o s"cesso da transmiss#o se os mon+es recitadores o" os discíp"los o"vintescompreendiam o" n#o o si+niicadoA 9 0nico ponto relevante era captar todas as palavrascorretamente e evitar omissJes adiçJes o" erros no textoA <o est"dar e praticar "al"erensinamento ("dista 2 importante estarmos coniantes "e o conte0do estL livre de corr"pç#oA '.com coniança no texto de "m ensinamento 2 "e podemos investi+ar corretamente o se"si+niicadoA 'e n#o conse+"irmos compreender al+"ns pontos sa(emos "e o pro(lema reside nanossa alta de conhecimento o" experiHncia e n#o nas palavrasA <ssim ainda hoje mon+es monjase praticantes lei+os ti(etanos memori*am os textos principais e a*emno atrav2s da repetidarecitaç#o em vo* alta antes de começarem o est"do o" a prLtica dos se"s conte0dosA No mais eles

ainda recitam esses textos de cor re+"larmente todos j"ntos nas s"as assem(l2iasA&oje em dia "ando todos os ensinamentos est#o em orma escrita a transmiss#o oral raramente 2eita mediante a recitaç#o por mem.ria o" pelo +r"poA Normalmente "ma pessoa dLla so*inhalendo o texto em vo* altaA 9casionalmente dierentes ediçJes de "m texto s#o comparadas d"rantea transmiss#o para veriicar e eliminar "ais"er leit"ras corr"ptas "e podem ter aparecidoinadvertidamenteA

< tradiç#o de transmiss#o oral n#o se limita a materiais tântricosA ] o cost"me se+"ido com todos ostextos ("distasA <l2m disso n#o estL limitada Is palavras do 6"daA <s o(ras de a"tores indianosti(etanos e mon+.is "e s"r+iram mais tarde tam(2m tHm linhas de transmiss#o oral iniciadas pelos

 pr.prios a"toresA

)etiros de Tr*s Anos Nas tradiçJes n#oel"+ os praticantes normalmente a*em retiros de trHs anos d"rante os "aiseles

repetem as prLticas preliminares especiaisQ treinam mais intensamente em al+"mas das prLticas com"ns s"tra (oddhisattva tais como

atit"des "e p"riicam 4blo(sbyong  \lojon+\ treino da mente8Q aprendem a reali*ar rit"ais incl"indo como tocar os instr"mentos m"sicais "sados nos

rit"aisQ completam os retiros de servici(ilidade das i+"ras (0dicas principais das s"as linha+ensA

!raticantes da tradiç#o el"+ completam as mesmas prLticas "ma a "ma de "ando em "ando nodec"rso da s"a ormaç#oA Eles n#o as a*em consec"tivamente como seria o caso n"m retiro de trHsanosA

<p.s s"iciente treino tântrico praticantes de todas as tradiçJes podem a*er retiros de \+randeaproximaç#o\ bsnyen(c&en$% de trHs anos de "ma determinada i+"ra (0dica d"rante o "al elesrepetem de*enas de milhJes de mantras e exec"tam "m +rande n0mero de p"jas de o+oextremamente complicadosA 9 o(jetivo 2 aproximarmonos e reali*armonos a n.s mesmos como ai+"ra (0dica especíica bsnyen ( sgrub$ e o(ter verdadeiras a"isiçJes / reali*açJes 4dngos(grub'ânscA sidd&i8A

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DidamsG #a3inis e Protetores do #7arma

*idams s#o i+"ras (0dicas do sexo masc"lino o" eminino com as "ais ormamos elos com onosso corpo ala e mente como "m m2todo para atin+ir a il"minaç#oA Tornamos estes laços íntimos4dam(ts&ig  'ânscA samaya8 vis"ali*andonos a n.s pr.prios como estas i+"ras a*endo oerendasrecitando mantras e oerecendo p"jas de o+oA

 akinis 4mk&a)()gro(ma8 e dakas 4mk&a)()gro8 s#o i+"ras (0dicas do sexo eminino e masc"linorespectivamente "e representam e aj"dam a a"mentar a nossa experiHncia da consciHncia +o*o*ado va*ioA )"rante "ma sadhana ima+inamos "e os emanamos como os chamadas de"ses e de"sasdas oerendas a*endo as vLrias oerendas aos 6"das a todos os seres limitados e na tradiç#oel"+ a n.s pr.prios em orma de i+"ras (0dicasA Na prLtica de an"ttarayo+a tam(2m osima+inamos em pontos vitais dos nossos sistemas de ener+ia s"tilA

9"tro nome para daas 2 viras 4d'a)(bo her.is espirit"ais8 e o"tros nomes para dainis s#o virinis 4d'a)(mo heroínas espirit"ais8 e yoginis 4rnal()byor(ma8A ,re"entemente as expressJes dakinis e

 yoginis s#o "sadas +enericamente para se reerirem a praticantes do sexo eminino e a todos asi+"ras do sexo eminino n"ma mandalaA 9casionalmente dainis tam(2m podem servir como

yidams em c"jas ormas nos vis"ali*amos tal como 3ajrayo+ini ro(r-e rnal()byor(ma8A 4rotetores do &arma 4c&os(skyong  'ânscA d&arma'ala8 s#o i+"ras do sexo masc"lino o"eminino "e aj"dam a evitar intererHncias I nossa prLticaA No nível mais pro"ndo representam anossa (emavent"rada consciHncia do va*io em ormas en2r+icas ortes a melhor proteç#o contraintererHnciasA Conosco como i+"ras (0dicas vis"ali*amos certos protetores em cada direç#o Ivolta o" dentro das nossas mandalasA

Em determinadas prLticas yidam tam(2m convidamos o"tros tipos de protetores do )harma taiscomo -ahaala don('o$ o" !alden Mhamo 4d4al(ldan l&a(mo 'ânscA S&ridevi8 P para as nossasmandalas para lhes a*er oerendas e darlhes instr"çJes para "e nos aj"dem nas nossas atividadesil"minadorasA -"itos protetores deste 0ltimo tipo eram ori+inalmente espíritos poderosos

antasmas amarrados yi(dags% espíritos amintos8 o" seres divinos l&a% de"ses8 de tradiçJes n#o ("distasA <l+"ns eram mal2volos e o"tros eram simplesmente +"ardiJes dos topos das montanhaso" das re+iJes locaisA randes mestres do passado amansaramnos e i*eramlhes j"rar prote+er o)harma 6"dista e os se"s praticantesA

Como i+"ras (0dicas n.s somos como mestres e os protetores do )harma "e "samos s#o comoos nossos ero*es c#es da +"ardaA < menos "e tenhamos orça para os controlar e alimentarre+"larmente eles podem se virar contra n.sA <ssim as prLticas com os protetores do )harma em"e convidamos determinados protetores para dentro das nossas mandalas s#o extremamenteavançadas e n#o s#o para principiantesA 9 en+ajamento nas s"as prLticas exi+e normalmente "e setenha rece(ido determinadas permissJes s"(se"entes 4jenan+s8 para elasA

<s prLticas com os protetores do )harma incl"em complexos rit"ais de 5cum'rir e restaurar@4bskang(gso8 em "e n.s en"anto i+"ras (0dicas recordamos aos protetores "e c"mpram s"as promessasQ tam(2m resta"ramos os nossos laços íntimos com eles a*endo oertas especiaisA 9"trorit"al com"m 2 a liba5ão áurea 4 gser(skyems8 em "e oerecemos Llcool o" chL preto aos

 protetores mas sem o provarA Tam(2m podemos simplesmente convidar os protetores para as nossasmandalas para a*er oerendas especialmente de tormas e para a*er pedidos 4 gsol()debs8A Noocidente todas estas prLticas s#o chamadas inormalmente de = 'u-as de 'rotetor@.

!ara criar "m laço ainda mais íntimo com "m protetor do )harma tam(2m podemos a*er "m retirode protetor em "e recitamos os mantras associados a ele centenas de milhares de ve*es eoerecemos "m p"ja de o+o concl"sivoA

Como i+"ras (0dicas podemos invocar certos protetores do )harma tal como !alden Mhamo paraa"xiliar na exec"ç#o de adivinhaçJes 4mo t&ugs(dam8 com dados o" missan+as de rosLrioA ]necessLria a concl"s#o de "m retiro de protetor para tal prLticaA

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Certos protetores do )harma em al+"mas tradiçJes do ("dismo ti(etano tam(2m podem servircomo yidams tais como -ahaala na tradiç#o Ka+y"A eralmente por2m n#o nos vis"ali*amoscomo protetores do )harmaA

A )apide, do Tantra

<s trHs primeiras classes do tantra s#o m"ito mais rLpidas do "e os m2todos do s"tra por"eatrav2s das s"as prLticas 2 possível a"mentar a d"raç#o das nossas vidas e dentro de "ma vida

 prolon+ada alcançar a il"minaç#oA No entanto se+"indo os m2todos do an"ttarayo+a 2 possívelatin+ir a il"minaç#o dentro da d"raç#o normal da nossa vidaA Na verdade at2 poderiamos atin+ir ail"minaç#o dentro do período de trHs anos e trHs ases da l"a 4lo(gsum '&yogs(gsum8 "ma ase dal"a sendo da l"a nova I l"a cheia o" da l"a cheia I l"a novaA

9 período de trHs anos e trHs ases da l"a n#o deve ser tomado m"ito literalmente nem "sado como p"(licidade alsa o" propa+anda de maretin+ para sed"*ir pessoas para a prLtica de an"ttarayo+aAEle deriva da apresentaç#o Kalachara da conta+em de "m tipo especial de respiraçJes de ventoener+ia s"tis 4rlung  'ânscA 'rana8 d"rante "ma vida de cem anos e simplesmente representa "m

tempo m"ito c"rtoA !or ra*Jes propícias os retiros de +rande aproximaç#o decorrem por essad"raç#o tal como os retiros de ormaç#o (Lsica em tantra de an"ttarayo+a nas tradiçJes n#oel"+A

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Consel7os %o&re como )ece&er "ma !niciaçãoTantrica

<lexander 6er*in6erlim <lemanha -arço de >?11Trad"*ido por $osa ,ra*#o

Como seres sencientes todos temos o material de tra(alho e o potencial para atin+irmos o estadoil"minado de "m 6"daA Todos somos capa*es de compreender e sa(er t"do de sermos i+"almenteamorosos e compassivos com a(sol"tamente todo m"ndo nos com"nicarmos pereitamente comcada "m dos seres e ha(ilmente +"iar cada "m deles para a li(eraç#o do sorimento e o alcance dail"minaç#oA Entretanto nas condiçJes em "e nos encontramos no momento isso n#o nos 2

 possívelA !or "HZ Como podemos reali*ar esse potencialZ $ece(er "ma iniciaç#o tântrica 2 "m passo "e damos nessa direç#oA

;m ser senciente 2 "m ser vivo c"jas açJes s#o (aseadas na intenç#o e "e experimenta asconse^Hncias cLrmicas de s"as açJes nesta vida o" em vidas "t"rasA Entretanto como seressencientes somos 5limitados7 no sentido de "e nossas mentes coraçJes corpos ha(ilidade paranos com"nicarmos eicientemente açJes e assim por diante s#o limitadosA T"do isso devido a nossaalta de consciHncia e compreens#o so(re as ca"sas e eeitos de nosso comportamento e de comon.s os o"tros e todos os enUmenos existemA !or ca"sa dessa 5i+norância7 so(re os atores (Lsicosda realidade vivenciamos emoçJes pert"r(adoras 4aliçJes emocionais8A <+indo de maneiraimp"lsiva "ando estamos so(re s"a inl"Hncia constr"ímos o potencial cLrmico "e nos leva anascimentos incontrolavelmente recorrentes 4samsara8A 3ida ap.s vida experimentamosdiic"ldades inelicidade e a r"straç#o de ver "e "al"er elicidade "e tenhamos d"ra po"co eno inal das contas 2 insatisat.riaA -esmo "ando "eremos aj"dar aos o"tros n#o temos a menor

id2ia das conse^Hncias de nossos conselhos o" ensinamentosA < 0nica coisa "e podemos a*er 2tentar adivinhar a melhor maneira possível de aj"darA

"al o material de tra(alho "e todos n.s temos e "e nos aj"darL a s"perar essas limitaçJesZ

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Todos temos corpos a capacidade de a+ir de nos com"nicar de compreens#o de ter sentimentos positivos em relaç#o aos o"tros e nos importarmos com elesA <pesar de todas essas ha(ilidadesserem at"almente limitadas elas podem ser estim"ladas a crescerA %sso por"e todos n.s temos "mareserva de potencial positivo o "e chamamos de 5m2rito7A %sso 2 demonstrado pelo ato de termos"ma orma h"mana nesse momento com a li(erdade e oport"nidade de nos desenvolvermosATam(2m temos al+"m nível de inteli+Hncia e compreens#oQ caso contrLrio n#o teríamos capacidade

de sa(er como a*er coisasA Todas essas "alidades j"ntas s#o nossa 5nat"re*a (0dica7A Elas s#o osatores de nossa nat"re*a (0dica "e est#o em 5expans#o7 por"e podem crescer e se tornarilimitadosA

Tam(2m est#o incl"ídos em nossa nat"re*a (0dica os atores 5permanentes7 P "e contin"amsempre i+"ais e "e s#o a (ase "e nos permite desenvolver os atores em expans#oA 9s atores

 permanentes incl"em a p"re*a "ndamental de nossa mente nossa vac"idade como pessoa e avac"idade de nossos corpos mentes e t"do o maisA Nossa mente 2 5p"ra7 no sentido de "e pornat"re*a n#o 2 mac"lada por atores limitantesQ en"anto 5vac"idade7 si+niica a total a"sHncia demodos impossíveis de existHnciaA Nossa mente por exemplo sempre oi e sempre serL desprovidade existHncia independente sem inl"Hncias e "e permanece sempre em "m estado limitadoA Tal

modo de existHncia verdadeiramente esta(elecida 4existHncia verdadeira8 2 impossívelA !or ca"sa daa"sHncia total da vac"idade do modo impossível de existHncia e devido I p"re*a "ndamental denossa mente e dos atores em expans#o de nossa nat"re*a (0dica somos todos capa*es de removernossas limitaçJes para sempre e atin+irmos a il"minaç#oA

;ma iniciaç#o tantrica 2 "ma cerimUnia para ativar os atores em expans#o de nossa nat"re*a (0dica estim"landoos a se desenvolverem mais e plantando "t"ras 5sementes7 de potencialA !ararece(er essa iniciaç#o 2 necessLrio n#o s. "m mestre tântrico totalmente "aliicado mas tam(2m"e estejamos devidamente preparados e receptivos e "e participemos ativamente nos

 procedimentosA ;ma preparaç#o ade"ada si+niica primeiramente "e tenhamos dado "ma direç#ose+"ra em nossas vidas 45tomado re0+io78A %sso si+niica tomarmos a direç#o se+"ra indicada pelos6"das o )harma e a altamente reali*ada <rya 'an+haA <pesar de )harma se reerir em "m nível

convencional aos ensinamentos ("distas em "m nível mais pro"ndo se reere ao "e alcançamosao se+"ir esses ensinamentosA <lcançamos "m estado em "e todo o sorimento e s"as ca"sas oramtotalmente erradicados de nosso contin""m mental e nossa mente 2 preenchida pelo res"ltado ereali*aç#o "e esse estado proporcionaA 9s 6"das s#o a"eles "e tem em se" contin""m mentalessas verdadeiras paradas 4verdadeiras cessaçJes8 e esses verdadeiros caminhos da mente4verdadeira compreens#o "e leva e res"lta nas verdadeiras paradas 5verdadeiros caminhos7A8 <<rya 'an+ha s#o os "e tem isso de orma parcialA

<l2m de termos essa direç#o se+"ra 4re0+io8 em nossas vidas tam(2m precisamos de "m nível (Lsico de 5ren0ncia7A %sso si+niica "ma orte determinaç#o de icarmos livres dos renascimentosincontrolavelmente recorrentesA !or estarmos determinados a nos livrar disso estamos dispostos a

a(andonar o verdadeiro sorimento e as verdadeiras ca"sas do sorimento "e a* com "e nossocorpo e mente sejam limitados em cada renascimentoA

E ainda para ativarmos o potencial de nossa nat"re*a (0dica necessitamos pelo menos de "m nível (Lsico de o(jetivo (odhicittaA Com esse o(jetivo ocamos em nossa pr.pria il"minaç#o "e aindan#o ocorre" mas "e pode acontecer com (ase em nossa nat"re*a (0dicaA Nosso o(jetivo 2 atin+iresse estado e a ra*#o para tanto 2 aj"dar melhor os o"tros a se li(ertarem de se"s renascimentosincontrolavelmente recorrentes e atin+irem a il"minaç#oA Tal o(jetivo portanto estL (aseado emtermos amor e compaix#o i+"almente para com todos e tomarmos responsa(ilidade "niversal paraaj"dLlosA

<l2m disso precisamos de "m nível (Lsico de compreens#o da vac"idade P "e n.s os o"tros

samsara li(eraç#o e il"minaç#o s#o 5primordialmente7 destit"ídos de modos impossíveis deexistHnciaA Nada existe isoladamente independentemente de todas as o"tras coisas incl"indoca"sas eeitos e cate+orias conceit"ais "sadas para disc"tir e pensar a respeito delesA Tam(2m

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 precisamos de "m entendimento (Lsico de como a prLtica tantrica nos levarL I il"minaç#o econiança em se"s m2todos e na capacidade do mestre tantrico em nos +"iar por esses m2todosA

)"rante "ma iniciaç#o na mais alta classe de tantra Kalachacra por exemplo tomamos votostantricos e de (odhisattvaA 9s votos de (odhisattva tem o o(jetivo de evitarmos comportamentos"e v#o nos tra*er diic"ldade em aj"dar os o"trosA 9s votos tantricos s#o para evitarmoscomportamentos e modos de pensar "e possam entravar o s"cesso de nossa prLtica tantricaA !ararece(ermos esses votos devemos aceitLlos conscientemente com total intenç#o de a*ermos o

 possível para mantHlos at2 atin+irmos a il"minaç#oA < (ase para a capacidade de mantHlos 2 otreinamento em a"todisciplina 2tica "e +anhamos ao mantermos al+"ns votos para li(eraç#oindivid"al 4votos de pratimosha8 por exemplo votos lei+os de nos a(stermos de matar ro"(armentir tomarmos s"(stancias t.xicas e nos en+ajarmos em comportamento sex"al inade"ado

 para atin+irmos a li(eraç#oA

9s rit"ais de iniciaç#o contHm m"itas partes cada "ma com vis"ali*açJes complexas de nossosmestres tantricos como i+"ras (0dicas 4yidam8 nosso am(iente como "m palLcio mandala e Lreadessa i+"ra e a n.s como diversas i+"ras (0dicas representando nosso pr.prio estado il"minado"t"ro "e estamos almejando atin+ir com (odhicittaA -esmo se n#o conse+"irmos vis"ali*ar t"do

isso claramente precisamos ao menos sentir "e nosso mestre tantrico o am(iente a nossa volta en.s mesmos somos essas ormas p"rasA

< cada estL+io da iniciaç#o temos tam(2m "e ima+inar "e estamos experimentando "m estado de (em avent"rança da mente ocada na vac"idadeA <pesar de talve* n#o conse+"irmos a*er issodireito precisamos ao menos pensar "e nada do "e estL acontecendo existe independentemente deca"sas eeitos e partes e n#o 2 nada al2m da"ilo a "e se reerem as palavras e os conceitosA"ando nos lem(ramos da vac"idade disso t"do precisamos nos sentir eli*es por ser assimA EssaexperiHncia consciente da consciHncia (em avent"rada da vac"idade 2 o "e na realidade ativanossos atores em expans#o da nat"re*a (0dica estim"laos a crescer mais e planta mais5sementes7 de potencialA !ortanto precisamos tentar da melhor orma possível +erar tal estado de

menteA )essa orma realmente rece(eremos a iniciaç#o ao inv2s de simplesmente testem"nhLlaA type=text/javascript

6is"ali,ação<lexander 6er*in-orelia -exico 'etem(ro de 1[[Trad"*ido por $osa ,ra*#o

6is"ali,ação %ini(ica Tra&al7ar com a !mainação9 t.pico desta noite 2 a vis"ali*aç#o e se" l"+ar na prLtica do 6"dismo Ti(etanoA ;ma das coisas"e caracteri*a a orma ti(etana do 6"dismo 2 o "so extensivo da vis"ali*aç#o m"ito mais do "eem "al"er o"tra orma de ("dismoA Claro "e todos esses m2todos se desenvolveram na ndiamas lL o ("dismo morre"A

!ara "e possamos compreender os diversos níveis e "tili*açJes da vis"ali*aç#o precisamos primeiro jo+ar ora a palavra visualiza5ãoA < palavra estL errada por"e visualiza5ão implica emal+o vis"alA Em o"tras palavras implica em tra(alhar com ima+ens vis"ais e tam(2m implica emtra(alhar com os olhosA %sso n#o estL corretoA <o inv2s disso estamos tra(alhando com aima+inaç#oA "ando tra(alhamos com a ima+inaç#o estamos n#o s. tra(alhando com visJesima+inLrias mas tam(2m com sons aromas sensaçJes ísicas sentimentos P emoçJes ima+inLrios e assim por dianteA E 2 o(vio "e a*emos isso com nossa mente e n#o com nossos

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olhosA 'e pensarmos na divis#o psicol.+ica ocidental do c2re(ro em "m hemis2rio direito e "mes"erdo o 6"dismo Ti(etano desenvolve os doisA Tanto o lado intelect"al e racional "anto o daima+inaç#o criativaA !ortanto "ando alamos de vis"ali*aç#o no 6"dismo n#o estamos alando de"m processo mL+icoA Estamos alando de al+o (em prLtico no sentido de como desenvolver e "sartodo nosso potencial por"e temos potencial tanto no hemis2rio direito "anto no hemis2rioes"erdo do c2re(roA "ando tra(alhamos com a ima+inaç#o estamos lidando com criatividade

aspectos artísticos e assim por dianteATra(alhamos com a ima+inaç#o em vLrios níveis dierentesA !odemos dividir esses níveis emm2todos s"tra e m2todos tantraA )esses dois os do tantra s#o os mais avançadosA

Mtodos de 6is"ali,ação no %"tra No s"tra "samos nossa ima+inaç#o primeiramente para s"perar aspectos ne+ativos de n.s mesmosem o"tras palavras emoçJes e atit"des pert"r(adorasA 'e estivermos m"ito so( o controle dedesejos o(sessivos di+amos o desejo por al+"2m jovem e atraente como o(jeto sex"alima+inemos essa pessoa com ? anosA Mem(rese desejo o(sessivo (aseiase no exa+ero de

al+"mas "alidades e ent#o "ando temos esse desejo sex"al estamos ima+inando "e essa pessoaserL jovem e (onita para sempre o "e o(viamente n#o 2 verdadeA %ma+inLla velha +ordadecr2pita nos aj"da a ter "ma atit"de mais realística em relaç#o a essa pessoa e nos relacionarmoscom ela como "ma pessoa e n#o como "m corpo jovemA Essa 2 "ma "tilidade da ima+inaç#o e vocH

 pode ver 2 criativa 2 artística e m"ito 0tilA

)a mesma orma podemos "sar nossa ima+inaç#o para nos aj"dar a desenvolver "alidades positivas como a compaix#oA !odemos por exemplo ima+inar "ma ovelha prestes a ser a(atida enos ima+inar como essa ovelha e como +ostaríamos desesperadamente de nos livrar desse destinoA%sso nos aj"da a desenvolver "m orte desejo de "e ela tam(2m se salve da morteA )epoisA

 podemos tentar ima+inar nossa m#e nosso pai o" nossos ami+os como sendo esta ovelhaA Eevent"almente pensamos na ovelha "e estL para ser a(atidaA )essa orma a(rimos nosso coraç#o

 para desenvolver mais compaix#o pelos o"tros desejando "e eles se livrem do sorimentoA

 No caminho s"tra ima+inamos "ma variedade tremenda de coisas para nos aj"dar a s"perar"alidades ne+ativas desenvolver "alidades positivas e nos tornar mais realistasA Como porexemplo ima+inarmos "e estamos prestes a morrerA 'erL "e estaríamos emocionalmente

 preparadosZ

Como 6is"ali,ar-"itas pessoas di*em 56om e" n#o consi+o vis"ali*arA Ent#o como posso "tili*ar esses m2todosZ7

 Na realidade se investi+armos por "m min"to perce(eremos "e todos temos poderesima+inativosA !or exemplo tente se lem(rar como s"a m#e o" se" melhor ami+o n#o importa "alse pareceA !or avor aça isso por "m momentoA Todos somos capa*es de lem(rar como nossosentes mais "eridos se parecemA !ortanto somos capa*es de vis"ali*arA

Mem(rome "e certa ve* estava na ndia com "ma ami+a "e realmente tinha pro(lemas emvis"ali*arA EstLvamos em "ma lon+a via+em de Uni("s j"ntos em "m dia m"ito "ente e ela soriacom calor e sedeA Ent#o comecei a de certo modo tort"rLla di*endo 5Nossa n#o seria .timo setiv2ssemos nove laranjas +eladasZ %ma+ina como seria rerescante o sa(orA E o cheiroZ7 E derepente ela desco(ri" "e conse+"ia vis"ali*ar e ima+inar m"ito (em "ma laranjaA !ortanto todossomos capa*esQ 2 apenas "ma "est#o de treinamentoA

9"tra "tili*aç#o da ima+inaç#o no s"tra 2 "ando ima+inamos "m 6"da na nossa rente comoo(jeto de concentraç#o para +anharmos concentraç#o pereitaA 9 caminho s"tra 2 dividido em&inayana e -ahayana o 5modesto veíc"lo da mente7 e o 5vasto veíc"lo da mente7A Nas escolas&inayana a maneira "s"al de desenvolver concentraç#o 2 ocar na respiraç#o o "e "tili*a a

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consciHncia sensorialA ,ocamos na sensaç#o ísica do ar entrando e saindo do nari*A 9 -ahayanaentretanto mostra "e precisamos considerar o prop.sito para o "al estamos "sando aconcentraç#oA ;samos a concentraç#o para sermos capa*es de ocar concentradamente na realidadee permanecermos ocados em sentimentos de amor e compaix#oA !ortanto o "e "eremos sercapa*es de a*er 2 concentrar com nossa consciHncia mental e n#o com a consciHncia sensorialA<ssim no -ahayana o m2todo preerido para desenvolver concentraç#o 2 n"m 6"da ima+inLrioA

"ando ima+inamos "m 6"da ima+inamos "ma i+"ra do 6"da m"ito pe"ena em nossa rente naalt"ra dos olhos a "ma distância de aproximadamente "m (raço e ima+inamos "e essa i+"ra n#o 2concreta mas eita de l"* e vivaA %ma+inamos "e hL "m po"co de corporalidade P al+"m peso paraa l"*A %sso 2 apenas "m pe"eno tr""e para manter a ima+em estLvelA 'e pensarmos m"ito naima+em sendo apenas l"* ela tende a l"t"ar m"ito acilmenteA 9 importante em tra(alhar com essetipo de prLtica de vis"ali*aç#o 2 "e n#o ocamos olhando para a rente como se tiv2ssemosolhando o 6"da em nossa renteA <o inv2s disso olhamos para o ch#o e ima+inamos al+o na alt"rada so(rancelhaA Tente por "m momentoA <+ora en"anto olha para o ch#o vocH pode se concentraronde estL s"a m#o e ima+inar "e s"a m#o estL lL mesmo "e vocH n#o a esteja vendoA 3ocHconse+"eZ Ent#o 2 possívelA %sso 2 o "e a*emos "ando vis"ali*amos "ma i+"ra na nossa renteA

-as n#o estamos apenas ima+inando "ma maç# na nossa rente estamos ima+inando "m 6"daA %sso2 m"ito si+niicativo por"e no 6"dismo como vocH sa(e temos a tendHncia de a*er m"itascoisas ao mesmo tempoA ,ocando no 6"da para +anharmos concentraç#o tam(2m ocamos nas"alidades do 6"daA %sso nos aj"da a manter nossa concentraç#o pereita nessas "alidadesA <l2mdo mais ao nos concentrarmos no 6"da nossa concentraç#o 2 acompanhada de "ma orte tomadade re0+ioA Em o"tras palavras 5Essa 2 a direç#o se+"ra "e "ero tomar na minha vida7A !odemosacompanhar nossa concentraç#o com "m int"ito de desenvolver (odhicitta tam(2m em o"tras

 palavras 5"ero me tornar "m 6"da como essa i+"ra "e esto" ima+inando para (eneiciar atodosA7 'e conse+"irmos desenvolver concentraç#o pereita na i+"ra do 6"da tendo em mente as"alidades do 6"da e "isermos se+"ir a direç#o se+"ra "e o 6"da indica e nos tornarmos "m6"da para aj"dar a todos P se isso 2 o pacote em "e estamos nos concentrandoP ent#o trarL m"ito

mais (eneícios do "e simplesmente nos concentrarmos nas sensaçJes do ar entrando e saindo donari*A Esse 2 "m m2todo vastoA !or isso 2 chamado 5-ahayana7 "m veíc"lo vasto de treinamento

 por t2cnicas vastasA

Mtodos de 6is"ali,ação no Tantra9 tantra 2 a principal Lrea onde encontramos o "so da ima+inaç#o e portanto o resto desta palestraserL so(re tantraA E" acho "e mesmo "e n#o estejamos ainda envolvidos em prLticas tântricas o"nem tenhamos a intenç#o de nos envolvermos em prLticas tântricas nesse ponto de nossotreinamento no )harma aj"da termos al+"ma id2ia so(re o "e acontece na prLtica do tantraA %sso

nos aj"darL a aastar "ais"er concepçJes errUneas "e possamos ter a respeito do tantra como ade "e 2 t"do mL+ica sexo ex.tico e esse tipo de coisasA Termos "ma id2ia clara do "e 2 o tantranos aj"da a decidir de orma mais racional se "eremos o" n#o nos envolver com esse nível de

 prLticaA

9 "so da ima+inaç#o no tantra 2 "m t.pico (astante soisticado portanto +ostaria de apresentLlo de"m modo relativamente soisticadoA Comecemos no nível +eralA No tantra "tili*amos nossaima+inaç#o para ima+inar vLrias i+"ras ("dicas yidam 4 yi(dam8 em ti(etanoA Essas i+"ras ("dicass#o al+"mas ve*es denominadas 5deidades7 apesar do termo ti(etano "e estL sendo trad"*idoa"i l&ag('ay l&a 4l&ag('aEi l&a8 na verdade "erer di*er 5deidades elevadas A Elas s#o elevadasno sentido de "e n#o s#o de"ses samsLricos de "m reino samsLrico de de"ses mas est#o al2m dorenascimento incontrolavelmente recorrente de seres limitadosA !ortanto elas n#o s#o de"sescriadores e n#o s#o como os de"ses +re+os da anti+"idade e nem nada do +HneroA '#o simrepresentaçJes da completa il"minaç#o de "m 6"da e cada "ma delas tam(2m representa

 proeminentemente "m aspecto partic"lar do estado de "m 6"da como Chenre*i+ o"

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 primeira nga% si+niica 5e"7 e a se+"nda gyel% literalmente si+niica 5tri"nar7A "ando alamos deor+"lho como "ma emoç#o alitiva o "e realmente si+niica 2 considerarmonos tri"nantes o"melhores "e os o"tros P em o"tras palavras 5a"toimportancia7A Nesse contexto entretanto otermo si+niica 5tri"nar so(re o e"7 P o" seja tri"nar so(re o conceito com"m de n.s mesmos nosentido de s"perarmos e nos livrarmos desse conceitoA %sso si+niica n#o sentirmos mais "e temostodas essas limitaçJes as alhas do nosso 5e"7 ordinLrio como con"s#o n#o conse+"irmos

compreender as coisas e assim por dianteA <o inv2s disso ima+inamos "e realmente temos as"alidades da i+"ra (0dica P "e somos -anj"shri por exemplo "e temos clare*a mental econsciHncia discriminativaQ somos capa*es de entender t"doA

!odemos ver atrav2s desse exemplo o "anto a palavra 5vis"ali*aç#o7 2 en+anosa por"e nos levaa pensar "e a 0nica coisa envolvida 2 realmente ver a ima+emA Estamos treinando nossaima+inaç#o ent#o n#o estamos s. ima+inando a i+"ra no sentido dela aparecer mas estamosima+inando como seria se realmente ossemos a"ela i+"ra com todas as s"as "alidadesA !orexemplo sentimonos como Chenre*i+ sentimos "e temos amor e compaix#oA !ortanto o "so daima+inaç#o a"i 2 (astante amploA

Entre ima+inar "e al+o estL realmente aparecendo e ima+inar "e temos as "alidades da"ilo "e

estL aparecendo o mais importante 2 sentirmos "e temos as "alidadesA '. precisamos de "mava+a ima+em para nos aj"dar a manter o oco mas colocamos nossa ener+ia em tentarmos sentircomo se tiv2ssemos por exemplo consciHncia discriminativa e clare*a mentalA Ent#o conormenossa concentraç#o vai a"mentando os detalhes da ima+em v#o a"tomaticamente icando maisclarosA

Treinando a !mainação para a 6is"ali,ação!ara vis"ali*armos "ma i+"ra (0dica 2 claro "e precisamos sa(er "e aspecto ela temA -as nosvis"ali*armos em "m ormato especial n#o 2 t#o diícil como poderíamos pensarA !or exemplo tentesentir s"a ca(eçaA !rimeiro vamos tentar ima+inar al+o no topo de nossas ca(eçasA < maneira dea*er isso 2 colocando a m#o em cima da ca(eçaA 3ocH conse+"e sentir s"a m#o em cima da s"aca(eçaZ <+ora tire a m#oA Contin"a sentindo o topo da s"a ca(eçaZ ] assim "e se ima+ina al+oso(re a ca(eçaA ,o"e aliA T"do o "e precisa 2 sentir al+"ma coisa aliA N#o precisa estar em oco

 para a*er a meditaç#oA $ealmente n#o 2 t#o diícilA

<+ora para se ima+inar como "ma i+"ra tente estar consciente de s"a ca(eça e tam(2m de se"s (raços e pernas e de se" corpo todoA Conse+"e estar consciente de todo se" corpoZ ] assim "evocH ima+ina "e 2 "ma i+"ra (0dicaA !odemos n#o ser capa*es de ver nosso rosto podemos n#oser capa*es de vis"ali*Llo mas vocH conse+"e sentir "e tem olhos nari* e "ma (ocaZ !ortanto 2assim "e os vis"ali*a "e os ima+inaA

-esmo "ando essas i+"ras tenham m"itos (raços tam(2m n#o 2 t#o diícilA 3amos tentarChenre*i+ com "atro (raçosA !onha s"as m#os na s"a renteA Conse+"e sentirZ <+ora ponha s"asm#os para os ladosA <+ora ima+ine "ma oto com d"pla exposiç#oA !onha s"as m#os no coloA !odesentir esses "atro (raçosZ N#o 2 t#o diícilA ] assim "e tra(alhamos com nossa ima+inaç#o comessas i+"rasA

-esmo "ando ica mais complicado n#o 2 terrivelmente diícilA 3amos ima+inar trHs acesA !onhas"as m#os nas laterais de se" rostoA !rimeiro tente sentir a parte da rente do rostoA <+ora tire s"asm#osA Conse+"e sentir "m rosto em cada "ma de s"as (ochechas tam(2mZ

<l+"mas ve*es ima+inamos "e estamos dentro de "ma mandala% "e 2 estar no palLcio em "e"ma dessas i+"ras (0dicas viveA %sso tam(2m n#o 2 m"ito diícilA < chave para isso 2 n#o

tra(alharmos com os olhosA <+ora estamos sentados nesse "arto n#o estamosZ 3ocH conse+"esentir "e tem "atro paredes em voltaZ ] assim "e se vis"ali*a a mandalaA 3ocH n#o precisaeetivamente ter "ma ima+em vis"al de "ma parede atrLs de vocH para sentir "e ela estL lLA E vocH

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conse+"e ter consciHncia de "e tem "m jardim e "ma r"a lL oraZ ] assim "e se vis"ali*am coisasora da mandala: 2 s. "m sentimento de essas coisas estarem lLA !ortanto esse 2 eetivamente o

 processo de treinar a ima+inaç#oA

A !maem %"re na 6ac"idade

!ara "e t"do isso seja m"ito mais si+niicativo 2 cr"cial +erarmos todos esses sentimentosima+ens e assim por diante dentro do contexto de nossa compreens#o da vac"idadeA

3ac"idade n#o si+niica n#o existHncia vac"idade 2 a"sHncia totalA < a"sHncia de maneirasimpossíveis de existir "e nossa mente cria e projeta em o(jetos e eventos assim como em n.smesmos e nos o"trosA 9 termo 'ânscrito e o Ti(etano para essa a"sHncia total 2 +eralmentetrad"*ido como 5va*io7 mas esse termo 2 "m po"co en+anadorA 53a*io7 implica em al+o estarva*io como "ma +arraa va*iaA <pesar de haver al+o desprovido de ormas impossíveis de existir otermo a"i denota apenas a a"sHncia total dessas ormas impossíveisA 9 termo 'ânscrito s&unya es"a trad"ç#o ti(etana tong'a 4 stong('a8 s#o ainal palavras "e tam(2m si+niicam 5*ero7A Essadistinç#o entre vac"idade e va*io tem "ma ramiicaç#o importante em termos de como meditamos

nesse ensinamento ("dista cr"cialA3ejamos "m exemplo simpliicado do "e si+niica vac"idadeA '"ponhamos "e e" tenha eito al+odestr"tivo e cheio de c"lpa acredito "e so" "m monstroA Nin+"2m entretanto existe como "mmonstroA %sso 2 totalmente impossívelQ monstros n#o existemA "ando ocamos em vac"idadeocamos simplesmente na 5n#o existHncia7A 9 "e nossas mentes est#o projetando n#o correspondea nada "e seja realQ hL a a"sHncia total de "ma reerHncia verdadeira para nossas projeçJesA

] preciso "e dissipemos todas as antasias lo"cas "e temos so(re n.s mesmos como as de "esomos monstrosA %sso se aplica especialmente no tantra onde tra(alhamos com nossa a"toima+em"e 2 com o "e estamos lidando "ando nos ima+inamos como "ma i+"ra (0dicaA Contemplamoscomo nossa a"toima+em "s"al 2 insana sem nenh"ma reerHnciaA Compreendemos 5N#o so" "m

monstro por"e monstros n#o existem7A E ent#o recitamos em "ma prLtica tântrica de vis"ali*aç#o4a sad&ana8 5Na vac"idade e" s"rjo assim e assimA7

,re"entemente essa rase "e recitamos 2 trad"*ida como 5)a vac"idade e" s"rjo assim e assim7mas a rase n#o si+niica "e deixamos nossa compreens#o da vac"idadeA E sim "e dentro dessaesera em "e toda esta lo"c"ra se oi e mantendo a compreens#o de "e n"nca corresponde" anada real nos ima+inamos como "ma dessas i+"rasA %sso si+niica "e nesse estado em "e todosos modos impossíveis de existHncia est#o a"sentes e" a+ora s"rjo como o "e 2 possível em relaç#oao me" o(jetivo (odicittaA

Com (odicitta (aseada em amor e compaix#o por todos os seres limitados ocamos em nossail"minaç#o individ"al "e ainda n#o acontece" mas "e pode acontecer com (ase nas "alidades

de nossa nat"re*a (0dicaA < i+"ra (0dica "e vis"ali*amos como sendo n.s mesmos representa oestado il"minado "e ainda n#o oi atin+idoA Em o"tras palavras sermos il"minados e termos todasas "alidade de "m ser il"minado 2 possível n#o impossívelA !or "e 2 possívelZ !or"e todostemos "ma nat"re*a (0dica o "e si+niica "e todos temos o potencial e a capacidade de sermosil"minadosA E ent#o rot"lamos o 5e"7 com (ase nesses atores da nat"re*a (0dica de nossocontin""m mental e de nossa il"minaç#o "e ainda n#o acontece" mas "e pode ser inerida com

 (ase nesses atoresA

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%sso 2 m"ito importante por"e "ando aastamos todas as antasias "e temos so(re n.s mesmostam(2m aastamos as emoçJes alitivas "e as acompanhamA "ando pensamos 5e" so" "mmonstro7 existe aí "ma +rande dose de raiva de si mesmo e (aixa a"toestimaA !ortanto dissipamosissoA 9 mesmo m2todo "nciona com o"tras emoçJes alitivas como "ando pensamos 5'o" "m

 presente de )e"s para o m"ndoQ so" t#o maravilhoso7A %sso 2 m"ito arro+anteA Temos "e dissiparisso tam(2mA E ent#o do va*io s"r+imos como essa i+"ra (0dica (aseados no ato de "e

realmente temos o potencial para nos transormar nela como parte de nossa nat"re*a (0dicaA%sso n#o 2 a"toen+ano por"e sa(emos "e n#o che+amos lL ainda n#o somos "m 6"daA -astam(2m n#o 2 "ma lo"c"ra o" distorç#o por"e temos o potencial para che+armos lLA Claro

 podemos ar+"mentar "e tam(2m temos o potencial para renascer como "m cachorroA -as n#o 2 amesma coisa "ma ve* "e n#o hL nenh"m (eneício em nos ima+inarmos como cachorroA -as hLsim "m +rande (eneício em ima+inarmos "e temos compaix#o e sa(edoria pereitasA %ma+inar e

 praticar a+ora como se tiv2ssemos sa(edoria pereita e assim por diante nos aj"da a desenvolvermais rapidamente essas "alidadesA

9(viamente 2 a(sol"tamente essencial "e n#o nos en+anemos acreditando "e jL che+amos lLQcaso contrLrio n"nca pro+rediremosA <ssim como "ando treinamos concentraç#o no s"tra

ima+inamos "m 6"da em nossa rente a"i ima+inamos todas as "alidades de "m 6"da e isso nosaj"da a mantHlas como nossas +"iasA )a mesma orma como a*emos com o(jetivo (odhicita odesejo de atin+irmos a il"minaç#o para o (eneício de todos os seres sencientes nos ima+inarmosdotados dessas "alidades (0dicas ortalece nosso aindan#oatin+ido o estado de 6"daA

Criação P"ra e !mp"ra de Apar*ncias!ara compreendermos o si+niicado m"ito mais pro"ndo de tra(alharmos com nossa ima+inaç#o

 precisamos entender como nossas mentes a*em as coisas apareceremA < maneira como nossasmentes a*em as coisas aparecerem 2 mist"rando d"as coisas "e +eralmente s#o chamadas deaparHncias p"ras e aparHncias imp"rasA !ara realmente apreciarmos o si+niicado disso precisamostomar a palavra ti(etana "e 2 trad"*ida como 5aparHncia7 nangBa 4 snang(ba8 tanto como "ms"(stantivo "anto como "m ver(o mas mais como "m ver(oA <pesar de podermos alar so(reaparHncias p"ras e imp"ras se deixarmos nisso parece "e elas existem por si pr.priasA -as naverdade estamos nos reerindo I mente criando aparHnciasA !ortanto temos a criaç#o p"ra e acriaç#o imp"ra de aparHnciasA

"erendo o" n#o as aparHncias imp"ras existem apesar de al+"mas ve*es "erermos i+norLlas o"n#o acreditarmos nelas mas elas est#o aliA !ortanto temos "e lidar com elasA 9 "e "eremos 2 "enossas mentes parem de a*er as coisas aparecerem de "ma maneira imp"raA !odemos a*er isso

 por"e podemos tra(alhar com nossas mentesA -esmo se or a 0nica coisa desta disc"ss#o da "alconse+"ir se recordar terL aprendido al+o m"ito m"ito importanteA

Criaç#o de aparHncias P 2 so(re isso "e estamos alando no 6"dismoA Toda essa disc"ss#o so(retantra e vac"idade 2 so(re como conse+"ir "e nossas mentes parem de a*er com "e as coisasapareçam de "ma maneira lo"ca e impossível P em o"tras palavras parar de projetar antasiasA

<parHncias p"ras e imp"ras tem dois si+niicadosA eralmente n#o os distin+"imos com clare*a e portanto aca(amos nos con"ndindoA 3amos tratar cada "m de "ma ve*A Colocando de "ma ormasimpliicada "ma aparHncia imp"ra 2 a a"ela na "al as coisas parecem existir de "ma maneiraconcreta P em o"tras palavras "ma projeç#o disparatada de al+o "e 2 impossívelA VL a criaç#o deaparHncias p"ras 2 a*er com "e as coisas s"rjam de maneira n#o concreta "e 2 a maneira comoelas realmente existemA !ortanto 5imp"ro7 2 a*er com "e as coisas s"rjam de "ma orma "e n#oexistem de "ma orma disparatada e 5p"ro7 2 a*er com "e as coisas s"rjam da maneira como

elas realmente existemA!odemos entender isso melhor com "m exemplo s"pericial: "ando vemos "ma pessoa de "em

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n#o +ostamos nossa mente a* com "e dois aspectos apareçam P como ela se parece isicamente ecomo ela existeA 3amos deixar de lado por en"anto a aparHncia ísicaA No "e di* respeito a comoela existe nossa mente mist"ra d"as aparHnciasA <l2m da aparHncia realmente existente de "m serh"mano nossa mente tam(2m projeta so(re a pessoa s"a existHncia como "m monstroA 9 "evemos ent#o em termos de como ela existe 2 "ma mist"ra desses dois modos de existHnciaA -as o"e predomina 2 "e para mim ela parece "m monstro "ma pessoa horrívelA )a mesma orma

"ando vemos "ma pessoa (onita nossa mente n#o s. cria "ma aparHncia de como ela realmenteexiste mas tam(2m projeta nela "ma existHncia como 5a pessoa mais (onita e sexy "e e" jL vi7A6aseados nisso desenvolvemos desejo sex"alA Entretanto se analisarmos (em veremos "e n#o 2assim "e ela realmente existeA %sso por"e se ela realmente existisse desse modo todos iriam vHlacomo sendo sexy at2 mesmo "m (e(H o" "m cachorroA -as o(viamente eles n#o a vHem como "ma

 pessoa sexyA !ortanto isso 2 "ma projeç#o de nossa mente mist"rada com a aparHncia real de comoa pessoa existeA ] "m dos níveis no "al nossa mente mist"ra aparHncias p"ras com imp"rasA <aparHncia p"ra 2 o modo como al+o realmente existe e a imp"ra 2 "m modo impossível deexistHnciaA

9 o"tro si+niicado 2 "e aparHncia imp"ra se reere a nossa aparHncia com"m como somos e

aparHncia p"ra 2 nossa aparHncia como "ma i+"ra (0dicaA < aparHncia imp"ra "e nossa menteori+ina pode ser precisa o" distorcida dependendo por exemplo de estarmos "sando o" n#o nossos.c"los no caso de precisarmos de .c"los para enxer+ar direitoA <"i n#o estamos alando deaparHncias imp"ras distorcidasA Entretanto "ando alamos de aparHncias imp"ras precisas eaparHncias p"ras no "e di* respeito a como nos parecemos 2 como se elas estivessem emdierentes níveis "ânticosA !or exemplo temos "m corpo +rosseiro visível esse 2 "m nível"ânticoA -as tam(2m temos "m corpo invisível composto de canais de ener+ia "e na medicinachinesa s#o chamados 5meridianosA7 Esse 2 o"tro nível "ântico de nossos corposA 'a(emos "eesses canais de ener+ia existem por"e eles "ncionam: podemse eniar a+"lhas de ac"p"nt"ra emcertos pontos desse corpo s"til e elas aetar#o incl"sive nosso corpo +rosseiroA ;ma aparHncia p"rana orma de "ma i+"ra (0dica 2 ainda o"tro nível "ântico de nossos corposA !ortanto o se+"ndo

sentido para aparHncias p"ras e imp"ras di* respeito a esses dois níveis de aparHncias os dois níveis"ânticos: o nível com"m e o nível de nossa aparHncia (0dicaA

'e j"ntarmos esse dois níveis "ânticos de nossa aparHncia com o primeiro si+niicado deaparHncias p"ras e imp"ras no "e di* respeito a como existimos teremos "ma aparHncia p"ra decomo am(os os níveis "ânticos realmente existem e "ma aparHncia imp"ra de al+"ns modosimpossíveis de existHncia "e nossas mentes projetam em am(osA !odemos perce(er como 2

 possível nos con"ndirmos com essa "est#o de aparHncias p"ras e imp"ras se n#o as distin+"irmosclaramenteA

] importante compreendermos "e perce(er "ma mist"ra de aparHncias p"ras e imp"ras em relaç#oa como as coisas existem envolve tanto os olhos como a menteA Tanto a consciHncia vis"al "anto a

mental con"ndem a aparHncia de "ma identidade n#o concreta com a de "ma identidade concretaA!odemos entender isso atrav2s de "m exemplo m"ito simplesA "ando vemos al+o o "e realmenteestamos vendoZ Estamos vendo vLrias coisas mist"radasA < primeira coisa 2 in0meros pontos de l"*de cada "ma das c2l"las de nossa retina e os perce(emos s"r+indo de maneira n#o concretaA <l2mdisso nossa mente j"nta esses pontos e tam(2m perce(e n#o s. a aparHncia de "m o(jetoconvencional mas a aparHncia de "m o(jeto convencional "e existe de maneira real e concretaA

 N#o estamos s. alando de ver al+"2m como "m monstroQ estamos alando como nossa vis#oconvencional "ncionaA

;m dos pontos importantes "e Tson+apa o "ndador da tradiç#o el"+ riso" 2 "e o o(jeto aser re"tado pela vac"idade a"ilo no "e precisamos tra(alhar 2 a maneira como nossa mente

opera a cada instante de nossas vidasA N#o 2 al+o "e s. acontece "ando perdemos a sanidadeQTson+hapa n#o estL apenas alando de paran.iaA Ele estL alando de como nossa mente operanormalmenteA < mente j"nta os pontos e projeta neles n#o apenas "ma i+"ra convencional mas"ma i+"ra convencional "e parece existir de maneira concreta como isso o" a"iloA Todos os

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sentidos "ncionam dessa maneiraA "ando o"vimos o som de "ma vo* todas a"elas estr"t"rascapilares dentro do o"vido vi(ram e emitem p"lsos el2tricos para o c2re(roQ este por s"a ve* osa+r"pa em palavras e ent#o os compreendemosA

<+ora o pro(lema a"i 2 "e acreditamos "e coisas existem de maneira concreta da maneiracomo nossa mente as a+r"pa e as a* s"r+irA Tomemos esse ass"nto no nível das emoçJesA 3oltandoao nosso exemplo existem todos esses pontos de l"* e os vemos com(inados em "m o(jetoconvencional "e a"i serL "ma aranhaA %sso 2 exatoA -as ent#o projetamos na aparHncia da aranhaconvencionalmente existente "ma maneira impossível de existir como 5a aranha7 concretaAritamos 5<ib Tem "ma aranha7 e projetamos nessa aparHncia "e 2 correta al+o "e 2 impossível:5] "m monstro e vem me pe+ar7A Todos tipos de paran.ia e medos s"r+em distoA

< (ase para esse cenLrio 2 j"ntarmos os pontos: primeiro ormando "ma aranha e depois projetandonela "ma identidade concreta n#o s. como aranha mas tam(2m como "m monstro "e vem me

 pe+arA Em o"tras palavras n#o estamos ne+ando a aparHncia correta dos pontos em o"tro nívelcomo sendo a aparHncia da aranhaA -as a aranha 2 meramente "m ser limitado "e tem "ma vida

 pr.priaA EstL na parede tentando encontrar comida e ent#o irL para casa alimentar se"s (e(Hs eassim por dianteA -as j"ntamos os pontos e ao inv2s disso vemos 5"ma aranha7A N#o a vemos mais

como "m mero ser limitado com "ma vida pr.pria e normal de aranhaA <o inv2s disso "ma ve* "ea transormamos no mon.lito concreto 5aranha7 nos a+arramos a esse "adro de "e ela 2 concretae inerentemente "m monstroA ] daí "e vHm nossa paran.ia e medoA

9 mesmo acontece com os sentimentos "e temos a nosso respeitoA -ist"ramos sentimentos p"rose imp"ros so(re como existimosA 9 p"ro 2 "e estamos a(ertos a m"itas possi(ilidadesQ temosm"itas acetas de personalidades e talentosA Em cima desse sentimento (Lsico e +eral do "erealmente somos mist"ramos o sentimento de termos "ma identidade concreta e monolítica: 5'o""m presente de )e"s para o m"ndo7 o" 5'o" "m racassado7A E ent#o nos identiicamos com essesentimento monolítico e nos tornamos completamente ne"r.ticosA Todas as nossas emoçJesdestr"tivas vHm daíA

4erando-nos Como $i"ras údicas9 "e precisamos a*er primeiro 2 parar de acreditar "e existimos nas ormas impossíveis deexistHncia projetadas pela menteA !ara isso precisamos ocar na vac"idade o "e si+niica "e

 precisamos ocar no ato de "e essas nossas projeçJes antasiosas n#o correspondem a nada realA ]m"ito 0til "sarmos "ma palavra r"de "e nos choca para vermos "e isso 2 ridíc"lo o" seja

 pensar: 5%sso 2 ridíc"lob E" n#o so" assimA Nin+"2m 2 assimA7 ] ridíc"lo pensar "e so" "m presente de )e"s e tam(2m 2 ridíc"lo pensar "e so" esta coisa solida monolíticaA Na verdade issonos deixa com o sentimento de "e o "e somos estL a(erto a m"itas possi(ilidades (aseadas nanossa nat"re*a (0dica como em talentos e assim por dianteA

 Na alta de todas essas coisas ridíc"las s"r+imos com "ma identidade (aseada na a(ert"ra das"alidades (0dicasA ] assim "e s"r+imos como "ma i+"ra (0dicaA E temos o or+"lho da i+"raem o"tras palavras tentamos nos sentir como elaA <o inv2s de sentirmos "e somos esse presentemonolítico de )e"s sentimos "e estamos a(ertos a m"itas possi(ilidades e com odesenvolvimento dessas possi(ilidades podemos nos tornar "m 6"daA !ortanto 2 assim "e nos5vis"ali*amos7 como "ma deidade como ima+inamos ser "ma dessas i+"ras (0dicasA ] "m

 processo (astante soisticadoA

A !nsepara&ilidade de %amsara e Nirvana

< tradiç#o 'aya "ma das "atro tradiçJes do 6"dismo Ti(etano ala so(re a insepara(ilidade desamsara e nirvanaA %sso se dL em vLrios níveisA ;m nível P n.s jL disc"timos isso s. esto"colocando de o"tra orma P 2 a insepara(ilidade de como nossa mente a* com "e coisas pareçam

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concretas o" n#oconcretasA 5%nseparLvel7 a"i si+niica "e estL mist"radoA 'e olharmos al+"macoisa a partir de "m determinado ponto de vista vemos "e existe "ma a(ricaç#o de aparHnciasconcretasQ se olharmos por "m ponto de vista dierente vemos "e tem "ma a(ricaç#o deaparHncias n#oconcretasA -esmo "ando somos "m 6"da mesmo "e nossa mente n#o aça com"e as coisas pareçam por si s. concretas ainda assim "m 6"da verL "e para os o"tros seresacontece o opostoA < mente de seres limitados a* com "e as coisas pareçam existir como sendo

concretas por si s. e isso torna samsara e nirvana inseparLveisA9 o"tro nível de insepara(ilidade de samsara e nirvana 2 a insepara(ilidade de nossa aparHncia+rosseira com"m e nossa aparHncia s"til como "ma i+"ra (0dicaA )entro de cada "m de n.s temosdois níveis "ânticosA ;m 2 o nível +rosseiro de nossa aparHncia com"mQ o o"tro 2 a aparHncia s"til"e poss"ímos em termos dessas i+"ras (0dicasA !ortanto partindo da mente da clara l"* nossaener+ia pode s"r+ir o" de orma +rosseira o" de orma s"tilA < +rosseira 2 imp"raQ a s"til 2 p"raA <+rosseira 2 samsaraQ a s"til 2 nirvana "sada em "m sentido especialA N#o estamos alando do corpos"til "e encontramos em o"tros sistemas tântricos com os canais etcA Estamos alando de "mcorpo s"til p"roA 9 6"da tam(2m tem issoA 9 6"da aparece como Nirmanaaya "m corpo deEmanaç#o com ormas com"ns e como 'am(o+aaya "m corpo para "so total na"elas i+"ras

 (0dicas incríveis "e somente (odhisatvas altamente reali*ados conse+"em enxer+arA < tradiç#o'aya explica esse ponto mais claramente "e as o"tras tradiçJesA

E" acho "e a maneira mais Lcil de compreendermos isso 2 considerarmos dois níveis "ânticos"e est#o mist"rados em nosso corpoA 'e olharmos para o pacote completo de nosso corpo de "mdeterminado ponto de vista vemos "ma pessoa com"m e se olharmos por o"tro ponto de vistavemos "ma i+"ra (0dicaA Essa 2 "ma das chaves para entendermos a vis#o tântrica de nosenxer+armos como i+"ras (0dicas o" vermos nosso mentor espirit"al como "m 6"da e assim pordianteA "ando tra(alhamos no tantra com vis"ali*açJes com ima+inaç#o estamos m"dando de "mnível p"ro para "m nível imp"ro n#o s. em termos da aparHncia de n#osolide*Q mas tam(2mestamos m"dando de nível "ântico para o plano de "ma i+"ra (0dicaA

 Nossa mente pode a*er com "e essa mist"ra dos dois níveis "ânticos apareça com tendoaparHncia concreta o" n#o concretaA 9 pro(lema entretanto 2 "e nossas mentes a"tomaticamentear#o com "e essa nossa aparHncia com "ma i+"ra (0dica (aseada na nat"re*a (0dica s"rja como"ma identidade concretaA E ent#o podemos achar "e temos essa identidade concreta tipo 59(ab E"tenho clare*a mental7 59(ab E" tenho sa(edoriaA E" so" -anj"shri7A N#o tem "e ser emotivoassim pode ser (em s"til mas ainda hL esse sentimento de solide*A "ando estamos a*endo issoes"ecemos de todos os nossos o"tros aspectos e ent#o pensamos "e isso 2 5a minha identidademonolítica concreta7A Entretanto sa(emos "e ainda n#o che+amos lLA

Aplicando !sso No #ia a #ia

Esse 2 "m m2todo maravilhoso para +anharmos insi+ht so(re como a mente tra(alha normalmenteisto por"e podemos aplicar a analo+ia do "e estamos vivenciando com essa i+"ra (0dica para anossa percepç#o com"m da vidaA %sso nos aj"da a n#o nos a+arrarmos I"ele sentimento concretodas nossas identidades com"ns de 5e" so" "m racassado7 o" o "e "er "e seja por"e sa(emos

 por analo+ia "e apesar de nos sentirmos solidamente como racassados na verdade n#o existimosdessa maneiraA )a mesma orma "e sa(emos "e podemos ter a sensaç#o concreta de sermos-anj"shri e sermos m"ito espertos mas ainda n#o che+amos lLA Transerir esse insi+ht para nossaexperiHncia com"m nos aj"da a compreender a vac"idade na nossa vida com"m assim comos"perar nossas emoçJes destr"tivasA

!rojetando a ima+inaç#o dessa i+"ra (0dica e ocando totalmente nela e no sentimento de sermos

ela temporariamente interrompemos a projeç#o de nossa aparHncia com"m como "ma identidadeconcretaA %sso n#o 2 o mesmo "e interrompermos a projeç#o de nossa aparHncia com"m "andodormimosA 9 "e n#o 2 de m"ita "tilidadeQ "ma ve* "e n#o a* com "e al+o aconteçaA 9 "e 2

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si+niicativo a"i 2 "e n.s n#o s. paramos de projetar nossa aparHncia concreta com"m comotam(2m +eramos "ma aparHncia especial dentro do contexto de nossa compreens#o da vac"idadeA%sso a* com "e comecemos a desenvolver o hL(ito de +erarmos at2 nossa aparHncia com"m+rosseira dentro do contexto da compreens#o da vac"idade como i*emos com essa aparHnciaespecialA <ssim damos "m tempo a nossa constr"ç#o ha(it"al de aparHncias concretasA <inda "e

 possamos nos sentir solidamente como essa i+"ra (0dica +erada dentro do contexto da vac"idade

nosso ape+o a ela 2 m"ito mais raco "e o normal por"e lem(ramos "e a +eramos dentro dacompreens#o da vac"idadeA <ssim a vis"ali*aç#o no tantra ("dista n#o 2 o mesmo "e 5o poder do pensamento positivo7 o" 5vis"ali*aç#o criativa7 onde ima+inamos a tacada pereita antes dedarmos "ma tacadaA Esses m2todos n#o contemplam a compreens#o da vac"idade sem alar "etam(2m n#o contemplam o o(jetivo (odhicittaA

6is"ali,ando-nos Como $i"ras údicas o #ia !nteiro Na prLtica tantrica tentamos nos vis"ali*ar como i+"ras (0dicas n#o apenas nameditaç#o masd"rante todo o diaA )a mesma orma vis"ali*amos todas as o"tras pessoas como i+"ras (0dicas e oam(iente como "ma mandala P o palLcio e entorno p"ro de "ma i+"ra (0dicaA <inda assim temos"e nos mover "ncionar e a*er coisas normais da vidaA < vis#o da insepara(ilidade de samsara enirvana s"+ere "ma (oa maneira para entender como a*er issoA

'e andarmos por aí no nosso dia a dia nos vis"ali*ando como i+"ras (0dicas e t"do I nossa voltacomo "m palLcio mandala provavelmente seremos atropelados por "m carroA <o inv2s disso o "e

 precisamos a*er en"anto andamos por aí o dia todo 2 enxer+armos os dois níveis "ânticos deaparHncias p"ras e imp"ras s"perpostos "m so(re o o"troA %sso 2 m"ito (em sim(oli*ado na ormacomo a tradiç#o Nyin+ma vis"ali*a mandalas por exemploA Nessas vis"ali*açJes vis"ali*amos as

 paredes da mandala consistindo de dois níveis de ima+ens so(repostasA ;m nível 2 como se ossemcinco paredes inas coladas "mas nas o"tras sendo "e cada "ma 2 l"* em "ma cor dierenteA 9o"tro nível 2 como trHs paredes inas coladas "mas nas o"tras sendo cada "ma eita de crânios em

dierentes estL+ios de decomposiç#oA 'o(repomos e vis"ali*amos os dois níveis sim"ltaneamenteA%sso nos treina a ver o"tros tipos de níveis dierentes so(repostosA %sso n#o 2 t#o diícil de a*er"ando "samos nossa ima+inaç#o e assim nos treinamos a ver tanto o nível com"m "anto o dai+"ra (0dica so(repostos no dia a diaA < tradiç#o el"+ nos dL "ma descriç#o t2cnica de como isso2 eitoA

<n"ttarayo+a tantra a mais alta classe de tantra tem dois estL+ios de prLticaA No primeiro estL+io oestL+io de +eraç#o vemos aparHncias com"ns com o olho de nossa consciHncia mas nossaconsciHncia mental so(repJe a elas ima+ens de i+"ras (0dicas e mandalasA Conce(emos essasaparHncias imp"ras como sendo p"rasA Ent#o no se+"ndo estL+io o estL+io de completit"decomeçando com o primeiro passo chamado 5isolamento do corpo7 somos capa*es de tra(alhar

eetivamente com a ener+ia P ventos da consciHncia vis"al e +erLlos na orma de "ma i+"ra (0dicaA "ando assim a*emos as aparHncias p"ras das i+"ras (0dicas e mandalas n#o s#o maisreconhecidas atrav2s de "m processo conceit"alA

'e est"darmos dierentes tradiçJes ti(etanas teremos dierentes visJes "e "ando j"ntas a*emcom "e compreendamos como o processo de nos vis"ali*armos como i+"ras (0dicas realmente"nciona de "ma maneira m"ito mais completaA ] como os trHs homens ce+os descrevendo oeleanteA ;m toca as pernas "m toca o corpo e o o"tro toca as orelhasA "ando j"ntamos asinormaçJes de cada "m temos a i+"ra do eleanteA

's ene(ícios de %o&repor Apar*ncias9 (eneício de vermos esses dois níveis sim"ltaneamente d"rante todo o dia P a so(reposiç#o daaparHncia com"m e da aparHncia de i+"ra (0dica P 2 "e nos aj"da a compreender "e tam(2mmist"ramos "ma aparHncia de realidade com"m concreta e realidade n#o concretaA Em o"tras

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 palavras nos aj"da a ter o insi+ht de "e n#o existimos no m"ndo simplesmente do modo comoaparentamos existirA Em o"tro nível nos aj"da a n#o nos identiicarmos solidamente com nossaaparHncia +rosseira com"m seja ela +orda velha o" incompetenteA <o inv2s disso nos aj"da asentir "e tam(2m poss"ímos vLrias "alidades ("dicas mas t"do dentro 2 claro da nossacompreens#o da vac"idadeA %sso por s"a ve* nos aj"da a lidar com nossa vida com "ma atit"dem"ito mais positiva sem corrermos o risco de icarmos com "m e+o s"per inladoA

<l2m disso ocando n"ma i+"ra (0dica d"rante a meditaç#o "e pode ser n.s mesmos como "mai+"ra (0dica a* com "e seja m"ito mais Lcil desenvolvermos "ma concentraç#o a(sorta pereitado "e ocando em nosso corpo +rosseiroA Essa 2 o"tra vanta+emA < ra*#o para isso 2 "e nossocorpo +rosseiro estL em constante m"dançaA < posiç#o do nosso corpo estL sempre sorendo "maleve m"dança mesmo "ando estamos sentados em meditaç#oA E tam(2m tem dias em "e nossentimos (em e o"tros nos "ais n#o nos sentimos t#o (em e assim por dianteA 'entimos vLriasdores sem alar nas coceirasA )evido a essas constantes m"danças n#o temos "m o(jetoconsistentemente estLvel para desenvolvermos concentraç#o a(sortaA !or o"tro lado se nosconcentrarmos nessa i+"ra (0dica "e ima+inamos ela n"nca m"daA !odemos sempre voltar para amesma vis"ali*aç#oA <"ilo "e ima+inamos permanece sempre o mesmo portanto 2 m"ito mais

Lcil desenvolvermos "ma concentraç#o estLvel ocando nelaATam(2m 2 m"ito mais Lcil desenvolvermos concentraç#o total na vac"idade da i+"ra (0dicaima+inada do "e conse+"irmos concentraç#o total na vac"idade de nossos pr.prios corposA <vac"idade em si n#o m"daQ mas nesse caso se a (ase para a vac"idade P em o"tras palavras o "en#o existe de maneira impossível P 2 al+o "e estL em constante m"dança como nosso corpo s"avac"idade ica de certa orma P a palavra "e "sam em ti(etano 2 5inectada7 por s"a insta(ilidadeA!or o"tro lado se a (ase para a vac"idade 2 al+o "e n#o m"da ica m"ito mais Lcil mantermos"m oco estLvel em s"a vac"idadeA !ortanto ocando na vac"idade da i+"ra (0dica ica mais Lcilentendermos a vac"idade em siA

A !nterpretação 4el" Prasani3a9 "e estamos a*endo "ando nos identiicamos com "ma i+"ra (0dicaZ Estamos nos rot"landonos denominando i+"ras (0dicas (aseados na nossa nat"re*a (0dicaA <inda assim n#o conse+"imosachar a i+"ra (0dica e n#o conse+"imos achar "m 6"da concreto dentro de n.sA Compreendemosentretanto "e rot"larmonos como i+"ras (0dicas 2 vLlidoA Estamos nos rot"lando como i+"ras

 (0dicas o se+"ndo nível "ântico tomando como (ase nossa nat"re*a (0dicaA -as n#oconse+"imos achar essa i+"ra (0dica e n#o conse+"imos locali*ar com precis#o esse se+"ndonível "ântico de sermos "ma i+"ra (0dica mas ainda assim compreendemos "e esse 2 "m r.t"lovLlidoA <ss"mimos esse nível "ântico de i+"ra (0dica por"e temos os atores da nat"re*a (0dica"e nos permitir#o alcançar esse nívelA !ortanto existimos como i+"ra (0dica meramente na

medida em "e podemos nos rot"lar de maneira vLlida como talA N#o hL nada concreto o" "econsi+amos achar em nosso interior "e nos torne "ma i+"ra (0dicaA

Ent#o o "e 2 na realidade essa i+"ra (0dica "e somosZ 'e n#o conse+"imos eetivamente achLla n#o conse+"imos eetivamente vHla 2 meramente a"ilo ao "e o r.t"lo vLlido o" nossaima+inaç#o dele se reereA )esse modo ica mais Lcil entendermos "e em +eral nossa existHnciacomo isso o" a"ilo como "ma m#e "m tra(alhador o "e "er "e seja 2 esta(elecida somente

 por "m r.t"lo mental vLlido e n#o pelo poder de al+o concreto "e possa ser encontrado dentro den.sA !or exemplo vamos s"por "e existimos convencionalmente como m#eA 9 "e a* com "eexistamos como m#eZ Existimos como m#e por"e podemos validamente ser chamados de m#ecom (ase no ato de "e temos "m ilhoA N#o hL nada dentro da +ente para o "e possamos apontar"e nos aça "ma 5m#e7 por si s. independentemente de "al"er o"tra coisaA

] m"ito importante "e compreendamos isso por"e se inconscientemente ima+inarmos "e temal+o dentro de n.s "e nos a* 5m#e7 independentemente de "al"er coisa teremos "e ser 5m#e7

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o tempo todo e pra todo m"ndoA ] daí "e s"r+em as síndromes ne"r.ticas devido I identiicaç#ocomo sendo solidamente 5m#e7A '. existimos como m#e se p"dermos ser chamados 5m#e7 e talr.t"lo o" nome 2 vLlido por"e 2 dependente do ato de termos "m ilhoA Esse raciocínio nos leva anos esta(elecermos validamente como "m ami+o tendo como (ase nossos ami+os como "mam"lher de ne+.cios tendo como (ase nosso tra(alho e assim por dianteA !ortanto isso nos permite"ma tremenda a(ert"ra para aj"dar os o"trosA Chamamos esse tipo de existHncia 5ori+inaç#o

dependente7A9 "e descrevemos 2 a interpretaç#o el"+ da do"trina da escola indiana -adhyamaa !rasan+iaAExistem "atro escolas ("distas indianas de pensamento ilos.icoA E existem ainda "atrotradiçJes ("distas ti(etanas e cada "ma delas tem "m modo dierente de compreender cada "ma das"atro escolas indianasA %sso se torna (astante complicadoA -as a apresentaç#o el"+ da vis#o!rasan+ia 2 "e a existHncia de todos os enUmenos se dL meramente atrav2s dos r.t"los mentaisA

 N#o hL nada encontrLvel da parte dos o(jetos "e por si s. "er seja so*inho o" em conj"nto com"m r.t"lo mental esta(eleça a existHncia de al+"ma coisaA

!odemos entender isso de "ma maneira m"ito mais Lcil nos ima+inando como i+"ras (0dicas por"e 2 o(vio "e n#o podemos encontrar nada dentro de n.s "e nos aça "ma i+"ra (0dica nem

mesmo "ma i+"ra (0dica "e possa ser encontradaA !odemos esta(elecer "e existimos como "mai+"ra (0dica meramente por"e podemos validamente nos ima+inar assim e validamente nosreerimos a n.s pr.prios dessa orma e validamente sentirmos "e somos assim com (ase nosatores de nossa nat"re*a (0dicaA Na mera dependHncia desse ato P 2 isso "e "eremos di*er coma express#o 5ori+inaç#o dependente7 P podemos di*er "e existimos como "ma i+"ra (0dicaapesar de n#o haver nada dentro de n.s concreto e encontrLvel "e nos aça assimA

Existem níveis mais pro"ndos de compreens#o da importância da vis"ali*aç#o e ima+inaç#o masisso 2 s"icientemente pro"ndo para ad"irirmos "ma apreciaç#o de "#o soisticado 2 o "so daima+inaç#o no ("dismoA

)es"mo$es"mindo essa tem sido nossa avaliaç#o do processo de vis"ali*aç#o o "so da ima+inaç#o no6"dismoA Como podemos ver 2 "m m2todo m"ito 0til e m"ito soisticado de prLticaA Em todos osníveis de tra(alho desde o nível mais simples como "ando ima+inamos como "ma pessoa joveme atraente irL se parecer "ando tiver ? anos at2 o nível mais soisticado a vis"ali*aç#o nos aj"daa s"perar nossas emoçJes destr"tivas e conse"entemente nossos pro(lemas e diic"ldadesA!ermitenos "sar plenamente nosso potencial e aj"darmos mais os o"trosA <pesar da ima+inaç#on#o ser de modo al+"m "m m2todo Lcil ele 2 m"ito eica* para alcançarmos a li(eraç#o econtin"armos at2 nos tornarmos 6"dasA

Per"ntas 4ergunta: 'e+"indo o se" 0ltimo raciocínio devemos concl"ir "e a nat"re*a (0dica em si tam(2m2 va*iaZ

 Ale8D 'im t"do 2 va*io de modos impossíveis de existHnciaA 9 "e "er "e seja "e existaeetivamente o" seja o "e "er "e seja validamente co+noscível n#o poss"i nada internamente"e esta(eleça s"a existHnciaA <l+o "e seja encontrLvel dentro de "m o(jeto 2 "ma maneiraimpossível de esta(elecer "e o o(jeto existe por"e n#o existe nada encontrLvel dentro de al+"macoisaA 9 "e a vac"idade ne+a 2 a maneira impossível de existHncia pela "al haveria al+o dentroconcreto e encontrLvel "e por si s. esta(elecesse s"a existHncia e conse"entemente desse "ma

identidade concreta permanente "e n"nca oi e n"nca osse aetada por nadaA !ortanto a 0nicacoisa "e podemos di*er se tivermos "e di*er al+o so(re o "e esta(elece a existHncia das coisas2 somente r.t"lo mentalA

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%sso n#o si+niica "e o r.t"lo mental os cria "ma ve* "e podemos rot"lar mentalmente al+"2mcomo "m monstro mas isso n#o a* da pessoa "m monstroA 9 "e esta(elece a existHncia de al+"macoisa 2 "e ela 2 meramente o o(jeto de reerHncia de nomes e conceitos validado por "maco+niç#o valida do o(jeto ao "al nos reerimosA Esse ato di* respeito a t"do incl"sive I nat"re*a

 (0dica il"minaç#o 6"das e at2 a vac"idade em siA 9(viamente temos "e pensar pro"ndamenteso(re isso para entendermos e compreendermos "e 2 verdadeA

 N.s temos a tendHncia de "estionarmos talve* de "m ponto de vista cientíico ocidental 59 "ea* com "e e" seja e"Z7 E podemos di*er 56em 2 o padr#o +en2tico dos cromossomos nas minhasc2l"lasQ 2 o me" +enUma 0nicoA ] al+o dentro de mim "e a* com "e e" seja e"7A -as o 6"dismodiria 5Eib 9lhe mais de pertoA Esses cromossomos e +enes s#o eitos de mol2c"las e as mol2c"lass#o eitas de Ltomos "e s#o eitos de partíc"las s"(atUmicas "e por s"a ve* s#o eitas de camposde ener+iaA 9nde estL al+"ma coisa encontrLvelZ7 N#o hL nada concreto dentro dos cromossomos"e os aça cromossomosA

!ortanto existimos como essa pessoa "e somos por"e as pessoas nos conce(em pensam so(ren.s nos rot"lam e nos chamam pelo nosso nomeQ e 2 "m r.t"lo corretoA E 2 s. issob Nada mais 2necessLrio para esta(elecer nossa existHnciaA ] o "e "eremos di*er com 5apenas r.t"lo mental7A 9

6"dismo tem toda "ma ar+"mentaç#o (astante complicada so(re como sa(er "e "m r.t"lo o" "mnome estL corretoA -as de novo s. por"e e" chamo a"ela almoada de cachorro n#o a* dela "mcachorroA -as ormas vLlidas de sa(er 2 o"tro t.pico m"ito +rande nos est"dos ("distas e n#o

 podemos entrar nisso hojeA

 4erguntaD N#o temos nada do "e "m 6"da 2Q mal podemos ima+inar o "e isso si+niica o" o "eisso pode serA 9 "e "er "e pensemos o "e 2 ser "m 6"da 2 s. "ma projeç#o de nossas mentesA!ortanto se e" s. posso projetar isso "ando e" vis"ali*o "ma i+"ra (0dica ela 2 "ma mera

 projeç#oA Como posso sa(er se essa projeç#o da i+"ra (0dica 2 correta o" incorretaZ Em o"tras palavras devo simplesmente coniar em minha nat"re*a (0dica P isto 2 por ca"sa da minhanat"re*a (0dica a maneira como e" projeto a i+"ra (0dica na minha rente estL corretaZ

<lex: E" acho "e a a(orda+em 'aya so(re a insepara(ilidade do samsara e nirvana pode nosaj"das com essa per+"ntaA )e acordo com o sistema 'aya o samsara e nirvana n#o s#o s.inseparLveis P compreendendo "e samsara e nirvana tHm m"itos níveis dierentes de si+niicado Pcomo tam(2m os níveis de (ase caminho e res"ltado tam(2m s#o inseparLveisA !ortanto "andovemos al+"2m como "m 6"da o nível (Lsico 2 a nat"re*a (0dica o potencial "e permitirLalcançar o estado de 6"daA 9 nível res"ltante o nível inal 2 o estado eetivo de 6"da "e as

 pessoas podem o(ter e "e a+ora existe em potencialA 9 caminho para irmos da (ase ao res"ltados#o nossos dierentes níveis de conceit"ali*aç#o cada ve* mais ap"rados e reali*aç#o desse estadode 6"daA

!ortanto "ando estamos vendo al+"2m como "m 6"da esses trHs aspectos est#o inseparavelmente

mist"radosA )"rante o caminho nossa conceit"ali*aç#o do "e 2 o estado de 6"da "e estL na (asedo nível "ndamental P os atores da nat"re*a (0dica P 2 s. "ma aproximaç#o do res"ltado o estadode 6"daA ] nat"ral "e o nível do caminho seja apenas "ma aproximaç#oQ n#o poderia ser dierenteA] claro "e precisamos validar nossa aproximaç#o de acordo com as vLrias descriçJes de "m 6"da"e lemosA N#o "eremos ter "ma aproximaç#o di+amos de "m 6"da onipotente como nadescriç#o de )e"s Todo !oderoso na 6í(liaA Essa n#o 2 "ma "alidade de 6"daA 'e nossaconceit"ali*aç#o 2 (aseada nas verdadeiras descriçJes das escrit"ras e assim por diante poderemostra(alhar de maneira vLlida com ela mesmo sendo "ma aproximaç#oA

 4erguntaD Como podemos tra(alhar com essas i+"ras (0dicas "ando temos essa (arreira c"lt"ralt#o orte no "e di* respeito Is s"as icono+raias ori+inais P Ti(etana %ndiana o" o "e sejaA !orserem t#o estranhas e t#o alheias a n.s I nossa c"lt"ra e orma de enxer+ar n#o consi+o merelacionar com elasA !ortanto seria vLlido "e "ando e" tentasse desenvolver compaix#o "e aoinv2s de vis"ali*ar Chenre*i+ e" vis"ali*asse "m rosto "e osse si+niicativo para mim P "m rostocheio de compaix#o o" amor o" sa(edoria o" o "e sejaZ

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 Ale8D 6em temos "e ser "m po"co c"idadosos a"iA !rimeiro todas essas i+"ras (0dicas tam(2meram alheias I c"lt"ra ti(etana ainda assim os ti(etanos conse+"iram com o tempo sentirseconortLveis com elasA 'er de "ma c"lt"ra dierente n#o 2 "ma (arreira inerenteA 'e+"ndo essasi+"ras n#o devem ser consideradas s. pela aparHnciaA Elas s#o "sadas em "m m2todo m"itosoisticadoA Todos os (raços rostos e assim por diante representam m"itos níveis dierentes desi+niicado e carre+am "m pro"ndo sim(olismoA Eles representam por exemplo diversas

reali*açJes dierentes "e estamos tentando ter sim"ltaneamente em nossas mentesA Tentar ter >Ginsi+hts sim"ltâneos em nossa mente 2 m"ito diícil se i*ermos isso de maneira a(strata n#o s.conceit"almente mas tam(2m n#o conceit"almenteA Estamos alando de amor paciHnciacompreens#o e assim por dianteA -as se representarmos esses >G insi+hts o" "alidades de maneira+rLica como >G (raços2 m"ito mais Lcil ima+inarmos t"do isso ao mesmo tempoA <ssim sendo avis"ali*aç#o dessas i+"ras com vLrios (raços e varias aces 2 "m dispositivo para nos aj"dar amanter todas as coisas "e elas representam sim"ltaneamente em nossas mentesA

!ortanto temos "e ser m"ito c"idadosos para n#o jo+armos ora "m dos principais prop.sitosdessas i+"ras "e 2 ter todos esses (raços pernas e acesA Entretanto "ando a icono+raia dessasi+"ras oi de "m país para o o"tro P da ndia n#o s. para o Ti(ete mas tam(2m para a China e

Vap#o P as características aciais por exemplo m"daram de indianas para chinesasA <l+"mas ro"pastam(2m m"daramA < m"dança mais dramLtica oi "e <valoiteshvara m"do" de sexo e se torno""ma m"lher na ChinaA Ele era "m homem na ndia e no Ti(eteA !ortanto existem al+"mas coisas"e podem ser adaptadas em "m nível s"pericial mas temos "e ser m"ito c"idadososA ,a*er"al"er adaptaç#o c"lt"ral como me"s proessores sempre disseram re"er "m conhecimentom"ito completo tanto da c"lt"ra ori+inal "anto da c"lt"ra para a "al estamos indo e lo+icamente"m conhecimento completo do 6"dismoA %sso re"er "m conhecimento m"ito vastoQ n#o s.

 pro"ndo como vastoA

 4erguntaD Entendo "e existem d"as maneiras de se dissolver "ma vis"ali*aç#o e "ero sa(er seisso 2 corretoA ;ma 2 por exemplo "ando vis"ali*amos 3ajrasattva no topo de nossa ca(eça noim da nossa prLtica ele se dissipa e se dissolve em l"* e vai para o nosso coraç#o certoZ Esse 2 "m

tipo de dissol"ç#oA < o"tra 2 como com o campo de m2rito onde "ma i+"ra se dissolve na o"traA%sso estL corretoZ

 Ale8D Existem m"itas maneiras dierentes de dissolver "ma vis"ali*aç#oA ;ma delas certamente 2dissolver a vis"ali*aç#o em nosso coraç#oA %sso tem vLrios prop.sitos no "e di* respeito Icompreens#o de como as aparHncias vHm da clara l"* da mente e assim por dianteA <l+"mas ve*esas vis"ali*açJes conorme vocH disse colapsam em si pr.prias e ent#o podem tomar dois r"mos:o" se dissolvem na vac"idade o" se dissolvem em n.sA <l+"mas ve*es as vis"ali*açJes seexpandem at2 icarem do tamanho do "niverso e ent#o se dissolvemA <l+"mas ve*es asvis"ali*açJes v#o para "m campo (0dicoA !ortanto existem m"itas maneiras dierentes e cada "madelas tem se" prop.sito especíicoA

#edicação3amos ent#o dissolver nossa sess#o com "ma dedicaç#o P "e 2 o"tra maneira de dissolvermos "maaparHnciaA !ensamos "e "al"er entendimento insi+ht o" orça positiva "e possamos ter+anhado nesta noite cresça cada ve* maisA !artic"larmente o "e disc"timos nesta noite n#o oiLcilQ 2 (astante soisticadoA !ortanto esperamos "e nosso entendimento tornese cada ve* mais

 pro"ndo I medida "e o"vimos as +ravaçJes o" lemos as transcriçJes e tentamos compreendercada ve* mais se estivermos interessados em a*er issoA "e possamos o(ter cada ve* mais

 (eneícios a partir da inte+raç#o desses ensinamentos na nossa prLtica e na nossa personalidade para "e eles possam nos aj"dar a s"perar diic"ldades e reali*ar mais e mais nosso potencial deaj"dar da melhor maneira a todosA E "e tentemos j"ntar todos os pedaços do "e(ra ca(eça do)harma para "e compreendamos mais e mais e possamos o(ter mais e mais (eneícios dosensinamentos e prLticasA

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Tome por exemplo o conselho de ver o proessor espirit"al como "m 6"da "ando ele estLensinando P o "e por sinal 2 "ma prLtica somente para discíp"los m"ito avançados n#o parainiciantesA ] para praticantes "e jL deram a direç#o se+"ra do re0+io em s"as vidas e "e visam oideal (odhicitta de se tornarem 6"das para (eneiciar todos os seresA !ara esses praticantes ent#o 2de m"ito (eneício enxer+ar o proessor espirit"al como "m 6"da en"anto rece(em osensinamentosA -as o "e isso si+niicaZ

!recisamos j"ntar as peças do "e(ra ca(eça do )harmaA %sso si+niica m"dar de nível "ântico donível com"m para o da nat"re*a (0dica o nível da i+"ra (0dicaA Mem(rese samsara e nirvanainseparLveisA 9 proessor tem deeitos mas tam(2m "alidades inseparavelmenteA ;m 2 o nível+rosseiroQ o o"tro 2 o nível mais s"tilA 9 nível s"til s#o as (oas "alidadesA <ssim como nameditaç#o s. ocamos no nível s"til por diversas ra*Jes (en2icas da mesma orma en"antorece(emos ensinamento aj"stamos o oco no nível mais s"til do proessor no "e se reere a essenível "ântico mais s"til de ser "m 6"daA %sso nos permitirL ocar e apreciar as (oas "alidades do

 proessor en"anto estivermos rece(endo "m ensinamento o "e nos aj"darL a ter "ma mente maisa(erta e receptiva para entendermos o "e o proessor estL di*endoA ,ocar nos pro(lemas +rosseirosdo proessor en"anto esc"tamos os ensinamentos nos distrai do "e ele estL di*endoA %sso n#o

aj"da em nada "ando estamos esc"tando os ensinamentosA N#o o(stante considerando o proessor como "m 6"da en"anto esc"tamos os ensinamentos emo"tras palavras ocando nesse nível "ântico mais s"til n#o si+niica "e perdemos nossaha(ilidade discriminativa de dierenciar o "e o proessor di* de correto e o "e ele di* de incorretoA] issoA 3er "m nível "ântico dierente n#o impede o "ncionamento da consciHncia discriminativaA)esta orma precisamos j"ntar as peças do "e(ra ca(eça do )harma para realmente entender em"m nível mais pro"ndo al+"ns dos ensinamentos mais complicadosA

"e a nossa compreens#o e nosso processo de j"ntar as peças cresçam mais e mais para "erealmente possamos (eneiciar os seres da melhor ormaA

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!nspiração <IençãosJ= e %"a )elação com osMantras e com a Transmissão 'ral

<lexander 6er*in )e*em(ro de >??4em resposta a "estJes de Theodore healan8

;"est.es )elacionadas + !nspiração no Conte0to do 4"r"-Doa

+&eoD !areceme "e a maioria dos ocidentais "e est"dam 6"dismo Ti(etano ainda contin"am a"sar o termo extremamente am(í+"o ben5ão. !ara mim e provavelmente para al+"ns deles tam(2mn#o hL d0dvidas de "e esse termo carre+a conotaçJes teístasA 'oa como se "m ser todo poderosocom poderes onipotentes p"desse o"tor+ar "ma reali*aç#o I"eles "e tHm 2 independentementeda rede de orças positivas o" ne+ativas do indivíd"oA

9 termo inspiraç#o no sentido de "m 5melhoria7 a* sentido no me" reerencial ("dista deentendimento como se n#o conj"rasse nenh"ma conotaç#o teístaA Entretanto e" ainda esto"

tentando entender a totalidade das possi(ilidades a "e isso se reereA)"rante "ma conversa recente com al+"mas pessoas "e se mantHm ixadas no termo (enç#o elesme disseram "e o termo ins'ira5ão soa como se p"desse ser aplicado somente I descriç#o do

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 processo pelo "al al+"2m se oca em "ma pessoa "e esta(elece" "m exemplo positivo eencorajadorA "ando al+"2m se oca nessa pessoa ela 2 inspirada no contexto de meramente serencorajada a se+"ir se"s passosA E em(ora ser encorajado a se+"ir os passos de al+"2m possares"ltar em o(ter "m pro"ndo senso de m"dança de direç#o o termo inspiraç#o n#o pareceimplicar nada "e o termo ti(etano c&inlab 4byin(rlabs 'tA ad&ist&ana8 p"desse se reerirA )e"al"er orma o comentLrio dessa pesoa j"nto com o"tras inormaçJes "e e" coletei

aleatoriamente desde "e conheci o )harma pela primeira ve* aeto" me" entendimento datotalidade do "e o termo c&inlab estL com"nicandoA <s "estJes "e esto" per+"ntando tHm poro(jetivo o me" entendimento das dierentes possi(ilidades a "e esse termo possa tam(2m sereerirA

-inha primeira "est#o 2 se d"rante "al"er prLtica na "al ima+inamos nosso proessor 4vamosdi*er '"a 'antidade o )alai Mama8 na s"a pr.pria orma o" o ima+inamos na orma de "ma i+"rahist.rica e nos ocamos nele com atenç#o ervorosa e simplesmente nos ocamos nisso o"com(inamos isso com prLticas de prostraçJes e direç#o se+"ra en"anto ima+inamos "m vastocampo de orça positiva o" a prLtica de 3ajrassatva o" a prLtica de +"r"yo+a a descriç#o acimade so(re o "e a insipraç#o se reere 2: somente isto "e ocorreZ Em o"tras palavras somos apenas

encorajados a se+"ir se"s passos constr"tivos por"e estamos nos ocando nele e em s"as"alidades de "ma orma mais ocada do "e o normalZ 9" al2m desse processo de encorajamentomesmo "e nossos proessor esteja a milhares de "ilometros na ndia nossa mentes"(liminarmente se "ne com a do proessor de orma "e a ener+ia melhoradora do proessors"(liminarmente intera+e com nossa mente "e ent#oa+e como "ma circ"nstância paraamad"recer orças cLrmicas positivas de nossas açJes constr"tivas previamente comprometidas "ede o"tra orma n#o teriam amad"recidoA

)esposta

#e(iniç.es e Conotaç.es dos Termos Pertinentes Trad",idos Ale8D !ara responder s"a "est#o vamos primeiramente olhar o si+niicado do termo ori+inal em'anscrito ad&ist&ana e como ele 2 tradicionalmente trad"*ido para o ChinHs e para o Ti(etano:

5<dhisthana7 em 'anscrito si+niica literalmente e no se" "so mais +eral "ma 5posiç#o perto de al+"2m7 normalmente "m +overnante e implica "ma posiç#o de poder o"a"tordadeA Ent#o nesse sentido 2 "ma posiç#o de alto escal#o "e "m +overnante conere aal+"2mA <o recever essa posiç#o a pessoa ica mais pr.xima de ter as "alidades do+overnante "e a conereA

< trad"ç#o chinesa s&es&ou transorma o termo em "m s"(stantivo ver(al P a 5 conerHnciade "ma posiç#o "e al+"2m toma o" detem7A

< trad"ç#o ti(etana byin(gyis(brlabs com"mente a(reviada como byin(rlabs 4pron"nciada5chinla(78 eati*a o processo "e ocorre com a conerHncia de tal posiç#oA < primeira síla(abyin 2 al+"mas ve*es explicada como si+niicando clareamento e al+"mas ve*es como5ha(ilidade7 en"anto rlabs conota 5poder7 e brlabs derivando do ver(o rlob('a si+niicatransormar especiicamente transormar em "m estado melhorA Ent#o (yin+yisrla(s 2com"mente deinida em ti(etano como "ma 5transormaç#o por meios de "m clareamentoem "m estado de possess#o de poder e ha(ilidadeA7 9" a conerHncia de tal transormaç#oAEm(ora 5rla(s7 tam(2m seja a palavra ti(etana para ondas explicaçJes tradicionais n#o sereerem a esse si+niicado da palavraA

Ent#o em al+"ns casos e" tenho trad"*ido o termo para o in+lHs como "ma melhoria o"

eno(recimentoA < trad"ç#o 5inspiraç#o7 "e e" tenho mais re"entemente "sada conota aorça "e tra* tal transormaç#o o" melhoriaA

9 termo sânscrito ori+inal e essas vLrias trad"çJes dele "e citei ent#o se reerem I posiç#o de

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elevada ha(ilidade e poder de conerHncia por al+"2m o" por al+o e "e lem(ram a posiç#o da pessoa o" da coisa "e conereA Tam(2m est#o conotados os processos de transormaç#o "e tra*al+"2m a essa posiç#o 4nominalmente "ma 5melhoria78 a aç#o "e +era a transormaç#o4nominalmente a conerHncia8 a orça "e +era essa transormaç#o 4nominalmente inspiraç#o8 ecomo a transormaç#o ocorre 4nominalmente por meio de "m clareamento8A

A $"nção da $orça PositivaG dos $atores da Nat"re,aúdica e Tend*ncias para$atores Mentais PositivosK

'"a "est#o concerne ent#o os detalhes de como tal transormaç#o de melhoria aconteceA Essa n#o2 "ma "est#o t#o simples de se responder "ma ve* "e o termo c&inlab 2 "sado em m"itosdierente contextos para se reerir a "ma +rande variedade de processos e coisasA 3amos olhar

 primeiro para inspiraç#o no contexto do +"r"yo+a como na s"a "est#oA

3ocH estL apenas parcialmente correto "ando s"+ere "e a melhoria da orça de "ma (oa "alidadeem "m discip"lo acontece como o res"ltado do amad"recimento de orça positiva 4bsod( nams 'tA

 'unya 5m2rito78 no contín"o mental do discíp"lo "e oi ativado pela inspiraç#o de "m mestre

espirit"alA -as existem m"itos o"tros atores ca"sais envolvidos "e tam(2m est#o no contín"omental dos discíp"los e "e s#o tam(2m ativados pela inspiraç#o de "m proessorA

,orça positiva 2 "m ator ca"sal para a o(tenç#o de "m nível mais elevado de "ma (oa "alidade o"a o(tenç#o de "ma reali*aç#oA -as as tendHncias para atores mentais como amor e compaix#o "econstit"em essas (oas "alidades e as tendHncias para a consciHncia discriminativa com a "al setem "ma reali*aç#o tam(2m s#o ativadas e ortalecidas pela inspiraç#o de "m proessorA

)evemos adicionar a essa inspiraç#o do proessor tam(2m o c"ltivar vLrios aspectos da nat"re*a (0dicaA %sso incl"i as ha(ilidades inatas de todos os seres de conhecer coisas de se com"nicar e dea+ir assim como o ator da nat"re*a (0dica da ha(ilidade do contín"o mental de ser inspirado emelhorado a "m estado mais elevadoA )e ato a rede de orças positivas em todo contin"o mental 2

tam(2m "m ator da nat"re*a (0dicaA

6ac"idade do Processo de !nspiração

< transormaç#o positiva s"r+e com dependHncia em vLrias ca"sas e condiçJesA Ent#o paraentender o processo de inspiraç#o 2 essencial icar (em clara a vac"idade dos trHs círc"losenvolvidos: 418 a pessoa "e conere a inspiraç#o 4>8 a"ele "e a rece(e 4O8 a inspiraç#o em siA

 Nenh"m desses pode ser esta(elecido como existindo por se" pr.prio poder do se" pr.prio ladoindependentemente por si mesmosA Em o"tras palavras a existHncia da conerHncia de inspiraç#on#o pode ser esta(elecida sem "e haja tam(2m al+"2m "e a a conira al+"2m "e possa e de atoa rece(a e al+o isto 2 a inspiraç#o "e possa ser conerida e rece(idaA Em o"tras palavras a

existHncia de cada "m desses trHs círc"los pode "nicamente ser esta(elecida com dependHncia emcada "ma dos o"trosA

-as n#o apenas isso a existHncia de cada "m dos trHs pode tam(2m ser esta(elecida comdependHncia no ato de ser o o(jeto de reHrecia das palavras e conceitos para issoA 9 "e 2inspiraç#oZ ] apenas ao "e a palavra inspiraç#o se reere na (ase de al+"2m "e a conere al+"2m"e a rece(e e al+o "e 2 conerido todos os trHs podem ser esta(elecidos apenas em relaç#o aosdemais e em relaç#o Is palavras e conceitos para elesA

5%nspiraç#o7 ent#o n#o 2 "m tipo de 5coisa7 "e 2 passada de "ma pessoa para o"tra como "ma (ola de "te(ol e ent#o atin+e "m o(jetivo 4al+"ma orça positiva o" "ma tendHncia para "ma (oa"alidade8 e como res"ltado dL a al+"2m "m placar maiorA Ent#o o "e precisamos evitar 2 a

concepç#o do processo de inspiraç#o como a li+aç#o da mente de "m proessor espirit"al com asorças positivas tendHncias positivas e os atores da nat"re*a (0dica no contín"o mental de "mdiscíp"lo no sentido de "ma conex#o pela "al al+"ma coisa 2 transmitida como se as d"as

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mentes a conex#oe a inspiraç#o transmitida ossem coisas encontrLveis por si mesmas por se" pr.prio poder como se estivessem encaps"ladas em plLsticoA Entretanto podemosconvencionalmente descrever o processo inspiracional como "m processo de inspiraç#o vindo de"m proessor sendo rece(ido por "m discíp"lo e despertando o" estim"lando vLrios atores nomental contín"o desseA !or meio disso o discíp"lo se torna transormado em "m estado maisaltamente desenvolvido "e relem(ra o do proessorA

 No caso do +"r"yo+a o proessor espirit"al n#o conere conscientemente a transormaç#o positivaA< inspiraç#o do discíp"lo acontece dependendon#o apenas da a prLtica do +"r"yo+a em si mastam(2m com os se+"intes atores:

< compaix#o e o amor do proessor para tra*er elicidade a todos os seres limitados e aliviarse" sorimento al2m das oraçJes de aspiraç#o do proessor e dedicaç#o de orça positiva

 para "e seja possível completar se" prop.sitoA <s verdadeiras "alidades de corpo ala e mente do proessor < convicç#o irme do discíp"lo 4mos('a8 de "e o proessor espirit"al de ato tem essas (oas

"alidades e a apreciaç#o 4 gus('a8 da (ondade do proessor < receptividade do discíp"lo para rece(er inspiraç#o expressas ao a*er se"s pedidos

ervorosos < orça positiva os ators da nat"re*a (0dica e a tendHncia para os atores mentais positivos

no contín"o mental do discíp"lo 9 ator da nat"re*a (0dica do contín"o mental do discíp"lo de poder ser melhorada a "m

estado mais elevadoA

9 processo de se tornar inspirado 2 ent#o acilitado pelo discíp"lo recitando o mantra nome do proessor espirit"al o" do "ndador o" "m mem(ro proeminente da linha+em do proessorA %ssoaj"da o discíp"lo a ser mais ocado e concentradoA 9 processo 2 adicionalmente acilitado pelavis"ali*aç#o da inspiraç#o do discíp"lo na orma de l"*es coloridas e n2ctares l"indo do proessor

 para ele o" ela e preenchendo o se" corpoA %sso aj"da a +erar "m sentimento verdadeiro de se tornar

inspiradoA-as novamente devemos enati*ar "e nenh"m item nesse processo inteiro pode ser esta(elecidocomo existindo por se" pr.prio poder por si mesmo como se osse encontrLvel como a 5coisa7reerente correspondendo Is palavras e aos conceitos para eleA Entretanto se todas as ca"sas eatores est#o presentes o processo de inspiraç#o ocorreA

' Poder e a 8a&ilidade de %er !nspirado como "m Aspecto Característico dasoas ;"alidades de Al"m

-ais "m ponto precisa ser esclarecidoA Em(ora a existHncia de (oas "alidades de corpo ala e

mente de "m proessor espirit"al n#o possa ser esta(elecida pelo poder de "al"er coisa no ladodas pr.prias "alidades o" no lado do contín"o mental do proessor ainda assim as (oas "alidadesconvencionalmente tem aspectos característicosA Esses aspectos característicos entretanto n#o s#oencontrLveis mesmo no nível da verdade convencional das (oas "alidades e eles n#o esta(elecemnem mesmo a existHncia convencional das (oas "alidadesA Como 2 o caso das (oas "alidades emsi esses aspectos característicos s#o esta(elecidos meramente pelas palavras e conceitoscorrespondentes a elasA

9 trad"tor ti(etano do inal do s2c"lo 3%%% Ka@a !altse+ 4 sa(ba d4al(brtsegs8 indica essesaspectos característicos na deiniç#o "e ele dL para 5chinla(7 "e temos trad"*idos para o in+lHscomo 5inspiraç#o7A Ele escreve" 5%nspiraç#o 2 o poder e a orça "e existe s"(ja*endo "ais"er

 pontos do )harma "e existam nos caminhos mentais de "m aryaA7;m arya 2 "m ser altamente reali*ado com co+niç#o n#o conceit"al das "atro no(res verdades em+eral e no contexto dos (odhisattvas aryas "ma co+niç#o n#o conceit"al especiica da vac"idadeA

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5!ontos do )harma7 reerese Is reali*açJes e aos conhecimentos "e existem como aspectos dosverdadeiros caminhos mentais no contín"o mental de "m arya: estes s#o o si+niicado do )harmaAEm o"tras palavras "m dos aspectos característicos das (oas "alidades de "m arya 2 "e s#oinspiradoras: elas tHm o poder e a orça para inspirar os o"trosA

< reerHncia a"i 2 ind"(itavelmente I divis#o de "atro tipos da inspiraç#o 4byin(gyis brabs('abz&i8 o" os "atro tipos de inspiraç#o arya 4 '&ags('a byin(gyi rlabs('a bz&i8A Em(ora e" n#o tenhaconse+"ido locali*ar a onte do s"tra e a explicaç#o dos "atro deixeme listLlos e proporexplicaçJes experimentais:

%npiraç#o da verdade 4bden('aEi byin(gyis rlabs('a8 P talve* reerese I a"tenticidade everacidade das reali*açJes e conhecimentos dos verdadeiros caminhos mentais de "m arya

%nspiraç#o da +enerosidade 4 gtong(baEi byin(gyis rlabs('a8 P apenas "ma s"posiç#o P talve*se reira I vasta +enerosidade "e 2 "m dos aspectos dos verdadeir caminhos mentais de "marya (odhisattva atin+ido com o primeiro (h"mi 4nível mental de "m arya8A

%nspiraç#o das paciicaçJes 4 nye(bar(z&i(baEi(byin(gyis rlabs('a8 P talve* se reira Isverdadeiras paradas de o(sc"recimentos emocionais o" de am(os pelos verdadeiroscaminhos mentaisA

< inspiraç#o da consciHncia discriminativa 4 s&es(rab(gyi byin(gyis rlabs('a8 P talve* sereira I consciHncia discriminativa n#o apenas da vac"idade mas dos de*esseis aspectos das"atro no(res verdades "e 2 o principal aspecto dos verdadeiros caminhos mentaisA

!nspiração 'correndo %em Es(orço atráves da !n(l"*ncia !l"minada

;m ponto se+"inte a ser notado so(re esses tipos de inspiraç#o arya "e se torna relevante como nocaso do +"r"yo+a 2 a inspiraç#o "e ocorre atrav2s do processo de inl"Hncia il"minada 4 '&rin(las8A 5%nl"Hncia il"minada7 2 al+"mas ve*es trad"*ida como 5atividade (0dica7 mas n#o 2atividade no sentido ordinLrio de 5a*er al+o7A 5%nl"Hncia %l"minada7 ocorre a"tomaticamente semnenh"m esorço consciente o" intencionalA

-aitreya descreve atividade il"minada no ! Continuo Mental mais uradouroF"terno 4ryud bla(ma 'tA 9ttaratantra8 com a analo+ia do (rilho do solA <s (oas "alidades de "m 6"da ele explicaexercem "ma inl"Hncia il"minada nos seres sem nenh"m esorço consciente o" avoritismo assimcomo o sol "e (rilha sem nenh"m esorço consciente o" avoritisimoA Entretanto com o o(jetivode rece(er calor do sol seres limitados precisam che+ar at2 a l"* do solA 'imilarmente "m discíp"lo

 precisa a(rirse para a inspiraç#o "e (rilha sem nenh"m esorço o" avoritismo das (oas"alidades de se" proessor espirit"al "e exerce "ma inl"Hncia il"minada nos demaisA No se"texto -aitreya se reere a 5esorço consciente e avoritismo7 "ando ala de 5pensamentoconceit"al7 si+niicando 5preconceitos7A

;"estão )elacionada + !nspiração de ?ma $i"ra 8istFrican"ma 9in7aem Espirit"al

+&eoD <inda se estamos s"(liminarmente nos "nindo e intera+indo com a mente do proessorestamos nos "nindo e intera+indo com a mente da i+"ra hist.rica a"ela em c"ja ormaima+inamos nosso proessorZ ] esse o caso tam(2m a respeito de "al"er o"tra i+"ra "eima+inamos e a*emos pedidos e I "al nos a(rimosZ Em o"tras palavras podemos diretamenteocar nossas mentes em "nir e intera+ir com a mente de "m 6"da o" "ma i+"ra hist.rica sem "saro proessor como "m tipo de cond"torZ

)esposta Ale8D 9 processo pelo "al a inspiraç#o ocorre explicado acima 2 exatamente o mesmo "er se

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reira I inspiraç#o de "m proessor espirit"al de "m "ndador da linha+em o" de "ma s. persona+em o" mesmo de "ma linha+em espirit"al inteira P "e vem desde 6"da 'hayam"ni at2nosso proessor espirit"alA Mem(re n#o existe tal coisa como "ma inspiraç#o encontravelmente existente "e passa como "ma (ola de "te(ol de "ma pessoa para o"tra seja vinda diretamente de6"ddha o" de nosso mestre para n.s o" atrav2s de "ma linha de s"cessivos proessores at2 che+arem 6"daA !or ca"sa disso a distância no espaço o" no tempo entre eles e n.s 2 irrelevanteA 9

 processo inspiracional simplesmente ocorre s"r+indo com dependHncia em todas as ca"sas econdiçJes relevantesA Nenh"ma conex#o encontravelmente existente li+ando nossas mentes com"ais"er deles existeA

Como mencionado acima "ma das ca"sas cr"ciais para o processo inspiracional ocorrer 2 o amor acompaix#o e as preces "e a pessoa inspiradora e* se a pessoa inspiradora 2 o nosso proessorespirit"al "m mestre da linha+em o" 6"da 'hayam"niA Essas preces oram eitas para seremcapa*es de (eneiciar todos os seres limitados nas de* direçJes e nos trHs tempos P passado

 presente "t"roA !or ca"sa desse vasto escopo -ahayana ent#o se aceitamos "e essas precesrealmenteaj"daram a amad"recer as (oas "alidades atin+idar por essas pessoas devemos tam(2maceitar "e a inl"Hncia il"minada dessas preces contin"am a poss"ir o poder e a ha(ilidade de nos

 (eneicirar ainda a+ora na orma de inspiraç#oA'hantideva em "nga-ando no Com'ortamento do 1od&isattva 4 s4yod(G-ug  'tA

 1od&isattvac&aryavatara8 4%Y OOF8 indica esse ponto claramente:

<ssim como "ma j.ia "e rerali*a desejosE "ma Lrvore "e concede desejos reali*a os desejos)a mesma orma atrav2s do poder dos discíp"los de serem disciplinados e das preces< ,orma %l"minada do Tri"nante apareceA

!or exemploassim como "ando "m c"rador +ar"diaalece<p.s prod"*ir "m tipo de poste de madeira c"radora%sso ainda pode paciicar veneno e coisas do tipo

-esmo "ando "m lon+o tempo tenha passado desde s"a morteAEnt#o tam(2m "ando "m (odhisattva passo" para o nirvana<p.s ter prod"*ido o poste c"rador 4corpo8 de "m Tri"nante)e acordo com o comportamento 4caminho8 do (odhisattva%sso ainda pode reali*ar t"do "e precisa ser eitoA

;"estão so&re ;"ais $orças Positivas %ão Estim"ladas aAmad"recer atravs da !nspiração

+&eoD 'e s"(liminarmente "nimos e intera+imos com as mentes do proessor e de 6"da e isso a+ecomo cir"nstância para amad"rercer nossa orça positiva em direç#o Is reali*açJes o" ao "e "er"e seja a reali*aç#o 4o" a"ilo "e amad"rece8 acontece nat"ralmente n"ma ordem inata

 pro+ressiva encontrada dentro de todas as mentes o" acontece como "ma coisa (em complicada deacordo com "m *ilh#o de le+ados cLrmicosZ 9" "m 6"da tem o completo controle do "e vaiamad"recer primeiro de acordo com o "e serL mais propicio ao nosso pro+resso espirit"alZ

)esposta Ale8D !rimeiro de t"do precisamos dierenciar os vLrios tipos de orça positivaA 'e a orça positivaadvinda de açJes constr"tivas n#o 2 dedicada I li(eraç#o o" I il"minaç#o ent#o 2 "ma orça

 positiva constr"tora do samsaraA 'e 2 dedicada I o(tenç#o da il"minaç#o o" li(eraç#o 2 "ma orça positiva constr"tora da li(eraç#o e se 2 dedicado I nossa o(tenç#o da il"minaç#o 2 "ma orça positiva constr"tora da nossa il"minaç#oA <penas a orça positiva constr"tora do samsara 2 "ma

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orça cLrmicaA 9s dois 0ltimos tipos s#o os t#o conhecidos 5constr"tores p"ros7 e n#o s#oenUmenos samsLricos cLrmicosA

<l2m disso orça positiva amad"rece de m"itas ormas: nossa experiHnciade elicidade nossaexperiHncia dos cinco atores a+re+ados de "ma sit"aç#o de renascimento nossa inclinaç#o de a+irde "ma orma a lem(rar nossas açJes constr"toras pr2vias "e constr"iram essa orça a experiHnciados o"tros a+indo em relaç#o a n.s como n.s a+imos nossa experiHncia de determinado tipo deam(iente e assim por dianteA Em adiç#o existe a orça positiva "e amad"rece na o(tenç#o 4t&ob(

 'a8 de "ma reali*aç#o 4rtogs('a8A 3amos deixar de lado esse "ltimo tipo de amad"recimento deorça postiva por a+ora e considerar os o"tros tipos de amad"recimento primeiroA

"ando alamos so(re a inspiraç#o a+indo como ca"sa para a ativaç#o e o ortalecimento de "matendHncia de al+"ma "alidade "e as ve*es jL temos como a compaix#o n#o acredito "e nenh"mdos trHs tipos de orça postiva P constr"tora de samsara constr"tora de li(eraç#o o" constr"tora deil"minaç#o P estL diretamente envolvidaA Esses trHs tipos de orça positiva est#o envolvidosentretanto "ando consideramos a orça positiva "e amad"rece em nosso sentimento de "ereraj"dar al+"2m motivado por compaix#oA !odemos aplicar nossa compaix#o na ("sca de al+"mo(jetivo samsLrico como "ando nosso ato constr"tivo de aj"dar al+"2m 2 motivado primeiramente

 pelo desejo de "e essa pessoa +oste de n.sA 9" podemos aplicar nossa compaix#o na ("sca deli(eraç#o o" il"minaç#o como "ando nosso ato constr"tivo de aj"dar al+"2m 2 motivado porren0ncia o" (odhichittaA

<ssim como no caso de rece(er inspiraç#o o amad"recimento da tendHncia para o ator mental "econstit"i "ma (oa "alidade e o amad"recimentos de "ma orça positva tam(2m ocorrem comoenUmenos "e s"r+em dependentementeA Em o"tras palavras "al tendHncia para "e "madeterminada (oa "alidade amad"reça e "al orça cLrmica para "e o sentimento de "erer a*eral+"m tipo determinada aç#o amad"reça depende de "ma vasta m"ltid#o de ca"sas e condiçJesA

 Nin+"2m tem controle so(re esse processo: nem n.s nem nosso proessor e nem mesmo o pr.prio6"da 'hayam"niA

 No caso da nossa tendHncia para "ma (oa "alidade a inspiraç#o meramente ca"sa al+"matendHncia de amad"recimento intermitente para "e "ma delas amad"reça no desenvolvimento o"melhoria dessa (oa "alidadeA < (oa "alidade "e desenvolve o" ortalece no nosso contín"omental serL similar I (oa "alidade da pessoa "e nos inspiraA

!or2m existem in"merLveis tendHncias para atores mentais positivos e atores de nat"re*a (0dicaem nosso contín"o mental "e nos capacitam a desenvolver (oas "alidades "e se assemelhamI"elas dos proessores espirit"ais e dos 6"dasA Existem tam(2m in"merLveis orças positivas o"

 potenciais para a+ir mais "ma ve* de maneira similar a ormas constr"tivas "e jL i*emoss antesA<l2m disso cada "ma dessas tendHncias atores e potenciais pode amad"recer em "ma coleç#o dedierentes res"ltados dependendo de vLrios atores "e podem aetar s"a orçaA "al deles

amad"rece "ando amad"rece a orça com "e amad"rece a orma com "e o amad"recimentoacontece "anto tempo a"ilo "e amad"rece ica maniesto no nosso contín"o mental comoa"ilo "e amad"rece m"da de momento para momento e assim por diante depende de vLriosatores mentais adicionais acompanhando nossa experiHncia em cada momentoA Eles tam(2mdependem de circ"nstâncias externas nas "ains nos encontramos em cada momentoA Nenh"mdesses atores pode ser esta(elecido como existindo pelo poder de al+"ma coisa encontrLvel de se"

 pr.prio ladoA 9 amad"recimento simplesmente ocorre com dependHncia na interaç#o de todos elese certamente n#o dependendo do poder de apenas "m deles como a intenç#o de 6"daA

"ando consideramos a orça positiva "e pode amad"recer na o(tenç#o de "ma reali*aç#o ainspiraç#o pode ca"sar "ma tendHncia de amad"recimento intermitente para "e a consciHnciadiscriminativa amad"reça em "m alto +ra" desse ator mentalQ possi(ilitando assim a reali*aç#oA <anLlise desse tipo de amad"recimento 2 a mesma "e jL tínhamos aplicado em relaç#o I compaix#oA,orça positiva entretanto pode tam(2m ser amad"recida e melhorada pela inspiraç#o de orma "eessa tra+a a o(tenç#o em siA )e novo a o(tenç#o de "al reali*aç#o e assim por diante s"r+e com

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dependHncia em m"itos atores tam(2m de orma similar I anLlise "e i*emos acimaA )e novo"al dos trHs tipos de orça positiva P constr"tora de samsara constr"tora de li(eraç#o constr"torade il"minaç#o P 2 ativada depende de atores motivacionais "e acompanham nossa meditaç#o o""al"er prLtica "e precipite a o(tenç#o da"ela reali*aç#oA

 No caso de reali*açJes "e s#o simplesmente entendimentos pro"ndos o" ins+hts so(re vLriostemas como impermanHncia os deeitos do samsara e assim por diante n#o existe ordem

 pro+ressiva inataA <s vLrias apresentaçJes deles como no lamrim caminho +rad"al parail"minaç#o s"+erem m"itas ordems pro+ressivas (en2icas mas praticantes tam(2m podem +anharinsi+hts em ordens "e diiram dessasA No caso dos cincos caminhos mentais P constr"ç#o 4ocaminha da ac"m"laç#o8 aplicaç#o 4o caminho da preparaç#o8 vis#o 4o caminho da vis#o8ha(it"aç#o 4o caminho da meditaç#o8 e n#o mais treinar 4o caminho do n#o mais aparender8 Pexiste "ma ordem pro+ressiva inataA Cada "m dos cinco caminhos mentais pode apenas ser o(tidona (ase da o(tenç#o do caminho mental imediatamente pr2vioA 9 mesmo acontece com relaç#o aoestL+io da +eraç#o 4bskyed(rim8 e o estL+io da cons"maç#o da prLtica do tantra an"ttaryayo+aA

-ais "ma ve* devemos entender "e n#o existe "ma ordem pro+ressiva esta(elecida pelo poder deal+o do lado da reali*aç#o em si o" no lado da o(tenç#o o" no lado do contín"o mental "e tem a

ha(ilidade de os o(terA ] claro ent#o "e precisamos entender o s"r+imento dependente e avac"idade de ca"sa e eeito com o o(jetivo de começar a entender como a inspiraç#o aj"da aomentar o amad"recimento de orças cLrmicasA

'"tros ?sos do Termo C7inla&Em(ora no caso da inspiraç#o vinda de "m proessor espirit"al de "m mestre da linha+em o" de6"ddha o processo ocorra sem nenh"m esorço consciente da parte da onte o" (eneiciLrio dainspiraç#o existem o"tras sit"açJes em "e o termo c&inlab se reere ao processo consciente dea*er "ma 5transormaç#o de melhoria7A %sso ocorre dentro do contexto da prLtica do tantra e lL o

 processo de a*er tal transormaç#o pode ser denominado 5eno(recimento7A <l+"ns trad"torestrad"*em c&inlab nesse contexto como 5consa+rar7 mas tal termo conota a*er al+o sa+rado o "eapresenta talve* "m sa(or n#o ("dista en+anoso ao termoA

;ma das ormas como o eno(recimento acontece 2 "m aprimoramento de (oas "alidadesA ;mexemplo 2 na prLtica de "hyasamaja "ando 5eno(recemos7 nosso corpo ala e mente atrav2s devis"ali*açJes ela(oradas "e evocam i+"ras de 6"das a*endo pedidos a eles e ent#o osdissolvendo em o"tras i+"ras de 6"da vis"ali*adas dentro de n.s como representaç#o de nossocorpo ala e menteA

9"tra maneira de eno(recer ocorre em "ase todas as prLticas de tantra an"ttarya yo+a "andeno(recemos nossos .r+#os reprod"tivos com vis"ali*açJes de instr"mentos rit"alísticos e síla(as

sementes dentro delesA 'imilarmentena prLtica 3ajra(hairava por exemplo eno(recemos nossosestim"ladores co+nitivos 4os sensores dos olhos os sensores dos o"vidos e assim por diante8vis"ali*ando síla(as sementes o" i+"ras de 6"das nelesA Nesses casos n#o estamos transormandoessas características de nosso corpo "e jL 2 vis"ali*ado como a i+"ra de "m 6"da em al+o "en#o era antesA <o inv2s disso como explicado nos ensinamentos 'aya dos inseparLveis samsara enirvana cada "m desses aspectos de nossos corpos tem dois níveis de aparHncia: "m ordinLriochamado aparHncia 5imp"ra7 e "ma aparHncia 5p"ra7A Como esses procedimentos eno(recedoresestamos meramente revelando o nível da aparHncia p"ra "e jL sempre esteve lLA

< prLtica do Tantra tam(2m incl"i 5eno(recer7 itens "e n#o s#o partes de nossos corpos Pespeciicamente vLrios tipos de oerendas e no tantra an"ttarayo+a o vajra e o sino "e "samosd"rante os rit"aisA<"i conscientemente perormamos "ma transormaç#o de melhoriaA No casso da

oerenda interna 4nang(mc&od 8 eito no tantra an"ttarayo+a por exemplo a tranormaç#o demelhoria implica "atro passos:

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Eliminaç#o 4bsang(ba8 de intererHncias da taça de oerenda ísica diante de n.sA %sso sea*atrav2s de vis"ali*aç#o de i+"ras en2r+icas a"+entando dela os espíritos intereridoresA

!"riicaç#o 4 sbyang(ba8 da aparHncia imp"ra da taça e do se" conte0do como "ma taçaordinLria com chL am(os tendo existHncia verdadeiramente existenteA %sso 2 eito atrav2s dadissol"ç#o da aparHncia imp"ra com oco em s"a vac"idade de maneiras impossíveis deexistir

eraç#o4 bskyed('a8 de "ma aparHncia da taça e do se" conte"do como vLrios tipos de carnee s"(stâncias corp.reas representando os a+re+ados e elementos de nossos corposordinLriosA

Eno(recimento 4byin(gyi(rlabs8 da carne e das s"(stâncias corp.reas atrav2s devis"ali*açJes representando a p"riicaç#o reali*aç#o e resplandecimento 4 sbyang rtog(sbar

 gsum8 delesA 5!"riicaç#o7 2 de s"a cor odor sa(o e potencialA 5$eali*aç#o7 2 reali*aç#odeles como "m n2ctar concedendo li(erdade de todas as doenças e tam(2m imortalidade eent#o implica a vis"ali*aç#o deles se transormando em n2ctarA 5$esplandecimento7 2 oa"mento do n2ctar de orma "e ele se torne inexa"rívelA

 No caso de vis"ali*aç#o de oerendas externas 4 '&yi(mc&od 8 eitas de L+"a lores incenso e assim

 por diante as vis"ali*açJes dos "atro passos de eno(recimento s#o m"ito mais simplesA;m 0ltimo exemplo de "m eno(recimento de "m item n#o conectado com o corpo 2 com as píl"lasespecias tam(2m chamadas de 5chinla(7 talve* trad"*idas a"i como 5píl"las de eno(recimento7AElas s#o pe"enas píl"las eitas de lores e ervas secas e o"tras s"(stâncias so(re as "ais "mmestre espirit"al normalmente j"nto com "ma assem(l2ia monLstica recita milhares de mantresen"anto se ocam em vis"ali*açJes especiais com a conscHncia extasiada da vac"idade delesA Naconcl"s#o de "m dado n0mero de repeiçJes do mantra o mestre espirit"al sopra nas píl"las e ent#oas eno(receA "ando al+"2m com crença coniante na ha(ilidade eno(recedora dessas píl"lasen+ole "ma delas sentese ele mesmo melhorado e eno(recido por elaA <l+"mas variedades dessas

 píl"las eno(recedoras aj"dam a eliminar o(stLc"los e intererHncias da pessoa "e as en+ole o"tras

aj"dam a c"rar a pessoa de al+"ma doençaA )e novo precisamos ri*ar a importância de enterder avac"idade e a nat"re*a de s"r+imento dependente de t"do envolvido a"i com o o(jetivo deentender como "e en+olir píl"las chinla( (eneicia al+"2mA

;"estão em )elação a Mantras como "m Molde dos 6entos deEneria %"til

+&eoD Existe o"tra onte de inormaç#o so(re a "al esto" extremamente con"soA Com relaç#o acomo mantras "ncionam e" entendo a teoria de como eles moldam os ventos de ener+ia s"tilres"ltando em certos estados de menteA E como mantras podem tam(2m ca"sar "e os ventos deener+ia s"til entrem e dissolvam no canal central +anhando acesso ao vento mais s"til de ener+ia ea mente de clara l"*A

<pesar dessas teorias so(re prLtica de mantras por al+"ma ra*#o extremamente pec"liar a"elesensinamentos raramente s#o ensinados "er al+"2m rece(a ensinamentos na %ndia Nepal o" no9esteA -esmo "e al+"ns eshes o" Khenpos de todas as "atro tradiçJes ti(etanas tenhamrece(ido s"a ed"caç#o dentro de "niversidades monLsticas rep"tadas por al+"ma ra*#o pec"liareles com re"Hncia ensinam al+"ma o"tra teoria de como mantras "ncionamA Eles di*em "emantras "ncionam por 5(Hnç#os7 4o" isso 2 como o trad"tor trad"*8A Eles di*em "e "andorecitamos o mantra rece(emos (Hnc#os pois o mantra 2 o"tor+ado com poderes da ala il"minadados 6"dasA

Esto" pro"ndamente co"soA Existe "ma ra*#o por"e o molde dos ventos de enr+ia s"til n#o 2com"mente ensinado ao inv2s o" conj"ntamente com essa teoria de 5(Hnç#os7Z

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)esposta Ale8: < explicaç#o de mantras como "m molde dos ventos de ener+ia com o (jetivo de acilitar s"aentradapermanHncia e dissol"ç#o no canal de ener+ia central deriva dos ensinamentos da recitaç#ovajra 4rdo(r-e bzlas 'a8A %sso 2 "ma prLtica m"ito avançada eita no estL+io de isolamento da ala4ngag(dben8 da prLtica do estL+io de cons"maç#o 4rdzogs(rim8 no tantra an"ttaryaA ;ma explicaç#o

completa da recitaç#o vajra e isolamento de ala 2 encontrado em textos como 9ma 2:m'ada 'ara Iluminar  !s Cinco "stágios 4 /im(lnga gsal(sgron8 comentLrio de Tson+hapa ao texto de Na+arj"na !s Cinco "stágios 4 /im(lnga 'tA 4ancakrama8 com relaç#o ao estL+io cinco da prLticado estL+io de cons"maç#o do +antra u&yasama-aA VL "e este 2 "m t.pico extremamenteavançado n#o 2 re"entemente est"dado o" ensinadoA Entretanto "ma "e ve* "e o princípio

 (Lsico por tra* dessa prLtica pode aj"dar a tornar a recitaç#o de mantras mais compreensível paraocidentais e" a menciono em minha explicaç#o da teoria de mantrasA

;"estão com )elação ao Poder Trans(ormativo Positivo dosMantras

+&eoD 'e existe verdade nessa teoria de 5(Hnç#os7 esto" tentando entender como ela pode"ncionarA ] apenas "ma hip.tese mas 2 assim "e "ncionaZ

!or exemplo "ando recitamos 59- -<N% !<)-E &;-7 a"tomaticamente s"(liminarrmente"nimos nossa mente comas mentes de "ma linha+em in"e(rLvel de mestres incl"indo 6"da'hayam"ni o" o"tro 6"daZ !or meio disso a ener+ia de melhoria de toda "ma linha+emin"e(rLvel intera+e com nossa mente de tal orma "e isso a+e como "ma circ"nstância "eamad"rece nossa orça cLrmica positiva res"ltando no s"r+imento de compaix#o em nossa menteZE o mesmo processo contin"a atrav2s de todo mantra conce(ível e se"s res"ltados relevantesZ

'e existe "m processo pelo "al s"(liminarmente "nimonos e intera+imos dessa orma 2 s"iciente

apenas recitar mantrasZ 9" para rece(er essa ener+ia de melhoria temos "e adicionar o"trasca"sas I mist"ra ca"sal para o processo "ncionarZ !or exemplo esse processo poderia "ncionar se"al"er pessoa no m"ndo "e n#o tem conex#o com nenh"ma linha+em in"e(rLvel eapesardisso encontra"m mantra n"m livro de )arma e começa a recitLloZ 9" o mantra tem "e virdiretamente da transmis#o de "ma conex#o vLlida n"ma corrente delinha+em in"e(rLvel demestres incl"indo "m 6"daZ

'e tem "e vir de "ma linha+em in"e(rLvel com o o(jetivo do processo "ncionar os mestres tem"e ter o(tido res"ltados do mantra para "e a ener+ia de melhoria do mantra contin"e a passaratrav2as da linha+em in"e(rLvelZ !or exemplo se a al+"m est"dante oi transmitido oralmente omantra de "m proessor "e o(teve res"ltados com o mantra mas a"ele al"no n"nca pratico"

a"ele mantra e nem se"er o(teve res"ltados dele poderia a"ele al"no ent#o transmitir o mantraa o"tras pessoas ent#o mantendo a linha+em de (Hnç#os in"e(rLvel para o"tras pessoas "tili*arZ

] apenas a ener+ia de melhoria de "m 6"da vindo atrav2s de "ma corrente in"e(rLvel dalinha+em como se a linha+em in"e(rLvel a+isse como "m cond"tor e cada mestre da linha+em"ma seç#o do cond"torpelo "al passa a ener+ia de melhoria de "m 6"daZ 9" a ener+ia demelhoria 2 "ma mist"ra das ener+ias de melhoria do 6"da e de todos os seres incl"ídos nessa linhain"e(rLvelZ

)esposta Ale8D < explicaç#o de como a tranormaç#o de melhoria "nciona atrav2s da recitaç#o de mantras 2a mesma de como "nciona atrav2s do +"r"yo+aA <"i entretanto precisamos adicionar al+"mascoisas do "e e" aca(ei de explicar so(re itens eno(recedores "e n#o s#o parte dos nossos corpo Pnesse caso os sons dos mantrasA

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-antras s#o exemplos de ala il"minada proerida por 6"da aparecendo nos tantras na orma devLrias i+"ras de 6"daA Como ala il"minada o som do mantra oi eno(recido pela compaix#oamor (odhichitta preces e reali*aç#o da vac"idade de 6"daA Ent#o mantras s#o sons inspiradorese como Ka@a !eltse+ os deini" eles tHm aspecto característico de poss"ir "m certo poder o"ha(ilidadeA -as como explicamos antes n#o existe nada encontrLvel no lado do som do mantra"e pelo se" pr.prio poder esta(eleça a existHncia desse poder e ha(ilidadeA 9 poder e ha(ilidade

s"r+em com dependHncia de in"merLveis o"tras ca"sas e condiçJesA"ando repetido por al+"2m com crença coniante no poder dos mantras a recitaç#o do mantra

 pode ativar e ortalecer tendHncias para vLrias (oas "alidades como compaix#o e consciHnciadiscriminativaA Essa ativaç#o e ortalecimento 2 m"ito acilitada se precedendo e acompanhando arecitaç#o do mantra tam(2m praticarmos "m tipo apropriado de meditaç#o como "ma devis"ali*aç#o anLlise e assim por dianteA <l2m disso dependendo da motivaç#o "e acompanha arecitaç#o P samsLrica de ren0ncia o" de (odhichitta P a orça positiva correspondente para ao(tenç#o de "ma reali*aç#o 2 realçadaA

'e vocH per+"nta se a recitaç#o de "m mantra acompanhada por descrença no poder dos mantras pode tra*er res"ltados positivos e" d"vido "e possaA 'e a recitaç#o 2 acompanhada por hesitaç#o

indecisa "e 2 mais inclinada na direç#o da crença coniante no se" poder ent#o a recitaç#o tra* "mres"ltado mais raco do "e "ando acompanhada por completa crença conianteA

Todas as pessoas na linha+em da transmiss#o oral do mantra precisam ter o(tido res"ltados dessarecitaç#oZ N#oA < ha(ilidade inspiradora do mantra e o poder s"r+em com dependHncia apenas noato de "e oi proerido ori+inalmente por 6"daA Claro "ais"er reali*açJes pelos mem(ros dalinha+em de transmiss#o oral do mantra ir#o a"mentar a ha(ilidade inspiradora e o poder do mantramas tal ortalecimento n#o 2 necessidadeA 9s mem(ros da linha+em precisam meramente asse+"rara precis#o das palavras e síla(as do mantra sem omitir o" adicionar nadaA

9 mesmo 2 verdadeiro no caso da transmiss#o oral das palavras de "m pron"nciamento escrit"raltanto de 6"da como de "m mestre espirit"al s"(se"enteA <inal nada do "e o 6"da proclamo" oi

escrito na mesma 2poca de 6"daA TranscriçJes escritas das palavras de 6"da começaram apenass2c"los depoisA Ent#o a 0nica maneira de asse+"rar a precis#o dessas palavras il"minadas era cada+eraç#o de discíp"los o"vilas recitadas pela +eraç#o pr2via "e as tinha memori*ado (aseado noato de essa pessoa ter o"vidoas ser recitadas por al+"2m de "m +eraç#o anterior a delaA E para isso"ncionar corretamente a cadeia de pessoas transmitindo as palavras il"minadas tanto "m mantra"anto "m pron"nciamento escrit"ral precisa ser in"e(rLvel d"rante todo o caminho at2 a ontedas palavras o 6"daA Ent#o por exemplo com a permiss#o de '"a 'antidade o )2cimo "arto)alai Mama e" passei adiante a transmiss#o oral da linha especial de 'eron+ )orjechan+ da

 "ss>ncia de "8'lica5ão "8celente dos Significados Inter'retáveis e efinitivos 4 rang(nges legs(bs&ad snying('o8 de Tson+hapa para o 'e+"ndo 'eron+ $inpocheA E" i* isso (aseado somenteno ato de e" ter rece(ido s"a transmiss#o oral de me" proessor o !rimeiro 'eron+ $inpocheA E"n"nca tinha verdadeiramente est"dado o o textom"ito menos ter +anhado "ais"er reali*acJesso(re o se" si+niicadoA

E o "e di*er so(re a recitar "m mantra sem ter rece(ido s"a transmiss#o oral o" ter rece(ido deal+"2m "e n#o rece(e" verdadeiramente de "ma transmiss#o oral a"tHnticaZ E" acho "e nessecaso pode haver al+"m poder inspiracional mas serL mais raco do "e se rece(Hssemos de "mlinha+em in"e(rLvel de transmiss#oA !or exemplo 'hantideva escreve" no "nga-ando noCom'ortamento do 1od&isattva 43%%% 118: 5AAAatrav2s de s"a +rande compaix#o o "ardi#o<valoiteshvara elevo" 4 o poder de8 se" pr.prio nome para dissipar os medos e anseios dos seres4como timide*8 na rente de "ma a"diHncia7A 5Elevo"7 a"i 2 o termo c&inlab. -as novamentedevemos evitar pensar "e o poder do mantra 2 esta(elecido por al+"ma coisa encontrLvel dentro do

som do mantraA9 "e di*er se a transmiss#o oral do mantra ocorre com a pron0ncia errada o" se n.s a

 pron"nciamos incorretamenteZ E" acho "e nesse caso n#o hL dierença no poder e na ha(ilidade

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de recitLlos nesses casos inac"radosA <inal os ti(etanos n#o pron"nciam certas palavras dosmantras da mesma orma "e os indianos o a*emA !or exemplo ti(etantos pron"nciam a palavrasânscrita 5vajra7 como 5(end*a7 e os mon+ols a pron"nciam como 5ochir7A <pesar disso n#o

 podemos di*er "e os ti(etanos e mon+.is recitando os mantras en"anto di*em vajra como5(end*a7 o" 5orchir7 n#o tiveram nenh"ma reali*aç#o o" "e s"as reali*açJes oram menores do"e as dos indianos pron"nciando 5vajra7 como 5vajra7A < ha(ilidade inspiracional introd"*ida por

6"da nos sons do mantra 2 ainda transmitida apesar da deormaç#o de s"a pron0nciaA %sso por"eainda existe "ma transmiss#o in"e(rLvel do mantraA <inal a transmiss#o oral dos textosori+inalmente escritos em sânscrito 2 considerada in"e(rLvel mesmo "ando a transmiss#o 2contin"ada com a recitaç#o dos textos trad"*idos como em ti(etano o" chinHsA < linha detransmiss#o 2 como o contín"o mental de "m indivíd"o: nenh"m momento 2 o mesmo o"totalmente dierente do momento anteriorA Cada momento s"r+e apenas com dependHncia nomomento anterior como "ma contin"idade in"e(rLve disso com nada encontrLvel passando demomento a momento para esta(elecer a existHncia da contin"idadeA

9 "e di*er se n.s o" al+"em mais inventa "m mantra e n.s o recitamos en"anto +eramoscompaix#oZ '"a recitaç#o poderia aj"darnos a manter o oco na compaix#o mas se sa(emos "e

isso n#o deriva do 6"da n.s certamente n#o +anharemos a inspiraç#o de 6"daA Essa 2 a ra*#o pela"al em(ora possamos nos vis"ali*ar na orma de -aria no Cristianismo como "ma aj"da para nosocar no amor e compaix#o 2 totalmente inapropriado chamar isso de "ma prLtica tantrica ("distaA<l2m disso 2 extremamente desrespeitLvel para o Cristianismo a*er isso "ma ve* "e líderescrist#os n#o aprovariam tal prLtica e provavelmente a considerariam her2ticaA !or2m este n#o 2 omesmo caso dos tantras ("distas "sando as mesmas i+"ras dos tantras &ind"s como 'arasvatiA %sso2 por"e o "so dessa i+"ra nos tantras ("distas deriva de "m 6"da e o &ind"ismo aceita 6"dacomo "ma encarnaç#o de 3ishn"A Ent#o hind"s n#o acham esse "so desrespeitosoA

E o "e di*er se temos crença coniante de "e o mantra inventado por al+"2m realmente deriva de6"da e recitamos o mantra ina"tHnticoZ Esse caso lem(ra o exemplo de "m mon+e ti(etano c"jam#e o pedi" "e tro"xesse ao voltar "m dente do 6"da "ando ele oi a*er "m peri+rinaç#o na

%ndiaA 9 mon+e es"ece" o pedido da m#e mas lem(ro"se inalmente lo+o antes de che+ar emcasaA Em desespero para n#o desapontar s"a m#e ele pe+o" o dente de "m c#o "e encontro" noch#o o limpo" e o em(r"lho" em "m lindo tecido e presenteo" a"ilo a s"a m#e declarando "eera "m dente do 6"daA < m#e tinha creça coniante de "e a"ilo ela realmente o dente do 6"da e atrav2s da inspiraç#o disso atin+i" m"itas reali*açJes espirit"aisA

 No mesmo exemplo a m#e oi inspirada por 6"da meramente atrav2s de s"a crença coniante sem"e essa inspiraç#o osse transmitida atrav2s do dente do cachorroA 'imilarmente creio "e se n.sacreditarmos coniantemente "e "m mantra deriva de 6"da "ando de ato n#o essa nossa crençaconiante no 6"da nos trarL inspiraç#oA 9 mesmo poderia ser verdade se rece(Hssemos atransmiss#o oral de "m mantra a"tHntico pensando "e a transmiss#o oi in"e(rLvel "ando de

ato n#o oiA

;"estão com respeito + !nteração !nconsciente de "da comnossas Mentes

+&eoD !roessores altamente reali*ados o" 6"das podem "nir e intera+ir com nossas mentes n"mamaneira "e eles estejam iniltrando nossa corrente de pensamentos sem "e estejamos conscientesdissoZ !or exemplo "ando ormalmente en+ajamos n"ma linha de raciocínio com o o(jetivo deconceit"almente reconhecer a vac"idade eles podem intera+ir com nossas mentes de orma "e eles

 possam 5 c"t"car7 nossa corrente de pensamentos a"i e 5c"t"car7 lL para manter nossa linha de

raciocínio no caminho tanto "anto possível para "e inalmente possamos che+ar perto deconceit"almente reconhecer a vac"idadeZ

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)esposta Ale8D 9s textos sempre enati*am a importância de a*er pedidos de inspiraç#o aos 6"das e aosnossos proessores espirit"aisA ,a*er pedidos por inspiraç#o 2 "ma orma m"ito orte de demonstrarnossa receptividade e desejo de ser inspiradoA %sso implica "e se n#o i*ermos pedidos porinspiraç#o n#o estamos a(ertos a rece(er inspiraç#oA !or essa ra*#o e" n#o acho "e possamos

rece(er inspiraç#o de 6"das e assim por diante sem estarmos conscientes dissoA -esmo "andorece(emos inspiraç#o n#o 2 como al+o encontrLvel nomeado inspiraç#o "e estL iniltrando nossasmentes e nos prote+endo de a*er errosA

"est#o relacionada %nspiraç#o "ando Consideramos Nosso !roessor Espirit"al como "m6"da

+&eoD "ando al+"ns textos airmam "e deveríamos perce(er todas as aparHncias como odharmaaya do +"r" mesmo "e o +"r" n#o seja "m 6"da de verdade mas apenas 4aparece8 como"m 6"da estamos s"(liminarmente no "nindo e intera+indo com a ener+ia de melhoria de 6"daZ

 Ale8D 'im e" acredito "e estamosA 'e na (ase da crença coniante de "e o dente de "m c#o 2 odente de 6"da al+"2m pode rece(er inspiraç#o de 6"da "#o mais podemos rece(er de inspiraç#ode 6"da "ando temos a crença coniante em nosso proessor como 6"daZ No caso do proessorespirit"al estamos ocando nas s"as verdadeiras (oas "alidades e reconhecendoas como as"alidades de 6"daA <o se ocar nas "alidades il"minadas rece(emos inspiraç#o de "m 6"daAExiste "m ditado ti(etanoA 5 'e nos ocarmos em nosso proessor como "ma pessoa ordinLria+anhamos inspiraç#o ordinLriaA 'e no ocarmos nele como "m 6"da +anhamos a inspiraç#o de "m6"daA7

;"estão )elacionada a Encontrar )ipaG Consci*ncia P"raGCara + Cara Atravs da !nspiração de "m Mestre

#,oc7en+&eoD )entro da literat"ra d*o+chen 2 airmado "e "m mentre d*o+chen pode diretamenteapresentar o est"dante ao ri+pa consciHncia p"raA ;ma maneira de se a*er isso 2 atrav2s deinspiraç#oA "ando isso aconte a mente de al+"2m s"(liminarmente se "ne o" intera+e com aener+ia de melhoria do proessor d*o+chen de tal orma "e amad"reça enormes "antidades deorça positiva de "ma s. ve*Z ;m mestre d*o+chen precisa ter certas "alidades 0nicas para esse

 processo ocorrerZ 9" a mente do mestre com "em temos pro"nda conex#o cLrmica a+e como"m cond"tor para a ener+ia de melhoria de "m 6"da passar e 2 essa ener+ia de melhoria de 6"da"e intera+e com nossa menteZ

)esposta Ale8D !rimeiro de t"do 2 importante entender o termo t2cnico envolvido a"i ngo(s'rod  "e vocHcito" na s"a trad"ç#o com"m como 5 apresentar7A 9 termo verdadeiramente si+niica 5 conhecercara a cara7A < inspiraç#o de "m mestre d*o+chen pode a+ir como "ma das ca"sas para a orça

 positiva constr"tora de il"minaç#o amad"recer no nosso contín"o mental em nossa o(tenç#o de"ma reali*aç#o de ri+pa pro"nda consciHnciaA Essa consicHncia p"ra primordialmente imac"ladatem s"(ja*ido cada momento de nossa experiHncia sem inícioA < reali*aç#o dessa consciHncia p"ra 2o encontro com ela cara a cara de tal orma "e essa consciHncia p"ra 5sai(a s"a pr.pria ace7 o"e si+niica "e a+ora estamos completamente conscientes de s"a verdadeira nat"re*a s"(jacenteA

< ocasi#o de nosso encontro com ri+pa cara a cara pode ser precipitado por nosso mestre d*o+chenexplicando so(re ri+pa em palavras P seja no contexto de "ma cerimonia rit"alística o" ora dessecontexto P o" mesmo com ele o" ela a*endo "m +esto sem di*er nadaA -as "ma ve* "e o"tros

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 podem o"vir tais palavras o" ver tais +estos sem experenciar como "m res"ltado "m encontro caraa cara com ri+pa nosso pr.prio encontro com ri+pa cara a cara s"r+e com dependHncia em m"itosatores adicionais incl"indo a inspiraç#o de nosso mestre d*o+chenA

9 ator adicional mais importate 2 "e precisamos constr"ir "ma "antidade enorme de orça positiva constr"tora de il"minaç#o atrav2s de ter eito com s"cesso em vidas passadas e o" nessavida as prLticas compartilhadas e n#o compartilhadas 4ngondro8 e desenvolvido pelo menos "mnível avançado de concentraç#o prop.sito de (odhichitta e compreens#o conceit"al correta davac"idadeA No mais precisamos ter rece(ido empoderamentos tantricos tomado os votosrelacionados e atin+ido "m certo +ra" de s"cesso na prLtica de vis"ali*aç#o e recitaç#o de mantrano estLio de +eraç#o 4bskyed(rim8 e nas prLticas envolvendo os ventos de ener+ia e canais deener+ia 4rtsa(rlung 8 do estL+io de cons"maç#oA 'o(re tal (ase de enorme orça positiva constr"torade il"minaç#o e pro"nda consciHncia constr"tora de il"minaç#o (em como pelo poder dainspiraç#o do mestre d*o+chen e sem nenh"m esorço adicional podemos vir a conhecer ri+pa caraa caraA Esse encontro cara a cara entretanto precisa proceder atrav2s dos estL+ios "s"ais dameditaç#o d*o+chen: primeiro acessar e reconhecer o alaya de hL(itos 4bag(c&ags(kyi kun(gz&i8ent#o o ri+pa "l+"rante 4rtsal(gyi rig('a8 e inalmente o ri+pa essencial 4ngo(boEi rig('a8A

9 processo com "e a inspiraç#o +era "ma transormaç#o de melhoria para aj"dar a permitirnosencontrar ri+pa cara a cara 2 o mesmo "e jL explicamos em relaç#o a o"tros exemplos do poder dainspiraç#oA Nesse caso as pr.prias reali*açJes do mestre d*o+chen s#o em si inspiradoras e emadiç#o o mestre a+e como "m cond"tor para a inspiraç#o da linha+em inteira indo at2 6"da parater "m impacto em n.sA -as claro isso ocorre sem nada encontrLvel com existHncia esta(elecidade se" pr.prio lado passando de 6"da para "m mestre e para o"tro e ent#o para n.s P nem "ma5inspiraç#o7 encontravelmente existente nem "ma 5reali*aç#o7 encontravelmente existenteA

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' %ini(icado e o ?so de "ma Mandala<lexander 6er*in )e*em(ro de >??O

' %ini(icado de Mandala< palavra ti(etana para 5mandala7 dkyil(Gk&or  si+niica literalmente 5a"ilo "e circ"nda "mcentroA7 ;m 5centro7 2 a"i "m si+niicado e 5a"ilo "e o circ"nda7 mandala 2 "m sím(oloredondo "e representa o si+niicadoA No entanto nem todas as mandalas s#o redondasA

&L m"itos tipos de mandalas "sadas para vLrias inalidades nas prLticas ("distas do s"tra e dotantraA 3amos a+ora examinar al+"ns delesA

Mandala E0terna;ma mandala externa 4 '&yiEi dkyil(Gk&or 8 2 "ma representaç#o de "m sistema de m"ndoA ] "sadacomo "ma oerta eita a "m proessor espirit"al "ando se pede para dar "m ensinamento paraconerir "m conj"nto de votos o" para conerir "m empoderamento tântricoA 'imilarmente 2 "sadocomo "ma oerenda de apreciaç#o no inal do ensinamento dos votos o" da ceremUnia deempoderamento 4iniciaç#o tântrica8A

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< mandala oerecida pode consistir de "ma ti+ela de "ndo achatado se+"rada com o lado de (aixoem cima com trHs montes de +r#os cr"s o" j.ias colocadas "mas so(re as o"tras so(re a s"as"perície e contida dentro de an2is concHntricos pro+ressivamente mais pe"enosA ] coroada com"m diadema ornamentalA

 

Loo de mandalas tradicionais ti&etanas

<lternativamente a oerta da mandala pode ser eita com as m#os em m"draG com os dedosentrelaçados n"ma determinada ormaA

'(erta de mandala (eita com as mãos em m"dra

9 sistema de m"ndo representado por am(os os tipos de mandala externa 2 mais re"entementedescrito nos ensinamentos do a(hidharma so(re os t.picos especiais de conhecimentoA Consisten"m sistema "e tem "atro continentsilhas I volta do -onte -er" no centro com cadacontinenteilha tendo d"as ilhas menores emparelhadas com eles voltadas para o lado oposto ao-onte -er" o sistema Kalachara a orma de sistema de m"ndo 2 li+eiramente dierente em(ora

ainda tenha -onte -er" "atro continentesilhas e oito ilhas mais pe"enasA'"a 'antidade o Y%3 )alai Mama disse re"entemente "e tam(2m podemos ima+inar a mandalaexterna representando o planeta terra o sistema solar a +alLxia o" o "niverso como a ciHnciamoderna hoje os conce(eA N#o a* dierençaA 9 importante 2 "e a oerta da mandala representa avol"ntariedade de dar t"do no "niverso para rece(er ensinamentos votos o" empoderamentosA

9erecer "ma mandala externa cem mil ve*es 2 "ma parte padr#o das prLticas preliminaresespeciais 4 sngon(Ggro8 eitas para se ac"m"lar s"iciente orça positiva 4bsod(nams m2rito8 para secomeçar a prLtica s2ria do tantra com "m mínimo necessLrio de s"cessoA Nesses casos o o(jeto a"em o mandala 2 oerecido 2 +eralmente "ma assem(leia vis"ali*ada de ("das (odhisattvas e demestres da linha+em especialmente os nossos pr.prios proessores espirit"aisA < eicLcia da

mandala em ac"m"lar orça positiva depende da p"re*a da motivaç#o do nível de concentraç#o eda pro"ndidade da compreens#o da vac"idade de n.s pr.prios a a*er a oerenda dos o(jetos a"em n.s a oerecemos da pr.pria mandala e da aç#o de oerecHlaA

< oerta repetida de "ma mandala externa constr.i tam(2m a orça positiva re"erida para irmosal2m do nosso nível de compreens#o at"al e pro+redirmos para "m nível mais pro"ndoA !orexemplo Tson+hapa 4+song(k&a('a 1lo(bzang grags('a8 o "ndador da tradiç#o el"+ oerece"de*oito +r"pos de 1??A??? oerendas da mandala al2m de trinta e cinco +r"pos de 1??A???

 prostraçJes a im de constr"ir orça positiva s"iciente para ad"irir "ma compreens#o correta davis#o -adhyamaa!rasan+ia da vac"idadeA

Mandala !nternaG %ecreta e PrFpria-Nat"re,a-da-)ealidade9 tantra an"ttarayo+a o s"perior das "atro classes de tantra nas escolas do Novo !eríodo deTrad"çJes 4Ka+y" 'aya e el"+8 tem "arto níveis de oerendasA !aralelos a eles est#o os "artoníveis de oerecimento de mandalaA Estes "atro níveis de oerendas e de oertas de mandalacorrelacionam com os "atro empoderamentos 4dbang  iniciaç#o 5@an+78 do tantra an"ttarayo+aA

< oerenda externa 4 '&yiEi mc&od('a8 2 R"ma oerendaS de o(jetos externos tais como L+"alores incenso e assim por diante o" de o(jetos desejLveis dos cinco sentidosA ;ma mandalaexterna 2 "ma oerenda eita de "m sistema de m"ndo externoA 9erenda externa e acorrelacionada mandala externa com o empoderamento do vaso 4bum(dbang 8A 9

empoderamento do vaso p"riica o corpo para alcançar "m Nirmanaaya 4 s'rul(sku8 Corp"sde EmanaçJesA Empodera a prLtica do estL+io da +eraç#o 4bskyed(rim8 d"rante a "alvis"ali*amonos como i+"ras(0dicasA

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;ma oerenda interna 4nang(mc&od 8 2 dos aspectos do corpoA Estes podem ser aspectos docorpo +rosseiro o" seja os cinco a+re+ados e cinco elementos o" no Kalachara aspectosdo corpo s"til o" seja os de* ventosener+ia s"tisA Cinco carnes e cinco n2ctares

 p"riicados transormados e m"ltiplicados representam os dois conj"ntos de cinco o" osde*A ;ma mandala interna 4nang(gi dkyil(Gk&or 8 2 "ma oerenda eita de vLrias partes docorpo +rosseiro com a col"na o" o tronco ima+inado como o -onte -er" e os "atro

mem(ros ima+inados como os "atro continentsilhasA < oerenda interna e a mandalainterna correlacionam com o empoderamento secreto 4 gsang(dbang 8A 9 empoderamentosecreto p"riica os ventosener+ia s"tis e o disc"rso Ra alaS para alcançar "m 'am(ho+aaya4longs(sku8 Corp"s de ;so !lenoA Empodera a prLtica no estL+io completo RestL+io dacomplet"deS 4rdzogs(rim8 do corpo il"s.rio 4 sgyu(lus8A

;ma oerenda secreta o" escondida 4 gsang(mc&od 8 2 da consciHncia (emavent"radaA<lternativamente 2 da consciHncia de (emavent"rança n#oconcept"al da vac"idade com al"* clara o nível mais s"til da atividade mental 4"ma mente de l"* clara8A 'imilarmente "mamandala secreta o" "ma mandala escondida 4 gsang(baEi dkyil(G k&or 8 2 "ma oerenda de"ma consciHncia de (emavent"rança o" de "ma consciHncia de (emavent"rança n#oconcept"al da vac"idade com "ma mente de l"* claraA < oerenda secreta o" escondida

correlaciona com o empoderamento da consciHncia discriminadora pro"nda 4 s&es(rab ye( s&es dbang 8A ;m empoderamento da consciHncia discriminadora pro"nda p"riica a mente para alcançar "m Vnanadharmaaya 4 ye(s&es c&os(sku8 Corp"s da !ro"nda ConsciHncia"e T"do <(ran+eA Empodera a prLtica no estL+io completo RestL+io da complet"deS da l"*clara 4Hod(gsal 8A

;ma oerenda da pr.pria nat"re*a da realidade 4de(k&o(na(nyid mc&od('a oerenda datalidade8 2 da co+niç#o n#oconcept"al da vac"idadeA <lternativamente 2 das d"as verdadesinseparLveis o" seja 418 a aparHncia p"ra de n.s pr.prios como i+"ras (0dicas 4 yidam 5deidade78 e 4>8 a consciHncia de (emavent"rança n#oconcept"al da vac"idade com "mamente de l"* claraA ;ma mandala da pr.pria nat"re*a da realidade 4de(k&o(na(nyid(kyi

dkyil(Gk&or  mandala da talidade8 2 "ma oerenda da co+niç#o n#oconcept"al da vac"idadeo" das d"as verdades inseparLveis orm"ladas como acimaA < oerenda da pr.pria nat"re*ada realidade e da mandala da pr.pria nat"re*a da realidade correlacionam com o "artoRempoderamentoS 4dbang bz&i('a8 o" o empoderamento da palavra 4ts&ig(dbang 8A 9 "artoRempoderamentoS o" o empoderamento da palavra p"riica o corpo o disc"rso e a menteinseparavelmente j"ntos para alcançar "m 'va(havaaya 4ngo(bo(nyid sku8 o Corp"s da

 Nat"re*a Essencial o" mais inteiramente "m 'va(havadharmaaya 4ngo(bo(nyid c&os( sku8 Corp"s da Nat"re*a Essencial "e T"do <(ran+eA Empodera a prLtica no estL+iocompleto RestL+io da complet"deS do par "niicado 4 zung(G -ug 8 das d"as verdadesA

Mandalas na ase das /"ais os Empoderamentos %ãoCon(eridos<o contrLrio das permissoes s"(se"entes 4r-es(snang 8 "e s#o coneridas na (ase de "m torma4 gtor(ma8 o" seja de "m (olo de cevada assada act"ali*ado 4realmente transormado8 n"ma i+"ra

 (0dica por "m mestre tântrico os empoderamentos s#o coneridos na (ase de "ma mandalaA

9 empoderamento do vaso encontrado em todas as "atro classes do tantra 2 conerido na (ase dom"ndo sim(.lico da mandala em "e "ma i+"ra (0dica o" "m +r"po de i+"ras (0dicas vivemA%ncl"i 418 a mandala de s"porte Ro" mandala de apoioS 4rten('aEi dkyil(Gk&or 8 P o" seja "m palLcioe o am(iente em torno dele e 4>8 a mandala s"portada Ro" mandala apoiadaS 4brten('aEidkyil(Gk&or 8 P todas as i+"ras R"e lL est#oS dentroA

< (ase para rot"lar o" imp"tar 4 gdags(gz&i8 o m"ndo sim(.lico da mandala d"rante o rit"al doempoderamento pode ser:

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;ma mandala de tecido 4ras(bris(kyi dkyil(Gk&or 8 "e 2 "ma representaç#o (idimensionaldo palLcio e do am(iente "m tanto como "m plano ar"itet"ral pintada n"ma peça detecido o" de papel e colocada +eralmente dentro de "ma mold"ra de madeira "adrada

 pintada e decorada com lados a(ertos e "m telhadoA

Mandala de 2alac7a3ra pintada em tecido < mandala de areia p"lveri*ada 4rdul('&ran(gyi dkyil(Gk&or 8 "e 2 "ma representaç#o do

 palLcio e do am(iente eita com areia colorida p"lveri*ada e colocada +eralmente no mesmotipo de mold"ra de madeira em "e a mandala de tecido 2 colocadaA

 

$a,endo "ma mandala de areia de 4"7asamaa

 

;ma mandala de esta(ilidade mental 4bsam(gtan(gyi dkyil(Gk&or 8 "e 2 maniesta Ra partirS

da concentraç#o a(sorta 4ting(nge(Gdzin sânscA samad&i8 do mestre tântrico sem "ma (aseísicaA Excl"sivamente em al+"ns tantras an"ttarayo+a m#e tais como Charasamvara 3ajrayo+ini

&evajra e Chittamani Tara "ma mandala do corpo 4lus(kyi dkyil(Gk&or% lus(dkyil 8 na "al omestre tântrico act"ali*o" 4realmente transormo"8 vLrias partes do se" corpo s"til comoaspectos das mandalas de s"porte e s"portadasA $ece(er "m empoderamento de "mamandalacorpo re"er o rece(imento pr2vio de "m empoderamento de "m dos o"tros trHstipos de mandala alistados acima

9casionalmente "ma mandala tridimensional 4blos(blangs8 eita +eralmente de madeira o"de metal pode ser "sada alternativamenteA

Mandala ># tradicional 2alac7a3ra no Palácio de Potala PalaceG 97asaG Ti&ete

?ma mandala ># moderna de 2alac7a3ra (eita por Aria )inpoc7e no E?A

9s trHs empoderamentos se+"intes s#o encontrados apenas no tantra an"ttarayo+aA

9 empoderamento secreto 2 conerido Ra partirS de "ma mandala sim(.lica redonda de (odhichitta relativa 4kun(rdzob byang(sems(kyi dkyil()k&or 8A %sto di* respeito Is +otas+eralmente de yo+"rte e chL "e servem como a (ase para rot"lar as +otas de ener+ia s"tisde (odhichitta (ranca e vermelha e "e s#o dadas a sa(orearA

9 empoderamento da consciHncia discriminadora pro"nda 2 conerido Ra partirS de "mamandala sim(.lica redonda de "m ventre R0teroS 4b&a(gaEi dkyil(Gk&or 8A 9 "arto o" o empoderamento da palavra 2 conerido Ra partirS de "ma mandala sim(.lica

redonda de (odhichitta mais pro"nda 4don(dam byang(sems(kyi dkyil(Gk&or 8A Esta mandaladi* respeito I compreens#o mais pro"nda da vac"idadeA

Em Kalachara

9 empoderamento do vaso 2 conerido Ra partirS de "m seio redondo sim(.lico comoR"maesp2cie deSvaso em ve* de Ra partirS de "m vaso "e contem L+"a consa+rada como emo"tros sistemas de an"ttaryo+aA

9 empoderamento secreto 2 conerido Ra partirS de "ma mandala sim(.lica redonda de "m

ventre R0teroS a onte das +otas sim(.licas a provar em ve* de Ra partirS de "ma mandala de+oats de (odhichitta relativa como em o"tros sistemas an"ttarayo+aA

9 empoderamento da consciHncia discriminadora pro"nda 2 conerido Ra partirS de "ma

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mandala sim(.lica redonda de (odhichitta relativa as +otas de ener+ia s"tis "e descemdentro do corpo P em ve* de Ra partirS da mandala de "m ventre R0teroS como em o"trossistemas an"ttarayo+aA

9 "arto o" o empoderamento da palavra 2 conerido Ra partirS da mandala sim(.licaredonda de (odhichitta mais pro"nda como em o"tros sistemas an"ttarayo+aA

#iscos-Mandala %im&Flicos< prLtica tântrica incl"i a vis"ali*aç#o de vLrios discosmandala redondos sim(.licosA 9 maiscom"ns s#o os discosmandala do sol e da l"a representando respectivamente a compreens#o davac"idade e o o(jetivo da (odhichitta de alcançar a il"minaç#o para sermos da melhor aj"da atodos os o"trosA

9s cinco elementos externos e corp.reos terra L+"a o+o vento e espaço s#o representadosre"entemente pelos discosmandala sim(.licos com as ormas e as cores determinadas pelaconvenç#o ("distaA !or exemplo "m discomandala amarelo e "adrado representa o elementoterraA

 No sistema Kalachara discosmandala redondos sim(.licos de "atro corpos celestiais envolvidosem eclipses a l"a o sol $ah" e Kala+ni 4os n.s do norte e do s"l da l"a8 representam "atro+otas de ener+ia s"til dentro do corpo s"tilA Estas s#o as +otasener+ia do estado acordado doestado de sonho do estado de sono pro"ndo e do "arto estado o" estado s"premoA

Palácios-Mandala< maioria dos sistemas de i+"ras (0dicas incl"i "m palLciomandala chamado re"entemente "m

 palLcio imens"ravelmente ma+níico 4 gz&al(yas k&ang 8 onde residem as i+"ras (0dicas dosistemaA < estr"t"ra dos palLcios modela a dos anti+os palLcios indianos em(ora os telhados

s"+iram "ma inl"Hncia chinHsaA 9s palLcios s#o "adrados na maior parte com dois masocasionalmente com mais de dois andares e tHm portJes "e cond"*em aos salJes de entrada decada lado e "ma passa+em so( "m arco al2m de cada port#oA <s paredes tHm camadas m"ltiplas emespess"ra e no topo tHm (ordas e o"tras características estr"t"rais complexas decoradas e co(ertasde j.iasA

Cada característica ar"itet"ral representa "m aspecto partic"lar do caminho I il"minaç#oA Comrespeito ao mandala de 3ajra(hairava por exemplo os "atro lados do palLcio si+niicam as "atroverdades no(res as cinco cores do ch#o e das camadas das paredes representam os cinco tipos deconsciHncia pro"nda e assim por dianteA

Mandala do Corpo)iversos sistemas de i+"ras (0dicas do an"ttarayo+a tantra tanto dos tantras pai "anto dos tantrasm#e tHm mandalas do corpo 4lus(dkyil 8A ;m mandalacorpo consiste de "ma rede de i+"ras (0dicasarranjadas dentro do nosso pr.prio corpo en"anto i+"ra (0dica e para as "ais vLrias partes dosnossos corpos samsLricos imp"ros serviram como a s"a ca"sa o(tentora 4nyer(len(gyu rgyu8A <ca"sa o(tentora de al+o 2 a"ilo a partir do "al o(temos o item se" s"cessor e assim cessa deexistir "ando o se" s"cessor s"r+eA !or exemplo a massa de p#o ao co*er Re se tornarS em p#odeixa de existir como massa de p#oA 'imilarmente no sistema de "hyasamaja por exemplo onosso a+re+ado imp"ro da orma serve como ca"sa o(tentora para a orma p"ra de "m 3airochanas"r+ir em ve* deleA

 Nos sistemas de i+"ras (0dicas do an"ttarayo+a tantram#e "e tHm mandalascorpo tais comoCharasamvara 3ajrayo+ini e Chittamani Tara as i+"ras s"r+em Ra partirS de partes do corpoener+ia s"til o" seja dos canaisener+ia como s"as ca"sas o(tentorasA Nos sistemas an"ttarayo+a

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tantrapai "e tHm mandalascorpo tais como "hyasamaja as i+"ras s"r+em de partes do corpo+rosso tais como os a+re+ados elementos sensors co+nitivos e mem(ros como s"as ca"saso(tentorasA Nos sistemas an"ttarayo+a tantra desi+nados como n#od"ais na tradiç#o 'aya "etHm mandalascorpo tais como &evajra partes tanto do corpo s"til como do corpo +rosso servemcomo ca"sas o(tentoras para as i+"ras (0dicasA

9s acima s#o exemplos de mandalascorpo de i+"ras (0dicas s"portadasA <l+"ns sistemasan"ttarayo+a tais como "hyasamaja tHm tam(2m "ma mandalacorpo "e s"porta contendo "m

 palLcio para o "al partes do corpo (r"to serviram como s"as ca"sas o(tentorasA

'omente as mandalas do corpo em sistemas an"ttarayo+am#e servem como (ases a partir das "ais"m empoderamento do vaso pode ser coneridoA

 type=text/javascript

Meditação Avançada - 2alac7a3ra

Participando em "ma iniciação de 2alac7a3ra6reve )escriç#o de Kalachara  elivro capít"lo

)elação com o !slamismo e o 8ind"ismo"erras 'antas no 6"dismo e %slamismo: 9 -ito de 'ham(hala  texto m"ltipartido

Convers#o $eli+iosa em 'ham(hala  ensaio m2dio

<presentaç#o Kalachara dos !roetas dos %nvasores N#o%ndicos  texto m"ltipartido

%7am&ala9 ;so da Menda de 'ham(hala para o Controle da -on+.lia  ensaio c"rto

Envolvimento r"sso e japonHs com o Ti(ete pr2com"nista: 9 papel da lenda de'ham(hala 

ensaio m2dio

< Mi+aç#o Na*i com 'ham(hala e Ti(ete  ensaio m2dio

Crenças Estran+eiras %ncorretas so(re 'ham(hala  ensaio lon+o type=text/javascript

Tomar a !niciação 2alac7a3ra!"(licado ori+inalmente como6er*in <lexanderA +aking t&e alac&akra InitiationA %thaca 'no@ Mion 1[[F

$eimpress#o: Introduction to t&e alac&akra InitiationA%thaca: 'no@ Mion >?1?A

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Parte !: !ntrod"ção e reve #escrição

5 reve #escrição de 2alac7a3ra

Ciclos de Tempo e 2arma

 A 'alavra kalac&akra si+niica ciclos de tempo e o sistema Kalachara apresenta trHs desses ciclos P externos internos e alternativosA 9s ciclos externos e internos lidam com o tempo como n.snormalmente o conhecemos en"anto "e os ciclos alternativos s#o prLticas para alcançar ali(eraç#o destes doisA <s estr"t"ras dos ciclos externos e internos s#o semelhantes similares ao

 paralelo entre o macrocosmo e o microcosmo disc"tido na ilosoia ocidentalA %sto si+niica "e asmesmas leis "e +overnam "m "niverso tam(2m di*em respeito aos Ltomos ao corpo e I nossaexperiHncia da vidaA <s prLticas dos ciclos alternativos tam(2m se+"em esta estr"t"ra de modo anos permitir en+ajar e s"perar estas orças de "ma maneira eicienteA Este imitar 2 de ato "ma dascaracterísticas distintivas do m2todo tântrico an"ttarayo+aA

9 tempo no ("dismo 2 deinido como sendo "ma medida de m"dançaA !or exemplo "m mHs 2 a

medida de m"dança envolvida externamente na l"a circ"ndando a terra o" internamente na m"lherindo de "ma menstr"aç#o I se+"inteA Tais m"danças s#o cíclicas visto "e os padrJes se repetemem(ora os eventos de cada ciclo n#o sejam completamente idHnticosA < "m nível externo o"niverso passa atrav2s de ciclos cosmicos astronUmicos astrolo+icos e hist.ricosA <o nível internoo corpo atravessa ciclos isiolo+icos m"itos dos "ais tam(2m prod"*em associados ciclos mentaise emocionaisA <l2m disso assim como os "niversos se ormam expandem contraiem desapareceme depois ormamse "ma ve* mais seres individ"ais atravessam renascimentos contín"os repetindonascimentos crescimentos envelhecimentos e mortesA

 Normalmente a passa+em do tempo exercita "m eeito de(ilitanteA <o envelhecermos a nossavis#o a"diç#o mem.ria e orça ísica enra"ecem +rad"almente e por im morremosA )evido ao

ape+o comp"lsivo e I con"s#o so(re "em somos e como existimos tomamos renascimentos semtermos "al"er controle so(re este processo o" circ"nstâncias tendo cada ve* de tornar a aprendert"do "e antes sa(iamosA <ssim "e cada "ma das nossas vidas evolve so(re o c"rso do tempo os

 potenciais cLrmicos das nossas açJes precedentes amad"recem em ade"ados momentosastrol.+icos hist.ricos e do ciclo vital nos vLrios acontecimentos "e experienciamosA <l+"nsdestes s#o a+radLveis mas m"itos n#o s#oA !arece "e temos po"ca escolha so(re o "e nosacontece na vidaA

$es"mindo os ciclos do tempo externos e internos delineiam o samsara P os renascimentosincontrolLvelmente recorrentes cheios de pro(lemas e diic"ldadesA Estes ciclos s#o diri+idos porimp"lsos de ener+ia conhecidos no sistema Kalachara como \ventos do arma\A ! karma 2 "ma

orça intimamente li+ada I mente e s"r+e devido I con"s#o so(re a realidadeA %ma+inar "e n.so"tros e t"do I nossa volta existe na maneira "e a nossa mente os a* parecer P como se tivessemidentidades concretas e permanents esta(elecidas de dentro de cada ser o" coisa P n.s a+imos com

 (ase nesta con"s#o com ape+o raiva o" est"pide*AA !ensamos por exemplo: \e" so" mesmo assima"eles o(jetos o" pessoas s#o certamente assim e" tenho de poss"ir estas coisas como sendominhas e livrarme da"elas "e me incomodam\ e assim por dianteA "al"er aç#o ísica ver(alo" mental cometida com (ase nessa maneira rí+ida e con"sa de pensar constr.i potenciais e hL(itoscLrmicosA 'o( circ"nstâncias ade"adas estes potenciais o" \sementes de arma\ amad"recem naorma de imp"lsos "e nos compelem a repetir estes atos e a entrar em sit"açJes em "e açJessimilares nos acontecemA !odemos ver isto prontamente se examinarmos com c"idado ocomportamento imp"lsivo "e estL por atrLs dos acontecimentos pessoais e hist.ricos "e

experienciamosA "antas pessoas v#o de "m ma" casamento a o"tro e "antos países de "ma criseI se+"inteZ

9s potenciais cLrmicos de ato ca"sam "ma +rande variedade de imp"lsos "e aetam as nossas

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vidasA 9s potenciais cLrmicos coletivos das açJes precedentes de "m +rande n0mero de seres Pincl"indo n.s pr.prios P ca"sam por exemplo o imp"lso para a evol"ç#o de "m "niverso comam(ientes especíicos e ormas de vida especíicas em "e n.s e estes seres tomamoss"(se^entemente renascimentoA Estes potenciais coletivos tam(2m ca"sam os imp"lsos "ediri+em as leis ísicas e (iol.+icas "e +overnam esse "niverso P dos padrJes climLticos dos se"s

 planetas aos hL(itos do ciclo de vida de cada esp2cie nelesA Explicam tam(2m os imp"lsos por trLs

do comportamento diLrio instintivo característico de cada orma de vidaA)entro deste contexto os potenciais cLrmicos individ"ais na j"nç#o apropriada dos ciclos internosde cada ser P depois de cada morte P prod"*em o imp"lso de renascer n"m am(iente especíico com"m corpo especíicoA Este imp"lso 2 relativo a "m ponto evol"cionLrio partic"lar no ciclo externode "m "niversoA N.s n#o podemos renascer como "m dinossa"ro n"ma loresta primordial "andoesta orma de vida e o am(iente jL est#o extintosA Todos estes atores "e amad"recem do arma"ncionam j"ntos e harmoniosamente para ornecer o \recipiente\ dentro do "al n.sexperienciamos o amad"recimento de o"tros potenciais cLrmicos pessoais na orma decomportamento imp"lsivo por trLs dos acontecimentos da vidaA Nascidos n"ma naç#o em +"erran.s imp"lsivamente nos tornamos soldados (om(ardeamos vilas inimi+as e somos "m dia mortos

em (atalhaA 9s m"itos níveis dos ciclos de tempo externos e internos entrelaçam de "ma maneiracomplexaA

Em res"mo o tempo n#o tem começo nem imA 'empre ho"ve e sempre haverL m"dança "e podeser rot"lada como a passa+em do tempoA ;niversos civili*açJes e ormas de vida animadacontin"amente s"r+em e desaparecemA < orma "e tomam depende das açJes e por isso dasmentes da"eles "e os precedemA ] por isso "e hL "m aj"ste harmonioso entre os corpos e asmentes dos seres e o se" am(ienteA <l+"2m nasce como "m peixe para experienciar acontecimentosda vida na L+"a o" como "m ser h"mano no ar e n#o vice versaA Cont"do por"e as mentes dosseres est#o so( a inl"Hncia da con"s#o os corpos mentalidades e am(ientes "e res"ltam dasaçJes cLrmicas "e eles cometem tHm "m eeito constran+edor e prej"dicialA Estes atores limitamas s"as capacidades de se (eneiciarem a si mesmos e aos o"trosA <s pessoas "e viveram d"rante

as pestes medievais po"co p"deram a*er para contra(alançar os horrores "e enrentaramA

9i&eração dos ciclos do tempo

9s ciclos do tempo alternativos envolvem "ma s2rie +rad"ada de prLticas meditativas do tantraan"ttarayo+aA Eles servem n#o s. como "ma alternativa aos ciclos externos e internos mas como"ma maneira de o(ter a li(eraç#o delesA Cont"do a possi(ilidade de o(ter li(eraç#o do tempo n#oimplica "e o tempo na verdade n#o existe o" "e al+"2m pode viver e (eneiciar os o"tros ora dotempoA 9 tempo como "ma medida de m"dança tam(2m ocorre como "ma medida dos ciclos dasaçJes de "m 6"daA Mi(eraç#o do tempo si+niica livrarmonos da con"s#o e se"s instintos "erepetidamente prod"*em os imp"lsos o" arma "e nos tornam I mercH da destr"iç#o do tempoA

;ma ve* livres jL n#o somos aetados adversamente pela externa esc"rid#o do inverno eclipses+"erras e assim por diante "e ocorrem periodicamenteA Nem somos limitados pelo tipo de corpo"e estL so( o controle de orças (iol.+icas peri.dicas tais como a ome imp"lsos sex"ais cansaçoo" envelhecimentoA Como res"ltado da total compreens#o da realidade tornase possível em ve*disso +erar ciclos "e (eneiciam os o"tros al2m de "ais"er limitaçJes impostas pelo tempoA

9 processo começa com a iniciaç#o de KalacharaA Corretamente empoderados nos en+ajamos na prLtica meditativa do estL+io de +eraç#o e do estL+io completo na orma da i+"ra (0dica chamadaKalacharaA <trav2s destes dois estL+ios n.s o(temos acesso ao nível mais s"til da nossa mente e"tili*amolo para ver a realidadeA !ermanecendo com ele contin"amente concentrados na realidadeelimina a con"s#o e os se"s instintos para sempre tra*endo assim a li(eraç#o dos ciclos de tempo

externos e internosA %sto 2 possível por"e o nosso tantra (ase a nossa mente individ"al de l"* clara2 a (ase de cada momento de experiHncia e tal como o tempo n#o tem imA "ando a nossa mentemais s"til estL livre da ca"sa mais pro"nda "e a* s"r+ir os imp"lsos de ener+ia "e perpet"am os

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ciclos do tempo e do aprisionamento a eles ela a* s"r+ir em ve* disso os corpos de "m 6"da naorma de KalacharaA

A Propaação de 2alac7a3ra

<o tomar a decis#o de rece(er o empoderamento de Kalachara 2 0til sa(er a ori+em destes

ensinamentos e a hist.ria da s"a propa+aç#oA N.s teremos ent#o a coniança de "e os se"s m2todosoram testados e provados eectivos pelo passar do tempoA

)e acordo com a tradiç#o 6"da ensino" o +antra de alac&akra &á mais de dois mil e oitocentosanos na at"al <ndhra !radesh no '"l da %ndiaA 9s +overnantes da terra n.rdica de 'ham(hala orama a"diHncia principal e preservaram estes ensinamentos no se" paísA No s2c"lo Y dois mestresindianos em expediçJes separadas tentaram alcançar 'ham(halaA No caminho cada "mexperiencio" "ma vis#o p"ra dessa terra em "e rece(e" a transmiss#o do empoderamento deKalachara e ensinamentosA Cada "m espalho" estes ensinamentos na %ndia com apenas li+eirasdierenças na s"a apresentaç#oA ;m dos 0ltimos sistemas de tantra a emer+ir historicamenteKalachara depressa alcanço" proeminHncia e pop"laridade nas "niversidades monLsticas da

 planície an+2tica central e po"co depois nas de CaxemiraA !or im s"r+iram "atro estilos de

 prLticaA -estres destas Lreas ensinaram Kalachara em 6"rma do Norte na !eníns"la -alay e na%ndon2sia mas este tantra torno"se extinto nestas Lreas pelo s2c"lo Y%3A

V"ntamente com trad"tores ti(etanos proessores indianos tam(2m transmitiram o Kalachara aoTi(eteA &o"ve trHs transmissJes principais entre os s2c"los Y% e Y%%% com cada linha+em passando"ma mist"ra dierente de aspectos das "atro versJes indianas e introd"*indo li+eiras dierençasadicionais devido I trad"ç#oA <s linha+ens com(inando dierentes componentes destas trHstransmissJes oram transmitidas at2 ao presente primeiro atrav2s das tradiçJes 'aya e Ka+y" edepois tam(2m atrav2s da el"+A 3isto "e a escola Nyin+ma do ("dismo ti(etano apenas transmitetextos indianos "e che+aram ao Ti(ete e oram trad"*idos antes dos inícios do s2c"lo %Y n#o hLnenh"ma linha+em direta Nyin+ma de KalacharaA Cont"do mestres Nyin+ma mais tardios

rece(eram e coneriram de o"tras linha+ens especialmente da do movimento $imey o" n#osectLrio do s2c"lo Y o empoderamento de Kalachara e comentLrios escritos so(re todos osaspectos dos ensinamentosA <l2m disso hL "m estilo Kalachara de dzogc&en o" prLtica da +rande

 pereiç#oA

Entre as "atro tradiçJes ti(etanas Kalachara 2 mais proeminente dentro da el"+A 9 est"do prLtica e rit"ais de Kalachara primeiro rece(eram atenç#o especial no s2c"lo Y3 em Tashilh"npoo mosteiro dos primeiros )alai Mamas e mais tarde dos !anchen Mamas no Ti(ete CentralA <meados do s2c"lo Y3%% espalho"se ao "e os manch" lo+o chamaram de \-on+.lia %nterior\onde os mon+.is constr"íram a primeira "niversidade monLstica especiicamente dedicada aKalacharaA !elos meados do s2c"lo Y3%%% haviam ac"ldades de Kalachara na corte imperial

manch" em 6eijin+ depois em Tashilh"npo <mdo 4nordeste do Ti(ete8 e na chamada \-on+.liaExterior\A )"rante o s2c"lo Y%Y os ti(etanos e os mon+.is da -on+.lia %nterior e Exteriortransmitiram Kalachara aos mon+.is ("riates da 'i(2ria e eles por s"a ve* no começo do s2c"loYY transmitiram aos mon+.is calmi"es do rio 3ol+a e ao povo t0r"ico si(eriano de T"vaA Talcomo nas o"tras Lreas mon+.is e <mdo +randes setores dos mosteiros principais de cada "madestas re+iJes devotaramse I prLtica de KalacharaA

Este ent"siasmo dos mon+.is do povo de <mdo e de T"va por Kalachara 2 talve* devido Iidentiicaç#o dos se"s países com a lendLria terra n.rdica de 'ham(halaA !or mais de "m s2c"lom"itos r"ssos tam(2m a(raçaram esta crença em conse"Hncia do se" contato com os ("riates e oscalmi"esA -adame 6lavatsy e Niolai $oerich por exemplo deram a 'ham(hala "m papel

 proeminente na teosoia e no a+ni yo+a as tradiçJes esot2ricas "e cada "m respectivamente

"ndo"A <+van )orjiev o enviado ("riate do Y%%% )alai Mama I corte imperial r"ssa convence" o0ltimo c*ar Nicola" %% a aprovar a constr"ç#o de "m templo de Kalachara em 'tA !eters("r+o aoexplicarlhe a li+aç#o da $0ssia com 'ham(halaA

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Kalachara tam(2m rece(e" atenç#o proeminente nos instit"tos m2dicos e astrol.+icos de todas as"atro tradiçJes do ("dismo ti(etano dentro do pr.prio Ti(ete -on+.lia e o"tras partes da XsiaCentralA %sto por"e os cLlc"los para compilar o calendLrio ti(etano e determinar as posiçJes

 planetLrias "ma parte +rande da astrolo+ia ti(etana e "ma certa porç#o do conhecimento m2dicoti(etano derivam dos ensinamentos internos e externos de KalacharaA 9 calendLrio mon+ol talcomo os sistemas astrol.+icos e m2dicos derivaram s"(se"entemente dos ti(etanosA <ssim

Kalachara 2 o e"ivalente ("dista do \santo padroeiro\ destas ciHnciasA

2alac7a3ra e a 9in7a de #alai 9amas

-"itas pessoas sentem c"riosidade so(re a li+aç#o entre '"a 'antidade o )alai Mama e Kalacharae por"e ele dL esta iniciaç#o t#o re"entementeA -odestamente '"a 'antidade ale+a n#o havernenh"ma relaç#o especial entre a linha dos )alai Mamas e Kalachara apesar dos )alai Mamasserem considerados encarnaçJes de "m dos +overnantes de 'ham(halaA N#o o(stante o !rimeiro'e+"ndo '2ptimo 9itavo e o at"al Y%3 )alai Mamas tomaram orte interesse no sistemaKalacharaA )esde a 2poca do 3%% )alai Mama no início do s2c"lo Y3%%% o rit"al e as prLticas demeditaç#o de Kalachara oram especialidades do -osteiro de Nam+yal o mosteiro pessoal dos

)alai Mamas no !alLcio de !otala em MhasaA N#o hL restriç#o ao n0mero de ve*es "e o empoderamento de Kalachara pode ser dado d"rante avida de "m mestre e n#o hL nenh"ma ra*#o especial "e leva '"a 'antidade o at"al )alai Mama aconerenciLlo t#o re^entementeA '"a 'antidade disse "e pode dar esta iniciaç#o de (om +rado"ando lhe 2 pedida desde "e as circ"nstâncias sejam avorLveisA )esde 1[F? ele coneri" oempoderamento em n"merosos l"+ares na %ndia assim como na <m2rica do Norte E"ropa-on+.lia e na <"strLliaA 3Lrios o"tros +randes mestres das tradiçJes el"+ Ka+y" 'aya e

 Nyin+ma tam(2m o coneriram extensamenteA )e "e linha+em a iniciaç#o de Kalachara 2rece(ida po"ca dierença a*A Todas elas nos empoderam a est"dar e praticar a vasta +ama dos se"sensinamentosA

2alac7a3ra e a Pa, M"ndial

9"vimos sempre "e o empoderamento de Kalachara 2 pela a pa* m"ndialA <l+"mas pessoas at2escolheram Kalachara em ve* de o"tros sistemas do tantra de an"ttarayo+a devido a estaassociaç#oA -as "al 2 exatamente a li+aç#o entre Kalachara e a pa* e por"e 2 "e tantas pessoasv#o laZ Em(ora os empoderamentos para os o"tros tantras sejam intencionados apenas para "m

 pe"eno n0mero de discíp"los de cada ve* hL "ma tradiç#o hist.rica de conerir a iniciaç#o deKalachara a +randes m"ltidJes de pessoasA 6"da de"a primeiro ao rei de 'ham(hala e ao se"s2"ito de noventa e seis +overnantes menoresA 9port"namente os se"s descendentes coneriramno a toda a pop"laç#o de 'ham(hala a im de a "nila contra a ameaça de "ma possível invas#o e

 prevenir "ma destr"iç#o totalA Esta 2 a ori+em da associaç#o do empoderamento de Kalachara coma pa* m"ndial e da tradiç#o de conerilo a "m +rande n0mero de participantesA

)e acordo com a apresentaç#o de Kalachara dos ciclos hist.ricos le+iJes (ar(Lricas invadem periodicamente o m"ndo civili*ado e tentam eliminar todas as possi(ilidades de prLtica espirit"alA;ma invas#o "t"ra estL predita para o ano >G>G desta era com"m "ando estL dito "e haverLo"tra +"erra m"ndial (r"talA Nessa 2poca aj"da virL de 'ham(hala para derrotar os (Lr(arosA ;manova era do"rada s"r+irL com t"do "e 2 cond"cente I prLtica espirit"al especialmente I deKalacharaA Todos a"eles "e tiverem previamente rece(ido a iniciaç#o de Kalachararenascer#o nessa alt"ra no lado vitoriosoA < motivaç#o mais elevada para se rece(er oempoderamento 2 a de poder praticar os m2todos de Kalachara a+ora a im de alcançar ail"minaç#o nesta mesma vidaA N#o o(stante as pessoas tHm tradicionalmente ido I iniciaç#o com a

motivaç#o de plantar sementes cLrmicas para se conectarem a esta "t"ra era do"rada a im de ent#ocompletarem a s"a prLticaA

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%7am&7ala

Como 'ham(hala desempenha "m papel proeminente no sistema de Kalachara a maior parte das pessoas sente a c"riosidade de sa(er o "e 'ham(hala realmente 2 e onde se encontraA ] sem d0vidade "ma distorç#o da palavra \'ham(hala\ "e o escritor romântico ocidental Vames &iltondesenvolve" o mito de 'han+rila P "m paraíso secreto na TerraA Em(ora possa haver "m l"+arneste m"ndo representativo de 'ham(hala esse n#o 2 o le+endLrio reinoA 'ham(hala n#o pode serencontrada neste planeta nem em nenh"m o"tro m"ndo distanteA ] por2m "m reino h"mano em"e t"do 2 cond"cente I prLtica espirit"al partic"larmente a de KalacharaA

9s mestres de meditaç#o escreveram textos+"ia em sânscrito e ti(etano para alcançar 'ham(halaAEles descrevem a via+em como sendo ísica apenas at2 certo pontoA 9 temporLrio residente deves"(se"entemente repetir milhJes de mantras e de o"tras prLticas especiais para atin+ir o o(jetivoinalA < via+em a 'ham(hala ent#o 2 principalmente espirit"alA 9 o(jetivo de se rece(er a iniciaç#ode Kalachara n#o 2 che+ar a 'ham(hala nem lL renascer mas como todas as o"tras prLticas

 ("distas mahayana o" do \vasto veíc"lo\ 2 o de se alcançar a il"minaç#o a"i e a+ora para o (eneício de todosA 9 empoderamento planta as sementes "e nos permitem alcançar este o(jetivo eaj"da a p"riicar al+"ns dos o(stLc"los internos mais .(vios "e impediriam a s"a reali*aç#oA

Avaliando a Nossa Preparação para )ece&er o Empoderamento

'"ponhamos "e desenvolvemos "m interesse por Kalachara (aseado em sa(ermos al+o so(re osconte0dos especiais dos se"s ensinamentos s"a hist.ria e relaç#o I pa* m"ndialA <inda temos "edecidir se estamos realmente prontos para rece(er o empoderamento e em(arcar na s"a prLtica o"se 2 melhor atender com apreciaç#o como "m o(servador (em inormadoA 9 mais ra*oLvel 2

 (asear a nossa decis#o no nosso nível de preparaç#oA Em(ora centenas de milhares de prostraçJesrepetiçJes do mantra de 3ajrasattva de cemsíla(as e assim por diante sejam extremamente 0teis a

 preparaç#o principal 2 a prLtica do lam(rim P os modos +rad"ados de comportamentocom"nicaç#o pensar e sentir "e cond"*em I il"minaç#oA

9 primeiro passo 2 tomar a direç#o se+"ra sa"dLvel e positiva na vida indicada pelos 6"das se"sensinamentos e a com"nidade dos "e est#o (emavançados nessa direç#oA Trad"*ida +eralmentecomo a \tomada de re0+io\ esta 2 a direç#o do tra(alho pessoal para a s"peraç#o de pro(lemas e odesenvolvimento das "alidades necessLrias para (eneiciar os o"tros t#o inteiramente "anto

 possívelA 'e+"ir esta direç#o na vida si+niica cond"*ir a nossa vida com (ase na compreens#o dasleis de ca"sa e eeito comportamentais e na coniança nelasA !ara evitarmos sorimentos e

 pro(lemas n.s deixamos de a+ir destr"tivamente e para experienciar a elicidade n.s a+imos de"ma maneira constr"tivaA

< mais importante preparaç#o para o tantra 2 esorçarmonos por desenvolver as trHs atit"des principais do caminho interior o" perspectivas so(re a vida: ren0ncia (odhichitta e a compreens#o

da vac"idadeA < ren0ncia 2 a vontade de a(andonar os pro(lemas e s"as ca"sas e 2 (aseada n"maorte determinaç#o de nos li(ertarmos do sorimento "e eles criamA !or exemplo ao estamostotalmente des+ostosos de estarmos so*inhos e r"strados estamos dispostos e determinados adesistir n#o s. dos nossos relacionamentos doentios com os o"tros como tam(2m dos traçosne+ativos da nossa personalidade e a"toima+em con"sa e distorcida "e ca"sam tanta insatisaç#onas nossas relaçJesA 6odhichitta 2 "m coraç#o decidido a alcançar a il"minaç#o P s"perando todasas limitaçJes e reali*ando todos os potenciais P para o (em de todosA ] motivado pelo amor e pelacompaix#o por todos os seres e por "m sentido de responsa(ilidade de lhes aj"dar tanto "anto

 possível a s"perar os se"s pro(lemas e a alcançar a elicidade d"rado"raA 9 va*io si+niica "maa"sHncia de maneiras antasiadas de existirA

 Normalmente ima+inamos "e n.s os o"tros e todos os enUmenos existem de maneirasimpossíveis "e n#o est#o de acordo com a realidadeA -entalmente a(ricamos antasias de vLriosníveis de s"tile*a e projetamolas em n.s e em t"do e todos I nossa voltaA !or exemplo a "m certo

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nível ima+inamos "e nascemos para racassar "e n"nca conse+"iremos ter s"cesso emesta(elecer o" manter "ma relaç#o satisat.ria com al+"2m e "e a o"tra pessoa o" circ"nstânciasexternas n"nca est#o em alha "ando as coisas correm malA < "m nível mais s"til estamos

 preoc"pados conosco pensando "e existimos como "m \e"\ s.lido dentro da nossa ca(eça "etememos "e nin+"2m irL +ostar e todos ir#o rejeitarA Con"ndindo estas antasias com a realidadea+imos imp"lsionados pela i+norância e pela inse+"rança "e ela +eraA -esmo antes do s"r+imento

de "al"er conlito n.s estamos t#o nervosos e acanhados "e asse+"ramos o racasso do nossorelacionamentoA 9 nosso comportamento n#o s. ac"m"la e reorça "m padr#o de potenciaiscLrmicos para "e pro(lemas amad"reçam em relacionamentos "t"ros como tam(2m provoca oamad"recimento de potenciais passados na orma das at"ais rejeiçJesA

<ntes de in+ressarmos na prLtica tântrica temos de compreender "e pelo menos os níveis mais+rosseiros das nossas projeçJes n#o se reerem a al+o realA Nin+"2m nasce "m racasso e nenh"mrelacionamento estL destinado a racassarA Esta compreens#o vem de "ma perspectiva so(re arealidade o" \vis#o correta\ da vac"idade correspondendo a pelo menos "m dos sistemasmahayana de asserçJes ilos.icas "e 6"da ensino" P o" o chittamatra o" ent#o "m dos vLriossistemas madhyamaaA )e acordo com estes sistemas n#o s. n.s como tam(2m t"do 2 va*io de

existir em maneiras antasiadasA 9s sistemas dierem principalmente "anto ao nível de s"tile*a deantasia a "e se diri+emA

Como preparaç#o adicional para o tantra s#o precisos 2 e coniança nos m2todos tântricos em+eral e partic"larmente nos da s"a classe mais elevada an"ttarayo+a como constit"indo os meiosmais eicientes e eica*es para alcançar a il"minaç#oA "em jL tem esta convicç#o a perspectivados trHs principais caminhos e "m conhecimento do lamrim 2 chamado "m \recipiente ade"ado\

 para rece(er o empoderamento de KalacharaA N.s mesmos devemos avaliar se estamoss"icientemente preparadosA

%"mário da !niciação

9 processo da iniciaç#o d"ra vLrios dias com o primeiro dia sendo "ma ceremUnia de preparaç#ose+"ida +eralmente por dois o" trHs dias do empoderamento em siA < parte mais importante doinício do processo 2 a tomada de re0+io dos votos do (odhisattva e dos votos tântricosA 'em todosestes trHs n.s na verdade n#o podemos rece(er o empoderamento em(ora possamos o(servLlo eretirar +rande (eneícioA 9 empoderamento em si envolve "m complexo processo em "eima+inamos "e nos transormanos n"ma s2rie de ormas especiais entramos na mandala da i+"ra

 (0dica Kalachara e ali experienciamos "ma se"Hncia de p"riicaçJes e o despertar e realçar de potenciais para o "t"ro s"cesso na prLticaA < mandala 2 "m enorme palLcio com vLrios andaresdentro e I volta do "al est#o F>> i+"ras incl"indo "m casal principal no centroA 9 mestreconerenciando o empoderamento aparece sim"ltaneamente como todas estas i+"ras n#o apenascomo a i+"ra centralA <ssim d"rante todo o processo n.s vis"ali*amos a n.s pr.prios ao nosso

 proessor e aos nossos arredores de maneira m"ito especialA9s estL+ios da iniciaç#o s#o extremamente intricados e sem amiliaridade as vis"ali*açJesenvolvidas podem ser (astante con"sasA -as se como recipientes ade"ados n.s tomarmos osvotos com toda a sinceridade e pelo menos sentirmos com +rande 2 "e todas as vis"ali*açJesest#o realmente ocorrendo podemos ter coniança de "e estamos rece(endo o empoderamentoACom esta (ase se+"ra o passo se+"inte 2 proc"rar mais instr"ç#o e depois tentar t#o sinceramente"anto possível viajar todo o caminho I il"minaç#o como apresentado no alac&akra +antraA

 

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4"erras %antas no "dismo e !slamismo: 'Mito de %7am&7ala<versão a&reviada=

<lexander 6er*in Novem(ro de >??1 revista em )e*em(ro de >??D

R3er tam(2m a vers#o completaAS

%"mário,re"entemente "ando as pessoas pensam no conceito m"ç"lmano da -i&ad  o" +"erra santaassocíamno I conotaç#o ne+ativa de "ma campanha moralista de destr"iç#o vin+ativa em nome de)e"s para o"tros converter atrav2s da orçaA !odem admitir "e o cristianismo teve "m e"ivalentecom as cr"*adas mas +eralmente n#o vHem o ("dismo como tendo "al"er coisa semelhanteA )e

ato di*em "e o ("dismo 2 "ma reli+i#o de pa* e n#o tem a express#o t2cnica de guerra santaACont"do "m exame c"idado dos textos ("distas partic"larmente da literat"ra do +antra de

 alac&akra revela níveis externos e internos de (atalhas "e poderiam acilmente ser denominadosde 5+"erras santas7A ;m est"do imparcial do islamismo revela o mesmoA Em am(as as reli+iJes oslíderes podem explorar as dimensJes externas da +"erra santa para vanta+ens políticas econUmicaso" pessoais "sandoas para inlamar as s"as tropas para a (atalhaA 9s exemplos hist.ricos arespeito do islamismo s#o (em conhecidosQ mas n#o devemos ser in+2n"os so(re o ("dismo e

 pensar "e esteve im"ne a este enUmenoA N#o o(stante em am(as as reli+iJes a Hnase principalestL na (atalha espirit"al interna contra a nossa pr.pria i+norância e atit"des destr"tivasA

Análise

!maeria Militar no "dismo

9 6"da 'hayam"ni nasce" n"ma +"erreira casta indiana e re"entemente "so" ima+eria militar para descrever a via+em espirit"alA Ele era 9 Tri"nante "e derroto" as orças demoníacas 4mara8do n#oaperce(imento das visJes distorcidas das emoçJes pert"r(adoras e do comportamentocLrmico imp"lsivoA 'hantideva o mestre ("dista indiano do s2c"lo 3%%% dACA "so" repetidamente ametLora da +"erra em "nga-ando no Com'ortamento do 1od&isattva 4uia do "stilo de 0ida do

 1odissatva8: os verdadeiros inimi+os a derrotar s#o as emoçJes e as atit"des pert"r(adoras "e se

encontram escondidas na menteA 9s ti(etanos trad"*em o termo sânscrito ar&at  "m ser li(eradocomo o destruidor do inimigo al+"2m "e destr"i" os inimi+os internosA )estes exemplos pareceria "e no ("dismo a chamada para "ma 5+"erra santa7 seria simplesmente "ma "est#oespirit"al internaA ! +antra de alac&akra cont"do revela "ma dimens#o externa adicionalA

A 9enda de %7am&7ala

)e acordo com a tradiç#o em ? aACA em <ndhra no s"l da %ndia 6"da ensino" o +antra de alac&akra a '"chandra o visitante $ei de 'ham(hala e ao se" s2"itoA 9 $ei '"chandra levo" osensinamentos para o se" reino n.rdico onde loresceram a partir dessa alt"raA Em 1FD aACA sete+eraçJes de reis ap.s '"chandra o $ei -anj"shri Washas re"ni" os líderes reli+iosos de 'ham(hala

especiicamente os sL(ios (râmanes a im de a*er "ma proecia e de lhes prevenir: da"i aoitocentos anos em D>G dACA "ma reli+i#o n#o índica s"r+irL em -ecaA )evido a "ma alta de"nidade entre os povos dos (râmanes e I ne+li+Hncia do correto se+"imento dos preceitos das s"as

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escrit"ras v2dicas m"itos ir#o aceitar essa reli+i#o no "t"ro distante "ando os se"s líderesameaçarem "ma invas#oA !ara evitar esse peri+o -anj"shri Washas "ni" o povo de 'ham(hala em"ma 0nica 5castavajra7 conerindolhe o empoderamento de KalacharaA !elo se" ato o rei torno"se o !rimeiro alki  o !rimeiro !ossessor da CastaA Ele compUs ent#o ! +antra de alac&akra

 Abreviado "e 2 a vers#o presentemente existente do +antra de alac&akraA

's !nvasores Não-HndicosComo a "ndaç#o do islamismo data de D>> dACA dois anos antes da data predita em Kalachara amaioria dos er"ditos identiica a reli+i#o n#oíndica com essa 2A <s descriçJes dessa reli+i#o emo"tras partes dos textos de Kalachara como o a(ate de +ado ao recitar o nome do se" de"s acirc"ncis#o m"lheres veladas e preces Reitas com a orientaç#o do crenteS em direç#o I s"a terrasanta cinco ve*es por dia reorçam a s"a concl"s#oA

<"i o termo sânscrito para n#oíndico 2 mlecc&a 4Ti(A lalo8 si+niicando al+"2m "e ala n"malín+"a n#osânscrita incompreensívelA Tanto os hind"s como os ("distas aplicaram esse termo atodos os estran+eiros "e invadiram o norte da %ndia começando com os maced.nios e os +re+os na2poca de <lexandre o randeA 9 o"tro termo sânscrito principal "sado 2 tayi "e deriva do termo

 persa para os Lra(es "sado por exemplo em reerHncia aos Lra(es "e invadiram o %r# em meadosdo s2c"lo 3%% dACAA

< anLlise adicional da ima+em "e Kalachara pinta dos invasores n#oíndicos indica "e asdescriçJes oram m"ito provavelmente (aseadas nos ismaelitas de -"ltan no inal do s2c"lo YdACA com(inado com al+"ns aspectos dos m"ç"lmanos mani"eístas do im do s2c"lo 3%%%A 9sismaelitas de -"ltan en"anto vassalos dos ismaelitas ,atimidas no E+ito estavam a desaiar oss"nitas <(Lssidas em 6a+dL e os se"s aliados s"nitas ha*navid no <e+anist#o 9riental paras"premacia no m"ndo islâmicoA

A Pro(ecia de "ma 4"erra Apocalíptica9 !rimeiro Kali predisse tam(2m "e os se+"idores da reli+i#o n#oíndica vir#o al+"m dia+overnar a %ndiaA )a s"a capital em )eli o se" rei irL tentar con"istar 'ham(hala em >G>G dACAA 9vi+2simo "into Kali $a"dracharin irL ent#o invadir a %ndia e derrotar os n#oíndicos n"ma+rande +"erraA < s"a vit.ria irL marcar o im do kaliyuga  5a idade das disp"tas7 d"rante a "al a

 prLtica do )harma irL de+enerarA )epois "ma nova era do"rada se+"irL d"rante a "al osensinamentos ir#o lorescer especialmente os de KalacharaA

' %ini(icado %im&Flico da 4"erra

 "m ! +antra de alac&akra Abreviado -anj"shri Washas explica "e a l"ta com o povo n#oíndico

de -eca n#o 2 "ma +"erra real visto "e a (atalha real 2 dentro do corpoA Kaydr"(jey ocomentador el"+ do s2c"lo Y3 dACA pormenori*a "e as palavras de -anj"shri Washas n#os"+erem "ma campanha real para matar os se+"idores da reli+i#o n#oíndicaA < intenç#o do!rimeiro Kali ao descrever os detalhes da +"erra era dar "ma metLora para a (atalha interna da

 pro"nda (emavent"rada consciHncia da vac"idade contra o n#oaperce(imento e o comportamentodestr"tivoA

-anj"shri Washas en"mera claramente o sim(olismo oc"ltoA $a"dracharin representa a 5mentevajra7 o" seja a mente mais s"til de l"* claraA 'ham(hala representa o estado de +rande (emavent"rança no "al a mentevajra ha(itaA 'erse "m Kali si+niica "e a mentevajra tem o nível

 pereito de aperce(imento pro"ndo nomeadamente o s"r+imento sim"ltâneo da vac"idade e da

 (emavent"rançaA 9s dois +enerais de $a"dracharin $"dra e &an"man representam os dois tiposde s"porte do aperce(imento pro"ndo o dos pratyea("ddhas e dos shravaasA 9s do*e de"seshind"s "e aj"dam a +anhar a +"erra representam a cessaç#o dos do*e elos do s"r+imento

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dependente e dos do*e movimentos diLrios das respiraçJes cLrmicasA <s li+açJes e os movimentosdescrevem o mecanismo "e perpet"a o samsaraA <s "atro divisJes do ex2rcito de $a"dracharinrepresentam os níveis mais p"ros das "atro atit"des imens"rLveis do amor da compaix#o daale+ria e da e"alidadeA <s orças n#oíndicas "e $a"dracharin e as divisJes do se" ex2rcitoderrotam representam as mentes de orças cLrmicas ne+ativas apoiadas pelo .dio pela malícia

 pelo ressentimento e pelo preconceitoA < vit.ria so(re elas 2 a reali*aç#o do caminho para a

li(eraç#o e a il"minaç#oA

' Mtodo #idático "dista

<pesar das ne+açJes text"ais da chamada para "ma eetiva +"erra santa a implicaç#o a"i "e oisl# 2 "ma reli+i#o cr"el caracteri*ada pelo .dio pela malícia e pelo comportamento destr"tivo

 pode acilmente ser "sada como evidHncia para s"portar "e o ("dismo 2 antim"ç"lmanoA Em(oraal+"ns ("distas do passado possam de ato ter tido este preconceito e al+"ns ("distas de hoje

 possam do mesmo modo manter perspectivas sectLrias podemos extrair "ma concl"s#o dierentese tam(2m reletirmos n"m dos m2todos didLticos do ("dismo -ahayanaA

!or exemplo os textos -ahayana apresentam certas perspectivas como sendo características do ("dismo &inayana tal como e+oisticamente tra(alhar apenas para a nossa li(eraç#o semconsideraç#o na aj"dar a o"trosA <inal o o(jetivo explícito dos praticantes &inayana 2 a a"toli(eraç#o e n#o a il"minaç#o "e tem por o(jetico (eneiciar todosA Em(ora tal descriç#o &inayanatenha cond"*ido a preconceitos "m est"do o(jetivo er"dito das escolas &inayana tais comoTheravada revela "m papel proeminente da meditaç#o no amor e na compaix#oA !oderíamosconcl"ir "e -ahayana era simplesmente i+norante dos verdadeiros ensinamentos &inayanaA<lternativamente poderíamos reconhecer "e -ahayana estL a"i a "sar o m2todo da l.+ica

 ("dista de levar ar+"mentos Is s"as concl"sJes a(s"rdas a im de aj"dar as pessoas a evitarem posiçJes extremistasA < intenç#o deste m2todo 'rasangika 2 aconselhar os praticantes a evitarem oextremo do e+oísmoA

< mesma anLlise aplicase Is apresentaçJes -ahayana das seis escolas medievais de ilosoia jain ehind"A <plicase tam(2m a como cada "ma das tradiçJes de ("dismo ti(etano apresenta as

 perspectivas das o"tras e as de 6on a tradiç#o ti(etana nativaANenh"ma destas apresentaçJes dL"ma ima+em exataA Cada "ma exa+era e distorce certas características das o"tras para il"strar vLrios

 pontosA

Correlação entre a Pro(ecia e a 8istFria

9 mesmo 2 verdade relativamente Is airmaçJes de Kalachara so(re a cr"eldade do islamismo es"a possível ameaçaA No inal do s2c"lo Y e no início do s2c"lo Y% dACA "ando os ensinamentos deKalachara apareceram primeiro na %ndia os ex2rcitos islâmicos invadiram de ato vLrios reinos

 ("distasA -"itos ("distas e hind"s converteramse ent#o vol"ntariamente ao islamismo paraevitarem pa+ar o imposto re"erido se mantivessem as s"as reli+iJesA &avia "ma (ase para oexa+eroA Em(ora proessores ("distas possam airmar "e o "so do islamismo e deste m2todo

 prasan+ia para il"strar o peri+o spirit"al 2 "m meio hL(il poderíamos tam(2m ar+"mentar "e 2 (r"talmente carente de diplomacia especialmente nos tempos modernosA

Kaydr"(jey explico" adicionalmente "e a predita +"erra entre 'ham(hala e as orças n#oíndicasn#o 2 "ma mera metLora sem reerHncia a "ma "t"ra realidade hist.ricaA 'e esse osse o casoent#o "ando o +antra de alac&akra aplica analo+ias internas para os planetas e as constelaçJesche+aríamos I concl"s#o a(s"rda de "e os corpos celestiais existem somente como metLoras e"e n#o tHm nenh"ma reerHncia externaA Todavia Kaydr"(jey tam(2m aca"tela contra a

interpretaç#o literal da proecia adicional de Kalachara se+"ndo a "al a reli+i#o n#oíndica irL no"t"ro espalharse por todos os do*e continentes e os ensinamentos de $a"dracharin tam(2m a ir#olL s"perarA < proecia n#o di* especiicamente respeito ao jL descrito povo n#oíndico Is s"as

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crenças o" prLticas reli+iosasA A7ui% o nome mlecc&a reerese meramente Is orças e crenças n#odhLrmicas "e contradi*em os ensinamentos do 6"daA

<ssim a proecia predi* "e as orças destr"tivas hostís I prLtica espirit"al e n#o especiicamente"m ex2rcito m"ç"lmano P ir#o atacar no "t"ro e "ma 5+"erra santa7 externa contra elas serLnecessLriaA < mensa+em implícita 2 "e se os m2todos pacíicos alharem e tivermos de com(atern"ma +"erra santa a (atalha deve (asearse sempre nos princípios ("distas de compaix#o e do

 pro"ndo aperce(imento da realidadeA %sto 2 verdadeiro apesar de "e na prLtica 2 extremamentediícil se+"irse esta recomendaç#o treinandose soldados "e n#o s#o (odhisattvasA Cont"do se a+"erra or motivada pelos princípios n#oíndicos do .dio da malícia do ressentimento e do

 preconceito as +eraçJes "t"ras n#o ver#o nenh"ma dierença entre as atit"des dos se"santepassados e as das orças n#oíndicasA !or conse+"inte adotar#o acilmente atit"des n#oíndicasA

' Conceito !slâmico da Li7ad

9 conceito islâmico da jihad 2 "ma das atit"des do invasorZ 'e assim or Kalachara estL pintando"ma ima+em exata da jihad o" "sando a invas#o n#oíndica de 'ham(hala apenas para representar"m extremo a evitarZ < investi+aç#o destas "estJes 2 importante para prevenir mal entendidosinter2A

< palavra Lra(e -i&ad  si+niica "ma l"ta na "al precisamos tolerar sorimentos e diic"ldades taiscomo a ome e a sede d"rante o $amad# o mHs santo do jej"mA <"eles "e se en+ajam nesta l"tas#o mu-a&edinA ,a*nos lem(rar os ensinamentos ("distas aos (odhisattvas so(re a paciHncia paratolerarem as diic"ldades "e s"r+em d"rante o caminho I il"minaç#oA

< divis#o s"nita do isl#o indica cinco tipos de jihad:

1A ;ma jihad militar 2 "ma campanha deensiva contra a+ressores "e tentam prej"dicar oisl#oA N#o 2 "m ata"e oensivo para converter o"tros pela orça ao isl#oA

>A ;ma jihad por rec"rsos envolve o apoio inanceiro e material aos po(res e aos "e precisamde aj"daA

OA ;ma jihad pelo tra(alho 2 o s"stento honesto a n.s pr.prios e I nossa amíliaA

GA ;ma jihad pelo est"do 2 a o(tenç#o do conhecimentoA

A ;ma jihad contra n.s pr.prios 2 a (atalha interna para s"perar os desejos e os pensamentoscontrLrios aos ensinamentos m"ç"lmanosA

<s divisJes xiitas do isl#o enati*am o primeiro tipo de jihad pondo em termos de i+"aldade "mata"e a "m estado islâmico com "m ata"e I 2 islâmicaA -"itos xiitas tam(2m aceitam o "intotipo a jihad espirit"al internaA

As %imilaridades entre o "dismo e o !slamismo

< apresentaç#o Kalachara da +"erra mítica de 'ham(hala e a disc"ss#o islâmica da jihad mostramnotLveis similaridadesA <s +"erras santas ("distas e islâmicas s#o tLticas deensivas para travarata"es por orças hostis externasQ n"nca campanhas oensivas para +anhar convertidosA <m(as tHmníveis de si+niicados espirit"ais internos em "e a (atalha 2 contra os pensamentos ne+ativos e asemoçJes destr"tivasA <m(as necessitam de ser empreendidas com (ase em princípios 2ticos e n#ocom (ase em .dios e preconceitosA <ssim ao apresentar a invas#o n#oíndica de 'ham(hala comototalmente ne+ativa a literat"ra de Kalachara estL de ato det"rpando o conceito da jihad I moda

 prasan+ia levandoo ao se" extremo l.+ico para salientar "ma posiç#o a evitarA

<l2m disso assim como m"itos líderes distorceram e exploraram o conceito de jihad para se" proveito e poder o mesmo ocorre" com 'ham(hala e a s"a disc"ss#o da +"erra contra orçasestran+eiras destr"tivasA <+van )orjiev o mon+ol r"sso de 6"riate dos inais do s2c"lo Y%Y dACA e

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t"tor assistente do Y%%% )alai Mama proclamo" "e a $0ssia era 'ham(hala e "e o c*ar era "mKaliA )esta orma tento" convencer o Y%%% )alai Mama a alinhar com a $0ssia contra a 5mleccha7

 (ritânica na (atalha para o controlo da Xsia centralA

Tradicionalmente os mon+.is identiicaram o rei '"chandra de 'ham(hala e en+is Khan comoencarnaçJes de 3ajrapaniA M"tar por 'ham(hala era ent#o l"tar pela +l.ria de en+is Khan e pela-on+.liaA <ssim '"he 6at"r líder da $evol"ç#o Com"nista -on+ol de 1[>1 contra o re+imeextremamente (r"tal do (ar#o r"sso (ranco von ;n+ern'tern(er+ apoiado pelos japoneses inspiro" as s"as tropas com a narrativa Kalachara da +"erra para terminar o aliy"+aA !romete"lhes renascimento como +"erreiros do rei de 'ham(hala apesar de n#o haver nenh"m "ndamentotext"al para a s"a asserç#o na literat"ra de KalacharaA )"rante a oc"paç#o japonesa da -on+.liana d2cada de 1[O? as a"toridades japonesas por s"a ve* tentaram o(ter "ma aliança com osmon+.is e apoio militar atrav2s de "ma campanha de propa+anda airmando "e o Vap#o era'ham(halaA

R3er: Exploraç#o do -ito de 'ham(hala para o Controlo da -on+.liaAS

Concl"são<ssim como os críticos do ("dismo poderiam concentrarse nos a("sos do nível externo da (atalhaespirit"al de Kalachara e rejeitar o nível interno e isto seria inj"sto ao ("dismo como "m todo omesmo 2 verdade relativamente aos críticos antim"ç"lmanos da jihadA <"i o conselho dos tantras

 ("distas a respeito do proessor espirit"al pode ser 0tilA "ase todos os proessores espirit"ais tHm"ma mist"ra de (oas "alidades e deeitosA Em(ora "m discíp"lo n#o deva ne+ar as "alidadesne+ativas do proessor insistir nelas apenas irL ca"sar raiva e depress#oA 'e em ve* disso odiscíp"lo ocali*ar nas "alidades positivas do proessor irL +anhar inspiraç#o para se+"ir ocaminho espirit"alA

9 mesmo pode ser dito so(re os ensinamentos ("distas e islâmicos a respeito das +"erras santasA

<m(as as reli+iJes assistiram a a("sos das s"as chamadas para "ma (atalha externa "ando orçasdestr"tivas ameaçavam a prLtica reli+iosaA 'em ne+ar nem insistir nesses a("sos podemos o(terinspiraç#o ocali*ando nos (eneícios do empreendimento de "ma +"erra santa interna em "al"erdos credosA

4"erras %antas no "dismo e !slamismo: 'Mito de %7am&7ala<versão completa=

<lexander 6er*in Novem(ro de >??1 revista em )e*em(ro de >??D

Esta 2 a vers#o para impress#o de: http://@@@A6er*in<rchivesAcom/@e(/pt/archives/st"dy/islam/alacharaBislam/holyB@arsB("ddhismBislamBmythBsham(/holyB@ar 

 B("ddhismBislamBsham(halaBlon+Ahtml

Conteúdo da Páina para !mpressão '"mLrio

<nLlise %ma+eria -ilitar no 6"dismo < Menda de 'ham(hala

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9s %nvasores N#ondicos < !roecia de "ma "erra <pocalíptica 9 'i+niicado 'im(.lico da "erra 9 -2todo )idLtico 6"dista $elaçJes 6"disto%slâmicas d"rante o !eríodo <(Lssida Correlaç#o entre a !roecia e a &ist.ria 9 Conceito %slâmico da Vihad <s 'imilaridades entre o 6"dismo e o %slamismo

Concl"s#o

R3er tam(2m a 3ers#o <(reviadaAS

%"mário,re"entemente "ando as pessoas pensam no conceito m"ç"lmano da -i&ad  o" +"erra santaassocíamno I conotaç#o ne+ativa de "ma campanha moralista de destr"iç#o vin+ativa em nome de

)e"s para o"tros converter atrav2s da orçaA !odem admitir "e o cristianismo teve "m e"ivalentecom as cr"*adas mas +eralmente n#o vHem o ("dismo como tendo "al"er coisa semelhanteA )eato di*em "e o ("dismo 2 "ma reli+i#o de pa* e n#o tem a express#o t2cnica de guerra santaA

Cont"do "m exame c"idado dos textos ("distas partic"larmente da literat"ra do +antra de alac&akra revela níveis externos e internos de (atalhas "e poderiam acilmente ser denominadosde 5+"erras santas7A ;m est"do imparcial do islamismo revela o mesmoA Em am(as as reli+iJes oslíderes podem explorar as dimensJes externas da +"erra santa para vanta+ens políticas econUmicaso" pessoais "sandoas para inlamar as s"as tropas para a (atalhaA 9s exemplos hist.ricos arespeito do islamismo s#o (em conhecidosQ mas n#o devemos ser in+2n"os so(re o ("dismo e

 pensar "e esteve im"ne a este enUmenoA N#o o(stante em am(as as reli+iJes a Hnase principalestL na (atalha espirit"al interna contra a nossa pr.pria i+norância e atit"des destr"tivasA

Análise

!maeria Militar no "dismo

9 6"da 'hayam"ni nasce" n"ma +"erreira casta indiana e re"entemente "so" ima+eria militar para descrever a via+em espirit"alA Ele era 9 Tri"nante "e derroto" as orças demoníacas 4mara8do n#oaperce(imento das visJes distorcidas das emoçJes pert"r(adoras e do comportamentocLrmico imp"lsivoA 'hantideva o mestre ("dista indiano do s2c"lo 3%%% dACA "so" repetidamente ametLora da +"erra em "nga-ando no Com'ortamento do 1od&isattva 4uia do "stilo de 0ida do

 1odissatva8: os verdadeiros inimi+os a derrotar s#o as emoçJes e as atit"des pert"r(adoras "e seencontram escondidas na menteA 9s ti(etanos trad"*em o termo sânscrito ar&at  "m ser li(eradocomo o destruidor do inimigo al+"2m "e destr"i" os inimi+os internosA )estes exemplos

 pareceria "e no ("dismo a chamada para "ma 5+"erra santa7 seria simplesmente "ma "est#oespirit"al internaA ! +antra de alac&akra cont"do revela "ma dimens#o externa adicionalA

A 9enda de %7am&7ala

)e acordo com a tradiç#o em ? aACA em <ndhra no s"l da %ndia 6"da ensino" o +antra de alac&akra a '"chandra o visitante $ei de 'ham(hala e ao se" s2"itoA 9 $ei '"chandra levo" osensinamentos para o se" reino n.rdico onde loresceram a partir dessa alt"raA 'ham(hala 2 "m

reino h"mano e n#o "ma p"ra terra ("dista onde todas as circ"nstâncias s#o cond"centes I prLticade KalacharaA Em(ora "ma posiç#o real na terra a possa representar '"a 'antidade o Y%3 )alaiMama explica "e 'ham(hala existe simplesmente como "m reino espirit"alA <pesar da literat"ra

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tradicional descrever a via+em ísica at2 lL a 0nica orma no entanto de a alcançar 2 pela prLticaintensa da meditaç#o de KalacharaA

Em 1FD aACA sete +eraçJes de reis ap.s '"chandra o $ei -anj"shri Washas re"ni" os líderesreli+iosos de 'ham(hala especiicamente os sL(ios (râmanes a im de a*er "ma proecia e de lhes

 prevenir: da"i a oitocentos anos em D>G dACA "ma reli+i#o n#o índica s"r+irL em -ecaA )evido a"ma alta de "nidade entre os povos dos (râmanes e I ne+li+Hncia do correto se+"imento dos

 preceitos das s"as escrit"ras v2dicas m"itos ir#o aceitar essa reli+i#o no "t"ro distante "ando osse"s líderes ameaçarem "ma invas#oA !ara evitar esse peri+o -anj"shri Washas "ni" o povo de'ham(hala em "ma 0nica 5castavajra7 conerindolhe o empoderamento de KalacharaA !elo se"ato o rei torno"se o !rimeiro alki  o !rimeiro !ossessor da CastaA Ele compUs ent#o ! +antra de

 alac&akra Abreviado "e 2 a vers#o presentemente existente do +antra de alac&akraA

's !nvasores Não-Hndicos

Como a "ndaç#o do islamismo data de D>> dACA dois anos antes da data predita em Kalachara amaioria dos er"ditos identiica a reli+i#o n#oíndica com essa 2A <s descriçJes dessa reli+i#o emo"tras partes dos textos de Kalachara como o a(ate de +ado ao recitar o nome do se" de"s acirc"ncis#o m"lheres veladas e preces Reitas com a orientaç#o do crenteS em direç#o I s"a terrasanta cinco ve*es por dia reorçam a s"a concl"s#oA

<"i o termo sânscrito para n#oíndico 2 mlecc&a 4Ti(A lalo8 si+niicando al+"2m "e ala n"malín+"a n#osânscrita incompreensívelA Tanto os hind"s como os ("distas aplicaram esse termo atodos os estran+eiros "e invadiram o norte da %ndia começando com os maced.nios e os +re+os na2poca de <lexandre o randeA 9 o"tro termo sânscrito principal "sado 2 tayi "e deriva do termo

 persa para os Lra(es "sado por exemplo em reerHncia aos Lra(es "e invadiram o %r# em meadosdo s2c"lo 3%% dACAA

9 !rimeiro Kali descreve" adicionalmente a reli+i#o n#oíndica do "t"ro como tendo "ma linha

de oito +randes proessores: <d#o No2 <(ra#o -ois2s Ves"s -ani -aom2 e -ahdiA -aom2virL a 6a+dL na terra de -ecaA Esta passa+em aj"da a identiicar os invasores dentro da com"nidadeislâmicaA

-aom2 vive" entre F? e DO> dACA na <rL(iaA 6a+dL cont"do oi constr"ída somente emFD> dACA como a capital do Caliado <(Lssida Lra(e 4F? P 1> dACA8A

-ani oi "m persa do s2c"lo %%% "e "ndo" "ma reli+i#o ecl2tica mani"eísmo "e talcomo o *oroastrismo a reli+i#o iraniana mais anti+a enati*ava "ma (atalha entre as orçasdo (em e do malA )entro do isl# -ani teria sido aceite talve* como "m proeta em(ora n#oseja claro "e ele o tivesse al+"ma ve* sido somente pela her2tica seita islâmicamani"eísta "e se encontrava entre al+"ns oiciais no início da corte <(Lssida em 6a+dLA

9s calias a(Lssidas perse+"iram severamente os se"s se+"idoresA Er"ditos ("distas do at"al <e+anist#o e do s"(continente indiano tra(alharam em 6a+dL

d"rante a 0ltima parte do s2c"lo 3%%% dACA trad"*indo textos sânscritos para o Lra(eA

-ahdi serL "m "t"ro so(erano 4iman8 descendente de -aom2 "e irL cond"*ir os i2is aVer"salem resta"rar a lei e a ordem alcorânica e "nir os se+"idores do islamismo n"m 0nicoestado político antes do apocalípse do im do m"ndoA Ele 2 o e"ivalente islâmico de "mmessíasA 9 conceito de -ahdi torno"se proeminente somente d"rante o período inicial<(Lssida com trHs reivindicadores ao tít"lo: "m calia "m rival em -eca e "m mLrtir emc"jo nome oi cond"*ida "ma re(eli#o anti<(LssidaA Cont"do o conceito de -ahdi como"m messias n#o aparece" at2 ao inal do s2c"lo %Y dACAA

< lista dos proetas dos xiítas ismaelitas 2 a mesma "e se encontra em Kalachara apenasmenos -aniA 9s ismaelitas s#o a 0nica seita islâmica "e considera -ahdi como "m proetaA

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< seita xiíta ismaelita era a seita oicial do islamismo se+"ido em -"ltan 4at"almente 'indhsetentrional no !a"ist#o8 d"rante a se+"nda metade do s2c"lo YA -"ltan era "m aliado do%mp2rio ,atímida %smaelita centrado no E+ito e "e desaiava os a(Lssidas na s"premacia dom"ndo islâmicoA

)esta evidHncia podemos post"lar "e a descriç#o Kalachara dos invasores n#oíndicos oi (aseada nos ismaelitas de -"ltan nos inais do s2c"lo Y dACA mist"rada com al+"ns aspectos dosm"ç"lmanos mani"eítas dos inais do s2c"lo 3%%%A 9s compiladores desta descriç#o teriam sidom"ito provavelmente mestres ("distas vivendo so( o re+ime 'hahi hind" no <e+anist#o 9riental e9ddiyana 4'@at 3alley no at"al noroeste do !a"ist#o8A 9s mosteiros ("distas na re+i#o de Ca("ldo <e+anist#o tal como '"(ahar tinham padrJes ar"itet"rais semelhantes I"eles da mandala deKalacharaA 9ddiyana oi "ma das re+iJes principais em "e o tantra ("dista se desenvolve"A <l2mdisso 9ddiyana tinha contato pr.ximo com Cachemira onde loresce" o tantra ("dista e hind"'haiviteA ;ma importante rota de pere+rinaç#o ("dista li+ava os doisA <ssim devemos examinar asrelaçJes ("distom"ç"lmanas no <e+anist#o 9riental 9ddiyana e Cachemira d"rante o período<(Lssida para compreendermos o contexto dos se"s ensinamentos na hist.ria e +"erras santasA

A Pro(ecia de "ma 4"erra Apocalíptica9 !rimeiro Kali predisse tam(2m "e os se+"idores da reli+i#o n#oíndica vir#o al+"m dia+overnar a %ndiaA )a s"a capital em )eli o se" rei Krinmati irL tentar con"istar 'ham(hala em>G>G dACAA 9s comentLrios s"+erem "e Krinmati serL reconhecido como o messias -ahdiA 9vi+2simo "into Kali $a"dracharin irL ent#o invadir a %ndia e derrotar os n#oíndicos n"ma+rande +"erraA < s"a vit.ria irL marcar o im do kaliyuga  5a idade das disp"tas7 d"rante a "al a

 prLtica do )harma irL de+enerarA )epois "ma nova era do"rada se+"irL d"rante a "al osensinamentos ir#o lorescer especialmente os de KalacharaA

< ideia de "ma +"erra entre as orças do (em e do mal terminando com "ma (atalha apocalípticaliderada por "m messias aparece" primeiro no *oroastrismo "ndado no s2c"lo 3% aACA vLrias

d2cadas antes do 6"da ter nascidoA %ncorporo"se no j"daismo al+"res entre o s2c"lo %% aACA e os2c"lo %% dACAA '"(se"entemente entro" no cristianismo inicial e no mani"eísmo e mais tarde noisl#A

;ma variaç#o do tema apocalíptico tam(2m aparece" no hind"ismo em 0is&nu 4urana datadoaproximadamente do s2c"lo %3 dACAA $elata "e no im do aliy"+a 3ishn" irL aparecer na s"aencarnaç#o inal como Kali nascendo na vila de 'ham(hala como ilho do (râmane 3ishn"WashasA Ele irL derrotar os n#oíndicos da 2poca "e se+"em "m caminho de destr"iç#o e tornar adespertar as mentes das pessoasA )epois de acordo com o conceito indiano do tempo cíclico "manova era do"rada irL se+"irse em ve* de "m j"l+amento do im do m"ndo como nas versJes n#oíndicas do temaA ] diícil esta(elecer se a est.ria de 0is&nu 4urana derivo" de inl"Hncias

estran+eiras e oi adaptada I mentalidade indiana o" se s"r+i" independentementeA)e acordo com os meios hL(eis de ensinar do 6"da "sando termos e conceitos amiliares Is s"asa"diHncias o +antra de alac&akra tam(2m "sa os nomes e ima+ens de 0is&nu 4uranaA <inal as"a a"diHncia era principalmente (râmanes ed"cadosA 9s nomes n#o s. incl"em 'ham(hala Kalio aliy"+a e "ma variante de 3ishn" Washas -anj"shri Washas como tam(2m o mesmo termomlecc&a para os n#oíndicos o(cecados na destr"iç#oA Na vers#o Kalachara cont"do a +"erra tem"m si+niicado sim(.licoA

' %ini(icado %im&Flico da 4"erra

 "m ! +antra de alac&akra Abreviado -anj"shri Washas explica "e a l"ta com o povo n#oíndicode -eca n#o 2 "ma +"erra real visto "e a (atalha real 2 dentro do corpoA Kaydr"(jey ocomentador el"+ do s2c"lo Y3 dACA pormenori*a "e as palavras de -anj"shri Washas n#os"+erem "ma campanha real para matar os se+"idores da reli+i#o n#oíndicaA < intenç#o do

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!rimeiro Kali ao descrever os detalhes da +"erra era dar "ma metLora para a (atalha interna da pro"nda (emavent"rada consciHncia da vac"idade contra o n#oaperce(imento e o comportamentodestr"tivoA

-anj"shri Washas en"mera claramente o sim(olismo oc"ltoA $a"dracharin representa a 5mentevajra7 o" seja a mente mais s"til de l"* claraA 'ham(hala representa o estado de +rande (emavent"rança no "al a mentevajra ha(itaA 'erse "m Kali si+niica "e a mentevajra tem o nível

 pereito de aperce(imento pro"ndo nomeadamente o s"r+imento sim"ltâneo da vac"idade e da (emavent"rançaA 9s dois +enerais de $a"dracharin $"dra e &an"man representam os dois tiposde s"porte do aperce(imento pro"ndo o dos pratyea("ddhas e dos shravaasA 9s do*e de"seshind"s "e aj"dam a +anhar a +"erra representam a cessaç#o dos do*e elos do s"r+imentodependente e dos do*e movimentos diLrios das respiraçJes cLrmicasA <s li+açJes e os movimentosdescrevem o mecanismo "e perpet"a o samsaraA <s "atro divisJes do ex2rcito de $a"dracharinrepresentam os níveis mais p"ros das "atro atit"des imens"rLveis do amor da compaix#o daale+ria e da e"alidadeA <s orças n#oíndicas "e $a"dracharin e as divisJes do se" ex2rcitoderrotam representam as mentes de orças cLrmicas ne+ativas apoiadas pelo .dio pela malícia

 pelo ressentimento e pelo preconceitoA < vit.ria so(re elas 2 a reali*aç#o do caminho para a

li(eraç#o e a il"minaç#oA

' Mtodo #idático "dista

<pesar das ne+açJes text"ais da chamada para "ma eetiva +"erra santa a implicaç#o a"i "e oisl# 2 "ma reli+i#o cr"el caracteri*ada pelo .dio pela malícia e pelo comportamento destr"tivo

 pode acilmente ser "sada como evidHncia para s"portar "e o ("dismo 2 antim"ç"lmanoA Em(oraal+"ns ("distas do passado possam de ato ter tido este preconceito e al+"ns ("distas de hoje

 possam do mesmo modo manter perspectivas sectLrias podemos extrair "ma concl"s#o dierentese tam(2m reletirmos n"m dos m2todos didLticos do ("dismo -ahayanaA

!or exemplo os textos -ahayana apresentam certas perspectivas como sendo características do

 ("dismo &inayana tal como e+oisticamente tra(alhar apenas para a nossa li(eraç#o semconsideraç#o na aj"dar a o"trosA <inal o o(jetivo explícito dos praticantes &inayana 2 a a"toli(eraç#o e n#o a il"minaç#o "e tem por o(jetico (eneiciar todosA Em(ora tal descriç#o &inayanatenha cond"*ido a preconceitos "m est"do o(jetivo er"dito das escolas &inayana tais comoTheravada revela "m papel proeminente da meditaç#o no amor e na compaix#oA !oderíamosconcl"ir "e -ahayana era simplesmente i+norante dos verdadeiros ensinamentos &inayanaA<lternativamente poderíamos reconhecer "e -ahayana estL a"i a "sar o m2todo da l.+ica

 ("dista de levar ar+"mentos Is s"as concl"sJes a(s"rdas a im de aj"dar as pessoas a evitarem posiçJes extremistasA < intenç#o deste m2todo 'rasangika 2 aconselhar os praticantes a evitarem oextremo do e+oísmoA

< mesma anLlise aplicase Is apresentaçJes -ahayana das seis escolas medievais de ilosoia jain ehind"A <plicase tam(2m a como cada "ma das tradiçJes de ("dismo ti(etano apresenta as perspectivas das o"tras e as de 6on a tradiç#o ti(etana nativaANenh"ma destas apresentaçJes dL"ma ima+em exataA Cada "ma exa+era e distorce certas características das o"tras para il"strar vLrios

 pontosA 9 mesmo 2 verdade relativamente Is airmaçJes de Kalachara so(re a cr"eldade doislamismo e s"a possível ameaçaA Em(ora proessores ("distas possam airmar "e o "so doislamismo e deste m2todo prasan+ia para il"strar o peri+o spirit"al 2 "m meio hL(il poderíamostam(2m ar+"mentar "e 2 (r"talmente carente de diplomacia especialmente nos tempos modernosA

 No entanto o "so do islamismo para representar orças ameaçadoras destr"tivas 2 compreensível"ando examinado dentro do contexto do início do período a(Lssida na re+i#o Ca("l do<e+anist#o 9rientalA

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)elaç.es "disto-!slâmicas d"rante o Período A&ássida

 No início do período os a(Lssidas dominavam a 6Lctria 4<e+anist#o setentrional8 permitindo "eos ("distas os hind"s e os *oroastrianos locais mantivessem as s"as reli+iJes mediante pa+amentode "m impostoA No entanto m"itos aceitaram vol"ntariamente o islamismo especialmente entre oslati"ndiLrios e as ed"cadas classes "r(anas s"perioresA '"a elevada c"lt"ra era mais acessível do"e a deles e evitariam de pa+ar o pesado impostoA 9s shahis t"rcomanos aliados com os ti(etanos+overnavam Ca("l onde o ("dismo e o hind"ismo estavam lorescendoA 9s re+entes e os líderesespirit"ais ("distas poderiam acilmente terse preoc"pado com o mesmo enUmeno de convers#o

 por conveniHncia "e osse lL acontecerA

9s shahis t"rcomanos dominaram a re+i#o at2 F? dACA perdendo o domínio dela apenas entre 1e 1[A )"rante esses "atro anos o calia a(Lssida al-a`m"n invadi" Ca("l e orço" o shahre+ente a s"(meterse a ele e a aceitar o islamismoA !ara maniestar a s"a s"(miss#o o shah deCa("l de" ao calia como oerta "ma estLt"a de o"ro do 6"da do mosteiro de '"(aharA Como "msinal do tri"no do isl#o o calia al-a`m"n envio" para -eca a enorme estLt"a com o se" trono de

 prata e coroa en+astada de j.ias expondoa no Kaa(a d"rante dois anosA <o a*Hlo o calia estavademonstrando a s"a a"toridade para +overnar todo o m"ndo islâmico ap.s ter vencido o se" irm#o

n"ma +"erra civilA Cont"do ele n#o orço" os ("distas de Ca("l a converteremse nem destr"i" osmosteirosA Ele nem se"er destr"i" como ídolo R"e eraS a estLt"a do 6"da "e o shah de Ca("llhe tinha oerecido mas em ve* disso envio"a para -eca como r"to do sa"eA <p.s a retirada doex2rcito a(Lssida para l"tar contra movimentos pr.a"tonomia no"tras partes do se" imp2rio osmosteiros ("distas rapidamente se rec"peraramA

9 período se+"inte em "e a re+i#o de Ca("l ico" so( o re+ime islâmico oi tam(2m c"rto entreF? e F[ dACAA ,oi con"istada pelos re+entes saLrides de "m estado militar a"tUnomorecordados pela s"a cr"eldade e destr"iç#o de c"lt"ras locaisA 9s con"istadores enviaram ao caliaa(Lssida m"itos 5ídolos7 ("distas como tro2"s de +"erraA "ando os shahis hind"s s"cessores dosshahis t"rcomanos retomaram a re+i#o o ("dismo e os mosteiros rec"peraram "ma ve* mais o se"

anterior esplendorA9s +ha*nLvidas t"rcomanos con"istaram o <e+anist#o oriental aos shahis hind"s em [FD dACAmas n#o destr"iram os mosteiros ("distasA Como vassalos dos a(Lssidas os +ha*nLvidas tam(2meram se+"idores estritos do isl#o s"nitaA Em(ora tolerassem o ("dismo e o hind"ismo no<e+anist#o oriental o se" se+"ndo re+ente -ahm"d de ha*ni lanço" "ma campanha contra osrivais a(Lssidas o estado ismaelita de -"ltanA -ahm"d con"isto" -"ltan em 1?? dACAa"+entando os shahis hind"s de andhara e 9ddiyana pelo caminhoA 9s shahis hind"s tinhamsealiado com -"ltanA 9nde "er "e tenha con"istado -ahm"d saco" a ri"e*a dos templos hind"se dos mosteiros ("distas e consolido" o se" poderA

)epois desta vit.ria em -"ltan e motivado ind"(itavelmente pela avide* por mais territ.rio e

ri"e*a -ahm"d impeli" a s"a invas#o mais para o orienteA Con"isto" o at"al !"nja( indianoconhecido na"ela 2poca como 5)eli7A No entanto "ando as tropas +ha*nLvidas emp"rraram parao norte de )eli para as montanhas de Caxemira perse+"indo o remanescente dos shahis hind"s em1?1 o" em 1?>1 dependendo das ontes "e "samos oram derrotadas s"postamente pelo "so demantrasA Este oi o primeiro ata"e em Caxemira tentado por "m ex2rcito m"ç"lmanoA < descriç#oKalachara das "t"ras invasJes e derrotas das orças n#oíndicas em )eli 2 m"ito provavelmenteent#o "ma mescla da ameaça m"ltanesa aos a(Lssidas e +ha*nLvidas e da ameaça de ha*navid aCaxemiraA

Correlação entre a Pro(ecia e a 8istFria

<s proecias hist.ricas do !rimeiro Kali encaixamse ent#o sem d0vida na 2poca acima descritamas moldam os eventos por orma a il"strar liçJesA No entanto tal como 6"ton o comentador'aya do s2c"lo Y%%% dACA menciona Icerca da apresentaç#o Kalachara da hist.ria 5examinar

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eventos hist.ricos do passado n#o a* sentido7A N#o o(stante Kaydr"(jey explica "e a predita+"erra entre 'ham(hala e as orças n#oíndicas n#o 2 "ma mera metLora sem reerHncia a "ma"t"ra realidade hist.ricaA 'e esse osse o caso ent#o "ando o +antra de alac&akra aplicaanalo+ias internas para os planetas e as constelaçJes che+aríamos I concl"s#o a(s"rda de "e oscorpos celestiais existem somente como metLoras e "e n#o tHm nenh"ma reerHncia externaA

Todavia Kaydr"(jey tam(2m aca"tela contra a interpretaç#o literal da proecia adicional deKalachara se+"ndo a "al a reli+i#o n#oíndica irL no "t"ro espalharse por todos os do*econtinentes e os ensinamentos de $a"dracharin tam(2m a ir#o lL s"perarA < proecia n#o di*especiicamente respeito ao jL descrito povo n#oíndico Is s"as crenças o" prLticas reli+iosasA

 A7ui% o nome mlecc&a reerese meramente Is orças e crenças n#odhLrmicas "e contradi*em osensinamentos do 6"daA

<ssim a proecia predi* "e as orças destr"tivas hostís I prLtica espirit"al e n#o especiicamente"m ex2rcito m"ç"lmano P ir#o atacar no "t"ro e "ma 5+"erra santa7 externa contra elas serLnecessLriaA < mensa+em implícita 2 "e se os m2todos pacíicos alharem e tivermos de com(atern"ma +"erra santa a (atalha deve (asearse sempre nos princípios ("distas de compaix#o e do

 pro"ndo aperce(imento da realidadeA %sto 2 verdadeiro apesar de "e na prLtica 2 extremamente

diícil se+"irse esta recomendaç#o treinandose soldados "e n#o s#o (odhisattvasA Cont"do se a+"erra or motivada pelos princípios n#oíndicos do .dio da malícia do ressentimento e do

 preconceito as +eraçJes "t"ras n#o ver#o nenh"ma dierença entre as atit"des dos se"santepassados e as das orças n#oíndicasA !or conse+"inte adotar#o acilmente atit"des n#oíndicasA

' Conceito !slâmico da Li7ad

9 conceito islâmico da jihad 2 "ma das atit"des do invasorZ 'e assim or Kalachara estLdescrevendo corretamente a jihad o" estL "sando a invas#o n#oíndica de 'ham(hala apenas pararepresentar "m extremo a evitarZ !ara prevenir mal entendidos inter2 2 importante investi+armosestas "estJesA

< palavra Lra(e -i&ad  si+niica "ma l"ta na "al precisamos tolerar sorimentos e diic"ldades taiscomo a ome e a sede d"rante o $amad# o mHs santo do jej"mA <"eles "e se en+ajam nesta l"tas#o mu-a&edinA ,a*nos lem(rar os ensinamentos ("distas aos (odhisattvas so(re a paciHncia paratolerarem as diic"ldades "e s"r+em d"rante o caminho I il"minaç#oA

< divis#o s"nita do isl#o indica cinco tipos de jihad:

1A ;ma jihad militar 2 "ma campanha deensiva contra a+ressores "e tentam prej"dicar oisl#oA N#o 2 "m ata"e oensivo para converter o"tros pela orça ao isl#oA

>A ;ma jihad por rec"rsos envolve o apoio inanceiro e material aos po(res e aos "e precisamde aj"daA

OA ;ma jihad pelo tra(alho 2 o s"stento honesto a n.s pr.prios e I nossa amíliaA

GA ;ma jihad pelo est"do 2 a o(tenç#o do conhecimentoA

A ;ma jihad contra n.s pr.prios 2 a (atalha interna para s"perar os desejos e os pensamentoscontrLrios aos ensinamentos m"ç"lmanosA

<s divisJes xiitas do isl#o enati*am o primeiro tipo de jihad pondo em termos de i+"aldade "mata"e a "m estado islâmico com "m ata"e I 2 islâmicaA -"itos xiitas tam(2m aceitam o "intotipo a jihad espirit"al internaA

As %imilaridades entre o "dismo e o !slamismo< apresentaç#o Kalachara da +"erra mítica de 'ham(hala e a disc"ss#o islâmica da jihad mostramnotLveis similaridadesA <s +"erras santas ("distas e islâmicas s#o tLticas deensivas para travar

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ata"es por orças hostis externasQ n"nca campanhas oensivas para +anhar convertidosA <m(as tHmníveis de si+niicados espirit"ais internos em "e a (atalha 2 contra os pensamentos ne+ativos e asemoçJes destr"tivasA <m(as necessitam de ser empreendidas com (ase em princípios 2ticos e n#ocom (ase em .dios e preconceitosA <ssim ao apresentar a invas#o n#oíndica de 'ham(hala comototalmente ne+ativa a literat"ra de Kalachara estL de ato det"rpando o conceito da jihad I moda

 prasan+ia levandoo ao se" extremo l.+ico para salientar "ma posiç#o a evitarA

<l2m disso assim como m"itos líderes distorceram e exploraram o conceito de jihad para se" proveito e poder o mesmo ocorre" com 'ham(hala e a s"a disc"ss#o da +"erra contra orçasestran+eiras destr"tivasA <+van )orjiev o mon+ol r"sso de 6"riate dos inais do s2c"lo Y%Y dACA et"tor assistente do Y%%% )alai Mama proclamo" "e a $0ssia era 'ham(hala e "e o c*ar era "mKaliA )esta orma tento" convencer o Y%%% )alai Mama a alinhar com a $0ssia contra a 5mleccha7

 (ritânica na (atalha para o controlo da Xsia centralA

Tradicionalmente os mon+.is identiicaram o rei '"chandra de 'ham(hala e en+is Khan comoencarnaçJes de 3ajrapaniA M"tar por 'ham(hala era ent#o l"tar pela +l.ria de en+is Khan e pela-on+.liaA <ssim '"he 6at"r líder da $evol"ç#o Com"nista -on+ol de 1[>1 contra o re+imeextremamente (r"tal do (ar#o r"sso (ranco von ;n+ern'tern(er+ apoiado pelos japoneses

inspiro" as s"as tropas com a narrativa Kalachara da +"erra para terminar o aliy"+aA !romete"lhes renascimento como +"erreiros do rei de 'ham(hala apesar de n#o haver nenh"m "ndamentotext"al para a s"a asserç#o na literat"ra de KalacharaA )"rante a oc"paç#o japonesa da -on+.liana d2cada de 1[O? as a"toridades japonesas por s"a ve* tentaram o(ter "ma aliança com osmon+.is e apoio militar atrav2s de "ma campanha de propa+anda airmando "e o Vap#o era'ham(halaA

R3er: Exploraç#o do -ito de 'ham(hala para o Controlo da -on+.liaAS

Concl"são

<ssim como os críticos do ("dismo poderiam concentrarse nos a("sos do nível externo da (atalhaespirit"al de Kalachara e rejeitar o nível interno e isto seria inj"sto ao ("dismo como "m todo omesmo 2 verdade relativamente aos críticos antim"ç"lmanos da jihadA <"i o conselho dos tantras

 ("distas a respeito do proessor espirit"al pode ser 0tilA "ase todos os proessores espirit"ais tHm"ma mist"ra de (oas "alidades e deeitosA Em(ora "m discíp"lo n#o deva ne+ar as "alidadesne+ativas do proessor insistir nelas apenas irL ca"sar raiva e depress#oA 'e em ve* disso odiscíp"lo ocali*ar nas "alidades positivas do proessor irL +anhar inspiraç#o para se+"ir ocaminho espirit"alA

9 mesmo pode ser dito so(re os ensinamentos ("distas e islâmicos a respeito das +"erras santasA<m(as as reli+iJes assistiram a a("sos das s"as chamadas para "ma (atalha externa "ando orças

destr"tivas ameaçavam a prLtica reli+iosaA 'em ne+ar nem insistir nesses a("sos podemos o(terinspiraç#o ocali*ando nos (eneícios do empreendimento de "ma +"erra santa interna em "al"erdos credosA

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Conversão )eliiosa em %7am&7ala<lexander 6er*in

 Novem(ro de >??1 revisto em Novem(ro de >??D

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%"mário9 ("dismo e as reli+iJes (í(licas oram tolerantes a o"tras crençasA <m(as insti+aram tam(2mcampanhas orçadas e s"tis de convers#o em(ora tivessem "sado m2todos dierentesA <s reli+iJes

 (í(licas lançaram +"erras santas en"anto o primeiro $ei Kali de 'ham(hala re"ni" n#o("distasno mandala de Kalachara atrav2s de "ma demonstraç#o de poderes psí"icosA <s reli+iJes (í(licas

"saram incentivos econUmicos como meios s"tis de convers#o en"anto "e o ("dismo "so"de(ates de l.+icaA

< aceitaç#o do ("dismo no entanto diere si+niicativamente da convers#o a "ma 2 (í(licaA N#oenvolve a ren0ncia completa da 2 precedente e deixa espaço para "e m"itas das s"as asserçJes

 permaneçam como passos vLlidos ao lon+o do caminho espirit"alA

'"a 'antidade o Y%3 )alai Mama cont"do n#o encoraja a convers#o ao ("dismoA Em(orase+"idores de o"tras reli+iJes assim como pessoas n#oreli+iosas possam aprender m2todos 0teisdo ("dismo rejeitar o nosso sistema de crença nativo pode tra*er pro(lemas imprevistosA exceç#ode "ma pe"ena minoria a maior parte das pessoas (eneiciaria mais em apro"ndar a compreens#odas s"as tradiçJes de nascimentoA

Análise

!ntrod"ção

 No isl#o no cristianismo e no j"daismo a convers#o si+niica o a(andono da reli+i#o anterior pelaadoç#o de "ma nova 2A 9 incentivo 2 a convicç#o de "e a nova reli+i#o 2 mais verdadeira do "e aanteriorA Em(ora seja re"entemente permitido "e os convertidos mist"rem elementos n#odo"trinais das s"as c"lt"ras nativas de ato eles precisam de reconhecer a nova reli+i#o como a0nica "e 2 verdadeiraA %sto res"lta da convicç#o no princípio de 5;ma 3erdade ;m )e"s7 destas

reli+iJes (í(licasA %dealmente esta convicç#o 2 o(tida atrav2s do est"do das s"as do"trinas o" por"ma epianiaA <l+"mas pessoas cont"do m"dam de reli+i#o por ra*Jes menos pro"ndas tais comovanta+ens econUmicas o" sociais o" para eeitos de casamento com al+"2m de o"tra 2A

!or ve*es os *elotas converteram o"tros I orça para as s"as reli+iJes "ma aç#o extrema permitida oicialmente somente em determinados casosA !or exemplo a convers#o I orça deinimi+os 2 "m meio de ne"trali*ar e terminar a s"a destr"iç#oA ] tam(2m s"postamente "m m2todo

 para salvar os 5pecadores7 do inerno e para os cond"*ir ao c2"A !ro+ramas de rea(ilitaç#o para prisioneiros seja para se tornarem mem(ros prod"tivos das sociedades ocidentais seja para setornarem "adros em estados com"nistas tHm o mesmo o(jetivoA !odíamos tam(2m descrever asaçJes de al+"ns +overnos para disseminar o com"nismo o capitalismo o" at2 a democracia comoexemplos de convers#o orçada para aca(ar com a exploraç#oA

-"itas pessoas especialmente os idealistas rec2mche+ados ao ("dismo +ostariam de acreditar "eo ("dismo esteve im"ne ao en.meno da convers#o em especial da convers#o orçadaA )ividindo om"ndo no (em contra o mal e com ima+ens de in"isiçJes de missionLrios mal2volos e daconvers#o pela espada vHem a convers#o orçada como al+o s. eito pelo lado ma"A Cont"do antesde moralmente condenarmos o"tras reli+iJes o" +overnos por este en.meno d"rante os capít"losne+ros da s"a hist.ria precisamos de examinar o(jetivamente se o ("dismo tam(2m oi v"lnerLvelI prLtica da convers#o orçadaA 'en#o o anseio desesperado por "ma reli+i#o pereita e a projeç#oromântica de "m paraíso de 'han+rilL no Ti(ete por exemplo poderL transormarse n"m desânimoe desil"s#o como "ando nos aperce(emos da mL cond"ta de "m proessor "e tinhamos pensadoser "m 6"daA

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Evid*ncias da 8istFria Ti&etana

] verdade "e em princípio o ("dismo n#o 2 "ma reli+i#o propa+andistaA Tam(2m 2 verdade "enem a hist.ria ti(etana nem a mon+.lica viram conversJes orçadas em massa das pop"laçJescon"istadas ao ("dismo o" a "ma das s"as seitasA -esmo "ando os re+entes dessas terrasdeclararam o ("dismo como reli+i#o de estadoQ p"deram ter imposto e recolhido taxas ao se" povo

 para s"portar os mosteiros como no caso do rei ti(etano $elpachen 4 /al('a(can8 no início dos2c"lo %Y dACA !or2m nem os re+entes nem os se"s conselhos reli+iosos orçaram a pop"laç#o aaceitar e a praticar as crenças ("distasA 9 ("dismo espalho"se entre as pessoas com"ns lenta enat"ralmenteA

 N#o o(stante existem n"merosos exemplos de convers#o orçada de mosteiros ti(etanos de "maseita ("dista para o"tra e do reconhecimento de "m tulku 4mestre espirit"al reencarnado8 comosendo de "ma escola dierente da do se" predecessorA 9 motivo n#o expresso tem +eralmente sido ode ne"trali*ar a oposiç#o política o" militar como oi ind"(itavelmente o caso no s2c"lo Y3%%dACA do reconhecimento de "m príncipe mon+ol como a reincarnaç#o el"+pa do mestre Vonan+paTaranathaA Taranatha era o conselheiro real da oposiç#o d"rante "ma +"erra civilA

E mais !admasam(hava e diversos mestres ti(etanos posteriores "saram os se"s s"periores poderesextraísicos para oprimir e 5domesticar7 espíritos mal2volos tais como Nech"n+A ,orçando osespíritos a aceitar o ("dismo o(ri+aramlhes a j"rar prote+er o )harmaA )e ato converteram erea(ilitaram os espíritos os "ais se transormaram em protetores do )harmaA

Evid*ncias do 2alac7a3ra

Em(ora seja diícil com (ase nas escrit"ras ("distas j"stiicar ormas (r"tais e .(vias de convers#oorçada tais como essasQ hL reerHncias text"ais Icerca de ormas mais s"tis de convers#o no

 ("dismoZ < literat"ra Kalachara ornece "ma onte reveladora para investi+aç#oA '"r+i" emCaxemira e na %ndia 'etentrional nos inais do s2c"lo Y dACA e inícios do s2c"lo Y% "ando os

ex2rcitos invasores m"ç"lmanos estavam con"istando terras a oeste com pop"laçJes principalmente ("distas e hind"sA < respectiva anLlise da hist.ria oi tam(2m sem d0vida inspirada por experiHncias da re+i#o entre o <e+anist#o 9riental e Caxemira d"rante os dois s2c"los precedentes e descreve" as relaçJes inter2 entre as trHs reli+iJes daliA

)e acordo com a narrativa tradicional o rei '"chandra de 'ham(hala rece(e" os ensinamentos doKalachara Tantra diretamente do pr.prio 6"da no s"l da %ndia e levo"os consi+o de retorno I s"aterra no norteA 'ete +eraçJes mais tarde o se" s"cessor -anj"shri Washas re"ni" os sL(ios (râmanesde 'ham(hala no palLcio tridimensional do mandala de Kalachara "e os se"s antepassadostinham constr"ído no par"e realA )esejava aca"telar os (râmanes so(re "ma "t"ra reli+i#o n#oíndica "e iria s"r+ir na terra de -ecaA -"itos er"ditos identiicam essa reli+i#o com o isl#o dado"e o ano proeti*ado para a s"a "ndaç#o 2 somente dois anos ap.s o começo do calendLrio islâmicoA !ara acilidade de disc"ss#o vamos aceitar provisoriamente a s"a concl"s#o em(oranecessitemos de "aliicar esta identiicaç#o com (ase nas ormas do islamismo messiânico "e osorm"ladores dos ensinamentos de Kalachara m"ito provavelmente encontraramA Elas teriam sidoa orma do ismaelismo oriental xiita prevalecente em -"ltan 4'indh do Norte !a"ist#o8 d"rante oinal do s2c"lo Y dACA talve* com "ma mist"ra da chamada 5heresia7 xiita mani"eístaA

-anj"shri Washas descreve" "e os se+"idores da reli+i#o n#oíndica iriam cortar o pescoço do+ado ao recitarem o nome do se" )e"s 1ismilla& 4arL(ico para 5em nome de <llah78 e de se+"idacomer a carneA )isse aos (râmanes para re+istrarem como as pessoas ao se" redor estavamc"mprindo a s"a reli+i#o v2dicaA Eles precisavam de corri+ir malentendidos e prLticas de+eneradas

 partic"larmente o sacriício de to"ros para os se"s de"ses e s"(se"ente comer a s"a carneA 'e

assim n#o osse os se"s descendentes n#o veriam nenh"ma dierença entre a reli+i#o dos se"santepassados e a dos estran+eiros e iriam a(raçar a 0ltima acilitando a con"ista da s"a terra porestran+eirosA <l2m disso os (râmanes deveriam aca(ar o cost"me de rec"sar o casamento entre

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+r"pos dierentes o" at2 comer o" (e(er com mem(ros de o"tras castasA 'e as crenças reli+iosasca"sarem divisJes internas e as pessoas n#o p"derem cooperar ace a "m peri+o a sociedade poderLn#o so(reviver a "ma ameaça externaA

Com (ase na l.+ica dos se"s ar+"mentos -anj"shri Washas convido" os (râmanes a re"niremsecom as restantes pessoas de 'ham(hala no mandala de Kalachara a im de rece(erem oempoderamento e ormarem "ma 5castavajra7A %nicialmente os (râmanes rec"saram e "+iram emdireç#o I %ndiaA 9 rei vi" "e se os se"s líderes espirit"ais se ossem em(ora o povo de 'ham(halatomaria isso como "m sinal de "e a ormaç#o de "ma casta seria errada e contin"ariam assim comos se"s cost"mes a"todestr"tivosA !or conse+"inte -anj"shri Washas "so" os se"s poderes

 psí"icos para atrair os (râmanes de volta ao mandalaA Examinando mais pro"ndamente asa(edoria do rei e vendo a s"a verdade os líderes (râmanes passaram a partir daí a aceitar o se"conselho e assim -anj"shri Washas coneri" I pop"laç#o o empoderamento de KalacharaA !or ter"nido os povos n"ma 0nica castavajra o rei torno"se o !rimeiro alki de 'ham(hala o !rimeiro5!ossessor da Casta7A

A ;"estão da Conversão

Este primeiro empoderamento em massa oi "m exemplo de convers#o orçada ao ("dismo dos (râmanes e da pop"laç#o inteira de 'ham(halaZ 9s empoderamentos maciços de Kalachara "e sese+"iram e "e contin"am hoje s#o tam(2m exemplos de conversJes secretasZ <s açJes do!rimeiro Kali s#o consistentes com a a"toridade das escrit"ras e com o precedente hist.ricoZ)eixemnos analisar criticamente o relato text"al do evento tentando evitar os extremos deesconder a evidHncia a im de o ("dismo parecer inocente e a+radLvel o" de a exa+erar a im de o

 ("dismo parecer evan+elista e intoleranteA

Conversão pela 9Fica

6"da ensino"nos a n#o aceitar os se"s ensinamentos simplesmente por 2 o" por respeito a ele masa examinLlos de "m modo crítico como se estiv2ssemos a comprar o"roA <ssim nas +randesinstit"içJes monLsticas indianas do primeiro mil2nio dACA mon+es ("distas deendendo vLriossistemas de asserçJes ilos.icas de(atiam "ns com os o"tros e com er"ditos de centros de est"dosn#o("distasA 9s vencidos eram o(ri+ados a aceitar os sistemas de asserçJes ilos.icas dosvencedores e assim de ato a 5converteremse7 aos sistemas c"ja l.+ica osse mais consistenteA<inal eles tinham 5examinado os ensinamentos de "m modo crítico como se estivessem a compraro"ro7A

'e as s"as conversJes oram vol"ntLrias o" orçadas 2 "m ponto disc"tívelA ] s"posto "e a"eles"e aceitam a l.+ica ir#o adotar a perspectiva lo+icamente mais consistente e "e n#o ir#o a+irirracionalmente insistindo n"ma posiç#o vencida devido ao ape+o a elaA Cont"do n#o devemos ser

in+2n"osA Nem todas as pessoas altamente ed"cadas s#o consistentemente racionais no se"comportamentoA <l2m disso reis locais re"entemente lideravam tais de(ates e davam apoio aosvencedores e Is s"as instit"içJesA <ssim consideraçJes so(re o s"porte inanceiro tam(2m podemter inl"enciado "ma m"dança de reli+i#o o" ilosoiaA

E tam(2m na hist.ria ti(etana o rei Tri 'on+detsen 4 &ri Srong(lde(btsan8 no inal do s2c"lo 3%%%dACA escolhe" o ("dismo indiano em ve* da orma chinesa depois do primeiro ter derrotado o0ltimo no amoso de(ate de 'amyey 4bSam(yas8A Certamente "e consideraçJes políticas tam(2minl"enciaram a decis#o do reiA ;ma acç#o xen.o(a tinha assassinado o se" pai por ca"sa da s"ali+aç#o che+ada I China devido I s"a rainha chinesa e "ma acç#o pr.chinesa estar a tornarseo"tra ve* poderosa na corteA 9 rei e o se" conselho reli+ioso "eriam evitar "ma repetiç#o dos

acontecimentos violentos do passadoA

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Conversão Atravs de Competiç.es de Poderes Psí/"icos

<s competiçJes de poderes psí"icos e extraísicos tanto na %ndia como no Ti(ete aca(avami+"almente em convers#oA <ssim como cortar o" derreter o o"ro atesta i+"almente a s"aa"tenticidade derrotar "m oponente atrav2s de l.+ica o" poderes psí"icos i+"almente demonstra averdade s"perior de "m ensinamentoA <ssim a ra*#o mais pla"sível para a adoç#o da tradiç#o'aya do ("dismo ti(etano por Kh"(ilai 4K"(lai8 Khan o re+ente mon+ol do s2c"lo Y%%% dACA n#o2 por ca"sa da l.+ica s"perior das s"as perspectivas ilos.icasA 9 se" avU en+is Khan tinhachamado os cl2ri+os chineses ("distas taoistas e crist#os nestorianos aos se"s acampamentosmilitares para exec"tarem rit"ais para s"a lon+a vida e vit.riaA N#o o(stante en+is Khan oi mortoem (atalha com(atendo os Tan+"tes "m povo "e vivia na re+i#o entre a -on+.lia e o Ti(ete e "esem d0vida rece(e" o se" poder s"perior atrav2s da s"a 2 em -ahaala o protetor do ("dismoti(etanoA Em termos (í(licos seria explicar o s"cesso militar dos vencedores por terem tido )e"sdo se" ladoA !oliticamente os 'ayapas eram a seita ti(etana mais convenientemente apta paraconerir a Kh"(ilai Khan a arma secreta do poder de -ahaalaA

!recisamos de compreender a ima+em da convers#o reli+iosa retratada na literat"ra Kalacharadentro do contexto destas competiçJes tradicionais de l.+ica e de poderes psí"icosA Em países

inl"enciados pela civili*aç#o indiana as reli+iJes precisavam de provar "e tinham a verdade maiselevada vencendo competiçJes n"m o" em am(os os camposA N#o poderiam simplesmente airmara s"a s"premacia como do+ma e orçarem os o"tros a aceitLla atrav2s da tort"ra o" da espadaA

Conversão IPara o em dos '"trosJ

Em(ora com (ase nos poderes extraísicos e linhas de raciocínio do Kali os (râmanes de'ham(hala tivessem icado convencidos a rece(er o empoderamento em(ora de ato nenh"macompetiç#o tivesse sido or+anisada se concordaram vol"ntariamente o" se oram orçados ainda 2"m ponto disc"tívelA <inal n#o se re"niram para rece(er o empoderamento por s"a pr.priainiciativa mas oram chamados pelo rei e orçados a o"vir os se"s ar+"mentos 5para o se" pr.prio

 (em7A Todas as conversJes orçadas no entanto s#o s"postamente para o (em do pr.priocandidatoA E explanaçJes tais como as do 'e+"ndo Kali no se" comentLrio ao tra(alho de se" pai5Kali vi" "e os (râmanes estavam mad"ros para ormar "ma casta7 podem ser "sadas por líderesde "al"er reli+i#o o" sistema politicoeconUmico para j"stiicar a convers#o pela orçaA

Kaydr"(jey 4m&as(grub r-e8 o er"dito el"+ ti(etano do s2c"lo Y3 dACA explica cont"do no se"comentLrio ao Kalachara "e -anj"shri Washas n#o estava orçando as castas hind"s aa(andonarem os se"s cost"mes reli+iosos e sociais e a converteremse ao ("dismoA Nin+"2m tem odireito de a*er isso a nenh"m +r"poA < intenç#o do !rimeiro Kali era a de "e as pessoasexaminassem o se" pr.prio comportamento para verem se estava de acordo com os ensinamentos

 p"ros dos 0edasA 'en#o precisavam de corri+iloA !ara se enrentar "al"er ameaça I sociedade os

se+"idores de todas as reli+iJes precisam de se "nirem em espírito e aderirem Is (oas intençJes decada "m dos se"s credosA

9 comentLrio de Kaydr"(jey implica ent#o "e estar mad"ro para ormar "ma casta n#o 2e"ivalente a estar mad"ro para a convers#o ao ("dismoA ,ormar "ma casta seria para o (em do

 pr.prio povo de 'ham(hala n"m sentido sociopolítico e n#o especiicamente n"m sentidoespirit"alA 9 !rimeiro Kali estava pressionando pela harmonia reli+iosa e prop.sito de "nidade en#o "niormidade reli+iosa como meio de prevenir ameaças I sociedadeA

!or2m os (râmanes "e rece(eram o empoderamento constit"íam a maioria da a"diHncia a "em-anj"shri Washas de" os ensinamentos de KalacharaA <ssim em(ora seja desnecessLrio e at2impr.prio "e todos se convertam ao ("dismo apesar disso al+"ns se+"idores de o"tras reli+iJes

tam(2m poderiam estar 5mad"ros7 para issoA %sso ainda 2 convers#o mas n"ma ormainteli+entemente racionali*adaZ <inal -anj"shri Washas ass"mi" o tít"lo de alki o nome dod2cimo e 0ltimo avatar  4encarnaç#o8 de 3ishn" o de"s hind"A !oderíamos acilmente interpretar

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 pretendemos compassivamente levar os o"tros I li(eraç#o e I il"minaç#oA <inal com compaix#o poderiamos i+"almente desejar cond"*ir os o"tros I salvaç#o do c2" o" a "m paraíso econUmico e políticoA !ara evitar a armadilha da arro+ância e do cha"vinismo do"trinal precisamos de respeitarcom sinceridade os o"tros sistemas de crenças e os "e os se+"emA

Conversão sem Total )eeição das Nossas Perspectivas Anteriores

<ssim a aceitaç#o do ("dismo n#o envolve a rejeiç#o total de todas as nossas anteriores perspectivasA N#o 2 a ren0ncia ormal da nossa reli+i#o anterior como se nos convertHssemos a "ma2 (í(licaA !odemos contin"ar a tomar re0+io provis.rio no de"s o" nos de"ses de o"tra reli+i#oQcont"do n#o como a 0ltima direç#o se+"raA 9 "e precisamos de rejeitar por completo s#o asnossas 5distorcidas perspectivas7 anterioresA Estas s#o deinidas n#o s. como perspectivas "edierem das intençJes mais pro"ndas de 6"da mas tam(2m como perspectivas "e s#o contrLrias aelasA 'e s"perarmos o anta+onismo a+ressivo em relaç#o ao ("dismo e 2 ra*oLvel acrescentar oanta+onismo a+ressivo em relaç#o a todas as o"tras reli+iJes e sistemas em +eral al+"mas dasnossas perspectivas anteriores podem "ncionar como passosA 9 ("dismo ti(etano "sa o mesmom2todo passoapasso para cond"*ir os se"s se+"idores ao lon+o de "m caminho de sistemas de

asserçJes ilos.icas ("distas pro+ressivamente mais soisticados de 3ai(hashia a -adhyamaaA9 m2todo de -anj"shri Washas de ensinar os (râmanes revela a metodolo+iaA Em(ora m"itasasserçJes da reli+i#o dos (râmanes possam servir como "m de+ra" ao ("dismo nem todas asasserçJes "e o açam tHm "m estat"to i+"alA <ssim como no caso dos sistemas de asserçJesilos.icas ("distas al+"mas das asserçJes dos (râmanes podem ser aceites literalmente comovLlidas no caminho ("dista tal como determinadas características da astrolo+iaA 9"tras precisam deser rejeitadas como alsas a "m nível literal apesar de terem níveis de si+niicado vLlidos mais

 pro"ndosA <l2m disso dentro da 0ltima cate+oria -anj"shri Washas e* distinç#o entre a"elas "etam(2m tHm si+niicados mais pro"ndos dentro do contexto v2dico e o"tras "e carecem de taissi+niicados e s#o simplesmente alsasA

!or exemplo -ipam 4 u Mi('&am8 o comentador Nyin+ma de Kalachara do s2c"lo Y%Y dACAexplica "e o pro"ndo si+niicado oc"lto do sacriício do to"ro ensinado no *a-ur 0eda% era .(vio

 para os io+"es v2dicos em 2pocas precedentesA !or2m devido I de+eneraç#o dos tempos oconhecimento do yo+a interno "e isso sim(oli*a oi perdidoA !or conse+"inte -anj"shri Washasensino"o aos con"sos (râmanes a im de lhes aj"dar a reali*ar a sa(edoria "e havia sido perdidadentro da s"a pr.pria tradiç#oA <"eles "e interpretam literalmente o sacriício do to"ro e "erealmente matam os animais n#o podem de maneira nenh"ma alcançar o Hxtase da li(eraç#o comesses se"s atosA %r#o apenas cair em piores estados de renascimentoA

<"i -anj"shri Washas n#o estava "erendo di*er "e os io+"es v2dicos do passado compreendiamas prLticas do yo+a interno do tantra ("dista como o si+niicado oc"lto do sacriício do to"ro

ensinado no *a-ur 0edaA Eles compreendiam as prLticas do yo+a interno do tantra hind"A <inal ostantras hind"s e ("distas compartilham m"itas características tal como a asserç#o de sistemas deener+ia s"tis com charas canais e ventosener+iaA <"i o ponto principal 2 "e at2 os (râmanes"e n#o estejam mad"ros para os ensinamentos ("distas devem deixar de sacriicar to"rosA -esmodentro do contexto da tradiç#o v2dica a intenç#o n"nca oi a de "e a inj"nç#o v2dica a respeitodesta prLtica osse interpretada literalmenteA

!or o"tro lado -anj"shri Washas chamo" a atenç#o para o"tras características das asserçJes dos (râmanes "e eram completamente alsas a "m nível literal tais como as mediçJes do tamanho doscontinentesA Ele pormenori*o" o tamanho de acordo com o sistema Kalachara a im de aj"dar os

 (râmanes a s"perar o se" or+"lhoso ape+o Is s"as pr.prias asserçJesA 6"ton 4 1u(ston8 ocomentador 'aya de Kalachara do s2c"lo Y%%% dACA explica "e a intenç#o de -anj"shri Washasn#o era cont"do re"tar todos os sistemas de mediç#o exceto os de Kalachara como por exemploa"ele "e 6"da ensino" na literat"ra ab&id&armaA Teve "ma motivaç#o especíica a de (eneiciaros (râmanesA

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Kaydr"(jey acrescenta "e nem as mediçJes ensinadas pelo !rimeiro Kali nem as "e seencontram nos 3edas correspondem I realidadeA N#o o(stante existe entre elas "ma +randedierençaA <s mediçJes de Kalachara s#o con+r"entes com as do corpo h"mano e as do mandala deKalacharaA <ssim apesar da s"a alsidade a intenç#o de -anj"shri Washas ao ensinLlas era a decond"*ir os (râmanes para o caminho Kalachara I il"minaç#oA $elativamente Is mediçJes dotamanho dos continentes o sistema v2dico n#o tem nada de semelhanteA N#o o(stante o !rimeiro

Kali "so" "ma descriç#o do m"ndo "e compartilhava m"itas características com a v2dica taiscomo an2is de continentes cadeias de montanhas e oceanos em torno de "m circ"lar -onte -er"A%sto oi "m meio hL(il "e permiti" "e os (râmanes se relacionassem com a s"a descriç#o e aapro"ndassemA

2alac7a3ra e a ;"estão da %"a Assimilação !nconsciente

-erece atenç#o o ato de -anj"shri Washas n#o ter aca"telado os ("distas contra a assimilaç#oinconsciente do islamismo como e* com os hind"sA Com eeito a literat"ra Kalachara n#ocont2m nenh"ma menç#o de se+"idores do islamismo tentando explicitamente converter o"tros

 paciicamente o" I orça I s"a reli+i#oA -esmo "ando -anj"shri Washas predisse "e "m re+ente

n#oíndico da %ndia iria ameaçar no ano >G>G dACA "ma invas#o a 'ham(hala e "e o > Kaliiria derrotar essas orças na %ndia ele reeriase a "ma ameaça de invas#o militar e n#oespeciicamente a "ma con"ista reli+iosaA 9 !rimeiro Kali diri+i" o se" aviso apenas aos

 (râmanes em termos da s"a assimilaç#o na"ela alt"ra ao islamismoA

Talve* o Kali n#o tivesse sentido necessidade de aca"telar os ("distas por"e estava coniante daorça do 6"dismo e n#o previa a s"a assimilaç#oA %sso si+niicaria no entanto "e o Kali erain+Hn"o e "e a s"a percepç#o extrasensorial do "t"ro continha "ma alha "e 2 para os ("distas"ma concl"s#o incUmoda de se extrairA Talve* na"ele tempo "ando os ensinamentos deKalachara emer+iram na %ndia a assimilaç#o do ("dismo ao islamismo n#o tivesse ainda ocorridon"m +ra" si+niicativoA Cont"do a evidHncia hist.rica indica "e pelos inais do s2c"lo Y dACA

m"itos lati"ndiLrios comerciantes e ed"cadas pessoas "r(anas n#o somente hind"s como tam(2m ("distas partic"larmente da Xsia Central do Norte do <e+anist#o e do '"l do !a"ist#o jLestavam se convertendo por vLrias ra*Jes incl"indo proveitos econUmicosA 9s re+entes islâmicosn#o os estavam orçando I convers#o so( pena de morte se rec"sassemA !odiam manter as s"asreli+iJes desde "e pa+assem "m impostoA

<lternativamente -anj"shri Washas talve* tivesse acreditado "e se as pessoas de todas as reli+iJesse "nissem no mandala de Kalachara e as "e estivessem 5mad"ras7 se convertessem ao ("dismoisso seria melhor para a sol"ç#o dos pro(lemas nos tempos diíceisA ;ma pop"laç#o ameaçada pelainvas#o e con"ista militar s. pode s"perar o peri+o se apresentar "ma rente "nidaA 9s ("distasiriam nat"ralmente ao empoderamento de KalacharaA !or conse+"inte o !rimeiro Kali s.

 precisava de se diri+ir aos n#o("distas de 'ham(halaA Esse parece ter sido o motivo principal paraconvers#o ao ("dismo 5da"eles "e estavam mad"ros7A

 No entanto 2 c"rioso "e "ma das tLticas "e o !rimeiro Kali "so" para "nir os hind"s e os ("distas tivesse sido "ma tLtica "e mais tarde os m"ç"lmanos xiitas ismaelitas viriam a "sar paraassimilar os hind"s como "m passo em direç#o I s"a "t"ra convers#oA No texto asavatara dos2c"lo Y%%% dACA !ir 'hamsal)in identiico" o d2cimo e "ltimo avatar de 3ishn" Kali como o

 primeiro im# <liA 9s im#s ismaelitas eram os s"cessores de <li e ao aceitarem <li como Kali oshind"s estariam tam(2m aceitando a le+itimidade dos se"s s"cessores ismaelitasA )e i+"al modo-anj"shri Washas nomeo"se a si pr.prio alki tam(2m para o(ter a aceitaç#o dos hind"sA

Acomodação do !slamismo no "dismo

-anj"shri Washas at2 explico" como o m2todo +radativo tam(2m poderia levar se+"idores dareli+i#o n#oíndica ao ("dismoA <parentemente insensível I orte proi(iç#o islâmica na ren0ncia do

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islamismo e na convers#o a "ma dierente 2 a s"a prioridade parece ter sido a "ni#o dos povos detodas as 2s n#o s. hind"s e ("distasA <inal tam(2m devem ter havido m"ç"lmanos em'ham(hala enrentando a mesma ameaça de invas#o e con"ista militar como todos os o"trosA

 Na"ele tempo era este certamente o caso do <e+anist#o 9riental e de 9ddiyana 4Noroeste do!a"ist#o8 o local de onde mais provavelmente derivo" o conhecimento do islamismoA

9 !rimeiro Kali descreve" "e a reli+i#o n#oíndica declarava "e a mat2ria externa consistia deLtomos "e "ma alma permanente tomava temporariamente renascimento e "e o o(jetivo maiselevado era atin+ir a elicidade de "m renascimento no c2"A 'a(endo da inclinaç#o de pessoas comessas crenças ele explico" "e 6"da ensino" de acordo com o "e poderiam aceitarA Emdeterminados s"tras 6"da ensino" "e o corpo de "m (odhisattva "ase a atin+ir a ("deidade 2eito de LtomosA Em o"tros explico" "e existe "ma contin"idade do 5e"7 "e carre+a aresponsa(ilidade por experienciar os res"ltados do se" comportamento 4karma8 mas sem alar do5e"7 tanto como permanente como impermanenteA 6"da tam(2m ensino" o o(jetivo provis.rio dese conse+"ir "m melhor renascimento n"m reino celestial de de"sA <s asserçJes da reli+i#o n#oíndica podem "ncionar como passos em direç#o a aceitaç#o destes s"tras e mais tarde deexplanaçJes ("distas cada ve* mais soisticadasA

Acomodação do "dismo no !slamismo

Tal como -anj"shri Washas e* com o islamismo a"tores m"ç"lmanos desse período tam(2mexplicaram o ("dismo I (ase de termos "e p"dessem ser compreendidos pelos se+"idores da s"areli+i#oA !or exemplo no começo do s2c"lo 3%%% dACA alKermani escreve" "ma narrativa detalhadado -osteiro Nava 3ihara em 6alh no Norte do <e+anist#oA Nela descreve" os ("distas a*endocirc"mam("laçJes e prostraçJes a "m c"(o de pedra co(erto com "m pano como os m"ç"lmanosa*em ao Kaa(a em -ecaA 9 c"(o reeriase I plataorma no centro do templo principal so( "maest"paA Cont"do os m"ç"lmanos n#o descreveram estas similaridades para "sLlas como "mamano(ra para levar os ("distas ao caminho do islamismoA )eram aos ("distas "ma escolha simples:

de manter a s"a reli+i#o e pa+ar "m imposto extra o" de aceitar a verdade do islamismo e estaremisentos dessa imposiç#oA -esmo "ando os con"istadores m"ç"lmanos destr"íam os mosteiros ("distas como parte da s"a tLtica de invas#o para desmoralisar "ma pop"laç#o em rendiç#o eles permitiam +eralmente a s"a reconstr"ç#o de modo a poderem exi+ir "ma taxa de pere+rinaç#oA

Concl"são3Lrias per+"ntas importantes permanecemA 9 retrato "e Kalachara traça da convers#o ao

 ("dismo no reino mítico de 'ham(hala 2 "ma mera descriç#o do "e possa ter sido (en2ico enecessLrio no <e+anist#o e no s"(continente indiano do s2c"lo %Y ao s2c"lo Y% dACA o" 2 "mconselho vLlido indeinidamenteZ )ado "e a sa(edoria "niversal nos mem(ros de todas as

reli+iJes reairma os valores espirit"ais dos se"s credos a im de prevenir ameaças Is s"associedades a deesa ideal seria convencer tantas pessoas "anto possível a praticar o ("dismoZ'eria diícil deender esta posiç#o "er em reerHncia apenas ao período hist.rico acimamencionado "er como conselho +eral sem ser cha"vinistaA < concl"s#o imparcial ent#o 2 admitir"e o tom da lenda de 'ham(hala 2 certamente cha"vinista em(ora compreensível dadas ascirc"nstâncias da 2pocaA Cont"do n#o si+niica "e os proessores ("distas de hoje em dianecessitem ser cha"vinistas ao apresentarem o ("dismo a a"diHncias n#o("distasA

<o apresentar o ("dismo a a"diHncias n#o("distas '"a 'antidade o Y%3 )alai Mama enati*asempre "e n#o estL tentando o(ter conversosA N#o estL desaiando nin+"2m a "ma competiç#o dede(ate com o vencido s"jeito a adotar as asserçJes do vencedorA Ele explica "e estL simplesmente

tentando ed"car os o"tros so(re o ("dismoA < pa* entre sociedades dierentes vem da compreens#odos sistemas de crenças "ns dos o"trosA Ed"car os o"tros 2 al+o extremamente dierente de ostentar converterA 'e os o"tros encontrarem al+o de valor no ("dismo s#o livres de o adotar sem

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nenh"ma necessidade de se tornarem ("distasA !ara a"eles "e est#o ortemente interessados podem contin"ar a apro"ndar os se"s est"dos e at2 se podem tornar ("distas mas s. depois de "mlon+o período de relex#o pro"ndaA Cont"do para a maioria '"a 'antidade aca"tela ortementecontra m"danças de reli+i#oA

 Na airmaç#o de ter a verdade mais pro"nda o ("dismo n#o 2 dierente das o"tras reli+iJes o"sistemas ilos.icosA N#o o(stante a asserç#o dos ("distas n#o 2 "ma reivindicaç#o excl"sivista I5verdade 0nica7A 9 ("dismo tam(2m aceita verdades relativas coisas "e s#o verdadesrelativamente a determinados +r"pos o" a determinadas circ"nstânciasA )esde "e as nossas

 perspectivas n#o sejam a+ressivamente anta+.nicas as nossas relativamente verdadeiras crenças podem "ncionar como passos em direç#o I verdade mais pro"nda tal como o ("dismo a deineA!odem tam(2m "ncionar como passos em direç#o I verdade mais pro"nda "e o"tras reli+iJesensinamA )esde "e a asserç#o da verdade mais pro"nda dos ("distas n#o seja cha"vinista e n#orepresente alsamente "ma política missionLria pode (eneiciar a"eles para "em se ade"aA

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Apresentação 2alac7a3ra dos Pro(etas dos!nvasores Não-!ndicos <%"mário=

<lexander 6er*in'etem(ro de >??> revisado em )e*em(ro de >??D

As ;"est.es

! +antra de alac&akra Abreviado alerta contra "ma "t"ra invas#o por "m povo n#oíndico "ese+"irL a linha dos proetas: <d#o No2 <(ra#o -ois2s Ves"s -ani 4o "ndador do mani"eísmo"ma reli+i#o principalmente iraniana8 -aom2 e -ahdi 4o messias islâmico8A !ara ir de encontro Iameaça o rei de 'ham(hala "ni" os hind"s e os ("distas n"ma casta com a iniciaç#o de KalacharaAComo "ma sociedade "nida o povo de 'ham(hala poderia ent#o no "t"ro se+"ir "m reimessias

 ("dista derrotar as orças invasoras e esta(elecer "ma nova idade do"radaA

Este arti+o analisa:

a identidade dos invasores n#oíndicosQ

as proecias de "m messias e de "m apocalipse no isl#o no hind"ismo e no ("dismoQ

o contexto c"lt"ral da descriç#o dos proetas n#oíndicosQ o contexto hist.rico da resposta ("dista I ameaçada invas#oQ

a prLtica tântrica ("dista "e a invas#o e a (atalha representamA

;"est.es Essenciais;m dos temas principais nos ensinamentos de Kalachara 2 o paralelo entre o m"ndo ísico ocorpo h"mano e a prLtica tântrica ("distaA )e i+"al modo os invasores de "e Kalachara nosalerta e "e ser#o derrotados pelas orças de 'ham(hala tHm níveis de si+niicado hist.ricosisiol.+icos e meditativosA <"i iremos nos concentrar no primeiro e no 0ltimo dos trHsA

Externamente os invasores de express#o n#oíndica reeremse aos se+"idores das ormasmessiânicas do isl#o dos inais do s2c"lo Y dACA especiicamente xiitas ismaelitas P "e ir#o

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airmar ter o messias -ahdi como se" líder político e espirit"alA -ahdi irL "nir e +overnar o m"ndoislâmico resta"rar a p"re*a islâmica e converter o m"ndo inteiro ao isl#o antes da vinda de )ajjal 4avers#o m"ç"lmana do <nticristo8 da 'e+"nda 3inda de Cristo 4"e 2 "m proeta m"ç"lmano8 doapocalipse e do im do m"ndoA

 No inal do s2c"lo Y os Lra(es s"nitas da so(erania a(Lssida de 6a+dL e se"s vassalos temiam serinvadidos pelos imp2rios islâmicos com tais am(içJesA Especiicamente temiam "ma invas#o dosse"s principais rivais o %mp2rio ,atímida %smaelita do E+ipto e se"s vassalos de -"ltan 4Norte do'indh !a"ist#o8A Tal medo era o clima predominante da 2poca devido I crença di"ndida ese+"ndo a "al o m"ndo iria aca(ar "inhentos anos ap.s -aom2 no começo do s2c"lo Y%% dACA

<ssim a ima+em "e a literat"ra Kalachara dL dos invasores n#oíndicos deriva m"ito provavelmente da experiHncia dos ("distas do <e+anist#o 9riental e 9ddiyana 4'@at 3alley Noroeste do !a"ist#o8 d"rante o inal do s2c"lo YA 3ivendo so( o re+ime shahi hind" eestendendose entre -"ltan e 6a+dL esses ("distas teriam partilhado o medo dessa invas#o com osse"s vi*inhos m"ç"lmanosA Esse medo terseia tornado ainda mais intenso "ando no ano [FDdACA o <e+anist#o 9riental cai" so( o re+ime dos +ha*nLvidas s"nitas aliados dos a(LssidasA

Em(ora a ima+em das crenças dos invasores apontem para os ismaelitas m"ltaneses desse períodoa incl"s#o de -ani como "m dos proetas n#oíndicos talve* mostre "ma con"sa mist"ra doxiismo ismaelita com o xiismo mani"eístaA Este 0ltimo era "ma orma her2tica do %sl#o "e ostrad"tores ("distas ae+#os e indianos teriam encontrado en"anto tra(alhavam para os a(Lssidass"nitas em 6a+dL no inal do s2c"lo 3%%% dACA

)e acordo com o verso de Kalachara os invasores ser#o da casta asura o "e si+niica "e elesser#o se+"idores de de"ses invejosos "e ir#o rivali*ar e ameaçar os de"ses dos (râmanes de'ham(halaA )epois de con"istarem a re+i#o da %ndia I volta de )eli este +r"po n#oíndico serL oinvasor de 'ham(halaA Este aspecto da proecia de Kalachara talve* revele "m extrato da posteriornarrativa text"al em "e a experiHncia da r"strada invas#o de Caxemira em 1?1 o" 1?>1 dAC

 pelos +ha*nLvidas oi mesclada com "ma vers#o anteriorA

Em(ora 9ddiyana osse "m dos centros principais do tantra ("dista Caxemira era a residHncia dotantra s&aivite ("dista e hind"A <s d"as ormas de tantra competiam "ma com a o"traA <ssim paratornar mais compreensível I a"diHncia hind" o peri+o de "ma invas#o Kalachara servi"se daanLlise hind" do m"ndo material se+"ndo a "al consiste de trHs constit"intes o" características demat2ria primordial  sattva 4orça mental8 ra-as 4elemento da paix#o8 e tamas 4esc"rid#o8A 9ssL(ios a"tores dos 0edas tHm a característica constit"inte de sattva en"anto "e os avatars 4encarnaçJes8 de 3ishn" tHm a característica dos rajasA 9s proetas dos invasores n#oíndicos tHm acaracterística constit"inte primordial de tamas si+niicando "e ser#o destr"tivos relativamente Ic"lt"ra indianaA

!ara enrentar a ameaça as diversas castas de 'ham(hala precisam deixar de evitar o contato social

"mas com as o"trasA Necessitam de ormar "ma harmoniosa rente "nida transormandose n"macasta vajra no mandala de KalacharaA '. "ando todos os mem(ros da sociedade cooperarem "nscom os o"tros 2 "e Kali o messias paníndico conse+"irL travar "ma invas#o cond"*ida por-ahdi o ameaçador messias n#oíndicoA

%sto n#o oi "ma chamada para convers#o massiva ao ("dismoA Na chamada para a "nidade deKalachara o ("dismo estava simplesmente respondendo I esta(elecida política hind" em"ç"lmana de incl"ir se+"idores de o"tras reli+iJes so( a s"a proteç#oA 9s hind"s jL tinhamreconhecido 6"da como o nono avatar de 3ishn" tornando deste modo todos os ("distas em (onshind"sA Kalachara por s"a ve* identiicava a+ora os primeiros oito avatares como emanaçJes de6"da tornando deste modo todos os hind"s em (ons ("distasA

Tanto os hind"s como os ("distas reconheceram Kali como o proeti*ado messias para derrotar "m+r"po de invasores n#oíndicos e para marcar o início de "ma nova idade do"radaAConse"entemente o rei ("dista de 'ham(hala ar+"mento" "e os hind"s tam(2m se podiam j"ntar

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aos ("distas aceitando o se" s"cessor vinte e cinco +eraçJes no "t"ro como o Kali proeti*adonas s"as pr.prias escrit"ras "e nascerL em 'ham(hala como o d2cimo e "ltimo avatar de 3ishn"A

9s m"ç"lmanos ortodoxos "e tam(2m temiam "ma invas#o pelo ex2rcito de "m 5messiasen+anador7 "e iria airmar ser -ahdi o verdadeiro messias tam(2m seriam (emvindos I aliançada rente "nida de ("distas e hind"sA < lei m"ç"lmana na"ele tempo aceitava ("distas e hind"scomo 5povos do livro7 e assim incl"ía so( s"a lei se+"idores das d"as reli+iJes "e viviam entreelesA 'imilarmente o ("dismo poderia incl"ir m"ç"lmanos na s"a vis#o de "nidade dado "e osse"s ensinamentos incl"íam temas em com"m aceites por am(osA

 No nível alternativo da prLtica tântrica ("dista os invasores representam as orças do n#oaperce(imento 4i+norância8 das emoçJes pert"r(adoras do comportamento destr"tivo e das orçascLrmicas ne+ativas "e daí advHmA <s castas em conlito necessitando de se "nirem em "ma castavajra representam os ventosener+ia em conlito do corpo s"til necessitando de se dissolverem aonível de ener+ia e mente de 5l"* clara7 mais s"tilA <s orças de 'ham(hala representam a res"ltante

 (emavent"rada compreens#o da verdadeira nat"re*a da realidade 4vac"idade8 com a mente de l"*clara "e tem ent#o o poder de s"perar a i+norância "e ameaça tra*er o sorimento a todosA

Concl"são9 ("dismo como retratado na literat"ra Kalachara n#o era antihind" antim"ç"lmano o" anticrist#oA Estava simplesmente respondendo ao espírito da 2poca no -2dio 9riente e partes do s"l daXsia no inal do s2c"lo Y dACA ,ace ao medo +enerali*ado de "ma invas#o de "ma (atalhaapocalíptica e do im do m"ndo e da preoc"paç#o pop"lar com a vinda de "m messias Kalacharaapresento" a s"a pr.pria vers#o da proeciaA !ara enrentar a ameaça recomendo" "ma política jLse+"ida pelo hind"ismo e pelos so(eranos m"ç"lmanos a(LssidasA < política era mostrar "e o

 ("dismo tam(2m tinha as portas do"trinais a(ertas para incl"ir o"tras reli+iJes dentro da s"a eseraA< harmonia reli+iosa entre o povo 2 a (ase essencial "e "ma sociedade m"ltic"lt"ral necessita aim de enrentar "ma ameaça de invas#oA V"ntar o"tros n"ma mandala de Kalachara sim(oli*a estecompromisso de cooperaç#oA

< orma como Kalachara apresenta os proetas n#oíndicos e as proecias de "ma "t"ra +"erracontra se"s se+"idores deve ser compreendida neste contexto hist.rico e c"lt"ralA <pesar da políticarecomendada nem os líderes ("distas nem os mestres da"ele tempo lançaram realmente "macampanha para atrair hind"s e m"ç"lmanos para o se" re(anhoA Nin+"2m or+ani*o" nenh"mainiciaç#o a Kalachara com tal o(jetivo em menteA N#o o(stante certos +r"pos hind"s em"ç"lmanos criaram ressentimentos I chamada de Kalachara para a "ni#o e identiicaram o "t"rorei ("dista de 'ham(hala como o also messias proeti*ado nos se"s pr.prios textosA

"ando vLrias reli+iJes partilham "ma crença n"m verdadeiro messias vencendo "m also messias

n"ma (atalha apocalíptica e os mem(ros dessas reli+iJes vivem pr.ximos "ns dos o"tros dois possíveis res"ltados podem s"r+irA 3Lrias dessas reli+iJes podem tentar "nirse para enrentar "malso messias em com"m declarando "e partilham o mesmo verdadeiro messiasA <lternativamente

 podem identiicar o verdadeiro messias dos o"tros como o se" pr.prio also messias proeti*adoA <hist.ria mostra "e as d"as políticas podem cond"*ir I s"speita e ao conlitoA

$es"mindo a principal inalidade dos ensinamentos de Kalachara so(re a hist.ria era a dedescrever os "t"ros eventos de "ma orma em paralelo aos estL+ios avançados da prLtica demeditaç#o KalacharaA Eles n#o reletem nem moldam a at"al vis#o ("dista da presente sit"aç#om"ndialA 9 +antra de alac&akra Abreviado airma claramente: 5a (atalha com o senhor dosinvasores n#oíndicos estL se+"ramente dentro do corpo dos seres RreSencarnadosA !or o"tro lado o4nível de (atalha8 exterior 2 de ato "ma orma il"s.riaA 4<ssim8 a (atalha com os invasores n#o

índicos no caso de -eca n#o 2 4realmente8 "ma (atalha7A

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' ?so da 9enda de %7am&7ala para oControle da MonFlia

<(ril >??O<lexander 6er*in

Esta 2 a vers#o para impress#o de: http://@@@A6er*in<rchivesAcom/@e(/pt/archives/advanced/alachara/sham(hala/exploitationBsham(alaBle+endBmon+oliaAhtml

Conteúdo da Páina para !mpressão < )ivis#o da -on+.lia por Con"istadores Estran+eiros 9 Começo da $ivalidade 'ino$"ssoVaponesa no Nordeste da Xsia 9 Começo da <mi*ade -on+olVaponesa 9 Esta(elecimento do Com"nismo na -on+.lia

< "erra de 'ham(hala Esorços Vaponeses para anhar o ,avor da -on+.lia

A #ivisão da MonFlia por Con/"istadores Estraneiros9s manch"s os chineses os r"ssos e os japoneses tHm desde hL m"ito competido para o controlo donordeste da Xsia partic"larmente das re+iJes mon+.isA )esde os dias de en+is Khan e do imp2riomon+ol dos s2c"los Y%%% e Y%3 todos os poderes re+ionais vi*inhos viram os mon+.is como "maorça militar possivelmente peri+osaA !recisava de ser ne"trali*ada atrav2s do impedimento da"niicaç#o mon+ol o" de ser aproveitada atrav2s da promoç#o dessa "niicaç#oA

9s manch"s criaram em 1DOD a divis#o da -on+.lia em d"as partes Exterior e %nterior "andocapt"raram a -on+.lia %nterior e "saramna como (ase para a s"a con"ista da China e para oesta(elecimento da )inastia in+ 41DGG1[118A )epois de em 1D[1 terem o(tido o controlo da-on+.lia Exterior os manch"s mantiveram a divis#o artiicial de Exterior e %nterior paraimpedirem os mon+.is de se "nirem contra elesA Em 1F>[ a $0ssia con"isto" e anexo" 6"riLtia are+i#o mon+ol ao norte da -on+.lia Exterior perto do la+o 6aial enra"ecendo ainda mais a"niicaç#o mon+olA

' Começo da )ivalidade %ino-)"sso-Laponesa no Nordeste dasia

Com o declínio pro+ressivo da )inastia in+ na se+"nda metade do s2c"lo Y%Y vLrios poderes proc"raram aproveitarse e expandir os se"s imp2rios políticos e comerciaisA Eles incl"íam n#o s.naçJes e"ropeias tais como a râ6retanha ,rança <lemanha e !ort"+al mas tam(2m poderesasiLticosA )eixemnos analisar a l"ta entre a $0ssia e o Vap#o so(re a -anch0ria a vi*inha da-on+.lia para o lesteA < -anch0ria oc"pava "ma posiç#o estrat2+ica n#o s. devido aos se"s portoslivres de +elo na s"a costa meridional ao lon+o do +olo de 6ohai mas tam(2m por"e servia aosimperadores in+ como "ma (ase para controlar a -on+.liaA

R3er -apaAS

9s japoneses +anharam a peníns"la Miaodon+ da -anch0ria meridional com !orto <rt"r 4)alian

)arien8 na s"a extremidade atrav2s da s"a vit.ria na "erra 'inoVaponesa de 1[G1[A Em1[D o c*ar Nicola" %% orjo" "ma aliança com a China contra o Vap#o e +anho" o direito de prolon+ar a ,errovia Transi(eriana atrav2s do norte da -anch0ria para a*er a li+aç#o com o porto

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r"sso de 3ladivosto no oceano pacíicoA <o a*Hlo a $0ssia o(teve o controlo nominal do norteda -anch0riaA '"(se"entemente so( a press#o intensa da $0ssia e da China os japoneses sairamdo s"l da -anch0riaA

 No o"tro lado da entrada do +olo 6ohai oposto ao !orto <rt"r estava a !eníns"la 'handon+A)epois da <lemanha ter tomado em 1[F o porto principal de in+dao 4Tsin+tao8 a $0ssia exi+i"ao +overno chinHs concessJes adicionaisA ,oilhe dada em 1[ o controlo do !orto <rt"r e des"as re+iJes remotas manch"rianas e imediatamente a li+aram a 3ladivosto por erroviaA 9 Vap#oo(servo" isso com apreens#o ansioso por resta(elecer "ma (ase de poder no continente asiLticoA

< "erra $"ssoVaponesa explodi" so(re a -anch0ria em 1[?GA "ando em 1[? os japoneses+anharam a +"erra o Tratado de !ortsmo"th concede"lhes "m al"+"er a lon+o pra*o de !orto<rt"r semelhante ao "e em 1[ a râ6retanha asse+"ro" relativamente a &on+ Kon+ e aos

 Novos Territ.rios com a 'e+"nda Convenç#o de !ein+A <m(os japoneses e r"ssos concordaramdevolver a -anch0ria ao controlo chinHs mas esperavam por "al"er oport"nidade para retomLla"ma ve* maisA Em 1[1? o Vap#o capt"ro" e anexo" a Coreia "e a*ia a leste ronteira com a

 peníns"la Miaodon+A

' Começo da Ami,ade Monol-LaponesaEm 1[11 na v2spera da $evol"ç#o Nacionalista Chinesa "e ca"so" a "eda da )inastia in+ o3%%% Ve(ts"ndam(a declaro" a independHncia da -on+.lia Exterior relativamente I ChinaA 9sVe(ts"ndam(as 46o+do Khans8 eram os líderes espirit"ais e políticos ("distas tradicionais da-on+.lia encontrados por reencarnaç#o do mesmo modo "e os )alai Mamas do Ti(eteA Cont"doa press#o da $0ssia e da China orço" em 1[1> o Ve(ts"ndam(a a aceitar a"tonomia so( o domíniodo novo overno Nacionalista ChinHs com s"porte r"sso para manter esse estat"toA

Tirando vanta+em da nova sit"aç#o na China os japoneses depressa expandiram o se" controlo do!orto <rt"r e da Coreia at2 ao s"l da -anch0ria e I -on+.lia %nterior orientalA Em 1[1G na

!rimeira "erra -"ndial a $0ssia alio"se I %n+laterra contra a <lemanha e a T"r"iaA !reoc"padana E"ropa a $0ssia assino" o Tratado de Khiata de 1[1G1[1 com a China reairmandos"serania chinesa so(re a -on+.lia Exterior e a"iesce" I expans#o do Vap#o no continenteasiLticoA

Entretanto o Vap#o entro" na +"erra ao lado dos aliados e capt"ro" o territ.rio alem#o na !eníns"la'handon+A Nas 3inte e ;ma )emandas assinadas em 1[1 entre o Vap#o e a China esta admiti" atomada de 'handon+ pelo Vap#o e reconhece" a"toridade japonesa so(re o s"l da -anch0ria e a-on+.lia %nterior orientalA

<p.s a $evol"ç#o $"ssa de 1[1F Menin ras+o" os tratados de n#ointererHncia em relaç#o I-on+.lia "e o c*ar tinha previamente assinado com a ChinaA Ele esperava di"ndir o com"nismo

 por toda a XsiaA < contín"a +"erra m"ndial e a explos#o da +"erra civil na $0ssia partic"larmentena 'i(2ria impediram a s"a imediata mano(raA

9 Ve(ts"ndam(a n#o +ostava nem dos chineses nem dos r"ssosA "eria pelo contrLrio esta(elecer"ma rande -on+.lia estendendose de 6"riLtia na 'i(2ria I -on+.lia %nterior e ao noroeste da-anch0riaA )os poderes militares na re+i#o o Ve(ts"ndam(a preeria o Vap#o como patrono e

 protetor do se" ima+inado territ.rioA 9 Vap#o apesar de t"do era "m país ("distaA 9s japoneses pors"a ve* estavam ansiosos por expandir a s"a esera de inl"Hncia no nordeste da Xsia a toda a-on+.liaA <ssim em 1[1 os japoneses "ndaram "ma associaç#o ("dista mon+oljaponesa es"portaram o plano para "ma rande -on+.liaA

' Esta&elecimento do Com"nismo na MonFlia No inal de 1[1[ vLrios príncipes mon+.is so( intensa press#o dos chineses e sem o

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consentimento do Ve(ts"ndam(a ren"nciaram o estado a"t.nomo da -on+.lia Exterior es"(meteramse ao re+ime chinHsA !osteriormente a"mento" a intervenç#o chinesa na -on+.lia so(o pretexto de prote+Hla da a+ress#o sovi2tica e do movimento pan-on+.lia apoiado pelosVaponesesA

)ois +r"pos mon+.is pediram aos sovi2ticos aj"da para a exp"ls#o dos chineses e para oesta(elecimento de al+"ma orma de a"tonomia mon+olA ;m deles era o !artido !op"lar -on+olliderado por '"he 6at"rA Este "eria esta(elecer "m +overno com"nista totalmente aliado I ;ni#o'ovi2ticaA 9 o"tro representava a acç#o conservadora dos Ve(ts"ndam(aA < Coreia tinha

 proclamado m"ito recentemente a s"a independHncia do Vap#oA Como as orças armadas japonesasestavam oc"padas com a repress#o so(re o movimento coreano pr.independHncia o Ve(ts"ndam(an#o se podia virar para o Vap#o para o(ter aj"daA !or im os dois +r"pos mon+.is che+aram a "macordo com '"he 6at"r aceitando o Ve(ts"ndam(a como monarca constit"cionalA

9 6ar#o $oman von ;n+ern'tern(er+ "m no(re alem#o c"ja amília se tinha esta(elecido na$0ssia tinha "m interesse pelo ("dismo desde a s"a j"vent"deA Era "m anti(olchevi"e anLtico etam(2m amoso pela s"a cr"eldadeA No inal de 1[>? depois de ter com(atido os (olchevi"es na'i(2ria ele invadi" a -on+.lia Exterior com "m ex2rcito $"sso 6ranco 4c*arista8 com o

encorajamento dos japonesesA 9s chineses tinham aprisionado o Ve(ts"ndam(a na capital mon+ol;r+a 4;laan 6aatar8 e n"ma miss#o sa+rada ;n+ern oi li(ertLloA

;n+ern apoiava a ideia de "ma rande -on+.lia s"portada pelos japonesesA <ssim depois de tercon"istado ;r+a no início de 1[>1 ele devolve" o trono ao Ve(ts"ndam(aA 9 re+ente mon+oldeclaro" o se" li(ertator como sendo a encarnaç#o do vi+oroso protetor Vamsaran+ 4Vamsin+8A;n+ern prosse+"i" ent#o ao massacre de todos os chineses mon+.is cola(oradores r"ssos

 (olchevi"es e j"de"s "e conse+"i" encontrarA <creditava "e todos os j"de"s eram (ochevi"esA

'"he 6at"r esta(elece" o overno !rovis.rio Com"nista -on+ol en"anto ainda em 6"riLtia elidero" "m ex2rcito mon+ol contra o denominado 56ar#o 6ranco7 conhecido tam(2m como 56ar#oMo"co7A -anip"lando a 2 dos mon+.is em Kalachara mo(ili*o" as s"as tropas det"rpando os

ensinamentos e di*endolhes "e ao l"tarem pela li(ertaç#o da -on+.lia da opress#o seriamrenascidos no ex2rcito de 'ham(halaA Com aj"da do Ex2rcito 3ermelho 'ovi2tico '"he 6at"rtomo" ;r+a no inal de 1[>1 e limito" severamente a a"toridade do Ve(ts"ndam(aAConse"entemente as tropas sovi2ticas permaneceram em ;r+a at2 1[>GA 9s japoneses oramorçados a manter a s"a distância mas apenas por a+oraA

;n+ern em 1[>> oi morto pelas s"as pr.prias tropasA '"he 6at"r morre" em 1[>O Menin noinício de 1[>G e Ve(ts"ndam(a mais tarde em 1[>GA < declaraç#o da $ep0(lica !op"lar da-on+.lia depressa se se+"i" depois dissoA 9 re+ime contin"o" a política de '"he 6at"r namanip"laç#o da lenda de 'ham(hala para eliminar todos os rivais ao poderA <ssim o Con+resso do!artido Com"nista -on+ol de 1[> an"ncio" "e Ve(ts"ndam(a n#o iria tornar a encarnar com a

mesma posiç#o reli+iosa e política anteriorA Em ve* disso iria renascer como o +eneral &an"mantem 'ham(halaA !ara conirmaç#o da s"a airmaç#o disseram "e iriam cons"ltar o )alai Mamaem(ora seja d"vidoso "e o tivessem eitoA

A 4"erra de %7am&7ala No início o re+ime com"nista mon+ol tolero" o ("dismo "ma ve* "e os líderes monLsticos taiscomo )arva 6andida advo+avam "m retorno aos anti+os princípios ("distas de simplicidadeA'emelhante ao -ovimento de $enovaç#o da ,2 diri+ido pelos ("riates na ;ni#o 'ovi2tica omon+e mon+ol tento" reconciliar o ("dismo com a teoria com"nistaA 9 er"dito ("riate Vamsaranovapoio" 6andida 4!andita8 nos se"s esorços e a partir de 1[>D os movimentos do !"ro 6"dismo e

da $enovaç#o da ,2 +anharam ímpeto na -on+.liaA'talin +anho" o controlo da ;ni#o 'ovi2tica em 1[>A "ando começo" em 1[>[ as s"as

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campanhas de coletivi*aç#o e antireli+iosas o re+ime com"nista mon+ol se+"i" o exemploA Em1[>[ o 3%% Con+resso do !artido condeno" os movimentos ("distas de reconciliaç#o e proi(i"ormalmente a instalaç#o de "m %Y Ve(ts"ndam(a em(ora a reincarnaç#o tivesse sido encontradano Ti(eteA %nspirado pelo exemplo de 'talin o partido oi mais lon+e e de 1[O? a 1[O> orço" "ma

 política de coletivi*aç#o anLtica e de perse+"iç#o I reli+i#oA -"itos mon+es apoiados pelosintelect"ais ("riates "e tinham "+ido para a -on+.lia a im de evitarem a política de 'talin

ins"r+iramseA <l+"ns proc"raram a aj"da do !anchen MamaA9 %Y !anchen Mama tinha estado na China desde 1[>G devido a "ma disp"ta com o Y%%% )alaiMamaA 9 !anchen Mama estava insistindo na Ro(tenç#o de "maS a"tonomia relativa de Mhasaisenç#o de impostos e o direito de ter as s"as pr.prias orças armadasA 9 overno NacionalistaChinHs tinhalhe ornecido soldados mas o )alai Mama n#o o deixava voltar ao Ti(etedesconiando das intençJes chinesasA 9s re(eldes mon+.is pediram ao !anchen Mama "e invadissea -on+.lia com o se" ex2rcito chinHs a im de li(ertar o se" povo do com"nismo prote+er a s"aronteira do norte contra os sovi2ticos e so( s"serania chinesa instalar o %Y Ve(ts"ndam(aACompararam o !anchen Mama e as s"as tropas chinesas ao rei de 'ham(hala e ao se" (ravo ex2rcito"e iriam derrotar as orças (Lr(arasA Em(ora o !anchen Mama enviasse "ma carta aprovando a

revolta n"nca oi I -on+.lia nem n"nca envio" apoio militarA N#o o(stante a re(eli#o e as (atalhas selva+ens "e se se+"iram tomaram o nome de 5< "erra de 'ham(hala7A

Entretanto o Vap#o ataco" em 1[O1 o norte da China e "ndo" -anch""o em 1[O> com (ase nosterrit.rios da -anch0ria e da -on+.lia %nterior 9riental "e controlava hL m"itos anosA 'talin tinhaa paran.ia de "e o Vap#o iria "sar o ("dismo para penetrar ainda mais na Xsia a*endo ca"sacom"m com os ("distas em 6"riLtia e na -on+.lia ExteriorA <ssim despacho" em 1[O> o ex2rcitosovi2tico para a -on+.lia n#o s. para terminar a re(eli#o e a "erra de 'ham(hala como tam(2m

 para corri+ir o 5desvio es"erdista7 do !artido Com"nista -on+olA 'o( direç#o sovi2tica o !artidodecreto" "ma Nova -"dança !olítica de 1[O> a 1[OG dimin"indo a s"a perse+"iç#o ao ("dismoA<t2 permitiram a rea(ert"ra de "m certo n0mero de mosteirosA 'talin achava "e se alienasse os

 ("distas de mais eles iriam voltarse mais depressa para o Vap#oA Cont"do o ("dismo na -on+.lia

n#o rec"pero"A

Es(orços Laponeses para 4an7ar o $avor da MonFliaEm 1[OG Kirov se+"ndoemcomando de 'talin oi assassinadoA 9 se" assassinato levo" aorande Exp"r+o de 1[OG1[O para eliminar todos os elementos anti'talinA 9s exp"r+os atin+irama -on+.lia e os ("distas "e lL viviamA "ando l"tas ronteiriças irromperam em 1[O entre asorças japonesas em -anch""o e as tropas sovi2ticas na -on+.lia 'talin ac"so" os +randeslamas da 6"riLtia e da -on+.lia de cola(orarem com os japonesesA

!ara o(ter o apoio dos mon+.is os japoneses estavam a "sar o m2todo provado pelo tempo de

airmar "e o Vap#o era 'ham(halaA Eles prop"seram resta(elecer o %Y Ve(ts"ndam(a em ;r+acom a sanç#o de Mhasa de modo "e ele p"desse a+ir como "m ator mo(ili*ador para "mmovimento panmon+ol "e iria incl"ir 6"riLtiaA Em 1[OF o Vap#o capt"ro" o resto da -on+.lia%nterior e norte da ChinaA 'talin ac"so" os +randes lamas ("riates e mon+.is de espalharem

 propa+anda japonesa Icerca de 'ham(hala e exec"to" exp"r+os ainda de maior alcançe e adestr"iç#o de mosteirosA

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Em 1[O[ os japoneses invadiram a -on+.lia Exterior mas oram derrotados pelos ex2rcitossovi2ticos e mon+.is em conj"ntoA < partir dessa alt"ra os japoneses voltaram a s"a atenç#o emdireç#o ao s"l para a %ndochina e o !acíicoA 'talin estava a+ora sem oposiç#o para terminar a s"arepress#o so(re o ("dismo na ;ni#o 'ovi2tica e na -on+.lia ExteriorA "ando em 1[G as orçassovi2ticas 5li(ertaram7 -anch""o dos japoneses 'talin estende" at2 lL a s"a perse+"iç#o ao

 ("dismoA <ssim m"ito antes do re+ime com"nista chinHs 'talin jL tinha destr"ído a maioria dos

mosteiros ("distas da -anch0ria e da -on+.lia %nterior 9rientalA 9 ("dismo n"nca rec"pero" naLreaA

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Envolvimento )"sso e Lapon*s com o Ti&etePr-Com"nista: ' Papel da 9enda de

%7am&7ala<lexander 6er*in<(ril de >??O

Propostas de admaev para a Ane0ação do Ti&ete + )ússia< )inastia in+ -anch" da China 41DGG1[118 entro" em declínio d"rante o s2c"lo Y%YA -"itos

 países proc"raram tirar vanta+em da s"a ra"e*a para a o(tenç#o de com2rcio o" concessJesterritoriaisA REstes paísesS incl"íram n#o s. a r#6retanha a ,rança a <lemanha e !ort"+al mastam(2m a $0ssia e o Vap#oA

Em 1[O por exemplo !iotr 6admaev m2dico mon+ol ("riate s"(mete" "m plano ao C*ar<lexandre %%% para s"(meter partes do %mp2rio in+ so( inl"Hncia $"ssa incl"indo o Ti(ete e a-on+.lia Exterior e %nteriorA Ele propUs "e a errovia transi(eriana osse estendida desde a terra

 ("riate de ori+em no la+o 6aial atrav2s da -on+.lia Exterior e %nterior at2 ans" China j"nto Ironteira ti(etanaA "ando terminada ele or+ani*aria com aj"da ("riate "ma revolta no Ti(ete "eiria permitir I $0ssia anexar o paísA 6admaev propUs tam(2m esta(elecer na Xsia "ma companhiacomercial r"ssaA 9 Conde 'er+ei W"l+evich itte ministro das inanças r"sso entre 1> e 1[?Oapoio" os dois planos de 6admaev mas o C*ar <lexandre n#o aceito" nenh"m delesA

R3er -apaS

Com a morte de <lexandre 6admaev torno"se o m2dico pessoal do se" s"cessor C*ar Nicola" %%4c*ar de 1[G a 1[1F8A )epressa o novo c*ar aprovo" a criaç#o de "ma companhia comercialA Noentanto o se" o(jetivo era a costa pacíica onde a $0ssia e o Vap#o competiam para o controlo do!orto <rt"r "m porto li(erto de +elo na extremidade do s"l da -anch0riaA !rimeiro o Vap#ocon"isto" o !orto <rt"r mas depressa a $0ssia o(teve o se" controloA 9 C*ar a"mento" a erroviatransi(eriana atrav2s do norte da -anch0ria at2 3ladivosto e li+o"a ao !orto <rt"rA Cont"do

 Nicola" n#o levo" a ca(o as propostas de 6admaev a respeito do Ti(eteA

R!ara mais pormenores ver: 9 ;so da Menda de 'ham(hala para o Controlo da -on+.liaAS

#oriev e o C,ar Nicola" !!9 mon+e mon+ol ("riate <+van )orjiev 41G1[O8 est"do" em Mhasa Ti(ete a partir de 1?tornandose por im "m dos !arceiros -or de )e(ate 4T"tores <ssistentes8 do Y%%% )alai MamaA

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Torno"se tam(2m o conselheiro político em "em )alai Mama mais coniavaA

< Convenç#o <n+loChinesa de 1[? tinha esta(elecido 'iim como "m protectorado (ritânicoA9s ti(etanos n#o reconheceram a convenç#o e sentiamse desconortLveis com os projetos in+lesese chineses para o se" paísA <ssim em 1[[ )orjiev visito" a $0ssia com vista I o(tenç#o de aj"da

 para contra(alançar estas ameaçasA )orjiev era ami+o de 6admaev e tinha esperança "e a política

expansionista da $0ssia no nordeste da Xsia se osse estender at2 I re+i#o himalaica I c"sta daChinaA 9 Conde itte rece(e"o nesta e nas s"as vLrias visitas se+"intesA Em nome dos mon+.is ("riates e calm""es residentes em '#o !eters("r+o )orjiev tam(2m e* "ma petiç#o pedindo permiss#o para lL constr"ir "m templo KalacharaA Em(ora as a"toridades r"ssas n#o estivesseminteressadas em nenh"ma das propostas )orjiev envio" "ma carta ao )alai Mama relatando "e a

 possi(ilidade de aj"da parecia viLvelA

 No início )alai Mama e se"s ministros estavam hesitantes mas com o se" re+resso a Mhasa)orjiev convence" )alai Mama a se voltar para a $0ssia para dela ter proteç#oA <r+"mento" "e a$0ssia era o $eino N.rdico de 'ham(hala a terra lendLria "e salva+"ardava os ensinamentos deKalachara e "e o C*ar Nicola" %% era a encarnaç#o de Tson+hapa o "ndador da tradiç#o el"+A

Como prova chamo" a atenç#o para a proteç#o "e o C*ar dava I tradiç#o el"+ entre os ("riatescalm""es e t"rcos t"vanos no imp2rio $"ssoA %nl"enciado pelo se" ar+"mento )alai Mamadespacho"o em 1[?? de re+resso I $0ssiaA

 Na"ele tempo o príncipe Esper ;htomsi era o líder do )epartamento $"sso das CrençasEstran+eirasA 9 príncipe estava pro"ndamente interessado na c"lt"ra 5lamaísta7 e mais tardeescreve" diversos livros so(re elaA Convido" )orjiev a encontrarse com o C*ar sendo esta a

 primeira de vLrias a"diHncias "e )orjiev teve em nome de )alai MamaA Nos anos se+"intes)orjiev viajo" vLrias ve*es indo e vindo entre o C*ar e o )alai MamaA Cont"do n"nca conse+"i"o(ter para o Ti(ete apoio militar dos r"ssosA

Em 't"rm ^(er <sien 4Tempestade so(re a Xsia8 41[>G8 o a+ente secreto alem#o ilhelm ,ilchnerescreve" "e entre 1[?? e 1[?> havia em '#o !eters("r+o "m +rande interesse em inte+rar oTi(ete na $0ssiaA Cont"do esse interesse parece ter sido limitado aos esorços de )orjiev com oapoio de 6admaev e de itteA 9 explorador s"eco 'ven &edin "m admirador ervoroso da<lemanha teve "ma a"diHncia com C*ar Nicola" %% no caminho de re+resso I E"ropa da s"ase+"nda expediç#o ti(etana 41[[1[?>8A -ais tarde escreve" "e teve a impress#o "e o príncipe;htomsi estava pressionando o C*ar para transormar o Ti(ete n"m protectorado r"ssoA !or2m asescritas do príncipe n#o revelam tal interesseA

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!ntrias entre o LapãoG a )ússiaG a 4rã-retan7a e a C7inaG e o%e" E(eito no Ti&ete

Eai Ka@a+"chi "m sacerdote *en japonHs visito" o Ti(ete de 1[?? a 1[?> para compilar textos ("distas sânscritos e ti(etanosA No se" re+resso atrav2s da %ndia 6ritânica ele indico" alsamente"ma presença militar r"ssa no Ti(ete a 'arat Chandra )as "m espi#o indiano ao serviço dosin+leses "e tinha visitado o Ti(ete em 1F[ e em 11A Na"ela alt"ra o Vap#o estava se

 preparando para a +"erra contra a $0ssia so(re a -anch0riaA Tinha recentemente assinado a<liança <n+loVaponesa 41[?>1[?F8 com a r#6retanha so( a "al am(os os lados concordaram

 permanecer ne"trais se o o"tro estivesse em +"erraA ,omentando a disc.rdia entre a %n+laterra e a$0ssia parece "e o sacerdote japonHs estava tentando asse+"rarse "e a r#6retanha n#o iriaapoiar a $0ssia na +"erra "e se aproximavaA !rovavelmente tinha tam(2m esperança de "e os

 protestos (ritânicos so(re o Ti(ete iriam desviar a atenç#o da $0ssia relativamente I -anch0riaA

 No se" livro TrHs <nos no Ti(ete p"(licado em 6enaras pela 'ociedade Teos.ica em 1[?[Ka@a+"chi relato" "e tinha o"vido alar dos panletos de )orjiev em ti(etano mon+ol e r"sso

 propa+ando "e a $0ssia era 'ham(hala e o C*ar a encarnaç#o de Tson+hapaA No entanto n"ncaos tinha visto pessoalmenteA Ka@a+"chi tam(2m alo" so(re "ma <liança 6"dista NipoTi(etanamas nenh"m dos lados e* planos para a implementarA

9 relat.rio de Ka@a+"chi e mais tarde o se" livro tornaramse m"ito conhecidos entre asa"toridades (ritânicas na %ndiaA Charles 6ell oicial político (ritânico em 'iim por exemplocito"o em Ti(ete: !assado e !resente 41[>G8A Escreve" "e )orjiev tinha inl"enciado o )alaiMama para o lado da $0ssia di*endolhe "e a $0ssia controlava e prote+ia parte da -on+.lia46"riLtia8 "e cada ve* mais r"ssos estavam adotando o ("dismo ti(etano e "e era provLvel "e oC*ar tam(2m o adotasseA

Mord C"r*on vicerei (ritânico da %ndia na alt"ra do relat.rio de Ka@a+"chi era extremamente paran.ico Ra respeitoS dos r"ssosA Temendo o domínio e o monop.lio r"sso do com2rcio ti(etanoordeno" a invas#o (ritânica ao Ti(ete com a Expediç#o Wo"n+h"s(and 41[?O1[?G8A V"ntamentecom )orjiev )alai Mama "+i" para ;r+a 4;laan 6aatar8 a capital da -on+.liaA <p.s ter sidoderrotado o re+ente ti(etano assino" em 1[?G a Convenç#o de Mhasa reconhecendo o controlo

 (ritânico de 'iim e concedendo relaçJes comerciais (ritânicas e a presença de tropas e oiciaisem Mhasa para prote+er o acordo comercialA

<l+"ns meses depois a "erra $"ssoVaponesa 41[?G1[?8 explodi" na -anch0ria na "al os japoneses derrotaram as orças do C*arA )alai Mama permanece" na -on+.lia dado "e em 1[?Dos (ritânicos e os chineses assinaram "ma convenç#o reairmando a s"serania chinesa so(re o

Ti(eteA < convenç#o depressa insti+o" "ma tentativa chinesa de anexar o Ti(eteA )alai Mama envio")orjiev "ma ve* mais I corte r"ssa para proc"rar o(ter apoio militarA

Em 1[?F )orjiev apresento" "m relat.rio a !A!A 'emyonovTyan'hansy vicepresidente da'ociedade eo+rLica $"ssa intit"lado 5'o(re o $esta(elecimento das $elaçJes Cordiais entre a$0ssia a -on+.lia e o Ti(ete7A Nele prop"nha a "niicaç#o dos trHs estados para criar "ma +randeederaç#o ("distaA <s a"toridades r"ssas rejeitaramna de imediatoA

 Na Convenç#o <n+lo$"ssa de 1[?F a r#6retanha e a $0ssia concordaram manterse ora dosass"ntos internos do Ti(ete e ne+ociar somente com a ChinaA 'em desanimar )orjiev peticiono" ao-inistro dos Ne+.cios Estran+eiros r"sso em 1[? "e pelo menos constr"isse "m temploKalachara em '#o !eters("r+o pedido "e as a"toridades tinham rejeitado a"ando da s"a

 primeira proposta em 1[[A No entanto desta ve* o C*ar aprovo" o planoA %sto oi em 1[?[A

 No inal de 1[?[ )alai Mama re+resso" por po"co tempo a Mhasa mas as tropas chinesas depressa

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che+aramA No início de 1[1? )alai Mama "+i" para a %ndia onde ico" em )arjeelin+ a s"l de'iim so( proteç#o (ritânicaA <li torno"se ami+o de 'ir Charles 6ell "e o inl"encio" so(re amoderni*aç#oA

Eventos PFs-)evol"ção Nacionalista C7inesa de 111

Em 1[111[1> a )inastia in+ -anch" da China cai"A 9 novo presidente da $ep0(lica Nacionalista Chinesa W^an 'hihf ai 4W"an xiai8 contin"o" a política expansionista manch" emrelaç#o ao Ti(ete e convido" )alai Mama a j"ntarse I 5Terra -#e7A )alai Mama rec"so" e corto"todos os laços com a ChinaA Crio" "m )epartamento de "erra para cond"*ir "ma re(eli#o armadacontra os chinesesA )evido principalmente I sit"aç#o ca.tica da China as tropas chinesas depressase renderamA <ssim "e os soldados saíram do Ti(ete no início de 1[1O )alai Mama re+resso" aMhasaA

-ais tarde em 1[1O ocorre" a primeira cerem.nia p0(lica no Templo Kalachara em '#o!eters("r+o P "ma oraç#o de lon+evidade para comemorar o aniversLrio do tricentenLrio da Casados $omanovA )alai Mama envio" presentes de con+rat"laç#o e espalho"se o (oato de "e ele tinhareconhecido <lexis o '"cessor <parente como "m (odhisattva "e iria il"minar os n#o("distas donorteA No entanto nenh"ma aj"da militar dos $omanovs era ad"irívelA

<p.s ter aastado as orças chinesas de al+"mas seçJes de Kham 4s"deste do Ti(ete8 os ti(etanosne+ociaram a Convenç#o de 'imla de 1[1G com os in+lesesA )ado "e os in+leses n#o apoiavam aindependHncia completa do Ti(ete )alai Mama che+o" a "m acordoA 9s in+leses +arantiam aa"tonomia ti(etana apenas so( s"serania chinesa nominalA <l2m disso os in+leses concordaram "en#o iriam anexar o Ti(ete e "e tam(2m n#o iriam permitir "e a China o i*esseA

9s chineses n"nca assinaram a convenç#o e na contin"aç#o de conlitos ronteiriços com os

chineses em Kham os in+leses n"nca aj"daram os ti(etanosA )alai Mama começo" ent#o a proc"rarapoio alh"resA

Ti&ete )ece&e 'rientação Militar Laponesa< vit.ria dos japoneses na "erra $"ssoVaponesa tinha impressionado )alai MamaA Ele estavaa+ora interessado na $esta"raç#o de -eiji e na moderni*aç#o do Vap#o en"anto modelo para amoderni*aç#o do Ti(ete dentro de "ma estr"t"ra ("distaA !or conse+"inte ace I contin"adaameaça militar chinesa e I alta de apoio r"sso o" (ritânico o Ti(ete volto"se ent#o para o Vap#o

 para moderni*ar o se" ex2rcitoA Tsaron+ chee do centro emissor de notas e moedas e doarmamento ti(etano e avorito de )alai Mama estava especialmente interessado em esta(elecer "ma

conex#o pr.xima com o Vap#oA

Wajima Was"jiro "m veterano da "erra $"ssoVaponesa veio a Mhasa e de 1[1O a 1[1[ treino" astropas e servi" de conselheiro relativamente I deesa contra os chinesesA <oi 6"nyo "msacerdote ("dista japonHs trad"*i" man"ais de ex2rcito do japonHs para o ti(etanoA <j"do" tam(2ma desenhar a (andeira nacional ti(etana adicionando aos sím(olos tradicionais ti(etanos "m solnascente com raios de l"* I s"a voltaA Este padr#o de desenho incl"ia as (andeiras da cavalaria e dainantaria japonesas da alt"ra e torno"se mais tarde o desenho para a (andeira da marinha e doex2rcito japoneses d"rante a se+"nda +"erra m"ndialA

Lapanese Nav and Arm $la

Ti&etan National $laCont"do )alai Mama n#o teve s"cesso na o(tenç#o de apoio militar adicional japonHsA Em 1[1[ oex2rcito japonHs torno"se pro"ndamente envolvido na s"press#o de "m movimento para a

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independHncia da Coreia anexada pelo Vap#o em 1[1?A Entretanto na d2cada de 1[>? o Vap#ovolto" a s"a atenç#o para a -anch0ria e para a -on+.lia e permanece" apenas interessado noTi(ete relativamente aos est"dos er"ditos ("distasA 9s 0ltimos japoneses deixaram o Ti(ete em1[>O "ando o +rande terremoto de Kanto destr"i" Toyo e WoohamaA

 No ano se+"inte os in+leses esta(eleceram "ma orça policial em MhasaA 9corre" "m conlito entre

a polícia e as orças armadas ti(etanas res"ltando na morte de "m políciaA Tsaron+ p"ni"severamente o criminoso mas a acç#o antimoderni*aç#o no +overno ti(etano "so" isto como "m pretexto para colocar )alai Mama contra eleA )isseram "e Tsaron+ tinha a+ido sem consentimentode )alai Mama e ac"saram as orças armadas de conspirarem para tomar o +overnoA )alai Mamadespromove" Tsaron+ em 1[> da s"a posiç#o como comandantechee do ex2rcito e em 1[O?demiti"o do +a(ineteA <ssim o principal proponente ti(etano para "ma aliança com o Vap#o oisilenciadoA

Em )e*em(ro de 1[OO alece" )alai MamaA 9 Ti(ete n#o retomo" contato com o Vap#o at2 1[Oalt"ra em "e Tsaron+ reaparece" desempenhando "m papel na expediç#o oicial dos alem#esaliados do Vap#o contra a propa+aç#o do com"nismo internacionalA

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Es(orços para '&ter Tolerância ao "dismoG na )ússia eMonFlia Com"nistas

< $evol"ç#o $"ssa de 1[1F esta(elece" a ;ni#o 'ovi2ticaA %nicialmente Menin n#o orço" a política com"nista antireli+i#oA ,ace ao alastrar da +"erra civil a consolidaç#o do se" poder teve amaior prioridadeA -esmo "ando o re+ime com"nista se torno" estLvel d"rante a d2cada de 1[>? oestado n#o tinha inraestr"t"ras para s"(stit"ir os sistemas ed"cacionais e de sa0de "e osmosteiros ("distas ac"ltavam em 6"riLtia Calm0"ia e T"vaA !or tal motivo o partido com"nistatolero" o ("dismo d"rante esse períodoA

 No inal de 1[1[ diversos príncipes mon+.is ren"nciaram a a"tonomia da -on+.lia Exterior es"(meteramse ao re+ime chinHsA Tropas chinesas entraram na -on+.lia com o pretexto de a

 prote+er dos sovi2ticosA No inal de 1[>? o 6ar#o von ;n+ern'tern(er+ "m anti(olchevi"eanLtico invadi" a -on+.lia a partir da 6"riLtia derr"(o" os chineses e resta(elece" o líder ("distatradicional o 3%%% Ve(ts"ndampa como Chee de EstadoA !rose+"i" ao massacre indiscriminado detodos os chineses e s"speitos cola(oradores mon+.is "e restavam e "e conse+"i" encontrarA

Em 1[>1 o revol"cionLrio mon+ol '"he 6at"r esta(elece" o overno !rovis.rio Com"nista-on+ol na 6"riLtiaA 9s ensinamentos de Kalachara tinham "ma lon+a hist.ria de pop"laridade na-on+.liaA <proveitandose da 2 dos mon+.is nestes ensinamentos '"he 6at"r os det"rpo" edisse aos se"s se+"idores "e seriam renascidos no ex2rcito de 'ham(hala se l"tassem para livrar-on+.lia da opress#oA

-ais tarde em 1[>1 com a aj"da do Ex2rcito 3ermelho 'ovi2tico '"he 6at"r exp"lso" ;n+ernda -on+.liaA Mimito" os poderes de Ve(ts"ndampa e permiti" "e o Ex2rcito 'ovi2tico mantivesseo controloA 9s r"ssos "saram o pretexto de "e a ;ni#o 'ovi2tica +arantia a independHncia da-on+.lia e a prote+ia de o"tra a+ress#o chinesaA 9 Ex2rcito 'ovi2tico permanece" at2 a morte do

Ve(ts"ndampa em 1[>G e I declaraç#o da $ep0(lica !op"lar da -on+.lia "e se se+"i" lo+odepoisA

)"rante este período 6archeno "m r"sso especiali*ado em parapsicolo+ia com conexJes ao!olit("ro 'ovi2tico passo" vLrios meses na -on+.liaA <li est"do" KalacharaA ,ico" convencido"e o se" eno"e em partíc"las materiais e a s"a disc"ss#o so(re ciclos hist.ricos e so(re a (atalhaentre o ex2rcito de 'ham(hala e as orças invasoras a"+"ravam os ensinamentos com"nistas domaterialismo dial2ticoA "eria introd"*ir isto aos mais elevados "ncionLrios (olchevi"es e assimcom o se" re+resso a -oscovo or+ani*o" entre al+"ns dos se"s mem(ros "m +r"po de est"do so(reKalacharaA 9 mais inl"ente entre os participantes era le( 6oii chee +eor+iano de "mdepartamento especial do 'erviço de %nteli+Hncia -ilitar 'ovi2tico 4o 9!; prec"rsor do K68A

6oii era o cript.+rao principal do 'erviço e empre+ava t2cnicas de deciraç#o li+adas aen.menos paranormaisA

Tam(2m o"tros r"ssos achavam "e o com"nismo e o ("dismo poderiam ser compatíveis "m com oo"troA Niolai $oerich 41FG1[GF8 por exemplo era "m teosoista r"sso "e viajo" pelo Ti(ete-on+.lia e re+i#o <ltai da Xsia Central entre 1[> e 1[> em ("sca de 'ham(halaA Ele conce(ia aresidHncia le+endLria dos ensinamentos de Kalachara como "m reino de pa* "niversalA )evido Is"a li+aç#o com 6archeno e ao interesse com"m em Kalachara $oerich altero" a s"a via+em em1[>D e visito" -oscovoA )ali envio" "ma carta atrav2s de Chicherin -inistro do Estran+eirosovi2tico ao povo sovi2ticoA Mem(randonos das cartas de 6lavatsy pelos mahatmas doshimalaias $oerich tam(2m disse "e a carta era dos mahatmas himalaicosA < carta elo+iava a

$evol"ç#o por eliminar entre o"tras coisas 5a mis2ria da propriedade privada7 e oerecia 5aj"daem orjar a "nidade da Xsia7A Como oerta entre+o" Rem nomeS dos mahatmas "m p"nhado desolo ti(etano para polvilhar na sep"lt"ra do 5nosso irm#o -ahatma Menin7A Em(ora n#o ho"vesse

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nessa carta nenh"ma menç#o a 'ham(hala ela promove" o mito teos.ico da aj"da (enevolente pelos mestres da Xsia Central no esta(elecimento da pa* m"ndial desta ve* de acordo com amiss#o messiânica de MeninA

R3er: %ncorretas Crenças Estran+eiras so(re 'ham(halaAS

-ediante a inl"Hncia de 6oii o 9!; patrocino" o re+resso de $oerich I Xsia Central para

contin"ar com os se"s contatosA -ais tarde em 1[>D e em 1[> o 9!; patrocino" tam(2m d"asexpediçJes a Mhasa cond"*idas por oiciais calm""es mon+.is disarçados de pere+rinosA 9 se" prop.sito principal era recolher inormaç#o e explorar as possi(ilidades para a contin"aç#o da propa+aç#o do com"nismo internacional na Xsia Central e para a expans#o da esera do poder da;ni#o 'ovi2ticaA <ssim os oiciais calm""es prop"seram ao Y%%% )alai Mama "e em troca da s"aaliança a ;ni#o 'ovi2tica +arantiria a independHncia do Ti(ete e prote+eria o país dos chinesesA

)"rante este período os líderes ("distas na ;ni#o 'ovi2tica e -on+.lia tentaram tam(2m aj"star o ("dismo ao com"nismo demonstrando as similaridades entre os dois sistemas de crençaA < partir de1[>> o Templo Kalachara de Menine+rado 4'#o !eters("r+o8 torno"se o centro para o-ovimento de $enovaç#o da ,2A Miderado por )orjiev o movimento era "ma tentativa de reormar

o ("dismo para "e este se adaptasse I realidade sovi2tica com"nali*ando o estilo de vida dosmon+es de acordo com o ("dismo anti+oA No !rimeiro Conselho de Todos os 6"distas ;nidos da;$'' em 1[>F )orjiev saliento" tam(2m a similaridade entre o pensamento ("dista e com"nistano tra(alho para o (emestar do povoA <ssim como prose+"imento I primeira expediç#o da 9!;a Mhasa )orjiev envio" "ma carta ao Y%%% )alai Mama elo+iando a política sovi2tica para com ass"as nacionalidades minoritLriasA )isse "e 6"da era na verdade o "ndador do com"nismo "eMenin tinha "m +rande respeito pelo 6"da e "e o espírito do ("dismo vivia em MeninA )orjievestava "ma ve* mais tentando "sar a s"a inl"Hncia para convencer )alai Mama a virarse para a;ni#o 'ovi2tica como tinha previamente tentado ao associar a $0ssia a 'ham(hala e o C*ar

 Nicola" a Tson+hapaA

Entretanto o interesse principal de )orjiev era ind"(itavelmente a proteç#o do ("dismo na ;ni#o'ovi2tica e na $ep0(lica !op"lar da -on+.liaA Míderes ("distas na -on+.lia tal como )arva6andida e o ("riate Vamsaranov se+"iam a liderança de )orjiev tentando tam(2m reconciliar o

 ("dismo com o com"nismoA <ssim )orjiev crio" em 1[> a -iss#o Ti(etano-on+ol no Templode Menine+rado em conj"nç#o com o se" o(jetivo de prote+er o ("dismoA No mesmo ano o 9!;envio" a s"a se+"nda expediç#o a MhasaA

Perse"ição Com"nista ao "dismo e a Ascensão do Lapãocomo Patrono "dista

!elo inal de 1[> 'talin tinha consolidado o se" controlo so(re a ;ni#o 'ovi2ticaA %nicio" o se" pro+rama de coletivi*aç#o e de antireli+i#o em 1[>[ estentendoo tam(2m I s"a pop"laç#o ("distaA -on+.lia depressa se+"i" o exemplo mas implemento" a política de 'talin de "ma ormaainda mais anLtica e a+ressivaA )orjiev inormo" )alai Mama de t"do o "e ocorre" convencendoo a n#o coniar nos sovi2ticosA -"itos mon+es na -on+.lia revoltaramse contra a perse+"iç#o einsti+aram a chamada "erra de 'ham(hala de 1[O?1[O>A 'talin envio" o ex2rcito sovi2tico em1[O> para aca(ar com a re(eli#o e acalmar o 5desvio es"erdista7 do !artido Com"nista -on+olA

-ais cedo nesse mesmo ano a con"ista japonesa da -anch"ria e da -on+.lia %nterior e oesta(elecimento do estadoantoche de -anch""o tam(2m insti+aram a decis#o de 'talinA Estava

 preoc"pado de "e o Vap#o tentasse mo(ili*ar os ("distas da 6"riLtia e da -on+.lia Exterior para ose" lado como partes de "m imp2rio ("distaA <l2m disso 'talin precisava da -on+.lia como "mestadotamp#o entre a ;ni#o 'ovi2tica e o crescente %mp2rio VaponHsA <ssim d"rante os dois anos

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se+"intes 'talin ordeno" os mon+.is a moderarem o se" pro+rama antireli+ioso de modo a n#oarrastarem a s"a pop"laç#o ("dista para o campo japonHsA 'o( a Nova -"dança !olítica o partidocom"nista mon+ol permiti" at2 a rea(ert"ra de diversos mosteirosA <rmado com a propa+anda destaaprovaç#o oicial do ("dismo o 9!; planeo" o"tra expediç#o ao Ti(ete no inverno de 1[OO1[OGA No entanto a expediç#o n"nca se concreti*o" por"e 'talin depressa m"do" de ideias etomo" +rad"almente "ma posiç#o mais severa relativamente ao ("dismoA

Em 1[OO o Vap#o expandi" -anch""o anexando Vehol 4Chen+de8 ao s"lA Vehol tinha sido acapital de ver#o dos manch"s os "ais tinham tentado a*er dela o centro do ("dismo ti(etano emon+ol so( o re+ime da s"a )inastia in+A No inal desse ano 'talin encerro" o Templo deKalachara em '#o !eters("r+o para cerem.nias p0(licasA Entretanto 'talin de" início I s"asevera perse+"iç#o na ;ni#o 'ovi2tica e na -on+.lia "ando Kirov se+"ndo mem(ro Rna escalade importância dentro do !olit("roS oi assassinado em 1[OGA %sto marco" o início do randeExp"r+oA

"ando em 1[O explodiram os conlitos ronteiriços entre o -anch""o japonHs e a -on+.liaExterior 'talin e* as s"as primeiras prisJes de mon+es ("distas em Menine+radoA Em 1[OF o

Vap#o tomo" o resto da -on+.lia %nterior e do norte da ChinaA !ara o(ter a aliança mon+ol os japoneses prop"seram o resta(elecimento do %Y Ve(ts"ndampa líder político e reli+ioso tradicionaldos mon+.is e o esta(elecimento de "m estado panmon+ol "e incl"iria a -on+.lia %nterior eExterior e a 6"riLtiaA No se" esorço para aliciar os mon+.is para o se" lado at2 airmaram "e oVap#o era 'ham(halaA ,ace I opress#o com"nista m"itos mon+es da -on+.lia e 6"riLtiadisseminaram a propa+anda japonesaA

9 %*vestiya jornal do !artido Com"nista 'ovi2tico responsa(ili*o" )orjiev pela estrat2+ia eac"so"o de ser "m espi#o japonHsA -ais tarde em 1[OF 'talin mando" prender )orjiev e matartodos os restantes mon+es do Templo de Menine+rado e encerrar a -iss#o Ti(etano-on+olA)orjiev morre" no início de 1[OA

R3er: 9 ;so da Menda de 'ham(hala para o Controlo da -on+.liaAS

Es(orços C7ineses para Tomar o Ti&ete e a !ne(icáciaritânica em #ar Proteção

%normados por )orjiev os ti(etanos mantiveramse atentos e ca"telosos d"rante esse período deopress#o com"nista ao ("dismo na ;ni#o 'ovi2tica e na -on+.liaA Estavam tam(2m preoc"padoscom os projetos chineses para a s"a terraA "ando no inal de 1[> o overno Nacionalista ChinHsoi ina"+"rado Chian+ Kaishe contin"o" a airmar "e o Ti(ete e a -on+.lia eram partes da

ChinaA ;m dos se"s primeiros atos oi esta(elecer a Comiss#o dos Ne+.cios -on+.is e Ti(etanosATam(2m apoio" a posiç#o do %Y !anchen Mama na s"a disp"ta com o +overno ti(etanoA 9 !anchenMama tinha estado a residir na China desde 1[>GA 3inha insistindo n"ma relativa a"tonomia deMhasa na isenç#o de impostos no direito de ter as s"as pr.prias orças armadas e na permiss#o

 para ser escoltado de re+resso ao Ti(ete pelos soldados "e o +overno chinHs lhe tinha ornecidoA)alai Mama n#o aceito" as s"as exi+HnciasA

Entre 1[O? e 1[O> os ti(etanos e os chineses l"taram pelo controlo de partes de KhamA )alai Mama pedi" aos in+leses "e prop"sessem I China "m armistícioQ a r#6retanha e* essas propostas aChian+ Kaishe sem "al"er res"ltadoA 'omente "ando o Vap#o con"isto" a -anch0ria e a-on+.lia %nterior 9riental e esta(elece" -anch""o 2 "e a China declaro" "ma tr2+"a em Khamvoltando a s"a atenç#o I rente nordesteA ;ma ve* mais os in+leses provaram ser protetoresineica*es do Ti(ete apesar da Convenç#o de 'imla de 1[1GA

9 Y%%% )alai Mama morre" em )e*em(ro de 1[OO e $etin+ $inpoche torno"se re+enteA 9s

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chineses enviaram "ma dele+aç#o com +enerosas oerendas para ver se o Ti(ete estava a+oradisposto a "nirse I $ep0(lica ChinesaA 9 overno Ti(etano declino" a oerta e reairmo" aindependHncia ti(etanaA ;m dos ministros ti(etanos aconselho" a proc"ra de a"xílio militar japonHs

 para manter os chineses I distância mas a <ssem(leia Nacional i+noro" na alt"ra a s"+est#oA

9 re+ente $etin+ estava disposto a transi+ir em al+"mas das exi+Hncias de !anchen Mama masrec"so" a escolta chinesaA "ando pedi" aos in+leses aj"da militar caso as orças chinesas de"al"er modo viessem os (ritânicos declinaramA Eles apenas pediriam aos chineses "e retirassemas s"as tropas mas Chian+ Kaishe rec"so"A

 No início de 1[OD !anchen Mama parti" para o Ti(ete com a s"a escolta militar chinesaA 9scom(ates entre as orças nacionalistas e os ins"r+entes com"nistas chineses d"rante a s"a rande-archa impediram o se" avanço atrav2s de KhamA )"rante os meses se+"intes ocorreramcomplexas ne+ociaçJes entre os +overnos ti(etanos chineses e (ritânicos so(re o caso de !anchenMamaA ,inalmente $etin+ concordo" com a escolta chinesa desde "e os in+leses +arantissem "eas tropas chinesas se retirassem atrav2s da %ndia lo+o ap.s I s"a che+adaA < China opUsseener+icamente I id2ia de "ma proteç#o estran+eira e os (ritânicos hesitaramA 'e+"i"se "m impasseA

Em 1[OF o Vap#o capt"ro" o resto da -on+.lia %nterior e norte da ChinaA <+ora completamenteenvolvidos na +"erra contra o Vap#o a China s"+eri" "e !anchen Mama esperasse em territ.riodominado pelos chineses e ele assim e*A No inal desse ano !anchen Mama adoece" e alece"terminando assim o epis.dioA Cont"do o se" le+ado ao +overno ti(etano oi "ma pro"nda alta deconiança nos chineses e a convicç#o de "e a r#6retanha en"anto onte de apoio eratotalmente ineica*A

)enovação do !nteresse Ti&etano pelo Lapão e Contato com aAleman7a Na,i

&itler torno"se chanceler da <lemanha em 1[OO no mesmo ano da morte do Y%%% )alai MamaA,ace aos conlitos ronteiriços entre -anch""o e a -on+.lia Exterior e ao estacionamento detropas sovi2ticas no 0ltimo o Vap#o assino" o !acto <ntiComintern com a <lemanha em

 Novem(ro de 1[ODA 9 !acto proclamava a hostilidade m0t"a relativamente I propa+aç#o docom"nismo internacionalA Concordaram "e nenh"m deles aria "m tratado político com a ;ni#o'ovi2tica e se os sovi2ticos viessem a atacar "al"er "m deles cons"ltariam "m ao o"tro so(re asmedidas a tomar para a proteç#o dos se"s interessesA

Em 1[OF o Vap#o capt"ro" a metade ocidental da -on+.lia %nterior e o norte da ChinaA <<lemanha anexo" a X"stria e parte da ChecoslovL"ia no mesmo anoA Com os exp"r+os de 'talinno se" apo+e" com as pretençJes chinesas de "ma presença militar no Ti(ete como prel0dio I s"aanexaç#o e com a alta de coniança no apoio (ritânico o Ti(ete "ma ve* mais proc"ro" proteç#o e

a"xílio militar no"tro ladoA < alternativa mais ra*oLvel era o Vap#oA <ssim em 1[O o overnoTi(etano controlado a+ora "nicamente pelo re+ente $etin+ retomo" os contatosA

-"itos ti(etanos admiravam o Vap#o como naç#o ("dista "e se tinha tornado n"m poder m"ndial en"m novo protetor do ("dismo especialmente na -on+.lia %nteriorA <l2m disso os japonesestinham aj"dado a treinar o ex2rcito ti(etano vinte anos antesQ os man"ais do ex2rcito ti(etano eramtrad"çJes do japonHsA !elo se" lado o Vap#o tinha "m interesse estrat2+ico no Ti(eteA Comoexpandi" a s"a rande Esera de Co!rosperidade da Xsia 9riental via o Ti(ete como "m tamp#o0til e necessLrio contra a %ndia (ritânicaA %sto se encaixava (em com o desejo ti(etano de

 permanecer independente da ChinaA

A E0pedição Na,i ao Ti&ete)evido ao !acto <ntiComintern Nipoermânico o Ti(ete tam(2m penso" em contactar

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oicialmente o +overno alem#oA < decis#o nada teve a ver com o apoio I ideolo+ia o" política na*imas sim I necessidade prLtica e Is vicissit"des da 2pocaA No entanto o +overno ti(etanoconservador prosse+"i" com ca"telaA Convido" "ma dele+aç#o explorat.ria do +overno na*i avisitar o Ti(ete para a cele(raç#o do Mosar 4ano novo8 c"jo convite levo" I terceira expediç#o aoTi(ete de Ernst 'chger em 1[O1[O[A 9s (ritânicos levantaram o(jeçJes mas os ti(etanosi+noraram o protestoA

'chger era "m caçador e "m (i.lo+oA <s s"as d"as expediçJes anteriores ao Ti(ete 1[O11[O> e1[OG1[OD tinham sido para esporte e pes"isa *ool.+icaA !or2m esta terceira expediç#o oienviada pelo <hnener(e 4)epartamento para o Est"do da &erança <ncestral8A 9s alem#es n#oestavam interessados em oerecer a"xílio o" proteç#o militar ao Ti(eteA %sto 2 .(vio pela escolhados mem(ros para a dele+aç#oA <l2m de 'chger a e"ipa incl"ía "m antrop.lo+o "m +eoisicista"m prod"tor de ilmes e "m líder t2cnicoA < s"a miss#o principal parece ter sido a mediç#o doscrânios dos ti(etanos a im de esta(elecHlos como antepassados dos arianos e conse"entementeaceitLveis en"anto raça intermediLria entre os alem#es e os japonesesA

)e acordo com ontes oc"ltistas na*is a expediç#o tam(2m proc"rava para a ca"sa na*i o apoio dosmestres de 'ham(hala "e eram +"ardiJes de poderes psí"icos secretosA 'ham(hala rec"so"

aj"dar mas os mestres oc"ltistas do reino s"(terrâneo de <+harti concordaram e milhares deti(etanos oram para a <lemanhaA Cont"do estas airmaçJes parece n#o serem a"tHnticasA Em(oraos alem#es no se" re+resso tivessem levado com eles n"merosos crânios para est"dos adicionaisnenh"m dos se"s relat.rios indica "e "al"er ti(etano os tenha acompanhado I <lemanhaA <l2mdisso n#o ocorreram expediçJes alem#s adicionaisA

R3er: < Mi+aç#o Na*i com 'ham(hala e o Ti(eteAS

#esenvolvimentos %"&se/"entes + E0pedição de %c7O((er<p.s al+"ns meses I Expediç#o de 'chger o panorama político e militar m"do" dramaticamenteA

Em -aio de 1[O[ o Vap#o invadi" a -on+.lia Exterior onde se conronto" com orte resistHnciado ex2rcito sovi2ticoA En"anto a (atalha ainda se encontrava violenta na -on+.lia &itler em<+osto de 1[O[ "e(ro" o !acto <ntiComintern com o Vap#o e assino" o !acto Na*i'ovi2tico aim de evitar a +"erra em d"as rentes e"ropeiasA No mHs se+"inte invadi" a !ol.nia mais o"menos na mesma alt"ra em "e o Vap#o oi derrotado na -on+.liaA 9s acontecimentosdemonstraram aos ti(etanos "e nem o Vap#o nem a <lemanha eram di+nos de coniança comoontes de proteç#o contra os sovi2ticosA <l2m disso como o Vap#o estava a*endo po"co pro+ressona con"ista do resto da China volto" a s"a atenç#o para a %ndochina e para o !acíicoA 9 Vap#o jLn#o parecia "m protetor contra os chinesesA <ssim o Ti(ete n#o teve o"tra alternativa sen#o osin+leses e a raca proteç#o "e a Convenç#o de 'imla lhe davaA

Em 'etem(ro de 1[G? a <lemanha o Vap#o e a %tLlia assinaram "ma aliança militar e econ.micaAEm V"nho de 1[G1 &itler "e(ro" o se" pacto com 'talin e ataco" a ;ni#o 'ovi2ticaA !or2mnenh"m dos acontecimentos levo" os ti(etanos a reconsiderarem a proc"ra de proteç#o nos poderesdo eixo centralA Ti(ete permanece" ne"tro d"rante a 'e+"nda "erra -"ndialA

Entretanto o interesse do Vap#o pelo Ti(ete contin"o" e cresce" ainda mais orte ap.s a s"a invas#oa 6"rma no início de 1[G>A !laneando entrar no Ti(ete atrav2s do norte de 6"rma o overno%mperial VaponHs or+ani*o" "m )epartamento da rande XsiaA Como se" conselheiro para osne+.cios ti(etanos o +overno aponto" <oi 6"nyo o "al vinte anos antes tinha trad"*idoman"ais de ex2rcito japoneses para o ti(etanoA 'o( s"a orientaç#o os japoneses prepararam mapase dicionLrios Ti(etanoVaponesesA <ntecipando a incl"s#o do Ti(ete na s"a Esera de Co!rosperidade at2 imprimiram dinheiro ti(etanoA !or2m com a derrota do Vap#o em 1[G os

 japoneses n"nca conse+"iram implementar os se"s planos para o Ti(eteA type=text/javascript

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A 9iação Na,i com %7am&7ala e Ti&ete<lexander 6er*in

-aio de >??OR;ma trad"ç#o eslovena deste arti+o tam(2m estL disponívelAS

!ntrod"ção-"itos mem(ros s"periores do re+ime na*i incl"indo &itler mantinham crenças oc"ltas (i*antinasAEntre 1[O e 1[O[ impelidos por essas crenças os alem#es enviaram "ma expediç#o oicial aoTi(ete a convite do +overno ti(etano para assistir Is cele(raçJes do Mosar 4<no Novo8A

9 Ti(ete tinha sorido "ma lon+a hist.ria de tentativas de anexaç#o pelos chineses e de alhas (ritânicas de prevenir a a+ress#o o" prote+er o Ti(eteA 'o( 'talin a ;ni#o 'ovi2tica perse+"i"severamente o ("dismo especiicamente a orma ti(etana praticada entre os mon+.is dentro dass"as ronteiras e do se" sat2lite a $ep0(lica !op"lar da -on+.lia 4-on+.lia Exterior8A !elocontrLrio o Vap#o apoiava o ("dismo ti(etano na -on+.lia %nterior "e tinha anexado como partede -anch""o o se" estadoantoche na -anch0riaA <le+ando "e o Vap#o era 'ham(hala o+overno imperial estava tentando +anhar o apoio dos mon+.is so( se" domínio para "ma invas#oda -on+.lia Exterior da 'i(2ria com o prop.sito de criar "ma conederaç#o panmon+ol so(

 proteç#o japonesaA

9 +overno ti(etano estava explorando a possi(ilidade de tam(2m o(ter a proteç#o do Vap#o ace Isit"aç#o instLvelA 9 Vap#o e a <lemanha tinham assinado "m !acto <ntiCommintern em 1[ODdeclarando a s"a hostilidade m0t"a em relaç#o I propa+aç#o do com"nismo internacionalA 9

convite para a visita de "ma dele+aç#o oicial da <lemanha Na*i oi prolon+ado neste contextoA Em<+osto de 1[O[ lo+o ap.s a expediç#o alem# ao Ti(ete &itler "e(ro" o se" pacto com o Vap#o eassino" o !acto Na*i'ovi2ticoA Em 'etem(ro os sovi2ticos derrotaram os japoneses "e tinhaminvadido em -aio a -on+.lia ExteriorA '"(se"entemente dos contatos japoneses e alem#es como +overno ti(etano nada se veio a materiali*arA

R!ara mais pormenores veja: 9 Envolvimento $"sso e VaponHs com o Ti(ete !r2Com"nista: 9 papel da Menda de 'ham(alaAS

3Lrios escritores so(re o oc"lto do p.s+"erra airmaram "e o ("dismo e a lenda de 'ham(haladesempenharam "m papel no contato oicial entre a <lemanha e o Ti(eteA 3amos examinar essa"est#oA

's Mitos de T7"le e 6ril9 primeiro elemento das crenças oc"ltistas na*is era o reino mítico de &iper(.reaTh"leA <ssimcomo !lat#o cito" a lenda e+ípcia da ilha a"ndada de <tlântida &er.doto menciono" a lendae+ípcia do continente &iper(.rea no norte distanteA "ando o +elo destr"i" esta terra anti+a o se"

 povo emi+ro" para o s"lA Escrevendo em 1DF[ o a"tor s"eco 9la $"d(ec identiico" o povo da<tlântida com os hiper(oreanos e sit"o" este 0ltimo no p.lo norteA )e acordo com vLrias narrativasa &iper(.rea dividi"se nas ilhas de Th"le e ;ltima Th"le "e al+"mas pessoas identiicaram coma %slândia e a ronelândiaA

9 se+"ndo in+rediente era a ideia de "ma terra ocaA No im do s2c"lo Y3%% o astr.nomo (ritânico'ir Edm"nd &alley s"+eri" pela primeira ve* "e a terra era oca consistindo em "atro eserasconcHntricasA < teoria da terra oca excito" as ima+inaçJes de m"itas pessoas especialmente com a

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 p"(licaç#o em 1DG da 0iagem ao Centro da +erra do novelista rancHs V0lio 3erneA

)epressa o conceito de vril  aparece"A Em 1F1 o novelista (ritânico Ed@ard 6"l@erMytton em A /a5a Jutura descreve" "ma raça s"perior os 3rilya "e viviam de(aixo da terra e planeavamcon"istar o m"ndo com vril "ma ener+ia psicocin2ticaA 9 a"tor rancHs Mo"is Vacolliot promove"o mito em !s Jil&os de eus 41FO8 e em As +radi56es Indo("uro'eias 41FD8A Nestes livros eleli+o" o vril com o povo s"(terrâneo de Th"le "e irL aproveitar o poder de vril para se transormarem s"perhomens e dominar o m"ndoA

9 il.soo alem#o ,riedrich Niet*sche 41GG1[??8 tam(2m enati*o" o conceito de Kbermensc& 4s"perhomem8 e começo" o se" tra(alho er Antic&rist 4! Anticristo8 418 com a rase59lhemosnos ace a aceA 'omos hiper(.reosA 'a(emos (astante (em "e estamos vivendo oradessa trilha7A Em(ora Niet*sche n"nca mencionasse o vril cont"do na s"a coleç#o de aorismos

 p"(licada post"mamente er Lille zur Mac&t  4 A 0ontade de 4oder 8 ele enati*o" o papel de "maorça interior no desenvolvimento s"perh"manoA Ele escreve" "e 5o re(anho7 si+niicando as

 pessoas com"ns ("sca se+"rança dentro de si mediante a criaç#o da moral e de re+ras en"anto"e os s"perhomens tHm "ma orça vital interior "e os leva al2m do re(anhoA Essa orça necessitae levaos a mentir ao re(anho por orma a permanecerem independentes e livres da 5mentalidade do

re(anho7A "m +&e Arctic ,ome of t&e 0edas 41[?O8 "m dos primeiros deensores da li(erdade indiana 6alan+adhar Tila de" mais "m to"e ao identiicar a emi+raç#o dos Th"leanos para o s"l com aori+em da raça arianaA <ssim m"itos alem#es no início do s2c"lo YY acreditavam "e eram osdescendentes dos arianos "e tinham emi+rado da &iper(.reaTh"le para o s"l e "e estavamdestinados a se tornarem a raça mestra dos s"perhomens atrav2s do poder de vrilA &itler era "mdelesA

A %ociedade de T7"le e a $"ndação do Partido Na,i

,elix Niedner o trad"tor alem#o das "ddas em n.rdico anti+o "ndo" a 'ociedade de Th"le em1[1?A Em 1[1 $"dol ,reiherr von 'e(ottendor esta(elece" a s"a ilial em -"ni"eA'e(ottendor tinha previamente vivido d"rante vLrios anos em %stam("l onde em 1[1? tinhaormado "ma sociedade secreta "e com(inava o s"ismo esot2rico com a -açonaria MivreA<creditavam no credo dos assassinos derivado da seita islâmica ismaelita Na*ari "e tinhalorescido d"rante as Cr"*adasA )"rante a s"a estadia em %stam("l 'e(ottendor tam(2m esteveind"(itavelmente li+ado ao movimento panT"raniano dos Vovens T"rcos iniciado em 1[? "eesteve por trLs do +enocídio armHnio de 1[11[1DA < T"r"ia e a <lemanha eram aliadas d"rante a!rimeira "erra -"ndialA )e re+resso I <lemanha 'e(ottendor tam(2m oi mem(ro da 9rdemermânica RermanenS 49rdem dos Te"tJes8 "ndada em 1[1> como "ma sociedade de direitaincl"indo "m secreto +r"po antisemíticoA <trav2s destes canais o assassinato o +enocídio e o anti

semitismo tornaramse partes do credo da 'ociedade de Th"leA 9 anticom"nismo oi adicionadoap.s a revol"ç#o com"nista 6avariana mais tarde em 1[1 "ando a 'ociedade Th"le de -"ni"etorno"se o centro do movimento contrarevol"cionLrioA

Em 1[1[ a sociedade crio" o !artido <lem#o dos Tra(alhadoresA Começando mais tarde nesse ano)ietrich Ecart "m mem(ro do círc"lo mais restrito da 'ociedade de Th"le inicio" &itler nasociedade e começo" a treinLlo nos se"s m2todos para "tili*ar o poder de vril para a criaç#o de"ma raça ariana de s"perhomensA &itler teve "ma inclinaç#o para o misticismo desde a s"a

 j"vent"de "ando est"do" o 9c"lto e a Teosoia em 3ienaA -ais tarde &ilter dedico" o Mein am'f a EcartA Em 1[>? &itler torno"se líder do !artido <lem#o dos Tra(alhadoresrenomeandoo ent#o para !artido Nacional 'ocialista dos Tra(alhadores <lem#es 4!artido Na*ista8A

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8a"s7o(erG a %ociedade 6ril e a 4eopolítica9"tra inl"Hncia principal no pensamento de &itler oi Karl &a"shoer 41D[1[GD8 "m conselheiromilitar alem#o j"nto dos japoneses ap.s a "erra $"ssoVaponesa de 1[?G1[?A !or"e estavaextremamente impressionado com a c"lt"ra japonesa m"itos acreditam "e ele oi responsLvel pela

 posterior aliança <lem#VaponesaA Ele tam(2m estava m"ito interessado na c"lt"ra indiana e

ti(etana aprende" sânscrito e airmava "e tinha visitado o Ti(eteA<p.s ter servido como +eneral na !rimeira "erra -"ndial &a"shoer "ndo" a 'ociedade 3ril em6erlim em 1[1A !artilhava as mesmas crenças (Lsicas "e a 'ociedade de Th"le e di*em "e erao se" círc"lo mais restritoA < 'ociedade proc"ro" contatar seres so(renat"rais de(aixo da terra paradeles o(ter os poderes de vrilA <irmo" tam(2m "e a raça ariana tinha tido ori+em na Xsia centralA&a"shoer desenvolve" a do"trina da eopolítica e nos inais da d2cada de 1[>? torno"se diretordo %nstit"to de eopolítica da ;niversidade M"d@i+-aximilians em -"ni"eA < +eopolíticaadvo+ava a con"ista de territ.rios para o(ter mais espaço vital 4<lem#o: 2ebensraum8 como "minstr"mento de o(tenç#o de poderA

$"dol &ess era "m dos est"dantes mais pr.ximos de &a"shoer e em 1[>O levo"o j"nto a &itler

"ando este estava preso devido ao se" +olpe de estado alhadoA !osteriormente &a"shoer visito"o "t"ro ,^hrer com re"Hncia ensinandolhe +eopolítica em associaç#o com as id2ias dassociedades de Th"le e 3rilA <ssim "ando &itler se torno" chanceler em 1[OO adoto" a +eopolíticacomo s"a política a im de a raça ariana con"istar a E"ropa 9riental a $0ssia e a Xsia centralA <chave para o s"cesso seria encontrar os antepassados da raça ariana na Xsia central os protetoresdos se+redos de vrilA

A %"ástica< s"Lstica 2 "m anti+o sím(olo indiano de (oa sorte im"tLvelA 5'"Lstica7 2 "m aport"+"esamentoda palavra sânscrita svastika "e si+niica o (emestar o" a (oa sorteA ;sada por hind"s ("distas e

 jainistas d"rante milhares de anos tam(2m se torno" di"ndida no Ti(eteA

< s"Lstica tam(2m aparece" na maioria das o"tras c"lt"ras anti+as do m"ndoA !or exemplo a s"avariaç#o antihorLrio Rno sentido contrLrio I direç#o em "e os ponteiros do rel.+io se movemSadotada pelos na*is tam(2m 2 a letra 57 no sistema de escrita r0nico medieval do norte daE"ropaA 9s -açJes Mivres tomaram a letra como "m sím(olo importante dado "e 57 poderiarepresentar od R)e"sS o rande ar"iteto do "niverso o" a eometriaA

< s"Lstica tam(2m 2 o sím(olo tradicional de Thor o )e"s n.rdico dos $elâmpa+os e do !oder4+&or  em escandinavo onner  em alem#o 4erkunas em 6Lltico8A !or ca"sa desta associaç#o como )e"s dos $elâmpa+os os letJes e os inlandeses tomaram a s"Lstica como insí+nia para s"asorças a2reas "ando se tornaram independentes depois da !rimeira "erra -"ndialA

 Nos inais do s2c"lo Y%Y "ido von Mist adoto" a s"Lstica como em(lema para o movimento Neo!a+#o da <lemanhaA No entanto os alem#es n#o "saram a palavra sânscrita suástica mas em ve*disso chamaramna 5&aenre"t*7 si+niicando 5cr"* en+anchada7A )errotaria e s"(stit"iria acr"* assim como o neopa+anismo derrotaria e s"(stit"iria o cristianismoA

Compartilhando o sentimento anticrist#o do movimento neopa+#o a 'ociedade de Th"le tam(2madoto" a cr"* en+anchada como parte do se" em(lema colocandoo n"m círc"lo com "m p"nhalalem#o vertical nele so(repostoA Em 1[>? por s"+est#o do )rA ,riedrich Krohn da 'ociedade deTh"le &itler adoto" a cr"* en+anchada n"m círc"lo (ranco como sím(olo central da (andeira do!artido Na*istaA &itler escolhe" o vermelho para cor de "ndo a im de competir contra a (andeira

vermelha do !artido Com"nista rivalA9s investi+adores ranceses Mo"is !a"@els e Vac"es 6er+ier em 2e Matin des Magiciens 4!

 es'ertar dos Mágicos8 41[D>8 escreveram "e &a"shoer convence" &itler a "sar a cr"*

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en+anchada como sím(olo do !artido Na*istaA Eles post"laram "e isso oi devido ao interesse de&a"shoer pela c"lt"ra indiana e ti(etanaA Esta concl"s#o 2 m"itíssimo improvLvel dado "e&a"shoer s. conhece" &itler em 1[>O e "ma ve* "e a (andeira na*i aparece" pela primeira ve*em 1[>?A ] mais provLvel "e &a"shoer tivesse "sado a presença da s"Lstica di"ndida na %ndia eno Ti(ete como evidHncia para convencer &itler de "e esta re+i#o era o local dos antepassados daraça arianaA

%"pressão dos 4r"pos 'c"ltistas )ivais pelos Na,is)"rante a primeira metade da d2cada de 1[>? "ma rivalidade violenta ocorre" na <lemanha entreas 'ociedades 9c"ltas e as Mojas 'ecretasA <nos mais tarde &itler contin"o" a perse+"iç#o aos<ntroposoistas aos Teosoistas aos -açJes Mivres e aos $osacr"*esA 3Lrios er"ditos atri("emesta política ao desejo de &itler eliminar "ai"er rivais oc"ltistas ao se" poderA

%nl"enciado pela escrita de Niets*che e pela do"trina da 'ociedade de Th"le &itler acreditava "eo cristianismo era "ma reli+i#o impereita e pervertida nas s"as rai*es pelo pensamento j"daicoA 3iaos se"s ensinamentos so(re o perd#o o tri"no dos racos e a a"toa(ne+aç#o como anti

evol"cionLrios e viase a si pr.prio como "m -essias s"(stit"indo )e"s e CristoA 'teiner tinha"sado a ima+em do <nticristo e de M0cier como "t"ros líderes espirit"ais "e iriam re+enerar ocristianismo n"ma nova e p"ra ormaA &itler oi m"ito mais lon+eA 3i"se a si pr.prio comolivrando o m"ndo de "m sistema de+enerado e criando "ma nova etapa na evol"ç#o da raça mestraarianaA N#o tolerava nenh"m <nticristo rival nem a+ora nem no "t"roA No entanto era tolerante"anto ao ("dismoA

R3er: -itos Estran+eiros Errados so(re 'ham(halaAS

' "dismo na Aleman7a Na,i

Em 1[>G em ,rohna" 6erlim !a"l )ahle "ndo" a 6"ddhistischen &a"s 4Casa para 6"distas8AEstava a(erta a mem(ros de todas as tradiçJes ("distas mas apoiava principalmente as tradiçJesTheravada e japonesa visto "e eram na"ela 2poca as mais amplamente conhecidas no ocidenteAEm 1[OO alí se reali*o" o primeiro Con+resso 6"dista E"rope"A 9s na*is permitiram "e a Casa

 para 6"distas permanecesse a(erta d"rante a +"erra mas controlavamna irmementeA Como al+"nsmem(ros sa(iam chinHs e japonHs a+iam como trad"tores para o +overno em troca da tolerância ao

 ("dismoA

Em(ora o re+ime na*i tivesse echado a 6"ddhistische emeinde 4'ociedade 6"dista8 em 6erlimativa desde 1[OD e prendido por po"co tempo em 1[G1 o se" "ndador -artin 'teine por re+ran#o perse+"iam os ("distasA )epois de ser li(ertado 'teine e o"tros contin"aram a ensinar o

 ("dismo em 6erlimA N#o hL nenh"ma prova no entanto de "al"er presença de proessores de ("dismo ti(etano no terceiro $eichA

< política na*i de tolerância ao ("dismo n#o prova "al"er inl"Hncia de ensinamentos ("distas a&itler o" I ideolo+ia na*iA ;ma explanaç#o mais provLvel seria a <lemanha n#o pretender

 prej"dicar as relaçJes com o se" aliado ("dista o Vap#oA

' A7nener&e'o( a inl"Hncia de &a"shoer &itler a"tori*o" ,rederic &ielscher em 1[O a esta(elecer o<hnener(e 4)epartamento para o Est"do da &erança <ncestral8 com o coronel olram von'ievers como diretorA Entre o"tras "nçJes &itler encarre+o"o de pes"isar r"nas +ermânicas e as

ori+ens da s"Lstica e sit"ar a ori+em da raça arianaA Ti(ete era o candidato mais prometedorA

<lexander Csoma de Krs 4Krsi Csoma 'andor8 41FG1G>8 era "m er"dito h0n+aro o(cecado

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 pela ("sca das ori+ens do povo h0n+aroA Com (ase nas ainidades lin+"ísticas entre o h0n+aro e aslín+"as t"rcomanas Ro" t0r"icasS achava "e as ori+ens do povo h0n+aro se encontravam no5reino de W"+"rs 4;i+h"rs87 no T"r"ist#o 9riental 4Yinjian+ 'inian+8A Ele acreditava "e seconse+"isse che+ar a Mhasa lL iria encontrar as chaves para locali*ar a s"a terra de ori+emA

9 h0n+aro o inlandHs as lín+"as t"rcomanas Ro" t0r"icasS o mon+ol e o manch" pertencem Iamília das lín+"as "raloaltaicas tam(2m conhecidas como a amília t"raniana da palavra persa+uran para T"r"ist#oA < partir de 1[?[ os t"rcos tiveram "m movimento pant"raniano liderado

 por "ma sociedade conhecida como os Vovens T"rcosA Em 1[1? a 'ociedade T"raniana &0n+aradepressa a se+"i" e em 1[>? o mesmo acontece" com a <liança T"raniana da &"n+riaA <l+"nser"ditos acreditam "e as lín+"as japonesa e coreana tam(2m pertencem I amília t"ranianaA <ssimem 1[>1 a <liança Nacional T"raniana oi "ndada no Vap#o e nos inais da d2cada de 1[O? a'ociedade T"raniana VaponesaA &a"shoer estava sem d0vida ciente destes movimentos "e

 proc"ravam as ori+ens da raça t"raniana na Xsia centralA Encaixava (em com a 'ociedade de Th"le"e tam(em lL proc"rava as ori+ens da raça arianaA 9 se" interesse pela c"lt"ra ti(etana de" "m

 peso adicional I candidat"ra do Ti(ete como chave para a desco(erta de "ma ori+em com"m para asraças arianas e t"ranianas e para a o(tenç#o do poder de vril "e os se"s líderes espirit"ais

 poss"íamA&a"shoer n#o era a 0nica inl"Hncia no interesse de <hnener(e pelo Ti(eteA &ielscher era ami+o de'ven &edin o explorador s"eco "e tinha cond"*ido expediçJes ao Ti(ete em 1[O em 1[[1[?>e em 1[?1[? e "ma expediç#o I -on+.lia em 1[>F1[O?A ,avorito dos na*is &itler convido"oa pron"nciar o disc"rso de a(ert"ra dos Vo+os 9límpicos de 6erlim em 1[ODA &edin envolve"se na'"2cia em atividades de propa+anda pr.na*i e e* n"merosas missJes diplomLticas I <lemanhaentre 1[O[ e 1[GOA

Em 1[OF &immler transormo" o <hnener(e n"ma or+ani*aç#o oicial associada Is '' 4<lem#o:Sc&utzstaffel  E"ipa de !roteç#o8 e seleciono" o proessor alther ^st presidente do)epartamento de 'ânscrito da ;niversidade de M"d@i+-aximilians em -"ni"e como se" novo

diretorA 9 <hnener(e teve "m Ti(et %nstit"t 4%nstit"to do Ti(ete8 "e oi renomeado de 'ven &edin%nstit"t ^r %nnerasien "nd Expeditionen 4%nstit"to de 'ven &edin para Xsia %nterior e ExpediçJes8em 1[GOA

A E0pedição Na,i ao Ti&eteErnst 'chger "m caçador e (i.lo+o alem#o participo" em d"as expediçJes ao Ti(ete em 1[O11[O> e 1[OG1[OD para esporte e pes"isa *ool.+icaA 9 <hnener(e patrocino"o para liderar "materceira expediç#o 41[O1[O[8 ace ao convite oicial do +overno ti(etanoA < visita coincidi" com arenovaç#o do contato ti(etano com o Vap#oA ;ma possível explicaç#o para o convite seria a de "e o+overno ti(etano desejaria manter relaçJes cordiais com os japoneses e se"s aliados alem#es como

contrapeso aos in+leses e os chinesesA <ssim o +overno ti(etano de" as (oasvindas I expediç#oalem# por ocasi#o da cele(raç#o do ano novo 4Mosar8 1[O[ em MhasaA

R3er: 9 Envolvimento $"sso e VaponHs com o Ti(ete !r2Com"nista: 9 !apel da Menda de'ham(halaAS

Em Jest der Beissen Sc&leierD "ine Jorsc&erfa&rt durc& +ibet nac& 2&asa% der &eiligen Stadt desottknigtums 4 Jestival dos Cac&ec3is 1rancos de azeD 9ma "8'edi5ão de Investiga5ão atrav;sdo +ibete a 2&asa% a Cidade Santa da +erro do /ei(eus8 41[?8 Ernst 'chger descreve" as s"asexperiHncias so(re a expediç#oA )"rante as estividades relato" ele o 9rLc"lo de Nech"n+ aviso""e em(ora os alem#es tivessem tra*ido presentes e palavras doces o Ti(ete deveria ter c"idado: olíder da <lemanha 2 como "m dra+#oA Tsaron+ o anterior líder pr.japonHs das orças armadas

ti(etanas tento" s"avi*ar a prediç#oA )isse "e o $e+ente tinha o"vido m"ito mais do 9rLc"lo mas"e ele pr.prio n#o estava a"tori*ado a div"l+ar os detalhesA 9 $e+ente re*a diariamente para "en#o haja +"erra entre os in+leses e os alem#es dado "e isto tam(2m viria a ter conse"Hncias

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terríveis para o Ti(eteA <m(os os países devem compreender "e todas as (oas pessoas devem re*aro mesmoA )"rante o resto da s"a estada em Mhasa 'chger re"ni"se re"entemente com o$e+ente e teve com ele "m (om relacionamentoA

9s alem#es estavam extremamente interessados em esta(elecer relaçJes ami+Lveis com o Ti(eteA <s"a a+enda no entanto era li+eiramente dierente da dos ti(etanosA ;m dos mem(ros da expediç#ode 'chger era o antrop.lo+o 6r"no 6e+er "e era responsLvel pela pes"isa racialA Tendotra(alhado com &A,AKA ^nther em ie nordisc&e /asse bei den Indogermanen Asiens 4 A /a5a

 N3rdica entre os Indo(Alemães da Osia8 6e+er apoio" a teoria de ^nther de "ma 5raçasetentrional7 na Xsia central e no Ti(eteA Em 1[OF ele tinha proposto "m projeto de pes"isa para oTi(ete 9riental e com a expediç#o de 'chger tinha planeado investi+ar cientiicamente ascaracterísticas raciais dos povos ti(etanosA En"anto no Ti(ete e em 'iim no caminho 6e+ermedi" os crânios de tre*entos ti(etanos e siimeses e examino" al+"mas das s"as o"trascaracterísticas ísicas e marcas corporaisA Concl"i" "e os ti(etanos oc"pavam "ma posiç#ointermediLria entre as raças mon+.is e e"ropeias com o elemento racial e"rope" mais

 pron"nciadamente marcado entre a aristocraciaA

)e acordo com $ichard reve 5Ti(etorsch"n+ in ''<hnener(e 4!es"isa Ti(etana na ''

<hnener(e87 p"(licada em TA &a"schild 4edA8 =2ebenslust und Jremdenfurc&t@ P "t&nologie im ritten /eic& 4=4ai8ão 'ela 0ida e Qenofobia@ P "tnologia no +erceiro /eic& 8 41[[8 6e+errecomendo" "e os ti(etanos poderiam desempenhar "m papel importante depois da vit.ria inal doTerceiro $eichA !oderiam servir como "ma raça aliada n"ma conederaç#o panmon+ol so( oa"spício da <lemanha e do Vap#oA Em(ora 6e+er tivesse tam(2m recomendado est"dos adicionais

 para medir todos os ti(etanos no entanto n#o oram empreendidas "ais"er o"tras expediçJes aoTi(eteA

%"postas E0pediç.es 'c"ltistas ao Ti&ete)iversos est"dos do p.s+"erra so(re o na*ismo e o oc"ltismo tal como +&e S'ear of estiny 4 A 

 2an5a do estino8 41[FO8 por Trevor $avenscrot airmaram "e so( a inl"Hncia de &a"shoer eda 'ociedade de Th"le a <lemanha envio" expediçJes an"ais ao Ti(ete de 1[>D a 1[GOA < s"amiss#o era em primeiro l"+ar encontrar e depois manter contato com os antepassados arianos em'ham(hala e em <+harti cidades s"(terrâneas escondidas de(aixo dos &imalaiasA ML os mestreseram os protetores de poderes oc"ltos secretos especialmente de vril e as missJes proc"ravam as"a aj"da na "tili*aç#o desses poderes para a criaç#o de "ma raça mestra arianaA )e acordo comestes relatos 'ham(hala rec"so" dar "al"er aj"da mas <+harti concordo"A '"(se"entemente a

 partir de 1[>[ +r"pos de ti(etanos oram s"postamente I <lemanha e esta(eleceram lojasconhecidas como 'ociedade de &omens 3erdesA Em relaç#o I 'ociedade do )ra+#o 3erde noVap#o por interm2dio de &a"shoer ela s"postamente aj"do" a ca"sa na*i com os se"s poderes

oc"ltosA &immler oi atraído a esses +r"pos de mestres Ti(etanos<+harti e s"postamente pelass"as inl"Hncias esta(elece" o <hnener(e em 1[OA

Com exceç#o do ato de "e &immler n#o esta(elece" o <hnener(e mas em ve* disso incorporo"o nas '' em 1[OF o relato de $avenscrot cont2m o"tras airmaçJes d0(iasA < principal 2 o s"postos"porte de <+harti pela ca"sa na*iA Em 1[>> o cientista polaco ,erdinand 9ssendo@si p"(lico"

 1estas% ,omens e euses descrevendo as s"as via+ens atrav2s da -on+.liaA Nele relato" tero"vido alar do reino s"(terrâneo de <+harti so( o deserto o(iA No "t"ro os se"s poderososha(itantes viriam I s"perície salvar o m"ndo do desastreA < trad"ç#o alem# do livro de9ssendo@si +iere% Mensc&en und tter  aparece" em 1[>O e torno"se m"ito pop"larA 'ven &edincont"do p"(lico" em 1[> !ssendoBski und die La&r&eit  4!ssendoBski e a 0erdade8 atrav2s do"al den"ncio" as airmaçJes do cientista polacoA Chamo" a atenç#o de 9ssendo@si ter recolhidoa ideia so(re <+harti da novela de 'aintWves df<lveidre escrita em 1D intit"lada Mission delEInde en "uro'e 4 Missião da India na "uro'a8 para tornar a s"a hist.ria mais atraente para o

 p0(lico alem#oA )ado "e &edin tinha "ma orte inl"Hncia no <hnener(e 2 improvLvel "e este

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departamento tivesse enviado "ma expediç#o especiicamente para encontrar 'ham(hala e <+hartie s"(se"entemente tivesse rece(ido a"xílio do 0ltimoA

R3er: -itos Estran+eiros Errados so(re 'ham(halaAS

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Crenças Estraneiras !ncorretas so&re%7am&7ala

<lexander 6er*in Novem(ro de 1[[D revisado em -aio e )e*em(ro de >??O

R;ma trad"ç#o eslovena deste arti+o estL tam(2m disponívelAS

!ntrod"ção-"itos mitos estran+eiros cresceram em volta da le+enda de 'ham(hala encontrada na literat"ra deKalacharaA <l+"ns oram espalhados para +anhar apoio militar o" político tal como a identiicaç#oda $0ssia da -on+.lia o" do Vap#o como 'ham(halaA 9"tros apareceram dentro de movimentosoc"ltistas e mist"raram id2ias ("distas com conceitos de o"tros sistemas de crençasA 3Lrios at2or+ani*aram expediçJes para encontrar a terra le+endLriaA

)ois círc"los s"r+iram entre as versJes oc"ltistasA ;m deles considerava 'ham(hala como "m paraíso "t.pico c"jo povo virL salvar o m"ndoA 9 escritor (ritânico Vames &ilton encaixase nestecírc"loA 9 se" tra(alho de1[OO 2ost ,orizon R ,orizonte 4erdido? descreve 'han+rila como "m

 paraíso espirit"al sit"ado n"m vale inacessível e secreto no Ti(eteA 'han+rila 2 ind"(itavelmente"ma corr"pç#o romântica de 'ham(halaA 9 o"tro círc"lo descreve" 'ham(hala como "ma terra de poderes mal2volosA 3Lrios relatos do p.s+"erra so(re a li+aç#o entre o na*ismo e o oc"ltismoapresentam esta interpretaç#oA ] importante n#o se con"ndir "al"er "ma destas distorçJes com o

 pr.prio ("dismoA )eixemnos traçar o enUmenoA

Teoso(ia< -adame &elena 6lavatsy 41O11[18 nasce" na ;crânia ilha de aristocracia $"ssaA )otadacom poderes extrasensoriais viajo" pelo m"ndo em ("sca de ensinamentos oc"ltos e secretos e

 passo" m"itos anos no s"(continente indianoA )e 1DF a 1F? ela est"do" ("dismo ti(etano com

mestres indianos m"ito provavelmente das re+iJes c"lt"rais ti(etanas dos &imalaias indianosd"rante a s"a s"posta estadia no -osteiro de Tashilh"npo no Ti(eteA

6lavatsy encontro" o ("dismo ti(etano n"ma alt"ra em "e a er"diç#o e"ropeia oriental estavaainda na s"a inância e em "e po"cas trad"çJes o" narrativas estavam disponíveisA E mais ela tevea oport"nidade de aprender somente ra+mentos desconj"ntados dos se"s vastos ensinamentosA Nass"as cartas privadas escreve" "e como o p0(lico ocidental tinha na"ela alt"ra po"caamiliaridade com o ("dismo ti(etano ela decidi" trad"*ir e explicar os termos (Lsicos comconceitos mais pop"larmente conhecidos do hind"ísmo e do oc"ltismoA !or exemplo ela trad"*i"trHs dos "atro m"ndosilhas 4"atro continentes8 em volta de -onte -er" como as ilhas perdidasdesaparecidas de &iper(.rea da Mem0ria e da <tlântidaA )o mesmo modo apresento" as "atro

raças h"man.ides mencionadas no <(hidharma e nos ensinamentos de Kalachara 4nascidos pormeio de transormaç#o "midade e calor ovos e 0teros8 como as raças destes m"ndosilhasA < s"aconvicç#o de "e os ensinamentos esot2ricos de todas as reli+iJes do m"ndo ormam "m corpo de

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conhecimento oc"lto reorço" a s"a decis#o de trad"*ir desse modo e ela tomo" a iniciativa dedemonstrar isso nas s"as escritasA

V"ntamente com o coronel americano espirit"alista &enry 'teel 9lcott -adame 6lavatsy "ndo" a'ociedade Teos.ica em 1F em Nova %or"eA <s s"as sedes internacionais m"daram para -adrasna ndia po"co depoisA "ando o se" cole+a <lred !ercy 'innett identiico" a teosoia com o

 ("dismo esot2rico em "soteric 1udd&ism R 1udismo "sot;ricoS 41O8 6lavatsy re"to" a s"aale+aç#oA )e acordo com as s"as 2etters of ,. 4. 1lavatsky to A. 4. Sinnett  RCartas de ,. 4.

 1lavatsky a A. 4. Sinnett S "e oram p"(licadas post"mamente a posiç#o de 6lavatsy era "e ateosoia transmitia 5os ensinamentos oc"ltos secretos de trans&imalaia7 e n#o os ensinamentos do

 ("dismo ti(etanoA N#o o(stante atrav2s de s"as escritas o oeste veio primeiro a associar'ham(hala com o oc"ltismo e m"itos s"(se"entemente con"ndiram esta li+aç#o com osverdadeiros ensinamentos do ("dismoA

Em 1 6lavatsy menciono" 'ham(hala na s"a o(ra principal +&e Secret octrine R A  outrinaSecretaS os ensinamentos "e ela disse ter rece(ido telepaticamente dos se"s proessores no Ti(eteAEla escreve" n"ma carta "e em(ora os se"s proessores ossem 5 (yan+t*yoo(s7 o" 5tchan+ch"(s7 4Ti(: byang(c&ub% 'ânsc: bod&isattva8 reencarnados ela tinhaos chamado 5mahatmas7

dado "e esse termo era mais conhecido pelos in+leses na ndiaA< ori+em ti(etana dos ensinamentos em +&e Secret octrine R A  outrina SecretaS 6lavatsyairmo" 2 +&e Stanzas of zyan R As "st:ncias de zyanS o primeiro vol"me dos comentLrios aossete .lios secretos de iu(teA 5Ki"te7 transcreve 5 r+y"dsde7 ti(etano "e si+niica 5divis#otantra7 "e 2 o tít"lo da primeira seç#o do angyur  as trad"çJes ti(etanas das palavras de 6"daA5)*yan7 transcreve o sânscrito 5 dhyana7 4VapA zen8 si+niicando esta(ilidade mentalA 6lavatsyestava ciente "e +&e alac&akra +antra R! +antra  alac&akra? era o primeiro arti+o na divis#otantra do angyur  "ma ve* "e ela menciono" esse ato n"m dos se"s apontamentosA No entantoela explico" "e os sete .lios secretos n#o a*iam realmente parte do iu(te p"(licado e assim n.sn#o encontramos "al"er coisa similar Is Stanzas de zyan nessa coleç#oA

 N#o estL claro at2 "e ponto 6lavatsy realmente est"do" os textos de Kalachara diretamenteA 9 primeiro material ocidental so(re o t.pico oi "m arti+o de 1OO entit"lado 5Note on the 9ri+ins othe Kalachara and <di6"ddha 'ystems7 R9(servaçJes so(re as 9ri+ens dos 'istemas deKalachara e de <di6"ddhaS pelo pioneiro er"dito h0n+aro <lexander Csomo de Krs 4KrsiCsoma 'andor8A )e Krs compilo" o primeiro dicionLrio e +ramLtica ti(etana n"ma lín+"aocidental o in+lHs em 1OGA ! +ibetan(/ussian ictionary and rammar  R icionário e ramática+ibetano(/ussaS de Vaov 'chmidt depressa se+"i" em 1O[A < maioria do conhecimento de6lavatsy so(re o Kalachara cont"do veio do capít"lo intit"lado 5The Kalachara 'ystem7 R9'istema de KalacharaS em 1udd&ism in +ibet  R 1udismo no +ibeteS 41DO8 por Emil 'chla+int@eitcomo evidenciado pelo empr2stimo de m"itas passa+ens desse livro nas s"as o(rasA 'e+"indo o se"

 princípio de trad"ç#o no entanto ela rende" 'ham(hala em termos de conceitos semelhantes aohind"ísmo e oc"ltismoA

< primeira trad"ç#o in+lesa de +&e 0is&nu 4urana R! 0is&nu 4uranaS por &orace &aymanallace tinha aparecido em 1DG trHs anos antes da s"posta visita de 6lavatsy ao Ti(eteA )eacordo com essa o(ra ela explico" 'ham(hala em termos da apresentaç#o hind" neste texto: 2 avila onde o "t"ro messias <vatar de Kali irL aparecerA 6lavatsy escreve" "e o Kali 2 53ishn" o Messias no Cavalo 1ranco dos (ramanesQ o 6"da -aitreya dos ("distasQ 'osiosh dos

 parsisQ e Ves"s dos crist#os7A Ela tam(2m airmo" "e 'hanaracharya o "ndador de <dvaitya3edanta do início do s2c"lo %Y 5ainda vive entre a %rmandade de 'ham(alla do o"tro lado dos&imalaias7A

 No"tro l"+ar ela escreve" "e "ando Mem0ria se a"ndo" parte do se" povo so(revive" em<tlântida en"anto "e parte dos se"s eleitos mi+ro" para a ilha sa+rada de 5'ham(allah7 nodeserto de o(iA No entanto nem a literat"ra de Kalachara nem +&e 0is&nu 4urana mencionam<tlântida Mem0ria -aitreya o" 'osioshA Cont"do a associaç#o de 'ham(hala com eles contin"o"

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entre os se+"idores de 6lavatsyA

< locali*aç#o de 6lavatsy de 'ham(hala no deserto de o(i n#o 2 s"rpreendente visto "e osmon+.is incl"indo a pop"laç#o ("ryat da 'i(2ria e os almys da re+i#o mais (aixa do 3ol+a eramortes se+"idores do ("dismo ti(etano partic"larmente dos se"s ensinamentos de KalacharaA)"rante s2c"los os mon+.is em toda parte acreditaram "e a -on+.lia 2 o $eino N.rdico de'ham(hala e 6lavatsy tinha sem d0vida conhecimento das crenças dos ("ryat e dos almy na$0ssia

6lavatsy tam(2m poderia ter rece(ido conirmaç#o da s"a locali*aç#o de 'ham(hala no deserto deo(i Ra partirS das escritas de Csoma de KrsA N"ma carta de 1> ele escreve" "e 'ham(hala 2como "ma Ver"sal2m ("dista estendida entre G e ? +ra"s de lon+it"deA Em(ora ele achasse "e'ham(hala seria provavelmente encontrada no deserto de Ki*il"m no Ca*a"ist#o o deserto o(itam(2m caía dentro das d"as lon+it"desA -ais tarde o"tros tam(2m o sit"ariam dentro destes

 parâmetros por2m o" no T"r"ist#o 9riental 4Yinjian+ 'inian+8 o" nas montanhas de <ltaiA

Em(ora a pr.pria 6lavatsy n"nca airmasse "e 'ham(hala era a onte de +&e Secret octrine R A outrina Secreta? mais tarde vLrios teosoistas i*eram esta li+aç#oA !roeminentemente entre elesestava a <lice 6ailey em 2etters on !ccult Meditation RCartas sobre Medita5ão !cultaS 41[>>8A&elena $oerich nas s"as Collected 2etters RTU(RTV$ RCartas Coletados RTU(RTV$S tam(2mescreve" "e 6lavatsy era "ma mensa+eira da %rmandade 6ranca de 'ham(halaA <l2m disso elarelato" "e em 1[OG o $e+ente de 'ham(hala tinha chamado de volta ao Ti(ete os mahatmas "etinham transmitido os ensinamentos secretos a 6lavatsyA

Asserção de #oriev da )ússia como %7am&7ala< primeira principal exploraç#o da le+enda de 'ham(hala para inalidades políticas tam(2menvolve" a $0ssiaA <+van )orjiev 41G1[O8 era "m mon+e mon+ol de 6"ryat "e est"do" emMhasa e torno"se !arceiro -or de )e(ates 4T"tor <ssistente8 do Y%%% )alai MamaA ,ace Is

ma"inaçJes (ritânicas e chinesas para controle do Ti(ete ele convence" o )alai Mama a virarse para a $0ssia para apoio militarA )e acordo com a Eai Ka@a+"chi em +&ree *ears in +ibet  R+r>s Anos no +ibet S Hlo di*endolhe "e a $0ssia era 'ham(hala e "e o C*ar Nicholas %% era areencarnaç#o de Tson+hapa o "ndador da tradiç#o el"+A )orjiev oi em diversas missJes ICorte %mperial $"ssa mas n"nca conse+"i" o(ter "al"er aj"daA No entanto conse+"i" convencero C*ar a constr"ir "m templo ("dista em '#o !eters("r+oA

< primeira cerimUnia p0(lica no templo teve l"+ar em 1[1OA ,oi "m rit"al para a lon+a vida da)inastia dos $omanov no aniversLrio do se" tricentenLrioA )e acordo com <l(ert r^n@edel oexplorador alem#o da Xsia central em er Leg nac& S&amb&ala R! Camin&o 'ara S&ambalaS41[18 )orjiev alo" da )inastia dos $omanov como os descendentes dos re+entes de 'ham(halaA

R!ara mais detalhes veja: Envolvimento $"sso e VaponHs com o Ti(ete !r2com"nista: 9 !apel daMe+enda de 'ham(halaAS

MonFliaG Lapão e %7am&7ala< exploraç#o política se+"inte da le+enda de 'ham(hala ocorre" na -on+.liaA 9 6ar#o von;n+ern'tern(er+ "m alem#o "e vive" na $0ssia era "m ervoroso anti6olchevi"eA )"rante a"erra Civil "e se se+"i" I $evol"ç#o $"ssa de 1[1F ele l"to" na 'i(2ria com as orças (rancas4c*aristas8 $"ssasA Ele invadi" a -on+.lia Exterior em 1[>? com s"cesso para li(ertLla doschinesesA ,amoso pela s"a cr"eldade ;n+ern massacro" milhares de chineses mon+.iscola(oradores (olchevi"es r"ssos e j"de"s +anhando o nome de 56ar#o Mo"co7A ;n+ernacreditava "e todos os j"de"s eram (olchevi"esA

'"he 6at"r esta(elece" o overno Com"nista -on+ol !rovis.rio em 6"ryatia e cond"*i" "m

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ex2rcito mon+ol contra ;n+ernA Ele mo(ili*o" as s"as tropas di*endolhes "e l"tando para li(ertara -on+.lia de opress#o eles iriam renascer no ex2rcito de 'ham(halaA Com a aj"da do Ex2rcito3ermelho 'ovi2tico '"he 6at"r invadi" ;r+a 4;laan 6aatar8 a capital -on+ol no im de 1[>1A <$ep0(lica !op"lar da -on+.lia oi "ndada em 1[>GA

)epois da invas#o japonesa da -on+.lia %nterior em 1[OF o Vap#o tam(2m exploro" a le+enda de'ham(hala para proveito políticoA !ara tentar o(ter a lealdade dos mon+.is espalho" a propa+anda"e o Vap#o era 'ham(halaA

R!ara mais detalhes veja: Exploraç#o da Me+enda de 'ham(hala para o Controle da -on+.liaAS

'ssendos3i e A7arti No livro de 1[>> 1easts% Men and ods R 1estas% ,omens e eusesS % ,erdinand 9ssendo@si41FD1[G8 "m cientista polonHs "e passo" a maior parte da s"a vida na $0ssia escreve" so(reas s"as via+ens recentes I -on+.lia Exterior d"rante as campanhas do 6ar#o von ;n+ern'tern(er+A 9ssendo@si relato" "e vLrios lamas mon+.is lhe tinham alado de <+harti "m reinos"(terrâneo de(aixo da -on+.lia +overnado pelo $ei do -"ndoA No "t"ro "ando o

materialismo arr"inar o m"ndo irL haver "ma +"erra terrívelA Nessa alt"ra o povo de <+harti virL Is"perície aj"dar a terminar a violHnciaA 9ssendo@si relato" "e ele convence" ;n+ern da s"ahist.ria e "e s"(se"entemente ;n+ern mando" missJes em ("sca <+harti d"as ve*escond"*idas pelo !ríncipe !o"l*i+A <s missJes alharam e o !ríncipe n"nca retorno" da se+"ndaexpediç#oA

Kamil i*ycy era "m en+enheiro do ex2rcito polonHs "e tam(2m l"to" contra os 6olchevi"es na'i(2ria e depois se j"nto" Is orças de ;n+ern na -on+.liaA N#o e* menç#o nenh"ma de <+hartina s"a narrativa dos eventos da alt"ra 4o'rzez 9r-anc&e- i Mongolie R Atrav;s de 9rank&ai e da

 Mong3liaS 41[>[8A %nteressantemente relato" "e 9ssendo@si aj"do" o 6ar#o Mo"co oerecendolhe a .rm"la para a*er +Ls venenosoA

Em(ora os textos de Kalachara n"nca descrevam 'ham(hala como "m reino s"(terrâneo orelat.rio de 9ssendo@si paralela claramente a narrativa de Kalachara do re+ente Kali de'ham(hala vindo aj"dar o m"ndo terminar "ma +"erra apocalípticaA No entanto o aparecimento de<+harti a"i 2 di+no de atenç#oA 9 nome n#o aparece na literat"ra de Kalachara nem nas o(ras da-adame 6lavatsyA

9 a"tor rancHs Voseph<lexandre 'aintWves d` <lveidre primeiro pop"lari*o" a le+enda de <+harti4<+harta <s+artha <+arthi <+ardhi8 no se" romance Mission de lEInde en "uro'e R Missão da

 Wndia na "uro'aS escrita em 1DA Ele descreve"a como "m reino s"(terrâneo com "ma"niversidade "e 2 "m reposit.rio de conhecimento secretoA Mocali*ado ori+inalmente em <yodhyandia oi m"dada para "m l"+ar secreto de(aixo dos &imalaias 1?? anos antes de CristoA 9 se"

rei "m 5mahatma7 +"arda os se"s se+redos e n#o os revelo" dado "e eles iriam permitir as orçasdo <nticristo de constr"ir armas poderosasA "ando as orças mali+nas tiverem sido destr"ídas osmahatmas ir#o revelar se"s se+redos para o (eneício da h"manidadeA

'aintWves d` <lveidre pode ter de ato retirado vLrios elementos da s"a hist.ria da disc"ss#o deKalachara so(re 'ham(halaA 9 n0mero 1?? aparece repetidamente como "m motivo na literat"rade Kalachara e os textos clLssicos relatam "e os líderes de 'ham(hala poss"íam o conhecimento

 para constr"ir armas para derrotar as orças do invasorA N#o o(stante o a"tor rancHs claramenteescreve" "m tra(alho de icç#oA

Em !ssendoBski und die La&r&eit  R!ssendoBski e a 0erdadeS 41[>8 'ven &edin o exploradors"eco do Ti(ete rejeito" as asserçJes de 9ssendo@si ter o"vido de <+harti atrav2s dos lamas

mon+.isA Ele escreve" "e o cientista polonHs tinha tirado o mito de <+harti de 'aintWves d`<lveidre e o tinha moldado I s"a hist.ria a im de atrair a leit"ra de "m p0(lico alem#o jLamiliari*ado a "m certo nível com o oc"ltoA &edin admiti" cont"do "e o Ti(ete e o )alai Mama

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eram os protetores do conhecimento secretoA

;ma explanaç#o adicional no entanto poderia ser "e 9ssendo@si "so" o mito de <+harti parao(ter o avorecimento de ;n+ernA ;n+ern teria sem d0vida identiicado as orças materialísticas do<nticristo "e <+harti iria aj"dar a derrotar como os (olchevi"es contra "em ele estava l"tandoA3isto "e '"he 6at"r estava a mo(ili*ar as s"as tropas com a promessa de 'ham(hala ;n+ern

 poderia i+"almente "sar a est.ria de <+harti para se" pr.prio proveitoA 'e este osse o caso poderíamos de a"i traçar a vers#o da le+enda de 'ham(hala "e descreve" 'ham(haladesavoravelmenteA

)oeric7G %7am&7ala e Ani Doa Niolai $oerich 41FG 1[GF8 pintor r"sso e est"dante ervoroso de teosoia tinha estado nocomitH para a constr"ç#o do templo ("dista em '#o !eters("r+o e tinha eito o plano para as s"as

 janelas de vidro coloridoA < s"a esposa &elena oi "em trad"*i" +&e Secret octrine R A outrinaSecreta? de 6lavatsy para o r"ssoA Entre 1[> e 1[> ele diri+i" "ma expediç#o da ndia atrav2sdo Ti(ete I -on+.lia Exterior e I re+i#o da montanha de <ltai na 'i(2ria a norte do T"r"ist#o

9rientalA 9 s"posto o(jetivo era est"dar plantas etnolo+ia e lín+"as e pintarA Cont"do o se"o(jetivo principal era desco(rir 'ham(halaA

)e acordo com diversos relatos teos.icos a miss#o de $oerich era devolver a 'ham(hala "mac&intamani 4j.ia "e concede desejos8 coniada nele pela Mi+a das NaçJesA 9 se" +r"po airmo" terlocali*ado 'ham(hala na re+i#o de <ltaiA -esmo hoje em dia os se+"idores de $oerich contin"ams"a convicç#o "e as montanhas de <ltai s#o "m +rande centro espirit"al associado de al+"m modoa 'ham(halaA

< ("sca de $oerich de 'ham(hala oi talve* parcialmente inspirada por er Leg nac& S&amb&ala R! Camin&o 'ara o S&amb&alaS de r^n@edel "e continha "ma trad"ç#o de +&e uidebook toS&amb&ala R! uia 'ara S&amb&alaS 4Ti(A S&am(b&a(laEi lam(yig 8 escrito em meados do s2c"lo

Y3%%% pelo Terceiro !anchen Mama 41FO1F?8A No entanto o !anchen Mama explico" "e avia+em ísica a 'ham(hala poderia levarnos apenas at2 "m certo pontoA !ara alcançar o reinole+endLrio teríamos de a*er "ma "antidade enorme de prLticas espirit"aisA 9" seja a via+em a'ham(hala era na verdade "ma via+em ao interiorA Esta explanaç#o entretanto n#o parece" deteravent"reiros intr2pidos tal como os $oerichs de tentar alcançar 'ham(hala meramente caminhandoat2 lLA

Em 1[>[ os $oerichs criaram o <+ni Wo+a incorporando os ensinamentos teos.icos como s"a (aseA Eles talve* tivessem tam(2m se+"ido o modelo de 6lavatsy de trad"*ir terminolo+ia ("distacom as ima+ens e expressJes "e eram mais amiliares vindas do hind"ísmo e do oc"ltismoA 9s$oerichs ainal airmavam "e 'ham(hala era a onte de todos os ensinamentos indianosA Tam(2m

chamaram os se"s re+entes 5os 'enhores do ,o+o "e ir#o l"tar contra os 'enhores da Esc"rid#o7A Agni 2 a palavra sânscrita para o+o especiicamente o o+o p"riicador sa+rado dos 3edasA )eacordo com isto $oerich explico" "e os mestres de 'ham(hala "tili*am os se"s poderes para a

 p"riicaç#oA 9s praticantes de <+ni Wo+a escolhem 6"da Ves"s o" -aom2 como +"ia para a prLtica espirit"alA Concentrandose nos se"s +"ias escolhidos re*am para a pa* a*endosim"ltaneamente simples vis"ali*açJes de p"riicaç#o de o(stLc"losA

 Na prLtica tântrica ("dista os meditadores concl"em retiros intensivos com os chamados 5p"jas deo+o7A Nestes rit"ais eles oerecem vLrios +r#os e mantei+a a "m o+o para p"riicar e acalmar"ais"er o(stLc"los "e possam s"r+ir dos erros eitos d"rante a s"a meditaç#oA Nas chamas elesvis"ali*am a deidadeo+o <+ni "ma i+"ra claramente emprestada do hind"ísmoA $oerich pode ter

testem"nhado tais p"jas no Templo ("dista em '#o !eters("r+o o" d"rante as s"as via+ens pelasre+iJes mon+.is e ter daí derivado a s"a id2ia de <+ni Wo+aA

<ssim a principal associaç#o "e $oerich e* com 'ham(hala era como "m l"+ar de pa*A Em

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S&amb&alaD In Searc& of a NeB "ra RS&amb&alaD "m 1usca de 9ma Nova "raS 41[O?8 $oerichdescreve" 'ham(hala como "ma cidade sa+rada a norte da ndiaA 9 se" re+ente revela osensinamentos do 6"da -aitreya para a pa* "niversalA Cada tradiç#o descreve 'ham(hala de acordocom a s"a pr.pria compreens#o e assim a lenda do 'anto ral por exemplo 2 "ma vers#o daest.ria de 'ham(halaA Constantino o rande o Chin++is Khan 4en+his Khan8 RHn+is KhanS e!rester Vohn encontramse entre a"eles "e rece(eram mensa+ens dos ensinamentos do

5-isterioso Mocal Espirit"al e %rmandade no coraç#o da Xsia7A$oerich at2 mesmo invento" a express#o 5"erreiros de 'ham(hala7 adotada mais tarde na d2cadade 1[? por Cho+yam Tr"n+pa $inpoche "m Mama Ti(etano encarnado das linha+ens KarmaKa+y" e Nyin+ma "e adapto" e expresso" id2ias ("distas n"m americano vernac"lar modernoATr"n+pa escreve" no entanto "e a s"a id2ia do +"erreiro de 'ham(hala n#o estava relacionadacom os ensinamentos de Kalachara o" com a pr.pria 'ham(halaA Era "ma metLora para al+"2mse esorçando para o a"tomelhoramento para o (eneício dos o"trosA $oerich por o"tro lado "so" aexpress#o para 5os %rm#os da &"manidade7 "e de 'ham(ala vir#o tra*er a pa* ao m"ndoA

)epois de voltar da Xsia $oerich viajo" a Nova %or"e onde em 1[>[ oi instr"mental na prom"l+aç#o do !acto de $oerich "m tratado internacional para a proteç#o de mon"mentos

c"lt"rais do m"ndoA < (andeira da pa* "e $oerich propUs tinha trHs círc"los "e ele explico" s#oencontrados em todas as tradiçJes espirit"ais incl"indo a dos 5$i+den Vyelpos7 os $eis de'ham(halaA Nada como isto entretanto 2 encontrado nos textos de KalacharaA N"merosos paísesdo m"ndo assinaram o pacto incl"indo os Estados ;nidos em 1[OA 9 sím(olo dos trHs círc"los oimais tarde adotado como "ma insí+nia "sada em n"ma (anda nos (raços de al+"mas pessoasisicamente invLlidas indicando a s"a necessidade de tratamento delicadoA

Em S&amb&alaD In Searc& of a NeB "ra RS&amb&alaD "m 1usca de uma Nova "raS $oerichtam(2m de" a entender "ma similaridade entre 'ham(hala e Th"le o reino escondido no p.lo norte"e como veremos mais adiante inspiro" os alem#es na s"a ("sca por "m reino secretoA Eletam(2m menciono" a associaç#o de 'ham(hala com a cidade s"(terrânea de <+harti 4<+arthi8

alcançada atrav2s de t0neis so( os &imalaiasA 9s se"s ha(itantes emer+ir#o na 52poca da p"riicaç#o7A Nas s"as Collected 2etters RTU ( RTV$ RCartas Coletados RTU(RTV$S &elena$oerich o(servo" "e 'aintWves d` <lveidre tinha identiicado incorretamente 'ham(hala com<+harti mas "e n#o s#o o mesmo l"+arA

Vocelyn od@in em Arktos% +&e 4olar Myt& in Science% Symbolism and Nazi Survival  R Arktos% o Mito 4olar na Ci>ncia% no Simbolismo e na Sobreviv>ncia NazistaS 41[[O8 identiico" o poder de<+ni com vril A 3ril 2 o poder psicocin2tico prote+ido pelos ha(itantes de Th"le "e os na*istastentaram o(ter para aj"dar a ortalecer a s"a s"perraça arianaA $oerich cont"do n"nca e* estaassociaç#oA

R3er: < li+aç#o Na*ista com 'ham(hala e o Ti(eteAS

%teinerG Antroposo(ia e %7am&7alaComo "m contrapeso Is apresentaçJes de 6lavatsy e $oerich de 'ham(hala como "m reino

 (enevolente "e irL aj"dar a esta(elecer a pa* m"ndial versJes alternativas enati*aram o aspectoapocalíptico da lendaA Elas associaram 'ham(hala principalmente com as orças destr"tivas dare+eneraç#o "e ir#o eliminar modos de pensar o(soletos e anti"ados e esta(elecer "ma novaordem m"ndial pacíicaA <ssim a orça destr"tiva de 'ham(hala 2 por im (enevolenteA EstasversJes tiveram tam(2m as s"as raí*es na teosoiaA

Em 1G o )rA ilhelm &^((e'chleiden "ndo" a 'ociedade Teos.ica <lem#A <p.s "m iasco

inicial <nnie 6esant convido" $"dol 'teiner 41D11[>8 "m espirit"alista a"stríaco para aresta(elecer em 1[?>A 'teiner deixo" a sociedade em 1[?[ principalmente por"e n#o concordavacom a declaraç#o de 6esant e de CAA Mead(etter de "e Krishnam"rti ent#o com de*esseis anos de

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idade era o messiasA N"ma s2rie de palestras dadas em 6erlim e em -"ni"e em 1[1? e em 1[11'teiner ensino" o "e al+"ns chamaram 5"ma vers#o cristiani*ada da teosoia7A 'teiner entretantoairmo" "e os se"s ensinamentos vinham da s"a leit"ra clarividente 5dos re+istros aLshicos7 n#oda teosoiaA

 Akas&a 2 a palavra sânscrita para espaço e estes re+istros oc"ltos contHm s"postamente toda asa(edoria da h"manidadeA 9s textos de Kalachara reeremse ao nível mais s"til e completamente

 p"riicado de atividade mental "e 2 a (ase para a consciHncia onisciente de "m 6"da como 5ovajra espaço todoa(ran+ido com espaço7 R5the space vajra pervasive @ith spaceA7SA N#o aapresentam cont"do como "m re+istro de todo o conhecimento "e possa ser explorado por meios

 psí"icosA

)e acordo com 'teiner Cristo o verdadeiro proeta irL revelar o $eino de 'ham(alla 4'ham(hala8com a s"a 'e+"nda 3indaA 'ham(hala "e desaparece" hL m"ito tempo 2 o reino de -aitreyaA

 N"ma palestra intit"lada 5-aitreya P Christ oder <ntichrist 4-aitreya P Christ or <ntichrist87R-aitreya P Cristo o" <nticristoS 'teiner explico" "e 5t"do "e virL dos lL(ios de -aitreya virLatrav2s do poder de Cristo7A

'teiner enati*o" o conlito entre o (em e o mal como personiicado por M0cier e <hrimanA6lavatsy jL tinha dierenciado M0cier de 'atanLsA )e acordo com +&e Secret octrine R A

 outrina SecretaS M0cier 2 o 5!ortador da M"*7 a 5M"* <stral7 dentro de cada "ma das nossasmentes "e tanto 2 o nosso sed"tor como o li(erador do nosso animalismo p"roA 'erve tanto paracriar como para destr"ir e maniestase na paix#o sex"alA Em(ora M0cier possa elevar ah"manidade a "m plano mais elevado os er"ditos latinos transormaramno no completamentemal2volo 'atanLsA

6lavatsy tam(2m escreve" so(re o d"alismo *oroastriano e a l"ta entre <h"ra -a*da e <hrimancomo as orças da l"* e da esc"rid#oA 'teiner cont"do oi mais al2m "e 6lavatsy e transormo" od"alismo n"m anta+onismo entre M0cier e <hrimanA Em !ccult Science% An !utline R A Ci>ncia!culta% 9m "sbo5oS 'teiner caracteri*o" M0cier como "m ser de l"* a ponte entre &omem e

)e"s tra*endonos para mais perto de CristoA <s 5crianças de M0cier7 ent#o s#o todos a"eles"e ("scam o conhecimento e a sa(edoriaA <hriman por contraste cond"* a h"manidade para

 (aixo para a s"a nat"re*a inerior material carnal animalísticaA

'teiner chamo"se a si pr.prio "m l"cieriano e pela s"a l.+ica -aitreya 2 o <nticristoA )ado "eas pessoas perverteram os verdadeiros ensinamentos de Cristo -aitreya como o <nticristo virL de'ham(hala e irL p"riicar o m"ndo de s"a mLc"la e ensinar a verdadeira mensa+em de CristoA Em1[1O os se+"idores de 'teiner "ndaram a 'ociedade <ntropos.ica em(ora o pr.prio 'teiner n#ose tivesse j"ntado a ela antes de tHla resta(elecido em 1[>OA

)e acordo com o +antra de alac&akra $a"dracharin o vi+2simo "into re+ente Kali de'ham(hala irL derrotar os invasores n#oindicos "e ir#o tentar con"istar o m"ndoA Estes

invasores ir#o se+"ir os ensinamentos de "ma linha de oito proetas: <d#o <(ra#o No2 -ois2sVes"s -ani -aom2 e -ahdiA < anLlise hist.rica s"+ere "e o modelo para estes invasores eram asorças ismaili shiite de -"ltan 4o at"al !a"ist#o8 dos inais do s2c"lo Y "m aliado do %mp2rio,atímida no E+itoA 9s ,atímidas com o se" messias -ahdi tentaram con"istar o m"ndo islâmicoantes do apocalipse predito e do im do m"ndo "inhentos anos depois de -aom2A <s pessoas portoda a re+i#o viviam com enorme medo de "ma invas#o incl"indo a re+i#o ("distahind"m"ç"lmana do <e+anist#o onde os ensinamentos hist.ricos de Kalachara provavelmente sedesenvolveramA 9 predito conlito e derrota dos invasores entretanto era "ma metLora espirit"al

 para a (atalha interior contra o medo e a i+norânciaA 9erece" "m m2todo eica* para as pessoasaterrori*adas na"ele tempo para s"perar s"as ansiedades ortemente sentidasA

'teiner provavelmente n#o estava consciente do contexto hist.rico e do si+niicado meta.rico dalenda de 'ham(halaA <ssim ele e vLrios o"tros nas d2cadas se+"intes consideraram 'ham(halacomo sendo o reino do poder espirit"al do "al irL s"r+ir a reorma da cristianidadeA < Hnase de

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'teiner em -aitreya e 'ham(hala como as verdadeiras ontes da reorma crist# no "t"ro provavelmente tam(2m reletem o se" desânimo com a promoç#o teosoista de Krishnam"rti comoo novo salvadorA

R3er: "erras 'antas no 6"dismo e no %sl#o: 9 -ito de 'ham(halaAS

9s textos de Kalachara nem se"er mencionam os ensinamentos do cristianismoA Cont"do

indicam m2todos para "e os hind"s e os m"ç"lmanos possam desco(rir si+niicados alternativosdas do"trinas das s"as pr.prias reli+iJes "e os permitiriam ormar "ma ronte espirit"al "nida com ("distas para enrentarem os terrores de "ma invas#oA Eles at2 salientam ensinamentos dados pelo6"da "e paraleli*am al+"mas das asserçJes m"ç"lmanas e hind"sA 'e os se+"idores da"elasreli+iJes estivessem interessados eles poderiam "sar as s"as pr.prias crenças como passos paraalcançar o caminho ("distaA Todavia os textos de Kalachara n#o airmam "e os ensinamentos

 ("distas contHm o verdadeiro si+niicado do hind"ísmo o" do isl#oA Nem airmam de modo nenh"m"e 'ham(hala serL a onte da reorma "e irL tra*er as pessoas de volta Is verdadeiras do"trinasdos "ndadores dessas d"as reli+iJes m"ito menos do retorno aos ensinamentos p"ros de CristoA

R3er: Convers#o $eli+iosa em 'ham(halaAS

Alice aile e a I$orça de %7am&7alaJ< teosoista (ritânica <lice 6ailey 41?1[G[8 era "ma m2di"m "e airmo" "e canali*ava erece(ia cartas oc"ltistas de "m mestre ti(etanoA Em 1[>? depois de ter perdido a s"a (atalha contra<nnie 6esant para a liderança do movimento teos.ico "ndo" a M"cier Tr"st nos Estados ;nidosAChamando ori+inalmente a s"a Tr"st de Ti(etan Mod+e m"do" o se" nome "ma ve* mais em 1[>>

 para M"cis Tr"stA < s"as palestras e escritas +eraram o movimento Nova EraA Ela chamo" a NovaEra tanto a Era de <"Lrio como a Era de -aitreyaA

 "m Initiations% ,uman and Solar  R Inicia5ão ,umana e Solar S 41[>>8 2etters on !ccult Meditation RCartas sobre Medita5ão !cultaS 41[>>8 A +reatise on Cosmic Jire R9m +ratado sobre o  JogoC3smico? 41[>8 e A +reatise on L&ite Magic R9m +ratado sobre Magia 1rancaS 41[OG8 6aileyescreve" extensivamente so(re a 5 ,orça de 'ham(halla7A Como $oerich ela parti" do princípio"e 'ham(hala era o 5assento do ,o+o C.smico7 "e 2 "ma orça p"riicadoraA Cont"do em ve*de conce(er esta orça como "m a+ni (enevolente se+"i" a direç#o de 'teiner e associo"a comM0cierA <ssim alo" dele como "ma onte de poder destr"tivo para exp"lsar ormas de+eneradasdos ensinamentos e esta(elecer a p"re*a de "ma Nova EraA

< orça de 'ham(hala 6ailey explico" 2 a ener+ia extremamente volLtil da vontade do e"A Em si 2extremamente destr"tiva e pode ser a ori+em do 5-al7A No entanto "ando vista como a 3ontade)ivina os iniciados podem "tili*Lla para o 56em7 0ltimoA ;ma 5&ierar"ia7 em 'ham(haladiri+ida por -aitreya prote+e a ,orça e na alt"ra certa irL iniciar os "e estiverem prontos nos 5

-ist2rios das Eras7 no 5!lano7A ,icamos c"riosos de sa(er se as s"as id2ias inspiraram a vis#o da 5,orça7 na uerra nas "strelas como "m poder "e pode ser "tili*ado para o (em o" para o mal e"e 2 prote+ido por "ma irmandade de Cavaleiros de VediA

Como 'teiner 6ailey adapto" o conceito n#o s. de M0cier mas tam(2m do <nticristo e desta ve*associo"o com a ,orça de 'ham(halaA <propriando conceitos teos.icos disse "e a ,orça de'ham(hala tinha tornado a s"a presença conhecida d"as ve*es antes na hist.riaA < primeira ve* oid"rante a Era lem"riana an"nciando a individ"ali*aç#o da h"manidadeA < 'e+"nda oi 5d"rante a2poca atlântica de conlito entre os 'enhores da M"* e os 'enhores da ,orma -aterial as ,orças daEsc"rid#o7A &oje em dia ela contin"o" reerindose ao período entre as d"as +"erras m"ndiais PestLse a maniestar como a orça para destr"ir o "e 2 indesejLvel e o(str"tivo nas ormas de

+overno reli+i#o e sociedade no m"ndoA

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#oreal e a !rmandade do Templo ranco9s ensinamentos de 6ailey prod"*iram vLrios movimentos oc"ltistas adicionais "e associaram'ham(hala com id2ias ainda mais esot2ricasA ;m exemplo 2 o da %rmandade do Templo 6ranco"ndada em 1[O? pelo espirit"alista americano -orris )oreal 41[?>1[DO8A Em Maitreya% 2ord oft&e Lorld  R Maitreya% Sen&or do MundoS )oreal escreve" "e 'ham(alla 4'ham(hala8 2 o rande

Templo 6ranco do Ti(ete sit"ado F milhas de(aixo dos &imalaiasA < s"a entrada 2 s"(terrâneacom espaço em redor dela c"rvado em "ma deormaç#o "e cond"* a o"tro "niversoA )escreve"'ham(hala como tendo d"as metadesA < metade do s"l 2 a seç#o onde os aptos e os +randes +"r"svivemA < metade do norte 2 o reino onde -aitreya o avatar o" o proessor do m"ndo viveA No"t"ro -aitreya virL com os +"erreiros de 'ham(hala "e s#o os 5portadores de l"* da Era de<"Lrio7 con"istar as orças esc"ras do mal no m"ndoA

9 tra(alho principal de )oreal oi +&e "merald +ablets of +&ot& t&e Atlantean R+ábuas das "smeraldas de +&ot&% o AtlanteS "e airmo" ter desco(erto em (aixo da rande !irâmide no E+itoe ter trad"*ido da lín+"a <tlanteA <irmo" tam(2m ter rece(ido iniciaçJes secretas dos mon+esti(etanosA

8a"s7o(erG a %ociedade de T7"le e a Aleman7a Na,ista<p.s a 'e+"nda "erra -"ndial 6ailey explico" a política na*ista airmando "e &itler tinhaapropriado a ,orça de 'ham(hala e como "m 5instr"mento das orças da esc"rid#o7 tinha a("sadodela para com(ater a 5Ener+ia da M"*7A

'emelhante Is asserçJes de 6ailey da li+aç#o entre &itler e a ,orça de 'ham(hala diversos est"dosdo p.s+"erra so(re o na*ismo e o oc"ltismo asseveraram "e os na*istas enviaram expediçJes aoTi(ete para proc"rar a aj"da das orças de 'ham(hala e de <+harti para exec"tar o se" !lano-estreA 6ailey todavia apenas menciono" 'ham(hala neste contexto e n#o disse nada so(re<+hartiA Estes relatos por o"tro lado ale+am "e os mestres de 'ham(hala rec"saramse a aj"daras expediçJes na*istas mas "e os se+"idores de <+harti concordaram e voltaram para a <lemanhacom elesA

<l2m disso atri("em a ("sca na*ista de apoio oc"ltista no Ti(ete Is convicçJes de Karl &a"shoere da 'ociedade de Th"leA &a"shoer oi o "ndador da 'ociedade de 3ril em associaç#o com a'ociedade de Th"le e teve "ma enorme inl"Hncia nos pensamentos oc"ltistas de &itlerA <ssociedades de Th"le e de 3ril com(inaram crenças de vLrias ontesA 3amos traçar concisamenteal+"mas destas crenças em ordem cronol.+ica antes de examinarmos estes est"dos do p.s+"erraA

9s +re+os da anti+"idade escreveram n#o s. so(re as desaparecidas ilhas <tlântidas mas tam(2mde &iper(.rea "ma terra n.rdica c"jo povo mi+ro" para o s"l antes do +elo a ter destr"ídoA 9la$"d(ec o a"tor s"eco dos inais do s2c"lo Y3%% sit"o"a no !.lo Norte e vLrios o"tros relatosexplicaram "e antes da s"a destr"iç#o "e(ro"se nas ilhas de Th"le e de ;ltima Th"leA

9 astrU.nomo (ritânico 'ir Edm"nd &alley tam(2m nos inais do s2c"lo Y3%% promove" a teoriade "e a terra 2 ocaA 9 escritor rancHs V0lio 3erne pop"lari*o" a id2ia em 0oyage to t&e Center oft&e "art& R0iagem ao Centro da +erraS 41DG8A Em 1F1 o escritor (ritânico Ed@ard 6"l@erMytton em +&e Coming /ace R A /a5a JuturaS descreve" "ma raça s"perior os 3rilya "e vive"de(aixo da terra e planeo" con"istar o m"ndo com vril  "ma ener+ia psicocin2ticaA Em 2es Jils de

 ieu R!s Jil&os de eusS 41FO8 o a"tor rancHs Mo"is Vacolliot li+o" o vril com o povos"(terrâneo de Th"leA 9 deensor da li(erdade indiano 6al an+adhar Tila em +&e Arctic ,omeof t&e 0edas R! 2ar Orctico dos 0edasS 41[?O8 identiico" a mi+raç#o ao s"l do povo de Th"le coma ori+em da raça arianaA Em 1[? o a"tor americano illis eor+e Emerson p"(lico" o se" livro

+&e Smokey od% or A 0oyage to t&e Inner Lorld  R! eus "sfuma5ado% 0iagem ao Mundo Interior S "e descreve a via+em de "m marinheiro nor"e+"Hs atrav2s de "ma a(ert"ra no !.lo Norte a "m m"ndo escondido dentro da TerraA

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< 'ociedade de Th"le oi "ndada em 1[1? por ,elix Niedner o trad"tor alem#o dos n.rdicosEddasA %dentiico" o povo +ermânico com a raça ariana os descendentes de Th"le e proc"ro" a s"atransormaç#o em "ma s"perraça atrav2s da "tili*aç#o do poder do vrilA Como parte do se"em(lema tinha a s"Lstica "m sím(olo tradicional para Thor o n.rdico )e"s dos $elâmpa+osA <oa*Hlo a sociedade de Th"le se+"i" o precedente de "ido von Mist "e nos inais do s2c"lo Y%Ye* da s"Lstica "m em(lema para o movimento neopa+#o na <lemanhaA

V"ntamente com Vor+ Man* von Mie(enels e !hillip 'ta" von Mist tinha sido proeminente na"ndaç#o do movimento ariosoista pop"lar antes e d"rante a !rimeira "erra -"ndialA < ariosoiacom(ino" o conceito de raças da teosoia com o nacionalismo alem#o para asseverar as"perioridade da raça ariana como j"stiicaç#o para a <lemanha con"istar os imp2rios coloniais+lo(ais dos in+leses e ranceses como o j"sto re+ente das raças inerioresA < 'ociedade de Th"lea(raço" as convicçJes da ariosoiaA No entanto devese notar "e o movimento teos.ico n"nca

 pretende" "e os se"s ensinamentos so(re raças ossem "sados como "ma j"stiicaç#o para airmara s"perioridade de "ma raça so(re o"tra o" o direito destinado de "ma raça para +overnar as o"trasA

"ando $"dol ,reiherr von 'e(ottendor esta(elece" a ilial da 'ociedade de Th"le em -"ni"eem 1[1 adiciono" o antisemitismo e o "so sancionado do assassinato aos credos da sociedadeA

Tinha aprendido estes elementos d"rante os se"s anos na T"r"ia atrav2s do se" contato lL com a9rdem dos <ssassinosA Esta ordem secreta pode ser traçada I seita Na*ari de %smaili %slam Rdosm"ç"lmanos ismailiS contra "em as Cr"*adas tinham l"tadoA

-ais tarde em 1[1 depois da $evol"ç#o Com"nista (avariana o anticom"nismo j"nto"setam(2m ao conj"nto de o(jetivos da 'ociedade de Th"leA Em 1[1[ a 'ociedade de Th"le de-"ni"e "ndo" o !artido <lem#o dos Tra(alhadoresA &itler j"nto"se a ele nesse mesmo ano etornandose se" líder em 1[>? de"lhe o novo nome de !artido Na*ista e adoto" a s"Lstica para as"a (andeiraA

Karl &a"shoer era "m conselheiro militar alem#o ao Vap#o ap.s a "erra $"ssoVaponesa de 1[?G1[?A ,ico" extremamente impressionado pela c"lt"ra japonesa est"do" a lín+"a e torno"se mais

tarde instr"mental no esta(elecimento da aliança entre a <lemanha Na*ista e o Vap#o %mperialA Eletam(2m aprende" sânscrito e s"postamente est"do" no Ti(ete d"rante "m anoA ,"ndo" a 'ociedadede 3ril em 6erlim em 1[1 "e al2m aos credos da 'ociedade de Th"le tam(2m promovia a

 proc"ra do vril entre seres so(renat"rais de(aixo da terraA 9 local mais provLvel seria o Ti(ete "eele via como a terra natal dos emi+rantes arianos de Th"leA

&a"shoer tam(2m desenvolve" a +eopolítica de acordo com a "al "ma raça o(t2m o poderexpandindo se" espaço vital 4<lem#o: Me(ensra"m8 atrav2s da con"ista das s"as terras vi*inhasA

 Nos inais da d2cada de 1[>? &a"shoer diri+i" o %nstit"to de eopolítica em -"ni"e e a partir de1[>O começo" a ensinar as s"as perspectivas a &itlerA &a"shoer oi instr"mental em convencer&itler a esta(elecer o <hnener(e 4)epartamento para o Est"do da &erança <ncestral8 em 1[OA <

s"a tarea principal era sit"ar as ori+ens da raça ariana especialmente na Xsia centralA Em 1[OF&immler incorporo" este departamento nos '' 4<lem#o: 'ch"t*stael E"ipe de !roteç#o8A

Em 1[O1[O[ o <hnener(e patrocino" a terceira expediç#o de Ernst 'chger ao Ti(eteA )"rante as"a (reve estadia o antrop.lo+o 6r"no 6e+er medi" os crânios de n"merosos ti(etanos e concl"i""e eram "ma raça intermediLria entre os arianos e os mon+.is e podiam servir como "m elo para aaliança <lem#VaponHsaA

R!ara maior detalhe veja: < Mi+aç#o Na*ista com 'ham(hala e o Ti(eteAS

A "sca Na,ista de %7am&7ala e A7arti de acordo com

Pa"elsG erier e $rre;m n0mero de er"ditos "estiono" a exatid#o dos est"dos p.s+"erra so(re o na*ismo e ooc"ltismoA 'eja "e representem exatamente o" n#o o pensamento na*ista d"rante o Terceiro $eich

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ainda assim representam mais "ma distorç#o pop"lari*ada da lenda de 'ham(halaA )eixemnosexaminar d"as versJes li+eiramente dierentesA

)e acordo com a vers#o encontrada em 2e Matin des Magiciens R A Man&ã dos MágicosS 41[D>8 pelos investi+adores ranceses Mo"is !a"@els e Vac"es 6er+ier e em Nazisme et Soci;ti;s SecretXs R Nazismo e Sociedades SecretasS 41[FG8 por VeanCla"de ,r2re &a"shoer acreditava "e dois+r"pos de arianos mi+raram de &iper(.reaTh"le para o s"lA ;m oi para <tlântida onde semesclaram com os lem"rianos "e tinham tam(2m para lL mi+radoA $ecordem "e 6lavatsy tinhaassociado os lem"rianos com <tlântida e 'ham(hala e 6ailey tinha associado os lem"rianos e osatlantes com a ,orça de 'ham(halaA 9s descendentes destes arianos imp"ros voltaramse para ama+ia ne+ra e con"istaA 9 o"tro ramo dos arianos mi+ro" para o s"l passando atrav2s da <mericado Norte e E"rLsia setentrional alcançando inalmente o )eserto de o(iA ML "ndaram <+hartic"jo mito tinhase tornado pop"lar atrav2s das escritas de 'aintWves d` <lveidreA

)e acordo com ,r2re a 'ociedade de Th"le i+"alo"/comparo" <+harti com se" co+nado <s+aard odomicílio dos de"ses na mitolo+ia n.rdicaA 9"tros airmam menos convincentemente "e <+hartiestL relacionado com <riana "m anti+o nome persa conhecido pelos +re+os da anti+"idade para are+i#o "e se estende do %r#o 9riental atrav2s do <e+anist#o a ;*(e"ist#o P a terra natal dos

arianosA)epois de "m cataclismo m"ndial <+harti a"ndo"se de(aixo da terraA %sto concorda com o relatode 9ssendo@siA 9s arianos dividiramse ent#o em dois +r"posA ;m oi para o s"l e "ndo" "mcentro secreto de aprendi*a+em so( os &imalaias tam(2m chamado <+hartiA ML eles preservaramos ensinamentos da virt"de e do vrilA 9 o"tro +r"po ariano tento" retornar a &iper(.reaTh"le masem ve* disso "ndo" 'ham(hala "ma cidade de violHncia de maldade e de materialismoA <+hartiera possessor do Caminho da )ireita e do vril positivo en"anto "e 'ham(hala era c"st.dio do

 pervertido Caminho da Es"erda e da ener+ia ne+ativaA

< divis#o entre os caminhos da direita e da es"erda jL tinha aparecido em A outrina Secreta de6lavatsyA ML ela escreve" "e na 2poca dos atlantes a h"manidade ramiico" em caminhos de

conhecimento da direita e da es"erda "e se tornaram as ori+ens da ma+ia (ranca e ne+raACont"do n#o associo" os dois caminhos a <+harti e 'ham(halaA )e ato n"nca menciono" <+hartinas s"as escritasA <s expressJes camin&os da direita e da es7uerda derivam de "ma divis#o dentrodo tantra hind"A 9s primeiros escritores ocidentais caracteri*aram re"entemente o tantra daes"erda como "ma orma de+enerada e identiicaramno incorretamente com o ("dismo ti(etano ese"s ensinamentos do an"ttarayo+a tantraA

)e acordo com !a"@els e 6er+ier a 'ociedade de Th"le proc"ro" contatar e a*er "m pacto com'ham(hala mas somente <+harti concordo" oerecer aj"daA !or 1[>D estes a"tores rancesesexplicaram jL haviam colonias de hind"s e de ti(etanos em -"ni"e e em 6erlim chamadas a'ociedade de &omens 3erdes li+ados astralmente com a 'ociedade do )ra+#o 3erde no Vap#oA

!ertencer a esta 0ltima re"eria o rit"al de s"icidio japonHs 4Vap: &ara(kiri% se''uku8 se a pessoa perdesse a honraA '"postamente &a"shoer tinhase j"ntado I sociedade d"rante os se"s primeirosanos no Vap#oA 9 líder da 'ociedade de &omens 3erdes era "m mon+e ti(etano conhecido como 5ohomem com l"vas verdes7 "e s"postamente visitava &itler re"entemente e poss"ía as chaves de<+hartiA ExpediçJes ao Ti(ete se+"iramse an"almente de 1[>D a 1[GOA "ando os r"ssos entraramem 6erlim no im da +"erra encontraram "ase mil cadLveres de soldados da raça himalaiavestidos em "niormes na*istas mas sem pap2is de identiicaç#o "e tinham cometido s"icídioA 9

 pr.prio &a"shoer comete" harairi antes "e p"desse ser j"l+ado em N r̂en(er+ em 1[GDA

A "sca Na,ista de %7am&7ala e A7arti de acordo com

)avenscro(t;m relato li+eiramente dierente da ("sca na*ista de 'ham(hala e <+harti aparece" em +&e S'ear

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of estiny R A 2an5a do estinoS 41[FO8 pelo investi+ador (ritânico Trevor $avenscrotA )e acordocom esta vers#o a 'ociedade de Th"le acreditava "e d"as seçJes dos arianos voltaramse para aadoraç#o de d"as orças mal2volasA < s"a volta para o mal ca"so" o declínio de <tlântida es"(se"entemente os dois +r"pos esta(eleceram com"nidades em cavernas nas montanhass"(mersas de(aixo do 9ceano <tlântico perto da %slândiaA < lenda de Th"le s"r+i" delesA ;m +r"pode arianos se+"i" o 9rLc"lo M"ci2rico chamado <+arthi 4<+harti8 e pratico" o caminho da

es"erdaA 9 o"tro +r"po se+"i" o 9rLc"lo <rimânico chamado 'cham(allah 4'ham(hla8 e pratico" o caminho da direitaA Notem "e $avenscrot relato" o oposto das asserçJes de !a"@els6er+ier e ,r2re "e <+harti se+"i" o caminho da direita e 'ham(hala o da es"erdaA

$avenscrot tam(2m explico" "e de acordo com a 5do"trina secreta7 a*endo al"s#o ao livro de6lavatsy pelo mesmo nome "e aparece" no Ti(ete hL de* mil anos M0cier e <hriman s#o asd"as orças do -al os dois +randes adversLrios da evol"ç#o h"manaA M"cier leva as pessoas averemse como de"ses e estL associado I ome pelo poderA 'e+"ir M0cier pode cond"*ir aoe+oísmo ao also or+"lho e ao a("so dos poderes mL+icosA <hriman empenhase em esta(elecer "mreino p"ramente material na terra e "sa o desejo sex"al perverso das pessoas em ritos de ma+iane+raA

$ecordem "e em(ora 6lavatsy tivesse escrito so(re M0cier e <hriman ela n#o e* dos dois "m par e n#o associo" nenh"m dos dois com 'ham(hala o" <+hartiA <l2m disso 6lavatsy explico""e em(ora a er"diç#o latina tenha transormado M0cier n"m 'atanLs p"ramente mal2ico M0ciertinha o poder de destr"ir e de criarA Ele representava a presença portadora de l"* na mente de todos"e podia elevar as pessoas do animalismo e ca"sar "ma transormaç#o positiva para "m plano maiselevado de existHnciaA

,oi 'teiner "e tinha enati*ado M0cier e <hriman como representando os dois p.los do poderdestr"tivoA Todavia 'teiner descreve" M0cier como a orça destr"tiva "ndamentalmente

 (enevolente para a re+eneraç#o e <hriman como totalmente mal2voloA <l2m disso 'teinerassocio" M0cier com 'ham(hala e n#o com <+harti e de ato como 6lavatsy e 6ailey n"nca

menciono" <+hartiA E mais nenh"m dos trHs a"tores oc"ltistas descreve" 'ham(hala como sit"adono s"(terrâneoA 'omente os $oerichs tinham associado 'ham(hala com a cidade s"(terrânea de<+harti mas tinham esclarecido "e os dois eram dierentes e n"nca airmaram "e 'ham(hala eras"(terrâneaA

$avenscrot como !a"@els 6er+ier e ,r2re tam(2m airmo" "e atrav2s da iniciativa de&a"shoer e de o"tros mem(ros da 'ociedade de Th"le e"ipes explorat.rias oram enviadas aoTi(ete an"almente de 1[>D a 1[G> para esta(elecer contato com com"nidades das cavernass"(terrâneasA )everiamconvencer os mestres de lL a alistar a aj"da dos poderes l"ci2ricos earimânicos a promover a ca"sa na*ista especialmente para a criaç#o de "ma s"perraça arianaA 9saptos de 'ham(hala rec"saramse a aj"darA Como se+"idores do 9rLc"lo <rimânico estavamapenas interessados em promover o materialismoA <l2m disso 'ham(hala jL se tinha ailiado acertos +r"pos na r# 6retanha e nos Estados ;nidosA %sto era talve* "ma reerHncia a )oreal c"ja%rmandade do Templo 6ranco na <m2rica tinha sido o primeiro movimento oc"ltista de importânciaa airmar "e 'ham(hala era "ma cidade s"(terrâneaA <l2m disso este relato tam(2m se encaixa

 (em com o desd2m de &a"shoer pela ciHncia materialística ocidental I "al chamava 5CiHnciaV"daica-arxistaMi(eral7 a avor da 5CiHncia N.rdicaNacionalística7A

$avenscrot prosse+"i" di*endo "e os mestres de <+harti concordaram aj"dar a ca"sa na*ista e a partir de 1[>[ +r"pos de ti(etanos vieram I <lemanha onde se tornaram conhecidos como a'ociedade de &omens 3erdesA V"ntamente com mem(ros da 'ociedade do )ra+#o 3erde do Vap#oesta(eleceram escolas oc"ltistas em 6erlim e em o"tros l"+aresA Notem "e !a"@els e 6er+ierairmaram "e colonias n#o s. de ti(etanos mas tam(2m de hind"s estavam presentes em 6erlim e

em -"ni"e desde 1[>D e n#o s. desde 1[>[A&immler oi atraído a estes +r"pos de mestres ti(etanosa+harti e de s"a inl"Hncia esta(elece" o<hnener(e em 1[OA $ecordem "e &immler n#o esta(elece" o <hnener(e mas "e o incorporo"

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nos '' em 1[OFA

?ma Teoria Para E0plicar o %entimento Anti-%7am&7ala e a!nclinação PrF-A7arti dos Movimentos 'c"ltistas

Alemães] diícil veriicar se &a"shoer e a 'ociedade de Th"le airmaram realmente "ais"er dos pontosacima "e mist"ram descriçJes oc"ltistas de 'ham(hala com a descriç#o de 9ssendo@si arespeito de <+harti e com as lendas de Th"le e vrilA ] tam(2m diícil veriicar se &a"shoer tento" eteve s"cesso em inl"enciar &itler e instit"içJes na*istas oiciais tais como o <hnener(e paraenviar expediçJes ao Ti(ete para o(ter aj"da das d"as s"postas terras s"(terrâneas o" mesmo se a

 pr.pria 'ociedade de Th"le envio" tais expediçJesA < 0nica miss#o ao Ti(ete sancionadaoicialmente pelo <hnener(e P a Terceira Expediç#o Ti(etana 41[O1[O[8 de Ernst 'chger tevesem d0vida "m prop.sitodierente em(ora i+"almente oc"ltistaA 'e" o(jetivo principal era medir oscrânios dos ti(etanos para determinar se eram a ori+em dos arianos e se eram "ma raçaintermediLria entre os arianos e os japonHsesA

Com exceç#o de certos erros e contradiçJes act"ais entre os dois relatos de &a"shoer acima e ocredo da 'ociedade de Th"le dois pontos de consenso parecem si+niicativosA !rimeiro 'teiner e6ailey associaram com 'ham(hala o poder re+enerativo de destr"ir ordens o(soletas e deesta(elecer novas ordens reormadasA Eles representaram este poder "ndamentalmente (enevolentecom M0cierA &a"shoer e a 'ociedade de Th"le por o"tro lado s"postamente associaram M0cier eeste poder (enevolente com <+hartiA !ara eles 'ham(hala torno"se "ma terra de poder destr"tivocompletamente mal2volo representada por <hriman e pelo materialismo descontroladoA 'e+"ndoem(ora a 'ociedade de Th"le e os na*istas tivessem primeiro proc"rado a aj"da de 'ham(halarepresentando o caminho mal2volo do materialismo oram rec"sadosA Em ve* disso rece(eram oapoio de <+harti representando o caminho "ndamentalmente positivo de destr"iç#o dos racos e da

criaç#o da $aça -estra como o pr.ximo passo em rente na evol"ç#o h"manaA3amos deixar de lado por "m momento a per+"nta se a 'ociedade de Th"le e o <hnener(erealmente enviaram missJes ao Ti(ete proc"rando a aj"da de 'ham(hala e de <+hartiA No entantodeixemnos s"por tam(2m por "m momento "e &a"shoer tenha realmente mist"rado as lendasde 'ham(hala e <+harti com as convicçJes da 'ociedade de Th"le e "e a mist"ra res"ltanterepresentava a posiç#o oc"ltista na*istaA 'e esse osse o caso ent#o a se+"inte teoria para explicar aasserç#o "e 'ham(hala rejeito" a a(orda+em na*ista en"anto "e <+harti a aceito" aria sentido A

Com )orjiev 'ham(hala oi associada com a $0ssia e mais tarde tam(2m com o com"nismoen"anto "e com 9ssendo@si <+harti oi associada com as orças antisemíticas eanticom"nistas do 6ar#o alem#o von ;n+ern'tern(er+A )esde a $evol"ç#o Com"nista (avariana

de 1[1 a 'ociedade de Th"le e o &itler eram ervorosamente anticom"nistasA <ntes disto am(os jL eram antisemíticosA <ssim em se"s olhos 'ham(hala era "ma orça esc"ra e ne+ativa "es"portava a 5ciHncia V"daica-arxistaMi(eral7 totalmente materialísticaA Com esta orte atit"deanticom"nista &itler assino" o !acto <ntiCommintern com o Vap#o em Novem(ro de 1[OD em"e am(os os países declararam a s"a hostilidade m0t"a em relaç#o I propa+aç#o internacional docom"nismoA <m(os concordaram "e n#o iriam assinar "ais"er tratados políticos com a ;ni#o'ovi2ticaA N#o o(stante para evitar "ma +"erra e"rop2ia em d"as rontes &itler assino" o !acto

 Na*i'ovi2tico com 'talin em <+osto de 1[O[A Cont"do ele "e(ro" este pacto em V"nho de 1[G1"ando as orças na*istas invadiram a ;ni#o 'ovi2ticaA

;ma explanaç#o e j"stiicaç#o oc"ltista da reviravolta de &itler pode ser eita atrav2s de "ma

ale+oriaA 'ham(hala 4a ;ni#o 'ovi2tica o com"nismo e os j"de"s8 era "ndamentalmente mal2vola4reconhecido pelo !acto <ntiCommintern8A <pesar disso &itler proc"ro" primeiro "ma aliançacom ele 4o !acto 'ovi2ticoNa*ista8A 'ham(hala rec"so" 4&itler c"lpo" a ;ni#o 'ovi2tica por ter

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"e(rado o pacto8A &itler viro"se ent#o para <+harti de onde rece(e" apoioA 4;n+ern "m alem#oantisemítico e anti(olchevi"e tinha tam(2m previamente proc"rado aj"da de <+harti mas n#otinha conse+"ido sit"ar o le+endLrio reinoA <ssim ;n+ern tinha alhado na s"a miss#oA )ado "e asexpediçJes de &itler tinham encontrado <+harti<s+aard e tinham rece(ido s"a aj"da os na*istasiriam certamente s"ceder8A

Evid*ncia /"e %"porta a Teoria9s atos se+"intes s"portariam a teoria acima "e explica a descriç#o oc"ltista alem# de 'ham(alacomo sendo "ma terra de orças mal2volasA Em er Leg nac& S&amb&ala R! Camin&o aS&amb&alaS 41[18 o explorador alem#o da Xsia central <l(ert r^n@edel relato" "e )orjievtinha identiicado a )inastia dos $omanov como os descendentes dos re+entes de 'ham(halaA

Em Sturm Yber Asien R+em'estade sobre OsiaS 41[>G8 o espi#o alem#o ilhelm ,ilchner li+o" aca"sa sovi2tica da con"ista da Xsia central com o interesse dos $omanov pelo Ti(ete desde ocomeço do s2c"loA Em 1[>D os $oerichs entre+aram terra s"postamente dos mahatmas do Ti(ete aChicherin o -inistro do Estran+eiro sovi2tico para colocar na sep"lt"ra de MeninA &elena $oerich

reeri" tanto a -arx como a Menin como sendo mahatmas e airmo" "e os emissLrios dosmahatmas dos &imalaias se tinham at2 encontrado com -arx na %n+laterra e Menin na '"íçaA 9smahatmas s"portavam os ideais com"nistas de irmandade "niversalA

Em Aus den letzten a&rze&nten des 2amaismus in /ussland  R A /es'eito das Últimas ;cadas de 2ama#smo na /ússiaS 41[>D8 o er"dito alem#o A<A;nri+ cito" o livro de ,ilchner e repeti" orelat.rio de r^n@edel a respeito de )orjiev dos $omanovs e de 'ham(halaA $elato" tam(2m acerim.nia no templo ("dista em '#o !eters("r+o para comemorar o aniversLrio do tricentenLrio do%mp2rio $omanovA <dvertindo contra a inl"Hncia deste templo e contra "ma aliança da ;ni#o'ovi2tica -on+.lia e Ti(ete ;nri+ termino" o se" arti+o com a citaç#o em latim 5 omine%libera nos a +artaris 4)e"s salvanos dos TLrtaros87A %sto encaixa (em com a +eopolítica de&a"shoer e a s"a recomendaç#o de "ea <lemanha con"iste espaço vital na Xsia central a terranatal da raça arianaA

VL em 1[1? 'teiner estava ensinando em 6erlim e em -"ni"e acerca de 'ham(hala como sendo oreinado de -aitreya o <nticristo "e virL livrar o m"ndo de ensinamentos espirit"ais pervertidosA+iere% Mensc&en und tter  4 1estas% ,omens e euses8 a pop"lar trad"ç#o alem# do livro de9ssendo@si aparece" em 1[>OA %ntrod"*i" <+harti como "ma onte de poder "e o 6ar#o von;n+ern'tern(er+ proc"ro" para apoio na s"a (atalha contra o líder com"nista mon+ol '"he 6at"r"e estava mo(ili*ando as s"as tropas com est.rias de 'ham(halaA $ecordem "e a 'ociedade deTh"le identiico" <+harti com <s+aard a casa dos de"ses n.rdicos arianosA

)"rante a primeira metade da d2cada de 1[>? "ma s"posta 5+"erra oc"ltista7 ocorre" entre as

'ociedades 9c"ltistas e os r"pos 'ecretos na <lemanhaA !or exemplo n"m arti+o do jornal0lkisc&er 1eobac&ter  R!bservador NacionalistaS &itler ac"so" 'teiner de ser "m j"de"Q e o"trosda extrema direita exi+iram "ma 5+"erra contra 'teiner7A -"itos s"speitavam "e a 'ociedadeTh"le osse responsLvel por estes ata"esA <nos depois &itler contin"o" a perse+"iç#o dosantroposoistas teosoistas maçons livres e rosa cr"*esA 3Lrios er"ditos atri("em esta política aodesejo "e &itler tinha de eliminar "ais"er rivais oc"ltistas ao se" +overnoA 'teiner por exemplotinha patrocinado a trad"ç#o alem# do livro de 6"l@erMytton so(re vril +&e Coming /ace R A /a5a

 JuturaS so( o tít"lo alem#o mais explícito 0ril% oder einer Mensc&&eit der Zukunft  R0ril% ou A /a5ado JuturoSA <l2m disso dado "e 'teiner e a antroposoia alavam de 'ham(hala como a terra do"t"ro messias e de (enevolHncia a* sentido "e a 'ociedade de Th"le e &itler o descreveriam damaneira oposta como "ma terra de malevolHnciaA

Entre 1[>[ e 1[O cinco livros pela avent"reira rancesa <lexandra )avidNeel apareceram emtrad"ç#o alem# tal como ,eilige und ,e8e 4 Mysti7ues et Magiciens du +&ibet 8 RCom M#sticos e

 Magos no +ibeteSA )avidNeel tinha passado m"itos anos est"dando e viajando no Ti(ete e relato"

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"e os mestres de lL tinham poderes extraísicos "e lhes permitiam desaiar a +ravidade e corrern"ma velocidade so(reh"manaA Conse"entemente a antasia so(re o Ti(ete como a terra dosmisteriosos poderes mL+icos cresce" descontroladamenteA

Em 1[OD Theodor %llion "m explorador alem#o "e viajo" ao Ti(ete nos inícios da d2cada de1[O? p"(lico" /[tsel&aftes +ibet  R No +ibete SecretoS so( o pse"dUnimo Theodor 6"ran+A Neledescreve" tam(2m os poderes so(renat"rais "e os mestres ti(etanos poss"íamA No se" se+"ndolivro Jinsternis Yber +ibet  R "scuridão sobre o +ibeteS 41[OF8 descreve" ter sido cond"*ido a "macidade s"(terrânea no 53ale do -ist2rio7 onde 5"ma ,raternidade 9c"lta7 canali*o" ener+iaespirit"al para o(ter poderA 9 se" re+ente era o !ríncipe -ani $impotscheA Em(ora este 5!ríncipeda M"*7 in+isse ser "m re+ente (enevolente era na verdade o líder de "m c"lto mal2volo "m5!ríncipe da Esc"rid#o7A %llion n"nca menciono" 'ham(hala mas as s"as o(ras pop"lares tam(2mteriam adicionado peso I asserç#o oc"ltista na*ista de 'ham(hala como "ma terra de mL+icamal2volaA

Evid*ncia Contra a Asserção do Apoio Na,ista '(icial dos

Credos 'c"ltistas Alemães acerca de %7am&7ala'"ponhamos "e o movimento oc"ltista Na*i como representado pela 'ociedade de Th"le "so" aale+oria de 'ham(hala<+harti para j"stiicar a m"dança de política de &itler em relaç#o I ;ni#o'ovi2ticaA !or2m parece m"itíssimo improvLvel "e as instit"içJes na*istas oiciais tais como o<hnener(e tivessem 'ham(hala e <+harti nas s"as a+endas mesmo nas s"as a+endas secretasA3amos examinar a evidHncia "e s"portaria essa concl"s#oA

&itler torno"se Chanceler da <lemanha em 1[OOA No mesmo ano 'e(ottendor o "ndador dailial de -"ni"e da 'ociedade de Th"le p"(lico" 1evor ,itler am R Antes da 0inda de ,itler Sonde es(oço" a dívida de &itler ao 5Th"lismo7A &itler depressa proi(i" o livro e orço"'e(ottendor a aposentarseA Em(ora &itler promovesse claramente os credos da 'ociedade de

Th"le ele ne+ava "al"er conex#o com movimentos oc"ltistasA N#o "eria deixar em a(erto a possi(ilidade do s"r+imento de rivalidades de "ais"er partesA

Cont"do &a"shoer e a 'ociedade de Th"le n#o eram as 0nicas inl"Hncias atrLsdascenas no<hnener(eA 'ven &edin o explorador do Ti(ete s"eco e avorito dos na*istas tam(2mdesempenho" "m papel si+niicativoA Entre 1[>> e 1[GG escreve" vLrios livros pop"lares emalem#o so(re as s"as via+ens ao Ti(ete tal como +sang'o 2amas Lallfa&rt  R A 4eregrina5ão dos

 2amas +sang'oS 41[>>8A )iversos o"tros oram trad"*idos do in+lHs para o alem#o tal como My 2ife as an "8'lorer  41[>D8 4 Alemão: Mein 2eben als "ntdecker  1[>8 R Min&a 0ida como um "8'lorador S e A Con7uest of +ibet  41[OG8 4 Alemão: "roberungszYge in +ibet  1[G18 R9maCon7uista do +ibeteSA <l2m disso em !ssendoBski und die La&r&eit  R!ssendoBski e a 0erdadeS

41[>8 &edin desacredito" a asserç#o de 9ssendo@si "e os lamas mon+.is lhe tinham alado de<+hartiA Nele expUs <+harti como "ma antasia extraída da novela de 'aintWves d` <lveidre de1DA

,rederic &ielscher a "em &itler de" a"tori*aç#o para esta(elecer o <hnener(e em 1[O era "mami+o de 'ven &edinA <l2m disso &itler convido" &edin a a*er o disc"rso de a(ert"ra dos Vo+os9límpicos em 1[OD em 6erlim e em 1[OF &edin p"(lico" ermany and Lorld 4eace R Aleman&ae 4az Mundial SA )e 1[O[ a 1[GO &edin e* vLrias missJes diplomLticas I <lemanha e contin"o" ass"as atividades p"(licitLrias pr.na*istasA < evidHncia mais clara da s"a inl"Hncia no <hnener(e 2 oato "e em 1[GO o se" Ti(et %nstit"t 4%nstit"to do Ti(ete8 oi re(ati*ado com o nome de 'ven&edin %nstit"t ^r %nnerasien "nd Expeditione R%nstit"to de 'ven &edin para Xsia %nterior eExpediçJesSA

&a"shoer oi de ato instr"mental no esta(elecimento do <hnener(e e em s"a a+enda ser (aseadaem m"itas das crenças da 'ociedade de Th"leA !or2m por ca"sa de &edin 2 improvLvel "e o

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<hnener(e tivesse proc"rado e rece(ido apoio de <+harti no Ti(eteA &edin admiti" "e o Ti(eteosse "m reposit.rio de conhecimento secreto anti+o mas n#o lhe atri("i" si+niicado oc"ltistaA

 Nem associo" esse conhecimento com 'ham(hala o" <+hartiA

<l2m disso parece altamente improvLvel "e +r"pos de ti(etanos estivessem presentes em 6erlim eem -"ni"e a partir de 1[>D o" de 1[>[ so( o a"spício da 'ociedade de Th"leA 'e esse osse ocaso ent#o visto "e o <hnener(e estava n#ooicialmente associado com a 'ociedade de Th"len#o teria havido necessidade para enviar "ma expediç#o ao Ti(ete para medir os crânios dosti(etanosA !oderiam ter eito estas mediçJes na <lemanhaA <ssim a asserç#o "e a 'ociedade deTh"le patrocinava via+ens an"ais ao Ti(ete entre 1[>D e 1[G> tam(2m parece altamente"estionLvelA

A Cone0ão Calm"/"e9 relat.rio por !a"@els e 6er+er "e no im da +"erra os r"ssos encontraram em 6erlim "m +randen0mero de cadLveres de soldados de raça &imalaia vestidos em "niormes na*istas "e tinhamcometido s"icídio tam(2m precisa ser posto I provaA < implicaç#o n#oalada 2 "e os r"ssos

encontraram os cadLveres dos adeptos Ti(etanos<+harti "e estavam aj"dando a ca"sa na*ista e"e como &a"shoer cometeram o s"icídio rit"alA

!rimeiro o harairi era "m cost"me japonHs dos sam"rais "e m"itos soldados japoneses na'e+"nda "erra -"ndial se+"iram para evitar a capt"raA 9s se+"idores do ("dismo ti(etanocont"do consideram o s"icídio "m ato extremamente ne+ativo com conse"Hncias terríveis emvidas "t"rasA N"nca 2 j"stiicLvelA 9 relat.rio atri("i incorretamente cost"mes japoneses aosti(etanosA 'e+"ndo "ais"er soldados de ori+em &imalaia encontrados em "niorme na*istaseriam m"ito provavelmente mon+.is da CLlm0"ia e n#o ti(etanosA E mais os calm""es l"taremno ex2rcito alem#o n#o prova "e apoiavam a ideolo+ia na*istaQ e ademais tam(2m n#o prova "eapoiava s"as crenças no ("dismo ti(etanoA )eixemnos examinar os atos hist.ricoss"plementandoos com inormaç#o o(tida de entrevistas com calm""es vivendo em -"ni"e<lemanha "e tinham participado em m"itos dos eventos descritos a(aixoA

9s mon+.is da Calm0"ia s#o praticantes da orma ti(etana de ("dismo e tHm "ma lon+a hist.riade associaç#o com alem#esA ;m +rande +r"po deles mi+ro" para o oeste da re+i#o )*"n+aria doT"r"ist#o 9riental entre 1D?[ e 1DO>A Esta(eleceramse na $0ssia ao lon+o do 6aixo 3ol+a onde4este rio8 desem(oca no mar CLspioA ML contin"aram o se" modo de vida nomade se+"indo a +adoA

Em 1FDO a C*arina Catarina %% a rande convido" "ase trinta mil alem#es a esta(eleceremse nare+i#o do 3ol+a ao norte dos calm""esA "eria "e eles c"ltivassem a terra 2rtil e a prote+essemdos 5tLrtaros7A Tento" orçar o cristianismo e a a+ric"lt"ra aos calm""es a*endo com "e m"itos"+issem de volta a )*"n+aria em 1FF1A !or im por2m a"eles "e permaneceram na $0ssia

oram aceitos especialmente por"e "e eram soldados excelentesA )"rante as "errasnapoleonicas 411>118 por exemplo o ex2rcito r"sso teve "m re+imento calm""eA )"rante os2c"lo se+"inte os soldados calm""es estiveram em desta"e em divisJes por todo o Ex2rcitoC*aristaA

Em(ora os estilos de vida e os cost"mes dos alem#es a+rLrios do 3ol+a e dos calm""es nomadesse+"idores de +ado ossem (astante dierentes estes vi*inhos che+aram +rad"almente a respeitar"ns aos o"trosA 9s alem#es de ato mostrarram interesse nos calm""esA VL em 1?G 6enjamin6er+mann p"(lico" "m tra(alho de "atro vol"mes so(re a s"a lín+"a e reli+i#o intit"lado

 Nomadisc&e Streifereien unter der almYken in den a&re R\]^ und R\]_ R Migra56es N3madesentre os Calmu7ues no ano R\]^ e R\]_SA 'ven &edin passo" pela Calm0"ia n"ma das s"as

 primeiras expediçJes a )*"n+aria e expresso" +rande admiraç#o pelo se" povoA

)epois da $evol"ç#o Com"nista em 1[1F m"itos calm""es permaneceram leais Is orçasC*aristas e contin"aram a l"tar no lado $"sso 6ranco especialmente so( os +enerais 3ran+el e

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)enienA <ntes de o Ex2rcito 3ermelho ter che+ado I peníns"la da Crim2ia no inal de 1[>? cercade vinte amílias calm""es "+iram atrav2s do -ar Ne+ro com 3ran+el e esta(elecendose em3ars.via na !olUnia e em !ra+a na TchecoslovL"iaA ;m n0mero m"ito maior sai" com o )eniencom a maioria esta(elecendose em 6el+rado na '2rvia e n0meros menores em 'oia na 6"l+Lria eem !aris e Myon na ,rançaA 9s re"+iados calm""es em 6el+rado constr"íram lL "m templo

 ("dista em 1[>[A 9s com"nistas p"niram severamente os calm""es "e icaramatrLs decapitando

de* milAEm 1[O1 'talin coletivi*o" os calm""es echo" os mosteiros ("distas e "eimo" os textosreli+iososA )eporto" para a 'i(2ria todos os mon+es e todos os se+"idores de +ado "e poss"íammais de "inhentos carneirosA Em parte devido I política de coletivi*aç#o de 'talin rompe"se "ma+rande ome de 1[O> a 1[OOA <proximadamente sessenta mil calm""es morreramA

)epois de &itler ter invadido a ;ni#o 'ovi2tica em 'etem(ro de 1[G1 oe((els convido" vLrioscalm""es proeminentes de 6el+rado !aris e !ra+a a 6erlim para aj"darem com "ma campanha de

 propa+andaA 9s na*istas desejavam o(ter o apoio dos calm""es para o lado alem#o contra os$"ssos e n"nca mandaram nenh"ns dos "e estavam so( o se" domínio para os campos deconcentraç#oA <ssim oe((els or+ani*o" este n0cleo em "m comitH para livrar os calm""es do

re+ime com"nistaA Nesta conex#o aj"do"lhes a imprimir "m jornal na lín+"a calm""e e "so"os para transmitir notícias no rLdio em calm""e diri+idas a Calm0"iaA

"ando a 1Da )ivis#o !an*er na*ista so( ,ield -arshal -annstein con"isto" a Calm0"ia nosinícios de 1[G> oram acompanhados por trHs mem(ros deste comitHA 3arios calm""es de6el+rado tam(2m participaram na invas#o tendose j"ntado ao ex2rcito alem#o ap.s a oc"paç#ona*ista da '2rvia em <(ril de 1[G1A 9 povo da Calm0"ia sa"do" o ex2rcito alem#o com mantei+ae leite a oerta tradicional para dar as (oasvindas a convidados como li(ertadores do re+imeopressivo de 'talinA 9s alem#es disseram "e iriam desmontar as coletivas e "e iriam dividir e

 privati*ar a terraA !ermitiram "e os calm""es praticassem o ("dismo "ma ve* maisA Em respostaos calm""es ex"maram os textos reli+iosos "e tinham enterrado para s"a preservaç#o e

constr"íram "m templo provis.rioA Em Novem(ro e em )e*em(ro de 1[G> cont"do o ex2rcitovermelho retomo" a Calm0"ia e destr"i" t"do "e as pessoas tinham reconstr"ídoA

<s tropas alem#s convidaram os calm""es a rec"arem e a contin"arem a l"ta com elesA Cerca decinco mil j"ntaramse Is orças armadas na*istas ormando o Corpo de Cavalaria 3ol"ntLrioCLlm"coA 'omente al+"mas m"lheres e crianças os acompanharamA <s tropas calm""es l"taramcom o ex2rcito na*ista atrLs das linhas especialmente em torno do mar de <*ovA < maioria da

 pop"laç#o calm""e no entanto permanece" em Calm0"iaA Em )e*em(ro de 1[GO 'talindeclaro"os todos cola(oradores dos alem#es e deporto" a todos para a 'i(2riaA '. re+ressaramd"rante a era de Khr"schev entre 1[F e 1[D?A

 No início do o"tono de 1[GG ace I iminente invas#o r"ssa da '2rvia m"itos calm""es de

6el+rado "+iram para -"ni"e na <lemanha para evitar a perse+"iç#o com"nistaA ,oramacompanhados por vLrios mon+es e "m proessor ("dista er"ditoA No inal de 1[GG as tropas dacavalaria calm""e "e so(reviveram na $0ssia j"ntamente com as s"as amílias retraíram com oex2rcito alem#oA Cerca de dois mil oram para 'il2sia na !ol.nia e "inhentos para _a+re(e naCroLcia onde oram reor+ani*ados para l"tar contra os adversLriosA

<ssim em(ora vLrios calm""es estivessem na <lemanha e nos territ.rios con"istados pelosna*istas nos meses inais da +"erra apenas al+"ns estavam na Lrea de 6erlim ainda en+ajados emtra(alho propa+andistaA 9s soldados calm""es em "niormes na*istas estavam na !olUnia e naCroLcia e n#o na <lemanhaA Em(ora vLrios mon+es calm""es i*essem rit"ais ("distas nas

 (arracas e casas calm""es no territ.rio dominado pelos na*istas eles re*avam pela pa* e pelo (emestar de todos os seresA N#o havia nenh"n ti(etano entre eles e eles n#o cond"*iramceremonias 5oc"ltas7 para "ma vit.ria na*ista como al+"ns relatos oc"ltistas p.s+"erra relatamA

<p.s a +"erra os calm""es "e estavam em países da E"ropa 9cidental oram enterrados em

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acampamentos para pessoas desalojadas na X"stria e na <lemanha especialmente na Lrea de-"ni"eA Mi(erados em 1[1 esta(eleceramse primeiro em -"ni"eA -ais tarde nesse ano a,"ndaç#o de <nna Tolstoy realojo" a maioria deles em Ne@Versey E;<A Tito entre+o" os "eestavam na '2rvia aos sovi2ticos "e prontamente os deportaram para a 'i(2riaA

Asserç.es PFs-"erra so&re %7am&7ala e #iscos 6oadores%nterpretaçJes oc"ltistas de o"tras atividades na*istas associandoas com 'ham(hala tam(2mapareceram ap.s a +"erraA !or exemplo "ma expediç#o alem# de 1[O[ a <ntLrtica cond"*ida pelocapit#o <lred $itscher mapeo" "m "into do continente reivindico"o para a <lemanha enomeo"o Ne"'ch@a(enlandA 9"tras expediçJes na*istas a <ntLrtica e a atividade naval no<tlântico '"l contin"aram at2 ao im da +"erraA

 Nos inais da d2cada de 1[? separadamente &enri"e Vose de 'o"*a o presidente da 'ociedadeTeos.ica 6rasileira na"ela 2poca propUs "ma nova teoria da terra ocaA )entro da terra encontrase <+harti com a s"a capital 'ham(hala "e seria a ori+em dos discos voadores "e emer+eriam Is"perície atrav2s de t0neis no p.lo norte e no p.lo s"lA <ssim a 'ociedade Teos.ica 6rasileira

constr"i" como s"a sede em '#o Mo"renço -inas erais "m templo de estilo +re+o dedicado a<+hartiA 9ACA &"+enin "m est"dante de de 'o"*a pop"lari*o" a teoria do se" mentor em Jrom t&eSubterranean Lorld to t&e SkyD Jlying Saucers R o Mundo Subterr:neo ao C;uD iscos 0oadoresS41[F8A $AA 6ernard no se" livro de 1[DG +&e ,olloB "art& R A +erra !caS disse "e os discosvoadores de 'ham(hala em <+harti estavam so( a terra saindo atrav2s de t0neis secretos so( os&imalaias no Ti(eteA

Com (ase nas expediçJes na*istas I <ntLrtica Na*i e nos relatos acima o oc"ltista alem#o Ernst_^ndel escreve" vLrios livros na d2cada de 1[F? incl"indo 9J!EsD Nazi Secret Lea'ons` R!0NIsD

 Armas Secretas Nazistas`S airmando "e os na*istas mantinham "ma (ase secreta n"ma Lrea dela+os de L+"a morna "e haviam encontrado na <ntLrticaA ML eles teriam escondido a s"a armasecreta 93N%sA _^ndel 2 tam(2m conhecido como o proponente mais ardoroso so(re a teoria de"e o holoca"sto na realidade n"nca teria acontecidoA

< associaç#o de discos voadores com 'ham(hala deriva do relato da "t"ra +"erra apocalípticaale+.rica encontrada no comentLrio +&e Stainless 2ig&t <2uz Imaculada? ao +&e Abbreviated

 alac&akra +antra R+antra de alac&akra AbreviadoSA Neste relato $a"dracharin o >o re+enteKali de 'ham(hala virL da s"a terra montado n"m cavalo de pedra com o poder do vento e irLderrotar -ahdi líder das tropas n#oindicasA Em(ora $a"dracharin represente a pro"nda

 percepç#o da vac"idade com o nível mais s"til de atividade mental e o cavalo de pedra represente onível mais s"til do ventoener+ia em "e esta percepç#o caval+a al+"mas pessoas interpretaram aima+em como "m disco voador vindo de 'ham(halaA

Concl"são< hist.ria de Kalachara so(re 'ham(hala tem ativado as ima+inaçJes de m"itas i+"ras políticasestran+eiras e a"tores oc"ltistasA )istorcendo a lenda ori+inal e interpolando id2ias permeadas deantasia incorporaram o mito nos arti+os "e escreveram para servir aos se"s pr.prios prop.sitosA<tri("ir estas distorçJes I intenç#o ori+inal dos ensinamentos de Kalachara seria a*er "mainj"stiça ao ("dismoA ,"t"ras pes"isas poder#o revelar mais so(re estes ass"ntosA

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Meditação Avançada - #,oc7en

Pontos $"ndamentais%ntrod"ç#o ao )*o+chen  ensaio m2dio

9s !rincipais <spectos da )o"trina )*o+chen  ensaio m2dio

6reve &ist.ria do )*o+chen  transcriç#o c"rta

6reve &ist.ria do )*o+chen em ,orma rLica  pe"ena ta(ela type=text/javascript

!ntrod"ção ao #,oc7en<lexander 6er*in'etem(ro de 1[[ revisado em -aio de >??> e V"lho de >??D

R6ac+ro"nd: Comparaç#o %ntrod"t.ria das Cinco TradiçJes Ti(etanas de 6"dismo e do 6onAS

A Necessidade de #,oc7en)*o+chen 4rdzogs(c&en a +rande pereiç#o8 2 "m sistema avançado de prLtica -ahayana "econd"* I il"minaç#oA Encontrase principalmente nas tradiçJes Nyin+ma e 6on mas tam(2maparece como prLtica s"plementar em al+"mas das tradiçJes Ka+y" tais como )r"+pa )ri"n+

4)ri+"n+8 e Karma Ka+y"A <"i vamos alar de d*o+chen de acordo com a escola Nyin+maAR3eja: 6reve &ist.ria do )*o+chenAS

!ara alcançar a il"minaç#o precisamos de eliminar para sempre dois +r"pos de o(sc"recimentos:

o(sc"recimentos emocionais 4nyon(sgrib8 a"eles "e s#o emoçJes e atit"des pert"r(adoras e "e impedem a li(eraç#oQ

o(sc"recimentos co+nitivos 4 s&es(sgrib8 P a"eles relacionados com todos os conhecíveis e"e impedem a onisciHnciaA

Estes o(sc"recimentos tra*emnos respectivamente o sorimento da existHncia incontrolavelmenterecorrente 4 samsara8 e a incapacidade de melhor aj"darmos os o"trosA '#o por2m momentâneos

4 glo(bur 8 e apenas o(sc"recem a nat"re*a essencial 4ngo(bo8 da mente e limitam o se""ncionamentoA Na s"a essHncia a mente 4atividade mental8 2 por nat"re*a p"ra de todas as mLc"lasmomentâneasA Este 2 "m aspecto importante da s"a nat"re*a (0dicaA

Em +eral para eliminar os dois +r"pos de o(sc"recimento s#o necessLrias a (odhichitta 4byang( sems8 e a co+niç#o n#oconcept"al do vazio 4 stong(nyid  'ânscA s&unyata vac"idade8 a nat"rala"sHncia na mente de mLc"las momentâneas e a s"a a"sHncia de impossíveis maneiras de existir4como intrinsecamente contaminada com mLc"las8A 1od&ic&itta 2 "ma mente e coraç#o "e visa ail"minaç#o com a intenç#o de a alcançar e desse modo (eneiciar todos os seres tanto "anto

 possívelA < eliminaç#o dos o(sc"recimentos tam(2m re"er "m nível de mente 4o" atividademental8 mais cond"cente I ca"sa desta eliminaç#oA < prLtica )*o+chen cond"*nos a esse nívelA

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 Sem e Rigpa

< atividade mental ocorre a dois níveisQ com consciHncia limitada 4 sems8 e consciHncia p"ra 4rig( 'a8A Como m"itos est"dantes ocidentais jL est#o amiliari*ados com os termos ti(etanos vamos"sLlos para acilitar a disc"ss#oA

Sem 2 a atividade mental limitada por mLc"las momentâneasA  /ig'a 2 atividade mental va*ia de todas as mLc"las momentâneas de o(sc"recimentoA

9 sem pode ser concept"al o" n#oconcept"al e em "al"er dos casos 2 sempre contaminadaA$i+pa por o"tro lado 2 excl"sivamente n#oconcept"al n"ma maneira mais p"ra do "e o n#oconcept"al sem e n"nca 2 contaminada por "al"er dos dois +r"pos de o(sc"recimentosA

;ma ve* "e a atividade mental limitada o" p"ra 2 nat"ralmente va*ia de mLc"las momentâneasri+pa 2 o estado nat"ral de semA )este modo ri+pa com a s"a nat"re*a essencial de ser va*ia detodas as mLc"las pode ser reconhecida como a (ase de cada momento da nossa co+niç#oA

)*o+chen ent#o 2 "m m2todo de prLtica ancorado na (odhichitta e na co+niç#o n#oconcept"al dova*io "e nos permite reconhecer ri+pa e permanecer para sempre no se" nível de atividade mental

livre de todos os o(sc"recimentosA )esta orma a \+rande pereiç#o\ 4d*o+chen8 de ri+pa de todasas "alidades il"minadoras para (eneiciar os o"tros tornase inteiramente operacionalA

E/"ival*ncia nos %istemas Não-#,oc7en9s sistemas n#od*o+chen de el"+ 'aya e Ka+y" analisam trHs níveis de mente o" atividademental:

1A < atividade mental +rosseira 2 a co+niç#o sensorial "e 2 sempre n#oconcept"alA>A < atividade mental s"til incl"i a co+niç#o mental concept"al e a n#oconcept"alAOA < atividade mental mais s"til s"(jacente a todas elas 2 a l"* clara 4od  (gsal 8

excl"sivamente n#oconcept"al mas mais s"til do "e a atividade mental n#oconcept"als"til o" +rosseiraA

9 s"tra e as classes mais (aixas do tantra "sam a atividade mental s"til para a co+niç#o do va*ioA<penas a an"ttarayo+a a classe mais elevada do tantra tem acesso e "tili*a a atividade mental del"* clara para esta inalidadeA

!aralelamente o s"tra e as classes mais (aixas do tantra no sistema Nyin+ma "sam sem para aco+niç#o do va*ioA <penas o d*o+chen tem acesso e "tili*a ri+pa para esta inalidadeA

9s sistemas n#od*o+chen explicam "e a mente de l"* clara mais s"til maniestase no momentoda morteA ;m se" acsímile maniestase por "m instante "ando experienciamos o or+asmo oadormecer desmaiar espirrar e (ocejarA Em tais momentos os ventosener+ia mais +rosseiros4rlung  'ânscA 'rana 5l"n+78 "e s"portam a atividade mental +rosseira e s"til cessam 4dissolvem8temporariamente parando assim temporariamente estes dois níveis de atividade mental e

 permitindo "e o nível de l"* clara "ncioneA

Cont"do para o(ter "m controlo estLvel da atividade mental de l"* clara 2 necessLrio o acesso aeste nível na meditaç#oA $eali*amos isto com as prLticas do estL+io completo 4rdzogs(rim estL+ioda inali*aç#o8 RdeS an"ttarayo+a tra(alhando com o sistema de ener+ia s"til do corpo paradissolver os ventosener+iaA Como (ase para s"cesso no estL+io completo n.s ima+inamos o

 processo de dissol"ç#o no estL+io de +eraç#o 4bskyed(rim8 modelado nos estL+ios da morte (ardoe renascimentoA

Com os m2todos d*o+chen reconhecemos e temos acesso I atividade mental mais s"til neste casori+pa sem necessidade de dissolver os ventosener+ia como m2todo para o(ter acessoA -as comoreconhecer ri+paZ

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#e(inição da Mente Mente no ("dismo se reere a atividade mental e n#o a "ma \coisa\ "e 2 o a+ente dessa atividadeo" a "ma \erramenta\ "e o \e"\ "sa para se en+ajar nessa atividadeA < deiniç#o da mentedescreve a atividade so( dois pontos de vistaA <ssim os dois aspectos da descriç#o s#o "nçJessim"ltâneas n#o se"enciais:

1A a atividade mental de prod"*ir o" a*er s"r+ir 4c&ar(ba8 aparHncias co+nitivas 4 snang(ba8>A a atividade mental de en+ajamento co+nitivo 4 -ug('a8 com aparHncias co+nitivasA

9 primeiro RaspectoS 2 +eralmente trad"*ido como claridade 4 gsal 8 e o se+"ndo comoa'ercebimento <consci>ncia? 4rig 8A

 As a'ar>ncias cognitivas n#o se reerem Is aparHncias das coisas \lL ora\ "e podemos o" n#oo(servar e co+ni*arA Elas se reerem a como as coisas aparecem \I mente\ "ando as co+ni*amosA

 N"m certo sentido s#o como holo+ramas mentaisA !or exemplo na co+niç#o sensorial n#oconcept"al tal como na vis#o aparecem ormas coloridas "e s#o meras representaçJes mentais4 snang(ba semelhanças mentais8 o" derivativos mentais 4 gzugs(brnyan relexos mentais8 de "mmomento de ormas coloridasA Na co+niç#o concept"al aparece "ma representaç#o mental doo(jeto convencional tal como "ma m#o c"jas ormas coloridas nesse momento s#o a sensi(ilidadevis"al delasA ;ma se"Hncia de representaçJes mentais de "ma m#o de "ma pole+ada por se+"ndo

 para a direita aparece como movimentoA 9" seja as aparHncias co+nitivas s. existem dentro docontexto da atividade mentalA N#o precisam ser claras o" ocali*adasA

<l2m disso as aparHncias co+nitivas n#o se reerem meramente Is ima+ens "e aparecem \namente\ "ando co+ni*a com nossos olhos o(jetos visíveisA Tam(2m se reerem Is aparHncias o"s"r+imentos 4 s&ar(ba8 co+nitivos de sons cheiros sa(ores sensaçJes ísicas pensamentosemoçJes e assim por dianteA <inal 2 a atividade mental "e a* com "e "ma se"Hncia de sons deconsoantes e vo+ais s"rja como palavras e rasesA

$eparem "e as expressJes \coisas aparecem I mente\ o" \na mente\ s#o simples ormas delin+"a+em e reletem "m conceito d"alístico da mente totalmente dierente do modelo ("distaA

9 enga-amento cognitivo com aparHncias co+nitivas pode ser em vLrias ormas tal como o vHlaso"vilas pensLlas o" sentilas e n#o precisa ser consciente o" com compreens#oA !ode incl"ir oi+norar al+o e o estar con"so acerca dissoA

< deiniç#o tam(2m acrescenta a palavra mera 4tsam8 a "al implica "e a atividade mental ocorresem "e "m a+ente concreto \e"\ a aça acontecerA %mplica tam(2m "e as mLc"las momentâneasn#o s#o a característica "e deine esta atividadeA < nat"re*a s"pericial 4kun(rdzobconvencional8da atividade mental estL meramente prod"*indo e en+ajando com aparHncias co+nitivasQ a s"anat"re*a mais pro"nda 4don(dam0ltima8 2 o se" va*ioA

E mais a atividade mental 2 individ"al e s"(jetivaA < minha vis#o d"ma pint"ra e me" sentimentode elicidade n#o s#o os de vocHsA <l2m disso o ("dismo n#o post"la "ma mente "niversal da "altodos n.s somos parte a "e todos n.s podemos ter acesso o" I "al nossos contin""ms mentais4l"xosmentais8 se "ndem ao alcançarem a li(eraç#o o" il"minaç#oA -esmo "ando il"minados ocontin""m mental de cada 6"da ret2m a s"a individ"alidadeA

#i(erenças entre Ma7am"dra e #,oc7en"er no nível +rosseiro s"til o" mais s"til de clara l"* a nat"re*a da atividade mental permanace amesmaA < prLtica ma&amudra 4 '&yag(c&en +rande selo8 encontrada nas tradiçJes Ka+y" 'aya eel"+/Ka+y" se ocali*a nesta nat"re*aA <s tradiçJes Ka+y" e el"+/Ka+y" tHm níveis de prLticatanto do s"tra como do an"ttarayo+a tantra en"anto "e 'aya somente tem "m an"ttarayo+aA 9"seja na tradiç#o 'aya Ra prLtica doS maham"dra apenas se ocali*a na nat"re*a da atividademental de clara l"* en"anto "e as o"tras d"as tradiçJes incl"em tam(2m a ocali*aç#o na

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nat"re*a dos o"tros níveis de atividade mentalA

$i+pa partilha da mesma nat"re*a "e os trHs níveis de atividade mental analisados pelas escolasn#od*o+chenA Cont"do a prLtica d*o+chen 2 eita excl"sivamente a nível mais elevado do tantra elida apenas com o nível mais s"til da atividade mentalA <l2m disso d*o+chen n#o se ocali*a apenasnas nat"re*as convencionais e mais pro"ndas de ri+pa como tam(2m nos se"s vLrios aspectos eacetasA

#i(erenças entre )ipa e Clara 9",E mais ri+pa n#o 2 "m exato e"ivalente da clara l"* mas sim "ma s"(divis#o delaA

#i(erentes 4ra"s de %er !mac"lado

9 nível de clara l"* da mente 2 por nat"re*a va*io dos níveis mais +rosseiros da atividademental "e s#o os níveis onde ocorrem a co+niç#o concept"al e as mLc"las momentâneasdas emoçJes e atit"des pert"r(adorasA <ntes da il"minaç#o cont"do a atividade mental da

clara l"* n#o 2 va*ia dos hL(itos de a+arramento I existHncia verdadeira a "al pode serimp"tada o" rot"lada nelaA N#o o(stante "ando a clara l"* 2 maniesta estes hL(itos n#oa*em com "e a atividade da clara l"* prod"*a aparHncias discordantes 4d"ais8 deexistHncia verdadeira 4 gnyis(snang 8 nem a impedem de co+ni*ar sim"ltaneamente as d"asverdades 4aparHncias e va*io8 o "e eles a*em "ando os níveis mais +rosseiros da menteest#o ativosA

!or o"tro lado ri+pa 2 va*ia at2 dos hL(itos de a+arramento I existHncia verdadeiraA ] oestado nat"ral e totalmente imac"lado da menteA

#i(erença em Termos de )econ7eci&ilidade

< atividade mental de clara l"* e ri+pa s#o semelhantes no sentido em "e "ando est#o operandoos níveis mais +rosseiros da atividade mental n#o est#o "ncionando em sim"ltâneoA

Ter acesso e reconhecer a mente de clara l"* re"er a ativa para+em dos níveis mais+rosseiros de atividade mental atrav2s da dissol"ç#o dos ventosener+ia "e s"portam essesníveisA$i+pa 2 reconhecivel sem a ativa para+em dos níveis mais +rosseiros de atividademental e dos ventosener+ia como m2todo para a reconhecerA "ando reconhecidos ealcançados cont"do os níveis mais +rosseiros deixam a"tomaticamente de "ncionarA

#i(erença em Termos de Pro("nda Consci*ncia )e(le0iva

9s sistemas n#od*o+chen partic"larmente el"+ dierenciam a clara l"* do o(jeto 4 yul 8 daclara l"* co+nitiva 4 yul(can% su-eito8A < clara l"* do o(jeto 2 a nat"re*a va*ia 4c&os(nyid 8 daclara l"* en"anto "e a clara l"* co+nitiva 2 a pr.pria atividade mental da clara l"*enUmeno "e tem como s"a nat"re*a 4c&os(can8 a clara l"* do o(jeto A

< atividade mental de clara l"* n#o estL necessariamente ciente do va*io da s"a pr.prianat"re*aQ por exemplo a mente de clara l"* experienciada no momento da morte com"mA-esmo "ando Kaydr"( Nor*an++yatso 4m&as(grub Nor(bzang rgya(mts&o8 o mestreel"+ do s2c"lo Y3 explica "e a atividade mental de clara l"* a* s"r+ir nat"ralmente "maaparHncia co+nitiva parecida I "e s"r+e na co+niç#o n#oconcept"al do va*ioQ no entantoela n#o s"r+e a"tomaticamente com a compreens#o do va*io tal como na morte com"mA

<l2m disso mesmo "ando a pro"nda consciHncia relexiva 4rang(rig ye(s&es8 da s"a pr.pria nat"re*a va*ia 2 apresentada como "ma "alidade nat"ral da clara l"* como nossistemas 'aya e Ka+y" ainda assim nem sempre estL operacional tal como na morte

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com"mA !ortanto a prLtica an"ttarayo+a visa conse+"ir na meditaç#o a clara l"* co+nitiva"e estL totalmente ciente da s"a pr.pria nat"re*a de clara l"* do o(jetoA

$i+pa por o"tro lado estL inatamente ciente da s"a pr.pria nat"re*a va*iaA "ando n.so(temos acesso a ri+pa ri+pa estL a"tomLtica e totalmente ciente da s"a pr.pria nat"re*aAEm termos d*o+chen ri+pa reconhece a s"a pr.pria ace 4rang(ngo s&es('a8A

)ipa )esplandecente e )ipa-Ess*ncia No perc"rso tentamos reconhecer dois tipos de ri+pa: primeiro ri+pa resplandecente 4rtsal(gyi rig( 'a8 e depois s"(jacente ri+paessHncia 4ngo(boEi rig('a8A

1A  /ig'a res'landecente 2 o aspecto de ri+pa a*endo s"r+ir ativamente aparHncias co+nitivasA>A  /ig'a(ess>ncia 2 o espaço a(erto co+nitivo 4klong 8 o" esera co+nitiva 4dbyings8 "e estL

s"(jacente e "e permite a ativa prod"ç#o e a ativa co+niç#o de aparHncias co+nitivasA

9s dois tipos de ri+pa ainda s#o ri+pa si+niicando "e am(os s#o atividades mentais: a consciHnciaimac"lada nat"ralmente p"ra de al+oA

A )elação entre Apar*ncias Conitivas e )ipa<s aparHncias co+nitivas s#o o jo+o 4rol('a maniestaç#o8 de ri+paessHnciaA "ando co+ni*adoscom sem parecem n#o existir desta maneira e assim as aparHncias s#o en+anosasA

<"i a'ar>ncias como jo+o de "m tipo de atividade mental n#o si+niica:

"e as aparHncias s"r+em devido ao carma recolhido pela mente o" "e existem meramentecomo o "e pode mentalmente ser rot"lado pela mente como no "so el"+ do termo -ogo da mente 

"e todos os enUmenos existem apenas na mente como na posiç#o extrema do solipsismoQ

"e a aparHncia co+nitiva de "ma mesa e a consciHncia vis"al dela vHm da mesma ontenativa 4rdzas8 P o" seja do mesmo le+ado cLrmico 4 sa(bon semente tendHncia cLrmica8 apesar do ato de "e a mesa ainda 2 eita de Ltomos e tem "ma existHncia verdadeira n#oimp"tada 4n#o 2 meramente "ma mesa ima+inada8 como na explanaç#o ChittamatraA

'i+niica sim "e a aparHncia co+nitiva da mesa 2 al+o "e ri+pa a* s"r+ir como RaS s"a nat"re*a"ncional 4rang(bz&in8A 9" seja o "e ri+pa nat"ralmente a* 2 prod"*ir espontâneamente 4l&un(

 grub8 aparHncias co+nitivas e neste sentido aparHncias co+nitivas s#o o jo+o da menteA

)ierente da orm"laç#o Chittamatra no entanto de acordo com d*o+chen a mesa em si tem a s"a pr.pria onte nativa por exemplo a madeira e os Ltomos "e a constit"emA <l2m disso a mesacarece de existHncia verdadeira n#oimp"tada 4bden('ar ma(grub('a8A Existe como mesa visto "e

 pode ser vLlida e mentalmente rot"lada como mesaA Cont"do em 0ltima anLlise o se" modo deexistHncia estL para lL das palavras e conceitos como na explanaç#o n#oel"+ -adhyamaaA

< orm"laç#o d*o+chen das aparHncias como jo+o da mente "sa re"entemente terminolo+iaChittamatra tal como alaya 4kun(gz&i (ase de t"do8 e os oito tipos de consciHnciaA Cont"do n#o asexplica como existindo da mesma maneira como o sistema de Chittamatra o a*A 9 "so destaterminolo+ia deriva do ato de "e 'hantarashita e Kamalashila os dois mestres indianos da l.+ica

 ("dista "e primeiro ensinaram no Ti(ete e "e ac"ltaram a (ase ilos.ica s0trica a Nyin+maensinaram "ma orma de -adhyamaa "e "sa termos ChittamatraA < tradiç#o el"+ denomina estaorma \a Escola Wo+achara'vatantria-adhyamaa\A

R3eja: 6reve &istoria do )*o+chenA 3eja tam(2m: Comparaç#o %ntrod"t.ria das Cinco TradiçJes

Ti(etanas de 6"dismo e do 6onAS

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Meditação no 6a,io< nat"re*a va*ia de ri+pa 2 a s"a nat"re*a essencial 4ngo(bo8 e 2 denominada s"a 'ureza 'rimordial4ka(dag 8A

3Lrias tradiçJes ti(etanas de d*o+chen e mestres dentro de cada tradiç#o tHm explicitado a p"re*a primordial de ri+pa em termos de va*ioe" pr.prio 4rang(stong 8 va*ioo"tros 4 gz&an(stong 8 o"

am(osA

Mon+chenpa 4 long(c&en /ab(Gbyams('a ri(med God(zer 8 por exemplo n#o e* nenh"mareerHncia a va*ioo"trosA

&L d"as interpretaçJes so(re a posiç#o de -ipam 4Gu Mi('&am Gam(dbyangs rnam(rgyalrgya(mts&o8 ela(oradas por d"as ramiicaçJes de se"s discíp"losA 6otr"l 4 1od(s'rul 8 eKenpo _hen+a 4m&an('o gZ&an(dgaE 8 apresentam -ipam como post"lando o va*ioe"

 pr.prio en"anto "e _hechen yeltsa( 4 Z&e(c&en ryal(ts&ab 4ad(ma rnam(rgyal 8 eKato+ 'it" 4 a&(t&og Si(tu8 apresentam -ipam como post"lando o va*ioo"trosA 9 primeiro+r"po estL principalmente no -osteiro )*o+chen 4rzogs(c&en don('a8 en"anto "e ose+"ndo estL principalmente no -osteiro _hechen 4 Z&e(c&en don('a8A Cont"do isto n#o

si+niica "e todos os mestres em cada "m destes mosteiros partilhem esta interpretaç#o e post"lem a vis#o correspondenteA

<l2m disso deram variadas deiniçJes so(re o va*ioe" pr.prio e va*ioo"trosA 3amos "sar asdeiniçJes mais com"mente aceites por Nyin+maA

! vazio(eu  'r3'rio 2 a a"sHncia de "ma maneira impossível de existir tal como a verdadeiraexistHncia n#oimp"tada e al2m disso a existHncia "e corresponde ao "e as palavras e osconceitos implicamA

! vazio(outros 2 a a"sHncia em ri+pa de todos os níveis mais +rosseiros da atividade mental e dasmLc"las contaminadasA

<ssim a apresentaç#o da p"re*a primordial em termos de va*ioe" pr.prio 2 mais o" menose"ivalente  apresentaç#o da clara l"* do o(jeto pelos sistemas n#od*o+chenA < apresentaç#o emtermos de va*ioo"tros 2 mais o" menos e"ivalente I"ela da clara l"* co+nitivaA N#o o(stante omodo como 2 apresentada e a terminolo+ia "sada a p"re*a primordial 2 tanto va*ioe" pr.priocomo va*ioo"trosA

< meditaç#o na p"re*a primordial de ri+pa seja apresentada em termos de va*ioo"tros o" n#oenvolve o eno"e em ri+pa como estado co+nitivo va*io de todos os níveis mais +rosseiros e detodas as mLc"las momentâneasA EstL inatamente consciente da s"a pr.pria p"re*a primordialA

<ssim no d*o+chen a meditaç#o no va*io n#o envolve a meditaç#o analítica so(re o va*ioe" pr.prioA < meditaç#o n#od*o+chen na clara l"* do o(jeto na "al n.s meramente recordamos a

nossa compreens#o do va*ioe" pr.prio o(tida previamente atrav2s da meditaç#o analítica tam(2mn#oA

< meditaç#o d*o+chen por2m nem se"er envolve nenh"m tipo de eno"e no va*ioe" pr.prio deri+paA Em(ora a anLlise do va*ioe" pr.prio contenha parte do treinamento re"erido antes de setentar a prLtica de d*o+chen o va*ioe" pr.prio apenas 2 compreendido d"rante a meditaç#o ri+pacomo parte da p"re*a primal de "e ri+pa estL inatamente conscienteA <l2m disso "ando n.socali*amos nas aparHncias co+nitivas RcomoS sendo o jo+o nat"ral de ri+pa isso implica "e n.s jLcompreendemos o va*ioe" pr.prio delasA 'e as aparHncias co+nitivas s#o o jo+o nat"ral de ri+paelas n#o podem existir da orma em "e as palavras e os conceitos para as aparHncias implicamA <s

 palavras e os conceitos implicam "e as coisas existem verdadeira e independentemente em

cate+orias concretas e ixas como \isto\s e \a"ilo\s mas este 2 "m modo impossível de existHnciaA N#o existe tal coisaA

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)ipa Completo de Todas as oas ;"alidades$i+pa(ase 4 gz&iEi rig('a8 2 a (ase de tra(alho da consciHncia p"raA ] deso(str"ído e todo

 penetrante 4 zang(t&al 8 no sentido em "e t"do penetra sem o(str"ç#o tal como o .leo de s2samoestL penetrado nas sementes de s2samo apesar de n#o nos aperce(ermos de tal atoA <ssim ri+pa 2"m aspecto da nat"re*a (0dica e de acordo com d*o+chen 2 completo de todas as (oas "alidades

4 yon(tan "alidades (0dicas8 tais como a onisciHncia e a compaix#o "e t"do a(ran+eA $i+pa 2semelhante ao sol e assim como o sol n#o pode existir separadamente das "alidades do sol taiscomo a l"* e o calor do mesmo modo ri+pa n#o existe separadamente das "alidades (0dicasA

<ssim "ando o(temos na meditaç#o o acesso I ri+paessHncia e esta se torna operacional n#otemos de lhe adicionar as "alidades (0dicasA N#o temos necessidade de lhe adicionar "ma mentede consciHncia onisciente o" de compaix#o "e t"do a(ran+eA VL ali est#o nat"ral eespontâneamente 4l&un(grub8A

Comparação com as Asserç.es 4el"G %a3a e %am37a

<s explanaçJes el"+ e 'aya so(re a nat"re*a (0dica post"lam "e as "alidades (0dicas existemneste momento meramente como potenciais 4nus('a8 da atividade mental da clara l"*A '#o comosementes dierentes do solo em "e se encontramA !recisamos de as c"ltivar para "e cresçamA

Em(ora 'amhya a escola de ilosoia indiana n#o("dista n#o post"le a nat"re*a (0dica o" as"alidades (0dicas "ma apresentaç#o desta mat2ria ao estilo 'amhya levaria a "e a onisciHnciaosse em 0ltima anLlise encontrLvel jL "ncionando na atividade mental da clara l"*A <penas n#oestaria presentemente maniestaA

< posiç#o d*o+chen n#o 2 nenh"ma destasA N#o podemos di*er "e ri+pa no se" o(sc"recidoestado at"al esteja operando como "ma consciHncia oniscienteA !resentemente ri+pa estLo(sc"recido por mLc"las momentâneas e l"indo j"ntamente com "m ator de idiotismo 4rmongs(

c&a est"pide* con"s#o8 "e s"r+e a"tomaticamente 4l&an(skyes8A !or ca"sa do idiotismo ri+pan#o reconhece a s"a pr.pria ace e por isso n#o 2 operacionalA Em ve* disso "nciona como "maalaya para os hL(itos 4bag(c&ags(kyi kun(gz&i8 P "ma consciHncia "ndacional para os hL(itos dea+arramento I existHncia verdadeira para o carma e para as mem.riasA

!ortanto d*o+chen salienta a importância das prLticas preliminares 4 sngon(Ggro 5 n+ondro78 e doortalecimento das d"as redes de orça positiva e pro"ndo aperce(imento RconsciHncia pro"ndaS4coleçJes de m2rito e insi+ht8 constr"toras da il"minaç#o t#o ortemente "anto as tradiçJes n#od*o+chen el"+ 'aya e Ka+y" as salientamA !or2m o prop.sito n#o 2 o de ac"m"lar (oas"alidades o" de concreti*ar as potencialidades destas "alidades mas antes o de eliminar oso(sc"recimentos "e impedem ri+pa de reconhecer a s"a pr.pria aceA < \ace\ de ri+pa 2caracteri*ada como 'amanta(hadra 4 un(tu bzang('o8: literalmente todoexcelenteA Talreconhecimento n#o acontecerL s. por si sem nenh"mas ca"sasA

' %ini(icado de )ipa %er Permanente"ando os textos d*o+chen post"lam "e ri+pa 2 "m enUmeno n#o aetado 4dus(ma(byed  n#ocondicionado n#o coletado8 e permanente 4rtag('a8 devemos entender c"idadosamente osi+niicadoA <"i não afetado si+niica "e n#o 2 criado de novo a cada momento e "eor+anicamente n#o cresce de al+o tal como "m re(ento cresce de "ma sementeA <ssim 2 nat"ral4bcos(med 8 n#o criado o" a(ricado so( a inl"Hncia de ca"sas e condiçJes como al+o temporLrioe novoA <l2m disso o ter (oas "alidades n#o depende de ca"sas e condiçJesA ] permanente n#o no

sentido de ser estLtico e de n#o exec"tar "ma "nç#o mas no sentido de d"rar para sempre comod"ram as s"as "alidadesA

!or2m ri+pa a cada momento a* s"r+ir espontâneamente o(jetos dierentes e estL consciente delesA

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 Neste sentido 2 resco e limpo 4 so(ma8A Em(ora s"a nat"re*a n"nca m"de estes aspectos m"damA,ocali*ando nesta característica el"+ airmaria "e ri+pa 2 n#oestLtico 4mi(rtag('aimpermanente8A No entanto n#o hL nenh"ma contradiç#o por"e d*o+chen e el"+ est#o deinindoe "sando os termos 'ermanente e im'ermanente de "ma maneira dierenteA

<"eles "e !ro+ridem por Etapas e <"eles a "em T"do <contece de ;ma '. 3e*

&L dois tipos de praticantes de d*o+chen: a"eles "e pro+ridem por etapas 4lam(rim('a8 e a"elesa "em t"do acontece de "ma s. ve* 4cig(car(ba8A Esta dierenciaç#o tem a ver com a maneiracomo os praticantes depois de terem reali*ado ri+paessHncia procedem I il"minaç#oA 9" seja tema ver com a"eles "e se tornaram aryas 4 '&ags('a seres altamente reali*ados8 atrav2s daa"isiç#o da mente do caminho interior da vis#o 4mt&ong(lam caminho da vis#o8 e do verdadeiroaca(ar dos o(sc"recimentos emocionaisA

 A7ueles 7ue 'rogridem 'or eta'as prose+"em atrav2s dos de* níveis(h"mi das mentes 4 sa 'ânscAb&umi8 dos arya (odhisattva "m a "m removendo +rad"almente os o(sc"recimentos co+nitivosA

 A7ueles a 7uem tudo acontece de uma s3 vez alcançam na primeira reali*aç#o de ri+paessHncia"m verdadeiro aca(ar dos dois +r"pos de o(sc"recimento de "ma s. ve*A <ssim tornamse aryas e

6"das sim"ltaneamenteAEm(ora +eralmente os textos d*o+chen alem mais so(re o se+"ndo tipo de praticantes apenas "mamin0sc"la raç#o pertence a este tipoA < eliminaç#o dos se"s dois +r"pos de o(sc"recimentos na

 primeira reali*aç#o de ri+paessHncia se deve I enorme "antidade de orça positiva 4m2rito8ac"m"lada com as prLticas (odhichitta e d*o+chen em vidas anterioresA Essa orça positiva tam(2mlhes dL a possi(ilidade de avançar mais depressa do "e a maioria pelas etapas anteriores ao alcanceda mente do caminho interior da vis#oA No entanto nin+"2m post"la a a"isiç#o da il"minaç#o semo ac"m"lar das vastas redes de orça positiva e aperce(imento pro"ndo da prLtica intensa das

 preliminares da meditaç#o e de "ma cond"ta de (odhisattva mesmo se a maior parte disto tenhaocorrido em vidas anterioresA

!ortanto "ando os textos d*o+chen se reerem ao reconhecimento de ri+pa como a7uilo7ue tudoremove 'ara a com'leta libera5ão 4c&ig(c&od kun(grol  a panaceia para a completa li(eraç#o8 n.s precisamos de compreender isto corretamenteA !ara a"eles a "em t"do acontece de "ma s. ve* a primeira reali*aç#o de ri+paessHncia 2 s"iciente para eliminar todos os o(sc"recimentos e alcançara completa il"minaç#oA !or2m isto n#o si+niica "e a reali*aç#o de ri+pa 2 por si s. s"iciente

 para se alcançar a il"minaç#o sem necessidade de "ais"er preliminares tais como (odhichitta o"o ortalecimento das d"as redes constr"toras da il"minaç#o pois estas s#o as ca"sas da a"isiç#odessa reali*aç#oA

#i(erença entre a !l"minação 4rad"al e a %ú&itaG como

Post"lada pelo "dismo C7in*s3Lrias tradiçJes do ("dismo chinHs dierenciam a il"minaç#o +rad"al da s0(itaA <s d"as n#ocorrespondem I distinç#o eita em d*o+chen entre o modo de prLtica para a"eles "e pro+ridem

 por etapas e para a"eles a "em t"do acontece de "ma s. ve*A

 A ilumina5ãogradual  4tsen(min8 implica tra(alharse com a atividade mental samsLrica emetapas +rad"ais a im de se o(ter a li(eraç#o do samsaraA

 A ilumina5ãosúbita 4 ston(mun8 deriva da perspectiva de "e 2 impossível se o(ter ali(eraç#o do samsara "sando a atividade mental samsLricaA N.s precisamos de a*er "matotal r"pt"ra desse nível e escapar \s"(itamente\A

<s vLrias Escolas Chan na China 4VapA Zen8 post"lam a il"minaç#o s0(itaA 9s m2todos para seescapar s"(itamente I atividade mental samsLrica incl"em: tra(alhar com paradoxos 4VapA koan8 aim de se parar todo o pensamento concept"alQ apenas se sentar 4VapA Zazen8Q o" simplesmente parar

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todo o pensamentoA )*o+chen n#o empre+a nenh"m destes m2todosA

#,oc7en E0plica a Partir do Ponto de 6ista do )es"ltado)e acordo com Vamyan+yent*ey@an+po 4 am(dbyangs mk&yen(brtse dbang('o8 mestre $imey4n#osectLrio8 dos inícios do s2c"lo YY as "atro tradiçJes do ("dismo ti(etano podem ser

dierenciadas se+"ndo o ponto de vista a partir do "al elas explicam: (ase caminho o" res"ltadoA1A < tradiç#o el"+ explica a partir do ponto de vista da (ase o" seja do ponto de vista dos

 praticantes com"nsA !or exemplo essas pessoas s#o capa*es de percepcionar as aparHnciaso" o va*io apenas separadamente em(ora sejam inseparLveisA !or conse+"inte el"+explica as aparHncias e o va*io como as d"as verdades e assim a verdade mais pro"nda 2apenas o va*ioe" pr.prioA Conse"entemente el"+ apresenta o svab&avakaya 4ngo(bo(nyid sku corpo da nat"re*aessencial8 de "m 6"da como o va*io da consciHncia oniscientede "m 6"daA

>A < tradiç#o 'aya explica a partir do ponto de vista do caminhoA Em(ora se n#o possa di*er"e a atividade mental da clara l"* a nível da (ase por exemplo no momento da morte seja

 (emavent"radaQ no entanto tornase (emavent"rada no caminho tântrico de an"ttarayo+aA!artindo desse ponto de vista 'aya post"la a consciHncia da clara l"* como nat"ralmente (emavent"radaA

OA <s tradiçJes Nyin+ma e Ka+y" explicam a partir do ponto de vista do res"ltado o" seja do ponto de vista de "m 6"daA !or exemplo os 6"das co+ni*am n#oconcept"almente asaparHncias e o va*io em sim"ltâneoA <ssim Nyin+ma e Ka+y" e portanto d*o+chen explicam a verdade mais pro"nda como a insepara(ilidade do va*io e da aparHncia econse"entemente apresentam sva(havaaya como a insepara(ilidade dos o"tros trHscorpos (0dicosA

<ssim "ando os textos d*o+chen alam em termos de estado nat"ral al2m do carma al2m dascate+orias constr"tivo e destr"tivo est#o alando do ponto de vista res"ltante de "m 6"daA Estaapresentaç#o n#o dL aos praticantes em níveis iniciais "e ainda est#o so( inl"Hncia de emoçJes eatit"des pert"r(antes livre permiss#o para cometerem atos destr"tivosA Essas pessoas aindaac"m"lam carma e ainda experienciam sorimento como res"ltadoA

A #esco&erta e ' %alto< literat"ra d*o+chen incl"i m"ita disc"ss#o so(re as etapas da prLtica chamadas a descoberta 4k&regs(c&od  5techo78 e o salto 4t&od(rgal  5to+el78A Estas s#o prLticas extremamente avançadase"ivalentes Is etapas inais do estL+io completo do tantra an"ttarayo+aA

 Na etapa da descoberta depois de termos sido cond"*idos pelos nossos mestres d*o+chen areconhecer ri+pa n.s conse+"imos o acesso a ri+paessHncia e deste modo conse+"imos parar todo

 sem visto "e os ventosener+ia s"tis se dissolvem a"tomaticamenteA 9" seja somos capa*es de parar todos os níveis mais +rosseiros da atividade mental os níveis em "e ocorrem as mLc"lasmomentâneas das emoçJes e atit"des pert"r(antes e a co+niç#o concept"alA Com isto alcançamos amente do caminho interior da vis#o e nos tornamos aryasA < menos "e sejamos praticantes a "emt"do acontece de "ma s. ve* ainda n#o somos capa*es de permanecer para sempre ao nível deri+paessHnciaA <p.s a meditaç#o revertemos ao semA

 Na etapa do salto +anhamos cada ve* maior amiliaridade com ri+paessHnciaA 9s momentos de sem s#o a condiç#o imediatamente precedente 4de(ma(t&ag rkyen8 para "e a nossa experiHncia sejacomposta de cinco atores a+re+ados 4 '&ung('o 'ânscA skand&a8A "anto mais re"entemente e

 por mais tempo ormos capa*es de permanecer em ri+paessHncia tanto mais enra"eceremos aorça da condiç#o imediatamente precedente na experiHncia dos cinco a+re+adosA

R3eja: Es"ema 6Lsico dos Cinco ,atores <+re+ados de ExperiHnciaAS

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'em "ma orte condiç#o imediatamente precedente os nossos cinco a+re+ados desvanecemincl"indo os nossos corpos normais e n.s s"r+imos so( a orma de "m corpo de arcoíris 4 -aE(lus8A%sto ocorre por"e "ma das "alidades nat"rais de ri+pa 2 o esta(elecimento espontâneo daaparHncia da l"* do arcoíris de cinco coresA

9 corpo de arcoíris 2 a ca"sa o(tentora 4nyer(len rgyu8 "e se transorma no ru'akaya 4 gzugs(skucorpoorma8 de "m 6"daA Em +eral no tantra an"ttarayo+a 4excl"indo Kalachara8 a ca"sae"ivalente para "m r"paaya 2 "m corpo il"s.rio 4 sgyu(lus8 no tantrapai o" "m corpol"* 4od(lus8 no tantram#eA 9 e"ivalente em Kalachara 2 "ma ormava*ia 4 stong(gzugs8A Em(ora Isve*es d*o+chen "se os termos cor'o(luz e forma(vazia para o corpo de arcoíris e em +eral oan"ttarayo+a "se Is ve*es cor'o de arco(#ris para corpol"* os tipos de corpos alcançados e osm2todos para os alcançar permanecem distintos no an"ttarayo+a Kalachara e d*o+chenA

A Necessidade da Prática Ma7aoa e An"oa antes de#,oc7en

 N#o 2 possível alcançar as etapas da desco(erta e do salto sem a pr2via prLtica de mahayo+a e

an"yo+a P se n#o nesta vida ent#o nas anterioresA !or esta ra*#o atiyoga sin.nimo de d*o+chenaparece +eralmente em orma de ma&a(atiyoga si+niicando a "ni#o entre mahayo+a e d*o+chenA

Ma7aoa

< prLtica mahayo+a enati*a o e"ivalente ao estL+io de +eraç#o no an"ttarayo+a em "etra(alhamos com a ima+inaç#o o" seja concept"almenteA Em(ora ri+pa esteja para al2m das

 palavras e conceitos n.s no entanto antes de conse+"irmos o se" acesso dependemos de "ma ideiade ri+pa "e "samos como acsímile para representar ri+pa na meditaç#oA

 Nos vis"ali*amos como "ma i+"ra (0dica 4 yidam deidade8 por exemplo 3ajrasattvaA Esta

vis"ali*aç#o at"a como ca"sa para a l"* de arcoíris de cinco cores "alidade nat"ral de ri+pa R"eneste casoS aparece na orma de "m 3ajrasattva de corpo de arcoíris e por im como a rede deormas il"minadoras o" r"paaya de "m 6"daA Em(ora a nat"re*a de ri+pa seja a de esta(elecerespontâneamente aparHncias com a l"* de arcoíris de cinco cores no entanto sem "ma ca"sa

 precedente como modelo n#o 2 provLvel "e esta(eleça a aparHncia de "m r"paayaA

<l2m disso nos vis"ali*amos como "m par em "ni#o experienciando sim"ltaneamente os"r+imento de "ma consciHncia altamente (emavent"rada 4l&an(skyes bde(ba c&en('o8 P "maconsciHncia (emavent"rada "e s"r+e em sim"ltâneo com cada momento de ri+paA %sto at"a como"ma ca"sa para a eliminaç#o dos o(sc"recimentos "e impedem o esta(elecimento espontâneo da"alidade nat"ral de ri+pa P a (emavent"rançaA

An"oa

< prLtica an"yo+a enati*a em +eral o e"ivalente I prLtica do estL+io completo nos estL+ios dotantra an"ttarayo+a antes da a"isiç#o da consciHncia de clara l"* e de "ma mente do caminhointerior da vis#oA <ssim envolve o tra(alho com o sistema de ener+ia s"til com se"s ventosener+iacanais ener+2ticos e +otasener+ia 4rtsa(rlung(t&ig(le8A Tal prLtica em certo sentido \l"(riica\ osistema de ener+ia s"til de tal orma "e na etapa da desco(erta os ventosener+ia se dissolver#oa"tomaticamente com mais acilidade A

R!ara mais pormenores veja: <s ,acetas !rincipais de )*o+chenAS

' Processo ásico da Meditação #,oc7en9s momentos de pensamento concept"al 4rnam(rtog 8 especiicamente momentos de pensamento

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ver(al s"r+em permanecem e desaparecem sim"ltaneamente como escrita na L+"aA Nenh"mesorço 2 necessLrio para os dissolverQ este 2 o si+niicado do termo libera5ãoautomática 4rang(

 grol  a"toli(eraç#o8A 9s pensamentos se li(ertam a"tomaticamente no sentido em "edesaparecem sim"ltaneamente com se" s"r+imentoA "ando permanecemos neste estado do s"r+ir

 permanecer e desaparecer em sim"ltâneo n.s permanecemos \no estado nat"ral da mente\A ] Isve*es descrito como o espaço entre pensamentos de mil2simos de se+"ndos o" como o espaço

a(erto s"(jacente aos pensamentosA"ando os textos descrevem este nível de atividade mental como n#o a*endo distinçJes entre\isto\s e \a"ilo\s "erem di*er "e n#o a* distinçJes entre \isto\s e \a"ilo\s verdadeiramenteexistentesA N#o "erem di*er "e este nível de atividade mental tenha alta da distinç#o 4 du(s&esreconhecimento8 do "e as coisas s#oA <penas carece da co+niç#o concept"al "e ativamente rot"laal+o com "m conceito mental tal como \mesa\A N#o 2 possível "e ri+pa n#o sai(a nadaA <inal"ando totalmente operacional ri+pa 2 a consciHncia onisciente de "m 6"daA

<"i a apresentaç#o d*o+chen n#o contradi* a asserç#o el"+!rasan+ia se+"ndo a "al as coisasexistem em termos convencionais como \isto\s o" \a"ilo\s simplesmente na medida em "e

 podem ser validamente rot"ladas como \isto\s o" \a"ilo\sA %nerentemente nada existe nas coisas

lhes a*endo \isto\ o" \a"ilo\ pelo se" pr.prio poderA N#o o(stante "m o(jeto pode ser rot"ladocorretamente como \"ma mesa\ por "ma co+niç#o vLlida da s"a verdade s"pericial 4convencional8e este o(jeto tem a capacidade de exec"tar a "nç#o 4don(byed nus('a8 de "ma mesaA

#i(erenças entre os Mtodos de Meditação #,oc7enG6ipassana e Ma7am"dra a )espeito do PensamentoConcept"al

6ipassana

< meditaç#o vipassana 4l&ag(mt&ong  'ânscA 0i'as&yana8 dentro da esera do ("dismo Theravadaenvolve notar e o(servar o s"r+imento e desaparecimento dos momentos de pensamento concept"almas n#o atrav2s dos \olhos\ de "m \e"\ "e existe independentemente como o(servadorA <trav2sdeste processo compreendemos a impermanHncia o" nat"re*a momentânea do pensamentoconcept"al e da atividade mental em +eralA Tam(2m compreendemos "e a atividade mental ocorresem "m a+ente \e"\ independente o(servandoa o" a*endoa acontecerA

< meditaç#o d*o+chen em contraste ocali*a no s"r+ir permanecer e desaparecer sim"ltâneos dosmomentos de pensamento concept"al n#o apenas notandoos o" o(servandoosA !rimeiro isto nos

 permite reconhecer ri+pa resplandecente o aspecto de ri+pa "e espontaneamente esta(elece a

aparHncia do s"r+ir permanecer e desaparecer sim"ltâneos dos pensamentosA )epois permitenosreconhecer ri+paessHncia o aspecto de ri+pa "e "nciona como o espaço co+nitivo s"(jacente acada momento de atividade mental e "e permite o esta(elecimento espontâneo do s"r+ir

 permanecer e desaparecer dos pensamentos em sim"ltâneoA

<l2m disso vipassana apenas lida com os níveis mais +rosseiros da atividade mental en"anto "ed*o+chen tem acesso ao nível mais s"til ri+paA

Ma7am"dra

;m dos m2todos principais de meditaç#o maham"dra na tradiç#o Karma Ka+y" 2 o de consideraros momentos de pensamento concept"al como o dharmaaya 4c&os(sku8 a rede de consciHncia

onisciente (0dica "e t"do a(ran+eA 'e dharmaaya or comparado ao oceano ent#o os momentosde pensamento concept"al ser#o como as ondas do oceanoA "er o oceano esteja calmo o"t"r("lento as ondas n#o deixam de ser L+"aA <ssim sem conscientemente proc"rarmos acalmar as

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ondas n.s enocamos no oceano "e nas s"as pro"nde*as n"nca estL pert"r(adoindependentemente do tamanho das ondas na s"a s"perícieA !or conse+"inte o processo concept"alnat"ralmente se acalmaA

 Na tradiç#o el"+/Ka+y" de maham"dra consideramos os momentos de pensamento concept"alcomo n"vens passa+eiras "e temporariamente o(sc"recem o c2"A '"r+em e desaparecem no c2"mas n#o s#o da nat"re*a do c2"A

<m(os maham"dra e d*o+chen lidam com o nível mais s"til de atividade mentalQ maham"dra temacesso a ele dissolvendo os ventosener+ia e os níveis mais +rosseiros da atividade mentalen"anto "e d*o+chen tem acesso a ele reconhecendoo dentro dos níveis mais +rosseiros o" seja

 semA

Contraste entre #,oc7en e C7an <Qen= Chan 4VapA zen8 2 excl"sivamente "ma prLtica do s"tra en"anto "e d*o+chen 2

excl"sivamente do tantra e especiicamente da classe mais elevada do tantraA <ssimd*o+chen tra(alha com o nível mais s"til da atividade mental en"anto "e chan tra(alhacom níveis mais +rosseirosA

Em(ora chan explicitamente n#o ensine "e todas as (oas "alidades estejam completas namente no entanto s"+ere isso implicitamente em partic"lar no "e toca I compaix#oA Chanapenas coloca "ma mínima Hnase no c"ltivo da compaix#o en"anto m2todo para aeliminaç#o dos o(sc"recimentos "e impedem de (rilhar a compaix#o inataA "andoalcançamos o estado nat"ral a compaix#o arL a"tomaticamente parte desse estadoA)*o+chen por o"tro lado n#o s. ensina explicitamente "e todas as "alidades e n#o s. acompaix#o est#o completas em ri+pa como envolve tam(2m extensa prLtica de meditaç#os0trica e tântrica no c"ltivo da compaix#oA

< prLtica chan n#o re"er de antem#o as preliminares com"ns e incom"ns de meditaç#o e

est"do do s"tra e de cem mil repetiçJes de vLrias prLticas en"anto "e a prLtica d*o+chenre"er os dois +r"pos de preliminaresA < prLtica chan n#o re"er o pr2vio rece(imento de "m empoderamento 4iniciaç#o8 en"anto

"e a prLtica d*o+chen re"erA Em(ora a il"minaç#o re"eira o nível mais s"til da atividade mental chan n#o explicita este

nível nem apresenta m2todos explícitos para o alcançarA <l2m disso n#o disc"te o sistema deener+ia s"tilA N#o o(stante o eno"e na Lrea a(aixo do "m(i+o 4VapA &ara8 em vLrias

 prLticas chan a* sem d0vida com "e os ventosener+ia entrem e se dissolvam no canalcentral "e dL acesso a este nível mais s"tilA )*o+chen tem acesso a ri+pa ao ser cond"*ido

 pelos nossos mestres espirit"ais ao se" reconhecimento depois de termos \l"(riicado\ osistema de ener+ia s"til com a pr2via prLtica an"yo+aA

9 m2todo chan para a cessaç#o do processo concept"al especiicamente na tradiç#o $in*ai2 a \d0vida pro"nda\ P o d"vidar de todas as airmaçJes concept"ais e a prLtica koan "eenvolve re"entemente o paradoxoA )*o+chen pLra o processo concept"al ocali*ando nos"r+imento e desaparecimento sim"ltâneos dos pensamentosA

 No chan a ca"sa para a reali*aç#o do r"paaya especialmente na tradiç#o 'oto 2 nossentarmos na post"ra pereita de "m 6"daA No d*o+chen as ca"sas s#o: a capacidade nat"ralde ri+pa de esta(elecer espontâneamente aparHnciasQ a característica inata de ri+pa de (rilharcom a l"* de cinco cores do arcoírisQ e a pr2via prLtica mahayo+a de nos vis"ali*armoscomo i+"ras (0dicasA Chan n#o tem "al"er disc"ss#o o" apresentaç#o de i+"ras (0dicasA

'&servaç.es Concl"sivas)*o+chen 2 "ma prLtica extremamente avançada e diícilA "ando descrito como sem esfor5o 

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maneiraA 9s líderes das tradiçJes a(ades e assim por adiante s#o principalmente responsLveis porconceder as ordenaçJes monLsticas e por transmitir as linha+ens de transmissJes orais e deempoderamentos tântricos 4iniciaçJes8A 9 interesse principal deles n#o 2 a administraç#oA <hierar"ia aeta principalmente o l"+ar onde as pessoas se sentam nas +randes ceremonias rit"ais4 'u-as8Q em "antas almoadas elas se sentamQ a ordem em "e lhes 2 servido o chLQ e assim pordianteA !or vLrias ra*Jes +eo+rLicas e c"lt"rais o povo ti(etano tende a ser extremamente

independente e cada mosteiro tende a se+"ir os se"s pr.prios cost"mesA 9s l"+ares remotos dosmosteiros as distâncias enormes entre eles e as diic"ldades em viajar e com"nicar reorçaram atendHncia para a descentrali*aç#oA

Características com"ns<s cinco tradiçJes ti(etanas compartilham m"itas características em com"m talve* "ns oitenta porcento o" maisA <s s"as hist.rias revelam "e as linha+ens n#o existem como monolíticos separadose isolados dentro de (arreiras concretas sem nenh"m contato entre elasA 9 n"mero de tradiçJescomo sendo cinco oi o res"ltado dos se"s mestres "ndadores terem re"nido e com(inado dentrodelas vLrias linhas de transmiss#o vindas principalmente da %ndiaA !or convenç#o os se"sse+"idores chamaram a cada "ma das s"as sínteses 5"ma linha+em7 mas m"itas das mesmas linhasde transmiss#o tam(2m ormam parte das mist"ras das o"tras tradiçJesA

Tradiç.es Monásticas e 9eias

< primeira coisa "e as cinco tHm em com"m 2 "e cont2m tradiçJes tanto monLsticas "antolei+asA <s s"as tradiçJes lei+as incl"em tanto iogues e yoginis casados en+ajados na prLticaintensiva de meditaç#o tântrica como pessoas lei+as com"ns c"ja prLtica de )harma envolve

 principalmente a recitaç#o de mantras a*er oerendas nos templos e em casa e a circ"nva+aç#o demon"mentos sa+radosA <s tradiçJes monLsticas de todas as cinco poss"em a ordenaç#o completa domon+e noviço e a ordenaç#o da monja noviçaA < ordenaç#o completa das monjas n"nca che+o" aoTi(eteA <s pessoas normalmente entram para os mosteiros e conventos por volta dos oito anos deidadeA < ar"itet"ra e o d2cor monLstico s#o praticamente i+"ais em todas as tradiçJesA

<s "atro escolas ("distas compartilham a mesma s2rie de votos monLsticos da %ndia -"la'arvastivadaA 9 6on tem "m conj"nto de votos li+eiramente dierente mas a maior parte deles 2i+"al aos votos dos ("distasA ;ma dierença proeminente 2 "e os monLsticos (onpo a*em o voto

 para se tornarem ve+etarianosA 9s monLsticos de todas as tradiçJes raspam as s"as ca(eçasQ mantHmo celi(ato e vestem o mesmo hL(ito de cor +renL sem man+as com "ma saia e "m mantoA 9smonLsticos 6on simplesmente s"(stit"iram o a*"l pelo amarelo nos pain2is centrais da vesteA

Est"do do %"traTodas as tradiçJes ti(etanas se+"em "m caminho "e com(ina o est"do do s"tra e do tantra com a prLtica do rit"al e da meditaç#oA En"anto crianças os monLsticos memori*am "m n0mero vasto detextos escolLsticos e de rit"ais e est"dam por meio de de(ates calorososA 9s t.picos do s"traest"dados s#o os mesmos tanto para os ("distas como para os (onposA Eles incl"em o

 'ra-na'aramita 4discriminaç#o de +rande alcance a pereiç#o da sa(edoria8 a respeito dos estL+iosdo caminho o mad&yamaka 4o caminho do meio8 a respeito da vis#o correta da realidade4vac"idade8 do 'ramana 4maneiras vLlidas de sa(er8 a respeito da percepç#o e da l.+ica e oab&id&arma 4t.picos especiais do conhecimento8 a respeito da metaísicaA 9s livros didLticosti(etanos para cada t.pico dierem li+eiramente nas s"as interpretaçJes n#o s. entre as cincotradiçJes mas tam(2m at2 entre os mosteiros dentro de cada tradiç#oA Tais dierenças tornam osde(ates mais interessantesA Na concl"s#o de "m lon+o c"rso de est"do todas as cinco tradiçJesconcedem "m diploma de eshe o" de &en'oA

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Todas as "atro escolas ("distas ti(etanas est"dam as "atro tradiçJes de do"trinas ilos.icas do ("dismo indiano 3ai(hashia 'a"trantia Chittamatra e -adhyamaaA Em(ora as escolasexpli"em as do"trinas ilos.icas de "m modoli+eiramente dierente cada "ma delas aceitamadhyamaa como apresentando a posiç#o mais soisticada e precisaA <s "atro tam(2m est"damos mesmos textos clLssicos indianos de -aitreya <san+a Na+arj"na Chandrairti 'hantideva eassim por adianteA <l2m disso cada escola tem o se" pr.prio conj"nto de comentLrios ti(etanos

"e dierem li+eiramente "ns dos o"trosA

Est"do e Prática do Tantra

9 est"do e a prLtica do tantra a(ran+em todas as "atro o" seis classes do tantra dependendo does"ema de classiicaç#oA <s "atro tradiçJes ("distas praticam m"itas das mesmas i+"ras (0dicas4divindades yidams8 como <valoiteshvara Tara -anj"shri Charasamvara 4&er"a8 e3ajrayo+ini 43ajradaini8A !raticamente nenh"ma prLtica de i+"ra (0dica 2 domínio excl"sivo de"ma s. tradiç#oA 9s +el"+pas tam(2m praticam &evajra a i+"ra principal 'aya e os shan+paa+y"pas praticam 3ajra(hairava 4Wamantaa8 a i+"ra principal de el"+A <s i+"ras (0dicas do6on tHm atri("tos similares Is do ("dismo por exemplo as i+"ras "e personiicam a compaix#o

o" a sa(edoria P apenas tHm nomes dierentesA

Meditação

< meditaç#o em todas as cinco tradiçJes ti(etanas envolve empreender lon+os retirosre"entemente por trHs anos e trHs ases da l"aA 9s retiros s#o precedidos por prLticas preliminaresintensivas re"erendo centenas de milhares de prostraçJes repetiçJes de mantras e assim pordianteA 9 n0mero das preliminares a maneira de a*Hlas e a estr"t"ra do retiro de trHs anos dieremli+eiramente de "ma escola para a o"traA No entanto (asicamente todos praticam o mesmoA

)it"al< prLtica de rit"al 2 tam(2m m"ito similar em todas as cinco tradiçJes ti(etanasA Todas elasoerecem ti+elas de L+"a lâmpadas de mantei+a e incensoQ sentamse de pernas cr"*adas da mesmamaneiraQ "sam vajras sinos e tam(orins damaruQ tocam os mesmos tipos de chires de cím(alos ede tam(orinsQ recitam em vo* altaQ oerecem e provam carne e Llcool consa+rados d"rantecerem.nias especiais 4tsog 8Q e servem chL com mantei+a d"rante todas as assem(leias rit"aisA'e+"indo os cost"mes de ori+em 6on todas elas oerecem tormas 4cones esc"lpidos de arinha decevada mist"rados com mantei+a8Q invocam os espíritos locais para proteç#oQ a"+entam os ma"sespíritos com rit"ais ela(oradosQ a*em esc"lt"ras de mantei+a em ocasiJes especiaisQ e pend"ramcoloridas (andeiras de oraçJesA Todas elas alojam relí"ias de +randes mestres em mon"mentos

 stu'a e os ("distas andam I volta no sentido do rel.+io en"anto "e os (onpos andam I volta nosentido contrLrio do rel.+ioA <t2 os se"s estilos de arte reli+iosa s#o extremamente semelhantesA <s

 proporçJes das i+"ras nas pint"ras e nas estLt"as se+"em sempre as mesmas re+ras ixasA

' %istema T"l3" de 9amas )eencarnados

Cada "ma das cinco tradiçJes ti(etanas tem tam(2m o sistema tulkuA T"l"s s#o linhas de lamasreencarnados +randes praticantes "e controlam se"s renascimentosA "ando eles morrem+eralmente d"rante "m tipo especial de meditaç#o na conj"nt"ra da morte os se"s discíp"los "samm2todos especiais para proc"rar e encontrar as s"as reencarnaçJes entre pe"enas crianças depoisde "m período ade"ado ter passadoA 9s discíp"los levam as novas reencarnaçJes de volta Is s"ascasas anteriores e treinamnas com os melhores proessoresA 9s monLsticos e os lei+os tratam ost"l"s de todas as cinco tradiçJes com o mais elevado respeitoA Eles re"entemente cons"ltam ost"l"s e o"tros +randes mestres para "m mo 4pro+n.stico8 acerca de ass"ntos importantes das s"asvidas "e +eralmente s#o eitos lançando trHs dados en"anto invocam "ma o" o"tra i+"ra (0dicaA

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Em(ora todas as tradiçJes ti(etanas incl"am o treinamento no est"do text"al no de(ate no rit"al ena meditaç#o a Hnase varia de mosteiro a mosteiro mesmo dentro da mesma escola ti(etana e deindivíd"o a indivíd"o mesmo dentro do mesmo mosteiroA <l2m disso com a exceç#o dos +randeslamas dos idosos e doentes os mon+es e as monjas se revesam para a*er o tra(alho dom2sticore"erido para manter os mosteiros e conventos tais como a limpe*a dos salJes onde a con+re+aç#ose j"nta arranjar das oerendas ("scar a L+"a e com("stível co*inhar e servir o chLA -esmo "e

certos mon+es o" monjas se dedi"em principalmente a est"dar de(ater ensinar o" meditar ainda precisam participar nas oraçJes recitaçJes e rit"ais com"nais "e levam "ma parte si+niicativa dodia e da noite de todosA )i*er "e os el"+ e 'aya enati*am o est"do en"anto "e os Ka+y" e os

 Nyin+ma salientam a meditaç#o 2 "ma +enerali*aç#o s"pericialA

9in7aens Mist"radas

-"itas linha+ens de ensinamentos mist"ram e cr"*amse entre as cinco tradiçJes ti(etanasA <linha+em do u&yasama-a +antra por exemplo passo" atrav2s do trad"tor -arpa tanto I escolaKa+y" como I el"+A Em(ora os ensinamentos de ma&amudra 4+rande selo8 so(re a nat"re*a damente sejam +eralmente associados Is linhas Ka+y" as escolas 'aya e el"+ tam(2m os

transmitem nas s"as linha+ensA zogc&en 4a +rande complet"de8 2 "m o"tro sistema de meditaç#oda nat"re*a da menteA Em(ora associado +eralmente I tradiç#o Nyin+ma 2 tam(2m proeminente naescola Karma Ka+y" da 2poca do terceiro Karmapa e nas tradiçJes de )r"+pa Ka+y" e de 6onA 9"into )alai Mama era "m +rande mestre n#o s. el"+ mas tam(2m de d*o+chen e 'aya eescreve" m"itos textos em cada "ma delasA N.s precisamos ter a mente a(erta para ver "e asescolas ti(etanas n#o se excl"em m"t"amenteA !or exemplo m"itos mosteiros Ka+y" a*em p"jasao "r" $inpoche em(ora n#o sejam Nyin+maA

#i(erenças

?so de termos tcnicos"ais s#o as dierenças principais ent#o entre as cinco tradiçJes ti(etanasZ ;ma das dierenças

 principais di* respeito ao "so de termos t2cnicosA 9 6on analisa a maioria das mesmas coisas "e o ("dismo mas "sa palavras o" nomes dierentes para m"itas delasA -esmo dentro das "atrotradiçJes ("distas vLrias escolas "sam os mesmos termos t2cnicos com deiniçJes dierentesA %sto 2realmente "m +rande pro(lema "ando tentamos compreender o ("dismo ti(etano em +eralA <t2dentro da mesma tradiç#o a"tores dierentes deinem os mesmos termos de "ma maneira dierenteQe at2 o mesmo a"tor Is ve*es deine os mesmos termos de "ma maneira dierente nas s"as vLriaso(rasA 'e n#o so"(ermos as deiniçJes exactas "e os a"tores est#o "sando para os se"s termost2cnicos podemos icar extremamente con"sosA )eixemme dar al+"ns exemplosA

9s +el"+pas di*em "e a mente si+niicando a percepç#o dos o(jetos 2 impermanente en"anto"e os a+y"pas e nyin+mapas airmam "e 2 permanenteA <s d"as posiçJes parecem sercontradit.rias e m"t"amente excl"sivasQ mas na verdade n#o s#oA !ara os +el"+pas5impermanente7 "er di*er "e a percepç#o dos o(jectos m"da de momento a momento no sentidoem "e os o(jectos dos "ais n.s estamos cientes m"dam a cada momentoA !or 5permanente7 osa+y"pas e nyin+mapas "erem di*er "e a percepç#o dos o(jetos contin"a para sempreQ a s"anat"re*a (Lsica permanece n#o sendo aetada por nada e assim n"nca m"daA Cada ladoconcordaria "m com o o"tro mas por"e "sam os mesmos termos com si+niicados dierentes

 parece "e se contradi*em completamenteA 9s a+y"pas e os nyin+mapas diriam "e a percepç#oindivid"al de o(jetos certamente perce(e o" conhece o(jetos dierentes a cada momentoQ en"anto

"e os +el"+pas concordariam certamente "e as mentes individ"ais s#o contín"os sem nenh"mcomeço nem im de percepç#o de o(jetosA

9"tro exemplo 2 a express#o 5s"r+ir dependenteA7 9s +el"+pas di*em "e t"do existe em termos de

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s"r+ir dependente si+niicando "e as coisas existem como 5isto7 o" 5a"ilo7 dependentementedas palavras e dos conceitos serem capa*es de as rot"lar validamente como 5isto7 o" 5a"ilo7A7 9senUmenos conhecíveis s#o o "e as palavras e os conceitos "sados para eles se reeremA Nadaexiste do lado dos enUmenos conhecíveis "e pelo se" pr.prio poder lhes dL as s"as existHncias eidentidadesA <ssim para os +el"+pas a existHncia em termos do s"r+ir dependente 2 e"ivalente aova*io: a a"sHncia total de maneiras impossíveis de existirA

9s a+y"pas por o"tro lado di*em "e o verdadeiro enUmeno 0ltimo estL para al2m do s"r+irdependenteA !arece "e eles est#o airmando "e o 0ltimo tem "ma existHncia independenteesta(elecida pelo se" pr.prio poder e n#o apenas "ma existHncia "e s"r+e dependentementeA Essen#o 2 o casoA 9s a+y"pas a"i est#o "sando o 5s"r+ir dependente7 em termos dos do*e elos dos"r+ir dependenteA 9 verdadeiro enUmeno 0ltimo o" mais pro"ndo estL para al2m do s"r+irdependente no sentido de "e ele n#o s"r+e em dependHncia do n#oaperce(imento da realidade 4dai+norância8A 9s +el"+pas tam(2m aceitariam essa airmaç#oA Eles est#o apenas "sando o termo5s"r+ir dependente7 com "ma deiniç#o dierenteA -"itas das discrepâncias nas airmaçJes dasescolas ti(etanas s"r+em devido a tais dierenças nas deiniçJes de termos essenciaisA Esta 2 "madas ontes principais de con"s#o e mL compreens#oA

Ponto de 6ista da E0plicação

9"tra dierença entre as tradiçJes ti(etanas 2 o ponto de vista a partir do "al elas explicam osenUmenosA 'e+"ndo Vamyan+yentse@an+po "m mestre $imey 4movimento n#osectLrio8 os+el"+pas explicam do ponto de vista da (ase isto 2 do ponto de vista dos seres ordinLrios n#o

 ("dasA 9s sayapas explicam do ponto de vista do caminho isto 2 do ponto de vista da"eles "eest#o extremamente avançados no caminho para a il"minaç#oA 9s a+y"pas e os nyin+mapasexplicam do ponto de vista do res"ltado isto 2 do ponto de vista de "m 6"daA Como esta dierença2 m"ito pro"nda e complicada deixemme s. demonstrar "m ponto de partida para explorarmos a"est#oA

)o ponto de vista da (ase s. podemos ocali*ar o" na vac"idade o" na aparHncia n"ma de cadave*A <ssim os +el"+pas at2 explicam a meditaç#o na vac"idade dos seres arya deste ponto da vistaA9m arya 2 "m ser altamente reali*ado "e poss"i "ma percepç#o direta n#oconcept"al do va*ioA9s a+y"pas e os nyin+mapas enati*am a insepara(ilidade das d"as verdades vac"idade eaparHnciaA )o ponto de vista de "m 6"da n#o 2 possível alar apenas so(re o va*io o" apenas so(rea aparHnciaA <ssim eles alam do ponto de vista a partir do "al t"do jL 2 completo e pereitoA <apresentaç#o 6on de d*o+chen estL de acordo com este tipo de explicaç#oA ;m exemplo daapresentaç#o 'aya do ponto de vista do caminho 2 a airmaç#o de "e a mente de l"* clara 4aconsciHncia mais s"tíl de cada ser individ"al8 2 de elicidade plenaA 'e isso osse verdade ao nívelda (ase ent#o a mente de l"* clara "e se maniesta d"rante a morte seria de elicidade plena masesse n#o 2 o casoA No caminho cont"do n.s a*emos com "e a mente de l"* clara se torne n"mamente de elicidade plenaA <ssim "ando os sayapas alam da mente de l"* clara como elicidade

 plena o a*em so( o ponto de vista do caminhoA

' Tipo de Praticante /"e En(ati,ado

;ma o"tra dierença s"r+e do ato de "e existem dois tipos de praticantes: a"eles "e pro+ridem+rad"almente por etapas e a"eles a "em t"do acontece de "ma s. ve*A 9s +el"+pas e os sayapasalam principalmente do ponto de vista da"eles "e se desenvolvem por estL+iosQ os a+y"pas osnyin+mapas e os (onpos especialmente nas s"as apresentaçJes da classe mais elevada do tantraalam re"entemente do ponto de vista da"eles a "em t"do acontece de "ma s. ve*A Em(ora asexplicaçJes daí res"ltantes possam dar a aparHncia de "e cada lado airma apenas "m modo de se

 pro+redir ao lon+o do caminho a "est#o 2 apenas "al 2 a "e eles enati*am nas s"as explicaçJesA

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A&ordaem + Meditação so&re a 6ac"idade no Tantra Mais Elevado

Como jL mencionei todas as escolas ti(etanas aceitam -adhyamaa como o ensinamento mais pro"ndo mas as s"as ormas de compreender e de explicar os dierentes sistemas ("distas indianosde do"trinas ilos.icas dierem li+eiramenteA < dierença maniestase mais si+niicativamente nasormas como elas compreendem e praticam -adhyamaa no tantra mais elevadoA Como istotam(2m 2 "m ponto m"ito complexo e pro"ndo vamos a+ora tentar o(ter apenas "macompreens#o inicialA

< prLtica mais elevada do tantra levanos a alcançar a percepç#o n#oconcept"al direta do va*iocom a mente de l"* clara mais s"tílA <ssim dois componentes s#o necessLrios: a consciHncia da l"*clara e a percepç#o correta do va*ioA "al delas rece(e a Hnase na meditaç#oZ Com a a(orda+emda 5 vac"idadedoe"7 a Hnase na meditaç#o estL no va*io como sendo o o(jeto perce(ido pelaconsciHncia da l"* claraA < vac"idadedoe" si+niica a a"sHncia total de nat"re*as a"toexistentes"e d#o aos enUmenos as s"as identidadesA Todos os enUmenos s#o va*ios de existirem destaorma impossívelA 9s +el"+pas a maioria dos sayapas e os dri"n+ 4dri+"n+8 a+y"pas enati*amesta a(orda+emQ em(ora as s"as explicaçJes sejam li+eiramente dierentes a respeito das ormasimpossíveis como "e os enUmenos s#o va*ios de existirA

< se+"nda a(orda+em 2 enati*ar a meditaç#o na mente de l"* clara "e 2 va*ia de todos os níveismais +rosseiros da mente o" da consciHnciaA Neste contexto a consciHncia de l"* clara rece(e onome 5vac"idadedoo"tro7Q 2 va*ia de todos os restantes níveis mais +rosseiros da menteA <vac"idadedoo"tro 2 a a(orda+em principal dos arma dr"+pa shan+pa a+y"pas dos nyin+mapase de parte dos sayapasA Cada "m nat"ralmente tem "ma maneira li+eiramente dierente deexplicar e de meditarA <ssim "ma das principais Lreas de dierença entre as escolas ti(etanas 2 aorma como deinem a vac"idadedoe" e a vac"idadedoo"troQ se aceitam "ma a o"tra o" am(asQe o "e enati*am na meditaç#o para o(ter a consciHncia de l"* clara do va*ioA

 N#o o(stante esta dierença a respeito da vac"idadedoe" e da vac"idadedoo"tro todas as escolasti(etanas ensinam m2todos para se alcançar a consciHncia de l"* clara o" nos sistemas d*o+chen o

se" e"ivalente: rig'a a p"ra consciHnciaA <"i aparece "ma o"tra dierença importante A 9sa+y"pas sayapas e +el"+pas n#od*o+chen ensinam a dissol"ç#o dos níveis mais +rosseiros damente o" da consciHncia por estL+ios at2 se alcançar a mente de l"* claraA < dissol"ç#o 2 reali*adatra(alhando com os canais de ener+ia s"tíl ventos charas e assim por adiante o" +erando estadosde consciHncia de elicidade pro+ressivamente mais plena dentro dos sistemas de ener+ia s"til docorpoA 9s nyin+mapas os (onpos e os praticantes das linha+ens d*o+chen de Ka+y"pa tentamreconhecer e desse modo ter acesso ao ri+pa s"(jacente aos níveis mais +rosseiros da consciHnciasem ter de primeiramente dissolver os níveis mais +rosseirosA N#o o(stante por"e no início do se"treinamento se en+ajaram em prLticas com os canais de ener+ia os ventos e os charas elesexperienciam "e os níveis mais +rosseiros da s"a consciHncia se dissolvem a"tomaticamente semesorço consciente adicional "ando inalmente reconhecem e alcançam o ri+paA

%e a 6ac"idade Pode %er !ndicada por Palavras

9"tra dierença s"r+e ainda so(re se a vac"idade pode ser indicada por palavras e conceitos o" seestL para al2m destesA Esta "est#o pJe em paralelo "ma dierença na teoria da co+niç#oA 9s+el"+pas explicam "e com a co+niç#o sensorial n#oconcept"al por exemplo a visao podemos

 perce(er n#o s. ormas e cores mas tam(2m o(jetos como por exemplo "m vasoA 9s sayapas osa+y"pas e os nyin+mapas airmam "e a co+niç#o vis"al n#oconcept"al perce(e apenas ormas ecoresA !erce(er as ormas e as cores como o(jetos tal como "m vaso ocorre com a co+niç#oconcept"al "m nanose+"ndo depoisA

)e acordo com esta dierença so(re a co+niç#o n#oconcept"al e concept"al os +el"+pas di*em "ea vac"idade 'ode ser indicada por palavras e conceitos: a vac"idade 2 a"ilo "e a palavra5vac"idade7 se estL reerindoA 9s sayapas os a+y"pas e os nyin+mapas airmam "e a vac"idade

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 P do e" o" do o"tro P estL para al2m das palavras e conceitosA < posiç#o deles concorda com aexplicaç#o Chittamatra: as palavras e os conceitos para as coisas s#o constr"çJes mentais artiiciaisA"ando vocH pensa 5m#e7 a palavra o" o conceito n#o 2 a s"a m#eA < palavra 2 meramente "msím(olo "sado para representar a s"a m#eA Na verdade vocH n#o pode pUr a s"a m#e n"ma palavraA

?so da terminoloia de C7ittamatra

)e ato os sayapas os a+y"pas e os nyin+mapas "sam +rande parte do voca("lLrio deChittamatra at2 nas s"as explicaçJes so(re -adhyamaa partic"larmente em termos do tantra maiselevadoA 9s +el"+pas raramente o a*emA No entanto "ando os n#o+el"+pas "sam termos t2cnicosChittamatra nas explicaçJes -adhyamaa so(re o tantra mais elevado eles os deinemdierentemente de "ando eles os "sam estritamente em contextos de s"tra de ChittamatraA !orexemplo a alayavi-nana 4consciHncia"ndaç#o8 2 "m dos oito tipos de consciHncia limitada nosistema de Chittamatra de s"traA Nos contextos -adhyamaa dos tantras mais elevados aconsciHncia"ndaç#o 2 "m sinonimo para a mente de l"* clara "e contin"a mesmo depois da

 ("deidadeA

%"márioEstas s#o al+"mas das principais Lreas de dierenças so(re pontos ilos.icos pro"ndos e demeditaç#oA N.s poderíamos entrar em +randes detalhes so(re estes pontos mas penso "e 2 m"itoimportante n"nca perdermos de vista o ato de "e cerca de oitenta por cento o" mais dascaracterísticas das escolas ti(etanas s#o as mesmasA <s dierenças entre as escolas s#o na s"a maior

 parte devidas I orma como elas deinem os termos t2cnicos o ponto de vista a partir do "al elesexplicam e "e a(orda+em I meditaç#o "sada para se o(ter "ma consciHncia de l"* clara davac"idadeA

Práticas Preliminares<demais o treinamento +eral "e os praticantes rece(em em cada "ma das tradiçJes 2 o mesmoA s. "e os estilos de al+"mas das prLticas s#o dierentesA !or exemplo a maioria dos a+y"pasnyin+mapas e sayapas completam todo o conj"nto das preliminares para a prLtica do tantra 4ascem mil repetiçJes de prostraçJes e assim por diante8 como "m +rande evento d"rante a parteinicial do treinamento re"entemente com "m retiro separadoA 9s +el"+pas tipicamente encaixamnas "ma de cada ve* nos se"s pro+ramas +eralmente depois de terem aca(ado os se"s est"dos

 (LsicosA No entanto os praticantes de todas as tradiçJes repetem o conj"nto todo das preliminaresno início de "m retiro de trHs anosA

)etiros de Tr*s Anos N"m retiro de trHs anos os a+y"pas nyin+mapas e sayapas tipicamente treinam n"m n0mero de prLticas de meditaç#o do s"tra e depois nas prLticas rit"ais (Lsicas das i+"ras (0dicas principaisdas s"as linha+ens devotando vLrios meses s"cessivos para cada prLticaA Eles tam(2m aprendem atocar os instr"mentos m"sicais cerimoniais e a a*er oerendas de torma esc"lpidasA 9s +el"+paso(tHm o mesmo treinamento em meditaç#o (Lsica e rit"al encaixando cada prLtica "ma de cadave* nos se"s pro+ramas assim como eles a*em com as preliminaresA 9 retiro +el"+ de trHs anosocali*ase na prLtica intensiva de "ma s. i+"ra (0dicaA 9s n#o+el"+pas devotam normalmentetrHs o" mais anos a "ma s. prLtica do tantra apenas nos se"s se+"ndos o" terceiros anos de retiro en#o no se" primeiro anoA

< participaç#o na completa prLtica rit"al monLstica de "al"er i+"ra (0dica re"er "e se tenhacompletado "m retiro de vLrios meses envolvendo a repetiç#o de vLrios mantras centenas de

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milhares de ve*esA N.s n#o podemos a*er "ma a"toiniciaç#o sem ter completado esta prLticaA 'eos +el"+pas c"mprem esta exi+Hncia a*endo apenas "m retiro de vLrios meses o" os non+el"+pasa*emno como parte de "m retiro de trHs anos a maioria dos monLsticos de todas as tradiçJescompleta tais retirosA Cont"do apenas os praticantes mais avançados de cada tradiç#o a*em retirosintensivos de trHs anos ocali*ados n"ma s. i+"ra (0dicaA

Concl"são] m"ito importante mantermos "m ponto de vista n#osectLrio no "e di* respeito Is cincotradiçJes ti(etanas de 6"dismo e de 6onA Como '"a 'antidade o )alai Mama sempre enati*a estasdierentes tradiçJes compartilham o mesmo o(jetivo inal: todas elas ensinam m2todos paraalcançarmos a il"minaç#o para (eneiciarmos os o"tros tanto "anto possívelA Cada tradiç#o 2i+"almente eica* em aj"dar os se"s praticantes a alcançar este o(jetivo e assim elas se encaixamharmoniosamente mesmo "e n#o seja de maneira simplesA <o a*ermos "m est"do comparativodas cinco tradiçJes mesmo a nível introd"t.rio n.s aprendemos a apreciar os pontos ortes e0nicos da nossa pr.pria tradiç#o e a ver "e cada tradiç#o tem as s"as pr.prias característicasespeciaisA 'e n.s desejamos transormarmonos em ("das e (eneiciar a todos precisamosevent"almente aprender a +ama completa das tradiçJes ("distas e como todas elas se encaixam demodo a sermos capa*es de ensinar pessoas de inclinaçJes e de capacidades dierentesA 'e n#ocorremos o risco de 5a(andonar o )harma7 "e si+niica desacreditar "m ensinamento a"tHntico do6"da incapacitandonos deste modo de sermos capa*es de (eneiciar a"eles a "em o 6"da vi""e os ensinamentos se ade"amA

] importante no inal se+"irmos "ma s. linha+em na nossa prLtica pessoalA Nin+"2m podemalcançar o topo de "m ediício tentando s"(ir cinco escadas dierentes sim"ltaneamenteA N#oo(stante se as nossas capacidades permitirem est"dar depois as cinco tradiçJes aj"danos aaprender os pontos ortes de cada "maA %sto por s"a ve* pode aj"darnos a +anhar claridade so(reestes pontos nas nossas pr.prias tradiçJes "ando eles a"i rece(em "m tratamento menos

ela(oradoA %sto 2 o "e '"a 'antidade o )alai Mama e todos os +randes mestres sempre enati*amA] tam(2m m"ito importante vermos "e para "al"er coisa "e a*emos seja na esera espirit"alo" na esera material hL talve* de* vinte o" trinta maneiras dierentes de se a*er exactamente amesma coisaA %sto aj"danos a evitar o apH+o I maneira em como a*emos al+oA 'omos capa*es dever a essHncia mais claramente em ve* de desenvolvermos a atit"de de "e 5esta 2 a maneiracorrecta de a*er as coisas por"e 2 minha maneira correta b7

"e per+"ntas vocHs +ostariam de a*erZ

Per"ntas 4erguntaD "e tradiç#o vocH se+"eZ

 Ale8D '"a 'antidade o )alai Mama e "m dos se"s proessores 'eron+ $inpoche o me" +"iaespirit"al principal sempre me encorajaram a se+"ir os se"s exemplos "e 2 est"dar e praticartodas as tradiçJes ti(etanas tanto "anto e" p"der mas manter a Hnase principal na el"+A E"tentei se+"ir esse conselho no melhor das minhas capacidadesA

 4erguntaD N#o 2 con"so a*erse prLticas de meditaç#o de m"itas tradiçJes dierentesZ N#o 2con"so a*erse prLticas de m"itas i+"ras (0dicas dierentes at2 dentro da mesma tradiç#oZ

 Ale8D &L maneiras dierentes de a(ordar a prLtica ("dista partic"larmente o tantraA ;m prov2r(ioti(etano di*: 5os indianos praticaram com "ma i+"ra (0dica e eram capa*es de reali*ar cemQ

en"anto os ti(etanos praticam cem i+"ras e n#o s#o capa*es de reali*ar nenh"mab7 9 si+niicadodeste prov2r(io 2 "e 2 importante nos apro"ndarmos "ma prLtica para sermos capa*es de che+ar aal+"m l"+ar com m"itasA < extens#o da nossa prLtica depende das nossas capacidades individ"aisA

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!ara avaliarmos as nossas capacidades precisamos olhar honestamente para n.s e termos emconsideraç#o o conselho dos nossos proessoresA

'e n.s ormos capa*es de nos envolver em prLticas de tantra de vLrias linha+ens ti(etanas 2importante como '"a 'antidade avisa n#o a*ermos delas "ma caldeiradaA N.s precisamos a*ercada prLtica separadamente de acordo com a s"a pr.pria tradiç#o na s"a pr.pria maneiraA 'eacharmos "e a*er m"itas prLticas se torna con"so '"a 'antidade recomenda "e 2 melhor n#o

 pUrmos "ma Hnase i+"al em todas elasA 'e tivermos rece(ido m"itos empoderamentos e prLticas dem"itas linha+ens o" at2 para m"itas i+"ras (0dicas dentro da mesma linha+em e acharmos istocon"so n.s podemos apenas manter a conex#o cLrmica com al+"mas delas recitando o mantradiariamente trHs ve*esA !odemos ent#o apro"ndar apenas as prLticas para as "ais temos a melhorcompreens#o e com as "ais sentimos li+açJes mais ortesA

E" acredito "e a capacidade de envolvimento em m"itas prLticas depende do nosso nível decompreens#o da teoria +eral do tantraA 'e n.s compreendermos a teoria correctamente podemos vercomo cada "ma das prLticas se encaixa com as o"trasA 'e n#o a nossa prLtica do tantra corre o riscode tornarse es"i*or2nicaA

 4erguntaD !or avor vocH podia alar acerca do conselho de '"a 'antidade o )alai Mama contra amist"ra de prLticasZ

 Ale8D ;ma ra*#o para n#o se mist"rar o" ad"lterar as prLticas 2 mostrar respeito pela linha+em e pela tradiç#oA -ist"rLlas seria como entrar n"ma i+reja cat.lica e a*er trHs prostraçJes ao altar"ando todos os o"tros se estavam a ajoelhar e a se (en*erA 9 "into )alai Mama 2 "m (omexemplo de al+"2m "e domino" vLrias tradiçJes mas sem n"nca as ter mist"radoA "ando elecompUs textos el"+ escreve"os completamente dentro do estilo el"+Q "ando compUs textos'aya Hlo no estilo 'aya do começo ao imQ e "ando escreve" textos Nyin+ma o estilo eratotalmente Nyin+maA Nos textos Nyin+ma elo+iase !admasam(hava no início e n#o Tson+hapaA

;ma o"tra ra*#o para manter a p"re*a de cada prLtica 2 por exemplo "e dentro da prLtica devis"ali*aç#o da sad&ana de "ma tradiç#o as partes componentes da prLtica o voca("lLrio e amaneira de express#o s#o todas consistentesA Elas encaixam harmoniosamente como ascomponentes de "m modelo e marca especíica de "m a"tom.velA )entro da tradiç#o 'aya da

 prLtica de &evajra por exemplo a prece dos sete ramos omite a s0plica aos ("das para n#oaleceremA %sto 2 por"e os ensinamentos 'aya de lamdray 4os caminhos e os se"s res"ltados8enati*am as maniestaçJes samb&ogakaya dos ("das "e permanecem at2 "e cada ser esteja livrede todo o sorimento em ve* das apariçJes do nirmanakaya "e ensinam a impermanHncia com amorteA < Hnase no sam(ho+aaya tam(2m se relete na orma como o praticante esta(ili*a avis"ali*aç#o de si pr.prio como i+"ra (0dica e rece(e os empoderamentosA -ist"rar n"ma prLtica'aya de lamdray "ma prece de sete ramos no estilo el"+ "e incl"i s"plicar aos ("das para n#ose irem em(ora seria como tentar encaixar "ma peça de 3ols@a+en n"m motor ,ordA

'implesmente n#o "ncionariaA A 4erguntaD N#o existem exemplos em "e as prLticas das dierentes linha+ens tenham sidocom(inadasZ

 Ale8D Em al+"ns casos "ando as prLticas oram introd"*idas de "ma linha+em para o"tra as s"asormas ori+inais oram mantidas p"rasA !or exemplo a prLtica el"+ de &aya+riva Wan+san+ dostextosteso"ro revelados pelo "into )alai Mama mant2m a mesma p"re*a no estilo de prLtica de"al"er sadhana Nyin+maA

Em al+"ns casos "ma parte de certa prLtica oi m"dada pela prLtica da linha+em na "al ela oiintrod"*idaA !or exemplo a prLtica de 3ajrayo+ini tra*ida para a tradiç#o el"+ vinda da 'aya

 partilha em com"m a maioria das características com as sadhanas típicas da tradiç#o el"+A Ela

apenas s"(stit"i o estilo el"+ da meditaç#o na vac"idade pelo estilo 'ayaA

s ve*es no entanto encontramos hí(ridosA !or exemplo a prLtica Karma Ka+y" do "r"

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$inpoche cont2m a maioria dos componentes de "ma sadhana Nyin+ma mas a terminolo+ia e aa(orda+em I meditaç#o na vac"idade 2 tipicamente Karma Ka+y"A Na prLtica da sadhana do Karma!ashi 4o %% Karmapa8 em(ora o "r" $inpoche se sente no coraç#o do Karma !ashi e "ma dasoerendas se assemelhe ao estilo Nyin+ma a maior parte do restante da prLtica 2 tipicamente KarmaKa+y"A < característica hi(rida principal 2 a vis"ali*aç#o de n.s pr.prios como "ma i+"ra (0dicana orma de "m +rande mestre da linha+emA No entanto para a*er "ais"er sínteses al+"2m deve

ser "m s"premo mestre com sa(edoria de vasto alcanceA A N#o 2 ta(" a*Hlo mas re"er "m +randec"idadoA !ara seres ordinLrios tais como n.s a*er novas sínteses provavelmente cond"*irL apenasI con"s#oA

 4erguntaD 'e a nossa prLtica principal or a el"+ mas se n.s tam(2m +ostarmos de praticard*o+chen "al seria a melhor maneira de o a*erZ

 Ale8D < melhor maneira 2 praticar d*o+chen como "ma meditaç#o separadaA ] como na escola:"ando n.s aprendemos matemLtica n.s aprendemos matemLticaQ "ando aprendemoscomposiç#o aprendemos composiç#oA 3amos a "ma classe de cada ve* separadamenteA No imt"do o "e n.s aprendemos encaixa no nosso pr.prio desenvolvimentoA

!ara m"itas pessoas praticar "ma variedade de m2todos 2 demais por isso n#o hL nenh"manecessidade de a*er istoA 9 melhor 2 persistir com "m estilo de prLtica apreciando a valide* da+rande diversidade de m2todos ("distasA 'e assim n#o or podemos ir a o"tro centro de )harmaencontrar o"tros praticantes e ver "e eles est#o a*endo al+o li+eiramente dierente do "e n.sa*emosA !or exemplo como se+"idores de "ma tradiç#o ti(etana podemos ir a "m centro _en ever a maneira como eles a*em a prostraç#oA <s nossas orelhas esticamse para cima como "mcoelho I rente da l"* de "m carro e icamos chocados 5%sso estL erradob THm as palmas das m#osno assoalho viradas para cima em ve* de para (aixoQ eles v#o para o inernob7 9 nosso cho"e ehorror devemse a n#o termos "ma instr"ç#o ("dista s"icientemente a(ran+enteA Todos os ("distaschineses a*em prostraçJes dessa maneiraA Em(ora al+"ns mestres ti(etanos possam adotar "ma

 posiç#o "ndamentalista em relaç#o Is s"as tradiçJes n#o hL necessidade nenh"ma de se+"ir os

se"s exemplosA 4erguntaD Como 2 "e sa(emos "al a melhor tradiç#o para n.sZ

 Ale8D N#o 2 LcilA No Ti(ete as pessoas iam para os mosteiros e para os proessores do vale mais pr.ximoA <"eles "e achavam "e isso n#o era (astante e "e "eriam est"dar mais iam a o"trol"+ar depois da s"a ed"caç#o ("dista (LsicaA !or exemplo "m dos me"s proessores eshe

 N+a@an+ )har+yey en"anto pe"ena criança entro" para "m mosteiro 'aya local mas "andocresce" ele e* os se"s est"dos principais em mosteiros el"+ primeiro no se" distrito e depois (emlon+e em MhasaA

<+ora a sit"aç#o a"i no ocidente 2 m"ito dierenteA Em m"itas cidades existe "ma +randevariedade de opçJes e por isso 2 possível re^entar vLrios centros de )harmaA Event"almente

cont"do precisaremos escolher "ma linha+em onde ocali*ar o nosso est"do e prLtica principaisA'eria "ma pena perdermos todo o nosso tempo indo de loja em loja sem n"nca comprar nadaA 'enos sentirmos a"tomaticamente (em e I vontade com "ma certa linha+em o" proessor isso 2 sinal"e temos "ma (oa conex#o cLrmicaA 5'entimonos (emA7

] importante termos "ma atit"de a(erta ao escolher "ma linha+em o" "m proessor e n#o termos aatit"de 5e" s. vo" ao me" pr.prio centro de )harmaA N#o "ero ir a nenh"m o"tro centro e nem"ero o"vir o"tro proessorA7 E" penso "e isso nos privaria de m"itas excelentes oport"nidades deaprendermos maisA !or o"tro lado n#o 2 necessLrio irmos a t"doA ] melhor exercitar "maconsciHncia discriminadora e se+"ir o 5caminho do meioA7

'e vivermos n"ma Lrea remota com po"cas opçJes disponíveis para o est"do de )harma

 precisamos talve* se+"ir o exemplo tradicional ti(etanoA !odemos começar por ir aos centros e proessores mais pr.ximos e mais convenientesA 'e eles orem ade"ados para n.s isso 2 .timoA 'eos acharmos insatisat.rios aprendemos respeitosamente tanto "anto possível e se a oport"nidade

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se apresentar podemos ir a*er est"dos adicionais e praticar em o"tro A

'e este or o padr#o "e escolhemos se+"ir 2 importante i+norarmos "ais"er sentimentos "e possamos ter so(re isso por exemplo "e o ato de irmos a o"tros proessores centros o" at2linha+ens seja "m ato de deslealdade e de traiç#o aos nossos pr.prios centros o" proessores locaisA!assarse do ensino sec"ndLrio I "niversidade n#o 2 "ma traiç#o I nossa escola sec"ndLria nem aosse"s proessoresA 9 mesmo 2 verdade em relaç#o I transerHncia para "ma o"tra "niversidade se n.sacharmos "e a primeira em "e entramos n#o ornece o pro+rama o" o nível do est"do "e n.s"eremosA 'e mantivermos o respeito e a apreciaç#o para com os proessores "e jL tivemos e pelas"a instr"ç#o n#o hL necessidade de nos sentirmos c"lpados nem de c"lpar nin+"2mA

 4erguntaD "al 2 a melhor maneira de considerar as re"taçJes das posiçJes ilos.icas de o"trastradiçJes "e n.s encontramos nos textos de cada "ma das escolas ti(etanasZ

 Ale8D '"a 'antidade o )alai Mama e al+"ns dos +randes mestres do passado enati*aram "eem(ora as escolas ti(etanas e at2 dentro da mesma escola os vLrios livros didLticos monLsticos tivessem dierenças de opini#o so(re pontos menores as s"as posiçJes n#o s#o contradit.rias emrelaç#o Is "estJes mais importantesA <l2m disso como '"a 'antidade tam(2m indica vLrios+randes mestres do passado n#o eram especialmente dotados em explicar as s"as experiHnciasmeditacionais de "ma maneira l.+ica e consistenteA No entanto se examinarmos imparcialmente ass"as prLticas e reali*açJes aca(amos por concl"ir "e eles conse+"iram res"ltados a"tHnticosA

-"itos textos contHm de(ates calorosos entre vLrios er"ditos n#o s. entre "ma escola e o"tra mastam(2m dentro da mesma escolaA s ve*es o(servaçJes inlamat.rias e r"des pont"am os textosA!odemos considerar estes de(ates como (atalhas entre lados hostís mas tal atit"de impedenos de

 (eneiciar do conte0do do de(ateA 'e examinarmos de "m ponto de vista mais desape+ado podemoso"vir o "e estL implícito nas s"as palavras por exemplo 5se vocH disser "e a mente 2

 permanente sem deinir claramente o "e "er di*er com permanente ent#o al+"mas pessoas v#ocompreender o termo se+"ndo a minha deiniç#oA <ssim v#o icar extremamente con"sas por"e"ando vocH deine 5permanente7 como e" e aplica essa deiniç#o I mente elas v#o che+ar a "ma

concl"s#o a(s"rda e inconsistenteA7 E" penso "e este 2 "m tipo de concl"s#o imparcial a "e podemos che+ar a partir desses de(ates ortemente exprimidosA

 4ergunta: 3Lrios lamas ("distas ti(etanos alaram o" escreveram m"ito ne+ativamente so(re atradiç#o 6onA 3ocH podia comentar so(re istoZ

 /es'osta: 9s preconceitos contra os (onpos tHm ori+em no passado na alt"ra da anti+a con"istade _han+*h"n+ a terra natal do 6on no Ti(ete ocidental e da s"a incorporaç#o no primeiroimp2rio ti(etano no Ti(ete centralA 9ri+inalmente o termo 5(onpo7 reeriase aos ministros e ao"tros oiciais "e tinham vindo de _han+*h"n+ e n#o I"eles "e reali*avam os rit"ais _han+*h"n+ na corte imperialA 9 preconceito contra os (onpos oi ori+inalmente motivado pela política en#o por crenças o" prLticas reli+iosasA '"a 'antidade enati*a "e este preconceito 2 divisivo e

ne+ativoA 'eria melhor se os ("distas ti(etanos tra(alhassem para eliminLlo das s"as mentalidadesA'e examinarmos do ponto de vista da psicolo+ia de V"n+ penso "e poderiamos o(ter "macompreens#o do desenvolvimento hist.rico do preconceito anti6onA Com o passar do tempo a

 prLtica de se ver o proessor espirit"al como "m ("da rece(e" "ma Hnase cada ve* maiorA <ssim"e a intensidade da chamada 5devoç#o ao +"r"7 ia a"mentando m"itos praticantes "e ainda n#otinham atin+ido níveis estLveis de e"ili(rio emocional eram incapa*es de di+erir a prLtica de "mamaneira sa"dLvelA "anto mais eles orçavam e projetavam o lado da pereiç#o aos se"s proessoresmais poder davam ao lado ne+ativo escondido o "e V"n+ chamo" 5a som(raA7 Eles projetavamisto nos chamados 5inimi+os do )harmaA7 -"ita da projeç#o cai" nas ca(eças dos (onposA

Como o me" (om ami+o o )rA -artin Kal "m proessor de ("dismo ti(etano e psic.lo+o

V"n+iano me indico" o relato de 'hayam"ni 6"da a meditar so( a Lrvore (odhi sendo atacado por-ara a personiicaç#o da intererHncia e da ne+atividade indica este princípio psicol.+icoA 9 ococonsciente nos nossos lados positivos tra* o oco inconsciente nos nossos lados ne+ativos como

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9s trHs tantras externos s#o riya charya e yo+aA 9s trHs tantras internos s#o mahayo+a an"yo+a e atiyo+a o" d*o+chenA

R3eja: 9s Termos &inayana e -ahayanaA 3eja tam(2m: <s Características 6Lsicas do TantraAS

9s seis primeiros veíc"los em Nyin+ma e 'arma s#o os mesmosA 9s trHs veíc"los Nyin+ma detantra internos s#o "ase e"ivalentes I cate+oria 'arma de an"tarayo+a tantraA %sto por"e am(as

as cate+orias tra(alham com "m nível de atividade mental 4mente8 mais s"til do "e o "tili*ado nosveíc"los ineriores para compreender a terceira e "arta verdades no(res P as verdadeiras para+ens para a primeira e se+"nda no(res verdades 4o sorimento e s"as ca"sas8 e os caminhos verdadeirosda mente "e prod"* e poss"i para+ens verdadeirasA Ca"sas verdadeiras s#o: a con"s#o so(re arealidade 4i+norância8 e so(re os níveis eHmeros de atividade mental nas "ais operamA !or seremestes níveis eHmeros podem ser removidosA

Ma7aG An" e Atioa em Comparação com os An"taraoasPaiG Mãe e Não-#"ais

-ahayo+a an"yo+a e atiyo+a cont2m todos os mesmos elementos (Lsicos de prLtica do caminhotântrico para a il"minaç#oA Eles dierem em termos de HnaseA < mesma distinç#o tam(2m seencontra em relaç#o Is trHs divisJes de an"tarayo+a tantra: pai m#e e tantras n#od"aisA Entretantoos es"emas de d"as divisJes n#o s#o e"ivalentesA

< prLtica de an"tarayo+a a(arca o estado de +eraç#o 4bskyed(rim8 e o estado completo 4rdzogs(rimestado de compleiç#o8A No estado de gera5ão +eramonos como i+"ras (0dicas meramente pelo

 poder de nossa ima+inaç#o 4vis"ali*aç#o8A No estado com'leto t"do estL completo para de atoeet"ar a +eraç#o das ca"sas imediatas para o corpo e a mente de "m ("da P n#o somente na nossaima+inaç#oA

 No estado completo a*emos com "e os ventosener+ias 4rlung  'tA 'rana8 entrem permaneçam

e se dissolvam no canal centralA %sto nos permite acessar o nível mais s"til de atividade mental 4aclara l"* od(gsal 8 e "tili*Llo para a co+niç#o n#oconceit"al da vac"idade P "e 2 a ca"saimediata para a mente onisciente de "m ("daA ;tili*amos o nível mais s"til de ventoener+ia "e 2o s"porte para a atividade mental da clara l"* para s"r+ir na orma de "m corpo il"s.rio 4 sgyu(lus$"e 2 a ca"sa imediata para a rede de corpos de orma 4'anscA /u'akaya8 de "m ("daA

)entro deste es"ema de an"tarayo+a tantra:

9 tantra pai enati*a a prLtica do corpo il"s.rioQ 9 tantra m#e enati*a a prLtica da clara l"*Q 9 tantra n#od"al enati*a o par "niicado de corpo il"s.rio e clara l"*A

'e "tili*armos o mesmo es"ema do an"tarayo+a para analisar a apresentaç#o Nyin+ma edividirmos o estL+io completo em d"as ases P anterior I o(tenç#o de "ma verdadeira co+niç#o n#oconceit"al da vac"idade com a clara l"* e posterior "ando o(temos a ca"sa imediata para or"paaya ent#o:

mahayo+a enati*a o estado de +eraç#oQ an"yo+a enati*a a primeira ase do estado completo tra(alhando com os ventosener+ia os

canais e os charasQ atiyo+a 4d*o+chen8 enati*a a se+"nda ase do estado completo na "al o(temos as ca"sas

imediatas da mente il"minante e os corpos de orma de "m ("daA

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Tr*s 9in7as de Transmissão Classi(icadas de Acordo com s"as'riens

Existem trHs linhas principais de transmiss#o dos nove veíc"losA < primeira incl"i todos os noveveíc"los en"anto "e as 0ltimas d"as incl"em al+"ns dos textos mahayo+a e an"yo+a mas

 principalmente o d*o+chenA

A 9in7aem #istante das Palavras do PrFprio "da

< extensa lin&agem distante 4ring(brgyud$ das 'alavras do 'r3'rio 1uda bkaE(ma$ incl"i osensinamentos tra*idos da ndia ao Ti(ete pelos mestres indianos e ti(etanos transmitida diretamente

 por meio de "ma linha ininterr"pta de discíp"losA

A 9in7aem PrF0ima dos Te0tos-Teso"ro

< mais c"rta lin&agem 'r38ima nye(brgyud$ dos te8tos(tesouro gter(ma% 5terma78 incl"i textoscolocados o" em "m local ísico 4as(gter$% como por exemplo dentro de "ma pilastra de "m temploo" ent#o nas mentes dos discíp"los 4dgong(gter$. 9s primeiros mestres indianos e ti(etanos "etro"xeram os ensinamentos da ndia esconderamnos assim para res+"ardarlos d"rante 2pocas "en#o seriam propícias para as s"as prLticasA '2c"los depois reveladores dos te8tos(tesouro gter(

 ston% 5terton78 os rec"peraram e transmitiram para linhas ininterr"ptas de discíp"losA

Enterrar textosteso"ros n#o 2 coisa 0nica ao Ti(ete o" no Ti(ete I tradiç#o Nyin+maA Na ndia<san+a enterro" trHs textos de -aitreya incl"sive o texto intit"lado ! Continuum mais uradouro4ryud bla(ma 'tA 9ttaratantra8 "e oram rec"perados pelo mestre indiano -aitripaA )entro dastradiçJes Ka+y" o discíp"lo de -ilarepa Mi(la /as('a$ chamado $ech"n+pa 4 /as(c&ung('a8enterro" os textos maham"dra e o "ndador da linha+em )r"+pa Ka+y" Tsanpa yarey 4 g+sang(

 'a rya(ras8 os rec"pero"A

;ma variante desta maneira de transmiss#o oi "sada pelo 6"da ao coniar os Sutras 4ra-na'aramita aos na+as 4klu +"ardiJes de teso"ros "e s#o metade h"manos metade serpentes8"e os esconderam no "ndo do marA 9 mestre indiano Na+arj"na oi at2 o reino dos na+as no"ndo do mar e os rec"pero" m"itos s2c"los mais tardeA

A 9in7aem Pro("nda de 6is.es P"ras

< lin&agem 'rofunda zab(brgyud$ de vis6es 'uras dag(snang% revelaç#o8 incl"i ensinamentosrece(idos em visJes por i+"ras (0dicas o" "ndadores de linha+emA

Encontramos mais "m precedente indiano com <san+a "e oi levado I terra p"ra de T"shita pelo

6"da -aitreya e ali rece(e" a vis#o p"ra dos cinco textos de -aitreyaA

As Tr*s Cateorias dos Te0tos-Teso"ro9s textos relacionados ao d*o+chen classiicamse em trHs cate+orias:

< categoria mental sems(sde8 "e enati*a a percepç#o p"ra 4rig('a$ como sendo a (ase para t"do 4kun(gz&i% 'anscrA Alaya$A

< categoria es'a5o aberto klong(sde$ enati*a o aspecto de espaço a(erto klong$ comosendo a (ase para t"doA

< categoria de ensinamentos 7uintessenciais man(ngag sde$ enati*a a percepç#o como

sendo primordialmentep"ra ka(dag$. 9"tro nome para esta cate+oria 2 a categoria daess>ncia do cora5ão snying(t&ig$. 3Lrios textos "e incl"em o termo nyingtig em se"stít"los pertencem a esta divis#oA

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<s primeiras d"as cate+orias derivam de textosteso"ro enterrados por 3airochana "m dos primeiros sete mon+es ti(etanos ("distasA < cate+oria mental se ori+ina de textos indianos "e3airochana trad"*i"Q a cate+oria do espaço a(erto se ori+ina dos se"s ensinamentos oraisA <cate+oria de ensinamentos "intessenciais se ori+ina de textos enterrados o" por "r" $inpoche4!admasam(hava8 o" ent#o do mestre indiano 3imalamitraA 'omente esta terceira 2 praticadaextensivamente hoje em diaA

R3eja: ;ma 6reve &istoria de )*o+chenAS

Tr*s Tipos de 6is.es P"ras9s trHs ensinamentos da classe do tantra s"perior "e derivam das visJes p"ras tam(2m pertencema trHs cate+orias:

<"eles "e tHm s"a ori+em em experiHncias meditativasQ <"eles "e s"r+em nos sonhosQ <"eles "e s"r+em diretamente das consciHncias sensoriais P ver e o"vir de ato "ma i+"ra

 (0dica estando desperto e n#o d"rante os sonhos o" meditaç#oA

< terceira classe constit"i a linha+em mais pro"ndaA ;m precedente "e acontece" na ndia oi ode <san+a "e rece(e" os cinco textos de -aitreya vendoos diretamente em T"shitaA

Tr*s 9in7as de Transmissão Classi(icadas de Acordo com aManeira de t*-las )ece&ido

9 sistema Nyin+ma apresenta "m es"ema de classiicaç#o adicional para as linhas de transmiss#odas trHs classes de tantra internos dividido de acordo com a maneira pela "al os mestres "e"ndaram a linha de transmiss#o rece(eram os ensinamentosA

< lin&a de transmissão da inten5ão do 1uda +riunfante rgyal(ba dgongs(brgyud 8 2 rece(ida por "m mestre "ando ele o" ela alcança a il"minaç#o e compreende diretamente a intenç#ocompleta dos ensinamentos do 6"daA

< lin&a de transmissão dos gestos de um contem'lativo da consci>ncia 'ura rig(Gdzin brda(brgyud$ 2 rece(ida por "m mestre em "ma vis#o p"ra da emanaç#o de "m ("da "ando eleo" ela o(t2m reali*aç#o atrav2s de ver "m +esto exec"tado por esta emanaç#oA

< lin&a de transmissão ouvida 'or uma 'essoa gang(zag snyan(brgyud 8 2 rece(idaoralmente dos ensinamentos de +randes mestresA < maioria deriva de ensinamentos o"vidosdiretamente o" do "r" $inpoche o" ent#o de 3imalamitraA

)ipa< prLtica de d*o+chen enati*a o acesso a rig'a rig('a% consciHncia p"ra8 o nível mais s"til daatividade mentalA $i+pa 2 "m enUmeno n#o aetado 4dus(ma(byed$ n#o no sentido de ser estLticomas no sentido de n#o ser artiicial o" a(ricado como al+o temporLrio e novoA EstL

 primordialmente presente 2 contin"o e perp2t"oA N#o estL manchado por atividade mental passa+eira P em o"tras palavras ri+pa n#o as temA

$i+pa 2 completo com todas as (oas "alidades 4 yon(tan$ de "m 6"da como a compreens#o e acompaix#oA Estas s#o inatas l&an(skyes$ a ri+pa o "e si+niica "e s"r+em j"ntas em cadamomento de ri+pa e primordiais 4 gnyugs(ma$ no sentido de n#o terem "m começoA

 N#o necessitamos criar (oas "alidades do nada o" apenas de potenciaisA <ssim como a "alidadeinata do espelho de reletir "e estL presente mesmo "ando s"a s"perície estL totalmenteo(sc"recida pela poeira n#o precisamos adicionar nada para "e as (oas "alidades do ri+pa

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"ncionemA Temos somente "e remover as manchas passa+eiras a poeiraA <ntes da il"minaç#o por2m mesmo "ando o ri+pa jL estiver maniesto s"as (oas "alidades ainda n#o estar#o todasevidentes ao mesmo tempoA

Entre as "alidades inatas de $i+pa estL a consciHncia pro"nda "e s"r+e de si mesma 4rang(byung ye(s&es8 tam(2m conhecida como consciHncia pro"nda relexiva 4rang(byung ye(s&es8A Esta 2 aconsciHncia da pr.pria ace de ri+pa 4rang(ngo(s&es('a8 como sendo a ace de 'amanta(hadra4 un(tu bzang('o <"ele "e 2 Totalmente Excelente dotado de todas as (oas "alidades8A"ando a consciHncia pro"nda relexiva n#o estL maniesta por ca"sa do ator est"peaç#o "es"r+e a"tomaticamente 4rmongs(c&a est"pide* desl"m(ramento8 "e o(sc"rece o conhecimentode ri+pa de s"a pr.pria nat"re*a a atividade mental se converte em sem 4 sems consciHncialimitada8 e jL n#o 2 mais ri+paA

,ator "+a* de est"peaç#o 2 o"tro nome para a alta de consciHncia "e s"r+e a"tomaticamente4l&an(skyes ma(rig('a8 em relaç#o aos enUmenosA Este n#o 2 na verdade "ma atit"de pert"r(adoramas apenas nominal nyon(mongs(kyi ming(btags('a8 jL "e pertence I cate+oria deo(sc"recimentos relativos a t"do "e se pode conhecer e "e impedem a onisciHncia 4 s&es(sgrib$.

 No mais o n#oconhecimento 4i+norância8

<"i n#o tem o sentido de co+niç#o invertida e aerramento da aparHncia co+nitiva dascoisas '&yin(ci(log('ar )dzin('a$ perce(endoas como existindo de "m modo "e n#ocorresponde I s"a realidade e o aerramento a elas como existindo verdadeiramente destamaneiraA

 Nem se"er 2 o n#oconhecimento no sentido de n#o se dar conta 4mi(s&es('a8 de "e asaparHncias d"alistas s#o alsasA

-ais exatamente 2 o n#oconhecimento no sentido de n#o conhecer s"a pr.pria nat"re*aAEle n#o 5reconhece s"a pr.pria ace7A

Tr*s Aspectos de )ipa< consciHncia pro"nda de ri+pa e a consciHncia de s"a nat"re*a tríplice 45s"a pr.pria ace78A %sto sereere aos trHs aspectos de ri+pa: a s"a nat"re*a essencial 4ngo(bo essHncia8 s"a nat"re*a inl"ente4 '&rin(las atividade8 e s"a nat"re*a "ncional 4rang(bz&in nat"re*a pr.pria8A

< natureza essencial de rig'a reerese I cate+oria de enUmeno "e 2A Em essHncia ri+pa 2 'ureza 'rimordial ka(dag$. %sto si+niica "e ri+pa 2 primordialmente 4sem começo8 p"rade "ais"er manchasA %sto 2 tanto no sentido de ser va*ia de si mesma 4rang(stong  va*ia demaneiras impossíveis de existir8 como no sentido de va*ia de o"tro 4 gz&an(stong  "maconsciHncia "e tem esta nat"re*a va*ia e destit"ída de níveis "+a*es mais +rosseiros8A!ortanto a p"re*a primordial deriva de "ma "ni#o dos ensinamentos do se+"ndo e terceirociclos de transmiss#o 4+iros da roda do dharma8 so(re o va*io de si mesmo e da nat"re*a

 (0dica respectivamenteA < natureza influente de rig'a reerese I orma na "al ri+pa inl"encia o"trosA Esta orma

relacionase com se" aspecto de capacidade de resposta 4t&ugs(r-e compaix#o8A Em o"tras palavras a nat"re*a de ri+pa "e inl"encia os o"tros 2 a "e responde sem esorços eespontaneamente sendo compassiva na com"nicaç#oA

< natureza funcional de rig'a reerese especiicamente ao "e ela a*A $i+pa esta(elecea'ar>ncias es'ontaneamente l&un(grub$ e sem esorçosA

As #"as 6erdades em Ninma Nyin+ma apresenta as d"as verdades 4bden(gnys$ em varias maneirasA No sentido mais amplo:

$i+pa com s"a criaç#o p"ra de aparHncias 2 a verdade mais pro"nda 4 on(dam bden('a

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verdade 0ltima8A 'em com a s"a criaç#o imp"ra de aparHncias 2 verdade s"pericial o" convencional 4kun(

rdzob(bden('a verdade relativa8A

Cria5ão im'ura de a'ar>ncias ma(dag('aEi snang(ba$ dL ori+em Is aparHncias das coisas como o"tendo existHncia verdadeira o" carecendo de existHncia verdadeira o" am(os o" nenh"m dos doisACria5ão 'ura de a'ar>ncias dag('aEi snang(ba$ da ori+em Is aparHncias das coisas como existindoal2m destes "atro extremosA

)entro do contexto de ri+pa:

9 aspecto de p"re*a primordial P como o lado va*io de ri+pa 4 stong(c&a$ e o lado daconsciHncia 4rig(c&a8 P 2 a verdade mais pro"nda de ri+paA

9 aspecto do esta(elecimento espontâneo de aparHncias (aseado na aspecto deresponsividade P como o lado das aparHncias de ri+pa 4 snang(c&a8 e o lado de criaraparHncias 4 gsal(c&a8 P 2 a s"a verdade s"pericial o" relativaA

)esta maneira os trHs aspectos de ri+pa assim como s"as d"as verdades s#o sempre inseparLveis4dbyer(med$ e s"r+em sim"ltaneamente 4l&an(skyes8A

As $ases ásica e )es"ltante dos Tr*s Aspectos de )ipa< fase básica dos trHs aspectos de ri+pa reerese aos trHs como sendo aspectos da nat"re*a (0dicade todos os seres limitados 4 sems(can% seres sencientes8A

< fase resultante dos trHs aspectos reerese I s"a maniestaç#o como sendo a nat"re*acompletamente reali*ada de "m ("daA Nesta ase:

< nat"re*a essencial de ri+pa maniestase como o dharmaaya 4c&os(sku "m corpo "et"do a(arca a consciHncia onisciente de "m ("da e a insepara(ilidade de s"as d"asverdades8A

< nat"re*a inl"ente de ri+pa maniestase como o sam(o+aaya 4longs(sku "m corpo deormas s"tis de palavra e com"nicaç#o "e a* "so completo dos ensinamentos mahayana8A

< nat"re*a "ncional de ri+pa maniestase como o nirmanaaya 4 s'rul(sku "m corpo deemanaçJes do sam(o+aaya "e s"r+e na aparHncia em corpos ísicos8A

's Tr*s Aspectos na $ase do Camin7oCom o o(jetivo de remover as manchas "+a*es dos trHs aspectos da ase (Lsica de ri+pa de maneira"e se" "ncionamento como os trHs aspectos da ase res"ltante possa ocorrer sem impedimentostra(alhamos com os trHs na ase do caminhoA ,a*emos isto em trHs etapas:

A Etapa Atioa

9 atiyo+a poss"i d"as ases extremamente avançadas de prLtica com ri+pa: lo+rar 4k&regs(c&od 8 esaltar 4t&od(rgal$A

< prLtica de lo+rar enati*a a nat"re*a essencial de p"re*a primordial de ri+paA Nesta etapaacessamos ri+pa com s"a co+niç#o n#oconceit"al da vac"idade e alcançamos "m caminhomental de vis#o 4mt&ong(lam% caminho da vis#o8 o "e nos torna "m arya 4 '&ags('a8A %stoe"ivale a alcançar a etapa de clara l"* em an"tarayo+a tantraA <inda "e am(as as verdadessejam inseparLveis e s"rjam sim"ltaneamente em ri+pa somente s"a verdade mais pro"nda

 P isto 2 s"a p"re*a primordial destacase nesta etapaA < verdade s"pericial de ri+pa 4s"acriaç#o de aparHncias8 e todas as demais "alidades n#o est#o ainda completamentedesenvolvidasA

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)epois da etapa de lo+rar a prLtica de saltar enati*a a nat"re*a inl"ente da capacidade deresposta de ri+pa e s"a nat"re*a "ncional de esta(elecer aparHncias espontaneamenteA <o

 permanecer repetidamente em ri+pa cortamos a contin"idade de sem "e 2 a condiç#oimediatamente precedente 4de(ma(t&ag rkyen8 para "e nossa experiHncia seja composta denossos cinco atores a+re+ados ordinLrios 4 '&ung('o lnga8A Conse^entemente ri+paespontaneamente dL ori+em a "ma aparHncia de si mesmo como "m corpo de arcoíris 4 -áE(

lus8A <m(as as verdades s#o inseparLveis e s"r+em sim"ltaneamente mas a"i a verdades"pericial de ri+pa s"a capacidade de resposta e o esta(elecimento espontâneo deaparHncias 2 mais proeminenteA Esta etapa e"ivale I etapa do par "niicado do corpoil"s.rio e da clara l"* e "m caminho mental de amiliari*aç#o 4 sgom(lam caminho dameditaç#o8A

Existem dois tipos de praticantes: os 7ue avan5am 'or eta'as lam(rim('a$ e a7ueles 'ara os 7uaistudo ocorre de uma s3 vez cig(car(ba$A )epois de o(ter a ase de lo+rar os primeiros pro+ridematrav2s das etapas distintas da ase de saltar "ma a "ma percorrendo os de* níveis ("mi mentais4as(bcu8 dos arya (odisatvas at2 alcançar a il"minaç#oA 9s 0ltimos conse+"em t"do de "ma ve* aase de lo+rar de saltar at2 a il"minaç#o devido I enorme "antidade de ac"m"laç#o de orça

 positiva de il"minaç#o 4m2rito8 de s"as prLticas intensivas anteriores "e re"entemente jL s"r+emde vidas anterioresA

Etapa Ma7aoa

Como preparaç#o para a etapa atiyo+a da prLtica de d*o+chen necessitamos da prLtica e"ivalenteao estado de +eraç#o como enati*ada na mahayo+aA !or isto a atiyo+a 2 re"entemente conhecida

 pelo nome de ma&a(atiyoga.

< característica mais importante da prLtica do estado de +eraç#o do mahayo+a 2 a dos tr>s samad&is ting(nge(Gdzin gsum trHs a(sorçJes meditativas8 nos "ais tra(alhamos com os trHsaspectos de ri+pa em nossas ima+inaçJes:

! samad&i da base na natureza autentica 4 gz&i de(bz&in(nyid(kyi ting(nge(Gdzin% de(ting 8AConcentramonos ima+inariamente em "ma aproximaç#o da p"re*a primordial de ri+paA,a*emos isto por exemplo recordandonos "e a p"re*a primordial nem s"r+e de parteal+"ma nem reside em parte al+"ma nem vai a parte al+"maA "m estado de consciHncia"e estL livre de ser pat2tico e d2(il 4l&am(me l&en(ne8 livre de ser in"ieto e explosivo4ar(ma Gur(ma$ livre de inclinarse a este o" I"ele lado 4 zur 8 e livre de a*er o"a(andonar planos 4rgya(c&ad 8A Em o"tras palavras este 2 "m estado de receptividade a(erta4klong 8 "e 2 a (ase para a capacidade de aj"dar aos demais como "m ("daA

! samad&i do camin&o 7ue tudo ilumina 4lam kun(snang(baEi ting(nge(Gdzin% snang(ting 8A-ovidos pela compaix#o ante o desconhecimento "e tHm seres limitados da p"re*a

 primordial de se" ri+pa completo com todas s"as "alidades concentramonos em "maaproximaç#o da capacidade de resposta de ri+paA Este 2 o movimento mental s"til "eaparece e responde "e 2 o caminho para aj"dLlosA

! samad&i resultante na causa 4` bras(bu(rgyu)i(ting(nge()dzin rgyu(ting 8A <"i s"r+imoscomo "ma sila(a semente por exemplo &um "e 2 a ca"sa para maniestarmonos como"ma i+"ra (0dicaA Concentramonos na vis"ali*aç#o desta sila(a "e representa comaproximaç#o a nat"re*a "ncional de ri+pa de esta(elecer aparHncias espontaneamenteA%ma+inar "e aparecemos n"ma orma visível "e se transorma em "ma i+"ra (0dica tra*o res"ltado real de aj"dar os seres limitadosA

< prLtica dos trHs samadhis do mahayo+a p"riica nossa experiHncia ordinLria da morte do (ardo e

do renascimentoA < morte 2 como a p"re*a primordial carente de níveis +rosseiros de atividade mental e de

vento de ener+iaA

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9 (ardo 2 como a capacidade de resposta com "m li+eiro movimento dos ventos de ener+ias"tisA

9 renascimento 2 como esta(elecer aparHncias espontaneamente com a aparHncia de "masemente "e se transormarL em "m corpo completoA

Em o"tras tradiçJes ti(etanas por exemplo a el"+ a prLtica e"ivalente ao estado de +eraç#ochamase adotar os camin&os mentais 'ara alcan5ar os tr>s cor'os de um 1uda 4 sku(gsumlam(Gk&yer 8:

<dotar a morte como "m caminho mental para alcançar o dharmaaya <dotar o (ardo como "m caminho mental para alcançar o sam(o+aaya <dotar o renascimento como caminho mental para alcançar o nirmanaayaA

Etapa de Empoderamento

!ara o(ter a capacidade de praticar mahayo+a e atiyo+a com s"cesso necessitamos rece(er "mempoderamento 4dbang% 5@an+7 iniciaç#o8 e manter os votos coneridos na"ela ocasi#oA

R3er: <s Características 6Lsicas do TantraASEm +eral o empoderamento tântrico ativa os atores da nossa nat"re*a (0dica atrav2s daexperiHncia consciente de "m estado mental especíico j"nto com compreens#o d"rante o rit"alQ e

 por meio de sentirse exaltado pela inspiraç#o 4byin(rlabs% (endiçJes8 do mestre tântricoA

 Neste caso experienciar al+o conscientemente n#o se reere a ter "ma experiHncia místicaA Em ve*disto reerese I +eraç#o consciente de "m estado mental acompanhado de compreens#o com o"sem esorçoA

 No sistema el"+ a experiHncia consciente reerese a certo nível de "ma consciHncia (emavent"rada da vac"idadeA

 Nos sistemas n#oel"+ estL ocali*ada tanto na nat"re*a (0dica de nossos mestrestantricos como tam(2m de n.s mesmos com certo nível de compreens#o da nat"re*a (0dicaA

 No d*o+chen estL ocali*ada especiicamente na (ase dos trHs aspectos de ri+pa comoatores da nat"re*a (0dica tanto de nossos mestres tântricos como de n.s mesmosA

TrHs atores circ"nstanciais "e correspondem aos trHs aspectos de ri+pa contri("em para a nossacompreens#o pro"nda e consciente da nat"re*a (0dica:

9 samadhi 4a(sorç#o meditativa8 do mestre tântrico corresponde I p"re*a primordial 9s mantras "e o mestre tântrico repete correspondem I capacidade de resposta e I

com"nicaç#o compassiva 9s o(jetos rit"ais "e o mestre tântrico "tili*a d"rante o rit"al correspondem Is aparHncias

esta(elecidas espontaneamenteA!ara o(ter a inspiraç#o de "m mestre tântrico de orma mais completa precisamos ocali*arnoscom concentraç#o e compreens#o nestes trHs atores circ"nstanciaisA '"stentamos a experiHnciaconsciente "e alcançamos ao rece(er e manter os votos de (odisatva e os votos tantricosA

Preliminares !nternas!ara "e possamos ser s"icientemente receptivos e mad"ros para rece(er "m empoderamento en#o somente estar assistindo e n#o experienciando nada precisamos ter primeiro praticado as seis

 preliminares internas 4nang(gi sngon(Ggro8A Tal "al oram es"emati*adas pelo mestre do s2c"lo

Y%Y )*a !atr"l 4rza d4al(s'rul !(rgyan )-igs(med dbang('o8 no uia de Instrucoes de Meu Mestre "s'iritual Samantabadra$ +otalmente "8celente 4 un(bzang bla(ma)i z&al(lung% 'alavras 'erfeitas de meu e8celente mestre$% elas s#o em ordem inversa:

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uru yoga na "al reconhecemos e nos ocali*amos na nat"re*a (0dica tanto de nossosmestres espirit"ais como na nossa pr.pria e criamos "m elo o" vinc"lo entre os doisA

!oderemos a*er isto com Hxito com a (ase de previamente ter eito as oferendas kusali dec&od c&od$ nas "ais ima+inamos "e cortamos e oerecemos nosso corpo ordinLrio o"al se ori+ina e estL acompanhado do n#osa(er 4i+norância8A

!oderemos a*er isto com Hxito com a (ase de haver eito de antem#o as oferendas do

mandala% nas "ais desenvolvemos a +enerosidade e ortalecemos nossa rede de orça positiva constr"tora da il"minaç#o 4ac"m"laç#o de m2ritos8 ao ima+inar "e oerecemos o"niversoA

!oderemos a*er isto com Hxito com a (ase de haver praticado de antem#o a recita5ão de0a-rasatva para p"riicar os o(stLc"los +rosseiros "e poderiam impedirnos de conse+"ira*er "ma rede de orça positiva constr"tora da il"minaç#oA

!oderemos a*er isto com Hxito com a (ase de haver c"ltivado previamente a bod&icitta eas atitudes de largo alcance '&ar(byin% 'anscrA 4aramita pereiçJes8 de modo a estaraspirando I il"minaç#o e dedicando nossas açJes constr"tivas para conse+"ila para assim

 (eneiciar a todos os demais tanto "anto possívelA

!oderemos a*er isto com Hxito com a (ase de haver dado previamente I nossa vida adire5ão segura do refugio% o "e teria sido eito j"nto com prostraçJes "e mostram respeitoa"eles "e jL reali*aram ri+pa e I nossa pr.pria nat"re*a (0dica "e nos permitirLconse+"ilaA

Preliminares E0ternas'omos capa*es de praticar as seis preliminares internas com a (ase de haver praticadoanteriormente as seis preliminares externas 4 '&yiEi sngon(Ggro8A

 Novamente em ordem inversa:

Constr"ir e manter uma rela5ão saudável com o mestre es'iritual  como sendo "m exemplovivo de "ma direç#o se+"raA

'eremos capa*es de conse+"ir isto com a (ase de haver entendido previamente o "e s#o osbenef#cios da libera5ão% de maneira "e ("scaremos "m exemplo distoA

'omente pensaremos na li(eraç#o "ando ho"vermos compreendido previamente a causa eo efeito kármico e o ato de "e somos capa*es de li(erarnos distoA

'omente pensamos no arma por"e 2 a ca"sa das faltas do samsara.  'omente vemos isto "ando previamente tivermos relexionado so(re a morte e a

im'erman>ncia e do ato de "e os pro(lemas e sorimentos contin"am vida atrLs de vidaA $elexionamos so(re a morte somente "ando tivermos apreciado previamente nosso

 'recioso renascimento &umano.

As ;"atro Classes de )ipa  /ig'a base 4 gz&iEi rig('a8A )entro da classiicaç#o de (ase caminho e res"ltado esta 2 a

 (aseA !odemos experienciLla no momento da clara l"* da morte em(ora normalmenten"nca a reconheçamosA <s d"as classes se+"intes correspondem ao caminhoA

 /ig'a res'landecente 4rtsal(gyi rig('a8 Is ve*es tam(2m chamada rig'a base criadora dea'ar>ncias 4 gz&i(snang(gi rig('a8 2 o aspecto de esta(elecimento espontâneo de ri+pa o"e reconhecemos primeiro no caminhoA

 /ig'a ess>ncia 4ngo(boEi rig('a8 Is ve*es tam(2m chamada rig'a natural 4rang(vz&in(gyirig('a8 2 o aspecto de p"re*a primordial 4nat"re*a essencial8 de ri+pa tal como 2reconhecida no caminho depois "e tivermos reconhecido ri+pa resplandecenteA s ve*esainda alamos de "ma "arta classe de ri+pa:

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 /ig'a da 'resen5a es'ont:nea 7ue abrange tudo 4l&un(grub sbubs(kyi rig('a8 2 o ri+pares"ltante e"ivalente ao dharmaayaA

)ipa ase e o Alaa dos 8á&itos;m sinUnimo para ri+pa (ase 2 o alaya 'rimordial mais 'rofundo 4 ye(don kun(gz&i% "ndamento o"

 (ase primordial mais pro"nda "e a(ran+e t"do8 devido ao ato de ser a onte de todas asaparHncias de samsara e nirvanaA

'em ter começo ri+pa (ase tem estado l"indo com "m ator passa+eiro de est"peaç#o o "alo(sc"rece s"a pro"nda consciHncia relexiva assim impedindo ri+pa de conhecer se" pr.prio rostoA

)evido I com(inaç#o de ri+pa (ase com a est"peaç#o ri+pa (ase "nciona como "m alaya dos&ábitos 4bag(c&ags(kyi kun(gz&i "ndamento o" (ase dos hL(itos "e a(ran+e t"do8 "e 2 "maclasse de semA 9s hL(itos incl"em os hL(itos de aerramento a "ma existHncia verdadeira os hL(itosLrmicos e as mem.rias 4hL(itos para recordar al+o repetidamente8A

9 alaya dos hL(itos 2 a clara l"* normal da morte dos seres ordinLrios o" com"ns assim como

tam(2m 2 a"ilo "e estL so( e o "e acompanha cada momento dos níveis mais +rosseiros deco+niç#o en"anto estamos vivosA N#o 2 "e ri+pa (ase seja a ca"sa do alaya dos hL(itos por"eessencialmente s#o o mesmo 4ngo(bo gcig  o mesmo elemento descrito de dois pontos de vistadierentes8A

<ssim como s"cede com todas as o"tras classes de consciHncia n#oconceit"ais o alaya dos hL(itosconhece as coisas mas n#o os r.t"los 4"m processo conceit"al8 nem constr.i "ma cadeia de

 pensamentos a partir delasA 9 alaya dos hL(itos dL ori+em a seis classes de consciHncias primarias4rnam(s&es8 e Is aparHncias co+nitivas de se"s o(jetos de co+niç#oA

<s seis classes de consciHncias primLrias s#o as cinco sensoriais "e sempre s#o n#oconceit"ais ea consciHncia mental "e pode ser concept"al o" n#oconcept"al 4como nos sonhos nos "ais

s"r+em aparHncias co+nitivas de o(jetos sensoriais o" ent#o em percepçJes extrasensoriais8A <sconsciHncias primLrias e a aparHncia co+nitiva s"r+em moram e desaparecem sim"ltaneamente emcada momento e se"s momentos tem "ma ordem o" se^Hncia de acordo com o armaA

Consci*ncia Pert"r&adora< consciHncia pert"r(adora 4nyon(yid% consciHncia en+anosa consciHncia contaminada8 acompanhaa alaya dos hL(itos e am(as s#o consideradas como tipos de consciHncias primariasA )este modona escola Nyin+ma sem incl"i oito classes de consciHncias primLrias cinco sensoriais "ma mental"ma pert"r(adora e o alaya dos hL(itosA

 A consci>ncia 'erturbadora co nce(e o alaya dos hL(itos como "m 5e"7 inalterado monolítico e"e existe independentemente "e +overna so(re os atores a+re+ados da experiHncia tais como ocorpo e a menteA %sto leva I atit"de pert"r(adora de conce(er o 5e"7 como 5e" o experienciadora"ele "e poss"i o controlador da"ilo "e or conhecido7A

-ais detalhadamente a co+niç#o n#oconcept"al atrav2s das seis classes de consciHncia d"rasomente "m milisse+"ndoA < consciHncia pert"r(adora n#o "nciona neste momentoA !or2mimediatamente depois deste milisse+"ndo com a co+niç#o concept"al 4mental8 a consciHncia

 pert"r(adora dL ori+em I aparHncia I percepç#o e ao aerramento 4crença em8 "m cheeaparentemente independente como sendo "m 5e"7A Mo+o dL ori+em I aparHncia d"alista de 5e"a"ele "e experiHncia al+o a"ele "e poss"i "e controla7 e 5o o(jeto "e e" experiencio

 poss"o controlo7A 6aseados nisto experienciamos as emoçJes e atit"des pert"r(adoras osimp"lsos do arma e o sorimentoA

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A #i(erença entre o Alaa Para os 8á&itos na TradiçãoNinma e o Alaavinana na escola C7itamatra

9 ("dismo ti(etano classiica as visJes ilos.icas das principais escolas ("distas indianas em"atro sistemas de princípios 4 grub(mt&aE 8 como eram est"dados nas "niversidades monLsticas dandia "ando os ti(etanos começaram a est"dar o ("dismo nestes l"+ares no oitavo s2c"loA !or2mcada "ma das "atro tradiçJes ti(etanas explica as airmaçJes dos "atro sistemas de princípios demaneira dierenteA %ncl"sive dentro de "ma mesma tradiç#o ti(etana vLrios mestres apresentam os"atro de orma dierente e al+"ns mestres como Tson+hapa explicaram al+"ns dos pontos emse"s textos de maneiras dierentes em distintas 2pocas de s"as vidasA

)entro dos "atro sistemas ilos.icos a escola Chitamatra 4 sems(tsam('a% mente s.8 ala doalayavi-nana 4kun(gz&i(rnam(s&es a consciHncia (ase de t"do 5o arma*2m da consciHncia78A Este 2o nível de atividade mental "e contin"a de "ma vida I o"tra levando consi+o todos os hL(itossamsLricosA

Todavia os ensinamentos d*o+chen s#o apresentados dentro do contexto da escola -adhyamia4dbu(ma8A <inda "e a tradiç#o Nyin+ma do -adhyamia aceite em s"as descriçJes da verdades"pericial 4relacionandoa com sem8 m"itas das cate+orias de enUmenos "tili*adas na escolaChitamatra P tais como o alaya a consciHncia pert"r(adora e a consciHncia relexiva 4rang(rig 8 P atradiç#o Nyin+ma apresenta s"a orma de existHncia e al+"mas de s"as características de maneiradierenteA

"anto ao alaya dos hL(itos na tradiç#o Nyin+ma e ao alayavijnana na tradiç#o Chitamatra estess#o apresentados na tradiç#o Nyin+ma da se+"inte orma:

< orma de existHncia do alaya dos hL(itos estL al2m das palavras e dos conceitos al2m dos"atro extremos de ter "ma existHncia verdadeira n#oimp"tada de carecer de "maexistHncia verdadeira n#o imp"tada de am(as e de nenh"ma delasA < escola Chitamatra

apresenta a alayavijnana como tendo "ma existHncia verdadeira n#o imp"tadaA 9 alaya dos hL(itos 2 essencialmente o mesmo "e o ri+pa (aseA 9 alayavijnana n#o 2 omesmo "e a esera p"ra da mente 4c&os(kyi dbyings8A <s d"as est#o mist"radas j"ntascomo leite e L+"aA "ando se dL a li(eraç#o o alayavijnana se separa da esera p"ra damente como o leite coa+"lado e s"a contin"aç#o se aca(aA

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reve 8istFria do #,oc7en<lexander 6er*in1? a 1> de Novem(ro de >???

!ntrod"ção zogc&en 4rdzogs(c&en8 a +rande pereiç#o 2 "m sistema de prLtica -ahayana cond"*indo Iil"minaç#o e envolve "ma vis#o da realidade "m modo de meditar e "ma orma de comportamento4lta(sgom(s'yod gsum8A ] encontrado nas primeiras tradiçJes 4pr2("distas8 Nyin+ma e 6onA

6on de acordo com a s"a pr.pria descriç#o oi "ndado por 'henra( -i@o 4 gS&en(rab mi(bo8 em

Ta*i+ 4 s+ag(gzig 8 "ma Lrea de c"lt"ra iraniana na Xsia central e oi levado no s2c"lo Y% aACA para_han+*h"n+ 4Ti(ete 9cidental8A N#o hL nenh"ma orma disto ser validado cientiicamenteA 9 6"davive" no s2c"lo 3% aACA na %ndiaA

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A !ntrod"ção do "dismo Pr-Ninma e dos )itos Q7an-,7"n ao Ti&ete Central

Em DG dACA _han+*h"n+ oi con"istado por Warl"n+ 4Ti(ete Central8A 9 imperador de Warl"n+'on+tsen+ampo 4Srong(btsan sgam('o8 teve esposas n#o s. das amílias reais chinesa e nepalesa4am(as tro"xeram al+"ns textos e estLt"as ("distas8 como tam(2m da amília real de _han+*h"n+A< corte adoto" rit"ais "nerLrios e sacriícios de animais de _han+*h"n+ 46on8 em(ora 6on di+a"e o sacriício de animais era ori+inLrio do Ti(ete e n#o "m cost"me 6onA 9 imperador constr"i"tre*e templos ("distas em redor do Ti(ete e do 6"t#o mas n#o "ndo" nenh"ns mosteirosA

Esta ase pr2Nyin+ma do ("dismo no Ti(ete Central n#o continha ensinamentos d*o+chenA )eato 2 diícil veriicar o nível de prLtica e ensinamentos ("distas "e oram introd"*idosA Eram semd0vida m"ito limitados como terL sido com o caso dos ritos de _han+*h"n+A

4"r" )inpoc7e e a !ntrod"ção de #,oc7en Ninma9 imperador Tri 'on+detsen 4 &ri Srong sde(btsan8 a principal i+"ra se+"inte era ca"teloso com

relaç#o aos chineses e paran.ico Icerca de _han+*h"n+ m"ito provavelmente por se" pai pr.chinHs ter sido assassinado pela xen.o(a e conservadora acç#o política da corte imperial de_han+*h"n+A Em FD1 convido" 'hantarashita o a(ade ("dista indiano "e osse ao Ti(eteA&avia "ma epidemia de varíolaA < acç#o *han+*h"n+ na corte ac"so" 'hantarashita e exp"lso"o do reinoA 'e+"indo o conselho do a(ade o imperador convido" ent#o "r" $inpoche4!admasam(hava8 de '@at 4noroeste do !a"ist#o8 "e exp"lso" os dem.nios "e tinham ca"sadoa varíolaA 9 imperador torno" ent#o a convidar 'hantarashita para o se" re+ressoA

"r" $inpoche parti" em FFG sem ter terminado a completa transmiss#o do d*o+chenA 3endo "eos tempos n#o estavam ainda mad"ros enterro" al+"ns textos como textosteso"ro enterrados 4 gter(ma \terma\8A Eram textos excl"sivamente so(re d*o+chenA

' Mosteiro de %ame e o E0ílio dos onpos9 mosteiro de 'amye 4bSam(yas8 4o primeiro mosteiro no Ti(ete com os primeiros sete mon+esti(etanos8 oi completado po"co depoisA Chineses da tradiç#o Chan 4VapA Zen8 indianos e trad"toresde _han+*h"n+ tra(alharam lL conj"ntamenteA 9 ("dismo torno"se a reli+i#o do estado em FF[

 provavelmente por"e o imperador Tri 'on+detsen precisava de "ma c"lt"ra alternativa a _han+*h"n+ para "niicar o paísA 9 imperador inc"m(i" trHs amílias para o s"stento de cada mon+eA

Em F1 o Ti(ete con"isto" )"nh"an+ 4T"nh"an+ "m oLsis ("dista na $ota da 'eda no noroestedo Ti(ete8 I ChinaA N#o o(stante desde esse ano de F1 para manter a s"a inl"Hncia o imperador

chinHs envio" para 'amye em anos alternados dois mon+es chinesesA'hantarashita morre" em FO alertando so(re os pro(lemas com os chineses e aconselho" "econvidassem o se" discíp"lo Kamalashila para os de(ater e os ti(etanos assim o i*eramA

 No ano se+"inte em FG "ma +rande perse+"iç#o e o exílio dos 6onpos 4se+"idores do 6on8tiveram l"+arA < maioria oi para il+it 4norte do !a"ist#o8 o" para W"nnan 4s"doeste da China8A)e acordo com o relato tradicional 6on _han+*h"n+ )renpanama 4 ran('a nam(mk&a) 8enterro" nesta alt"ra os textos 6on 4todas as cate+orias n#o apenas d*o+chen8 para os salva+"ardarA

< anLlise hist.rica e política revela "e o motivo para o exílio teve como (ase a s"speita de "e aconservadora e xen.o(a acç#o política de _han+*h"n+ poderia assassinar o imperador por ele ser

 pr.indiano tal como tinham eito a se" paiA <pesar disso o estado manteve os rit"ais "nerLrios eos sacriícios 6onA )aí 2 ra*oLvel concl"ir "e se tratava de "ma perse+"iç#o I acç#o política de_han+*h"n+ e n#o "ma perse+"iç#o I reli+i#o 6onA

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!or este motivo vLrios er"ditos ocidentais airmam "e neste período o termo 1on'o 4se+"idoresdo 6on8 tinha principalmente "ma conotaç#o política em ve* de reli+iosaA Era "sado para a acç#o

 política de _han+*h"n+ da corte e para os se"s se+"idores em ve* de ter sido "sado para os líderesespirit"ais "e exec"tavam os ritos reli+iosos de _han+*h"n+ na corte e para os se"s se+"idoresA

6airoc7anaG 6imalamitraG e o #e&ate de %ame9 imperador Tri 'on+detsen envio" I %ndia 3airochana "m dos sete mon+es ti(etanos ori+inais de'amye para tra*er mais textosA )e re+resso ele tro"xe tantras de medicina ("dista e d*o+chen econvido" 3imalamitra o mestre de d*o+chen indiano "e tro"xe mais textosA

9 de(ate de 'amye entre o ("dismo indiano e o chinHs ocorre" em F[>F[GA 9 lado indianoliderado por Kamalashila vence"Q os chineses cond"*idos por &oshan+ -ahayana 4chinHs para5mon+e -ahayana78 oram exp"lsos do Ti(eteA 9s ti(etanos adotaram oicialmente o ("dismoindiano e a medicina ("dista indiana em(ora tivessem mantido al+"mas inl"Hncias da medicinachinesa a ela com(inadasA

!o"co tempo depois o ti(etano 3airochana exilo"se ap.s os a(ades indianos o terem diamado por

revelar de mais e assim ele enterro" mais textos d*o+chen tal como o e* o indiano 3imalamitraA

As Tr*s #ivis.es de Te0tos-Teso"ro Ninma)os textosteso"ro enterrados por 3airochana e 3imalamitra e da"eles anteriormente enterrados

 por "r" $inpoche os ensinamentos d*o+chen oram mais tarde divididos em trHs divisJesA

1A  semdey 4 sems(sde divis#o da mente8 enati*ando a consciHncia p"ra 4rig('a8 como (ase para t"do 4kun(gz&i 'ânscA alaya8

>A longdey 4klong(sde divis#o do espaço a(erto8 enati*ando o aspecto do espaço a(erto

co+nitivo 4klong 8 da consciHncia p"ra como (ase para t"doOA menngag(dey 4man(ngag sde divis#o das instr"çJes pessoais8 tam(2m chamada nyingtig  

4 snying(t&ig  divis#o da essHncia do coraç#o8 enati*ando a consciHncia p"ra como sendo"ndamentalmente p"ra 4kadag 8A

<s d"as primeiras derivam dos textosteso"ro enterrados pelo mon+e ti(etano 3airochana e n#o s#oat"almente m"ito praticadasA < divis#o da mente vem dos textos indianos "e 3airochana trad"*i"Qa divis#o do espaço a(erto RvemS dos se"s ensinamentos oraisA < divis#o das instr"çJes pessoais temd"as seçJes RvindasS de dois proessores indianos: "ma do "r" $inpoche  adro Nyingtig  4m&a)()gro snying(t&ig  "nsinamentos sobre a "ss>ncia do Cora5ão da akini8 e a o"tra de3imalamitra 0ima Nyingtig  4 1i(ma snying(t&ig  "nsinamentos de 0imalamitra sobre a "ss>ncia

do Cora5ão8A

A Perse"ição ao "dismoEm >1 o imperador $alpachen 4 /al('a(can8 4"m ("dista anLtico8 ap.s ter assinado "m tratadode pa* com a China 4incl"indo sacriício animal8 e* do a(ade de 'amye o líder do Conselho deEstadoA )ecreto" "e cada mon+e no Ti(ete osse s"stentado por sete amíliasA Tam(2m ormo" "mConselho para a a"tori*aç#o dos vocL("los a serem incl"ídos n"m +rande compHndio S ânscrito(Ti(etano de vocL("los de trad"ç#o Ma&avyut'atti 4 1ye(brag(tu rtogs('a c&en('o rande <2;8ico?

 'ara Com'reender <+ermos?  "s'ec#ficos8 "e ele tinha mandado compilarA Nenh"m vocL("lotântrico oi incl"ídoA 9 imperador e o se" Conselho decidiam o "e era trad"*ido e permitiam a

 prLtica somente das d"as primeiras classes do tantraA-"ito provavelmente devido aos excessos do imperador $alpachen o se" s"cessor o imperadorMan+darma 4 g2ang(dar(ma8 echo" os mosteiros e perse+"i" os mon+es de OD a G>A <s

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!eltr"l 4rza d4al(s'rul )!(rgyan )-igs(med dbang('oQ !atr"l $inpoche8 "ma das reencarnaçJes deVi+mey Min+pa escreve" Instru56es e /ecomenda56es do Meu Mentor "s'iritual Samantab&adra$+otalmente "8celente 4 un(bzang bla(ma)i z&al(lung  4alavras 4erfeitas do Meu "8celente

 4rofessor% unzang 2amey Z&ellung 8A Este 2 o texto Nyin+ma mais detalhado so(re o e"ivalentedo lam(rim 4estL+ios +rad"ais do caminho8 e so(re as preliminares para 2ongc&en Nyingtig A

' Movimento Não-%ectário )imeTam(2m na +eraç#o se+"inte depois de Vi+mey Min+pa dos trHs "ndadores principais do $ime4movimento n#osectLrio8: Kon+tr"l 4 ong(s'rul *on(tan rgya(mtso8 Vamyan+yentsey@an+po4 ̀am(dbyangs mk&yen(brtse dbang('o8 e -ipam 4 ̀u Mi('&am rgya(mts&o8 o 0ltimo escreve" os

 principais comentLrios Nyin+ma para os textos "ndamentaisA

Cho++y"r Min+pa 4mC&og(gyur bde(c&en gling('a8 era tanto "m discíp"lo e mestre de Kon+tr"l eVamyan+yentsey@an+poA 'e" ciclo de terma C&ogling +ersar  4mC&og(gling gter(gsar Q ! Novo+e8to(+esouro de C&ogling 8 2 se+"ido por am(as as escolas Nyin+ma e Karma Ka+y"A

9 Terceiro )odr"(chen 4ro(grub(c&en )igs(med bstan('a)i nyi(ma8 discíp"lo de !eltr"l e

Vamyan+ yentsey@an+po escreve" os mais claros comentLrios so(re d*o+chen Ciclos zogc&en4rzogs(c&en skor 8 e "scritas 0ariadas sobre zogc&en 4rzogs(c&en t&or(bu8 pondo d*o+chenno contexto das o"tras tradiçJes do ("dismo ti(etanoA Estes s#o os comentLrios nos "ais '"a'antidade o Y%3 )alai Mama conia ortemente como onte para as s"as explicaçJes Icerca dateoria "niicada de todas as "atro tradiçJes ti(etanasA

#,oc7en "dista o" on)*o+chen 2 6"dista o" 6onZ <m(os levam I il"minaç#o e "sam a express#o 6"deidadeA)harmairti o mestre indiano do s2c"lo 3%% disse "e se "m tra(alho estiver de acordo com os

temas principais do 6"da 2 "m ensinamento do 6"daA <ssim tanto o d*o+chen Nyin+ma como o6on s#o claramente ensinamentos ("distas -ahayana por"e am(os poss"em característicascompartilhadas com os s"tras -ahayanaA Cada "m 2 claro tem tam(2m as s"as características0nicas e n#ocom"nsA <l2m disso se dissermos "e d*o+chen 2 "ma divis#o do tantra o" "e"ltrapassa as divisJes do s"tra e do tantra d*o+chen Nyin+ma e 6on tam(2m poss"emcaracterísticas em com"m com as vLrias classes do tantraA

)ado "e tanto Nyin+ma como 6on asseveram ser a ori+em de d*o+chen e "e a o"tra Rtradiç#oScopio"o dele hL trHs possi(ilidades:

1A )*o+chen desenvolve"se m"ito cedo no ("dismo e 6on rece(e"o atrav2s da primeira propa+aç#o do ("dismo no %r#o e na Xsia central atrav2s de _han+*h"n+A <ssim d*o+chen

6on teve "ma ori+em ("dista mas n#o diretamente do ("dismo indianoA>A 6on aprende" d*o+chen do "r" $inpoche em 'amye e enterro"o "ando a acç#o 6on de

_han+*h"n+ oi exilada em FG principalmente para il+it 4norte do !a"ist#o8A

OA "ando os 6onpos de _han+*h"n+ estavam exilados em il+it aí aprenderamnoseparadamente do "r" $inpocheA

Não Possível C7earmos a "ma Concl"são #ecisiva so&re/"al das Possi&ilidades %ea a CorretaK

#,oc7en nas Tradiç.es 2a"3indo do inal do s2c"lo Y%% do se" "ndador Tsan+pa yaray 4 g+sang('a rya(ras8 d*o+chen 2

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tam(2m encontrado em )r"+pa Ka+y"A

9 %%% Karmapa 4 ar(ma /ang(byung rdo(r-e8 introd"*i" o d*o+chen em Karma Ka+y" no início dos2c"lo Y%3 e escreve" arma Nyingtig  4 ar(ma snying(t&ig  "nsinamentos sobre a "ss>ncia doCora5ão% de arma'a8A Est"do" d*o+chen com K"mararaja o mesmo proessor de d*o+chen "eMon+chenpa teveA <ssim o "r" $inpoche 2 vis"ali*ado no coraç#o do %% Karmapa Karma !ashina prLtica de Karma !ashiA &L tam(2m "ma prLtica Karma Ka+y" do "r" $inpocheA

)*o+chen entro" na tradiç#o )ri+"n+ 4)ri"n+8 Ka+y" atrav2s dos textosteso"ro desco(ertos pelos mestres do s2c"lo Y3% )ri+"n+ $atna 4ryal(dbang /in(c&en '&un(ts&ogs G1ri(gung /atna8e o %3 )ri+"n+ Mho Vedr"n+ 4G1ri(gung 2&o re(drung !(rgyan nus(ldan rdo(r-e8A

#,oc7en e os #alai 9amasEm meados do s2c"lo Y3%% o 3 )alai Mama teve visJes p"ras de d*o+chenA Compilo"as emCarregando o Selo do Sil>ncio 4 gSang(ba rgya(can8 e introd"*i" estas prLticas d*o+chen no se"-osteiro Nam+yal c"jas prLticas s#o na maior parte el"+A

9 "r" $inpoche proeti*o" "e se a linha dos anti+os reis ti(etanos c"jos descendentes a linhados $i+d*inchenpos eram os líderes da Minha+em dos TextosTeso"ro do Norte P osseinterrompida isso seria prej"dicial ao Ti(eteA <ssim o 3 )alai Mama transmiti" as s"as linha+ensd*o+chen tam(2m ao $i+d*inchenpo da s"a 2pocaA Conse"entemente a Minha+em dos TextosTeso"ro do Norte tam(2m pratica os ensinamentos d*o+chen do 3 )alai MamaA

9 $i+d*inchenpo se+"inte transmiti" ao -osteiro de Nech"n+ o mosteiro do orLc"lo estatal Nech"n+ 4 gNasC&ung 8 os ensinamentos d*o+chen do 3 )alai MamaA Em 'amye o orLc"lo de Nech"n+ oi inc"m(ido pelo "r" $inpoche de prote+er o Ti(eteA Tem havido "ma li+aç#o pessoalentre os )alai Mamas e o orLc"lo de Nech"n+ desde a 2poca do %% )alai Mama "ando ele oi do-osteiro de Tashilh"npo para o -osteiro de )rep"n+A

9 3 )alai Mama tam(2m desi+no" o detentor do trono do mosteiro Nyin+ma de -indrolin+ 4 sMin( gling k&ri(can \-inlin+ Trichen\8 RcomoS líder da Minha+em dos TextosTeso"ro do '"lA <ssim o3 )alai Mama s"porto" as d"as principais linha+ens Nyin+maA Tem havido desde ent#o "maconex#o pr.xima entre a linha dos )alai Mamas e a tradiç#o Nyin+maA

R!ara "ma apresentaç#o es"emLtica dos pontos principais ver: 6reve &ist.ria do )*o+chen em,orma rLicaAS

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reve 8istFria do #,oc7en em $orma4rá(ica

<lexander 6er*in Novem(ro de >???Esta pL+ina cont2m "m dia+rama +rLico o "al ineli*mente n#o estL acessívelA 9 mesmo e maisinormaçJes podem ser encontrados em orma text"al no arti+o: 6reve &ist.ria de )*o+chen

R!ara os pormenores 3eja: 6reve &ist.ria de )*o+chenAS

$inal do %c"lo 6!!! 

%mperador Tri 'on+detsen'hantarashita Kamalashila

"r" $inpoche !admasam(hava4 adro Nyingtig 8

3imalamitra40ima

 Nyingtig 8 Ti(etano 3airocana

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  divisão das instr"ç.es pessoais<ess*ncia do coração=

divisãoda

mente

#ivisão doespaçoa&erto

 

!nicio do %c"lo R!6 

Mon+chenpa4 Zabmo Nyingtig 8

9in7aem do Teso"ro do %"l 

$inal do %c"lo R!6 

$i+d*in odem Vey9in7aem do Teso"ro do Norte

 

!nicio do %c"lo R6 

$atna Min+pa4 Nyingma yubum8

$inal do %c"lo R6!! 

)alai Mama3

4-indro Trichen como lider da Minha+em do Norte8

 Nam+yal Nech"n+

 

$inal do %c"lo R6!!! 

Vi+mey Min+pa4 2ongc&en Nyingtig 8

 

)odr"(chen %

4 2ongc&en Ngondro8

 

!nicio do %c"lo R!R 

Kon+tr"lVamyan+yentsey@an+po

-ipam4 /imey8

 

$inal do%c"lo R!R

!eltr"l4 unzang 2amey Z&ellung 8

)odr"(chen %%% 

$inal do%c"lo RR

'" 'antidade o Y%3 )alai Mama

Ma7am"dra na Tradição 4el"-2a"!"(licado ori+inalmente como&A &A the )alai Mama e 6er*in <lexanderA +&e elugFagyY +radition of Ma&amudraA %thaca

'no@ Mion 1[[FEsta 2 a vers#o para impress#o de: http://@@@A6er*in<rchivesAcom/@e(/x/nav/+ro"pAhtmlB1F>FD[G1DAhtml

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Conteúdo da Páina para !mpressão !arte %: %ntrod"ç#o ao -aham"dra e I '"a <plicaç#o !rLtica na 3ida

1 < Estr"t"ra 6"dista Es(oço %nicial do T.pico 's ;"atro 6erdadeiros $atos da 6ida Mevando a '2rio a N.s e Is Nossas 3idas )ireç#o 'e+"ra e Nat"re*a 60dica Ca"sa e Eeito Comportamental $en0ncia Eliminando < Con"s#o Compaix#o e "m Coraç#o )edicado I 6odhichitta

> <s !rLticas !reliminares $econhecendo os Nossos 6lo"eios -entais !rostraçJes !rLtica de 3ajrasattva "r"Wo+a 9 $elacionamento com "m !roessor Espirit"al < %nsepara(ilidade da Nossa -ente e do Nosso "r" "r"-antra %nvesti+ando o 'i+niicado de Cada Ensinamento

O Evitar "e as !rLticas !reliminares ,i"em sem Ener+ia $a*Jes "e ,a*em com "e as !rLticas !reliminares ,i"em sem Ener+ia 'erse Criativo com as !rLticas !reliminares Transormando Todas as <tividades n"m Caminho Espirit"al Esta(elecendo e ,ortalecendo as )"as $edes Constr"toras de %l"minaç#o Encaixando os Ensinamentos de )harma Evitar ,icarse <paixonado pelos Ensinamentos

G 9 Nível %nicial de -editaç#o -aham"dra )einiç#o de -ente: ConsideraçJes erais < N#o )"alidade do '"jeito e do 9(jeto Claridade P 9 '"r+imento dos Conte0dos de "ma ExperiHncia ConsciHncia P ;m En+ajar com os Conte0dos de "ma ExperiHncia -eramente '"mLrio da )einiç#o 6"dista de -ente < Nat"re*a da -editaç#o -aham"dra < <nalo+ia de "ma Manterna El2trica 9s EstL+ios %niciais da -editaç#o -aham"dra 6eneícios do EstL+io %nicial da !rLtica

9s Níveis -ais !ro"ndos da -editaç#o -aham"dra -editaç#o -aham"dra na Nat"re*a Convencional da -ente < Necessidade da -editaç#o na Nat"re*a Convencional e na Nat"re*a -ais

!ro"nda do \E"\  < Nat"re*a Convencional e a Nat"re*a -ais !ro"nda do \E"\ <plicando a Compreens#o da Nat"re*a do \E"\ I -editaç#o -aham"dra A )elação entre 6er a Nat"re,a Convencional e a Nat"re,a Mais

Pro("nda da Mente  -editaç#o -aham"dra na Nat"re*a -ais !ro"nda da -ente Compreendendo /"e o SE"S Convencional E0iste Como "ma !l"são

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Compreendendo a Nat"re*a da -ente em Termos de $ot"lamento -ental Compreendendo a Nat"re*a -ais !ro"nda da -ente 'endo Como o Espaço

e '"a Nat"re*a Convencional 'endo Como "ma %l"s#o  <plicaçJes <dicionais da Compreens#o da 3ac"idade I -editaç#o

-aham"dra  -editaç#o N#oConcept"al < $elaç#o Entre %deias Compreens#o e a -editaç#o Concept"al 9s EstL+ios para anhar "ma -editaç#o -aham"dra N#oconcept"al 9 Nível <n"ttarayo+a Tantra da -editaç#o -aham"dra '"mLrio

Parte !: !ntrod"ção ao Ma7am"dra e + %"a Aplicação Práticana 6ida

<lexander 6er*inV"lho de 1[[D

1 A Estr"t"ra "dista

Es&oço !nicial do TFpico

\-aham"dra\ 2 "ma palavra sânscrita "e si+niica \+rande selo\ e "e se reere I nat"re*a detodos os en.menosA Tal como "m selo de cera 2 estampado em doc"mentos le+ais para a"tenticar as"a assinat"ra do mesmo modo a nat"re*a da realidade 2 i+"rativamente estampada so(re t"docomo "ma +arantia de "e nada existe de maneira antasiada e impossívelA <ssim o ato de "etodas as coisas s#o va*ias de existir em "al"er maneira impossivel torna vLlido "e as coisas na

verdade existemA-aham"dra tam(2m se reere a soisticados sistemas ("distas de meditaç#o e prLtica paracompreender esta nat"re*a +randeseloA < característica distintiva destes m2todos 2 a de ver estanat"re*a ocali*ando na pr.pria mente e desco(rindo a relaç#o entre a mente e a realidadeA "andoa nossa mente con"nde a realidade com a antasia prod"*imos pro(lemas para n.sA <l2m disso"ando a nossa mente a* s"r+ir "ma aparHncia dos demais de tal maneira "e n#o corresponde Is"a realidade somos incapa*es de os conhecer corretamente para ser da melhor aj"da possivelA!ortanto compreender a relaç#o íntima entre mente e realidade 2 essencial para se alcançar ali(eraç#o e a il"minaç#o "e 2 o o(jetivo da prLtica maham"draA

 No ("dismo a orma de existHncia impossivel e antasiada mais re"entemente disc"tida 2

chamada literalmente de 5existHncia verdadeira7 o" seja existHncia verdadeiramente independentede "ma relaç#o com a menteA )ado "e existHncia verdadeira 2 paradoxicamente existHncia alsareerindose a "ma orma de existHncia "e 2 impossível e "e n#o 2 de maneira al+"ma real

 podemos talve* evitar con"s#o "sando ao inv2s variaçJes do termo 5existHncia s.lida7A

!odemos começar a apreciar a complexa relaç#o entre mente e realidade examinandoa de vLrios pontos de vistaA !or exemplo se a(ordarmos o t.pico de maneira prLtica e com os p2s na terra echamarmos a maneira em "e n.s e o "niverso existe 5realidade7 ent#o n.s vivemos 5narealidade7A Com (ase na nossa experiHncia "otidiana da realidade podemos sa(er e talve*compreendHlaA Este processo s. pode ocorrer atrav2s do meio da menteA

'e o conhecimento direto da realidade e s"a experiencia n#o 2 s"iciente para sermos capa*es de

entendHla claramente assim "e precisamos tam(2m pensar so(re ela s. poderemos a*Hloatrav2s de "m es"ema concept"al "e 2 constr"ído pela menteA <l2m disso se precisarmosorm"lar e expressar a n.s pr.prios o" aos o"tros o "e 2 a realidade s. poderemos a*Hlo atrav2s

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de palavras o" sím(olos "e tam(2m s#o constr"ídos pela menteA < realidade existe mas 2 somenteantasia ima+inar "e a podemos experienciar entender provar o" descrever independentemente darelaç#o entre a realidade e a menteA ;sando "m termo da ilosoia p.smodernista temos de 5desconstr"ir7 a realidade como sendo "ma coisa s.lida 5lL ora7A

'e per+"ntarmos como 2 "e os en.menos existem jL envolvemos a mente meramente ao a*er a per+"ntaA E mais tam(2m s. podemos responder a esta "est#o envolvendo a menteA '"ponhamos"e respondemos: 5'im isso 2 .(vio mas a "m nível te.rico as coisas n#o existem separadamenteda menteZ7 Teríamos de di*er "e "m nível te.rico n#o existe por si mesmo independentemente de"ma mente "e o estL orm"lando o" pelo menos pensando neleA N#o podemos di*er mais nadaso(re como "m nível te.rico existe por"e di*er "al"er coisa envolve a lin+"a+em "e 2constr"ída pela menteA

 Na verdade mal levantamos a "est#o de como as coisas existem entramos no reino das descriçJes"e s. podem ser eitas pela menteA -as isso n#o "er di*er "e t"do existe apenas na mente e "ea terra n#o existia antes de nela ter havido vidaA ;m o(jeto n#o precisa de ser experienciado por"ma certa mente neste momento para "e existaA -as se ormos alar so(re como as coisas existemo" tentar entender provar e sa(er isso s. o poderemos a*er em relaç#o I menteA -aham"dra

começa nesta premissaA!odemos orm"lar a relaç#o entre a mente e como as coisas existem de vLrias maneirasA &L d"asa(orda+ens principais em maham"draA 3amos caracteri*Llas em termos m"ito +eraisA < primeiraapresenta t"do o "e existe em termos dos enomenos serem o" mente o" o(jetos da mente P poro"tras palavras experiHncia o" os conte0dos da experiHnciaA 9s enomenos incl"índo as mentesexistem meramente por virt"de do ato "e mente pode simplesmente a*er s"r+ir "ma aparHncia o"ocorrHncia deles como "m o(jeto de co+niç#oA !odemos esta(elecer "e os nossos ilhos e o amor"e temos por eles existe simplesmente por"e os podemos conhecer e experienciarA < o"traa(orda+em principal disc"te o "e existe em termos de rot"lamento mental o "e si+niica "e ascoisas existem como a"ilo "e elas s#o simplesmente em termos de palavras e da"ilo a "e as

 palavras reerem o" si+niicamA 9s enomenos existem como s#o por virt"de de seremsimplesmente o si+niicado das palavras r.t"los mentais o" orm"laçJes concept"ais delesA!odemos esta(elecer "e os nossos ilhos e o nosso amor existem simplesmente por"e lhes

 podemos dar nomes "e se reerem a elesA

Em nenh"m dos casos 2 esta(elecida a existHncia dos enomenos do se" pr.prio lado por virt"de por exemplo de "ma a"tonat"re*a encontrLvel e inerente/intrínseca a*endo delesverdadeiramente o "e s#o independentemente de "al"er relaç#o com a menteA 9s nossos ilhosn#o existem como nossos ilhos por"e tHm al+"res dentro deles "ma característica deinidoraa*endo deles intrinsecamente 5nossos ilhos7 mesmo se n.s pr.prios n"nca tiv2ssemos existidoA Eo amor n#o existe por si pr.prio al+"res no c2" com "ma orça interna deinidora dando poder Is"a existHnciaA Estas s#o maneiras antasiadas e impossíveis de existir e todos os enomenos s#ova*ios de existir dessas maneirasA < a"sHncia da existHncia de maneiras impossíveis de "al"erenomeno 2 chamada o se" va*io o" vac"idadeA

Cada "ma destas d"as a(orda+ens envolve o se" pr.prio estilo característico de meditaç#omaham"dra so(re a nat"re*a da realidadeA Com a primeira ocali*amos na mente "e apreende avac"idade como se" o(jeto e vem a entender "e todas as aparHncias s#o o (rincar da"ela menteACom a 0ltima ocali*amos na vac"idade como o(jeto de co+niç#o especiicamente na vac"idadeda mente e che+amos a entender "e at2 a pr.pria mente existe meramente por virt"de do ato "eela pode ser simplesmente rot"lada como 5mente7A Com a primeira ent#o ocali*amos n"ma mente"e apreende "m certo o(jeto en"anto "e com a 0ltima n"m o(jeto apreendido por "ma certamenteA

Cada "ma das tradiçJes ti(etanas Ka+y" 'aya e el"+ transmite linha+ens de maham"draapresentadas na s"a pr.pria maneira de explicaç#o distintiva e com se" pr.prio estilo individ"al demeditaç#oA Todas derivam de ontes com"ns da %ndia transmitidas ao Ti(ete d"rante os inícios do

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s2c"lo Y%A Ka+y" e al+"mas escolas 'aya apresentam maham"dra em termos da insepara(ilidadeda aparHncia e da menteA el"+ apresentaa em termos de rot"lamento mental en"anto "e aso"tras escolas 'aya com(inam os dois vendo primeiro a relaç#o entre os o(jetos da mente e a

 pr.pria mente e depois entendendo a pr.pria nat"re*a da mente em termos de rot"lamento mentalAKa+y" e el"+ apresentam m2todos maham"dra envolvendo tanto os níveis +rosseiros da mentecomo os mais s"tis en"anto 'aya a(orda isto apenas do ponto de vista do nível mais s"tilA Ka+y"

explica dois estilos de prLtica maham"dra P "m para a"eles "e prosse+"em atrav2s de etapas+rad"ais e o"tro para a"eles a "em t"do acontece de "ma ve*A 'aya e el"+ descrevem vias de prLtica apenas para os primeirosA -aham"dra na tradiç#o el"+ 2 conhecida como el"+Ka+y" por"e "sa m2todos para reconhecer a nat"re*a convencional da mente semelhantes aos Ka+y" edepois "sa m2todos tipicamente el"+ para reconhecer a s"a nat"re*a mais pro"ndaA No im comoo !rimeiro !anchen Mama explica em 9m +e8to /aiz 'ara a +radi5ão elug(agyu de Ma&amudracada a(orda+em atin+e o mesmo entendimento e res"ltado intencionadosA Cada "ma leva com (asena pr.pria mente I eliminaç#o de toda a con"s#o e I reali*aç#o de todos os potenciais de modo a"e cada "m de n.s possamos ser do maior (eneício aos demaisA

's ;"atro 6erdadeiros $atos da 6ida

)e modo a compreender apreciar e se estivermos para isso inclinados inalmente praticar osm2todos maham"dra precisamos de os ver dentro do se" correto contextoA Comecemos por es(oçareste contexto (revemente em termos dos "atro verdadeiros atos da vida "e o 6"da compreende"e ensino" e "e todos os aryas o" seres altamente reali*ados P 5os no(res7 P vHem como verdadeAEles s#o +eralmente chamados as 5"atro verdades no(res7A

3ivendo na %ndia hL dois mil e "inhentos anos atrLs 6"da oi "ma pessoa "e se li(ero" de toda acon"s#o e assim torno"se capa* de "sar todos os se"s potenciais para o (eneício dos o"trosA6asicamente ele atin+i" este estado de il"minaç#o entendendo a realidade o" seja o "e 2 verdadena vidaA !rimeiro ele vi" a verdade do sorimentoA !or2m a orma "s"al de expressar este primeiroverdadeiro ato "e 5a vida 2 sorimento7 soa "m po"co ameaçador e pessimistaA N#o com"nicam"ito (em a intenç#oA )e ato ele vi" "e nin+"2m "e olhe verdadeiramente para a vida poderiane+ar "e ela 2 diícilA

 Nada na vida 2 LcilA N#o 2 Lcil viver em sociedade +anhar a vida o" s"portar "ma amíliaA T#oLrd"o "anto estes aspectos normais da vida possam ser tendemos a tornLlos ainda mais diíceisA!or exemplo icamos t#o nervosos a+itados e preoc"pados acerca de t"do "e n#o lidamos com astri("laçJes da vida t#o (em o" t#o +raciosamente como poderíamosA 'empre tensos tornamonosineli*es n#o s. a n.s mas a toda a +ente I nossa voltaA

6"da explico" "e a ca"sa mais pro"nda por"e a*emos a vida mais diícil do "e necessLrio 2 anossa alta de aperce(imento o" 5i+norância7A Este 2 o se+"ndo verdadeiro ato da vida P a

verdadeira ca"sa do sorimentoA 9 n#oaperce(imento pode ser acerca da ca"sa e eeitocomportamental o" da realidade e podemos n#o nos aperce(er deles simplesmente n#o sa(endodisso o" adicionalmente perce(endoos de maneira incorretaA \<preender\ trad"*ido +eralmentecomo \a+arrar\ si+niica reconhecer "m o(jeto de "ma certa maneiraA )ado "e apreender arealidade de "ma maneira incorreta 2 a ca"sa rai* das nossas diic"ldades na vida iremonos reerirao n#oaperce(imento neste contexto como \a con"s#o so(re a realidade\A

Estando con"sos acerca da realidade sentimonos nat"ralmente inse+"ros e icamos nervosos etensosA Tendemos a a*er +randes e pesadas provaçJes das coisas do dia a dia da nossa vida talcomo diri+ir para o tra(alho o" pUr os nossos ilhos na cama "e nos sentimos constantementeestressadosA ] claro precisamos oc"parmonos com a vida e tomar conta das nossasresponsa(ilidades mas n"nca hL necessidade al+"ma de nos incapacitarmos com preoc"paçJes

comp"lsivas e ansiedade cr.nicaA %sso apenas nos impede de lidar eetivamente com a vidaACertamente n#o cond"*em I elicidade e I pa* mentalA !ara pararasear 'hantideva mestre indianodo s2c"lo 3%%% 5'e hL al+o diícil na vida "e podemos m"dar para "H icarmos pert"r(adosZ

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-"demos simplesmente o "e precisa ser m"dadoA -as se n#o podemos a*er nada para "H icar pert"r(adoZ %sso n#o aj"daA7

"ando nos sentimos tensos acerca de "ma sit"aç#o especíica como "m en+arraamento detrânsito o" de maneira n#o.(via como "ando estamos de ma" h"mor tendemos a externalisar anossa tens#oA %sto n#o acontece apenas no modo de com"nicar e talve* de transmitir isto aos o"trosA< "m nível mais pro"ndo perce(emos mal a nossa tens#o como sendo al+o s.lido e a projetamosso(re todas as sit"açJes em "e nos encontramosA < nossa mente prod"* "ma aparHncia doen+arraamento de trânsito e at2 do ato "e tivemos "e levantarnos de manh# como se ossem"mas provaçJes s.lidas e monstr"osasA !rod"* "ma aparHncia delas como se as s"as pr.priasnat"re*as as i*essem verdadeiramente e intrinsecamente estressantes independentemente de "emas possa experienciarA <l2m da nossa mente a"tomLtica e inconscientemente prod"*ir aparHnciasdas coisas deste modo tam(2m podemos 5remoer7 so(re estas aparHncias com pensamentosm.r(idos incontrolavelmente recorrentes reorçando a nossa crença de "e estas aparHncias s#o averdadeira realidadeA 'entimonos t#o tensos e estressados com t"do "e a vida aparece como seosse "ma armadilha al+"res 5lL ora7 sentindonos irme e inexoravelmente amarrados no o se"cr"el apertoA

6"da explico" "e esta con"s#o acerca da realidade P o nosso ima+inar "e todas as coisas existemda maneira "e as nossas mentes prod"*em a aparHncia delas P 2 a ca"sa rai* dos nossos pro(lemasA)este modo os aspectos diíceis da nossa vida se tornam ainda mais diíceis para n.sA N#o nos

 parece "e a tens#o seja "ma mera experiHncia de "ma sit"aç#o mas "e 2 verdadeira eintrinsecamente parte da pr.pria sit"aç#oA 'e a sit"aç#o osse intrinsecamente prod"tora de estressen#o haveria maneira de evitar icarmos estressados por elaA Cont"do em(ora seja a experiHncia

 pessoal de "ma sit"aç#o o estresse s"r+e dependendo de m"itos atos pessoais e n#o 2 inevitLvelA <n#o ser "e entendamos isto (em condenamonos a "m estresse incessanteA

] certo "e 2 diícil viver n"ma cidade atolhada e se encontrar no meio do trânsito (ar"lho e pol"iç#o todos os dias sem alar serse vítima de possíveis crimesA Nin+"2m pode ne+ar istoA -as

"ando constr"ímos "ma ima+em mental concreta e ixa da cidade como sendo "m l"+ar tensohorrível temível 5lL ora7 impin+indo como "m monstro no coitadinho de mim a vítima 5a"identro7 tornamos a nossa vida ali ainda mais diícilA < cidade dentro da nossa ca(eça "e n.s

 projetamos so(re as r"as parece ainda mais s.lida e concreta do "e a verdadeira cidade eita decimentoA )este modo nossa crença "e a ima+em "e temos 2 a verdadeira realidade +era toda anossa tens#o e estresseA %neli*mente m"itas pessoas consideram n#o s. aonde elas moram mastoda a vida deste modoA

6"da ensino" "e n#o 2 inevitLvel "e n.s experienciemos síndromes dolorosos como esteA ] possível "e estes síndromes e s"as ca"sas aca(em n#o s. temporariamente mas de "ma ve* portodasA 9 verdadeiro aca(ar o" para+em e"ivalente I s"a remoç#o total 2 o terceiro verdadeiroato da vida P a verdadeira 5cessaç#o7 do sorimento e das s"as ca"sasA 'e eliminarmos arecorrHncia das ca"sas do sorimento experienciaremos deinitivamente a a"sHncia do sorimento"e teria s"r+ido como se" res"ltadoA 'em "ma ca"sa "m res"ltado n#o pode s"r+irA <l2m disso jL"e a ca"sa principal da recorrHncia dos nossos pro(lemas 2 a con"s#o com a "al ima+inamos "eas coisas existem realmente na maneira impossível em "e a nossa mente con"sa as a*en+anosamente parecer existir 2 possível eliminar a recorrHncia desta ca"saA %sto por"e a con"s#on#o pode ser veriicadaA 6aseada em antasia em ve* de ato ela n#o tem "ma "ndaç#o irme e n#oresiste "m exame detalhadoA !ortanto verdadeiros inais podem deinitivamente ocorrerA

!or2m a im de reali*armos "ma verdadeira para+em dos nossos pro(lemas e das s"as ca"sasdevemos ativamente a*er al+o por issoA 'e n#o devido ao orte hL(ito contin"aremosininitamente a tornar a nossa vida miserLvel P por exemplo +erando a tens#o o"tra e o"tra ve*A

)ado "e a ca"sa rai* do nosso sorimento 2 "m estado mental con"so precisamos de o s"(stit"ir permanentemente por "m estado n#ocon"so de modo "e n"nca mais vai s"r+irA Tais estadosmentais n#ocon"sos com os "ais vemos a realidade s#o o "arto verdadeiro ato da vida P

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verdadeiros caminhos interiores da mente o" verdadeiros \caminhos\A Cont"do n#o 2 s"icientemascararmos meramente o pro(lema do estresse por exemplo tomando "m tran"ili*ante o" "ma

 (e(idaA Temos de nos livrar o" \a(andonar\ a con"s#o com a "al acreditamos de al+"m modo"e a tens#o existe \lL ora\A Temos de s"(stit"ir a con"s#o com a compreens#o correta porexemplo com a compreens#o de "e a tens#o 2 "ma criaç#o da menteA

<s nossas attit"des mentais podem ser m"dadas m"ito mais acilmente do "e todo o resto dom"ndoA !araraseando 'hantideva "ma ve* mais dentro do contexto da s"a disc"ss#o so(re a

 paciHncia: \] impossível co(rir toda a s"perície Lspera do m"ndo com co"roA -as co(rindo a parte de(aixo dos nossos p2s com co"ro atin+imos o mesmo im\A !ortanto para nos li(ertarmosdos nossos pro(lemas da vida e para sermos do melhor (eneício aos o"tros 2 cr"cialcompreendermos a nat"re*a da realidade das aparHncias "e experienciamos e a*Hlo em termosdo se" relacionamento com a nossa menteA 9s ensinamentos de maham"dra apresentam m2todoseica*es e soisticados para se atin+ir este imA

9evando a %rio a NFs e +s Nossas 6idas

'e o primeiro ato verdadeiro 2 "e a vida em +eral n#o 2 Lcil certamente n#o podemos esperar

"e ver a nat"re*a da nossa mente serL simplesA < verdadeira nat"re*a da mente a "al"er níveln#o 2 m"ito .(viaA <t2 mesmo identiicar e reconhecer corretamente o "e 2 a mente 2extremamente diícilA -esmo para começarmos a tentar vHla precisamos de "ma orte motivaç#oA!recisamos estar claros so(re por"H +ostaríamos de ver a nat"re*a da nossa menteA )eixemnos

 (revemente rever a apresentaç#o ("dista dos estL+ios +rad"ais da motivaç#o atrav2s dos "ais pro+redimos para o(termos o melhor s"cesso neste empreendimentoA

< "ndaç#o para "al"er nível de motivaç#o espirit"al 2 levarmonos a n.s mesmos e I "alidadeda nossa vida a s2rioA < maioria das pessoas levantase de manh# e tHm de ir tra(alhar o" ir para aescola o" icar em casa e tomar conta da casa e dos ilhosA <o im do dia elas est#o cansadas etentam relaxar talve* (e(endo "ma cerveja e vendo televis#oA Event"almente v#o dormir e no dia

se+"inte levantamse e repetem a se"HnciaA !assam a s"a vida inteira tentando +anhar dinheiroc"idando da amília e tentando experienciar "al"er divertimento e pra*er "e possam terA

Em(ora a maioria das pessoas n#o possa alterar este ormato da s"a vida elas sentem "e tam(2mn#o podem m"dar a "alidade da s"a experiHncia deste ormatoA < vida tem os se"s altos mastam(2m tem m"itos (aixos e isto t"do 2 m"ito estressanteA 'entem "e s#o "ma parte min0sc"la de"ma estr"t"ra mecânica +i+antesca e s.lida acerca da "al n#o podem a*er nadaA <ssim vivem avida de "ma maneira mecânica passiva como "m passa+eiro n"ma montanha r"ssa "e corre sem

 parar indo para cima e para (aixo e sempre Is voltas s"pondo "e n#o s. a trilha como tam(2m atens#o experienciada ao circ"ndar nela s#o "ma parte inevitLvel do passeio "e deve semprerecorrerA

)ado "e tal experiHncia da nossa vida apesar dos se"s pra*eres pode ser m"ito deprimente 2vitalmente essencial a*ermos "al"er coisa acerca dissoA <penas (e(er at2 es"ecer todas asnoites o" proc"rando divertimentos e distraç#o constantes como ter m0sica o" a televis#o li+ada atoda a hora o" incessantemente jo+ar jo+os de comp"tador de modo a "e n"nca tenhamos de

 pensar so(re a nossa vida n#o vai eliminar o pro(lemaA N.s devemos levarnos a s2rioA %stosi+niica ter respeito por n.s como "m ser h"manoA N.s n#o somos apenas "ma peça de ma"inariao" "m passa+eiro incapa* na trilha ixa da vida "e Is ve*es 2 s"ave mas re"entemente cheia dediic"ldadesA !recisamos por conse+"inte de olhar mais perto para o "e n.s estamosexperienciando cada diaA E se virmos "e estamos estressados pela tens#o da nosso cidade casa o"escrit.rio n#o devemos aceitar isto como sendo al+o inevitLvelA

9s am(ientes aonde vivemos o tra(alho e nossa casa incl"indo as atit"des e o comportamento dos"e estao neles ornecem meramente as circ"nstâncias em "e n.s vivemos as nossas vidasACont"do a "alidade da nossa vida P o "e n.s pr.prios e n#o as o"tras pessoas estamos

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experienciando a+ora mesmo P 2 o res"ltado direto das nossas pr.prias atit"des e docomportamento "e elas +eram e n#o das o"tras pessoasA %sto ica claro pelo ato de "e nem todosno mesmo am(iente tem as mesmas experienciasA

<dmitese "e al+"ns am(ientes s#o mais diíceis do "e o"tros por exemplo viverse n"ma *onade +"erra e n.s devemos estar sempre alertas para evitar peri+os reaisA -as estarmos alertas 2dierente da tens#o e esta n#o precisa necessariamente acompanhar a anteriorA 'e cont"dosentirmos "e a nossa tens#o 2 inescapLvel nem se"er tentaremos s"perLlaA Condenamonos a"ma experiHncia extremamente desa+radLvel da vidaA N#o tem "e ser assimA

'e nos sentimos m"ito nervosos o tempo todo ent#o o primeira passo na direç#o de a*ermos al+o para remediar a sit"aç#o 2 levarmonos a n.s e I "alidade da nossa vida a s2rioA '"ponhamos "eestamos andando pela r"a e pisamos n"m inseto esma+andoo parcialmente mas sem o matartotalmenteA 'e contin"armos a andar i+norando a experiHncia do insecto de ter a s"a pernaesma+ada o" perdida a*emolo por"e n#o levamos o insecto nem a s"a vida a s2rioA N#o temosnenh"m respeito por eleA 'e n#o nos tratarmos melhor do "e a "m inseto i+norando as nossasdores e an+0stias mais pro"ndas isso 2 realmente lastimLvelA

Mevarmonos a s2rio si+niica vermos como estamos realmente experienciando a nossa vida e sevemos "e 2 insatisat.ria admitir "e 2 assimA < nossa tens#o e estresse n#o ir#o em(ora se asne+armos o" se evitarmos olhar para elas com honestidadeA E admitir "e al+o estL errado n#o 2 omesmo "e "eixarmonos so(re isso e sentirmos pena de n.s mesmosA Nem implica "e al+o estL"ndamentalmente errado conosco e "e somos "ma mL pessoa por"e estamos nervososA 'ermoso(jetivos em ve* de melodramLticos e permanecendo ne"tros sem j"l+ar 2 essencial para"al"er processo c"rativo e espirit"alA

#ireção %e"ra e Nat"re,a údica

"ando nos levamos a n.s e I "alidade da nossa vida a s2rio e admitimos as diic"ldades "e possamos estar experienciando a etapa se+"inte 2 termos a coniança de "e 418 2 possível s"perLlas 4>8 hL "ma maneira de o a*er e "e 4O8 somos capa*es de o conse+"irA %sto tra*nos aos t.picosdo re0+io e da nat"re*a (0dicaA

Tomar re0+io n#o 2 "m ato passivo de nos colocarmos nas m#os de "m poder s"perior "e arLt"do por n.s como a palavra in+lesa \re"+e\ possa implicarA ] "m processo ativo de pUr "madireç#o se+"ra de coniança e positiva na nossa vidaA Essa direç#o 2 indicada pelos 6"das pelo)harma e pela 'an+ha P as TrHs V.ias !reciosasA '#o preciosas no sentido "e s#o raras e valiosasACada "ma tem dois níveis de si+niicado P interpretLvel e deinitivo P e "ma representaç#o com"mA9 nível interpretLvel cond"* ao deinitivo en"anto "e a representaç#o serve como oco pararespeito sem ornecer "ma direç#o se+"ra real em si o" por siA

9s 6"das s#o a"eles "e eliminaram toda a s"a con"s#o para poderem "sar os se"s potenciaisinteiramente para o (eneicio dos demaisA <o nível deinitivo a direç#o se+"ra dos 6"das 2ornecida pelos se"s dharmaaya o" corpos "e t"do a(ran+em P nomeadamente a s"a consciHnciaonisciente e s"a nat"re*a as "ais t"do a(ran+emA 9 r"paaya o" o corpo de ormas "e os 6"dasmaniestam serve como o nível interpretLvel en"anto "e as estLt"as e as pint"ras de 6"da s#o arepresentaç#o da primeira j.ia preciosaA

<o nível deinitivo a onte de direç#o do )harma reerese I remoç#o completa o" I a"sHncia totalde o(stLc"los e I completa reali*aç#o de (oas "alidades "e os 6"das atin+iramA 'e" nívelinterpretLvel 2 "e eles indicam o "e nos aj"da a atin+ir o mesmo a sa(er as s"as declaraçJesescrit"rais e reali*açJesA Estas s#o representadas pelos textos de )harmaA

9 nível deinitivo da onte de direç#o da 'an+ha 2 a com"nidade interna dentro da mente dasremoçJes totais o" \cessaçJes\ dos o(stLc"los e das reali*açJes de "alidades (oasAEspeciicamente 2 a com"nidade de todos os aryas P os "e jL conse+"iram ver a realidade demaneira direta e n#oconcept"al P ao pro+redirem mais ao lon+o do caminho espirit"alA 'e" nível

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interpretLvel 2 a com"nidade dos aryas lei+a e monLstica com "ma pe"ena parte destasverdadeiras remoçJes e reali*açJesA < com"nidade +eral dos monLsticos 2 s"a representaç#oA

Em res"mo o nível deinitivo das TrHs V.ias !reciosas de 6"da )harma e 'an+ha apresenta oo(jetivo "e +ostaríamos de alcançarA 9 se" nível interpretativo indica a"ilo "e n.s acreditamosexternamente "e vai nos levar lLA -as tam(2m existem atores internos em "e precisamosconiarA Estes reeremse I nossa nat"re*a (0dicaA

'omos capa*es de eliminar os nossos pro(lemas e de alcançar as TrHs V.ias !reciosas deinitivas por"e todos temos a nat"re*a (0dica o" seja os vLrios atores o" materiais de tra(alho "etornam isso possívelA )e todos os nossos rec"rsos nat"rais o mais importante 2 menteA Todos temos"ma mente "e por s"a nat"re*a n#o k impedida por nada de experienciar o "e "er "e existaA

 N#o importa o "e aconteça P n#o o(stante "#o con"sos estressados o" ineli*es possamos estar Pexperienciamos t"do issoA <t2 a morte 2 al+o "e experienciamos "ando ocorreA !or conse+"intecomo temos "ma mente "e nos permite experienciar o "e "er "e exista temos o rec"rso (Lsico"e nos permite experienciar "ma a"sHncia total de con"s#o e "ma "tili*aç#o de todas as (oas"alidades possíveis para aj"dar os o"tros P contando "e tal a"sHncia e "tili*aç#o totais realmenteexistamA 9" seja se p"dermos esta(elecer "e 2 possível "e estas d"as coisas existam P e "e n#o

s#o apenas o(jetos de desejos a+radLveis por2m meras antasias P podemos estar coniantes "esomos capa*es de alcançLla simplesmente por"e temos "ma menteA

!odemos experienciar as coisas sem con"s#o e sem estarmos tensosA <t2 a pessoa mais pert"r(adae mais nervosa tem momentos de claridade e de serenidade P mesmo se apenas "ando estejadormindo em pa* e sonhando sonhos a+radLveis o" in.c"osA %sto demonstra "e a con"s#o e atens#o n#o s#o partes inte+rais da nat"re*a da menteA !or isso a con"s#o pode ser removidaA N#os. pode ser removida mas dado "e a con"s#o n#o pode ser validada e pode ser totalmentes"(stit"ída pela compreens#o "e pode ser veriicada a con"s#o pode ser eliminada para sempreA!ortanto 2 possível "e "ma a"sHncia total de con"s#o existaA <l2m disso como a con"s#o limita amente de "sar os se"s potenciais "ando a con"s#o or eliminada a "tili*aç#o de todos os

 potenciais tam(2m pode existirA !or conse+"inte como todos n.s temos "ma mente e todas asmentes tHm a mesma nat"re*a de poder experienciar o "e "er "e exista todos n.s podemosreali*ar e experienciar as TrHs V.ias !reciosas deinitivasA

<ssim se o nosso o(jetivo or a remoç#o da nossa con"s#o e a reali*aç#o dos nossos potenciaiscomo indicado pelos 6"das pelas s"as reali*aç#o se"s ensinamentos pelo "e eles ac"m"laram aolon+o do caminho e por a"eles "e nele est#o pro+redindo n.s estaremos viajando atrav2s da vidacom "ma direç#o se+"ra de coniança e positivaA < tomada de re0+io ent#o si+niica dar estadireç#o realística e se+"ra I nossa vidaA 'em ela a nossa prLtica de maham"dra n#o teria direç#oal+"ma e n#o nos levaria a lado nenh"m o" "m teria "ma direç#o doentia "e nos levaria a maiscon"s#o e pro(lemasA E mais "anto mais lon+e viajarmos nesta direç#o se+"ra atrav2s dosm2todos maham"dra P o" seja "anto mais entendermos a nat"re*a da mente e a s"a relaç#o Irealidade P mais coniantes nos tornamos da sensate* desta direç#o e da nossa capacidade dealcançar o se" o(jetivoA "anto mais orte a nossa coniança mais pro+redimos ao lon+o docaminhoA

Ca"sa e E(eito Comportamental

!ara prosse+"irmos na direç#o se+"ra de eliminar a nossa con"s#o e de reali*ar os nossos potenciais da mesma maneira "e os 6"das i*eram e "e a com"nidade altamente reali*ada estLa*endo precisamos compreender "e todas as experiHncias da vida s"r+em atrav2s de "mcomplexo processo de ca"sa e eeitoA 9 "e estamos experienciando neste momento res"lta deca"sas e irL prod"*ir eeitosA !or exemplo podemos ver "e estamos re"entemente ineli*es e "e

temos po"ca pa* mentalA %sto pode ser por"e na maioria das ve*es sentimonos nervosos eestressados e isto 2 por"e andamos constantemente de "m lado para o o"tro sem n"nca relaxarnem pararA !recisamos compreender "e se contin"armos a viver a nossa vida desta maneira iremos

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experienciar o mesmo nível o" pior de inelicidade e estresse no "t"roA !ortanto se "isermosevitar "m es+otamento nervoso tomamos a responsa(ilidade de modiicar o nosso comportamentoA] assim "e viajamos na vida com "ma direç#o se+"ra e positivaA !recisamos prestar mais atenç#oao nosso estado mental e tentar relaxarA !or exemplo tentando parar de correr constantemente etirando "ma hora por dia para nos sentar n"m (anho "ente e acalmarnosA

<ssim neste primeiro estL+io do nosso desenvolvimento o pavor "e a nossa sit"aç#o se torneainda pior motivanos a tentar compreender a nat"re*a da nossa menteA Mevandonos a s2riotentamos estar cada ve* mais cientes do nosso estado mental de modo a "ando estivermos tensosmodiicarmos o nosso comportamento a im de aetar o "e sentimosA ,a*emos isto por ca"sa danossa coniança nas leis da ca"sa e eeito comportamentalA !ara experienciar al+o melhor na vidasa(emos "e temos de criar as ca"sas para istoA

)enúncia

Em(ora tomar "m (anho "ente possa nos a*er sentir "m po"co melhor e a*er com "e a nossatens#o s"(sida "m po"co tam(2m isso na verdade n#o resolve o pro(lemaA No dia se+"interetornamos ao mesmo ritmo rântico e a nossa tens#o e inelicidade retornamA !recisamos pro+redir

a "m se+"ndo nível de motivaç#oA Temos de desenvolver a ren0nciaA

Como m"itas pessoas pensam da ren0ncia como sendo "ma coisa "m po"co maso"ista como sesi+niicasse a(andonar todo o pra*er e conorto na vida 2 importante compreendHla corretamenteA< ren0ncia tem dois aspectosA 9 primeiro 2 "ma orte determinaç#o de nos livrarmoscompletamente dos nossos pro(lemas e das s"as ca"sasA ] importante salientar a"i "e n#odesejamos simplesmente "e al+"ma o"tra pessoa nos livre mas "e estamos determinados a livrarnos por n.s mesmosA <l2m disso estamos determinados a livrarmonos n#o s. dos nossos

 pro(lemas como tam(2m das s"as ca"sas para "e eles n"nca mais retornemA %sso n#o si+niicaestar simplesmente dispostos a tomar al+"ma medida s"pericial como en+olir "m comprimido o"tomar "m (anho "ente para o(ter "m alívio provis.rioA Estamos dispostos a sondar m"ito

 pro"ndamente para desco(rir e desenrai*ar a ca"sa mais pro"nda das nossas diic"ldades na vidaA%nvesti+ar pro"ndamente para alcançar a verdadeira onte dos nossos pro(lemas re"er "maenorme cora+emA !or2m a orça dessa cora+em vem de estarmos completamente artos e enjoadosda po(re "alidade do "e estamos experienciando na vida P da nossa inelicidade e tens#oconstante por exemploA Com ren0ncia decidimos "e jL nos artamos disso "e temosdeinitivamente de nos li(ertar do se" apertoA

9 se+"ndo aspecto corresponde mais I noç#o ocidental de ren0nciaA Estamos n#o s. determinados anos li(ertar mas a im de o a*er estamos dispostos a sacriicar al+oA %sto n#o se reere a sacriicaral+o trivial como ver televis#o o" comer sorvetes nem a desistir de al+o nada trivial como a*eramor com a nossa esposa o" at2 do relaxamento e divertimentoA !recisamos a(andonar os nossos

 pro(lemas e todos os níveis das s"as ca"sasA!odemos estar dispostos a a(rir m#o do pro(lema por exemplo de ser ineli* por"e 2 dolorosoA-as a(rir m#o at2 dos primeiros níveis das ca"sas dos nossos pro(lemas 2 o"tra coisaA 9 primeironível da ca"sa dos nossos pro(lemas s#o os nossos traços a"todestr"tivos da personalidadeA Temosde estar prontos a sacriicLlosA !recisamos a(dicar os nossos ape+os raiva e+oísmo e neste casonosso nervosismo tens#o e preoc"paç#o constanteA 'e n#o estivermos totalmente dispostos aren"nciar a estes atores pert"r(adores "e est#o ca"sando os nossos pro(lemas n"nca nos

 poderemos livrar da nossa inelicidadeA ] m"ito mais diícil deixarmos de nos preoc"par do "edeixarmos de "mar o" de ver televis#oA -as 2 nisto "e ocali*amos "ando tentamos desenvolvera ren0nciaA

-"itas pessoas "e a(ordam a prLtica do ("dismo est#o dispostas a sacriicar "ma o" d"as horas dose" dia a im de a*er al+"ma prLtica rit"al o" de meditarA 9 tempo 2 relativamente Lcil de darmesmo "e as s"as vidas sejam m"ito oc"padasA -as n#o est#o dispostas a m"dar nada das s"as

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 personalidades P n#o est#o dispostas a ren"nciar nada do se" carLter ne+ativoA Com este tipo dea(orda+em ao ("dismo n#o o(stante "anta meditaç#o i*ermos a nossa prLtica permanece "mmero passatempo o" "m esporteA N#o toca nas nossas vidasA )e modo a s"perarmos realmente osnossos pro(lemas temos de estar dispostos a m"dar P o" seja a m"dar a nossa personalidadeA!recisamos ren"nciar e livrarnos dos se"s aspectos ne+ativos "e est#o nos ca"sando tantos

 pro(lemasA

%sto re"er ainda mais cora+em P "ma tremenda "antidade de cora+em P se+"ir em rente penetrando novo territ.rio na nossa vidaA -as a o(tenç#o dessa cora+em 2 deinitivamente possívelmesmo "e possa ser "m po"co ass"stadora no inícioA !or exemplo a L+"a n"ma piscina pode estarm"ito riaA -as se no ver#o estivermos com m"ito calor e transpirando ent#o como estamos t#oartos de nos sentirmos incomodados +anhamos a cora+em de mer+"lhar na L+"aA Estamosdispostos a desistir ren"nciar n#o s. I transpiraç#o como tam(2m I ca"sa do disconorto a sa(erestarmos no sol "ente e n#o na piscinaA "ando primeiro mer+"lhamos na piscina 2 claro "e estLriaA ] "m +rande cho"e para o nosso sistema mas depressa nos ha(it"amos I L+"aA )e atodesco(rimos "e 2 m"ito mais conortLvel do estarmos ao lado da piscina a transpirarA <ssim 2m"ito possível o(terse esta cora+em esta determinaç#o de nos livrarmos das nossas "alidades

ne+ativas e esta cora+em de estarmos dispostos a desistir delasATam(2m temos de ter a cora+em de examinar ainda mais apro"ndadamente a onte dos nossos

 pro(lemasA 'ermos nervosos tensos e preoc"pados por exemplo 2 tanto "ma ca"sa da inelicidadecomo tam(2m o res"ltado de al+o mais pro"ndoA Com o primeiro nível de motivaç#o modiicamoso nosso comportamento a im de evitar "e o nosso pro(lema pioreA Como medida inicial parared"*ir e aliviar o nosso estresse e tens#o tentamos deixar de correr de "m lado para o o"tro otempo todo e tentamos a*er al+o para relaxarA -as a+ora adicionalmente temos de desco(rir o

 processo interno "e estL por trLs da tens#oA

"ando investi+amos mais pro"ndamente reali*amos "e o correr de "m lado para o o"tro 2 ores"ltado da nossa tens#o o" a circ"nstância em "e a nossa tens#o se estL maniestandoA Cont"do

n#o 2 a ca"sa real da nossa tens#oA &L al+o acontecendo mais pro"ndo "e 2 responsLvel porestado mental "e temos ao correr de "m lado para o o"tro P estamos constantemente preoc"pados por exemploA -as temos tam(2m de revolver ainda mais pro"ndamente para desco(rir por"eandamos t#o preoc"pados e ansiososA

Eliminando A Con("são

< nat"re*a da realidade 2 "e os conte0dos da"ilo "e experienciamos tal como as visJes sons pensamentos e emoçJes s#o todos o(jetos "e s"r+em dependendo de "ma menteA Eles n#o existemindependentemente \lL ora\ separadamente do processo de "ma mente "e os estL experienciandoA9 trLe+o 2 completamente dierente da vis#o de trLe+o reletida na retina dos nossos olhos li+ada I

co+niç#o vis"alA 9 "e realmente experienciamos 2 esta a vis#o do trLe+o en"anto "e oanterior o proprio trLe+o 2 meramente o "e chamamos na anLlise ("dista a condiç#o ocal o"o(jetiva para a experiHncia do trLe+oA ] o "e a experiHncia tem como o(jetivo mas n#o o "eaparece realmente I mente "e o estL experienciandoA <l2m disso a nossa mente dL s"r+imento n#os. I aparHncia "e constit"i os conte0dos da nossa experiHncia mas tam(2m a "ma aparHncia de "mmodo de existHncia destes conte0dos "e normalmente n#o correspondem I realidadeA

 Normalmente ixamos a atenç#o nos conte0dos da nossa experiHncia e ima+inamos o" n#ocompreendemos "e eles existem independentemente de serem apenas o "e "ma mente a* s"r+irde "ma maneira o" o"tra como parte de "ma experiHnciaA ,ixados nestes conte0dos e ima+inando"e eles existem solidamente \lL ora\ P como parecem existir P tornamonos nervosos e

 preoc"pados com eles e isto 2 a onte da nossa tens#o e assim da nossa inelicidadeQ por"e se n.s

acreditarmos "e eles est#o realmente \lL ora\ n#o hL praticamente nada "e possamos a*eracerca delesA !or isso sentimonos incapa*es e desesperadosA

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Com os m2todos maham"dra desviamos a nossa atenç#o dos conte0dos da nossa experiHncia para o processo da pr.pria experiHncia e desse ponto de vista compreendemos a relaç#o entre a mente e arealidade "e experienciamosA %sto permitenos desconstr"ir a nossa experiHncia e os se"sconte0dos de serem s.lidos e ass"stadores a al+o mais l"ido e administrLvelA ,a*er este desvio de

 perspectiva re"er a orte ren0ncia da nossa ixaç#o m.r(ida nos conte0dos da nossa experiHncia eda maneira em "e os ima+inamos existirA <ssim n#o pode haver nenh"ma prLtica de maham"dra

sem o correto desenvolvimento da ren0nciaA

Compai0ão e "m Coração #edicado + od7ic7itta

!ara desenvolvermos o nível mais avançado de motivaç#o olhamos para o nosso nervosismo etens#o e como aetam ne+ativamente os o"tros por exemplo os nossos ilhos e ami+osA 9 nossoestado mental pert"r(ado n#o s. nos impede de os poder aj"dar eica*mente mas a* com "e elestam(2m se sintam nervosos e tensosA '. seremos capa*es de os aj"dar mais eica*mente ses"perarmos toda a nossa con"s#o e reali*armos todos os nossos potenciaisA 9" seja para aj"daloscompletamente n.s mesmos temos de nos transormar n"m 6"da il"minadoA )esta maneiraatrav2s do nosso interesse pelos o"tros desenvolvemos "m coraç#o dedicado I (odhichitta P "m

coraç#o "e estL determinado a atin+ir a il"minaç#o a im de (eneiciar a todosA< s"peraç#o da con"s#o e a reali*aç#o dos potenciais re"erem a vis#o da nat"re*a da menteA <mente 2 tanto a (ase para toda a con"s#o como tam(2m a "ndaç#o para todas as (oas "alidadesA<ssim com "m coraç#o dedicado I (odhichitta como motivaç#o o nosso interesse pelos o"tros a*nos sentir "e temos mesmo de s"perar todos os nossos pro(lemas e limitaçJes por exemplo a

 preoc"paç#o e a tens#o cronicas e de reali*ar todos os nossos potenciais por interm2dio da vis#o danat"re*a da menteA N#o temos o"tra alternativaA !recisamos a*er isto "r+entemente por"e se n#on#o a+"entamos a nossa incapacidadede de ser de (eneício a todos incl"indo a n.s pr.priosA

6odhichitta 2 n#o s. a motivaç#o mais orte "e ornece a maior orça para a prLtica de maham"dramas c"ltivandoa como nosso estado mental aj"da ainda de o"tras maneiras a melhorar esta prLticaA

Tecnicamente (odhichitta 2 "m coraç#o o" "ma mente tomando a il"minaç#o como se" o(jeto eacompanhada por d"as ortes intençJes P alcançar essa il"minaç#o e (eneiciar todos os seres pormeio dessa reali*aç#oA !or2m a menos "e sejamos 6"das n#o podemos possivelmente o "esi+niica a il"minaç#o de maneira direta e n#oconcept"alA !odemos apenas ocar na il"minaç#o pormeio de "ma ideia dela o" de al+o "e a representa tal como a ima+em vis"ali*ada de "m 6"daA

Cont"do antes de n.s pr.prios sermos "m 6"da podemos ocali*ar em e conhecer diretamente en#oconcept"almente a nossa nat"re*a (0dica a sa(er os atores "e nos permitem alcançar ail"minaç#o P especiicamente a nat"re*a da nossa menteA < nat"re*a da mente n#o 2 manchada por"ais"er emoçJes pert"r(adoras pela con"s#o o" at2 pelos se"s instintos e 2 a "ndaç#o de todasas (oas "alidades para aj"dar os o"tros tal como a consciHncia onisciHnte e o interesse total pelos

o"trosA <ssim a nat"re*a da mente tam(2m pode servir como "ma representaç#o da il"minaç#o para ins meditativosA

Ent#o ocali*ando na nat"re*a da nossa mente com a orte intenç#o de a compreender e de (eneiciar todos os seres atrav2s dessa compreens#o pode servir como "ma maneira de meditarso(re (odhichittaA Tal prLtica 2 conhecida como o c"ltivo do 0ltimo o" mais pro"ndo nível de

 (odhichitta en"anto "e a ocali*aç#o concept"al na pr.pria il"minaç#o atrav2s de "al"er o"traima+em 2 a prLtica de (odhichitta relativa o" convencionalA <ssim o nível mais pro"ndo da prLticade (odhichitta 2 de ato a prLtica de maham"draA

9 interesse pela elicidade dos o"tros e a compaix#o para "e se livrem do se" sorimento s#onecessLrias n#o s. como (ase da motivaç#o (odhichitta para a prLtica de maham"dra mas tam(2m

 para manter essa prLtica no c"rso correto para o se" pretendido o(jetivoA "ando tivermos m"dadoo nosso oco na vida dos conte0dos da nossa experiHncia para o processo da experiHncia hL "m+rande peri+o de icarmos ixados na pr.pria mente por"e a experiHncia direta da pr.pria mente 2

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totalmente (emavent"rada P no sentido de calma e serenidade P e envolve "ma claridade e "masimplicidade extraordinLriasA 9 interesse pelos o"tros 2 "ma das orças mais ortes para nos tra*erde volta para I terra depois de termos estado nas n"vensA Em(ora todas as aparHncias existam em"nç#o da mente os o"tros seres n#o existem apenas na nossa ca(eçaA 9 se" sorimento 2 real e d.ilhes tanto "anto o nosso nos d.iA

<l2m disso termos interesse por al+"2m n#o si+niica estarmos descontroladamente preoc"padoscom essa pessoaA !or exemplo se estivermos ixados nos pro(lemas "e o nosso ilho tem naescola deixamos de ver "e a aparHncia dos pro(lemas "e a nossa mente a* s"r+ir 2 "ma "nç#oda menteA <creditando "e a aparHncia 2 a realidade s.lida \ lL ora\ sentimos "ma ve* mais "en#o hL nada a a*er e assim tornamonos extremamente ansiosos e tensosA !reoc"pamonos ao

 ponto de icarmos doentes e rea+imos demais ao nosso ilho o "e n#o aj"daA 'e em ve* dissoocali*armos no processo da mente "e ca"sa a nossa percepç#o do pro(lema como se existissecomo "m monstro horrível \lL ora\ n#o vamos eliminar o interesse pelo nosso ilho mas apenas anossa preoc"paç#oA %sto permite "e tomemos "al"er aç#o clara e calma necessLria para aliviar o

 pro(lemaA <ssim n#o s. a compaix#o 2 necessLria para a prLtica (em s"cedida de maham"dra masa compreens#o maham"dra 2 necessLria para a prLtica (em s"cedida da compaix#oA

5 As Práticas Preliminares

)econ7ecendo os Nossos lo/"eios Mentais

9s ensinamentos maham"dra tam(2m salientam a importância e a necessidade de extensas prLticas preliminaresA 9 prop.sito de tais prLticas de por exemplo a*erse centenas de milhares de prostraçJes 2 o de p"riicar os níveis mais +rosseiros dos o(stLc"los e ac"m"lar orça positiva demodo a "e a nossa meditaç#o maham"dra seja mais eica* para nos levar I il"minaç#oA Nestecontexto \o(stLc"los\ n#o se reere a pro(lemas economicos sociais o" o"tros pro(lemas externosmas a diic"ldades dentro de n.sA < orça positiva trad"*ida +eralmente como \potencial positivo\

o" \m2rito\ reerese a "m estado interno positivo "e res"lta de açJes constr"tivas o" \virt"osas\do corpo ala mente e coraç#oA

!ara apreciar como este processo de p"riicaç#o tra(alha para podermos empreendHlo da maneiramais eica* 2 essencial compreender o "e s#o o(stLc"los internosA 'hantideva escreve": \'emesta(elecer contato com o o(jeto a ser re"tado vocH n#o pode o(ter "ma compreens#o da s"are"taç#o\A N#o 2 possível eliminarmos os o(stLc"los mentais e emocionais ao nosso s"cessoespirit"al a n#o ser "e sai(amos o "e eles s#oA

!odemos compreender estes o(stLc"los em m"itos níveisA &L o(stLc"los "e impedem a li(eraç#o eo"tros "e impedem a onisciHnciaA 9s primeiros reeremse Is emoçJes e atit"des pert"r(adoras Is\aliçJes\ como o or+"lho e a con"s#o teimosa en"anto "e os 0ltimos reeremse aos instintos

dessa con"s#oA <s prLticas preliminares aj"damnos a p"riicar os níveis mais +rosseiros doso(stLc"los "e impedem a li(eraç#oA <s prostraçJes por exemplo aj"dam a enra"ecer o nossoor+"lhoA !or2m dentro do contexto de maham"dra talve* possamos compreender melhor oso(stLc"los como sendo (lo"eios mentaisA )eixemme desenvolver este tema examinando "ma ve*mais o mecanismo da tens#oA

'e estivermos constantemente tensos "m dos principais (lo"eios mentais "e ca"sa isso 2 a nossaixaç#o nos conte0dos do "e estamos at"almente experienciandoA !or exemplo estamos

 preenchendo nosso orm"lLrios para pa+amento de impostos P "ma tarea "e detestamosA !or"e adetestamos tanto ixamonos mor(idamente e icamos o(secados em cada linha do orm"lLriosentindonos cada ve* mais tensos e nervososA -entalmente começamo a "eixarnos a sentir pena

de n.s mesmos a d"vidar da nossa capacidade de exec"tar a tarea a preoc"pamonos so(re sevamos ser capa*es de terminar desejando "e n#o tivessemos de a*er isto e antasiamos so(re nosdivertir o"tra coisa em ve* distoA )istraímonos com "m ci+arro "m snac o" "ma chamada de

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teleoneA ] como se estes orm"lLrios ossem "m terreno de areia movediça arrastandonos para o"ndoA Essa atit"de impedenos severamente de terminar de preenchelosA )o mesmo modo nosincapacitamos atrav2s de "m mecanismo semelhante "ando nos ixamos mor(idamente comtens#o e preoc"paç#o nos conte0dos de "ma experiHncia o" de "ma experiHncia "t"ra "eantecipemos com pavorA

< vida cont"do 2 "m processo "e contin"a de "m momento ao se+"inte sem n"nca a*er "ma pa"saA Cada momento da vida 2 o momento se+"inte da experiHncia e cada experiHncia tem os se"s pr.prios conte0dosA &L sempre al+o dierente "e estamos experienciando a cada momentoA < vidasempre contin"a em(ora ineli*mente m"itas ve*es si+niica ter "e a*er coisas "e n.s n#o+ostamos de a*erA 9 primeiro verdadeiro ato ainal 2 "e a vida 2 diícilA

Cont"do "ando estamos tensos icamos parados no aspecto do conte0do de "m momento partic"lar da nossa experiHnciaA ] como se tiv2ssemos con+elado "m momento de tempo e n#oconse+"íssemos ir avante / sair deleA Estamos encrencados no conte0do do "e estamos a*endo o"antecipando a*er em ve* de simplesmente desempenharmos a tarea e aca(armos com elaA Estaixaç#o "nciona como "m severo (lo"eio mental P "m o(stLc"lo "e nos impede de a*ereica*mente seja o "e or m"ito menos li(ertarmonos de todo o sorimentoA

< minha alecida m#e $ose tinha "m conselho m"ito sL(io e 0tilA Ela cost"mava sempre di*er:\a* as coisas direitas para cima e para (aixo e n#o para os ladosb 9 "e "er "e tenhas de a*era* e termina de a*er\A <ssim se tivermos de lavar os pratos o" lever o lixo para a r"a açam o "etHm a a*er direito para cima e para (aixo e aca(em a tareaA 'e na nossa mente i*ermos disso"m +rande drama vamos tam(2m experienciLlo como "m +rande dramaA

,icarmos presos e +r"dados nos conte0dos das experiHncias da nossa vida diLria de tal modo "enos sentimos tensos e "eixamonos al2m de icarmos irritados 2 "m (lo"eio mental s2rioA ] "mo(stLc"lo "e nos impede de ver o contín"o processo da nat"re*a da nossa menteA Como 2 essencialvermos esse processo a im de s"perarmos a con"s#o so(re a realidade "e cria os nossos

 pro(lemas e nossa incapacidade de aj"dar os o"tros eica*mente precisamos remover esses

o(stLc"losA <s prLticas preliminares tais como a repetiç#o de cem mil o" mais prostraçJes s#o planejadas para enra"ecer e assim começar a eliminar estes (lo"eiosA

Prostraç.es

,a*er prostraçJes n#o 2 "ma p"niç#o o" arrependimento n#o 2 nenh"ma coisa horrível "e temosde a*er e aca(ar rapidamente de modo a contin"ar indo para as partes (oasA 6"da n#o 2 como "m

 pai dominador insistindo "e temos de a*er os nossos deveres antes de podermos jo+ar "al"er jo+oA <o inv2s a*er prostraçJes aj"danos a aro"xar o (lo"eio mental de estarmos +r"dados nosconte0dos da nossa experiHnciaA N.s simplesmente a*emos as prostraçJes \como deve ser paracima e para (aixo\ como $ose 6er*in diriaA %sto n#o si+niica "e as a*emos mecanicamente mas

sim diretamenteA ,a*emos o "e temos a a*er sem maisA Nat"ralmente acompanhamos as nossas prostraçJes com a motivaç#o correta vis"ali*aç#o erecitaç#o de "ma das .rm"las de re0+io o" de "m texto c"rto 0til para p"riicar tal como A

 Admissão das uedasA ,a*endo assim deixa po"co espaço na nossa mente para "eixas sentir penade n.s mesmos o" preoc"parmonos com o ato de conse+"ir completar as cem milA -as at2meramente a*er as prostraçJes por si pode amiliari*arnos com a a(orda+em I vida de a*er ascoisas diretamente acima e a(aixo sem nos sentirmos tensosA %sto aj"danos a p"riicar at2 "mcerto ponto al+"ns dos nossos (lo"eios o" o(stLc"los mentais e a ac"m"lar mais orça positiva

 para sermos capa*es de realmente ver diretamente a nat"re*a da menteA

Prática de 6arasattva;ma o"tra prLtica preliminar importante 2 a recitaç#o cem mil ve*es o" mais do mantra de cemsíla(as de 3ajrasattva para a p"riicaç#o da orça ne+ativa "e ac"m"lamos das açJes destr"tivas

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o" \n#ovirt"osas\ previamente cometidasA <companhamos a nossa recitaç#o com "ma honestaadmiss#o destas açJes ne+ativas e o reconhecimento "e tHlas cometido oi "m erroA 'entimosremorso mas n#o nos c"lpamosQ oerecemos a nossa promessa de tentar n#o cometHlas de novoQreairmamos a nossa direç#o se+"ra do re0+io e o nosso compromisso de alcançar a il"minaç#o

 para podermos (eneiciar a todosQ e ima+inamos +raicamente "ma p"riicaç#o ocorrendo com "macomplexa vis"ali*aç#o en"anto repetimos o mantraA

9 estado mental com "e nos en+ajamos nesta preliminar ent#o 2 o mesmo com "e a*emos as prostraçJes recitando A Admissão das uedasA )esta maneira a prLtica de 3ajrasattva p"riicanosdas orças ne+ativas as "ais como o(stLc"los cLrmicos iriam amad"recer na nossa experiHncia deinelicidade o" de sit"açJes desa+radLveis "e impediriam respectivamente a nossa li(eraç#o o"capacidade total de aj"dar os o"trosA !or2m al2m do se" (eneício "s"al esta prLtica serve tam(2mcomo "ma excelente preliminar especiicamente para a meditaç#o maham"draA

;ma das maneiras em "e experienciamos termos ac"m"lado orça ne+ativa 2 sentindonosc"lpadosA '"ponhamos "e tolamente diss2mos palavras Lsperas ao nosso chee n"mademonstraç#o de irritaç#o momentânea "e H* com "e perdHssemos o nosso empre+o e podeca"sarnos diic"ldades de arranjar o"tro empre+o no "t"roA 'e icarmos +r"dados nos conte0dos

dessa experiHncia n.s solidiicamos o acontecimento na nossa menteA N.s o con+elamos no tempoe depois o recordamos o tempo todo identiicandonos completamente com o "e i*emos nessemomento e j"l+andonos como sendo est0pidos sem valor e ma"sA Esta c"lpa clLssica 2 +eralmenteacompanhada por "m sentimento de estresse e ansiedade e m"ita preoc"paç#o com o "e a*era+oraA En"anto n#o lar+armos o nosso orte a+arramento aos conte0dos dessa experiHncia seremosincapa*es de a+ir claramente e com a"toconiança para remediar a sit"aç#o arranjando "m novoempre+oA

< vis"ali*aç#o de orma +rLica das nossas ne+atividades nos deixando en"anto recitamos omantra de cemsíla(as de 3ajrasattva com "m estado mental correto aj"danos a lar+ar a nossaixaç#o pelos conte0dos da nossa experiHncia passada de termos a+ido destr"tivamenteA !or

conse+"inte aj"danos a a(andonar a nossa c"lpaA %sto aj"da a treinarnos a a(andonar a nossaixaç#o nos conte0dos de cada momento da nossa experiHncia "e 2 a essHncia dos níveis iniciaisda prLtica maham"draA )esta maneira 3ajrasattva serve como "ma preliminar excelente paramaham"draA

4"r"-Doa

9"tra preliminar sempre salientada como "m m2todo para +anhar inspiraç#o o" \(enç#os\ 2 o+"r"yo+aA ] (em Lcil praticar +"r"yo+a a "m nível s"pericialA 3is"ali*amos perante n.s o nosso

 proessor espirit"al +"r" o" lama na aparHncia do 6"da 'hayam"ni o" de "ma i+"ra (0dica talcomo <valoiteshvara o" de "m mestre da linha+em tal como Tson+hapa o" KarmapaA )epois

ima+inamos l"*es de trHs cores emanando desta i+"ra para n.s en"anto recitamos cem mil ve*eso" mais "m mantra o" verso ade"ado a*emos pedidos ervorosos para inspiraç#o para sermoscapa*es de ver a nat"re*a da nossa menteA No entanto ao nível mais pro"ndo 2 m"ito diícil decompreender o "e estamos realmente tentando a*er d"rante e por meio de tal prLticaA 9 "eestamos tentando c"ltivar a "m nível psicol.+icoZ < resposta anda I volta de "m dos aspectos maisdiíceis dos ensinamentos ("distas P a relaç#o correta com "m proessor espirit"alA

Em "ase todos os textos maham"dra n.s lemos al+o do estilo: \Como preliminar essencial para a prLtica de maham"dra açam +"r"yo+a dili+entementeA %ma+inem "e os vossos corpos ala emente se tornam se "m com os do vosso +"r"A ,açam ervorosos pedidos de inspiraç#o para seremcapa*es de ver a nat"re*a da vossa mente\A Na primeira leit"ra "ase "e parece como se t"do "e

 precisamos 2 a*er essa vis"ali*aç#o e esses pedidos e depois viveremos eli*es para sempre como

n"m conto de adasA N.s rece(eremos a inspiraç#o "e como mL+ica a+irL como a 0nica ca"sa para a nossa o(tencao de reali*aç#o independentemente de termos de a*er "al"er o"tra coisaA-esmo na escola do ("dismo japonHs de Vodo 'hinsh" em "e n.s coniamos "nicamente no poder

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de <mita(ha para alcançar a li(eraç#o e a il"minaç#o n.s compreendemos implicitamente destaorm"laç#o do caminho espirit"al "e devemos parar todos os esorços (aseados no e+o o "edepende de termos compreendido a nat"re*a mais pro"nda de \mim\ e da menteA <ssim 2 .(vio"e temos de ir al2m do nível s"pericial de re*ar ao nosso +"r" pedindo inspiraç#o para vermos anat"re*a da nossa mente sem a*er mais nada sentindo "e se tivermos (astante 2 e ormosverdadeiramente sinceros o nosso desejo serL concedidoA )e repente como se tiv2ssemos sido

tocados na ca(eça com a varinha mL+ica de "m mL+ico n.s veremos e reconheceremos a nat"re*ada nossa menteA

< mente tem "ma nat"re*a com dois níveisA '"a nat"re*a convencional 2 mera claridade eaperce(imentoA ] o "e permite o s"r+imento de "al"er coisa como "m o(jeto de co+niç#o e "eseja conhecidoA '"a nat"re*a mais pro"nda o" \0ltima\ 2 "e 2 va*ia de existir de maneirasantasiadas e impossíveis como s"r+ir independentemente das aparHncias "e cria como sendo oso(jetos "e conheceA "r"yo+a 2 "ma aj"da pro"nda em(ora n#o mística para ver am(osA)eixemnos examinar o mecanismo de cada "mA

"ando praticamos +"r"yo+a pedimos inspiraç#o ao nosso +"r" e depois dissolvemos "ma r2plicado nosso +"r" para dentro de n.sA "anto mais orte e ervorosa or a nossa consideraç#o e respeito

 por ele o" ela mais experienciaremos "m estado mental (emavent"rado e vi(rante comoconse"Hncia deste processoA 'e a nossa 2 estiver mist"rada com ape+o o estado mental "eo(temos 2 "m de mero excitaç#o P con"ndido distraído e n#o m"ito claroA -as se a nossaervorosa consideraç#o e respeito orem (aseadas na ra*#o este estado mental (emavent"rado evi(rante estarL "ndado n"ma crença conianteA 'endo emocionalmente estLvel 2 extremamentecond"cente a "tili*ar tanto a mente "e vH a s"a pr.pria nat"re*a convencional como a mente "etem esta nat"re*a so(re a "al ocali*arA

!ara compreender como o processo de +"r"yo+a e de pedir inspiraç#o "nciona para acilitar anossa vis#o da nat"re*a mais pro"nda da mente precisamos compreender como a vis#o do nosso+"r" como "m 6"da encaixa dentro do contexto dos ensinamentos so(re a vac"idade e o

s"r+imento dependenteA 3ac"idade si+niica "ma a"sHncia P "ma a"sHncia de maneiras impossíveisde existirA "ando ima+inamos "e "m +"r" existe por examplo como "m 6"daindependentemente do se" pr.prio lado n.s estamos projetando "ma maneira impossível de existirnesse proessorA Esse modo de existHncia n#o reere a "al"er coisa real por"e nin+"2m existecomo \isto\ o" \a"ilo\ o" como "al"er coisa do se" pr.prio ladoA <l+"2m existe como "mmentor espirit"al "m 6"da o" am(os somente em relaç#o a "m discíp"loA ;m \proessor\ s"r+edependente n#o s. de "ma mente na "al al+"2m aparece como "m proessor e n#o s. da"ilo a "ea palavra o" r.t"lo mental \proessor\ se reere como tam(2m da existHncia de est"dantesA

9 papel de \proessor\ n#o pode existir independentemente da "nç#o de ensinarA ] deinido deato como al+"2m "e ensinaA < "nç#o de ensinar n#o poderia possivelmente existir se aaprendi*a+em o" os est"dantes n#o existisseA <ssim nin+"2m poderia ser "m proessor se n#oho"vessem est"dantesA 9" seja nin+"2m P nem mesmo o 6"da 'hayam"ni Tson+hapaKarmapa e nem mesmo o nosso +"r" pessoal P poderia existir como mentor espirit"al se n#oexistisse tam(2m al+"2m como est"danteA -esmo se al+"2m n#o estiver ensinando neste momentonem tiver nenh"m est"dante a+ora mesmo essa pessoa s. poderia existir como proessor se ele o"ela tivesse eito o c"rso de proessor o "e poderia acontecer apenas se ho"vessem est"dantes no"niversoA <l2m disso al+"2m estL "ncionando como proessor apenas "ando est2 realmenteensinando e isso s. pode acontecer em relaç#o a "m est"danteA

< mesma linha de raciocínio aplicase I existHncia de ori+em interdependente de 6"das e dos seressencientesA 'eres sencientes s#o a"eles com consciHncia limitada en"anto "e os 6"das s#oa"eles com a maxima capacidade de aj"dalosA Nin+"2m poderia ser "m 6"da se os seres

sencientes n#o existissemA ] por isto "e se di* "e a (ondade dos seres sencientes 2 m"itíssimomaior do "e a (ondade dos 6"das em capacitarnos de alcançar a il"minaç#oA

)ado "e os +"r"s e os 6"das n#o existem independentemente dos discíp"los o" est"dantes se+"e

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se "e nem os proessores nem os discíp"los existem como entidades totalmente independentescomo dois postos s.lidos e concretos cada "m deles existindo por si pr.prio mesmo se o o"tron"nca tivesse existidoA !odemos por conse+"inte lo+icamente concl"ir "e 2 "ma antasia ima+inar"e "m +"r" pode prod"*ir "m eeito n"m discíp"lo como se osse al+"2m s.lido \lL ora\transmitindo "m eeito s.lido como lançar "ma (ola a al+"2m s.lido \cL dentro\ o" seja \e"\AEeitos tais como o(ter a compreens#o da nat"re*a da mente s. podem s"r+ir dependendo n#o s.

de "m esorço com"m de "m +"ia espirit"al e de "m discíp"lo mas de m"itos o"tros atorestam(2mA Como 6"da explico" \"m (alde n#o 2 enchido com L+"a pela primeira nem pela 0ltima+ota de L+"aA ] enchido por "ma coleç#o de "m n0mero enorme de +otas\A

< compreens#o da nat"re*a convencional e da nat"re*a mais pro"nda da mente 2 o res"ltado de "mlon+o e Lrd"o processo d"rante vidas incontLveis de ac"m"laç#o e de limpe*a 4colecionar e

 p"riicar8A 9 primeiro reerese a ortalecer as d"as redes constr"toras de il"minaç#o: de orça positiva 4o" de potencial positivo8 e de consciHncia pro"nda P as \d"as coleçJes de m2rito esa(edoria\Q en"anto "e o 0ltimo si+niica p"riicarmonos da orça ne+ativa 4o" do potencialne+ativo8 e dos o(stLc"losA <l2m disso temos de o"vir ensinamentos corretos so(re os doisverdadeiros níveis da nat"re*a da mente P convencional e mais pro"nda P reletir neles at2

o(termos "m nível "ncional (Lsico de compreens#o e depois meditar neles correta eintensivamenteA !raticando desta maneira ac"m"lamos as ca"sas para o(termos compreens#o ereali*açJesA < inspiraç#o do nosso +"r" n#o pode s"(stit"ir este processoA

 No entanto a inspiraç#o "e vem de "m mentor espirit"al 2 o meio mais eica* para a*er com "eas sementes do potencial para a compreens#o"e ac"m"lamos atrav2s destes m2todos amad"reçammais depressa para prod"*ir os se"s res"ltados mais rapidamenteA < inspiraç#o em(ora sendo "macirc"nstância para o amad"recimento de ca"sas n#o pode prod"*ir "ais"er res"ltados por si sen#o ho"verem ca"sas o" se estas orem ins"icientes para "e amad"reçamA < inspiraç#o o" as\(enç#os\ de "m +"r" de "m "ndador da linha+em o" at2 do pr.prio 'hayam"ni n#o podem"ncionar ma+icamente para nos levar I compreens#o e I il"minaç#oA !or conse+"inte n#o nosdevemos il"dir pensando "e podemos evitar o tra(alho Lrd"o de s"perar os nossos pro(lemas para

sermos capa*es de o(ter a pro"nda eterna elicidade e a capacidade de sermos do maior (eneícioaos o"trosA < inspiraç#o pode deinitivamente aj"darnos a alcançar mais rapidamente os eeitos dosnossos esorços P e 2 extensamente elo+iada como o meio mais eica* para isto P mas n"nca podes"(stit"ir o esorço s"stentado so(re m"itas vidas para ac"m"lar as ca"sas para esses eeitosA

Em res"mo para "e "m discíp"lo o(tenha inspiraç#o e depois reali*e a nat"re*a da mente 2cr"cial "e n#o s. ele o" ela mas tam(2m o proessor compreendam como cada "m deles existe ecomo o processo de ca"sa e eeito s. pode "ncionar com (ase na vac"idade P a a"sHncia demaneiras impossíveis de existirA 'e "m deles o" am(os acreditarem "e ele o" ela e o o"tro existemindependentemente e concretamente como postes de cimento "e a inspiraç#o e a compreens#oexistem como "ma (ola d"ra e "e o processo de ca"sa e eeito de o(ter inspiraç#o e compreens#o

tra(alham como o lançamento dessa (ola de "m poste ao o"tro ent#o n#o importa "#o hL(il omentor espirit"al possa ser e "#o receptivo e sincero o discíp"lo possa ser o eeito serL (lo"eadoA'e acreditarmos "e o "e experienciamos em relaç#o ao nosso +"r" mesmo como "m 6"da existeal+"res concretamente \lL ora\ e n#o s"r+e dependendo de m"itos atores P incl"indo a nossamente P como poderia ele o" ela transmitirnos inspiraç#o o" compreens#o da nat"re*a da nossamente mesmo se pedíssemos isso com total sinceridade e motivaç#o corretaZ

' )elacionamento com "m Pro(essor Espirit"al

!ara compreendermos o +"r"yo+a mais claramente precisamos examinar mais pro"ndamente ot.pico da \devoç#o ao +"r"\A < im de evitar "ma possível mL interpretaç#o vamos trad"*ir o termo

t2cnico como \"m compromisso de todo coraç#o a "m proessor espirit"al\ o" seja o compromissode considerar esta pessoa como "m 6"daA ,a*er este compromisso n#o 2 lidar com a "est#o de se onosso mentor espirit"al existe \lL ora\ como "m 6"da o" n#oA <inal s. podemos alar do nosso

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 proessor em termos da nossa experiHncia dele o" delaA < maneira em "e "m mentor espirit"alexiste s. pode ser orm"lada em termos da menteA !or conse+"inte estamos cometendonos aconsiderar a nossa e8'eri>ncia do nosso proessor como a e8'eri>ncia de "m 6"daA

Ent#o este relacionamento com "m proessor espirit"al como sendo "m 6"da 2 "ndamentalmente"m contrato m"ito pessoalA ,alando do ponto de vista de "m discíp"lo o nosso contrato com essa

 pessoa seria: \N#o me interessa d"rante este estL+io da minha prLtica como 2 "e vocH +era eexperiencia a s"a motivaç#o para o "e vocH estL a*endoA E" "ero ser capa* de aj"dar os o"trost#o plenamente "anto possível e alcançar o estado de "m 6"da de modo a ter mais capacidade de

 prod"*ir esse (eneícioA !ortanto tendonos examinado a vocH e a mim com m"ito c"idado etendo visto "e n.s dois estamos prontos para entrar neste tipo de relacionamento e" a+ora

 pretendo considerar a minha experiHncia do "e "er "e vocH di+a o" aça como "m ensinamento pessoalA %rei experienciar as s"as açJes e palavras como motivadas "nicamente pelo desejo de meaj"dar a desenvolver de modo a "e e" possa s"perar os me"s pro(lemas e alhas e ser de maior

 (eneício para os demaisA Cada pensamento palavra e aç#o de "m 6"da (eneicia os o"tros o" seja2 al+"2m "e estL sempre ensinandoA <ssim vo" considerar vocH como me ensinando o tempo todoA

\Nem o nosso relacionamento nem o (eneício "e e" posso derivar dele existem como al+o vindo

s. do se" lado o" como "ma entidade s.lida como "ma corda amarrada entre n.sA 9 nossorelacionamento existe apenas em termos da s"a experiHncia em nossa mente a "al 2 dependente den.s doisA Como s. posso experienciar o nosso relacionamento da maneira em "e e" o entendo e

 perce(o vo" experienciLlo de maneira a maximi*ar o (eneício "e possa rece(erA ] para este im"e vo" considerar minha experiHncia de vocH como sendo minha experiHncia de "m 6"daA E deato se a considerar como tal será a minha experiHncia de "m 6"da e "ncionarL como talA N#o 2a"toil"s#o eita para "m prop.sito (om e di+no\A

< maneira principal "e o nosso proessor espirit"al o" "al"er 6"da pode aj"darnos a li(ertardos nossos pro(lemas e con"s#o e a "sar eica*mente todos os nossos potenciais para aj"darmos oso"tros 2 treinandonos a desenvolver a consciHncia discernente o" a \sa(edoria\A !recisamos

c"ltivar a mente "e 2 capa* de discernir entre a realidade e a antasia e entre o "e 2 0til e o "e 2 prej"dicialA <ssim nossa relaç#o com o nosso +"r" n#o 2 a mesma de "m soldado no ex2rcito com ose" +eneralA 'empre "e o +eneral ala pUmonos em posiç#o sa"damos e +ritamos \'im'enhorb\ e o(edecemos sem "estionarA N#o 2 assimA "ando o nosso mentor espirit"al ala n.ssomos nat"ralmente respeitosos mas tam(2m "samos a sit"aç#o como "ma oport"nidade dedesenvolver a nossa consciHncia discernenteA

<l2m disso se no ex2rcito o(edecermos sempre e ormos "m (om soldado o nosso +eneral podenos promoverA -as 2 totalmente dierente com "m proessor espirit"alA 'e n.s o(edecermos sempreao nosso proessor sem "estionar isso n#o a* de n.s "m (om discíp"loA E se n.s pedirmossinceramente o nosso +"r" n#o nos promoverL I posiç#o de al+"2m "e vH a nat"re*a da menteA 9s"r+imento da vis#o da nat"re*a da nossa mente depende diretamente do desenvolvimento da nossaconsciHncia discernenteA < maneira em "e experienciamos o nosso proessor contri("i para o nossos"cesso de "ma maneira indireta aj"dandonos a c"ltivar esse discernimentoA

9 exemplo clLssico deste processo vem de "m relato de "ma vida anterior de 6"daA ;ma ve* n"mavida passada 6"da teve "m mentor espirit"al "e lhe disse e a todos os se"s o"tros discíp"los parairem I cidade e ro"(ar coisas para eleA Todos oram ro"(ar exceto 6"da "e permanece" no se""artoA 9 +"r" oi ao "arto de 6"da e +rito" iradamente: \!or "e vocH n#o oi ro"(ar para mimZ3ocH n#o me "er a+radarZ\ 6"da responde" calmamente: \Como 2 "e ro"(ar pode a*er al+"2meli*Z7 9 +"r" responde": \<h vocH 2 0nico "e compreende" a inalidade da liç#o\A

<ssim se considerarmos e experienciarmos t"do "e o nosso mentor espirit"al di* o" a* como "mensinamento poderemos "sLlo para nos aj"dar a desenvolver o nosso discernimento e sa(edoriaA

 N#o importa o "e seja "e o nosso proessor di+a "e açamos examinamos para ver se a*sentidoA 'e estiver de acordo com os ensinamentos de 6"da e ormos capa*es de a*Hlo n.s oaremos \como deve ser para cima e para (aixo\ como a minha m#e diriaA No processo o nosso

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 proessor ensino"nos a pensar c"idadosamente so(re as coisas antes de a+ir e depois a+irdecididamente com a"toconiançaA E se ele o" ela nos pedísse para a*ermos al+o "e achamostotalmente incorreto n.s n#o o a*emos e ed"cadamente explicamos por "HA ;ma ve* mais onosso +"ia espirit"al de"nos "ma oport"nidade para treinar e exercitar a sa(edoria discernenteA

Ent#o o relacionamento mais (en2ico com "m +"r" certamente n#o anda I volta de "m c"lto de personalidadeA "ando consideramos o nosso proessor como "m ícone de c"lto estamos presos eixados nos conte0dos da nossa experiHnciaA N.s exa+eramos e solidiicamos o o(jeto da nossaexperiHncia neste caso "m +"r" e pomoslhe n"m pedestal "ase literalmente como "ma estLt"ade o"ro s.lida sempre "e vemos o" ima+inamos esta pessoa n"m trono de ensinoA Com esteestado mental a(ne+amonos e adoramos os conte0dos da nossa experiHncia adicionando tít"loap.s tít"lo ao se" nomeA N#o estamos cientes da nem concentrados na nat"re*a da pr.pria mente es"a relaç#o com a nossa experiHncia do nosso mentor espirit"alA Com "ma atit"de t#o con"sa ein+Hn"a a(rimonos a s2rio a("soA

9 o"tro extremo em "e poderíamos cair "ando icamos presos no lado do o(jeto da nossaexperiHncia do proessor 2 criticar o +"r" com hostilidade e talve* com pro"nda desil"s#o edesapontamentoA Ele o" ela eram s"postamente pereitos e n.s vemos s2rias alhas 2ticas o" de

 j"l+amentoA 9" icamos calados devido ao medo pensando "e se dissermos "e n#o ao nosso proessor estaremos a ser "m ma" discíp"lo e seremos rejeitadosA 9" pensamos "e di*er "e n#o 2semelhante a admitir "e omos est0pidos por termos escolhido essa pessoa como nosso +"iaespirit"al e em ve* de parecermos est0pidos a n.s e aos o"tros aceitamos ce+amente econcordamos com t"do o "e o nosso mentor di*A Em todos estes casos perdemos de vista o nossocontrato de aprender a "tili*ar nossa consciHncia discernente a partir da nossa interaç#o com o

 proessor n#o importa "ais sejam os conte0dos dessa interaç#oA 9(viamente entrar em tal acordore"er n#o s. "m mestre espirit"al altamente "aliicado mas tam(2m "m discíp"lo altamente"aliicado "e seja emocionalmente mad"ro e n#o esteja proc"rando "m s"(stit"to de pai o" m#e

 para tomar todas as s"as decisJesA

!or isso "ando praticamos +"r"yo+a mesmo se ainda n#o tivermos "m mentor pessoal com"em temos esse contrato tentamos se+"ir as recomendaçJes so(re como o(ter o maior (eneíciodesse relacionamentoA Tentamos evitar icar presos nos conte0dos das vis"ali*açJes e icarmosapaixonados com elesA N#o nos tornamos extLticos em "#o maravilhoso o nosso +"r" o" 6"da s#oao emitirnos l"*es extasiantesA Em ve* disso concentramonos no lado experiencial do "e estLacontecendo P na mente "e estL permitindo o intercâm(io de l"*es e a inspiraç#o "e essas l"*essim(oli*amA <ssim como podemos desenvolver consciHncia discernente do "e 2 correto o" n#oexperienciando cada aç#o do nosso +"ia espirit"al como "m ensinamento do mesmo modo tam(2m

 podemos desenvolver consciHncia discernente do s"r+imento dependente e da vac"idadente a partirda prLtica de +"r"yo+aA

"ando a*emos pedidos ao +"r" o "e 2 "e estamos a*endoZ "ando pedimos ervorosamente\"e e" possa ser capa* de ver a nat"re*a da minha mente\ estamos +erando "m desejo m"ito ortede ver e compreender a nat"re*a da mente atrav2s de "ma interaç#o correta com "m proessorespirit"alA <ssim como a tens#o n#o existe \lL ora\ mas pelo contrLrio 2 dependente da mente domesmo modo a compreens#o estLvel o" at2 "m passa+eiro momento de insi+ht so(re a nat"re*a damente e da realidade assim como a inspiraç#o para rece(er "al"er "m deles n#o s#o coisas \lLora\ "e al+"2m nos pode atirar como a "ma (olaA '#o coisas "e s"r+em dependentemente comrelaç#o a "ma mente como res"ltado de "m enorme complexo de ca"sasA

A !nsepara&ilidade da Nossa Mente e do Nosso 4"r"

ampopa o mestre ti(etano do início do s2c"lo Y%% disse: \"ando e" experienciei a

insepara(ilidade da minha mente e me" +"r" e" perce(i maham"draA\ !odemos compreender aairmaç#o de recomendaç#o de ampopa a vLrios níveis tais como di*endo respeito I o(tenç#o deinspiraç#o mediante a constante lem(rança do nosso proessorQ I o(tenç#o de "m estado mental

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 (emavent"rado e vi(rante a partir da erverosa consideraç#o e respeito por ele o" elaQ e assim pordianteA -as ele certamente n#o "i* di*er "e "ando teve "ma "ni#o mística com o se" +"r" comocom )e"s o" com se" amor ele vi" maham"dra como "m presente enviado do c2"A !elo contrLrioele vi" "e o relacionamento com o se" mentor espirit"al era "ma experiHncia mental "e envolviaaprender de cada momento de encontroA <ssim o (eneício res"ltante s"r+ia em dependHncia damente e s. podia existir dependendo da menteA Neste sentido ele compreende" "e o se" +"r" e a

s"a mente eram inseparLveisA< implicaç#o da airmaç#o de ampopa n#o 2 "e o relacionamento com "m mestre espirit"al estLapenas na nossa ca(eça comodiscíp"losA %sso 2 t#o e"ivocado como di*er "e t"do vem do lado de"m +"r"/6"da todopoderosoA ;ma relaç#o entre "m proessor e "m discíp"lo s"r+e dependendon#o s. das d"as pessoas como tam(2m de "ma mente "e experiencia a interaç#o de momento amomentoA "ando compreendemos isto n#o icamos presos nos conte0dos da experiHncia de ixarno ladodoo(jeto do \santo +"r"\ o" no ladodos"jeito do \po(re de mim\A !elo contrLrio

 permanecemos concentrados na experiHncia e na nat"re*a mais pro"nda da mente e da realidade"e permite "e o relacionamento de ca"sa e eeito da inspiraç#o e (eneício ocorra entre as d"as

 pessoas envolvidasA %sto 2 sim(oli*ado por "m l"ir de l"*es transparentes do +"r" ao discíp"lo

am(os os "ais n.s vis"ali*amos e assim experienciamos como tam(2m sendo eitos de l"* claraA N#o hL nenh"m +"r" s.lido concreto \lL ora\ enviando l"*es (rilhantes s.lidas a "m e" s.lido econcreto sentado independentemente \a"i dentro\ na minha ca(eçaA Ent#o tal prLtica de +"r"yo+a 2 extremamente 0til para nos treinarmos a n.s pr.prios a concentrar com consciHnciadiscernente na nat"re*a mais pro"nda da mente em meditaç#o maham"draA

4"r"-Mantra

"ando praticamos +"r"yo+a acompanhamos a nossa vis"ali*aç#o com a repetida recitaç#o de "m+"r"mantra o" de "m verso "e incl"a "m pedidoA Na tradiç#o Karma Ka+y" por exemplo "e sedesenvolve" a partir de "m dos discíp"los de ampopa o !rimeiro Karmapa n.s recitamos omantra \Karmapa yenno\ "e si+niica literalmente \Karmapa sa(e oniscientementeb\ Natradiç#o el"+Ka+y" de maham"dra n.s s"(stit"ímos a vis"ali*aç#o e mantra de Tson+hapa

 pelos de KarmapaA Exceto isto o procedimento e o processo s#o exatamente os mesmosA

'e a nossa compreens#o do +"r" or como send al+"2m externo ent#o a recitaç#o do mantra deKarmapa por exemplo se transorma apenas n"m exercício de devoç#o e nada maisA 6asicamenterecitamos o e"ivalente de \Karmapa esc"te e sai(a dos me"s pro(lemasb '. vocH sa(eoniscientemente como removHlos\A No melhor isto levanos a ver Karmapa como "m 6"daindicando a direç#o se+"ra do re0+io "e tomamos na nossa vidaA < "m nível menos .timo istocond"* ao sentimento "e s. Karmapa nos pode salvar de todos os nossos pro(lemasA <ssim osnossos pedidos ao +"r" com o mantra de Karmapa transormamse no e"ivalente da recitaç#orepetida de \9h )e"s aj"dameb\

-as "ando conhecemos a insepara(ilidade da nossa mente e do nosso +"r" n.s estamos de atorepetindo \-ente sa(e oniscientementeb\ sempre "e recitamos \Karmapa yenno\A Ent#o com osnossos pedidos ervorosos ao +"r" estamos diri+indo as nossas ener+ias n"ma maneira orte para acompreens#o de maham"dra com (ase na coniança de "e a nossa mente como a parte da nossanat"re*a (0dica tem os rec"rsos para ver a realidadeA -esmo se n.s ainda n#o tivermos "m +"r"

 pessoal para a+ir como canal para a linha+em "e vem das s"as i+"ras "ndadoras a nossanat"re*a (0dica li+anos I linha+em e assim pode "ncionar como onte de inspiraç#o interiorA<ssim n#o s. coniamos em +"r"s externos temos tam(2m "m +"r" interior P a nat"re*a da nossamenteA "ando vemos a insepara(ilidade da nossa mente e do nosso +"r" neste sentido mais

 pro"ndo n.s +anhamos o nível mais pro"ndo de inspiraç#oA

9 +"r" interno ent#o n#o 2 "ma i+"ra existindo independentemente na nossa ca(eça de "em podemos rece(er mensa+ens especiais "e devemos deinitivamente se+"irA "ando pensamentostais como ideias de a*er isto o" a"ilo o" at2 compreensJes s"r+em podem ser ideias (oas o"

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tolas compreensJes corretas o" alsasA <penas por"e al+o novo e inesperado s"r+e repentinamentena nossa mente isso n#o si+niica de modo nenh"m "e 2 mesmo assimA 'empre precisamosexaminar a s"a valide*A

<l2m disso n#o existe nenh"ma pe"ena pessoa na nossa ca(eça enviandoas para n.ss"postamente como "ma mensa+emA 9s pensamentos e as compreensJes tanto vLlidos comoinvLlidos s"r+em atrav2s de "m processo de ca"sa e eeito como o amad"recimento de al+"masemente o" potencialA <s sementes s#o plantadas pelas nossas açJes ha(it"ais passadas "e podemser constr"tivas o" destr"tivas (em inormadas o" il"didasA Elas amad"recem "ando ascirc"nstâncias corretas est#o presentesA 9 reconhecimento da nat"re*a da nossa mente comonat"re*a (0dica e a compreens#o da insepara(ilidade da nossa mente e nosso +"r" P mais

 precisamente da nossa mente e nossa nat"re*a (0dica como nosso +"r" interno P a+em comocirc"nstâncias para "e as compreensJes corretas amad"reçam das sementes do potencial "eac"m"lamos atrav2s das nossas prLticas anteriores de ac"m"laç#o e p"riicaç#o assim como deesc"ta relex#o e meditaç#oA <ssim como 2 cr"cial n#o romanti*ar transormando o nosso +"r"externo n"m a*edor de mL+ica e de mila+res o mesmo 2 verdade do nosso +"r" internoA

!nvestiando o %ini(icado de Cada Ensinamento] m"ito importante na prLtica do ("dismo olharmos pro"ndamente para todos os ensinamentosespecialmente a"eles "e repetem em "ase todos os textos so(re "m t.pico partic"lar tal como aairmaç#o "e o +"r"yo+a e a s0plica ao +"r" por inspiraç#o s#o as preliminares mais importantes

 para a prLtica de maham"draA <tisha o mestre indiano do início do s2c"lo Y% disse \Tomem t"donos +randes textos como instr"çJes de recomendaçJes para a prLtica pessoal\A Cont"do isto n#osi+niica "e n.s os consideremos simplesmente como ordens do nosso +eneral "e devemoso(edecer sem pensarA !recisamos investi+ar pro"ndamente para tentar compreender a si+niicânciae o si+niicado de cada instr"ç#oA

9s ensinamentos de 6"da podem ser divididos em interpretLveis e deinitivos P literalmente

na"eles "e pretendem levarnos mais "ndo e na"eles so(re o si+niicado mais pro"ndo ao "alsomos levadosA 9 ponto mais pro"ndo ao "al todos os ensinamentos de 6"da cond"*em 2 acompreens#o da vac"idadeA !or conse+"inte a im de compreender nas palavras de <tisha como\todos os ensinamentos encaixam sem contradiç#o\ n.s temos de encaixar as instr"çJes so(re o"e "er "e estejamos praticando com os ensinamentos so(re t"do o mais P partic"larmente comos a"eles so(re a vac"idadeA 9 est"do do ("dismo 2 como sernos dado peças de "m enorme

 p"**leA Ca(enos a n.s re"nir todas as peças tais como o +"r"yo+a e a vac"idade e encaixLlasA<t2 o processo de pensar so(re como elas encaixam e tentar entender e n#o apenasintelect"almente a+e como "ma preliminar para eliminar o(stLc"los e ortalecer as redesconstr"toras de il"minaç#o de orça positiva e consciHncia pro"ndaA

<ssim as prLticas preliminares s#o "m pr2re"isito essencial para conse+"irmos atin+ir "al"ers"cesso com os m2todos maham"draA 'em elas podemonos sentar e a*er o "e pode parece sermeditaç#o maham"draA N#o 2 diícil ima+inar "e estamonos concentrando no estado nat"ral damenteA -as de ato t"do "e estamos a*endo 2 estarmos ali sentados sonhando acordados o" namelhor das hip.teses concentrandonos em nada completamente \no espaço\ com a nossa ca(eçanas n"vensA !odemos icar "m po"co mais relaxados no processo mas (asicamente a nossameditaç#o n#o vai che+ar a nenh"m lado pro"ndoA

> Evitar /"e as Práticas Preliminares $i/"em sem Eneria

)a,.es /"e $a,em com /"e as Práticas Preliminares $i/"em sem Eneria<s pessoas en+ajadas nas prLticas preliminares Is ve*es reparam "e elas se est#o tornando ro"xassem ener+iaA 9 erro principal estL na nossa motivaç#oA < medida principal para impedir "e isto

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aconteça 2 reairmar contin"amente as nossas ra*Jes para a*ermos as preliminaresA 'e comoocidentais n.s as i*ermos como se osse o nosso dever a*Hlas como se estiv2ssemos se+"indoordens no ex2rcito ent#o certamente "e v#o aca(ar sem nenh"ma ener+iaA 9" se as i*ermosapenas mecanicamente sem nenh"ma emoç#o nem compreens#o da ra*#o por"e as estamosa*endo tam(2m aca(ar#o sem ener+iaA !or o"tro lado em(ora possam haver vLrios níveisdierentes de motivaç#o espirit"al se tentarmos sinceramente desenvolver "m coraç#o dedicado I

 (odhichitta permaneceremos sempre cientes das diic"ldades "e os o"tros est#o experienciando esentiremos pro"ndamente o desejo de poder a*er al+o constr"tivo para lhes aj"darA %sto movenosa a+ir para nos desenvolvermos inteiramenteQ e a maneira de começar 2 atrav2s das preliminaresAEssa atit"de ent#o torna as nossas prLticas preliminares cheias de vida e relevantes ao nossoo(jetivoA

 No entanto em(ora possamos ter "ma motivaç#o correta e sincera Is ve*es exa+eramos as preliminaries solidiicandoas na nossa mente em al+o monstr"oso \lL ora\A !odemos ent#o cairn"m de dois extremosA 9 primeiro 2 o de considerar as preliminares com "ma atit"de distorcida eanta+onísta trad"*ida +eralmente como "ma \vis#o errada\A N.s as diamamos e tentamos i+norLlas j"l+ando "e s#o "m desperdício de tempoA V"l+amos "e s#o apenas para principiantes n#o

 para n.s e "e por isso devíamos ir diretamente para a pr.pria prLtica maham"dra principalA9 o"tro extremo 2 o de a*ermos das preliminaries "ma experiHncia penosa como al+o de "m mito+re+o P &2rc"les limpando os estL("los de ,rí+ia de s2c"los de estr"me ac"m"ladoA 9primidos

 pelo prospeto de limpar a nossa mente de todo o lixo mental sentimos "e n"nca che+aremos a ladonenh"mA Essa atit"de transorma as preliminares n"m ilme de horror e claro "e aca(am semener+ia pois icamos imediatamente desanimados sentindo "e n"nca conse+"iremos a*er

 pro+resso al+"mA

%er-se Criativo com as Práticas Preliminares

&L m"itos tipos dierentes de prLticas preliminares mencionadas nos textosA Em(ora hajam listas e

instr"çJes para "atro cinco oito o" nove prLticas padrJes "al"er tipo de aç#o positivarepetitiva "e possamos a*er "nciona como "ma prLtica preliminar P se tivermos a motivaç#ocorretaA !or exemplo "ma ve* 6"da teve "m discíp"lo "e n#o era m"ito inteli+ente e "e eraincapa* de compreender o" de se lem(rar de "al"er coisa "e lhe tinha sido ensinadoA -as tinha"m desejo sincero de aprender e melhorarA 9 "e 2 "e e* o 6"daZ %nstr"i" o rapa* a varrer otemplo dia ap.s dia repetindo: \'"jeira vL em(oraQ s"jeira vL em(orab\ <l2m disso or+ani*o" demodo "e o templo estiv2sse sempre cheio de poeiraA Essa era a prLtica preliminar "e 6"daespeciico" para este discíp"loA rad"almente o rapa* po"co inteli+ente oi capa* de compreender"e a s"jeira "e estava tentando varrer era de ato a con"s#o da s"a pr.pria menteA )epressa oicapa* de compreender t"do e por im transormo"se n"m arhat P "m ser li(eradoA

!or nove anos tive o privil2+io de ser o trad"tor e secretLrio para o me" alecido proessorTsen*ha( 'eron+ $inpocheA E" +racejava re"entemente "e a minha prLtica preliminar eraescrever cem mil letras e a*er cem mil teleonemas em nome dele aj"dando a or+anisar as s"ast"rnHs de ensinamentos em torno do m"ndoA Em(ora n"m certo sentido isto possa ter sido "m+racejo e" tam(2m penso "e no"tro era totalmente verdadeA E" reali*ei estas tareas coment"siasmo e trad"*i para ele t#o (em "anto podia por"e vi "e esta era a maneira mais eica*em "e e" poderia ser de (eneício a o"tros a sa(er aj"dando o me" +"r" a ensinLlosA 'em d0vida"e essa atit"de e* da"elas in0meras cartas e chamadas "m m2todo para enra"ecer o(stLc"los eac"m"lar orça positiva e potenciais para mais tarde e" pr.prio vir a ser "m proessorA

9 importante nas preliminares n#o 2 a orma "e elas tomam mas o processo "e estamos com elastentando atravessarA N#o 2 o conte0do o" a estr"t"ra das prLticas mas o estado mental "e

experienciamos antes d"rante e depois delas "e 2 o ator mais cr"cialA Em l"* disto at2 m"dar asraldas s"jas do nosso (e(H cem mil ve*es pode ser transormado n"ma prLtica preliminar m"ito

 pro"ndaA Temos de ser prLticos e criativosA Nem todos temos tempo para a*er cem mil prostraçJes

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e sem d0vida ser m#e c"idando responsavelmente do se" (e(H n#o tem de ser intrinsicamente "mo(stLc"lo impedindo a prLtica e o pro+resso espirit"alA !recisamos compreender a essHnciaA

"e estamos a*endo "ando estamos constantemente m"dando as raldas do (e(HZ 'eexaminarmos isto do ponto de vista de ac"m"lar e limpar "m sinonimo ti(etano para prLticas

 preliminares P estamos limpandonos de certas atit"des ne+ativasA 9" seja estamos tra(alhando para s"perar a pre+"iça e o e+oísmo "e nos a* pensar: \N#o "ero tocar na s"jeira de o"tra pessoanem "ero s"jar as minhas m#os\A $ed"*ir essa atit"de aj"danos tam(2m a dimin"ir a orça do

 (lo"eio mental com "e n#o "eremos tocar nem nos envolver com os pro(lemas pessoais daso"tras pessoas por"e i+"rativamente tam(2m n#o "eremos s"jar as nossas m#osA <l2m dissoestamos ac"m"lando orça positivaA No processo de atender Is necessidades do nosso (e(H estamosac"m"lando cada ve* mais capacidade e vontade de c"idar dos o"tros no "t"roA

Trans(ormando Todas as Atividades n"m Camin7o Espirit"al

< prLtica das preliminares n#o 2 limitada meramente aos estL+ios iniciais do nosso caminhoespirit"al e depois aca(amA Temos de contin"ar limpandonos dos o(stLc"los e a ac"m"lando orça

 positiva ao lon+o de todo o caminhoA Contin"amos o processo at2 alcançarmos o nosso o(jetivo de

nos tornarmos totalmente p"riicados e inteiramente capa*es de "sar todos os nossos potenciais parasermos de (eneício aos demaisA Como isto 2 "m processo t#o central e a lon+o pra*o 2 importanteentender "e com "ma atit"de e "ma motivaç#o corretas podemos transormar "al"er atorepetitivo positivo o" ne"tro "e a*emos na nossa casa o" escrit.rio n"ma preliminar eica* paradimin"ir os (lo"eios mentais e ac"m"lar orça positivaA

Memos em m"itos textos ("distas com"mente "sados como podemos transormar at2 as atividadesmais m"ndanas no caminho espirit"alA !or exemplo "ando entramos n"m "arto podemosima+inar "e estamos li(erandonos do samsara o" dos renascimentos incontrolavelmenterecorrentes e entrando no nirvana "m estado de li(eraç#o e de li(erdade do sorimentoA !odemostam(2m ima+inar "e estamos tra*endo todos conoscoA Temos de ser criativos com os ensinamentos

de )harma e aplicar este princípio Is circ"nstâncias da nossa vida pessoal e transormar t"do "ea*emos n"ma preliminarA

!or exemplo s"ponhamos "e estamos tra(alhando n"m escrit.rio datilo+raando doc"mentos o diainteiroA 'e considerarmos isto simplesmente como o nosso tra(alho e o acharmos chato semsentido e o detestarmos +anharemos po"co dele com exceç#o de al+"m dinheiro "ma dor deca(eça e m"ita r"straç#oA 9 mesmo pode ser verdade com as repetidas prostraçJesA N#o+anharemos m"ito delas se as considerarmos como "m desa+radLvel dever de tra(alho "e somoso(ri+ados a a*erA <penas icamos com "ma dor de ca(eça e dinheiro nenh"mb -as seconsiderarmos datilo+raar o dia inteiro com a atit"de: \Esto" tornando as coisas claras para "eal+o possa ser com"nicado eica*mente a o"tra pessoa\ desco(rimos "e n#o a* dierença

nenh"ma "#o trivial sejam os conte0dos do "e estamos datilo+raandoA 9 processo 2 "e 2importante P estamos tornando al+o claro e disponível a ser com"nicado a o"trosA Com esta atit"dee motivaç#o a nossa rotina diLria no escrit.rio "nciona eica*mente como "ma prLtica preliminarA

!ara ser criativos com os ensinamentos ("distas precisamos j"ntar t"do "e aprendemosA Nesteexemplo de transormar o nosso tra(alho no escrit.rio n"ma prLtica preliminar estamoscom(inando os ensinamentos so(re ac"m"lar e limpar com a recomendaç#o maham"dra de n#oicarmos presos nos conte0dos da nossa experiHncia mas simplesmente icar com o processoA)epois estamos encaixando isso com lojon+ P os m2todos para limpar as nossas atit"des o" o\treinamento da mente\ com os "ais n.s transormamos sit"açJes ne+ativas em positivascond"centes I prLticaA "ando encaixamos partes dierentes dos ensinamentos deste modo n.s

 pr.prios podemos desco(rir as respostas de como aplicar o )harma I vida diLriaA ] assim "e

tornamos a nossa prLtica ("dista animada e "e mantemos a ener+ia do nosso interesseA

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Esta&elecendo e $ortalecendo as #"as )edes Constr"toras de !l"minação

9"tra possível ra*#o por"e a nossa prLtica das preliminares e do )harma em +eral carece deener+ia 2 por"e estamos a(ordando o esta(elecimento e ortalecimento das d"as redesconstr"toras de il"minaç#o as de orça positiva e consciHncia pro"nda como se estiv2ssemosac"m"lando "ma coleç#o de 5selos verdes7 n"m s"permercado americanoA Com cada compra "ea*emos ac"m"lamos mais e mais selos "e colamos n"m livro e +"ardamos n"ma +avetaA No im"ando tivermos enchido s"icientes livros podemos trocLlos por "m aparelho de co*inhaA <ssim"ando "samos tempo e ener+ia a*endo repetidas prostraçJes j"l+amos "e 2 como +astar dinheirono s"permercado para o(ter mais selosA Eles a+ora n#o tHm nenh"m "so o" relevância para a nossavida mas podem mais tarde ser trocados como nosso prHmio pela il"minaç#oA

 N.s podemos comer o "e compramos na loja mas com a atit"de acima n#o vemos nenh"m eeitoimediato das prostraçJes exceto joelhos e costas doloridasA Cont"do "ando transormamos cadaaç#o do nosso dia partic"larmente as repetitivas n"ma prLtica preliminar tam(2m teremos o

 (eneício imediato de cada momento do nosso dia se tornar si+niicativoA < "alidade da nossa vidamelhora proporcionalmente e tornamonos mais eli*es sentindo "e n"nca estamos desperdiçandoo nosso tempoA Este sentimento positivo de a"todi+nidade reorça o nosso ent"siasmo pelas

 preliminares com"ns como a*er prostraçJesA )esta maneira encaixando todos os ensinamentos para aplicLlos I vida diLria a nossa prLtica das preliminares n#o ica ro"xaA

Encai0ando os Ensinamentos de #7arma

] "m processo m"ito excitante e am(icioso tentar encaixar t"do o "e n.s o"vimos do )harma edesco(rir implicaçJes adicionaisA ;m dos maiores (eneícios de terse o"vido lido e est"dadoextensamente os ensinamentos de 6"da 2 "e o(temos todas as peças do \"e(raca(eça do)harma\A <+ora podemos encaixLlas realisticamenteA < (ele*a disto 2 "e as peças n#o seencaixam apenas n"ma maneira estLtica como nos "e(raca(eças para crianças mas cada peçaencaixa em todas as o"tras de in0meras maneirasA < interconex#o 2 m"ito mais m"ltidimensional e

dinamicamente em expans#o do "e a interconex#o no @orld@ide @e( da internetA9s s"tras do mahayana d#onos (onitas ima+ens desta interconex#o de todas as acetas do )harmaA)escrevem cenas de (ilhJes de campos (0dicos em (ilhJes de "niversos (0dicos com cada campointerpenetrando todos os o"tros e cada "m contendo (ilhJes de 6"dasA Em cada "m dos (ilhJes de

 poros de cada "m destes 6"das hL mais "m (ilh#o de campos (0dicos nos "ais cada "m doso"tros campos tam(2m s#o reletidosA Memos isto e se ormos ("distas ocidentais m"itas ve*essentimonos desconortLveis comestas seçJes loridas e aparentemente a(s"rdas das escrit"rasA)ecidimos "e n#o "eremos ler mais nenh"m s"traA

-as estes s"tras est#o de ato apresentando "ma ima+em ma+níica de como todos osensinamentos se encaixam e interpenetram "ns nos o"trosA Em cada ensinamento de cada aspecto

do )harma podemos ver reletidos todos os o"tros aspectos dos ensinamentosA Tal como (ilhJes de"niversos (0dicos podem ca(er dentro de cada poro min0sc"lo de "m 6"da do mesmo modo

 (ilhJes de ensinamentos de 6"da podem ca(er dentro de cada palavra do )harmaA T"do seinterrelaciona e encaixa como a ima+em da rede de 6rahma na "al cada interseç#o de cordascont2m "m espelho reletindo todos os o"tros espelhos da redeA

$ealmente n#o podemos apreciar estas ima+ens simplesmente lendoasA '. as poderemos apreciarse n.s pr.prios encaixarmos todas as peças do "e(raca(eça do )harmaA Mentamente a ima+emcomeça a emer+ir exatamente como descrita nos s"tras do mahayanaA Esta 2 a maneira de por maisener+ia nas nossas preliminaresA Tentem ver cada aspecto do )harma reletido em cada min0sc"la

 parte das preliminares e ao mesmo tempo transormem t"do na vida n"ma prLtica preliminarA

'e sinceramente tomamos a nossa direç#o na vida do )harma estaremos coniantes "e t"do o "e6"da ensino" a* sentido P n#o necessariamente a "m nível literal mas cond"*indo a "m nível desi+niicância mais pro"ndo e 0til para nos li(ertarmos do sorimento e nos dar a possi(ilidade de

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mais eica*mente aj"dar os o"tros a reali*arem o mesmoA Com esta atit"de dinâmica e pra+mLtica para com o )harma tentamos desco(rir o "e 6"da "is di*er com al+"ns e com todos os se"sensinamentos e ver como poderiam ser relevantes para o nosso pr.prio caminho spirit"alindivid"alA 'e 6"da ensino" al+o ele deinitivamente "eria "e isso osse de (eneício a o"trosincl"indo a n.s mesmosA

)eixemme pararasear "ma instr"ç#orecomendaç#o de Tsen*ha( 'eron+ $inpocheA9casionalmente "m dos se"s est"dantes ocidentais ia a ele "eixarse so(re al+"mas das s"postas\est.rias antLsticas\ dos ensinamentos so(re o carma tal como a descriç#o do homem "e erasempre se+"ido por "m eleante "e deecava o"roA Como res"ltado da s"a onte ininita de ri"e*aera constantemente pert"r(ado por pessoas ci"mentas "e tentavam ro"(ar a maravilhosa (estaA-as n#o o(stante "anto o pert"r(ado homem tentava dar o" livrarse do eleante este desapareciade onde "er "e o homem o deixasse e tornava sempre a aparecer diretamente atrLs deleA 'eron+$inpoche cost"mava di*er: \'e 6"da tivesse "erido escrever "ma (oa est.ria ele poderiacertamente ter inventado "m conto m"ito melhor do "e esteb 6"da de"nos este exemplo para nosensinar al+oA N#o olhem para ele apenas literalmenteA &L si+niicado por trLs deleA Tentem desco(rílo vocHs mesmos\A

< resposta de $inpoche indica tam(2m como "m proessor ("dista aj"sta o tom ade"ado para orelacionamento mais (en2ico com "m discíp"loA ;m mestre hL(il simplesmente arranja ascirc"nstâncias para n.s crescermosA \<"i est#o as peças do p"**leA 3ocH "e a encaixeA 3ocH "eencontre a sol"ç#o por si pr.prio\A Ensinando desta maneira "m mestre espirit"al aj"da o discíp"loa n#o icar +r"dado ixado e dependente deleA 9 mais importante 2 "e o discíp"lo se concentre no

 processo de j"ntar e encaixar todos os ensinamentos e de a*er sentido delesA 9 proessor ornece ainormaç#o as circ"nstâncias e talve* a inspiraç#o para o discíp"lo +anhar introspecç#o ecompreens#oA 9 oco principal estL sempre no crescimento espirit"al do discíp"loA

Evitar $icar-se Apai0onado pelos Ensinamentos

Encaixar as vLrias partes dos ensinamentos de )harma e tentar compreender o si+niicado mais pro"ndo de t"do pode ser "ma experiHncia m"ito excitanteA -as devemos ter o c"idado de n#ocairmos no extremo de nos sentirmos s"(mer+idos com tanta admiraç#o: \] t"do t#o (onito\A 'eicarmos apaixonados pelos ensinamentos poderemos acilmente se+"ir no caminho em direç#o ao"e os s"tras mahayana se reerem como \arhatship hinayana\A <rhats s#o seres li(erados a"eles"e se livraram dos renascimentos incontrolavelmente recorrentes e cheios de pro(lemasA Em(oraas escolas hinayana ainda vivas tal como a Theravada moderna n#o concordariam os anti+oss"tras mahayana caracteri*am esses seres como estando t#o extasiados pela s"a li(erdade "e

 perdem de vista todo o sorimento alheio e por isso permanecem n"m estado (emavent"rado den#oaç#o perdidos como se osse no Hxtase do nirvanaA Theravadins o(jetariam "e como "marhat 2 li(erado de todas as emoçJes pert"r(adoras essa pessoa certamente n#o teria nenh"m ape+o

ao Hxtase do nirvanaA -ahayanistas responderiam "e o ape+o n#o 2 a "est#oQ "e aos arhats n#o poss"em o orte interesse pelos o"tros necessLrio para a s"peraç#o da in2rcia de simplesmente permanecer em pa*A

)e "al"er modo independentemente de como rot"lamos esta posiç#o extrema e "er "m arhatTheravada realmente a experiencie o" n#o todos n.s concordaríamos "e o ascínio com a (ele*ade como os ensinamentos encaixam "ns com os o"tros certamente n#o a* parte do caminho I

 ("deidadeA !or o"tro lado "ando a nossa apreciaç#o da (ele*a do )harma nos leva a sentir:\"#oma+níico isto 2 para serse capa* de aj"dar os o"trosb\ estamos n"m terreno m"ito mais estLvel aolon+o do caminhoA Esta 2 "ma distinç#o importante a a*erA

] m"ito Lcil sermos sed"*idos pelo "e estamos a"i chamando de "m \caminho ao estilo arhat\A

Começamos a ver e a compreender tantas coisas pro"ndas e 2 t"do t#o (onitoA < nossa mentetornase t#o serena e elevada "e n#o nos "eremos levantar do nosso assento de meditaç#oA ] t#oa+radLvel e extLtico sentarmonos meramente com a nossa ca(eça nas n"vens 2 semelhante a estar

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se so( a inl"Hncia de "ma dro+a narc.ticaA )eixamos de estar atentos a "al"er o"tra coisaA Este 2"m +rande peri+oA

9 "e nos pode despertar desse estado de HxtaseZ 'e respondermos \9 sentimento de compaix#o o pensamento nos o"tros\ e depois pensarmos "e a nossa amiliaridade com a compaix#o ca"sada pela meditaç#o "e i*emos 2 s"iciente para a*er s"r+ir "m sentimento de interesse pelos o"tros poderemos ainda ter diic"ldadesA <l+"ns meditadores P por exemplo da tradiç#o _en Pexperienciam a compaix#o s"r+indo nat"ralmente como parte da s"a nat"re*a (0dicaA -as amaioria dos praticantes precisa de "ma circ"nstância para activar o s"r+imento da compaix#o nesseestadoA 'e pensarmos "e simplesmente recordar na nossa ima+inaç#o o sorimento de todos osseres 2 s"iciente para +erar interesse nesse estado poderemos icar decepcionadosA erarconcet"almente "m pensamento dos o"tros parece t#o artiicial nesse estado enlevado "e nos altaa ener+ia s"iciente para nos inspirar I compaix#o atrav2s de "ma vis"ali*aç#oA 9 "e a+e comocirc"nstância m"ito mais eica* para +erar a compaix#o e o "e realmente nos a* levantar do nossoconortLvel assenta de meditaç#o 2 ver o" o"vir de ato os o"tros P entrar diretamente em contatocom os o"tros em ve* de a*Hlo apenas concet"almente na nossa ima+inaç#oA

'e examinLssemos as hist.rias clLssicas dos (odhisattvas e mahasiddhas P a"eles c"ja intenç#o 2

alcançar a il"minaç#o para (eneiciar os o"tros e a"eles com verdadeiras reali*açJes P onde 2 "eeles meditaram depois de terem atin+ido "m nível estLvel de compreens#oZ -editaram emencr"*ilhadas movimentadas P em l"+ares onde havia pessoasA Eles n#o se aposentaram nemicaram para sempre n"ma caverna isoladaA 'e ormos a*er "m retiro no alto de "ma montanha edecidirmos ali permanecer at2 completarmos o nosso caminho espirit"al poderemos n"nca mais"erer voltar para (aixoA -as se "ando a nossa meditaç#o se tornar estLvel contin"armos a meditarn"m l"+ar cheio de trLe+o onde haja pessoas constantemente I nossa volta "e n.s podemos ver eo"vir claramente ent#o seremos incentivados mais acilmente a aj"dar diretamente aos demaisA

!or2m devemos ter m"ito c"idado em como compreendemos o serse despertado do nosso estadomeditativo pela compaix#oA N#o 2 como ser acordados de "m sono delicioso sentindo resentimento

do nosso descanso ter sido pert"r(adoA 'e tiv2ssemos meditado corretamente n#o icaríamos pro"ndamente ape+ados ao nosso estado meditativo em(ora possamos ter icado enlevados poreleA 9 ape+o I nossa pr.pria serenidade e a ins"iciente atenç#o aos o"tros s#o dois o(stLc"losdistintos "e n#o se acompanham necessariamente "m ao o"troA 'e s"perarmos os níveis mais+rosseiros do ape+o n#o experienciaremos resentimento nem sentimentos de perda "ando noslevantarmos da nossa a(sorç#o meditativa por "ma renovaç#o da nossa consciHncia dos o"tros e dacompaix#o "e isso ind"*A

<l2m disso hL "ma distinç#o s"til mas extremamente importante entre por "m lado estarsearre(atadamente enlevado e sereno e por o"tro estarse 5intoxicado7 com a ca(eça nas n"vensA 9

 primeiro 2 "m estado mental claro resco e alerta en"anto "e o se+"ndo 2 "ma orma s"til dero"xid#oA < mente pode estar clara acerca de como todos os ensinamentos se encaixam e ter "ma

 (oa compreens#o e "ma concentraç#o estLvel mas se estiver cativada por esta compreens#o n#oestarL rescaA < s"a alta de resc"ra 2 devida "ma ve* mais a "ma alta de consciHnciaA -as emve* de ser "ma alta de consciHncia dos o"tros 2 "ma alta de consciHncia do nosso estado mental ede vi+ilância para tra*er o se" oco de volta ao \a"iea+ora\ se este se tiver deterioradoA

Ent#o "m estado mental sereno elevado e (emavent"rado n#o 2 necessariamente "m o(stLc"lo a poder aj"dar aos o"trosA 'e estiver (em pode responder a cada momento dos acontecimentos davidaA N#o corresponde necessariamente a ter "m sorriso idiota nas nossas caras apesar dosorimento dos o"trosA ;ma mente de em(evecimento \despassarado\ por o"tro lado 2 ro"xa einsensitiva ao m"ndo e ao se" pr.prio estadoA Mevanos I indierençaA Estamos simplesmente \nasn"vens\ e n#o rea+imos a nadaA <ssim Tson+hapa enati*ava constantemente "e esta ro"xid#o

mental s"til 2 o maior peri+o para a meditaç#o correta por"e 2 Lcil de ser con"ndida comshamata P "ma mente serenamente acalmada e tran"ila trad"*ida Is ve*es como \"iet"demental\ o" \tran"ilo permanecer\A

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9 mesmo peri+o de icarmos cativados pode acontecer "ando nos concentramos na nat"re*a damente d"rante a meditaç#o maham"draA !odemos "erer apenas ali permanecer concentrados en#o nos levantarA !ara evitar este peri+o os ensinamentos maham"dra enati*am ortemente acompreens#o da insepara(ilidade da aparHncia e da menteA <"i o "e 2 si+niicativo n#o 2 aaparHncia da parede diante de n.s mas a aparHncia de pessoas sorendo I rente dos nossos olhosA"ando praticamos maham"dra corretamente podemos meditar na nat"re*a da mente e da

realidade e contin"armos envolvidos em aj"dar os o"trosA N#o permanecemos simplesmenteconcentrados na pr.pria mente mas na s"a nat"re*a de ser inseparLvel da aparHnciaA Ent#o manterse "m e"ili(rio entre a mente e a aparHncia na nossa prLtica 2 "ma coisa m"ito delicada etotalmente cr"cialA

<ssim existem n#o s. o(stLc"los o" (lo"eios mentais impedindo a nossa entrada em estadosmeditativos como tam(2m o(stLc"los "e nos a*em ir demasiado lon+e e "e nos impedem decom(inar os nossos estados meditativos com a vida ordinLriaA Esta 2 o"tra maneira de di*er "eexistem n#o s. o(stLc"los impedindo a nossa compreens#o do nível mais pro"ndo da realidadecomo tam(2m o(stLc"los "e nos impedem de ver esse nível sim"ltaneamente com o convencionalAEstes est#o incl"ídos entre os o(stLc"los impedindo respectivamente a li(eraç#o e a onisciHnciaA

;m relacionamento correto com "m proessor espirit"al pode ser m"ito eica* para nos aj"dar as"perar os dois tipos de (lo"eiosA %sto 2 verdade especialmente se estivermos realmente envolvidosno c"idar do nosso proessorA N#o devemos apenas nos sentar a meditar sentindo: \T#o (onitob\)evemos levantarnos e a*er "m chL o" responder o teleoneA

Ent#o o mesmo 2 verdade nas nossas vidas ordinLriasA C"idar da nossa amília pode servir omesmo prop.sito (en2icial do "e c"idar do nosso proessor espirit"alA 'e na nossa vida diLrianos estiverem constantemente a interromper e a pedir: \,aça o jantarb )Hme "m copo de L+"ab,aça isto aça a"ilob\ podemos transormar a sit"aç#o em al+o espirit"almente 0tilA !odemostransormLla n"ma prLtica preliminar 0til para s"perar "m o(stLc"lo "e possa s"r+ir mais tarde nocaminho espirit"al P o o(stLc"lo de apenas nos "erermos sentar na nossa almoada de meditaç#osentindonos t#o enlevados "e n#o nos apetece levantar mais de lLA

!raticando este tipo de transormaç#o das atit"des começamos a apreciar em ainda o"tro nívelcomo a (ondade dos o"tros seres excede m"ito mais a (ondade dos 6"dasA < simples vis#o de o"troser sorendo tra*nos mais pro+resso para desenvolver a compaix#o e ver sim"ltaneamente os níveismais pro"ndos e convencionais da realidade do "e a vis#o de todos os 6"dasA < (ondade doso"tros de nos pedirem para a*er al+o para eles n#o pode ser comparadaA Como 'hantidevaexprimi" s"cintamente: \Nada satisa* mais os (odhisattvas do "e "ando os o"tros lhes pedem

 para a*er al+o para eles\A

@ ' Nível !nicial de Meditação Ma7am"dra

#e(inição de Mente: Consideraç.es 4erais

Tendo disc"tido as preliminares deixemme a+ora olhar para a prLtica de meditaç#o maham"draso(re a nat"re*a da menteA "ando nos reerimos ao t.pico da nat"re*a da mente 2 o(vio "e

 primeiro precisamos ver o "e "eremos di*er com \mente\A %sto por"e se al+"2m nos di* para nosconcentrarmos e meditarmos na nat"re*a da mente o" nela mesma podemos n#o achar m"ito .(vioo "e devemos a*erA !ara investi+ar isto devemos examinar atentamente a deiniç#o de \mente\ no

 ("dismoA

"ando examinamos a deiniç#o com"m desco(rimos "e o ("dismo estL se reerindo a al+ocompletamente dierente do "e "eremos di*er com "al"er das nossas palavras ocidentais

correspondentesA <t2 mesmo nas lín+"as ocidentais n#o hL "m consenso so(re o si+niicado de\menteA\ 'e alarmos apenas em termos do in+lHs e do alem#o hL "ma +rande dierença entre a palavra in+lesa \mind\ RmenteS e a palavra alem# \eist\ RmenteSA \eist\ tem tam(2m a conotaç#o

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de \espírito\ "e n#o 2 incl"ída no conceito in+lHs de \mind\A <s lín+"as asiLticas clLssicas ("distas de sânscrito e ti(etano alam de al+o completamente dierente destas d"as e a dierençaentre a"ilo a "e elas se reerem como \mente\ e a"ilo a "e os vocL("los ocidentaiscorrespondentes se reerem 2 m"ito maior do "e a dierença entre os reerentes dos e"ivalentesvocL("los in+leses e alem#esA 9 pro(lema de como trad"*ir o conceito ("dista n"ma palavraocidental 2 o(viamente "m +rande desaioA

!odemos dierenciar claramente entre mente e coraç#o o" intelecto e sentimentos nas lín+"asocidentaisA !ensamos no lado intelect"al e racional como sendo \mente\ e no lado emocional eint"itivo como sendo \coraç#o\ al+o completamente dierente da menteA -"ito ocidentais diriam"e em(ora "m c#o tenha emoçJes ele n#o tem menteA Cont"do no ("dismo n#o a*emos "madierença assim t#o +rande entre o intelecto e as emoçJesA N.s incorporamos as "nçJes de am(osso( a r"(rica de "ma palavra P \chitta\ em sânscrito o" \sem\ em ti(etano P e incl"ímos tam(2m noalcance do se" si+niicado todas as percepçJes sensoriais tal como ver o"vir cheirar e assim pordianteA <ssim em(ora n.s trad"*amos \chitta\ o" \sem\ com a palavra in+lesa \mind\ o" a palavraalem# \eist\ os vocL("los sânscritos e ti(etanos ("distas a(ran+em "m alcance m"ito maior desi+niicado do "e a"ele das trad"çJes in+lesas o" alem#sA

9 pro(lema n#o 2 limitado Is lín+"as ocidentaisA < lín+"a mon+.lica tam(2m dierencia entre olado intelect"al e o emocionalA -as ao contrLrio do in+lHs "sa o vocL("lo para o 0ltimo \set+il\em textos ("distasA 9s trad"tores chineses tam(2m escolheram a palavra "e si+niica coraç#o\xin\ "e os japoneses tam(2m aceitaram e "saramA < "est#o do "e 2 a mente tra* I s"períciem"itas dierenças "ndamentais em visJes do m"ndo c"lt"raisA

'e "isermos encontrar "m sinonimo melhor para os termos %ndoTi(etanos em lín+"as e"ropeiastalve* o e"ivalente mais pr.ximo seja a palavra \experiHncia\ em(ora esta palavra tam(2m n#oseja m"ito precisaA <"i n.s n#o incl"ímos no se" si+niicado \experiHncia\ no sentido deamiliaridade e de perícia atrav2s de repetiç#o como em: \este do"tor tem m"ita experiHncia\A <l2mdisso nas lín+"as ocidentais experienciarse al+o implica re"entemente sentirse emoçJes so(re

isso positivas o" ne+ativasA <chamos "e n#o experienciamos al+o pro"ndamente a n#o ser "etiv2ssemos sido P conscientemente movidos por esse al+o a "m nível emocionalA %sto tam(2m n#oestL incl"ído na noç#o ("distaA Nem hL "al"er conotaç#o de avaliaç#o como em: \e" aprendim"ito com esta experiHncia\A No contexto ("dista a experiHncia 2 simplesmente o "e "er "e nosaconteça o "e "er "e esteja ocorrendoA

Ent#o na disc"ss#o ("dista so(re a mente n#o estamos alando so(re "ma esp2cie de \coisa\ o".r+#o "e estL na nossa ca(eça como o c2re(roA Nem estamos alando so(re "m espaço comoimplicado pela express#o ocidental \ima+ine isto o" a"ilo na s"a mente\ P como se a mente osse"m palco o" "m "arto na nossa ca(eça atrav2s do "al os pensamentos desilam o" no "al asmem.rias s#o arma*enadasA Em ve* disso estamos alando so(re "ma esp2cie de ocorrHncia "eestL acontecendo com (ase no c2re(ro e no sistema nervosoA

9 "e estL acontecendo "ando n.s vemos o"vimos o" pensamos so(re al+oZ Em(ora possamos poder descrever a ocorrHncia da perspective da (io"ímica o" da eletro"ímica tam(2m podemosdescrevHla s"(jetivamenteA Esta 0ltima 2 o "e n.s "eremos di*er por \mente\ no ("dismoA"ando n.s vemos o"vimos pensamos o" sentimos al+o emocionalmente hL "ma experiHncia demomento a momentoA %sto 2 o "e estL a acontecerA <l2m disso a experiHncia tem sempreconte0dosA ;ma maneira e"ivalente de di*er isso 2: \a mente tem sempre "m o(jeto\A )e ato\mente\ em sânscrito e ti(etano 2 tam(2m chamada \a"ilo "e tem "m o(jeto\A

A Não #"alidade do %"eito e do '&eto

6"da ensino" a n#o d"alidade da"ilo "e tem "m o(jeto e do se" o(jeto P trad"*ida +eralmentecomo \a n#o d"alidade de s"jeito e o(jeto\A Temos de compreender este ponto corretamente se n#o poderemos e"ivocadamente pensar "e ho"ve "ma contradiç#o "ando 6"da ensino" "e a mente

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tem sempre "m o(jetoA !oderíamos pensar "e isso implica "e jL "e os dois s#o dierentes s#od"aisA Cont"do se icarmos irritados com a mesa a n#o d"alidade do s"jeito e do o(jeto n#osi+niica "e a minha raiva 2 a mesaA < n#o d"alidade n#o torna a mente e os se"s o(jetostotalmente idHnticos P "ma e a mesma coisaA

< experiHncia tem sempre conte0dosA N#o podemos ter "ma experiHncia sem experienciar al+oA ;m pensamento n#o existe sem "m pensar do pensamento e nin+"2m pode pensar sem pensar "m pensamentoA N#o d"al ent#o si+niica "e a cada momento estas d"as coisas P a mente e o se"o(jeto o" a experiHncia e os se"s conte0dos P vHm sempre j"ntas como "ma entidadeA !ondo iston"ma lin+"a+em simples do diaadia podemos di*er "e vHm sempre j"ntas no mesmo pacoteA

 N#o pode haver "ma sem a o"traA Conse"entemente no ("dismo \mente\ reerese sempre IexperiHncia com conte0dosA

Claridade ' %"rimento dos Conteúdos de "ma E0peri*ncia

< deiniç#o ("dista com"m de mente o" experiHncia cont2m trHs palavras: \claridade\\aperce(imento7 4o" 5consciHncia de al+o78 e \meramente\A ] +eralmente trad"*ida como \meraclaridade e aperce(imento\A Como cada palavra da deiniç#o 2 si+niicativa precisamos de explorar

c"idadosamente cada "m dos se"s si+niicadosA 3amos primeiro examinar o termo \claridade\A

9 ponto mais cr"cial a notar 2 "e esta palavra tem de ser tomada como "m s"(stantivo ver(al com"m o(jeto e n#o como "m s"(stantivo "antitativo reerindose a al+o "e pode ser medidoAClaridade n#o 2 nenh"ma esp2cie de l"* na nossa ca(eça com "ma intensidade variLvelA !elocontrLrio 2 a aç#o o" a ocorrHncia da aç#o de estarse claro acerca de al+o o" de a*er al+o claroA,a*er al+o claro no entanto n#o implica "m ato consciente da orca de vontadeA 'implesmenteaconteceA <l2m disso a pr.pria palavra \claro\ tam(2m 2 en+anadoraA Tam(2m vamos examinar ose" si+niicadoA

\Claridade\ 2 em ti(etano reerese a "m \s"r+imento\ P a mesma palavra "sada para o s"r+ir o" onascer do solA \Estarse claro acerca de al+o\ o" \a*erse al+o claro\ ent#o reerese na verdade ao\s"r+imento de al+o\ o" ao evento de \a*er al+o s"r+ir\ em(ora "ma ve* mais sem implicaç#o de

 passividade o" alta de responsa(ilidade por "m lado o" de vontade consciente por o"troA <express#o \a*er s"r+ir al+o\ talve* minimi*e a conotaç#o destes dois extremosA

9 "e ocorre "ando experienciamos al+oZ &L o s"r+ir de al+oA !ara acilidade de express#o precisamos di*er: \a mente a* s"r+ir al+o\A %sso 2 preerível a di*er \al+o s"r+e\ \<l+o s"r+e\ pJedemasiada Hnase no "e estL a acontecer do lado do o(jeto en"anto "e a Hnase precisa estarmais no lado s"(jetivoA Cont"do a rase \a mente a* s"r+ir al+o\ tam(2m tem as s"as alhasA ]apenas "ma orma conveniente de express#oA < mente n#o 2 "ma entidade o" "ma \coisa\ por isson#o hL 2 nada "e seja realmente "m a+ente a*endo s"r+ir o "e "er "e sejaA < palavra \mente\ 2simplesmente "m vocL("lo rot"lado mentalmente so(re a ocorrHncia do evento s"(jetivo de a*er

s"r+ir al+oA"ando experienciamos al+o a mente a* s"r+ir "ma vis#o "m som "m cheiro "m sa(or "masensaç#o tLtil o" corporal "m pensamento "m sentimento "ma emoç#o o" "m sonhoA -esmo"ando estamos a dormir sem sonhar a mente a* s"r+ir "ma esc"rid#oA '"(jetivamente hL sempreo s"r+imento de al+oA 9 "e s"r+e por2m n#o tem necessariamente de aparecer diretamenteA"ando se di* "e a"ela senhora +orda n#o come d"rante o dia sa(emos "e ela deve comer Inoite por"e ela 2 +ordaA Cont"do a nossa mente n#o a* s"r+ir a vis#o dela comendo I noiteem(ora haja o s"r+imento da compreens#o desse atoA

< alha principal do "so da palavra \claridade\ neste contexto 2 "e \claridade\ implica "e o "e"er "e esteja claro estL em oco caso seja vis"al o" estL compreendido caso seja concept"alA

-as isso n#o 2 necessariamente assimA "ando tiramos os nossos .c"los e olhamos para al+"2m anossa mente a* s"r+ir al+o indistinto e "ando n#o compreendermos o "e al+"2m di* isso a*s"r+ir con"s#oA Em am(os os casos hL o s"r+imento de al+oA Convencionalmente seria meio

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estranho di*er "e al+o indistinto o" "ma con"s#o sejam clarosA

Consci*ncia ?m Enaar com os Conteúdos de "ma E0peri*ncia

!or exemplo os s"r+imentos das ima+ens tam(2m ocorrem com "m espelho "ma placa oto+rLicao" "m monitor de comp"tadorA 'endo assim a im de dierenciar a mente de "m espelho a palavra

se+"inte \aperce(imento\ 2 adicionada I deiniç#oA ;ma ve* mais 2 "m s"(stantivo ver(al com"m o(jeto e n#o "m Rs"(stantivo "antitativoA ] \estarse consciente de al+o\ o" \a*endo de al+o"m o(jeto da consciHncia\ mas n#o necessariamente como "m ato consciente de orça de vontadeA

Cont"do o termo in+lHs \a@areness\ 4\consciHncia\ o" \aperce(imento\8 tam(2m 2 en+anosoA 9termo ti(etano 2 explicado como "m \en+ajar com\ o" \relacionar a\ "m o(jetoA !or2m aocontrLrio das palavras in+lesas \en+a+ement\ 4en+ajamento8 o" \relation\ 4relacionamento8 a

 palavra ti(etana n#o carre+a a conotaç#o de "ma li+aç#o emocionalA 'erse desape+ado em relaç#o aal+o tam(2m 2 "ma orma de en+ajamento com esse al+o o" "m modo de se relacionar com eleA <

 palavra ti(etana a"i trad"*ida como \en+ajamento\ o" \relacionamento\ si+niica literalmente\participar em al+o\A Conota a*erse al+o co+nitivo com "m o(jetoA !ode ser por exemplo vHloo"vílo pensLlo o" sentíloA %sso 2 o "e estL acontecendo "ando experienciamos al+oA &L "m

s"r+imento de al+o e "m en+ajar com esse al+o n"ma maneira co+nitivaA &L o s"r+imento de "mavis#o e o ver dessa vis#o o s"r+imento de "m pensamento e o pensar dele e assim por dianteA !araacilidade de express#o e com todas as "aliicaçJes previamente mencionadas diríamos "e amente a* s"r+ir al+o e apreende esse al+oA

<"i a palavra in+lesa \a@areness\ 4\consciHncia\ \aperce(imento\8 2 en+anadora no sentido em"e implica "e n.s compreendemos al+o e estamos conscientes desse al+oA -as n#o 2necessariamente o casoA N#o compreender al+o 2 tal como compreender al+o "ma orma deen+ajar com "m o(jetoA "er estejamos conscientes o" inconscientes de al+o ainda somos capa*esde experienciar este al+oA !or exemplo podemos estar alando com al+"2m com "ma hostilidadeinconscienteA Em(ora a nossa hostilidade seja inconsciente ela existeA N.s tam(2m a

experienciamos e ela prod"*irL "m eeitoA <ssim o alcance do conceito ("dista +eralmentetrad"*ido como \consciHncia\ 2 m"ito maior do "e o da palavra in+lesa e"ivalenteA

Em cada momento ent#o hL "m s"r+imento Rde al+oS e "m en+ajar co+nitivo com al+oA !or2mestes dois n#o ocorrem "m ap.s o o"troA N#o 2 o caso "e primeiro "m pensamento s"r+e e depois o

 pensamosA 9 processo 2 n#o de dois eventos acontecendo consec"tivamente mas de d"as "nçJesocorrendo sim"ltaneamenteA < mente a* s"r+ir "m pensamento e pensao sim"ltaneamenteA !aracada ser com "ma mente isto estLse a passar a cada momentoA Esta 2 a experiHncia n#o s. da vidamas at2 da morteA

Meramente

< terceira palavra da deiniç#o \meramente\ esta(elece o mínimo (Lsico "e precisa ocorrer para"e haja experiHnciaA < mente precisa meramente de a*er s"r+ir al+o e co+nitivamente se en+ajarcom esse al+o de al+"ma maneiraA \-eramente\ ent#o excl"i a necessidade de "al"er orçasi+niicativa de atentividade dos conte0dos de "ma experiHncia P na terminolo+ia ocidentalconsciHncia delesA Excl"i tam(2m a necessidade de "al"er nível si+niicativo de compreens#oemoç#o o" avaliaç#oA ;ma experiHncia 2 simplesmente "m evento co+nitivoA

<ssim o sono pro"ndo sem sonhos tam(2m 2 "ma experiHnciaA N#o podemos di*er "e "andoestamos dormindo sem sonhar deixamos de ter "ma mente o" "e a mente deixa de "ncionarA 'e amente osse desli+ada d"rante o sono como poderia aperce(erse do som do despertador de modo a

 poder ser li+ada o"tra ve*Z < experiHncia do sono pro"ndo ent#o implica a mente a*er s"r+ir "ma

esc"rid#o e en+ajar com ela estando a(sorvida com atenç#o mínima I percepç#o sensorialA<l2m disso a palavra \meramente\ tam(2m excl"i a existHncia de 418 "m \e"\ o" \mente\ s.lida econcreta dentro da nossa ca(eça "e estL experienciando o" controlando a experiHncia como se

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"m textoA Nem estamos ocali*ando atentamente n"m estado mental como o amor "e criamos e+eramos no sentido em "e tra(alhamos para o sentir coniando diretamente o" atrav2s damem.ria n"ma linha de raciocínio tal como \todos os seres oram minhas m#es em vidas passadase demonstraramme (ondade\A N#o temos de +erar o" a(ricar artiicialmente a nat"re*a da menteA] sempre o casoA < experiHncia estL sempre acontecendo P n#o temos de a*Hla acontecerA

<ssim com a meditaç#o na mente estamos ocali*ando atentamente em al+o "e estL acontecendotodo o tempo e "e oi sempre o casoA -as isto n#o se a* no sentido de o(servar o processoA %ssoseria "ma ve* mais tornar a mente n"m o(jeto como "ma vis"ali*aç#o e seria (aseado na mLcompreens#o consciente o" inconscientemente de "ma d"alidade entre "m o(servador e o evento"e estL acontecendoA !elo contrLrio estamos ocali*ando atentamente mas n#o a"toconscientemente no estar nesse processo P a*endoo simplesmente \direito sem desvios\ comominha m#e diriaA

A Analoia de "ma 9anterna Eltrica

Como 2 m"ito diícil compreender corretamente o "e 2 "e devemos a*er na meditaç#omaham"dra vamos examinLla em termos da analo+ia de "ma lanterna el2tricaA 'e estivermos

il"minando al+o com "ma lanterna el2trica hL trHs coisas nas "ais podemos ocali*ar a atenç#o Pa"ilo "e estL sendo il"minado a pessoa "e estL se+"rando a lanterna el2trica o" a pr.prialanterna el2tricaA Normalmente passamos a vida ocali*ando no "e estL sendo il"minado por essalanterna el2tricaA Estamos presos nos conte0dos da nossa experiHnciaA Entramos no "arto do nossoilho e vemos a ro"pa e os (rin"edos espalhados por todo o ladoA ,icamos ixados neles e+ritamosA ,icamos a+itados por"e estamos enredados e +r"dados nos conte0dos da nossaexperiHncia de ver o "arto desarr"madoA Estamos ocali*ando apenas no "e a lanterna el2tricaestL il"minandoA

Tam(2m podemos olhar para a vida do ponto de vista da pessoa se+"rando a lanterna el2tricaA Comtal perspectiva li(ertamonos da experiHncia e n"m sentido s"(jetivo sentamonos na parte de trLs

da nossa ca(eça e apenas o(servamos o "e estL acontecendoA Este 2 "m peri+o "e pode s"r+ir"ando praticamos o estilo vipassana de meditaç#o da atenç#o plena de "ma maneiradese"ili(radaA )e modo a desconstr"ir a nossa experiHncia e tornarmonos conscientes daimpermanHncia o" m"dança de momentoamomento na meditaç#o vipassana n.s o(servamos P Isve*es at2 com palavras mentais P "e a+ora esta sensaç#o estL s"r+indo e "e a+ora ela estL

 passando "e a+ora o"tra estL s"r+indo e assim por dianteA Cont"do simplesmente o(servar \a+oraesto" vendo isto e a+ora esto" vendo a"ilo\ poderia Icilmente de+enerar ao ponto de estarmosapenas o(servando "e o "arto do nosso ilho estL s"jo sem di*erlhe para arr"mLlo nem arr"mLlo n.s mesmosA

Com meditaç#o maham"dra n#o estamos ocali*ando nem no "e a lanterna el2trica estL

il"minando nem em ser a pessoa se+"rando a lanterna el2tricaA Em ve* disso estamos olhando do ponto de vista da pr.pria lanterna el2tricaA N"m sentido estamos ocali*ando em ser a lanternael2tricaA -as o "e si+niica ocali*ar em ser a lanterna el2tricaZ N#o 2 meramente o(servar o

 processo de s"r+ir a aparHncia o" ocorrHncia de al+o P 2 apenas a*HloA Cont"do n#o 2 \a*Hlo\ demaneira intencional e ativa nem meramente passiva deixandoo ocorrer como se p"dessemoscontrolLlo mas n#o a*HloA N#o hL nenh"m ator de controle nem se"er no sentido do processoestar \ora do controle\ "e poderia precipitar a ansiedade e o medoA Nem 2 apenas a*Hlo sematenç#o como "ma vaca olhando para a parede do c"rralA ] a*Hlo com pereita claridade econsciHncia no sentido do si+niicado "s"al das d"as palavras in+lesas P com oco mental claro econsciHncia 4aperce(imento8 atentosA Tentamos ocali*ar estando alertas com rescor e atenç#o totalno "e estL ocorrendo com cada momento de experiHncia sem estarmos ocali*ados em n.s

mesmos n#o icando presos no "e estamos experienciando o" em ser a"ele "e o estLexperienciandoA

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's Estáios !niciais da Meditação Ma7am"dra

Em(ora a prLtica maham"dra possa parecer simples P \apenas descanse no estado nat"ral da mente\ P 2 de ato extremamente diícil de a*er corretamenteA 'e osse assim tao simples n#o haverianecessidade de prLticas preliminares para enra"ecer os (lo"eios mentais e ac"m"lar orça

 positivaA Cont"do at2 s. com "ma "antidade mínima de prLticas preliminares podemos começar anossa prLtica a "m nível inicial como explicado por exemplo em Ma&amudraD "liminando a

 "scuridão da Ignor:ncia pelo %Y KarmapaA

9 primeiro estL+io da prLtica 2 tra(alhar com a experiHncia da vis#o das coisasA < meditaç#o-aham"dra 2 sempre eita com os olhos (em a(ertosA 9lhamos em toda a nossa volta lentamentesendo apenas a lanterna el2trica ocali*ando atentamente no processo co+nitivo "e estL ocorrendodo mero s"r+ir e en+ajar com "ma vis#oA ;ma ve* mais lem(remse "e a"i \processo\ n#osi+niica "ma se"Hncia de açJes o" eventos mas pelo contrLrio "ma 0nica aç#o o" evento "eenvolve dois aspectos em sim"ltâneo o s"r+ir e o en+ajar sem "e haja "m a+ente consciente"erendo "e isso aconteça o" a*endo com "e isso aconteçaA &L "ma +rande dierença entre por"m lado resolvermos desviar o eno"e da nossa atenç#o de modo a olharmos para "m o(jetodierente e por o"tro ao ocali*armos nesse o(jeto "erer conscientemente "e s"a vis#o s"rja e

"e o ver da vis#o ocorraA Eles apenas acontecem n#o 2Z)epois investi+amos do ponto de vista da lanterna el2trica a dierença entre ver a parede o" ochao o" al+o a*"l o" al+o amareloA "al 2 a dierença entre ver o vaso de lores na mesa o" os

 pratos s"jos ao se" lado com +"ardanapos amarrotados molhados com os restos de comidaZ )o ponto de vista de haver "m s"r+ir e "m en+ajar com os conte0dos de "ma experiHncia P com "mavis#o P hL al+"ma dierença em termos do processo co+nitivoZ

)o ponto de vista da lanterna el2trica n#o hL nenh"ma dierençaA 'e icarmos +r"dados nosconte0dos icaremos emocionalmente envolvidos de "ma maneira pert"r(adoraA -as se n.s osexperienciarmos do ponto de vista da pr.pria lanterna el2trica n#o icaremos pert"r(ados com aatraç#o e o ape+o o" a rep"lsa e a raivaA )eixamos de icar t#o o(secados com os conte0dos da

nossa experiHncia e em ve* disso ocali*amos no lado experiencial da experiHnciaA!odemos ent#o tentar o mesmo experimento com exemplos mais desaiantesA "al 2 a dierençaentre verse "ma pessoa o" a parede ao se" lado verse "ma pessoa o" "ma oto de "ma pessoaverse "m homem o" "ma m"lher verse al+"2m (onito o" al+"2m eio verse "ma criançadormindo o" sendo mal ed"cada verse nosso melhor ami+o o" nosso pior inimi+o verse "ma

 palavra impressa o" "m papel em (ranco verse escrita n"ma lín+"a "e conhecemos o" n"ma "en#o conhecemos verse escrita n"m ala(eto "e conhecemos o" n"m "e n#o conhecemos verseal+o na televis#o o" al+o ao lado dela e assim por dianteZ Temos "e ser criativos com a nossameditaç#oA

 No entanto devemos ter c"idado ao a*er istoA N#o "eremos apenas ocali*ar no lado experiencial

divorciado dos conte0dos por"e ent#o n#o rea+imos nem respondemos a "al"er coisaA )o pontode vista do processo co+nitivo 2 verdade "e n#o hL nenh"ma dierença entre verse "m carrovindo pela r"a a(aixo o" verse "e n#o hL nada vindoA N#o o(stante isso n#o ne+a o ato "e do

 ponto de vista de "erermos atravessar a r"a hL "ma dierença m"ito +randeA 'e i+norarmos o ponto de vista convencional e icarmos +r"dados no lado experiencial do ver provavelmenteseremos atropelados por "m carro se tentarmos atravessar a r"aA <creditar "e n#o hL nenh"madierença em todos os níveis e depois n#o rea+ir Is dierenças "e de ato existem 2 irse aoextremo de ixar no lado experiencial de "ma experiHncia como se existísse divorciado dos se"sconte0dosA <ssim devemos tentar evitar am(os os extremos de estarmos demasiado presos nosconte0dos de "ma experiHncia o" demasiado divorciados delesA

<p.s ter investi+ado ver as coisas se+"imos "m processo semelhante com o"vir sonsA "al 2 adierença entre o"vir o som dos pLssaros o" trLe+o m0sica o" "ma criança (atendo ca.ticamenten"m tam(or m0sica s"ave o" a (roca do dentista "ma canç#o "e adoramos o" "ma "e odiamos

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"ma vo* o" o vento a vo* de al+"2m "e amamos o" de al+"2m "e detestamos palavras "ecompreendemos o" palavras "e n#o compreendemos "m mos"ito *"m(indo I volta da nossaca(eça o" "m mos"ito no o"tro lado da janela echada ao lado da nossa orelha e assim por dianteZ)epois a*emos o mesmo com a variedade de odores tais como os de p. talco per"mado e daralda s"ja do (e(HQ sa(ores tal como os de "ma laranja e de vina+reQ e sensaçJes tLteis tais comoa*er c.ce+as e arranhar com m"ita orça a palma da nossa m#oA )epois investi+amos os vLrios

 pensamentos tais como os pensamentos ver(ais o" os com ima+ensQ os vLrios sentimentos taiscomo a elicidade e a triste*aQ vLrias emoçJes positivas e pert"r(antes como o amor e o .dioQ e osvLrios níveis de estados meditativos concentrados com silHncio mentalA < se+"ir a isso comparamosos sentidos tais como a vis#o e a a"diç#oQ e depois a mente "niocada na concentraç#o e a mentemovimentandose com os pensamentosA ,inalmente simplemente nos sentamos e se+"imos omesmo procedimento com "al"er experiHncia "e ocorra atrav2s de al+"ns dos sentidos o"apenas atrav2s da menteA !ermanecemos atentos ao processo do mero s"r+ir e en+ajar sem icarmos+r"dados nos conte0dos nem i+norLlos completamenteA Este 2 o primeiro estL+io da prLtica demaham"draA

ene(ícios do Estáio !nicial da Prática

-esmo se n#o prose+"imos mais al2m na nossa prLtica de maham"dra este estL+io inicial 2 em si pr.prio extremamente 0til e serviçalA 3amos de 2rias I costa e icamos n"m "arto de hotelAEntramos no "arto e na janela temos "ma paisa+em horrívelA '. podemos ver a parede do ediícioao lado e icamos m"ito alitosA Ent#o a*emos este tipo de meditaç#oA "al 2 a dierença entre ver"ma vista (onita o" eiaZ )o ponto de vista da vis#o 2 apenas "ma vis#oA !ensando deste modoaj"danos a n#o icarmos t#o ape+ados o" irritadosA Ent#o n"m estado de mente calmo aplicamos oconselho de 'hantideva I nossa sit"aç#o: \'e p"dermos m"dar de "arto para "e icar a+itadosZ-"damos apenas de "artoA E se n#o p"dermos m"dar de "arto para "e icar a+itadosZ %ssotam(2m n#o nos irL aj"darA <l2m disso "e dierença a* a vistaZ 'e "isermos ver o oceano

 podemos ir at2 ao telhado do resta"rante o" ir at2 lL ora\A

'"ponhamos "e s"cedemos em trocar de "arto e icamos n"m "e estL em rente I praiaAEntramos no "arto e o"vimos "m +rande r"ído do trLe+o da r"a movimentada I rente do hotel eicamos de novo chateadosA ;ma ve* mais ocali*amos em: "al 2 a dierença entre o"vir o trLe+oo" o som das ondasZ )epois aplicamos o"tra ve* o conselho de 'hantideva o" se decidirmos n#onos incomodar tentando o"tra ve* trocar de "arto e icar com este recordamos o primeiroverdadeiro ato da vida P "e a vida 2 diícilb 'em aplicar m2todos eica*es para lidar com a nossasit"aç#o iremos arr"inar as nossas 2rias inteirasA

<ssim o nível inicial da prLtica maham"dra pode ser "m dos m2todos mais eica*es para se lidarcom o r"ídoA )esviando o eno"e da nossa atenç#o no r"ído e no remoer nele para o processoco+nitivo "e estL ocorrendo do mero s"r+imento de "m som e da s"a a"diç#o aperce(emonos "e

o s"r+imento do r"ído do trLe+o 2 o simples s"r+imento de o"tro som e "e o o"vir 2 apenas o"traexperiHncia de a"diç#oA N#o hL nada maisA Com esse desvio de eno"e experienciamoss"(jetivamente o mesmo evento de o"vir o trLe+o de "ma maneira "alitativa totalmente dierenteA< nossa experiHncia de o"vir o r"ído pode ser a+ora acompanhada pela indierença pa* mental o"at2 elicidade em ve* de raiva inelicidade e pena de n.s mesmosA

B 's Níveis Mais Pro("ndos da Meditação Ma7am"dra

Meditação Ma7am"dra na Nat"re,a Convencional da Mente

< reali*aç#o maham"dra n"nca 2 \3iver nat"ralmente como "m animalA <penas olhar e o"vir semter pensamentos\A N#o se trata disso de modo nenh"mA <l2m disso mesmo se ossemos capa*esatrav2s dos m2todos maham"dra iniciais de atin+ir "m nível tal "e n#o icamos mais pert"r(ados

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 pelos conte0dos da nossa experiHncia n#o nos devemos en+anar pensando "e a prLtica maham"dra2 (em simples o" "e se red"* a este nível inicialA ] "m passo na direç#o correta P "m passo m"ito+rande P mas ainda n#o 2 "ma compreens#o pro"nda do maham"draA !ara apro"ndarmos aindamais a prLtica maham"dra precisamos desenvolver shamata "m estado de mente estLvel eserenamente tran"ilo e completamente a(sorto com concentraç#o "niocada na pr.pria mente "eno inicia se a* ocali*ando especiicamente na s"a nat"re*a convencional como mero s"r+ir e

en+ajarA 9 % !anchen Mama em 9m +e8to /aiz 'ara o lorioso Ma&amudra na +radi5ão elug( agyu começa a s"a apresentaç#o da meditaç#o maham"dra neste pontoA

&L d"as maneiras clLssicas de descrever o processo meditativoA ;ma 2 "e com consciHncia mentaln.s ocali*amos na experiHncia do mero s"r+ir e en+ajar "e a+ora recordamos do momento deco+niç#o imediatamente precedenteA < o"tra 2 "e "m aspecto da mente oca no mero s"r+ir een+ajar do se" pr.prio momento de co+niç#oA Nos dois casos "samos plena atenç#o para manter ooco mental da nossa atenç#o na pr.pria menteQ e atentividade para notar e corri+ir "al"er desviodeste oco devido I "+acidade da mente o" ao torpor mentalA "ando tivermos eliminadototalmente estas alhas da nossa meditaç#o atin+imos samadhi P "m estado de concentraç#oa(sortaA <lcançamos shamata "ando al2m disso n.s experienciamos acompanhando o samadhi

"ma serena e ale+re sensaç#o de malea(ilidade e aptid#o ísica e mental de sermos capa*es de nosconcentrar pereitamente em "al"er coisa d"rante o tempo "e desejarmosA

)"rante todo este processo de se o(ter shamata atrav2s da meditaç#o maham"dra n.s apenasocali*amos na pr.pria mente "e 2 "ma maneira de aperce(er al+o e n#o "ma orma de enomenoísicoA !or2m "al"er momento mental em "e ocali*amos tem "m o(jetoA Consideremos oexemplo da consciHncia sensorial em "e o o(jeto apreendido por essa consciHncia 2 "m tipo deenomeno ísico tal como "ma vis#o o" "m somA )"rante as ases iniciais deste estL+io dameditaç#o maham"dra ocali*ado no mero s"r+ir e en+ajar "e constit"i a nat"re*a convencional daconsciHncia sensorial o nosso oco apenas na pr.pria consciHncia sensorial a* com "e a co+niç#osensorial "e a acompanha se torne "mapercepç#o inatentaA 9" seja a consciHncia sensorial aindaa* s"r+ir o se" o(jeto por exemplo "ma vis#o mas como essa consciHncia sensorial 2 o o(jeto

 principal so(re o "al a nossa consciHncia mental meditativa estL ocali*ando ela n#o apreendeirmemente o se" o(jeto a vis#oA EstL inatenta desta vis#o e assim a nossa consciHncia mentalmeditativa n#o a* s"r+ir "ma aparHncia clara da vis#oA Event"almente "ando a nossa colocaç#o"niocada da mente na mente se torna apereiçoada a nossa consciHncia mental meditativa a*s"r+ir apenas o mero s"r+ir e en+ajar "e constit"i a consciHncia sensorial so(re a "al estLocali*adaA N#o a* s"r+ir de modo nenh"m "al"er aparHncia do o(jeto dessa consciHnciasensorialA

Esta experiHncia meditativa 2 reminiscente de como a mente de "m arya ocali*ado em a(sorç#ototal o" \e"ilí(rio meditativo\ na vac"idade de "m o(jeto di+amos "ma vis#o a* s"r+ir "maaparHncia s. da vac"idade da vis#o e n#o da pr.pria vis#oA !or2m a vac"idade n#o existe

separadamente da s"a (ase por exemplo da vis#oA ] somente devido aos o(stLc"los "e aindaaetam a mente de "m arya em a(sorç#o total "e s"a mente a(sorta 2 incapa* de a*er s"r+irsim"ltaneamente a vac"idade e s"a (ase como se"s o(jetos de co+niç#oA 'imilarmente aconsciHncia sensorial n#o existe separadamente do se" o(jeto co+nitivo por exemplo "ma vis#oA ]devido apenas aos o(stLc"los ainda aetando a mente de "m praticante de maham"dra ainda n#oil"minado "e estL ocali*ada "niocadamente na nat"re*a convencional de "ma consciHnciasensorial "e a s"a mente totalmente a(sorta 2 incapa* de a*er s"r+ir am(as a consciHnciasensorial e se" o(jeto sensorial como o(jetos da s"a pr.pria co+niç#oA

< se+"ir considerem o exemplo de "ma mente meditando em maham"dra ocali*ando no meros"r+ir e en+ajar de "ma consciHncia mental por exemplo de "m pensamento ver(al o" pensamento

com ima+ensA No início a apreens#o de "e os conte0dos do pensamento s#o meramente al+o "e anossa mente estL a*endo s"r+ir enra"ece o poder sed"tor dos conte0dosA !or2m event"almenteos conte0dos do pensamento deixar#o de s"r+ir assim "e ocali*amos no mero s"r+ir e en+ajar damente "e os estL pensandoA 9s mesmos o(stLc"los impedindo a mente totalmente a(sorta n"ma

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consciHncia sensorial de a*er s"r+ir sim"ltaneamente o o(jeto dessa consciHncia a"tomaticamenteo(str"em a nossa mente de a*er s"r+ir os conte0dos de "m pensamento assim "e ocali*armos nomero s"r+ir e en+ajar "e constit"i esse pensamentoA <ssim a mente "niocada na nat"re*aconvencional da mente a* s"r+ir a aparHncia P si+niicando a ocorrHncia maniesta e n#o "maspecto vis"al P simplesmente de mero s"r+ir e en+ajar "er esteja ocali*ando na nat"re*aconvencional de "m momento de consciHncia sensorial o" mentalA

A Necessidade da Meditação na Nat"re,a Convencional e na Nat"re,a Mais Pro("nda doSE"S

Em se+"ida a tradiç#o el"+Ka+y" de maham"dra prescreve a meditaç#o na nat"re*a mais pro"nda da mente P s"a vac"idade o" a"sHncia de existir em "al"er maneira antasiadaimpossívelA Ela precede isto com a meditaç#o na nat"re*a mais pro"nda do \e"\A !recisamos verestas d"as coisas com "ma mente excepcionalmente perceptiva vipashyanaA <lcançamos essamente "ando com (ase em shamata ocali*ado na s"a vac"idade experienciamossim"ltaneamente "ma serena e ale+re sensaç#o adicional de malea(ilidade e aptid#o ísica e mentalde sermos capa*es de perce(er e compreender "al"er coisaA Em(ora iremos a+ora explorar estas

meditaçJes na vac"idade de acordo com a explicaç#o el"+Ka+y" vamos examinLlas de "mamaneira e n"m contexto "e permite s"a aplicaç#o a todas as tradiçJes de maham"dra P el"+Ka+y" p"ramente Ka+y" e 'ayaA

Em(ora "ma compreens#o correta da vac"idade de am(os \e"\ e mente seja necessLria para noslivrarmos do n#o aperce(imento da realidade "e 2 a verdadeira ca"sa de todos os nossos

 pro(lemas da vida tam(2m 2 precisa para s"perar as alhas s"tis "e s"r+em em "al"er orma demeditaç#oA "al"er meditaç#o ("dista incl"indo maham"dra envolve 418 a atenç#o n"m o(jetoo" estado mental 4>8 compreendelo 4O8 5atenç#o consciente7 para permanecer com am(os oo(jeto o" estado mental e a compreens#o dele e para n#o perder nenh"m deles devido I "+acidadeda mente o" ao torpor mental e 4G8 vi+ilância para detectar estes o(stLc"los e para corri+ílos se e"ando ocorreremA -as mesmo com todos estes atores mentais presentes temos de ser capa*es deocali*ar no mero s"r+ir e en+ajar sem nos conce(ermos como sendo "em estL o(servando a s"aocorrHncia o" "em estL a*endoos s"r+ir e controlandoosA 'e n#o tornamonos conscientes den.s mesmos e assim experienciamos ormas s"tis de distraç#oA < 0nica maneira de livrar a nossameditaç#o de tais alhas 2 acompanhLla com "ma compreens#o da nat"re*a convencional e e va*iado \e"\A

Convencionalmente \e"\ existoA \E"\ esto" pensando \e"\ esto" experienciando \e"\ esto"a+indo P n#o o"tro al+"2mA Cont"do este \e"\ convencional n#o existe em nenh"ma maneiraantasiada impossível por exemplo como "ma pessoa s.lida \e"\ dentro da nossa ca(eça "e 2 oa+ente o" o controlador de t"do "e acontece o" "em o experienciaA Esse \e"\ 2 chamado o also\e"\ e n#o se reere a "al"er coisa realA <ssim o \e"\ convencional 2 va*io de existir como "m

also \e"\A Compreender esta distinç#o 2 cr"cial para eliminar os o(stLc"los "e impedem a nossali(eraç#o e il"minaç#oA

"ando apreendemos a nossa mente como sendo al+o s.lido ima+inamos nat"ralmente "m \e"\s.lido atrLs dela "e a "sa para experienciar a vidaA Essa vis#o de n.s +era a a"topreoc"paç#o aa"toimportância e o e+oísmo "e por s"a ve* ca"sam todas as nossas diic"ldades na vida eimpedem "e sejamos da maior aj"da aos o"trosA <ssim a ordem de como as ca"sas dos nossos

 pro(lemas s"r+e 2 "e primeiro apreendemos a nossa mente e experiHncia como existindosolidamente e depois "m \e"\ s.lido existindo atrLs delasA

-esmo se compreendHssemos como a nossa mente existe em relaç#o I realidade por o"tras palavras mesmo se compreendHssemos a relaç#o entre a experiHncia e os se"s conte0dos

 poderíamos ainda ima+inar \e"\ s.lido e independente atrLs desse processo "e 2 o a+ente o" ocontrolador do processo n#os.lido o" "em o experienciaA !ortanto a ordem da prLtica demeditaç#o para remover as ca"sas dos nossos pro(lemas 2 primeiro compreender a nat"re*a mais

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 pro"nda do \e"\ e depois da pr.pria mente o" experiHnciaA < nat"re*a mais pro"nda do \e"\ 2 as"a vac"idade o" seja a alta do \e"\ convencional existindo I maneira de "m also \e"\A

A Nat"re,a Convencional e a Nat"re,a Mais Pro("nda do SE"S

 No ("dismo o \e"\ convencional e also 2 dierente dos \e+os\ sa"dLveis e inchados disc"tidos na

 psicolo+ia ocidentalA < noç#o ocidental destas d"as esp2cies de e+o 2 "e eles s#o tipos deconsciHnciaA 9 \e"\ convencional por o"tro lado s. pode ser "m o(jeto da consciHnciaA Nao sendonem "ma maneira de estar ciente de al+o nem "ma orma de enomeno ísico 2 "ma variLvelexistente "e n#o o(stante aeta a nossa experiHnciaA 9 also \e"\ p"ra e simplesmente n#o existeA'. pode existir "ma ideia deleA Cont"do pensar e a+ir com (ase nessa ideia tam(2m aeta a nossaexperiHnciaA

Em(ora o e+o sa"dLvel da maioria das pessoas esteja normalmente mist"rado com "m e+o inchado para inalidades de disc"ss#o podemos dierenciar os doisA ;m e+o sa"dLvel 2 "m sentimento de sio" "m sentido (emdesenvolvido do \e"\ como "m indivíd"o "e nos permite or+ani*ar e tomarresponsa(ilidade pela nossa vidaA 'em "m e+o sa"dLvel n.s de manh# n"nca sairíamos da camanem nos vestiríamosA 9 \e"\ "e 2 o o(jeto do oco de "m e+o sa"dLvel 2 anLlo+o ao \e"\

convencional disc"tido no ("dismoA ;m e+o inchado 2 "m sentimento de si o" "m sentido do \e"\como o centro do "niverso a pessoa mais importante do m"ndo "e deve ter sempre s"a vontadesatiseitaA 9 \e"\ "e 2 o o(jeto de oco de "m e+o inchado 2 anLlo+o ao also \e"\ ("dista nosentido de "e 2 "ma ideia de "m projetado em e mist"rada com "m \e"\ convencionalA

;m e+o inchado ent#o 2 o e"ivalente ocidental mais pr.ximo ao "e chamamos no ("dismo\apreender o `e"` como existindo solidamente\ "e si+niica apreender o" tomar o \e"\convencional como se existisse I maneira de "m \e"\ alsoA ] certo "e os e+os inchados existemmas a ideia de "m \e"\ also so(re o "al esse e+o estL ixado n#o se reere a al+o realA <compreens#o da a"sHncia de "m verdadeiro reerente para essa ideia de "m \e"\ also 2 acompreens#o da vac"idade do \e"\ P o" seja a compreens#o da a"sHncia do \e"\ convencional

existindo I maneira de "m \e"\ alsoA-as ent#o se o \e"\ convencional n#o existe I maneira de "m \e"\ also como existeZ "ando nos

 parece "e \e"\ esto" experienciando al+o P por exemplo "e \e"\ esto" pensando "m pensamento o" sentindo "ma emoç#o o" vendo "ma vista P o "e aparece o" simplesmenteacontece 2 a experiHncia de pensar sentir o" ver com os se"s conte0dosA Com (ase nessaexperiHncia "samos a palavra r.t"lo mental convenç#o o" conceito \e"\ para or+ani*ar tornarinteli+ível e descrever essa experiHnciaA !odemos di*er o" pensar \ `E" ` esto" experienciando isto\em(ora n#o tenhamos de o a*er por orma a realmente o experienciarmos no sentido ("dista da

 palavra \experiHncia\A

9 \e"\ neste exemplo 2 o \e"\ convencionalA Existe apenas no sentido em "e pode ser imp"tado

o" rot"lado mentalmente em "al"er momento o" s2rie de momentos da experiHncia de "mindivíd"o a im de or+ani*ar compreender descrever e reerir a essa experiHnciaA No entanto o\e"\ convencional n#o 2 a palavra o r.t"lo o" o conceito \e"\A ] a"ilo a "e essa palavra r.t"loo" conceito se reere "ando 2 rot"lada so(re "ma (ase apropriada e "sada para descrevHla talcomo "m momento da experiHncia de "m l"xomental partic"lar e individ"alA Cont"do o \e"\convencional n#o existe como "m \e"\ s.lido na nossa ca(eça como o controlador o" o a+ente danossa experiHncia o" como "em o experienciaA Esse \e"\ s.lido seria "m exemplo de "m \e"\also e n#o se reere a nenh"ma coisa realA

Cada momento de experiHncia 2 acompanhado por "m determinado nível dos atores mentais demotivaç#o intenç#o e determinaç#o a com(inaç#o dos "ais 2 reerida pela noç#o ocidental como

sendo \orça de vontade\A 9 \e"\ convencional pode ser rot"lado em "al"er momento deexperiHncia acompanhado por estes atoresQ assim podemos di*er \` E"` decidi a*er isso\A !or2messe \e"\ convencional n#o existe I maneira de "m \e"\ also\ por exemplo como "m a+ente

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s.lido "e tem de estar sempre controlando t"do e assim tomo" essa decis#o de modo a ter a s"avontade satiseitaA < decis#o pode ter sido acompanhada pelo ator mental de "m sentimento dea"toimportância mas isso n#o implica "m manip"lador s.lido \e"\ tomando essa decis#oA

Aplicando a Compreensão da Nat"re,a do SE"S + Meditação Ma7am"dra

9 \e"\ convencional pode ser rot"lado na/so(re a nossa meditaç#o maham"dra na nat"re*aconvencional da mente a im de or+ani*ar compreender descrever e reerir a essa experiHncia como\ `e"` esto" meditando\ \ `e"` esto" experienciando os conte0dos de cada momento de experiHncia\\ `e"` esto" atento e compreendo o "e estL acontecendo\A -as n.s precisamos compreender "eeste \e"\convencional n#o existe I maneira de "m\e"\ also a sa(er como "m meditator s.lidoatrLs da meditaç#o o" "ma pessoa s.lida atrLs de "ma experiHncia experienciandoaA

Como 2 "e esta compreens#o se aplica I maneira em "e n.s meditamos na nat"re*a convencionalda mente e da experiHnciaZ <plicase no sentido em "e essa compreens#o permitenos meditar semestarmos a"toconscientesA < nossa compreens#o permitenos n#o s. meditar mas tam(2m vivercada momento da nossa vida sem mesmo "m e+o s"tilmente inchado com o "al sentimosa"toconscientemente "e hL "m \e"\ s.lido "e estL o(servando a*endo o" controlando a

experiHnciaA "ando tivermos eliminado este nível de a"toconsciHncia jL n#o nos sentiremos\alienados\ da nossa experiHnciaA

Cont"do a im de s"ster "ma motivaç#o de ren0ncia o" de (odhichitta n#o s. para a nossameditaç#o mas a cada momento da nossa vida n.s precisamos de "m e+o sa"dLvelA 'em "m e+osa"dLvel n#o poderíamos or+ani*ar os nossos esorços em termos de \ `e"` desejo s"perar o me"sorimento\ `e"` desejo alcançar a il"minaç#o a im de (eneiciar todos os seres\A 'eríamosincapa*es de nos levar a s2rio o" de dar "al"er direç#o I nossa vidaA -as "ando en+ajamos nameditaç#o maham"dra n#o estamos visivelmente a"toconscientes nem mesmo n"ma maneira doe+o sa"dLvelA !odemos compreender isto mediante "ma analo+iaA

< a(sorç#o meditativa total na vac"idade n#o 2 acompanhada por "ma motivaç#o (odhichittaconsciente na "al n.s ativa e diretamente ocali*amos ao mesmo tempo em "e na nossaa(sorç#oA ] meramente mantida pela orça da (odhichittaA %sto si+niica "e 2 apreendida por "mamente "e tendo tido al+"ns momentos de (odhichitta como a condiç#o imediatamente anterior

 para o se" s"r+imento tem a+ora consciHncia da (odhichitta de "ma maneira latente o" n#oconscienteA < relaç#o entre a meditaç#o maham"dra e "m e+o sa"dLvel 2 "m tanto similarA "andoestamos totalmente a(sortos na nat"re*a convencional o" mais pro"nda da experiHncia n#oestamos a"toconscientes nem se"er no sentido de estarmos sim"ltaneamente ativa o" diretamenteocali*ados no ato de "e \e"\ esto" experienciando isto apenas no sentido convencionalA -as n#oo(stante a nossa meditaç#o 2 mantida pela orça de "m e+o sa"dLvelA ] apreendida por "ma mente"e tem "ma compreens#o do \e"\ convencional de "ma maneira latente o" n#oconscienteA

A )elação entre 6er a Nat"re,a Convencional e a Nat"re,a Mais Pro("nda da Mente

Tendo compreendido o modo de existHncia do \e"\ e aplicado essa compreens#o I nossa meditaç#omaham"dra na nat"re*a convencional da mente prosse+"imos a examinar e compreender anat"re*a mais pro"nda de como a pr.pria mente existeA Como o % !anchen Mama tem salientadon#o devemos deixar a nossa prLtica maham"dra apenas ocali*ada na nat"re*a convencional damente como mero s"r+ir e en+ajarA )evemos s"plementLla com meditaç#o na nat"re*a mais

 pro"nda da mente e depois em am(as na nat"re*a convencional e na nat"re*a mais pro"nda damente inseparavelmenteA

] preerível na nossa disc"ss#o n#o "sarmos os termos \verdade a(sol"ta\ o" \o nível 0ltimo da

realidade\ por"e d#o a impress#o "e o nível convencional n#o 2 (om e deve ser rejeitadoa(andonado e transcendidoA 'e o chamarmos \o nível mais pro"ndo\ 2 menos provLvel "e oconce(amos como al+o totalmente separado \lL nas alt"ras\ "e n.s "eremos realmente alcançar e

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 para o "al o nível convencional era apenas "m passoA Em ve* disso hL "m nível s"pericial e "mnível mais pro"ndo so(re t"do incl"indo a mente e os dois existemA -as nenh"m existe por si

 pr.prioA <ssim como n#o hL "m nível convencional existindo independentemente do mesmo modon#o hL "m nível mais pro"ndo existindo independentementeA Em(ora s. possamos ocali*ar nosdois níveis sim"ltaneamente se tivermos primeiro ocali*ado em cada "m individ"almente "m decada ve* devemos lem(rarnos "e seria incompleto ocali*ar apenas em "al"er "m dos dois por

siA 9 "e devemos ir al2m ent#o n#o 2 o nosso ver da nat"re*a convencional da mente mas onosso ver dessa nat"re*a convencional divorciada de ver sim"ltaneamente a nat"re*a mais pro"ndada menteA Este 2 "m ponto cr"cialA

Meditação Ma7am"dra na Nat"re,a Mais Pro("nda da Mente

!ara compreender o nível mais pro"ndo podemos examinar "m pensamento ver(al P por exemplo\isto 2 est0pido\A !ensamos em cada palavra individ"almente e lentamenteA 9 "e 2 o pensamento:\isto 2 est0pido\Z Existe como al+o em si pr.prio independentemente de "ma mente "e o esteja

 pensandoZ "al 2 a s"a relaç#o com os pensamentos individ"ais \isto\ \2\ e \est0pido\Z ]simplesmente i+"al I soma dos trHs pensamentos componentesZ 'e osse deveríamos poder pensar

\isto 2 est0pido\ mesmo se pensLssemos cada "ma das palavras componentes com "m mHs deintervalo entre cada "ma delasA )everíamos poder pensar \isto 2 est0pido\ com essas exatas palavras mentais mesmo se n#o so"(2ssemos a lín+"a port"+"esaA !or o"tro lado sera al+ototalmente separado e dierente de cada "ma das s"as palavras componentesZ 'e osse n.sdeveríamos poder pensar literalmente \isto 2 est0pido\ sem pensar em nenh"ma das trHs palavrasA<l2m disso pensar as trHs palavras "ma a "ma poderia existir por si sem ser o e"ivalente de pensar\isto 2 est0pido\A

Em(ora possamos ser capa*es de pensar "e al+o 2 est0pido sem termos de di*er assim na nossaca(eça "al 2 a relaç#o entre pensar palavras e pensar se"s si+niicadosZ 'erL "e al+o est0pidoexiste independentemente de ser o si+niicado das palavras "e o exprimem e orm"lamZ "al 2 arelaç#o entre palavras e se" si+niicadoZ "al 2 a relaç#o entre o si+niicado de palavras individ"aise o si+niicado de "ma rase composta dessas palavrasZ Examinamos pro"ndamente todas estas"estJesA )este modo a(ordamos a compreens#o da vac"idade da nossa mente e experiHncia P elasn#o existem n"ma maneira impossívelA N.s aplicamos a nossa compreens#o dos \e"s\convencionais e alsos para discernir entre as maneiras convencionais e alsas em "e a mente e aexperiHncia poderiam existirA

Compreendendo /"e o SE"S Convencional E0iste Como "ma !l"são

Como res"ltado da nossa mente a"tomaticamente a*er a nossa experiHncia de pensar n"ma raseaparecer de "ma maneira "e n#o corresponde I realidade ima+inamos instintivamente P talve*inconscientemente P "e hL "m pe"eno \e"\ dentro da nossa ca(eça o" da nossa mente "e 2 oa"tor da nossa vo* mentalA Este s.lido pe"eno \e"\ parece rece(er experienciar e avaliar ainormaç#o "e entra atrav2s dos canais sensoriais para a \sala de controle\ no nosso c2re(ro edepois parece comentar so(re ela tomar decisJes pressionar os (otJes e controlar o "e a*emosAComo conse"Hncia dessa consciente o" inconsciente antasia tornamonos m"ito a"tocentrados ee+oístas +erando todos os nossos pro(lemasA -as a nossa antasia n#o se reere a nada realA N#o hLnenh"m pe"eno ser na nossa ca(eça controlando t"doA Essa 2 "ma vis#o vinda de al+"m ilme dehorror de icç#o cientíicaA

] .(vio "e n.s existimosA Convencionalmente experienciamos a vida assim: \ `e"` esto" pensandoQ `e"` esto" vendoQ `e"` esto" decidindo a*er isto o" a"ilo\A Convencionalmentedescrevemos o "e estL acontecendo desta maneira e 2 "ma descriç#o corretaA \E"\ e n#o o"tro

al+"2m esto" pensando e decidindoA Esta 2 a verdade convencionalA -as o "e estL de ato a"sente2 "m \e"\ encontrLvel sentado na nossa ca(eça a*endo t"do istoA N.s n#o existimos da maneiraem "e parecemos existir P da maneira de existHncia em "e a nossa mente a* s"r+ir "ma aparHncia

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de "ando a* s"r+ir "ma aparHncia o" "m sentimento do \e"\A "ando compreendemos avac"idade compreendemos a a"sHncia desta maneira impossível e antasiada de existirACompreendemos "e esta maneira de existir n#o se reere a nada realA

\E"\ existo mas n#o desta maneira impossível e antasiadaA 9 "e so" \e"\ e como existoZ < 0nicacoisa "e podemos di*er 2 "e \e"\ so" o" existo simplesmente como a"ilo a "e o r.t"lo mentalo" palavra \e"\ se reere "ando 2 rot"lada n"m l"xo individ"al de contin"idade de experiHnciacomo s"a (aseA Tal \e"\ existe como "ma il"s#o no sentido em "e \e"\ pareço ser "ma entidades.lida e independente mas n#o so"A Cont"do \e"\ n#o so" "ma il"s#oA \E"\ posso experienciarelicidade o" dor "ma il"s#o n#o podeA &L "ma +rande dierença entre di*er "e \e"\ existo como "ma il"s#o e "e \e"\ sou "ma il"s#oA

Compreendendo a Nat"re,a da Mente em Termos de )ot"lamento Mental

< se+"ir aplicamos esta compreens#o da vac"idade I pr.pria menteA < experiHncia o" o mero s"r+ire en+ajar nos conte0dos da experiHncia n#o existe em nenh"ma maneira impossível e antasiadaA

 N#o 2 al+o a(sol"to o" transcendente "e "nciona dentro de n.s como "ma \coisa\ s.lida o"a(strataA 'e osse deveria poder existir por si pr.priaA -as a experiHncia o" mente tem conte0dos

e a s"a contin"idade tem "ma se"Hncia "e s"r+e dependentemente dos momentos precedentes deexperiHncia de acordo com os princípios de ca"sa e eeitoA N#o pode existir independentementedestes totalmente so*inhaA

Como podemos descrever como ela existeZ '. podemos di*er "e a mente simplesmente 2 o"existe como a"ilo a "e o r.t"lo mental o" palavra \mente\ se reere "ando 2 rot"lado so(re "mmero s"r+ir e en+ajar com os conte0dos da experiHnciaA < mente simplesmente existe em virt"de dorot"lamento mentalA < palavra \simplesmente\ n#o implica "e a mente 2 a mera palavra \mente\A;ma palavra si+niica "m si+niicadoA N#o 2 a mesma coisa "e o se" si+niicadoA < mente podeconhecer al+o a palavra \mente\ n#o podeA \'implesmente\ tam(2m n#o implica "e a mente s.existe "ando al+"2m ativamente a rot"la e di* o" pensa: \mente\A 'e assim osse n.s praticamente

n"nca teríamos "ma menteA \'implesmente\ apenas excl"i a existHncia de "al"er coisa s.lida o"inalmente encontrLvel do lado do mero s"r+ir e en+ajar "e o torna "ma \mente\ existindoindependentemente por si pr.priaA N#o podemos di*er o"tra coisaA

Compreendendo a Nat"re,a Mais Pro("nda da Mente %endo Como o Espaço e %"a Nat"re,aConvencional %endo Como "ma !l"são

< se+"ir ocali*amos na vac"idade da mente "e 2 como o espaço em(ora n#o seja o mesmo 7ue oespaçoA < noç#o ("dista de espaço n#o reere ao espaço "e al+o oc"pa I s"a posiç#o ao espaçoentre o(jetos nem mesmo ao espaço sideralA !elo contrLrio 2 "m ato im"tLvel so(re "m o(jetomaterial "e 2 o caso desde "e esse o(jeto existaA Este ato 2 "e n#o hL nada de tan+ível o"

isicamente o(str"tivo do lado do o(jeto P tal como al+"ma mat2ria primal eterna como certasescolas indianas non("distas de ilosoia mant2m P "e lo+icamente se lL estivesse irianecessariamente impedir esse o(jeto de ser maniesto e de existir em trHs dimensJesA )o mesmomodo n#o hL nada de tan+ível o" o(str"tivo P o" seja encontrLvel P nem do lado dos o(jetos nemda mente "e lo+icamente se lL estivesse iria necessariamente impedir "al"er "m deles deexistir em primeiro l"+arA Este 2 o caso inalteravelmente desde "e existam "er alemos da s"aexistHncia "e s"r+e dependentemente no sentido do rot"lamento mental P "e envolve ainsepara(ilidade das palavras o" conceitos e se"s si+niicados P o" no sentido da insepara(ilidadeda aparHncia e da menteA 'imilarmente n#o hL nada do lado dos o(jetos impedindoos de s"r+ircomo o(jetos da mente e nada no lado da mente impedindoa de poder a*er s"r+ir "ma aparHnciados o(jetosA !or2m a mente n#o 2 o mesmo "e o espaçoA < mente pode conhecer coisas o espaço

n#o podeA,inalmente ocali*amos "ma ve* mais na nat"re*a convencional da mente com a compreens#o de"e ela existe como "ma il"s#o em(ora n#o seja o mesmo 7ue "ma il"s#oA <penas parece como se

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como al+o "e s"r+e dependentemente de m"itos atores n.s as desconstr"imos o" \desolidiicamos\A !oderemos ent#o experienciLlas sem as apreender como existindo de "ma maneiraem "e n#o existem e assim sem nos desviarmos do nosso o(jetivo e sem nos perdermos nelasA

 N#o 2 "e estejemos nos esorçando por eliminar estas experiHnciasdLdivaA ] como n#oestiv2ssemos esorçandonos para eliminar o nível convencional da realidadeA -as estamostentando ver e experienciar o nível convencional destas experiHnciasdLdiva como mera parte daexperiHncia da nat"re*a da menteA <ssim tentamos experienciLlas com a compreens#o da s"anat"re*a va*ia para "e n#o as reii"emos e n#o nos tornemos ape+adosA

Meditação Não-Concept"al

;m dos níveis mais avançados da prLtica maham"dra 2 meditar na nat"re*a da mente de maneiran#oconcept"alA -as "e si+niica istoZ N#oconcept"al si+niica direto n#o atrav2s de "ma ideiaA;ma ideia de al+o 2 a"ilo "e se parece com com a"ilo "sado em pensamento para representar oitemA 9 termo 2 +eralmente trad"*ido como \ima+em mental\ mas "ma semelhança de al+o n#o

 precisa ter orma e cor especialmente no caso de "ma representaç#o mental da menteA !ara a percepç#o n#oconcept"al da mente ent#o precisamos livrarnos da 527 n"ma ideia do "e 2 o

mero s"r+ir e en+ajar com conte0dos da experiHnciaA Temos de ver e ocali*ar no processodiretamenteA

< percepç#o mental direta e n#oconcept"al de al+o ent#o n#o envolve o pensar em(ora 2 claro"e a mente ainda esteja "ncionando e haja co+niç#o mentalA Cont"do as noçJes ocidentais e

 ("distas do \pensar\ s#o completamente dierentesA < noç#o ocidental implica "ma se"Hncia de pensamentos concept"ais e normalmente ver(ais en"anto "e a noç#o ("dista do pensamentoconcept"al 2 m"ito mais lar+aA N#o s. tam(2m incl"i processos mentais "e envolvem ideias n#over(ais tais como ima+ens mentais mas tam(2m a mera ocali*aç#o mental em al+o atrav2s de"ma ideia desse al+oA ;ma co+niç#o mental n#oconcept"al de al+o estL livre n#o s. do pensar nosentido ocidental do termo comotam(2m mais extensivamente no sentido ("distaA

<l2m disso n#oconcept"al n#o si+niica sem compreens#oA 'i+niica meramente sem depender de"ma ideia de al+o P de "ma orm"laç#o ver(al representaç#o sim(.lica o" at2 de "m sentimentoa(stratoA !odemos compreender al+o sem necessariamente compreendHlo atrav2s de "ma ideiadeleA -as em(ora possamos compreender al+o diretamente sem mist"rLlo com "ma ideia ver(al o"de ima+em ainda hL compreens#oA Este 2 o ponto cr"cialA !recisamos n#o s. ver diretamente masver diretamente e com compreens#o a nat"re*a convencional e a nat"re*a mais pro"nda da mente

 P primeiro "ma de cada ve* e depois as d"as sim"ltaneamenteA

3er al+o com os nossos olhos 2 a"tomLticamente n#oconcept"alA Toda a percepç#o sensorial 2 n#oconcept"alA %sso no entanto n#o envolve necessariamente a compreens#o do "e 2 visto porexemplo verse "m ala(eto estran+eiro "e n#o compreendemosA !or2m o ver mental P e n#o no

sentido de vis"ali*ar "m 6"da P 2 o"tra coisaA <t2 a+ora na nossa disc"ss#o temos "sado aexpress#o \verse al+o com a nossa mente\ si+niicando compreendHlo e isso 2 +eralmenteconcept"al o" seja por interm2dio de "ma id2iaA Compreenderse al+o n#oconcept"almente n#o 2nada LcilA

Temos de ter c"idado para n#o con"ndir "ma compreens#o concept"al de al+o com o "e aslín+"as ocidentais se reerem como "ma \compreens#o intelect"al\A ;ma compreens#o intelect"al

 pode ser derivada conscientemente atrav2s da l.+ica o" "e pode ser expressa de maneira l.+icaA Neste si+niicado essa compreens#o 2 oposta a "ma compreens#o int"itiva o(tida como res"ltadode processos mais inconscientesA -as nem todas as compreensJes concept"ais s#o intelect"ais nestesentidoA < compreens#o concept"al do (e(H de "em 2 a s"a m#e n#o 2 intelect"alA <l2m disso as

compreensJes int"itivas tam(2m podem ser concept"ais tal como a compreens#o int"itiva de "mmecânico acerca do "e estL errado com o nosso carroA )e ato "ase todas as compreensJesint"itivas s#o concept"aisA

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9"tra conotaç#o da noç#o ocidental de "ma compreens#o intelect"al 2 "ma compreens#o "e n#oaplicamos para transormar a nossa vidaA !odemos compreender intelect"almente "e "marci+arros 2 ma" para a nossa sa0de mas contin"amos a "marA < alha estL +eralmente na nossa altade s"iciente motivaç#o mas tam(2m pode estar na alta de instr"ç#o s"iciente por exemplo decomo deixar de "marA < alha n#o 2 "e a nossa compreens#o seja concept"alA Cont"do mesmo"ando compreendemos al+o por exemplo como co*inhar e co*inhamos todos os dias a nossa

compreens#o de como o a*er ainda 2 concept"alA !recisamos explorar o "e si+niica compreenderal+oA

A )elação Entre !deiasG Compreensão e a Meditação Concept"al

!rimeiro precisamos de "ma id2ia de al+o a im de o compreendermosA 'e n#o i*ermos nenh"maideia do "e al+o si+niica como poderemos possivelmente compreendHloZ <l2m disso essa ideiatem de ser exata e precisa e n#o distorcida o" va+aA %sto tam(2m 2 verdade em relaç#o I nat"re*ada menteA Como poderemos possivelmente compreender a mente m"ito menos ocali*ar nelad"rante a meditaç#o se n#o i*ermos nenh"ma ideia do "e mente si+niica o" se a nossa ideia delaor indistinta o" e"ivocadaZ -as depois "ando a nossa compreens#o se tornar m"ito pro"nda

 poderemos ocali*ar na nat"re*a da mente diretamente P e n#o por interm2dio de "ma ideia dela P eainda mantermos total compreens#oA

!or2m começamos a meditaç#o maham"dra tentando primeiro icar com a nat"re*a convencionalda mente P o mero s"r+ir e en+ajar com os conte0dos de cada momento de experiHncia P porinterm2dio da ocali*aç#o no processo como ele ocorre de momento a momento atrav2s deal+"ma ideia deleA Essa ideia dele n#o precisa ser "ma orm"laç#o ver(al da deiniç#o da mente "edi*emos repetidamente como "m mantra na nossa ca(eçaA Nem precisa ser "m retrato mental delao" na terminolo+ia pop"lar ocidental "ma esp2cie de \sentimento int"itivo\ acerca do "e ela 2A

&L dois tipos de ideias com "e pensamos concept"almente so(re al+oA ;m 2 "ma ideia "e apenasenvolve "m som P o som de "ma palavra o" conj"nto de palavras o" "al"er o"tro tipo de som

tal como m0sica o" r"ído estLtico no rLdio P mas do "al n#o temos nenh"ma compreens#o do se"si+niicado o" si+niicânciaA ;m exemplo seria pensarmos \mente\ o" a palavra ti(etana \sem\"ando s. a*emos ideia do som da palavra \mente\ o" \sem\ mas n#o a*emos ideia al+"ma do"e esse som si+niicaA !ensar so(re \mente\ o" \sem\ deste modo seria literalmente "m

 pensamento sem sentidoA

9 o"tro tipo de ideia 2 a do si+niicado o" si+niicância de al+o tal como da palavra \mente\A !odeser acompanhada o" n#o por "ma representaç#o o" indicaç#o desse si+niicado tal como "ma

 palavra mental "ma ima+em mental o" "m sentimento int"itivo no momento de realmente pensarcom esta ideiaA !ode ser mais a(strato do "e issoA -as a ideia do si+niicado da palavra \mente\o(viamente n#o existe independentemente da palavra \mente\ nem independentemente da pr.pria

menteA <l2m disso as ideias acerca do si+niicado da palavra \mente\ podem ter +ra"s variLveis deexatid#oA E mais apesar da exatid#o da nossa ideia o nosso oco nela tam(2m pode ter +ra"svariLveis de claridadeA

< dierença principal entre ima+inar a nossa m#e "e 2 "m processo concept"al e vHla o" sonharcom ela "e s#o processos n#oconcept"ais 2 "e ima+inLla 2 m"ito menos vívido "e os o"trosdoisA !odemos "sar isto como "m +"ia para reconhecermos os estL+ios "e atravessamos a im deocali*armos n#oconcept"almente na nat"re*a da menteA 3amos a+ora examinar os estL+ios paraocali*ar por exemplo simplesmente na s"a nat"re*a convencional como o mero s"r+ir e en+ajarnos conte0dos da experiHnciaA

's Estáios para 4an7ar "ma Meditação Ma7am"dra Não-concept"al!ara "al"er nível de meditaç#o so(re a nat"re*a da mente n.s necessitamos nat"ralmente daconcentraç#o atenç#o atenç#o consciente e vi+ilância nos sentidos em "e jL as deinimosA N.s

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n#o estamos apenas sentados sem a*er nada en"anto o processo do s"r+ir e en+ajar nos conte0dosda experiHncia estL acontecendoA N.s estamos prestando atenç#o a isso com concentraç#o mas n#ocomo "m o(servador separado nem como o a+ente o" controlador "e o a* acontecerA &L tam(2m"ma compreens#o do "e estL acontecendo com o nível de exatid#o "e possamos ter mas sem adistância mental de haver "m \e"\ s.lido como "ma pessoa separada "e o compreendeA

 Na terminolo+ia t2cnica ("dista di*emos "e a atenç#o concentraç#o atenç#o conscientevi+ilância e a consciHncia discernente P o "e n.s temos chamado de \compreens#o\ P s#o todosatores mentais "e acompanham a consciHncia mental ocali*ada no mero s"r+ir e en+ajar com osconte0dos da experiHncia "e estL ocorrendo a cada momentoA %dealmente essa consciHncia mentaln#o estaria acompanhada pelo ator mental do aperce(imento discernente incorreto "e entende malesta nat"re*a convencional como sendo "m o(jeto s.lido e concreto existindo separadamente damenteA

'ermos capa*es de ocali*ar nesta nat"re*a com todos estes atores mentais acompanhantes n#oen+anosos e sem "ais"er pensamentos ver(ais so(re "al"er coisa irrelevante o" at2 sem a\comich#o mental\ para pensar tais pensamentos 2 "m dos o(jetivos de eliminar o va+"ear mentale a "+acidade +rosseira e s"til da menteA -as 2 claro tam(2m precisamos impedir "e a nossa

atenç#o vUe para "al"er o"tro o(jeto al2m dos pensamentos ver(ais como "ma ima+em o" "mavista "m som o" a sensaç#o ísica de "ma comich#o o" "ma dor nos nossos joelhosA Em(ora sejanecessLrio para "al"er nível de s"cesso conse+"ir a"ietar a mente de todas as conversas eima+ens mentais irrelevantes e isto n#o seja em si al+o Lcil n#o devemos pensar "e o se"alcance 2 o de "ma compreens#o n#oconcept"al de maham"draA ] simplesmente "ma indicaç#o de"m estL+io inicial na a"isiç#o da concentraç#oA

!odemos at2 ser capa*es de ocali*ar nesta nat"re*a convencional da mente atrav2s de "ma id2ia do"e isso si+niica mas "e n#o 2 acompanhada por "ma representaç#o ver(al dessa ideiaA 9" seja

 podemos ser capa*es de ocali*ar na nat"re*a da mente sem pensar ver(almente \esta 2 a nat"re*ada mente\ o" \mero s"r+ir e en+ajar\A -as se a nossa experiHncia do o(jeto n#o or vívida a nossa

meditaç#o ainda contin"e sendo concept"alA"e si+niica a nossa meditaç#o ser vívidaZ N#o estamos alando simplesmente so(re a nossameditaç#o ser livre de torpor mentalA "ando tra(alhamos para eliminar o torpor mental estamosaj"stando o estado de mente com "e nos estamos concentrando removendo os atores mentais detorpor mental s"til m2dio e +rosseiro por orma a "e n#o acompanhem essa concentraç#oAEliminamos o torpor mental +rosseiro "ando o nosso oco estiver claro o torpor m2dio "ando onosso oco estiver tam(2m (em deinido e o torpor s"til "ando nosso oco estiver adicionalmentetam(2m resco e n#o dormido a cada momentoA -as mesmo com todos esses atores removidos anossa meditaç#o ainda pode n#o estar vívidaA

< vivide* por o"tro lado 2 "ma "alidade da experiHncia "e n#o 2 alcançada pela simples

remoç#o de "m ator mental acompanhante "e por si esteja aetando adversamente a "alidade danossa concentraç#oA Em ve* disto 2 alcançada pela remoç#o de "m nível acompanhante da mente"e estL a*endo s"r+ir "ma ideia do o(jeto de en+ajamento da nossa consciHncia mental e a*endocom "e essa consciHncia mental ocali*e em am(os a ideia e o o(jeto mist"rados j"ntosA 9res"ltado 2 "e o o(jeto n"m certo sentido estL co(erto em(ora n#o totalmente o(sc"recido a essaconsciHncia mental e conse"entemente 2 experienciado de "ma maneira n#ovívidaA

<s ideias s#o enomenos estLticos P trad"*idos +eralmente como \enomenos permanentes\A %stosi+niica "e elas permanecem ixas en"anto pensamos em termos delas e n#o m"damor+anicamente de momento a momentoA !or exemplo en"anto estivermos pensando na nossa m#ea nossa ideia dela n#o ica cansada o" com omeA !odemos ima+inLla andando e neste caso anossa ideia dela andando envolve "ma semelhança de movimentoA !or2m a se"Hncia de ima+ensenvolvida tomada como "m todo constit"i "ma 0nica ideiaA <s ima+ens mentais "e compJem estaideia como "adros n"m ilme n#o est#o realmente a andarA

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< nossa ideia de al+o 2 claro pode m"dar mas isso ocorre de "ma maneira especialA ;ma ideia 2s"(stit"ída por o"traA < 0ltima vers#o n#o s"r+e da anterior atrav2s de "m processo or+ânico dedepender de ca"sas e circ"nstâncias como "ma lor s"r+indo devido I s"a dependHncia na sementesolo L+"a ar e assim por dianteA ;ma ideia tam(2m n#o se transorma or+anicamente n"mao"traideia atrav2s de "m processo de momentoamomento de transormaç#o o" de m"dança como"ma lor envelhecendo e m"rchandoA

!odemos a+ora começar a compreender por "e os pensamentos concept"ais n#o s#o vívidosA"ando pensamos em al+o "e m"da de momento a momento tal como a nossa m#e porinterm2dio de "ma ideia dela estamos mist"rando "ma id2ia da nossa m#e com a nossa m#eA <nossa m#e m"da de momento a momento en"anto "e a nossa ideia dela n#oA 9 o(jeto "eaparece ao nosso pensamento P a ideia da nossa m#e P e o se" o(jeto de en+ajamento P a nossaverdadeira m#e P n#o est#o na mesma cate+oria de enomenoA !or"e o o(jeto ocal do nosso

 pensamento P a nossa m#e atrav2s do iltro da nossa ideia dela P 2 "m o(jeto hí(rido a menteconcept"al com "e pensamos na nossa m#e n#o pode a*er s"r+ir "ma aparHncia vívidaA

Talve* possamos compreender melhor este ponto atrav2s da analo+ia de olhar atrav2s da L+"acorrente de "m riacho para "ma rocha estacionLria lL no "ndoA Em(ora a analo+ia n#o seja precisa

 por"e no exemplo o nosso o(jeto ocal 2 al+o im.vel mist"rado com o iltro de al+o emmovimento P e n#o al+o sempre a m"dar mist"rado com o iltro de al+o estLtico P apesar disso

 podemos apreciar a partir desta analo+ia "e "m o(jeto hí(rido n#o pode aparecer t#o vividamente"anto "m "e 2 n#omist"radoA -as e "ando n.s pensamos na nat"re*a da nossa menteZ

<o contrLrio da nossa m#e a nat"re*a da mente "er ao nível convencional "er ao mais pro"ndon#o m"da de momento a momentoA Cada momento da nossa experiHncia tem a mesma nat"re*aconvencional de ser "m mero s"r+ir e en+ajar com os conte0dos dessa experiHncia e a mesmanat"re*a mais pro"nda de ser va*ia de existir em "al"er maneira impossívelA Em(ora am(os osníveis da nat"re*a da nossa experiHncia n#o m"dem de momento a momento a nossa experiHncia"e tem essas nat"re*as m"da de momento a momentoA %sto por"e os conte0dos da experiHncia

est#o sempre m"dando tanto em termos do o(jeto ocal como dos acompanhantes atores mentaisA< nat"re*a da mente n#o pode existir separadamente da experiHncia de momentoamomentoA Cadamomento da experiHncia e s"a nat"re*a vHm no mesmo pacoteA Em(ora essa nat"re*a n#o m"de a

 (ase para essa nat"re*a P cada momento da experiHncia P m"da a cada momentoA "andoocali*amos n"ma nat"re*a inalterLvel de "m enomeno em constante m"dança atrav2s de cadamomento da s"a m"dança achamos m"ito diícil se+"ir cada momento de m"dançaACompreensivelmente ocali*amos nessa nat"re*a inalterLvel atrav2s de "ma ideia estLtica delaA

< mente n#o pode existir n"m pacote dierente da s"a nat"re*aA !or2m a s"a nat"re*a podecertamente existir n"m pacote dierente de "ma ideia dessa nat"re*aA Conse"entemente em(ora anat"re*a da mente e "ma ideia dessa nat"re*a sejam am(os enomenos estLticos elas ainda est#o

em cate+orias dierentes de enomenosA %sto por"e a primeira estL sempre rescamente j"nta comcada momento em m"dança da experiHncia en"anto "e a 0ltima pode desli*arA <ssim a mist"rada nat"re*a da mente e de "ma ideia dela 2 "m o(jeto hí(ridoA Como res"ltado "ma menteconcept"al ocali*ada em tal o(jeto hí(rido mesmo com concentraç#o pereitamente a(sorta n#o

 pode ser vívidaA

Em res"mo 2 extremamente diícil reconhecer a dierença entre estados pereitos de meditaç#oconcept"al e n#oconcept"al na nat"re*a da mente e 2 m"ito mais diícil transormarse o primeirono 0ltimoA N#o admira "e leve de acordo com os ensinamentos do s"tra "m *ili#o o" "m\n0mero incontLvel\ de eons de ac"m"laç#o de orça positiva e dep"riicaç#o de o(stLc"los para sealcançar este estL+iob

' Nível An"ttaraoa Tantra da Meditação Ma7am"dra

&L em +eral trHs níveis de menteA 9 nível +rosseiro 2 o da consciHncia sensorialA 9 nível s"til s#o

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os níveis +rosseiros da consciHncia mental tanto concept"al como n#oconcept"alA 9 nível maiss"til 2 a"ele "e 2 totalmente va*io das mentes mais +rosseiras e "e ornece a contin"idade (Lsicade momento a momento e de vida a vidaA Conhecido como mente de l"* clara primordial n#o temcomeço nem imA ] o "e contin"a at2 I 6"deidade transormandose na mente onisciente de "m6"daA

Com os m2todos da classe mais elevada do tantra an"ttarayo+a n.s en+ajamos na meditaç#omaham"dra com o nível mais s"til da menteA 9(temos acesso e ativamos esse nível atrav2s de "mas2rie de meditaçJes extremamente diíceis e complexasA No primeiro estL+io da prLtica o estL+io de+eraç#o n.s simplesmente ima+inamos "e estamos "sando o nível mais s"til da menteA!ro+redimos para o se+"ndo estL+io o estL+io completo P trad"*ido Is ve*es como \estL+io decomplet"de\ P "ando todas as ca"sas est#o completas para realmente maniestar a mente de l"*claraA N.s alcançamos isto ocali*ando em pontos vitais especíicos do sistema de ener+ia s"til donosso corpo e como res"ltado de termos previamente ima+inado o" vis"ali*ado o processomanip"lando essas ener+iasA Como a mente de l"* clara 2 mais s"til do "e os trHs níveis de menteconcept"al P o consciente e pessoal o pr2consciente e primitivo e os níveis inconscientes maiss"tis trad"*idos re"entemente respectivamente como \pensamentos concept"ais\ as \oitenta

mentes concept"ais indicativas\ e as \trHs mentes concept"ais de aparHncia (ranca vermelha e preta\ P a nossa compreens#o da mente atrav2s dela 2 a"tomaticamente n#oconcept"alA Tam(2m 2o 0nico nível da mente com "e podemos ocali*ar sim"ltanea e diretamente na nat"re*aconvencional e na nat"re*a mais pro"nda da menteA !or estas ra*Jes os +randes mestres elo+iaramo caminho do tantra an"ttarayo+a como o caminho mais rLpido e mais eiciente I il"minaç#oA

%"mário

Em res"mo 2 m"ito Lcil praticar o "e parece ser maham"dra mas 2 de ato "m m2todo "e n#ovai m"ito pro"ndamente desenrai*ar os nossos pro(lemas e s"as ca"sasA < prLtica maham"dracertamente n#o 2 simplesmente tornarmonos como "ma vaca "e se senta sem se mover apenasvendo e o"vindo sem pensar em nadaA -as mesmo se apenas nos sentLssemos "ietamente eolhLssemos e esc"tLssemos atentamente P e n#o desatentamente como a vaca P o "e "er "eestivesse acontecendo I nossa volta e mesmo se ossemos capa*es de a*er isto sem j"l+amentos o"comentLrios mentais so(re coisa al+"ma e de ato sem a(sol"tamente nenh"ma ta+arelice mentalainda n#o estaríamos praticando a meditaç#o maham"draA

 N#o hL d0vida "e a"ietar a mente de todo o r"ído e ta+arelice mental 2 extremamente (en2icoAEsses pensamentos impedemnos de ser atentos a "al"er coisa I nossa voltaA -as precisamos tero c"idado de n#o a"ietar a nossa mente da compreens#o "ando a"ietamos a mente de s"ata+areliceA N#o pode haver nenh"m nível de meditaç#o maham"dra sem pelo menos al+"m nívelacompanhante de compreens#o da nat"re*a da menteA

] m"ito importante serse h"milde e n#o dimin"ir o maham"dra d*o+chen o" "al"er das prLticasm"ito avançadas e diíceis pensando "e s#o m"ito simplesA !or exemplo aprendemos "ma prLticaintrod"t.ria "e 2 extremamente (en2ica como a"ietar a mente de todos os j"l+amentoscomentLrios e pensamentos ver(ais e permanecer no \a"iea+ora\A 'e conse+"irmos atin+ir isto P"e certamente n#o 2 nada Lcil P teremos a "ndaç#o necessLria n#o s. para a meditaç#omaham"dra mas para "al"er tipo de meditaç#o e tam(2m para a pr.pria vidaA -as se pensarmos"e prLtica maham"dra 2 s. isto red"*iremos o maham"dra tornandoo em al+o pe"eno ecomparativamente trivialA

'e pensarmos "e somos "m +rande io+"e o" yo+ini por"e estamos en+ajando neste nível inicialde prLtica e se nem se"er conce(ermos "e podemos ir mais pro"ndo estamos sorendo da alhade "ma motivaç#o racaA ,altanos ren0ncia e (odhichitta s"icientemente ortes para irmos al2m

dos níveis iniciais de prLtica e a"isiç#o a im de icar verdadeiramente livres dos nossos pro(lemase sermos capa*es de melhor aj"dar os o"trosA Como os +randes mestres disseram "ma com(inaç#ode ren0ncia e (odhichitta 2 essencial como orça motivadora n#o s. para começar o caminho

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espirit"al mas para s"stentar os nossos esorços ao lon+o de todo o se" perc"rso e no im paraalcançar o se" o(jetivoA <ssim com correta e s"iciente motivaç#o e esorço s"stentado a prLticamaham"dra podenos levar I a"isiç#o da 6"deidade para o (eneício de todosA

!rimeiro praticamos preliminares tais como as prostraçJes e especialmente +"r"yo+a e a*er pedidos sinceros de inspiraç#oA "ando eitas com correta compreens#o e motivaç#o estas aj"dama enra"ecer a nossa ixaç#o nos conte0dos da nossa experiHncia tais como a dor nas nossas

 pernas "ando nos prostramos o" ver o +"r" como al+"m ídolo onipotente \lL ora\A <ssim elasaj"dam a enra"ecer os (lo"eios mentais "e impedem a nossa compreens#o da nat"re*a damente e aj"dam a ac"m"lar a orça positiva para nos tra*er s"cesso nesta vent"raA

Começamos a nossa meditaç#o maham"dra ormal com exercícios iniciais examinando os vLriosconte0dos da nossa experiHncia de cada "m dos sentidos e dos pensamentos e sentimentosemocionaisA <perce(emonos "e do ponto de vista da nat"re*a convencional da experiHncia o"seja do ponto de vista de lL ocorrer meramente o s"r+ir e en+ajar nos conte0dos da experiHncia n#ohL dierença a(sol"tamente nenh"ma entre ver "ma vista a+radLvel o" desa+radLvelA %sto permitenos n#o icar t#o enredados nos conte0dos da nossa experiHncia "e icamos pert"r(ados eca"samos pro(lemas a n.s e aos o"trosA !or2m n#o icamos t#o desassociados dos conte0dos "e

deixamos de rea+ir a eles de maneira ade"ada tal como saindo do caminho do caminh#o "e seestL aproximando e "e vemos I nossa renteA

Cont"do neste nível lidamos com o pro(lema de estarmos enredados nos conte0dos da nossaexperiHncia apenas "ando jL estamos enredados nelesA "ando jL estamos pert"r(ados devido ao"vir o r"ído do trLe+o no nosso "arto n.s comparamolo com o o"vir o piar dos pLssaros edepois desen+ajamos a nossa o(sess#o com o r"ído s"(stit"indo o nosso oco para a nat"re*aconvencional da pr.pria experiHnciaA No entanto para impedirmos "e esse erro de ocar nosconte0dos torne a s"r+ir temos de ir m"ito mais "ndo na meditaç#oA Temos de desenvolver "maconcentraç#o a(sorta e "ma mente serenamente acalmada e tran"ilaA

<ssim em se+"ida n.s ocali*amos na nat"re*a convencional da pr.pria menteA N.s ocali*amos

no mero s"r+ir e en+ajar com os conte0dos da experiHncia "e ocorre em cada momento mas sema*ermos desse processo "m o(jeto s.lido e concreto nem a*ermos de n.s "m s"jeito s.lido econcreto "e 2 o o(servador a+ente o" controlador desse processo o" a"ele experienciandooA,ocali*ando nesta maneira rescamente cada momento com concentraç#o pereitamente a(sortavamos enra"ecer ainda mais a nossa tendHncia de perder de vista esta nat"re*a convencional econse"entemente de icar enredados nos conte0dos da nossa experiHncia e pert"r(ados por elesA

< im de evitar os peri+os de apreender o" tomar n.s mesmos como sendo "m \e"\ s.lidoP d"rantea meditaç#o o" em +eral ao viver a nossa vida P n.s ocali*amos em se+"ida na nat"re*aconvencional e mais pro"nda de n.s mesmos como \e"\A !recisamos ver "e em(oraconvencionalmente \e"\ esteja meditando e experienciando os conte0dos de cada momento da

experiHncia da minha vida esse \e"\ convencional n#o existe I maneira de "m \e"\ alsoA < s"anat"re*a mais pro"nda 2 "e 2 va*io de existir como "m s.lido e concreto o(servador a+ente o"controlador das experiHncias da vida o" a"ele experienciandoas "er na meditaç#o "er em"al"er o"tra alt"ra tam(2mA Essa compreens#o permitenos n#o s. meditar mais corretamente nanat"re*a convencional da mente e da experiHncia mas tam(2m event"almente livrar a n.s mesmosda a"topreoc"paç#o e do e+oísmo "e nos a*em criar todos os nossos pro(lemas e nos impedemde aj"dar eica*mente os demaisA

"ando tivermos compreendido a nat"re*a mais pro"nda de como \e"\ existo temos de aplicaressa compreens#o a como a mente e a experiHncia existemA 'e jL n#o icarmos enredados nosconte0dos da nossa experiHncia mas apreendemos a nossa pr.pria mente como existindo como "ma\coisa\ s.lida e concreta ca"saremos pro(lemas para n.s "ma ve* mais o "e vai impedir deconse+"ir aj"dar melhor os o"trosA ,icaremos apaixonados por exemplo com as experiHnciasdLdiva de claridade e simplicidade extasiante "e acompanham a pereita concentraç#o a(sorta nanat"re*a convencional da menteA !recisamos ver "e a pr.pria mente 2 va*ia de existir em "al"er

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maneira antasiada e impossívelA

 No início ocali*amos na nat"re*a convencional e mais pro"nda da mente de maneira concept"alatrav2s de "ma ideia correta do "e s#oA -as event"almente "ando ormos capa*es de ocali*arn"a e diretamente em cada "ma delas alcançaremos "ma meditaç#o maham"dra n#oconcept"al evívidaA < nossa meditaç#o se tornarL ent#o s"icientemente potente em com(inaç#o com a orça danossa motivaç#o d"pla de ren0ncia e (odhichitta para realmente eliminar para sempre passo a

 passo os vLrios níveis da nossa apreens#o de maneiras impossíveis de existir no "e di* respeito Inossa mente experiHncia se"s conte0dos e \e"\A

,inalmente "ando tivermos eliminado os o(stLc"los "e tHm impedido a nossa mente de ser capa*de a*er s"r+ir direta e sim"ltaneamente a nat"re*a convencional e a nat"re*a mais pro"nda daexperiHncia de cada momento n.s as en+ajamos direta e totalmente de "ma s. ve*A <ssim a nossa